recado - oabrj.org.br · cálculos trabalhistas - de 24 de outubro a 29 de novembro, às segun-das...

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Uma enormevitória da OAB/RJ

RECADO DO PRESIDENTE

As vitórias já obtidas pela Comissão

de Justiça do Trabalho (CJT) – a

expedição do alvará de pagamento

em nome do advogado e as primeiras varas

a mudar procedimentos para agilizar a

homologação dos cálculos – apontam as

próximas batalhas para que o Tribunal

Regional do Trabalho da 1ª Região venha a

alcançar resultados de celeridade e

produtividade ao menos próximos aos

obtidos pelo Judiciário trabalhista de Minas

Gerais, referência no país.

Entre os TRTs deGerais e do Rio de

um mar de dife

O presidente da Comissão da Justiça doTrabalho da OAB/RJ, Ricardo Menezes, cita al-gumas das diferenças mais gritantes: “Em Mi-nas, o prazo para prolação de sentença é 10 diasapós o término da instrução; no Rio, não há pra-zo fixado. Lá, a liberação de alvarás judiciaisocorre no mesmo dia do depósito; aqui, varia deum a 335 dias. A devolução dos autos pelo INSSacontece em 10 dias em Minas, enquanto noRio chega a ultrapassar um ano”.

O comparativo abaixo, produzido com in-formações oficiais do TRT mineiro e da Corre-gedoria do TRT fluminense pela Comissão, evi-dencia as profundas discrepâncias no funcio-namento de ambos, assinaladas em 18 itenspesquisados. Vale lembrar que a média anualde novos processos por vara nos dois tribunaisé semelhante: cerca de 1.500. “A Justiça do Tra-balho de Minas está anos-luz à frente. Lá, tudoé pensado e realizado em função da celeridadeprocessual e da correta prestação jurisdicionalpara os cidadãos. Aqui, apresentamos nossaspropostas e estamos suando a camisa para avan-çar nas conquistas”, diz Ricardo.

Com satisfação, divulgamos nacapa desta TRIBUNATRABALHISTA o provimento dacorregedora do TRT, Maria deLourdes Sallaberry, determinandoque os alvarás sejam expedidosem nome do advogado, quandoeste possuir poderes para receber

e dar quitação. A decisão atende a uma reivindicaçãoantiga da Seccional e é de suma importância para osadvogados trabalhistas.

Foi uma expressiva vitória da OAB/RJ. E não é exagerocreditarmos essa conquista à nossa Comissão daJustiça do Trabalho (CJT), que tem realizado umtrabalho digno de elogios.

Também nesta edição, trazemos quadro detalhadocomparando o funcionamento da Justiça do Trabalhoem Minas Gerais, uma das mais eficientes do país, e oTRT do Rio, que, sabidamente, não é referência deprodutividade. Os elementos que nos permitiramelaborar o quadro foram trazidos pelo presidente daCJT, Ricardo Menezes, e pelo ouvidor-geral, ÁlvaroQuintão, membro da comissão, que estiveram emMinas para levantar informações.

Importante ressaltar que a comparação entre os doistribunais não tem objetivo de desvalorizar o trabalhodos juízes fluminenses. Nossa intenção é mostrar que,com procedimentos administrativos adequados, épossível obter-se melhoria na produtividade. E, ao fazerisso, estamos contribuindo para a eficiência da Justiçado Trabalho no Rio.

Fizemos questão, inclusive, de destacar, em matéria napágina 3, o exemplo positivo de dois juízes trabalhistasdo Rio que resolveram adotar medidas semelhantes àsvigentes em Minas. Esperamos que seja seguido poroutros magistrados.

Mais do que isso, esperamos que a própria administraçãodo TRT estabeleça regras e critérios que façam comque o tribunal se transforme num órgão modelo.

Todos teriam a ganhar com isso: os juízes, osadvogados e – o que é até mais relevante – todos oscidadãos, que passariam a ter na Justiça do Trabalhoum instrumento eficaz para fazer valer seus direitos.

Wadih Damous

COMISSÃO DE JUSTIÇA TRABALHISTA

e Minase Janeiro,erenças

Juízes no Rio se inspiramem práticas de MinasNo TRT do Rio de Janeiro, as práticas deceleridade há muito adotadas em MinasGerais estão inspirando os primeiros juízes acopiar pelo menos uma delas, que resulta,lá, em mais de 80% de processos emexecução liquidados por acordo e semgrande perda de tempo.

