revista de domingo nº 536

16

Upload: jornal-de-fato

Post on 28-Mar-2016

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista semanal do jornal de fato

TRANSCRIPT

Page 1: Revista de Domingo nº 536
Page 2: Revista de Domingo nº 536

Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Aproposta da Revista Domingo é ser um suplemen-to semanal de variedades, ou seja, de assuntos diversificados, que atendam a toda a família. Mas,

na edição desta semana, o tema central que permeia as três principais matérias, por uma feliz coincidência, tem a ver com música. E não há quem não goste, seja qual for o esti-lo ou gênero musical.

A edição desta semana traz uma entrevista com o pro-fessor e pesquisador Jeder Janotti, uma referência para os estudiosos de Comunicação e Música, que traz esclareci-mentos importantes sobre esse momento de profusão mu-sical em que se vive hoje. Na entrevista, ele coloca entre seus exemplos as ações realizadas pelo DoSol, que é o destaque de capa.

A matéria de destaque é uma conversa com Anderson Foca, um dos nomes que estão por trás da ampliação da marca DoSol, sobre a chegada do espaço na cidade de Mos-soró e da realização dos festivais de maior sucesso no Esta-do, agora também saindo pela primeira vez para São Paulo. Desafio!

Mas, também tem a matéria sobre o show ‘Para sempre Elis’ do Diocecena, que se apresenta hoje no Teatro Dix-huit Rosado numa roupagem apropriada para a estrutura do teatro. Enfim, não era para ser uma edição temática, mas é importante falar do que é bom e música alegra, impulsio-na, gera identificação.

Sem receios, aumenta o som!

Bom início de semana!

editorial

Aumenta, que isso é Rock!

Com

o p

rofe

ssor

da

UFP

E J

ader

Ja

not

ti, s

obre

cen

a m

usi

cal

En

tre

vis

taMúsica

traz o que há de melhor no roteiro gastronômico de Mossoró

A relação entre se alimentar bem e o bom desempenho do seu cérebro

Rafael Demetrius traz dicas para se efetivar no ambiente de trabalho

Adoro comer

Alimentação

Coluna

p4

p14

p7

p 12

2

p8

Toda a diversidade da cena musical do DoSol

Page 3: Revista de Domingo nº 536

3Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Naquele tempo pobre muito pobre, quando morria, era levado a enterrar no caixão

comum, geral. Da prefeitura. Meia dúzia de carregadores bebendo cachaça no gargalo da garrafa, passando de mão em mão.

Tinha vezes em que a polícia saía pelas ruas pegando gente pro enterro. Aquilo enchia de indignação o padre Adelino, um santo homem como era di-to entre os seus paroquianos. E o era, a bem dizer.

Não perdia ele um enterro de gente humilde, cumprindo todo o ritual fúne-bre da igreja católica, e ainda fazia dis-curso, comovido e comovente, à beira da cova. Os enjeitados do mundo, di-zia.

Era um homem de todo desapegado dos bens materiais. De seu, só possuía a batina surrada. Alguns remendos. Era, podia-se dizer, um exemplo da imitação de Cristo. E era como o dizia, não só os fiéis católicos, como toda a cidade. Fei-ções e cheiro de santidade, até.

Recomendava sempre à beata Maria da Glória ou Glorinha, que lhe cozia a comida, lavava a roupa, que era apenas

História que ouvi contar

JOSÉ NICODEMOS*

conto

a batina, duas camisas e duas calças ro-tas, e cuidava da casa paroquial, que, se morresse primeiro que ela, o levasse a enterrar no caixão comum. Dos mortos da pobreza mais pobre. E em cova rasa.

Já bem entrado em anos, ali pelos oitenta e tantos, mas ainda exercendo o ministério sacerdotal, só o deixaria com a invalidez para os ofícios religiosos ou com a morte, adoeceu gravemente. Aca-mou-se, até a morte. Os pulmões varados pela tuberculose.

Não havia cura naquele tempo. Mal terrível. Era a condenação à morte, en-tre hemoptises.

A beata Glorinha sempre ali ao seu lado, de vez em quando limpando-lhe as flores de sangue que lhe brotavam da boca. Um vermelho vivo. Medo nenhum do contágio. O padre Adelino era um santo de carne e osso. E ela garantia-se com a misericórdia de Deus.

Morreu, o padre Adelino, pelas duas horas de uma tarde de ar místico. Ao pressentir a hora derradeira – Glorinha,

não deixe de fazer o meu desejo, ser le-vado pro cemitério no caixão comum. Quero morrer com essa certeza. Disse e acrescentou.

Mas deu-se que um ricaço da cidade, também homem da igreja, achou isso fora de propósito, sei lá, e quis dar-lhe “caixão decente”, modesto, mas um cai-xão digno. Tratava-se de um sacerdote. Que a comunidade, católica e não, ia di-zer da igreja?

No que teve a concordância geral dos fiéis, bem, lá uma ou outra divergên-cia.

Venceu a opinião da grande maioria. De acordo com o dito ricaço, que por si-nal ajudava o padre Adelino em suas obras de caridade.

Seja isto lenda ou não, o fato, nunca desmentido, é que, segundo testemu-nhos insuspeitos, e respeitáveis, na ma-nhã seguinte ao dia do enterro, que foi ainda naquela tarde, o caixão amanheceu vazio em cima da cova do santo sacerdo-te. E ficou pro uso geral.

Era um homem de todo desapegado dos bens materiais. De seu, só possuía a batina surrada. Alguns remendos. Era, podia-se dizer, um exemplo da imitação de Cristo.

Page 4: Revista de Domingo nº 536

4 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

entrevista

Estudar as cenas musicais é a temática de interesse das pesquisas de Jeder Janotti, professor-doutor em Comu-nicação Social e bolsista de produtividade CNPq vincu-lado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação

Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Durante passagem rápida por Mossoró, Jeder Janotti realizou palestra para estudantes e professores no miniauditório de Comunicação Social da Uern e falou sobre "Trajetórias Comunicacionais: Aná-lises Culturalistas e Experiência em torno da Cultura Midiática das Cenas Musicais". Numa conversa menos acadêmica e mais descontraída, ele fala sobre suas pesquisas e como observa as misturas de elementos regionais cada vez mais presentes na produção musical de bandas.

