trabalho sistema financeiro completo

30
UNIVERSIDADE FUMEC FACULDADE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS – FACE MBA EM FINANÇAS CORPORATIVAS E CONTROLADORIA O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus ANSELMO MOREIRA FLÁVIA TRAJANO JAQUELINE TRINDADE RONALD SOUZA PROFESSOR: DR. JULIANO LIMA PINHEIRO

Upload: ftrajano

Post on 13-Dec-2014

1.262 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Trabalho sistema financeiro completo

UNIVERSIDADE FUMECFACULDADE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS – FACE

MBA EM FINANÇAS CORPORATIVAS E CONTROLADORIA

O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus

ANSELMO MOREIRAFLÁVIA TRAJANO

JAQUELINE TRINDADERONALD SOUZA

PROFESSOR:DR. JULIANO LIMA PINHEIRO

Belo Horizonte – MGDezembro - 2012

Page 2: Trabalho sistema financeiro completo

ANSELMO MOREIRAFLÁVIA TRAJANO

JAQUELINE TRINDADERONALD SOUZA

O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus

Trabalho apresentado à matéria Sistema Financeiro Nacional e Internacional – FACE Universidade FUMEC.

Belo Horizonte – MGDezembro - 2012

Page 3: Trabalho sistema financeiro completo

SUMÁRIO

1 Introdução 06

2 Cronologia dos impactos (2010, 2011 e 2012) 07

2.1 Crise Mundial de 2010 07

2.2 Crise Mundial de 2011 09

2.1.1 Europa Endividada 09

2.3 Crise Mundial de 2012 11

3 Países diretamente afetados 18

4 Principais medidas para enfrentar os impactos 20

5 Perspectivas para o ano de 2013 21

REFERENCIAS 22

Page 4: Trabalho sistema financeiro completo

1 INTRODUÇÃO

A Europa conhecida mundialmente como uma economia crescente, de alto

desenvolvimento econômico e bem-estar social, atualmente passa por uma crise e

turbulência em seus mercados. Houve descontrole nas contas públicas gerando uma

crise financeira na zona do euro. Pois alguns países como a Grécia, Portugal,

Espanha, Itália e Irlanda, tiveram problemas ficais, gastaram mais dinheiro do que

conseguiram arrecadaram por meio de impostos nos últimos anos. Para se

financiarem necessitaram de empréstimos e começaram a acumular dívidas. Com

isso o limite estabelecido no tratado de Maastricht (1992) foi superado, onde a

relação do PIB e o endividamento não poderiam ultrapassar de 60%. O caso mais

grave de descontrole fiscal é o da economia grega, pois a razão dívida/PIB

ultrapassa o dobro deste limite.

Mas o problema não estava somente no endividamento dos países europeus,

foram surgindo à desconfiança dos investidores de que o governo não poderia

honrar as suas dívidas, possibilitando que os mesmos temessem possuir as ações,

bem como títulos públicos e privados europeus. Com isso impossibilitou a entrada

de novos investimentos nesses países, pois a onda de desconfiança era muito

grande.

O momento que os investidores passaram a desconfiar da Europa foi quando

se tornou público que a economia grega passou a acumular dívidas que contrariava

os acordos econômicos europeus e quando a crise financeira chegou, o déficit

orçamentário subiu e os investidores exigiram taxas altas para emprestar dinheiro.

A Grécia é um país considerado pouco competitivo se comparado à média

dos países na zona do euro, tem gastos públicos muito grandes e frequentemente é

acusada de ser mal gerenciada. Devido à situação dos países europeus fez com que

os investidores não queriam correr riscos e a consequência da crise é as altas taxas

de desemprego, devido aos cortes de gastos, preços elevados, altos impostos,

queda do PIB, alta nas taxas de juros, um aumento na inadimplência, redução do

poder aquisitivo. Tudo isso significa menos dinheiro para fazer a economia girar,

justo no momento em que a zona do euro precisa crescer e aumentar a

arrecadação. O euro começa a se desvaloriza, pois, devido à redução de

investidores faz com que a moeda caia o seu valor.

6

Page 5: Trabalho sistema financeiro completo

Este trabalho visa demonstrar a cronologia do impacto da crise nos anos de

2010 à 2012, assim como, os países diretamente afetados, medidas adotadas e as

principais perspectivas para o ano de 2013.

