revista comuna 62

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Doadores de vida - A páscoa da entrega que transforma as pessoas Palavra do presidente - O grande doador Serviço ao próximo - A Comunidade da Graça acolhe refugiados sírios Entrevista Exclusiva- Francis Chan

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COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

DOAÇÃO E REVOLUÇÃO

Palavras fortes parecem pedir outras ainda mais, não é? Elas quase nunca vêm sozinhas à nossa mente. Damos o exemplo da do título: tem gente que não consegue pensar em “revolução” sem imaginar homens de farda ou ao menos alguns tirozinhos, já reparou? Puro senso comum.

A maior das transformações oferecidas ao mundo aconteceu sem disparar uma bala sequer - nem das de borracha! Nasceu da doação. É do ato amoroso de Jesus de que falamos, que alterou para sempre a história, sem exército armado, sem violência e sem imposição.

“Mais bem-aventurado é dar do que receber” – dizia o Mestre. Simples, né? Sim, ensinamentos de grãos de mostarda, mas com força para demolir. Do princípio dos tempos ao pós-modernismo de hoje, quantas altas montanhas se moveram diante deles. A maior revolução que o mundo já conheceu veio do ato radical da doação da vida de Jesus por amor.

A igreja em que acreditamos não se omite: trata desse amor dia a dia. Aliás, faz disso marca de sua história e segue optando por não cruzar os braços diante das dores do mundo.

É por isso que a Páscoa da Comunidade tem refugiados sírios sendo abrigados em nossas igrejas. História do passado? Não, testemunho de agora! Tem os relatos de gente transformada pela doação que recebeu de outros - e a gente não está falando de dinheiro. Tem o resultado de um cristianismo espiritualmente vibrante e socialmente engajado.

Essas e muitas outras novidades são a pauta. Da revista? Também! Mas da igreja, principalmente! Ou seja, minha e sua. Pode ser “tipo chocolate”? Por que não? Pergunte pra um dos milhares de atendidos pela Fundação Comunidade da Graça, pelo Colégio da Comunidade ou nos nossos pequenos grupos. Eles dirão, “É doce!”, com certeza! Mas, eles sabem, é muito mais que isso: é doação! Feliz Páscoa!

GUSTAVO ROSANEL I E M IGUEL ANTUNESPELA EQUIPE ED ITORIAL

O QUE VOCÊ ACHOU DOS TEMAS E ASSUNTOS DA REVISTA? DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO? TEM SUGESTÕES?

USE A HASHTAG #REVISTACOMUNA OU ENVIE UM EMAIL PARA [email protected]

Matér ias abençoadas ! Va le a pena le r esse tesouro - Ed i la ine Mac ie l de L ima

Esta revista é uma benção. Através dela as pessoas tem acesso a muitas coisas que estão acontecendo e a mídia tradic ional não mostra. Louvo a Deus pela equipe que cuida de cada detalhe para que tenhamos mais esta ferramenta para evangel izar - A lecsandro de Cast ro

DIREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR , SÉRGIO PAVARIN I , OSMAR D IAS , AGUINALDO FERNANDES , VALMIR VENTURA, LA IR DE MATOS , RENATO FOGAÇA, CÉZAR ROSANEL I , FERNANDO D IN IZ , GUSTAVO ROSANEL I , RONALDO BEZERRA,

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : M IGUEL ANTUNES

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MILENA ROSANEL I E MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : PAULO ALEXANDRE SARTORI , MAYRA BONDANÇA, KE I LA S IQUE IRA DE L IMA

DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:BURT I

D ISTR IBUIÇÃO:1 1 . 300 EXEMPLARES

#62 | ABRIL | 2015

Page 5: Revista Comuna 62

CAPA | 18

DOADORES DE V IDA ENTREVISTA EXCLUS IVAA PÁSCOA DA ENTREGA QUE TRANSFORMA PESSOAS

FRANCIS CHAN FALA SOBRE A NECESS IDADE DE UMA IGREJA UNIDA QUE IMPACTA AS C IDADES

O DOADOR DE V IDA

06

UM L ÍDER IMPROVÁVEL

UM ENORME VAZ IO

26

30

UMA IDENT IDADE F IRMADA

08

CRIANDO PONTES DE TRANSFORMAÇÃO

28

TRANSFORMADORES DO MUNDO

12

AS MARCAS DO AVIVAMENTO RECOMENDO ACONTECEU

31 32 33

A GERAÇÃO DO QUEST IONAMENTO

14

Page 6: Revista Comuna 62

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PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

O DOA

DOR D

E VIDA

JÁ IMAGINOU DAR O QUE VOCÊ TEM DE MAIS PREC IOSO SEM ESPERAR NADA EM TROCA?

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mente isso Cristo pensou no momento em que passou tão grande dor antes da crucificação. Ele nos deu a sua vida em alegria e obediência para que pudéssemos experimentar tamanha graça e amor, mesmo não merecendo.

