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Arborização REALIZAÇÃO PATROCÍNIO

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A r b o r i z a ç ã oREALIZAÇÃO PATROCÍNIO

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Plano Diretor de Arborização

Urbana de Goiânia

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Capital verde do

Brasil

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É com grande satisfação que entregamos à Goiânia seu

primeiro Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU).

Trata-se de um documento de fundamental importância

para a preservação da vegetação da capital e da qualidade

de vida, na medida em que traça as diretrizes e normas para a

escolha das espécies, plantio, poda e extirpação de árvores. A partir

de agora, Goiânia conta com um mecanismo concreto para balizar

as ações de arborização e para tornar-se, definitivamente, a

capital ambiental do Brasil.

O PDAU coroa com êxito uma série de projetos

desenvolvidos pela Agência Municipal do Meio Ambiente

(AMMA) no que se refere à preservação da biodiversidade

urbana. Um exemplo é o Programa Plante a Vida,

desenvolvido desde 5 de junho de 2005, e que já distribuiu

mais de 700 mil mudas de espécies nativas do cerrado para a

população. É o maior programa de plantio voluntário do mundo,

cujo sucesso e caráter inovador levaram a direção executiva do Programa das Nações

Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a recomendá-llo como modelo de ação para

outras cidades.

No caso do Plante a Vida, ao receber a muda o cidadão assina um termo de

compromisso, onde garante que plantará o exemplar seguindo as normas técnicas dadas

pela AMMA, através de um folheto explicativo. Em pesquisa realizada com 3 mil pessoas

que receberam mudas, constatou-se que em 81% dos casos os exemplares desenvolveram-

se de forma satisfatória e as recomendações foram obedecidas. Além disso, a AMMA

também vem recuperando uma série de áreas degradadas pelo desmatamento, através do

plantio de mudas em fundos de vale, margens de rios e córregos e outros locais

estratégicos para a manutenção do equilíbrio ecológico da capital.

Por meio de ações de educação ambiental, da valorização da diversidade de espécies

do Cerrado e de muita responsabilidade e dinamismo, estamos transformando Goiânia

em referência nacional. Conforme um estudo realizado pela AMMA em maio de 2007,

Goiânia possui cerca de 950 mil árvores plantadas em vias públicas, superando Curitiba

(cerca de 300 mil árvores) e João Pessoa (cerca de 40 mil), que eram, até então,

referências nacionais em termos de arborização. Somos, sem sombra de dúvida, a capital

verde do Brasil.

Clarismino Luiz Pereira Junior Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (AMMA)

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Vivo eSustentabilidade

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Vivo e a Agência Municipal do Meio Ambiente de

Goiânia unem-se para apresentar à sociedade o Plano

Diretor de Arborização de Goiânia, um levantamento

detalhado sobre as árvores da cidade, o histórico da

arborização e as normas para o plantio de árvores na capital

de Goiás. Trata-se de um importante documento, que contribui

significativamente para o conhecimento, a compreensão e a

preservação do Meio Ambiente da região. Somente gerenciamos

aquilo que conhecemos.

Para a Vivo participar deste projeto é um exercício de

cidadania. Acreditamos ser preciso somar à

rentabilidade dos negócios ética, comprometimento,

compromisso com o cliente, humanização,

desenvolvimento integrado, inovação e Responsabilidade

Socioambiental. Esses valores e princípios solidificam nossa

missão.

A Vivo constrói com alicerces firmes o caminho da sustentabilidade. Para edificá-lo, a

empresa cumpre uma agenda extensa dividida em duas frentes: a Responsabilidade

Socioambiental - voltada para tornar os produtos e serviços da companhia inclusivos,

ambientalmente conscientes e socialmente responsáveis - e o Instituto Vivo -

desencadeador de contribuições e fomento de projetos voltados para a inclusão social e

econômica do jovem, principalmente o deficiente visual.

Nas atividades ambientais, o grande destaque é o Programa Vivo Recicle seu Celular, que

promove a coleta e reciclagem de aparelhos, baterias e acessórios usados. O projeto está

presente em 3.200 lojas próprias e revendas exclusivas da Vivo de todo o país, onde há

urnas especiais para o recolhimento do material.

A ação reduz a disposição de lixo eletrônico em aterros sanitários e lixo comum, assim

como promove a sensibilizaçao socioambiental, ajudando na construção de uma sociedade

mais consciente. E a receita gerada é aplicada em projetos socioambientais apoiados pelo

Instituto Vivo. Aliás um deles é este levantamento. Boa leitura.

João Truran NetoDiretor Regional Vivo/ Centro-Oeste e Norte

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IRIS REZENDEPrefeito de Goiânia

THIAGO PEIXOTOSecretário do Governo Municipal

CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIORPresidente da Agência Municipal de Meio Ambiente

RONALDO VIEIRADiretor de Áreas Verdes e Unidades de Conservação

ANTONIO ESTEVES DOS REISGerente de Arborização Urbana

Coordenação GeralANTONIO ESTEVES DOS REIS – Engº Florestal

Equipe Técnica Executiva do PlanoANTONIO ESTEVES DOS REIS - Engº Florestal

ELIZABETE FERNANDES GOMES OLIVEIRA – Engª AmbientalKÊNIA GONÇALVES COSTA - Geógrafa

MARIANA NASCIMENTO SIQUEIRA – Bióloga FERNANDO AUGUSTO LEMOS SALES – Engº Agrônomo

SANDRA MARIA DE OLIVEIRA – Engª AgronomaPATRÍCIA BARBOSA RODRIGUES CARETA – Estagiária de Biologia

ISABELA SILVA LIMA – Estagiária de Tecnólogo em Gestão Ambiental

Assessoria JurídicaTATIANE OLIVEIRA SILVA - Advogada

SIMONE CARVALHO DE MENDONÇA – Advogada

Assessoria de Comunicação FABRÍCIA HAMU – Jornalista

MAURO JÚNIO RODRIGUES SILVA - JornalistaNATÁLIA COUTO - Estagiária de Jornalismo

THAÍS ALVES DA SILVA ROMÃO – Estagiária de JornalismoFREDERICO AURÉLIO DE CARVALHO – Estagiário de Publicidade e Propaganda

Cia de Processamento de Dados do Município de Goiânia - COMDATAFLÁVIO YUAÇA – Especialista em Geoprocessamento

FREDERICO DA SILVA SANTOS – Analista de SistemasMARCILENE DA SILVA SANTOS – Técnica em Geoprocessamento

SÉRGIO EDWARD WIEDEHECKER – ArquitetoEMÍLIA DA SILVA – Técnica em Geoprocessamento

ROSANE CHAVES DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE – Administratora de Empresas

Redação e Revisão FABRÍCIA HAMU – Jornalista

Design Alessandro CarrijoLuciana Fernandes

PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

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sum

ário

APRESENTAÇÃO 10INTRODUÇÃO 11CAPÍTULO I - HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA 131. HISTÓRICO 131.1. O Início da arborização de Goiânia 131.2. Depoimentos de pioneiros em Goiânia 16CAPÍTULO II - GOIÂNIA, CAPITAL VERDE DO BRASIL 291. A ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA NA ATUALIDADE 291.1. Mais Parques e áreas de conservação ambiental. 291.2. Programa Plante a Vida, o sucesso da arborização voluntária. 301.3. Imagens fotográficas da arborização atual de Goiânia 31CAPÍTULO III - CADASTRAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA 441. CONCEITUAÇÃO 442. OBJETIVOS 442.1- Objetivo geral 442.2- Objetivos específicos 453. JUSTIFICATIVA 464. METODOLOGIA 464.1. Convênio 047/97 474.2. Atividades do Convênio 047/97 474.3. Podas 534.4. Remoções de árvores 544.5. Remoções de tocos 544.6. Novos plantios 544.7. Inventário Florestal 54Inventário Florestal Urbano - IFU 54Inventário Florestal Urbano Total – IFUT 54Inventário Florestal Urbano por Amostragem – IFUA 545. RESULTADOS 565.1. Pontos Cadastrados 565.2. Espécies encontradas 575.3. Espécies mais ocorrentes 645.4. Remoções imediatas de árvores 685.5. Idade 695.6. Porte 705.7. Condições Fitossanitárias 705.8. Copa 715.8.1. Interferências 715.8.2. Diâmetro da copa 715.9. DAP – Diâmetro à altura de 1,30 metro 71CAPÍTULO IV – PLANEJAMENTO - Programa de ampliação e re-qqualificação

da cobertura vegetal do município de Goiânia 721. APRESENTAÇÃO 722. INTRODUÇÃO 723. IMPACTOS AMBIENTAIS DA ARBORIZAÇÃO URBANA 733.1. Impactos Positivos 733.2. Impactos Negativos 743.3. Medidas Mitigadoras 804. ESCOLHA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS A SEREM PLANTADAS 804.1. Quanto ao desenvolvimento da espécie 804.2. Quanto ao comportamento da copa x clima 804.3. Quanto ao comportamento da copa x espaço físico 804.4. Formas de copas 814.5. Características a serem observadas 814.6. Onde plantar 815. ESPÉCIES NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA 816. CONDIÇÕES ESTRESSANTES PARA AS ÁRVORES EM VIAS PÚBLICAS 84

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7. AÇÕES PARA MELHORARIA DAS CONDIÇÕES E QUALIDADE DE VIDA DAS ÁRVORES URBANAS, 848. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO REFERENTE A 16 SETORES DE GOIÂNIA 85CAPÍTULO V – PLANEJAMENTO - Diretrizes gerais para implantação da arborização nas vias públicas do município de Goiânia 941. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO– ARÂMETROS PARA A IMPLANTAÇÃO ARBÓREA 941.1- Da implantação da arborização 951.1.1- Programa de Educação Ambiental 97a) Sub-Programa de Informação Coletiva 97b) Sub-Programa de Educação Formal 97c) Sub-Programa de Educação Informal e Participação Comunitária 971.1.2- Programa de substituição gradativa das mongubas 971.1.3- Programa Anual de Plantios 981.1.3.1- Característica da(s) muda(s) a ser(em) plantada(s): 1011.1.3.2- Preparo do Solo: 1011.1.3.3- Tamanho da Cova: 1021.1.3.4- Plantio propriamente dito: 1021.1.3.5- Proteção da(s) muda(s): 1021.1.3.6- Manutenção das mudas plantadas: 1041.1.4- Metas 1041.1.5- Sub-programa de produção de mudas nativas e exóticas 1042. AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA 1062.1- Programa de Manutenção 1072.2- Podas 1072.3- Replantio 1102.4- Controle fitossanitário 1102.5- Tutoramento 1102.6- Adequação da área permeável 1102.7- Remoção de árvores 1112.8- Destinação dos resíduos de poda e extirpação de árvores 1132.9- Dendrocirurgia 1132.10- Transplante 1132.11- Programa de Monitoramento 1142.12- Programa de Cadastramento da Arborização 114CAPÍTULO VI - REGIMENTO LEGAL DA ARBORIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA 1151. FUNDAMENTAÇÃO 115Árvores – Bens Públicos 115Bem difuso 1152. LEGISLAÇÃO FEDEREAL 1152.1. Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. 1152.2. Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999. 1153. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 1163.1. Lei nº 8.537, de 20 de junho de 2007. 1163.2. Lei nº 7009, de 23 de outubro de 1991. 1163.3. Lei Complementar nº 014, de 29 de dezembro de 1992. 1173.4. Decreto nº 767, de 14 de março de 1996. 1183.5. Lei nº 7004, de 03 de outubro de 1991. 1193.6. Lei nº 8451 de 07 de agosto de 2006. 1193.7. Instrução normativa nº 005 de 03 de outubro de 2006 de 1991. 1193.8. Instrução normativa nº 017 de 15 de agosto de 2006 1223.9. Instrução normativa que regulamenta os procedimentos de substituição de árvores localizadas nas vias públicas de Goiânia. 1243.10. Instrução normativa que institui os procecimentos necessário para a retirada de árvores em áreas particulares e as devidas compensações ambientais. 1273.11. Portaria que autoriza a Companhia Energética de Goiás S/A – CELG a realizar podas de árvores localizadas sob as redes de distribuição de energia elétrica de baixa tensão e derivações. 128REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 130

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aapprreesseennttaaççããooMunicipal de Meio Ambiente – AMMA, eexecutora a Companhia de Urbanização deGoiânia – COMURG; Centrais Energéticas de GoiásS.A. – CELG; Saneamento de Goiás S.A. –SANEAGO; Universidade Federal de Goiás – UFG;Universidade Católica de Goiás – UCG e MinistérioPúblico do Estado de Goiás.

O Convênio 047/97 prevê, como atividadeinicial e de fundamental importância, oCadastramento e Mapeamento da ArborizaçãoUrbana, que tem como objetivo cadastrar ediagnosticar todas as árvores de Goiânia,verificando a situação atual de cada árvorelocalizada nos logradouros públicos de nossacidade. Após a assinatura deste convênio, teveinício o Cadastramento e Mapeamento daArborização Urbana, pelos setores centrais deGoiânia, onde se tem a arborização mais antiga emais problemática de nossa cidade.

Inicialmente, realizou-se esse diagnósticopelos setores Central, Aeroporto,Universitário e Oeste, e posteriormente emoutros bairros da capital, totalizando 70setores de Goiânia. Estima-se que Goiâniapossua, hoje, um total de 950.000 (seiscentase cinqüenta mil) árvores em vias públicas,conforme estudo realizado pela AgênciaMunicipal do Meio Ambiente – AMMA noano de 2007. No Inventário Florestalcadastrou-se 133.061 mil espécimes arbóreos,perfazendo um percentual de árvoresinventariadas de 14%.

Pretendemos, com as diretrizes eprocedimentos apontados neste Plano, assegurarque cada árvore existente e aquelas que serãoplantadas tenham condições adequadas paradesenvolver plenamente o seu ciclo de vida.

O ponto de partida para orientar a ação detodos deve ser o entendimento de que aarborização é um serviço público tão essencialquanto o abastecimento de água, o sistema deesgotos, a distribuição de energia elétrica, e outros,com a diferença de que se trata de um ser vivo.

Pretendemos, com este trabalho expandir aarborização de Goiânia de forma planejada paraqualificar o manejo da mesma.

Entende-se por Plano Diretor deArborização Urbana o conjunto demétodos e medidas adotados para apreservação, manejo e expansão dasárvores nas cidades, de acordo comas demandas técnicas pertinentes eas manifestações de interesse dascomunidades locais.

A arborização urbana consiste em todacobertura vegetal de porte arbóreo existente nascidades, permitindo que o espaço construído seintegre com o jardim e o parque, principalmentenas regiões de climas tropicais e subtropicaisúmidos. Para constituir a paisagem da cidade, avegetação urbana ocupa, fundamentalmente, trêsespaços distintos: as áreas livres de uso público epotencialmente coletivas, as áreas livresparticulares, e aquelas que acompanham osistema viário.

Este Plano Diretor de Arborização Urbana trataespecificamente da arborização urbana queacompanha as ruas e avenidas da cidade deGoiânia. São as árvores encontradas ao longo dascalçadas de ruas e avenidas, canteiros centrais,rotatórias e nas praças.

Goiânia é considerada uma cidade muitoarborizada. Para conhecermos a arborização quecompõe a cidade, foi necessário promover umdiagnóstico das árvores, realizado por meio docadastramento de vários bairros. Esse diagnóstico,além de verificar a situação atual de nossaarborização, possibilitará quantificar as atividadessubseqüentes, como: remoções de árvores,remoções de tocos, podas e novos plantios.

Visando compatibilizar e maximizar os efeitosda arborização com os equipamentos públicos,mantendo a qualidade de seus serviços esegurança da população, no ano de 1997 foifirmado o Convênio 097/97 – Projeto deSubstituição Parcial, Manejo/Manutenção daArborização Urbana de Goiânia. O convênio foifirmado entre Prefeitura Municipal de Goiânia,tendo como interveniente a Secretaria Municipaldo Meio Ambiente – SEMMA, hoje Agência

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iinnttrroodduuççããooSegundo dados de 2006 do MUBDG –Mapa Urbano Básico Digital de Goiâniada COMDATA – Companhia deProcessamento de Dados do Municípiode Goiânia, a cidade conta hoje, comuma área total edificada de444.158,851 km², comaproximadamente 627 bairros e 12.247logradouros públicos.

Neste cenário está inserida a arborizaçãoviária da cidade, com mais de 950.000 árvores de328 diferentes espécies arbóreas, fato este quefaz Goiânia destacar-se como a cidade maisarborizada do Brasil, com um índice de 0,79árvore por habitante. As Áreas Verdes deGoiânia são compostas por 187 unidades deconservação, perfazendo um total de16.567.685,17 m². Há 16 (dezesseis) parquesimplantados: Parque Sulivan Sivestre (VacaBrava), Parque Areião, Parque Botafogo, Bosquedos Buritis, Lago das Rosas, Gentil Meireles,Parque Municipal Taquaral, Bosque DeputadoJosé Eduardo Nascimento, Bosque do Café,Bosque Boa Vista, Parque Municipal Liberdade,Parque Municipal Beija-Flor, Parque MunicipalSabiá, Parque Flamboyant, Parque Fonte Nova eBosque Bougainville; 06 (seis) parcialmenteimplantados: Parque Municipal Macambira,Parque Municipal Curitiba, Parque MunicipalCarmo Bernardes, Jardim Botânico, BosqueBougainville A, Parque Municipal Otávio Lúcio ecerca de 401 praças, totalizando um Índice deÁreas Verdes - IAV de 94,0 m² de áreas verdespor habitante, conforme estudo realizado pelaAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMAem 2007.

O Plano Diretor de Arborização Urbana é oconjunto de métodos e medidas adotados paraa preservação, o manejo e a expansão dasárvores nas cidades, de acordo com asdemandas técnicas e as manifestações deinteresse das comunidades locais.

Para se fazer um Plano Diretor deArborização Urbana é necessário conhecer a

arborização existente nas vias públicas, a partirde um inventário das árvores da cidade, para,posteriormente, traçar diretrizes deplanejamento, produção, implantação,conservação e administração das árvorespúblicas, constituindo-se no Plano Diretor deArborização Urbana.

Estima-se que Goiânia possua 950.000árvores em vias públicas, cuja distribuiçãobeneficia um número de pessoas ainda maiorque o atingido pelos parques e praças. Por essarazão, deve-se ter um planejamento adequadocom as árvores de calçadas e canteiros centraisde Goiânia.

Foi realizado o inventário florestal amostralde 15,15% da área total de Goiânia, 25,61% dototal de logradouros públicos, 11,16% do total debairros cadastrados e 14% do total de árvoresexistentes nas vias públicas da cidade.

O Plano Diretor de Arborização Urbanacontemplará todos os métodos, diretrizes epolíticas a serem desenvolvidas pelaPrefeitura Municipal de Goiânia, atravésda AMMA e da Companhia de Urbanizaçãode Goiânia – COMURG, visando umaarborização planejada e adequada para asvias públicas, de forma essa arborizaçãotraga benefícios diretos no meio urbano. OPlano Diretor de Arborização Urbana deGoiânia conterá as espécies arbóreas maisfreqüentes em nossa cidade, além deorientações técnicas sobre plantios, podase extirpações seguido das diretrizes enormas para os novos plantios a seremrealizados na cidade.

Esses novos plantios serão realizados dentrode uma nova concepção, de se fazer umaarborização planejada, colocando espéciesadequadas a cada local, verificando a largura derua e calçada, existência de fiação aérea dedistribuição de energia elétrica, de telefonia emulti-serviços, rede subterrânea de água eesgoto e existência de outros equipamentospúblicos, como: semáforos, iluminação pública,postes, pontos de ônibus, totem, entrada degaragem, dentre outros.

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Da mesma forma que a arborizaçãoencontrada nas áreas livres públicas e privadas,as árvores que acompanham o sistema viárioexercem função ecológica, no sentido demelhoria do ambiente urbano e da estética,embelezando as vias públicas,conseqüentemente, da cidade.

Trata-se de contribuições significativas namelhoria da qualidade do ambiente urbano,promovendo a purificação do ar pela fixação depoeiras e gases tóxicos e pela reciclagem degases através dos mecanismos fotossintéticos; amelhoria do microclima da cidade, pelaretenção de umidade do solo e do ar e pelageração de sombra, evitando que os raiossolares incidam diretamente sobre as pessoas; aredução na velocidade do vento; a influência nobalanço hídrico, favorecendo infiltração da águano solo e provocando evapo-transpiração maislenta; o abrigo à fauna, propiciando umavariedade maior de espécies,conseqüentemente influenciando positivamentepara um maior equilíbrio das cadeiasalimentares e diminuição de pragas e agentesvetores de doenças; o amortecimento de ventose ruídos; dentre outros.

Outra função importante daarborização que acompanha o sistemaviário é seu préstimo como corredorecológico, interligando as áreas livresvegetadas da cidade, a exemplos daspraças e parques. Além disso, em muitasocasiões, a árvore em frente à residênciaconfere a ela uma identidade particular epropicia o contato direto dos moradorescom um elemento natural significativo,considerando todos os seus benefícios.

No entanto, muitos são os problemascausados pelo confronto de árvoresinadequadas com equipamentos urbanos, comofiações elétricas, encanamentos, calhas,calçamentos, muros, postes de iluminação, etc.Estes problemas são muito comuns de seremvisualizados e provocam, na grande maioria dasvezes, um manejo inadequado e prejudicial àsárvores. É comum vermos árvores podadas

drasticamente e com muitos problemasfitossanitários, como presença de cupins,brocas, outros tipos de patógenos, injúriasfísicas como anelamentos, envenenamento,caules ocos e podres, galhos lascados, etc.

Frente a esta situação comum nas cidadesbrasileiras, soma-se o fato da escassez deárvores ao longo das ruas e avenidas. Nestesentido, é fundamental considerarmos anecessidade de um manejo constante eadequado voltado especificamente para aarborização de ruas. Este manejo envolveetapas concomitantes de plantio, condução dasmudas, podas e remoções necessárias. Para queseja implementado um sistema municipal queatenda toda essa demanda de serviços, énecessário considerar a necessidade de umalegislação municipal específica, medidasadministrativas voltadas a estruturar o setorcompetente para executar os trabalhos,considerando, fundamentalmente, mão-de-obraqualificada e equipamentos apropriados, bemcomo o envolvimento com empresas queajudem a sustentar os projetos e açõesidealizadas, e com a população em geral. Esteúltimo poderá acontecer, preferencialmente,através de programas de educação ambientalvoltados para o tema, procurando envolver defato os moradores no processo de arborizaçãoou rearborização da cidade.

A escolha da espécie a plantada na frente daresidência é o aspecto mais importante a serconsiderado. Para isso, é extremamenteimportante que seja levado em conta o espaçodisponível que se dispõe defronte à residência,considerando a presença ou ausência de fiaçãoaérea e de outros equipamentos urbanos citadosanteriormente, assim como a largura da calçadae recúo predial. Dependendo desse espaço, aescolha ficará vinculada ao conhecimento doporte da espécie a ser utilizada.

Para facilitar o levantamento, as árvoresusadas na arborização de ruas e avenidas foramclassificadas em pequeno, médio e grandeporte. Neste trabalho seguem as definições decada um dos portes, com indicação de nomesde algumas espécies mais comuns encontradasno cadastramento.

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HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA

HISTÓRICO

1.1. O Início da arborização de GoiâniaNas décadas de 30 e 40, praticamente não

havia arborização em Goiânia. Nessa época, atémesmo o arruamento era precário. O que haviaeram as matas às margens dos córregos.Quando se iniciou o arruamento de Goiânia e acriação dos primeiros setores, pensou-se naarborização das ruas. Mas nesse perído ocerrado era desvalorizado, portanto, utilizou-seespécies exóticas, como os flamboyants (Delonixregia) nas Avenidas Tocantins e Araguaia, e ofícus (Ficus microcarpa) na Av. Goiás.

Figura 01. Av. Goiás na década de40. Fonte: Secretaria Municipal dePlanejamento - SEPLAM - 2007

Figura 02. Av. Tocantins com arborizaçãocomposta por flamboyant - Delonix regia nadécada de 40. Fonte: SEPLAM - 2007

A Prefeitura de Goiânia, nessa época, não eraa responsável pela arborização da cidade. Essetrabalho ficava a cargo do Governo do Estado,através da Secretaria de Ação e Obras. Elapossuía um viveiro pequeno e um depósito deplantas – tecnicamente bem preparado, masque limitava-se a reproduzir as espécies jáintroduzidas na cidade (fícus – Ficus microcarpa,flamboyant – Delonix regia, espatódea –Sphathodea campanulata, alfeneiro – Ligustrumjaponicum, e dilênia – Dilenia indica). Não haviaprofissionais especializados em arborização,motivação para a preservação nem nenhumapreocupação ambiental. Quase tudo eraimportado, inclusive os hábitos, costumes e asespécies para a arborização. Como no Brasilexistiam poucos viveiros, pouco também sesabia sobre as espécies com potencial para seutilizar na arborização de calçadas e praças.

O projeto original de Goiânia, elaborado peloArquiteto Atílio Correia Lima, não mencionavanada sobre a arborização, fornecendo apenas asdiretrizes macro da cidade. A proposta do Atíliopara as áreas verdes seria um único e grandeparque, desde a cabeceira até a saída da cidade,contornando os setores centrais, fazendo umanel ao redor desses setores residenciais.

c a p í t u l o I

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a

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Este projeto foi todo modificado, poisGoiânia foi projetada para 50.000 habitantes ehoje tem mais de 1.200.000. Essas áreas verdesforam destruídas, loteadas para abrigar apopulação que chegava a Goiânia.

Na década de 30, na construção de Goiânia,houve desmatamento do cerrado para aberturade ruas, quadra e lotes. Segundo relato depessoas que viram todo esse processo detransformação de nossa capital, a arborizaçãourbana teve início entre as décadas de 40 e 50,quando começou o arruamento da cidade e acriação dos primeiros setores. Mas, nesta época,o cerrado era desvalorizado, e, portanto,utilizou-se espécies exóticas, os flamboyants -Delonix regia, com floração vermelha e amarela– nas Avenidas Araguaia e Tocantins, e,posteriormente, nas Ruas 3, 16, 18, 20 eParanaíba. Na década de 50 começa a serutilizada a sibipiruna – Caesalpinia pluviosavar. peltophoroides e cássias (Cassia javanica)nas ruas da cidade.

O plantio de árvores nos SetoresCentrais teve grande avanço a partir doPrefeito Venerando de Freitas Borges, quenum esforço de arborização nossa capital,trouxe mudas de outras localidades, como,por exemplo, do Triângulo mineiro, deBelo Horizonte e São Paulo. Nas Ruas 20,16 e outras plantou-se o ligustro -Ligustrum japonicum, na Rua 24 plantou-seo saboneteiro - Sapindus saponaria e naPraça Cívica (Av. Goiás) plantou-se o ficus- Ficus microcarpa.

Figura 03. Praça cívica - Centro Administrativo. Rua 84 . Início da década de 60. Fonte: SEPLAM - 2007

Figura 04. Av. universitária, antiga Rua 10.Construção da catedral na década de 50 e inícioda arborização. Fonte: SEPLAM-2007

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Figura 05. Av. Goiás esquina com Rua 03. Inícioda década de 40. Fonte: SEPLAM - 2007.

Figura 06. Av. Goiás com Rua 04. Ao fundoestação Ferroviária. Ano de 1960. Fonte: SEPLAM- 2007.

Foto: José Henrique da Veiga Jardim

Figura 07. Av. Goiás. Ano de 1980Fonte: SEPLAM - 2007

Foto: Hélio de Oliveira

Devido à carência de estudos e informações sobre espécies a utilizar na arborização urbana, atémeados da década de 90 plantaram-se praticamente espécies exóticas que eram utilizadas em outrascidades brasileiras, como, por exemplo: flamboyant, ficus, saboneteiro, sibipiruna, espatódea, dilêneae, numa escala muito grande, a monguba – Pachira aquatica, que atualmente representa em tornode 19% de todas as árvores plantadas em Goiânia.

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Waldomiro Bariani Ortêncio

Nascido nas UsinasJunqueira (FazendaSão Geraldo), emIgarapava, São Paulo,em 24 de julho de1923. É filho deAntônio Ortêncio eJosefina Bariani. Em1938 transferiu-se paraGoiânia. Estudou noLyceu de Goiânia e naFaculdade de Farmáciae Odontologia de Goiás. Em 1945 fundou o BazarPaulistinha. Foi alfaiate, goleiro do AtléticoClube Goianiense, professor de matemática,comerciante, fazendeiro, industrial e minerador.

Pesquisador e folclorista, Bariani Ortêncio éum dos grandes escritores do Brasil. Publicou 31livros, dentre os quais Sertão sem fim, Vão dosAngicos, Trilogia da Cozinha Goiana, Dicionáriodo Brasil Central e Medicina Popular do Centro-Oeste. Uma das figuras mais queridas de Goiás,Bariani Ortêncio é nome de rua e de bibliotecas,e recebeu centenas de prêmios, medalhas,placas, diplomas, títulos e comendas.

“Eu me chamo Waldomiro Bariani Ortêncio,nasci no ano de 1923, em Igarapava, Estado deSão Paulo. Viemos para Goiânia em 1938, commeu avô, Fioravante Bariani, chefe do clã dafamília. Nosso ramo de trabalho no Estado deSão Paulo era serraria, de desdobramento demadeira. Viemos para colaborar na construçãoda nova capital, sendo a Serraria Bariani aprimeira indústria urbana no bairro deCampinas. Aqui era apenas um imenso canteirode obras, com muito vento fazendo muitapoeira, que afugentava os falsos pioneiros.

O que pretendo falar aqui não é daarborização, e sim da desarborização, dadestruição das árvores. Todos os bosques doperímetro urbano foram semi-destruídos. Emfrente à Rodoviária antiga, que hoje é o Corpode Bombeiros, o bosque era de árvoresfrondosas. O Dr. Eurico Viana, administrador dasobras do Estado, negociou com o meu avô amadeira de todas as árvores do bosque à meia,

1.2. Depoimentos de pioneiros em Goiânia

Apresentamos, a seguir, uma coletânea dedepoimentos sobre os primeiros anos deimplantação da nova capital do Estado deGoiás. Esses depoimentos, dados por pessoasque participaram ativamente do momentopolítico e social, afloram a memória do pontode vista da arborização da nova capital e dascircunstâncias em que esta foi executada.

Hoje, mais de 60 anos, estes expoentesanalisam e ilustram com riqueza de detalhesa situação, o momento e as soluçõesencontradas pelas primeiras administraçõesda capital, que mais tarde se transformaramem Goiânia em um marco ecológico entre ascidades de todo a mundo.

Mais que um relato histórico, estacoletânea de depoimentos é um documentovivo do desenvolvimento de uma cidade emperfeita harmonia com a natureza resultandoem uma vida melhor para todos os cidadãos.

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que o Bosque fosse sendo destruído.À época, as pessoas pioneiras recebiam

terrenos urbanos para colocar uma casacomercial, um colégio, no nosso caso, a serraria.O encarregado da distribuição gratuita dos lotesera o Dr. Sólon A. de Almeida, que tem seu bustofixado frente à Estação Rodoviária. Pela FeiraHippie iriam construir um sanitário ao lado dobusto. Fiz protesto público e o lugar foi mudado.

Depois, fizeram o Hospital do Município, doSindicato dos Empregados da Prefeitura, ondeestá o MAG-Museu. Depois construiu-se umaagência da CAIXEGO, ao lado da Assembléia,dentro do Bosque, a menos de 50 metros dasminas d’água.

Quando o Dr. Leolídio Caiado foi eleitogovernador, teve início a construção da Casa daCultura, destruindo parte do Bosque. Fez apenasa fundação, ficando a estrutura de aço. Nogoverno municipal do Senhor Índio Artiaga,seguindo sugestão nossa, da AAPBB, arrancaramo que pôde daquelas estruturas de ferro,colocaram água e ficou o lago onde está a fontede jato de 60 metros. Como o povo não perdoa,antes do lago o local se chamava ‘Buraco daCultura’. Há anos atrás o prefeito planejouconstruir, novamente, a Casa da Cultura nomesmo lugar. No projeto, o estacionamentoficaria dentro do Bosque. Nós, da Associação,batemos o pé e não deixamos fazer. Quando oFórum, também estava sendo construído, estavaprevista uma passarela aérea na Avenida AssisChateaubriand, porque o estacionamento seriadentro do Bosque. Nós, junto com a Imprensa,fomos em cima e não deixamos fazer.

As autoridades de antes destruíram asreservas, as essências ambientais, porque, comodisse, desconheciam o que fosse ecologia. Nãotinham uma visão do futuro, não sabiam que asárvores são necessárias, são o pulmão verde dacidade, principalmente dos bosques, pois existediferença entre praça e bosque. A praça éconstruída e as árvores plantadas pelo homem.Bosque são uma ilha de mata natural, espéciede capão-dde-mmato. Vamos remediar, construirpraças, arborizá-llas e reflorestar os bosques,enquanto é tempo. Vamos torcer para queparem de agredir a natureza.”

quer dizer, metade para o Estado e metade paraa Serraria. Como o meu pai, genro, era odesdobrador das toras na grande serra verticalda serraria, foi ele quem serrou todas as torasdaquelas árvores que medissem mais de 30centímetros de diâmetro.

Naquele tempo, não se tinha noção do quefosse ecologia. O que restou foi um ipê amarelo emfrente ao Corpo de Bombeiros, e um jatobazeiroem frente à agência da Celg, ainda produzindofrutos. Estas duas árvores são o atestado, acertidão, de que ali houve uma floresta.

Posteriormente, o prefeito Manoel dos Reisabriu uma estrada de 50,00 m de largura, dentrodo bosque, que hoje é o Jardim Botânico, para asaída sul da cidade, para ficar mais perto doCountry Clube. Do lado direito, acabaram comtudo, está cheio de casas. E do lado esquerdo amata vai até a rodovia BR-153. Ninguémacreditava na expansão da cidade, achando queela ficaria limitada dentro dos 50 alqueiresdoados pela família Morais, de Campinas(Campininha das Flores de Nossa Senhora daConceição). O Dr. Manoel dos Reis, médico efazendeiro, era (e é), um homem prático einteligente. Quando foi construir as passarelasdo Centro Administrativo, explicou: ‘O povo éigual gado quando vai pra aguada – faz umtrilheiro, passando sempre naquele mesmolugar. Eu vou deixar o povo fazer os trilheiros,marcar os lugares, e depois eu faço ocalçamento. Se eu fizer o calçamento antes, vouperder porque o povo vai fazer atalhos’. E deu certo. Vamos falar dos Bosques dos Buritis.Eu fundei, com o Leonardo Rizzo, a Associaçãode Protetores do Bosque dos Buritis, e fui seupresidente por 6 anos. Depois o presidente foi oLeonardo, e eu o vice-presidente, por mais 4anos. O Bosque dos Buritis está a 300m doPalácio do Governo. Toda festa junina que haviana Praça Cívica, iam buscar as folhas dos buritisde lá, “descabelando-os”. O povo levava pra casaaté a água das minas de dentro do Bosque, que,depois ficou provado, eram poluídas.Anteriormente, construíram o Ateneu e a IgrejaDom Bosco dentro do Bosque. Depois veio opresidente da Assembléia Legislativa econstruiu a Assembléia lá dentro. Isso fez com

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Elder Rocha Lima

Nascido na Cidadede Goiás, graduou-seem arquitetura pelaFaculdade Nacional deArquitetura daUniversidade do Brasil(atual UFRJ). Exerceatividades profissionaisde arquiteto e artistaplástico em Goiânia eBrasília.

“A mudança dacapital do Estado para Goiânia obedeceu, semsombras de dúvidas, a um ímpeto modernizadornecessário. Esse sentimento levou a algunsexcessos, no afã de fazer algo diferente dopassado.

Com relação ao novo paisagismo urbano,alguns erros foram cometidos, os quais estamospagando até hoje. De maneira geral, a cidade ébem arborizada, tanto no que se refere àarborização das ruas, como das residências.Infelizmente, a substituição de residênciasisoladas por edifícios de apartamentos temeliminado os quintais e seus jardins e árvores.

No começo da construção da cidade, osresponsáveis pela sua arborização tiveramalgumas preferências que se mostraraminconvenientes - uma delas adveio do uso deespécies exóticas, como Flamboyant e Ficus -,,pois suas raízes superficiais são danosas àscalçadas e tubulações de esgoto. Mesmo algumasespécies nativas não foram bem escolhidas por semostrarem possuidoras de frutos ou botões detamanhos avultados, danificando os carros. Alémdas espécies exóticas apontadas, tivemos oemprego da espatódia, o alfeneiro, a dillênia etc.

Com essa política, perdemos a oportunidadede utilizar na arborização de ruas espéciescomuns do bioma do cerrado, como o ipê e acaraíba, cuja floração é um regozijo para os olhos.Além dessas, também o pau-ferro, a sibipiruna,belíssima, o pau-mulato com seu fuste de belatextura e coloração, o babaçú, a aroeira, o pau-brasil, o jacarandá com sua inigualável floraçãoroxa, a quaresmeira, além de árvores frutíferas

que poderiam ajudar a fixação dos pássaros noambiente urbano.

Com essa política de utilização de espéciespróprias do nosso ecossistema, estaríamosassumindo nossa identidade geográfica, além decolaborarmos para preservação de nossasespécies ameaçadas pelas lavouras predatórias eseu absurdo sistema de irrigação de pivô centralque obriga a eliminação de toda árvore.

O exemplo de Brasília, onde se preferiuespécies regionais e fez-se o possível parapreservar a natureza do sitio, está presente eoferece oportunidade de estudos.

Quando lembrarmos das palmeiras,verificaremos que temos um enorme estoquenatural à nossa disposição, começando pelo buriti,cujos cuidados especiais de manutenção sãojustificados pela sua beleza, o babaçu, aguariroba, o bacuri, a juçara, o macaúba e tantosoutros.

Infelizmente, há um problema grave epraticamente insolúvel em Goiânia, que dificultaa especificação e o trato das árvores que adornamas ruas: a fiação aérea. Os dois estão em guerrapermanente e a vegetação está sempre perdendocom sua poda inadequada para satisfazer ofestival de fios que passa sobre nossas cabeças. Jáera tempo, pelo menos nos bairros centrais, demodernizar essa fiação tornando-a subterrânea,em nome da praticidade e da estética urbana.

Como encarar, pesquisar e encontrar soluçõespara essa problemática toda que só pode serresolvida a longo prazo? Em primeiro lugar, épreciso deixar de encarar o verde na Cidade comosimples ajardinamento e adorno. O assunto é depaisagismo, com a amplitude e seriedade quemerece. Equipes de arquitetos, engenheirosflorestais, botânicos e outros profissionaisnecessitam congregar-se para um estudoprofundo e amplo do problema e,conseqüentemente, propor um Plano Diretor deArborização e ajardinamento da cidade, com oconseqüente viveiro e laboratório de pesquisasque, aliás, seria um dos locais aprazíveis paranossa população. Aí se preservaria e seconstruiria, ao invés de destruir para atender aosinteresses econômicos mesquinhos dos paísesmaterialmente desenvolvidos.”

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Nize de Freitas

Pioneira da cidadede Goiânia. Filha doprimeiro prefeito deGoiânia, professorVenerando de FreitasBorges.

“O meu pai,Venerando de FreitasBorges, era muitoentusiasmado comGoiânia e, em especial,com a arborização dacidade. Ele trouxe um jardineiro de BeloHorizonte, que era muito dedicado. Ele podava osFícus na Praça Cívica em frente ao Palácio emforma de animais. Vinha gente de fora queachava isso uma maravilha, mas depois, com otempo, isso foi se desgastando e mudando.Posteriormente, houve a Acácia, que elesplantaram na antiga Rua 10, hoje AvenidaUniversitária. Não sei se foi benéfico para acidade de Goiânia, porque chamou a atenção dospardais. Ao mesmo tempo, quando eles foramembora, fizeram certa falta.

Os pardais não foram benéficos porquesujavam demais a cidade e havia problematambém de doenças que eles transmitiam. A Rua10 passou a ser quase intransitável devido àsujeira. Eram muitos pardais e eles se aninhavamnas árvores. Isso não era prático nem bom para acidade, no que se refere à estética das calçadas.

Depois houve um problema com osFlamboyants. A beleza contrastava: em cima,muita flor e muito colorido e embaixo, as raízesarrebentavam as calçadas. O Flamboyant tornou-se a flor símbolo de Goiânia, e é até hoje. Mas,infelizmente, por prejudicar os calçamentos dacidade, ela não pôde permanecer.

Eu acredito que se possa fazer umacomparação entre a Goiânia de hoje e a deontem. A de ontem era a cidade coração. A dehoje, a cidade do cérebro. Antes, havia maispoesia, colorido, mas ninguém estava preocupadose isso era bom ou não para a cidade. Nóstínhamos flores no final do ano. A partir desetembro, de outubro, os flamboyants

começavam a florir. Era uma paisagem belíssima,que dá ate saudade... dá aquela sensaçãonostálgica de pensar na Goiânia daquela época.Mas Goiânia cresceu e essa beleza toda não éprática mesmo. Acho que a cidade poderia serarborizada com árvores do cerrado, porque é onosso clima, não precisa de adaptação. Se jogarisso pra frente, acho que será muito bom, até naparte estética: estaremos usando a roupa própriae adequada.

Papai era muito entusiasmado. Ele entrava nocarro e saía pelas ruas de Goiânia para ver asnecessidades, principalmente na arborização. Eu melembro bem de que havia a sugestão de se plantarárvores frutíferas, mangueiras, etc.. Havia essa idéiade transformar Goiânia numa cidade pomar, masnão tinha condições. Houve até alguém que disseque havia um bairro no Rio de Janeiro, o Grajaú,que tinha ruas que eram arborizadas com árvoresfrutíferas. Mas papai disse: ‘Isso é no Rio de Janeiroe nós não podemos trazer isso pra cá. Os frutoscaem no chão e isso não é uma coisa prática.’ Noinício havia também o problema de verbas. Papaiqueria trazer muitas coisas interessantes praGoiânia, mas não tinha dinheiro. Era uma cidadetoda em formação, lutava-sse com o pouco dinheiroque havia, com a pouca disponibilidade. Haviadificuldade até no transporte pra cá – não haviameios de transporte disponíveis.

Nós não tínhamos uma arborizaçãomaravilhosa. E o Flamboyant, na época, era umaárvore que dava muita sombra. Então, era maisprático plantar uma árvore que produzissesombra do que beleza estética. Papai uniu o útilao agradável. A situação era muito precária, nãohavia muitas condições, mas ele lutou com muitadificuldade no começo de sua administração.Disso eu me lembro bem: Goiânia não tinhadinheiro mesmo. Papai lutava com todas asgarras, idealismo, porque não havia estasfacilidades de verbas que existem hoje pra todomundo. Ele tirava dinheiro do próprio bolso prajogar na cidade. Quando a fonte luminosa daPraça Cívica estragou, disse: ‘Eu fico sem receberuns três meses do meu ordenado, mas tenho euque arrumar’. Isso era idealismo, pois ele erajovem e não queria nem saber se a família iapassar necessidades com a falta do ordenado dele.

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Não existia uma equipe técnica responsávelpela arborização, na época. Como se dizia, era aLegião da Boa Vontade. Não havia equipe formada,mas voluntários. Ele mandava vir pessoas delugares como Belo Horizonte e São Paulo. Ourbanista que projetou as ruas e praças de BeloHorizonte projetou as praças de Goiânia e, emreuniões com papai, chegaram à conclusão de quea arborização de Goiânia tinha que ser deFlamboyant e Acácias. A Sibipiruna veio bemdepois, nos anos 50.

Eu me lembro do Pedro Ludovico falando para opapai: ‘Venerando, nós precisamos arborizarGoiânia, porque Goiânia é descampada’. Essa foi aexpressão do Pedro Ludovico: ‘temos que botarsombra nessa cidade’.

Houve um Congresso de Intelectuais, aqui emGoiânia, em julho de 1942. O pessoal que veiosentiu uma diferença enorme, o seco de Goiânia, agarganta seca. E verificaram que Goiânia não tinhaárvores. Isso foi reclamado.

A idéia dos Flamboyants foi para fazer sombra,por causa da copa grande. Essa foi a união do útilao agradável: o Flamboyant é uma árvore muitobonita e dá uma boa sombra.”

Amaury Menezes

José Amaury deMenezes nasceu em 25de julho de 1930, nacidade de Luziânia, emudou-se para Goiâniaem 1936. Artistaplástico, foi professor naEscola de Belas Artes ena Escola deArquitetura daUniversidade Católicade Goiás entre 1962 e1986. Como diretor doDepartamento de Cultura da Prefeitura, em 1970,fundou o Museu de Arte de Goiânia. É membroefetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Goiáse da Academia de Letras e Artes do Planalto.

