semmais 20 setembro 2014

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Pub. Sábado | 20 setembro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 826 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Atual 5 Autoridades receberam 1133 queixas de violência doméstica no primeiro semestre do ano Atual 4 Preço das taxas moderadoras já limitam acesso às urgências Cultura 9 Escola do Barreiro arranca segunda- -feira devido às obras ATUAL A Escola Secundária Alfredo da Silvs, no Barreiro, abre o ano letivo esta segunda-feira. A demora na conclusão das obras de levan- tamento das telhas de fibrocimento atrasaram o arraque das aulas. PÁG. 7 Rita Guerra fecha as festas da Moita com um concerto no domingo, dia 21 As dádivas de sangue começam a escassear nos hospitais da região. O alerta do INS é confirmado ao semmais pela associação de dadores Benévolos de sangue, que adianta ter havido uma quebra de cem voluntários. A retirada de isenções das taxas de acesso aos hospitais é uma das razões apontadas. ABERTURA PÁG. 4 Fotos: DR Advogados criticam caos no tribunal de setúbal Falta sangue nos hospitais da região IPS com seis cursos lotados quer chegar aos 90% ATUAL Seis cursos do Instituto Politécnico de Setúbal lotaram as vagas disponíveis na primeira fase do concurso nacional. Boa adesão, que não esconde a certeza do seu presidente, Pedro Dominguinhos, em atingir os 90 %. PÁG. 6

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Edição de 20 de Setembro

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Page 1: Semmais 20 setembro 2014

Pub.

Sábado | 20 setembro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 826 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Atual 5Autoridades receberam 1133 queixas de violência doméstica no primeiro semestre do ano

Atual 4Preço das taxas moderadoras já limitam acesso às urgências

Cultura 9

Escola do Barreiro arranca segunda--feira devido às obrasATUAL A Escola Secundária Alfredo da Silvs, no Barreiro, abre o ano letivo esta segunda-feira. A demora na conclusão das obras de levan-tamento das telhas de fibrocimento atrasaram o arraque das aulas.

PÁG. 7

Rita Guerra fecha as festas da Moitacom um concertono domingo, dia 21

As dádivas de sangue começam a escassear nos hospitais da região. O alerta do INS é confirmado ao semmais pela associação de dadores Benévolos de sangue, que adianta ter havido uma quebra de cem voluntários. A retirada de isenções das taxas de acesso aos hospitais é uma das razões apontadas.

ABERTURA PÁG. 4

Fotos: DR

Advogados criticam caos no tribunal de setúbal

Falta sanguenos hospitais da região

IPS com seis cursos lotados quer chegar aos 90% ATUAL Seis cursos do Instituto Politécnico de Setúbal lotaram as vagas disponíveis na primeira fase do concurso nacional. Boa adesão, que não esconde a certeza do seu presidente, Pedro Dominguinhos, em atingir os 90 %.

PÁG. 6

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2 ESPAÇO PÚBLICO Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Telem.: 93 538 81 02. E-mail: redaç[email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Recentemente as institui-ções particulares de soli-dariedade social (IPSS) do

Distrito de Setúbal, foram infor-madas pelos serviços da Segurança Social que era intenção daqueles serviços proceder à regularização dos montantes relativos às compar-ticipações recebidas indevidamente nos anos 2006/2008.

Trata-se de uma iniciativa que não é inédita, na medida em que em 2008 as Instituições já tinham recebido ofício idêntico, sendo que durante oito anos o assunto este-ve “pendente” numa gaveta, não sendo considerado prioritário.

Em concreto, trata-se do ajus-tamento da comparticipação fi-nanceira da segurança social no âmbito dos acordos de coopera-ção celebrados com as IPSS ou equiparadas, acertos que decor-rem da variação da frequência do número de utentes.

Em termos práticos, a Segu-

rança Social pretende recuperar verbas que foram pagas às IPSS em função da frequência real de utentes e não do número contra-tualizado.

Em abstracto, à luz de quem não conhece minimamente o fun-cionamento do Sector Social, a re-posição das verbas afigura-se como um princípio justo, na medida em que as instituições só devem re-ceber a comparticipação pelo nú-mero real de utentes a quem pres-taram serviço.

Não obstante o pequeno deta-lhe da “cobrança” estar a ser feita sobre o número de frequências de utentes registados nos anos 2006 a 2008, não se consegue perceber passados oito anos como virá a ser realizada a validação dos re-gistos efetuados pelas IPSS e pela própria Segurança Social e muito menos saber quais foram as ra-zões que estiveram na origem do assunto ter ficado “pendurado”,

sendo que seria igualmente im-portante perceber quanto é que o Estado devia ter devolvido às Ins-tituições pelas vagas contratuali-zadas e fazer-se correctamente o dito “acerto de contas”.

Refere ainda o ofício da Segu-rança Social, datado de 28 Agos-to do corrente ano, que para evi-tar que a reposição de verbas não constitua um fator desequilíbrio financeiro para as instituições a mesma poderá ser efetuada por um período de 6 meses, a iniciar no processamento de comparti-cipações já do próximo mês de Ou-tubro, sendo que poderá ser alte-rado o prazo desde que solicitado nos termos do Código do Proce-dimento Administrativo.

Naturalmente que, ao entrar--se numa lógica do “deve” e do “ha-ver”, o Estado se prepara para transformar o assunto em divida fiscal e, se o mesmo cair nas mãos da Autoridade Tributária não te-

nham quaisquer dúvidas que será tratado somente como “deve” e até ao final do corrente ano, o Sector Solidário do Distrito de Setúbal dará uma pequena ajuda para a redução do défice para os 2,5% do PIB inscrito no Orçamento de 2015.

Preparem-se as IPSS, pois a sustentabilidade das finanças não será apenas uma preocupação do Estado, evocada somente em pe-ríodos de emergência; vai ser um objetivo permanente, sendo que quem gere a “coisa pública” em circunstância alguma deverá per-mitir que sejam postos em causa valores básicos como a credibili-dade e a confiança das instituições que representa.

Gato escondido com o rabo de fora

Paulo G. LourençoInvestigador Social

A morte de um amigo

Esta semana, uma notícia triste, mas infelizmente esperada, colheu-nos desamparados. A

morte de um grande amigo, colega de profissão, que sempre nos havia habituado a um sorver de vida, de garra e de otimismo.

Vi o Renato Rodrigues dias an-tes de este nos ter deixado. Já total-mente combalido, doente, muito doente, e especialmente desanima-do. É diferente olhar os olhos da pes-soa, vê-lo e tocá-lo. Meses a fio fui e fomos acompanhando a sua doen-ça, que o decepou para a vida, nas redes sociais. Há uma distância in-sofismável, um hiato humano que nos afasta da realidade.

É um espelho frágil, que quase nada agarra. Corre a informação, as noticias espalham-se com vertigem, consumam-se imprevistos, mas fal-ta a ligação humana.

Escolho introduzir este pressu-posto das redes sociais para expli-car melhor a frustração com que fi-quei por não ter acompanhado mais de perto o drama e o destino do ‘Re-nas’. E confirmar que ao contrário do que quase sempre pensamos, nes-ta Era da globalização, nada substi-tui o afeto e o calor humano. Os sen-timentos, que podem e devem ser expressos por palavras, vivificam na galáxia da proximidade, precisam de outra dimensão.

O Renato Rodrigues foi mais um da minha geração de jornalistas que se amantizou com a carreira, com esta missão que vive do pulsar dos outros. De todos os outros. E abra-çou-a de forma inabalável. Muitas vezes teórico, gostava de dissertar sobre todos os temas, de uma boa discussão.

Nunca o vi, porém, infestado pela virulência do provincianismo. Não se misturava com a pachorrenta la-dainha dos que fazem desta profis-são um ocaso. Uma passagem, ou trampolim. E com isso sempre me identifiquei.

Agora partiu, amparado pela sua companheira e pelos muitos ami-gos que foi cultivando ao longa da sua vida tão curta. Mas quero pen-sar que a viveu com a sua boa dis-posição contagiante, das suas tira-das a propósito e sempre com o hu-manismo e solidariedade que o ca-racterizava.

Na verdade, o ‘Renas’ foi e fi-cou. E onde quer que esteja esta-rá certamente protegido no reino dos homens-bons. Até sempre ca-marada!

EDITORIALRaul Tavares

Porque na política, como na literatura, a forma é conteúdo”, apoio António José Seguro

nas eleições primárias que o Partido Socialista realiza no próximo dia 28 de Setembro para a escolha do candidato socialista a primeiro mimistro.

Confesso a minha surpresa pelo momento e pela forma como o ca-marada António Costa se prestou a desafiar a liderança de Antonio José Seguro.

Liderança que decorre de uma eleição que, democraticamente, legitimou o exercício do seu man-dato e que se consolidou com duas vitórias consecutivas do PS, em menos de um ano, nas eleições au-tárquicas e europeias.

O Secretário Geral do PS, An-tónio José Seguro, não obstante ter assumido a liderança do par-tido num momento de particular dificuldade, tem vindo de forma estruturada, firme, mas realista, a afirmar o projecto do PS assente na defesa do Estado Social como condição indispensável para al-cançarmos a Justiça Social cuja matriz faz parte do ADN do PS.

E tem combatido com deter-minação, coerência e sensatez as políticas ultraliberais e autoritá-rias de redução cega da despesa que o actual governo tem vindo a prosseguir, com total insensibili-dade, e que tem comprometido de forma gritante e escandalosa as funções do Estado como “regula-dor” de uma sociedade justa e so-

cialmente coesa, conduzindo o País para uma situação de maior po-breza, maior endividamento e maior desigualdade.

Não obstante, sabe-se lá por-que razões e em nome de que va-lores avançou António Costa para desafiar a liderança do camarada António José Seguro.

Ao que vem e o que se propõe fazer?

Até agora a sua candidatura as-senta num vazio de ideias e numa

total ausência de substância.Está escorada “apenas” na ima-

gem, laboratorial e laboriosamen-te desenvolvida, de que estamos em presença do vencedor, do Ho-mem a quem o País se curva, do SALVADOR...

Resulta também e lamentável-mente, do “rasgar” do compromis-so, do rasgar do documento de es-tratégia política que subscreveu com António José Seguro, no qual se definia como objectivo ser este o candidato do PS a primeiro mi-nistro...

No presente temos como cer-to, tão só, que a decisão de Antó-nio Costa, ao arrastar o PS para um processo de disputa interna e no qual, inevitávelmente, o parti-do se tem vindo a focar, acabou por “resguardar e dar alguma fol-ga” ao Governo.

