tn magazine 74 - sept-oct 2010

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  • TN Petrleo 74 1

    O Rio de Janeiro acaba de ganhar

    sua base de apoio offshore.

    Centro de Excelncia Logstica Offshore

    Mais de 20.000m de rea contguos ao Porto do Rio de Janeiro;

    Armazm coberto e licenciado para slidos e qumicos;

    rea para inspeo e limpeza de tubos;

    Gesto de Resduos;

    Equipamentos de iamento no padro offshore;

    Funcionamento 24x7;

    Operao porturia e atendimento embarcaes no Porto

    do Rio de Janeiro.

    Conhea mais sobre esta soluo g-comex para o mercado Offshore Brasileiro

    em: www.gcomex.com.br/bases

    OFFSHORE LOGISTICS

    We work hard to simplify our costumers operations

    base ecoeficiente

    CO2

  • sumrio edio n 74 set/out 2010

    Entrevista exclusiva

    FPSO P-57

    Especial: Logstica

    26 Esprito Santo ganha primeira base de apoio

    28 Insight cria novo sistema de logstica de pessoal em plataformas

    31 Negcios vista

    39 WEG fornece pacote eltrico

    com Tulio Chipoletti, vice-presidente executivo da TenarisConfab

    Expanso com foco em tecnologia

    Uma nova logstica offshore

    Cenpes: ampliao concluda

    Capitalizao necessriaRevap: refino modernizadoRlam: a me de todas as refinariasComea a produo definitiva em Tupi

    Um modelo para o futuro

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  • Braskem inaugura fbrica de eteno verde

    Liderana em Classificao e Certificao Offshoree-mail: [email protected] Tel: + 55 21 2276-3535

    CONSElHO EDITORIal

    Affonso Vianna Junior

    Alexandre Castanhola Gurgel

    Andr Gustavo Garcia Goulart

    Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira

    Bruno Musso

    Colin Foster

    David Zylbersztajn

    Eduardo Mezzalira

    Eraldo Montenegro

    Flvio Franceschetti

    Francisco Sedeo

    Gary A. Logsdon

    Geor Thomas Erhart

    Gilberto Israel

    Ivan Leo

    Jean-Paul Terra Prates

    Joo Carlos S. Pacheco

    Joo Luiz de Deus Fernandes

    Jos Fantine

    Josu Rocha

    Luiz B. Rgo

    Luiz Eduardo Braga Xavier

    Marcelo Costa

    Mrcio Giannini

    Mrcio Rocha Melo

    Marcius Ferrari

    Marco Aurlio Latg

    Maria das Graas Silva

    Mrio Jorge C. dos Santos

    Maurcio B. Figueiredo

    Nathan Medeiros

    Roberto Alfradique V. de Macedo

    Roberto Fainstein

    Ronaldo J. Alves

    Ronaldo Schubert Sampaio

    Rubens Langer

    Samuel Barbosa

    Cobertura Rio Oil & Gas 2010

    Caderno de Sustentabilidade

    53 Intercmbio necessrio66 Empregos na indstria naval

    dobram em 201069 Tecnologia ainda

    a alma do negcio80 Gas Energy: transformao da

    empresa em sociedade annima

    120 Vazamento de petrleo na era da sustentabilidade, por lucas Copelli132 Acidentes com dutos de petrleo e derivados,

    por Jaqueline Costa martins e Rodolfo Bernardos

    135 Pr-sal traz novo panorama de mercado e incrementa perspectivas de negcios na rea de energia, por anna Tavares de mello e Danielle Gomes de almeida Valois

    138 Um marco crucial, por maria alice Doria e Patrcia Guimares140 Novos mtodos construtivos e incorporao de tcnicas

    offshore em dutos terrestres, por Conrado Serodio, Jos Guido de Oliveira, Srgio menezes Borges e Sergio Barreto lima

    146 Vantagens competitivas na indstria de leo e gs, por Roberto Zegarra 149 Oportunidades no setor de petrleo e gs, por Fbio Dave

    5 editorial 6 hot news 10 indicadores 84 eventos 96 perfil profissional 101 caderno de sustentabilidade

    122 pessoas 124 produtos e servios 150 fino gosto 152 coffee break 154 feiras e congressos 155 opinio

    Recorde de pblico e de negcios

    artigos

    Ano XII Nmero 74 set/out 2010Fotos: Helibras e mCS

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  • 4 TN Petrleo 74

    consolidadaUma indstria

    Esto previstos mais de R$ 30 bilhes em investi mentos na construo de novos petroleiros, graneleiros, porta-contineres, embarcaes de apoio, plataformas e navios-sonda.

    Previso de 300 mil empregos diretos e indiretos.

    Contedo local de 75% na compra de produtos e novos equipamentos.

    Modernizao e ampliao das instalaes aumentando a capacidade de processamento de ao por ano em mais de 600 mil toneladas.

    SINAVAL Sindicato Nacional da Indstria da Construo e Reparao Naval e O shoreAvenida Churchill, 94/2 andar, conj. 210 a 215, CentroCEP 20020-050 Rio de Janeiro RJTel.: 55 21 2532-4878 Fax: 55 21 2532-4705 [email protected] www.sinaval.org.br

    Indstria naval brasileira: construindo, desenvolvendo

    e transportando o Brasil de hoje e amanh!

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  • TN Petrleo 74 5

    Rua do Rosrio, 99/7 andarCentro CEP 20041-004

    Rio de Janeiro RJ BrasilTel/fax: 55 21 3221-7500

    [email protected]

    DIRETOR EXECUTIVOBencio Biz

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    DIRETORa DE NOVOS NEGCIOSLia Medeiros (21 8241-1133)

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    EDITORaBeatriz Cardoso (21 9617-2360)

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    EDITOR DE aRTE, CUlTURa E VaRIEDaDES

    Orlando Santos (21 9491-5468)

    REPRTERESCassiano Viana (55 21 9187-7801)

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    Maria Fernanda Romero (55 21 8867-0837) [email protected]

    Rodrigo Miguez (21 9389-9059)[email protected]

    RElaES INTERNaCIONaISDagmar Brasilio (21 9361-2876)

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    DESIGN GRFICOBencio Biz (21 3221-7500)

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    PRODUO GRFICa E WEBmaSTERLarcio Loureno (21 3221-7506)[email protected]

    Marcos Salvador (21 3221-7510)[email protected]

    REVISOSonia Cardoso (21 3502-5659)

    DEPaRTamENTO COmERCIalJos Arteiro (21 9163-4344)

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    Cristina Pavan (21 9408-4897)[email protected]

    Lorraine Mendes (21 8311-2053)[email protected]

    Bruna Guiso (21 7682-7074)[email protected]

    aSSINaTURaSRodrigo Matias (21 3221-7503)

    [email protected]

    CTP e ImPRESSOWalprint Grfica

    DISTRIBUIO Bencio Biz Editores Associados.

    Os artigos assinados so de total responsabilidade dos autores,

    no representando, necessariamente, a opinio dos editores.

    TN Petrleo dirigida a empresrios, executivos, engenheiros, gelogos,

    tcnicos, pesquisadores, fornecedorese compradores do setor de petrleo.

    ENVIO DE RElEaSESSugestes de temas ou envio de matrias devem ser feitos via fax: 55 21 3221-7511

    ou pelo e-mail [email protected]

    Passadas as eleies, a sen-sao que temos de que finalmente o ano de 2010 poder retomar sua marcha natural, sem mais casusmos, promessas vs ou indefinies. Sabemos que a economia no parou e caminha para um crescimento acima da mdia das ltimas duas dcadas, podendo che-gar, e at superar, os 7% previstos.

    Mas no podemos esperar que isso se repita nos prximos anos, quando sabemos que ser neces-sria uma srie de ajustes para a economia no perder o rumo do desenvolvi-mento sustent-vel. E para isso, temos que manter em movimento um dos principais motores da economia brasileira: o da indstria de petrleo e gs, que vem alavancando uma imensa cadeia de fornecedores de bens e servios.

    Mais ainda: atraindo o interesse de investidores e companhias do mundo inteiro, vidos de participar desse mercado em forte expanso, como foi possvel ver na Rio Oil & Gas 2010. O evento bateu todos os recordes em nmero de expositores, visitantes, congressistas, trabalhos tcnicos e rodadas de negcios. Vale conferir a cobertura completa de mais uma edio do segundo maior evento do setor no mundo.

    O crescimento acelerado desse setor est mais do que visvel tam-bm nos mltiplos empreendimentos que vm sendo concludos ou que avanam pelo pas afora: a Petrobras recebeu em outubro a P-57, primeiro projeto de FPSO totalmente confec-cionado no Brasil, assim como deu a partida no sistema piloto de Tupi e inaugurou o projeto de expanso de seu centro de P&D, o Cenpes.

    Outubro foi, na realidade, um ms pleno para a estatal, com muitos mo-tivos para comemorar, mais alm dos seus 57 anos e da capitalizao re-corde que a transformou na segunda maior companhia aberta de petrleo do mundo. A Petrobras inaugurou unidades estratgicas dentro do programa de modernizao da Revap (que por enquanto a caula das refinarias brasileiras), em So Paulo, que vai consumir R$ 3,5 bilhes at 2011, e celebrou o aniversrio de sua mais antiga unidade de refino, a RLAM, na Bahia.

    E, ainda, deu a partida no segun-do mdulo da unidade de tratamento de gs de Cacimbas (UTGC), na pr-operao da unidade de tratamento de gs sul-capixaba (UTG Sul) e no campo de gs de Canapu, no norte do estado do Esprito Santo. Em razo da paralisao de algumas unidades, teve uma queda em sua produo de petrleo, a qual dever se recuperar at o final do ano.

    Um ano que est s vsperas de terminar embora o sentimento seja de que mal comeou. Portanto, mais do que chegado o momento de arregaarmos as mangas e nos empenharmos para consolidar o crescimento econmico desse pas que vem quebrando paradigmas, tan-to tecnolgicos e econmicos quanto polticos afinal, elegeu a primeira mulher presidente da Repblica de nossa histria.

    Enfim, so novos tempos. Mas ainda antigo e permanente o com-promisso que todos ns devemos assumir e tornar realidade: o de fazer o Brasil do futuro, o pas do presente. Sem mais delongas.

    Boa leitura!

    De volta ao trabalho

    Filiada

    editorial

    Bencio BizDiretor executivo da TN Petrleo

  • 6 TN Petrleo 74

    Lder mundiaL em software de negcios, com solues utilizadas em todos os segmentos da econo-mia, a alem SaP escolheu So Paulo para abrigar o quinto SaP Co-innovation Lab (Coil). O sistema abre caminho para a transferncia de tecnologia e um ambiente cola-borativo, no qual parceiros e clientes contribuem para o aprimoramento de solues para seus usurios, utilizando ainda a computao em nuvem (cloud computing).