“Quando chegamos a Goiânia, eu com menosde seis anos de idade, residimos inicialmente em

Campinas enquanto nossa casa, uma das primeirasresidências da cidade, era construída na AvenidaAraguaia, entre as ruas 1 e 2.

A cidade praticamente não existia e asconstruções sob a responsabilidade do Estado eramedificadas, em obediência ao plano urbanístico,separadas por grandes distâncias. Habituados àscidades que cresciam espontaneamente e semplanejamento, não entendíamos o porquê dasdistâncias entre os prédios de repartições públicasda Praça Cívica e outros como o MercadoMunicipal, o Lyceu de Goiânia, o Grande Hotel, oCine Teatro Goiânia, o Automóvel Clube (hojeJóquei) e o Lago das Rosas.

As primeiras ruas foram abertas e revestidasde cascalho, mas, como praticamente não existiatráfego de veículos, os pedestres criavam dentrodo cerrado rasteiro os seus atalhos, que na épocadenominávamos trilheiros. Goiânia era umacidade que se caracterizava pelos trilheiros. Asfrutas típicas do cerrado, como gabiroba, fruta deema e guapeva podiam ser colhias e saboreadaspelos pedestres que transitavam pelas trilhas, e sóencontrávamos pequenas manchas de matas nasnascentes e nas margens dos córregos. O Bosquedos Buritis, que na época chamávamos deburitizal, tinha uma nascente no atual Clube dosOficiais e se estendia no sentido norte, passandopelo Ateneu Dom Bosco e Jóquei Clube, até aSanta Casa, onde hoje fica o Centro de Cultura eConvenções. Naquela nascente, a formaçãonatural de um pequeno lago proporcionava, paraos jovens e adolescentes da época, os momentosde lazer e exercícios de natação. Isso antes daconclusão do Lago das Rosas.

O plano urbanístico da cidade não permitia aconstrução de muros para separar as residências.Apenas na parte frontal dos lotes podiam serconstruídas muretas baixas, mas como havia, napopulação oriunda de pequenas cidades o hábito jáarraigado de demarcar suas propriedades, etambém para evitar o trânsito de pedestres nosseus quintais, os moradores passaram a levantarcercas de arame farpado, criando uma soluçãoesteticamente pior. Por esse motivo, mais tarde, ocódigo de edificações passou a autorizar aconstrução dos muros divisórios.

Como o cerrado rasteiro não oferecia espécies

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vegetais apropriadas para a arborização da cidade,o prefeito Venerando de Freitas Borges criou umviveiro municipal com várias espécies de mudasimportadas e distribuídas de forma a diferenciar asavenidas e ruas de Goiânia. Essa iniciativa davacaracterísticas distintas para as principais artériasda cidade. A Avenida Goiás, com seus largoscanteiros centrais, era toda arborizada com Fícusque, podados cuidadosamente, apresentavamdiferentes formas geométricas. As avenidasresidenciais Araguaia e Tocantins eramcaracterizadas como as avenidas dos Flamboyants,que na primavera formavam um grande tapetecolorido nas calçadas, para deleite e orgulho dosseus moradores. Nas estreitas ilhas centrais daAvenida Anhanguera foram plantadas PalmeirasImperiais.

Como aqui não são bem definidas as quatroestações do ano, Goiânia é uma cidade privilegiadacom relação às flores. Desde o início da Capital, asmuretas frontais baixas e os jardins das residênciascontribuíam para o embelezamento urbano. Hoje asfloridas e bem cuidadas praças e jardins mostramser verdadeiras a frase que criei quando era diretordo Departamento de Cultura da Prefeitura: ‘EmGoiânia a primavera tem doze meses’.

Nos primeiros anos, a vida da cidadedependia comercialmente de Campinas e eraintenso o movimento do transporte coletivocom aquela cidade, hoje bairro da Capital.Lembro-me de, durante vários anos, buscarmosali o leite para o consumo diário da nossafamília. Antes de ficar concluído o MercadoCentral os pioneiros pontos comerciais earmazéns localizavam-se no Botafogo, hojePraça do Botafogo, no Setor Leste Universitário.Também as datas festivas eram inicialmenterealizadas em Campinas e a Avenida 24 deOutubro era palco das competições esportivasdo aniversário de Goiânia e do carnaval de rua,com desfile dos seus poucos automóveis.Mesmo os mais otimistas pioneiros nãoacreditavam na utópica previsão que as duascidades seriam ligadas e que Campinas seriatransformada num bairro de Goiânia. Assimcomo também jamais esperavam quechegássemos à população de cinqüenta milhabitantes prevista pelos urbanistas.

Esse é um pequeno retrato da infância deGoiânia, quando todos ansiavam pelo seurápido crescimento para se equiparar àsgrandes cidades do País. Hoje, ao contrário,torcemos para ela parar de crescer paracontinuar jovem, bonita, acolhedora e sem osproblemas insolúveis dos grandes centrosurbanos.”

Belkiss Spencieri (in memorian)

Foi pianista,musicista,pesquisadora,professora titularaposentada daUniversidade Federalde Goiás e ex-Diretorado Conservatório deMúsica da UFG (depoisInstituto de Artes). Ex-presidente daFundação Cultural deGoiás e ex-presidenteda Sociedade Brasileira de Música Contemporânea.

“O que me lembro, quando nós viemos paraGoiânia, é de uma cidade de terra vermelha, solta,onde o vento brincava à vontade... aquela poeiraerguendo e fazendo redemoinhos. Esta é imagemque eu tenho da época em que nós chegamos, porvolta de 1940. Depois, foi sendo cuidada e, naPraça Cívica, havia um circuito, acompanhando oformato curvo da praça, de Fícus, que seemendavam uns nos outros, numa forma bonita,acho que baseada nos jardins da Praça Sete deBelo Horizonte. Os canteiros centrais da AvenidaGoiás estão marcados em minha memória, combuxinhos entremeados de flores. Uma coisa queme marcou muito foi a arborização das avenidasTocantins e Araguaia. Na Tocantins, osFlamboyants eram muito grandes e floriamvermelhos; na Araguaia eram amarelos. Quandoaqui esteve a declamadora Margarida Lopes deAlmeida, que foi recepcionada no ConservatórioGoiano de Musica, as copas do Flamboyantsvermelhos atingiam as janelas do sobrado, queeram redondas.

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Ela ficou deslumbrada com a beleza das flores,que pareciam verdadeiras labaredas.

Lembro-me do Bosque dos Buritis, bem cerrado,dos grupos de casas isoladas, 14 casas na Rua 4, noquarteirão entre a Praça Cívica e o ParthenonCenter. Sete sobradinhos iguais na Rua 7 e outrosagrupamentos pequenos e habitados, assim mesmocom poucas casas. E, ali em frente, descia para oCórrego do Botafogo sem ter nenhuma construção.

Quando eu cheguei do Rio de Janeiro, em 1945,havia rompido a represa do Jaó. Nesta época, eumorava na Rua 24. Ficava sentada no alpendre,vendo o entardecer, porque nós não tínhamosiluminação, e, desta hora em diante, a gente tinhade se valer dos aladins e das velas. O trabalhonoturno nesta época ficava muito prejudicado.”

Jacira Brandão Veiga Jardim

Nascida em 15 demarço de 1918, nacidade de São João DelRei, em Minas Gerais.Filha de ManoelAugusto da SilvaBrandão e FranciscaMonclar. Casou-se nodia 26 de setembro de1936, com JoaquimVeiga Jardim e, um anoapós, mudou-se paraGoiânia. Foi diplomada no dia 8 de dezembro de1935. Pioneira de Goiânia, professora e poetisa.

“Eu vou mencionar as coisas que passei noinício de Goiânia, há 68 anos atrás. Quandochegamos em Goiás, por motivo da transferência dacapital para a Goiana, mudamos para cá. Meumarido era funcionário público e tivemos que vircom o governo. Não existia nada aqui. Estavamabrindo as ruas e começando a construção doPalácio, Correio e Telégrafo, Secretarias e aquelasrepartições públicas, na Praça Cívica. Estavamsendo abertas as avenidas como se fossem estradas.As avenidas Araguaia, Tocantins e Anhanguera eumas ruas mais próximas, que eram a Rua 20 e aRua 4, foram as mais focalizadas e onde fizeramtambém as residências de uns funcionários deposição mais elevada, que eram umas casas

melhores. Na Rua 4, fizeram 13 casas populares,mas eram todas entacadas, com estuque demadeira, tinham água, e eram todas arrumadas.

Naquela época, a moeda era contos de réis.Cada casa de dois dormitórios custava 13 mil réis ealguns quebrados que eu não lembro. As maiores,que tinham 3 dormitórios, custavam 15 mil réis.Cada funcionário, depois de 15 anos, se tivessepago todas as prestações, recebia o título definitivoda casa, e mais 4 mil contos de réis das mãos dogoverno, que foi uma ajuda fantástica. Nessetempo, o governo foi maravilhoso para osfuncionários. E aqui, em Goiânia, não existia casa eera muito difícil de arrumar, então nós fomosmorar em Campinas, com muito favor, em umacasa com uma porta e uma janela, igual casa decaboclo, de chão batido.

Depois, quando eu estava grávida, mudamospara um quartinho de uma casa antiga, de umaviúva, mas era uma casinha melhor. Era de umasenhora, muito amiga da minha mãe, que tinhamuito carinho com a gente. Nós ficamos nestamoradia até a nossa casa, na Rua 4, ficar pronta. NaRua 4 não tinha asfalto, faltava luz e havia poeiraem quantidade, porque ainda estavam abrindocanaletas de esgoto. Uma vez ficamos 3 anos semenergia. Lembro que romperam uma barragem,acho que para o lago do Jaó.

Água também não tinha. Quando faltava, nósíamos ao Bosque do Mutirama pegar água com obalde. Quando faltava luz era aquela luta... ferro abrasa, fogão caipira, não tinha conforto. Mas depoistudo foi logo se ajeitando, a cidade melhorou e atéhoje está maravilhosa. Sou apaixonada por Goiânia.E agora, a parte de áreas verdes está fantástica,porque não tinha nada. Eles fizeram essasarborizações nas principais avenidas, Praça Cívica epedaço da Rua 20 e da Rua 4.

Depois a cidade foi se abrindo, as ruas seformando e eles arborizando. Acabou a cidadeficando muito grande, toda linda e arborizada comuma variedade grande de plantas, muitas que eunem conheço. Mas Goiânia está muito bonita e osvisitantes e todo mundo é encantado com asvariedades de flores. Eu me orgulho muito de seruma pioneira. Passei pedaços horríveis, mas hoje,graças a Deus, a cidade está lindíssima, muitobonita e muito boa.”

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Horieste Gomes

Nasceu na cidadede Igarapava – SãoPaulo, cursou ginásio ecientífico no tradicionalLyceu de Goiânia.Atualmente é professore pesquisador doInstituto do TrópicoSubúmido (ITS) daUniversidade Católicade Goiás, geógrafo,historiador,ambientalista, membro da Associação dosGeógrafos Brasileiros (AGB), do Instituto HistóricoBrasil Central da UCG, do Instituto Histórico eGeográfico de Goiás e de outras entidadesculturais.

“Cheguei a Goiânia em dezembro de 1939,junto com meus pais, seguindo as pegadas dosmeus avós do lado materno, imigrantes delinhagem italiana.

Em Campinas, bairro onde fui educado e metornei cidadão comunitário, terminei a escolaprimária no Grupo Escolar Pedro LudovicoTeixeira, em 1946, por sinal, de excelentequalidade. O secundário, ginasial e científicoconcluí em 1954, no tradicional Lyceu de Goiânia,instituição de ensino onde exerci o magistério por10 anos consecutivos. Na Faculdade de Filosofiada Universidade Católica de Goiás fiz o cursosuperior de História e de Geografia (1955-663).

Tornei-me professor no ano de 1957 e continuo,até os dias atuais, dedicando-me ao ensino e apesquisa no âmbito das ciências humanas eambientais. Aposentei-me, em 1992, após 32 anosde serviços prestados a universidade Federal deGoiás.

Na Universidade Católica de Goiás trabalhodesde o ano de 1968, atividade laboralinterrompida em 1972, devido ao excludenteDecreto-Lei 477 do regime militar.

O período da repressão advindo do golpepolítico/militar de 31 de março de 1964, foi muitodifícil para mim e para a sociedade brasileira. Ogoverno de Garrastazu Médici correspondeu à fasemais penosa que me obrigou, inclusive, a optar

pelo exílio político em terra distante. Depois depassar por prisões militares, de cumprir pena e serliberto, mas sob liberdade vigiada, deixei o Brasilem 1975 e passei a residir na Suécia, EstadoNacional que me concedeu asílo político. Nele,permaneci durante 5 anos, retornando ao Brasil eà cátedra universitária na UFG em 1980,amparado pela Lei da Anistia de 28 de Agosto de1979.

Fui agraciado com muitos títulos e honrarias,entre eles, o de Professor Emérito pela UFG, em1995; o de Cidadão Goianiense pela CâmaraMunicipal, em 2000; a comenda dos Ipês, pelaAssembléia Legislativa de Goiás, em 2003.

Atualmente, trabalho no Instituto do TrópicoSubúmido, unidade de pesquisa e ensino da UCGque investiga o bioma cerrado como sistemabiogeográfico.

A vegetação como arborização natural,existente nos primórdios de Goiânia, na suaessência, revelava uma natureza viva na plenitudedo seu valor fitogeográfico. Ela era de uma belezacênica em todos os seus ambientes,preferencialmente seguia à disposição da redehidrográfica da cidade, representada pelo Rio MeiaPonte e seus tributários (afluentes e sub-afluentes),a exemplo do ribeirão Anicuns, do João Leite e doCascavel, além dos demais cursos d`água, citandoo córrego Botafogo, o ribeirão Dourados, oscórregos dos Buritis, o Capim Puba, o Caveirinhas,o Vaca Brava, o Palmito, entre outros, e suasrespectivas drenagens.

Como cobertura artificial, a vegetaçãoarborizava o traçado das principais avenidas eruas de Goiânia, além das praças e jardins, emplena concordância com a proposta de AtílioCorrêa Lima, de malha verde, para Goiânia. Asavenidas, tendo como pólo de irradiação a PraçaCívica – Goiás (antiga, Pedro Ludovico Teixeira),Araguaia e Tocantins -, assim como as avenidas,24 de Outubro e Amazonas (hoje, Anhanguera) nobairro de Campinas, são exemplos de arborizaçãoplanejada.

O outro momento de minha lembrança, équando a gente verifica que a partir do final dadécada de 1940 e início de 1950 se assiste a umviolento processo de degradação ambientalmotivado pela retirada abusiva da cobertura vegetal

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em grande parte devido às ações deadministradores inconseqüentes, acrescida daacelerada especulação imobiliária, ocorrendopatente redução dos caudais hídricos pelodesmatamento e assoreamento de cabeceiras,vales e fundos de vales. Havia, nos diversosambientes naturais de Goiânia, uma ricavegetação que cobria o relevo plano-ondulado doplanalto goianiense, mencionando a coberturade mata tropical das encostas e dos vales, quepossuíam valiosas espécies de madeiras de lei,exemplificando com o cedro, o tamboril, o jatobá,o angico, a garapa, a sucupira e outras mais, eque foram dizimadas com a expansão da cidadee uso inadequado do solo.

No presente, há que se fazer um trabalhocontínuo e crescente de recomposição dessarica flora que foi devastada. Eu dou comoexemplo as cabeceiras do Vaca Brava, local queconheço de perto e de longa data, por ser umdos lugares onde a gente tomava banhoquando criança e adolescente. Da pujança davegetação nativa que havia no Vaca Brava, oque se conseguiu preservar e recompor da matado córrego são apenas resquícios, algunstestemunhos da antiga cobertura vegetal. Oque deveria fazer se fazer não foi feito, apenasconstruíram um mini-parque.

Pelas suas próprias condições topográficas,a região oferecia todas as condições naturaisfavoráveis, apropriadas para se implantar umacobertura hídrica, tipo Pampulha, que deveriachegar no mínimo ao limite do Clube Oásis.Assim teríamos uma recomposição vegetalmuito maior e a administração municipalganharia muito mais com o setor de prestaçãode serviços. Teria que se fazer investimentos,mas haveria compensações e a comunidadeseria a grande beneficiada, não só como amplolugar de lazer, mas, também, pelo aumento doteor de umidade que Goiânia tanto necessita,principal mente na época da estação seca, dacanícula, quando a perda da água é muitoelevada.

Não me lembro quem plantou as Mongubase Flamboyants aqui em Goiânia. O que eutenho em mente é um grande quadro do queexistia em Goiânia como cobertura vegetal

natural. Lembro-me, também, da primeirafloricultura no bairro de Campinas, que era deum armênio chamado Carlos Sarkis Kichichian.A floricultura era belíssima e dava um coloridosingular na paisagem. Mas, Goiânia estava comoutra busca, que era de construção e progresso,não era a busca de viver e sentir o belo. Porisso, ela foi à falência.

Eu não sei responder quem foram osprimeiros que iniciaram a arborização urbanacom Flamboyants e Mongubas, mas elas sefaziam presentes. É um fato que eu tenhopresente em minha memória”.

Pedro Ludovico Teixeira Júnior

Nasceu em 27 dedezembro de 1922.Pioneiro da cidade deGoiânia. Filho dofundador de Goiânia,Dr. Pedro LudovicoTeixeira.

“Sobre aarborização deGoiânia, da parteecológica do projeto dacidade, nós devemosprincipalmente a duas pessoas: o fundador dacidade, Pedro Ludovico Teixeira, meu pai, e aourbanista e arquiteto que projetou a cidade, Dr.Atílio Correia Lima, que era professor deArquitetura e de Belas Artes no Rio de Janeiro,um homem de projeção nacional e internacional.Nesse ponto, Pedro Ludovico foi muito feliz naescolha, tinha muito entusiasmo com Goiânia.Vou contar essa passagem porque o enaltecemuito e realmente ele foi muito importante.Quando pegou o projeto da cidade, todos aquelesprédios da Praça Cívica, hoje, Praça PedroLudovico, e as primeiras casas para asautoridades que deveriam mudar-se da antigacapital para Goiânia, foram localizadas na Rua20 e logo no início da construção destas casas,tratou de arborizar aquela parte. Ao verificar oprojeto de Goiânia na parte residencial dacidade, percebe-se que havia um dispositivolegal que obrigava todas as

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residências a terem pelo menos 5 metros derecuo em relação ao passeio da rua, justamentepara serem feitos os jardins. Verifica-se, portanto,que sempre houve essa preocupação de dotarGoiânia de áreas verdes. Atílio Correia Lima e oPedro Ludovico fizeram muita questão deaproveitar os bosques naturais que tinham emGoiânia, eles aproveitaram aquele bosque quehoje é o Mutirama, no fim da Avenida Araguaia,o da Alameda dos Buritis, aproveitaram tambémo maior dos bosques naturais de Goiânia, láperto do Setor Pedro Ludovico, hoje, JardimBotânico de Goiânia. O que teve de bosquenatural aqui foi aproveitado e conservado,Goiânia foi muito feliz por ter conseguido trazerAtílio Correia Lima para projetar a cidade,porque ele era muito citado – isso quem me disseum arquiteto uruguaio, que se formou em NovaYork. Ele era muito citado na universidadedaquela cidade, pelo seu trabalho arquitetônico,realmente era o Niemeyer da época.

A parte de plantas, de escolha de espéciespara a arborização foi contratada por uma pessoaque conhecia do assunto, mas não me recordo oseu nome completo. Lembro que seria Waldemar,um homem muito entusiasmado, que começou aorganizar o horto para fornecimento de mudas, láno Lago da Rosas, principalmente as primeirasárvores. As primeiras plantadas foram o Ficus, osFlamboyants, que floriam intensamente na épocacerta, e a Monguba. Pode ser que estas espéciesnão deram muito certo, mas, para oembelezamento, foram ideais. Infelizmente osFlamboyants contribuíram para a Prefeitura, queera dirigida pelo primeiro prefeito de Goiânia, oDr. Venerando de Freitas Borges, um dos maiorespioneiros desta cidade. Ele como primeiroprefeito também estimulou muito a arborização,e realmente Goiânia é uma cidade comarborização intensa. Ela foi considerada, achoque no ano passado, a cidade Ecológica do Brasil,graças à boa arborização. Mas evidentementeque a arborização, hoje, precisa ser aperfeiçoada.Goiânia precisa de uma boa arborização, prática,não de só beleza, pois há espécies que sujammuito as ruas e arrebentam os passeios. Mas issocom o tempo vai se aperfeiçoando.

As mudas de Goiânia vieram de São Paulo.

Vieram mudas pequenas, trazidas de caminhão.Era difícil, porque as estradas daquela épocaeram muito ruins, nem dentro do Estado de SãoPaulo era asfaltado, nem a estrada maisimportante do país, que era a Rio – São Paulo, eraasfaltada. O progresso do Brasil naquele período,era quase só no litoral. Desse modo, teve-sedificuldade de trazer essas mudas para cá.

Primeiro foram plantadas mudas no Hortopara a aclimatação. Eram mudas pequenasainda. Depois passaram para as ruas e a primeiraavenida a ser arborizada foi a Avenida Goiás. Elatinha nas laterais os Flamboyants que erammuito bonitos, não sei se por problema de climaou natural da planta, não duravam muito.Durariam uns 30 anos.

Goiânia ficava com muita tonalidade de cor,cada árvore dava uma tonalidade diferente. Naparte central da Avenida Goiás se plantou oFícus, ficaram ali por muitos anos, mas depoisenvelheceram e então foram substituídos. Aliás,não gostei da substituição por guarirobas,porque elas não dão sombra. Acho que elesplantaram algumas árvores de mogno, que émuito bonita. Na Rua 20 tem um pé de mognomuito grande. Tem uma história sobre o mogno.Houve uma firma de São Paulo ou estrangeiraque começou a explorar o mogno no norte deGoiás, que hoje, é o Tocantins. O mogno é umamadeira muito cara e muito interessante para aarborização, pois é muito bonita, as raízes, nãoarrebentam o passeio, dá uma copa muitobonita, e não cai muita folha. Nesta época osestudantes aqui de Goiânia se rebelaram contraa derrubada do mogno e fizeram o movimento ‘Omogno é nosso’. Então eles plantaram umaárvore na Rua 20, em frente onde é hoje, aJustiça Federal. Aquela casa tem um valorhistórico muito importante, pois foi a primeiracasa onde residiu Pedro Ludovico aqui emGoiânia. Ela e a casa do lado, após a suamudança para o Palácio, foram aproveitadaspara a primeira Faculdade de Direito de Goiânia.Acho que foi o primeiro curso superior deGoiânia, esta é a razão porque os alunos daFaculdade de Direito plantaram esta muda demogno, que hoje, está muito bonita, pois é umaárvore que cresce muito e da uma boa sombra.

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Ao se comparar a arborização e as áreasverdes da Goiânia de ontem com a Goiânia dehoje, é preciso lembrar que a Goiânia deantigamente era uma cidade feita apenas com ainiciativa do governo. Existiam somente ossetores principais, o Setor Central e Norte, onde secomeçou primeiro a construir, depois vieram ossetores Oeste e Aeroporto. Chama-se Aeroportoporque no início de Goiânia o aeroporto era lá.Todos estes setores foram loteados pelo governo.Depois veio o Setor Universitário, o Setor Sul e oSetor Pedro Ludovico. Esses setores foram todosplanejados e arborizados. Logicamente que osprimeiros a serem arborizados foram os SetoresCentral e Norte, pois foram os primeiros a seremconstruídos. Os primeiros lugares arborizadosforam as Avenidas Goiás, Tocantins, Araguaia eParanaíba. Depois foi ampliando. Isto foi feito poretapas, porque o Estado de Goiás era muitopobre. Naquela época não tinha arrecadaçãonenhuma, tudo era feito com muito sacrifício.Começar tudo de uma vez não dava conta, tinhaque colocar água e esgoto. À medida em queestes setores foram sendo abertos, foram sendoarborizados.

Pedro Ludovico, enquanto foi governador, nãopermitia loteamento, porque havia um PlanoDiretor da cidade. A ampliação seria gradativa,segundo as normas do seu projeto original, feitopelo Atílio Correia Lima e também pelo Armandode Godói, que foi um grande urbanista, professor deuma faculdade em São Paulo. Com a saída do PedroLudovico, começaram a lotear desordenadamente.Goiânia virou uma verdadeira colcha de retalhos,teve mais de 400 loteamentos. Foi uma perda, poisestragou o Plano Diretor da cidade. Quem loteiaquer dinheiro, não esta preocupado em investir emcoisas que não dêem lucro. Depois que estesloteamentos foram crescendo, a própria prefeiturapassou a arborizar e o Professor Venerando deFreitas, que era um entusiasta da arborização, fezisso da melhor maneira possível. No início, não seplantou árvores muito apropriadas, mas Goiânia éuma cidade em que tudo era difícil. Foi construída amais de 1.000 km dos centros civilizados da época.Tudo era difícil, tudo serviu de escola. De agora emdiante, se cometerá menos erros, pois se aprendecom os erros do passado.”

José Ângelo Rizzo

Professor Emérito edoutor em Botânica daUniversidade Federal deGoiás, com 37 livrospublicados em âmbitonacional einternacional,destacando-se A Florados Estados de Goiás eTocantins e Sobre aArborização. Membrodo Conselho Estadualdo Meio Ambiente, presidente do ConselhoMunicipal de Preservação do Patrimônio Histórico,Cultural e Ambiental da cidade de Goiânia.

“É de extrema importância para toda asociedade o planejamento, para se ter uma boaarborização e conservação das áreas verdes de umacidade.

Goiânia é considerada bem arborizada,notadamente nos Setores Central, Oeste, Sul eUniversitário. Entretanto, para a periferia, podemosdizer que se torna necessário um estudo maisdetalhado. A Prefeitura, através da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente, está desenvolvendoestudos em parceria com outros órgãos visando auma melhor adequação da arborização da capital.

Voltando ao início da instalação de nossa capital,as Ruas do Setor Central, tais como as Ruas 3, 18, 20e as Avenidas Goiás, Tocantins e Paranaíba, foramas que receberam as primeiras árvores. O primeiroprefeito, Venerando de Freitas Borges, e os demais,num grande esforço para dotar a nossa capital deuma arborização, trouxeram mudas de árvores deoutras localidades, como, por exemplo, do TrianguloMineiro, que, com muito sacrifício, foramtransportadas para Goiânia. Nas Avenidas Goiás,Tocantins e Araguaia foram plantados Flamboyants,árvores conhecidas cientificamente como Deelonixreegia Rafin, originárias de Madagascar e de beloefeito ornamental. Nas Ruas 20, 16 e outras plantou-se Ligustro, conhecido como Ligustrum japoniccumThunb e na Rua 24 o Saboneteiro, Sapindussaponaria L.. Essas são algumas das espécieshistóricas de nossa capital. Mais recentemente,plantou-sse a conhecida Monguba ou Manguba,

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denominada cientificamente como Pachiraaquatica Aubl. Ela existe na Avenida Paranaíba eem outros locais.

A importância da arborização em uma cidadepode ser avaliada sobre os diversos aspectos:despertar o interesse dos habitantes para a belezadas árvores e sua floração; contribuir para adiminuição dos efeitos estressantes do concreto, doasfalto e outros fatores; e favorecer o sombreamentoamenizando a temperatura. Sabemos que há umadiferença de 3º a 4º C entre a sombra e a incidênciasolar direta, gerando um desconforto muito grandeàs pessoas.

Em um sentido social, a arborização e as áreasverdes, os parques e as praças concorrem muitopara evitar a delinqüência juvenil, permitindo que ajuventude extravase as suas energias, além demanter um convívio harmonioso entre as pessoas eo meio ambiente, justificando-se assim todos osesforços para uma boa arborização.

A arborização de Goiânia requer cuidados eações, porque inúmeras espécies plantadas jáatingiram o seu ciclo biológico, e, em muitos casos,houve o plantio de espécies não adequadas comrelação ao porte e ao sistema radicular. Issoprovocou conflitos com os sistemas da rede elétrica,telefônica e de esgoto e os luminosos do comércio,gerando, então, podas drásticas.

Os órgãos públicos e a sociedade têm aobrigação de participar ativamente de quaisquermedidas, visando uma boa arborização compatívelcom os interesses de nossa capital e de seushabitantes.”

Washington Novaes

Jornalista e ex-secretário do Meio Ambiente doDistrito Federal.

“As árvores sãoimportantes para acidade por váriosmotivos. Elasrespondem pelo nívelde umidade do ar.Então, quando nóseliminamos a

vegetação de um lugar que tem a estação secatão pronunciada, como a nossa, contribuímospara a redução do nível de umidade do ar, queaqui já é pequeno. É por isso que os projetos eplanos de substituição da arborização porespécies menores precisam ser muitocuidadosos, porque se vão colocar árvoresmenores, menos densas, com menos folhas, vãoreduzir a biomassa que produz a umidade do ar.Então, se as árvores menores vão ser plantadas,tem-se que plantar mais ainda, para não haveruma perda da biomassa.

Alem disso, é preciso notar que a árvore étida sempre como problema, porque interferena fiação, atrapalha a visão comercial, quebraos canteiros, quebra a rua... Ora, por que oproblema é a árvore e não a fiação? Por que oproblema é a árvore e não a propaganda? Porque não se considera que é o asfaltamento éresponsável pelo problema da diminuição doespaço para a árvore? Uma árvore cai sobre umcarro e o danifica. Quem disse que o carro temo direito de ficar parado num espaço públicoembaixo dela? Qual a legislação que lhe atribuiesse direito? No entanto, a responsável é aárvore. Parte-sse de um pressuposto, que não énecessariamente válido. Estamos vivendoformatos muito antigos e muito atrasados. Nomundo inteiro já não se usa mais fiação aérea,exatamente por isso: para que não hajainterferência em decorrência da arborização.Será que o problema é a arvore, quando suasraízes vão se infiltrando e prejudicando as redessubterrâneas de água e esgoto? Ou nós nãoestamos fechando os canteiros e obrigando assuas raízes a mergulharem mais fundo embusca de água?

É preciso mudar de mentalidade. A árvorenão é um problema, é uma solução. Elacontribui para a nossa qualidade de vida e nãosó por esta questão da biomassa. A árvoreproporciona sombra, paisagem, relações quesão muito importantes com as pessoas. Vamospensar, por exemplo, na criança que aprende aser uma pessoa brincando, ali, debaixo daárvore, com seus amigos. É uma perda muitogrande quando esta criança fica sem estaárvore. A pessoa que se senta na porta da sua

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casa, debaixo de uma árvore, vai perder a sombra. Éno plano da personalidade que vai haver tambémessa perda. Portanto, a árvore é um fatordeterminante para a nossa qualidade devida.

Mudei para Goiânia em 1982,exatamente porque eu havia meencantado com a cidade. Eu sou paulista,do interior de São Paulo, mas morei 13anos na cidade de São Paulo. Saí de lájustamente porque não queria viver numacidade tão grande, cheia de problemas. Mudei-me para o Rio de Janeiro e morei lá durante 17anos, e aconteceu a mesma coisa. Então, em 1982,me decidi mudar para Goiânia, porque era umalinda cidade, de 600 mil habitantes e não tinhanenhum dos problemas de segurança. Era umacidade toda arborizada, florida e pacata. Ao longodestes 25 anos, eu tenho visto Goiâniacaminhar exatamente em direção aosmesmos problemas de São Paulo, Rio deJaneiro e outras metrópoles. Penso queestá havendo uma perda muito grandede qualidade de vida. O desmatamentodo entorno da cidade foi brutal nestes25 anos. Hoje só devem restar uns 5%da vegetação nativa e nas próprias ruase praças, a vegetação tem diminuído. Háum processo de perda que deveria ser maisrefletido e estancado.”

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c a p í t u l o I I

GGooiiâânniiaa,,ccaappiittaall vveerrddee ddoo BBrraassiill

A ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA NA ATUALIDADE

Goiânia é a capital de Estado com a maiorextensão de áreas verdes por habitantes e omaior número de árvores em vias públicas doPaís, em proporção ao número de habitantes.Essa condição foi comprovada por estudosrealizados pelos técnicos da Agência Municipaldo Meio Ambiente – AMMA, com base emmetodologia amplamente utilizada e o apoio demodernas técnicas de georreferenciamento.

1.1. Mais Parques e áreas de conservaçãoambiental

Goiânia possui hoje 94 metros quadrados deáreas verdes por habitante, índice quase 8 vezessuperior ao recomendado pela Organização dasNações Unidas, que é de 12m²/habitante. Esseíndice é superior também aos 51 m²/habitantede Curitiba, a capital estadual consideradaanteriormente líder nesse ranking.

De 2005 a 2007, a ação da Prefeitura deGoiânia na identificação e proteção de unidadesde conservação nas regiões de parcelamentourbano resultou no aumento de 80 para 187áreas destinadas a parques e bosques.

Em fevereiro de 2008 praticamente triplicouna capital o número de parques implantados,com vegetação recomposta e dotados de infra-estrutura de lazer e contemplação, saltando de 6para 16. Outros 5 parques já existentespassaram ou estão passando por obras derevitalização.

Figura 08. Vista Panorâmica do Parque FlamboyantLourival Louza, local onde houve recomposiçãoflorística das áreas degradadas.

Figura 09. Vista Panorâmica do Parque Botafogorevitalizado em 2005.

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1.2. Programa Plante a Vida, o sucesso daarborização voluntária

O Programa Plante a Vida consiste nadistribuição gratuita de mudas para apopulação, dentro de um amplo programainstitucional de rearborização de Goiânia.Estimula plantios voluntários nas calçadas dasvias públicas, ilhas e rotatórias, fundos de vale,parques, bosques e praças de Goiânia, além deplantios em quintais, chácaras e outras áreasparticulares. Inicia-se desde a coleta desementes e produção e distribuição das mudas,indo até o monitoramento. Esse programaprevê a distribuição de 1.200.000 mudas deespécies nativas do cerrado à população numprazo de quatro anos, para, com isso, resgatar avalorização do cerrado através da produção edistribuição de espécies deste ecossistema,além de atuar na melhoria da qualidade devida de nossa população através dadistribuição de mudas.

Um estudo realizado pela AMMA mostrouque Goiânia possui hoje um índice de 0,79árvore plantada em vias públicas porhabitante. Curitiba e João Pessoa, as capitaisestaduais antes citadas como referênciasnacionais, têm índices estimados em 0,17 e 0,06árvore por habitante, respectivamente. Umadas ações da Prefeitura que contribuíram paraGoiânia assumir essa posição de liderança foi oPrograma Plante a Vida. Esse programa,executado pela AMMA, distribui mudas deespécies nativas do Cerrado aos moradores, queassumem o compromisso de plantar e cuidardas árvores. Mais de 700 mil mudas já foramplantadas nas calçadas das vias públicas, alémde parques, bosques, praças, fundos de vale,chácaras e outras áreas. O Plante a Vidacontribui decisivamente para que Goiânia sejahoje a capital estadual com maior volume deáreas verdes e de arborização em vias públicaspor habitante.

Figura 10. Distribuição de mudas no evento emcomemoração ao aniversário de Goiânia.

Figura 11. Vista Panorâmica da Região Norte dacidade de Goiânia demonstrando a arborização dacidade.

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1.3. Imagens fotográficas da arborizaçãoatual de Goiânia

Figura 12. Imagem do canteiro central duplo daAv. Pedro Ludovico arborizado com Ipê-rosa –Tabebuia rosea no Setor Parque Oeste Industrial –Região Oeste.

Figura 13. Imagem de parte do canteiro centralda Av. Pedro Ludovico arborizado com Ipê-rosa –Tabebuia rosea, em período de floração no SetorParque Oeste Industrial – Região Oeste.

Figura 14. Arborização de canteiro central comárvores jovens da espécie de jamelão e/oujambolão - Syzygium cumini, na Avenida Alexandrede Morais, no Parque Amazônia. O jameloeiro éuma frutífera originária da Índia e Siri Lanka,amplamente cultivada no Brasil como árvoreornamental e de sombra. Os frutos oblongos, compolpa suculenta, de sabor adocicado eadstringente, contendo uma única semente comfrutificação em janeiro a fevereiro. Os frutos sãoconsumidos in natura e apreciados em algumasregiões do Brasil, principalmente por crianças.

Figura 15. Canteiro central com espécies adultasde palmeiras-imperiais - Roystonea borinqueana,na Alameda Xavier de Almeida no Setor PedroLudovico – Região Sul.

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Figura 17. Logradouro público arborizado comárvores adultas da espécie sete-copas –Terminalia catappa, no Setor Pedro Ludovico –Região Sul. Árvore caducifólia, de 12-15m dealtura, originária da Ásia e Madagascar.Florescência branca pequenas, formada naprimavera. Árvore de copa densa e magníficosombreamento. Adapta-se muito bem em solosarenosos e com taxas regulares de salinidade,sendo muito comum em restingas (FormaçõesPioneiras de Influência Marinha).

Figura 18. A Imagem apresenta canteiro centralarborizado com espécies de palmeira-imperial -Roystonea borinqueana, e do lado esquerdo, opasseio público com árvores da espécie monguba– Pachira aquatica no Setor Vila Nova - RegiãoCentral. Palmeira bastante rústica, com estipeúnica, que pode chegar até 30 m de altura.Desenvolve-se em climas tropical e sub tropicalsendo bastante utilizada para fins ornamentaisem praças, parques e avenidas.

Figura 19. Logradouro público com árvores emexcelentes condições biológicas da espécie oiti –Licania tomentosa na 1ª Avenida no Setor LesteUniversitário – Região Central. Árvore de copafrondosa com altura de 8-15 m, muito utilizadapara sombra de ruas, avenidas, praças, parques ejardins, sendo bastante plantadas em cidades donorte do Brasil e regiões litorâneas. Produz grandequantidade de frutos muito procurados pela faunaem geral. É ótima para plantios mistos em áreasdegradadas de preservação permanente. Florescenos meses de junho-agosto e seus frutosamadurecem em janeiro-março.

Figura 16. Imagem do canteiro central no JardimNovo Mundo arborizado com árvores adultas daespécie flamboyant – Delonix regia – RegiãoLeste. Árvore decídua de 10-12m de altura,originária de Madagascar, de tronco volumoso,com raízes grandes tabulares. Sua florescência éexuberante e ornamental, variável quanto aocolorido das flores, desde vermelho-sanguíneo aalaranjado-claro e alaranjado-escuro. Ocorretambém variedade de flores amarelas.

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Figura 21. Ilha nas proximidades da MarginalBotafogo – ao fundo do Parque Mutirama. Aimagem apresenta o exemplo de preservação deespécies do cerrado como o ipê-amarelo -Tabebuia serratifolia, e ao lado nota-se arecomposição florística com espécies nativas docerrado. O Tabebuia serratifolia com altura de 8-20 metros, é uma árvore brasileira, muitofreqüente na região Amazônica, é excelente parao paisagismo devido a sua beleza, vem sendolargamente utilizado nas cidades do norte dopaís. A árvore é extramente bela quando em flor,é excelente para o paisagismo em geral, o quefelizmente já vem sendo largamente feito nascidades do norte do país. Floresce durante osmeses de agosto a novembro, com a plantadespida de folhagem, os frutos amadurecem emoutubro a dezembro.

Figura 22. Arborização de canteiro central comCássia-de-java – Cassia javanica na 11ª avenidano Setor Leste Universitário. Árvore frondosa de10-12m de altura, originária da Malaia formandocopa densa e arrendondada. Muito florífera debeleza notável, possui atributos que arecomendam para o uso paisagístico. É adequadapara a composição de parques e grandes jardins,em cultivo isolado ou formando maciços em áreasamplas. Planta tipicamente tropical, apresentaflorescimento mais exuberante nas regiõesnordeste, norte e centro-oeste do Brasil, contudotolera as condições de inverno ameno doSudoeste e do Sul.

Figura 23. Calçada com uma extensa faixapermeável com plantio de espécies de Pata-de-vaca- Bauhinia variegata na Rua Elvaldo Lodi no setorNegrão de Lima. Árvore de médio porte de 5-9m dealtura, suas flores lilás contrastando com o verdeintenso das folhas tornam essa planta bastanteornamental e recomendada para o paisagismo,principalmente de ruas estreitas e sob rede elétrica.Possui crescimento rápido sendo recomendada paraplantios mistos em áreas degradadas destinadas arecomposição da vegetação arbórea.

Figura 20. Canteiro central com árvores adultas daespécie flamboyant – Delonix regia, plantadas emfila dupla na Avenida Goiás Norte no Setor Central –Região Central. Árvore exótica, muito freqüente naarborização de parques e jardins de todo o Brasil,sendo, contudo inadequada para ruas e avenidasestreitas. Extremamente florífera e ornamental, éadequada para uso paisagístico em geral onde hajaespaço suficiente para o seu desenvolvimento.

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Figura 24. Neste canteiro central da Av. Prof.Venerando de Freitas Borges no setor Jaópredomina a diversidade de espécies arbóreascomo a Monguba – Pachira aquatica, a Cássia-de-java – Cassia javanica, o ficus – Ficus benjamina eo arbusto da espécie Alamanda-roxa – Allamandablachetti. A Alamanda é adequada como plantaisolada ou em grupos onde se obtem melhorresultado paisagístico.

Figura 25. Canteiro central da Av. Universitária nosetor Leste Universitário com arborizaçãopredominantemente feita por mongubas – Pachiraaquatica, local onde está sendo realizado omanejo destas espécies substituindo-a porespécies como a saboneteira – Sapindussaponaria e a Sibipiruna – Caesalpinia pluviosavar. peltophoroides. A sibipiruna é uma espécieamplamente utilizada na arborização de ruas nocentro-sul. A saboneteira é bastante ornamentalpodendo ser empregada no paisagismo em geral,sendo muito cultivada para a arborização de ruasdas cidades brasileiras.

Figura 26. Calçada ecológica com uma extensafaixa de área permeável na Rua J-57 no Setor Jaóarborizada com chuva-de-ouro – Cassia fistula.Árvore de 10-15m de altura originária da Índia,suas flores de cor amarelo-ouro são formadas emsetembro e outubro. Sua multiplicação se dáexclusivamente por sementes, as quais sãoproduzidas em grande quantidade. Árvore muitoutilizada em praças e parques e também utilizadana arborização.

Figura 27. Arborização de calçada com a espécieCássia-grande - Cassia grandis. Árvoreextremamente ornamental, com alutra de 15-20m. Adaptada à região centro-sul do Brasil, sendomuito empregada na arborização urbana degrandes avenidas praças e parques. Seu únicoinconveniente para cultivo em lugares públicos éo tamanho de suas vagens lenhosas, que chegama pesar quase 1 kg. Floresce a partir do final deagosto com a planta quase totalmente despida desua folhagem, prolongando-se até novembro. Osfrutos amardurecem em agosto-setembro,entretanto permanecem na árvore por maisalguns meses.

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Figura 28. Arborização de calçada comEscumilha-africana – Lagerstroemia speciosa eBálsamo - Myroxylon peruiferum na Av. C-18 noSetor Sudoeste. Árvore muito florífera de 7-10mde altura com floração lilás formadas denovembro a janeiro. Muito florífera de belezanotável, é apropriada para uso paisagístico,sendo adequada para parques e jardins eutilizada com freqüência na arborização de ruas.Planta de origem tropical, muito rústica e derápido crescimento, é mais adequada para cultivoem regiões de clima com inverno brando.

Figura 29. Canteiro central duplo estreito, onde éutilizado espécies nativas como a guariroba –Syagrus oleracea ao longo a Via 90 no setor Sul. Aespécie varia de 10-20m com ocorrência na regiãonordeste até a Bahia, Minas Gerais, Goiás MatoGrosso do Sul e São Paulo. A madeira éempregada para estacas e moirões, a polpa dofruto é comestível, a amêndoa além fornecer óleoé também comestível, sendo comercializada emmuitas feiras nos Estados nordestinos. A Palmeiraé bastante ornamental, sendo uma das maiscultivadas para arborização urbana nas cidadesdo Brasil. Floresce durante um longo período doano, iniciando-se na primavera e prolongando-seaté o fim do outono.

Figura 30. Arborização de canteiro central comespécies de Guariroba – Syagrus oleracea e aCaliandra – Calliandra brevipes na Av.Independência no Setor Norte Ferroviário. O plantioda Caliandra tem sido bastante utilizadojuntamente com as guarirobas que melhora o efeitopaisagístico e ambiental no meio onde estáplantada. A Caliandra é uma espécie brasileira de1-2 m de altura, suas flores são pequenas eexuberantes de cor rosa. O florescimento ocorredurante a primavea-verão. É cultivada como plantaisolada ou formando conjuntos, mas o efeitoornamental mais notável é quanda é plantada emgrandes quantidades. Multiplica-se por estacas,mas com maior facilidade através de sementes.

