recapeamentos sem funÇÃo estrutural · agregado: calcário moído, cinza voadora (fly ash), pó...

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1 Engº Pery C. G. de Castro Revisado em setembro/2009 PARTE 2 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL 2 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL OBJETIVO: melhorar as condições da superfície do pavimento A) Lama asfáltica B) Micro revestimento C) Tratamento superficial (capa selante)

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1

1

Engº Pery C. G. de Castro

Revisado em setembro/2009

PARTE 2

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL

2

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO

ESTRUTURAL

OBJETIVO: melhorar as condições da superfície

do pavimento

A) Lama asfáltica

B) Micro revestimento

C) Tratamento superficial (capa selante)

2

3

A) LAMA ASFÁLTICA

Revestimento constituído por agregado

denso, filler mineral, emulsão asfáltica,

com consistência de uma lama quando for

aplicado.

4

A.1) ASFALTO

Emulsão especial para lama asfáltica de

ruptura lenta com as designações:

LA1 e LA2 aniônicas

LA1-c e LA2-c catiônicas

LA-E especial

3

5

A.2) AGREGADO

Constituído por partículas obtidas por britagem.

A granulometria deve se enquadrar numa das faixas.

5%

5%

5%

5%

4%

3%

2%

100

70-90

45-70

28-50

19-34

12-25

7-18

5-15

100

90-100

65-90

45-70

30-50

18-30

10-21

5-15

100

100

90-100

65-90

40-65

25-42

15-30

10-20

3/8” (9,5mm)

# 4 (4,75mm)

# 8 (2,36mm)

# 16 (1,18mm)

# 30 (0,600 mm)

# 50 (0,330 mm)

# 100 (0,150 mm)

# 200 (0,075 mm)

TOLERÃNCIASTIPO IIITIPO IITIPO I

PORCENTAGEM QUE PASSATAMANHO DA

PENEIRA

A faixa de trabalho é obtida da curva de projeto do e as

tolerâncias indicadas

6

A.3) AGREGADO

Problemas que a curva granulométrica do agregado podem

trazer à lama asfáltica.

4

7

A.4) Filler

Granulometria: %passa na peneira nº30 -------- 100%

%passa na peneira nº 50 -------- 95 - 100%

%passa na peneira n 200 -------- ≥ 65%

Pode ser:

1) Quimicamente ativo: interfere no comportamento da lama

asfáltica, cimento portland, cal hidratada, sulfato de

amônica; e

2) Quimicamente inativo: complemento da granulometria do

agregado: calcário moído, cinza voadora (fly ash), pó de

pedra.

8

A.5) Água

Água potável, livre de sais prejudiciais que

comprometam o comportamento da emulsão.

A.6) Aditivos

Substâncias para acelerar ou retardar a

ruptura da emulsão.

5

9

A.7) Projeto da lama asfáltica

É feito usando ensaios específicos e com o

objetivo de definir:

a) Composição, granulometria e porcentagem

do agregado;

b) Tipo e porcentagem de filler;

c) Tipo e porcentagem da emulsão;

d) Quantidade de água; e

e) Necessidade de aditivo.

10

A.8) Aplicações e taxas da lama asfáltica

8,2 à 13,5 kg/m2Rodovias com tráfego muito pesadoTIPOIII

5,5 à 9,0 kg/m2Rodovias

Ruas urbanas e residenciais com tráfego médio a

pesado

TIPO II

3,6 à 5,5 kg/m2Áreas de estacionamento

Ruas urbanas e residenciais com tráfego leve a médio

TIPO I

TAXAS DE

APLICAÇÃO

SUGERIDAS

USOTIPO da LAMA

6

11

A.9) Execução - Preparação da superfícies

a) Remoção de pó, material solto, placas de solo, etc.