2 CRONOLOGIA DOS IMPACTOS (2010, 2011 e 2012)

2.1 Crise Mundial de 2010

De 2007 a 2010, a crise econômica se generalizou. Pipocaram as crises do

mercado imobiliário nos EUA, na Inglaterra, na Irlanda e na Espanha. Na sequência,

aconteceram as fusões forçadas de empresas, as falências e as nacionalizações de

instituições financeiras. Em toda a parte, os governos sairam em socorro dos

especuladores, que investiram em derivativos, fundos de cobertura, etc., e

ensaiaram variegados pacotes de estímulo ao estilo neokeyneisiano, além das

injeções de liquidez realizadas pelos bancos centrais.

28 de janeiro

O governo espanhol aprova um Plano de Austeridade para 2011-2013 com

uma redução de gastos estimada em 50 mil milhões de euros.

Fevereiro

O Banco de Espanha publica os números da Contabilidade Nacional

referentes a 2009 e confirma o retrocesso da economia, com o país a perder 3,6%

da sua riqueza no ano anterior.

Primeiro trimestre: A taxa de desemprego da Espanha alcança 20% pela

primeira vez em quase 13 anos, com um recorde de 4,6 milhões de pessoas sem

trabalho.

A economia espanhola consegue emergir da recessão (18 meses) devido ao

aumento das exportações.

Abril

7

Page 6: Trabalho sistema financeiro completo

Começa-se a falar dos problemas de financiamento da Espanha, com um

défice público de 11,2% em 2009, ao mesmo tempo que entram no auge as

negociações para o primeiro empréstimo da Grécia.

Maio

José Luís Zapatero anuncia um agravamento das medidas de austeridade,

com cortes dos salários dos funcionários públicos e congelamento das pensões.

Novas medidas de austeridade serão decretadas nos seis meses seguintes,

incluindo a subida de 2 pontos percentuais do IVA.

O Banco de Espanha intervém na CajaSur, um banco administrado pela Igreja

Católica.

Junho

O governo aprova uma nova reforma das leis laborais que ampliam os

argumentos para as empresas promoverem despedimentos coletivos; a

indemnização do trabalhador despedido passa a ser de apenas 20 dias por cada

ano de serviço, com um máximo de 12 meses, e 8 daqueles 20 dias passam a ser

financiados pelo Fundo de Garantia Salarial; as indemnizações pagas ao trabalhador

com contrato temporário passa a ser de apenas 8 dias de salário por cada ano de

serviço.

Julho

O primeiro-ministro espanhol anuncia que o governo vai aumentar a idade de

reforma, de 65 para 67 anos.

Setembro

Primeira greve geral nacional contra as alterações da legislação laboral.

Cerca de 10 milhões de trabalhadores aderiram à greve, segundo as centrais

Comisiones Obreras (CCOO) e UGT, uma adesão superior a 70%.

Dezembro

Aumento do imposto sobre tabaco, redução dos subsídios à energia eólica, e

anúncio de privatizações da autoridade aeroportuária e lotaria nacional. Mas ambas

foram depois descartadas, com o argumento das más condições do mercado.

8

Page 7: Trabalho sistema financeiro completo

UGT e CCOO promovem cerca de quarenta manifestações contra o aumento

da idade de reforma.

2.2 Crise Mundial de 2011

“Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a

mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase”, afirma Antonio

Zoratto Sanvicente, professor do Insper.

Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras

emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar. Isso levou à falência de

bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e

uma recessão mais aguda.

Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos

aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia

encolhendo. O resultado não poderia ser outro: aprofundamento do déficit público,

que em muitos países já era bastante elevado.

Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios

fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro, diz o

economista Raphael Martello, da Tendências Consultoria.

2.1.1 Europa Endividada

Faz quase dois anos que a crise da dívida soberana em países da União

Europeia tem sido discutida nos mercados financeiros. Mas foi nos últimos meses

que o problema veio à tona com mais intensidade e se tornou um dos maiores

desafios que o bloco já enfrentou desde a adoção do euro em 2002.

Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade

fiscal” que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de

benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de

impostos.