Figura 31. Canteiro central na Av. 85 no SetorBueno arborizado com espécies de Ipê-rosa -Tabebuia rosea e outras espécies ornamentais.

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Figura 32. Arborização de calçada com espéciesde médio porte, Aroeira-salsa – Schinus molle –árvore bastante utlizada para locais com fiaçãoaérea, a espécie se adequa com facilidade apodas. Possui altura de 4-8 metros. Á árvore émuito ornamental, sendo amplamente empregadana arborização de ruas e no paisagismo em geral.Pode também ser empregada em reflorestamentosheterogêneos com fins ecológicos. É altamentetolerante a seca, sendo encontrada em áreasurbanas, beira de córregos e matas, áreas decampo e outras.

Figura 33. Arborização de calçada realizada comIpê-de-jardim – Tecoma stans na Rua 75 no SetorCentral. Esta espécie atinge de 5 a 7 m de altura,nativa nas Américas e Antilhas com floraçãoamarela formadas de abril a setembro. Produzanualmente grande quantidade de sementes, oque facilita sua multiplicação. Árvore florífera eornamental é adequada para o plantio emparques e jardins e bastante utilizada naarborização urbana.

Figura 34. Canteiro central com arborização nativa dePaineira-rosa – Chorisia speciosa na Av. circular nosetor Pedro Ludovico. Árvore de 15-30 m de alturacom copa globosa e ampla. Sua ocorrência é maiorem Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Nortedo Paraná e São Paulo. A madeira pode serempregada na confecção de canoas, cochos,gamelas, cepas de tamanco, caixotaria. A paina queé liberada após a florescência foi muito utilizada paraenchimento de colchões e travesseiros. A árvore éextremamente ornamental quando em plena floração,prestando-se admiravelmente bem para opaisagismo de grandes canteiros, jardins e praças.

Figura 35. Arborização de calçada realizada com nativada espécie nó-de-porco – Physocalymma scaberrimum.Árvore extremamente ornamental quando em flor, comaltura de 5-10 m. Recomendada para uso paisagístico earborização urbana. Ocorre no nordeste Brasileiro e nosestados de Goiás e Mato Grosso. Floresce de maneiraexuberante durante os meses de agosto e setembro.Os frutos amadurecem logo em seguida em setembro eoutubro. A árvore é extramente ornamental quando emflor, igualando a beleza dos ipês, características estaque a recomenda para uso paisagístico, principalmentepara arborização urbana. Também recomendada parareflorestamentos.

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Figura 36. Canteiro central arborizado comespécies de pau-brasil – Caesalpinia echinata naAvenida A no setor Jardim Goiás. Espécieornamental usada em paisagismo de parques,praças, jardins e em arborização urbana, muitoutilizada em Brasília - DF. A Lei Federal 6.607, de7 de dezembro de 1978, delcara o pau-brasil comoárvore nacional do Brasil. Possui floraçãoamarelo-dourada e perfumada, ocorrendo desetembro a dezembro e atualmente se encontrana lista oficial de espécies da flora brasileiraameaçadas de extinção.

Figura 37. Arborização inadequada de calçadacom espécie Ficus – Ficus benjamina na AlamedaRicardo Paranhos no setor Marista. Árvore exóticade 10-15m de altura. Possui característicasornamentais notáveis, é amplamente cultivadaem parques, jardins e na arborização urbana.Muito tolerante a podas, porém possui umexcessivo vigor do sistema radicular. Em Goiâniaesta espécie não indicada para calçadas devida oseu sistema radicular trazer sérios problemas emequipamentos públicos e/ou particulares, hoje aretirada desta espécie é autorizada legalmentepela Instrução Normativa 005 de 03 de outubro de2006 que dispões sobre a substituição de árvoresda espécie Fícus benjamina nas vias públicas domunicípio de Goiânia.

Figura 38. Exemplar arbóreo nativo da espécie Ipê-roxo – Tabebuia impetiginosa. Árvore com 8-12 m.Ocorre em Piauí e Ceará até Minas Gerais, Goiás eSão Paulo. A árvore é extremamente ornamentalquando em floração, prestando-se admiravelmentebem para o paisagismo em geral. É uma dasespécies de ipê-roxo mais cultivada para arboziaçãourbana nas cidades do centro oeste do país. Étambém ótima para compor reflorestamentosdetinados à recomponsição vegetal de áreasdegradas de preservação permanente. Florescedurante os meses de maio-agosto com a árvoretotamente despida de folhagem.

Figura 39. Arborização do canteiro central comespécie Pinheiro – Pinus sp. na Alameda RicardoParanhos no Setor Marista. Espécie de grandeporte não muito comum em Goiânia plantada emlocal adequado com boas condições decrescimento. Atualmente não é indicado o plantiodestas espécies nas vias públicas da cidade,devido o planejamento arbóreo direcionar osnovos plantios com espécies nativas do cerrado.

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Figura 40. Arborização de calçada com o Jambo-do-Pará – Syzygium malaccense na Rua 1129 nosetor Marista. Árvore exótica com 7-12m dealtura, é uma frutífera amplamente utilizada nasregiões tropicias do Brasil, possui a copa densa eornamental, muito utilizada para sobreamento deruas, sendo adequada para plantio em parques eeventualmente utilizada na arborização de ruas.Muito rústica e de rápido crescimento. As floresgeralmente são formadas de abril a junho e commaturação de janeiro a março. Os frutos, muitoapreciádos são consumidos principalmente innatura. Sua propagação se dá por sementes.

Figura 41. Arborização de canteiro com espéciequaresmeira – Tibouchina granulosa no setorLeste Universitário. Árvore de ocorrência naBahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais,com 8-12m de altura. A árvore é bastanteornamental, principalmente quando em floração.Essencial em projetos paisagísticos, e ótima paraarborização de ruas estreitas e sob redeselétricas. Possui variedade com floração rosas erochas. Floresce geralmente duas vezes ao ano,em junho-agosto e dezembro-março sendoentretanto nesta época mais abundante.

Figura 42. Arborização de calçada na Rua 1127 nosetor Marista com Sibipiruna – Caesalpiniapluviosa var. peltophoroides. Neste local oberva-se um tipo de calçada ecológica com o plantiodas árvores em uma extensa abertura permeávelao longo de todo o passeio público. Apresentacopa bastante ornamental, sendo atualmenteuma das essências nativas mais cultivadas paraarborização de ruas no centro-sul do país. Possuimédio a rápido crescimento, sendo indicada paraplantios mistos em áreas degradadas depreservação permanente.

Figura 43. Arborização de calçada com a espécieSibipiruna – Caesalpinia pluviosa var.peltophoroides na Rua 1126, esquina com a Rua1130 no setor Marista. Ocorrência na mataatlântica do Rio de Janeiro, sul da Bahia epantanal Matogrossense, com 8-16m de altura.Possui madeira pesada, dura e de médiadurabilidade.

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Figura 45. Arborização de calçada na Rua 1128 nosetor Marista com a espécie Resedá -Lagerstroemia indica com floração rosa claro.Árvore plantada em calçada estreita e com fiaçãode energia elétrica. Esta espécie pode ser cultivaem toda as regiões subtropicais do país, tolerandoos invernos mais rigorosos, sua multiplicação sedá principalmente por estacas preparadas duranteo inverno, as brotações numerosas entouceiradas,que sugem na base do tronco a partir das raízes,também são fonte de mudas.

Figura 46. Arborização de calçada com a espécieResedá – Lagerstroemia indica com floração rosaescuro na Rua 1129 no Setor Marista. Árvoreexótica com 3-5m de altura. Possui uma ramagemereta formando uma copa aberta. Árvore muitoornamental, principalmente pela intensa floração.Espécie muito utilizada para a arborizaçãourbana em diversas cidades brasileiras.

Figura 47. Arborização de calçada com resedá –Lagertroemia indica com floração arroxeada naRua J-7 no setor Jaó, espécie bastanterecomendada pela prefeitura de Goiânia devidoao seu porte e a sua adequadação em calçadasestreitas e com rede elétrica. Árvore de 3-5 m dealtura originária da Índia, inflorescências densas,formadas de novembro a fevereiro, com flores decores variadas, desde branco, rosa-claro ouescuro a arroxeado.

Figura 44. Arborização de calçada na Rua 1128 nosetor Marista com a espécie Resedá -Lagerstroemia indica com floração rosa escuro.Árvore ornamental devido à intensa floração. Éadequada para uso paisagístico, na composiçãode parques e jardins e para arborização de ruas.Muito rústica e de bom crescimento. O efeitooutonal de sua folhagem é também significativo.É a principal espécie da arborização urbana dascidades do Sul do Brasil. Neste local observa-seque o plantio da resedá foi realizado na calçadacom abertura permeável adequada.

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Figura 48. Arborização de calçada na rua 207 no setorLeste Vila Nova com a árvore de pequeno porta daespécie murta – Murraya paniculata. Árvore perenifóliade 5-7m de altura, originária da Índia. Árvore de copadensa e muito ornamental, é freqüente na arborizaçãode ruas e utilizada para formação de cercas-vivas ebastante tolerável a podas. Planta de lentocrescimento, contudo, muito resistente à condiçõesadversas de solo clima, utilizada em todo o territóriobrasileiro. Em Goiânia esta espécie é bastanteindicada para arborização de calçadas estreitas comfiação de energia elétrica devido ao seu porte.

Figura 49. Arborização de calçada com espécies deoiti – Licania tomentosa. Essa espécie é bastanteutilizada na arborização de Goiânia. Observa-se naimagem o exemplo de plantio correto onde as mudasplantadas possuem abertura permeável adequada. Ooiti é uma planta perenifólia, heliófita, característicada mata pluvial atlântica. Ocorre tanto no interior dafloresta primária densa como em formações abertas esecundárias. Produz anualmente grande quantidadede sementes viáveis.

Figura 50. Arborização do canteiro central na Avenidado Cerrado, no setor Parques Lozandes com árvores daespécie Ipê-tabaco – Tabebuia chrysotricha. Árvoreornamental, de copa globosa e densa, com 4-10m dealtura. É a espécie de ipê-amarelo mais cultivada empraças e ruas, sendo muito utilizada para a arborizaçãode ruas estreitas e sob redes elétricas em virtude deseu pequeno porte. Floresce durante os meses deagosto-setembro, geralmente com a planta totalmentedespida de folhagem. Os frutos amadurecem a partirdo final de setembro a meados de outubro.

Figura 51. Arborização de calçada com a espécieChapéu-de-Napoleão – Thevetia peruviana na rua 12no setor Moraes. Arbusto ornamental originário daAmérica Central com 2-4m de altura. Possui folhasestreitas e flores amarelas, tubulosas. O fruto é umacápsula subglobosa, verde, com aspecto econsistência atrativos. Toda a planta é tóxica. Aingestão das sementes induz irritação gastrointestinale problemas cardíacos. A ingestão das partes floraisinduz ao vômito, diarréia, dor intestinal e bradicardia.A Agência Municipal do Meio Ambiente-AMMA nãorecomenda está espécie para a arborização deparques, praças e calçadas na cidade Goiânia.

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Figura 52. Arborização em praça no setor Sul comnativa da espécie Jacarandá – Jacarandacuspidifolia. Árvore com altura de 05-10 m.Ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grossodo Sul, Mato Grosso, São Paulo até o Paraná. Aárvore é extremamente ornamental, principalmentequando em flor, pode ser empregada no paisagismoe na arborização urbana. Floresce a partir do mêsde setembro com a planta totalmente despida desua folhagem, prolongando-se até outubro. Osfrutos amadurecem durante os meses de agosto-setembro.

Figura 53. Canteiro central com arborização daespécie saboneteiro – Sapindus saponaria naAvenida Horácio Costa e Silva no setor Balneário.Árvore com ocorrência na região amazônica atéGoiás e Mato Grosso, com 5-9m de altura.Ornamental por sua copa globosa e perenifólia,podendo ser empregada no paisagismo em geral.Planta rústica e de moderado crescimento, éindispensável para a composição dereflorestamentos heterogêneos destinados a áreasdegradadas de preservação permanente.

Figura 54. Arborização de calçada com espécie dearoeira-salsa – Schinus molle. Esta espécie possuicaracterísticas ornamentais notáveisprincipalmente por sua copa constituída de ramoslongos e pendentes que chegam a encostar nochão, sua multiplicação se dá por estacas e poralporques. Planta muito rústica e de rápidocrescimento, prefere o clima temperado da regiãosul e sudeste do Brasil. Espécie bastante utilizadaem parques, praças e na arborização de ruas.

Figura 55. Arborização de calçada com a espécieCássia-grande – Cassia grandis. Árvore origináriada região amazônica. Floresce a partir do final deagosto com a planta quase totalmente despida desua folhagem, prolongando-se até novembro. Osfrutos amadurecem em agosto e setembro,entretanto permanecem na árvore por maisalguns meses. Produz anualmente grandequantidade de sementes viáveis. Planta decídua,indiferente às condições físicas do solo,característica da mata secundária e da florestaprimária aberta de terra firme.

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Figura 56. Arborização de calçada com espéciesde monguba – Pachira aquatica. Árvore podendoatingir de 6-14 m.

Figura 57. Exemplar arbóreo da espécie ipê-amarelo – Tabebuia serratifolia preservada emárea interna de um estacionamento de umsupermercado. Árvore com 8-20 m de altura.Floresce durante dos meses de agosto-novembroe os frutos amadurecem em outubro-dezembro.

Figura 58. Arborização de calçada com a espécieespatódea – Spathodea nilotica. Árvore ornamentalde 15-20 m de altura originária da África Central. Éadequada para parques e também pode serutilizada na arborização urbana. Floresce nosmeses de novembro a abril, existindo ainda umavariedade de flores amarelas.

Figura 59. Arborização de calçada com a espécielanterneiro - Lophanthera lactescens. Árvoreornamental com 10-20 metros de alutra. Nativa daregião amazônica. Muito utilizada para parques ejardins. O florescimento ocorre durante os mesesde fevereiro-maio e a maturação dos frutos emsetembro-outubro.

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Figura 60. Arborização de calçada com a espéciepalmeira washingtonia – Washingtonia robusta,na Rua 69, Jardim Goiás. Palmeira exótica, com15-30 metros de altura. Floresce durante osmeses de agosto e setembro. Possui frutacomestível. Não é recomendada em locais comfiação, devido seu porte.

Figura 61. Arborização de calçada com a espéciecássia-são-joão - Senna macranthera. Árvore comaltura de 6-8 metros. Ocorre do Ceará até SãoPaulo e Minas Gerais. A cássia-são-joão éornamental e ideal para arborização urbana,devido seu pequeno porte. Floresce nos meses dedezembro à abril, e a maturação dos frutosacontece nos meses de julho e agosto.

Figura 62. Arborização de canteiro central com aespécie canafístula – Peltophorum dubium, naAvenida Rio Verde, Setor Faiçalville. Árvoreornamental, com altura de 15-25 metros. Plantarústica e de rápido crescimento, sendo ótima parareflorestamentos de áreas degradadas. Ocorre naBahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e MatoGrosso do Sul até o Paraná. Floresceabundantemente durante os meses de dezembro-fevereiro e a maturação dos frutos acontece nosmeses de março e abril.

Figura 63. Arborização de calçada na Avenida T-08 no Setor Marista realizada com árvores daespécie escova-de-garrafa – Callistemon viminalis.A escova-de-garrafa é uma árvore de médio portepodendo atingir de 5-7 m de altura, originária daAustrália. Suas flores, com numerosos estameslongos, livres, vermelhos, são formadasprincipalmente de junho a setembro. Árvore comcaracterísticas ornamentais notáveis,principalmente pela leveza e colorido de suacopa. É utilizada para plantio em jardins eparques e bastante utilizada na arborização deruas. Planta muito rústica e de bom crescimentosob as mais variadas condições, pode sercultivada em todo o território brasileiro.

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c a p í t u l o I I I

CADASTRAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA

CONCEITUAÇÃO

Entende-se por Plano Diretor deArborização o conjunto de métodos emedidas adotados para a preservação,manejo e expansão das árvores nascidades, de acordo com as demandastécnicas pertinentes e as manifestações deinteresse das comunidades locais.

Para se planejar a arborização é necessárioconhecer a arborização existente. Para tanto, noano de 1997 foi firmado o Convênio 047/97 –Projeto de Substituição Parcial,Manejo/Manutenção da Arborização Urbana deGoiânia, entre a Prefeitura Municipal deGoiânia, tendo como interveniente a SecretariaMunicipal do Meio Ambiente – SEMMA, hojeAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMAe executora, a Companhia de Urbanização deGoiânia – COMURG; Centrais Energéticas deGoiás S.A. – CELG; Saneamento de Goiás S.A. –SANEAGO, Telecomunicações de Goiás S/A -TELEGOIÁS; Universidade Federal de Goiás –UFG; Universidade Católica de Goiás – UCG eMinistério Público do Estado de Goiás. Oconvênio possibiltou o cadastramento emapeamento da arborização urbana de 70(setenta) setores de Goiânia.

OBJETIVOS

2.1- Objetivo geralPlanejar e replanejar a arborização de

Goiânia, a partir do diagnóstico da situaçãoatual, com posterior implantação de sistema demonitoramento informatizado da arborizaçãoviária urbana, o SIGGO–Arborização – Sistemade Informações Geográficas de Goiânia daArborização, cadastrado e controlado pelaCOMDATA – Companhia de Processamento deDados do Município de Goiânia peloDepartamento de Geoprocessamento.

O monitoramento da arborização érealizado por técnicos e estagiários daAMMA, onde voluntariamente e por meiode solicitações via processo decontribuintes são realizadas vistoriastécnicas em diversos exemplares arbóreosna cidade de Goiânia, a fim de verificar ascondições fitossanitárias do espécime, bemcomo a indicação do possível tratamento aser realizado na árvore.

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2.2- Objetivos específicos

Inventariar quali-quantitativamente, por meio de Inventário Florestal Urbano Total e Amostral, a arborização de

Goiânia localizada nos Logradouros Públicos em calçadas de Ruas e Avenidas, Praças e Canteiros Centrais;

Diagnosticar a arborização de Goiânia de 70 bairros por meio de Inventário Florestal Urbano;

Diagnosticar, no mínimo, 10% da arborização de Goiânia por meio de Inventário Florestal Urbano por

Amostragem com base em dados estimados do total de unidades arbóreas da cidade;

Informatizar todas as ações, dados e documentos do diagnóstico arbóreo de Goiânia em programa SIGGO-

Arborização;

Identificar logradouros onde as árvores públicas, face às condições fitossanitárias apresentadas, necessitem

providências imediatas de conservação;

Buscar informações sobre as comunidades locais visando o apoio da mesma no plantio e manutenção de novas

mudas a serem plantadas defronte seus imóveis, a fim de compatibilizar e harmonizar a implementação da

arborização;

Integrar os órgãos das esferas municipal, estadual e federal cujas atividades que exercem têm reflexos na

arborização urbana, com vistas a desenvolver um trabalho tecnicamente correto e adequado à realidade da

cidade, evitando o desperdício de recursos e promovendo a melhoria da qualidade de vida da população;

Reativar o convênio 047/97, a fim de integrar os órgãos envolvidos cujas atividades têm reflexos diretos na

arborização de Goiânia, com vistas a promover a melhoria contínua no desenvolvimento da arborização de

Goiânia;

Definir as diretrizes de manejo e expansão da arborização pública no município;

Realizar o levantamento das características físicas dos bairros a serem arborizados;

Definir a forma de arborização de novos parcelamentos realizados no município;

Treinar e capacitar a mão-de-obra especializada responsável pela execução das atividades de poda e/ou

extirpação de árvores do município;

Implantar a arborização de ruas de acordo com normas técnicas adequadas, de forma a assegurar o pleno

desenvolvimento das mudas;

Estabelecer um ambiente agradável do ponto de vista ecológico e paisagístico;

Determinar as espécies adequadas para plantio e definir cronograma de ação, estabelecendo metas anuais a

serem cumpridas;

Estabelecer um programa de produção de mudas compatível com as diretrizes e expansão da arborização

urbana;

Revisar e/ou reestruturar a legislação municipal de proteção à vegetação urbana;

Desenvolver programas e/ou projetos em parcerias com Universidades, ONG’s, Escolas, e similares, com vistas

na coleta de semente à produção de mudas, plantio, manutenção, proteção, monitoramento, cadastramento

dentre outros;

Criar equipe especializada pelo monitoramento contínuo de plantios realizados pela Prefeitura Municipal e a

elaboração de Programas de Educação Ambiental a fim conscientizar a comunidade em geral da importância da

arborização no meio urbano.

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JUSTIFICATIVA

Faz-se necessária a implementação de umPlano Diretor de Arborização Urbana de Goiânia,visto que o mesmo é valioso instrumento degestão ambiental, o qual consiste no conjuntode métodos e medidas adotadas para apreservação, expansão, planejamento, manejo egerenciamento de árvores urbanas, de acordocom as características físicas, ambientais,sociais, econômicas, históricas e culturais emque ocorrem ou poderão vir a ocorrer emconsonância com a distribuição da população nacidade.

É preciso avaliar a arborização urbanada cidade para potencializar as suasqualidades e corrigir os seus aspectosnegativos. Essa avaliação pode ser feita sobdiferentes pontos de vista. É necessário umcadastro com informações objetivas dasárvores existentes e suas condiçõesfitossanitárias gerais, assim como umaidentificação das necessidades presentes,levando em consideração não somente osaspectos técnicos, mas também apercepção das comunidades.

A avaliação da arborização urbana e adiscussão dos seus resultados devem levar aidentificação de prioridades de ação,proporcionando a elaboração de cronograma deplantio e de manutenção. Análises dasdemandas e das potencialidades de cada localpoderão indicar a categoria de arborização maisadequada para cada ambiente.

METODOLOGIA

Para orientar esse trabalho de maneiracorreta técnica e administrativamente, se faznecessário realizar o diagnóstico da arborizaçãoexistente através do mapeamento das árvoresexistentes nas calçadas, canteiros centrais epraças das vias públicas de todos os setores deGoiânia.

Em cidades pequenas, o diagnóstico pode sercensitário, ou seja, pode ser feito percorrendotodas as ruas e avaliando todas as árvores.Cidades maiores, como Goiânia, exigem o uso deprocessos amostrais. Com as amostras e cálculosestatísticos, pode-se ter estimativas geraisbaseadas em avaliações feitas em partes dapopulação, utilizando parcelas amostrais.

Cada rua visitada (ou trechos e quarteirões,no caso de uma amostra) deve ter seu nome elocalização anotados e suas árvores listadas,registrando-se a espécie, o número do imóvel dereferência e as características que expressemseu estado atual (vitalidade, danos físicos,interferências com fiação, etc...). Todos os dadosdevem constar em uma ficha objetiva eespecialmente elaborada pela equipe técnica,em função dos dados desejados.

No entanto, torna-se difícil inventariar 100%de todas as árvores da capital Goiana, tendo emvista o tamanho da cidade, tornando-se umtrabalho oneroso e demorado. Nesse sentido,para que o Plano Diretor de Arborização Urbana– PDAU contemple toda a capital, foi realizado oInventário Florestal Urbano e todas as árvoreslocalizadas em 70 setores e posteriormenteaplicando seus resultados para as demais áreasna qual não foram inventariadas. O PDAU foidesenvolvido observando as seguintes etapas:

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4.1. Convênio 047/97

Visando compatibilizar e maximizar osefeitos da arborização com os equipamentospúblicos, mantendo a qualidade de seus serviçose segurança da população, no ano de 1997, foifirmado o Convênio 047/97 – Projeto deSubstituição Parcial, Manejo/Manutenção daArborização Urbana de Goiânia, entre: PrefeituraMunicipal de Goiânia, tendo como intervenientea Secretaria Municipal do Meio Ambiente –SEMMA, hoje Agência Municipal do MeioAmbiente – AMMA e executora, a Companhiade Urbanização de Goiânia – COMURG; CentraisEnergéticas de Goiás S.A. – CELG; Saneamentode Goiás S.A. – SANEAGO, Telecomunicações deGoiás S/A - TELEGOIÁS; Universidade Federalde Goiás – UFG; Universidade Católica de Goiás– UCG e Ministério Público do Estado de Goiás.

O Convênio 047/97 prevê como atividadeinicial e de fundamental importância oCadastramento e Mapeamento da ArborizaçãoUrbana, que tem como objetivo cadastrar ediagnosticar todas as árvores de Goiânia,verificando a situação atual de cada árvorelocalizada nos logradouros públicos de nossacidade. Este diagnóstico, além de verificar asituação atual de nossa arborização, irápossibilitar e quantificar as atividadessubseqüentes, como: remoções de árvores,remoções de tocos, podas e novos plantios.

Os novos plantios serão realizados dentro deuma nova concepção, por meio de umplanejamento, colocando espécies adequadas acada local, verificando a largura de rua ecalçada, existência de fiação aérea de energiaelétrica, telefônica e multi-serviços, redesubterrânea de água e esgoto e existência deoutros equipamentos públicos, como: semáforos,iluminação pública, postes, pontos de ônibus,dentre outros.

Após a assinatura deste convênio, iniciou-seo Cadastramento e Mapeamento da ArborizaçãoUrbana pelos setores centrais de Goiânia, ondehá a arborização mais antiga e problemática denossa cidade. Posteriormente, ampliou-se ocadastramento para demais setores totalizando70 bairros.

4.2. Atividades do Convênio 047/97

A primeira atividade do Convênio 047/97 foi oCadastramento e Mapeamento da ArborizaçãoUrbana, que tinha a finalidade de conhecer aarborização existente, como também dequantificar as operações subseqüentes. Ocadastramento foi realizado em 70 (setenta)setores, observando os dados e as informaçõescontidas na Tabela 01 - Planilha deLevantamento de Campo, onde foramdiagnosticadas todas as árvores existentesnestes setores.

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Tabela 01. Planilha de Levantamento de Campo - Cadastramento

Código Lote Espécie Idade

Identificador da árvore, tocoou plantio a ser fornecido pelaCOMDATA

Lote mais próximoda árvore

Código de referênciada espécie

J – JovemA – Adulta

PORTE- Baixo (B) – não atingiu a baixa tensão – até 4 metros de altura;- Médio (M) – envolveu a baixa tensão – de 5 a 7 metros de altura;- Alto (A) – próximo ou acima a alta tensão – acima de 7 metros de altura.

PORTE- Baixo (B) – não atingiu a baixa tensão – até 4 metros de altura;- Médio (M) – envolveu a baixa tensão – de 5 a 7 metros de altura;- Alto (A) – próximo ou acima a alta tensão – acima de 7 metros de altura.

CONDIÇÕES FÍSICAS/SANITÁRIASÁrvore boa, vigorosa, que não apresenta sinais de pragas, doenças ou injúrias mecânicas, que apresenta a forma característica daespécie e não requer trabalhos de correção; Árvore satisfatória, apresenta condições e vigor médios para o local, pode apresentar pequenos problemas de pragas, doenças oudanos físicos e/ou controle de pragas e doenças;Árvore ruim, apresenta estado geral de declínio e pode apresentar severos danos de pragas, doenças ou danos físicos e , embora nãoaparente morte iminente, pode requerer muito trabalho de recuperação; 4. Árvore morta ou que, devido a danos causados por pragas, doenças ou físico, aparenta morte iminente (senescência).

COPA

IDENTIFICAÇÃO

Diâmetro (DC)Dado em metros, no sentido paralelo ao meio-fio.

Poda ExistenteLP - Poda de Limpeza;LC - Levantamento de Copa;PU - Poda em U;PL - Poda em L;RC - Rebaixamento de Copa;SP - Sem Poda.

ASPECTOS PAISAGÍSTICOSBom (BO) – boa distribuição de copa, vigor exuberante, com pequenas interferências;Regular (RE) – apresenta boa distribuição e copa, porém com sinais de podas, porém com grandes interferências;Ruim (RU) – forma descaracterizada, sofreu várias podas devido a severas interferências.

INTERFERÊNCIAS POSSÍVEISAlta Tensão – Sim (S), Não (N);Baixa tensão – Sim (S), Não (N); Telefone – Sim (S), Não (N);Iluminação Pública – Sim (S);

PL – quando estiver interferindo no 1-trânsito, ou galhos secos, doenças epragas (cupins, parasitas) PM – quando as interferências estiverem pegando nas fiações de AT, BT, TL,IL, e no 14-ramal do cliente TELEGOIÁS, 15-ramal do cliente CELG eTELEGOIÁS, 8-poste de energia elétrica, 9-poste com transformador, 16-redede assinante de TV a cabo, 13-ramal do cliente CELG, 4-placas de orientação,6-totem, 7-quiosque e telefonia ou iluminação.RD – colocar sempre quando a calçada, meio fio e asfalto estiverem dandograndes e médias interferências. Nas pequenas interferências e fissuras nãocolocar RD, mesmo colocando “sim” para calçada, meio-fio e asfalto.

OUTRAS

1- Trânsito – TR;2- Garagem – GR;3- Ponto de Ônibus – PO;4- Placas de Orientação – PL;5- Caixa de Lixo – CL;6- Totem – TO;7- Quiosque – QU;8- Poste de Energia Elétrica – PE;

9- Poste com Transformador – PT;10- Esquina – ES; 11- Fachadas Comerciais – FC;12- Caixas Telefônicas – CT;13- Ramal do Cliente Celg – RA;14- Ramal do Cliente Telegoiás – RT;15- Ramal do Cliente Celg e Telegoiás – RCT;16- Rede de Assinante de TV a cabo – RMS.

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O cadastramento previa um banco de dados interligadoao MUBDG – Mapa Urbano Básico Digital de Goiânia, ondetodas as árvores teriam um código e, através desse código,qualquer cidadão poderia acessar e saber da situação destaárvore, tendo as informações das atividades que estasárvores necessitavam.

Este diagnóstico quantificou as espécies ocorrentes, porte,idade, situação fitossanitária, tratamentos necessários (poda,controle de pragas e doenças, dentre outros), e interferênciascom equipamentos públicos. Através do cadastramento, foi

possível quantificar o número de árvores ocorrentes porespécies, número de podas, número de árvores a seremremovidas, número de tocos a serem removidos e número denovos plantios a serem realizados nas vias públicas. Cadaespécie cadastrada recebeu um código identificador e suascondições fitossanitárias conforme demostra a Tabela 02 -Planilha de Campo. Como exemplo, é apresentada, abaixo, aplanilha com todos os dados das árvores cadastradas daquadra 65 compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av.Tocantins do setor central.

OUTRAS

FUSTE

RAÍZES

ALINHAMENTO

NECESSIDADE DE TRATAMENTOS- RT - Remoção de Toco;- RI - Remoção Imediata de Árvore;- PT - Plantio;- PM - Poda de Manutenção;- PF - Poda de Formação;- PL - Poda de Limpeza;- RD - Reparo de danos físicos àCalçada;- AF - Afastamento de Calçada;- CP - Controle de Pragas;- CD - Controle de Doenças;- TU - Tutoramento;- ST - Sem Necessidade de Tratamento.OBSERVAÇÕESÁrvore deformada com poda drástica;Árvore atacada por fungo;Árvore com cochonilha;

Árvore com problemas de tutoramento;Árvore apresentando severos danosfísicos;Árvore com homópteros nas folhas(pulgão e cigarrinha);Árvore apresentando pequenos danosfísicos; Árvore plantada irregularmente,espécie não utilizada na arborizaçãourbana;Árvore apresentando necroses nasfolhas, por deficiências de nutrientes oudoenças; Árvore com folhas danificadas porinsetos;Árvore com tronco danificado porinsetos (brocas);Árvore a menos de 5 metros da

esquina;Árvore com cupim;Árvore com sintoma de ácaros;Árvore com tripes;Árvore atacada por formiga cortadeira;Árvore apresentando bifurcações;Árvore apresentando raízessuperficiais;Calçada e/ou meio-fio inexistentes;Árvore morta por envenenamento ouanelamento;Remoção imediata 2 árvores na mesmacova;Remoção imediata – danos físicos nasraízes;Poda topiaria ou condução;25. Lote e/ou Quadra no campodiferente do mapa.

CIRCUNFERÊNCIA A1,30 METROS DEALTURA (CAP)Circunferência dotronco, em metros.

CONDIÇÕES FÍSICO-SSANITÁRIAS- Bom (BO) – Fuste ereto, sem sinal de podas enecroses;- Regular (RE) – pequenos defeitos notutoramento, alguns sinais de podas enecroses;- Ruim (RU) – inclinação acentuada, necrosesbem definidas, sinais de podas nãocicatrizadas.

DISTÂNCIAColocada em metros a distância da árvoreao Lote, Edificação, Meio-Fio. Na coluna de Calçada, colocar a largura damesma.OBS: No caso de ilhas e praças, não seránecessário coletar as distâncias acimamencionadas.

CONDIÇÕES FÍSICO-SSANITÁRIAS

Boa (BO) – sem sinal de pragas, doenças erebaixamento; - Regular (RE) – apresenta pequenos sinais denecroses e algumas raízes rebaixada; - Ruim (RU) – grande número de raízesnecrosadas e rebaixadas.

INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS

Caixa TELEGOIÁS – Sim (S), Não (N);Caixa SANEAGO – Sim (S), Não (N);Calçada – Sim (S), Não (N);Asfalto – Sim (S), Não (N);Meio-fio – Sim (S), Não (N);OUTRAS:Hidrante – HIBoca de Lobo - BL

1- Trânsito – TR;2- Garagem – GR;3- Ponto de Ônibus – PO;4- Placas de Orientação – PL;5- Caixa de Lixo – CL;6- Totem – TO;

7- Quiosque – QU;8- Poste de Energia Elétrica – PE;9- Poste com Transformador – PT;10- Esquina – ES; 11- Fachadas Comerciais – FC;12- Caixas Telefônicas – CT;

13- Ramal do Cliente Celg – RA;14- Ramal do Cliente Telegoiás – RT;15- Ramal do Cliente Celg eTelegoiás – RCT;16- Rede de Assinante de TV a cabo– RMS.

Sim – S Não – N

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Tabela 02. Planilha com todos os dados das árvores cadastradas da quadra 65 compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av. Tocantins do setor central.

Código Lote Ident. Port. Cond. Fitos. Copa Fuste

CAP Cond. Fitos. DistânciaDC Poda Asp. Pais. Interf. Possiv.

AT Lote Ed. MF CalçadaBT TL IL Outras

Esp. ID

7241 9/11/50 55 A A 2 9,6 PU BO N S S N - 1 BO 1,2 8 0,6 1,87242 9/11/50 55 A A 2 11,8 PU BO N S S N - 1,1 BO 1,2 8 0,6 1,87243 9/11/50 55 A A 2 9,6 PU RE N S S N - 0,9 RE 1,2 8 0,6 1,87244 7 55 A A 2 10,5 LC RE N S S N - 1 RU 1,2 8 0,6 1,87245 5 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 8 0,6 1,87246 1/3/51 55 A A 2 12,2 LC BO N S S N - 1,3 RE 1,2 8 0,6 1,87247 1/3/51 55 A A 2 8,3 LC RE N S S N - 1,2 RE 1,2 8 0,6 1,87248 1/3/51 53 A A 2 11,8 LC RE N S S N - 1,209 RE 1,2 4,2 0,6 1,8

7236 6/8/10+ 7 A A 2 11 LC RE N N N N - 1,8 BO 2,9 2,9 0,6 3,57237 6/8/10+ 7 A A 1 10,5 LC BO N N N N TR 1,8 BO 2,9 2,9 0,6 3,57238 6/8/10+ 7 A A 2 3,2 LC RU N N N N - 0,8 RE 2,9 2,9 0,6 3,57239 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 2,9 2,9 0,6 3,57240 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 2,9 2,9 0,6 3,5

7306 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,87307 8/10/12+ 4 A A 3 7,4 LC RU N N N N - 1,2 RE 1,2 6,2 0,6 1,87308 8/10/12+ 4 A A 3 5,2 LC RE N N N N - 0,8 RE 1,2 6,2 0,6 1,87309 8/10/12+ 4 A A 2 9,6 LC RE N N N N - 1,3 RE 1,2 6,2 0,6 1,87310 50 4 A A 2 7,8 LC RE N N N N - 1,2 RE 1,2 6,2 0,6 1,87311 48 4 A A 2 10,9 LC RE N N N N - 1,6 RU 1,2 6,2 0,6 1,87312 46 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,87313 48 61 B J 2 4,2 SP RE N N N N - 0,8 BO 1,2 6,2 0,6 1,87314 9/11/50 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,8

7249 1/3/51. 8 A A 2 11,4 LC RE N S S N - 1 RE 4,4 4,2 0,8 5,27250 1/3/51. 10 A A 2 13,6 RC RE N S S N - 1,4 BO 4,4 4,2 0,8 5,27251 1/3/51. 60 J B 2 3,8 SP BO N N N N - 0,4 BO 4,4 4,2 0,8 5,27252 47 50 J B 2 1,8 SP RE N N N N - 0,15 BO 4,4 4,2 0,8 5,27253 45 10 A A 2 10,9 RC RE N S S N - 1,8 BO 4,4 4,2 0,8 5,27254 43 1 A A 2 4,8 RC RE N S S N - 1,5 RE 4,4 4,2 0,8 5,27255 41 50 J B 2 1,4 SP BO N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,27256 39 50 J B 2 1 SP BO N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,27257 6/8/10+ 50 J B 2 0,8 SP RE N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,27258 6/8/10+ 8 J M 2 9,2 RC RE N S S N - 0,8 RE 4,4 4,2 0,8 5,2

Rua 29

Rua 13

Rua 16

Av. Tocantins

Os dados mencionados podem ser melhor visualizados naFigura 64, a seguir, referente à coleta de dados da quadra 65 nosetor central. A planilha referente à tabela 02 da quadra 65 doSetor Central foi inserida neste trabalho como demonstração docadastramento arbóreo. Ressaltamos que esta mesma planilhafoi utilizada para os demais logradouros públicos dos 70 bairros

cadastrados.Após o cadastramento foi realizado o Planejamento

Paisagístico de cada setor, com a indicação de espéciesadequadas a cada logradouro público.

Os custos do cadastramento eram rateados em partes iguaisentre a Prefeitura Municipal, CELG, SANEAGO e TELEGOÍAS.

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Raízes Al. Necessidade Tratamento Observação

Cond. Fitos. Interf./Possíveis

CS CT Calçada Asfalto MF Outras

BO N N S N S - S RD -BO N N S N S - S RD -RE N N S N S - S PL/RD/CP 11RE N N S S S - S RD/AF 5- - - - - - - - PT -

RE N N S S S - S PM/RD/AF/CD 11RE S S S S S - S PM -BO N N S N S - S PM

BO N N S N N - S PL/RD -BO N N N N S - S RD -RE N N N N N - S ST -- - - - - - - - PT -- - - - - - - - PT -

- - - - - - - - PT -RE N N N N N - S CP 1/14.RE N N N N N - S ST 1/5.RE N N N N N - S CP 7/11.RU N N N N N - S CP 11/5.RE N N S N N - S CP 5/11.- - - - - - - - PT -

BO N N S N N - S CP/CD 2/6.- - - - - - - - PT -

BO S N S N S - S PM/PL -BO N N S N S - S PM/CP 14BO N N N N N - S CP 14BO N N N N N - S CP/CD 2/6.BO N S S N S - S PM/RD/AF -RE N N S N S - S PL/AF -BO N N N N N - S CP/CD 2/6.BO N N N N N - S CP 6/4.BO N S N N N - S CP 6BO S S S N S - S PL/AF -

Rua 29

Rua 13

Rua 16

Av. Tocantins

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Figura 64 - Imagem com dados das árvores cadastradas da quadra 65,compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av. Tocantins no Setor Central

Fonte: COMDATA – 2008.

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4.3. Podas

A poda tem a função de adaptar a árvore e seudesenvolvimento ao espaço que ela ocupa. Oconhecimento das características das espécies maisutilizadas na arborização de ruas, das técnicas depoda e das ferramentas corretas para a execução dapoda permitem que esta prática seja feita de formaa não danificar a árvore. Entretanto, a poda sempreserá uma agressão à árvore e deverá ser feita demodo a facilitar a cicatrização do corte. Casocontrário, a exposição do lenho permitirá a entradade fungos e bactérias, responsáveis peloapodrecimento de galhos e tronco, e peloaparecimento das conhecidas cavidades (ocos).

O planejamento da poda é realizado a partir docadastramento e de pedidos da população, atravésde processo das espécies predominantes naarborização de Goiânia. A necessidade de poda édeterminada através do acompanhamento dodesenvolvimento das espécies.

No Cadastramento foi possível quantificar aspodas que deveriam ser implementadas, comotambém o tipo. Para facilitar o diagnóstico de campoforam diferenciados 03 (três) tipos de podas, sendo:

Poda de Formação - PF: é realizada nas árvoresjovens, visando à condução e direcionamento dacopa com o objetivo de adequá-las às condições dolocal onde se encontram plantadas, adquirindotronco em haste única, livres de brotos e copaelevada, acima de 1,80 metro;

Poda de Limpeza - PL: realizada para aremoção de galhos mortos ou secos;

Poda de Manutenção - PM: adotada nasárvores jovens e adultas, visando à manutenção darede viária. Divide-se em:

Poda de conformação: poda leve em galhos eramos que interferem em edificações, telhados,iluminação pública, derivações de rede elétrica outelefônica, sinalização de trânsito, levando-se emconsideração o equilíbrio e a estética da árvore;

Poda de desobstrução de fiação aérea:adotada em árvores de médio e grande portes sobfiação, visando evitar a interferência dos galhos coma mesma. O ideal é o preparo da árvore desdejovem. Pode ser efetuada de quatro maneirasdiferentes, dependendo de cada situação e da

espécie que será podada;Poda em “V”: é a remoção dos galhos internos

da copa, que atingem a fiação secundáriaenergizada ou telefônica, dando aos ramosprincipais a forma de V, permitindo assim odesenvolvimento da copa acima e ao redor da redeelétrica;

Poda em “furo”: consiste na manutenção dapoda em “V”, com o desenvolvimento da copaacima e ao redor da fiação. É necessária remoçãoconstante das brotações desenvolvidas ao redordos fios;

Poda de formação de copa alta: a copa édirecionada a se formar acima da rede elétrica.Consiste na remoção dos ramos principais e/ousecundários que atingem a fiação. Quando existefiação primária energizada, a formação de copa altanão é possível;

Poda de contenção de copa: é a redução daaltura da copa, com o objetivo de mantê-la abaixoda fiação aérea. É utilizada principalmente emárvores plantadas sob fiação primária energizada;

Poda drástica: é considerada poda drásticaaquela que apresenta uma das seguintescaracterísticas: - remoção total da copa,permanecendo acima do tronco os ramosprincipais com menos de 1,0 metro decomprimento nas árvores adultas; - remoção totalde um ou mais ramos principais, resultando nodesequilíbrio irreversível da árvore e; - remoçãototal da copa de árvores jovens e adultas,resultando apenas o tronco.

As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo asua utilização permitida apenas em situaçõesemergenciais ou quando precedida de parecertécnico de profissional habilitado.

As ferramentas e equipamentos principais paraos serviços de poda são: tesoura de poda, serrasmanuais ou moto-serras. Deverão ser evitadas asseguintes ferramentas: machado, facão e foice.

Os equipamentos acessórios são as escadas,cordas e plataformas elevatórias ou cestos.

Os equipamentos de segurança são: capacetecom fixação no queixo, óculos para evitar serragemnos olhos, protetores auriculares para os operadoresde moto-serra, luvas de couro, sapatos com soladoreforçado e cinto de segurança.

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4.4. Remoções de árvoresNo caso das árvores onde, após a avaliação

da equipe técnica, forem constatadosproblemas de fitossanidade, mortas ou comrisco de queda natural, é recomendada aremoção imediata, visando evitar as suasquedas naturais, principalmente no período dechuvas. Os trantornos causados à populaçãogoianiense são muitos, em decorrência dequedas de árvores sob veículos, muros,residências, ou provocando o desabastecimentono fornecimento de energia elétrica, detelefonia e/ou de multi-serviços.

Atualmente, a Prefeitura de Goiânia, atravésda AMMA e da COMURG – Companhia deUrbanização de Goiânia – COMURG, faz aextirpação de árvores somente em casos desubstituição, após a avaliação técnicaverificanco as condições biológicas debilitadasdas mesmas. A autorização para a extirpação éconcedida somente após a assinatura de umTermo de Compromisso Ambiental feito com aAMMA e o requerente, que visa ocomprometimento pelo plantio de uma novamuda no local da árvore a ser extirpada, essamedida é realizada em virtude da necessidadede arborização do município e também dafunção ambiental das árvores no meio urbano.

4.5. Remoções de tocosOs tocos existentes foram quantificados e no

diagnóstico era verificado se neste local haviapossibilidade de novo plantio de árvores.