O titular da 33ª Vara do Trabalho, MúcioNascimento Borges, é um dos pioneiros, eexplica o porquê da mudança: “No atualsistema, com a notificação das partes paraprotocolarem os cálculos, a homologaçãodos mesmos demora, em regra, meses paraacontecer, em virtude de inúmeras manifestaçõesque ocorrem, com discussões infundadasque somente eternizam o processo”.

A partir de outubro, ele determinará, talcomo é praxe entre os mineiros, que aspartes, no prazo sucessivo de 10 dias,elaborem seus cálculos, a seremapresentados em audiência designada paratal fim. Nesta ocasião, não havendo acordona apreciação dos cálculos, “de prontoocorre a homologação do valor coincidentecom a coisa julgada”, informa.

O juiz da 33ª VT acredita que esteprocedimento desafogará a Vara – ondeatualmente tramitam 4.700 processos –,que “não precisará proceder inúmerasnotificações, agilizando todo o processo deliquidação”. Para Múcio, serão evitadas“incontáveis discussões inconsistentes”, comdesestímulo aos atos procrastinatórios.Além de estabelecer, de imediato, os valoresincontroversos e estimular a conciliação.

Ele também foi dos primeiros no TRT do Rioa aplicar outras medidas, simples, visando aceleridade processual. “Na 33ª VT, asaudiências se iniciam rigorosamente nohorário designado, os acordos não são pagosno balcão, o termo de conciliação já tem oefeito de alvará, as emendas são retiradas emcartório pelos advogados e os acordos ‘forade pauta’ acontecem durante as audiênciassem prefixação de horários”, conta.

Na 70ª Vara do Trabalho, o juiz LeonardoDias Borges também está adotandoprocedimentos mais simples para acabarcom o “ganha, mas não leva” na execuçãode sentença. Ele explica que resolveu“inverter a lógica, de modo a satisfazer anecessidade dos que precisam da Justiçatrabalhista”, e acredita que a prática “vaiacabar com aquela história do cachorrinho,em se sucedem as notificações ‘ao...’,‘ao...’” para que as partes se pronunciemsobre os cálculos de valor apresentados porcada uma ao final do processo.

De acordo com a nova determinação domagistrado, o autor terá dez dias de prazopara apresentar seus cálculos e depois o réuganha os mesmos 10 dias para dar o valorao qual chegou. Na audiência, se uma daspartes não comparecer, o que foiapresentado pela outra será aceitoimediatamente.”E se não houver consenso,vou fixar o valor a ser pago na hora”, dizLeonardo Borges.

Na justificativa para adotar a nova regra, omagistrado afirma: “De nada adianta umabela sentença se ela é inexequível. A buscapor mecanismos que possam impor maioreficácia ao processo é, hodiernamente, vistacomo uma meta a ser alcançada quase semlimites. A forma de ver, entender einterpretar o Direito está mudando. Não sópela maior aproximação com princípios eregras deontológicas, como também em razãoda própria mudança paradigmática por quea sociedade e o Direito estão passando”.Leonardo Dias Borges, da 70ª Vara

Múcio NascimentoBorges, da 33ª Vara

Foto: Luiz

Aparício

Presidente: Ricardo Oliveira de Menezes,Vice-Presidente: Paulo Renato Vilhena Pereira,

Secretária: Adilza de Carvalho Nunes.Membros: Álvaro Sérgio Gouvêa Quintão, AndréPorto Romero, Charles Soares Aguiar, Cláudio

Goulart de Souza, Clovis Luiz Sant’anna daSilveira, Custódio Luiz Carvalho de Leão, Daniele

Gabrich Gueiros, Fábio Picanço de SeixasLoureiro, José Antonio Rolo Fachada, Luiz Andréde Barros Vasserstein, Marco Antonio Coragem,

Marcos Chehab Maleson, Marcus ViniciusCordeiro, Nilson Xavier Ferreira, Roberto Dantas

de Araújo, Sebastião Miguel Vieira eWallace Augusto Mendes Sampaio

MEMBROS DA COMISSÃO

Diretor: Wadih DamousChefe do Departamento deComunicação Social: Cid BenjaminEditor: Marcelo Moutinho - MTB 18.955Reportagem: Patrícia Nolasco,Eduardo Sarmento

Fotografia: Francisco TeixeiraPublicidade: Cássia BittarProjeto gráfico: Victor MarquesImpressão: WalprintTiragem: 15.000 exemplaresE-mail: [email protected]

A TRIBUNA TRABALHISTA É UMA PUBLICAÇÃO DODEPARTAMENTO DE JORNALISMO DA OAB/RJ

A OAB/RJ vai promover, no dia 17 denovembro, às 9h30, diante do prédio doTRT na Av. Gomes Freire, nº 471, sessãode desagravo em favor da advogadaPriscila Porto Lima. Ela foidesrespeitada pelo juiz José Sabá Filho,titular da 73ª Vara do Trabalho, emaudiência realizada em 2008.