Jesus é o grande doador de vida e sua atitude de renúncia deve também ser a nossa. Fomos incluídos em sua mor-te, abandonando a nossa natureza egoísta, e também em sua ressurreição, recebendo uma nova natureza, doadora e sensível, pois agora Cristo vive em nós (Rm. 6.5). Portan-to, quando nascemos de novo é natural termos um espírito inclinado à entrega. O verdadeiro doador vive para aquele que por ele morreu e ressuscitou (2 Co. 5.14-15).

Cristo libertou a humanidade dos seus temores e frustra-ções, dos seus males espirituais, físicos e mentais, para ex-perimentar relacionamentos sadios, atitudes de misericór-dia, hábitos que transbordam compaixão, e um modo de vida cheio de graça.

A Páscoa é a história da doação de Jesus para toda a huma-nidade. É o final da nossa vida egoísta e o surgimento da nossa vida de verdadeiros doadores, parecidos com Jesus. Por isso, essa celebração é tão importante para nós cristãos, é a nossa ressurreição em Cristo!

O verdadeiro cristianismo é o da entrega e do serviço ao próximo. Compartilhemos as boas-novas do Evangelho com as pessoas através da nossa própria doação, porque esta é a nossa vocação: continuarmos o ministério de Jesus Cristo em nós, servindo e amando as pessoas.

Feliz Páscoa! Feliz Ressurreição!

uem estaria disposto a se colocar na linha de tiro por uma pessoa desconhecida? Que tama-nha loucura seria morrer por um criminoso ou corrupto? Onde estaria com a cabeça aquele que, diante da fome, ab-dicaria de seu conforto e daria sua própria vida em favor de outro? Alguém fez isso.

“Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ove-lhas (...) Assim como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai, assim também conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. E estou pronto para morrer por elas.” João 10.11,13-15 NTLH

Jesus Cristo veio ao mundo não para oferecer à humani-dade uma nova filosofia ou uma melhora na condição hu-mana, mas para trazer vida. Ele disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (Jo. 10.10).

E o que Cristo oferece – plenitude, frutos do Espírito Santo, satisfação –, o mundo não pode dar. Mas a pergunta que me faço é: Por que Jesus haveria de trazer uma vida tão mara-vilhosa às pessoas mediante tão grande sacrifício, como foi a Cruz? Não seria mais fácil simplesmente dar uma sequ-ência de regras e leis para que pudéssemos então adquirir e merecer esse privilégio?

Era necessário um sacrifício supremo – o do cordeiro que tira o pecado do mundo - para que a humanidade pudesse recuperar seu relacionamento com Deus.

Jesus sempre foi o “Plano A” de Deus, sempre foi a primei-ra opção para dar esperança às pessoas. A forma como veio ao mundo – como servo e homem simples – nos ensina a viver, não em uma pobreza ou simplismo coberto com uma falsa humildade, mas com o coração pronto a compartilhar tudo o que temos, desde nossos dons e talentos, até nossas posses e bens.

Deus, através de Jesus nos ensina que “mais feliz é quem dá do que quem recebe” (At. 20.35), e penso que foi exata-

CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

É FUNDADOR E PRES IDENTE DA

COMUNIDADE DA GRAÇA. É MEMBRO DA

ACADEMIA PAUL ISTA EVANGÉL ICA DE LETRAS

E PRELETOR INTERNACIONAL .

CASADO COM A PRA. SUELY BEZERRA.

A P Á S COA É O F I N A L DA N O SS A V I DA EG O Í STA

E O S U R G I M E N TO DA N O SS A V I DA D E V E R DA D E I R O S

D OA D O R E S , PA R EC I D O S CO M J E S U S .

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TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

UMA IDENT IDADE F IRMADAREDESCOBRINDO O SEU VALOR COMO UMA MULHER VERDADEIRAMENTE L IVRE

Muito mais do que diamantes. É assim que a Bí-blia mensura o valor da mulher. Somos preciosas, amadas e valorizadas pelo nosso Senhor. E fomos criadas para um propósito especial: sermos auxi-liadoras. Mas, em nossos dias, este papel tem se perdido, e a nossa identidade também. Vivemos com uma falsa sensação de liberdade, longe do plano que Deus tem para nós. Como podemos ser moldadas à luz da Palavra e nos tornar, realmente, as mulheres relevantes que fomos criadas para ser?

Fortes, seguras e independentes. É assim que o mundo determina que sejamos. Não podemos fraquejar, nem nos submeter. Temos que ser iguais aos homens, lutar pelos mesmos cargos, os mesmos salários. Afinal, a luta dos anos 70

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SUELY BEZERRA, É L ÍDER NAC IONAL DO

MIN ISTÉR IO MULHERES INTERCESSORAS .

