receita original

32

Upload: padme-vader

Post on 18-Dec-2014

1.874 views

Category:

Travel


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Receita Original
Page 2: Receita Original
Page 3: Receita Original

Editor: Fernando Bueno - Milagre do Verbo Editora Ltda MEEditora/Administrativo e Financeiro: Emana Imagem &Cultura LtdaFotos: Emana Imagem - Katia FanticelliRedação: Milagre do Verbo Editora Ltda MEColaboradores: Eduardo Fernandes Begnami,Marcos Garcia e Cláudia FigueiredoEditoração: Gilmar Elidio de Jesus (colaborador)Tiragem: 180.000 exemplaresProibida a reprodução total ou parcial de textos, fotografias eilustrações sem autorização da Emana Imagem & Cultura Ltda.

Distribuição gratuita

S U M Á R I O

Mapeamento CulturalCidades beneficiadas pela cultura darevista Por ta-Luvas.Artes PlásticasArte em miniatura:O mundo ao alcance das mãos.Artes IntegradasDescalvado promove uma verdadeiramistura de talento.Manifestação PopularCompanhia de Reis.Música90 anos do nascimento da estrela -Dalva de Oliveira.

4

porta-luvas

33333

Porta-Luvas já traçou um bom caminho echega à sua quinta edição. As manifestaçõesculturais da região por onde passam as rodoviasadministradas pela OHL Brasil são inúmeras,inusitadas às vezes, mas todas de uma qualidadee uma densidade muito grande.

Contarmos a história da Folia de Reis deCajuru, do sanduíche que deu fama a umacidade, da produção de arte em Descalvado,da música de Dalva de Oliveira e, o espetáculoda arte da miniaturização do mundo é algoque nos deixa satisfeitos e por dois motivos:um, aquele que nos permite encontrar umnúmero de pessoas que produzem uma culturarica, de bom gosto e com muita qualidade;

A boa produção da cultura na região

EDITORIAL

12

14

17

TradiçãoBauru - o sanduíche mais famoso doBrasil.PatrocinadorProgramas de saúde ajudam a preveniracidentes e aumentam a segurançanas rodovias.ContoBebedouro de animais.Uma história engraçada da políticalocal.CartasCorrespondência de leitores da revista,com sugestões, elogios e críticas.

20

28

30

outro, aquele que nos permite ter um veículopara divulgar essa produção, de forma a criarcondições para que a Cultura se intensifique,se valorize e f ique na memória e noconhecimento de muitas outras pessoas.

Mais do que isso, produzir Porta- Luvasnos leva a abrir espaço para muitos outros projetosculturais que podem ser apoiados por meio da LeiRouanet e, assim, manter viva uma Cultura regionalde grande importância para a Cultura do País.

Quando recebemos car tas que destacam aexcelência de nossa revista o que,humildemente, concordamos, ficamos satisfeitosem ver que nosso trabalho tem atingido o seuobjetivo.

6 24

Page 4: Receita Original
Page 5: Receita Original
Page 6: Receita Original

porta-luvas

66666

ARTES PLÁSTICAS

arte em miniatura:arte em miniatura:arte em miniatura:arte em miniatura:arte em miniatura:O mundo ao alcance das mãosO mundo ao alcance das mãosO mundo ao alcance das mãosO mundo ao alcance das mãosO mundo ao alcance das mãos

A arte de construir miniaturas de casas, indústrias,igrejas, carros e caminhões atrai cada vez mais

admiradores e impressiona pela riqueza de detalhes

Atração na Bienal de Veneza, a réplica deuma miniatura de uma favela do Rio de Janeiro,ocupa uma área de 150 metros quadrados. Aminiatura original está na própria favela (doPereirão), onde a maquete toma conta de 350metros quadrados. Começou com uma

brincadeira de casinha e hoje reproduz arealidade da vida, com acessos estreitos,contenção de encostas, um universo emminiatura.

As réplicas miniaturizadas são verdadeirasartes, como os casos que relatamos a seguir.

Flávia Amarante e Maria Cristina Marmili

Page 7: Receita Original

porta-luvas

77777

Nas mãos do ar tista plástico Antonio Lima,materiais como cimento, areia, gesso, arame e massaplástica transformam-se em maquetes queimpressionam pela perfeição e delicadeza de cadadetalhe. São peças compostas de criatividade única eque remetem a uma viagem por cenários muitasvezes esquecidos em algum lugar do passado. Emsua oficina, que fica nos fundos de sua casa emPiracicaba (SP), onde vive desde 1980, o ex-metalúrgico natural de Cambé (PR) constrói suasobras de arte utilizando como ferramenta apenasuma agulha, estilete, um pedaço de madeira e pincel.

Em seu acervo, que já conta com mais de 300peças, estão maquetes de igrejas, fábricas, casebres

Perfeição e delicadeza

Page 8: Receita Original

porta-luvas

88888

antigos, construções em ruínas, estaçõesferroviárias, sítios e outras cenas comuns dointerior de estados como São Paulo, MinasGerais, Paraná e Pernambuco. As miniaturassurpreendem pelo realismo e cuidado com quesão construídas. Tudo é feito e pintado à mão,até as minúsculas por tas, janelas, telhas etorneiras.

Com sua arte, Antonio Lima busca retratara realidade do país. Muitas de suas peçastendem para a pobreza e destruição,expressando a visão do artista sobre o assuntoe tecendo uma crítica sutil à desigualdade social.“As pessoas devem cuidar mais das construções,pois muitas estão sendo demolidas, e os ricosdevem olhar para os pobres”, afirma.

Com o nome Efeitos do Tempo a exposiçãodas maquetes já percorreu as cidades de SãoPaulo, Piracicaba, Campinas e Franca. A reaçãodos visitantes, que vai da surpresa à nostalgia,emociona o artista: “As peças, de alguma forma,mexem com alguém e, muitas vezes, trazemuma recordação. Já aconteceu de chorarem naminha frente... e eu também choro”, conta Antonio.

O que era apenas um hobby, virou profissãoem 1985 quando Antonio Lima começou aguardar suas criações. A inquietação e o amorpela profissão levam o ar tista plástico a umabusca constante pela perfeição. “Se eu vivessemil anos não daria tempo de fazer tudo que euquero” e conclui: “Como eu resumo meutrabalho? É tudo, é a minha vida”.

Page 9: Receita Original

porta-luvas

99999

Criatividade não falta na vida de GeraldoZaratim, aposentado de 66 anos que fez deum quar to de sua casa, em Piracicaba (SP),um verdadeiro ateliê. Com muita habilidade eutilizando apenas um estilete e uma tesoura,ele transforma objetos que iriam para o lixoem verdadeiras obras de ar te. Caixas depapelão, lápis velho, peças de carro, arame,isopor viram pequenas réplicas de tratores,caminhões, bondes, maria-fumaças, igrejas eusinas que encantam adultos e crianças. “Euutilizo apenas materiais que eu tenho em casa,nada é comprado”, explica Geraldo.

A paixão pelos meios de transpor tecomeçou na adolescência, quando trabalhavacom o pai no transpor te de cana-de-açúcar.“Eu sempre gostei de trabalhar como motoristade caminhão”, diz. Morou na Usina Monte

Lixo transformado em arte

Alegre por 40 anos onde cuidava de uma frotade aproximadamente 500 veículos e foi um dosprimeiros funcionários da Caterpillar. Entre aspeças preferidas de seu acervo, que possui de80 a 85 réplicas, está a igreja do Monte Alegre.

Observar suas obras é, ao mesmo tempo,observar também um pouco da história da vidado artista e do município de Piracicaba. Constróias peças inspiradas em fotos e lembranças dainfância e juventude. “Eu tento resgatar umpouco da história da cidade, que muitas pessoasnão valorizam mais”.