JEDER JANOTTI

Por Izaíra ThalitaPara a Revista Domingo

Música e identificação

DOMINGO – Seu trabalho tem mostrado a relação da identidade do público em relação ao consumo de música. Como entender que gêneros como o rock, e diante das inovações que se vê hoje, ainda gerem essa iden-tificação?

JEDER JANOTTI – A gente vive numa época de relações muito diver-sas. Porque no mundo da música, não só nestes gêneros mais globalizados como rock e nos subgêneros como he-avy metal, a gente vai perceber que ao mesmo tempo em que se tem um pro-cesso de internacionalização e globali-zação muito forte, há ao mesmo tempo uma busca, um resgate nesse proces-

Page 5: Revista de Domingo nº 536

5Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

entrevista

so, de elementos regionais. Por exemplo, no mundo do Rock hoje em dia, mais do que ser uma ban-da em países como o Brasil, ou em países que emergiram nesse mun-do da música como na Argentina, é mais interessante dialogar com o que está acontecendo lá fora tendo características locais, por-que isso te dá um diferencial, do que ser simplesmente mais uma banda, um clone daquilo que está acontecendo lá fora.

E A mídia ainda tem influên-cia como tinha antes em dizer e tornar sucesso algo que surge no cenário musical ou isso já não se percebe com a mesma força que antes?

TODO aquele modelo das grandes gravadoras que perdurou até os anos 90 ele não se extin-guiu totalmente, até porque as grandes gravadoras que dominam o mercado no mundo continuam a existir. Então, o que acontece é que há outras possibilidades, outras formas de se circular no mundo da música hoje. Essa é a contribuição que enquanto comunica-dores temos a dar, para entender o que está acontecendo, para contribuir com as políticas públicas de cultura, enten-der a música não só como um produto estético, mas também como um pro-duto de mercado, e o que ocorre hoje é que, ao lado de estratégias de visi-bilidade em grande escala, como es-tar presente em uma trilha sonora de novela, ou de um filme hollywoodiano, você tem outras possibilidades, pois há todo um circuito menor que antes era mais difícil naquele modelo. Não se depende mais do produto físico, do disco. É muito mais fácil circular isso hoje. Por exemplo, numa cidade como Mossoró você ter um espaço e o evento como é o Festival DoSol mostra uma transformação radical desse circuito porque se tem condições de hoje numa cidade de médio porte, como Mosso-ró, ver bandas de pequeno porte, com um público pequeno e que circulam o Brasil inteiro. Aliás, o Brasil hoje é um mercado tão importante que ele já está sendo um país de circulação de músi-cos em nichos de outros lugares além da fronteira do Brasil. Por exemplo, re-centemente num festival como o “Ma-ceió Lab” a principal atração foi um músico uruguaio. Então já está aconte-cendo com uma certa frequência, já se tornou lugar comum. Lá em São Paulo não só temos algumas casas que rece-bem semanalmente músicos de toda a

América Latina não só naqueles estilos que a gente conhece tradicionalmente como a música popular brasileira, ar-gentina, africana, mas dentro destes estilos globalizados como o Rock... O mundo dos DJs é bem isso, eles cir-culam muito para tocar para 300, 400 pessoas na pista. Então isso é uma re-alidade muito diferente do que a gente vivia até o final da década 90 do século XX. O festival DoSol agora vai ter uma banda da Suécia e outra do Uruguai aqui em Mossoró, então é isso.

ESSAS misturas que surgem nos gê-neros musicais podem ser consideradas como algo novo, diferente dessa época?

ACHO que para mim não tem gran-des novidades nisso porque quanto mais informação, mais se vai ter uma tendência a haver esses encontros. Quanto mais música circulando, mais acesso a sonoridades diferentes, a ten-dência é que surjam coisas diferen-tes. Agora, não quer dizer que tudo que tenhamos hoje seja da ordem do hibridismo, da mistura. Alguns gêne-ros como por exemplo o heavy metal, a própria afirmação do samba de raiz ou do chamado partido alto mostra que uma estratégia até de sobrevivência e de demarcar a autenticidade passa por também não reconhecer essas mistu-ras como um lugar que só pela mistura seja positivo. Às vezes, não se trabalhar com essas misturas é também preser-var uma forma, uma certa identidade

e identificação com o público que cobra essa autenticidade.

PARA o público, ainda é impor-tante essa definição de que per-tence a um gênero e a outro não?

SE OLHARMOS para história do século XX, a gente vai observar que tem um modelo comercial que é também um modelo estético e ao mesmo tempo é também de afeto. Todo o consumo de música até o século XX foi centrado na coleção. Na chamada discoteca, que vem do princípio da biblioteca, do mesmo modo que tem o sistema classifica-tório das bibliotecas onde a gente reconhece e se situa o que mais procura e o que mais nos interes-sa nas prateleiras, assim também se dá com música, nós nos organi-závamos também nossas coleções e relações com a música. É claro que há diferenciações, existe, por exemplo, o ouvinte ocasional e existe o ouvinte que coleciona e até movimenta o mercado de artefatos musicais, que é aquela aquisição do disco que tem importância, de ir ao festival e comprar o disco, bottons,

camisetas etc.. O que ocorre é que nós aprendemos e continuamos a utilizar estas classificações como modo de nos situarmos e até diante de tanta música que circula, de conseguirmos chegar àquilo que nos interessa. Por exemplo, essas rotulações nos ajudam quando vamos buscar algo na Internet, den-tro de um mundo de informações que existe ali. Ela nos situa dentro daquilo que eu e você, do que a gente gosta. Então é óbvio que um encontro de mú-sica ao vivo que está centrada no forró eletrônico, a própria classificação que se coloca já está endereçada ao público que gosta, que busca aquilo que o for-ró pode oferecer. Se você tiver um fes-tival de rock, como é o caso do DoSol, é claro que o público que vai lá, inclu-sive em termos de comportamento, se busca algo mais alternativo, tudo isso parte da rotulação. A gente não pode esquecer que a rotulação tem algo im-portante dentro dos gêneros: o primei-ro é a questão comercial, o lugar que toca determinado tipo de música, tem a relação com o público e outro ponto é estética, de prazer, daquilo que eu es-tou buscando e que saber que aquela música que se enquadra em um gêne-ro ou outro me dá uma certa segurança para o meu lazer, entretenimento, para o meu prazer e para a minha vivência estética. O rótulo é importante para saber aonde eu não vou, que música eu quero baixar, onde eu não quero