É CASADA COM O PR . CARLOS ALBERTO BEZERRA

E AUTORA DE VÁRIOS L IVROS RELAC IONADOS

COM A ORAÇÃO E A PRÁT ICA DEVOCIONAL

nos dá esse direito. A verdade é que, assim como enganou Eva, o diabo continua querendo enganar a mu-lher. Seu objetivo é nos fazer esque-cer de que fomos criadas exatamente como somos por uma razão. Então, ele coloca em nossa mente a igualda-de dos sexos, a perda da feminilida-de, a concorrência, a independência financeira e a busca por uma falsa li-berdade que, na realidade, aprisiona, deprime e traz insegurança.

A libertação da mulher não começou nos anos 70, mas quando um anjo apareceu a Maria, ela ficou grávida

e deu à luz o Salvador. Foi Ele quem salvou, valorizou a mulher e nunca a desprezou. A emancipação começou em Jesus.

Quando comparamos o padrão do mundo à Palavra de Deus, ser rele-vante ganha outro sentido. Afinal, nascemos para cumprir um propó-sito. E ele está descrito em Gênesis 2.18: “Então o Senhor Deus decla-rou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxi-lie e corresponda”.” Isso vai muito além das expectativas que a socieda-de tem nos imposto.

O capítulo 31 do livro de Provérbios nos mostra as características de uma mulher auxiliadora. Ela é confiável (v. 11), impulsionadora (v. 12, 23), cuida-dosa (v. 13), empreendedora (v. 14), esforçada (v. 15, 27), sabe se valorizar (v. 17), é prevenida e prudente (v. 18, 21), compassiva (v. 20), confiante e alegre (v. 25), é sábia e trata as pessoas com amor (v. 26)

Parece um modelo muito difícil de alcançar, mas através do Espírito Santo somos capazes. Ele nos co-nhece melhor do que ninguém. Co-nhece as nossas deficiências, nossas debilidades. Ele nos lapidou e, a cada dia, muda nossa maneira de ser, tira de nós frustrações e traumas e faz de nós mulheres verdadeiramente livres e prontas para viver tudo aquilo que Ele tem para nós.

Provérbios 31.30 carrega o maior se-gredo para nos tornarmos as mulheres que a Bíblia descreve: “A beleza é enganosa, e a formosura é passagei-ra; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada.” Temendo a Deus, nos tornamos equilibradas, aprendemos a administrar o nosso tempo e nossos re-cursos e, principalmente, descobrimos quem somos.

O padrão que o mundo nos impõe, por mais atraente que pareça, nos afasta de sermos felizes cumprindo o plano instituído para nós desde o princípio. Mas, não importa o tama-nho da desordem em nosso interior, o Senhor nos limpa e coloca tudo em ordem de novo. Ele nos veste com es-perança e justiça, nos abençoa e faz uma aliança conosco, garantindo o Seu amor. Ele se importa tanto que nos escolheu para sermos suas filhas preciosas. Medite na Palavra e bus-que ser cheia do Espírito Santo, só assim você poderá ser uma mulher cheia de qualidades e virtudes, tenha certeza de que o Senhor te capacitará.

T E M E N D O A D E U S , N O S

TO R N A M O S EQ U I L I B RA DA S ,

A P R E N D E M O S A A D M I N I ST RA R

O N O SS O T E M P O E N O SS O S

R EC U R S O S E , P R I N C I PA L M E N T E ,

D E S CO B R I M O S Q U E M S O M O S .

Page 10: Revista Comuna 62

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Anúncio Conferência Internacional

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Anúncio Conferência Internacional

Page 12: Revista Comuna 62

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SONHOS POSS ÍVE IS PATRÍC IA BEZERRA

SEGUIR OS PASSOS DE JESUS É IR AO ENCONTRO DAS REAIS NECESS IDADES DO PRÓXIMO

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PAT R Í C I A B E Z E R R A É PS ICÓLOGA, VEREADORA

DE SÃO PAULO E PRES IDENTE DA CP I DOS

PLANOS DE SAÚDE NA CÂMARA MUNIC IPAL DE

SÃO PAULO. É CASADA COM CARLOS BEZERRA

JR . E MÃE DA G IOVANNA E DA G IUL IANNA.

ACREDITA QUE A NOVA FORMA DE V IVER

ADQUIR IDA POR ME IO DA RESSURRE IÇÃO DE

CR ISTO TEM DE SER COMPART ILHADA E DEVE

GERAR V IDA AO PRÓXIMO.

Páscoa é a comemora-ção que mais tem sig-nificados para a nossa vida como cristãos, seja quando se refere

à comemoração da ressureição de Cris-to, ou à libertação do povo hebreu do Egito. Independentemente do motivo da celebração, temos de lembrar que a verdadeira Páscoa é aquela que tem um único objetivo: o próximo.

Em Romanos 6.4, observamos um im-portante ensinamento: “Portanto, fo-mos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mor-tos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.”