9

Page 8: Trabalho sistema financeiro completo

O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram

descontentamento, greves e manifestações. Nas últimas semanas, os movimentos

populares têm se intensificado especialmente na Grécia.

Em meio ao clima de instabilidade e discussão até mesmo sobre a

manutenção desses países na zona do euro, o parlamento alemão aprovou a

ampliação do fundo de socorro europeu para um total de 440 bilhões de euros.

Mas agora o problema é outro! Os próprios países estão extremamente

endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália

deve 120% de seu PIB.

Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade

avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento

econômico. Quem resgata hoje os estados? Quem sofrerá com um calote da

dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam

prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó.

Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos

mundos.

Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos,

não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não

é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande

diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos.

O mundo está assistindo, em 2012, a uma das piores crises a atingir a

Europa. O endividamento dos países europeus tem derrubando bolsas e governos, e

afetado a economia do mundo inteiro.

Na maioria dos países europeus a crise foi gerada pelo descontrole das

contas públicas. Os países que formam a chamada Zona do Euro são os mais

atingidos por problemas financeiros. Economistas afirmam que o atual panorama

mostra que a atual crise europeia levará anos para ser superada.

Países como Grécia, Portugal e Espanha têm gastado mais dinheiro do que

arrecadam de impostos. Assim, as dívidas se acumularam acarretando a crise

econômica.

Os primeiros problemas financeiros que atingiram o continente aconteceram

em 2007. Já em 2008, as suspeitas de crise levaram os governos a injetarem

trilhões de dólares nas economias mais afetadas. E em 2010, a situação se

agravou ainda mais.

10

Page 9: Trabalho sistema financeiro completo

Atualmente, Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha são os países que se

encontram em situação mais delicada na zona do euro.

2.3 Crise Mundial de 2012

A atual crise mundial, ao contrário das várias outras que observamos ao longo

das últimas décadas, tem um potencial capaz de alterar um conjunto muito extenso

de relações políticas, econômicas e sociais. Muito embora ainda seja prematuro

descrever todo o cenário que se formará ao seu final, ela já permite o

questionamento de importantes alicerces sobre os quais se construiu o consenso

neoliberal, em meio a um ambiente de financeirização.

As principais moedas do mundo serão reajustadas em uma tentativa desesperada

das nações de se livrarem de seus débitos. Então, mais uma vez, os austeros e os

poupadores sofrerão, enquanto que os tomadores de empréstimo e os consumistas

desenfreados prosperarão em um mundo com taxas de juros baixíssimas e inflação

em alta.

Crise do Euro: Traduzindo os últimos acontecimentos

Janeiro 2012

A agência de risco SEP rebaixa a nota das dívidas da Áustria e da França, assim

como diminui ainda mais – as notas da Espanha e da Itália. O grau de investimento

AAA da Alemanha é mantido.

Fevereiro 2012

Os países da União Europeia concordam em reduzir a dívida grega em 120,5% até

2020, através da redução retroativa das taxas de juros de resgate. Finalizado o

segundo pacote de resgate. Desta vez o alvo foram os credores privados dos títulos

do governo grego, que concordaram com uma redução total de 53,5% sobre o valor

dos bonds.

Maio 2012

11

Page 10: Trabalho sistema financeiro completo

A eleição presidencial grega é marcada pelo grande equilíbrio entre os partidos

favoritos. Coincidentemente, todos os partidos favoritos são contra a estratégia de

austeridade da União Europeia.

À frente da OTAN e das rodadas de negociação do G8, Angela Merkel cobra

do Presidente grego a execução de um referendo popular sobre a permanência da

Grécia na zona do euro.

Entre a cúpula do G8, o Primeiro Ministro Britânico David Cameron defende

que a aproximação das eleições gregas deve ser encarada como um referendo

popular sobre a permanência da Grécia na zona do euro. O Presidente Obama

argumenta que há um consenso crescente de que a Europa precisa concentrar-se

na criação de empregos.

A líder do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde mantém o

discurso de que a Grécia deve aumentar o recolhimento de impostos e implementar

profundas reformas estruturais. Reconhecendo que a população grega vem

realizando um "grande esforço" para adequarem suas finanças, as medidas foram

essenciais para garantir a permanência do país na zona do euro – e que o FMI está

preparado para qualquer possível cenário, incluindo um possível calote grego e sua

eventual saída da zona do euro.