Além disso, é uma bela iniciativa de incentivoà preservação do meio ambiente: “Isso que eufaço é uma gota d’água no oceano, é preciso

que cada pessoa faça suaparte”, afirma Zaratim.

Sua exposição passapor escolas, salões e

eventos em Piracicaba,levando cultura,história e ecologiapara os visitantes erevelando um outromundo, pequenonas dimensões,mas enorme nacriatividade.

Page 10: Receita Original

porta-luvas

1 01 01 01 01 0

Réplicas encantam aotraduzir sonho da infância no adulto

No dicionário Aurélio, “réplica” quer dizer“exemplar de uma obra de ar te que não éoriginal”. Para muitas pessoas construir réplicasde objetos, veículos e até mesmo de cidades émuito mais que isso. Paixão, hobby, desafio oulembranças da infância podem explicar o motivopelo qual elas disponibilizam tempo, dinheiro ededicação a esta atividade, tornando as réplicasverdadeiras contadoras de história. Segundo opsicólogo Sérgio Kodato, da USP (Universidadede São Paulo – Campus de Ribeirão Preto), aspessoas que constroem réplicas buscam o tempoperdido. O tema escolhido para a imitação, namaioria das vezes, está associado ao passado.“Subconscientemente, essas pessoas queremrecriar momentos felizes e de alguma formaretê-los. Para elas, é a concretização de umdesejo infantil e imaginário”, explica.

Hobby ou saudosismo, a construção deréplicas é uma atividade cada vez mais comume que surpreende crianças, jovens e adultos.Não há quem não fique admirado pela beleza,precisão dos detalhes e a magia que remontaépocas já vividas. Pelas mãos do mecânicoWagner Barizon, deRibeirão Preto (SP),réplicas de veículos dasdécadas de 30, 50 e 60ganharam vida. O artesãoviu na facilidade de tersua própria oficina aoportunidade de desafiara mente na construção detrês modelos clássicos dejipes: Jeep Willys, Bugattie Vemag Candango. “Apaixão por jipes veio dainfância e se juntou ao

desafio de criar um veículo já existente em umtamanho menor. E isso já dura oito anos”, diz.A vontade de recriar esses veículos também éexplicada pelo psicólogo. “Ele possui umconteúdo simbólico. O Jeep representa a força”,salienta.

Em 1999, o mecânico, que iniciou a carreiraaos 12 anos, usou o dinheiro da venda de umBuggy, também feito por ele, para iniciar seusonho. O primeiro modelo replicado foi o JeepWillys, que circulou pelas ruas brasileiras em1951. Fabricado pela americana Willys, foi criadopara o Exército ianque, mas conquistou omercado mundial. A réplica, que corresponde àmetade do tamanho do original, custou R$ 3mil e demorou um ano para ficar pronta. Oveículo é cheio de detalhes e possui todas ascaracterísticas do original. “Tive a preocupaçãode deixá-lo igualzinho”, ressalta Barizon. Commotor de 200 ci l indradas, original damotocicleta Honda Estrada, o j ipe temcapacidade para cinco passageiros e possuiseta, farol, luz de freio e até CD Player.

Jeep Willis, o primeiro replicado porBarizon, circulou no Brasil em 1951

Page 11: Receita Original

porta-luvas

1 11 11 11 11 1

Mas Barizon não parou por aí. O trabalho,sempre feito à noite e aos finais de semana,continuou ao ver a miniatura de um Bugatti Italiano1936 com cerca de 30 centímetros. “Encontrei-ona oficina mecânica de um amigo. Era um carrinhode criança”, conta. A fabricação começou em 2002e durou dois anos. O investimento também foimaior – R$ 5 mil. Segundo ele, a maior dificuldadefoi construir os pára-lamas dianteiros. Foi precisofazer dois estepes para ficar igual ao original. Oveículo é vermelho e preto, com detalhes cromadose painel de madeira, como o original.

A última invenção do mecânico ficou prontaem janeiro deste ano: o DKW-Vemag Candango,modelo 1961.

A miniatura tem 2m70 de comprimento,1m25 de largura e 83cm de altura. O Candangooriginal, fabricado em 1958 pela DKW, tem 3m44de comprimento por 1m70 de largura. O modelorecriado, com trações 4x2 e 4x4, possui marcha

à ré, cinco marchas e é fiel ao original emtodos os detalhes. A réplica, pintada emamarelo e preto, custou R$ 6 mil. “O valor foimais alto por causa da tração”, explica.

Todos os modelos construídos por WagnerBarizon são conversíveis. “É para dar maiorcomodidade aos passageiros. Se todos tivessemteto não seria possível dirigi-los”, afirma.

Eles não circulam pelas ruas, mas jáfreqüentam exposições em Ribeirão Preto eregião. Devido à falta de lugar para guardá-los– hoje o Willys e o Candango estão em suaoficina e o Bugatti, na de um amigo –, oartesão pensa em vender pelo menos doisdeles. “Só se aparecer um colecionador quecuide deles com o mesmo carinho que eu”,faz questão de afirmar. O hobby de Barizonestá longe de acabar. Seu novo projeto é construira réplica de um Fusca, mas ele ainda não temdata para iniciar o trabalho.

Bugatti e DKW

Miniatura do Candango, de 1961tem trações 4x2 e 4x4 e marcha à ré

Serviço >Antonio Lima - Fone: (19) 3423 2214 - E-mail: [email protected] Geraldo Zaratim - Fone: (19) 3422 3155

Page 12: Receita Original

palco de manifestações variadas e ricas embeleza e conteúdo. No ano passado, oIntegrARTE contou com a participação de 17companhias de teatro e 30 artistas expositoresda própria cidade e também de Gavião Peixoto,Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras, Ibaté,Ibitinga, Santos, Araraquara, São Carlos e Dourado.Somente nas apresentações de teatro, o públicofoi de cerca de 160 pessoas por noite, e aexpectativa dos organizadores é superar estenúmero. “No primeiro ano, cerca de 15 a 20pessoas, por noite, assistiam às apresentações.A cada ano esse número vem aumentando epessoas de outras cidades vêm para Descalvadopara prestigiar o evento”, diz Roberto.

Criado pela Delegada Regional de Culturade Araraquara, Edelvâni Fioco e pela Coordena-dora da Oficina Cultural Regional Sérgio Buarquede Holanda, de São Carlos, Maria Inês Botta, aprimeira edição do IntegrARTE aconteceu emAraraquara no ano de 2004 com a exposiçãode obras de artistas plásticos da região. Nomesmo ano, ele foi adotado pela cidade deDescalvado e abriu espaço para artistas dediferentes segmentos.

A integração das artes em Descalvado

Primeira quinzena de setembro reúne artistas detoda a região na cidade e promove uma verdadeira

mistura de talentosMaria Cristina Marmilli

porta-luvas

1 21 21 21 21 2

ARTES INTEGRADAS

Um movimento cultural que reúne ar tesplásticas, literatura, fotografia, artesanato, dançae teatro. Assim é o IntegrARTE, que acontecerána cidade de Descalvado-SP, na região de SãoCarlos, entre os dias 2 e 15 de setembro.Neste período, artistas de toda a região expõemsuas obras no centro cultural do município efazem apresentações no anfiteatro, todasgratuitas.

“O IntegrARTE é uma forma do ar tistamostrar sua força e unir os talentos de todosos segmentos”, diz o diretor de Cultura daPrefeitura Municipal de Descalvado, RobertoVillani, que organiza o evento na cidade desde2004. Fomentar o apoio à cultura é outraimportante contribuição do evento, homena-geando as prefeituras que, de alguma forma,apoiaram os ar tistas de suas cidades paraparticiparem do movimento. “O prefeito recebeum diploma de “Amigo das Artes” e o dirigentecultural recebe um diploma de gratidão”, explicaVillani.

