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Edição 01 março/abril de 2013. Revista produzida pelo 4b ações culturais e artísticas.

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4b Ações Culturais e Artísticas

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4b Invade atelie de

Madu Lopes

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Contato com o Artista:E-mail: [email protected]: (53) 9139.1339 ou (53) 8442.8000http://www.flickr.com/madulopes

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Apesar de ter um pouco mais de 500 anos de história oficial, o Brasil demonstra o

grande potencial de sua cultura. O país tem as dimensões de um continente e uma

diversidade cultural impressionante. Poderíamos citar referências de cultura a

partir de regiões ou até mesmo de estados, como também de cidades. Nesta

diversidade cultural, podemos relacionar a música, a dança, teatro, o patrimônio

histórico edificado, a memória, as culturas tradicionais, a literatura, a literatura de

cordel, a comida, a literatura, o folclore, as artes plásticas, o artesanato e muitos

outros exemplos do que possuímos e do que podemos considerar como “nossa

cultura”. Podemos citar como exemplos mais concretos a comida mineira; As

Folias de Reis, Festas do Divino e os Bumbas Meu Boi por todo país; O Carnaval

no Rio de Janeiro o Vermelho e o Azul no Amazonas; o Churrasco e a Erva Mate

no Rio Grande do Sul, a Cultura Caiçara por todo litoral, os Artesãos no Norte

Nordeste, enfim poderíamos enumerar mil exemplos da presença cultural em

nosso país. A nossa história oficial tem um pouco mais de 500 anos história, mas

talvez nos falte ainda constituir uma identidade cultural que ainda não temos. Esta

é uma dificuldade que advém da presença e da influência de muitos outros povos e

de muitas outras culturas que aqui se fazem presentes, sobretudo a portuguesa, a

espanhola e no sul a Argentina e Uruguaia.O grande problema da nossa cultura é que a grande maioria do nosso povo e dos

nossos governos não consegue identificar a cultura como um valor e como um

potencial capaz de gerar renda, inclusão social e transformação do ser humano.

Acredito que isto acontece porque na medida em aquele que produz a cultura e

aquele que a consome passam por um processo de transformação no nível da

consciência, que de alguma forma coloca em risco o poder de quem está no poder.

Sendo assim, é obvio que de uma forma muito articulada se desarticula e se

enfraquece a produção cultural que mobiliza, organiza e faz pensar e se

potencializa a “uma cultura” que imbeciliza: Big Brother, Faustão, Ratinho e muitos

outros deste nível. A partir deste ponto de vista acredito que já é tempo e já se faz

necessário há muito tempo que nós enquanto povo devamos assumir a nossa

cultura e desenvolver um trabalho consistente para que se constitua uma

identidade cultural em termos de país e nação. Objetivo este que as elites

brasileiras trabalham para que não aconteçam com o apoio da Rede Globo e

outras Tvs, pois assim fica muito mais fácil exercer um domínio político sobre a

sociedade.

“Quem constrói a cidade são seus cidadãos” – Ítalo Calvino

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Digo isto porque nas experiências que tenho tido com aqueles que produzem cultura

nas áreas da música, teatro, dança, literatura, vídeo, etc, tenho percebido que a

maioria destes se diz apolíticos, que não querem misturar a sua arte com a política,

que odeiam os políticos, mas o que acontece de fato é que esta omissão ou alienação

os faz instrumento daqueles que querem estar no poder. Preciso esclarecer que

quando falo de política não me refiro à política partidária, mas a uma política que

conscientiza e politiza e contribua para que o ser compreenda que a sua atitude e

decisão pode transformar o ambiente no qual está vivendo para melhor ou para pior.Todos nós que trabalhamos direta ou indiretamente com cultura, precisamos ter bem

claro o poder e a capacidade que temos de mudar e transformar o que e quem está a

nossa volta. É esta mentalidade que procuro passar em todos os projetos e produção

no qual estamos envolvidos, isto é, procuramos fazer com que qualquer atividade

cultural a ser produzida acrescente algo de positivo para quem produz e para quem

usufrui. No nosso ponto de vista acredito que não podemos esquecer que como

artistas, produtores e como povo, fazemos parte de uma sociedade e de que neste

contexto, somos privilegiados e ao mesmo tempo temos uma responsabilidade com o

outro e com a sociedade a nossa volta.Acredito muito no poder e na força da cultura como um instrumento de transformação

e mudança tanto do ser humano como da sociedade como um todo. Acredito que a

cultura pode contribuir e muito com a construção de uma identidade cultural em nosso

país; contribuir para a construção de outro nível de consciência política e cultural,

mas para que aconteça é preciso urgentemente que este nível de consciência política

e cultural, primeiro se estabeleça na mente de todos aqueles que fazem e produzem

cultura. Afinal, qual o objetivo de estarmos produzindo cultura?.

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