    O novo laboratrio de coino-vao da companhia o primeiro da amrica Latina: os outros esto em Palo alto (Califrnia/eua), Tquio (Japo), Bangalore (ndia) e Walldorf (alemanha), e operam de forma interligada com computao em nuvem. Todos possuem con-figuraes similares que incluem showroom, engenharia, sala de

    projetos e conectividade direta com os prprios data centers globais.

    a SaP Brasil tem recebido grandes investimentos nos ltimos anos e j uma das cinco opera-es mais importantes no mundo.

    a instalao do novo Coil em So Pau-lo confirma a relevncia de nosso mercado para as opera-es globais da companhia no

    longo prazo, destacou Lus Csar Verdi, presidente da SaP Brasil. a inovao colaborativa traz resulta-dos muito positivos para o mercado e, combinada alta qualificao de nosso time local, ser fonte de solues e projetos que podero ser utilizados, futuramente, no s

    no Brasil, mas tambm em outros pases.

    H 15 anos no Brasil, a empre-sa quer ampliar a rede de parcei-ros locais para tornar-se desen-volvedora de tecnologia no pas. Com investimentos que j somam um milho de euros, o Coil tem projetos em andamento com dois parceiros nacionais, a Sigga e a LexConsult, embora outros parcei-ros globais participem das opera-es desse laboratrio, como Cisco, F5 networks, Hewlett-Packard, intel, netapp e Vmware. Geogra-fias como o Brasil ou a ndia no so lugares perifricos, so fonte de inovao de relevncia global, destacou axel Henning Saleck, vice-presidente global do SaP Co-innovation Lab network, que tem o patrocnio global das cinco parceiras, alm da accenture.

    a PeTrOBraS aSSinOu com a empresa americana uOP, tradicional fornecedora de tecnologia na rea de refino de petrleo, contrato para fornecimento dos projetos bsicos e de pr-detalhamento das refinarias Premium i e ii, a serem construdas no maranho no Cear, respectiva-mente, para a produo de derivados para os mercados nacional e inter-nacional. estes projetos contemplam dois trens (unidade completa) de refino para a Premium i e um trem de refino para a Premium ii, cada um com capacidade de processamento de 300 mil barris/dia de petrleo, totalizando 900 mil barris/dia de pe-trleo nacional.

    a escolha por sistemas iguais nas duas refinarias proporcionar uma reduo de custos de projeto e de instalao, alm de diminuir os prazos de execuo dos projetos. a uOP foi selecionada a partir de uma competio entre projetistas interna-cionais, na qual o principal critrio de escolha foi o resultado econmico global das refinarias, considerando custos de instalao, operao e re-

    ceita proporcionada pelos derivados produzidos.

    Os principais pontos desen-volvidos pela proponente foram: a otimizao do Capex, maximizao de derivados mdios e a melhor efi-cincia energtica, com excelentes resultados em todas estas dimen-ses. Os projetos tambm tero como premissas fundamentais critrios de segurana, meio ambiente e sade.

    a Petrobras estabeleceu que os projetos devero seguir padres e normas internacionais, tambm res-peitando as normas legais brasilei-ras. Os projetos de pr-detalhamento (Feed/Front end engineering de-sign), apesar de responsabilidade da uOP, sero executados por empresas de engenharia brasileiras, garan-tindo a utilizao de mo de obra nacional.

    essa modalidade de contratao de projeto, centralizada em uma s empresa, garantir a integrao das mltiplas tecnologias e processos que envolvem uma refinaria, com alta qualidade, menores prazos e custos globais.

    A PRODUO DE LEO e gs em terra dos concessionrios independentes atingiu, em agosto, 2.131 barris de leo equivalente, segun-do dados fornecidos na sexta-feira (29) pela Agncia de Nacional de Petr-leo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP). O volume no era alcanado desde 2007 e se deve principalmente ao teste de longa durao do bloco REC-T-155, na bacia do Recncavo, na Bahia, operado pela Alvora-da Petrleo e adquirido na Nona Rodada de Licitaes, em 2007.

    Com isso, fica mais uma vez eviden-ciada a importncia da continuidade dos leiles da Agncia, que no ocorrem desde 2008, afirmou o presidente da Associa-o Brasileira dos Produtores de Petrleo e Gs (ABPIP), Oswaldo Pedrosa.

    hot news

    Petrobras assina contrato com a americana UOPCresce produo independente de petrleo

    SaP vai promover coinovao no Brasil

  • TN Petrleo 74 7

    Sem CiTar VaLOreS, a companhia anglo-holandesa prev perfurar mais sete poos (com cerca de 1.100 m de profundidade no subsolo mari-nho) e diz que a expectativa que, at o final de 2011, a FPSO Esprito Santo aumente sua produo diria de 80 mil (e acima das expectati-vas iniciais dos parceiros) para 100 mil barris de petrleo. esse mais um importante marco para o nosso crescimento substancial nas amri-cas, afirma Marvin Odum, diretor de explorao e Produo da Shell para as amricas.

    a Shell, que opera o Parque das Conchas, tem 50% de participao no ativo, onde se estima que haja 300 milhes de barris de leo equivalen-te. O restante da concesso dividido entre Petrobras, com 35%, e a estatal indiana OnGC, com 15%. alm de petrleo, o FPSO Esprito Santo pode produzir at 50 milhes de m de gs natural, que sero processados na unidade de Tratamento de Gs de anchieta (uTG Sul), recm inaugu-rada, uma vez que j est pronto o

    gasoduto ligando o Parque das Con-chas a Jubarte, de onde o gs ser enviado para a unidade capixaba.

    a Shell deu incio primeira fase do Parque das Conchas em agosto de 2009, a partir de nove poos em trs campos abalone, Ostra e argo-

    nauta B-West. Foi o primeiro projeto em que todos os campos so de-senvolvidos com base no sistema de separao e bombeio subma-rino: bombas el-

    tricas com 1.500 cavalos de potncia elevam o petrleo por quase 1.800 m at o FPSO.

    em outubro tivemos a produo do primeiro gs comercial do pr-sal e o comeo da segunda fase do Parque das Conchas. isso mostra que nosso potencial est sendo explorado e que os investimentos esto che-gando, comemora o secretrio de desenvolvimento do estado, mrcio Flix Bezerra.

    COM EXPERTISE CONSOLIDADA na gesto integrada de servios, a Rufollo comemora 38 anos de atuao em um mercado cada vez mais exigente. Comeamos em 1972, lanando

    nosso portiflio de ser-vios atuando em re-formas e manutenes patrimoniais, lembra Rufollo Villar, diretor administrativo da em-presa, que hoje atua em obras de infraestrutura para reas de petrleo e gs, gua e sistemas

    de esgoto, construo civil em obras de dutos, limpeza e conservao, dentre outros.

    Respaldada na inovao e excelncia em servios, h alguns anos a empresa vem ampliando seus servios, atuando hoje fortemente tambm na rea de petrleo e gs, prestando servios tanto em obras de infraestrutura, principalmente na construo e montagem de oleodutos e gasodutos, como na inspeo, limpeza e manuteno da faixa de dutos e suas instalaes, reflorestamento e recomposio vegetal em reas danifica-das. Investimos no aprimoramento de novas competncias para continuar a escrever uma histria de sucesso, pontua o executivo.

    Entre os principais projetos nos quais participa, est a expanso e manuteno e inspeo de faixas de dutos dos Sistemas Petrobras como a Transportadora Gasoduto Bolvia-Brasil (TBG) e a Transpetro , e ainda as faixas de domnio de dutos do trecho Rio/So Paulo, nas quais realiza trabalhos de reflorestamento, recomposio, ampliao, manuteno e construo de sistemas civis para o perfeito funcionamento dos sistemas de gasodutos.

    De acordo com Villar, a empresa com-pletou o sexto ano sem acidentes de traba-lho. Esse sucesso, segundo ele, fruto dos treinamentos contnuos de suas equipes, das fiscalizaes, dos procedimentos e da utilizao de equipamentos de proteo (EPIs), e investimentos constantes nas ati-vidades.

    Rufollo comemora 38 anos

    Shell anuncia segunda fase do Parque das ConchasDois meses depois de anunciar que pretende vender ativos no Brasil (e vem fazendo o mesmo em outros pases), a Shell anunciou em outubro que dar incio segunda fase da explo-rao do pr-sal do Parque das Conchas, a 100 km da costa sul do Esprito Santo.

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    A Petrobras inaugurou, no final de ou-tubro, o Polo Naval do Rio Grande, em Rio Grande (RS), com a presena do presidente da Repblica, Luiz Incio Lula da Silva. O Polo consiste em uma infraestrutura de 430 mil m para cons-truo e reparos de unidades martimas (offshore) para a indstria do petr-leo, tais como plataformas flutuantes de perfurao, produo e de apoio. A nova estrutura permitir a construo em srie de cascos para plataformas, aumentando a competitividade nas licita-es com a entrada de novas empresas, possibilitando reduo nos preos e nos prazos dos futuros projetos.

    A construo do Polo Naval teve in-cio em agosto de 2006 e sua obra gerou cerca de 1.400 empregos diretos (mdia mensal). A principal instalao do empre-endimento o dique seco, com 350 m de comprimento, 130 m de largura e 17,1 m de altura, e equipado com um prti-co capaz de erguer at 600 toneladas. Um dique dessas dimenses (entre os maiores do mundo) permite a construo simultnea de dois navios petroleiros ou duas plataformas. No dique tambm podero ser docadas plataformas ou navios para a realizao de reformas, converses ou reparos.

    O Polo Naval inclui tambm ampla rea para montagem de estruturas e de equipamentos, cabines climatizadas para pintura, equipamentos para movimenta-o de carga, dois cais de atracao que permitem os servios de acabamento, oficinas para processamento de ao e tubulao e diversos sistemas, tais como: ar comprimido, gases industriais, eltrico, coleta e tratamento de efluen-tes etc. As instalaes do Polo esto dimensionadas para comportar at cinco mil pessoas trabalhando e permitiro tambm que se forme mo de obra es-pecializada em construo offshore.Revitalizao da indstria As ins-talaes do Polo Naval j esto sendo utilizadas para a construo dos m-dulos da plataforma P-55. O deckbox

    da plataforma, cuja montagem est em andamento no local, receber os m-dulos e equipamentos que compem a unidade. A unio (mating) do casco inferior, que est sendo construdo em Pernambuco, com o topside e a inte-grao final da P-55 sero executados em Rio Grande.