O órgão regulador de mercado espanhol suspendeu preventivamente as

negociações das ações da instituição de crédito Bankia na Bolsa de Valores de

Madri. A suspensão será mantida até que os membros do conselho do banco se

reúnam para que se tenha uma definição do montante total a ser injetado na

instituição pelo governo.

O Ministro da Economia Espanhol Luis de Guindos disse no dia 23 de Maio

de 2012 que o governo injetaria a princípio € 9 bilhões (US$ 11 bilhões) no Bankia,

mas que adicionaria mais caso fosse necessário. As instituições de crédito

espanhola estão perigosamente expostas ao possível estouro de uma bolha

imobiliária espanhola. O Bankia seria o mais exposto, acumulando um total de 32

bilhões em ativos tóxicos.

A crise do euro transfere toda sua atenção para a Espanha, depois da notícia

que investidores vêm considerando que a dívida espanhola atingiu o seu nível mais

arriscado desde a introdução do euro. Os juros cobrados pela dívida pública

espanhola continuam a bater recordes e atingiram os 5,57% sobre os bonds

espanhóis de 10 anos – valor mais alto desde 19 de Abril de 2000.

12

Page 11: Trabalho sistema financeiro completo

As principais lideranças político-econômicas britânicas reuniram-se para

traçar um plano de ação contra uma eventual ruptura da zona do euro. Participaram

da reunião o Primeiro Ministro Britânico David Cameron, o Vice Primeiro Ministro

Nick Clegg e o Chanceler George Osborne, assim como o Presidente do Banco da

Inglaterra Sir Mervyn King e o Regulador Chefe dos Bancos Britânicos Lorde Adair

Turner.

O Banco Central Europeu rejeitou sumariamente o plano de auxílio proposto

pelo Banco Central Espanhol para salvar o Bankia – quarto maior banco espanhol –

alegando identificando diversas irregularidades na operação. Todas as Bolsas de

Valores Europeias operam em forte baixa, reflexo do medo de repetição na Espanha

do estouro de uma bolha imobiliária, tal qual a que ocorreu no Estados Unidos em

2008. Estima-se que as instituições financeiras espanholas detenham um total de

180 bilhões em ativos imobiliários tóxicos.Por não ter sido capaz de prever o

tamanho da dívida dos bancos espanhóis, o presidente do O Banco Central da

Espanha, Miguel Fernández Ordóñes, resolveu adiantar a sua saída do cargo.

Junho de 2012

Apesar da crescente especulação, o Ministro da Economia da Espanha nega

que o país precise de resgate de seu setor bancário e afirma que não discutiu

qualquer tipo de intervenção sobre os bancos espanhóis. As observações

ajudaram a impulsionar a Bolsa de Valores de Madri, que apresentou um

crescimento de 3%.

As bolsas de valores europeias e asiáticas vêm apresentando forte alta após

as notícias do plano de resgate aos bancos espanhóis.

Após um início animador provocado pelo anúncio da recapitalização dos bancos

espanhóis, todos os mercados mundiais caíram rapidamente. O preço do petróleo

caiu 3,0% devido ao temor de que a crise gere uma menor demanda pela

commodity. O custo de obtenção de empréstimo por parte dos governos italiano e

espanhol para pagamento em dez anos aumentou

Os títulos de 10 anos do Governo Espanhol atingiram um novo recorde pelo

segundo dia consecutivo. Os juros que incidem sobre estes bonds vêm sendo

negociados acima de 7,0% depois que a agência de risco Moody`s rebaixou a nota

de crédito espanhola para um patamar apenas acima do nível considerado “lixo”. Os

13

Page 12: Trabalho sistema financeiro completo

líderes europeus tinham a esperança de que os mercados se acalmassem após o

pacote de resgate de € 100 bilhões.

Cresce a preocupação mundial. As primeiras notícias oriundas do encontro do

G20 no México indicam que a preocupação mundial em relação à crise na zona do

euro é crescente. Enquanto isso, a taxa de inflação no Reino Unido caiu 2,8%, uma

queda de 2,5% em relação ao ano passado, afirmou o Office for National Statistics

(ONS), o Instituto Britânico de Estatística e Pesquisa equivalente ao IBGE no Brasil.