Viver como imitador de Cristo tem a ver com uma vida que é vivida para o outro. Tem a ver com negar a si mes-mo em favor de um terceiro. Cristo nos deu um exemplo a ser replicado.

Nossa missão é colocar os que estão fora da pauta como prioridade. É vi-ver, de fato, uma vida de comunhão. Isso é o repartir do pão nosso de cada dia. É compartilhar salvação. É com-partilhar a ressurreição. Cristo venceu a morte para que possamos transmitir a vitória dele.

Creio que a Páscoa não deve ser lem-brada como uma data exclusivista, em que o motivo da celebração seja a minha causa, o fato de eu ter sido

resgatado. Pelo contrário, a motivação é justamente o coletivo e não o indi-vidual. E, quando seguimos os passos de Jesus, vamos ao encontro das reais necessidades do próximo. A Páscoa acontece cada vez que você se doa por quem não conhece. Quando você cho-ra com os que choram e se alegra com os que se alegram. Quando as neces-sidades do próximo se tornam as suas necessidades.

A mensagem é a de libertação, trans-formação, remissão e reconciliação – com Jesus e com quem está perto de nós. Quando entendemos o seu real significado, a Páscoa dura o ano intei-ro, porque não é possível separá-la da nossa prática de fé.

Nosso novo nascimento em Cristo tem como principal objetivo trazer ao mundo um novo modelo de vida. Cristo ressuscitou e nos deu nova vida para um único fim: transbordarmos da graça de Cristo para alcançarmos a to-dos e transformarmos o mundo!

A“A P Á S COA N Ã O D E V E S E R

L E M B RA DA CO M O U M A DATA

E XC LU S I V I STA . P E LO CO N T R Á R I O ,

A M OT I VA Ç Ã O É J U STA M E N T E O

CO L E T I VO E N Ã O O I N D I V I D UA L .”

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NOVA GERAÇÃO RONALDO BEZERRA

RESPONDENDO AOS ANSE IOS DE UM NOVO PERF IL DE JOVEM

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Muitos definem os que nasceram entre os anos de 1981 e 2000 como a geração do questionamento. Os fi-lhos da revolução digital da década de 90 são seletivos, exigentes e in-

teragem de forma particular, ditada, na maioria das vezes, pela rapidez e o dinamismo dos dispositivos eletrônicos. E eles também estão em nossas igrejas. Mas, temos nos renovado para nos comunicar com eles? Ronaldo Bezerra conta como a Comunidade da Graça Sede tem procurado essa resposta.

1.  Como surgiu a necessidade de fazer mudanças no culto do MAG na CG Sede?

R: Tudo começou quando percebemos que o culto estava concorrendo com vários tipos de eventos, como casamentos, aniversários e noivados. O sá-bado acabou se tornando um dia útil de trabalho e estudo para muitos, e as reuniões e tempo de co-munhão eram cada vez mais escassos. Depois de muitas avaliações e conversas, resolvemos tentar uma opção: o sábado ficaria focado na dinâmica dos GCEMs e as reuniões passariam a ser aos do-mingos, às 20h. Chegamos à conclusão de que essa mudança proporcionaria a oportunidade da partici-pação de todos os jovens e o desenvolvimento de um projeto continuado de edificação e celebração.

2. O que mudou com relação à estrutura e à linguagem?

R: Falas longas, repetitivas e “enrolações” promo-vem facilmente a dispersão da mente dos jovens, que estão habituados a informações rápidas e varia-das por causa da Internet. Para que eles não se per-cam na tecnologia, o que acontece no púlpito preci-sa ser mais dinâmico, atrativo e objetivo. Por isso, recursos diferenciados – como iluminação, vídeos, música contemporânea e um visual informal – se tornaram grandes aliados em nossa comunicação.

3. Quais foram os impactos da mudança?

R: A resposta veio rápido: a quantidade e a assidui-dade aumentaram. Jovens que estavam dispersos passaram a se envolver no projeto. Uma nova or-ganização do louvor e dos voluntários abriu espaço para sua atuação no culto. Hoje, eles são os respon-sáveis por toda a dinâmica.

RONALDO BEZERRA É PASTOR, MÚSICO, CANTOR, COMPOSITOR

E L ÍDER DO MIN ISTÉR IO DE JOVENS DA COMUNIDADE DA

GRAÇA SEDE . É CASADO COM S IMONE BEZERRA E TEM DOIS

F I LHOS , RONALDO E SOPHIA .

4. Os jovens são mais abertos a tratar assuntos polê-micos. Levando isso em conta, quais temáticas têm sido abordadas?

R: A ideia é trabalhar com temas atuais e relevantes em séries, de maneira a explorar melhor aspectos distintos e fixar mais os princípios tratados. Alguns assuntos polêmicos serão tratados nos GCEMs. A proposta do culto é oferecer uma mensagem bíblica e contextualizada que responda às necessidades dos jovens.