Na primeira quinzena de setembro,Descalvado, que possui hoje aproximadamente30 mil habitantes, se transforma em um grande

Imagem de arquivo

Page 13: Receita Original

porta-luvas

1 31 31 31 31 3

SerSerSerSerServiço > viço > viço > viço > viço > IntegrARTE – 2 a 15 de setembro de 2007 – Descalvado-SPExposições: de segunda à sexta-feira, das 9 às 21 horas; sábado e domingo, das 9 às 18 horas.Local: Centro Cultural (Rua Dom Pedro II, s/nº, armazém da antiga estação ferroviária). Entrada gratuita.Festival Regional de Teatro Desafio: Todas as noites a par tir das 19h30. Local: AnfiteatroMunicipal (Rua José Quirino Ribeiro, nº 55, ao lado da Prefeitura Municipal). Entrada gratuita.Inscrições: Os artistas e companhias de teatro que quiserem participar do IntegrARTE devem fazera inscrição até o dia 20 de agosto na Divisão de Cultura de Descalvado, com Roberto Villani –Fone: (19) 3583 5637 – E-mail: [email protected].

Imagine um festival de teatro em umacidade que não tem um teatro. Assim é oDesafio, festival regional de teatro que acontecedurante o IntegrARTE, em Descalvado. “É umverdadeiro desafio para o grupo de teatroapresentar uma peça aqui, eles têm que fazeruma adaptação de cenário, i luminação,marcação e som, pois as apresentaçõesacontecem em um anfiteatro com dimensõesbem menores que um teatro”, afirma Villani.

O grupo de teatro Temetal (TeatroExperimental dos Metalúrgicos), de Santos,par ticipou do festival no ano passado e jágarantiu a presença na quarta edição. “Essainiciativa no interior do estado é muito válida,foi importantíssimo poder trocar experiênciascom outros grupos de teatro e experimentardiferentes tipos de platéia”, fala o diretor dogrupo, Carlos Bellini.

Festival desafia companhias de teatro

Criado há mais de 20 anos, o Temetal seapresentará no festival Desafio no dia 8 desetembro com a peça “Vem buscar-me queainda sou teu”, baseada na canção “CoraçãoMaterno”, de Vicente Celestino. “Asexpectativas são as melhores possíveis, poisiremos praticamente estrear este espetáculoem Descalvado”, anima-se Bellini.

Imagem de arquivo

Imagem de arquivo

Page 14: Receita Original

porta-luvas

1 41 41 41 41 4

MANIFESTAÇÃO POPULAR

“Dá licença, seu patrão?”

Cajuru reafirma tradição das Companhias de Reisem projeto de resgate histórico

Fernando Bueno

Quando uma comunidade busca suas raízese luta pela preservação do seu relicário lúdico,cultural e – por que não? – mágico, creiam,brilha no céu, de contentamento e esperança,uma nova estrela. No caso dos moradores deCajuru, pequena cidade de cerca de 30 milmoradores, distante 60 quilômetros de RibeirãoPreto (SP), isso é quase literal. Ou, como elesmesmos dizem, é milagre de Santos Reis. Umpouco dessa história foi mostrado no Bulevar

“Waldemar Giomi”, onde está aexposição fotográfica “Abra OsOlhos: Os Reis Estão Aqui”, partede um projeto maior, que comocontas de terço fazem parte dorosário de ar te-educação,travestido de resgate histórico.Tudo engendrado por uma trupede jovens visionários,capitaneados pela psicóloga eprofessora universitária LucieneBelleboni.

O início foi em 2005, quandoela, em parceria com aAssociação dos Três Reis Santosde Cajuru e a Prefeitura, criou oprojeto “Dá licença, seu patrão?”– uma referência clara à chegadadas Companhias de Reis nascasas dos fiéis. No ano seguinte,uma parte desse trabalho – “NoAmanhecer da Luz do Dia: Reisem Cajuru” – foi apresentado emum concurso da Secretaria deEstado da Cultura, por meio doPrograma de Apoio Cultural,Categoria Publicação de Registro

Fotográfico. Os recursos vieram e permitiram acriação da exposição, fruto de ampla pesquisarealizada entre 1997 e 2007 por LucieneBelleboni. Em “Abra Os Olhos: Os Reis EstãoAqui” é possível ver representadas as 10agremiações restantes (elas já foram 25):Estrela Guia, Irmandade, Hinos da Profecia,Germi-Terra, Os Canários de Santos Reis, OsMagos do Oriente, Os Mensageiros de SantosReis, Prudêncio, Sagrada Família e União.

Encontro de Companhias de Reis nacidade de Cássia dos Coqueiros em 2007

Page 15: Receita Original

Morivaldo Ramos, alferes dos Prudêncio, eJosé Aguiar, alferes da Companhia União

porta-luvas

1 51 51 51 51 5

Os improvisos nascem primeiro na voz doembaixador, que vai à frente, liderando acompanhia, cercado por fiéis devotos. Mas, junto,tem também alferes (ou palhaço), ajudante,requinta, tala, contra-tala, respondedor de tala,tipli, contra-tipli, bandeireiro e pessoas compandeiro, chocalho, melê, sanfona, violino,violão, viola, bandola, bandolim, banjo e maisfiéis ao redor. Tudo para homenagear Gaspar,Belchior e Baltazar, três sábios tomados comoreis pela tradição católica, responsáveis pelasprimeiras – e talvez únicas – honrariasrecebidas por Jesus em sua jornada de messias– ouro, incenso e mirra.

“É tudo galho que saiu de um tronco só.Uma família formou uma companhia e aí vieramoutras. É coisa que só a fé em Santos Reis paraexplicar”, diz Morivaldo Ramos, 56 anos, alferesda Companhia de Reis dos Prudêncio - Bairroda Laje. Os levantamentos históricos feitos porLuciene Belleboni, referendados pela opinião

Tradição que liga famílias e forma devotos

do antropólogo Carlos Rodrigues Brandão, daUnicamp (Universidade de Campinas), dão contaque essa agremiação, com 110 anos deexistência, é a mais antiga do Brasil. Tudocomeçou com o embaixador José Prudêncio daSilva, que se mudou de Minas Gerais para obairro rural das Lajes. A companhia foipassando para o filho, depois para o neto ehoje já chegou ao bisneto.

A exposição tem monitores especialmentetreinados para receber os alunos do EnsinoFundamental nas visitas. O trabalho expostoservirá de atividade extra-curricular paraestudantes. Eles realizarão três atividades: a

Arte-Educação

produção de um texto sobre história de umadas Companhias de Reis da cidade, uma redaçãosobre a experiência vivida durante a visita àexposição e uma pesquisa fotográfica sobreesta manifestação da cultura popular caju-

ruense. “Queremos contribuir com amemória histórica e a preservaçãodesse fazer ar tístico da culturapopular de Cajuru. A exposição criaum espaço de discussão, queprivilegia a riqueza do significado daFesta de Santos Reis para acomunidade local e regional”, afirmaLuciene Belleboni. Além dela, fazemparte do projeto o produtor executivoLucas Aukar de Camargo, aassistente de produção BetâniaBelleboni e o designer visual RafaelBarbero.

Page 16: Receita Original

porta-luvas

1 61 61 61 61 6

Pode ser vermelha, de preferência, se apessoa for mestre, falar bastante, rimar e versarcom gosto. E as máscaras fortes, horrendasmesmo, de botar medo em criança, são marca

registrada.

O salferessão aalegria e ar e n i t ê n c i avisível dasCompanhias deReis no embatemudo contra am o d e r n i d a d eglobalizada. “Pagopromessa da minhaavó. Pago faz 22anos e não paro mais.Pago com o coraçãoalegre”, fala, emocio-nado, Adezílio Paulinode Souza, 43 anos, o“Xoxim” como é conhecido.Alferes de versos fáceis epiedosos da Companhia deReis Sagrada Família, Xoximjá ensina ao filho Vitor Hugoas ar tes da louvação. Ogaroto, de 2 anos apenas,é o mais jovem alferes doBrasil e mantém viva atradição.