Mas queremos acreditar, im-porta acreditar, que o PS conse-gue sair mais reforçado deste de-bate que se espera seja vivo, ele-vado e participado, no respeito pe-las mais elementares regras da vi-vência cívica.

E dessa forma contribuir para a qualidade da democracia e cre-dibilidade da política.

Aliás, com a decisão do NOS-SO Secretário Geral de abrir as pri-márias a simpatizantes – decisão que só está ao alcance de verda-deiros líderes que entendem a po-lítica como “serviço público” e não de defesa de interesses pessoais ou de “grupo” – fez-se HISTÓRIA

no Partido Socialista, na Política em Portugal e valorizou-se a De-mocracia.

E a este apelo á sociedade ci-vil de comungar e participar nos destinos do País têm respondido as portuguesas e portugueses, de forma inequívoca, com uma ade-são maciça.

O que desde logo revela que António Costa, ao considerar que aqula decisão não, passa de um “TRUQUE” (!!?), tem uma visão míope, distorcida e descontextua-lizada da realidade.

Importa perguntar-lhe se, nessa sua perspectiva redutora e sectária, considera que os simpa-tizantes são meros “coelhos” que o Secretário Geral e candidato, An-tónio José Seguro, vai tirar da car-tola?

E, por isso, perguntar-lhe ain-da se irá prescindir dos votos que porventura alguns simpatizantes lhe venham a confiar?

Tenho consciência que as mi-nhas questões não vão merecer de si qualquer resposta.

Mas, confesso-lhe, a resposta que verdadeiramente aguardo é a que os militantes e simpatizantes do PS, venham a proferir no pró-ximo dia 28 de Setembro.

E porque continuo a acreditar “que é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”, esta-rei, nas PRIMÁRIAS DO PS, a apoiar a candidato a primeiro ministro de Portugal, o NOSSO CAMARA-DA ANTÓNIO JOSÉ SEGURO.

Nas primárias do PS com António José Seguro

António ParacanaAdvogadoMilitante do PS

“ No presente temos como certo, tão só, que a decisão de António Costa, ao arrastar o PS para um processo de disputa interna e no qual, inevitávelmente, o partido se tem vindo a focar, acabou por “resguardar e dar alguma folga” ao Governo”

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Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com ESPAÇO PÚBLICO 3

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezasseis de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 74 livro 271 – A, de escrituras diversas, na qual: Franklim Timóteo Martins de Matos, viúvo, residente na Rua Manuel Pardal, n.º14, em Setúbal, contribuinte número 111783550, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano sito na Estrada da Morgada, Rua Manuel Pardal, n.º 14 freguesia do Sado, concelho de Setúbal, composto de edifício de dois pisos, arrecadação e garagem, destinado a habitação, com a área coberta de cento e sete vírgula sessenta metros quadrados e descoberta de mil seiscentos e dezoito vírgula quarenta metros quadrados, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e três, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1581, da freguesia do Sado.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 16 de Setembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1441

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezasseis de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 77 livro 271 – A, de escrituras diversas, na qual: José Manuel Dias Martins, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Lídia Cardoso Ribeiro Martins, residente na Rua Padre Américo Faria, n.º 62, em Setúbal, contribuinte número 159380545, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano sito na Rua Padre Américo Faria, n.º 62, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, composto de edifício destinado a habitação, com a área coberta de cento e onze vírgula setenta e seis metros quadrados e a área descoberta de mil duzentos e noventa e oito vírgula vinte e quatro metros quadrados, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e seis, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 4234, da freguesia do SadoEstá conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 16 de Setembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1442

O mais belo contraste entre a vila e o campo? Não, não, não. Não é um contraste -

não há delimitação. É uma mistura homogénea que “se compraz” e que ainda não sei definir comple-tamente.

A única rua fala por si - uma rua onde cabem mundos, uma rua que não cansa e que desagua no mar. E cá vamos:

O chapéu de palha teima em filtrar os raios desse Sol diferen-te enquanto desço a rua num ves-tido qualquer. O salutar odor a pão quente destaca-se pela ma-nhã, dando conforto imediato a quem começa o dia, misturan-do-se apenas com a leve brisa ma-rítima, transportada pelo vento, – ahh!, essa magia do campo – e paro para um longo café, no iní-

cio da rua, como quem quer guar-dar o resto do dia no bolso. O bu-lício, as caras singulares, a nor-mal agitação matinal, o tinir de talheres e o toque dos pratos mis-tura-se com a cafeína e a primei-ra fornada de energia começa a correr nas veias. Mas não me de-moro, não quero deixar a rua à espera.

Pequenas lojas de um lado, lojas pequenas do outro, venden-do recordações, pequenos peda-ços de sonho, para lembrar um dia, numa cidade qualquer. As pe-quenas casas acolhedoras sur-gem dos dois lados da estrada e delas brotam rosas, lírios, mar-garidas, malmequeres, tulipas e narcisos – essas importantes sim-plicidades. Acalmo o passo, que-rendo absorver toda aquela ri-

queza, “olhando o mundo azul à minha frente”, descendo as es-cadas que levam à pequena praia, atirando-me para a areia gros-seira, sem pensar, para poder sen-tir tudo o que posso. Fito o mar. Fito-o durante um minuto eter-no para ter a certeza que não me esqueço dele, e ali fico, decidin-do se vou ter com ele ou se me deixo ficar na areia quente.

É um mar revoltado, mostran-

do que gosta de ser o que é, que-rendo sê-lo com toda a sua de-terminação. Sim, é um mar de-terminado, destemido, bom para refrescar a mente, para matar aquele desconforto de quem não sabe o que sente. E quando sei quem sou não mergulho. Quan-do não sei, não me importo que me atire violentamente para a areia, que me envolva repenti-namente, deixando-me sem fô-lego, nem que me assuste quan-do os meus pés já não conseguem pisar o chão porque, quando sair de lá, conheço-me sempre um pouco melhor.

“Podia ser um peixe na maré, nadando sem passado nem fu-turo”, balançando entre quem sou e quem não sou. E ali observo o pequeno areal mudar a sua for-ma ao longo do dia, quando o céu começa a alternar os seus tons e o azul se torna laranja enquanto

“as águas brilham como prata”. Fecham-se guarda-sóis, ouvem--se crianças, os óculos de sol per-dem a sua função, arrumam-se toalhas e a praia vira deserto. Le-vanto-me, subo aquela escada-ria que me leva do paraíso para o mundo e, quando dou por mim, “a lua já desceu sobre esta paz e reina sobre todo este luzeiro”.

É uma pausa da cidade, onde não há meios-termos. É um pe-queno recanto reservado que sor-ri a quem o descobre, esperando que lhe sorriam de volta. É um grito profundo, uma gargalhada sentida, um sorriso envergonha-do, é aqui que nos encontramos é “aqui, no lugar de Porto Covo”.

*Os versos que estão entre as-pas pertencem à letra da música “Porto Covo”, escrita por Carlos Tê, composta e interpretada por Rui Veloso.

Margarida NietoEstudante

Parede Branca, Porta VermelhaLETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

O Benfica. Sempre o Benfica.O Benfica é uma marca. É um estado de espírito. É uma

instituição universal. É quilo que qui-sermos. Falemos bem ou mal, mas a verdade é que é sempre tema de actualidade.

Podia vir aqui dissertar sobre o momento único e inolvidável que os adeptos deram no final do último jogo da Liga dos Campeões, onde com uma derrota por dois a zero em casa, brindaram a sua equipa com um coro de aplausos e de cânticos entusiasmados durante largos mi-nutos. Foi até arrepiante.

Mas falo-vos do Benfica, não por questões meramente futebolísticas, matéria de que sou apaixonado, como sabem, mas sim sobre a relação ins-titucional do meu Benfica com a Câ-mara Municipal do Seixal.

Já no passado, houve quem de-magogicamente me quisesse acu-sar de favorecer a posição do Ben-fica, mas nunca o conseguiram por não ser claramente verdade. Em ne-nhum aspecto institucional, deixei que o meu amor ao clube fosse su-plantado pela defesa intransigente da posição do município do Seixal, que jurei defender quando assumi o cargo de vereador e a prova disso têm sido as inúmeras votações e in-terpelações que tenho feito ao Sr. Presidente da Câmara relativamen-te aos cumprimentos dos protoco-los assinados entre o SLB e Benfica SAD e a C.M.S.

Ora, na última reunião de câma-ra a seguir a uma intervenção mi-nha, onde questionava precisamen-te o Sr. Presidente sobre alguns pon-tos que ainda não estão cumpridos,

ou explicados do último protocolo assinado, este saiu-se com esta pé-rola: “ O Seu reconhecido Benfiquis-mo só é suplantado pelo seu Anti--C.D.Uismo”

Como disse? Será mesmo ver-dade? Todos sabem a resposta, pois se há alguém da oposição que tem cultivado amizades e respeito entre os “actores políticos” da maioria, as-sim como sempre respeitado o le-gado comunista, esse alguém sou eu. Não podemos é confundir esses re-conhecimento e até amizade, com passividade, conformismo e segui-dismo. E isso não faço.

Sei que das minhas palavras foi interpretado que o Benfica estava

a ser privilegiado. Nem sei que sen-tido atribuir à palavra “privilegia-do”, no entanto, para que não res-tem dúvidas coloco a questão ao contrário - A CÂMARA MUNICI-PAL DO SEIXAL, nomeadamente quem está a conduzir este proces-so, não está a ser suficientemente competente no sentido de garan-tir que todos os compromissos que o Benfica assumiu já estejam cum-pridos, nomeadamente a devolu-ção do Estádio do Bravo, para uti-lização municipal e a entrega para posse e utilização da Câmara de um relvado artificial, no terreno que a Câmara Municipal do Seixal doou/protocolou com o Benfica.

No fundo o que disse foi: fize-mos uma cordo com o Benfica, em que o Benfica ficava com um ter-reno da Câmara (que já o demos e eles até já estão a finalizar as obras), mas a nossa contrapartida ainda está no papel.

Por fim, para não ser acusado de maldizente e injusto, deixo uma pa-lavra de simpatia para o facto de, pelo menos durante a próxima época (um ano) o Benfica ter cedido um cam-po (o n.º 6) para gestão da Câmara, para que colectividades municipais o possam utilizar. Nem tudo é mau e, deixo aqui o meu apreço a quem conduziu este processo e ao próprio Benfica, por ter sido sensível às ne-cessidades do concelho.

E com isto respondo ao Sr. Pre-sidente: Nem o meu Benfiquismo me tolda a capacidade de raciocínio e de firmeza dos interesses munici-pais, nem a minha simpatia pelos di-versos actores políticos locais, as-sim como o respeito que a CDU me merece, me toldam a capacidade de criticar sempre que o entendo ade-quado, de apresentar soluções al-ternativas e de denunciar aquilo que eu entendo que é uma má defesa dos interesses municipais.