    A partir do primeiro semestre de 2011, tambm deve comear a constru-o de oito cascos para plataformas do tipo FPSO. A Petrobras tem o direito de uso exclusivo do Polo por dez anos, atravs de contrato de locao.

    rea total ..........................................430.000 mrea das oficinas .............................. 20.000 m Dimenses do dique seco .......................130,0 x 350,0 x 17,1 mrea til do dique seco ...................45,5 mil mComprimento do Cais Norte ......................42 mComprimento do Cais Sul ........................350 mCapacidade do prtico .................................600tCapacidade da oficina de estruturas .................................... 1.000 t/msCapacidade da oficina de tubulao ....... 4.000 spools/ms (trechos de tubulaes)Permite a construo de qualquer tipo de plataforma

    hot news

    GE leo e Gs fecha contrato de US$ 120 milhes no Brasila rea de PerFuraO e pro-duo de petrleo da Ge Oil & Gas fechou no incio de novembro dois contratos, totalizando mais de uS$ 120 milhes, com a companhia sul-coreana daewoo Shipbuilding & ma-rine engineering Co., Ltd (dSme), uma das lderes mundiais especia-lizadas em explorao offshore e construo de navios, plataformas flutuantes e submarinos.

    no primeiro contrato, a Ge ir fornecer sistemas de controle e vl-vulas de preveno e monitoramento em poos de leo e gs (BOP Blowout preventer), para serem instaladas em

    sondas de perfurao flutuantes per-tencente Petroserv, para atividades de explorao e produo de leo e gs na costa brasileira.

    a Ge tambm vai fornecer dois pacotes completos de perfurao para as plataformas da Odebrecht leo & Gs, cada um incluindo um sistema de riser de perfurao (com capa-cidade de operao em 3.000 m de profundidade) e controles de BOP.

    estamos muito contentes por termos sido escolhidos pela dSme para fornecer estes equipamentos para Petroserv e Odebrecht no Bra-sil. Os contratos demonstram a nossa

    habilidade de produzir solues com especificaes de alta tecnologia e exceder as expectativas de nossos clientes quando o assunto tempo de entrega de equipamentos to comple-xos, destacou Sam aquillano, vice-presidente dos negcios de perfurao e produo da Ge Oil & Gas.

    Produzidas nas plantas fabris da Ge em Houston (eua) e Cingapura, os dois pacotes devero ser entregues at novembro de 2011. O suporte ps-venda, referente a assistncia tcnica e sobressalentes, ser forne-cido pela unidade da Ge Oil & Gas no Brasil.

    Petrobras inaugura Polo Naval do Rio GrandeNmeros do Polo Naval do Rio Grande

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    indicadores tn

    ENqUANTO ISSO, o faturamento nominal da indstria de mquinas e equipamentos, que atingiu R$ 6,13 bilhes em julho de 2010, registrou queda de 1,6% em relao ao ms anterior, segundo estudo do Departamento de Economia e Estatstica (DEE) da Asso-ciao Brasileira da Indstria de Mquinas e Equipamentos (Abimaq). Em relao ao mesmo ms do ano de 2009, houve cresci-mento de 19,3%.

    No perodo de janeiro a julho de 2010, o faturamento total chegou a R$ 40,15 bilhes, valor 16,6% maior do que o acumulado no mesmo perodo de 2009 (que foi de R$ 34,42 bilhes). Segundo luiz aubert Neto, presi-dente da Abimaq, no entanto, os ndices de 2009, por refletirem o perodo ps-crise, fornecem uma fraca base de comparao. quando comparados com o melhor ano do setor na dcada, 2008, os ndices permanecem mais baixos. O fatura-mento total acumulado no perodo de janeiro a julho de 2008 foi de R$ 43,12 bilhes.

    Aubert refora, mais uma vez, que o se-tor est conseguindo evitar prejuzos ainda maiores graas atual poltica de financia-mentos do BNDES. A participao do Finame no faturamento do setor aumentou de 15% para 52,2% desde o lanamento do Progra-ma de Sustentao do Investimento (PSI), programa de financiamento do BNDES com juros de 5,5% ao ano. Se no fosse o PSI, o faturamento do setor seria bem menor. Esse percentual de participao do banco de fomento representa volume de vendas de cerca de R$ 17,8 bilhes nos primeiros seis meses de 2010, em comparao a um total de R$ 18,5 bilhes registrados em todo o ano de 2009, afirma Aubert.

    Para o presidente da associao, a par-ticipao do BNDES nos ndices do setor de mquinas e equipamentos deve continuar aumentando at o final do ano, uma vez que o PSI foi prorrogado at 31 de dezembro.Cresce consumo aparente O consumo apa-rente de mquinas e equipamentos soma da produo e das importaes menos as

    exportaes chegou a R$ 54,62 bilhes no perodo de janeiro a julho de 2010, obtendo uma elevao de 13,2% sobre o mesmo pe-rodo de 2009, que foi de R$ 48,25 bilhes.

    Entre os meses de janeiro e julho de 2010, o setor utilizou 82,28% de sua capa-cidade instalada, o que representa aumento de 2,2% em relao ao mesmo perodo do ano passado.Balana comercial O dficit na balana co-mercial continua aumentando, tendo atingido, no perodo de janeiro a julho de 2010, a marca de US$ 8,07 bilhes. Com isso, nossa aposta em relao a um dficit comercial superior a US$ 12 bilhes, at o fim do ano, perma-nece, caso no sejam tomadas as medidas necessrias para reverter as importaes que ocorrem no pas e aes que possam combater o custo Brasil e aumentar a com-petitividade da indstria nacional, declara Aubert Neto.

    No perodo de janeiro a julho de 2010, o setor exportou US$ 4,84 bilhes FOB e no mesmo perodo de 2009, US$ 4,39 bilhes FOB, atingindo uma variao de 10,3%. Deste volume, 16,3% foram exportados para os Es-tados Unidos, 11,36% para a Argentina, 6,31% para o Mxico, 6,16% para os Pases Baixos (Holanda), e 4,69% para o Chile.

    As importaes, por sua vez, atingiram US$ 12,91 bilhes FOB no perodo, contra US$ 10,77 bilhes FOB no mesmo perodo do ano passado, registrando aumento de 19,8%.Nvel de emprego O setor manteve a amplia-o do quadro de pessoal durante o ms de ju-lho, atingindo um total de 247.640 profissionais

    empregados. O nmero representa crescimento de 0,7% no nvel de emprego em relao ao ms anterior, e aumento de 7,6%, quando comparado com o mesmo perodo de 2009.

    Brasil: queda na produo nacionalPETROBRAS REGISTROU a maior queda na produo de petrleo, desde meados de 2009: 1.943,90 barris/dia de leo pro-duzidos em setembro desse ano, ficando aqum de junho do ano passado, quando chegou a 1.937,60 barris/dia. Paradas para manuteno de trs plataformas na Bacia de Campos, P-35 (Marlim), PGP-1 (Garoupa) e P-33 (Marlim) e da Unidade de Processa-mento de Gs UPGNII no campo de Urucu (Amazonas) provocaram a queda de 1,9% em relao mdia produzida em setembro de 2009, quando foi atingido o recorde mensal de 2.003.940.

    Em outubro, com o retorno dessas uni-dades e a entrada em produo de novos poos, a trajetria de crescimento ser reto-mada. A produo total da Petrobras, Brasil e exterior, em setembro, foi de 2.529.897 barris de leo equivalente por dia (boe/d) indicando uma reduo de 1,6% sobre o mesmo ms de 2009, refletindo as paradas acima citadas.

    J o volume mdio de petrleo e gs natural extrados dos campos situados nos pases onde a Petrobras atua chegou a 247.766 barris de leo equivalente por dia em setembro, representando um aumento de 1% em relao ao mesmo ms de 2009.

    Recordes nas importaes de mquinas e equipamentos Atingindo a cifra de US$ 2,3 bilhes em julho de 2010, as importaes brasileiras de bens de capital mecnicos batem recorde histrico dos ltimos 70 anos.

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    Contriburam para o resultado a entrada em produo de novos poos nos campos de Akpo e de Agbami, ambos na Nigria. quando comparado com agosto de 2010, o volume apresentou um aumento de 0,4%, devido ao melhor resultado de poos perfurados na campanha de 2009, na Argentina.

    A produo de gs natural no exterior foi de 15 milhes 995 mil m, registrando uma diminuio de 1,1% em relao ao volume de agosto deste ano, devido parada de alguns equipamentos para manuteno na Bacia Austral, na Argentina, e a uma pequena redu-o da demanda brasileira pelo gs boliviano. J em comparao com setembro de 2009, houve uma reduo de 1,9%, em decorrncia do declnio natural dos campos argentinos e da parada de alguns equipamentos para manuteno.

    A produo mdia de petrleo e gs natural da Petrobras, considerando apenas os campos no Brasil, alcanou em agosto 2.351.951 barris de leo equivalente, com um aumento de 2,4% em relao aos 2.296.260 boed, extrados no mesmo ms de 2009, e de 0,7% quando comparado ao volume produzido em julho de 2010. Os nmeros, divulgados em outubro, mostram que a pro-duo exclusiva de petrleo dos campos nacionais chegou a 2.022.461 barris/dia e

    foi 2,1% superior aos 1.980.222 barris/dia, produzidos em agosto de 2009.

    No h mudanas A ORGANIZAO DOS PASES Exportadores de Petrleo (Opep) anunciou em outubro, em Viena, que decidiu sustentar os nveis atuais de produo fixados h quase dois anos em 24,84 mbd (milhes de barris dirios). A deciso j era esperada pelo mercado. No h mudanas, declarou o ministro equatoriano

    dos Recursos Naturais, Wilson Pstor, pas que preside a Opep em 2010. A reunio de Viena tambm decidiu que o Ir presidir a Opep em 2011, pela primeira vez em 36 anos.

    Em seu relatrio mensal, a organizao prev que a demanda mundial deste ano pode aumentar em 1,13 milho de barris dirios (mbd), atingindo um total de 85,59 milhes. Baseada nessa esti-mativa, o crescimento dos pedidos ser de 1,3%, mesmo levando em considerao as oscilaes na recuperao econmica mundial.