5. Como você enxerga a situação do jovem cristão atu-almente? Como a Igreja responde a esse novo perfil?

R: Hoje, o jovem cristão dispõe de menos tempo livre em função das exigências do mercado de trabalho e da formação acadêmica. Ele também é mais questionador, quer entender as coisas antes de praticá-las. É seletivo e exigente. Isso tudo demanda um preparo maior da liderança. A Igreja precisa falar a língua dessa nova gera-ção. Precisamos contextualizar a Palavra à realidade atual. Princí-pios e valores bíblicos não mudam, mas a liturgia – a forma como as pessoas se relacionam com esses princípios – pode mudar.

A I G R E J A P R EC I S A FA L A R A

L Í N G UA D E SS A N OVA G E RA Ç Ã O .

P R EC I S A M O S CO N T E XT UA L I Z A R A

PA L AV RA À R E A L I DA D E AT UA L .

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A PÁSCOA DA ENTREGA QUE TRANSFORMA PESSOAS

CAPA

Carros pela cidade / Correndo contra o tempo / Distantes no vazio / Atormentados pelos males / De uma era turbulenta e sem alívio A primeira estrofe da música “Sublime”, de Leonar-do Gonçalves, fala da vida na cidade. Não de uma em particular, mas de qualquer uma. Ali, onde o ritmo é acelerado, a ansiedade se multiplica, a violência encontra facilmente seus catalizadores e as pessoas parecem trabalhar diligentemente para criar barreiras entre umas e outras. Mas, longe de ser pessimista, a música fala sobre es-perança e sobre o anseio de que dia sublime em que o vento da paz sopre, guiando assim nossos passos às águas tranquilas, chegue logo. O mundo clama pela paz. Em São Paulo, o anseio está estampado em grafites e pixações: “mais amor, por favor”, pedem as paredes frias. Evidentemente, há necessidade de mudança, a humanidade precisa mudar. Mas somente alguém sublime poderia fazer com que um mundo egoísta mude completamente sua natureza. Somente um sacrifício único poderia fazer com que tudo seja diferente. A Páscoa celebra a inclusão da humanidade na morte e na ressurreição de Jesus. Celebra a doação de vida que Ele fez por todos nós. Por meio dEle, há a pas-sagem: passamos da morte para a vida. É morte da natureza egoísta e do pecado e ressurreição para uma nova natureza, alicerçada no amor, na compaixão, na misericórdia e na graça. A mudança – aquela da qual a humanidade precisa -, acontece no corpo, na mente, na alma e no coração – é uma metanóia completa – abrindo os olhos para

enxergar o próximo e gerando um espírito de entre-ga, de doação. Doação de vida, de tempo, de amor, de abraço, de sorriso, de serviço. Jesus doou sua vida para transformar as pessoas e para que aqueles que foram transformados possam continuar seu ministério. É uma renovação de vida constante. E tão completa que gera mudanças em quem se doa e em quem recebe a doação. Desde sua origem, a Comunidade da Graça tem olhado para o pobre, o necessitado e o excluído com olhos de compaixão (1 Jo. 4.20) e braços acolhedo-res, cheios de misericórdia (Mt. 25.35-36). O chamado de amor ao próximo que motivou e mo-tiva o ministério do Pastor Carlos Alberto refletiu-se em uma igreja vibrante, em ministérios Brasil afora e, claro, no trabalho da Fundação e dos diversas fren-tes da igreja família – nas creches-modelo, nos abri-gos, no Evangelho levado aos presídios, na atenção aos dependentes químicos, na proteção às vítimas de violência familiar etc. Tudo isso inspirado na visão de viver o amor de Cristo para alcançar o próximo e formar discípulos. A tão procurada plenitude de Deus (Ef. 3.19) só é possível de ser alcançada porque Jesus entregou Sua vida, e ela não é apenas espiritual, mas gera resul-tados espirituais poderosos e atitudes práticas, de serviço, de entrega. Como Rick Warren escreveu: “quando você dá, você se parece mais com Deus.” O objetivo é um só: continuar o ministério de Jesus, transformando pessoas através da entrega, da doação de vida, celebrada de forma especial na Páscoa, mas que deve ser expressada constantemente.

A PÁSCOA DA ENTREGA QUE TRANSFORMA PESSOAS

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Após décadas de perseguições ao povo de Deus, as boas novas do Evangelho se espalharam por todo o Brasil com grande velocidade. Milhares de emissoras de rádio transmitem conte-údo cristão dia e noite. Cerimônias em muitas cidades entre-garam simbolicamente as chaves do município a Jesus. A entrada triunfal na Jerusalém verde-amarela tem sido mar-cada por grandes eventos. A tradicional coreografia dos ramos e palmeiras deu lugar a Marchas organizadas em diversas ci-dades e shows gospel até na maior TV do país.