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

Reconhecimento benfiquista

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Page 4: Semmais 20 setembro 2014

tro doações por ano. «Ago-ra há uma grande desmo-tivação e acabam por fa-zer uma ou duas dádivas anuais. Isto complicou a nossa tarefa”, sublinha Her-menegildo Alves, que se passou a desdobrar em campanhas de sensibiliza-ção face à redução das re-servas de sangue.

«Fazemos o que pode-mos para chamar as pessoas, mas isto está complicado.

Damos sangue sem querer nada em troca, mas, na ver-dade, temos encontrado um descontentamento que nos preocupa. É preciso repen-sar este problema», admite o dirigente, concordando que «quem se empenha pela saúde e bem-estar da popu-lação devia ter mais bene-fícios, de facto».

Os próprios bombeiros foram atingidos por esta me-dida. O benefício dos dado-

res, dizem, passa por pode-rem entrar no hospital fora das horas de visita.

«Os dadores que se afas-taram estavam a sentir que contribuem para alimentar as reservas de sangue, aju-dando a salvar vidas, mas depois têm que pagar 24 eu-ros quando precisam de ir às urgências. Isto deixa em dificuldades quem, como nós, tem que mobilizar pes-soas», insiste.

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação registou uma quebra de 8% nas colheitas de sangue no primeiro semestre deste ano, segundo revelou o presiden-te da instituição, mostran-do-se «muito preocupado» com a descida esperada no Verão. Hélder Trindade afir-mou que houve uma dimi-nuição de 10% na afluência de dadores no início do ano, que melhorou ligeiramen-te para 8% no final de Maio, comparativamente ao pe-ríodo homólogo de 2013. «Os dadores esperados simples-mente não aparecem e as brigadas emagrecem», de-sabafou.

ABERTURA

4 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Região perdeu cem dadores de sangue descontentes com taxas moderadoras

O alerta partiu do Insti-tuto Português do Sangue. As reservas

começam a escassear, pelo que são pedidas mais dádivas aos portugueses numa altura do ano em que tradicional-mente há menos dadores e mais riscos. «Mas não vai ser fácil responder a este apelo», avisa o presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Setúbal, Hermenegildo Alves. Refere

o dirigente que a partir do momento em que foi cortada a isenção do pagamento de taxas moderadoras a quem faz as dádivas, passou a ser «muito mais difícil mobilizar as pessoas. Deixaram de se sentir reconhecidas e estão descontentes com o sistema», justifica, revelando que este ano os dadores sadinos vão fazer menos dez brigadas do que em 2013, ficando--se pelas 25.

«Relativamente ao ano passado tivemos uma que-bra na ordem dos cem da-

dores, equivalendo a 18%», revela, depois de na região já ter havido quem fizesse em média entre três a qua-

Associação de Dadores Benévolos diz que a retirada de isenções é a grande causa

DR

O alerta é do Instituto Português do Sangue e é confirmado pela Associação de dadores de Sangue de Setúbal. Há menos dadores e mais riscos. As quebras são constantes.

Preço das taxas moderadoras já limitam acesso à saúdena regiãoOS PREÇOS das taxas mo-deradoras (24 euros) nos hospitais e do transporte de doentes estão a afastar a população do distrito das consultas nas unidades de saúde, segundo denuncia-ram os médicos da região à própria Ordem. As zonas rurais, por serem as que estão mais distantes dos hospitais serão também as mais afetadas, alertando o bastonário José Manuel Silva que o serviço pres-tado à população «está mais ameaçado do que nunca”, considerando ain-da os médicos que os cor-tes financeiros no Serviço Nacional de Saúde “preju-dicam os cuidados».

«Já temos uma elevada

percentagem de médicos a dizerem-nos que há cada vez mais doentes a suspen-derem as terapêuticas far-macológicas, havendo mui-tas pessoas que deixaram de ir às consultas porque não estão a suportar o pa-gamento da taxa modera-dora», sublinha José Ma-nuel Silva.

O bastonário da Ordem dos Médicos não dispõe de dados precisos relativamen-te à realidade distrital, mas alerta ainda que, neste mo-mento, “mais de 60% dos médicos já apresentam

queixas”, avolumando-se também os profissionais que lamentam ainda a fal-ta de material clínico de uso comum.

«É óbvio que Isto tra-duz a rotura a que todos os hospitais estão ser sujeitos e para 20105 prevê-se mais cortes”, insiste o bastoná-rio, para quem o mais preo-cupante é o facto dos cole-gas estarem a alertar que estes cortes «já estão a in-fluenciar, e muito, a falta de acesso à saúde das pessoas».

Roberto Dores

Pub.

Roberto Dores

Page 5: Semmais 20 setembro 2014

ATUAL

Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Violência doméstica em crescendo no distrito

A PSP e GNR receberam um total de 1133 queixas de violência doméstica

no distrito, apenas no primeiro semestre do ano, traduzindo um aumento superior aos 2% face a igual período do ano passado, segundo revelou um relatório da Direcção-Geral da Admi-nistração Interna (DGAI). A região continua, assim, a ser o terceiro distrito do país com maior número de queixas neste tipo de crime, apenas atrás de Lisboa (2975) e Porto (2544), como já aconteceu em 2012 e 2013.

«Os dados relativos ao pri-meiro semestre de 2014 apontam para a manutenção de um au-mento no número de ocorrên-cias participadas às forças de se-

gurança», segundo se pode ler no relatório anual de monitorização referente à violência doméstica, que, a julgar pelos dados provi-sórios de Julho e Agosto, deve-rá aumentar ainda mais no se-gundo semestre.

Isto porque Agosto já foi o mês do ano em que se registaram mais participações, mantendo-se, de resto, uma tendência bem conhe-

cida das autoridades po-liciais. De igual modo, há uma maior propor-ção de participações à segunda-feira (16,5 por cento) e maior propor-

ção de ocorrências ao fim-de-se-mana.

Segundo o estudo realizado, as agressões acontecem, sobre-tudo, durante a noite, sendo que a maioria das vítimas do crime de violência doméstica são mulhe-res entre os 25 e os 64 anos, sen-

do que a média se fixa nos 41 anos. A maior parte das vítimas são ain-da trabalhadoras ativas.

Porém, a maior parte dos pro-cessos não chega a julgamento. O distrito não escapa à realidade nacional, que mostra como, en-tre 2012 e 2013, 76,3% das quei-xas resultaram em arquivamen-to, enquanto 18% chegaram à fase da acusação e 5,5% em suspen-são provisória do processo. En-tretanto, uma esmagadora maio-ria dos processos foram arquiva-dos (72%), alegadamente, devido à falta de provas.

Ainda segundo a DGAI, 58% das sentenças proferidas em proces-so-crime por violência doméstica nos últimos dois anos resultaram em condenação, enquanto em 60% dos casos as penas foram de pri-são entre dois a três anos, geral-mente suspensas por igual perío-do de tempo.

PSP e GNR receberam um total de 1133 queixas no distrito durante o primeiro semestre do ano

DR

É um aumento ligeiro mas ainda assim preocupante. O primeiro semestre deste ano aponta para um aumento do número de participações. O distrito figura em terceiro no ranking nacional nesta triste estatística.

Roberto Dores

Agressões acontecem mais pela calada da noite

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ATUAL

6 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezasseis de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 80 livro 271- A, de escrituras diversas, na qual: Maria Manuela Josefa Martins Ascenso, viúva, residente na Rua Manuel Pardal, n.º 20, em Setúbal, contribuinte número 155242660, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano sito na Rua Manuel Pardal, n.º 20, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, composto de edifício destinado a habitação, com a área coberta de cento e trinta metros quadrados e a área de logradouro de três mil cento e oitenta e quatro metros quadrados, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e três, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1385, da freguesia do Sado.

Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 16 de Setembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1444

Seis cursos do Instituto Politécnico de Setúbal registam já ocupação total

Os cursos de Enfer-magem, Fisiote-rapia, Terapia da Fala,

Gestão de Recursos Humanos, Marketing e Comunicação Social registaram uma taxa de ocupação total na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, ao contrário de algumas áreas de tecnologia e engenharia que, de ano para ano, conti-nuam com uma grande dificul-dade em acolher novos alunos no Instituto Politécnico de Setúbal, tal como Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação, Engenharia do Ambiente e Enge-nharia Eletrotéc-nica.

O IPS preen-cheu mesmo 48 por cento das 1142 vagas abertas para as diferentes licenciaturas porém, duran-te o dia de sexta-feira, esta taxa pode mesmo superar os 90 por cento, após a afi-xação dos resultados das provas de acesso relativa a maiores de 23 anos, trans-ferências de cursos e ingres-so de estudantes provenien-tes dos Cursos de Especia-

lização Tecnológica. “A per-centagem de vagas ocupa-das no IPS vai subir com cer-teza para mais de 90 por cen-to”, adivinha Pedro Domin-guinhos, presidente do IPS, para quem estes ingressos vão colmatar a falta de ins-crições nos cursos de enge-nharia. A ausência de colo-cações nas áreas de tecno-logias e engenharia deve-se em grande parte às notas das provas de ingresso no ensi-no superior, nomeadamen-te matemática, sofrerem um grande desfasamento em re-lação às notas do ensino se-cundário dos alunos. “É pre-ciso uma grande reflexão a vários níveis de forma a to-

mar novas medi-das que invertam esta tendência”, explica Pedro Do-m i n g u i n h o s ,

acrescentando que “são nas áreas de tecnologia que es-tão perfeitamente identifi-cadas as profissões para o futuro e fundamentais para o crescimento do país”. “A falta de formação de enge-nheiros pode vir a trazer no-vos problemas para Portu-gal num futuro próximo”, adverte ainda.

Numa altura em que as

dificuldades económicas sentem-se muito no seio das famílias, o ingresso no en-sino superior significa um maior esforço financeiro, por vezes insuportável. Nis-to, o Politécnico de Setúbal, em colaboração com a As-sociação Académica, dispo-

nibiliza desde 2010 um apoio social próprio para quem não tem acesso às bolsas so-ciais, que consiste na dimi-nuição da propina para o va-lor mais baixo, atribuição de residência, ajuda no valor dos transportes entre outros tipos de auxílio social que

são operados num orçamen-to que vai entre os 40 e 50 mil euros anuais somente para este efeito. No passa-do ano lectivo passado, 160 alunos foram apoiados por este apoio e é de esperar que o número se mantenha numa iniciativa “pioneira no Po-

litécnico de Setúbal que tem vindo a ser replicada por ou-tras instituições de ensino”. “São mais de 1800 alunos que se candidatam a apoios sociais e o IPS não pode dei-xar de fazer a sua parte no que toca à responsabilida-de social”.