Page 6: Revista de Domingo nº 536

6 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

entrevista

estar porque sei que vou encontrar músicas que não me interessam, tudo isso é importante, a rotulação continua a ser importante para as pessoas. Nos dá uma base, um chão para conseguir encontrar o que se quer. O gênero me ajuda a entender que faço parte de um grupo. Até quando alguém se diz eclé-tico, que não gosta só de um gênero, isso já é um posicionamento, porque ser eclético também é um rótulo.

VOCÊ falou de algo interessante que é a cultura de baixar músicas. Para você, além disso, em quê a In-ternet mudou ou contribuiu para essa mudança na cultura especificamente no que se refere à música?

OLHE, antes a gente trabalhava com a ideia de mídia atrelado apenas aos grandes veículos de comunicação. Se a gente for olhar para esses gêneros que surgem ou esse modelo de emba-lagem musical que surgem das grava-doras a partir do século XX, tudo isso é midiático. Mas acontece que não há mais uma dependência tão grande com as estratégias de divulgação massiva ligada às TVs abertas, ligadas àquela capacidade de investir em publicida-de e em marketing, que também faz parte porque a música é um produto que precisa chegar ao seu consumidor. Hoje, ela pode chegar ao seu público sem necessariamente ter esses gran-des. Antes dependiam muito destas estratégias em grande escala. Mesmo a crítica que tem uma abertura. Se a gente olhar para o cinema e a músi-ca é muito semelhante neste sentido, a crítica muitas vezes gera mídia espontânea para os produtos que não têm essa ca-pacidade de ter um marketing tão agressivo, muitas vezes não têm verba publicitária para di-vulgação nem é pensado. Mas a critica musical antes era mui-to dependente das estratégias de divulgação das gravadoras. Hoje, por exemplo, já não há essa dependência tão grande e nós temos alguns fenômenos na música onde as redes sociais têm um papel importante. Um exemplo próximo disso é que para o Festival DoSol que está dentro da rede de fora do eixo, as redes sociais são muito mais importantes em determinados momentos do que a presença naqueles veículos de mídia e crítica tradicional, apesar de que para a existência de algu-

mas cadeias como estas que estão fora do eixo, depender também do trabalho que a crítica faz, dos que abraçam a ideia, vestem a camisa, contribuem para que surjam movimentos que não sejam dependentes da mídia no sen-tido de grandes empresas de comuni-cação. Acho que a Internet também democratizou muito o acesso. Lembro da época que a gente esperava uma se-mana para ler sobre um disco, ficava imaginando, posso até romancear esse momento, mas hoje com um clique eu posso baixar a discografia todinha, além de poder descobrir bandas que eu jamais tive acesso antes. Claro que o MP3 também reduziu a qualidade do som em relação ao disco e quando você ouve percebe isso, mas, vemos excesso de música circulando, tem um ar demo-crático nisso. E o que faz rolar dinheiro na música é realmente o show ao vivo em que percebemos o oposto, ou seja, um desenvolvimento fantástico em termos de qualidade tecnológica. Nun-ca tivemos um som tão bom quanto temos hoje nos shows ao vivo que não diferencia muito as aparelhagens de um show numa cidade de pequeno, de outra de grande porte, porque se tem acesso a bons equipamentos hoje. Não estou falando de megaeventos como o Rock in Rio que, com certeza, tem acesso a tecnologias e a aparelhagens que um festival pequeno não vai ter,

mas vai atender muito bem ao público de trezentas, quatrocentas pessoas. É algo cheio de contradições esse nosso momento.

É POSSÍVEL se discutir a qualidade comparando gêneros musicais – seja MPB, rock, sertanejo – quando um se propõe melhor que outro?

ACHO difícil isso. Estamos em um dos limites da época que nós vivemos. Existe um formato que ao longo de toda a música popular se firmou como o formato fundamental da música que é a canção. E se eu tenho o formato nessa maioria dos gêneros musicais é possível se pensar que algumas can-ções - se a gente imaginar por exem-plo a “Eleanor Rigby”, dos Beatles – ela atravessa o gênero de origem que é o rock. O mesmo se a gente pensar em canções como “My Way”; atraves-sa o gênero do cancioneiro. Acho que é possível pensar que alguns produtos aí, ao atravessar as fronteiras de gê-nero, eles ganham uma distinção de qualidade acima. E dentro dos gêneros é possível perceber que algumas can-ções se destacam em relação a outras, porque apesar dessa reivindicação de autenticidade, por exemplo, do mundo do rock, em todos esses gêneros tere-mos músicas que ficam e que se per-dem, músicas que tocaram muito, mas não se firmaram ao longo do tempo e

outras que não foram sucesso na época, mas são redescobertas, ganham certo destaque depois. A música “Você não me ensi-nou a te esquecer”, de Fernando Mendes, foi gravada por Caeta-no Veloso muito tempo depois, a gente começa a pensar e a redescobrir a força de uma can-ção que talvez quando foi gra-vada na década de setenta não se conseguia ver esse potencial todo. Mas, enfim, tem qualida-de e é possível comparar. É ne-cessário discutir qualidade sim, mas na época em que a gente vive, mais importante do que afirmar a qualidade de um gêne-ro ou outro, é mais importante o aprendizado de repertório. Me incomoda quando uma pessoa fica presa só a um gênero ou nas músicas mais comuns e usuais (que também tem coisas boas), mas ter acesso a um repertório maior que te permita comparar é fundamental. E aí, talvez, se possa executar esse julgamento de valor de uma maneira mais aprofundada.