4.6. Novos plantiosNos espaços vazios existentes, nos locais

onde havia tocos ou árvores a serem removidase que possuem condições de receber novosplantios de espécies arbóreas, são identificadoscomo um ponto a ser realizado novo plantio queposteriormente será contemplado com oplanejamento de arborização.

4.7. Inventário FlorestalInventário Florestal Urbano - IFUO inventário levantou dados específicos

sobre as árvores urbanas como espécie, idade,porte, condições fitossanitárias, copa, atividadea ser recomendada nos espécimes, aspectospaisagísticos (bom, regular, ruim), fuste, raízes,necessidades de tratamentos, característicasfenológicas, bem como as relações com as redestelefônicas, semáforos, placas de sinalização,luminárias e prédios, redes subterrâneas deabastecimento de água e de esgoto,pavimentações, dentre outras.

Inventário Florestal Urbano Total – IFUTConsistiu no cadastramento quali-

quantitativo da arborização de ruas e avenidasem calçadas e canteiros centrais e praças,através do levantamento de informaçõespróprias do espécime, bem como da infra-estrutura urbana que o cerca. Foi realizado oinventário total da arborização dos 70 Setoresda cidade, compreendendo uma área de67.310,38 km², perfazendo um total de 3.137logradouros. O Inventário Florestal Total tempor finalidade manter a arborizaçãomonitorada, facilitando as intervençõesnecessárias e permitindo o estabelecimento dotratamento técnico adequado à arborização naárea central, a qual se caracteriza porapresentar conflitos diversos entre árvores eequipamentos urbanos.

Inventário Florestal Urbano por Amostragem – IFUA

Cidades de grande porte como Goiânia, quepossui hoje aproximadamente 1.200.000habitantes (IBGE - 2007), são inventariadas poramostragem, ou seja, não há condições derealizar um levantamento quali-quantitativo detoda a cidade. No entanto, por meio do própriocadastramento, estimou-se que Goiânia possuahoje um total estimado de 950.000 árvores,amostrando-se deste total, 14% da populaçãoarbórea de Goiânia correspondente ao inventáriode 70 bairros. O mapa a seguir demonstra toda acidade de Goiânia, identificando os setores ondefoi realizado o cadastramento e mapeamento daarborização existente.

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Mapa 01. Mapa da cidade de Goiânia, em destaque (verde) os 70 bairros que tiveram suas árvores cadastradas

Fonte: COMDATA – 2008.

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RESULTADOS

Realizou-se o cruzamento com todas as informações obtidas do cadastramento, a fim de visualizaraquelas de maior relevância. Os resultados foram agrupados, quantificados e analisados baseados emestatística básica, de forma a elaborar tabelas e gráficos tornando-os passíveis de interpretação eposterior discussão. A prefeitura de Goiânia, em parceria com a CELG, SANEAGO, TELEGOIÁS, UFG,UCG e Ministério Público, realizou o diagnóstico da arborização em 70 setores, chegando aosseguintes resultados:

No cadastramento destes 70 setores foram diagnosticados 178.230 pontos. Os pontos sãodiferenciados em: árvores, tocos e novos plantios, caracterizando-se em: 133.061 árvores (74,65%),6.295 tocos a serem removidos (3,53%) e 38.874 novos plantios (21,81%). Do número de árvoreslevantadas, foi recomendada a remoção de 7.079 árvores por possuírem problemas de fitossanidade,representando 5,32% do total de árvores encontradas.

Nestes setores diagnosticados, existem 178.230 pontos cadastrados, assimdistribuídos: 133.061 árvores, 6.295 remoções de tocos e 38.874 novos plantios.

Dentro do número de árvores encontradas, verificamos a necessidade deremover imediatamente 7.079 árvores, o que perfaz um percentual de 5,32% dasárvores existentes.

Essas remoções se justificam pela situação que as mesmas se encontram,podendo cair naturalmente, trazendo riscos aos pedestres e veículos que circulampor estes locais.

DADOS QUANTIDADES PERCENTUAL

Pontos cadastrados 178.230 100Árvores 131.061 74,65Remoções 7.079 5,32Remoção de Tocos 6.295 3,53Plantios 38.874 21,81

DADOS QUANTIDADES PERCENTUAL

Pontos cadastrados 178.230 100Árvores 131.061 74,65Remoções 7.079 5,32Remoção de Tocos 6.295 3,53Plantios 38.874 21,81

5.1 Pontos CadastradosTabela 03. Descrição de todos os pontos cadastrados.

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5.2 Espécies encontradas

Nos setores cadastrados foram catalogadas 133.061 árvores, totalizando 328 diversas espécies arbóreas (Tabela 04). Tabela 04. Relação de todas as espécies arbóreas encontradas nos 70 setores diagnosticados em Goiânia, com asrespectivas quantidades e freqüências, classificadas por ordem de freqüência.

Monguba Pachira aquatica Aubl. Bombacaceae 25.481 19,150

Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides Benth. Leguminosae-caesalpinioideae 22.687 17,050

Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. Arecaceae 10.432 7,840

Ficus-benjamina Ficus benjamina L Moraceae 6.481 4,871

Sete-copas Terminalia catappa L. Combretaceae 6.467 4,860

Ipê-de-jardim, Cedrinho Tecoma stans (L.) Juss. Ex Kunth Bignoniaceae 4.059 3,050

Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae 3.979 2,990

Palmeira-imperial Roystonea borinqueana O.F. Cook Arecaceae 3.447 2,590

Bauhinia-lilás, Pata-de-vaca Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioideae 2.289 1,720

Mangueira Mangifera indica L. Anacardiaceae 2.276 1,710

Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae 2.010 1,510

Flamboyant Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Leguminosae-caesalpinioideae 1.983 1,490

Palmeira-areca Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beetje & J. Dransf. Arecaceae 1.810 1,360

Bauhinia-rosa Bauhinia blakeana Dunn Leguminosae-caesalpinioideae 1.424 1,070

Jambo-do-pará, Jambo-vermelho Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. PerryMyrtaceae 1.291 0,970

Jambolão, Jamelão Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae 1.257 0,944

Paineira, Barriguda Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 1.187 0,892

Espatódea Sphatodea nilotica Seem Bignoniaceae 1.171 0,880

Albisia Albizia lebbeck (L.) Benth. Leguminosae-mimosoideae 1.155 0,868

Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex DC.) Standl Bignoniaceae 1.044 0,784

Saboneteiro Sapindus saponaria L. Sapindaceae 926 0,696

Álamo Populus tremuloides Michx. Salicaceae 872 0,656

Goiabeira Psidium guajava L. Myrtaceae 825 0,620

Chuva-de-ouro Cassia fistula L. Leguminosae-caesalpinioideae 825 0,620

Bauhinia-branca, Pata-de-vaca Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioideae 813 0,611

Palmeira-rabo-de-peixe Caryota urens L. Arecaceae 775 0,583

Espirradeira Nerium oleander L. Apocynaceae 771 0,579

Ipê-rosa Tabebuia rosea (Bert.) DC. Bignoniaceae 766 0,576

Bougainvilea-rosa Bougainvillea glabra Choisy Nyctagninaceae 728 0,547

Extremosa, Resedá Lagerstroemia indica L. Lythraceae 719 0,540

Aroeira-salsa Schinus molle L. Anacardiaceae 694 0,522

Murta Murraya paniculata L. Rutaceae 657 0,494

Cássia-de-java, cássia-javânica Cassia javanica L. Leguminosae-caesalpinioideae 647 0,486

Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson Bignoniaceae 623 0,468

Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Leguminosae-caesalpinioideae 609 0,457

Leucena Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leguminosae-mimosoideae 582 0,437

Cássia-sena-café Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioideae 543 0,408

Palmeira-bacuri Attalea phalerata Mart. Ex Spreng. Arecaceae 539 0,405

Bálsamo Myroxylon peruiferum L. f. Leguminosae-papilionoideae 531 0,399

Cássia-São-João Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioideae 522 0,392

Ficus-variegata Ficus variegata Blume Moraceae 515 0,387

Cinamomo, Santa-barbara Melia azedarach L. Meliaceae 515 0,387

Palmeira-fenix, tamareira-anã, Phoenix roebelenii O’Brien Arecaceae 508 0,382

Palmeira-seafórtea Archontophoenix cunninghamii H. Wendl. & Drude 504 0,379

Pau-ferro Caesalpinia ferrea Mart. Leguminosae-caesalpinioideae 484 0,363

Urucum Bixa orellana L. Bixaceae 480 0,361

Abacateiro Persea americana Mill. Lauraceae 472 0,355

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%

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NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%

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Neve-da-montanha, Cabeleira-de-velho Euphorbia leucocephala Lotsy Euphorbiaceae 465 0,350Caliandra-vermelha, Esponjinha-vermelha Calliandra tweedii Benth. Leguminosae-mimosoideae 445 0,335Ipê-amarelo Tabebuia vellosoi Toledo Bignoniaceae 442 0,332Cássia-rosa, Cássia-grande Cassia grandis L. f. Leguminosae-caesalpinioideae 432 0,324Tamarindeiro Tamarindus indica L. Leguminosae-caesalpinioideae 428 0,322Caliandra-rosa, Esponjinha-rosa, Escumilha Calliandra brevipes Benth. Leguminosae-mimosoideae 428 0,322Pau-ferro, Juçá Caesalpinia ferrea Mart.ex Tul. var. ferrea Leguminosae-caesalpinioideae 428 0,322Pinus, Pinheiro Pinus elliottii Engel. Pinaceae 424 0,318Flor-de-abril Dillenia indica Blanco Dilleniaceae 420 0,316Ficus-benjamina-variegata Ficus benjamina L. Moraceae 417 0,313Ipê-amarelo-do-cerrado, Taipoca Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae 415 0,312Amoreira Morus nigra L. Moraceae 401 0,302Ficus-lirata Ficus lyrata Warb. Moraceae 398 0,299Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Leguminosae-caesalpinioideae 396 0,297Hibisco-vermelho Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 391 0,294Pinheiro-do-paraná Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucariaceae 388 0,291Alfeneiro, Ligustro Ligustrum japonicum Thunb. Oleaceae 382 0,287Chapéu-de-napoleão Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum. Apocynaceae 379 0,285Ficus-microcarpa Ficus microcarpa L. f. Moraceae 373 0,280Cajueiro Anacardium occidentale L. Anacardiaceae 372 0,280Magnólia-amarela Michelia champaca L. Magnoliaceae 371 0,279Jaca Artocarpus heterophylla L.f. Moraceae 365 0,274Limão Citrus lemon (L.) Burm. f. Rutaceae 364 0,274Palmeira-macaúba Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Arecaceae 82 0,062Palmeira-leque-cubana Coccothrinax fragrans Burret Arecaceae 79 0,059Ata, Pinha, Fruta-de-Conde Annona squamosa L. Annonaceae 79 0,059Duranta Duranta repens L. Verbenaceae 73 0,055Angico Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Leguminosae-mimosoideae 71 0,053Mogno Swietenia macrophylla King Meliaceae 63 0,047Jacarandá-mimoso Jacaranda cuspidifolia Mart. Bignoniaceae 62 0,047Jasmin-manga Plumeria rubra L. Apocynaceae 60 0,045Calistemon Callistemon citrinus (Curtis) Skeels Myrtaceae 56 0,042Ingá Inga sp. Leguminosae-mimosoideae 53 0,040Palmeira-rabo-de-peixe-pequena Caryota mitis Lour. Arecaceae 52 0,039Canela Nectandra sp. Lauraceae 52 0,039Tuia-piramidal Thuja pyramidalis Ten. Cupressaceae 47 0,036Ingá Inga cylindrica (Vell.) Mart. Leguminosae-mimosoideae 47 0,036Coco-da-Bahia, Coqueiro, Coqueiro-da-Bahia Cocos nucifera L. Arecaceae 46 0,035Jambo-amarelo Syzygium jambos L. Myrtaceae 46 0,035Calistemon Callistemon viminalis (Sol. ex Gaertn.) G. Don ex Loud. Myrtaceae 46 0,035Magnólia Magnolia grandiflora L. Magnoliaceae 44 0,033Pitangueira Eugenia uniflora L. Myrtaceae 44 0,033Gameleira, Ficus-gigante Ficus elastica Roxb. Moraceae 43 0,032Lanterneiro Lophanthera lactescens Ducke Malpighiaceae 43 0,032Palmeira-leque-do-ceará Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 43 0,032Castanha-do-Maranhão Bombacopsis glabra (Pasq.) Robyns Bombacaceae 42 0,031Ingá-banana Inga uraguensis Hook. & Arn. Leguminosae-mimosoideae 42 0,031Grevilea-vermelha Grevillea banksii R. Br. Proteaceae 41 0,030Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Sterculiaceae 41 0,030Cipreste Cupressus sp. Cupressaceae 41 0,030Iuca Yucca elephantipes Regel Liliaceae 41 0,030Aalecrim-de-campinas Holocalyx balansae Micheli Leguminosae-caesalpinioideae 41 0,030Eucalipto Eucalyptus sp. Myrtaceae 39 0,030Eucalipto-ornamental Eucalyptus cinerea F. Muell. ex Benth. Myrtaceae 39 0,030Ipê-Branco Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. Bignoniaceae 38 0,029Pau-tento, Tento Adenanthera pavonina L. Leguminosae-mimosoideae 37 0,028Ameixa Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. Rosaceae 36 0,027Neen-indiano Melia indica (A. Juss.) Brandis Meliaceae 36 0,027Ciriguela Spondias purpurea L. Anacardiaceae 36 0,027Pau-formiga Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae 35 0,026Cedro Cedrela fissilis Vell. Meliaceae 35 0,026Bougainvilea-dobrada Bougainvillea spectabilis Willd. Nyctaginaceae 35 0,026Ipê-roxo-de-sete-folhas Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo Bignoniaceae 35 0,026Tuia-maçã Thuja sp. Cupressaceae 34 0,025Laranjeira Citrus aurantium L. Rutaceae 34 0,025Pinus sp. Pinus sp. Pinaceae 34 0,025Cajá-manga Spondias cytherea Sonn. Anacardiaceae 34 0,025Algaroba Prosopis algarobilla Griseb. Fabaceae 33 0,025Genipapo Genipa americana L. Rubiaceae 33 0,025

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NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%

Polyscia, Árvore-da-felicidade-macho Polyscias guilfoylei (W. Bull) L.H. Bailey Araliaceae 33 0,025Acerola Malpighia glabra L. Malpighiaceae 32 0,024Jacarandá Machaerium acutifolium Vogel Leguminosae-papilionoideae 32 0,024Gameleira-folha-miúda Ficus sp. Moraceae 30 0,023Boldo Vernonia condensata Baker Asteraceae 30 0,023Gameleira Ficus insipida Willd. Moraceae 30 0,023Mussaenda Mussaenda erythrophylla Schumach. & Thonn. Rubiaceae 30 0,023Clusia Clusia sp. Clusiaceae 29 0,022Erithrina-variegata Erythrina sp. Leguminosae-papilionoideae 29 0,022Feijão-guandu Cajanus indicus Spreng. Fabaceae 29 0,022Palmeira-jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae 28 0,021Polyscia, Árvore-da-felicidade-fêmea Polyscias fruticosa (L.) Harms Araliaceae 28 0,021Romã Punica granatum L. Punicaceae 27 0,020Quaresmeira-arbustiva Tibouchina moricandiana Baill. Melastomaceae 26 0,019Pitombeira, Olho-de-Boi Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. Sapindaceae 26 0,019Quaresmeira-orelha-de-onça, Orelha-de-burro Tibouchina grandifolia Cogn. Melastomataceae 25 0,019Dracena-gigante Dracaena arborea (Willd.) Link Liliaceae 25 0,019Grevilea-robusta Grevillea robusta A. Cunn. ex R. Br. Proteaceae 24 0,018Cerejeira-do-mato Eugenia involucrata DC. Myrtaceae 24 0,018Figueira-da-Índia Ficus auriculata Lour. Moraceae 24 0,018Lea-verde Leea coccinea Bojer Vitaceae 24 0,018Graviola Annoma muricata Annonaceae 24 0,018Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake Fabaceae 24 0,018Guatambu Aspidosperma subincanum Mart. Apocynaceae 24 0,018Tamboril, Orelha-de-negro Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Leguminosae-mimosoideae 24 0,018Clusia-rosa Clusia rosea Jacq. Clusiaceae 23 0,017Cica Cycas circinalis L. Cycadaceae 23 0,017Embaúba Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae 21 0,016Cheflera-gigante Schefflera actinophylla (Endl.) Harms Araliaceae 21 0,016Jacarandá-canzil, Canzileiro Platypodium elegans Vogel Leguminosae-papilionoideae 20 0,015Manacá-de-cheiro, Manacá-de-jardim Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Solanaceae 20 0,015Jacarandá-bico-de-pato Machaerium aculeatum Raddi Leguminosae-papilionoideae 19 0,014Escumilha-africana Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 19 0,014Chorão Salix babylonica L. Salicaceae 18 0,014Farinha-seca Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Leguminosae-mimosoideae 18 0,014Mamoeiro Carica papaya L. Caricaceae 18 0,014Cheflera Schefflera arboricola (Hayata) Merr. Araliaceae 18 0,014Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril L. Leguminosae-caesalpinioideae 18 0,014Bananeira Musa paradisiaca L. Musaceae 18 0,014Eritrina Erythrina coralloides DC. Leguminosae-papilionoideae 17 0,013Bico-de-pato Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch Euphorbiaceae 17 0,013Ligustrum Ligustrum ovalifolium Hassk. Oleaceae 17 0,013Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Leguminosae-caesalpinioideae 17 0,013Aroeira-falsa, Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 17 0,013Casuarina Casuarina cunninghamiana Miq. Casuarinaceae 16 0,012Orgulho-da-Índia Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 16 0,012Melaleuca Melaleuca leucadendron (L.) L. Muyrtaceae 16 0,012Palmeira-triângula Dypsis decary (Jum.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 16 0,012Canafístula Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Leguminosae-caesalpinioideae 16 0,012Guapeva, Curiola, Cabo-de-machado Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 16 0,012Ingá-de-quatro-quinas Inga vera Willd. subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. Leguminosae-mimosoideae 15 0,011Algodoeiro Heliocarpus americanus L. Tiliaceae 15 0,011Palmeira-silvestre Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. Arecaceae 15 0,011Hibisco-da-China Malvaviscus syriacus L. Malvaceae 15 0,011Bambu Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl. Poaceae 15 0,011Ouratia Ouratea sp. Ochnaceae 15 0,011Babaçu Attalea speciosa Mart. ex Spreng. Arecaceae 15 0,011Algodão-de-praia Malvaviscus sp. Malvaceae 15 0,011Dracena-rajada Dracaena fragrans (L.) Ker-Gawl. Liliaceae 15 0,011Amendoim-bravo, Pau-de-fava, Madiera-nova Pterogyne nitens Tul. Leguminosae-caesalpinioideae 14 0,010Mirindiba , Maria Preta Terminalia glabrescens Mart. Combretaceae 14 0,010Imbiruçu Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns Bombacaceae 14 0,010Ligustro-chinês Ligustrum sinense Lour. Oleaceae 14 0,010Carambola Averrhoa carambola L. Oxalidaceae 14 0,010Jacarandá Não identificada 14 0,010Palmeira-latânia Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. Ex Mart. Arecaceae 14 0,010Cacau Theobroma cacao L. Sterculiaceae 14 0,010Chichá Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin Sterculiaceae 14 0,010

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NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%

Gonçalo-alves Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. Anacardiaceae 12 0,009Burdão-de-velho, Sete-cascas Não identificada 12 0,009Ficus-branco Ficus rubiginosa Desf. ex Vent. Moraceae 12 0,009Hibisco-colibri, Malva Malvaviscus arboreus Cav. Malvaceae 12 0,009Manacá-da-serra Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn. Melastomataceae 12 0,009Dama-da-noite Cestrum aff. nocturnum Solanaceae 12 0,009Astrapéia Dombeya wallichii (Lindl.) K. Schum. Sterculiaceae 12 0,009Aroeira-do-Cerrado Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae 12 0,009Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Leguminosae-caesalpinioideae 12 0,009Guatambu-do-cerrado Aspidosperma macrocarpon Mart. Apocynaceae 12 0,009Amburan, Cerejeira Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Leguminosae-caesalpinioideae 11 0,008Angico-de-bezerro Piptadenia moniliformes Benth. Leguminosae-mimosoideae 11 0,008Álamo-da-folha-estreita Salix chilensis Molina Salicaceae 11 0,008Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Leguminosae-caesalpinioideae 11 0,008Croton Cordiaeum variegatum (L.) A. Juss. Euphorbiaceae 11 0,008Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa Andrews Leguminosae-papilionoideae 11 0,008Sombreiro Clitoria fairchildiana R.A. Howard Leguminosae-papilionoideae 11 0,008Pau-dóleo Copaifera langsdorffii Desf. Leguminosae-caesalpinioideae 11 0,008Algodão-de-praia, Tespésia (Flor amarela) Thespesia populnea (L.) Sol. ex Corrêa Malvaceae 11 0,008Pinhão, Pinhão-roxo-do-cerrado Cnidoscolus pubescens Pohl Euphorbiaceae 11 0,008Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Vogel Leguminosae-caesalpinioideae 11 0,008Imbú, Umbú Spondias tuberosa Arruda Anacardiaceae 11 0,008Cássia-silvestre Cassia sp. Leguminosae-caesalpinioideae 11 0,008Jaboticabeira Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg Myrtaceae 11 0,008Caliandra-branca Calliandra inaequilatera Rusby Leguminosae-mimosoideae 11 0,008Figueira-branca Ficus guaranitica Chodat Moraceae 10 0,008Canelinha Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Lauraceae 10 0,008Palmeirinha-bambú Chamaedorea erumpens H.E. Moore Arecaceae 10 0,008Cássia-negra Cassia aff. nigricans Leguminosae-caesalpinioideae 10 0,008Cedrela Cedrela sp. Meliaceae 10 0,008Pau-branco-falso Dipteronia sinensis Oliv. Aceraceae 10 0,008Sucupira-branca Pterodon emarginatus Vogel Leguminosae-papilionoideae 10 0,008Abricó-de-macaco Couroupita guianensis Aubl. Lecythidaceae 10 0,008Mandioca Manihot esculenta Crantz Euphorbiaceae 9 0,007Ixora Ixora sp. Rubiaceae 9 0,007Perobinha-do-campo Sweetia elegans Benth. Meliaceae 9 0,007Palmeira-bacaba Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae 9 0,007Sabal-de-cuba Sabal maritima (Kunth) Burret Arecaceae 9 0,007Baru Dipteryx alata Vogel Leguminosae-papilionoideae 9 0,007Mexerica Citrus deliciosa Ten. Rutaceae 8 0,006Assa-peixe Magonia pubescens A. St.-Hil. Sapindaceae 8 0,006Paineira-ceiba, Paineira-vermelha-da-Índia Bombax malabaricum DC. Bombacaceae 8 0,006Mama-cadela, Inharé Brosimum gaudichaudii Trécul Moraceae 8 0,006Ingá-dulce Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth. Leguminosae-mimosoideae 8 0,006Dombéia-rosa Dombeya naiorobensis Engler Sterculiaceae 8 0,006Jacarandá-do-campo Machaerium opacum Vogel Leguminosae-papilionoideae 8 0,006Angelim-branco, Morcegueiro Andira inermis (W. Wright) Kunth ex DC. Leguminosae-papilionoideae 7 0,005Marinheiro Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 7 0,005Fruta-pão Artocarpus altilis (Parkinson) Fosverg Moraceae 7 0,005Limão-japonês Averrhoa bilimbi L. Oxalidaceae 7 0,005Pequi Caryocar brasiliense Cambess. Caryocaraceae 7 0,005Araçá Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae 7 0,005Cássia-ferrugínea Cassia ferruginea (SCHRADER) Schrader ex DC. Leguminosae-caesalpinioideae 7 0,005Espécie-chinesa Não identificada 7 0,005Capitão-do-campo Terminalia argentea Mart. Combretaceae 7 0,005Cajá-mirim, Cajá-da-mata Spondias mombin L. Anacardiaceae 7 0,005Coité Crescentia cujete L. Bignoniaceae 7 0,005Palmeira-pitcosperma Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 7 0,005Seringueira Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg. Euphorbiaceae 7 0,005Mulungu-de-jardim Erythrina crista-galli L. Leguminosae-papilionoideae 7 0,005Lea-rubra Leea rubra Blume ex Spreng. Vitaceae 6 0,004Joazeiro Ziziphus joazeiro Mart. Rhamnaceae 6 0,004Palmeira-rubra Dictyosperma aureum (hort.) H. Wendl. & Drude Arecaceae 6 0,004Mamica-de-porca Zanthoxyllum riedelianum Engl. Rutaceae 6 0,004Babosa-branca, Manacá-branco Cordia superba Cham. Boraginaceae 5 0,003Alecrim-de-campinas Holocalyx glaziovii Taub. ex Glaz. Leguminosae-caesalpinioideae 5 0,003Jequitibá Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Lecythidaceae 5 0,003Cutieira, Fruta-de-cotia, Purga-de-cavalo Joannesia sp. Euphorbiaceae 5 0,003Tingui, Tingui-do-cerrado Magonia pubescens A. St.-Hil. Sapindaceae 5 0,003Castanha-da-Índia Brachychiton sp. Sterculiaceae 5 0,003Mata-pasto Senna alata (L.) Roxb. Leguminosae-caesalpinioideae 5 0,003Jasmim-da-noite Cestrum nocturnum L. Solanaceae 5 0,003

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NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%

Acácia-australiana Acacia mangium Willd. Leguminosae-mimosoideae 5 0,003Capim-palmeira Curculigo capitulata (Lour.) Kuntze Amaryllidaceae 5 0,003Pingo-de-ouro Duranta repens L. Verbenaceae 5 0,003Nóz-macadâmia, Macadâmia Macadamia tetraphylla L.A.S. Johnson Proteaceae 5 0,003Sapoti Manilkara zapota (L.) P. Royen Sapotaceae 5 0,003Amendoim-do-campo Platypodium elegans Vogel Fabaceae 5 0,003Mata-Fome, Louro-mole Cordia sellowiana Cham. Boraginaceae 5 0,003Barbatimão-caubi Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. Leguminosae-mimosoideae 5 0,003Árvore-dos-viajantes Ravenala madagascariensis Sonn. Strelitziaceae 5 0,003Cactus Opuntia sp. Cactaceae 5 0,003Tarumã Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke Verbenaceae 3 0,003Tipuana Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Leguminosae-papilionoideae 3 0,003Lobeira Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Solanaceae 3 0,003Lima-doce Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Rutaceae 3 0,003Pau-terra-da-folha-larga Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae 3 0,003Cupuaçu Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum. Sterculiaceae 3 0,003Pau-cigarra, Aleluia Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioideae 3 0,003Bignoniaceae Não identificada Bignoniaceae 3 0,003Congea Congea tomentosa Roxb. Verbenaceae 3 0,003Ficus-máxima Ficus maxima Mill. Moraceae 3 0,003Amargoso Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke Leguminosae-papilionoideae 3 0,003Embireira, Embira-de-sapo Duguetia sp. Annonaceae 3 0,003Mil-cores Breynia nivosa (W. Bull ex W.G. Sm.) Small Euphorbiaceae 3 0,003Sangra-d´água Croton urucurana Baill. Euphorbiaceae 3 0,003Periquiteira, Crindiúva Trema micrantha (L.) Blume Ulmaceae 3 0,003Falso-jaborandi Piper aduncum L. Piperaceae 3 0,003Espinhosa Caesalpinia spinosa (Molina) Kuntze Leguminosae-caesalpinioideae 3 0,003Laranhinha-do-campo Styrax ferrugineus Nees & Mart. Styracaceae 3 0,003Ficus Coccoloba uvifera (L.) L. Polygonaceae 3 0,003Pau-sobre-pau Euphorbia tirucalli L. Euphorbiaceae 3 0,003Quaresmeira Tibouchina sp. Melastomataceae 3 0,003Jacarandá-da-Bahia Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Leguminosae-papilionoideae 3 0,003Acácia-mimosa Acacia podalyraefolia A. Cunn. Ex G. Don Leguminosae-mimosoideae 3 0,003Espinhpo-de-jerusalém Parkinsonia aculeata L. Leguminosae-caesalpinioideae 3 0,003Mangaba Hancornia speciosa Gomes Apocynaceae 3 0,003Viuvinha Não identificada 3 0,003Garapa Apuleia molaris Spruce ex Benth. Fabaceae 3 0,003Freijó, Córdia-preta Cordia goeldiana Huber Boraginaceae 3 0,003Ora-pró-nobis Pereskia grandiflora Pfeiff. Cactaceae 2 0,002Louro-branco Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Boraginaceae 2 0,002Cagaita Eugenia dysenterica DC. Myrtaceae 2 0,002Emburana Bursera leptophloeos Mart. Burseraceae 2 0,002Tapirira, Pau-pombo Tapirira guianenses Aubl. Anacardiaceae 2 0,002Faveira-do-cerrado Dimorphandra mollis Benth. Leguminosae-mimosoideae 2 0,002Jaca-dura Artocarpus sp. Moraceae 2 0,002Teca Tectona grandis L. f. Verbenaceae 2 0,002Araticum, Articum Annona coriacea Mart. Annonaceae 2 0,002Vinhático Plathymenia reticulata Benth. Leguminosae-mimosoideae 2 0,002Mirindiba-rosa Lafoensia glyptocarpa Koehne Lythraceae 2 0,002Pau-terra-da-folha-miúda Qualea parviflora Mart.L Vochysiaceae 2 0,002Pau-perdiz, Pé-de-perdiz, Perdiz Simarouba versicolor A. St.-Hil. Simaroubaceae 2 0,002Café Coffea arabica L. Rubiaceae 2 0,002Falsa-cássia Robinia sp. Fabaceae 2 0,002Pó-de-mico Não identificada 2 0,002Erithrina-mulungu, Mulungu Erythrina mulungu Mart. ex Benth. Leguminosae-papilionoideae 2 0,002Murici Byrsonima sp. Malpighiaceae 2 0,002Uva-do-pará Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae 2 0,002Alfarroba Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Leguminosae-mimosoideae 2 0,002Pau-de-jangada, Pente-de-macaco Apeiba tibourbou Aubl. Tiliaceae 2 0,002Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Apocynaceae 2 0,002Ipê-caraíba Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore Bignoniaceae 2 0,002Angico-de-minas Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F. Macbr. Leguminosae-mimosoideae 2 0,002Saco-de-viado Não identificada 2 0,002Amescla Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Burseraceae 2 0,002Bacuri Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Clusiaceae 2 0,002Jurubeba Solanum paniculatum L. Solanaceae 2 0,002Tarumã-do-mato Vitex montevidensis Cham. Verbenaceae 2 0,002Ipê Tabebuia sp. Bignoniaceae 2 0,002Palmeira (Setor Coimbra) Não identificada Arecaceae 2 0,002Bauhínia Bauhinia sp. Leguminosae-caesalpinioideae 2 0,002Molungu-do-alto Erythrina poeppigiana (Walp.) O.F. Cook Leguminosae-papilionoideae 2 0,002Rabo-de-cutia Stifftia chrysantha Mikan Asteraceae 2 0,002

TOTAL 133.061 100%

Obs: O Material vegetativo das espécies não identificadas foi encaminhado para o Herbário da Universidade Federal de Goiás – UFG para identificação da espécie e família botânica.

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A tabela 05 apresenta a relação dos 70 setores cadastrados e a quantidade total de árvoresexistentes para cada um dos bairros cadastrados

Tabela 05 – Total de árvores encontradas nas vias públicas classificadas por setorescadastrados

1 Aeroporto 5.9462 Aerovários 1.0963 Bairro Feliz 1.1104 Bairro Nossa S. de Fátima 8605 Bairro Operário 3856 Bela Vista 2.0737 Bueno 5.2878 Cacara Elísio Campos 3239 Campinas 4.11710 Central 6.85611 Centro-Oeste 2.63212 Cidade Jardim 5.71913 Coimbra 4.19714 Conjunto Castelo Branco 48715 Conjunto Guadalajara 75616 Conjunto Rodoviário 47217 Conjunto Santos Drumont 68518 ConjuntoYara 59719 Criméia Leste 1.53020 Criméia Oeste 1.37721 Esplanada do Anicuns 53122 Funcionários 3.11223 Industrial Mooca 61624 Jaó 2.11725 Jardim América 9.91526 Jardim das Esmeraldas 86027 Leste Universitário 6.19528 Leste Vila Nova 4.36129 Loteamento Manso Pereira 35930 Marechal Rondon 1.04731 Marista 5.21132 Morada Nova 81033 Morais 58334 Negrão de Lima 2.88735 Norte Ferroviário 1.23936 Norte Ferroviário II 469

37 Nova Suiça 2.29138 Nova Vila 2.64039 Oeste 5.94940 Padre Pelágio 40741 Parque Industrial de Goiânia 57942 Pedro Ludovico 8.50243 Rodoviário 1.83144 Santa Genoveva 1.73645 São José 49046 Serrinha 69047 Sudoeste 3.38948 Sul 5.72749 Vila Abajá 38550 Vila Aguiar 40551 Vila Americano do Brasil 75852 Vila Aurora 97953 Vila Aurora Oeste 75854 Vila Colemar Natal e Silva 48455 Vila Froes 64756 Vila Jaraguá 70457 Vila Megale 57958 Vila Monticelli 76259 Vila Mooca 39660 Vila Nova Canaã 66461 Vila Oswaldo Rosa 39762 Vila Paraíso 40463 Vila Santa Isabel 44364 Vila Santa Rita 63665 Vila Santa Tereza 45566 Vila Santo Afonso 42167 Vila São Luiz 41068 Vila São Paulo 43169 Vila Teófilo Neto 44970 Vila Viana 446

TOTAL: 133.061 ÁRVORES

Nº SETOR TOTAL DE ÁRVORES Nº SETOR TOTAL DE ÁRVORES

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Os setenta setores cadastrados perfazem,aproximadamente 11,16% dos bairros da cidadede Goiânia, onde foram encontrados um total de133.061 árvores. Nos outros setores de Goiânia,que perfazem em torno de 89% da cidade, foramrealizadas amostragens, onde foram estimadas516.939 árvores em toda a cidade. Dessa forma,estima-se que Goiânia tinha até o ano de 2004,650.000 árvores nas vias públicas.

A partir do ano de 2005, a Prefeitura deGoiânia plantou aproximadamente mais 300.000

mudas nas vias públicas (figura 65), através deplantios voluntários dentro do Programa Plante aVida e de plantios realizados pela própriaadministração, através da Companhia deUrbanização de Goiânia - COMURG. Portanto,estima-se que Goiânia tenha atualmente 950.000árvores nas vias públicas (calçadas, praças ecanteiros centrais). Neste quantitativo não foicomputado as árvores existentes nas Unidadesde Conservação, fundos de vale e outras áreasverdes de Goiânia.

Comparativo de plantios realizados em Goiânia

mer

o de

Árv

ores

Figura 65 - Demonstrativo do Número de árvores em Goiânia, até o ano de 2004 e a partir do ano de 2005

A Tabela 06 faz a diferenciação da origem destas espécies, sendo 53,7% de origem nativa e 46,3% deorigem exótica. Entretanto se considerarmos apenas como de origem nativa as espécies florestais donosso Cerrado, verificaremos que esse percentual reduz significativamente.

Tabela 06. Relação quantitativa da origemdas espécies existentes em Goiânia

ORIGEM PERCENTUAL (%)

Nativa 53,7Cerrado 39,1Brasil 60,9Exótica 46,3

6 3

Total

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

Até 2004 A partir de 2005

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5.3 Espécies mais ocorrentes

Dentre as 328 espécies encontradas na arborização de Goiânia, verificamos que a espécie maisocorrente é a Monguba – Pachira aquatica, originária da região amazônica, de áreas úmidas. Esta espécieapresentou um percentual de 19,15%. Entretanto, se forem considerados apenas os 04 (quatro) setorescentrais onde se encontra a arborização mais antiga, o percentual de ocorrência desta espécie sobe para26%. A segunda espécie mais ocorrente foi a Sibipiruna - Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides, com17,05%. A tabela 08 relaciona as 15 (quinze) espécies que mais ocorrem na arborização de Goiânia, ondepodemos verificar que estas perfazem 72,23% do quantitativo de árvores existentes, e as outras 313espécies contribuem com apenas 27,76% do número de árvores existentes.

Observa-se que a maioria das espécies mais freqüentes é exótica, havendo baixa incidência de espécies nativasdo cerrado. A Figura 66 ilustra graficamente as espécies com maior ocorrência no município de Goiânia.

Tabela 08. Relação das 15 espécies com maior freqüência no município de Goiânia

QUANT. ESPÉCIE NOME CIENTÍFICO QUANTIDADE %

1 Monguba Pachira aquatica Aubl. 25.481 19,152 Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides Benth. 22.687 17,053 Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. 10.432 7,844 Fícus-benjamina Ficus benjamina L. 6.481 6,375 Sete-copas Terminalia catappa L. 6.467 4,866 Ipê-de-jardim Tecoma stans Griseb. 4.059 3,057 Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa Cogn. 3.979 2,998 Palmeira-imperial Roystonea borinqueana (N.J.Jacquin) O.F. Cook 3.447 2,599 Bauhínia-lilás Bauhinia variegata L. 2.289 1,7210 Mangueira Mangifera indica L. 2.276 1,7111 Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. 2.010 1,5112 Flamboyant Delonix regia Rafin 1.983 1,4913 Areca-bambu Dypsis lutescens H. Wendl. 1.810 1,3614 Bauhínia-rosa Bauhinia blakeana Dunn. 1.424 1,0715 Jambo-do-Pará Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry 1.291 0,97

Sub-ttotal 96.116 72,23Outras 313 Espécies 36.945 27,76Total 133.061 100%

Analisando a relação destas espécies,verificamos que 21,8% servem de alimento àfauna local (Tabela 07). Como exemplos, podemser citados: Mangueira – Mangifera indica,Jambolão – Syzygium cumini, Goiabeira –Psidium guajava, Abacateiro – Persea gratissima,Caju – Anacardium occidentale, Jaca –Antocarpus integrifolia, Ata – Annona squamosa,Ingá – Inga cylindrica, Ameixa – Eriobotrya

japonica, Romã – Punica granatum, dentreoutras.

Com relação às espécies frutíferas que servemde alimento ao homem, podemos citar: Pitanga -Eugenia uniflora, Ciriguela – Spondias purpurea,Cajá-manga – Spondias dulcis, Graviola –Annona muricata, Guapeva – Pouteria torta,Jaboticabeira – Myrciaria cauliflora, Carambola –Averrhoa carambola, dentre outras.

Tabela 07. Relação de espécies frutíferas destinadas para uso da fauna e do homem

FRUTÍFERAS PERCENTUAL (%)

Fauna 21,8Homem 17,1

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Figura 66. Gráfico ilustrando as espécies com maior freqüência no município de Goiânia

Tabela 09. Características Fenológicas das 15 (quinze) espécies arbóreas de maior ocorrência em Goiânia

Man

guba

Sibi

piru

na

Gu

arir

oba

Ficu

s-be

nja

min

a

Sete

-cop

as

Ipê-

de-j

ardi

m

Qu

ares

mei

ra-r

oxa

EspéciesPa

lmei

ra-i

mpe

rial

Pata

-de-

vaca

Man

guei

ra

Oit

i

Flam

boya

nt

Palm

eira

-are

ca

Bau

hin

ia-R

osa

Jam

bo-d

o-pa

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Relação das 15 espécies arbóreas mais frequêntes

As 15 espécies mais freqüentes encontradas em Goiância foram estudadas quanto às suascaracterísticas fenológicas. Abordou-se os aspectos de caráter qualitativo onde foram levantadas asépocas onde ocorrem as fenofases. Estudou-se a fenologia através da floração, cor da flor,frutificação e cor dos frutos das espécies citadas na tabela 09.

ESPÉCIE

Monguga - Pachira aquatica SET. – NOV Branco-avermelhada ABR. – JUN. Castanho

Sibipiruna – Caesalpinapluviosavar. peltophoroides

AGO. – NOV. Amarelo e marrom JUL. – SET. Castanho

Guariroba - Syagrus oleracea SET. – MAR. Bege OUT. – FEV. Verde-amarelado

Ficus - Ficus benjamina – – OUT. – DEZ.

ABR. – MAI.

Avermelhado

Amarelo-esverdeado

Castanho

Sete-copas - Terminalia catappa – Branca

Ipê-de-jardim - Tecoma stans ABR. – SET Amarela

Quaresmeira-roxa - Tibouchina granulosa

JUN. – AGO.DEZ. – MAR

Roxa

OUT. – FEV. Marrom-claroBauhínia-roxa - Bauhiniavariegata

JUL. – SET. Lilás

NOV. – FEV VerdeMangueira- Mangifera indica JUN. – SET. Róseas ouesverdeadas

JAN. – MAR. AmareloOiti - Licania tomentosa JUL. - AGO Amarelo-rosada

AGO. – OUT. Marrom-escuroFlamboyant - Delonix regia OUT. – JAN. Vermelho-alaranjada

– AmareladoAreca-bambu - Dypsis lutescens – Amarela

– –Bauhínia-rosa - Bauhiniablakeana

ABR. – AGO. Rosa

JAN. – MAR. VermelhoJambo-do-pará - Syzygiummalaccense

ABR. – JUN. Vermelho-púrpura

ÉPOCA FLORAÇÃO COR DA FLOR ÉPOCA DE MATURAÇÃO DOS FRUTOS COR DO FRUTO

– Frutos arroxeadosPalmeira-imperial - Roystoneaborinquena

– –

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Figura 67. Monguba - Pachira aquatica Aubl.(espécie brasileira)

Figura 68. Sibipiruna – Caesalpinia pluviosa var.peltophoroides Benth. (espécie brasileira)

Figura 69. Ficus - Ficus benjamina L (espécieexótica)

Figura 70. Guariroba - Syagrus oleracea(Mart.) Becc. (espécie nativa)

Figura 71. Sete-copas - Terminaliacatappa L. (espécie exótica)

Figura 72. Cedrinho - Tecoma stans(L.) Juss. Ex Kunth. (espécie exótica)

As imagens abaixo apresentam as quinze espécies mais freqüentes,mencionadas anteriormente, encontradas na cidade de Goiânia.

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Figura 73. Quaresmeira-roxa - Tibouchinagranulosa (Desr.) Cogn. (espécie brasileira)

Figura 74. Palmeira-imperial - Roystoneaborinqueana O.F. Cook. (espécie exótica)

Figura 75. Bauhinia-lilás - Bauhinia variegata L.(espécie exótica)

Figura 76. Mangueira - Mangifera indica L.(espécie exótica)

Figura 77. Oiti - Licania tomentosa (Benth.)Fritsch. (espécie brasileira)

Figura 78. Flamboyant - Delonix regia (Bojer exHook.) Raf. (espécie exótica)

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Figura 79. Palmeira-areca-bambu -Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beetje &J. Dransf. (espécie exótica)

Figura 80. Bauhinia-rosa - Bauhiniablakeana Dunn. (espécie exótica)

Figura 81. Jambo-do-pará -Syzygium malaccense (L.) Merr. &L.M. Perry (espécie brasileira)

5.4 Remoções imediatas de árvores

Com o cadastramento, constatou-se anecessidade de remover 7.079 árvores, queapresentavam condições biológicas debilitadas.Verificou-se que 54,56%, ou 3.862 árvores, são daespécie Monguba – Pachira aquatica Aubl.. Umacaracterística desta espécie é de ocorrer em seuambiente natural em áreas úmidas da RegiãoAmazônica, e esta foi trazida para Goiânia ondeo clima é adverso à sua situação natural. Aespécie foi plantada nas vias públicas, onde ascondições são muitos estressantes ao seudesenvolvimento, apresentando: solos pobres,compactados e, em geral, composto por entulhose/ou restos de construção, alto índice deimpermeabilização, concreto e asfalto, poluiçãoatmosférica, grande quantidade de podas,devido a mesma ter sido plantada em várioslogradouros debaixo de fiação aérea de energiaelétrica. Verificou-se também a grandeincidência do coleóptero Serra-pau – Euchromagigantea, que ataca o seu sistema radicular e otronco, causando podridões nas Mongubas.

Na tabela 10, estão relacionadas às 11 (onze)espécies com maior percentual de remoções,sendo estas responsáveis por 84,50% dasremoções imediatas de árvores em nossaarborização.

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Tabela 10. Relação das 11 espécies arbóreas que necessitam de remoção imediata

5.5 Idade

A Tabela 11 relaciona a idade de todas as árvores encontradas na arborização. Para estelevantamento, classificou-se os exemplares como Jovens ou Adultas. Nesta tabela foram relacionadasas 15 espécies da arborização mais ocorrentes, além das demais espécies encontradas, onde severifica que a maioria das árvores existentes nas vias públicas de Goiânia são adultas.