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    mb/d (total)mb/d (Opep)Produo depases-membros da Opep

    Outros pasesprodutores

    Produo de pases-membros da Opep e no-membros out/08 a set/10

    COM UM APORTE DE US$ 400 milhes, a Temasek Holding, fundo soberano vinculado ao Ministrio da Fazenda de Cingapura, passa a ter uma participao de 14,3% na Odebre-cht leo & Gs, que prev investimentos de US$ 3,5 bilhes nos prximos trs anos para se posicionar como empresa integra-da de servios para a indstria petrolfera, expandindo sua atuao no Brasil, Angola e Amrica Latina.

    Vamos consolidar os investimentos em carteira e nos prepararmos para crescer junto com nossos clientes, participando de projetos de explorao e produo em guas profundas, afirmou o presidente da empresa, miguel Gradin, ressalvando que a ideia de um IPO (oferta pblica inicial de aes, na sigla em ingls) no foi abortada de todo. Vimos a parceria com a Temasek como a melhor opo para o curto e mdio prazo.

    Acreditamos que a OOG est bem posicionada para assumir uma posio de liderana nesse setor, no Brasil e no mundo, destacou Matheus Villares, diretor-geral da Temasek no Brasil, que atua no pas desde 2008, avaliando investimentos em com-

    panhias com potencial de crescimento no pas. A descoberta de grandes reservas em guas pro fundas na costa brasileira, ter grande impacto econmico e criar importantes opor-tunidades a mdio e longo prazo.

    A Odebrecht leo e Gs, que atua no Mar do Norte, operando

    um FPSO, e em Angola, ganhou a licitao de cinco sondas de perfurao para a Pe-trobras. Estas cinco comeam a operar no comeo de 2011 e outras duas, em 2012, revela Gradin, informando que quatro sondas esto sendo construdas na Coreia e uma outra, nos Emirados rabes. Segundo ele, no h estaleiro no pas disponvel para construir estas unidades, ressalvando que, se o cliente quiser construir aqui no Brasil, a Construtora Odebrecht poder fazer um investimento local.

    Odebrecht leo & Gs tem novo scio

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    indicadores tn

    Os clculos sinalizam um forte incre-mento em comparao a 2009. Para 2011, o prognstico similar com um aumento de 1,2%, ou seja, 86,64 mbd. Para a Opep, os preos atuais do petrleo ao redor de (75-80 dlares do barril) tm ajudado a respaldar a recuperao econmica e a promover o investimento no setor.Futuro em queda Em outubro, os contra-tos futuros de petrleo negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em ingls) fecharam em queda, prejudicados pela imprevisibilidade do ritmo do crescimento global e pela recuperao do dlar.

    Os contratos com entrega para dezembro perderam US$ 1,98 (2,40%), fechando a US$ 80,56 o barril. Na plataforma ICE, o petrleo do tipo Brent para dezembro fechou em queda de US$ 1,77 (2,12%), a US$ 81,83 o barril.

    J a Agncia Internacional de Energia (AIE) estima que o PIB da China que deve responder por cerca de 40% do aumento de 2,1 milhes de barris por dia na demanda global por petrleo este ano tenha uma expanso de 9,6% em 2011, abaixo dos 10,5% previstos para este ano. Para 2011, a previso de que a demanda pela commodity cresa em 1,2 milho de barris por dia, dos quais a China seria responsvel por um tero disso.

    BTG Pactual incorporar Coomex O BTG PACTUAL ASSINOU acordo para aquisio de 100% da Coomex, a maior co-mercializadora independente de energia do Brasil, com faturamento anual de cerca de R$ 500 milhes.

    A empresa ser integrada ao BTG Pac-tual e representar mais uma plataforma de negcios da rea de Renda Fixa, Cmbio e Commodities (FICC) do banco de investi-mentos. A operao constitui um importante movimento do BTG Pactual na consolidao de uma estrutura de negociao fsica e fi-nanceira de commodities. Com isso, o banco amplia o mix de produtos vinculados energia oferecidos a seus clientes.

    Na avaliao do BTG Pactual, a aquisio ocorre em um cenrio de crescimento econmi-co, de diversificao da matriz energtica bra-sileira e de expectativa de aumento no volume de contratos de energia negociados no mercado livre (ambiente em que grandes consumidores de energia podem adquirir o insumo de outras fontes que no apenas a distribuidora / con-cessionria local). Atualmente, de acordo com a Abraceel (Associao Brasileira dos Agen-tes Comercializadores de Energia Eltrica), o mercado livre de comercializao de energia responde por 27% da demanda total transacio-nada no sistema integrado nacional.

    Defender o regime de concesses para o pr-sal defender que a maior parte dos ganhos da atividade sejam apropriados pelo setor privado e nesse sentido defender, sim, a privatizao do pr-sal. Jos Srgio Gabrielli, presidente da Petrobras. 13/10/2010 Agncia Petrobras de Notcias

    A importao de derivados prontos ficaria mais barata do que refinar o petrleo aqui. Yasser manaseer, diretor geral da Jordan Modern Oil and Fuel Services Company, sobre a quebra do monoplio do refino no pas, que no produz petrleo. 20/10/2010 Agncia de Notcias Brasil rabe

    As reservas petrolferas da Organizao dos Pases Exportadores de Petrleo (Opep) superam um trilho de barris de petrleo. Este volume garante organizao a capacidade de suprir a crescente demanda petrolfera global. ali al-Naimi, ministro do petrleo e recursos minerais da Arbia Saudita. 20/10/2010 Agncia de Notcias Brasil rabe

    No podemos ser exportadores de leo bruto. Temos de ter duas refinarias premium, no por uma mania de grandeza, mas por uma questo de estratgia. O preo do petrleo refinado sobe mais do que, proporcionalmente, ao custo do refino e permite entrar numa outra rea delicadssima que a petroqumica. O pas, hoje, depen-dente petroqumico. Dilma Rousseff, presidente da Repblica recm-eleita no Brasil. 03/11/2010 Agncia Brasil

    Produo total de leo, LGN e de gs natural (em mboe/d) (abril a setembro/2010)

    abr maio Junho Julho ago SetBrasil+Exterior 2.598,6 2.599,8 2.563,2 2.580,9 2.598,8 2.529,9

    Frases

    Produo de leo e LGN (em mbpd) - Brasil (abril a setembro/2010) abr maio Junho Julho ago SetBacia de Campos 1.702,3 1.686,9 1.648,4 1.672,1 1,678,4 1.604,2Outras (offshore) 117,8 120,1 115,4 120,4 124,4 124,8Total offshore 1.820,1 1.807,0 1.763,8 1.792,5 1.802,8 1.729,0Total onshore 212,5 213,1 214,0 212,5 219,7 214,9Total Brasil 2.032,6 2.020,2 1.977,8 2.005,0 2.022,5 1.943,9

    Produo de GN sem liquefeito (em mm/d)* - Brasil (abril a setembro/2010)

    abr maio Junho Julho ago SetBacia de Campos 26.067,5 26.490,4 26.015,2 25.690,0 25.216,5 24.110,7Outras (offshore) 9.821,4 10.527,9 11.908,8 11.216,0 11.385,8 14.180,3Total offshore 35.889,0 37.017,7 37.924,0 36.906,0 36.602,3 38.300,0Total onshore 15.658,4 15.740,9 15.706,4 15.695,0 15.782,5 15.473,3Total Brasil 51.547,4 52.758,6 53.630,4 52.601,0 52.384,9 53.773,3

    Produo de leo e LGN (em mbpd)** - Internacional (abril a setembro/2010)

    abr maio Junho Julho ago SetExterior 151,4 151,7 154,6 150,6 151,6 153,6

    Produo de GN sem liquefeito (em mm/d) - Internacional (abril a setembro/2010)

    abr maio Junho Julho ago SetExterior 15.323,9 16.214,5 15.878,1 16.047,0 16.170,0 15.955,0

    Produo da Petrobras de leo, lGN e gs natural

    (*) Inclui gs injetado.(**) Em 2003 inclui os dados da Petrobras Energia (ex-Pecom). Fonte: Petrobras

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  • entrevista exclusiva

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    Tulio Chipoletti, vice-presidente executivo da TenarisConfab

    Investimentos de R$ 270 milhes at 2013, expanso

    da capacidade produtiva e ampliao de parcerias com

    centros de pesquisa e desenvolvimento e tecnologia so

    alguns dos pontos-chaves da estratgia de crescimento

    da TenarisConfab no Brasil. por Cassiano Viana

    MAIOR FABRICANTE DE TUBOS para as indstrias de gs, petrleo, energia e automotiva do Brasil, a subsidi-ria do grupo Tenaris encerrou 2009 com um significativo nvel de pedidos em carteira, no valor de R$ 478 mi-lhes, composto principalmente por projetos do segmento de petrleo e petroqumica.

    Sustentada pelos planos de inves-timento anunciados pela Petrobras e outras empresas privadas, na de-manda por dutos e nos projetos de modernizao e novas refinarias da estatal, a empresa aposta na manu-teno desse nvel de atividade ao longo de 2010.

    Com base nesse cenrio e com o objetivo de aumentar a capacidade de produo em 25%, ela est construindo um novo pavilho de 7.000 m, com foco em fabricao de equipamen-tos como vasos de processo, fornos

    petroqumicos e tambores de coque para refinarias.

    O oramento do capital da compa-nhia prev investimentos de cerca de R$ 270 milhes at 2013 em melhorias das linhas de produo, produtos para o mercado OCTG (Oil Country Tubu-lar Goods) produtos utilizados em revestimento de poos de petrleo , a construo de um centro de treina-mento e aumento da capacidade do negcio de equipamentos em 25%.

    Em entrevista exclusiva TN Pe-trleo, o vice-presidente executivo Tu-lio Chipoletti detalha os investimentos, os impactos tecnolgicos do pr-sal, confirma as apostas da companhia no Brasil e destaca: fundamental a parceria com os centros de pesquisa e tecnologia. A aproximao das empre-sas com a academia tem importncia estratgica para o desenvolvimento tecnolgico do Brasil, afirma.

    TN Petrleo Qual o balano do mer-cado de leo e gs nesses 67 anos e, principalmente, dos ltimos anos?

    Tulio Chipoletti Vimos uma mudana bastante importante ao longo desses ltimos anos, o Brasil passou de importador de petrleo & gs para produtor, o que muda bastante o mercado. Passamos de um pas dependente a um dos grandes players de leo & gs. Essa mudana beneficia a empresa, que vem acompanhando o mercado e evolucionando positivamente junto com seus parceiros.

    a crise econmica afetou o desen-volvimento da companhia?