Page 7: Revista de Domingo nº 536

7Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

Tenha calmae coma bem!Não adianta pular as refeições de ansiedade. Antes de fazer as provas de qualquer processo de seleção é importante ter uma alimentação leve e que ajuda a memória.

alimentação

TiCom a proximidade do final do ano, os vestibulandos e os con-curseiros entram na reta final

de preparação para os processos de se-leção das universidades, do ENEM (que acontece nos dias 3 e 4 de novembro) e dos preteridos cargos públicos.

Além da intensificação dos estudos,

esta fase exige uma alimentação saudá-vel, prática que pode se transformar em uma grande aliada nesta batalha.

Para isso, existem várias receitas sau-dáveis, de preparo rápido e trivial, que podem ser desenvolvidas por qualquer pessoa. A pressa e, principalmente, a falta de experiência na cozinha fazem

com que muitos estudantes, principal-mente os que moram sozinhos, tenham uma alimentação pouco saudável, pro-blema que pode interferir negativamen-te na preparação para o grande dia. O interessante é que essa dificuldade pode ser superada.

Seguindo as principais dicas dos nu-tricionistas, os estudantes podem apos-tar em ingredientes comuns, entre eles macarrão, atum, cenoura, ovo cozido, legumes.

O importante é que utilizem pelo me-nos um ingrediente de cada grupo ali-mentar (carboidratos, proteína de ori-gem animal, legumes, pleaginosas e gorduras) nas refeições. Esses ingredien-tes são baratos e podem ser encontrados em qualquer mercado. Além disso, é sempre bom evitar os molhos à base de maionese, queijo e catchup.

Outra dica, além de escolher o cardá-pio certo, é não pular as refeições pela tensão e expectativa para os dias das provas. O ideal é comer de três em três horas para evitar a taxa de glicose, o que causa sonolência e dificuldade de racio-cínio. Além disso, é importante o consu-mo de alimentos ricos em ácidos graxos que ajudam na memória e concentração, como castanhas, nozes, sardinha, atum e salmão.

Confira algumas dicas para fazer da alimentação sua aliada na maratona de estudos:

)) Prato sugerido é composto por legumes e atum.

InGREDIEnTES- 100g de atum (sólido em conserva)- 100g de trigo em grão- 2 folhas de alface americana rasgadas- 1 tomate sem sementes em cubos- ½ cenoura ralada- ½ manga em cubinhos- 20g de amêndoa laminada- 3 folhas de hortelã- Suco de limão- Sal- Azeite PREPAROCozinhar o trigo em grão em bastante água até ficar macio (mais ou menos 30 minutos). Esperar esfriar e acrescentar os demais ingredientes. Misturar bem e servir.

Salada de atum e trigo em grão

Page 8: Revista de Domingo nº 536

8 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

capa

DoSol, na mão!

Anderson Foca é uma das mentes por trás das ideias e do gerenciamento da Associação Cultural do Sol que extrapola os limites do RN.

Ainstalação do Centro Cultural DoSol em Mossoró deu um up-grade a um fluxo de atividades

que vinha crescendo na quente capital do Oeste potiguar. Há três meses, quan-do o espaço inaugurou, se sabia da acei-tação, de um público que se mostrava ávido por um espaço de música contem-porâneo e alternativo, onde o novo pu-desse se encontrar. Em pouco tempo,

foram mais de cinquenta shows com ban-das locais, de outras partes do Estado, mas num intercâmbio com bandas de todas as regiões do país. E essa energia que vem de Mossoró já é atestada como resultado mais que positivo para o cres-cimento das atividades musicais no es-paço, com destaque para a terceira edi-ção do Festival DoSol Mossoró (aconte-cerá de 2 a 11 de novembro), com a

mesma qualidade do Festival DoSol de Natal, incluindo as grandes atrações, as bandas internacionais.

Toda essa empolgação pôde ser sen-tida na rápida conversa com o produtor cultural Anderson Foca, uma das mentes criativas por trás da entidade DoSol:

“Essa é a primeira vez que estaremos fazendo na mesma semana do Festival em Natal porque isso vai permitir trazer ar-

Page 9: Revista de Domingo nº 536

9Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

capa

tistas que estão por lá e a gente não tinha condição de segurar mais uma semana pra fazer aqui como na edição passada. A gente resolveu fazer esse ano no mesmo final de semana para dar esse upgrade na edição de Mossoró”, explica Foca.

O DoSol só cresce. Este ano, além dos Festivais de Natal e Mossoró, haverá o de Caicó pela primeira vez e ainda a reali-zação do Festival em São Paulo, um polo importante para o cenário musical do Rock.

“A gente tá naquela expectativa por-que será a primeira vez que vamos levar o Festival para São Paulo. Este ano a gen-te vai capitalizar a ação com um Drops em Goiânia, outro Drops em Recife e a edição do Festival em São Paulo que é um passo muito grande, a gente vai estar longe de casa, fora da nossa área de atu-ação. O DoSol é uma entidade cultural que se relaciona com gente do Brasil in-teiro, mas uma coisa diferente é produzir fora daqui”, ressalta Anderson.

Foca explica que a entidade só aceitou o desafio porque encontrou um parceiro na mesma sintonia, a empresa Inker, produtora que faz muitos shows inter-nacionais: “A gente já fez alguns shows com a Inker e eles se interessaram por causa do perfil internacional que a gen-te abriu agora, nós fizemos algumas tur-nês com eles, trouxemos o artista cana-dense Danko Jhones, o The Donas e agora traremos o Truckfighters (Sécia),

que é em parceria com o DoSol Mos-soró. Houve um interesse mútuo nesse cast internacional que culminou com o evento em São Paulo”, ressalta.