Tabela 11. Classificação das espécies arbóreas contidas em Goiânia quanto a idade

ESPÉCIE NOME CIENTÍFICO QUANTIDADE %

01 Monguba Pachira aquatica Aubl. 3.862 54,5602 Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides Benth. 1.016 14,3503 Espatódea Spathodea nilotica Beauv. 229 3,2304 Mangueira Mangifera indica L. 172 2,4305 Goiabeira Psidium guajava L. 121 1,7106 Alfeneiro Ligustrum japonicum Thunb. 109 1,5407 Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. 107 1,5108 Flamboyant Delonix regia Rafin 100 1,4109 Sete-copas Terminalia catappa L. 96 1,3610 Ipê-de-jardim Tecoma stans Griseb. 86 1,2111 Fícus-benjamina Ficus benjamina L. 84 1,19

Sub-ttotal 5.982 84,50Outras 130 Espécies 1.097 15,50Total 7.079 100%

Percentual Percentual26,90 22,1873,10 77,82

ARBORIZAÇÃO 15 ESPÉCIES

IDADEJovemAdulta

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5.6 Porte

Para a classificação das árvores quanto aoporte, considerou-se como referência a alturadas fiações aéreas de energia elétrica, sendo asárvores de Baixo Porte aquelas com alturamáxima de 4 metros, que não atingiram aaltura que possa interferir na rede elétrica debaixa tensão. Para o Porte Médio, considerou-sea altura entre 5 e 7 metros de altura, sendoaquelas que podem atingir a rede elétrica debaixa tensão, mas que ainda não atingem arede de alta tensão. Para o Porte Alto,considerou-se a altura acima de 7 metros,altura esta em que a árvore está próxima ouacima da rede aérea de alta tensão.

Na tabela 12 foram relacionados os dadospara toda a arborização e para as 15 (quinze)espécies mais ocorrentes, onde podemosverificar que a maioria de nossas árvores é deporte alto, seguido pelos portes médio e baixo,para ambas as situações.

Tabela 12. Relação de todas as espéciesarbóreas de Goiânia classificadas quanto aoseu porte

5.7 Condições Fitossanitárias

Para classificarmos as árvores quanto àsCondições Fitossanitárias, as mesmas foramclassificadas em ordem numérica, sendo:

1 – árvore boa, vigorosa, que não apresentasinais de pragas, doenças ou injúrias mecânicase não requer trabalhos de correção;

2 – árvore satisfatória, podendo apresentarpequenos problemas de praga, doenças oudanos físicos;

3 – árvore ruim, que apresenta estado geralem declínio e pode apresentar severos danos porpragas, doenças ou danos físicos e;

4 – árvore morta ou que, devido a danoscausados por pragas, doenças ou danos físicos,apresenta morte iminente (senescência).

Na tabela 13, relacionaram-se os dados paratoda a arborização e também para as 15 (quinze)espécies mais ocorrentes, onde se verifica que amaioria das árvores são classificadas comoCondição Fitossanitária 1, seguida pelas 2, 3 e 4,respectivamente, para ambas as situações.

As árvores cujas remoções imediatas foramrecomendadas estão classificadas como 3 e 4.Entretanto, pode ocorrer de uma árvore serclassificada como Condição Fitossanitária 3 enão ter sido indicada a sua remoção. Dessaforma, a classificação nos dá um indicativo deum monitoramento freqüente na árvore a fim deverificar a sua situação e necessidade dequalquer tipo de intervenção.

Tabela 13. Relação de todas as espécies arbóreasde Goiânia classificadas quanto as suascondições fitossanitárias

Porte Arborização 15 EspéciesPercentual Percentual

Baixo 19,14 14,81Médio 26,49 26,22Alto 54,37 58,97

Percentual Percentual1 71,51 68,452 22,50 23,623 5,99 7,264 0,91 0,67

Condições fitossanitárias Arborização 15 Espécies

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5.8 Copa

5.8.1 InterferênciasVerificou-se que o maior percentual de

interferências com a rede aérea de fiaçãoelétrica encontra-se na fiação de Baixa Tensão(tabela 14), seguida pela interferênciasimultaneamente nas redes de Alta e BaixaTensão e por último na rede de Alta Tensão.

Este levantamento é de fundamentalimportância para estimativas dos quantitativosde podas, em especial a poda de manutenção.

Tabela 14. Relação das árvores que possueminterferências com rede área de distribuição deenergia elétrica

5.8.2 Diâmetro da copa

Neste diagnóstico verificou-se a ocorrênciade uma grande variação no diâmetro de copa,variando entre 1,0 a 45,0 metros, tendo odiâmetro médio de copa de 6,49 metros.

Através de análise estatística, encontramosum desvio padrão em torno da média de ± 3,78metros e verificamos que 73,06% das árvoresencontram-se com diâmetro de copa entre 2,71 a10,27 metros, 13,57% abaixo de 2,70 metros e13,37% acima de 10,28 metros.

A espécie que tem os maiores diâmetros decopa foi a Gameleira – Ficus elastica Roxb.,tendo 20 exemplares com diâmetro variandoentre 20 a 45 metros.

5.9 DAP – Diâmetro à altura de 1,30 metro

Neste levantamento houve uma grandevariação diamétrica, variando de 0,03 a 2,86metros, tendo como diâmetro médio 0,32 m.

Através de análise estatística, encontramosum desvio padrão em torno da média de ± 0,22metro. Verificou-se que 71,73% das árvoresencontram-se com diâmetro entre 0,10 a 0,54metro, 14,54% abaixo de 0,09 metro e 13,73%acima de 0,55 metro.

A espécie que tem os maiores diâmetros foi aGameleira – Ficus elastica Roxb., tendo 16exemplares com diâmetro variando entre 1,06 a2,86 metros.

FIAÇÃO ELÉTRICA PERCENTUALAlta Tensão 0,77Baixa Tensão 10,28Alta + Baixa 1,00

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c a p í t u l o I V

PLANEJAMENTOPrograma de ampliação e requalificação

da cobertura vegetal do município de Goiânia

1. APRESENTAÇÃO

A arborização de vias públicas da cidade deGoiânia iniciou na década de 30, com aimplantação da nova capital pelas AvenidasGoiás, Tocantins e Araguaia, através do plantiodos flamboyants – Delonix regia, e da Praça Cívicacom o plantio do fícus – Ficus microcarpa.Posteriormente, houve o plantio do alfeneiro –Ligustrum japonicum em algumas ruas do centroda cidade.

Os bairros mais antigos são identificados pelopredomínio de poucas espécies arbóreasprevalecendo a monguba - Pachira aquatica, asibipiruna - Caesalpinia pluviosa var.peltophoroides, o fícus - Ficus sp. e o flamboyant– Delonix regia, que são observados no Centro,nos Setores Aeroporto, Universitário, Oeste,Bueno, dentre outros.

Posteriormente, com a arborização em todosos setores de Goiânia, observou-se que aarborização continuou com a implantação dasespécies acima mencionadas e também com aintrodução de outras espécies, sendo muitas delasexóticas, não havendo valorização de espéciestípicas do bioma cerrado.

A arborização de Goiânia é antiga, comgrande número de árvores adultas e em final deciclo biológico, com espécies inadequadas, masque não podem ser removidas imediatamente,pois haveria grande impacto ambiental negativo,havendo, entretanto, a necessidade de se ter umapolítica definida para resolver tais problemas emmédio prazo objetivando uma arborizaçãoplanejada e com a utilização de espécies

adequadas a cada via pública.

2. INTRODUÇÃO

A paisagem urbana é composta por árvores eáreas verdes, casas comerciais, indústrias,residências, sistema viário e as estruturas eequipamentos das empresas de energia elétrica,de água e saneamentos e de telecomunicações.Devido à sua complexidade, ela vem sofrendodiversas alterações, como o desaparecimento dasáreas livres, em decorrência do desenvolvimento ecrescimento das cidades. Assim, torna-sefundamental um planejamento urbano adequadoe tecnicamente bem executado, que resulte emconservação paisagística, convivência harmoniosados habitantes com os componentes urbanos emelhoria da qualidade de vida.

A importância da arborização em uma cidadepode ser avaliada sobre diversos aspectos:despertar o interesse dos habitantes para a belezadas árvores e sua floração; contribuir para adiminuição dos efeitos estressantes do concreto,asfalto, podas e outros equipamentos urbanos;favorecer o sombreamento amenizando atemperatura; diminuição de ruídos e poeiras.

É de extrema importância para toda asociedade o planejamento paisagístico para se teruma boa arborização e conservação das áreasverdes em Goiânia, o que requer cuidados eações, pois inúmeras espécies plantadas jáatingiram o ciclo biológico, e em muitos casoshouve o plantio de espécies não adequadas comrelação ao porte e ao sistema radicular. Issoprovoca conflitos com os sistemas de distribuição

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da rede elétrica, telefônica e de esgoto, gerandoentão podas drásticas.

A arborização requer cuidados, ações eplanejamento com a utilização de espéciesnativas do nosso cerrado e de espécies exóticasadaptadas ao nosso clima, solo e às situaçõesestressantes em que se encontra a arborização:solo pobre e em geral com grande quantidade deentulhos, concreto, asfalto e podas drásticas paradesobstrução das fiações aéreas de energiaelétrica, telefônica e outros serviços.

Os órgãos públicos e a sociedade têm o deverde participarem ativamente de quaisquermedidas, visando uma arborização compatívelcom os interesses de nossa capital e de seushabitantes.

Goiânia é considerada bem arborizada,notadamente nos Setores Central, Oeste, Sul,Universitário e Aeroporto. Entretanto, nestessetores é encontrada a arborização mais antiga eproblemática da capital. Para a periferia existeuma arborização mais nova, pois estes são ossetores implantados mais recentemente. Naperiferia existem alguns setores com arborizaçãodeficitária, tornando-se necessário um estudomais detalhado, visando a ampliação daarborização nestes locais. A Prefeitura, atravésda AMMA, está desenvolvendo uma parceriacom outros órgãos, visando uma melhoradequação da arborização de nossa cidade.

A Instrução Normativa nº 017 de 15 de agostode 2006, da Secretaria Municipal do MeioAmbiente – SEMMA, hoje Agência Municipal doMeio Ambiente – AMMA, dispõe sobre asdiretrizes ambientais para licenciamento deparcelamento do Solo Urbano no Município deGoiânia. No Item VII do Artigo 5º é mencionadaa necessidade para licenciamento ambiental dosnovos parcelamentos a exigência daapresentação do Projeto de Arborização, paraanálise e aprovação, sendo que o mesmodevendo ser implantado pelo empreendedor.

Neste capítulo será tratada a geometria davegetação urbana, cujos critérios de projetodependem da combinação da morfologia dasespécies com os aspectos funcionais, ambientaise estéticos dos recintos urbanos e de seumobiliário, equipamentos e infra-estrutura

urbana. O planejamento da vegetação deGoiânia será dividido em arborização de viaspúblicas (calçadas e canteiros centrais) equintais.

3. IMPACTOS AMBIENTAIS DAARBORIZAÇÃO URBANA

3.1. Impactos PositivosA arborização é essencial na composição do

verde urbano, desempenhando importante papelna manutenção da qualidade ambiental dascidades e, portanto, da qualidade de vida doscidadãos. Dentre os impactos ambientaispositivos decorrentes da implantação adequadaarborização no meio urbano, pode-se citar:

Estabilização microclimática e redução dasilhas de calor;

Redução da poluição atmosférica, através daretenção de material particulado em suspensão- ruas bem arborizadas podem reter até 70% dapoeira em suspensão (SATTLER, 1992);

Redução da poluição sonora;

Sombreamento;

Proteção contra a ação dos ventos;

Criação de alimento, abrigo e local denidificação para as diversas espécies da faunasilvestre;

Criação de corredores ecológicos para aavifauna em geral;

Aprimoramento a paisagem urbana;

Contribuição para o controle de enchentes einundações à medida que melhora ascondições de drenagem das águas pluviais pormeio da aberturas de áreas permeáveisadequadas;

Redução dos problemas de erosão eassoreamento;

Valorização de imóveis, através da suaqualificação ambiental e paisagística;

Contribuição para o equilíbrio mental e físicodo homem, através da aproximação e contatocom o meio natural;

Melhoria do ciclo hidrológico;

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O plantio de árvores para a criação de florestas ebosques urbanos, em áreas livres e/oudegradadas, contribui ainda para o seqüestro decarbono, consistindo em medida mitigadora doaquecimento global. Além disso, a composiçãodas espécies utilizadas para arborização urbanatambém é decisiva para a atração e oestabelecimento de uma fauna diversificada, edeve ser considerada como uma estratégia parao aumento da biodiversidade.

3.2 Impactos Negativos

Uma árvore concorre pelo espaço da calçadapodendo causar conflitos com os equipamentosurbanos: no subsolo, com as redes dedistribuição de água, gás e coleta de esgoto; nasuperfície com os postes, placas e guiasrebaixadas e no nível da copa, com a fiaçãotelefônica, elétrica, edificações, etc. Isso limita aspossibilidades na escolha de espécies,dificultando a arborização urbana e provocandointerferências diversas.

O plantio de espécies com característicasinadequadas ao espaço existente, ou a mudançade uso ocorrida nesse espaço ao longo do tempo,fazem com que muitas vezes a árvore sejapercebida como um elemento negativo nacidade, uma vez que causa danos às edificações,atrapalha o trânsito de pedestres e/ou veículos,interfere na extensa rede de serviços públicos,entre outros.

De qualquer forma, alguns impactosnegativos podem ser relacionados com apresença da arborização urbana. Todavia, elesdecorrem principalmente da implantação e domanejo inadequados e da mudança de usoocorrida no espaço urbano, como o caso da nossaarborização, que antigamente foi implantada

com espécies inadequadas em relação ao localonde as árvores foram plantadas, como osflamboyants – Delonix regia, as mongubas –Pachira aquatica, os fícus – Ficus benjamina,dentre outras. A maioria dessas espécies aindaexiste em alguns logradouros públicos. Dentrealguns impactos negativos, pode-se citar:

Danos físicos e financeiros causados pelaquedas naturais de árvores;

Interferências com a rede de distribuição deenergia elétrica, causando prejuízos à população;

Interferências com iluminação delogradouros, causando problemas de segurançapública;

Danos às edificações comerciais e residenciaisprovocados pela queda de galhos e folhascausando entupimento de calhas e outros;

Disseminação de pragas urbanas (cupins ebrocas);

Aspecto visual negativo, com deformação desuas copas, em função das podas realizadaspara desobstrução da fiação aérea de energiaelétrica, de telefonia e de multi-serviços;

Aumentos dos custos de manutenção daarborização, em virtude do grande quantitativode podas a serem executadas paradesobstrução da fiação aérea de energiaelétrica e de outros serviços.

A seguir, é apresentada uma relação deimagens com os diversos problemas encontradosdevido à falta de planejamento vivenciadosdiariamente pela população e também pelostécnicos da Gerência de Arborização Urbana –GEARB da AMMA, que realizam vistorias paraverificar as condições fitossanitárias deespécimes arbóreos da grande Goiânia.

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Figura 82. Plantio de árvore de grande porte daespécie sete-copas – Terminalia catappa realizadoem calçada estreita e debaixo de rede aérea detransmissão de energia de baixa tensão etelefonia.

Figura 83. Figura ilustrando a abertura permeávelinsuficiente e apresentando algumas de suasáreas impermeabilizadas com cimento.

Figura 84. A imagem apresenta um plantiototalmente inadequado, onde o tronco de umaárvore de grande porte se encontra próxima aomuro da edificação, causando rachaduras nomuro, conflito com o hidrômetro e problemas nacalçada devido ao crescimento de raízessuperficiais.

Figura 85. A imagem mostra o erguimento dacalçada ocasionado devido ao plantio da espécieinadequada e também pela insuficiência daabertura permeável onde está plantada a árvore.

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Figura 86. Árvores plantadas sob a rede elétricade baixa e alta tensão apresentando copa emconflito com a fiação.

Figura 87. A imagem apresenta uma árvore degrande porte da espécie angico-branco - Albizianiopoides, onde existe um poste com fiações emconflito com os galhos do angico.

Figura 88. Imagem mostrando uma árvore daespécie monguba – Pachira aquatica plantada amenos de 1,00 metro do poste de distribuição deenergia e iluminação pública, onde nota-se oconflito entre a copa e a fiação.

Figura 89. Problemas de danificação de calçada econflitos com o muro e o hidrômetro provocadospelo plantio inadequado de árvore da espéciesaboneteira - Sapindus saponaria em calçadainferior a 1,00 metro.

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Figura 90. Conflito da copa de um ficus – Ficusbenjamina com o poste de distribuição de energiae iluminação pública.

Figura 92. A imagem mostra o levantamento decalçada provocado pela falta de aberturapermeável adequada para a palmeira.

Figura 93. Imagem mostrando a lixeira junto aocaule da árvore.

Figura 91. Imagem mostrando a inexistência totalde abertura permeável desta palmeira. Nota-seque a calçada começa a apresentar sinais derachaduras.

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Figura 94. Plantio realizado muito próximo doposte. Além disso, a espécie possui sistemaradicular do tipo tabular, sendo imprópria paracalçada.

Figura 95. Plantio inadequado, realizado dentrode uma manilha que possui espaço insuficientepara o crescimento do sistema radicular.Observa-se o início de rachaduras na calçada

Figura 96. Figura mostrando o poste em contatocom os galhos de um angico-branco - Albizianiopoides.

Figura 97. Nesta imagem, nota-se a instalaçãototalmente inadequada de uma lixeira junto aotronco da árvore.

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Figura 98. Porte arbóreoincompatível com a calçada e oplantio inadequado junto aomuro da edificação.

Figura 99. Plantioinadequado realizado junto aos bueiros.

Figura 100. No caso destaimagem, a abertura permeávelestá adequada, no entanto aespécie arbórea é incompatívelpara o tamanho da calçada e aaltura da edificação, podendocom isto trazer danos a copada árvore.

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3.3. Medidas Mitigadoras

O plantio em conformidade com as normascontidas neste Plano Diretor de ArborizaçãoUrbana – PDAU do Município de Goiâniapretende evitar a concorrência da árvore comos equipamentos urbanos públicos e/ouprivados, de maneira a racionalizar a ocupaçãodo espaço e diminuir as ações de manejonecessárias para a manutenção da árvore aolongo de sua existência. As ações em conjuntocom os demais órgãos citados no Convênio047/97, responsáveis pelos serviços públicos,podem mitigar situações de conflito. Além disso,a instrumentação dos setores responsáveis pelomanejo da arborização é fundamental para oplanejamento e estabelecimento de prioridadesde ações de uso dos recursos disponíveis,visando evitar acidentes previsíveis que asárvores possam provocar.

O aumento da biodiversidade e o adequadomanejo da arborização concorrem paraestabelecer o equilíbrio na ocorrência de pragasurbanas.

A conscientização da população a respeitoda importância da arborização e suaparticipação como co-responsável no processo éinstrumento fundamental para o sucesso e oestabelecimento dos indivíduos arbóreos, umavez que o índice de árvores que atingem aidade adulta é baixo, devido, principalmente, àdepredação e à dificuldade de manutenção.

Assim, para que se alcancem os benefíciosambientais gerados pela arborização urbana,minimizando os eventuais impactos negativos,é fundamental o conhecimento da vegetação jáimplantada, o adequado planejamento e aadequada manutenção da arborização, visandonão só prevenir distorções causadas pela faltade planejamento, como também a efetivaampliação e requalificação da cobertura vegetalda cidade.

4.0 ESCOLHA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS A SEREM PLANTADAS

A escolha da espécie é de fundamentalimportância no planejamento da arborizaçãourbana. O primeiro passo é conhecer ascaracterísticas locais e, em seguida, escolher asespécies a serem plantadas. Para cada local,existe uma espécie mais adequada, nãopodendo ser generalizado, correndo o risco decometer erros, caso não seja observado estapremissa.

4.1. Quanto ao desenvolvimento da espécieÉ recomendável a escolha de espécies de

crescimento lento, que normalmenteapresentam folhas persistentes, boa formaçãode copas e suas raízes são profundas. Asárvores de crescimento rápido normalmenteapresentam constituição frágil e com máformação anatômica, quebrando facilmentecom a ação do vento. Devem ser observadasas exigências específicas, como clima,umidade e solo.

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4.2. Quanto ao comportamento da copa x climaPara clima tropical: copas que dêem boa sombra, não dificultem o arejamento local e possuemfolhagem perene.Para clima frio: copas ralas, que perdem ou não as folhas.Para locais de inverno rigoroso: as melhores são as que perdem as folhas, pois possibilitam ainsolação direta na superfície do solo, atenuando a temperatura.

4.3. Quanto ao comportamento da copa x espaço físicoO formato da copa deve ser adequado ao espaço físico determinado a ela, não interferindo na

iluminação, ofuscando ou ocultando prédios ou fachadas que apresentam valor artístico ou cultural.4.4. Formas de copas

ColunarCônicaElípticaUmbeliformeGlobosaFlabeliformeCaliciformePendenteIrregular

4.5. Características a serem observadasPorte: grande, médio e pequenoSistema radicular profundo ou pivotanteQuanto ao caducifolismo - caducifólias, semi-caducifólias ou perenesTamanho de folhasTextura das folhasPresença ou não de pêlosPrincípios tóxicosExistência de espinhos ou acúleosRusticidade da planta-ataque de pragas ou doenças, podas, déficit hídrico, tipos de solos, etcRamos e troncos resistentes, principalmente à ação dos ventosPrincípios alérgicosCor de florada e época da floradaTamanho das flores e tamanho dos frutosTipo de abertura dos frutos (deiscentes ou indeiscentes)Tipo de arquitetura da galhada

4.6. Onde plantarNas calçadas em vias públicas;Praças;Ilhas;Parques;Áreas verdes de preservação permanentes (matas ciliares, fundos de vales);Áreas particulares através de incentivos à população.

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Tabela 15. Descrição das espécies arbóreas que não devem ser recomendadas o plantio noslogradouros públicos devido às características de seus frutos, raízes e por possuírem princípios tóxicos

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO

Dilênia Dilenia indica Ficus-benjamina Ficus benjaminaAbacateiro Persea americana Cadamba Anthocephalus cadambaMangueira Mangifera indica Orelha-de-macaco Enterolobium contortisiliquumSapucaia Lecytis pisonis Sete-copas Terminalia catappaCoqueiros Cocos nucifera Paineira Chorisia speciosaJaqueira Artocarpus frondosus Castanha-do-Maranhão Bombacopsis glabraGenipapo Genipa americana Sombreiro Clitoria racemosaAta Annona sp. Cássia-rósea Cassia grandisCaju Anacardium occidentale Tipuana Tipuana tipuGoiabeira Psidium guajava Astrapéla Dombeya wallichiiGuapeva Pouteria torta Cinamomo Melia azedarachJatobá Hymenaea courbaril Flamboyant Delonix regia

ESPÉCIES ARBÓREAS COM PRINCÍPIOS TÓXICOS

Nome popular Nome científico Princípio tóxico Parte tóxica

Árvore-de-tungue Aleurites fardii Toxoalbumina curcina EmbriãoNogueira-brasileira Aleuritis moluccona Toxoalbumina curcina SementeFlamboyanzinho Caesalpinea pulcherrima Alcalóides SementeFicus Ficus sp. Glicosídeo doliarina LátexAlecrim-de-Campinas Holocalyx glaziovii Glicosídeo cianogenético Toda plantaPinhão-paraguaio Jatropha curcas Toxoalbumina curcina Sementes e frutosEspirradeira Nerium oleander Glicosídeos Toda plantaJasmim-manga Pluvia larcifolia Alcalóides Flor e látexAroeira-mansa Schinus terebentifolius Toxicodendrol FolhaEspatódea Spathodea nilotica Alcalóide FlorBico-de-papagaio Euphorbia sp. Toxoalbumina LátexChapéu-de-Napoleão Thevetia peruviana Glicosídeo Toda planta

OBS: Alcalóides: afetam o sistema nervoso Glicosídeos: atuam como veneno

ESPÉCIES ARBÓREAS COM FRUTOS GRANDES E CARNOSOS

ESPÉCIES ARBÓREAS COM SISTEMARADICULAR SUPERFICIAL E AGRESSIVO

5. ESPÉCIES NÃO RECOMENDADASPARA A ARBORIZAÇÃO URBANA

A tabela 15 ilustra algumas espécies arbóreas que não sãorecomendadas os seus plantios em logradouros públicos(calçadas e canteiros centrais), como espécies que possuemfrutos grandes e carnosos, com raízes superficiais e agressivas eespécies com princípios tóxicos.

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Com exceção da Monguba e do Fícus, as outras espécies poderão ser utilizadas em canteiros centrais largos e em praças.

ESPÉCIES ARBÓREAS

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO MOTIVOS

Monguba Pachira aquatica Grande percentual de árvores nas vias públicas e susceptível ao ataque do coleóptero Euchroma gigantea.

Ficus Ficus sp. Sistema radicular agressivo e invasor danificando calçadas, muros e edificações.

Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides Grande susceptibilidade ao ataque de cupins.

Flamboyant Delonix regia Sistema radicular superficial e agressivo.Dilênia Dilenia indica Frutos grandes e carnosos.Mangueira Mangifera indica Frutos grandes e carnosos.Espatódea Spathodea nilotica Fragilidade de seus galhos.

Tabela 16. Descrição das espécies arbóreas encontradas na arborização de Goiânia e que nãodevem ser recomendadam o plantio nos logradouros públicos

No Cadastramento da Arborização Urbana de Goiânia foramencontradas algumas espécies que não são recomendadas paraa sua utilização nos novos plantios, em virtude da nãoadaptação, pela fragilidade quanto ao ataque de pragas e pelosistema radicular agressivo. A seguir, será apresentada umalistagem (tabela 16) com as referidas espécies e para as quaisrecomenda-sse um maior rigor e critérios na sua utilização.

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6. CONDIÇÕES ESTRESSANTES PARA AS ÁRVORES EM VIAS PÚBLICAS

Falta de espaços para desenvolvimento do sistema radicular - limitações por alicerces, dutos,

asfalto e compactação do solo;

Normalmente solos urbanos são excessivamente compactados, o que impede a existência de

poros, consequentemente falta de ar e água;

Extensas superfícies impermeabilizadas, o que impede aeração e infiltração d’água;

A vida de microrganismos dos solos é dificultada, há pouca disponibilidade de nutrientes e o pH

do solo é mais elevado que em ambientes naturais;

Devido à falta de controle com planejamento urbano, existência desordenada de fiação, postes,

canalização, etc;

Danos causados por veículos (atritos e colisões), derramamento de óleo, gasolina, emissões

gasosas;

Influência nociva das emissões sólidas e líquidas do ambiente urbano;

A excessiva reflexão de energia pelas casas e pavimentos;

Diminuição da vitalidade da árvore devido a escavações, anelações, movimento de veículos

sobre o sistema radicular, etc.

7. AÇÕES PARA MELHORIA DAS CONDIÇÕES E QUALIDADE DE VIDA DAS ÁRVORES URBANAS

Escolha de espécies arbóreas mais rústicas e resistentes às condições urbanas;

Fazer boa cova e adubação adequada;

Observar a largura e uso dos passeios, em calçadas muito estreitas e em locais de uso comercial

intenso, o melhor é evitar o plantio;

Plantar árvores compatíveis com os espaços físicos determinados a elas;

Dar preferências a espécies nativas da região;

Um bom plano de manejo

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8. PLANEJAMENTO DAARBORIZAÇÃO REFERENTEA 16 SETORES DE GOIÂNIA

O planejamento da arborização urbana é umfator de grande importância para a recuperaçãodo meio ambiente, que se encontra bastanteantropizado. Um bom planejamento antecipa osganhos paisagísticos e há uma compensaçãoambiental, evitando assim os problemas deconflitos futuros. Planejar a arborização numacidade é garantir um crescimento ordenado,onde o verde desenvolve de forma integradaaos outros elementos urbanísticos formadoresda paisagem.

Com os dados levantados em campo, com osmapas do diagnóstico contendo a existência e otipo de fiação aérea de distribuição de energiaelétrica existente foi possível realizar oplanejamento paisagístico de cada um dossetores cadastrados e, posteriormente,expandindo-lo para os demais setores.

O Planejamento Paisagístico foi realizado poruma equipe multidisciplinar, formada por:engenheiros florestais, agrônomos, biólogos earquitetos, tendo como objetivo a indicação deespécies adequadas para cada logradouropúblico.

Esse trabalho tem como objetivo diminuir osconflitos da arborização urbana com osequipamentos públicos, em especial a fiaçãoaérea de distribuição de energia elétrica,reduzindo ou eliminando, dessa forma, oscustos da atividade de podas. Ele tambémajuda a evitar a deformidade da copa dasárvores e a morte antecipada das mesmas.Dessa maneira, a arborização poderia trazertodos os benefícios à população de Goiânia,como também a manutenção da qualidade devida.

No Planejamento Paisagístico procurou-seindicar espécies adequadas a cada ambiente,verificando a largura de rua e calçada, aexistência de fiação aérea de energia elétrica,telefônica e/ou multi-serviços, tubulaçãosubterrânea de água e esgoto e outrosequipamentos públicos, como: semáforos,

postes, iluminação pública, tótem, ponto deônibus, garagens, dentre outros.

O planejamento propiciará uma melhorconvivência entre os equipamentos públicos e aarborização urbana. Com isso, pode-se evitarfuturas podas drásticas, o que propiciará umamelhor forma estética das copas destas árvores,além de evitar pontos de necroses e doençascausados pelas injúrias mecânicas destaatividade. Conseqüentemente, a vida útil dosexemplares na arborização urbana poderá serelevada.

No planejamento paisagístico de 16 setoresfoi recomendado o plantio de 24.415 árvores de151 (cento e cinqüenta e uma) espéciesdiferentes, priorizando as espécies nativas docerrado (64,56%) e a diversificação de espécies.Um dos problemas existentes com aarborização urbana atual é a baixa diversidade,onde a monguba detém quase 19% do númerototal de indivíduos existentes nas vias públicasde Goiânia, e a proliferação de pragas edoenças. Uma das causas de queda de árvoresde monguba no período de chuvas é o ataquepelo coleóptero serra-ppau – Eucchroma giganteeaque ataca o sistema radicular das mongubas(coleobroca), depositando larvas que sealimentam do tecido vegetativo destas árvores,comprometendo totalmente a sustentação dasmesmas. Caso houvesse um menor plantio demudas dessa espécie, a proliferação desta pragaseria dificultada.

Este planejamento priorizou a valorização deespécies nativas do cerrado, espécies frutíferas(de frutos pequenos e não carnosos) paraservirem de alimento à fauna local,principalmente a avifauna e também asespécies exóticas que adaptaram bem ao climae solo do cerrado. Não foi recomendado oplantio de monguba (pelo alto índice deocorrência e não adaptação ao nosso clima esolo e a fragilidade ao ataque da coleobroca), doFícus-benjamnia (sistema radicular agressivo einvasor, que danifica edificações e tubulaçõessubterrâneas de água e esgoto), da Espirradeirae Chapéu-de-napoleão (princípio tóxico), daDilênia e Sapucaia (frutos grandes), Alecrim-de-capinas (espinhos no caule), dentre outros.

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Na Tabela 17 é apresentada a relação de espécies de pequeno, médio e grande portes, que sãorecomendadas para plantios em calçadas e canteiros centrais das vias públicas dos setores ondeforam realizadas o planejamento paisagístico (16 setores).

QUANTIDADE

ESPÉCIES DE PEQUENO PORTE – 4,0 A 6,0 METROS

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA

Acerola Malpighia glabra L. Malpighiaceae 36

Algodão-do-brejo Malvaviscus pernambucensis Arruda Malvaceae 27

Araçá Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae 9

Cagaita Eugenia dysenterica DC. Myrtaceae 40

Caliandra-rosa Calliandra brevipes Benth. Leguminosae-mimosoideae 388

Caliandra-vermelha Calliandra tweedii Benth. Leguminosae-mimosoideae 178

Cássia-São-João Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barn. Leguminosae-caesalpinioideae 599

Cedrinho Tecoma stans (L.) H. B. K. Bignoniaceae 873

Duranta Duranta repens L. Verbenaceae 536

Eritrina-coral Erythrina corallodendron L. Leguminoseae-papilionoideae 10

Eritrina-variegata Erythrina indica Lam. Var. picta Hort. Leguminoseae-papilionoideae 4

Escova-de-garrafa Callistemon citrinus (Curtis) Skeels Myrtaceae 460

Escova-de-garrafa Callistemon viminalis (Sol. ex Gaertn.) G. Don Myrtaceae 547

Extremosa Lagerstroemia indica L. Lythraceae 557

Extremosa-branca Lagerstroemia indica L. Lythraceae 221

Extremosa-rosa Lagerstroemia indica L. Lythraceae 363

Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Leguminosae-caesalpinioideae 328

Goiaba-serrana Acca sellowiana (O. Berg) Burret Myrtaceae 100

Goiabeira Psidium guajava L. Myrtaceae 53

Grevilea-anã Grevillea banksii R. Br. Proteaceae 465

Hibisco-crespo Malvaviscus schizopetalus (Dyer) Hook. f. Malvaceae 10

Hibisco-da-China Malvaviscus syriacus L. Malvaceae 42

Hibisco-rosa Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 459

Hibisco-vermelho Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 247

Ipê-branco-do-cerrado Tabebuia dura (Bur. & K.Schum.) Spreng. & Sand. Bignoniaceae 79

Jacarandá Machaerium opacum Vog. Leguminoseae-papilionoideae 3

Jasmim-manga Plumeria rubra (L.) Woodson Apocynaceae 7

Manacá-de-cheiro Brunfelsia calycina Benth. Melastomatateae 155

Mulungu-de-jardim Erythrina crista-galli L. Leguminosae-papilionoideae 620

Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa Andrews Leguminoseae-papilionoideae 41

Murta Murraya paniculata L. Rutaceae 1112

Neve-da-montanha Euphorbia leucocephala Lotsy Euphorbiaceae 83

Pau-formiga-verde Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae 11

Pitanga Eugenia uniflora L. Myrtaceae 245

Quaresmeira-do-brejo Tibouchina candolleana Cogn Melastomataceae 44

Tibouchina grandifolia Cogn. Melastomataceae 6

Romã Punica granatum L. Punicaceae 68

Urucum Bixa orellana L. Bixaceae 100

Quaresmeira-orelha-de-onça

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ESPÉCIES DE MÉDIO PORTE – 6,0 A 8,0 METROS

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.

Angelim-amargoso Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. Leguminosae-papilionoideae 84

Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 172

Aroeira-salsa Schinus molle L. Sapindaceae 670

Bauhínia-branca Bauhinia variegata L. var. candida Leguminosae-caesalpinioideae 108

Bauhinia-lilás Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioideae 316

Bauhinia-rosa Bauhinia blakeana Dunn Leguminosae-caesalpinioideae 432

Chorão Salix babylonica L. Salicaceae 1

Chuva-de-ouro Cassia fistula L. Leguminosae-caesalpinioideae 675

Dedaleiro Lafoensia pacari St. Hil. Lythraceae 16

Escumilha-africana Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 709

Espinho-de-Jerusalém Parkinsonia aculeata L. Leguminosae-caesalpinioideae 124

Espinhosa Caesalpinia spinosa (Molina) Kuntze Fabaceae 7

Falso-pau-brasil Colubrina glandulosa Perkins Rhamnaceae 4

Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Fabaceae 236

Gonçalo-alves Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. Anacardiaeceae 30

Ingá-banana Inga vera Willd. Subsp. Affinis (DC) T.D. Penn. Leguminosae-Mimosoideae 261

Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Bignoniaceae 78

Ipê-branco Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. Bignoniaceae 438

Ipê-rosa Tabebuia rosea (Bertol.) DC. Bignoniaceae 213

Ipê-tabaco Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. Bignoniaceae 719

Jacarandá-canzil Platypodium elegans Vog. Fabaceae 122

Jacarandá-mimoso Jacaranda cuspidifolia Mart. Bignoneaceae 402

Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Leguminosae-caesalpinioideae 1

Lanterneiro Lophantera lactescens Ducke Malpighiaceae 247

Ligustrinho Ligustrum ovalifolium Hassk. Oleaceae 19

Louro-branco Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Boraginaceae 153

Magnólia-amarela Michelia champaca L. Magnoliaceae 158

Manacá-da-serra Tibouchina mutabilis Cogn. MelastomataceaeL 22

Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Sterculieaceae 55

Nó-de-porco Physocalymma scaberrimum Pohl Lythraceae 406

Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 21

Pau-terra-da-folha-larga Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae 38

Pau-terra-da-folha-miúda Qualea parviflora Mart. Vochysiaceae 5

Pequi Caryocar brasiliense Cambess. Caryocaraceae 4

Perobinha-do-campo Sweetia elegans Benth. Meliaceae 9

Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa Cogn. Melastomataceae 734

Saboneteiro Sapindus saponaria L. Sapindaceae 243

Tarumã-do-cerrado Vitex polygama Cham. Verbenaceae 175

Tingui-do-cerrado Magonia pubescens St. Hil. Sapindaceae 4

Vinhático Plathymenia reticulata Benth. Leguminosae-mimosoideae 5

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ESPÉCIES DE GRANDE PORTE – A PARTIR DE 8,0 METROS

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.

Alfeneiro Ligustrum japonicum Thunb. Oleaceae 153

Algaroba Prosopis algarobilla Griseb. Fabaceae 11

Algodão-da-praia Malvaviscus tiliaceus L. Malvaceae 97

Amburana Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Leguminosae-papilionoideae 67

Ameixa Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. Rosaceae 20

Amendoim-bravo Pterogyne nitens Tul. Leguminosae-caesalpinioideae 175

Amescla Protium heptaphyllum (Aubl.) March. Burseraceae 28

Amoreira Morus nigra L. Moraceae 60

Angico-branco Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart Leguminosae-mimosoideae 243

Angico-de-minas Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F. Macbr. Leguminosae-mimosoideae 1

Bálsamo Myroxylon peruiferum L.f. Leguminosae-papilionoedeae 255

Baru Dipteryx alata Vogel Leguminosae-papilionoideae 118

Canelinha Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Lauraceae 30

Capitão-do-campo Terminalia argentea Mart. et Succ. Combretaceae 76

Carne-de-vaca Roupala brasiliensis Klotz. Proteaceae 3

Cascudo Qualea dichotoma (Warm.) Stafl. Vochysiaceae 3

Cássia-de-Java Cassia javanica L. Leguminosae-caesalpinioideae 303

Cássia-rosa Cassia grandis L. f. Leguminosae-caesalpinioideae 35

Cássia-sena-café Senna siamea Lam. Leguminosae-caesalpinioideae 45

Cedro Cedrela fissilis Vell. Meliaceae 9

Cinamomo Melia azedarach L. Meliaceae 15

Ficus-lirata Ficus lyrata Warb. Moraceae 18

Flamboyant Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Fabaceae 29

Folha-de-bolo Platycyamus regnellii Benth. Leguminosae-papilionoideae 114

Garapa Apuleia molaris Spruce ex Benth. Leguminoseae 164

Gariroba Syagrus oleracea (Mart.) Beccari Palmae 390

Grevilea-robusta Grevillea robusta A. Cunn. ex R. Br. Proteaceae 1

Guapeva Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 41

Guatambu Aspidosperma subincanum Mart. Apocynaceae 62

Ingá-cilíndrica Inga cylindrica Mart. Leguminosae-mimosoideae 52

Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. Bignoniaceae 365

Ipê-amarelo Tabebuia vellosoi Tol. Bignoniaceae 44

Ipê-caraíba Tabebuia aurea (Manso) Bentham & Hooker f. ex S. Moore Bignoniaceae 104

Ipê-rosa Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae 40

Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Bignoniaceae 522

Jacarandá-do-campo Machaerium acutifolium Vog. Leguminosae-papilionoideae 34

Jambo-amarelo Syzygium jambos (L.) Alston Myrtaceae 142

Jambo-do-Pará Syzygium malaccense L. (L.) Merr. & L.M. Perry Myrtaceae 238

Jambolão Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae 109

Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Lee et Lang. Leguminosae-caesalpinioideae 26

Jequitibá Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Lecythidaceae 15

Jequitibá Cariniana rubra Gardner ex Miers Lecythidaceae 11

Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Palmae 10

Jucá Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea Leguminosae-caesalpinioideae 124

Magnólia Magnolia grandiflora L. Magnoliaceae 3

Maria-preta Terminalia glabrescens Mart. Combretaceae 41

Marinheiro Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 22

Melaleuca Melaleuca leucadendron L. Myrtaceae 228

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Do montante de 70 setores cadastrados, foirealizado o planejamento de 16 bairros, resultandoem 22% do total de bairros cadastrados. São eles:Aeroporto, Bela Vista, Bueno, Campinas, Centro,Centro Oeste, Coimbra, Funcionários, JardimAmérica, Marista, Nova Suíça, Oeste, PedroLudovico, Serrinha, Sul e Universitário.

Objetivou-se no planejamento dos 16 setores aarborização de cada uma das ruas e avenidasconsiderando a situação atual, os equipamentosurbanos e a arborização existente. O planejamentovisa a substituição parcial de espécies existentesque estiverem necessitando ser substituída porestarem com condições biológicas impróprias ecom risco de queda natural, e também para locaisque ainda não possuem arborização.

Para os demais bairros onde não foi realizado oplanejamento, a indicação das espécies é realizadade forma genérica conforme as características decada local, calçada e canteiro central. Definiu-seuma lista com 151 espécies classificadas empequeno, médio e grande portes a seremdistribuídas ao longo de calçadas e canteiros

centrais. Para Mascaro (2005), cidades de grande porte

como Goiânia são inventariadas por amostragem,ou seja, não há condições e necessidade deinventariar quantitativamente toda a cidade,.Consequentemente, o planejamento arbóreo nãoseria diferente. No entanto, é possível planejar demaneira genérica. Para cada calçada ou canteirocentral os critérios de localização da vegetação sãodiferentes, devendo ser integrados ao desenhourbano. Nos limites de ambos os tipos de calçadase canteiros, é onde acontecem grandesquantidades e variadas formas de interferênciasentre a vegetação e os outros elementoscomponentes do espaço urbano.

Mascaro (2005) orienta que no planejamentodeve ser diferenciada sua função: - calçadaslocalizadas em áreas comerciais, residenciais eindustriais – pois suas características sãodiferentes. Em todos os casos, a escolha dalocalização das árvores deve priorizar os usuáriosdo recinto urbano, obedecendo a outros critérioscomplementares de projeto, como:

ESPÉCIES DE GRANDE PORTE – A PARTIR DE 8,0 METROSNOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.

Mogno Swietenia macrophylla King. Meliaceae 153Moreira Maclura tinctoria D. Don ex Steud. Moraceae 15Mulungu Erythrina mulungu Mart. ex Benth. Leguminosae-papilionoideae 16Neen-indiano Melia indica L. Meliaceae 4Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. Chrysobalanaceae 729Paineira Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 5Palmeira-bacaba Oenocarpus distichus Mart. Palmae 8Palmeira-imperial Roystonea borinqueana O.F. Cook Palmae 39Palmeira-imperial Roystonea regia (H.B.K.) O.F. Cook Palmae 33Pau-branco-falso Dipteronia sinensis Oliv. Aceraceae 5Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Leguminosae-caesalpinioideae 393Pau-d’óleo Copaifera langsdorffii Desf. Fabaceae 26Pau-ferro Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth. Leguminosae-caesalpinioideae 191Pau-formiga Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae 98Pau-formiga-vermelho Triplaris surinamensis Cham. Polygonaceae 17Pau-tento Adenanthera pavonina L. Leguminosae-mimosoideae 210Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Apocynaceae 11Sete-copas Terminalia catappa L. Combretaceae 21Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var.peltophoroides Benth. Leguminosae-caesalpinioideae 307Sucupira-branca Pterodon emarginatus Vog. Leguminosae-papilionoideae 17Sucupira-preta Bowdichia virgilioides Kunth Leguminoseae-papilionoideae 28Tamarindeiro Tamarindus indica L. Leguminosae-caesalpinioideae 148Tuia piramidal Thuya orientalis L. Cupressaceae 3

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A facilidade de movimentação evitando acriação de barreiras ou obstáculos;

A acessibilidade aos recintos;O conforto e a segurança tanto para o trânsito

como para a permanência dos mesmos.Da uma amostra (22%) representativa dos 70

bairros cadastrados foi escolhido o Setor Aeroporto

como exemplo. Para todos os setores oplanejamento foi baseado nos resultados obtidospelo cadastramento e as planilhas foram divididaspor “Ruas e Avenidas” e “Ilhas” (canteiros centrais epraças). A tabela 18 ilustra a indicação de espéciesarbóreas de “Ruas e Avenidas” da Avenidas Dr.Ismerino Soares Carvalho e L e da Rua 11 A.