Rogério Matos

As licenciaturas de enfermagem, fisioterapia, terapia da fala, recursos humanos, marketing e comunicação social estão na linha da frente na primeira fase do concurso nacional

IIPS preencheu 48 por cento das 1142 vagas disponiveis

Presidente acredta numa subida até aos 90%

Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal

Ruínas de Tróia associam-se às jornadas do patrimónioAS RUÍNAS romanas de Tróia, no dia 27, das 11 às 12h30, convidam os seus vi-sitantes a participar num per-curso fora do seu circuito de visita habitual, numa inicia-tiva integrada nas Jornadas Europeias do Património.

A actividade inclui um percurso pedestre de 2,5 quilómetros ao longo da orla do estuário do Sado, guiado por uma arqueólo-ga que dará a conhecer os espaços e paisagens deste património europeu.

As Jornadas Europeias do Património são uma ini-ciativa anual do Conselho da Europa e da União Eu-ropeia que envolve cerca de 50 países e que tem como objectivo a sensibi-lização dos cidadãos para a importância da protec-ção do Património. Em cada país, é promovido um pro-grama de actividades a ní-vel nacional, cujo acesso, na sua grande maioria, é gratuito.

Este é o segundo ano em

que estas ruínas participam nas Jornadas Europeias do Património, uma iniciativa que pretende dar a conhecer mais sobre este que é o maior complexo de produção de salgas de peixe conhecido do Mundo Romano.

Dedicadas ao tema “Pa-trimónio, sempre uma des-coberta”, as jornadas decor-rerão entre 26 e 28 com o objectivo de chamar a aten-ção para a permanente no-vidade que o Património Cul-tural encerra.

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Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezasseis de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 83 livro 271 – A, de escrituras diversas, na qual: Vítor Manuel Dias Martins casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Isabel Maria Ribeiro Correia Martins residente na Rua Padre Amério Faria, n.º 62, em Setúbal, contribuinte número 149276265, justificou a posse, invocando a usucapião, dos seguintes imóveis:a) Prédio urbano sito na Rua Manuel Pardal, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, composto de edifício de rés do chão destinado a arrecadação e arrumos, que confronta do norte com Luís Manuel Dias Martins, do Sul com Rua Manuela Pardal e Matilde Maria Dias Martins, do nascente com Rua Augusto Alves e do Poente com Maria de Lurdes Alves de Jesus, com a área coberta de vinte e cinco vírgula setenta e cinco metros quadrados e descoberta de mil quinhentos e noventa e quatro vírgula vinte e cinco metros quadrados, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e três, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 4236, da freguesia do Sado;b) Prédio urbano sito na Rua Padre Américo Faria, número 62, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, composto de edifício de rés do chão, para habitação, com a área coberta de quarenta metros quadrados e descoberta de noventa e quatro metros quadrados, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e seis, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 100, da freguesia do Sado.

Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 16 de Setembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1445

Ordem dos Advogados alerta para caos no tribunal de SetúbalO RESPONSÁVEL pela Ordem dos Advogados em Setúbal, Chumbi-ta Nunes, considera que o tribu-nal da comarca sadina «está pa-ralisada e a viver um autêntico caos», devido à implementação da nova reforma judicial, aos proble-mas do ‘Citius’ e às obras a que o edifício central foi objeto.

Segundo o responsável, desde que arrancou o ano judicial, ape-nas se têm realizado «julgamen-tos urgentes, envolvendo argui-dos detidos», o que se torna «in-sustentável para o normal funcio-namento da justiça». E acrescen-ta: «as pessoas e as empresas es-tão a ser maltratadas por uma si-tuação que deveria ter sido acau-telada com tempo».

Chumbita Nunes, que nem é «totalmente contra a reforma da ministra Paula Teixeira da Cunha, e que está convencido de que a Comarca de Setúbal «vai ficar a ganhar com mais secções e mais juízos», afirma que «a ministra «tem estado a mentir» aos portu-gueses. «Não é saudável que pe-rante esta paralisação judiciária, se continue a dizer que está tudo a andar como previsto. Já se sa-bia que o ‘Cituos’ se encontrava

fragilizado e fez-se tudo às pres-sas», explicou ao Semmais.

No caso do tribunal de Setú-bal, que recebeu secções criminais de Sesimbra, Barreiro e Alcácer do Sal, não foram acauteladas as obras que, segundo advogado, iria tor-nar «praticamente impossível a realização de julgamentos». E para Chumbuta Nunes o que se está a

viver «é um caos, sem nenhuma perspetiva de tempo para ficar sa-nado».

Recorde-se que as obras de be-neficiação do Palácio de Justiça de Setúbal arrancaram uma sema-na antes da abertura do ano judi-cial. «Isto é só pó, barulho de má-quinas e operários a entrar e a sair», critica o responsável.

Escola do Barreiro abre segunda-feira mas ainda há salas que ficam encerradasA ESCOLA secundária Alfredo da Silva, no Barreiro, deverá abrir esta segunda-feira, após os atrasos pro-vocados pelos problemas relacio-nados com o levantamento das te-lhas de fibrocimento, segundo avan-çou a União de Freguesias do Bar-reiro e Lavradio, após contactar o Agrupamento de Escolas. Porém, o estabelecimento - que tem 33 tur-mas - não irá portas ao cem por cento. É que algumas salas de aula vão permanecer encerradas para que sejam ultimados os trabalhos.

Recorde-se que o atraso nas obras impediu o início das aulas no período definido pelo Ministé-rio da Educação, perante o des-contentamento dos pais, com Ana Porfírio, presidente da União de

Freguesias, a justificar que enquan-to as telhas de fibrocimento esta-vam a ser retiradas, de acordo com a empreitada definida pela tutela, foram sendo encontrados outros problemas no edifício que eram desconhecidos até à data e que também já careciam de reparação.

A ocorrência de chuva duran-te as obras complicou, ainda mais, o processo, já que se registaram infiltrações e houve necessidade de deslocalizar materiais para ou-tras alas do estabelecimento de ensino, para os proteger da água. «Também foi preciso proceder a trabalhos extra de limpezas de en-tulhos”, acrescenta a autarca, pelo que a abertura da escola resvalou, pelo menos, uma semana.

Tribunal em obras amplifica atrasos no ano judicial

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CULTURA

8 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

A pegada é uma marca, um sinal, carimbo, impressão, vestígio, trilho. A pegada

fica – índice, ícone, símbolo. A pegada do homem na lua. «ir nas pegadas [ou peugadas] de alguém»: perseguir, seguir o rasto de.

Matsuo Bashô alertava já: «Não siga as pegadas dos an-tigos, procure o que eles pro-curavam».

Pegada da Dama-pé-de--Cabra: pelo pé se reconhece o sobrenatural e o demoníaco.

Na Idade Média, as pega-das (a terra das pegadas) era usada em bruxaria/feitiçaria.

A pegada é testemunho, materialização de uma pre-sença. Dinossauros deixaram a sua pegada em prole da ciên-cia. Nos mitos e nas lendas, deuses e deusas caminham so-bre a terra e aí deixam a sua pegada e até a burra que acom-panhava Nossa Senhora im-primiu na rocha a sua marca – a pegada institui, deste modo, uma verdade.

Mas a pegada pode ter tam-bém propósitos de burla e en-gano: por isso se obriga os ani-mais a andar ao contrário ou se põem as ferraduras invertidas – foi o que fez Hermes com o rebanho que roubou a Apolo ou Nossa Senhora com a bur-ra enganando deste modo os seus perseguidores. Na mesma linha, os índios seguem «em fila indiana», pondo cada um o pé sobre a pegada do primeiro – e o múltiplo torna-se único.

A pegada do fugitivo; a pe-gada do caçador furtivo. A pe-gada do perseguido ou do per-seguidor. A pegada sem ros-to, a pegada sem corpo. Pega-da na terra, na lama, na erva, na carpete, na neve, na areia. Pegadas ligeiras, certeiras, pe-gadas como indicação de rota a seguir – o caminho na terra, no piso, no chão: o rumo in-dicado. O corpo segue, desa-parece; a pegada fica. Para a ciência forense, as pegadas são as primeiras provas a inves-tigar para explicar o crime e chegar ao criminoso.

Pegadas de gaivotas na areia da praia, de manhãzinha – a areia lisa, apenas marcada pelo pousar da ave e do voo. A pe-gada é o único foco de atenção na lisura da areia; a pegada é o voo em descanso, a quebra na paisagem, toda ela lisa e igual.

Pegada de homem, de mu-lher, de criança ou de velho – a pegada e o peso, a idade e a agilidade. O pé marca a verti-calidade – somos bípedes, erec-tos. Na sua «Enciclopédia da Estória Universal» (recolha de Alexandria), Afonso Cruz es-creveu: «Os vegetais têm raí-zes; os animais têm patas; os homens têm passos» e os pas-sos traduzem-se em pegadas.

Francisco Rodrigues Lobo, nas suas Éclogas, e a propósi-to de «Descalça vai para a fon-te / Leanor pela verdura» acres-centa: «Qualquer pegada que faça / Faz florescer a verdura: / Vai formosa, e não segura»

N’«O Velho que lia Roman-ces de Amor», Luís Sepúlveda fala dos Shuar, indígenas capa-zes de ler o mundo que os ro-deia e interpretar cheiros, indí-cios, pegadas. Para eles, ser ex-pulso da comunidade é o que pior pode acontecer, porque significa a condenação à mor-te. Foi o que aconteceu ao ve-lho: «Sem parar de chorar, en-tregaram-lhe a melhor canoa. Sem parar de chorar, abraça-ram-no (…) empurraram a ca-noa e, depois, apagaram as suas pegadas da praia.» Apagar as pegadas corresponde ao esque-cimento. Sem pegadas, inexis-timos. «É fácil apagar as pega-das; difícil, porém, é caminhar sem pisar o chão.» Lao-Tsé.

Numa espécie de parale-lismo inverso, em «As Aven-turas de Robinson Crusoe», e depois de este viver durante muito tempo sozinho na ilha onde naufragou: «Aconteceu um dia, por volta do meio-dia (…) ficar extremamente sur-preendido com a pegada de um pé descalço de homem na praia (…) fiquei como se um raio me tivesse atingido ou como se tivesse visto uma apa-rição.» Era sexta-feira.