O triunfalismo é uma das características de grupos que es-colheram permanecer no Domingo de Ramos. Infelizmente, o clima festivo abre espaço para a alienação típica dos que enxergam a vida sob um prisma único. Triste lembrar que em pouco tempo as mesmas mãos que se levantaram em louvor ao Rei terão os punhos fechados, bradando por sua crucificação.

A chamada “Sexta-feira da Paixão” tradicionalmente desper-tou muitas práticas ao redor do mundo. Do hábito de não co-mer carne até a proibição de ligar o rádio, muitos pretendem evocar o ambiente sombrio daquele dia em que o inimigo pa-receu levar vantagem.

É possível perceber com bastante pesar que há quem tenha escolhido o dia da morte para estender suas tendas. O que deveria ser apenas transitório torna-se permanente. Em lugar dos matizes vibrantes, tonalidades escuras apagam o brilho da existência.

O triunfalismo é substituído por um de seus extremos, a re-signação. Não adianta lutar porque o mundo jaz no maligno. Cada acontecimento ruim sinaliza o cumprimento dos dias maus, numa leitura equivocada das Escrituras.

O resultado do vírus da morte inoculado na esperança é a paralisia. Deus torna-se afásico quando seu povo se cala. A

ausência de voz profética prolonga o sofrimento co-letivo e a injustiça. Esse é o lugar de morte... mas não precisa ser assim. Como apregoa o título do livro conhecido de Tony Campolo, “é Sexta-feira, mas o Domingo vem aí!”.

Início da década de 1980. Aluno do terceiro ano de Me-dicina, um jovem ficava cada vez mais indignado com a impossibilidade de as pessoas pobres terem acesso a um serviço de saúde com qualidade. O estudante con-versou com um amigo médico e a indignação deu lugar à ação. Eles iniciaram um atendimento médico para as pessoas que não eram assistidas na esfera pública.

Outros profissionais como assistente social, fonoaudi-óloga e terapeuta ocupacional juntaram-se aos amigos. O atendimento passou a ser organizado em triagens sociais e em 1996 a entidade foi formalizada estatu-tariamente. Nascia a Fundação Comunidade da Graça. Carlos Bezerra Jr. viu seu sonho tornar-se realidade.

“O compromisso social que colocamos em prática nos primeiros passos da Fundação e que nos norteia

VERGONHA E DOR

TUDO SE FEZ NOVO

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até hoje é reflexo do nosso chamado espiritual. Essa é a vocação da Co-munidade da Graça: servir a Deus servindo o próximo. Sempre vivi isso em minha casa – onde não havia um cristianismo ‘bom de discurso e ruim de ação’. Meu lar era aberto, era lu-gar de inclusão ao próximo. A vida de meus pais tem essa marca”, testemu-nha Bezerra. Para ele, “esse testemu-nho público ecoou de forma profética na minha vida, na vida da Patrícia, na vida de nossa igreja e de um sem número de amigos que têm esse com-promisso. Esse eco se faz ouvir hoje por ações práticas”, conclui.

Fruto da compaixão e da vontade de dignificar a vida do próximo, a Fun-dação atraiu mais profissionais para fazer parte do corpo de voluntários. Passou a oferecer atendimento odon-tológico, psicológico, de fisioterapia

e distribuição de cesta básica para as famílias carentes.

No ano seguinte à organização da Fundação, nasceu o Colégio da Co-munidade. A Diretora, Alessandra Bezerra explica os objetivos do pro-jeto: “Temos a função de trabalhar por uma nova geração, uma geração que se doa, se entrega. Por isso par-ticipamos de vários projetos sociais junto à FCG. Nessa época do ano, por exemplo, participamos da ‘Pás-coa Solidária’, onde um grupo de alunos vai para distribuir nas cre-ches-modelo o chocolate arrecadado e para dar o seu serviço, a sua vida, ajudar. Então, eles contam histórias, falam de Jesus, cantam, brincam com as crianças, e fazem o dia delas mais alegre. O objetivo é ensinar as crianças que, tanto na Páscoa como na vida toda, é mais importante dar do que receber. E aprendendo isso agora, quando crescerem não vão se esquecer desse valor.”

Alessandra se entusiasma ao vislum-brar os resultados do investimento na formação escolar de centenas de crianças matriculadas atualmente. “Muitos começam a participar de trabalhos voluntários desde muito novos. Outros se interessam, pesqui-sam, e perguntam: ‘tia, o que eu pos-so fazer para mudar isso ou aquilo’. E para nós professoras é uma honra ver como a mudança começa neles e se traduz em atitudes práticas.”

“O domingo é o dia da ressurreição, é o dia dos cristãos, é o nosso dia.”São Jerônimo

“Mulher, por que você está choran-do?”, perguntaram os anjos à Maria naquela manhã de domingo. No pro-jeto divino eterno a morte nunca é um ponto final. Deus tem prazer em transformar lugares de sofrimento em palcos de celebração. Segundo o pro-feta, o pranto é convertido em dança e os trajes de luto substituídos por roupas de alegria.