Tabela 18. Indicação de espécies arbóreas de Ruas e Avenidas do Setor Aeroporto

{

{

{

{

AV. DR. ISMERINO SOARES CARVALHO LARGURA: 11,5 M CALÇADA: 7 MQUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.- BT 5 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo) Em frente a Q. 4 A4 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)5 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)6 A AT/BT 5 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)7 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)8 A AT/BT 3 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)9 A AT/BT 5 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)10 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)11 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)12 A AT/BT 8 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)13 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)14 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)15 A BT 5 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)16 A BT 7 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)17 A BT 7 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) Plantar meio calçada18 A BT 4 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) Plantar meio calçada19 A BT 1 Erythrina crista-galli L. (Mulungu-de-jardim)20 A SF 6 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)

AV. L LARGURA: 19 M CALÇADA: 6 M QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.2 A SF 16 Pterogyne nitens Tul. (Amendoim-bravo)3 A SF 17 Platycyamus regnellii Benth. (Folha-de-bolo)8 A AT/BT 2 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada9 A AT/BT 1 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada10 A AT/BT 3 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada11 A BT 1 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada12 A AT/BT 4 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada13 A AT/BT 3 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada14 A AT/BT 4 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada

RUA 11 A LARGURA: 10 M CALÇADA: 3,5 MQUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.- SF 6 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga) Em frente a Qd. 21 A15 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)20 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)21 A BT 3 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa)22 A AT/BT, BT 6 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa)23 A SF 4 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)28 A AT/BT, BT 2 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa)

QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.29 A AT/BT, BT 7 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa)30 A SF 3 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)39 A BT 7 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa)40 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)

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A tabela 19 ilustra o planejamento das ilhas da Rua 27 A e Av. Independência, e da PraçaDr. Sílvio Gomes de Melo e Praça Lions Clube Internacional do Setor Aeroporto.

PÇA. LIONS CLUBE INTERNACIONAL

QUADRA LOTE INDICAÇÃO LOCALIZAÇÃO OBSERVAÇÕESIlha - Dipteryx alata Vog. (Baru)Ilha - Dipteryx alata Vog. (Baru)Ilha - Dipteryx alata Vog. (Baru)Ilha - Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Ipê-amarelo)

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Na tabela 20 consta a indicação quantitativa de cada uma das 66 espécies do planejamento das respectivas Ruas e Avenidas,ilhas e praças para o Setor Aeroporto.

N° INDICAÇÃO QUANTIDADE

1 Adenanthera pavonina L. (Pau-tento) 14

2 Apuleia molaris Spruce (Garapa) 4

3 Aspidosperma polyneuron M. Arg. (Peroba-rosa) 2

4 Aspidosperma subincanum Mart. (Guatambu) 47

5 Bauhinia blakeana Dunn (Bauhinia-rosa) 35

6 Brunfelsia calycina Benth. (Manacá-de-cheiro) 25

7 Caesalpinia echinata Lam. (Pau-brasil) 55

8 Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides Benth. (Sibipiruna) 14

9 Caesapinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth. 11

10 Calliandra brevipes Benth. (Caliandra-rosa) 70

11 Calliandra tweedii Benth. (Caliandra-vermelha) 8

12 Callistemon citrinus Stapf. (Escova-de-garrafa) 88

13 Callistemon viminalis Cheel (Escova-de-garrafa) 45

14 Caryocar brasiliense Camb. (Pequi) 4

15 Cassia javanica L. (Cássia-de-Java) 53

16 Copaifera langsdorffii Desf. (Pau-d’óleo) 3

17 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) 20

18 Dipteryx alata Vog. (Baru) 7

19 Duranta repens L. (Duranta) 32

20 Erythrina crista-galli L. (Mulungu-de-jardim) 55

21 Eugenia jambos L. (Jambo-amarelo) 11

22 Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry (Jambo-do-Pará) 6

23 Eugenia uniflora L. (Pitanga) 21

24 Grevillea banksii R. Br. (Grevilea-anã) 63

25 Guazuma ulmifolia Lam. (Mutamba) 3

26 Malvaviscus rosa-sinensis L. (Hibisco-rosa) 40

27 Inga uraguensis Hook. & Arn. (Ingá-banana) 5

28 Lagerstroemia indica L. (Extremosa) 118

29 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana) 209

30 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. (Oiti) 90

31 Ligustrum japonicum Thunb. (Alfeneiro) 33

32 Lophantera lactescens Ducke (Lanterneiro) 33

33 Machaerium acutifolium Vog. (Jacarandá-do-campo) 8

34 Michelia champaca L. (Magnólia) 43

35 Morus nigra L. (Amoreira) 31

36 Murraya paniculata L. (Murta) 113

37 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo) 25

38 Physocalymma scaberrimum Pohl (Nó-de-porco) 51

39 Platycyamus regnellii Benth. (Folha-de-bolo) 33

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Esse planejamento visa melhorar a distribuição espacial de árvores na malha urbana de acordocom o porte, arquitetura de copa, a composição das espécies quanto ao tipo, cor e época de floração,tamanho do fruto, sombreamento, tipo de raízes, processo de crescimento, adaptação ao clima e solo,resistência às pragas, doenças e poluição, bem como ausência de princípios tóxicos e/ou alérgicos.Esse Planejamento serve para que, no futuro, as árvores não venham a apresentar problemas e sofrerpodas drásticas ou mesmo serem eliminadas.

N° INDICAÇÃO QUANTIDADE

40 Platymiscium pubescens Micheli (Feijão-cru) 34

41 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) 11

42 Prosopis algarobilla Griseb. (Algaroba) 7

43 Psidium guajava L. (Goiabeira) 3

44 Pterogyne nitens Tul. (Amendoim-bravo) 16

45 Roystonea regia (H.B.K.) O.F. Cook (Palmeira-imperial) 5

46 Sapindus saponaria L. (Saboneteiro) 13

47 Schinus molle L. (Aroeira-salsa) 33

48 Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira-pimenteira) 22

49 Cassia fistula L. (Chuva-de-ouro) 81

50 Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barneby (Cássia-São-João) 34

51 Swietenia macrophylla King. (Mogno) 19

52 Syagrus oleracea (Mart.) Beccari (Guariroba) 57

53 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (Jerivá) 10

54 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco) 122

55 Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-roxo) 18

56 Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. (Ipê-branco) 9

57 Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Ipê-amarelo) 70

58 Tabebuia rosea (Ipê-rosa) 31

59 Tamarindus indica L. (Tamarindeiro) 22

60 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) 11

61 Tecoma stans (L.) H.B.K. (Ipê-de-jardim) 70

62 Terminalia argentea Mart. et Succ. (Capitão-do-campo) 19

63 Tibouchina candolleana Cogn. (Quaresmeira-da-serra) 20

64 Tibouchina granulosa Cogn. (Quaresmeira-roxa) 30

65 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga) 15

66 Vitex polygama Cham. (Tarumã-do-cerrado) 19

TOTAL 2.329

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c a p í t u l o V

PLANEJAMENTODiretrizes gerais para implantação da arborização

nas vias públicas do município de Goiânia

1. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO – PARÂMETROS PARA A IMPLANTAÇÃO ARBÓREA

Para que um Planejamento de Arborizaçãodê certo e atenda às expectativas dacomunidade é preciso considerar algumasquestões básicas como a legislação, estruturada cidade (ruas, avenidas, praças), tipo deárvores e espécies a serem plantadas e acultura do povo.

A estrutura urbana apresenta ruas ecalçadas de diferentes tipos. Quando a rua forsuficientemente larga pode receber um canteiroverde central ou uma faixa com grama nacalçada (abertura permeável), alguns autorescaracterizam como calçada ecológica, o que émuito importante do ponto de vista da absorçãode água e respiração do solo. Acredita-se queseja realmente um diferencial. Essacaracterística permite que haja maior absorçãoe penetração da água da chuva e porconseqüência maior recarga do lençol freático erespiração do solo.

A implantação das calçadas verdes deveráser incentivada. A faixa gramada deverá serpróxima ao meio-fio e/ou próximo ao muro dedivisa da calçada com a área do lote.

Deverá ser deixada uma faixa mínima de1,20 metro para circulação de pedestres.

Na faixa gramada próxima ao meio-fio serádestinada também para a implantação daarborização urbana.

Em Goiânia e, também na maioria dascidades brasileiras, as calçadas arborizadas

possuem abertura permeável insuficiente ouinadequada. Esse aspecto fechado de calçadaocasiona uma série de problemas nas árvores,rachaduras de calçadas, tais como perda devigor, aparecimento de cupins nas raízes etroncos, doenças degenerativas eenvelhecimento precoce.

Figura 101. Exemplo de calçadaecológica. Nota-se a adaptaçãodas raízes na calçada com aabertura permeável.

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Figura 102. Exemplo de calçada verde. Rua C-117no Setor Jardim América.

Figura 103. Exemplo de calçada com plantio emabertura permeável insuficiente. Nota-se o iníciode rachaduras na calçada.

1.1 Da implantação da arborização

A Agência Municipal do Meio Ambiente –AMMA através da Gerência de ArborizaçãoUrbana – GEARB irá desenvolver algunsprogramas visando a implantação de umaarborização planejada para Goiânia, podendo sercitados:

Constituição de um grupo de trabalhointerdisciplinar permanente dedicado a planejare a acompanhar a implantação da arborizaçãoem toda cidade. Este grupo terá técnicos dasseguintes áreas: Engenharia Florestal,Engenharia Agronômica, EngenhariaAmbiental, Biologia e Arquitetura;Constituir um grupo de trabalho comrepresentantes dos órgãos municipais paradisciplinar o uso adequado do passeio público,com vistas a implantação de uma arborizaçãoplanejada para Goiânia. Este grupo terá aresponsabilidade de discutir e propor açõesconcretas visando a implantação planejada daarborização urbana, como: Agência Municipaldo Meio Ambiente – AMMA, Companhia deUrbanização de Goiânia – COMURG, SecretariaMunicipal de Planejamento – SEPLAM,Superintendência Municipal de Trânsito – SMT,Companhia Municipal de Processamento deDados do Município – COMDATA;Constituir um grupo de trabalho comrepresentantes dos órgãos municipais, instuiçõesde ensino, entidades de classes e outros, visandodiscutir assuntos polêmicos relacionados com aarborização urbana, podendo ser citado asespécies que não são adequadas à arborizaçãourbana, mas que se encontram presentes nasvias públicas, como por exemplo, as frondosasgameleiras – Ficus elastica;Implantar Projeto de Rearborização de ruas eavenidas do Setor Central, em conformidadecom o Programa de Revitalização do SetorCentral de Goiânia;Compartilhar ações público-privadas paraviabilizar a implantação e manutenção daarborização, através de projetos de parceria coma sociedade;

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Desenvolver programas sistemáticos decapacitação de mão-de-obra para serviços dearborização, através de cursos e palestras;Desenvolver ações visando o cumprimento dalegislação municipal com relação aos plantios deárvores nos processos de liberação de alvarás dereforma, modificação com ou sem acréscimo eHabite-se;Desenvolver um Programa de EducaçãoAmbiental, através de cartilhas, folders, banners,visando conscientizar a população sobre osbenefícios da arborização e a parceria para aimplantação, manutenção e conservação daarborização urbana;Informatizar todos os dados e documentospertinentes à arborização urbana, com vistas afacilitar o encaminhamento de rotinas e a darrespostas mais rápidas à comunidade;Desenvolver parcerias com as instituições deensino locais, visando fomentar pesquisas naárea de produção de mudas e de introdução deespécies nativas do cerrado na arborizaçãourbana;Criar convênios com empresas públicas eprivadas envolvidas diretamente com aarborização urbana, ONG’s, instituições de ensinoe Ministério Público, visando a execução de açõesconcretas para a implantação, manutenção econservação da arvorização urbana;Desenvolver um Programa de SubstituiçãoGradativa das árvores da espécie Monguba –Pachira aquatica, existente nas vias públicas deGoiânia;Orientar a população quanto aos procedimentoscorretos para a solicitação de serviçosrelacionados com a arborização urbana, para adenúncia de vandalismos com a arborizaçãourbana através do Telefone Verde 161;Orientar a população quanto à execução deserviços com a arborização urbana, esclarecendoque todas as atividades de podas e remoções deárvores são de responsabilidade da PrefeituraMunicipal;Orientar a população quanto à execução deserviços com a arborização em áreas particulares,são efetuados por particulares, após préviaautorização da AMMA;A AMMA poderá exigir, para execução de

serviços em arborização urbana em áreasparticulares, a contratação de responsáveltécnico em situações especiais, que possamcolocar em risco a segurança as edificações emoradores vizinhos;Desenvolver programas visando a substituiçãogradativa das atuais redes aéreas de distribuiçãode energia elétrica para redes que propiciem umamelhor convivência entre a rede com aarborização urbana, principalmente noslogradouros públicos mais movimentados e nossetores mais adensados populacionalmente;Desenvolver Programa de Produção de Mudaspara a arborização urbana, devendo ser deespécies adequadas, com tamanho mínimo de1,50 metro e manejo adequado de produção demudas;Dar continuidade ao Programa Plante a Vida,com maior ênfase à distribuição de mudasdestinadas à arborização urbana;Promover cursos, palestras, congressos esimpósios sobre a arborização urbana de Goiânia;Criar o cargo de arborista para serviços deexecução direta no que se refere ao tratamentoda Arborização Urbana;Oportunizar aos técnicos o aprimoramento dosconhecimentos e a qualificação da execução deserviços pertinentes ao tratamento daarborização urbana, investindo na participaçãodos mesmos em treinamentos, cursos e eventossobre arborização urbana;Exigir o credenciamento junto à AgênciaMunicipal do Meio Ambiente – AMMA deempresas que executam serviços de arborização;Desenvolver procedimentos para os órgãos quelidam com a arborização, no que se refere aosformulários, a fim de facilitar os trâmites dosprocessos abertos por contribuintes com relaçãoà arborização urbana;

Incentivar a implantação da calçada verde;Orientar a população com relação à indicação daespécie correta a ser plantada em cada logradouropúblico, nos plantios voluntários;Analisar a legislação municipal vigente comrelação à arborização urbana e propor alteraçõesnas legislações existentes e na criação de novasleis, visando subsidiar a adminsitração pública comeste assunto.

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1.1.1 Programa de Educação Ambiental

Serão implantados programas de educaçãoambiental para desenvolver práticas de açõespúblicas esclarecedoras sobre a importância daarborização. O trabalho deverá ser feitoespecialmente através de enfoques específicos,capazes de despertar o interesse de diferentessegmentos da comunidade para participar deplantios voluntários e/ou comunitários, e tambémde estimular a participação da comunidade noprocesso de manutenção das árvores existentesnas vias públicas. O Programa visa atender a todasas particularidades inerentes ao PDAU, no quetange à educação ambiental. Serão desenvolvidos03 (três) sub-programas específicos, sendo:

a) Sub-Programa de Informação Coletiva

Serve para divulgar o PDAU, seus objetivos elegislação correspondente para a sociedade. Paratanto, serão desenvolvidos projetos específicos decomunicação para veiculação nos diferentes meiosde comunicação. Inclui folders, cartilhas e bannerspara distribuição à população goianiense e paradivulgação em eventos, congressos, dentre outros.

b) Sub-Programa de Educação Formal

Visa abordar a arborização urbana junto à redeescolar (pública e privada), para formação deconsciência crítico-responsável quanto àarborização urbana e ao meio ambiente, bem comoa participação ativa deste componente dasociedade na implementação do PDAU. Incluipalestras ou apresentação de material audio-visual,além de distribuição de material educativo.

c) Sub-Programa de EducaçãoInformal e ParticipaçãoComunitária

Trata a questão da arborização urbana em um

caráter mais amplo que o informativo. A meta énão apenas informar, mas também conscientizar acomunidade. Inclui projetos específicos quecontemplem as características sócio-culturais eeconômicas dos diferentes segmentos dasociedade, bem como as peculiaridades de cadasetor de Goiânia. Abrange o Programa Plante aVida, que contempla os plantios voluntáriosdesenvolvidos numa parceria entre o poderpúblico, que distribui as mudas de espécies nativasdo cerrado, e a comunidade, que faz os plantios ecuida das mudas.

1.1.2 Programa de substituiçãogradativa das mongubas

Estudos realizados pela AMMA apontam quecerca de 19% das árvores existentes nas viaspúblicas são da espécie Monguba – Pachiraaquatica. Essa espécie é oriunda de áreas úmidasda Região Amazônica, mas foi trazida paraGoiânia, onde o clima é adverso à sua situaçãonatural. A Monguba foi plantada nas vias públicas,onde as condições são estressantes ao seudesenvolvimento, apresentando fatores como: solospobres, compactados e em geral composto porentulhos e/ou restos de construção, alto índice deimpermeabilização, concreto e asfalto, poluiçãoatmosférica, grande quantidade de podas – já quea espécie foi plantada em vários logradourosdebaixo de fiação aérea de energia elétrica.

Verificou-se também a grande incidência docoleóptero Serra-pau – Euchroma gigantea, queataca o sistema radicular e o tronco da Monguba,causando podridões e a conseqüente queda naturalda árvore. No período chuvoso, em torno de 95%das árvores que caem naturalmente em Goiâniasão dessa espécie, o que causa sérios transtornos àpopulação, como falta de energia elétrica,transtornos no trânsito, danos em veículos, muros,calçadas e edificações, etc. Para diminuir essesproblemas, será implementado um programa paraa substiuição de todas as Mongubas existentes nasvias públicas de Goiânia. Entretanto, esse processodeverá ser gradativo, a fim de evitar um grandeimpacto visual e ambiental negativo. No ato dasubstituição das Mongubas serão plantadas mudasde espécies adequadas a cada logradouro público.

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1.1.3 Programa Anual de Plantios

Goiânia é a capital de Estado com a maiorextensão de áreas verdes por habitantes e omaior número de árvores em vias públicas doPaís, em proporção ao número de habitantes.Essa condição foi comprovada por estudosrealizados pelos técnicos da Agência Municipaldo Meio Ambiente – AMMA, com base emmetodologia amplamente utilizada e com oapoio de modernas técnicas degeorreferenciamento.

Para a manutenção deste índice e daqualidade de vida da população goianiense,será apresentado anualmente um programa deplantios que deverá ser executado no próximoperíodo chuvoso. Para tanto, será constituídoum grupo de trabalho interdisciplinar comtécnicos da AMMA e da COMURG, visandoplanejar e a acompanhar a implantação daarborização em toda cidade. Este grupo contarácom técnicos das seguintes áreas: EngenhariaFlorestal, Engenharia Agronômica, EngenhariaAmbiental, Biologia e Arquitetura. A equipeterá a responsabilidade de definir oslogradouros a serem arborizados, o quantitativode plantios a serem executados anualmente, oslocais de plantios e a especificação das espéciesa serem utilizadas.

Esses novos plantios serão realizados dentrode uma nova concepção, de se fazer umaarborização planejada, colocando espéciesadequadas a cada local, verificando a largurade rua e calçada, a existência de fiação aéreade distribuição de energia elétrica, de telefoniae multi-serviços, rede subterrânea de água eesgoto, e a existência de outros equipamentospúblicos, como semáforos, iluminação pública,postes, pontos de ônibus, totem, entrada degaragem, dentre outros.

Na definição dos novos plantios, deverão serseguidas as seguintes diretrizes:

Os plantios deverão ser realizados no períodochuvoso;Efetuar os plantios apenas em ruas compasseio público definido;

Proibir o plantio a menos de 2 metros de bocasde lobo e caixas de inspeção;Evitar o plantio a menos de 2 metros deacessos de veículos;Evitar o plantio a menos de 4 e 6 metros depostes e transformadores, quando se tratar deespécies de pequeno e médio portes,respectivamente;Proibir o plantio a menos de 5 metros deesquinas;Plantar as mudas no mínimo a 0,60 metro domeio-fio;Utilizar o espaçamento entre árvores variandode 7 a 14 metros, conforme as caraceterísticasde porte da espécie. Outros fatores devem serconsiderados, como a posição da rede dedistibuição, a existência de equipamentospúblicos (semáforos, placas de sinalização,pontos de ônibus, dentre outros). Nessascircunstâncias, poderá ocorrer variação doespaçamento entre árvores, entretanto, semprejuízo do espaçamento médio estabelecidopor espécie;Prever covas com dimensões de 0,60m X0,60m X 0,60m (respectivamente:comprimento, largura e profunidade).Reaproveitar o material retirado da cova,sempre que o mesmo for de boa qualidade,adicionando composto orgânico e adubaçãoquímica. Essas dimensões poderão seraumentadas quanto piores forem as condiçõesfísicas e químicas do solo. Para o enchimentodas covas torna-se necessário acrescentar emcada cova 10 litros de esterco bovino curtido(adubação orgânica), 200g de NPK 6-30-6 ou 4-14-8 e mais 300g de calcário dolomítico.A posição da muda na cova deve ser tal quepermaneça na mesma profundidade queestava no viveiro. Assim, no preenchimentoda cova deve-se levar em consideração que ocolo da muda permaneça ao nível do solo, eque as bordas fiquem mais elevadas formandouma bacia para a captação da água; Tutorar as mudas plantadas, evitandodanificar o torrão;Utilizar amarrilhos que não provoqueminjúrias ao caule e ramos da muda;

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Utilizar gradis de proteção das mudas noslogradouros públicos de grande circulação deveículos e pedestres, pois trata-se de umequipamento de proteção temporário, quevisa proteger a muda contra o vandalismo;Irrigar as mudas a cada 02 (dois) dias até ocompleto pegamento da muda, que em médialeva 01 (um) mês. Essa irrigação deverá serrealizada caso o plantio seja realizado noperíodo seco ou caso ocorra um veranico noperíodo chuvoso;Realizar um monitoramento visando substituiras mudas que não sobreviverem, seja porvandalismo ou por outros motivos;Desenvolver tecnologias para a retirada detocos, visando o plantio de novas mudasnestes locais;Na indicação das espécies a serem utilizadasdeverão ser observadas as larguras dascalçadas e o tipo de fiação aérea dedistribuição de energia elétrica, como aseguir:

Nos setores onde não foi feito oplanejamento paisagístico deverá ser realizadoum inventário pré-plantio, de modo a definirquais as espécies serão utilizadas, quais ruaspoderão ser arborizadas em ambos os lados, emum lado apenas ou que não deverão seraborizadas, e qual o número de mudas a seremplantadas. A especificação das espécies a seremutilizadas será em função das característicasfísicas de cada setor, como largura das viaspúblicas e das calçadas, a existência ou não defiação aérea de distribuição de energia elétrica,e a existência e localização de equipamentospúblicos. Esse inventário será realizado portécnicos e estagiários da Gerência deArborização Urbana – GEARB da AgênciaMunicipal do Meio Ambiente – AMMA.

No inventário pré-plantio será preenchidouma ficha de campo, especialmente elaboradapara este fim, contendo as seguintesinformações: nome do setor, nome da viapública, largura da calçada, existência e tipo defiação aérea de distribuição de energia elétrica,presença de outros equipamentos públicos,espaçamento entre as árvores existentes,

espaços para novos plantios, necessidade deremoção de árvores e de tocos, e outrasinformações que os técnicos no momento davistoria julgar necessário para a indicação daespécie correta a ser utilizada.

Tanto as árvores existentes como os futurosplantios deverão ser plotados em um mapa dosetor, fornecido pela Companhia deProcessamento de Dados do Município deGoiânia – COMDATA. Dessa maneira, pode-seter uma idéia da distribuição de plantios dasdiferentes espécies, como também a densidadede plantio. Essas informações e as demaisreferentes à arborização de outros setores serãoarmazenadas em um banco de dados, de modoa facilitar o monitoramento dos plantios.

Algumas características biológicas de cadaespécie devem ser consideradas noplanejamento paisagístico de cada setor. Dentreessas, a mais relevante é o porte das árvores,que necessariamente deverá estar em sintoniacom o espaço físico disponível. Para espécies demenor porte recomenda-sse o plantio em ruasestreitas e sob a fiação da rede de energiaelétrica. As espécies de portes mediano egrande são indicadas para as ruas e calçadaslargas ou avenidas que tenham um canteirocentral. Dessa forma, evita-sse o contato daárvore com a fiação e conseqüentemente ainterrupção no fornecimento de energia.

Com relação à largura das ruas e calçadas,deve-se considerar alguns pontos importantes.A rua estreita é aquela que tem até 8 metros delargura.

As árvores de pequeno porte são aquelascuja altura permite o plantio sob a rede deenergia elétrica. Deve ser observada a alturalivre de ramos para a passagem de pedestres.Na fase adulta ela pode atingir de 4 a 6 metrosde altura total, sendo que sua copa fica emtorno de 2,5 metros aproximadamente. Essetipo de árvore é apropriado para plantio emcalçadas estreitas (<2,0m), onde existe apresença de fiação elétrica e ausência de recuopredial.

As árvores de médio porte são aquelas cujaaltura na fase adulta atinge de 6 a 8 metros e oraio da copa varia em torno de 4 a 5 metros.

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São apropriadas para calçadas largas (>2,0m), com presença de recuo predial e ausência de fiaçãoelétrica.

As árvores de grande porte são aquelas que, na fase adulta, ultrapassam 8 metros de altura e oraio da copa é superior a 5 metros. Essas espécies, devido ao porte e ao sistema radicular, sãorecomendadas para plantio em locais como praças, parques, calçadas largas e avenidas.

Tabela 21. Parâmetros referênciais para a implantaçãoda arborização urbana em calçadas e canteiros centrais

ARBORIZAÇÃO DE CALÇADAS

Inferior a 1,00 - - Não arborizar1,00 a 3,00 Sim Sim pequeno1,00 a 3,00 Sim Não Pequeno e médio1,00 a 3,00 Não Sim pequeno1,00 a 3,00 Não Não Pequeno e médio3,00 a 5,00 Sim Sim Pequeno e médio3,00 a 5,00 Sim Não Médio e grande3,00 a 5,00 Não Sim Pequeno e médio3,00 a 5,00 Não Não Médio e grandeA partir de 5,00 Sim Sim Pequeno e médio A partir de 5,00 Sim Não Médio e grandeA partir de 5,00 Não Sim Pequeno e médioA partir de 5,00 Não Não Médio e grandeInferior a 1,00 Sim Pequeno PivotanteInferior a 1,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado1,00 a 2,00 Sim Pequeno Pivotante1,00 a 2,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado2,00 a 3,00 Sim Pequeno pivotante2,00 a 3,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado3,00 a 4,00 Sim Pequeno pivotante3,00 a 4,00 Não Médio e grande Pivotante / fasciculadoA partir de 4,00 Sim Pequeno pivotanteA partir de 4,00 Não Médio e grande Pivotante / fasciculado

LARGURA (m) RECUO / JARDIM OUESTACIONAMENTO

REDE AÉREA PORTE ARBÓREO INDICADO

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O Programa Anual de Plantios deverádiversificar o quantitativo de espécies a seremutilizadas, não devendo ser superior a 30 (trinta)espécies diferentes, como também o plantiomáximo de 15% de uma determinada espécieem relação ao número total de plantios a seremexecutados anualmente, a fim de obter umamaior diversidade possível, podendo atrairespécies da fauna. Além disso, é importante autilização de espécies nativas do cerrado, porserem adaptadas ao clima e solo de nossaregião. A Sociedade Brasileira de ArborizaçãoUrbana – SBAU recomenda limitar em 15% aparticipação de cada espécie nos plantios deárvores nas vias públicas.

A fixação do número máximo de 30 (trinta)espécies diferentes a serem utilizadasanualmente, visa uma homogeneização dosplantios dos tratos culturais necessários,facilitando as atividades de produção de mudas,plantio e manutenção.

Nesse contexto, é essencial dinamizar oestudo de novas espécies, tendo em vista opotencial inexplorado das espécies nativas docerrado com potencial para serem utilizadas naarborização urbana. É preciso estabelecerparcerias com instituições de ensino, visandopesquisar espécies arbóreas que têm portencialpara serem plantadas nas vias públicas deGoiânia.

Considerando o fator paisgístico/estéticocomo um dos objetivos da arborização de viaspúblicas, deve-se atentar para a utilização deespécies que floresçam em diferentes épocas doano, contribuindo para a constantemanutenção de uma paisagem agradável.

As árvores plantadas em vias públicas oubosques devem ser substituídas quandoestiverem inadequadas ao local, deformadase/ou enfraquecidas por doenças, ataques depragas, podas sucessivas e acidentes.

A renovação de plantio deve considerar asnormas de arborização urbana, a solução dosproblemas que possam ter ocorrido naarborização anterior e as espéciestradicionalmente utilizadas na região. Osplantios devem ser feitos preferencialmente nosperíodos de chuvas, que coincidem com o fim

da primavera e início do verão. Os plantios promovidos pela prefeitura, por

contribuintes que solicitam informações a cercade plantio de árvores e também assubstituições de árvores doentes são realizadosgeralmente seguindo as recomendaçõestécnicas de plantio mencionadas a seguir.

1.1.3.1- Característica da(s) muda(s) a ser(em) plantada(s):

Ter boa formação e estar rustificada;Porte de, no mínimo 1,5 m de altura de fuste,sem bifurcações;Ser isenta de pragas e doenças;Ter tronco reto e bem formado;A copa deverá ser formada de, pelo menos,três ramos;Ter sistema radicular bem formado econsolidado na embalagem de entrega,rejeitando-se aqueles cujos sistemasradiculares tenham sofrido quaisquer danos;

1.1.3.2- Preparo do Solo:O solo de preenchimento da cova deve estarlivre de pedras, entulho e lixo. O soloinadequado ou seja, compactado ou comentulho e pedra, deve ser substituído poroutro com constituição, porosidade, estruturae permeabilidade adequados ao bomdesenvolvimento da espécie plantada.Observar também que:Todo entulho decorrente da quebra do passeiopara abertura da cova deve ser recolhido nomesmo dia;Para complementação da adubação na cova,considerando a acidez e deficiência mineraldos solos locais e a freqüente mistura commateriais de construção, torna necessárioacrescentar em cada cova 10 litros de estercobovino curtido (adubação orgânica), 200g deNPK 6–30–6, 300g de calcário dolomítico.

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1.1.3.3- Tamanho da Cova:A cova deverá ter as dimensões mínimas de 60centímetros de largura, 60 centímetros decomprimento por 60 centímetros deprofundidade;A muda deverá ser plantada no centro destacova e para que a não fique soterrada, parteda cova deverá ser preenchida com terra +adubo + esterco;Ao redor da muda deverá ser deixada umaárea permeável de 60 X 60 centímetros.

1.1.3.4- Plantio propriamente dito:A muda deve ser retirada da embalagem comcuidado e apenas no momento do plantio, afim de evitar o estresse e evapotranspiração;O colo da muda deve ficar ao nível dasuperfície do solo;O solo ao redor da muda deve ser preparado deforma a criar condições para a captação einfiltração de água;As mudas devem ser irrigadas até suacompleta consolidação e estruturação, ou seja,completo estabelecimento;O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a70 cm de profundidade) de modo a impedir oseu tombamento ou arrancamento;

1.1.3.5- Proteção da(s) muda(s):Tutor (protetor):

O tutoramento é a operação de sustentaçãofirme da muda, na posição vertical;O tutor deverá ser de madeira tendo asdimensões de 2x2x220 cm. Deve ser enterradono mínimo a 70 cm de profundidade dentro dacova;A muda deve ser presa ao tutor através deamarrilhos.

O amarrilho deve ter a forma de oito deitado.Deve-se usar borracha, sisal ou outro materialque não fira o tronco;Não deve ser utilizado arame para amarrar amuda ao tutor.

Figura 104. Exemplo de tutor a ser utilizado.

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Figura 105. Exemplo de gradil de madeira - muitoutilizado.

Figura 106. Exemplo de gradil de ferro.

Gradis (protetor)

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne possíveis danos que possam impedir odesenvolvimento da futura árvore. Suas dimensões são de 60 cm de largura e 130 cm de altura acimado solo.

A fim de propiciar maior proteção à muda, deverão ser colocadas 4 ripas paralelashorizontalmente, distanciadas uma da outra em torno de 30 cm.

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1.1.3.6- Manutenção das mudas plantadas:

Após o plantio, a muda deve ser irrigadaabundantemente. Se não chover até 05 diasapós o plantio, deve-se irrigar a cova com 20litros de água, repetindo este tratamento de 02em 02 dias até o pegamento da muda;

Se depois de plantada a muda estiver fraca,deverá ser feita adubação de cobertura,colocando 100g de NPK 10–10–10 por cova;

O replantio ou substituição da muda morta énecessário para manter o efeito estético epaisagístico. Replantar muda da mesma espécieindicada para o local. O replantio deverá ser, nomáximo, 30 dias após o plantio;

Substituição ou recolocação de gradil e tutor naposição correta, a fim de restabelecer as condiçõesdesejáveis ao desenvolvimento da planta.

1.1.4- Metas

Pretende-se, num prazo de 10 a 20 anos, queGoiânia tenha uma arborização planejada paracada setor da cidade, com espécies adequadaspara cada logradouro público, fazendo dacapital uma das cidades brasileiras mais bemarborizadas do país. Para tanto, se faznecessário o envolvimento de toda a sociedade,incluindo as entidades de classes, as ONG’s, osórgãos municipais, as empresas com atividadesrelacionadas com a arborização urbana, asuniversidades, o Ministério Público, asassociações de moradores, dentre outras, nadiscussão dos problemas existentes e na buscade soluções para que os objetivos e metasdelineadas sejam alcançadas;

Continuação do cadastramento emapeamento de todos os setores de Goiânia,com a finalidade de verificar a situação real detodas as árvores e, consequentemente, proporatividades na arborização urbana, com oobjetivo de minimizar possíveis efeitosnegativos, como: queda de árvores e galhos,desligamentos nos fornecimentos de energiaelétrica e outros serviços;

Estudo de espécies nativas do cerrado compotencialidade para serem usadas naarborização urbana;

Verificação das espécies exóticas que estãosendo utilizadas atualmente e que seadaptaram a nossa situação, podendo serutilizadas na arborização de Goiânia;

Verificação das espécies exóticas e nativasque estão sendo utilizadas na arborizaçãourbana atualmente e que não se adaptaram asituação estressante, propondo medidas queevitem a continuação da utilização destas;

1.1.5 Sub-programa deprodução de mudas nativas e exóticas

A prefeitura de Goiânia possui 05 (cinco)viveiros municipais. Desse total, 04 (quatro) sãoadministrados pela Companhia de UrbanizaçãoUrbana – COMURG, através Diretoria de Parquese Jardins, onde são produzidas mudas de espéciesexóticas, nativas e ornamentais destinadas paraplantios em calçadas, canteiros centrais e praças,e também para atendimento à população. O outroviveiro é administrado pela AMMA, que destina amaior parte de sua produção para plantio emParques, Unidades de Conservação, fundos devale, matas ciliares, recuperação de áreasdegradadas e doações à população feitas por meiodo Programa Plante a Vida.

A maior parte da produção de mudas dovivero da AMMA é de espécies nativas. Emjunho de 2007 foram produzidas cerca de 120(cento e vinte) mil espécies nativas do cerrado,com uma média de 10 mil mudas por mês. Asespécies cultivadas variam de pequeno agrande porte e são distribuídas gratuitamentepara a população através do Programa Plante aVida, sendo plantadas em calçadas, quintais,chácaras, fazendas e até mesmo em outrosmunicípios. O Programa Plante a Vida,distribuiu em 2007, cerca de 300 mil mudas deespécies nativas do cerrado. Desse total, 150mil foram produzidas no Viveiro de PlantasNativas da AMMA e o restante resultou deTermos de Ajustamento de Conduta e parceriascom empresas e instituições da área ambiental.Desde quando foi criado, em junho de 2005, atéagora, o Plante a Vida já forneceu cerca de 700mil mudas para a população de Goiânia.

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Hoje o viveiro aumentou sua produção,graças ao convênio 002/2008 firmado em 15 dejaneiro de 2008, entre a AMMA e Escola deAgronomia da Universidade Federal de Goiás(UFG). Com a parceria, o número de mudasproduzidas pelo Viveiro saltará de 150 mil para400 mil por ano. O acordo prevê a cooperaçãotécnica entre as duas instituições, para queambas produzam mudas em conjunto e troqueminformações sobre o cultivo e o plantio dosexemplares. Uma das providências que a AMMAtomará em breve, já com o objetivo de prepararo Viveiro para o aumento de produção de maisexemplares, é substituir os sacos nos quais asmudas são plantadas por tubetes, que ocupammenos espaço.

As sementes utilizadas para a produção sãocoletadas em toda a grande Goiânia. As matrizessão as árvores da própria arborização urbana,compreendendo calçadas e até quintais, alémdos parques, unidades de conservação e praças.Quando necessário, a coleta de sementes éestendida aos municípios vizinhos, a fimaumentar a diversidade de espécies. Além desementes, são coletadas as próprias mudas, nocaso de uma matriz arbórea produzir mudaspróximas a esta ou pela germinação dassementes. Um exemplo é a palmeira buriti –Maurutia fleexuosa, onde todos os anos sãocoletadas algumas mudas em áreas alagadas ebrejosas e levadas para a estufa, onde sãoplantadas em embalagens plásticas do tiposacolão e irrigadas 02 vezes ao dia. Após atingirum porte mais elevado, ela é transferida paraum recipiente maior, onde permanece por cercade 2 anos para que, posteriormente, sejaplantada em áreas deficitárias desta espécie.

De junho de 2007 até o início de 2008 oviveiro vem produzindo mais de 80 espécies demudas, como ipês (amarelos, brancos, roxos erosas), cajá-manga, caju, cajazinho, guapeva,mutamba, nó-de-porco, jenipapo, pau-formiga,angico, buriti, sangra-d’água e embaúba. Asmudas ficam na estufa por, aproximadamente,40 dias, e depois são cultivadas nos canteiros atéatingirem as condições ideais de plantio.

Figura 107. Viveiro de produção de mudas nativasda AMMA.

Figura 108. Viveiro de mudas nativas da AMMA,ao fundo a área de expansão.

Figura 109. Viveiro de mudas nativas da AMMA,ao fundo a área de expansão sendo utilizada paraaumento de produção.

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Devido à ação do viveiro, os custos das obrasde implantação de parques municipais vêmdiminuindo. Antes era necessário comprarmudas, fato que aumentava consideravelmenteos gastos. Hoje, todos os exemplares utilizadosna rearborização de parques foram cultivados noviveiro.

A mais recente atividade do viveiro é aclonagem de cerca de 40 mudas da moreiralocalizada na Rua 24, no Centro (local onde ofundador Pedro Ludovico em 1933 fez seusprimeiros despachos na cidade). Esse exemplarfoi tombado pela Prefeitura de Goiânia emjaneiro de 2008 como Patrimônio Histórico dacidade. As mudas têm três meses de vida edevem garantir que Goiânia tenha outrosexemplares plantados em áreas públicas nofuturo.

2. AÇÕES PARA ACONSERVAÇÃO DAARBORIZAÇÃO URBANA

A seguir, serão descritas algumas ações aserem implementadas visando a preservação emanutenção das árvores existentes nas viaspúblicas de Goiânia:

Priorizar o atendimento preventivo àarborização de calçadas e canteiros centrais;Manter as árvores da arborização urbana coma copa o mais íntegra possível, recebendo podaapenas mediante indicação técnica e com odevido acompanhamento técnico;Controlar infestação de ervas-de-passarinho,cupins, lagartas e outras pragas,prioritariamente em árvores com infestaçãoinicial e em vegetais mais expressivos;Definir a remoção de árvores a partir dosseguintes critérios: estado fitossanitárioprecário sem possibilidade de recuperação;risco de queda; total incompabilidade daespécie com o espaço disponível;Eliminar, a critério técnico, mudas que tenhamnascido espontaneamente no passeio públicoou que tenham sido indevidamente plantadas,se comprovado que se tratam de espécies nãodesejáveis para a via pública;

No caso de necessidade de remoção de algumexemplar da arborização urbana, deverá serplantada uma nova muda no local desta, numprazo máximo de 15 (quinze) dias após aremoção da árvore doente. Nos processosabertos por contribuintes, o requerente deveráassinar um Termo de ResponsabilidadeAmbiental, comprometendo-se pelo plantio emanutenção da nova muda que será plantada;Transplantar espécimes arbóreos de calçadaspara parques e praças sempre que, a critériotécnico, for julgado conveniente ou viável;Evitar a poda de raízes, executando-as apenasem casos especiais, sempre na presença eorientação de um técnico habilitado;Utilizar fungicidas, selantes eimpermeabilizantes em áreas do tronco eramos da copa que receberem tratamento porapresentarem necroses, a critério técnico;Instruir os proprietários de imóveis em que ospasseios públicos apresentarem afloramento deraízes ou possuir áreas permeáveis insuficentespara as árvores a executarem os seguintesprocedimentos: ampliar a área permeável aoredor da árvore; implantar a calçada verde;executar serviços de engenharia junto aopasseio público procurando adequá-lo à formade exposição do sistema radicular;Conservar a vegetação, de forma adequada,próxima a monumentos e prédios históricos,com vistas a preservação e convivênciaharmoniosa entre o patrimônio histórico,cultural e ambiental;Destinar o produto da poda e remoção deárvores observando os seguintesprocedimentos: centralização do material empontos da cidade que permitam diminuir odeslocamento de veículos e equipes detrabalho; reduzir o dimensionamento domaterial que não for utilizado como lenha,através da utilização de equipamentosespeciais “picadores de galhos”, de modo apermitir a sua utilização na compostagemorgânica;Manter o tronco das árvores na sua formanatural, impedindo a utilização de pinturas,fixação de placas, perfuração com pregos eoutros objetos nos troncos das árvores.

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2.1- Programa de Manutenção

Este programa visa manter as boascondições fitossanitárias da arborização urbana,assegurar o normal desenvolvimento das mudase zelar pela integridade das mudas e árvoresexistentes nas vias públicas de Goiânia. Visatambém aprimorar técnicas de realização depodas através de palestras e treinamento deequipes, como também estabelecer convênioscom a Companhia Energética de Goiás S/A –CELG para a viabilização das podas de árvoresexistentes sob a fiação aérea de distribuição deenergia elétrica.

Para que a implantação de uma arborizaçãourbana atenda aos requisitos de qualidadenecessários e proporcione à populaçãogoianiense todos os benefícios que a arbrizaçãopode gerar, há a necessidade da realização depráticas adequadas de manutenção, quepermitam sanar os problemas referentes àremoção de árvores, substituição, replantio,podas de árvores e controle fitossanitário.

2.2 PodasA condução das árvores da arborização

urbana é um procedimento técnicofundamental para assegurar uma boa condiçãofutura de compatibilização das mesmas com osequipamentos urbanos.

A poda tem a função de adaptar a árvore eseu desenvolvimento ao espaço que ela ocupa.O conhecimento das características dasespécies mais utilizadas na arborização de ruas,das técnicas de poda e das ferramentas corretaspara a execução da poda permite que estaprática seja feita de forma a não danificar aárvore. Entretanto, a poda sempre será umaagressão à árvore. Ela sempre deverá ser feitade modo a facilitar a cicatrização do corte. Casocontrário, a exposição do lenho permitirá aentrada de fungos e bactérias, responsáveispelo apodrecimento de galhos e tronco, e peloaparecimento de cavidades (ocos) (Guzzo, 2008).

A situação ideal é conduzir a árvore desdejovem, quando tem maior capacidade decicatrização e regeneração, orientando o seucrescimento para adquirir uma conformação

adequada ao espaço disponível. As espécies cujo principal atributo são as

flores não deverão ser podadas nos meses queantecedem a época de floração. Para as espéciesque apresentam floração pouco significativa, doponto de vista paisagístico (ligustro, canelinha,sete-copas, monguba, aroeira-salsa, etc), a podadeverá ser feita no final do período de repousovegetativo que, para nossas condiçõesclimáticas, ocorre nos meses de agosto esetembro.

O local mais apropriado para o corte é nabase do galho, ou seja, onde ele está inserido notronco ou em ramos mais grossos. A base dogalho possui duas regiões de intensa atividademetabólica, que apresentam rápidamultiplicação de células: a crista, que fica naparte superior e o colar, que fica na parteinferior do galho. Para poda de galhos grossos(diâmetro superior a 2,0 cm), consideradoslenhosos, o corte deverá ser feito em trêsetapas. Os galhos com até 2,0 cm de diâmetrosão eliminados em corte único, com auxílio detesoura de poda ou serra manual.

O emprego da poda como medida deadequação entre a arborização e outroscomponentes urbanos é a alternativa maisutilizada pela Prefeitura de Goiânia,principalmente em relação à rede dedistribuição de energia elétrica. Porém, emmuitos serviços é questionada a qualidadetécnica da poda executada. Sua utilização podeser evitada desde que durante o planejamentoda arborização seja feita a escolha correta daespécie a ser planta e da sua localização,levando em consideração todas as variáveis quepermitam executar um projeto integrado. Apoda, quando realizada de maneira incorreta,pode provocar danos físicos irreparáveis àsárvores podendo alterar negativamente suarelação estética com a paisagem urbana naqual está envolvida.