A Seccional não costuma organizar atoscomo este em locais públicos, mas devidoao grande número de reclamações, ecomo forma de demonstrar indignação edefender os direitos dos colegas, decidiurealizar o desagravo diante do TRT. Deacordo com o presidente da Comissão deJustiça do Trabalho, Ricardo Menezes,têm sido cada vez mais constantes asqueixas contra os magistrados,especialmente as referentes ao juiz citadoneste processo. “Recebemos muitascríticas em relação à maneira como osadvogados são tratados, não é possívelque esta situação permaneça”, afirma.

Segundo Ricardo, a Ordem não vaipermitir que nenhum advogado sejaafrontado durante o exercício daprofissão. “O que exigimos é que oscolegas sejam tratados com a urbanidadee o respeito que, aliás, qualquer pessoamerece”, salienta. Entre os diversosintegrantes da diretoria presentes, estarãoos presidentes da OAB/RJ, WadihDamous, e da Caarj, Felipe Santa Cruz.

Seccionalpromoverádesagravo emfrente ao TRT

Comissão promove palestras ecursos para advogados trabalhistas

As duas primeiras palestras, quetiveram como temas O rito da audiên-cia trabalhista e suas peculiaridadese Temas controvertidos do DireitoDesportivo no Direito do Trabalho, fo-ram realizadas, respectivamente, nosdias 28 e 30 setembro, e tiveram gran-

de procura. Cerca de 70 pessoas as-sistiram às explanações dos magistra-dos Mucio Nascimento Borges eRicardo Georges.

As palestras estão sendo realiza-das no auditório do TRT e nas sedesda OAB/RJ e da Caarj, locais de gran-de movimentação e com constantepresença de advogados. De acordocom Fachada, o projeto só foi possívelgraças ao esforço de todos os mem-bros da comissão e especial colabo-ração do juiz Mauricio PizzarroDrumond, diretor do Fórum da Ruado Lavradio, que concordou em cedero espaço para a Seccional.

Além desta iniciativa, a CJT conti-nua com seu ciclo mensal de palestrase os cursos em parceria com a ESA,para os quais é necessário se inscre-ver pelo telefone (21) 2272-2097 ou pore-mail: [email protected]. Confira aolado a programação para os meses deoutubro e novembro.

Palestras

18/10 - Ativismo judiciário no

Processo do Trabalho: o juiz atuando

proativamente na relação da justiça -

Com Silvia Correia - Às 18h, na Caarj.

21/10 - Aspectos polêmicos da

prova testemunhal no Processo do Tra-

balho - Com Marcos Dias de Castro.

Às 15h, no Fórum da Lavradio.

27/10 - Processo Constitucional

do Trabalho - Com Marcelo Gomes.

Às 18h30 , na OAB/RJ.

10/11 - As novas ferramentas

eletrônicas na execução - Com

Marcelo Segal - Às 14h , no Fórum

da Lavradio.

24/11 - O novo processo coletivo

do trabalho. Questões controvertidas -

Com Diogo C. de Medina Maia. Às

18h30, na OAB/RJ.

Cursos

Cálculos trabalhistas - De 24 de

outubro a 29 de novembro, às segun-

das e quartas, às 18h30. Na ESA.

Aspectos médicos do cotidiano

trabalhista - De 9 a 25 de novembro, às

terças e quintas, às 18h30. Na ESA.

Por iniciativa da Comissão de Justiça do

Trabalho, foi lançada, no dia 28 de

setembro, a campanha CJT com você, que

tem como objetivo aproximar a OAB/RJ

dos advogados e estagiários trabalhistas

por meio da realização de palestras

rápidas, em horários alternativos,

buscando os intervalos entre audiências e

dando uma ocupação com caráter

instrutivo aos colegas. Segundo o

integrante da CJT José Rolo Fachada, a

ideia é “dar a oportunidade de reciclagem e

aperfeiçoamento profissional, sem que

seja necessário gastar tempo ou dinheiro.”

Foto: Luiz Aparício