    A crise teve efeitos, principalmen-te, na diminuio da demanda nos mercados de exportao da empresa. As companhias petroleiras revisaram seus planos de investimento, como

    EXPANSOcom foco em tecnologia

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    consequncia do novo patamar de preo de petrleo e gs e a restrio do financiamento para seus projetos. Tivemos de tomar medidas de redu-o de custos como a implantao de reduo da jornada para preservar o mximo possvel seus recursos hu-manos e superar o perodo difcil que sempre acreditamos ser temporrio. J no mercado domstico, tivemos diminuda a demanda por tubos de grande dimetro (linepipe) devido finalizao do processo de expanso da malha de gs do Brasil com a con-cluso do Plangs, Gasene, e outros projetos de expanso da linha de tron-cos de gs feitos pela Petrobras. Em

    2010, vemos uma retomada do nvel de atividade nos dois mercados e tivemos a competncia de vender o projeto da Camisea, no Peru, j que com o dlar depreciado frente ao real nossos custos em dlares aumentaram muito, diminuindo o resultado. Para a rea de equipamentos, a crise, entretanto, no afetou o mercado e a demanda se manteve slida, principalmente, pela modernizao das refinarias da Petrobras. Quais as metas e investimentos para os prximos anos?

    Estamos investindo continuamente para fortalecer produtos e servios

    nas reas de OCTG (Oil Country Tu-bular Goods) produtos utilizados em revestimento de poos de petrleo , linepipe, tubos para refinarias e inclu-sive para o pr-sal. Estamos investindo com o objetivo de nos prepararmos ainda melhor para responder s de-mandas por produtos e servios que iro surgir durante o avano das etapas de explorao dos campos localizados no pr-sal. Nesse sentido, apesar da crise, mantivemos o investimento de US$ 15 milhes em nossa planta de UOE-SAWL, que agora pode produzir tubos de ao com costura de at 1,25 polegada de espessura, contra o limite anterior de uma polegada.

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    ESTAMOS INVESTINDO CONTINUAMENTE PARA

    FORTALECER PRODUTOS E SERVIOS NAS REAS DE OCTG (OIL COUNTRY

    TUBULAR GOODS) PRODUTOS UTILIZADOS EM REVESTIMENTO DE

    POOS DE PETRLEO , LINEPIPE, TUBOS PARA

    REFINARIAS E INCLUSIVE PARA O PR-SAL.

  • entrevista exclusiva

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    Vocs pretendem reforar as parce-rias tecnolgicas?

    Esperamos agora construir um centro de pesquisa na Ilha do Fundo, no Parque Tecnolgico da UFRJ e j possumos acordos firmados com a Coppe e a Petrobras. Estamos tambm investindo em produtos Premium, e a partir deste ano passaremos a produzir as conexes Premium TenarisHydril na planta de Pindamonhangaba.

    O oramento do capital da companhia prev investimentos de quase R$ 270 milhes at 2013 em melhorias das linhas de produo, produtos para o mercado OCTG, a construo de um centro de treinamento e aumento da capacidade da rea de negcios de equipamentos em 25%. Alm disso, estamos investindo na construo de um novo edifcio que funcionar

    como o centro de treinamento da TenarisUniveristy no Brasil. Quais os principais produtos e ser-vios fornecidos pela Tenaris hoje no Brasil?

    Somos a principal fabricante de tubos de grande dimetro do Brasil. Entre nossos principais produtos esto os tubos para a construo de linhas de transporte de hidrocarbonetos (gasodutos, oleodutos, alcooldutos e polidutos) para aplicaes terrestres e submarinas; os tubos para poos de petrleo (casing e tubings) junto com nossas conexes Premium da linha Hydril; os tubos para aplicaes indus-triais; os tubos para aplicaes em sa-neamento; e os tubos para aplicaes estruturais na construo civil.

    Qual a estratgia para cada rea?Na linha dos tubos para linhas de

    transporte os linepipes , atuamos fortemente no desenvolvimento e qualificao de tubos para aplicaes offshore em guas profundas e ultra-

    A COMPANHIA PREV INVESTIMENTOS DE

    qUASE R$ 270 MILHES AT 2013 EM MELHORIAS

    DAS LINHAS DE PRODUO E PRODUTOS PARA O MERCADO OCTG.

    EM AGOSTO, Roberto Vidigal, presi-dente da TenarisConfab, tomou posse como membro do Conselho de Orien-tao do Instituto de Pesquisas Tec-nolgicas (IPT). Vinculado Secreta-ria de Desenvolvimento do Estado de So Paulo, o IPT um dos maiores institutos de pesquisa do Brasil, co-laborando para o desenvolvimento do pas h mais de cem anos. Em seus laboratrios atuam pesquisadores e tcnicos de alta qualificao, sempre com foco em grandes reas como inovao, pesquisa e desenvolvimento e servios tecnolgicos. A funo ajudar a estreitar o relacionamento entre a indstria, os pesquisadores e a academia, no intuito de se criar uma atuao orientada para a inovao e desenvolvimento de novos materiais e produtos.

    Recentemente, a empresa parti-cipou do Congresso da Associao

    Brasileira de Materiais (ABM), no Rio de Janeiro, com a presena de Juan Carlos Gonzlez, diretor global de Product Development & Research da Tenaris, no Frum de Lderes que aborda o pr-sal, suas demandas e desafios. No congresso da ABM apresentamos dois trabalhos tc-nicos: o primeiro sobre soldagem circunferencial feita em barcos para lanamento de tubos offshore e o segundo sobre a melhora da tenaci-dade da solda longitudinal SAW (solda por arco submerso) com utilizao de consumveis brio-titnio. A melhora da tenacidade ser, inclusive, um dos focos do Centro de Pesquisa e Desen-volvimento que a empresa pretende instalar em uma rea de 3,5 mil m no Parque Tecnolgico da UFRJ, Ilha do Fundo (RJ).

    Temos um acordo de cooperao tecnolgica com a Coppe/UFRJ para

    a qualificao de juntas circunferen-ciais soldadas, desenvolvimento de tubos OCTG, alto colapso e desenvol-vimento de novas tcnicas de ensaios no destrutivos para tubos. Alm disso, a empresa tambm tem uma parceria assinada com a Petrobras para o desenvolvimento de tubos de alta resistncia (X70 & X80) para aplicaes offshore (martima) em ambientes com corroso cida (sour service).

    Embora 20% mais resistente que o tradicional X65, o X80 mais sensvel s tenses de lanamento em lminas dagua profundas, por isso um dos maiores desafios do novo Centro de Pesquisas ser desenvolver materiais com alta resistncia para aplicaes em dutos de exportao instalados em grandes lminas dgua, principalmente na rea onde est localizado o pr-sal.

    Relacionamento prximo com pesquisadores e academia

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    profundas em altos graus de resistn-cia (X70 e X80), quando necessria alta resistncia mecnica para supor-tar grandes tenses de lanamento. Tambm so usados em instalaes submarinas, que exigem dutos com maior resistncia ao colapso para a vida til em grandes profundidades, assim como maior resistncia a cor-roso cida por H2S. Neste segmen-to estamos trabalhando junto com a Engenharia Offshore e o Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras, e j possumos importante experin-cia em projetos offshore em guas profundas e ultraprofundas, tendo em nosso portflio de projetos o forneci-mento de tubos para os projetos Tupi, Urugu-Mexilho, Campo Camaru-pim, e agora com o mais recente duto para o projeto Sul-Norte Capixaba. J para os projetos de linepipes ter-restres, considerando que o Brasil um pas de dimenses continentais, estamos trabalhando com a Petrobras

    para o desenvolvimento de tubos de alta resistncia (X80 e X100), a fim de possibilitar o transporte de grandes volumes de gs natural em linhas de grande distncia atravs da aplicao de elevadas presses de trabalho.

    E na rea de poos?Na rea de construo dos po-

    os de petrleo, estamos investindo na planta de Pindamonhangaba para fazer a produo nacional das cone-xes Premium TenarisHydril, que so unies roscadas de alta performance reconhecidas mundialmente e agora disposio da Petrobras e outros ope-radores com produo nacional. Ainda nas reas de poos, tambm estamos trabalhando intensamente em P&D para a produo de tubos soldados de alta resistncia (L80, P110, C95 e q125) para aplicaes como casing e tubing, como caractersticas especiais de resistncia corroso cida e alta resistncia ao colapso.

    Qual o impacto do pr-sal no desen-volvimento tecnolgico? Qual a expe-rincia adquirida nos testes realizados no campo de Tupi?

    A descoberta dos campos do pr-sal teve um impacto decisivo nesta rea do Brasil. A TenarisConfab j vem investindo h bastante tempo tanto no desenvolvimento de produtos quanto no aprimoramento de suas linhas de fabricao, sempre com vistas a apoiar a Petrobras nos desafios atuais e futu-ros. Todos os trabalhos mencionados antes, e muitos outros tambm em andamento, tiveram sua motivao nos desafios que a explorao e pro-duo que os campos do pr-sal nos impem. A experincia adquirida na produo dos tubos para o projeto Tupi foi fundamental para balizar as necessidades, tanto em termos de materiais como em termos de equi-pamentos que sero requeridos para que possamos ajudar a Petrobras a ter sucesso nestes desafios.

    expanso com foco em tecnologia

  • entrevista exclusiva

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    Como tem sido essa participao em projetos no pr-sal?

    A mais recente participao nesse projeto foi a encomenda da Petrobras de 90 km de tubos de 18 polegadas em ao X65 para a construo de um gasoduto offshore que ligar o projeto-piloto de Tupi plataforma de Mexilho. J havamos assinado um contrato para fornecimento de quase 187 km de tubos tambm de 18 polegadas em ao X65 sour service para a construo do gasoduto offshore que ligar o campo de Urugu plataforma de Mexilho. Os dois dutos fazem parte da malha de escoamento dos campos de petr-leo e gs da Bacia de Santos. Outro projeto tambm j fornecido Petro-bras para servios sour foi o ESS-164, para escoamento de gs do campo de Camarupim, no Esprito Santo, onde fornecemos 54 km de dutos offshore sour service de 24 com espessuras de 0,875 e 1,000.

    Quais os investimentos (atuais e fu-turos) na rea de P&D?

    No Brasil, os investimentos em P&D vm tendo um crescimento im-portante nos ltimos anos. A empresa investe fortemente em P&D em todas as suas linhas de produtos e proces-sos, com investimentos globais supe-riores a 70 milhes de dlares por ano. Contamos com quatro Centros de P&D

    no mundo, localizados na Argentina, Mxico, Itlia e Japo, e agora estamos empenhados na criao de nosso quin-to Centro de P&D que ser instalado no Brasil, e estamos em processo para a obteno de concesso de rea no im-portante Parque Tecnolgico do Rio de Janeiro, onde pretendemos instal-lo.