Italo Calvino, em «Marco-valdo» escreve: «Saiu uma le-bre para a neve, moveu as ore-lhas, correu ao luar, mas era branca e não se via (…) só as patinhas deixavam uma pe-gada levíssima na neve, como folhas de trevo. (…) o lobo viu na neve as pegadas da lebre e perseguia-a (…) abriu a goela vermelha e os dentes agudos, e mordeu o vento» porque a verdade é que, depois do cor-po e da pegada, o que fica é o vento. E a voz.

Pegada

A 6.ª edição do Eurovision Live Concert, que este ano decorreu em duas noites no

Forum Luísa Todi, em Setúbal, com mais de duas dezenas de artistas portugueses e europeus, apresenta balanço «muito positivo», segundo Guilherme Santos, da organização. «Entrei com algumas reservas para a edição deste ano, uma vez que íamos mudar um bocadinho do conceito do evento, por termos aban-donado o auditório José Afonso, por questões financeiras. Saímos de um espaço amplo e aberto, onde temos recebido nos últimos cinco anos muita gente, para um conceito diferente, ou seja, para um espaço fechado mas, honestamente, gostei

da experiência».Na sua opinião, o público, que

lotou o Forum nas duas noites, teve oportunidade de assistir a dois «bons e grandes» espectáculos, um de música ligeira portuguesa, no dia 12, e outro com temas eurovi-sivos, e grandes vozes, de várias gerações, no dia 13. E realçou que houve, também, «condições mais condignas para os artistas».

Guilherme Santos apelou para que as empresas da região olhem com outros olhos para a iniciati-va. «Temos grandes empresas na região e é pena que não apoiem este evento que contribui para o

desenvolvimento turístico. Algu-mas nem sequer respondem aos nossos pedidos de ajuda», vincou.

A festa da Eurovisão, a segun-da maior da Europa, logo a seguir à Holanda, prestou homenagens a Ian Van Dyck, Henrique e Nuno Feist, bem como a Anne-Marie Da-vid (França/Luxemburgo), que venceu o Eurofestival em 1973.

No dia 12, destaque para o re-gresso dos Euro, grupo constituí-do por artistas de Setúbal e que se juntou mais de uma década de-pois de ter participado no Festi-val RTP da Canção, precisamen-te no Fórum Luísa Todi.

Boa música, gente gira, bom cenário, bons figurinos e muitas homenagens marcaram a presente edição que decorreu apenas no Forum.

Novo palco da festa da Eurovisão não desapontou organização

6.ª edição do Eurovison Live ultrapassou expetativas

A Gala do Lenço d’Ouro, organizada pelo Agru-pamento 1011 – Lavradio, tem lugar no dia 4 de Outubro, a partir das 20 horas, nos Bombeiros Sul e Sueste, no Barreiro. A festa, que inclui jantar,

será animada pelo show-case de Ivo Soares, ex--concorrente do “Factor X”, e pretende homena-gear escuteiros que se destacaram pelo seu de-sempenho.

Gala do Lenço d´Ouro distingue escuteiros

A cantora Anne-Marie David foi homenageada no certame

António Luís

DR

João Praia sonha em abrir atelier de designO JOVEM designer setubalense João Praia, de 23 anos, sonha em abrir um atelier para se dedicar ao trabalho com melhores condições. E para mostrar a sua criatividade, João Praia tenciona montar uma exposição em Setúbal.

Além de ter um grande paixão por desenhar os arcos e os figuri-nos das marchas, também dese-nha vestidos, móveis, candeeiros e idealiza projectos de requalifi-cação para edifícios antigos e de-gradados de Setúbal e Palmela. Neste momento está a fazer um vestido para a fadista Maria do Céu Ribeiro.

A nível profissional, o jovem, que tirou o curso de designer de interiores e exteriores, pretende continuar a dar largas à sua ima-ginação. «Gosto de dar outra vida aos edifícios degradados e aban-donados mas não dá para viver ape-nas disto, porque não há procura, tenho de arranjar um emprego».

A igreja de S. João Baptista, em Palmela, o antigo cinema Casino

Setubalense e a Casa Castro, em Setúbal, são alguns dos «espaços velhos e magníficos» que estão a precisar de «uma nova cara e de uma nova utilidade». Por exem-plo, o Casino seria transformado num teatro, com café esplanada, e a Casa Castro num espaço de ven-da de produtos da região, como os doces e os moscatéis.

Em 2011 desenhou os arcos da marcha da Palhavã, que viria a con-quistar o 5.º lugar. E este ano foi o

ensaiador da marcha das Pontes, que ficou na 4.ª posição. «É mui-to gratificante ensaiar uma mar-cha. Foram três meses muito bons. Os marchantes ajudaram-se uns aos outros», recorda, não saben-do ainda que marcha irá ensaiar em 2015.

João Praia pretende criar um tea-tro, com esplanada, no antigo Casino Setubalense

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Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Ofertas Semmais • Inscreva-se já

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”

Cartaz...

21Do

m.

Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Raposo, Paula Sá e Ricardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes e critica e satiriza os principais acontecimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 918 047 918 ou 969 431 085.

A peça “O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas”, pela Trupe Ensaia Aqui e Acolá, do Brasil, conta-nos a história de uma burguesa que, após ficar grávida de Leandro Dantas, é emparedada viva no seu quarto pelo próprio pai, um comer-ciante português que quer honrar o nome da família. Forum Cultural de Alcochete, 21h30.

Comédia musical anima MontijoA comédia musical “Táxis d´os Nos-sos Dias”, baseada na telenovela da RTP “Os Nossos Dias”, promete muita alegria com interpretações de Ana Guiomar, Anabela, Joaquim Nicolau, Miguel Costa, Rosa do Canto, Rui Melo e Sandra Faleiro. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30.

20Sába

do

Griot mostra criação coletiva“Faz escuro nos olhos” é uma criação colectiva da Associação Griot, com encenação de Rogério de Carvalho, que pretende reivin-dicar um teatro de arte, livre do paradigma das personagens-tipo, e aberto à negritude. Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

A popular cantora Rita Guerra dá um concerto à beira Tejo, integrado na programação das tradi-cionais Festas da Moita, fechando com chave de ouro o certame. Festas da Moita, 22 horas.

Rita Guerradá concertona Moita

20Sába

do

Tragédia brasileira em Alcochete

Banda actua à beira-marA renovada Fortaleza de Sesimbra acolhe, este sábado, um concerto de grande qualidade, com a banda da Armada, a que já nos habituou esta nova aposta cultural da vila. Fortaleza de Santiago, Sesimbra, 22 horas.

20Sába

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20Sába

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A 15.ª EDIÇÃO do SeixalJazz rea-liza-se a 17, 18, 23, 24 e 25 de outu-bro e apresenta um elenco com al-guns dos músicos mais entusias-mantes e promissores da atuali-dade, continuando a aposta na mul-tiplicidade de estilos, geografias e gerações do jazz.

Os trios liderados por Craig Ta-born, Mário Laginha, Louis Scla-vis, Carlos Barretto e o quinteto de Ambrose Akinmusire são as for-mações que sobem ao palco do au-ditório municipal para celebrar a música e o jazz no ano em que o festival atinge a marca assinalá-vel das 15 edições.

Desde 1996, o SeixalJazz tem apresentado os maiores nomes do

jazz e apostado no talento nacio-nal, afirmando-se como uma re-ferência entre os festivais do gé-nero em Portugal.

Este ano, os concertos dividem-

-se por cinco dias, nos dois últi-mos fins de semana de outubro, e têm lugar às 22 horas, no auditó-rio municipal do Fórum Cultural do Seixal.

ATA leva humor de Karl Valentin ao palco do S. João O ATA – Acção Teatral Artima-nha regressa, este sábado, às 21h30, ao palco do teatro S. João, em Pal-mela, para apresentar a sua nova produção. Intitulada “ISOPRO-PILPROPHEMILBARBITURSAU-RESPHENILDIMETHILDIMEN-

THYLAMINOPHIRAZOLON”, a peça assenta sobre um conjunto de textos humorísticos de Karl Valentin, quadros divertidos e re-cheados do “non sense” que ca-racterizou a obra do autor e co-mediante alemão.

Com encenação de Hugo So-velas e produção de Rui Guer-reiro, o espetáculo tem entradas a três euros e conta com as in-terpretações de Ana Guerreiro, Bruno Daniel, Ilda Silva e Paulo Borgia.

SeixalJazz está de voltapara a15.ª edição

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NEGÓCIOS

10 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Renault cativa camada jovem com o novo Twingo O NOVO Renault Twingo, di-vertido, carismático, puro ci-tadino e destinado a um pú-blico essencialmente jovem, foi apresentado, em estreia nacional, no passado dia 11, no espaço Lounge da Renault, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, com muita animação, no âmbito do tão badalado evento de moda, o Vogue Fashion´s Night Out.

Afonso Cabido, director de Marketing da Renault Por-tugal, deposita expectativas «muito elevadas» no novo veí-culo. «Estamos a voltar a um segmento e a um modelo que nos foi muito querido desde

o seu lançamento. Foi um car-ro que nos marcou muito e, agora, está de volta, muito me-lhor adaptado, rejuvenescido e prático», vinca.

De acordo com Afonso Cabido, o novo Renault Twingo tem como pontos fortes o design, as linhas atractivas e desportivas, o acesso às novas tecnologias, a grande facilidade na con-dução, com motor traseiro, e a segurança na condução. «O motor traseiro, coloca-do à frente do eixo traseiro, vai proporcionar um gran-de prazer acrescido de con-dução», sublinha, acrescen-

tando que é o «rejuvenes-cer dos anteriores atributos do Twingo».

Com preços de entrada que se situam entre os 11 950 euros, na versão Dynamique, e os 14 450 euros, na versão Sport de 90 Cv, o novo Re-nault Twingo, com 5 portas, teto de abrir, espaço de arru-mação de 52 litros e design in-terior configurável, começa a ser comercializado em Por-tugal a 1 de novembro.

Luís Onofre, conhecido designer português de cal-çado, desenhou o sapato fe-minino especial para o novo Renault Twingo, nas cores

de vermelho, azul, amarelo e branco, as mesmas da nova aposta da marca francesa. Ana Mendes, chefe de Pro-duto Twingo, revelou que as primeiras 50 encomendas realizadas pelos clientes te-rão direito à oferta de um par de sapatos de Luís Onofre. «É um novo modelo de sa-pato, com dois tacões dife-rentes e amovíveis, para fes-tejar o lançamento do novo Twingo», referiu.

A Renault Portugal pro-moveu a conferência de im-prensa no hotel Mundial, onde foi também servido o jantar para os jornalistas.