As figuras abaixo mostram a anatomia dabase do galho e o posicionamento dos trêscortes em galhos grossos. Os galhos com até 2,0cm de diâmetro são eliminados em corte único,com auxílio de tesoura de poda ou serramanual.

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Figura 111. Imagem com instruções sobre corte nos galhos de árvores

Fonte: Centro de Divulgação Científica e Cultural - DCC - USP, 2008.

Muitas pessoas não imaginam o que podeocorrer quando plantam uma simples muda deárvore na calçada de suas casas. Se a árvore, aocrescer, atingir os fios da rede elétrica, podecausar um colapso no abastecimento da rede,provocando até mesmo acidentes de grandesproporções.

Em Goiânia, a poda de árvores em rede dealta tensão é realizada pela concessionária deEnergia Elétrica através de um programa depoda. O corte dos galhos é realizado por umaempresa tercerizada. Fiscais da PrefeituraMunicipal acompanham os serviços realizadospela concessionária de energia elétrica nomunicípio de Goiânia, a fim de verificar acorreta execução dos serviços de podas, com afinalidade de diminuir o impacto do cortes nosespécimes arbóreos.

No município de Goiânia, a execução detodas as atividades relacionadas com aarborização urbana é de competência do poderpúblico municipal. Entretanto, devido à grandequantidade de árvores localizadas nas viaspúblicas e para evitar transtornos à população,em função do desabastecimento de energiaelétrica, principalmente no período chuvoso, aAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMA

publicou, no Diário Oficial do Município nº 3.834de 03/03/2006, a Portaria 012 de 03 de fevereirode 2006, que autoriza a Companhia Energéticade Goiás S/A – CELG a realizar poda de árvoreslocalizadas sob a rede de distribuição deenergia elétrica de baixa tensão e derivações.

Figura 112. Equipe realizando poda em redeconvencional BT e AT.

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Inicialmente, os técnicos da concessionáriade energia elétrica fazem um levantamento nasruas diariamente partindo da porta da S.E. –Subestação Elétrica, a fim de identificar pontoscríticos ao longo de toda a rede. Nesselevantamento é observado se as árvoresapresentam conflitos com a rede e coletadasinformações sobre o nome da rua, quadra, lote,nemeração do poste e algum ponto dereferência.

A poda de árvores em rede de baixa tensão érealizada pela concessionária de EnergiaElétrica e pela Prefeitura Municipal de Goiânia,através da Companhia de Urbanização deGoiânia.

A poda de árvores em locais onde existircondutores elétricos deve ser realizadas demaneira a não deixar galhos acima doscondutores primários (AT) ou em posição que ovento possa fazer tocá-los no condutor.

As podas de formação têm a função dedirecionar o desenvolvimento da copa para osespaços disponíveis. Para maior tranqüilidade esegurança, é fundamental conhecer a distânciamínima entre o condutor elétrico e aextremidade da vegetação, que constitui ochamado “Limite de Segurança”. Este limite édado pela distância de 2 m em AT e 1 m em BTentre o condutor e a vegetação, nas redesprimária e secundária, respectivamente, nastensões de 13.800 V e 220/127 V conforme afigura 115.

Goiânia possui dois tipos de rede elétrica: arede convencional que não possui nenhum tipode isolamento (cabo nu) e a rede compacta quepossui 50% de isolamento (figura 116). Nos doistipos de rede, o risco de acidente é alto, sendo arede compacta o risco menor devido ao seuisolamento. As podas realizadas na rede de altatensão são chamadas de “linha viva”, por nãoser desligada a rede para execução da poda.

Figura 113. Equipe realizandopoda em rede convencional dealta tensão.

Figura 114. Equipe realizando poda em redeconvencional em condutores elétricossencudários.

Figura 115. Limites de segurança entre avegetação e a rede convencional de alta tensão ebaixa tensão.

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Figura 116. Imagem de uma leucena - Leucaenaleucocephala plantada sob rede compacta.

As podas drásticas deverão ser evitadas,ocorrendo apenas em casos especiais, pois, alémde descaracterizarem a forma original da copada árvore, contribuem para o aparecimento deramos epicórnicos, que não possuem uma firmeligação com o galho que foi podado, e que, poresse motivo, quebram-se com relativa facilidade.

2.3 Replantio

No replantio deverão ser utilizadas mudas damesma espécie que compõe o padrão da rua ecom dimensões próximas daquelas quesobreviveram de maneira a resgatar suniformidade do plantio.

O replantio deverá ser feito num prazomáximo de 30 (trinta) dias após o plantio,devendo ser realizadas todas as etapas jámencionadas para a realização do plantio,incluindo, principalmente, a adubação da covade plantio, tutoramento e colocação de gradil.

2.4 Controle fitossanitário

No cadastramento da arborização existentenas vias públicas de Goiânia, verificou-se aocorrência de cupins – principalmente naespécie Sibipiruna (Caesalpinia plviosa var.peltophoroides) –, de formigas, largatas,cochonilhas, ácaros, pulgão, tripes, besouros,

dentre outras, que causam sérios danos àfitossanidade das árvores, além de interferiremno aspecto visual das mesmas.

O combate às formigas e aos cupins deveráser intensificado principalmente na época doplantio, uma vez que as folhas das mudas sãomais viçosas e tenras, e, por isso, são as maispreferidas por estas pragas. Um ataque severode cupins poderá ocasionar mutilação ouferimento, podendo causar necroses no tronco,raízes e na copa, devendo. Portanto, devem serutilizados formicidas e cupinicidas, visandocontrolar essas pragas.

Com relação ao controle das lagartas, emfunção do nível de ataque, deverão ser utilizadosinseticidas específicos. Por tratar-se de áreaurbana, deverão ser aplicados inseticidasbiológicos.

2.5- Tutoramento

O tutor terá 2,20 metros de altura e seráenterrado 0,70 metro dentro da cova logo após asua abertura. Os amarilhos serão de sisal,barbante ou outo material que não danifique otronco, em forma de oito deitado. A corretacolocação do tutor é essencial para o crescimentoretilíneo das mudas. A colocação do tutor deveráser de forma adequada e cuidadosa, evintandodanificar o torrão ou causar algum dano aosistema radicular da muda.

Os casos que comprovadamente exigiremuma proteção especial, em locais de alto fluxode pedestres e em logradouros com alto índicede vandalismo, poderão contar com a colocaçãode gradis de proteção, que, embora sejam demaior custo, protegem as mudas contravandalismo e acidentes de forma mais eficiente.

2.6 Adequação da área permeável

Todos os plantios já realizados e que nãooferecem as condições mínimas de aeração eabsorção de água e nutrientes, necessários aopleno desenvolvimento e estabelecimento dasmudas e árvores, serão reajustados com osnovos padrões, deixando uma área livre

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permeável de no mínimo 0,60 metro ao redorda muda ou árvore. Deverá ser estudada apossibilidade da implantação da calçada verde,em especial nos setores residenciais.

A abertura ou ampliação da área permeávelimplicará na retirada do pavimento que recobrea calçada, e pelo posterior acabamento daabertura permeável com o mesmo materialutilizado na construção da calçada, visando amanutenção de um padrão e do aspecto visualdo passeio público.

2.7 Remoção de árvores

Durante o cadastramento, constatou-se anecessidade de remover 7.079 árvores, devido aofato de as mesmas estarem em condiçõesbiológicas debilitadas. Constatou-se, ainda, que54,56% ou 3.862 árvores são da espécie Monguba– Pachira aquatica Aubl.. Uma característicadessa espécie é de ser oriunda de áreas úmidasda Região Amazônica, emborai tenha sidotrazida para Goiânia, onde o clima é adverso àsua situação natural. As Mongubas foramplantadas nas vias públicas, onde as condiçõessão muitos estressantes ao seu desenvolvimento,com solos pobres, compactados e em geralcomposto por entulhos e/ou restos deconstrução, alto índice de impermeabilização,concreto e asfalto, poluição atmosférica, grandequantidade de podas, devido a mesma ter sidoplantada em vários logradouros debaixo defiação aérea de energia elétrica. Verificou-setambém a grande incidência do coleópteroSerra-pau – Euchroma gigantea, que ataca oseu sistema radicular e o tronco da Monguba,causando podridões.

A remoção de árvores nas vias públicas deveser uma atividade constante e rotineira, umavez que outras árvores serão danificadas enecessitarão ser extirpadas, com posteriorplantio de uma nova muda, caso exista espaçosuficiente.

Essa atividade deverá ser realizada sempreque os técnicos da Gerência de ArborizaçãoUrbana – GEARB da Agência Municipal do MeioAmbiente – AMMA, verificarem que algumaárvore, por motivo de fitossanidade, necessitar

ser removida. É preciso dar prioridade às arvoresmortas ou que ofereçam perigo aos transeuntese veículos.

Todo o trabalho de extirpação de árvoreslocalizadas no passeio público de Goiânia érealizado somente pela Prefeitura através daCompanhia de Urbanização Urbana – COMURG.

A retirada de árvores localizadas nascalçadas de Goiânia é feita via processo abertojunto aos postos de atendimento da prefeitura ena própria AMMA. A autorização é concedidanos casos em que a árvore esteja doente comcondições fitossanitárias debilitadas, em final deciclo biológico ou com risco de queda natural.Uma equipe da Gerência de Arborização Urbana– GEARB da AMMA realiza vistorias técnicas afim de verificar a necessidade de remoção ou depoda. A atividade a ser indicada pelos técnicos éfeita conforme a necessidade de cada indivíduoarbóreo. Dessa forma, recomenda-se para aárvore a extirpação, a poda ou nenhumaatividade.

Para os casos de extirpação, é firmado Termode Responsabilidade Ambiental, visando asubstituição da árvore removida, junto aorequerente e/ou proprietário do imóvel onde foiretirada a árvore. A indicação é realizadaconforme o planejamento arbóreo, onde, após averificação de todas as características urbanasexistentes nas calçadas, o técnico responsávelfaz a recomendação do tipo de espécie arbóreamais adequada para conforme as característicasda calçada.

A indicação da espécie mais adequada é feitaconsiderando o planejamento da arborizaçãoreferente a 16 setores de Goiânia, quando tratar-se de um setor que já tenha o planejamentopaisagístico. Já no caso dos setores que nãotenham planejamento pasaigístico, deverá serindicada uma espécie adequada a cada espaçofísico, levando sempre em consideração todas asdiretrizes mencionadas no Plano Diretor deArborização Urbana de Goiânia – PDAU.

A execução da extirpação, desde o corte atéa coleta dos resíduos, é realizada em 02 (dois)turnos. No primeiro turno (diurno) é realizado ocorte. No segundo turno (noturno) é feita acoleta dos galhos.

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Toda a equipe do primeiro turno ésubdividida por 07 (sete) equipes composta de08 (oito) a 10 (dez) pessoas cada, sendo 01 (um)encarregado - coodenador de todo o trabalho eda equipe, 03 (três) operadores de moto-serra e orestante são os ajudantes.

A programação da poda e extirpação dasárvores é realizada por região, de forma que asmesmas atendam dentro de uma determinadaregião ao maior número possível de bairros eprocessos.ser removida. É preciso dar prioridadeàs arvores mortas ou que ofereçam perigo aostranseuntes e veículos.

Todo o trabalho de extirpação de árvoreslocalizadas no passeio público de Goiânia érealizado somente pela Prefeitura através daCompanhia de Urbanização Urbana – COMURG.

A retirada de árvores localizadas nascalçadas de Goiânia é feita via processo abertojunto aos postos de atendimento da prefeitura ena própria AMMA. A autorização é concedidanos casos em que a árvore esteja doente comcondições fitossanitárias debilitadas, em final deciclo biológico ou com risco de queda natural.Uma equipe da Gerência de Arborização Urbana– GEARB da AMMA realiza vistorias técnicas afim de verificar a necessidade de remoção ou depoda. A atividade a ser indicada pelos técnicos éfeita conforme a necessidade de cada indivíduoarbóreo. Dessa forma, recomenda-sse para aárvore a extirpação, a poda ou nenhumaatividade.

Para os casos de extirpação, é firmado Termode Responsabilidade Ambiental, visando asubstituição da árvore removida, junto aorequerente e/ou proprietário do imóvel onde foiretirada a árvore. A indicação é realizadaconforme o planejamento arbóreo, onde, após averificação de todas as características urbanasexistentes nas calçadas, o técnico responsávelfaz a recomendação do tipo de espécie arbóreamais adequada para conforme as característicasda calçada.

A indicação da espécie mais adequada é feitaconsiderando o planejamento da arborizaçãoreferente a 16 setores de Goiânia, quando tratar-se de um setor que já tenha o planejamentopaisagístico. Já no caso dos setores que não

Figura 117. Restos de galhos de extirpação feitapela Prefeitura Municipal.

tenham planejamento pasaigístico, deverá serindicada uma espécie adequada a cada espaçofísico, levando sempre em consideração todas asdiretrizes mencionadas no Plano Diretor deArborização Urbana de Goiânia – PDAU.

A execução da extirpação, desde o corte atéa coleta dos resíduos, é realizada em 02 (dois)turnos. No primeiro turno (diurno) é realizado ocorte. No segundo turno (noturno) é feita acoleta dos galhos. Toda a equipe do primeiroturno é subdividida por 07 (sete) equipescomposta de 08 (oito) a 10 (dez) pessoas cada,sendo 01 (um) encarregado - coodenador de todoo trabalho e da equipe, 03 (três) operadores demoto-serra e o restante são os ajudantes.

A programação da poda e extirpação dasárvores é realizada por região, de forma que asmesmas atendam dentro de uma determinadaregião ao maior número possível de bairros eprocessos.

Os resídos da extirpação são divididos emgalhos mais finos, os galhos principais e caule.Os galhos finos são os galhos secundáriosprovenientes dos galhos principais que parte docaule. Eles são reunidos na própria calçada dorequerente, onde ficam armazenados eaguardando a equipe do segundo turno para acoleta.

Os galhos principais e o caule (lenha) são osgalhos mais grossos provenientes da ramificaçãodo caule. Eles são recolhidos logo após aextirpação, colocados no caminhão e direcionados

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para o pátio das instalações da PrefeituraMunicipal, onde permanecem de um a cinco diaspara posteriormente serem vendidos. Aarrecadação da venda da lenha é direcionadapara a compra de equipamentos e materiais paraserem utilizados pelas equipes de poda eextirpação de ávores.

2.8 Destinação dos resíduos depoda e extirpação de árvores

Os resíduos das árvores (restos de galhos)provenientes de poda realizada pelaconcessionária de energia elétrica são trituradoslogo após a realização da poda. Em seguida, sãoenviados para uma área rural e destinados àcompostagem para serem utilizados como adubo.

Os resíduos gerados pelos serviços de poda eremoção de árvores realizadas pela PrefeituraMunicipal, através da Companhia de Urbanizaçãode Goiânia - COMURG, são armazenados em 02(dois) depósitos localizados no Setor Rio Formoso eoutro na Rodovia Estadual GO-020 – Saída paraBela Vista e, posteriormente, vendidos paraestabelecimentos consumidores de lenha.

2.9 Dendrocirurgia

Dendrocirurgia é uma técnica que objetiva arecuperação de árvores, através da eliminação detecidos necrosados, especialmente na região dotronco, com posterior desinfecção através de

fungicidas à base de cobre. As cavidadesresultantes, se amplas e profundas, deverão serpreenchidas com material de alvenaria com vistasa sustar a progressão da necrose e obter acicatrização da lesão.

A cavidade é preenchida com uma mistura deargila e concreto. Atualmente, estão sendoexperimentados materiais líquidos, que têm apropriedade de se expandir no interior do tronco epreencher a cavidade, assumindo a texturasemelhante a de um isopor e que podem serpintados com uma cor próxima ao caule.

A dendrocurgia é uma prática polêmica,existindo pesquisadores e instituições que sãocontrários a ela, a exemplo da InternationalSociety of Arboriculture – ISA, por entender quetal procedimento não beneficia os vegetais,podendo, inclusive, antecipar o declínio dosmesmos.

Alguns pesquisadores entendem que essaprática deve ser utilizada apenas em árvoresadultas, de grande valor paisagístico e/ouhistórico.

2.10 Transplante

Entende-se por transplante a troca de local deuma árvore adulta. Na área de arborizaçãourbana existe uma carência com relação a esteassunto, em especialmente com as espéciesutilizadas na arborização. Os transplantes maisusuais são feitos com palmeiras, que apresentamem torno de 90% de sucesso, de modo geral.

Com as espécies arbóreas o transplantenecessita de maiores estudos, principalmente nocaso daquelas com sistema radicular pivotante,onde ocorre um grande corte nas raízes, o queocasiona um menor percentual de sucesso do queem palmeiras.

As pesquisas sobre transplantes evoluemmuito lentamente, em virtude da carência deregistros por parte dos executores. Não são feitosregistros de sucesso e nem de insucesso, o queatrasa o avanço desta técnica.

Atualmente, estão sendo fabricadas máquinastransplantadeiras, que facilitam a operação comárvores de maiores portes.

Figura 118. Restos de galhos de poda sendo triturados.

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2.11 Programa deMonitoramento

Este programa visa manter acompanharsistematicamente o desenvolvimento dasárvores existentes e das mudas plantadas nasvias públicas de Goiânia, observando todas asalterações ocorridas e obtendo informaçõesessenciais para posterior replanejamento.

É de extrema importância que todo oprocesso de plantio, replantio e manutençãoseja devidamente acompanhado por um técnicohabilitado, de modo a atualizar as informaçõescontidas no banco de dados da arborizaçãourbana de cada setor, tando no aspectoquantitativo como no aspecto qualitativo.

Para que este processo seja rotineiro eeficiente, deve ser seguido um Programa deMonitoramento, o qual é constituído porinventários e pelo preenchimento de uma fichade campo, que possibilitarão determinar oíndice de mortalidade das mudas após o plantio.

O monotoramento permitirá identificar quaisos problemas ocorreram com a arborizaçãourbana. Permitirá também avaliar odesenvolvimento de cada espécie, identificandoas reais potencialidades de utilização dasdiferentes espécies. Este monitoramento deveráser registrado em planilha de campo e emacervo fotográfico.

O acompanhamento também irá permitir aavaliação das atividades de manutençãodesenvolvidas, identificando as atividadeseficientes e aquelas que necessitam deadequações.

Uma das vantagens da implantação de umPrograma de Monitoramento é que ele permiteque se tenha bases concretas para a tomada dedecisões no manejo da arborização, com vistasao replanejamento da arborização urbanaquanto da revisão do Plano Diretor deArborização Urbana, uma vez que o processo deplanejamento é dinâmico, podendo sofreraleterações e adaptações durante odesenvovimento das atividades relacionadascom a arborização urbana.

A fim de otimizar o monitoramento, serãorealizadas amostragens através do inventário

da arborização, permitindo que se determine aprogressão ou regressão de determinadosproblemas referentes aos danos físicos devandalismo ou acidente, poda, tutoramento,necessidade de controle fitossanitário,possibilitando fazer inferências sobre odesenvolvimento das mudas e árvores, ascausas de mortalidade.

2.12 Programa deCadastramento daArborização

Este programa visa obter um sistemacadastral informatizado, que viabilize a rápidaobtenção de informações referentes àarborização urbana, permitindo organizar osdados obtidos em vistorias, inventários e noprograma de monitoramento. As informaçõesserão armazenadas em um banco de dadosligado ao MUBDG – Mapa Urbano BásicoDigital de Goiânia.

Para a confecção desse banco de dadoshaverá a participação de técnicos daCompanhia de Processamento de Dados doMunicípio de Goiânia.

A correta organização dos dados obtidosatravés do Programa de Monitoramento facilitaráa copilação dos dados, além de facilitar a análisee compreensão das informações coletadas emcampo. Para tanto, é imprescindível a utilizaçãode sistemas computadorizados de informações,os quais permitam a orgazanização e apadronização dos dados, permitindo uma maioragilidade na visualização dos dados e nastomadas de decisões.

Esse banco de dados informatizadopermitirá analisar e cruzar informações sobremortes de árvores e mudas, causas damortalidade por logradouro público,desenvimento das mudas, necessidades dereplantio, necessidades de controlefitossanitários, necessidades e tipos de podas,dentre outras informações.

O cadastramento da arborização permitiráuma melhor organização e padronização dosdados, além de apresentarem uma maioreficiência e redução de custos.

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c a p í t u l o V I

REGIMENTO LEGAL DA ARBORIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

1. FUNDAMENTAÇÃO

Árvores – Bens Públicos

Em termos de Direito Urbanístico, o art. 22 daLei 6.766/1979 – Lei do Parcelamento do Soloimpõe para o registro de parcelamento aconstituição e integração ao domínio público dasvias de comunicação, praças e os espaços livres.Nesses últimos estão incluídas as áreas verdes.Pelo art. 23 da citada lei, os espaços livres, entreeles as áreas verdes, que, como dito, passam aintegrar o domínio público do município e emmuitos deles as leis de parcelamento do solodeterminam que nos projetos de loteamentosejam destinadas percetuais do imóvel à áreasverdes.

Assim, os espaços verdes ou áreas verdes,incluindo-se aí as árvores que ladeiam as viaspúblicas fruto da arborização urbana, tambémpor serem seus acessórios que devemacompanhar o principal, são bens públicos de usocomum do povo, nos termos do art. 66 do CódigoCivil, estando à disposição da coletividade, o queimplica na obrigação municipal de gestão,devendo o poder público local cuidar destes benspúblicos de forma a manter as suas condições deutilização.

Bem difuso

Essas funções e características reforçam aarborização como um bem difuso (art. 82, Códigodo Consumido, Lei 8.078 de 1990), ou seja, todostêm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo eessencial à sadia qualidade de vida, impondo-seao poder público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para a presente e asfuturas gerações (art. 225 da ConstituiçãoFederal).

2. LEGISLAÇÃO FEDEREAL

2.1. Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.

“Dispõe sobre as sanções penais e administrativasderivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,e dá outras providências.”

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada depreservação permanente, sem permissão da autoridadecompetente: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ouambas as penas cumulativamente.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei,assim classificada por ato do Poder Publico, para finsindustriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,econômica ou não, em desacordo com as determinaçõeslegais: Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquermodo ou meio, plantas de ornamentação de logradourospúblicos ou em propriedade privada alheia: Pena - detenção,de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penascumulativamente. Parágrafo único. No crime culposo, a pena ede um a seis meses, ou multa.

2.2. Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.DECRETO Nº 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999.

“Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis àscondutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outrasprovidências.”

Art. 26. Cortar árvores em floresta considerada depreservação permanente, sem permissão da autoridadecompetente: Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) aR$ 5.000,00 (cinco mil reais), por hectare ou fração, ou R$500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico.

Art. 31. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei,assim classificada em ato do Poder Público, para finsindustriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,econômica ou não, em desacordo com as determinaçõeslegais: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por metrocúbico.

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Art. 34. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquermodo ou meio, plantas de ornamentação de logradourospúblicos ou em propriedade privada alheia: Multa de R$ 500,00(quinhentos reais), por árvore.

3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

3.1. Lei nº 8.537, de 20 de junho de 2007.LEI Nº 8537, DE 20 DE JUNHO DE 2007.

“Dispõe sobre a alteração na estrutura administrativada Prefeitura Municipal de Goiânia e dá outrasprovidências”.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 27. Fica criada a Agência Municipal do MeioAmbiente – AMMA, autarquia integrante da administraçãoindireta do Município de Goiânia, dotada de personalidadejurídica de direito público interno, com autonomiaadministrativa, financeira e patrimonial, sede e foro naCidade de Goiânia, prazo e duração indeterminado, com afinalidade de formular, implementar e coordenar a execuçãoda Política Municipal do Meio Ambiente, voltada aodesenvolvimento sustentável, no âmbito do territóriomunicipal, competindo-lhe especificamente:

I – o licenciamento, controle, monitoramento efiscalização de todas as atividades, empreendimentos eprocessos considerados, efetiva ou potencialmentepoluidores, bem como daqueles capazes de causardegradação ou alteração significativa do meio ambiente,nos termos das normas ambientais vigentes;

II – a implantação, administração, manutenção,preservação, recuperação, supervisão e fiscalização daarborização urbana, unidades de conservação, áreas verdese demais recursos naturais;

III – propor normas, critérios e padrões municipaisrelativos ao controle, ao monitoramento, à preservação emelhoria da qualidade do meio ambiente;

IV – desenvolver e executar projetos e atividades deproteção ambiental, relativas às áreas de preservação,conservação e recuperação dos recursos naturais;

V – a promoção, a difusão e a conscientização públicapara a proteção do meio ambiente, criando instrumentos,programas e projetos de Educação Ambiental, comoprocesso permanente, integrado e multidisciplinar, comvistas a assegurar que todos tenham direito ao meioambiente ecologicamente equilibrado, essencial a sadiaqualidade de vida;

VI – a realização de estudos e pesquisas e avaliação dosimpactos ambientais promovidos por quaisquer atividadespotencialmente poluidoras ou de degradação ambiental;

VII – o desenvolvimento de ações que visem aadequada destinação dos resíduos sólidos gerados noterritório do município;

VIII – a aplicação de penalidades aos infratores dalegislação ambiental vigente, inclusive definindo medidascompensatórias, bem como exigindo medidas mitigadoras,de acordo com a legislação ambiental vigente;

IX – desenvolver direta ou conjuntamente cminstituições especializadas, pesquisas, estudos, sistemas,monitoramentos e outras ações voltadas para odesenvolvimento do conhecimento científico e tecnológicona área do meio ambiente.

§ 1º A Agência Municipal do Meio Ambiente éjurisdicionada à Secretaria do Governo Municipal – SEGOV.

§ 2º A Agência Municipal do Meio Ambiente para aconsecução de seus objetivos e finalidades é considerada oórgão local do Sistema Nacional do meio Ambiente –SISNAMA, assim preconizado pela Lei Federal nº 6.938, de31 de agosto de 1981 – Política Nacional do Meio Ambiente.

Art. 28. Para efeito de aplicação desta Lei, entende-sepor compensação ambiental como sendo a indenizaçãodevida em decorrência de atividades poluidoras oupotencialmente poluidoras, depredadoras do meio ambienteou utilizadoras de Recursos Naturais, com relevanteimpacto ambiental, exercidas no Município de Goiânia, quedeverão ser definidas em Instruções Normativas editadaspela AMMA.

IRIZ REZENDEPREFEITO DE GOIÂNIA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: devido à criação da LEI Nº8.537, DE 20 DE JUNHO DE 2007, que Dispõe sobre aalteração na estrutura administrativa da PrefeituraMunicipal de Goiânia, onde lê-se Secretaria Municipal doMeio Ambiente - SEMMA, passou a a se chamar desde 20de junho de 2007 Agência Municipal do Meio Ambiente deGoiânia – AMMA.

3.2. Lei nº 7009, de 23 de outubro de 1991.LEI Nº 7009 DE 23 DE OUTUBRO DE 1991

“Dispõe sobre o plantio, extração, poda, substituição deárvores e dá outras providências”.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÃNIA APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art.1º - O Plantio de árvores, extração, poda esubstituição serão regidos por esta lei.

Art.2º- Para efeito desta lei, considera-se como bem deinteresse comum a todos os munícipes a vegetaçãoexistente, ou que venha existir no território do Município,tanto de domínio público quanto privado.

Art.3º- Considera-se para efeito desta lei, como bens deinteresse comum a todos os municípios, as mudas deárvores plantadas em vias e logradouros públicos.

Art.4º- Considera-se para efeito desta lei, a vegetaçãonativa exótica de interesse cultural e histórico existente noMunicípio, tanto de domínio público quanto privado.

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Art.5º- Considera-se vegetação de porte arbóreo aquelacomposta por espécies ou espécimes de vegetais lenhosos,com diâmetro de caule à altura do peio (DAP) superior a 0,5metros;

Parágrafo Único – Diâmetro à Altura do Peito (DAP) é odiâmetro do caule da árvore à altura de, aproximadamente,1,30(um metro e trinta centímetros).

Art.6º- Só serão aprovados loteamentos oudesmembramentos de terra em área revestidas total ouparcialmente por vegetação de porte arbóreo, após préviaaprovação de projeto que defina o melhor aproveitamentoda referida vegetação.

Parágrafo Único – Caso fique comprovada ainexistência da vegetação a que se refere o presente artigo,e motivada pelo desrespeito a legislação Federal ouEstadual pertinente, fica o responsável peloempreendimento imobiliário obrigado a efetuar o adequadoreflorestamento.

Art.7º - Constitui pré-requisito para a aprovação deparcelamento do solo, sob forma de arruamento eloteamento, a apresentação de projeto de arborização dasvias e logradouros públicos firmado por técnico competente.

Parágrafo Único – O referido projeto deverá indicar asespécies adequadas de forma a garantir o plantio de árvoresdentro de um planejamento consoante com os demaisserviços públicos e cuja execução deverá ocorrer com outrasbenfeitorias e obedecendo aos seguintes critérios:

I – as calçadas situadas nas faces Sul/Leste ficamdestinadas ao plantio de árvores de pequeno e médio porte,as do lado Norte/Oeste à instalação de rede de energiaelétrica e telefônica;

II – poderão também ser arborizadas as calçadas dolado Norte/Oeste desde que o plantio seja de árvores depequeno porte;

III – as calçadas deverão ter largura, no mínimo2(dois)metros lado Sul/Leste e, no mínimo, de 3(três) metrosno lado Norte/Oeste, de forma a permitir a arborização deque trata a presente lei.

Art.8º- O Poder Executivo Municipal deverá elaborarpara os loteamentos já existentes, devidamente legalizadose que não haja arborização, projeto que defina de formaadequada as arborização da região.

Parágrafo Único – Fica o Poder Executivo Municipalautorizado a fazer convênios com entidades públicas, ouprivadas para implementar o projeto a que se refere opresente artigo.

Art.9º- Todo plantio de árvore nas vias ou logradourospúblicos deverá respeitar as normas técnicas paraarborização e recomposição de áreas verdes.

§1º- Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a manter,junto à Superintendência de Parques e Jardins, umdepartamento destinado à orientação técnica visando ofornecimento de mudas de árvores à população do município.

§2º- O departamento a que se refere o presente artigodeverá ser implantado no prazo de 60(sessenta)dias, acontar da vigência desta lei.

Art.10º- Os projetos de iluminação pública ou particular

em áreas arborizadas deverão compatibilizar-se com avegetação arbórea existente, de modo a evitar a futurapoda e principalmente a extração das espécies aliencontradas.

Art.11º- O Munícipe poderá efetuar às suas expensas oplantio de árvores visando a sua residência, desde queobservadas as exigências da presente lei.

Art.12 - VETADO.Art.13 – VEDATO.Art.14 – A realização de corte ou poda de árvore em

vias ou logradouros públicos só poderá ser efetuada porfuncionários da Prefeitura, com autorização firmada porautoridade competente e de conformidade com esta lei.

Art.15 – VETADO.Art.16 – Qualquer árvore do Município poderá ser

declarada imune ao corte mediante lei.Parágrafo Único – Compete ao Poder Executivo

Municipal cadastrar e identificar, por meio de placasindicativas, as árvores declaradas imunes ao corte, e dar oapoio técnico necessário à preservação das espéciesprotegidas.

Art.17 - Fica proibido ao Munícipe a extração e poda deárvore existentes em vias ou logradouros públicos.

Art.18 - O descumprimento ao disposto nesta lei sujeitao infrator ao pagamento de multa de 50(cinqüenta)Unidadede Valor Fiscal de Goiânia – UVFG – a ser aplicada peloórgão competente, e valor que será dobrado no caso dereincidência.

Art.19 – A receita advinda do descumprimento desta leiserá destinada ao departamento responsável pelofornecimento de mudas de árvores, conforme prevê o art.9º,§ 1º, desta lei.

Art.20 – Esta lei entrará em vigor na data de suapublicação.

Art.21 – Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 23 dias domês de outubro de 1991.

NION ALBERNAZPREFEITO DE GOIÂNIA

3.3. Lei Complementar nº 014, de 29 de dezembro de 1992.LEI COMPLEMENTAR Nº 014, DE 29 DE DEZEMBRO DE1992.

“Institui o Código de Postura do Município de Goiânia edá outras providências”.

DA DEFESA DA ARBORIZAÇÃO E DOS JARDINSPÚBLICOS

Art. 68. Além das exigências contidas na legislação depreservação do meio ambiente, fica proibido:

I - danificar, de qualquer forma, os jardins públicos;II - podar, cortar, danificar, derrubar, remover ou

sacrificar qualquer unidade da arborização pública;III - fixar, nas árvores e demais componentes da

arborização pública, cabos, fios ou quaisquer outrosmateriais e equipamentos de qualquer natureza;

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IV - plantar nos logradouros públicos plantas venenosasou que tenham espinhos;

V - cortar ou derrubar, para qualquer fim, matas ouvegetações protetoras de mananciais ou fundos de vale.

DAS ÁRVORES NOS IMÓVEIS URBANOSArt. 107. A Prefeitura colaborará com a União e o

Estado no sentido de evitar a devastação de florestas ebosques e de estimular o plantio de árvores, de acordo como que estabelece a legislação pertinente.

Parágrafo Único - VETADO.Art. 108. A árvore que, pelo seu estado de conservação

ou pela sua pequena estabilidade, oferecer perigo aosimóveis vizinhos ou a integridade física das pessoas, deveráser derrubada pelo responsável dentro do prazoestabelecido pelo órgão próprio da Prefeitura.

Parágrafo único. O não atendimento da exigência desteartigo implicará na derrubada da árvore pela Prefeitura,ficando o proprietário responsável pelo pagamento dasdespesas conseqüentes, acrescidas de 20%, sem prejuízo daaplicação das penalidades cabíveis.

3.4. Decreto nº 767, de 14 de março de 1996.

DECRETO Nº 767, DE 14 DE MARÇO DE 1996.“Regulamenta a Lei-Complementar nº 014/92

concernente a poda e extinção de árvores.”O PREFEITO DE GOIÃNIA, no uso de suas atribuições

legais e; Considerando a necessidade de proteger a arborização

pública municipal contra práticas degradadoras;Considerando que é fundamental regulamentar a

gradação da pena descrita para os infratores contra aarborização pública municipal. Objetivando decisões justase coerentes com a ação ou omissão cometidas;

Considerando que o processo de Educação Ambientalcompreende também medidas coercitivas, no sentido desensibilizar a Comunidade da necessidade de um meioambiente sadio, e

Considerando que o uso racional do meio ambientalconstitui premissa fundamental para o desenvolvimentosustentado, o objetivo maior da Municipalidade,

DECRETA:Art. 1º - A poda ou extinção de qualquer espécie da

arborização do Município deverá ser precedida deAutorização de Secretaria Municipal do Meio Ambiente –SEMMA.

Parágrafo Único – A Autorização será concedidamediante processo específico assim constituído:

I – protocolo de solicitação de Autorização de poda ouextinção junto á SEMMA;

II – apresentação de documentos pessoais (C.I. e C.P.F.) ecomprovante do imóvel (IPTU), no qual se situam as árvoresobjetos da Autorização, no caso do proprietário do imóvel;

III – apresentação de documentos pessoais (C.I. e C.P.F.)e procuração do proprietário do imóvel que se situam as

árvores objetos da Autorização, outorgando poderes para arealização do serviço, no caso de terceiros;

IV – vistoria técnica in loco;V – parecer técnico do Núcleo de Avaliação e

Licenciamento Ambiental;VI – expedição da Autorização, no caso de parecer

favorável.Art. 2º - Deverá cadastrar-se na SEMMA, pessoas físicas

e jurídicas que se habilitarem a proceder podas naarborização pública municipal, as quais deverão apresentaros seguintes documentos:

I – Preencher formulário específico na SEMMA;II – apresentar documentos pessoais e/ou da empresa;III – apresentar o Responsável Técnico, com formação

superior em área afim, que acompanhará todo oprocedimento da copa.

Art. 3º - O artigo 196, inciso IV, item “C” da LeiComplementar 014/92 – Código de Posturas do Município –que define a pena para infratores contra a arborizaçãopública, passa a ser regulamentado, conforme esse Decretoe anexo I, que o especifica.

Art. 4º - A classificação da infração de poda e extinçãode espécies da arborização pública, subdivide-se em:

I – Infração Leve – é aquela pela qual o infratorprimário, impedindo por circunstâncias danosas, nãocumpre as normas ambientais do Município, contribuindopara a degradação ambiental, dispondo-se ou não repararos prejuízos causados;

II – Infração Grave – é aquela pela qual o infrator,reincidente ou não, tendo como causa a imprudência,negligência ou imperícia, promove degradação ambientalde difícil reparação;

III – Infração Gravíssima – é aquela pela qual o infratorintencionalmente ou propositadamente, reincidente ou não,desobedece às normas ambientais do Município e promovedegradação que necessite de médio/longo prazo pararecomposição da biota, sendo o mesmo obrigado apromover a reparação do dano causado, conformelegislação específica, tais como:

desmatamento e/ou queimada de áreas de preservaçãopermanente, previstas nas legislações Federal e Municipal;

desmatamento e/ou queimada da área de reserva legal,na zona rural do município;

extirpação de espécies da flora em processo deextinção, dentre outros.

Art. 5º - Considerando-se circunstância agravante dainfração aquelas que, legalmente previstas, revela suamaior gravidade e acarreta, obrigatoriamente, aumento dapena, a critério do julgador, respeitando, porém, limitemáximo da cominação.

Parágrafo Único – Diz-se agravantes os seguintesmotivos:

I – ser o infrator revel;

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II – ser o infrator reincidente;III – possuir o infrator nível social e cultural

privilegiado;IV – abuso de autoridade ao cargo, função ou ofício.Art. 6º - Consideram-se circunstâncias atenuantes os

motivos que, legalmente previstos, acarretam,obrigatoriamente, a diminuição da pena, a critério dojulgador, respeitado, porém o limite mínimo da cominação.

Parágrafo Único – Diz-se atenuantes os seguintesmotivos:

I – ser o infrator primário;II – ser o infrator não revel;III – possuir o infrator nível social e cultural não

privilegiado;IV – o infrator promover o replantio das árvores

extirpadas.Art. 7º - As falhas e/ou omissões desse Decreto serão

suplementadas pelo disposto no Decreto 2135/94.Art. 8º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua

publicação, revogando-se as disposições em contrário.GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 14 dias do

mês de março de 1996.

DARCI ACCORSIPREFEITO DE GOIÂNIA

3.5. Lei nº 7004, de 03 de outubro de 1991.LEI Nº 7004, DE 03 DE OUTUBRO DE 1991“Dispõe sobre a obrigatoriedade do plantio de árvores.”Art. 1º - Observado o disposto no art. 185, e seus §§, da

lei nº 4527, de 31 de dezembro de 1971, é obrigatório oplantio de árvores ornamentais, em número mínimo deduas por lote residencial ou comercial cuja testadaultrapasse a 10 (dez) metros.

§ 1º - Os órgãos próprios do Município somenteexpedirão termos de habite-se ou alvarás de funcionamentoquando atendido o disposto neste artigo.

§ 2º - Os proprietários de estabelecimentos comerciaisficam proibidos de podar, cortar, danificar, derrubar,remover ou sacrificar as árvores ornamentais.

§ 3 º - Para efeito do § 1º, no caso de tratar-se deconjunto habitacional, a firma construtora fica obrigada aocumprimento do disposto no “caput” deste artigo.

Art. 2º - Cabe ao órgão municipal competente orientar oproprietário quanto ao tipo de árvore a ser plantada.

Art. 3º - Constatada a impossibilidade de aquisição dasmudas, o órgão municipal competente as fornecerágratuitamente, a requerimento do interessado.

Art. 4º - Os infratores do disposto nesta lei ficamsujeitos às penalidades previstas nos arts. 422, 425 e 429, daLei nº 4.527, de 31 de dezembro de 1971, com asmodificações produzidas pela Lei nº 5.886, de 03 de maio de1982.

Parágrafo único – Em casos de lotes e terrenos baldios,e quando não atendido o disposto no “caput” do art. 1º,desta lei, as penalidades pecuniárias serão cobradasjuntamente com o imposto territorial pertinente.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de suapublicação, revogando as disposições em contrário.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARAMUNICIPAL DE GOIÂNIA, aos 22 de agosto de 1991.

JOSÉ NELTO LAGARES DAS MERC SPRESIDENTE DA CÂMARA

3.6. Lei nº 8451 de 07 de agosto de 2006.LEI Nº 8451, DE 07 DE AGOSTO DE 2006.“Dispõe sobre o incentivo à manutenção redistribuição

de arvoredo nativo nos imóveis de nossa capital e dá outrasprovidências.”

Art. 1º - Será exigido no momento da vistoria deconclusão de obras feita pelo vistoriador da SecretáriaMunicipal do Meio Ambiente, a existência, ou plantio de, nomínimo, uma árvore nativa da região em cada lote, ou nafaixa de passeio da via, contígua a este lote.

Art. 2º - O não cumprimento ao disposto no Art. 1ºacarretará o bloqueio da emissão do referido documentopara o lote em questão.

Art. 3º - Ficam isentos de cumprir o referidoprocedimento aqueles imóveis cujos processos tenham adevida anuência da Secretaria Municipal do MeioAmbiente, emitida de conformidade com as normas destasque deverão levar em conta a localização do imóvel, ascondições de plantio, em função de espaço físico, tipo desolo, ou outras condições que possam interferir nocumprimento do disposto no Art. 1º.

Art.4º - Esta lei entra em vigor na data de suapublicação.

GABINETE DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPALDE GOIÂNIA, aos 07 dias do mês de agosto de 2006.

CLÁUDIO MEIRELLESPRESIDENTE

3.7. Instrução normativa nº 005 de 03 de outubro de2006 de 1991.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 005 DE 03 DE OUTUBRODE 2006

“Dispõe sobre a substituição de árvores da espécie Ficusbenjamina nas vias públicas do município de Goiânia.”

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, nouso de suas atribuições legais e regulamentares, conformeart. 27, X, do Regimento Interno desta Secretaria, constantedo Decreto n° 1232, de 09 de junho de 1999, e de acordocom a Lei 7747, de 13 de novembro de 1997;

CONSIDERANDO a competência da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente disposta no Decreto n° 1232,de 09 de junho de 1999, de coordenar e elaborar o PlanoDiretor de Arborização Urbana e Áreas Verdes do Município;

CONSIDERANDO os danos causados nas edificações eequipamentos públicos pelo sistema radicular da espécieFicus benjamina.

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RESOLVE:Art. 1° - Autorizar a substituição por parte de terceiros

das árvores da espécie Ficus benjamina, localizadas nas viaspúblicas do município, mediante autorização da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente - SEMMA.

Art. 2° - Comporá o rol de documentos necessários para aautorização da substituição da espécie Ficus benjamina:

Preenchimento do requerimento;Cópia de comprovante de endereço;Cópia de documento pessoal; ePagamento de taxa de remoção de árvore.Art. 3° - Compete à Companhia de Urbanização de

Goiânia – COMURG, a remoção da(s) árvore(s) de Ficusbenjamina, a retirada e remoção do material vegetativooriundo desta atividade.

Art. 4° - o requerente da substituição terá o prazo de 15(quinze) dias a contar da data de remoção da árvore daespécie Ficus benjamina, para realizar a(s) remoção(ões) do(s)toco(s) e executar o(s) plantio(s) da(s) muda(s) da espécieindicada pela SEMMA, com mudas em excelente estadofitossanitário e com altura mínima de 1,20 metro.

Parágrafo Único - O requerente se responsabilizará aindapela colocação do tutor e gradil de proteção da(s) muda(s),pela adubação e irrigações necessárias para odesenvolvimento da(s) muda(s), conforme descrito no Anexo I.

Art. 5° - Compete a Secretaria Municipal do MeioAmbiente a vistoria in loco; verificando o quantitativo deárvores a serem removidas; indicar a nova espécie e aquantidade de mudas a serem plantadas; e fiscalizar aexecução do(s) plantio(s).

Art. 6° - Para a liberação da autorização de substituiçãoda(s) árvore(s) deverá ser firmado Termo de Compromisso eResponsabilidade, conforme Anexo II, a ser assinado pelorequerente em 03 (três) vias, onde este se responsabilizarápela execução do(s) novo(s) plantio(s) com a espécie indicadapela SEMMA.

CUMPRA-SSE E PUBLIQUE-SSE.

GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIOAMBIENTE, aos 03 dias do mês de outubro de 2006.