As emoções e adevoção em Santos Reisteimam em transbordar e

Alferes – Roupa de chita ou chitão é sagrada,quanto mais estampada melhor

impregnar mesmo quem está lá por Cajuruapenas de passagem. José Porto Aguiar, de 72anos, alferes da Companhia de Reis União, éuma espécie de depositário fiel desta memória,que é muita fé e um tanto de imagináriocoletivo. “Tem Alferes que tem o dom dos

versos. Eu sou mais calmo. Mas vejo tudocom o coração. Canto, beijo bandeira, me

ajoelho e faço meus versos do meujeito. Nós, Alferes, somoscomo os anjos que, com barro

no rosto, enganaramHerodes e salvaram o

menino Jesus”,afirma.

Al feres da Companhia de ReisAl feres da Companhia de ReisAl feres da Companhia de ReisAl feres da Companhia de ReisAl feres da Companhia de ReisMagos do OrienteMagos do OrienteMagos do OrienteMagos do OrienteMagos do Oriente

Page 17: Receita Original

porta-luvas

1 71 71 71 71 7

MÚSICA

Quem poderia imaginar um encontro daDalva de Oliveira com seu filho Pery Ribeiro em2007? Dalva morreu em 1972. O encontroaconteceu no dia 22 de abril, em São Carlos,em um estúdio de gravação e eu explico: Peryfoi conhecer Vilma, a cantora que vai interpretarsua mãe no espetáculo Viva Dalva 90 Anos daEstrela produzido para comemorar os 90 anosde nascimento da cantora, diva da músicabrasileira.

Tudo começou com o músico FernandoBarros, violinista apaixonado por HeriveltoMartins, pai de Pery e marido de Dalva deOliveira. Em uma conversa com Vilma Faggioli,seu entusiasmo pelo trabalho do compositorlevou-o a descobrir histórias sobre a vida docasal e a vida de Dalva de Oliveira em Itirapina,onde ainda mora uma de suas tias, Dona Lucila.

Foi esta que narrou muito do que oespetáculo procura reproduzir. Fernando e Vilmalevaram a idéia para Fátima Camargo, diretorado Projeto Contribuintes, que também tem laçoscom Itirapina e cuja família também conheceuDalva de Oliveira.

Uma noitepara não seresquecida

lembraDalva

de Oliveira

Fátima juntou ao grupo Júlio Peronti (que,no espetáculo interpreta Herivelto Martins e PeryRibeiro), Clayton Almeida (Nilo Chagas) e estavaformado o Trio de Ouro, grupo que, comandadopor Herivelto Martins, fez grandes sucessos namúsica brasileira a partir dos anos 30.

O acompanhamento musical é feito porFernando Barros (violão), Ricardo Finazzi(contrabaixo), Thadeu Romano (acordeon ebandoneon), Alessandro Silva (clarinete e sax),Misael Sena (viol ino) e Emíl io Mar tins(percussão).

Ao ser perguntado sobre como via a idéiado espetáculo e sobre o ensaio, Pery Ribeirorespondeu: “O ensaio tem o meu aval. Aval de

Claudio Luiz de Carvalho

Imagem de arquivo

Imagem de arquivo

Page 18: Receita Original

porta-luvas

1 81 81 81 81 8

quem viveu tudo isto e vê pessoas absorvendoas canções e a postura de minha mãe. A Vilmaé espetacular. Não precisa imitar. Se conduzcomo minha mãe. Canta como minha mãe.Chega muito perto. Os arranjos são muito bons,o tratamento melódico e harmônico é excelente”.

Um momento mágico aconteceu no ensaio,quando Pery e Vilma cantaram Ave Maria. Vilmanão conseguiu conter a emoção e chorou.

Aliás, emoção que se repetiu na estréia doViva Dalva 90 Anos da Estrela, realizado emRio Claro, no Teatro do Sesi, no dia 11 demaio.

Como a emoção brotando junto com suaspalavras, Pery Ribeiro, que chorou quando ouviuAve Maria no Morro, afirmou que tem a honrade ver o quanto sua mãe é cultivada. Disse,ainda, “que o espetáculo está muito verdadeiro,não é um lugar comum. Minha mãe está maisviva do que nunca. Tenho orgulho disso”.

Para ele, o fato de a vida de sua mãe estarsendo resgatada por meio de um espetáculocomo esse, produzido em uma cidade do interiorde São Paulo, distante dos grandes centros “éalgo maravilhoso. Tenho muito orgulho, me dámuito prazer. Sou filho de uma mulher quedesmente a falta de memória do Brasil, poisela sempre é lembrada. Quase 40 anos após

sua morte. A força da história de Dalva é muitogrande.”

Zuza Homem de Mello: produtor musical,presente na platéia e que conheceu Dalva,Herivelto e o Trio de Ouro, afirma que VivaDalva 90 Anos “é um espetáculo honesto,sincero, puro. Um tesouro a descoberta da VilmaFaggioli. Há momentos que parece dublagem.Emoção pura. Um espetáculo para ficar emcartaz no Brasil por pelo menos dois anos”.

A admiração de Zuza por Vilma não é única.Mas, isto tem explicação e é ela mesmo quemexplica: “a música é um estado de espírito eessas músicas cantadas por Dalva de Oliveiratêm muita emoção. Dalva tinha emoção. Vivê-la nesse espetáculo é um sonho”.

Felizes os que puderam presenciar a estréiado Viva Dalva 90 Anos da Estrela. Lotado, oteatro não pôde abrigar uma fila de pelo menosmais 30% da sua capacidade que esperoufora a possibilidade de ver o espetáculo.

Mas, já estavam programadas pelo menostrês novas apresentações: dias 11 e 12 deJulho, no Teatro do Sesc, em São Carlos e dia15 de Julho no Teatro do Sesc de Araraqura. É o que informa Fátima Camargo, idealizadorae produtora do Viva Dalva.

É ela também quem explica o que o

Imagem de arquivo

Page 19: Receita Original

porta-luvas

1 91 91 91 91 9

Dalva de Oliveira nasceu Vicente Paula de Oliveira, filha de uma família muito humilde.Foi faxineira, costureira. Passou por orfanato, infância com poucos brinquedos, mas, felizmente,com muita música. Cantou sob a lona de circos. Juntou-se à dupla Preto e Branco, o que deuorigem ao Trio de Ouro. Casou-se com Herivelto Martins, um dos maiores compositoresbrasileiros de todo os tempos e, com ele, teve dois filhos, Pery e Ubiratan. Separada deHerivelto, sofreu com as manchetes escandalosas de todos os jornais e viveu uma grandepolêmica musical com o ex-marido, mas sucesso maior em carreira solo, graças a sua grandeempatia com o público. Seus sucessos mais lembrados são Máscara Negra, Bandeira Branca,Tudo acabado, Que será, Calúnia, Poeira de Chão, Kalu, Olhos Verdes, Segredo, Pastorinhas,todas apresentadas no Viva Dalva 90 Anos da Estrela. Dalva morreu em 31 de Agosto de 1972.