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Pub. Animação foi uma constante no stand da Renault em Lisboa

JMF lança dois espumantes

ESTE ANO a José Maria da Fonseca, com sede em Azeitão, decidiu reno-var a imagem do seu espumante Lan-cers Bruto e reforçar esta linha com a introdução do espumante Lancers Bruto Rosé. Como o consumo de espumantes em Portugal, e um pouco por todo o Mun-do, tem vindo «a aumentar, daí a apos-ta deste segmento, com a renovação de imagem e alargar de linha», refe-re Sofia Franco.

A marca Lancers foi criada em 1944 pelo norte-americano Henry Béhar, que decidiu, na altura, apos-tar num vinho que fosse fácil de be-ber e se apresentasse numa garra-fa única. Assim nasceu o Lancers rosé, inicialmente apresentado numa icónica garrafa de barro; num for-mato que se manteve quase inal-terado até aos dias de hoje. Para che-gar ao nome “Lancers”, Béhar en-controu inspiração numa obra de Velásquez, de quem era grande ad-mirador, habitualmente chamada “Las Lanzas”.

Estes dois espumantes reforçam a família Lancers que é composta pe-las linhas Lancers (branco e rosé), Lancers Free (vinho sem álcool, bran-co e rosé) e Lancers Espumante (bran-co e agora também rosé).

Ambos os vinhos são óptimas es-colhas para o Verão e para as épocas festivas. O preço recomendado ron-da os 4, 99 euros.

Novo Toyota Yaris visitou fábrica da Renova com muita paixão

O novo Toyota Yaris, nas versões gasolina, diesel e híbrido, foi apresentado aos

jornalistas, a nível nacional, nos dias 17 e 18, na Batalha e durante uma visita à fábrica de papel Renova, em Torres Novas, uma empresa cem por cento portu-guesa, líder de mercado em todos os seus produtos.

Desde o lançamento da atual geração em 2011, o Yaris veio para desafiar os portugueses com o mote “Apaixone-se outra vez”. Só marcas emocionais conse-guem renovar-se constantemen-te. Por isso mesmo, o novo Ya-ris foi à Renova.

António Costa, Relações Pú-blicas da Toyota Caetano Portu-

gal, realçou que as expectativas para o novo carro são «as me-lhores», dado que a marca inves-tiu 85 milhões de euros, uma das maiores apostas a nível europeu, para esta «evolução e desenvol-vimento» do novo Yaris.

Na sua opinião, os pontos for-

tes do novo Yaris são «o design interior e exterior, a actualização das motorizações, que permite baixar os consumos, e o prazer de condução, com a redução do ruído e das vibrações a bordo».

Destinado a famílias, com ca-riz citadino «muito forte», o novo

Yaris integra-se no segmente B, que é «extremamente importan-te» para a marca, uma vez que, até Julho, vendeu 48 por cento de viaturas neste segmento. Os preços situam-se entre os 13 250 euros, na versão 1 000, e os 16 690 euros, na versão híbrida. A garantia é de 10 anos, sem limi-te de quilómetros.

Já Paula Arriscado, directora de Comunicação e Marketing, ex-plicou que a visita à Renova de-veu-se ao facto de estarmos na presença de duas marcas «emo-cionais». «O Toyota Yaris, quan-do foi lançado no mercado já veio com uma lufada de emocionali-dade e veio revolucionar, por com-pleto, o mercado automóvel, so-bretudo o segmento B», argumen-ta a responsável, que acrescenta que a Renova, com a introdução do papel higiénico preto, contri-buiu para que se afirmasse como marca emocional. Existe uma constante renovação, irreverên-cia e paixão pela vida entre estas duas marcas».

O Yaris veio para desafiar os portugueses com o mote “Apaixone-se outra vez”

O novo Toyota Yaris torna a condução mais feliz e segura

DR

Toyota investiu 85 milhões de euros no desenvolvimento do novo Yaris

António Luís

DR

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DESPORTO

Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 11

Recordo- meio emocionado. Naquela bastante cinzenta manhã de Outono de 1997, no

cenário do velho campo de treinos de Alvalade, antes de um jogo do campeonato de Juvenis, os meus melhores amigos das andanças do futebol dos mais novos apontaram--me a dedo um rapazinho de 12 anos, tímido e franzino, quase envergo-nhado, que vinha acompanhado de Aurélio Pereira, o “carola-mor” sportinguista. E disseram-me: -“ É um miúdo que veio da Madeira e que tem bastante qualidade. Vai jogar nos Iniciados e chama-se Cris-tiano Ronaldo”.

Não me lembro quem usou da palavra mas sei quem estava co-migo nesse grupo matinal: os sau-dosos Manuel Ferrão e César Nas-cimento e o Prof. Paiva de quem não temos tido notícias.

Com o seu tutor atento e solí-cito esse tal Cristiano Ronaldo pas-sou por nós a uma curta distância que deu para lhe observar as fei-ções e o que tinha de espigadote.

Foi há 17 anos. E todos sabemos hoje quem é Cristiano Ronaldo.

Super-vedeta, de extraordiná-ria evolução como jogador e pes-soa, o melhor jogador da Europa em 2013/14 não esquece os seus pri-mórdios entre “leões” e já admitiu que daqui a meia dúzia de anos, em fim de carreira poderia voltar ao Sporting da sua meninice.

Ao findar de Agosto p.p., Cris-tiano Ronaldo esteve em particu-lar evidência, como quase sem-pre acontece.

Eleito o nº1 da Europa, por vo-tação de uma elite de jornalistas, sobrepondo-se a Manuel Neuer e a Robben, extraordinários talen-tos ao serviço do Bayern de Mu-nique, Cristiano Ronaldo esteve também em destaque pela entre-vista que deu a Judite de Sousa, em Madrid. Em ambas as situa-ções fez jus a elevadas notas, com uma notável conduta social.

Hoje em dia, para além de pu-ras razões desportivas, Cristiano Ronaldo perfila-se como um bom exemplo da evolução que se lhe elogia. Fala bem, raciocina correc-tamente, domina a bom nível os idiomas de Inglaterra e Espanha, revela ideias claras e positivas quanto ao seu futuro.

Assim acontecesse com todos os profissionais de futebol.

Relembrando aquela manhã de há 17 anos, concluímos com con-fessada satisfação: parabéns, Cris-tiano Ronaldo! E a dobrar!

David SequerraColaborador

Para Ronaldo ‑ parabéns a dobrar!A moda das corridas

e das caminhadas

Promovidas por particu-lares ou até pelas autar-quias é habitual, com

diferentes periodicidades, ver grupos de pessoas, normal-mente ao final do dia ou ao fim de semana, a praticar corridas ou, para aqueles que estão em pior forma física, a caminhar. Por vezes esses grupos chegam a atingir centenas de pessoas, como é o caso da “Corrida Nocturna” que se realiza em Setúbal duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras.

Até as organizações das pro-vas desportivas de maior dimen-são se têm aproveitado deste novo modelo de prática para, em conjunto com as meias ma-ratonas e maratonas envolver os populares em caminhadas, muitas vezes desenvolvidas em torno de uma marca comercial.

Os sucessos de provas como a Meia Maratona de Lisboa pas-sam seguramente, não só pela possibilidade que é dada aos po-pulares de atravessarem a pon-te sobre o Tejo a pé, como tam-bém pela razão de que esse é um momento de partilha e di-

versão aliada ao desporto.Fomentadas pelos clubes,

autarquias ou mesmo por gru-pos populares, o sucesso da prá-tica das corridas aumentou sig-nificativamente nos últimos anos e, para muitos, consiste numa boa alternativa aos ginásios em tempo de crise.

As noites de terça e quinta--feira, em Setúbal, são marca-das há mais de um ano pelo en-contro de dezenas de pessoas que participam na “Corrida Noc-turna”.

O desafio lançado e criado a partir da internet, através do facebook, tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos que con-fessam que, acima de tudo, a partilha e a animação é o que os motiva.

Muitos participam «pela prá-tica desportiva, mas o facto de ser um grupo tão coeso e sim-

pático torna a corrida ou a ca-minhada num momento de con-fraternização». Neste caso con-creto, muitos são os que, atra-vés da corrida, reencontram ami-gos e fazem novas amizades. Mas há quem admita também que «sozinho seria incapaz de correr cinco quilómetros duas vezes por semana».

Estudos médicos dizem que a prática de caminhada e a cor-rida estão entre o exercícios bá-sicos que ajudam a manter a saúde do corpo e a eliminar gor-dura extra. Se este tipo de exer-cício for realizado regularmen-te pode ajudar no combate à de-pressão e à osteoporose, reduz a possibilidade de acidentes vas-culares. Uma caminhada que tenha o período de uma hora, em média, pode queimar até 480 calorias e «é muito mais bara-to que ir ao ginásio».

DR

Nos últimos anos têm‑se assistido ao fenómeno do aumento das corridas e das caminhadas um pouco por todo o país.

Dinis Vital morreaos 82 anosO ANTIGO futebolista do Vitó-ria de Setúbal, Dinis Vital mor-reu esta quarta-feira, aos 82 anos, vítima de doença.

O antigo guarda-redes, que jogou também no Lusitano de Évora, e que se encontrava in-ternado numa unidade de cui-dados continuados, deu entra-da no serviço de urgência do Hospital do Espírito Santo de Évora, na terça-feira à tarde, fa-lecendo algumas horas depois, devido ao agravamento do seu estado de saúde.

Vital nasceu a 2 de julho de 1932, em Grândola, e começou a sua carreira futebolística no Gran-dolense. No Vitória de Setúbal, entre os anos 50 e 60, ganhou

notoriedade a nível nacional ten-do conquistado uma Taça de Por-tugal ao serviço do clube.

Dinis Vital foi internacional pela seleção portuguesa ape-nas uma vez, num jogo parti-cular frente à Suíça, mas repre-sentou várias vezes a seleção militar de Portugal.

O antigo jogador, apelidado como “El Tigre de Évora”, tinha sido homenageado pelas Velhas Glórias do Vitória na edição de 2013 dos Golfinhos Verdes, no final do ano passado, altura em que, entre recordações dos mo-mentos vividos no Bonfim, não deixou de chamar a atenção para a «pouca gratidão» com que o clube o tratou.

Paulo Paula, o brasileiro que se classificou em oitavo lugar na maratona olímpica de Londres, venceu a prova dos 8 Km’s Ri-beirinhos da Moita, realizada no passado

dia 13. O maratonista realiza habitualmen-te estágios em Portugal, nomeadamente no concelho da Moita onde vive Luís Feiteira de quem é amigo.

O Vitória joga, este sábado, às 16 horas, no estádio municipal 25 de Abril, frente ao Penafiel, a partida a contar para a quin-ta jornada.

