recados de mãe -resumo de leitura1

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Ficha de Leitura

 Titulo: Recados da Mãe

Autor: Maria Teresa Maia Gonzalez

Editora: Babel

Breve resumo:

O livro conta-nos a vida de duas irmãs que perderam a mãe, quando tinham dez e

seis anos de idade. Clara era a irmã mais velha e Leonor a mais nova.

Os pais estavam separados e, com a morte da mãe, tiveram que permanecer algum

tempo em casa do pai. Os contactos com o pai tinham diminuído porque este vivia

com outra senhora que tinha dois filhos adolescentes. O pai estabeleceu contactos

com a avó materna e decidiram que as crianças passariam a residir nos arredores de

Coimbra, numa quinta antiga pertencente à família da mãe; antes viviam em Lisboa.

A ida para a quinta foi no início das férias grandes do Verão. O tempo livre facilitou

as brincadeiras das duas no jardim da quinta. As noites eram mais difíceis porque

lembravam-se da mãe e Leonor, a mais nova, chorava e fazia muitas perguntas à

irmã mais velha. Para ultrapassarem as saudades, Clara dizia à Leonor que em

sonhos falava com a mãe, descrevia-a e transmitia os recados da mãe.

Na quinta, Clara e Leonor iam à Igreja com a avó e esta dava-lhes lições de

catequese e ensinava-as a rezar. Clara era a mais rebelde e só se mostrava interessada

e atenta às explicações da avó sobre a vida dos santos.

No entanto, Clara não simpatizava nada com a avó Matilde, entrando várias vezes

em conflito com ela. Recordava-se que a mãe não tinha ligação com a família desde

o tempo em que tinha deixado Coimbra para ir viver para Lisboa com o namorado, o

pai de quem se tinha separado.

Com o início do novo ano lectivo foi necessário ir às compras a Coimbra. A avó

levou as duas netas para comprarem as coisas para que pudessem dar entrada no

colégio de Santa Isabel daquela cidade, como alunas internas. A estas compras a avó

chamou de “enxoval”, nome que deixou Clara bastante preocupada, ao ponto de

planearem a fuga da quinta. Pois “enxovalhar” é humilhar, significado retirado do

dicionário pela Clara. Valeu o facto de a avó explicar que se tratava de duas palavras

com sons e escrita igual mas com significados diferentes, palavras homónimas…

No dia da apresentação no colégio a avó acompanhou as netas. Conversou com a

directora e, algum tempo depois despediu-se das duas, com um leve beijo na testa

(sinal de respeito).

Clara e Leonor foram então acompanhadas por uma freira que lhes indicou o quarto

que a partir daquele dia iriam ocupar no colégio. O silêncio daquele lugar perturbava

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Leonor, sentindo-se por vezes oprimida. O mesmo não acontecia com Clara que

desde os primeiros momentos se sentiu atraída pela capela. De aluna excelente,

passou a ser apenas razoável, estudando pouco mais do que o indispensável para ter

notas positivas. Deixou de ser uma menina comunicativa e passou a comportar-se de

forma muito discreta. Mas com a irmã manteve-se sempre atenta e preocupada com o

que pudesse entristecer Leonor. No colégio, as duas irmãs questionavam-se por que

motivo haveria tantas raparigas a viver num sítio onde não tinham a família e

pensavam no pai que quase não as visitava, aumentando assim, cada vez mais, a

distância entre eles.

Nas conversas de ambas, era sempre lembrada a mãe e a ambição do futuro era que

nunca se separassem uma da outra e tivessem uma grande casa pintada de cor-de-

rosa.Depois de alguns meses no colégio, Clara e Leonor tinham já autorização para

passarem os fins-de-semana em casa da avó, onde brincavam e contavam histórias.

Passaram-se os anos e, quando Leonor tinha catorze anos e não fazia ideia do que

queria ser um dia mais tarde, Clara tinha já feito a sua escolha.

Com vinte e um anos, depois de completar os estudos, em Agosto, Clara comunicou à

avó e à irmã que queria ser missionária, e brevemente iria viajar para África, para

ajudar crianças órfãs, em Moçambique ou noutro país onde pudesse ser útil.

A avó ficou desanimada com a escolha de Clara pois tinha-lhe planeado o futuro como

Professora. Leonor revoltou-se com a notícia, pensando que o facto de terem

frequentado um colégio de freiras tivesse tido influência para aquela decisão, mas

depressa concluiu que era a vocação da irmã.

Leonor ficou a viver na quinta que era da avó Matilde e pintou a casa de cor-de-rosa

para concretizar os sonhos de infância das duas irmãs.

Clara, após a ida para Moçambique, veio a Portugal apenas uma vez, para ser

madrinha da primeira filha adoptiva de Leonor.

O livro termina com uma carta de Clara a dizer que viria para o casamento da afilhada

e conta a sua felicidade ao ser missionária.

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Opinião fundamentada:

De início o livro deixa-nos tristes com a triste morte da mãe de duas irmãs, mas é um

motivo para continuarmos a ler e percebermos o que acontece à narradora, a irmã de

seis anos.

Trata-se de um livro que apresenta várias maneiras de ultrapassar o sofrimento e a perda

da mãe. Clara e Leonor tiveram a sorte de ter na família quem as acolhesse em casa e as

protegesse.

O livro também nos dá a importância do sentimento dos sonhos e de como podemos ser

felizes num mundo imaginário para suportar a realidade ou fugir de um problema real.

É um livro que descreve problemas reais, sem finais felizes.