    Qual a importncia da parceria e acordos tecnolgicos dos centros de P&D da Tenaris com instituies acadmicas locais, como Coppe/UFRJ e Poli/USP?

    So fundamentais. A aproximao das empresas com a academia tem importncia estratgica para o de-senvolvimento tecnolgico do Brasil. A unio do conhecimento prtico de aplicao da indstria com o slido conhecimento cientfico das universi-dades gera uma excelente sinergia, e esta, quando bem utilizada, traz timos resultados para a empresa e para o conhecimento cientfico do pas. Alm disso, a formao e especializao de profissionais altamente qualificados em ramos especficos do conheci-mento outro fruto muito desejado desta unio. Possumos um programa de educao chamado Roberto Rocca

    Education Program, que incentiva e d oportunidades para estudantes em diferentes nveis, desde o incentivo com uma bolsa-auxlio para estudan-tes de graduao, at a concesso de bolsas para doutorado interna-cional para estudantes de destaque. Como tem sido essa relao?

    No Brasil, temos muito bom re-lacionamento com diversas univer-sidades e Centros de Tecnologia. Com a Coppe/UFRJ temos um longo histrico de relacionamento, e isto tem se intensificado muito fortemente nos ltimos tempos, sendo que hoje temos seis importantes projetos de P&D em execuo com investimentos que devero superar os R$ 4,5 milhes neste ano. Com a Poli/USP temos ti-mo relacionamento, apoiamos com a doao de equipamentos para labora-trios de metalurgia e temos profis-sionais de nossa empresa cursando mestrado nesta importante universi-dade. Mantemos tambm excelente relacionamento e projetos conjuntos com diversas outras importantes ins-tituies tais como, IPT, Unesp, PUC-Rio, Unicamp, UFSC, entre outras.

    H quantas anda o projeto de Centro de P&D que a Tenaris pretende insta-lar no Parque Tecnolgico da UFRJ, na Ilha do Fundo?

    Todo o projeto de nosso futuro Centro P&D est em estgio muito avanado, desde o projeto do prdio, passando pelas atividades de pesquisa que sero executadas e definio dos equipamentos que sero instalados dentro do Centro e dos equipamen-tos que podero ser instalados em parceria nos laboratrios da prpria universidade. Vale tambm destacar que neste futuro Centro teremos forte especializao para testes de cone-xes Premium TenarisHydril, equipa-mentos para testes de colapso para tubos de grande dimetro, laborat-rios para inovao em tcnicas de soldagem, alm de laboratrios para

    A EMPRESA INVESTE FORTEMENTE EM P&D EM TODAS AS SUAS

    LINHAS DE PRODUTOS E PROCESSOS, COM

    INVESTIMENTOS GLOBAIS SUPERIORES A US$

    70 MILHES POR ANO. CONTAMOS COM qUATRO

    CENTROS DE P&D NO MUNDO, LOCALIZADOS

    NA ARGENTINA, MXICO, ITLIA E JAPO.

  • TN Petrleo 74 19

    expanso com foco em tecnologia

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    05

  • entrevista exclusiva

    20 TN Petrleo 74

    A CONFAB INICIOU SUA histria em 1943, quando o banqueiro Gasto Vi-digal, em sociedade com o industrial polons Isydor Kleinberger, adquiriu a Fbrica Nacional de Tambores. Com a criao da Petrobras, em 1953, e com o desenvolvimento da indstria de refino de petrleo no pas, surgiram as opor-tunidades para que a Confab expandis-se seus negcios, iniciando a fabrica-o de equipamentos para a indstria de base. Com o tempo, as instalaes comearam a ficar pequenas, o que levou deciso de se comprar uma companhia em So Caetano do Sul, cujo nome, Confab, foi imediatamente incorporado. Em pouco tempo, esta f-brica iniciou sua produo de fornos, vasos de presso e tanques para ar-mazenamento de petrleo.

    Em 1961, a Confab iniciou a produ-o de tubos de ao soldados. Foi nes-sa poca que fechou o primeiro con-trato de grande porte: fornecimento de estacas tubulares para a construo da Usiminas. Em 1964, a Petrobras com-prou da Confab os tubos para o pri-meiro oleoduto do Brasil, feito exclu-sivamente com produtos brasileiros, o Orbel-Linha Belo Horizonte-Serra da Mantiqueira. Foram as exigncias de excelncia da Petrobras que permiti-ram Confab a qualidade para com-petir no mundo inteiro. Todos esses desafios, toda essa credibilidade, a confiana de que ramos capazes de fazer, e a poltica de utilizar produtos nacionais que criaram a Confab e ou-tras empresas, explica Roberto Vidi-gal, presidente da Confab desde 1985.

    Na dcada de 1970, a Confab es-truturou-se em duas unidades tubos

    e equipamentos hoje chamadas, res-pectivamente, TenarisConfab e Confab Equipamentos. No mesmo perodo teve incio a explorao da Bacia de Campos, quando a Petrobras decidiu encarar o mar em busca de alternati-vas para a explorao de petrleo. A iniciativa resultou no descobrimento de 20 campos martimos. Em 1985, a estatal atingiu a marca de 500 mil bar-ris por dia, dando um importante passo para a autossuficincia petroleira.

    Foi tambm nos anos 80 que a direo da ento Confab apostou na abertura de capital, disponibilizando 60% de suas aes na busca do cres-cimento, diversificao e captao de recursos externos.

    Em 1994, a Confab forneceu Pe-trobras mais 24 mil toneladas de tubos para a construo do Gasbel, gasoduto que une o Rio de Janeiro a Belo Hori-zonte. Em 1997, a empresa participou com a Techint Engenharia e Constru-o, da construo do gasoduto Bra-sil-Bolvia, um dos maiores projetos de infraestrutura j realizados no mundo.

    Com o objetivo de agregar valor e aumentar a gama de produtos ofere-cidos aos clientes, a Confab, em 1998, fez uma sociedade com a empresa argentina Soco-Ril, e inaugurou a So-cotherm do Brasil, planta de revesti-mento especial para tubos de ao. No ano seguinte, a Organizao Techint adquiriu o controle acionrio da Con-fab e Roberto Vidigal foi convidado a permanecer como presidente da em-presa.

    Em 2001, criou-se a marca Tenaris e a Confab adotou o nome de Tenaris-Confab para sua planta de tubos e Con-

    fab Equipamentos para sua unidade de equipamentos industriais. No ano seguinte, produtos diferenciados com elevado grau de requisitos tcnicos foram entregues para os clientes dos projetos regionais de Camisea (Peru), OCP (Equador), Gasyrg (Bolvia) e Ca-rina & ries (Argentina).

    Importantes contratos nacionais tambm foram realizados em 2002, como os gasodutos offshore Campi-nas-Rio e PDEG, ambos da Petrobras. Ainda nesse, ano para estreitar mais seu relacionamento com os principais clientes, a TenarisConfab criou uma base em Rio das Ostras (RJ) sob o sis-tema de entrega just-in-time de tubos para revestimentos de poos de petr-leo e administrao de estoque.

    Com a inaugurao da planta de Tratamento Trmico, em 2003, e com o incio da produo de hastes de bombeio e acessrios em 2005, a Te-narisConfab com uma viso global do negcio, mas ao local se consoli-dou como lder em tecnologia tubular e inovao em servios para a Amrica do Sul.

    A partir de 2009, a Confab inten-sificou os investimentos na planta de Pindamonhangaba para responder aos novos desafios impostos pela pros-peco e explorao de petrleo na camada de pr-sal. S no ano passado foram investidos cerca de R$ 51 mi-lhes.

    Em 2010, a TenarisConfab aumen-tou sua gama de produtos ao incor-porar a produo de roscas Premium TenarisHydril no Brasil. A Hydril foi adquirida pela Tenaris em 2007 para que, juntas, pudessem oferecer aos clientes do mundo todo uma linha com-pleta de conexes Premium integrais e com acoplamento para as aplicaes mais exigentes da indstria.

    HISTRIa Da COmPaNHIa

    mecnica da fadiga e laboratrios para desenvolvimentos de revestimentos metlicos (Clad), polimricos e or-gnicos. Entretanto, alm dos temas relacionados indstria do leo & gs, este Centro tambm se dedica-r pesquisa e desenvolvimento de produtos para os segmentos de tubos

    para aplicaes industriais, para a in-dstria automobilstica, petroqumica, nuclear, construo civil, entre outros. E a parceria tecnolgica com a Pe-trobras?

    No momento por que passa o Brasil, a Petrobras se coloca como a mola

    propulsora do desenvolvimento tecno-lgico da indstria nacional, e tambm internacional, sendo que a parceria tecnolgica que mantemos com a ela um ponto essencial para que possamos estar preparados tecnologicamente para continuar colaborando na supe-rao dos desafios e para que possa-

  • mos continuar sendo um dos principais parceiros no fornecimento de solues em produtos e servios.

    E quanto questo de SmS e sus-tentabilidade?

    A histria da empresa est muito entrelaada com a da comunidade na qual est presente, compartilhando uma viso de longo prazo, de com-promisso sustentvel com o desen-volvimento local e respeito ao meio ambiente. Internamente, o conceito de meio ambiente trabalhado em conjunto com a segurana e sade ocupacional. Nesse sentido, a Te-narisConfab concluiu h dois anos a implantao do Sistema de Ges-to de Meio Ambiente, Segurana e Sade Ocupacional (SGMASS), to-mando como referncia as normas internacionais ISO 14001 e OHSAS 18001. A implantao envolveu o treinamento de todos os funcion-rios, com o objetivo de capacit-los

    a reconhecer os aspectos ambien-tais e os perigos envolvidos em suas atividades, bem como a praticar os necessrios controles operacionais. E no mbito externo?

    Fruto de uma parceria com a Pre-feitura de Pindamonhangaba, universi-dades e entidades ligadas ao meio am-biente, a TenarisConfab desenvolveu, em 2007, o projeto Pinda Florida, que visa a educao ambiental de crian-as e jovens a partir do estudo de um dos maiores tesouros ambientais de Pindamonhangaba: o Parque Natural Municipal do Trabiju, de mais de 5,9 milhes de m, situado na Serra da Mantiqueira, em uma rea protegida da Mata Atlntica.

    A primeira fase do projeto contem-plou estudos sobre a diversidade do Trabiju, a organizao de atividades educativas experimentais e a incluso de portadores de deficincias visuais na pesquisa de campo. A Fase II, iniciada

    em julho de 2008, d continuidade s atividades de pesquisa e estimula o envolvimento das escolas da rede municipal de ensino por meio de vi-sitas monitoradas e da utilizao em sala de aula do almanaque Conhecer para conservar, patrocinado pela em-presa para divulgar as riquezas da Mata Atlntica.