Analistas preveem uma maior queda da inflação. Uma coalisão

governamental com três partidos políticos foi formada na Grécia com o intuito de

apoiar o pacote de resgate internacional e manter o país na zona do euro.

Quinze das maiores instituições financeiras mundiais tiveram suas

recomendações de investimento rebaixadas no final do dia de ontem pela agência

de risco Moody’s, refletindo o alto grau de exposição apresentado por estas

instituições frente à crise do euro.

Dentre os bancos afetados encontram-se os britânicos Barclays, HSBC, RBS

e Lloyds, assim como o Credit Suisse. O rebaixamento da instituição suíça foi

considerada a mais inesperada, uma vez que a mesma foi o único banco rebaixado

em três níveis pela agência.

Com relação aos bancos americanos, foram rebaixados o Bank of America e

o Citigroup. As outras instituições foram: Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP

Morgan Chase, UBS, BNP Paribas, Credit Agricole, Societe Generale, Deutsche

Bank e Royal Bank of Canada.

Itália e Espanha vencem queda de braço após 14 horas de negociação e

zona do euro aprova acordo que permite socorro direto a bancos em dificuldade.

Julho de 2012

Banco Central Europeu (BCE) – Progresso grego “virtualmente estagnado”.

Os plano para a criação de uma união bancaria ampla na União Europeia

prevista pelo Banco Central Europeu (BCE) ainda carece de um maior detalhamento

sobre como esta medida impedirá a quebra de vínculo entre os bancos e seus

respectivos governos, alertou ontem a agência de avaliação de risco Fitch.

PMI indica desaceleração na economia da Alemanha

Enquanto que membros do FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco

Central Europeu) e da Comissão Europeia encontram-se na Grécia para avaliar o

14

Page 13: Trabalho sistema financeiro completo

sucesso inicial promovido pela liberação de parte do pacote de resgate grego, a

divulgação da pesquisa PMI (Purchasing Managers’s Index), conhecido no Brasil

como Índice dos Gerentes de Compras – mostra uma forte contração no setor de

serviços da Alemanha.

Crise bancaria na Espanha ruma para o tribunal. O ex-chefe do Fundo

Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato terá que prestar contas aos tribunais

espanhóis sob acusações de fraudes relativas ao seu envolvimento com o Bankia –

banco espanhol credor de hipotecas.

A maioria dos mercados globais despencou novamente apesar de uma nova

rodada de esforços por parte de diversos bancos centrais em conter a hemorragia

das economias mais expostas à crise na zona do euro.

Já o Banco Central Europeu (BCE) cortou a sua taxa básica de juros em 0,25

pontos percentuais para 0,75%, e a taxa de remuneração de depósito bancário de

0,25% para zero. Indicadores apontam para um novo ciclo de fraco crescimento

econômico e aumento de incerteza entre os mercados

Espanha anuncia um novo corte de despesas e aumento da carga tributária.

O Primeiro-Ministro Espanhol anunciou um novo corte no orçamento governamental

e um aumento na carga tributária com o objetivo de equilibrar as contas do país. No

total, essas medidas representarão um choque de austeridade na economia

espanhola equivalente a 6,55 do PIB (Produto Interno Bruno) em menos de três

anos.

A fabricante europeia de carros Peugeot Citroen citou a “crise profunda” na

zona do euro como a principal culpada pela demissão de 8.000 funcionários e pela

queda na demanda por carros.

A crise em curso na Europa tem afetado o desempenho financeiro da Ásia, com o

PIB (Produto Interno Bruto) da China caindo para 7,6% e a economia de Cingapura

contraindo 1,1% no segundo trimestre de 2012.

A desaceleração da China – o pior resultado do país em três anos – gera forte

impacto sobre a economia australiana. Respondendo por mais de 25% do seu

mercado de exportação, a desaceleração da China foi responsável pelo crescimento

da Austrália abaixo do esperado: 2,2% contra os 3,1% projetado inicialmente pela

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Grécia adia decisão final sobre corte de gastos.

Itália aprova definitivamente o pacto fiscal europeu.