Pery Ribeiro conta a história de seus pais no livro “Minhas DuasEstrelas – uma vida com meus pais Dalva de Oliveira e HeriveltoMartins”, escrito junto com a jornalista Ana Duarte, sua ex-mulher.É um livro de memória, um relato vivido de um filho que ama ospais que teve, feito de forma emocionada e verdadeira. É umahistória muito densa, que inclui também a história de um tempoexcepcional da música brasileira. “Minhas duas Estrelas” é umlançamento da Editora Globo.

espetáculo procura mostrar : “É umahomenagem aos 90 anos de nascimento deDalva de Oliveira, um dos mais importantespatrimônios da música brasileira. Nossaproposta foi criar um caminho para reacendero interesse pela grandeza artística de Dalva ede Herivelto Mar tins. O trabalho musical deambos contém interpretações inigualáveis eum reper tório que deve ser relembrado edivulgado ao público de todas as idades, nosdias de hoje e sempre”.

Zuza Homem de Mello resume,de forma simples: “era uma pessoamuito simples, mas com um poderde percepção de onde está o fulcrode uma canção. A obra gravadapela Dalva é uma obra fulgurante.É sem dúvida uma das cincomaiores cantoras brasileiras detodos os tempos. Ela é um marcona história da música popularbrasileira”.

Antes do início do espetáculo,a cidade de Rio Claro, onde a estrela

nasceu no dia 5 de Maio de 1917, prestou-lheuma justíssima homenagem, apresentando aoseu filho a placa que será colocada na praçaque lhe dá nome.

Viva Dalva 90 Anos da Estrela é umapromoção do Projeto Contribuintes da Cultura,da FAI - Fundação de Apoio ao DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico, da Universidade Federalde São Carlos. O espetáculo Viva Dalva aguardaavaliação do Ministério da Cultura para sebeneficiar dos incentivos da Lei Rouanet.

Imagem de arquivo

Page 20: Receita Original

porta-luvas

2 02 02 02 02 0

TRADIÇÃO

Bauru - Sanduíche com história

A criação do sanduíche mais famoso do Brasile seu reconhecimento como

atrativo turístico da cidade de BauruMilena Ar thur

São Paulo, início da década de 30. A cidadeainda vivia as mudanças deflagradas pelaSemana de Ar te Moderna de 1922. DaFaculdade de Direito do Largo São Franciscosaíram as idéias que culminaram nosmovimentos políticos mais impor tantes dahistória do Brasil, incluindo a RevoluçãoConstitucionalista de 1932. No Largo doPaissandu, o pequeno e refinado bar “PontoChic” é o ponto de encontro de intelectuais,estudantes e boêmios.

Casimiro Pinto Neto era um dos privilegiadosque circulava em ambos os locais nessa época.Orgulhoso de sua cidade natal, foi apelidadopelos colegas de faculdade como “Bauru”.Inspirado por esse cenário, o próprio Casimiroconta como, numa noite de 1934, entrou noPonto Chic com muita fome e foi logo pedindoao sanduicheiro Carlos:

“Abre um pão francês, tira o miolo e botaum pouco de queijo derretido dentro. Depoisdisso o Carlos já ia fechando o pão eu falei:Calma, falta um pouco de albumina e proteína

nisso, (Eu tinha lido em um opúsculo livreto dealimentação para crianças, da Secretaria deEducação e Saúde, escrito pelo Ex-prefeitoWladimir de Toledo Pisa, também freqüentadordo Ponto Chic - que a carne era rica nessesdois elementos) bota umas fatias de roast beefjunto com o queijo e já ia fechando de novoquando eu tornei a falar: Falta vitamina, botaaí umas fatias de tomate. Este é o verdadeiroBAURU. Quando eu estava comendo o segundosanduíche chegou o “Quico” - Antônio BocciniJr., que era muito guloso e pegou um pedaçodo meu sanduíche e gostou. Aí ele gritou parao garçom: Me vê um desses do ‘Bauru’.”

Desde então, a fama do sanduíche correupor si própria. Os amigos foram experimentandoe o nome “pegou”. Para pedir, todos falavam:“Me vê um do Bauru”. Com a difusão do lanche,surgiram diversas variações da receita original,sendo que a mais conhecida - e que foiverdadeiramente o grande difusor do seu nome- é a de presunto, queijo e tomate no pãofrancês ou de forma, tostado.

Bauru, o originaldesde 1934

Page 21: Receita Original

porta-luvas

2 12 12 12 12 1

Embora o sanduíche tenha sido criado nacapital paulista, ficou a cargo dos própriosbauruenses a iniciativa de criar meios paraperpetuar a tradição que Casimiro começou hámais de 70 anos. Com esse foco, o ConselhoMunicipal de Turismo de Bauru lançou oprograma “Bauru Tradicional”, que estácertificando os bares, lanchonetes e restau-rantes da cidade que trazem em seus cardápiosa receita original.

O dono do estabelecimento que seinteressar em aderir ao programa recebe avisita de uma comissão técnica que avalia amaneira como é produzido o sanduíche.Confirmado que a receita está de acordo com aoriginal, a certificação é publicada no DiárioOficial do município e a empresa recebe o selo“Bauru Tradicional: EstabelecimentoCer tificado”. Segundo Helerson Balderramas,presidente do COMTUR, “a idéia é resgatar omodo de preparo e os ingredientes básicos dareceita original, mas é preciso respeitar odiferencial de cada estabelecimento a fim denão limitar a concorrência”.

A preocupação em registrar os aconte-cimentos históricos em torno do Bauru começouem 2006, quando foi criada no Museu HistóricoMunicipal uma sala para homenagear JoséFrancisco Júnior, o “Zé do Skinão”, personagem

Trabalhando para preservar a tradição

fundamental na difusão da receita originaldentre os bauruenses. Na década de 50, ogarçom José Francisco conheceu a receitaoriginal no Ponto Chic e teve contato com opróprio Casimiro. Quando soube que o bar ondeo Bauru havia sido criado iria fechar, Zé doSkinão decidiu que seria sua responsabilidadenão deixar a tradição desaparecer.

Em 1972, começou a produzir o legítimoBauru na sua própria lanchonete, o SkinãoLanches, e transformou seu estabelecimentonuma referência na divulgação da receitaoriginal, distribuindo muitas vezes o lanchegratuitamente para que a população “tomassegosto” por ele. Três anos mais tarde, o PontoChic foi reinaugurado no mesmo local eatualmente tem quatro lojas na capital.

Quanto ao Skinão, permaneceu por 30 anosna avenida Rodrigues Alves. Com a morte deJosé Francisco em 2002 seu filho, Marco AntonioFrancisco, o “Marquinho”, assumiu o legadodeixado pelo pai e investiu no negócio da família,transferindo a lanchonete para um espaçomoderno nos Altos da Cidade. Basta trocarpoucas palavras com Marquinho para descobrirque ele também herdou a paixão do pai pelahistória do lanche: “Para mim, não existe outrareceita de Bauru a não ser a original. Tenhovários lanches no meu cardápio, mas Bauru só

tem um”.A paixão pela cidade

também foi a inspiração deEgberto Cavariani ao abrir oBauru Chic. Quando ainda era

“O segredo deste sanduícheestá na seleção de ingredientesnobres: amor, dedicação e arte.é assim que se faz uma receitacom sabor da nossa Bauru.” -Zé do Skinão

Page 22: Receita Original

Bauru Chic: cardápio variado e decoração temática

porta-luvas

2 22 22 22 22 2

A criação do selo e da sala no museuforam os primeiros passos para um projetoainda mais ambicioso. A diretora demuseus da Secretaria Municipal doDesenvolvimento Econômico, CynthiaBombini Ferreira, com a ajuda dopesquisador Paulo Sérgio Folcato, estáreunindo uma vasta documentação a fimde obter por parte do IPHAN (Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional)o reconhecimento do Bauru comoPatrimônio Cultural. O processo teve inícioem 2005, quando Cynthia teve acesso aum documento registrado em cartório pelaesposa e filhas de Casimiro, descrevendoa receita ditada por ele: pão francês semmiolo, fatias de rosbife, rodelas de tomateitaliano e mussarela derretida em banho-maria”. “Será um dos primeiros pratosnacionais a receber esse tipo dereconhecimento”, ressalta ela.