O DoSol São Paulo vai ser realizado num lugar muito especial, um prédio de um cinema antigo, com capacidade para um público de 2 mil pessoas. Por fora é um prédio antigo, mas por dentro tem estrutura supermoderna. Foca explica que os melhores shows das bandas in-dependentes famosas, que passam pelo Brasil são feitos lá. “A produtora é muito legal, mas tivemos a ousadia de acreditar que a gente pode estar lá. A gente tem a alegria de pensar que o nosso evento, que a gente faz aqui e curte muito, está conseguindo fazer uma expansão impor-tante”, completa.

DOSOL MOSSORóO espaço Do Sol em Mossoró está ca-

minhando e superando as expectativas iniciais da entidade. “A gente sabe que os primeiros seis meses vão dar o tom de como a atividade vai continuar para fren-te. A gente tem conseguido um fluxo de atividade muito interessante, já passa-mos dos 50 shows na cidade. Acho que um espaço de música contemporânea independente nunca teve esse número

)) Kalil Lamark e Anderson Foca

aqui antes”, avalia. Para se ter uma ideia, nestes três me-

ses passaram bandas de todas as regiões do país, sem exceção, desde o Pará até o Rio Grande do Sul, passando por Goiás, Rio.

“Mossoró tem uma galera muito boa, tivemos uma resposta de público muito interessante e sabemos que não é o pú-blico que se está acostumado, já que te-mos um espaço pequeno, cabem no má-ximo 200 pessoas, mas é importante ser assim. Podemos fazer aquela construção de pessoa a pessoa para se formar um público, aos poucos. Não adianta querer fazer um show para três ou cinco mil pessoas que a gente sabe que não dá, nem com um artista grande às vezes não consegue esse público. Tem de ser pes-soa a pessoa para formar um público bacana que acompanha as atividades”, ressalta.

Kalil Lamarck, que está entre os só-cios do espaço mossoroense, conta que se estabeleceu metas e nada saiu do pla-nejado: “Começamos nessa parceria com o Foca, que tem essa experiência de fora e a gente com nossa visão da realidade local, e está dando certo. Vamos garantir um futuro próspero para o DoSol”, com-pleta.

O principal motivo de abrir o DoSol Mossoró é que não se tinha antes um espaço para receber os shows. “A gente veio na soma dessa lacuna. Agora esta-mos num momento de exportar, levar as bandas daqui para fora do Estado”, afir-ma Anderson Foca.

Um exemplo disso é o “Desert tour” coletivo de bandas com presença de ban-das de Mossoró como o “Monster Coyo-te”, “Red Boots”. “Isso é um reflexo des-se trabalho, não é só um reflexo local, a gente também consegue exportar tam-bém. O melhor Rock potiguar hoje está

em surgindo de Mossoró”, afirma Foca.

FESTIvAL DOSOL EM CAICóEsse ano, uma outra novidade é o

Festival em Caicó. Seu formato vai ser diferente dos demais realizados na capi-tal e em Mossoró.

Em Caicó vai ser na Ilha de Santana, gratuito, já que o evento acontece con-templado pelo edital de cultura do BNB.

“Caicó é uma cidade de muita infor-mação, queremos chegar para ver se corre um fluxo bacana. Lá serão dois dias e vamos chamar bandas de cidades pró-ximas, interiorizar muito e dar o espaço”, explica.

O quE IMPuLSIOnAO DoSol começou como selo, depois

passou a ser estúdio, depois espaço cul-tural, produtora de shows e depois fes-tival. O que impulsiona para que o DoSol tenha tido esse crescimento gerando uma marca cultural forte?

“A gente tem uma premissa de nunca ficar parado, nunca achar que já faz o suficiente. Isso tem sido uma mola pro-pulsora. Hoje está numa categoria ‘hub’ de entidade cultural. Somos uma Asso-ciação Cultural que pode exercer ativi-dades em todas as áreas da cultura”.

Ninguém espere menos dos festivais que vão vir por aí e nem das novidades. O movimento só está começando.

# se ligue!Confira toda a programação dos Festivais DoSol 2012 acessando o site: www.dosol.com.br

Page 10: Revista de Domingo nº 536

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

ElisNo palco com Grupo Diocecena

encerra hoje o terceiro dia de apresentação de dança no Teatro Dix-huit Rosado com o resgate de obras musicais sublimes da cantora Elis Regina

teatro e dança

Uma música traz, além de letra e melodia, desejos, emoções, recordações de uma época. O

espetáculo de dança “Para Sempre Elis”, realizado pelo grupo Diocecena, saiu do formato primeiro de sua concepção (es-teve se apresentando em forma de reci-tal no memorial da Resistência) para um

formato ampliado para o palco, pensado para a excelente estrutura do Teatro Mu-nicipal Dix-huit Rosado.

O espetáculo de dança consegue ex-trair dos expectadores emoções a partir das expressões de corpo em movimento, nas canções daquela que é considerada uma diva nacional, Elis Regina.

Com a proposta de envolver o públi-co, o grupo escolheu músicas que fize-ram sucesso e até hoje relatam histórias de amor, fascínio e relacionamento pes-soal com suavidade, precisão e classe, além de mostrar a versatilidade de uma cantora envolvente e criativa.

Elis inovou os espetáculos musicais

Page 11: Revista de Domingo nº 536

11Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

teatro e dança

talento através de apresentações dramá-ticas. Muito influenciada pelos cantores de rádio, Elis foi a grande revelação do festival TV Excelsior em 1965 cantando a música “Arrastão”.

A cantora recebeu o título de primei-ra estrela da canção popular brasileira na era da TV. Seus primeiros discos re-fletem sobre o momento em que se trans-feriu de Porto Alegre para o Rio de Ja-neiro, e em 1964 se mudou para São Paulo onde permaneceu até sua morte.