Com quatro pontos conquistados, em 16 possíveis, o clube do Bonfim ocupa a 13ª posição após a goleada sofrida frente ao Benfica, por cinco bolas a zero.

Finalista olímpico vence 8 km’s Ribeirinhos Ganhar ao Penafiel para esquecer goleada

Marta David

CORRIDA Reduz o peso, ativa a circulação sanguínea, aumenta a massa muscular, ele-va o condicionamento físico, ajuda a contro-lar os níveis de colesterol. Ajuda a definir per-nas, glúteos e abdômen. São eliminados apro-ximadamente 500 calorias por cada hora de corrida, isso na média de uma pessoa com peso referente a 70 kg. Quando se faz a corri-da, a pessoa acaba acelerando o sistema res-piratório, que por sua vez estimula o coração, a levar maior quantidade de oxigênio para os músculos.

CAMINHADA Nesse tipo de modalidade, o or-ganismo trabalha mais lentamente, pois o ritmo é equilibrado e menos intenso. Se for realizado regularmente pode ajudar no combate contra a depressão, a osteoporose, a artrose, reduz even-tos de acidente vascular, também é capaz de pro-vocar a oxigenação do cérebro, criando sensa-ções de bem estar, por causa da liberação de en-dorfinas. Apenas em uma caminhada que tenha o período de 1hora em média, pode queimar até 480 calorias energéticas, sendo que 70% delas são a própria gordura.

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POLÍTICA

12 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Pub.

O secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, o secretário-geral

da UGT, Carlos Silva e o presidente da CIP, Carlos Saraiva, esgrimiram razões, esta segunda-feira, sobre a concertação social, nomeadamente temas quentes como a revisão do salário mínimo nacional, cresci-mento económico e medidas que visem o emprego ativo.

Durante o debate, organizado pelo vereador do PSD, na Câmara

do Seixal, Paulo Edson Cunha, mo-derado pela jornalista da RR, Ana Carrilho, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, admitiu negociar o au-mento do salário mínimo de 485 para 505 euros já este ano, contu-do, referiu que «o aumento tem que ser feito ainda este ano porque o próximo é de eleições».

O dirigente da UGT lançou mesmo um repto ao líder da CIP: «Esperemos que o nosso amigo António Saraiva consiga dar a volta a algumas das associações que estão integradas na CIP para que, entre a CIP e a UGT, que fo-ram dois bastiões no acordo de 2012, pelo menos os 505 euros

nós arranquemos para os próxi-mos 15 meses».

Em resposta, o presidente da CIP, no evento apelidado como “O Patrão dos Patrões”, mostrou disponibilidade para o consen-so apresentando de imediato a condição de o salário mínimo na-cional não passar os 500 euros. Salientou. «Não será pela CIP que o acordo não se fará, se estive-mos a falar de um valor de 500 euros»., referiu.

O líder da CIP, num discurso assertivo, alertou para o facto que «os atuais 485 euros de salário para o trabalhador têm um cus-to de 708 para a empre-sa e 500 euros significam um au-mento para 730».

Por seu turno, o secretário de Estado do Emprego, Octávio Oli-veira, num discurso conciliador, questionado sobre a hipótese de a tutela decidir sem o consenso dos parceiros sociais, deixou a ideia de que o Governo espera que os parceiros sociais se en-

tendam, mas compreende que «é difícil a unanimidade».

O membro do governo cha-mou ainda a atenção dos presen-tes para a forte indireta que o lí-der da UGT (e apoiante de Antó-nio José Seguro), lançou a Antó-nio Costa, quando este deixou bem claro achar ‘impossível um crescimento da remuneração mí-nima para 522 euros em Janei-ro’, como propõe o candidato a secretário-geral do PS, António Costa. U ma promessa que Car-

los Silva quer cobrar se Costa chegar a primei-ro-ministro.

Num evento muito participado, contou-se,

igualmente, com outras interven-ções, nomeadamente de Pedro Roque, anterior Secretário de Es-tado do Emprego, presidente dos TSD - qualidade em que inter-veio - e deputado na Assembleia da República, que reforçou «o pa-pel da concertação social no êxi-to de Portugal no Programa de Assistência Financeira».

Concertação social à mesa do ‘Café Com…’Os principais responsáveis do governo, sindicatos e patrões juntaram--se no seixal para discutir concertação. Um ‘Café com...’ que tentou harmonizar posições, duvidase certezas.

Anabela Ventura

‘Café com...’, no Seixal, juntou principais figuras da concertação social do pais

Governo espera que parceiros se entendamD

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LOCAL

14 Sábado • 20 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

LOCAL LOCAL

O ano zero da Universidade Sénior S. Francisco de Assis (UNISFA) teve o seu arranque

oficial no dia 13, com a realização da cerimónia inaugural no salão da Junta de Freguesia de S. Fran-cisco. Autarcas locais, represen-tantes do movimento associativo, professores, alunos e munícipes não quiseram deixar de marcar presença na inauguração desta Universidade que será um espaço de aprendizagem e conhecimento, mas também de convívio e partilha de experiências.

Com o início do ano lectivo agen-dado para dia 15, a UNISFA apre-senta um conjunto de aulas diver-sificadas, dirigidas a cidadãos com mais de 50 anos e que vão desde a

Iniciação à Informática, à Matemá-tica, à História e outras especializa-ções associadas a esta disciplina, como a História de Arte e História e Património Local, até ao Teatro, Pintura e Desenho, Fotografia Di-gital, Zumba Gold, Reiki, Coaching e Motivação, Medicina Preventiva, Programação Neuro Linguística e Artesanato e Manualidades.

«A nova geração de escolas da terceira idade assume-se também como espaço para a investigação, apoio e ajuda ao conhecimento do envelhecimento activo. E é também nosso desejo que a Universidade seja um espaço de encontro, de par-tilha, de formação e que contribua de forma significativa para o conhe-cimento da realidade do envelhe-cimento activo no nosso Municí-pio. É fundamental termos dados concretos sobre aquilo que nos mo-

tiva e nos faz mais felizes, aquilo que nos torna mais capazes e aqui-lo que podemos obter de cada um para podermos ter uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva», destacou o reitor da UNISFA, Pau-lo Machado, na sessão inaugural.

Além do conceito de «envelhe-cimento activo» que está associado a este projecto, o presidente do mu-nicípio, Luís Franco, destacou, por sua vez, como um factor positivo o conceito de voluntariado que está também associado a este projecto, uma vez que todos os professores que vão leccionar são voluntários.

«Num momento em que as pes-soas estão cada vez menos dispo-níveis para o voluntariado, há que realçar o voluntariado dos profes-sores, e também o interesse dos nos-sos cidadãos que, estando com-preendidos neste escalão etário, es-

tão disponíveis para aprenderem mais e disponibilizarem também a aprendizagem que foram acumu-lando ao longo da vida. É, de facto, um projecto inovador», destacou

Luís Franco. A UNISFA vai decorrer nas ins-

talações da Junta de Freguesia de S. Francisco, de segunda a sexta--feira, das 10h00 às 18h00.

Alcochete abre universidade sénior em S. Francisco

Almada celebra Dia Europeu sem Carros

Sesimbra lança site dedicado ao peixe

Moita ganha nova sala de pré-escolar

O MUNICÍPIO lançou um site de-dicado ao peixe de Sesimbra, no âm-bito da campanha “Sesimbra é Pei-xe”, que visa valorizar o pescado cap-turado pela frota local, considera-do um dos melhores do mundo.

Disponível em www.sesimbrae-peixe.pt, o site reúne informação sobre o projeto, depoimentos de personalidades ligadas às pescas e ao mar, informação sobre as es-pécies e as artes de pesca sesim-brenses, gastronomia e diversos artigos sobre a história e os cos-tumes dos seus homens do mar.

É possível encontrar também materiais promocionais, galerias de imagens e vídeos, recortes de imprensa ou noticias relaciona-das com este tema. Existe uma área com a informação essencial tra-duzida para inglês, para que os tu-ristas estrangeiros possam tam-bém ter acesso à informação.

A CÂMARA Municipal da Moita abriu, na manhã do passado dia 15 de se-tembro, uma sala de jardim-de-in-fância na Escola Básica dos Brejos, na freguesia da Moita, dando me-lhores condições às crianças que fre-quentam o ensino pré-escolar da rede pública do concelho.

A Câmara Municipal realizou as obras necessárias para a adaptação do espaço e procedeu à aquisição do equipamento necessário para dar resposta às vinte e cinco crianças que o vão frequentar, transferidas da sala de pré-escolar que funcionava na Escola Básica da Barra Cheia.

Ainda neste início de ano leti-vo, a Câmara Municipal da Moita irá abrir mais duas salas de Jardim--de-Infância: uma na EB n.º 6 da Baixa da Banheira e outra na EB das Arroteias.

NO DIA 22, Almada desafia-nos a deixar o carro em casa e ir até à Rua de Olivença. Entre as 11 e as 21 ho-ras, há sessões de cozinha no mer-cado, música ao vivo, desporto, bi-cicletas, artesanato, produtos bio-lógicos, regionais e da agricultura lo-cal, discos de vinil, bicicletas e aces-sórios, entre muitas outras ofertas.

Quem é bom garfo também tem razões para se deslocar até à zona sem trânsito, onde não vão faltar sa-bores regionais, étnicos e vegetaria-nos. O ambiente é indicado também para as famílias: além do descanso de uma rua sem carros, os miúdos podem experimentar jogos tradicio-nais, fazer pinturas faciais, surpreen-der-se com as animações de rua e até perceber que a energia gerada por uma bicicleta pode fazer bolas de sabão ou batidos.

O comércio tradicional também se junta a esta data, comprometen-do-se a ter as suas portas abertas até às 21 horas.

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Alexandre Dale venceu o Prémio Literário Cidade de Almada, com o romance origi-nal “Tsunami – como é que eu vim aqui pa-rar?”. O galardão foi atribuído no dia 18, no

Fórum Romeu Correia. O vencedor ganhou 5 mil euros. Estiveram a concurso 61 obras literárias. Alexandre Dale é escritor, poeta, músico, compositor e cantor.

No dia 27, às 15 horas, no Moinho de Maré, em Alhos Vedros, vai realizar-se a 5.ª con-ferência do Ciclo “A memória do que foi, o registo do que é, o projeto do que será”, in-

serida nas Comemorações dos 500 Anos do Foral de Alhos Vedros. Este Ciclo de Con-ferências é organizado pela Comissão Exe-cutiva das Comemorações, entre outros.