• Correção de panelas, desagregação e depressão;

• Ondas, corrugações e ressaltos devem ser removidos;

• Também as áreas com exsudação de asfalto devem ser

removidas;

• As trincas devem ser enchidas antes da aplicação da lama; e

• Se o equipamento que executa a lama asfáltica não dispuser de

barra para umedecer a superfície, ela deve ser umedecida

previamente.

12

A.10) Unidade de dosagem, mistura e espalhamento

7

13

A.11) Unidade de dosagem, mistura e espalhamento

14

A.12) Esquema da unidade de dosagem e mistura

1) Misturador (Pugmil)

2) Silo do filler

3) Aplicação de água no agregado

4) Barra de distribuição de água

5) Silo do agregado

6) Caixa de espalhamento

7) Barra de aplicação da emulsão

8

15

A.13) Esquema da unidade de dosagem, mistura e espalhamento

1) Depósito do agregado

2) Depósito do filler

3) Dosador do agregado

4) Dosador do filler

5) Injetor de emulsão

6) Injetor de água

7) Misturador

8) Caixa de distribuição

9) Descarga da lama asfáltica

16

A.14) Espalhamento da lama asfáltica

9

17

A.15) Calibração

Devem ser feitas as seguintes calibrações:

1) Bomba de dosagem de água

2) Bomba de aplicação da emulsão

3) Dosador do agregado

4) Dosador do filler

18

A.16) Espalhamento

A quantidade de lama asfáltica produzida pelo

equipamento deve ser igual à quantidade espalhada.

Feita a calibração do equipamento para produzir

P kg/h de lama asfáltica deve-se calcular a velocidade

V de espalhamento, que é a velocidade de

deslocamento do caminhão.

Lt .

P V

2m/kg asfáltica lama da taxat

toespalhamen de uraargl

L

10

19

A.17) Juntas

LONGITUDINAIS: Superposição entre duas aplicações

(faixas) adjacentes da ordem de 7 a 10cm

Pode haver necessidade de chanfrar a

borda da 2ª faixa, manualmente com

rastilho.

TRANSVERSAIS

1 a 2cmJUNTA TRANSVERSAL

SENTIDO LONGITUDINAL

PAPEL OU FELTRO DE PROTEÇÃO

PARTE REMOVIDA COM A RETIRADA DO PAPEL

20

A.18) Ruptura e cura

Não será permitido o tráfego sobre a lama

asfáltica até sua cura completa.

Isto evita defeitos na superfície da lama

asfáltica produzidos pelos pneus dos veículos.

11

21

A.19) Exemplo de emprego da lama asfáltica

Não é indicado o emprego da lama

asfáltica em superfície do tipo trinca couro-de-

jacaré (defeito estrutural), porque sua duração

fica reduzida; mas retarda a desagregação do

pavimento.

22

A.20) Close da superfície em que a lama asfáltica foi aplicada

12

23

Tendo como base a lama asfáltica,

tecnologistas alemães desenvolveram, com a

introdução de polímeros, um produto que

permanece estável mesmo quando aplicado em

camadas com espessura de várias partículas.

Este produto chama-se : Micro revestimento

B.1) Micro revestimento

24

B.2) Asfalto

Emulsão asfáltica de ruptura lenta, modificada

com polímeros para satisfazer as exigências das

normas AASHTO M 208 ou ASTM D2397 , para o

tipo CSS-1h.

13

25

B.3) Agregado

Partículas resistentes e duráveis, obtidas por britagem e

com granulometria de acordo com a Tabela abaixo.

5%

5%

5%

5%

4%

3%

2%

100

70 – 90

45 – 70

28 – 50

19 – 34

12 – 25

7 – 18

5 - 15

100

90 – 100

65 – 90

45 – 70

30 – 50

18 – 30

10 – 21

5 - 15

9,5mm

Nº4

Nº8

Nº16

Nº30

Nº50

Nº100

Nº200

TIPO IIITIPO II

TOLERÂNCIAS% QUE PASSAPENEIRA

A faixa de agregado de trabalho é obtida com a curva

granulométrica de projeto e as tolerâncias acima..