Casou-se com Ronaldo Bôscoli em 1967, ambos tiveram João Marcelo Bôs-coli. Elis cantou gêneros bem diferencia-dos uns dos outros, como bossa-nova, rock, MPB, pop e samba. Interpretou mú-sicas: “Como Nossos Pais”, “Madalena” e “O Bêbado e a Equilibrista” na qual

ficaram famosas e memoráveis, regis-trou momentos de felicidade, tristeza, amor, patriotismo e ditadura militar.

Durante sua carreira Elis cantou mú-sicas de até então músicos poucos co-nhecidos como Renato Teixeira e Milton Nascimento ajudando a lançá-los e di-vulgar seus trabalhos. Logo no início dos anos 70 ela casou-se com César Camar-go Mariano com quem teve dois filhos, Maria Rita e Pedro Mariano.

Sua presença artística mais memo-rável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis & Tom (1974), Falso Brilhante (1976), Transver-sal do Tempo (1978) e Saudade do Brasil (1980). Elis foi a primeira pessoa a ins-crever a própria voz como se fosse um instrumento.

no país e era capaz de demonstrar emo-ções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música. “É com a fina-lidade de resgatar e vivenciar o brilho musical deixado pelo legado dessa can-tora que brilha nos palcos celestes e que em nossa memória jamais será esqueci-da, que o grupo Diocecena vem mostrar toda emoção que existe nas canções que foram e será sempre grande referência para gerações atuais”, completa a core-ógrafa Roberta Shumara.

As canções eternizadas por Elis Re-gina ganham interpretação através do movimento da dança e da poesia. Trechos das canções propagadas pela intérprete Elis Regina são as ligações de cena para a compreensão do desenvolvimento do recital. Nessas canções, a essência do poder das palavras servirá como alicerce para a beleza dos movimentos.

“É um trabalho de transição e com-posição através das canções. Vemos esse novo trabalho como algo desafiador. Ao transpor emoção por meio de movimen-tos e palavras ritmados, buscar expressão e emotividade nos dançarinos a cada mú-sica em cena é transcender limites den-tro da proposta apresentada, uma vez que suas canções emocionam a cada nota to-cada”, ressalta a coreógrafa.

Por isso, as músicas foram escolhidas pensando na história musical de pessoas que também fizeram parte da trajetória de Elis Regina, compositores como Edu Lobo, Chico Buarque, Milton Nascimen-to e Tom Jobim, que Elis Sempre fazia questão de divulgar como grandes talen-tos.

No espetáculo “Para Sempre Elis” fo-ram incluídas as músicas que se torna-ram marcantes na interpretação de Elis como Aquarela do Brasil, Arrastão, Fas-cinação, Casa no Campo, Cartomante , Alô Alô Marciano, O bêbado e equilibris-ta, Maria Maria, Madalena, Atrás da por-ta, Velha Roupa Colorida, Redescobrir.

O grupo já realizou duas apresenta-ções nos dias 26 e 27 e fará a última apre-sentação dentro da programação no Te-atro Municipal hoje, às 20h. Imperdí-vel.

SOBRE ELAElis Regina Carvalho Costa nasceu em

Porto Alegre (RS), em 17 de março de 1945, e morreu em São Paulo (SP), em 19 de janeiro de 1982, com 36 anos. Con-siderada por muitos críticos, comenta-dores e músicos a melhor cantora brasi-leira de todos os tempos.

Como alguns artistas, Elis surgiu nos festivais de música dos anos 1960. Ela mostrava interesses em desenvolver seu

)) Grupo leva ao palco uma apresentação renovada com a potencialidade que a boa estrutura do teatro permite

Page 12: Revista de Domingo nº 536

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

RAFAEL DEMETRIUS

A Meta está com inscrição aberta para o curso de Auditor Líder da Qualidade, que será de 26 a 30/11/2012. Faça já sua inscrição por meio do telefone 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected].

Auditor líder

sua carreira

x

Ofim de ano e a proximidade das festas natalinas na economia não significam somente um aumento dos gastos no comér-cio. Para quem quer garantir uma renda extra, a época é

ideal para conseguir um trabalho temporário. Segundo estimativas de associações e empresas, serão pelo menos 130 mil vagas tempo-rárias, uma ótima oportunidade para mostrar as competências e, ao final do período, conseguir o almejado emprego efetivo. O trabalho temporário atende a uma necessidade especial de sazonalidade ou substitui pessoas que estão afastadas. Das 130 mil vagas, estima-se que 28% devem se tornar efetivas. As remunerações médias das va-gas temporárias variam de acordo com cada setor, sendo, em média, R$ 770,00 no comércio e R$ 950,00 na indústria. Há vagas que são características da época, como a de Papai Noel. Mas, se você conseguir um emprego que tem chances de se tornar efetivo, acompanhe abai-xo 10 dicas para agarrar a oportunidade.

Assim como você, outras pessoas estarão trabalhando e sendo avaliadas pela empresa. Por isso, o importante é mostrar que seu trabalho faz a diferença. Cumprir metas de vendas ou de produção é um bom começo para indicar para a companhia sua capacidade de cumprir com a obrigação. A organização precisa perceber o quanto o trabalhador agrega a ela.

Como se trata de um período de experiência, vale lembrar que é importante mostrar que realmente deseja ser contratado e que é possível se adaptar a mudanças. Alterações no horário, tarefas, responsabilidades, pessoas com as quais vai trabalhar são impre-vistos que podem ocorrer e para os quais o trabalhador deve estar preparado.

O contratado não pode se prender ao fato de o contrato de trabalho ter validade curta. É indicado que a pessoa haja como se fosse um contrato de experiência, no qual a empresa está avaliando seu trabalho. A primeira dica é se considerar efetivo desde o primeiro dia.