Em busca doreconhecimento

nacional

A receita do legítimo Bauru, registrada em car tório

Brasil”, conta ele. O simpático barjá diz ao que veio logo na fachada:acima da por ta, uma foto deCasimiro Pinto Neto quando aindaera estudante de Direito. O interioré pura história: paredes repletas debelas fotos de pessoas nascidas emBauru ou que têm estreita ligaçãocom a cidade. Personalidadesfamosas como o Rei Pelé e oastronauta Marcos Pontes dentretantos outros, sendo que a maioriados retratos trazem dedicatórias. O

mesmo cuidado com a decoração foi aplicadoao cardápio, que traz dez variações do Baurucuidadosamente selecionadas, incluindo areceita original.

professor universitário de Educação Física, eledecidiu que esse seria o tema ideal para o seunegócio depois da aposentadoria: “Queria criarum bar temático, que valorizasse a história dacidade servindo o sanduíche mais famoso do

Page 23: Receita Original

A popularidade do Bauru não aconteceu por acaso. Além de ser um lanche saboroso, seupreparo é bastante simples e você pode fazer em casa. Outro ponto favorável é o fato de seruma refeição saudável, bem balanceada do ponto de vista nutricional e com valor energéticobaixo: 306,56 Kcal (considerando as calorias do queijo antes do derretimento; parte dagordura do queijo é descartada no banho-maria o que deve reduzir esse valor). Segundorelatos de familiares e amigos, essa receita era especialmente favorável à Casimiro pois elesofria de problemas estomacais.

Ingred ientes :Ingred ientes :Ingred ientes :Ingred ientes :Ingred ientes :• 1 pão francês sem miolo;• 3 fatias de queijo mussarela;• 3 rodelas de tomate;• 3 fatias de rosbife (veja a receita abaixo);• 3 rodelas de pepino (picles)*;• Sal e orégano a gosto.* o pepino é opcional pois só foi incorporado à receita em 1950.

Modo de preparo:Modo de preparo:Modo de preparo:Modo de preparo:Modo de preparo:Prepare numa assadeira um banho-maria: coloque um pouco de água e leve ao fogo para

aquecer. Abra o pão em duas partes e retire o miolo. Em uma das partes, coloque as fatias derosbife frio, as rodelas de tomate e as de pepino. No banho-maria, coloque algumas fatias dequeijo. Quando estiver derretido, coloque o queijo na outra fatia de pão e una as duas partes.O calor de queijo aquecerá os demais ingredientes do sanduíche.

Receita de Rosbife (Roastbeef):Receita de Rosbife (Roastbeef):Receita de Rosbife (Roastbeef):Receita de Rosbife (Roastbeef):Receita de Rosbife (Roastbeef):• 2 Kg de Lagarto;• 3 colheres de sopa de manteiga;• Caldo de 1 limão;• Sal e pimenta do reino à gosto.

Pré-aqueça o forno em 200ºC. Limpe a carne, retirando a gordura externa. Tempere edeixe marinar por 1 hora. Em uma frigideira grande ou chapa de ferro coloque a manteiga eleve ao fogo forte para derreter. Coloque o lagar to, frite os lados, até ficar bem dourado. Emuma assadeira untada, leve ao forno por 45 minutos. Retire e leve à geladeira por 1 hora. Cor teem fatias bem finas, de preferência no fatiador de frios ou faca elétrica.

A receita original

O queijo é derretidoem banho-maria

Ingredientes

porta-luvas

2 32 32 32 32 3

Page 24: Receita Original

porta-luvas

2 42 42 42 42 4

PATROCINADOR

Programas de saúde ajudam aprevenir acidentes e aumentam

segurança nas rodovias

A cena é inesquecível. Um caminhoneiroatravessa a pé as duas pistas de uma rodovia.Ele desmaia já na faixa de domínio e é socorridopela equipe médica de plantão no Pit Stop,programa de atendimento médico gratuitodestinado a caminhoneiros e outros usuáriosdas rodovias concedidas à Vianor te. Ocaminhoneiro tentava alcançar uma dasbarracas de saúde no local, alertado por faixasnas rodovias e pelos arrecadadores do pedágio.Com a pressão ar terial muito elevada, foimedicado e encaminhado para atendimentoespecializado. Na mesma edição do programa,em um único dia, foram usadas 10 unidadesde um comprimido para abaixar a pressãoarterial. Um recorde, segundo os médicos eorganizadores do evento.

É senso comum entre as concessionáriasda OHL Brasil (Autovias, Centrovias, Intervias eVianorte) que a saúde dos caminhoneiros –principal público-alvo dos programas – é pontoimportante para o bem estar desses usuários epara a segurança viária. Todas (Autovias,Centrovias, Intervias e Vianor te) realizamprograma de atendimento em saúde, poisentendem que a melhoria dela passa, porexemplo, pelo oferecimento de serviços tãodistintos quanto singulares, como cor tes decabelo, tratamento de calos, vacinação,orientação sobre postura correta ou examescardiológicos, do pulmão ou da próstata.

No ano anterior as concessionárias definemas datas de cada etapa do programa para oano seguinte, a fim de que não haja coincidência

Page 25: Receita Original

porta-luvas

2 52 52 52 52 5

Prevenção ao câncer da próstata euso de anfetaminas

Entre os serviços médicos oferecidos nascampanhas do Saúde na Estrada da Autoviasestão a consulta com o médico urologista e oexame para prevenção ao câncer de próstata.O exame somente é feito se o caminhoneiroquiser e se sentir à vontade para isso e érealizado em uma sala privativa, na qual oacesso é permitido apenas ao paciente e aomédico urologista. O urologista Cássio AntônioBottene Schineider já par ticipou de três

campanhas. “O papel educacional é fundamentalpara a prevenção de doenças como o câncerde próstata”, disse.

A campanha conta com médicos cardio-logistas que orientam os motoristas quanto aorisco para a saúde que causa o uso do “arrebite”(anfetaminas). O uso de anfetaminas podeprovocar alteração de pressão e váriosproblemas cardíacos. Isso se agrava quando omotorista é hiper tenso.

de dias e que o maior número de usuáriospossa ser beneficiado.

As campanhas acontecem por dois ou trêsdias seguidos em pontos de grande fluxo oupassagem de caminhoneiros, geralmente postosde combustível à margem de uma rodovia. Osserviços podem variar de concessionária paraconcessionária, mas de maneira ampla sãooferecidos, gratuitamente, exames de diabetes,pressão arterial, colesterol e visão; avaliaçãoda qualidade do sono, peso, altura e IMC (Índicede Massa Corpórea); vacinas contra difteria,tétano, caxumba, sarampo, rubéola, febreamarela e hepatite B; orientações nas áreas deFisioterapia, Nutrição, Enfermagem e Farmácia,

DST/AIDS; atendimento odontológico; serviçosde Podologia e cor te de cabelo; inspeçãoveicular para carros e caminhões; e consultason line sobre IPVA (Imposto sobre Propriedadede Veículos Automotores), multas, licenciamentoe pontuação na CNH (Car teira Nacional deHabilitação).

As concessionárias participam, ainda, decampanhas de vacinação contra a poliomelite,contra a gripe (para idosos), de combate aocâncer ginecológico, realizadas em conjuntocom as secretarias municipais de Saúde, alémde mediante apresentação da receita adistribuição de medicamentos, do ProgramaDose Certa.

Page 26: Receita Original

2 62 62 62 62 6

porta-luvas

O caminhoneiro André Barbosa, de 29 anos,morador da cidade de São Gabriel D´Oeste(MT), parou em uma das campanhas de saúde“para colocar a saúde em dia e passou portodos os atendimentos. Nós não temos tempode parar para fazer exames, cuidar dos dentes.Aqui pude fazer tudo isso, de uma vez só. Foiuma beleza”, contou.