15

Page 14: Trabalho sistema financeiro completo

O Banco Europeu de reconstrução e desenvolvimento, reduziu sua previsão

de crescimento para a Rússia em 2012, de 1,1% para 3,1%. A crise foi chegando à

Rússia através de dois canais principais: preços mais baixos das commodities e uma

redução geral do apetite pelo risco.

Agosto de 2012

O mercado aguarda que novas medidas sejam propostas nos Estados Unidos

para a formação de uma plano de recuperação em conjunto com os novos esforços

realizados na Europa.

Rentabilidade média dos títulos espanhóis de 10 anos subiu para 6,65% - um

aumento de 0,22% em relação à média de rentabilidade registrada em Julho.

Também houve uma diminuição da demanda por esses títulos no mercado.

Os mercados mundiais caíram bruscamente, logo após o Banco Central

Europeu (BCE) desapontar os investidores, que aguardavam pela divulgação de

uma solução imediata para conter a crise da dívida europeia.

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de crescimento prevista

para o próximo ano de 1,0% para apenas 0,6%. Enquanto isso, o déficit comercial

no Reino Unido foi confirmado como o maior desde que seus registros começaram:

£ 4,3 bilhões. Já do outro lado do mundo, dados referentes a empréstimos bancários

e às transações comerciais chinesas mostram que o país continua firme em seu

modo de desaceleração.

O fraco consumo doméstico entre os países que compõem o bloco (exceto a

Alemanha) e a redução dos planos de investimento formam principais vilões da

retração econômica.

Setembro de 2012

A produção industrial da zona do euro caiu pelo décimo terceiro mês

consecutivo. Novos números demonstram que o Índice de performance de produção

para a zona euro em Agosto (45,1) subiu ligeiramente em relação à Julho (44,0).

Qualquer medida do índice PMI abaixo de 50,0 indica redução da produção

industrial e, consequentemente, contração do PIB (Produto Interno Bruto).

As bolsas de valores europeias vêm performando em ligeira baixa uma vez

que o rali provocado pelo anúncio da aprovação das novas medidas de estímulo do

Banco Central Europeu (BCE) começa a arrefecer-se e, a Espanha passa a

16

Page 15: Trabalho sistema financeiro completo

demonstrar uma certa resistência em solicitar o pacote de resgate à sua tão

combalida economia.

Um dólar mais forte e um euro mais fraco viram a cotação do Petróleo Brent

cair mais de US$ 1,00 durante os pregões na Europa e na Ásia. Provavelmente um

reflexo da nota emitida pelo Banco da Espanha afirmando que o produto interno

bruto (PIB) do país encolheu significativamente neste terceiro trimestre.

As principais bolsas de valores da Europa fecharam em forte baixa ontem – o

FTSE 100 perdeu mais de £ 23,2 bilhões e as bolsas dos países europeus em maior

dificuldade, como Espanha e Grécia, fecharam com baixas acima de 3%.

Outubro de 2012

Outros dados catastróficos demonstram que o número de desempregados na

Europa já ultrapassa a barreira de 25 milhões de pessoas – com 18 milhões

residindo nos países da zona do euro mais afetados pela crise. A taxa de jovens

sem emprego na Espanha e na Grécia é particularmente alta: respectivamente

52,90% e 55,40%, de acordo com a Eurostat.

A Espanha com 24,63% de sua população ativa desempregada presenciou

uma nova queda generalizada (-0,40%) das ações negociadas nas bolsas de valores

europeias, nesta Terça-Feira, em função de uma nova desvalorização do euro (-

0,29%) frente ao dólar americano.

Novembro de 2012

Os números gerais mascaram amplas diferenças pelo bloco de 17 países,

com o desemprego na Áustria a 4,3% da população ativa e os níveis de desemprego

na Espanha a 26,2%, o maior na Europa.

Dezembro de 2012

O Ministério da Economia da Alemanha anunciou que a produção industrial

do país recuou e deve permanecer nesse ritmo ao longo do quarto trimestre. A

notícia amplia os temores de que uma desaceleração na maior economia da Europa

pode aprofundar a recessão da zona do euro.

17

Page 16: Trabalho sistema financeiro completo

3 PAÍSES DIRETAMENTE AFETADOS

Devido à globalização a crise econômica afeta várias nações, como

investimento, geração de empregos, importação/exportação, impactando no PIB,

Risco pais entre outros, nesta crise que os países estão vivendo desde 2008, afetou

várias nações umas mais fortemente que as outras. Segue abaixo alguns países

afetados pela crise.