    O Pinda Florida contribuiu para que Pindamonhangaba fosse a primei-ra cidade da regio a regulamentar um parque municipal de acordo com as normas do Sistema Nacional de Uni-dades de Conservao da Natureza (Snuc). O projeto tambm contempla a revitalizao de praas e espaos pblicos, dos quais oito foram ado-tados pela TenarisConfab a partir de 2002. Em 2009, o Pinda Florida incluiu a criao de hortas comuni-trias com base na agroecologia, que leva em considerao a dinmica do funcionamento das florestas, como a do Trabiju.

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  • 22 TN Petrleo 74

    O aquecimento nas atividades de explorao de petrleo e gs

    no pas, por conta do pr-sal, vo levar a Petrobras a dobrar seus

    investimentos em logstica nos prximos cinco anos, para acom-

    panhar a crescente produo de petrleo, que deve passar dos

    atuais 2,7 milhes de barris por dia para 5,3 milhes em 2020,

    o que representa um aumento de 7,1% a cada ano.

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    Uma nova

    offshorelogstica

    por Cassiano Viana

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    Uma complexa ope-rao logstica vem sendo elaborada pela Petrobras para viabilizar as opera-es de explorao

    e produo no pr-sal, no sentido de superar as longas distncias a distncia dos campos para a costa em torno de 350 km, trs vezes mais do que a mdia da Bacia de Campos e as limitaes de deslocamento. Para enfrentar esses desafios, na sua estratgia logstica offshore a

    Petrobras apostar no uso de hubs logsticos, centros de distribuio em pontos intermedirios entre as bases e o local das operaes.

    Os nmeros mostram o tama-nho desse desafio: a quantidade de passageiros (petroleiros offshore) transportados anualmente pela companhia vai passar de 800 mil para 1 milho, at 2016, e o volu-me de carga vai subir de 400 mil toneladas por ano para 1 milho at 2020. Para dar suporte s operaes do pr-sal, sero construdos trs

    aeroportos at 2016, nos munic-pios de Campos dos Goytacazes (rJ), Santos (SP) e itagua (SC), alm de trs portos que tambm entraro em atividade nos prxi-mos anos: ubu, no litoral norte do esprito Santo, em 2014; Santos, em 2015; e itagua, que dever ser concludo at 2016.

    a logstica de apoio em alto-mar transporte de materiais, equipa-mentos e equipes de instalao de sistemas de ancoragem e de ope-rao em poos , ter de ser espe-

    TN Petrleo 74 23

    Uma nova

    offshorelogstica

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    logstica

    cfica. O desafio estabelecer essa logstica de forma segura e a custos aceitveis. a perspectiva de cresci-mento da logstica da Petrobras nos prximos cinco anos de 100%, afirma Ricardo de Arajo, gerente geral de e&P da Petrobras.

    a Petrobras vai tambm dobrar o nmero de embarcaes em operao para 400 at 2017. ns j temos uma logstica preparada para atender s demandas do pr-sal, mas precisamos continuar investindo em tecnologias e ampliao do sistema para acom-panhar o crescimento da produo nas prximas dcadas, diz.

    a grande distncia da costa e a maior profundidade da explorao (2.200 m) so algumas das dificul-dades que tero que ser superadas pela Petrobras para viabilizar a pro-duo na rea do pr-sal.

    Solues integradasOs problemas so muito de-

    safiadores quanto aos volumes

    que sero pro-duzidos e co -mercializados, os prazos envol-vidos, as condi-es geogrficas da produo e a tecnologia neces-

    sria, explica o gerente-geral de Planejamento de Logstica da rea de abastecimento da Petrobras nos ltimos seis anos, o engenheiro Carlos Felipe Guimares Lodi.

    Vamos sair de uma regio de dis-tncia mdia de 150 km da costa para outra de 350 km. Os desafios sero mais rigorosos em termos de altura de ondas, ventos, correntes. Juntam-se a isto as profundidades, que vo interferir nas solues. alm do que, importantssimo que procuremos o transporte o mais econmico possvel dada a distncia e a competitividade das exploraes, acrescenta.

    Para o executivo, h ainda pro-blemas relevantes a serem tratados

    nos planejamentos em curso. entre eles, o desenvolvimento de uma soluo dutoviria que sirva de modal alternativo e complemen-tar. Segundo Lodi, no mdio prazo (de 2013 a 2017), dever haver a instalao de um terminal oce-nico em guas rasas (75 m), mais prximo da costa, o que eliminar a necessidade de o leo do pr-sal ser trazido terra.

    atualmente, os funcionrios so levados de Campos (rJ) de heli-cptero s plataformas, em voos que podem durar at duas horas e em uma distncia mdia de apenas 100 km. as aeronaves, por sua vez, possuem limites de autonomia. J os equipamentos e suprimentos vo por embarcaes de apoio, como rebocadores, que navegam a uma velocidade de 1,6 km/h.

    nesse modelo logstico um aperfeioamento dos flotels, pla-taforma de petrleo adaptada para servir unicamente como uma es-

    NAVEGANTES

    ITANHAM

    SANTOS

    ITAJA

    JACAREPAGU

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    SO TOM

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    PORTO DO RIOITAGUA

    aeroportos Portos (apoio offshore)

    VITRIASO TOMMACACABO FRIOJACAREPAGUITAGUA (2016)SANTOS (2015)ITANHAMNAVEGANTES

    CPVV

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    MACA

    PORTO DO RIO

    ITAGUA (2016)

    SANTOS (2015)

    ITAJA

    Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Tupi ..............................................................320

    Distncias mdias entre a costa (Maca) e os principais campos em produo (km)

    Bacia de Campos

    Bacia de Santos

    Bacia do Esprito Santo

  • TN Petrleo 74 25

    pcie de hotel flutuante, em ope-rao na Bacia de Campos , os funcionrios sero transportados em grandes embarcaes, com ca-pacidade para 150 a 300 pessoas, at uma plataforma construda es-pecialmente para atuar com esse fim, instalada em um ponto mais prximo da costa. de l, partiro para as plataformas em helicpte-ros menores, que percorrem uma distncia mais curta, com economia de tempo e combustvel.

    essas unidades tero a capaci-dade para manter um nmero ele-vado de pousos e decolagens, rea para abrigar os helicpteros quando estejam fora de servio, alm de contar com alojamentos e reas para armazenamento de carga seca, como tubulaes e equipamentos de manuteno para as plataformas do pr-sal. Sem falar nas embarcaes que sero necessrias para o abas-tecimento de todas essas unidades offshore e barcos de apoio.

    O horizonte pela frentePara as empresas especializa-

    das em logstica offshore, as pers-pectivas so as melhores.

    Com um terminal porturio localizado no Porto do rio de Ja-neiro, a Triunfo Logstica anun-ciou, em setembro, a assinatura de contrato com a Petrobras para fornecer base de apoio subaqu-tica em plataformas offshore. O acordo, firmado em agosto, prev o fornecimento de equipa-mento, transporte, reas e bero para atracao de seus supplies. nosso terminal foi arrendado em regime pblico e est sendo muito interessante para a Petrobras este tipo de operao em rea portu-ria arrendada, comenta o diretor comercial da Triunfo, alexandre Lima. estamos conseguindo rom-per paradigmas que faziam com os operadores tivessem receio de atuar em uma rea porturia p-

    blica arrendada, e as operaes esto sendo efetuadas acima da expectativa da Petrobras.

    a parceria marca o posiciona-mento definitivo da empresa no setor de petrleo e gs. Petrleo e gs um mercado em expanso e queremos, cada vez mais, fazer parte dele. a primeira vez aqui na feira, por exemplo, foi meio frustrante, mas desta vez estamos mais bem posicionados, afirmou. uma coisa puxa a outra.

    O terminal da Triunfo possui acesso direto de pessoas, embar-caes, trens, veculos e cargas. O terminal dispe de toda infraes-trutura, procedimentos e licenas necessrios a uma base de apoio para o reparo de embarcaes e plataformas, oferecendo servios que vo desde o recebimento da plataforma na rea de embarque do prtico, sua transferncia e atracao no cais da base, sua manuteno atracada durante os

    rea .................................... 55.000 mCais do Porto

    3 piers .....................................6 berosComprimento ............................... 90 m

    Largura ..........................................15 mCalado mximo .............................. 8 mDeadweight mximo ...........5.000 tonAtracaes ............................ 440/ms

    Capacidade de estocagem gua: 6.000 m; leo: 4.620 m; granis: 33.000 p

    Porto de Imbetiba, Maca (Petrobras)

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    uma nova logstica offshore

    rea coberta ................................... 42 mil mBero de atracao ....................................... 2Profundidade ...........................................8,5 mComprimento de cais ........................... 700 m

    Obs.: equipamentos de diversas tonelagens para movimentao de cargas especiais.

    Triunfo logstica

  • 26 TN Petrleo 74

    logstica

    servios at a entrega no local do recebimento.

    estamos otimistas quanto ao aumento de nossa participao no setor, j estamos trabalhando como base de apoio para a uni-dade subaqutica da Petrobras e nossa expectativa de ampliarmos este servio para outros setores, comenta.

    Tambm estamos oferecendo nossa estrutura como fornecimento de facilidades em obras de reparo em plataformas e FPSO. Vamos

    investir no aumento de nossa ca-pacidade instalada para atender a demanda do pr-sal. estamos arren-dando reas externas, comprando equipamentos novos e efetuando treinamento de pessoal para fincar-mos nossa bandeira, definitivamen-te, como a melhor opo de base de apoio no rio de Janeiro.

    Para Lima, o maior desafio ser montar a infraestrutura de apoio, necessria para poder atender a demanda estimada. alm da prpria Petrobras, teremos outras

    operadoras que iro necessitar de infraestrutura porturia para aten-der as suas necessidades, avalia. Com certeza muita coisa ter que ser feita para podermos caminhar com segurana, e o estado ter que participar em conjunto com a iniciativa privada, viabilizar inves-timentos neste setor.

    Centro de Excelncia as distncias costeiras que

    envolvem os campos do pr-sal, a falta de infraestrutura porturia adequada para dar suporte s ope-raes, a necessidade de ampliao da frota de barcos em um curto es-pao de tempo com estaleiros sem condies de atender os pedidos nos prazos necessrios, helicp-teros adequados e disponveis so apenas alguns exemplos dos de-safios logsticos que sero enfren-

    tados nos pr-ximos anos. a logstica ser o grande gargalo dos processos em e&P para os prximos mo-mentos, afirma

    Eduardo Paes Leme, CeO do gru-po G-Comex.