Um dos parceiros antigos das campanhasé o programa “Sorrindo com a Ford”, da

Saúde bucal é saúde para o corpo todo

montadora de mesmo nome. Neste programaatua o cirurgião-dentista Cássio de Mello,idealizador do Odontomóvel, um caminhão-baú adaptado para ser um moderno consultóriodentário, equipado para realizar desde umasimples consulta até uma pequena cirurgiabucal.

“Já vivenciei histórias incríveis e tristes, comoa de encontrar um caminhoneiro que usavaágua de bateria para amenizar a dor de umdente cariado, ou outro que nunca haviaescovado os dentes na vida. Quando oscaminhoneiros sentem dor de dente utilizamqualquer objeto ou coisa que estejam a suafrente. Eles chegam a usar ferramentas doscaminhões para extrair um dente. È precisotomar muito cuidado. Por causa de descuidocom a higiene bucal outros órgãos podem serafetados. O mundo deles é muito distante doque conhecemos. As informações não chegamaté eles. Daí, mais um motivo para asconcessionárias manterem seus programas deatendimento médico e odontológico paracaminhoneiros”, testemunhou. Cássio vê comentusiasmo e crê na importância de eventoscomo o Pit Stop da Vianorte e do Mais Saúdena Estrada, realizado pela Centrovias, eventosnos quais participa com seu Odontomóvel.

Page 27: Receita Original

porta-luvas

2 72 72 72 72 7

O Programa Saúde naBoléia foi criado emsetembro de 2001 como objetivo de oferecer umserviço de saúde comqualidade e gratuito paraos caminhoneiros em seuambiente de trabalho: asestradas. Além disso, oPrograma buscaconhecer melhor osfatores de risco paraacidentes de trânsito eestimular mudanças dehábitos e atitudes dessesprofissionais.

Em cada edição doPrograma Saúde na Boléia a Intervias priorizauma campanha de saúde com médicosespecialistas para examinar e orientar sobre aprevenção da doença, além de oferecer umcheck-up. Além dos exames comuns a todas asoutras empresas da OHL Brasil, realiza triagemoftalmológica completa com o fornecimentode óculos.

Nas campanhas, após avaliações físicas e ocálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), oscaminhoneiros recebem as orientações dosprofissionais sobre alimentação saudável,prática de exercícios físicos e postura correta.

Para atendimento permanente aoscaminhoneiros, a Intervias mantém o Posto deAtendimento ao Caminhoneiro (fixo), comambulatório médico e odontológico, operadopor profissionais especializados em casos de

Saúde na Boléia atende a mais de44 mil caminhoneiros

emergência. Ele está localizado na RodoviaAnhangüera, Km 164, Pista Norte, na cidade deAraras.

Page 28: Receita Original

porta-luvas

2 82 82 82 82 8

1948 - Um ano diferente para Descalvado.Desde 1937, quando Vargas instituiu o EstadoNovo, que não se elegia uma Câmara Municipal.A cidade durante anos foi governada porprefeitos nomeados. A 2ª Grande Guerra Mundialtinha terminado apenas três anos antes, masainda deixava profunda, suas cicatrizes. Mas1948 trazia de volta a democracia. Descalvadoelegeria a maior Câmara de sua história. Nadamenos que 21 Vereadores, entre efetivos esuplentes seriam empossados pelo MM. Juizda Comarca, em 1º de janeiro. O Plenário viriareunir Vereadores ilustres, oradores eloqüentes,escolhidos dentre as maiores personalidadesda época e que apresentariam projetos degrandeza para o Município, tal como a criaçãodo Ginásio Estadual, trazendo um grandebenefício para os estudantes, que até então,viajavam diariamente por trem atéPirassununga. Na Câmara, um Vereador sedestacaria por sua simplicidade, seuspronunciamentos polêmicos e suaoratória controvertida, além decultivar um sonho: a proteçãoaos animais. Talvez tenha sidoprecursor da SociedadeProtetora dos Animais. Não seconformou quando empronunciamento, um colegadisse que muitos assuntos sópoderiam ser resolvidos com reio

BEBEDOURO DOS ANIMAIS

Luiz Carlindo Arruda Kastein

Este conto mistura realidade e ficção.Vereador e bebedouro existiram, o último resistiu ao

tempo, permanecendo firme ao lado da estação, comoque esperando ouvir novamente o apito do guardatrem, a comandar a saída do comboio, que um dia

partiu para nunca mais voltar.

nas costas. Logo aparteou: “reio nem em costade animal, quando mais de homem, muitomenos de edil”. E deste ideal, de proteger osanimais, nasceu uma obsessão: A construçãode uma obra que perpetuasse seu nome e seuinteresse nos animais. A proposta nasceuconcreta na Câmara: um bebedouro paraanimais ao lado da estação ferroviária. Foiacolhida pelo Plenário e pelo Prefeito. Mãos aobra, os funcionários municipais construíram obebedouro. Dia de inauguração. A cidadeamanheceu em festa. Feriado municipal, apopulação vestida com roupa de domingo,Prefeito e Vereadores, Juiz, Promotor, Delegado,o Padre e os coroinhas, a Banda Santa Cecília,que não poderia faltar, a entoar seus dobrados.Rojões, bandeiras. O povo se comprimindo nolargo da estação, muitas palmas. O orador nãopoderia ser outro, senão o ilustre Vereador,autor da propositura. No seu jeito simples,discurso decorado, empunha o microfone da

rádio propaganda, fala palavrasbonitas, emudece a população.

Terminada a oratória, emocio-nado, não resiste a um atoheróico: retira o paletó,afrouxa a gravata, arregaçaas mangas da camisa, debruça-

se sobre o bebedouro. Mergulhaas mãos suadas de emoção nas

águas límpidas, enche-as com o

“reio nem emcosta de animal,quando mais dehomem, muitomenos de edil”

CONTO

Page 29: Receita Original

porta-luvas

2 92 92 92 92 9

precioso líquido, levando à boca e bebendocomo o mais sedento dos seres. Depois vira-separa o povo e brada em bom tom: “Estáinaugurado o bebedouro dos animais”. Pobreinfeliz. Não faltou presença de espírito a umanônimo opositor político, que em meio aopovo, encobrindo o som da banda, o espoucar

dos rojões, os aplausos, a gritaria, berra a plenospulmões: “Claro, o demagogo Vereador foi oprimeiro animal a beber”. O Vereador, rubro,estourando de raiva, fez que não ouviu, apertouas mãos do Prefeito, do Juiz e de quem maispôde. Pediu que fosse jogada água benta, queos animais bebessem, que o povo cantasse,que a banda tocasse, enfim, que algo

acontecesse. Mas nada acontecia. Umagargalhada geral para encerrar uma solenidadetão sonhada. Ah, ilustre Vereador, que como amaioria dos políticos, deveria ter se lembradodo ditado popular: “Muitas vezes, as palavrasvalem prata, mas o silêncio, vale ouro...” Hojequem quiser, pode conhecer o bebedouro que

fica na rua D. Pedro II, bem ao lado da futurapraça “Florência Maria de Jesus” per to daestação ferroviária. Um patrimônio histórico queo tempo não destruiu. As palavras do Vereadorse perderam ao vento, mas sua vontade seconsolidou: até hoje, quase 50 anos depois, osanimais ainda saciam sua sede no bebedouroque ele deveria ter inaugurado...calado.

Page 30: Receita Original

porta-luvas

3 03 03 03 03 0

>> “Já tive a oportunidade de ler as quatro edições dessa revista, que por sinal é muito boa,pois destaca a rica cultura que temos em nossas cidades e que muitas vezes passadespercebida, além de enfocar os artistas anônimos que muito enriquecem nossa cultura.Parabéns a essa revista que resgata a cultura do nosso interior paulista, porque uma cidadeque não preserva sua cultura é uma idade sem identidade.”