Felizmente, há opções além do triun-falismo alienado e da resignação paralisante. Tantas histórias lindas relatadas nos boxes desta matéria mostram que a atuação de cristãos comprometidos promove a ressur-reição de muitos sonhos. Pêssach é a festa da libertação. A passagem da escravidão para a liberdade. Aos que sofrem injustiças de todos os tipos, podemos repetir as palavras alvis-sareiras de Jeremias: “Há esperança para o seu futuro”. Feliz Páscoa!

CONSTRUÇÃO DO FUTURO

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Trabalho desenvolvido pela CG Sede oferece aos de-pendentes químicos a possibilidade de se libertar do vício através da ministração da Palavra.

O Pr. Celso Barnabé e sua equipe desenvolvem trabalho de evangelização e realizam GCEMs dentro do presídio

Renato Raposo Rei dos Santos, ex-dependente quí-mico, foi usuário de drogas durante 13 anos.

“Eu usava todo tipo de droga. Mas foi participando dos encontros que eu pude ver Deus agindo na mi-nha vida. Faz 10 meses que estou limpo. O relaciona-mento com minha família foi plenamente restaurado e isso tem me dado força para não voltar mais atrás. Celebrando a Recuperação foi um diferencial na mi-nha vida.”

Wiliam Baranauskas, parte da equipe que ministra o Celebrando a Recuperação

“Meu irmão é dependente químico e eu queria ajuda-lo. O Pr. Gil me convidou para participar de um encontro e, assim que cheguei, pude ver as necessidades daque-las pessoas. Isso tocou profundamente meu coração. O Celebrando é para mim uma motivação de vida. Jesus deu a vida por nós, e nós devemos dar a nossa por nos-sos irmãos. Eu tenho sido transformado.”

Ariane Ramos, detenta.

“Esta equipe tem exercido um ótimo trabalho dentro da unidade prisional, trazendo não somente a palavra de Deus, mas um estilo de vida, priorizando sempre os ensinamentos de Cristo, o amor pelo próximo e a igualdade entre todos. Eles fazem parte das nossas vidas, participam de nossas angústias e se preocu-pam com nosso dia a dia.”

Rogério Couto, parte da equipe que trabalha no Pa-vilhão 1 – ímpar.

“Aquelas meninas precisam da manifestação do amor e da graça do Senhor. São pessoas sedentas por um abraço, uma palavra. Nós vamos lá para servir, mas sempre acabamos sendo servidos. Vamos com o objetivo transformar pessoas, mas somos nós os que acabamos tocados pelo amor delas.”

CELEBRANDO A RECUPERAÇÃO PENITENCIÁRIA FEMININA DE SANTANA

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GCEM da CG Atibaia dentro de abrigo acompanha semanalmente crianças e adolescentes

Trabalho da Fundação Comunidade da Graça atende cinco creches e 989 crianças

Valéria Lima, psicóloga e responsável técnica pelo abrigo.

“O trabalho que a CG Atibaia realiza cria momentos de brincadeira, lazer e sorrisos. Cremos que Deus tem usado essa parceria em benefício de nossos acolhidos, sendo objeto de significância da história deles.”

Luciana Leite Aguirra, parte da equipe de voluntá-rios que realiza o GCEM.

“Quando chegamos, havia uma resistência muito grande. Mas, hoje eles falam que queriam que esti-véssemos lá todos os dias. Depois que começamos neste trabalho, mudou muito a forma com que trata-mos nossas filhas. Começamos a ter mais paciência, enxergar as meninas de outra forma.”

Vilma da Silva Davanço, professora de Educação Infantil do CEI Espaço Comunidade Itaim Paulista.

“Sou colaboradora na FCG há dez anos e participar deste projeto é muito gratificante. É um trabalho re-levante, pois tem contribuído para a transformação da comunidade, ficando evidente através de relatos dos familiares e das crianças envolvidas.”

Débora Oliveira Queiroz, mãe de duas crianças aten-didas pelo CEI Espaço Comunidade Itaim Paulista

“No CEI, as crianças realmente aprendem os verda-deiros valores, de forma correta. As minhas filhas gostam muito da creche e reproduzem em casa tudo o que aprendem, e eu acabo aprendendo junto. Sou muito grata pela oportunidade de conhecer o traba-lho da FCG, e saber que é uma instituição dedicada não só às crianças mas também aos pais.”

LAR DONA MARIQUINHA DO AMARAL CEI ESPAÇO DA COMUNIDADE

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Will Durant, autor do livro “A História da Civilização”, destacou em sua obra que Jesus foi o maior revolucionário que já existiu, porque “ele não estava interessado em ata-car as instituições econômicas ou políticas existentes. [...] A revolução que ele buscava era mais profunda, sem a qual as reformas só poderiam ser superficiais e transitórias.” A revolução do cristianismo aponta a transformar o coração do homem para gerar verdadeiras mudanças. O amor de Deus muda tudo.