    O Grupo que lanou, em abril, seu Centro de excelncia Logsti-ca Offshore, o G-Comex Offshore Logistics, base de apoio que ope-rar na regio porturia do rio de Janeiro tem encarado os desafios como oportunidades.

    O Centro de excelncia j est funcionando, inclusive j habilitado como Operador Porturio no Porto do rio de Janeiro. Com o Centro, a G-Comex ser capaz de receber, armazenar, controlar, preservar e movimentar materiais destinados a operaes offshore, dentro do mais alto padro de excelncia em QHSe exigido pelo mercado.

    a operao das embarcaes ser feita a partir do Porto do rio

    COM A PERSPECTIVA de entrar em operao no final de 2011, a primeira base de apoio logstico offshore do es-tado voltada para a atividade petrolfera teve o protocolo de inteno assinado em maio, entre a empresa capixaba Unio Metalrgica, a norte-americana Edson Chouest Offshore, o Governo do Estado e a Prefeitura de Vila Velha.

    A base um porto e um estaleiro na Enseada do Jaburuna atender s necessidades das plataformas que produzem petrleo e gs no mar de todas as empresas petrolferas.

    Ao todo, sero investidos R$ 300 milhes 40% da Unio e 60% da Chouest. A implantao da base ser feita em trs etapas. Na primeira, sero investidos cerca de R$ 100 milhes para a construo da base. A segunda parte do investimento, de mais R$ 100 milhes, ser para a aquisio de equipamentos e mqui-nas. Numa terceira fase, outros R$ 100 milhes sero investidos, nos cin-co anos seguintes, em novas tecnolo-gias, processos de gesto e ampliao da prpria base.

    A ideia iniciar as obras at o final do ano, quando o processo de licenciamento dever estar pronto.

    Esprito Santo ganha primeira base de apoio

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    Niteri, RJ (foto) ............................ 184 mil mSo Luis, MA .................................... 12 mil mVitria, ES ........................................ 20 mil m

    Wilson,Sons (trs bases)

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  • 28 TN Petrleo 74

    de Janeiro, que dispe de mais de 3.000 m de cais hoje, pouco uti-lizado na importao e exportao de carga em geral. dedicamos um ano de intenso estudo e constru-mos um modelo que consideramos adequado para operar no ambien-te do porto organizado, comenta Paes Leme.

    O empreendimento envolveu um investimento na ordem de r$ 5 milhes, exclusivamente com recursos prprios. O G-Comex Offshore Logistics foi implanta-do seguindo os padres de uma Base ecoeficiente, que visa no somente criar uma operao dentro

    das normas exigidas pela lei, mas transcender este limite, incenti-vando funcionrios e todos os que passem pelas instalaes da base a aplicar aes simples de respeito ao meio ambiente e ao ser humano de forma geral.

    estamos investindo pesado em nossa base de apoio offshore no Porto do rio de Janeiro, criando um modelo de operao eficaz, sus-tentvel na viabilidade econmica para o atendimento s embarcaes de apoio s campanhas nas bacias de Santos e de Campos, enume-ra. nossa retrorea j dispe de 20.000 m para estocagem de ma-

    terial, qumicos, tubos e gesto de resduos. estamos negociando reas no Caju que nos permitam chegar a um parque com um to-tal de 150.000 m de rea. nossa esperana de termos esta meta vencida at o final do primeiro tri-mestre de 2011.

    Temos estudado propostas e possibilidades para a implantao de uma operao similar nos-sa base de apoio offshore no rio de Janeiro, no estado do esprito Santo. nossos clientes esto l, enfrentando problemas srios de logstica porturia, vamos investir e aproveitar estas oportunidades.

    Segundo o executivo, a G-Comex tem firmado parcerias slidas no Bra-sil e no exterior para disponibilizar embarcaes estrangeiras de apoio martimo s operaes, imediata-mente, e j em 2011 deve iniciar a construo de um ou dois barcos prprios brasileiros, aumentando esta frota de forma programada para atingir um nmero de 20 barcos en-tre PSVs e HTSs at 2020.

    alm de estudar solues apli-cadas gesto e segurana am-biental nas operaes offshore, Temos executivos contratados e desafiados a nos trazer solues prticas para este negcio.

    A INSIGHT CONSULTING, especializada em Gesto Empresarial, Finanas e Tec-nologia da Informao, desenvolveu um exclusivo sistema de logstica de pes-soal em plataformas, o Teaming, capaz de melhorar em 30% o planejamento, programao e controle das turmas de embarque e desembarque, desde sua origem em terra at o deslocamento.

    O software garante aumento de produtividade e melhoria da gesto, podendo reduzir custos em at 20%. O sistema encontra-se em implantao em seis plataformas de leo e Gs si-multaneamente. Durante dez meses

    desenvolvemos o sistema a partir da demanda de um cliente. Juntos, in-vestimos R$ 400 mil. A Insight pos-sui direito exclu-sivo comerciali-zao do produto,

    afirma anderson menezes, scio-dire-tor da Insight Consulting.

    Com o uso do Teaming possvel in-tegrar os processos logsticos com o RH, treinamento e medicina do trabalho, elimi-nando o risco de pendncias de embarque.

    Por meio do software pode-se enviar uma prvia das turmas selecionadas ao gestor de plataforma e organizar as escalas le-vando em conta pendncias de frias, trei-namentos, exames obrigatrios e licenas mdicas dos funcionrios.

    O sistema sincroniza e otimiza as ordens de servios para transporte e hospedagem durante o deslocamen-to dos profissionais, do seu ponto de origem, em qualquer local do pas, at o embarque na plataforma. O sistema foi desenvolvido em ambiente WEB dot net, o que permite acesso fcil das plataformas, locais remotos e base de controle, e possui um painel de gesto de controle de profissionais, com fun-o e foto de cada um.

    Insight cria novo sistema de logstica de pessoal em plataformas

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    rea da retrorea ........................... 20 mil mrea na proximidade do cais .........30 mil mrea de escritrios .............................300 mrea coberta de armazenagem .........800 mrea para qumicos ........................... 200 mCais pblico disponvel ......................2500 mCalado mdio............................................ 10 m

    Obs.: capacidade de 10 ton por m para movimentao de carga e gerenciamento de resduo.

    G-Comex

  • TN Petrleo 74 29

  • 30 TN Petrleo 74

    Expanso planejadaPara expandir a atuao no seg-

    mento de explorao de petrleo e gs e gerar mais negcios no s para o Terminal Offshore da Brasco, mas tambm para as outras re-as de atuao do grupo, a Wilson, Sons criou a gerncia de Oil&Gas. O objetivo da gerncia integrar todas as plataformas de negcio da companhia que tm possibilidade de oferecer servios para o setor.

    a inteno da Wilson,Sons fazer com que todas as seis reas de negcios se coordenem para ofe-recer servios mais completos para seus clientes. Com diversos tipos de servios integrados, as empresas podem contar com os benefcios de tratar de vrias questes da logstica com apenas uma interface.

    Presente nos principais portos do Brasil, o grupo conta atualmente com mais de quatro mil funcion-rios. Suas diferentes reas de neg-cios, que atuam de forma sinrgica, abrangem 16 filiais, 23 operaes de logstica, dois terminais de con-tineres, um estaleiro e instalaes fsicas distribudas por diversas capitais brasileiras.

    Somos hoje a nica empresa capaz de atuar em todas as etapas da cadeia de servios logsticos para o segmento de petrleo e gs em qualquer estado do pas, diz Renata Pereira, gerente de Oil&Gas do grupo.

    a expectativa da Wilson,Sons muito positiva. estamos inves-tindo fortemente para fortalecer e aumentar nossa posio no segmento de Oil&Gas. isso se reflete em nossos inves-timentos previstos na expanso do estaleiro do Guaruj, uS$ 40 milhes, e na construo do novo estaleiro no rio Grande, aproxima-damente uS$ 140 milhes. nosso

    planejamento prev que saltemos de dez embarcaes offshore ope-radas atualmente para 24 embarca-es at 2015. O financiamento de uS$ 670 milhes para a constru-o de 13 barcos foi recentemente aprovado pelo BndeS. em adio a esses grandes volumes, realiza-mos investimentos na expanso/renovao da frota de rebocadores, de forma a torn-los mais poten-tes e preparados para operaes offshore com aumento da seguran-a das operaes, e investimentos em nossas bases de apoio offshore ao longo da costa, cuja demanda por servios crescente.

    Como a produo de petrleo do pas notadamente offshore, os maiores desafios para a logstica desse segmento encontram-se nas reas porturias e de operaes martimas. muitos projetos nes-se segmento envolvem suporte a partir de uma instalao offshore, e difcil encontrar reas dispon-veis na costa que atendam simul-taneamente requisitos tcnicos, geogrficos e comerciais. no que tange s embarcaes, a captao e reteno de recursos humanos para compor tripulaes so tam-bm grandes desafios, dado que a demanda por martimos maior que a oferta.

    O contedo local um dos prin-cipais fatores que trazem perspec-tivas de crescimento para o grupo. isso faz com que as grandes em-presas de bens e servios do setor tragam seus parques industriais para c e nos fornece grandes opor-tunidades para prestarmos servios para elas, alm de aumentar nossa competitividade com as prprias petroleiras, avalia, acrescentando que outro diferencial estratgico do grupo para o setor o fato de a com-panhia ter estaleiros prprios. nos prximos anos, a Wilson,Sons ter trs estaleiros, dois no litoral paulis-ta e um em rio Grande (rS).

    Segundo a Antaq, os no-vos projetos de terminais e portos de apoio offshore tm potencial para captar

    entre US$ 10 bilhes e US$ 20 bilhes em ati-vidades como supply

    offshore (abastecimento de plataformas), apoio ma-rtimo, produo de tubos

    flexveis, entre outras.

    Empresas brasileiras autorizadas pela Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (Antaq) ........................... 99

    Empresas operando no apoio martimo .................................... 50

    Empresas associadas Associao Brasileira de Apoio Logstico (Abeam) ............................................... 23

    Embarcaes em operao (bandeira brasileira) ..........................132

    Embarcaes em operao (bandeiras estrangeiras). ................. 135

    Total de embarcaes ...................... 267

    Obs.: 2008: cerca de US$ 765 milhes gastos com afretamentos. Hoje estima-se superior a US$ 1 bi.

    Cerca de 40 embarcaes operam para as oil companies fora do mercado Petrobras.

    Fonte: Abeam, maro 2010

    mercado de apoio martimo no Brasil

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