João Luiz de Souza – Mauá (SP)João Luiz de Souza – Mauá (SP)João Luiz de Souza – Mauá (SP)João Luiz de Souza – Mauá (SP)João Luiz de Souza – Mauá (SP)

RRRRResposta:esposta:esposta:esposta:esposta: João, nossos agradecimentos aos seus comentários. Porta-Luvas tem mesmocomo proposta esse resgate da cultural regional.

>> “Sou o Tinoco (da dupla Tonico e Tinoco) e quero parabenizá-los pela matéria “Músicacaipira na história de um teatro”. Em viagem para a cidade de Caconde, recebe a revistaPorta-Luvas e, ao chegar em São Paulo, resolvi escrever para vocês. Coloco-me à disposição egostaria de receber as futuras edições da revista, pois a achei de ótima qualidade”.

Tinoco – São PauloTinoco – São PauloTinoco – São PauloTinoco – São PauloTinoco – São Paulo

Resposta:Resposta:Resposta:Resposta:Resposta: Caro Tinoco, só procuramos contar a todos um pouco da cultura regional de nossoEstado, para a qual você e seu irmão já contribuíram muito.

>> “Parabenizo pela revista Porta-Luvas. Planejo, a partir do próximo semestre, passear comminha filha pelas cidades da região (para que ela conheça mais sobre o nosso Estado) e operiódico muito nos ajudará”.

Magal i Paixão – jornal ista – Piracicaba (SP)Magal i Paixão – jornal ista – Piracicaba (SP)Magal i Paixão – jornal ista – Piracicaba (SP)Magal i Paixão – jornal ista – Piracicaba (SP)Magal i Paixão – jornal ista – Piracicaba (SP)

Resposta:Resposta:Resposta:Resposta:Resposta: Sentimo-nos satisfeitos em ajudar-lhe em suas viagens. Se descobrir algo queentenda ser possível de divulgação em nossa revista, encaminhe para nós.

>> “Tendo conhecido a revista Porta-Luvas recentemente, me apaixonei pela propriedadecom que ele nos convida a visitar nossa história por meio dos marcos e dos sujeitos sociais queatuaram durante todo esse tempo em nosso país, mais precisamente em alguns recantos que,por muitas vezes, passam despercebidos aos nossos olhos! Parabéns pelo brilhante trabalho!Isso é cidadania, isso é respeitar o legado de tantas gerações que formaram nosso povo, nossacultura e nos deram uma real identidade. Ficaria honrada, como professora que sou, de teracesso a outros exemplares, para meu próprio deleite e para utilizá-los nas escolas comoexcelente material de apoio à formação dos jovens”.

Susete Sof ient ino Gouveia – Guairá (SP)Susete Sof ient ino Gouveia – Guairá (SP)Susete Sof ient ino Gouveia – Guairá (SP)Susete Sof ient ino Gouveia – Guairá (SP)Susete Sof ient ino Gouveia – Guairá (SP)

Resposta:Resposta:Resposta:Resposta:Resposta: Professora Susete, estamos sensibilizados pelos seus comentários. Eles nosfortalecem mais na busca de cada dia produzir uma revista com qualidade. Não imaginávamosque a Porta-Luvas poderia ser utilizada em sala de aula. Mas, creia, isso aumenta nossocompromisso em fazer da Porta-Luvas uma revista que contribua para a formação de nossajuventude. Seu nome foi incluído no nosso cadastro de assinantes e a senhora deverá receberas próximas edições. As edições anteriores já estão no site - www.emana.art.br/link_porta_luvas.html.

C A R T A S

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 31: Receita Original

porta-luvas

3 13 13 13 13 1

>> “Venho, por meio desta, parabeniza-los por esta revista Porta-Luvas, a qual vempreencher uma lacuna na área de cultura e lazer nesta região que é a divulgação dos eventosdas cidades. Parabéns.”

Luis Antonio Gonçalves - São Carlos – SPLuis Antonio Gonçalves - São Carlos – SPLuis Antonio Gonçalves - São Carlos – SPLuis Antonio Gonçalves - São Carlos – SPLuis Antonio Gonçalves - São Carlos – SP

RRRRRespostaespostaespostaespostaesposta::::: A equipe da Porta-Luvas agradece seus comentários.

>> “Ao pessoal da revista Porta-Luvas:Em primeiro lugar, parabenizo à vocês, pois essa revista é mesmo nota 1000! Encontrei elapor acaso, jogada na calçada perto de casa, e só pela capa, já me interessei (até pensei quefosse um tipo de mapa, pelo menos do estado de São Paulo ou algum outro estado)!Pra minha surpresa, foi mais do que eu imaginei, pois ela é mais do que uma revista, érealmente algo que tem que ficar sempre no porta-luvas!Continuem assim, caprichando nesta revista e que essa revista ainda exista por mais mil anos!Adorei tudo o que vocês fizeram: “O mapeamento cultural”, “Música”, “Artista Popular”, e oque mais me encantou foi o “Um conto” – Saudade, de Antonio Fais!Parabéns pela revista, vocês realmente capricharam nela! Se não for pedir muito, gostaria de poderreceber a revista de vocês aqui em casa! (ah! Meu endereço esta no verso da carta, ok?!).Desde já muito obrigado e um abraço à todos da revista Porta-Luvas.Agora posso falar um pouquinho de mim: meu nome é Patrícia Rodrigues de Oliveira, tenho 18anos (faço 19 em 24/07/06 - 2º Feira), gosto de estar sempre informada sobre coisas quetem à ver com sertanejo ou (caipira), amei a reportagem que vocês fizeram com o MazinhoQuevedo e sobre João Pacífico.Bom já “falei de +”! Mais uma vez obrigado por se dedicarem à fazer uma revista deconteúdo e de qualidade!Um abraço a todos.”

Patr íc ia R. de Ol iveira - Ribeirão Preto – SPPatr íc ia R. de Ol iveira - Ribeirão Preto – SPPatr íc ia R. de Ol iveira - Ribeirão Preto – SPPatr íc ia R. de Ol iveira - Ribeirão Preto – SPPatr íc ia R. de Ol iveira - Ribeirão Preto – SP

RespostaRespostaRespostaRespostaResposta: : : : : É uma pena que alguém jogou a revista. Ainda bem que você a encontrou e podeapreciar o trabalho que desenvolvemos.

>> “Caro amigo, FernandoEstou lhe escrevendo para parabenizar pelo lançamento da revista Porta-Luvas. Ela é nota

10. Gostei da história do Mazinho Quevedo e também do poeta de alma cabocla. Gosto desdecriança das músicas e declamações que ele compôs. Estou decidido a colecionar essa revista,tenho certeza que muitas coisas boas virão. Sou caminhoneiro há 33 anos e nunca me envolviem acidente, graças à Deus. Se for possível, envia-me a revista Porta-Luvas.

Fico muito grato.José Raimundo da Si lva - João Monlevade – MGJosé Raimundo da Si lva - João Monlevade – MGJosé Raimundo da Si lva - João Monlevade – MGJosé Raimundo da Si lva - João Monlevade – MGJosé Raimundo da Si lva - João Monlevade – MG

Resposta:Resposta:Resposta:Resposta:Resposta: Estaremos enviando periodicamente a revista, José Raimundo. Seu exemplo detrabalhar como caminhoneiro por todo esse tempo sem acidentes é animador.

Fale conosco > Envie as cartas ou e-mails para esta seção com nome, RG, endereçoe telefone. A revista Porta-Luvas se reserva o direito de, sem alterar o conteúdo, resumire adaptar os textos publicados.

Page 32: Receita Original