26

B.4) Filler

Pode ser quimicamente ativo ou inativo, devendo ter

granulometria dentro dos limites:

%que passa na peneira nº30 : 1 00%

%que passa na peneira nº50 : 95% - 100%

%que passa na peneira nº200 : ≥ 65%

B.5) Água

Potável, sem sais prejudiciais à emulsão.

B.6) Aditivos

Substâncias para controlar a ruptura da emulsão.

14

27

B.7) Aplicação e taxas do micro revestimento

7,0 à 13,5 kg/m2

(Variável com a

profundidade do sulco)

Rodovias e

Sulcos ou Trilhas dos veículos

Tipo III

4,5 à 9,0 kg/m2Zona urbana e ruas

residenciais

Tipo II

TAXA SUGERIDAEMPREGOGRADUAÇÃO

28

B.8) Taxas de aplicação nos sulcos

A aplicação do micro revestimento nos sulcos exige uma

contra flexa na espessura da camada determinada com o seguinte

critério: “Para cada 25mm de espessura da camada , o valor da

contra flexa é de 3 a 6mm”.

e as taxas resultantes estão na tabela abaixo.

9 à 13,5 kg/m2

11,5 à 16,0 kg/m2

12,5 à 17,5 kg/m2

14,5 à 18,0 kg/m2

12,5 à 19,0 mm

19,0 à 25,0 mm

25,0 à 32,0 mm

32,0 à 38,0 mm

QUANTIDADE NECESSÁRIA

DE MICRO REVESTIMENTO

PROFUNDIDADE DO

SULCO OU TRILHA

Superfície original

Sulco na trilhaProfundidade do sulco na trilha

aumentoSuperfície da mistura do micro revestimento

15

29

B.9) Execução: preparo da superfície

É basicamente o tipo de preparação para lama

asfáltica, exceto nos sulcos.

Os sulcos serão corrigidos na própria

aplicação do micro revestimento.

30

B.10) Equipamento para dosagem e mistura

16

31

B.11) Esquema do equipamento empregado na dosagem, mistura e

espalhamento do micro revestimento

1) Silo do agregado

2) Silo do filler mineral

3) Depósito do aditivo

4) Dosador volumétrico do agregado

5) Dosador da emulsão asfáltica

6) Dosador da água e aditivo

7) Misturador

8) Micro revestimento

9) Caixa de espalhamento

10) Cor: inicial – marrom

final - preto

11) Barra de pulverização de água

sobre a superfície

32

B.12) Espalhamento na meia pista

17

33

B.13) Espalhamento na meia pista

34

B.14) Caixa para espalhamento nos sulcos

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B.15) Espalhamento nos sulcos

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B.16) Velocidade de espalhamento

2m/kg em torevestimen micro do taxat

toespalhamen de uraargl

h/kg em oequipament do produçãoP

h/m em oequipament do velocidadeV

t .

P V

MR

MR

19

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B.17) Juntas

LONGITUDINAIS: Para evitar falhas de aplicação de micro

revestimento no espalhamento de duas

faixas adjacentes, deve haver uma

superposição de 7cm a 10cm.

Pode haver necessidade de chanfrar a

borda da 2ª faixa manualmente com auxílio de

um rodo.

TRANSVERSAIS 1 a

2cm

JUNTA

TRANSVERSAL

SENTIDO LONGITUDINAL

PAPEL OU FELTRO DE PROTEÇÃO

PARTE REMOVIDA COM A RETIRADA DO PAPEL

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B.18) Cura

Só permitir tráfego sobre o micro

revestimento quando os pneus não

grudarem no asfalto.

20

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C) Tratamentos superficiais (Seal Coat)

Os tratamentos superficiais foram

anteriormente detalhados num capítulo com

o título “ Tratamentos Superficiais”