Principais países Afetados: Canadá, Estados Unidos, México, Brasil,

Colômbia, Chile,Argentina, Islândia, Irlanda, Portugal, Reino Unido, Espanha,

França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Noruega, Suíça, Itália, Hungria,Dinamarca,

Áustria, Polônia, Letônia, Grécia, Suécia, Ucrânia, Rússia, Turquia, África do Sul,

Israel, Iraque,Kuwait, Catar, Arábia Saudita, Paquistão, Índia, Tailândia, China, Hong

Kong, Vietnã, Malásia, Taiwan, Indonésia, Coréia do Sul, Japão, Austrália, Nova

Zelândia, além dos Países do Bloco da União Européia.

MEDIDAS CONTRA A CRISE NOS PRINCIPAIS

PAISES AFETADOS, INCLUSIVE UNIÃO EUROPÉIA

ITÁLIA - Estímulo econômico, o governo transferirá cerca de

80 bilhões de euros (do setor público para o privado.

Auxílio financeiro a famílias de baixa renda, isenção de

impostos a empresas e uma ajuda de até 12 bilhões de

euros para os bancos italianos, que será distribuída

por meio da compra de dívidas híbridas das

instituições financeiras pelo governo.

- Aprovou uma lei de emergência que cria um fundo de

estabilização e dará garantias a depósitos de até 103

mil euros, medida que tem como objetivo restaurar a

confiança no sistema financeiro em meio à crescente

crise financeira global.

- O Banco da Itália aprovaram ainda novas medidas

para aumentar a confiança no sistema financeiro, em

linha com outros países integrantes da zona do euro.

18

Page 17: Trabalho sistema financeiro completo

As medidas incluem a garantia estatal de novas

dívidas bancárias de até cinco anos emitidas até o final

de 2009; um swap do banco central da Itália para

ajudar os bancos a se refinanciarem; e o apoio estatal

aos financiamentos de bancos para companhias

privadas.

IRLANDA

- Garantia de todos os depósitos, papéis e dívidas dos

bancos do país, garantia valerá por dois anos e

beneficia seis bancos da Irlanda: Allied Irish, Bank of

Ireland, Anglo Irish Bank, Irish Life and Permanent,

Irish Nationwide Building Society e Educational

Building Society.

- Recaptalização de 10 bilhões de euros as

instituições financeiras por meio de medidas como a

compra de ações dos bancos do país. Dinheiro esse

que saíra das estatais.

PORTUGAL

- A economia estagnada.

- Criação de um fundo de até 20 bilhões e assim

garantindo liquidez aos bancos do país.

Garantia também que vai garantir todos os depósitos

bancários do país.

UNIÃO

EUROPEIA

- União do bloco para a criação de um pacote de

estímulo econômico calculado em cerca de 200 bilhões

de euros . E assim injetando nas suas economias o

equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do

bloco.

- Garantiu aos correntistas em todos os 27 países. A

garantia, que era de 20 mil euros, passa a pelo menos

50 mil, com intenção de evitar corrida e saques.

- O Banco Central Europeu realizou dois cortes na

taxa de juros da zona do euro desde o agravamento da

19

Page 18: Trabalho sistema financeiro completo

crise. Os cortes colocaram a taxa de juro em 3,25%.

GRÉCIA - Anuncio de um pacote de 28 bilhões de euros.

4 PRINCIPAIS MEDIDAS PARA ENFRENTAR OS IMPACTOS.

Para a maioria dos economistas, a atual crise é a pior desde o crash da Bolsa de

Nova York, em 1929. Quando a instabilidade eclodiu, em 15 de setembro, com o

pedido de concordata do banco Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o

Bank of America, Wall Street teve o seu pior desempenho desde o 11 de Setembro.

A partir daí, as bolsas entraram em queda em todo o mundo, com poucos dias de

alívio. Grandes potências entraram em recessão, as taxas de desemprego

cresceram e vários setores da economia entraram em declínio. É mandatório,

portanto, que os governos e organizações multilaterais lancem mão de medidas e

discursos contra os abalos nos mercados. Uma das principais medidas foram;

Pacotes dos Governos

Com o mercado dando sinais de fraqueza, abriu-se o caminho para a

intervenção do estado. Governos de todo o mundo vêm anunciando pacotes de

bilhões de dólares, que incluem ajuda a empresas privadas, disponibilização de

crédito para investidores e consumidores, cortes de impostos e investimentos em

infra-estrutura.