“Tsunami” vence Prémio Literário de Almada Conferência dos 500 Anos do Foral Manuelino

Os cursos do novo projeto educativo destinam-se a pessoas com mais de 50 anos

Nova universidade sénior vai funcionar no espaço da Junta de Freguesia

JÁ ABRIRAM as inscrições para o ano letivo 2014/2015 da Uni-versidade Sénior, cujas aulas têm início a 8 de Outubro.

Aos atuais e futuros alunos, a Universidade Sénior disponi-biliza, como habitualmente, um total de 39 disciplinas em várias áreas (Línguas e Literaturas, Ciências da Saúde, Ciências So-ciais e Humanas, Informação e Comunicação, Artes & Motrici-dade Humana). Este ano letivo conta com algumas novidades, como Espanhol, Zumba Gold, Calendários e Relógios, Bijute-ria, Ginástica Mental, Arte Pú-blica, Cidadania Europeia, Se-vilhanas e Xadrez.

Várias atividades extracur-riculares continuam a pontuar o calendário anual da Universi-dade Sénior, como a Tuna Aca-

démica da Universidade Sénior do Montijo, o Grupo de Danças Tradicionais, visitas de estudo, espetáculos, festas e convívios, conferências, exposições, workshops, assim como a tra-dicional Semana Aberta, no fi-nal do ano letivo.

A Universidade Sénior do Montijo surgiu em 2006, como uma resposta socioeducativa, com vista à criação e dinami-zação de actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, dirigida aos muníci-pes com idade igual ou supe-rior a 50 anos.

Se dispõe de tempo livre e tem vontade de adquirir novos saberes e competências, não he-site. Na Universidade Sénior não existem requisitos de admissão nem avaliações obrigatórias.

Sesimbra é terra de bom peixe

DR

Espaço destina-se a 25 crianças

DR

António Luís

Universidade Sénior do Montijo com inscrições abertas

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Sábado • 20 setembro • www.semmaisjornal.com 15

Alcácer reduz derrama para pequenos empresários

O MUNICÍPIO aprovou, em reunião do dia 11, o lançamento para 2015 de uma Taxa Reduzida de Derrama de 0,25 por cento para os sujeitos pas-sivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse 150 mil euros.

Devido às dificuldades com que se debatem as microempresas se-diadas no concelho, o presidente Ví-tor Proença apresentou a proposta

de redução do valor da Derrama de 0,25 por cento para 2015 para valo-res que não ultrapassem os 150 mil euros. Para valores superiores, o mu-nicípio decidiu não aplicar a taxa máxima (1,5 por cento), mantendo--a a 1 por cento. «Mesmo com a di-minuição de receitas para o muni-cípio, esta é, uma medida que ajuda os pequenos empresários a darem a volta à crise», disse o edil.

Setúbal com inscrições abertaspara Ensemble Juvenil

O ENSEMBLE Juvenil de Se-túbal, projeto de cariz inclu-sivo destinado a jovens ins-trumentistas provenientes de diferentes géneros musicais, está a receber candidaturas para a segunda fase de audi-ções. As inscrições decorrem até dia 30. As audições dos candidatos, incluindo jovens com deficiência, agendadas

para 10 e 11 de outubro, come-çam com uma apresentação musical de 10 a 15 minutos.

Bairros ilegais do Barreiro beneficiam de incentivos

Mostra gastronómica do polvo em Sines SINES recebe, entre 26 e 28, uma Mostra Gastronómica dedicada ao Polvo em 12 restaurantes de Sines e Porto Covo.

O Polvo de Sines vai estar à mesa nos restaurantes aderentes, confe-cionado nas mais variadas formas: entrada, petisco ou prato principal.

Durante os três dias da mostra, o prazer do polvo poderá ser sabo-reado entre as 12 e as 15 e das 20 às 23 horas. A mostra gastronómica pretende promover o potencial gas-tronómico de Sines e impulsionar o setor da restauração e do comér-cio tradicional local, contribuindo para a atratividade e notoriedade do concelho. O evento é organiza-do pela delegação de Sines da As-sociação do Comércio, Industria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal, com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Sines e a promoção da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano.

A RECONVERSÃO dos bairros ile-gais ganha agora mais incentivos. As medidas aprovadas a 3 de Se-tembro, são: A redução do IMI em 30 por cento a aplicar aos prédios urbanos inseridos em áreas delimi-tadas como AUGI; a simplificação dos processos de legalização de cons-truções existentes através da dis-pensa da apresentação de alguns projetos, desde que não ponham em causa a segurança de pessoas e bens, sejam suscetíveis de provocar in-cómodo em terceiros, ou sejam in-dispensáveis para a determinação das taxas a aplicar.As medidas inserem-se numa ló-gica de estímulo ao processo de reconversão urbana que, com as atuais circunstâncias económicas do País, tardam em iniciar a sua infraestruturação.

Grândola debate Cultura, participação e inclusão

Geocaching no núcleo urbano antigo do Seixal

“CULTURA, Participação e In-clusão” vai estar em debate na 2.ª sessão do Ciclo de Conver-sas em Grândola, uma iniciati-va do Centro Local de Aprendi-zagem da Universidade Aberta e do município, que se realiza no teatro Grandolense, este sába-

do, pelas 16 horas.A acção conta com a presen-

ça da coreógrafa, Madalena Vic-torino, e do responsável da “Cas-sefaz”, que procurarão explorar o conceito abrangente de Cultu-ra enquanto alavanca do desen-volvimento.

ESTE domingo, dia 21, a partir das 15 horas, o Seixal promove uma tarde de geocaching no nú-cleo urbano antigo, dedicada a todos aqueles que queiram aprender sobre esta atividade, incentivando uma vida mais ati-va e saudável, de uma forma di-vertida.

O geocaching é uma ativida-de outdoor de caça ao tesouro, recorrendo a um GPS. O even-to será dividido num workshop prático, a decorrer na Associa-

ção Náutica do Seixal, onde se-rão transmitidos aos participan-tes todos as conhecimentos bá-sicos desta atividade, e num workshop prático, onde pode-rão ir, junto dos monitores, ao encontro de geocaches coloca-das especialmente para este fim, de forma a conhecer o tipo de camuflagem/dificuldade que po-dem encontrar. Será também criado um evento oficial para dar a conhecer o núcleo antigo, com várias animações.

OS 515 anos da Misericórdia de San-tiago foram assinalados no dia 12, com missa solene e cerimónia co-memorativa do aniversário da ins-tituição, que contou com a presen-ça do presidente do município, Ál-varo Beijinha, que classificou de «in-suficientes» as medidas tomadas pelo Governo, para que sejam ate-nuadas as dificuldades das famílias.

Na cerimónia, onde marca-ram presença, entre outros con-vidados, o Ministro da Solidarie-dade, Emprego e Segurança So-cial, Mota Soares, o provedor da Misericórdia, Jorge Nunes, o pre-sidente da União das Misericór-dias, Manuel Lemos, e o Bispo de Beja, D. Vitalino Dantas, Álvaro Beijinha destacou o papel da San-ta Casa a nível local, consideran-do-a mesmo como «uma peça de-cisiva naquilo que são os equilí-brios sociais no Município, numa “notável intervenção social e co-munitária». O edil recordou tam-bém que, para além do trabalho desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia, existe no municí-pio «um conjunto de instituições

de cariz social, que assumem um serviço absolutamente funda-mental na qualidade de vida das populações mais necessitadas, fazendo com que Santiago seja dos municípios a nível nacional com maior cobertura de equipa-mentos sociais».

Álvaro Beijinha alertou depois para a importância de serem «to-madas decisões e feitas opções políticas que façam com que as

pessoas e as famílias tenham a ne-cessidade de recorrer cada vez menos às Instituições Particula-res de Solidariedade Social. O con-junto de medidas tomadas até à data é, manifestamente, insufi-ciente, e o Estado deve assumir as suas responsabilidades neste domínio, incrementando políti-cas sociais e económicas que pro-movam a justiça social e igualda-de entre todos».

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Santiago pede mais apoio do Governo para a Santa Casa

O presidente Álvaro Beijinha teceu críticas ao Governo PPD-PSD

Palmela ensaia ligação entre Quinta do Anjo e Penalva

UMA viagem simbólica, que marca o início da ligação expe-rimental entre a localidade de Quinta do Anjo, a Estação Fer-roviária da Penalva e os Bairros dos Marinheiros e Alentejano, terá lugar no próximo dia 22. Esta viagem começa às 8h40, com concentração na paragem 1, jun-to ao supermercado Continen-te Bom Dia, em Quinta do Anjo.

O arranque deste projeto--piloto, desenvolvido, em par-ceria, pelos Transportes Sul do Tejo e pela Câmara Municipal de Palmela, com o apoio da Fer-tagus, vem dar resposta a um anseio antigo da população da freguesia e insere-se no progra-ma comemorativo da Semana Europeia da Mobilidade.

INICIATIVAS

Livro de Amélia Militão No dia 11 de outubro, pelas 15h30, terá lugar a apresentação do li-vro “Emoções”, de Amélia Mi-litão, no auditório da bibliote-ca do Barreiro. Amélia Militão nasceu em 1955, no Lavradio. Concluiu o secundário na Es-cola Alfredo da Silva e em 1974 ingressou no mundo do traba-lho como escriturária na CP.

Seixal acolhe workshop PME DigitalDia 23, o auditório dos Serviços Centrais da autarquia acolhe, às 14 horas, o workshop do Pro-grama PME Digital. A ação di-vulga um conjunto de respos-tas às solicitações colocadas pe-las empresas na área da econo-mia digital e das tecnologias de informação e comunicação apli-cadas à gestão de negócios.

Grândola recebe Fotofest A Apresentação em Portugal do Fotofest Autodidact - Fes-tival Internacional de Foto-grafia decorre em Grândola, este sábado, na sede da So-ciedade Musical Fraternida-de Operária Grândola, e irá contar com a presença da em-baixadora de Cuba em Portu-gal, seguido de um aponta-mento musical pelo “Ensem-ble da SMFOG”.

Assembleia Municipal a 25 de Setembro A Assembleia Municipal de Se-túbal aprecia o IMI 2014 em ses-são do dia 25, às 21h30, nos Pa-ços do Concelho. O órgão deli-berativo vota outras propostas aprovadas pelo município, como a 2.ª revisão ao Orçamento e a alteração ao acordo de execu-ção celebrado com a Junta de S. Sebastião.

Campanha a favor da Nariz Vermelho“Seja sorridário” é o lema da campanha de angariação de fundos da Operação Nariz Vermelho, que decorre entre 2 e 5 de outubro em Almada e outras cidades, com o in-tuito de permitir que os Dou-tores Palhaços continuem a levar sorrisos às crianças hos-pitalizadas.

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