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIORSecretário

ANEXO IRecomendações Técnicas para Plantio, Manutenção e

Proteção de MudasCaracterística da(s) muda(s) a ser(em) adquirida(s):Ter boa formação e estar rustificada;Porte de, no mínimo 1,5 m de altura de fuste, sem

bifurcações;Ser isenta de pragas e doenças;Ter tronco reto e bem formado;A copa deverá ser formada de, pelo menos, três ramos;Ter sistema radicular bem formado e consolidado na

embalagem de entrega, rejeitando-se aqueles cujos sistemasradiculares tenham sofrido quaisquer danos;

Preparo do Solo:A cova para plantio deverá ter as dimensões mínimas de

0,40X0,40X0,40 metro, deixando uma área permeável de0,60X0,60X0,60 metro. Para calçadas estreitas será definida noato da vistoria para definição do quantitativo e da espécie aser plantada, as dimensões mínimas da área permeável;

O solo de preenchimento da cova deve estar livre depedras, entulho e lixo. O solo inadequado ou seja, compactadoou com entulho e pedra, deve ser substituído por outro comconstituição, porosidade, estrutura e permeabilidadeadequados ao bom desenvolvimento da espécie plantada.Observar também que:

Todo entulho decorrente da quebra do passeio paraabertura da cova deve ser recolhido no mesmo dia;

Para complementação da adubação na cova,considerando a acidez e deficiência mineral dos solos locais ea freqüente mistura com materiais de construção, tornanecessário acrescentar em cada cova 10 litros de estercobovino curtido (adubação orgânica) e 200g de NPK 6–30–6 e300g de calcário dolomítico.

3- Plantio propriamente dito:A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e

apenas no momento do plantio, a fim de evitar o estresse eevapotranspiração;

O colo da muda deve ficar ao nível da superfície do solo;O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a

criar condições para a captação e infiltração de água;As mudas devem ser irrigadas até sua completa

consolidação e estruturação, ou seja, completoestabelecimento;

O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm deprofundidade) de modo a impedir o seu tombamento ouarrancamento;

4- Proteção da(s) muda(s):

Tutor (protetor):O tutoramento é a operação de sustentação firme da

muda, na posição vertical;O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm deprofundidade dentro da cova.;

A muda deve ser presa ao tutor através de amarrilhos;O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda ao

tutor.Gradis:O gradil é protetor da muda, seu emprego previne

possíveis danos que possam impedir o desenvolvimento dafutura árvore. Suas dimensões são de 60 cm de largura e 130cm de altura acima do solo.

A fim de propiciar maior proteção à muda, deverão sercolocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadasuma da outra em torno de 30 cm.

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5- Manutenção:Após o plantio, a muda deve ser irrigada

abundantemente. Se não chover até 5 dias após o plantio,irrigar a cova com 20 litros de água, repetindo estetratamento sempre que necessário até o pegamento damuda;

Se depois de plantada a muda estiver fraca, deverá serfeita adubação de cobertura, colocando 100g de NPK10–10–10 por cova;

O replantio ou substituição da muda morta é necessáriopara manter o efeito estético e paisagístico. Replantarmuda da mesma espécie indicada para o local. O replantiodeverá ser, no máximo, 30 dias após o plantio;

Substituição ou recolocação de gradil e tutor na posiçãocorreta, a fim de restabelecer as condições desejáveis aodesenvolvimento da planta;

Em caso de dúvida pedimos entrar em contato com aDivisão de Arborização da Secretaria Municipal do MeioAmbiente – SEMMA, através do fone 3524-1438 e pedimosapós a realização do plantio solicitar nova vistoria paraverificar a execução da referida atividade.

ANEXO IITERMO DE COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE

____/200___

Pelo presente instrumento, denominado Termo deCompromisso e Responsabilidade, o(a)Sr(a).___________________________________-__________________________________, CPF(CNPJ):_____________________, telefone: _________________,Endereço: ____________________________,______________________________________________________denominado COMPROMISSÁRIO(A) vem perante aSECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DEGOIÂNIA – SEMMA, neste Termo denominadaCOMPROMITENTE criada pela Lei n.º 6.540, de 26 deDezembro de 1989, situada à Rua 75, esquina com a Rua 66,Edifício Monte Líbano, Setor Central, nesta Capital, inscritasob o CNPJ n.º 251.418.131/0001-22, devidamenterepresentada pelo técnico (a)___________________________________________________, visando a compensação de impactos ambientais, firmarajustamento, mediante as seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Este Termo de Compromisso e Responsabilidade a que,ora, o(a) COMPROMISSÁRIO(A) se submete, tem porobjetivo a compensação ambiental com o plantio de_________ muda(s), da(s) espécie(s)______________________________ a ser(em) plantada(s) nacalçada do imóvel localizado:____________________________________________________________________________________, nesta capital, tendoem vista a retirada de ______________ árvore(s) da espécie________________________________, que se encontra (m)com as seguintes confições fitossanitárias.

CLÁUSULA SEGUNDA

Reconhecendo o impacto ambiental em decorrência daretirada de árvore(s) da arborização pública, o(a)COMPROMISSÁRIO(A), visando atender a uma efetivacompensação ambiental, assume o compromisso de darcumprimento às seguintes obrigações:

Realizar o plantio de _____ muda(s) da espécie____________________, com altura mínima de 1,20 metro,com boa rusticidade, isentas de pragas e doenças. Para arealização deste(s) plantio(s) se faz necessário a remoçãodo(s) toco(s) da(s) árvore(s) que será(ão) removida(s).

Realizar o plantio observando as seguintesrecomendações:

a)- Preparo do SoloO solo de preenchimento da cova deve estar livre de

pedras, entulho e lixo. O solo inadequado, ou seja,compactado ou com entulho e pedra, deve ser substituídopor outro com constituição, porosidade, estrutura epermeabilidade adequados ao bom desenvolvimento daespécie plantada;

Para complementação da adubação na cova, tornanecessário acrescentar em cada cova 10 litros de estercobovino curtido (adubação orgânica), 200g de NPK 6-30-6 e300g de calcário dolomítico.

b)- Plantio propriamente dito:A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado

e apenas no momento do plantio, a fim de evitar o estressee evapotranspiração;

O colo da muda deve ficar ao nível da superfície dosolo;

O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma acriar condições para a captação e infiltração de água;

As mudas devem ser irrigadas até sua completaconsolidação e estruturação, ou seja, completoestabelecimento;

O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cmde profundidade) de modo a impedir o seu tombamento ouarrancamento.

Realizar todas as manutenções necessárias para opleno desenvolvimento da(s) referida(s) muda(s), tais como:

a)- Tutor (protetor):O tutoramento é a operação de sustentação firme da

muda, na posição vertical;O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm deprofundidade dentro da cova.;

A muda deve ser presa ao tutor através de amarrilhos;O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda.b)- GradisO gradil é protetor da muda, seu emprego previne

possíveis danos que possam impedir o desenvolvimento dafutura árvore. Suas dimensões são de 60 cm de largura e130 cm de altura acima do solo.

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A fim de propiciar maior proteção à muda, deverão sercolocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadasuma da outra em torno de 30 cm.

Para o fiel cumprimento do contido nos Itens I, II, e III,fica estabelecido o prazo de 15 (quinze) dias, a contar dadata da remoção da(s) árvore(s) pela Companhia deUrbanização de Goiânia - COMURG.

CLÁUSULA TERCEIRAA Companhia de Urbanização de Goiânia - COMURG

irá executar a remoção da(s) árvore(s) mencionada(s) naCláusula Primeira, para que o COMPROMISSÁRIO possaexecutar o(s) plantio(s) da(s) muda(s) da(s) espécie(s) noendereço citado(s) na Cláusula Primeira deste Termo.

CLÁUSULA QUARTAA SEMMA efetuará vistoria in loco, para averiguação da

efetiva conclusão da referida atividade, nos termos que foraacordado nos Itens I, II e III da Cláusula Segunda.

CLÁUSULA QUINTAO COMPROMISSÁRIO certifica ter conhecimento que o

presente Termo de Compromisso possui eficácia de títuloexecutivo extrajudicial, podendo ser executadoimediatamente diante do não cumprimento de qualquer desuas cláusulas no prazo previsto, independente de qualquernotificação desta Secretaria.

CLÁUSULA SEXTAO COMPROMISSÁRIO reconhece que o presente Termo

refere-se somente à compensação ambiental em razão da(s)retirada(s) da(s) árvore(s) descrita(s) no presente.

CLÁUSULA SÉTIMAO não cumprimento de qualquer das cláusulas e

obrigações aqui assumidas, incorrerá multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) ao dia, em desfavor doCOMPROMISSÁRIO, a ser depositado para o FundoMunicipal do Meio Ambiente, conta corrente nº 0638-6, Ag.1842, Operação nº 006, Caixa Econômica Federal, semprejuízo do compromisso assumido.

CLÁUSULA OITAVAElegem as partes o foro da Comarca de Goiânia para

dirimir quaisquer litígios que por ventura venham a ocorrerentre as partes.

E, por estarem ambas as partes de acordo, assinam opresente em 03 vias de igual teor.

Goiânia, ___ de ______________ de 200__.Técnico(a) Secretaria Municipal do Meio AmbienteRequerenteTestemunhas:Nome:CPF ou RG:Nome:CPF ou RG:

3.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 017 DE 15 DEAGOSTO DE 2006

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 017 DE 15 DE AGOSTODE 2006.

“Institui as diretrizes ambientais para licenciamentoambiental de parcelamento do Solo Urbano no Município deGoiânia.”

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, nouso de suas atribuições legais e regulamentares, conformeart. 27, do Decreto nº 1232 de 09/06/1999:

CONSIDERANDO o disposto no art. 6°, § 2. º, da Lei6938/81, na Resolução CONAMA Nº 002 de 18/04/1996, naResolução CONAMA Nº 237, de 19/12/1997 e, ainda, no art.36 da Lei nº 9.985/00, que tratam da competência do órgãolocal do SISNAMA para licenciar todos os empreendimentose atividades de impacto ambiental local;

CONSIDERANDO a Lei nº 6.766, de 19/12/79, que dispõesobre o parcelamento do solo urbano e dá outrasprovidências e a Lei nº 10.257/01, Lei do Estatuto da Cidade;

CONSIDERANDO, ainda, a Instrução Normativa N.º07/2005 – SEMMA, que institui a compensação ambientalpara os empreendimentos e atividades de relevanteimpacto ambiental, assim considerados os parcelamentosurbanos;

RESOLVE:Art. 1º - O Licenciamento ambiental para

parcelamentos do solo em zonas urbanas e de expansãourbana obedecerá ao contido nesta Instrução Normativa.

§ 1º - As diretrizes ambientais nos processos deparcelamento do solo serão emitidas pela SecretariaMunicipal de Meio Ambiente (SEMMA), no momento daexpedição da Licença Ambiental Prévia.

2º - A Licença Ambiental Prévia é documentoindispensável para instruir o Processo de ParcelamentoUrbano, que será emitido pela Secretaria Municipal dePlanejamento (SEPLAM) do Município de Goiânia.

Art. 2º - O parcelamento do solo urbano poderá ser feitomediante loteamento ou reloteamento, observadas asdisposições desta normativa e as das legislações federais,estaduais e municipais pertinentes.

Art. 3º - Não será permitido o parcelamento do solo:I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundação;II - em terrenos que tenham sido aterrados com

material nocivo à saúde;III - em terreno com declividade igual ou superior a 30%;IV - em terrenos onde as condições geológicas não

aconselham edificação;V - em áreas de preservação ambiental ou naquelas

onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis.Art. 4º - Antes da instauração do processo de

licenciamento ambiental, o empreendedor deverá terconhecimento das diretrizes ambientais para a implantaçãodo empreendimento, apresentando, para este fim,requerimento e levantamento planoaltimétrico contendo:

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I – O perímetro da gleba a ser loteada deverá sergeoreferenciada em coordenadas geográficas ou em UTM;

II - as curvas de nível deverão apresentar distância deum metro uma das outras;

III - a localização dos cursos d’água, bosques econstruções existentes.

Art. 5º - Os documentos a serem apresentados paraexpedição da Licença Ambiental Prévia (LP) são:

I - escritura ou registro do imóvel;II - documentos pessoais do loteador;III - planta aerofotogramétrica de 1975 e Carta de Risco

de 1991, com cobertura vegetal da área a ser parcelada,conforme previsão do art. 86, VI, da Lei Complementar nº.031 de 29/12/1994;

IV - Laudo Geológico, assinado por profissionalhabilitado com anotação de responsabilidade técnica edevidamente registrado no CREA;

V - Laudo de Vegetação, assinado por profissionalhabilitado com anotação de responsabilidade técnica edevidamente registrado no CREA;

VI - Comprovante de pagamento da taxa delicenciamento ambiental;

VII – Projeto de Arborização do empreendimento, paraanálise e aprovação, contemplando a indicação das espéciespara cada logradouro público, com planta urbanísticacontendo os locais de plantio, largura da rua e calçada, bemcomo a locação do posteamento discriminando, ainda, otipo de fiação aérea de distribuição de energia;

VIII – Projeto de Recomposição Florística, das áreasconsideradas de ZPA -01 (áreas de preservaçãopermanente);

IX – PRAD – Projeto de Recuperação de ÁreaDegradada, nos casos em que houver área (s) degradada (s)na gleba a ser parcelada, conforme determinação daSEMMA;

IX - Atestado de Viabilidade Técnica Operacional deabastecimento de água e coleta de esgoto (AVTO), expedidopela SANEAGO;

X – Georeferenciamento da Gleba com levantamentotopográfico.

Art. 6° – Para expedição da Licença Ambiental deInstalação será necessária a apresentação dos seguintesdocumentos:

I - licença ambiental municipal prévia;II - estudos ambientais definidos por técnicos da

SEMMA; III – parecer conclusivo do órgão de planejamento

municipal; VII – Parecer de aprovação do projeto urbanístico pela

Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAM.Parágrafo único – Na Licença Ambiental de Instalação

constará a exigência de início imediato para implantaçãodos projetos de Recomposição Florística, de Arborização e oPRAD – este último quando se fizer necessário - noempreendimento, conforme aprovado pela SEMMA, sobpena de suspensão da mesma, incorrendo o empreendedornas penas da legislação.

Art. 7º - Os projetos e estudos ambientais, apresentadospara análise desta Secretaria, deverão estar assinados porprofissional habilitado, devidamente acompanhados da ART- anotação de responsabilidade técnica – e,obrigatoriamente, contemplarão as seguintes diretrizesambientais:

I - ao longo das faixas de domínio público das rodovias,ferrovias, dutos e redes de transmissão de alta tensão seráobrigatória a reserva de uma faixa não-edificante de acordocom as exigências da legislação específica, observadoscritérios e parâmetros que garantam a segurança dapopulação e a proteção do meio ambiente, conformeestabelecido nas normas técnicas pertinentes;

II - preservar e revegetar as áreas circundantes dasnascentes permanentes e temporárias, inclusive as queapresentarem ruptura de declive com solos hidromórficose/ou orgânicos e as áreas com afloramento do lençolfreático em forma de minas (olhos d’água) e merejos(brejos), respeitando um raio de, no mínimo, 100 (cem)metros, a partir das mesmas, podendo o órgão ambientalmunicipal competente ampliar esses limites, visandoproteger a faixa de possíveis danos ambientais;

III – preservar e revegetar com um raio mínimo de 100m (cem metros) a partir da cota de inundações para o RioMeia Ponte e os Ribeirões Anicuns e João Leite, desde quetais dimensões propiciem a preservação de suas planíciesde inundação ou várzeas, podendo o órgão ambientalmunicipal competente ampliar esses limites, visandoproteger a faixa de proteção ambiental;

IV – preservar e revegetar as faixas bilaterais contíguasaos cursos d’agua temporários e permanentes, com larguramínima de 50 m (cinqüenta metros), a partir cota deinundação para todos os córregos, podendo o órgãoambiental municipal competente ampliar esses limites,visando proteger a faixa de proteção ambiental;

V – preservar e revegetar as faixas de 50 m (cinqüentametros) circundantes aos lagos, lagoas e reservatóriosd’água naturais ou artificiais, como represas e barragens,desde a cota máxima de inundação, medidahorizontalmente;

VI - preservar e revegetar as encostas com vegetaçãoou partes destas com declividade superior a 30% (trinta porcento) que fazem limite com o loteamento proposto;

VII - não poderão ser considerados como compensaçãoambiental os limites mínimos de 15% (quinze por cento), deáreas de implantação de equipamentos urbanos e espaçoslivres de uso público, exigidos pelo órgão de planejamentomunicipal para os loteamentos;

VIII - a compensação ambiental não poderá ser inferiora 0,5% (meio por cento) do valor do empreendimento,definida tal porcentagem por meio de Parecer Técnico daSEMMA, conforme previsão da Instrução Normativa nº 007de 21/01/2005;

IX – todos os loteamentos acima de 100 (cem) hectaresdeverão apresentar Estudos de Impacto Ambiental (EIA) eRelatório de Impacto Ambiental (RIMA), que serãoanalisados e aprovados pelos técnicos da SEMMA;

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X – os loteamentos inferiores a 100 (cem) hectaresdeverão apresentar estudos ambientais específicos definidospelos técnicos da SEMMA;

XI – os projetos de Recomposição Florística deverãocontemplar ações que objetivem:

a) conter processos erosivos do tipo ravinas ouvoçorocas;

b) formar faixa de proteção ao longo das rodovias eferrovias;

c) proteger sítios de excepcional beleza, valor científicoou histórico.

XII – todos os projetos de recomposição florísticadeverão conter cronograma de execução, com períodomínimo de 02 (dois) anos de manutenção por parte doempreendedor, sendo que as áreas consideradas depreservação permanente deverão ser cercadas;

XIII – as cercas de que tratam o inciso anterior deverãocontemplar corredores de migração faunística,possibilitando a passagem de animais, de modo a evitar oconfinamento da fauna local;

XIV – No caso de parcelamento para implantação decondomínio horizontal, deverá ser observado o disposto noinciso anterior, no que diz respeito ao cercamento doempreendimento;

XV – as áreas de preservação ambiental de domínioprivado deverão receber manutenção permanente por prazoindeterminado;

XVI – as Zonas de Proteção Ambiental I e IV deverãoser circundadas por ruas e nunca contíguas à áreaparcelada;

Parágrafo único – Nos casos em que arecomposição/reparação da área de mata degradada nãopuder ser realizada no mesmo local do empreendimento, oempreendedor deverá firmar TAC (Termo deResponsabilidade e Ajustamento de Conduta) junto a estaSecretaria, se comprometendo a recuperar ou recompor, emoutro local, na proporção de 1,5 vezes a área de matadegradada, apresentando projeto para análise e aprovaçãodo departamento técnico da SEMMA.

Art. 8º – As diretrizes ambientais expedidas vigorarãopelo prazo máximo de 04 (quatro) anos.

Art. 9º - A Licença Ambiental Prévia vigorará por prazomáximo de 01 (um) ano.

Art. 10 - A Licença Ambiental de Instalação vigorarápor prazo máximo de 02 (dois) anos.

Art. 11 – Não serão licenciados os loteamentos a seremimplantados em locais onde não haja viabilidade deabastecimento público de água, energia, coleta de esgoto,de águas pluviais e asfalto.

Art. 12 - A SEMMA terá prazo de 60 (sessenta) dias paramanifestação acerca do Licenciamento Ambiental Prévio doloteamento e prazo de 90 (noventa) dias para manifestaçãoacerca do Licenciamento Ambiental de Instalação,emitindo, quanto aos projetos apresentados, parecerfavorável ou desfavorável, que orientará o empreendedorquanto às modificações que se fizerem necessárias.

Art. 13 – As áreas não-edificáveis protegidas

ambientalmente, constantes do projeto e do memorial doloteamento, não poderão ter a sua destinação alterada peloloteador.

Art. 14 - O não cumprimento das diretrizes ambientaisimpede a outorga de licenciamento ambiental para oloteamento.

Art. 16 - A implantação de loteamento sem o devidolicenciamento ambiental, ensejará ao loteador aspenalidades cabíveis, conforme o Decreto nº 3179 de21/09/1999 e a Lei nº 9605/98.

Art. 17 - Esta Instrução Normativa entra em vigor nadata de sua publicação, aplicando seus efeitos aosprocessos de licenciamento ambiental de loteamentos, emtramitação nesta Secretaria, revogando a InstruçãoNormativa 009/2005 SEMMA, bem como todas asdisposições em contrário.

CUMPRA-SSE E PUBLIQUE-SSE.

GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIOAMBIENTE, aos 15 dias do mês de agosto de 2006.

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIORSecretário

3.9. Instrução normativa que regulamenta osprocedimentos de substituição de árvores localizadas nasvias públicas de Goiânia.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº __ DE __ DE __________DE 2008. (não publicada)

Regulamentar os procedimentos de substituição deárvores localizadas nas vias públicas de Goiânia.

O PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPAL DO MEIOAMBIENTE, no uso de suas atribuições legais eregulamentares, conforme Art. 27, da Lei n° 8.537 de 20 dejunho de 2007, e:

CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 8.537 de 20 dejunho 2007, sobre a criação da Agência Municipal do MeioAmbiente-AMMA, em seu Art. 27, II, que dá competência àesta Agência para implantar, administrar, manter, preservar,recuperar, supervisionar e fiscalizar a arborização urbana,áreas verdes e demais recursos naturais;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 6.938 de 31 deagosto 1981, sobre as Diretrizes e Objetivos da PolíticaMunicipal do Meio Ambiente;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 7.009 de 23 deoutubro de 1991, sobre o plantio, extração, poda,substituição de árvores no Município de Goiânia;

E ainda, CONSIDERANDO o direito do cidadão a ummeio ambiente saudável e equilibrado; a importância daarborização urbana na manutenção da qualidade de vidada população de Goiânia; e garantindo ainda a necessidadede integrar os Órgãos da administração Municipal queatuam, direta ou indiretamente na gestão da arborizaçãopública;

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RESOLVE:Art. 1° - Autorizar a substituição de árvores localizadas em

vias públicas do Município de Goiânia, desde que as mesmasapresentem uma condição fitossanitária capaz de causar riscos asociedade.

Art. 2° - O contribuinte deverá abrir processo de Vistoria paraAutorização para Poda ou Extirpação de Árvores junto aos postosde atendimento da Prefeitura Municipal de Goiânia e Protocolo daAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMA.

Parágrafo único: Comporá o rol de documentos necessáriospara a abertura de processo de Vistoria para Autorização daSubstituição:

I - Preenchimento do requerimento;II - Cópia de comprovante de endereço;III - Cópia de documento pessoal; IV - Pagamento de taxa de vistoria para Autorização para

Poda e Extirpação de Árvores (DUAM).Art. 4° – Na vistoria técnica serão avaliados os seguintes

pontos:I - A situação fitossanitária da arborização existente e após

esta avaliação técnica poderá ser proposta a poda ou remoçãodesta arborização;

II – Os espaços para novos plantios a serem executados nospasseios públicos em frente ao imóvel que requereu a vistoria daarborização existente;

III – As possíveis interferências com a arborização urbana,como: existência de fiação aérea de distribuição de energiaelétrica, telefônica e de multiserviços, largura da rua e calçada; aexistência de pontos de ônibus, semáforos, garagem, totem,marquises e outros equipamentos públicos. Esta análise visa aindicação correta da espécie a ser plantada em cada logradouropúblico.

Art. 5° - O requerente será notificado para conhecimento edemais providências quanto ao conteúdo do Parecer Técnicoreferente à vistoria in loco.

Art. 6° - Caso na vistoria realizada seja verificado apenas anecessidade de Poda, os autos serão enviados à Diretoria deParques e Jardins/COMURG para realização desta atividade. Paraos casos de remoção de árvores que estejam em péssimo estadofitossanitário será indicada a sua substituição e para tanto orequerente deverá assinar Termo de Responsabilidade Ambiental(Anexo II), no ato da vistoria técnica, se comprometendo a plantare manter a sobrevivência da(s) muda(s) após execução da(s)remoção(ões).

Art. 7° - Compete à Agência Municipal do Meio Ambientefornecer ao requerente as Normas Técnicas para o Plantio,Manutenção e Proteção das Mudas (Anexo I);

Art. 8° - Ficará a cargo do requerente os custos com aberturada cova, adubação, plantio, manutenção, colocação de tutor egradil, remoção de toco(s) remanescente(s).

Art. 9° - Compete à Diretoria de Parques e Jardins/COMURG:I – A remoção da(s) árvore(s), a retirada e remoção do material

vegetativo (tronco e copa) oriundo desta atividade, quandosolicitado por algum órgão da Prefeitura;

II – O fornecimento das mudas a serem plantadas serão deprodução dos próprios viveiros deste Órgão e caso não tenha amuda indicada ou o requerente queira outra espécie similar à

indicada, ficará a sua expensa a aquisição das mudas.Art. 10 - O requerente terá o prazo de 30 (trinta) dias a contar

da data de remoção da árvore, para realizar o(s) plantio(s) da(s)muda(s) com a espécie indicada pela AMMA.

Parágrafo único: As mudas deverão estar em excelente estadofitossanitário e com altura superior a 1,50 metro. Devendotambém neste prazo colocar o tutor e gradil de proteção da(s)muda(s), e a realizar as adubações e as irrigações necessárias parao desenvolvimento da(s) muda(s).

Art. 11 - Após a realização do(s) plantio(s) recomendado(s) aAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMA realizará novavistoria para verificar o cumprimento do Termo deResponsabilidade Ambiental, o estado de fitossanidade da(s)muda(s), as manutenções recomendadas e a existência de tutor egradil de proteção da(s) muda(s).

Art. 12 – O não cumprimento do Termo assinado ensejará aorequerente da substituição sanções previstas na legislaçãoambiental.

Art. 13 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data desua publicação.

CUMPRA-SSE E PUBLIQUE-SSE.

GABINETE DO PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPAL DOMEIO AMBIENTE, aos __ dias do mês de _________ de 2008.

Adv. Clarismino Luiz Pereira JuniorPresidente da Agência Municipal do Meio AmbienteANEXO IRecomendações Técnicas para Plantio, Manutenção e

Proteção de MudasCaracterística da(s) muda(s) a ser(em) adquirida(s):Ter boa formação e estar rustificada;Porte de, no mínimo 1,5 m de altura de fuste, sem bifurcações;Ser isenta de pragas e doenças;Ter tronco reto e bem formado;A copa deverá ser formada de, pelo menos, três ramos;Ter sistema radicular bem formado e consolidado na

embalagem de entrega, rejeitando-se aqueles cujos sistemasradiculares tenham sofrido quaisquer danos;

Preparo do Solo:A cova para plantio deverá ter as dimensões mínimas de

0,40X0,40X0,40 metro, deixando uma área permeável de0,60X0,60X0,60 metro. Para calçadas estreitas será definida no atoda vistoria para definição do quantitativo e da espécie a serplantada, as dimensões mínimas da área permeável;

O solo de preenchimento da cova deve estar livre de pedras,entulho e lixo. O solo inadequado, ou seja, compactado ou comentulho e pedra, deve ser substituído por outro com constituição,porosidade, estrutura e permeabilidade adequados ao bomdesenvolvimento da espécie plantada. Observar também que:

Todo entulho decorrente da quebra do passeio para aberturada cova deve ser recolhido no mesmo dia;

Para complementação da adubação na cova, considerando aacidez e deficiência mineral dos solos locais e a freqüente misturacom materiais de construção, torna necessário acrescentar emcada cova 10 litros de esterco bovino curtido (adubação orgânica)e 200g de NPK 6–30–6, 300g de calcário dolomítico.

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3- Plantio propriamente dito:A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e

apenas no momento do plantio, a fim de evitar o estresse eevapotranspiração;

O colo da muda deve ficar ao nível da superfície do solo;O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a

criar condições para a captação e infiltração de água;As mudas devem ser irrigadas até sua completa

consolidação e estruturação, ou seja, completoestabelecimento;

O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cmde profundidade) de modo a impedir o seu tombamento ouarrancamento.

4- PROTEÇÃO DA(S) MUDA(S):TUTOR (PROTETOR):O tutoramento é a operação de sustentação firme da

muda, na posição vertical;O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm deprofundidade dentro da cova.;

A muda deve ser presa ao tutor através de amarrilhos;O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda ao

tutor.Gradis:O gradil é protetor da muda, seu emprego previne

possíveis danos que possam impedir o desenvolvimento dafutura árvore. Suas dimensões são de 60 cm de largura e130 cm de altura acima do solo.

A fim de propiciar maior proteção à muda, deverão sercolocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadasuma da outra em torno de 30 cm.

5- Manutenção:Após o plantio, a muda deve ser irrigada

abundantemente. Se não chover até 5 dias após o plantio,irrigar a cova com 20 litros de água, repetindo estetratamento sempre que necessário até o pegamento damuda;

Se depois de plantada a muda estiver fraca, deverá serfeita adubação de cobertura, colocando 100g de NPK10–10–10 por cova;

O replantio ou substituição da muda morta é necessáriopara manter o efeito estético e paisagístico. Replantarmuda da mesma espécie indicada para o local. O replantiodeverá ser, no máximo, 30 dias após o plantio;

Substituição ou recolocação de gradil e tutor na posiçãocorreta, a fim de restabelecer as condições desejáveis aodesenvolvimento da planta;

Em caso de dúvida pedimos entrar em contato com aGerência de Arborização Urbana da Agência Municipal doMeio Ambiente – AMMA, através do fone 3524-1429 / 1430 eapós a realização do plantio, solicitar nova vistoria paraverificar a execução da referida atividade.

ANEXO IITERMO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

____/200___Pelo presente instrumento, denominado Termo de

Responsabilidade Ambiental, o(a)Sr(a).___________________________________________________,inscrita no CPF(CNPJ):_________________,telefone:__________________________________________________,Endereço:__________________________________________________________________,denominado COMPROMISSÁRIO(A)vem perante a AG NCIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTEDE GOIÂNIA – AMMA, neste Termo denominadaCOMPROMITENTE criada pela Lei n.º 8.537, de 20 de junho de2007, situada à Rua 75, esquina com a Rua 66, Edifício MonteLíbano, Setor Central, nesta Capital, inscrita sob o CNPJ n.º08.931.821/0001-53, devidamente representada pelo seuPresidente, ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR,visando a compensação de impactos ambientais, firmarajustamento, mediante as seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Este Termo de Compromisso Ambiental a que, ora, o(a)COMPROMISSÁRIO(A) se submete, tem por objetivo acompensação ambiental com o plantio de _________muda(s), da(s) espécie(s) ______________________________a ser(em) plantada(s) na calçada do imóvel localizado:__________________________________________________,nesta capital, tendo em vista a retirada de ______________árvore(s) da espécie ________________________________,que se encontra (m) com as seguintes condiçõesfitossanitárias.

CLÁUSULA SEGUNDA

Reconhecendo o impacto ambiental em decorrência daretirada de árvore(s) da arborização pública, o(a)COMPROMISSÁRIO(A), visando atender a uma efetivacompensação ambiental, assume o compromisso de darcumprimento às seguintes obrigações:

Realizar o plantio de _____ muda(s) da espécie____________________, com altura mínima de 1,50 metro,com boa rusticidade, isentas de pragas e doenças. Para arealização deste(s) plantio(s) se faz necessário a remoçãodo(s) toco(s) da(s) árvore(s) que será(ão) removida(s).

Realizar o plantio observando as seguintesrecomendações:

a)- Preparo do SoloO solo de preenchimento da cova deve estar livre de

pedras, entulho e lixo. O solo inadequado, ou seja,compactado ou com entulho e pedra, deve ser substituídopor outro com constituição, porosidade, estrutura epermeabilidade adequados ao bom desenvolvimento daespécie plantada;

Para complementação da adubação na cova, tornanecessário acrescentar em cada cova 10 litros de estercobovino curtido (adubação orgânica), 200g de NPK 6-30-6 e300g de calcário dolomítico.

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b)- Plantio propriamente dito:A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e

apenas no momento do plantio, a fim de evitar o estresse eevapotranspiração;

O colo da muda deve ficar ao nível da superfície do solo;O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a

criar condições para a captação e infiltração de água;As mudas devem ser irrigadas até sua completa

consolidação e estruturação, ou seja, completoestabelecimento;

O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm deprofundidade) de modo a impedir o seu tombamento ouarrancamento.

Realizar todas as manutenções necessárias para o plenodesenvolvimento da(s) referida(s) muda(s), tais como:

a)- Tutor (protetor):O tutoramento é a operação de sustentação firme da

muda, na posição vertical;O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm deprofundidade dentro da cova;

A muda deve ser presa ao tutor através de amarrilhos;O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se usar

borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda.b)- GradisO gradil é protetor da muda, seu emprego previne

possíveis danos que possam impedir o desenvolvimento dafutura árvore. Suas dimensões são de 60 cm de largura e 130cm de altura acima do solo.

A fim de propiciar maior proteção à muda, deverão sercolocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadasuma da outra em torno de 30 cm.

Para o fiel cumprimento do contido nos Itens I, II, e III, ficaestabelecido o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data daremoção da(s) árvore(s) pela Companhia de Urbanização deGoiânia - COMURG.

CLÁUSULA TERCEIRAA Companhia de Urbanização de Goiânia - COMURG irá

executar a remoção da(s) árvore(s) mencionada(s) na CláusulaPrimeira, para que o COMPROMISSÁRIO possa executar o(s)plantio(s) da(s) muda(s) da(s) espécie(s) no endereço citado(s)na Cláusula Primeira deste Termo.

CLÁUSULA QUARTAA AMMA efetuará vistoria in loco, para averiguação da

efetiva conclusão da referida atividade, nos termos que foraacordado nos Itens I, II e III da Cláusula Segunda.

CLÁUSULA QUINTAO COMPROMISSÁRIO certifica ter conhecimento que o

presente Termo de Compromisso Ambiental possui eficácia detítulo executivo extrajudicial, podendo ser executadoimediatamente diante do não cumprimento de qualquer desuas cláusulas no prazo previsto, independente de qualquernotificação desta Agência.

CLÁUSULA SEXTAO COMPROMISSÁRIO reconhece que o presente Termo

refere-se somente à compensação ambiental em razão da(s)retirada(s) da(s) árvore(s) descrita(s) no presente.

CLÁUSULA SÉTIMAO não cumprimento de qualquer das cláusulas e

obrigações aqui assumidas, incorrerá multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) ao dia, em desfavor doCOMPROMISSÁRIO, a ser depositado para o Fundo Municipaldo Meio Ambiente, conta corrente nº 054-0, Ag. 1842,Operação nº 006, Caixa Econômica Federal, sem prejuízo docompromisso assumido.

CLÁUSULA OITAVAElegem as partes o foro da Comarca de Goiânia para

dirimir quaisquer litígios que por ventura venham a ocorrerentre as partes.

E, por estarem ambas as partes de acordo, assinam opresente em 03 vias de igual teor.

Goiânia, ___ de ______________ de 200__.

Técnico da Agência Municipal do Meio Ambiente - AMMARequerenteTestemunhas: Nome / CPF ou RG

3.10. Instrução normativa que institui os procedimentosnecessários para a retirada de árvores em áreas particulares eas devidas compensações ambientais.

3.10 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº __ DE ___ DE_________ DE 2008. (não publicada)

Instituir os procedimentos necessários para a retirada deárvores em áreas particulares e as devidas compensaçõesambientais.

O PRESIDENTE DA AGÊNCIA MUNICIPAL DO MEIOAMBIENTE, no uso de suas atribuições legais eregulamentares, conforme art. 27 da Lei nº 8.537 de 20 dejunho de 2.007, e:

CONSIDERANDO a competência da Agência Municipal doMeio Ambiente – AMMA disposta na Lei n° 8.537, de 20 dejunho de 2007, de coordenar e elaborar o Plano Diretor deArborização Urbana e Áreas Verdes do Município;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 6.938 de 31 deagosto 1981, sobre as Diretrizes e Objetivos da PolíticaMunicipal do Meio Ambiente;

CONSIDERANDO a necessidade de remoções de árvoresem áreas particulares (lotes, quintais, chácaras, etc.) paraedificações e outros usos, por parte dos proprietários.

RESOLVE:Art. 1° - Autorizar a remoção de árvores em áreas

particulares, mediante as devidas compensações ambientais.Art. 2° - O contribuinte deverá abrir processo de vistoria

para Autorização da(s) Extirpação(ões) de Árvore(s) junto aospostos de atendimento da Prefeitura Municipal de Goiâniae/ou Protocolo da Agência Municipal do Meio Ambiente –AMMA.

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Parágrafo único- Comporá o rol de documentosnecessários para a abertura de processo para Autorizaçãode Extirpação de Árvores:

Preenchimento do requerimento;Cópia de comprovante de endereço;Cópia de documento pessoal;Pagamento de taxa (DUAM);Apresentação do Uso do Solo emitido pela SEPLAM,

caso necessário;Apresentação de planta baixa da edificação nos casos

de remoção de árvore(s) para liberação de área paraqualquer tipo de edificação.

Art.3°- Compete ao proprietário da área particular aremoção da(s) árvore(s) autorizadas devido a mesma selocalizar em área particular.

Art. 4° - Para áreas de relevância ambiental em maciçosflorestais com espécies nativas e em áreas de interesse daAgência Municipal do Meio Ambiente – AMMA, o processodeverá ser protocolado com Laudo Ambiental feito porprofissional habilitado, com a devida Anotação deResponsabilidade Técnica – ART.

Parágrafo único- Este Laudo deverá conter:Tipologia florestal;Espécies Ocorrentes;Existência de espécies endêmicas, protegidas por lei e

imunes ao corte, conforme Lei Florestal do Estado de Goiás(Lei n° 12.596 de 14 de março de 1.995) e Artigos - 36, 37 e38 do Decreto Estadual nº. 4.593/95;

Volume a ser removido;Tamanho da área em hectares onde existem as árvores

que serão removidas.Art. 5º - A título de compensação ambiental pelos danos

não mitigáveis o contribuinte deverá:doar ao viveiro da Agência Municipal do Meio

Ambiente – AMMA de 10 (dez) a 50(cinqüenta mudas deespécies nativas do cerrado para cada árvore a serremovida. A definição do quantitativo de mudas a seremdoadas para cada árvore a ser removida será em função doporte, da importância ambiental, da espécie e doquantitativo da árvores a serem removidas;

e/ou:arborizar o passeio público em frente ao imóvel, para o

qual foi solicitado a remoção da(s) árvore(s). A AMMApoderá solicitar a apresentação de Projeto de Arborizaçãopara análise e aprovação quando for verificada anecessidade no Parecer Técnico.

Art. 6° - Compete a Agência Municipal do MeioAmbiente:

vistoria in loco;verificar o quantitativo de árvore(s) a ser(em)

removida(s);quantificar o número de mudas e especificar a relação

das espécies a serem doadas pelo contribuinte à AMMA.Art. 7° - Para a liberação da autorização de remoção

da(s) árvore(s) deverá ser firmado Termo de CompromissoAmbiental, a ser assinado pelo requerente em 03 (três) vias,

responsabilizando-se pela doação da(s) muda(s) com asespécies indicadas pela AMMA.

Art. 8° - A autorização para remoção da(s) árvore(s) empropriedade particular serve apenas para o corte deárvore(s), não tendo valor para transporte de lenha e/outoras, a qual deverá ser solicitada junto à Agência Goianade Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis doEstado de Goiás.

Art. 9° - A autorização de remoção da(s) árvore(s) terávalidade de 01 (um) ano.

Art. 10 - Esta Instrução Normativa entra em vigor nadata de sua publicação, revogando-se todas as disposiçõesem contrário.

CUMPRA-SSE E PUBLIQUE-SSE.

GABINETE DO PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPALDO MEIO AMBIENTE, aos __ dias do mês de __________ de2008.

Adv. Clarismino Luiz Pereira JuniorPresidente da Agência Municipal do Meio Ambiente

3.11. Portaria que autoriza a Companhia Energética deGoiás S/A – CELG a realizar podas de árvores localizadassob as redes de distribuição de energia elétrica de baixatensão e derivações.

3.11 PORTARIA N° 012 DE 03 DE FEVEREIRO DE 2006

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, nouso de suas atribuições legais e regulamentares, conformeArt. 27, do Decreto n° 1.232 de 09/06/1999, Lei n° 7.747 de13/12/1997, e:

CONSIDERANDO o disposto no Decreto n° 1.232 de 09de junho 1999, que aprova o Regimento Interno daSecretaria Municipal do Meio Ambiente, e dispõe em seuArtigo 5°, inciso XI, sobre a competência da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente para coordenar a elaboração eexecução do Plano Diretor de Arborização Urbana doMunicípio de Goiânia;

CONSIDERANDO o que dispõe o Artigo 14 da Lei n°7.009 de 23 de outubro de 1991 e no Convênio 047/97, quevisa a substituição parcial, manejo, manutenção daarborização urbana de Goiânia;

CONSIDERANDO a necessidade de continuidade dosserviços de execução de podas de árvores localizadas sob asredes de distribuição de energia elétrica de baixa tensão ederivações, visando a não interrupção do serviço deabastecimento de energia elétrica à população de Goiânia;

E ainda, CONSIDERANDO os princípios da precaução eda prevenção que circundam o Direito Ambiental, medidasque visam evitar atentados ao meio ambiente, de modo areduzir ou eliminar as causas de ações suscetíveis de alterara sua qualidade.

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RESOLVE:

Art. 1º - Autorizar a Companhia Energética de GoiásS/A - CELG a realizar podas de árvores localizadas sob asredes de distribuição de energia elétrica de baixa tensão ederivações.

Art. 2° - As podas executadas pela CELG deverão sertecnicamente adequadas, verificando previamente àexecução da poda a espécie de árvore, o tipo de copa e aexistência de equipamentos públicos em conflitos com aarborização, não podendo ser levado apenas emconsideração a desobstrução da fiação aérea de distribuiçãode energia elétrica.

Art. 3º - As podas terão que ter obrigatoriamente oacompanhamento de um técnico de campo de nívelsuperior, com experiência comprovada na área. Sendo esteresponsável técnico pela atividade de poda, respondendopor qualquer irregularidade que ocorra com relação à podarealizada de forma inadequada ou que venha acomprometer a estética e vida útil da unidade arbórea,além das penalidades previstas na legislação ambiental.

I - O técnico responsável deverá, ainda, terobrigatoriamente registro profissional no Conselho Regionalde Engenharia e Arquitetura - CREA, com a devidaAnotação de Responsabilidade Técnica - ART para estaatividade.

Art. 4° - As empresas terceirizadas a serem contratadaspela CELG para execução das podas deverão comprovarexperiência neste tipo de atividade, observando asexigências do artigo anterior.

Art. 5º - Os serviços de podas deverão terobrigatoriamente o acompanhamento de técnicos doDepartamento de Desenvolvimento Ambiental da SecretariaMunicipal do Meio Ambiental - SEMMA ou de seusrepresentantes, que deverão ser comunicados comantecedência.

I - A CELG fica obrigada a atender as orientaçõesemitidas pelos técnicos da Secretaria Municipal do MeioAmbiente - SEMMA ou de seus prepostos, quanto à formade realização das podas.

Art. 6° - A CELG deverá obrigatoriamente: I - enviar relatório, informando os logradouros públicos

onde serão realizadas as podas, com antecedência mínimade 48 (quarenta e oito) horas;

II - não iniciar a execução dos serviços de poda sem aprévia autorização expedida pelo Departamento deDesenvolvimento Ambiental da Secretaria Municipal doMeio Ambiente - SEMMA;

III - Durante a execução dos serviços de poda éobrigatório ao técnico responsável estar portandoautorização emitida pelo Departamento deDesenvolvimento Ambiental da Secretaria Municipal doMeio Ambiente - SEMMA.

Art. 7° - Em caso de urgência, como nos casos de quedade galhos e/ou árvores que caírem sobre a fiação aérea deenergia elétrica, será permitida a poda e/ou corte de galhos

sem autorização prévia, devendo, entretanto, a CELGapresentar relatório à Secretaria Municipal do MeioAmbiente - SEMMA, com nomáximo 24 (vinte e quatro)horas após o ocorrido.

Art. 8° - A não realização dos serviços de poda,conforme descrito neste instrumento normativo, acarretaráà CELG as penalidades previstas na legislação ambientalvigente e, ainda, a apuração das mesmas serãoencaminhadas ao Ministério Público Estadual paraverificação de ocorrência de crimes ambientais previstas naLei n° 9.605/98.

Art. 9° - Esta Portaria entra em vigor na data de suapublicação, revogando-se todas as disposições contrárias.

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIORSecretário Municipal do Meio Ambiente

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Fotografias: Mauro Junio Rodrigues SilvaFernando Augusto Lemos SalesSandra Maria de OliveiraElizabete Fernandes Gomes Oliveira

Ilustrações, tabelas, mapas e figuras:Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMACia. de Processamento de Dados do Município de

Goiânia - COMDATAFrederico Aurélio de Carvalho