O empregado não pode esquecer que um bom trabalho depende de um bom relacionamento. Além de mostrar educação com outros funcionários e clientes, demonstrar capacidade de trabalhar em equipe e respeito pelos superiores são sugestões dos especialistas.

Uma característica desta época do ano é o aumento expressivo das encomendas à indústria. Para potencializar as chances de contra-tação também é necessário demonstrar que os prazos podem ser cumpridos.

Além da indústria, o volume de vendas também aumenta signifi-cativamente. É essencial, portanto, que se o emprego temporário for na área de comércio, seja no varejo de roupas, supermercados ou restaurantes, o empregado seja muito ágil para vender o máxi-mo possível e também deixar o cliente satisfeito.

A flexibilidade, no entanto, não deve ser estendida aos horários que foram previamente combinados com a empresa. Ser pontual no horário de entrada, intervalos e refeições é essencial.

Cada ambiente exige um tipo de traje. Cabe ao contratado tem-porário observar outros funcionários para saber qual é o tipo de roupa ideal. Há, por exemplo, vagas em comércios mais popula-res e lojas que atendem classes mais altas e que por isso exigem roupas sociais. Claro, que algumas peças são proibidas: como bermudas e blusas decotadas.

Como para boa parte dos contratados temporários, a oportunida-de é o primeiro emprego, muitos não possuem experiência nem cursos. Com o ganho deste fim de ano, se o interesse for continu-ar na mesma área, o dinheiro pode ser utilizado para fazer algum curso. Mesmo que não haja efetivação, o emprego temporário serve como um histórico que a pessoa deixará na empresa. Se preparar para futuras oportunidades, portanto, é a sugestão.

As chances de contratação aumentam expressivamente se o em-prego temporário estiver relacionado com algum trabalho no qual a pessoa já possua experiência ou algum curso na área.

Comprometimento, responsabilidade e saber trabalhar sob pressão, são quesitos muito importantes aos interessados em conquistar um novo emprego. Lembrando que as vagas de emprego nos finais de ano costumam ser bastante concorridas e por isso possuir esses quesitos pode ajudar a conseguir uma vaga. As vagas temporárias são ótimas oportunidades para que possamos conseguir um bom emprego, mas devemos lembrar que às vezes não é possível se efetivar no cargo. No entanto, o trabalho serve como experiência para que você possa conseguir outro emprego futuramente.

2 – Mostrar resultados

5 – Ter flexibilidade

1 – Encarar como algo duradouro

7 – Trabalhar em equipe

3 – Cumprir prazos

4 – Ser ágil

6 – Pontualidade

8 – Vestir certo

10 - Investir na carreira

9 – Procurar algo na área

Resumindo

10 dicas para se efetivar

em um emprego temporário

Page 13: Revista de Domingo nº 536

13Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

DR. HALLISON CASTRO*

Todos sabemos que o cigarro e o diabetes (excesso de açúcar no sangue) podem provocar

uma série de problemas na saúde do homem, incluindo câncer de pulmão, problemas cardíacos como infarto, AVC, embolia, trombose, etc. Estes maus há-bitos também afetam os rins, a bexiga, e a potencia sexual do homem, compro-metendo sua qualidade de vida, e algu-mas vezes, pondo em risco suas vidas.

O cigarro é um grande vilão, pois aumenta o risco de desenvolvimento de câncer nos rins e na bexiga. Ele contém substâncias consideradas cancerígenas levando a formação de tumores malig-nos nestes órgãos. Estes tumores podem ser silenciosos ou assintomáticos ou provocar sintomas como sangramentos na urina, dor nas costas, perda de peso e falta de apetite.

Além desses males, o cigarro afeta a potência sexual dos homens, tornan-do-os impotentes. Ele contém substân-cias que provocam um entupimento dos vasos sanguíneos que levam sangue até o pênis. Isto dificulta o processo de ere-ção. O problema causa muita angústia e frustração nos homens e nas suas par-ceiras influenciando no relacionamento amoroso.

Já a diabetes provoca acúmulo de placas de gordura nos vasos que levam sangue até o pênis. O problema causa entupimento e impede a ereção peniana. Além disso, a doença compromete os nervos do pênis e a pode agravar-se com o diagnóstico de hipertensão arterial do paciente (pressão alta).

A recomendação é parar de fumar, corrigir a diabetes, estabelecer uma die-ta alimentar, controlar a pressão arterial e praticar exercícios. Isto ameniza os efei-tos e problemas no organismo do homem. A adoção de hábitos saudáveis evita que

Efeitos do cigarro e diabetes na saúde do homem¹

)(

os danos causados pelo cigarro e o exces-so de açúcar sejam irreversíveis.

Se você apresenta algum destes sin-tomas relacionados ao diabetes ou ao cigarro, procure um urologista para que sejam feitos exames para investigar a

presença de algum dano a sua saúde. Portanto, a melhor medida é a prevenção, pare de fumar, faça atividades físicas re-gulares, tome bastante líquidos, corrija sua pressão e controle seu diabetes. Le-ve uma vida saudável.

* Dr. Hallison Castro é urologista pela Santa Casa de São Paulo e Titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Site: drhallisoncastro.com.br

artigo

Envie artigos para esta seção pelo e-mail: [email protected]

Page 14: Revista de Domingo nº 536

Um dos itens mais legais do meu aniversário sem dúvida foi um presente que ganhei da Iêda e da Jéssica Hanna (muito obrigado, por sinal), um dos bichinhos da coleão Chocobichos Safari da Cacau Show. Com qua-tro opções, sendo ele-fante, girafa, leão e macaco, um fofo bone-quinho de pelúcia com espaço para brincar de fantoche e ainda com um dispositivo para fazê-lo falar é acompanhado de uma deliciosa barra de chocolate com 28% de cacau. Fica a dica!