Taxas de Juros

Juro baixo significa dinheiro mais barato. Que, por sua vez, representa maior

volume de crédito para um país. Com crédito, o consumidor vai às compras e,

consumindo, repassa dinheiro ao empresário, que emprega e investe. Abaixo, os

países que decidiram reduzir suas taxas de juro para estimular a economia:

20

Page 19: Trabalho sistema financeiro completo

Políticas Institucionais

A gravidade da situação tem motivado a realização de encontros dos grupos e

organismos multilaterais. Seus membros se sentam para conversar e procurar

respostas para as incertezas. A seguir, os principais encontros ocorridos desde o

início desse período de turbulências econômicas:

Socorro do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou à cena com a turbulência

internacional. Já foram concedidos três empréstimos desde o início da crise. De

acordo com a própria instituição, há cerca de 200 bilhões de dólares disponíveis

para ajudar países em dificuldade, e as exigências para empréstimo podem ser

reduzidas para agilizar o socorro às nações vítimas da crise.

5 PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2013

A Zona do Euro continua atolada na recessão e estaria ainda pior se não

fosse o brando crescimento da Alemanha. A crise Européia segue sem ser

solucionada, mas acredita-se em um caminho, o programa de compra de bonds

anunciado pelo Banco Central Europeu. Mesmo assim, há dificuldades, na região,

especialmente entre os países periféricos e o futuro da Grécia, no longo prazo, como

membro do euro parece difícil. A expectativa é que o declínio da economia grega

continue, guiado pela austeridade fiscal. Se houver uma recuperação em 2013, ela

será fraca, com crescimento de 0,4%. A Europa oriental segue vulnerável aos

problemas da zona do euro, mas as últimas ações do BCE balancearam os riscos e

o espera-se um crescimento de 2,5% em 2012 e de 3% em 2013. 

*Veja no quadro abaixo, a expectativa de crescimento da economia Européia até o

ano 2017, realizado pela Economist Intelligence Unit, empresa de consultoria

internacional: 

21

Page 20: Trabalho sistema financeiro completo

  2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Mundo (PPP Exchange rates) % 3,7 3,1 3,5 4,0 4,1 4,2 4,1

América Latina 4.3 3.1 3.9 4.2 4.0 4.1 4.1

Estados Unidos 1.8 2.1 1.9 2.1 2.2 2.3 2.3

Japão -0.7 2.0 1.2 1.6 1.2 0.9 0.8

China 9.2 7.8 8.6 8.0 8.0 7.8 7.8

Zona do Euro 1.5 -0.4 0.4 1.2 1.4 1.4 1.2

Europa Oriental 3.8 2.5 3.0 3.7 3.7 3.9 4.0

Ásia e Austrália (excl. Japão) 6.5 5.7 6.4 6.5 6.5 6.5 6.4

Oriente Médio e Norte da África 3.4 3.4 3.9 4.7 4.9 5.3 5.0

África Subsaariana 4.4 4.1 4.4 5.0 5.0 5.2 5.0

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao-crescer-ate-2017?page=3, em 09/12/2012.

REFERÊNCIAS

http://br.advfn.com/eventos/2012/crise-na-europa em 08/12/2012

http://www.bportugal.pt/pt PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/Cronologia/Publicacoes/Cronologia_p.pdf em 08/12/2012

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/11/30/desemprego-na-zona-do-euro-atinge-recorde-mas-inflacao-desacelera.jhtm em 08/12/2012

http://www.esquerda.net/dossier/cronologia-crise-econ%C3%B3mica-espanhola/22270 em 08/12/2012.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao-crescer-ate-2017?page=3, em 09/12/2012.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/crise-financeira/guia1.html em 08/12/2012

22

Page 21: Trabalho sistema financeiro completo

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/industria-alema-recuou-2-6-em-outubro em 08/12/2012

http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/crise-europa.shtml, em 08/12/2012.

23