Há pouco tempo vi o Pimenta Restaurantes abrir sua nova loja no centro, pertinho do Banco do Brasil. O am-biente é interessante: tudo muito arrumadinho, ventila-dores, vários colaboradores pra te ajudar em todas as horas e uma boa organização. Assim que você chega e se dirige ao buffet, o pagamento já deve ser efetuado. Por apenas R$ 7,00, você tem direito a comer o quanto quis-er. No buffet frio, achei saladas e frutas, e no quente, arroz, feijão, macarrão etc.; além disso, o valor inclui dois ped-aços de carne que variam entre frango, cupim, carne as-sada, miúdos e outros, fora o suco depois. O tempero não é forte, o sal é no ponto e a comida definitivamente não é pesada. Visite: Avenida Dix-sept Rosado (pertinho do Banco do Brasil) e Rua Coronel Gurgel, 528, na Paraíba. O telefone é (84) 3321 1485 e o e-mail é [email protected].

Chocobichos Safari

Pimenta Restaurantes

1

3

DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

No dia 20 deste mês, final de semana passado, comemo-rei o meu aniversário. Na verdade ganhei uma festinha surpresa com todo o cardápio do Impacto Buffet. Destaco alguns: camarão crocante com molho especial; quiche de geleia de tomate; quiche de calabresa; penne á bolon-hesa e outras delícias. No entanto, a estrela da noite foi o Bolo de Feijoada. Não literalmente feijoada, mas foi feito em formato de uma panelinha, com várias gostas de chocolate em cima simulando feijão. Na hora do parabéns, ele foi quem brilhou mais. Jane, a cake designer e chef do Impacto, capricha sempre em suas criações. Sua se-gunda obra foi um bolo em formato de câmera fotográ-fica, que serviu de presente para o meu irmão, Pacífico Medeiros, também aniversariante. E hoje, pra completar, é dia de parabéns para o meu ídolo, meu pai querido, Geraldo Moura! E tome velinhas!

O Empretec é uma imersão no tema Empreendedoris-mo com alguns dos melhores consultores do Sebrae. O curso, que tem duração de uma semana, tem sua turma formada somente por indicação - algo bem sério e restrito. Neste período, os participantes são coloca-dos em situações extremas para testar sua habilidade, inclusive a abertura e comercialização de um negócio próprio, com metas reais. Carlos Gregório, idealizador da CG Turismo, publicitário, pensou em algo que unisse a Gastronomia no projeto, e criou as Trufas com Amor. O diferencial competitivo, além do material ser feito com matéria-prima de primeira qualidade - com chocolate gostoso de verdade, que derrete na boca - é a conexão com redes sociais. O slogan é "Com amor, a vida tem mais sabor!". Parabéns!

O site da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios contou a história de Matthew Lilley, um estudante inglês de apenas 15 anos, residente na Grã-Bretanha. Em seu primeiro dia em um estágio na rede de supermercados Tesco, ele criou um produto – uma refeição congelada de bife e tomate. O resultado foi tão bem recebido pelos consumidores que a área de produtos da marca resolveu que a ideia seria comercializada por todo o país. A criação de Lilley já está sendo vendida na rede Tesco desde a semana passada. A comida vem em um pacote tamanho família e custa £ 5 (cerca de R$ 16). Depois do aconte-cido, a mãe de Matthew contou à imprensa que o jovem criou um plano de carreira na área de criação, na indústria de alimentos, com a ajuda da Tesco, que o aconselhou a cursar administração de empresas. Inspirador!

Quem acompanha blogs de gastronomia na Internet tem por obrigação conhecer o trabalho da Carla Maicá. Sua experiência como blogueira começou da junção da tradição gastronômica italiana, a linguística - sua área na faculdade - e a culinária. Após Letras, cursou Gas-tronomia e começou a aprofundar o seu conhecimento na área. A ideia do blog é trazer aos leitores várias re-ceitas tradicionais, regionais, variações, curiosidades e algumas indicações de leituras para quem tiver interesse em se aprofundar na gastronomia da Itália. Pra quem quer conferir logo, a receita da coluna de hoje é da Car-la. Acesse: http://www.cucinaartusiana.com/.

Muitos parabéns!

Trufa Com Amor

Empreendedorismo gastronômico

Cucina Artusiana

2

4

5

Page 15: Revista de Domingo nº 536

15Jornal de Fato | DOMINGO, 28 de outubro de 2012

adoro comer

INGREDIENTES

• 500 gramas de alcatra ou acém (agulha) - pode ser filé mignon• 01 colher (sopa) de farinha de trigo• 01 colher (sopa) de azeite de oliva• 200 gramas de cebolas pequenas • 50 gramas de toucinho picado• 01 punhado de funghi secchi + 01 vidro de champignon• 01 cenoura grande • 03 dentes de alho picados• 150ml de vinho tinto• 01 colher (sopa) de extrato de tomate• 500 ml de caldo caseiro de legumes• 02 folhas de louro• Ramos de alecrim• Sal• Pimenta moída na hora• 03 cravos da índia

MODO DE FAZER

• Pré -aqueça o forno a 200ºC;• Corte a carne em cubos de 2-3 cm e polvilhe com farinha. Coloque o azeite em uma panela que possa ir ao forno e doure a carne. Retire a carne da panela e reserve;• Coloque o toucinho e a cebola na panela e refogue. Acrescente a cenoura, os cogumelos fatiados e o alho. Refogue tudo por mais 05 minutos; • Quando começar a ferver coloque o vinho e os cravos da índia. Acrescente o extrato de tomate e coloque a carne novamente na panela; • Aos poucos, vá colocando o caldo de legumes, mexendo até formar um molho. Quando começar a borbulhar, junte o alecrim e o louro. Leve ao forno por 30 minutos; • O molho deve resultar espesso. Caso ainda não esteja nesse ponto depois do tempo de forno, retire a tampa da panela e volte ao forno por mais 10 minutos;• Retire do forno, tempere com sal e pimenta moída na hora, tampe novamente e deixe descansar 10 minutos antes de servir.

Stufato di Manzo - Ensopado de carne

Page 16: Revista de Domingo nº 536