Partindo deste ponto, a Comunidade da Graça realizará nos dias 11-13 de Junho sua Conferência em São Paulo com o tema “A Igreja para a Cidade”. Chan é um dos preletores principais da C15, e em entrevista exclusiva à Revista Co-muna fala sobre como a mudança real nas cidades só pode ser realizada através do serviço, do amor e do Espírito Santo.

Revista Comuna: A Igreja tem um novo-antigo desafio: impactar as cidades cheias de pessoas. Como a modernida-de e a tecnologia têm afetado esse propósito?

Francis Chan: Jesus prometeu que construiria Sua Igre-ja e que as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela. A Igreja geralmente floresce quando é colocada contra a parede. Quando os cristãos percebem que não têm escolha

a não ser ficarem de joelhos. Mas, nesta era tecnológi-ca, perdemos a capacidade de nos concentrar em oração. Nossas mentes se distraem porque estamos acostumados a conversas rápidas e superficiais – SMS, Whatsapp. Nos condicionamos a ser multitarefas, e assim fica difícil amar o Senhor com todo nosso coração e mente. Podemos ti-rar proveito de invenções modernas para a propagação do evangelho, mas sem uma oração focada, dificilmente ve-remos algum resultado.

R.C.: Como podemos influenciar e impactar a vida de ou-tras pessoas através de relacionamentos?

F.C.: Somos impotentes quando se trata de convencer os outros. Isso é trabalho do Espírito Santo (João 16.8), e Ele vive em nós. O melhor que podemos fazer é nos render a Ele e construir relacionamentos com os que não conhecem a Cristo, para que eles possam experimentá-Lo através de nós. Precisamos de mais cristãos cheios do Espírito Santo fora dos edifícios da igreja, que corajosamente comparti-lham o evangelho para salvar vidas.

R.C.: Jesus rompeu com os costumes judaicos quando con-versou com os excluídos de seus dias. Por que é tão difícil para a Igreja enxergar essas pessoas e servi-las?

FRANCIS CHAN FALA SOBRE A NECESS IDADE DE UMA IGREJA UNIDA QUE IMPACTA AS C IDADES

ENTREVISTA

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F.C.: Os cristãos tendem a sair com outros cristãos. É mais fácil estar com aqueles que concordam conosco. No en-tanto, Jesus disse para sermos luz no mundo. Pastores dão mau exemplo quando passam todos os seus dias com ou-tros crentes dentro do escritório da igreja. Jesus passou um tempo considerável com seus discípulos, mas ainda assim se relacionou com outras pessoas e proclamou as boas no-vas aos pecadores. Todos nós devemos seguir esse exem-plo, mas a maioria opta pelo caminho mais fácil.

R.C.: O Grupo Barna de pesquisa (EUA) mostrou que cada vez mais cristãos já ouviram falar do Espírito Santo, mas não entendem seu propósito, e, portanto, não dão impor-tância á Ele. É algo frio, distante e impessoal. Diante dessa realidade, como você define o papel do Espírito Santo em uma igreja que quer transformar a sua cidade?

F.C.: Sem o Espírito Santo somos impotentes. Se você não tem fé de que Ele é nossa única esperança, então você está destinado a uma vida infrutífera. Ele nos foi dado para ter-mos poder e sermos suas testemunhas (Atos 1.8). Quando usamos os dons que Ele nos deu (1 Coríntios 12) para o bem comum, começamos a nos tornar “um só corpo”. Mas muitos se reúnem aos domingos como consumidores, e não doadores. Quando nos tornarmos um corpo unido, servindo uns aos outros pelo poder do Espírito, o mundo passará a crer e nossas cidades serão transformadas. Esta foi a oração de Jesus em João 17.20-23. Quando nos tornarmos “perfei-tamente um” o mundo irá acreditar que Jesus é real e que somos amados por Deus. Pelo poder do Espírito, podemos amar uns aos outros dessa maneira. Mas, como 2 Pedro 1 aponta, ainda que nos tenha sido dado “tudo o que diz res-peito à vida e à piedade”, ainda é nosso dever “fazer todos os esforços” para expressar o amor fraternal. Uma comunidade de amor não acontece de forma automática, mas depende de fazermos todos os esforços possíveis para construí-la. Nossa unidade corajosa vai transformar nossas cidades.

Chan finalizou com um conselho aos líderes da Comunida-de da Graça e de toda a Igreja Evangélica brasileira. “Ser relevante é ser autêntico. Quando escondemos aquilo em que realmente acreditamos, deixamos de ser autênticos e, portanto, nos tornamos irrelevantes.”

Francis Chan é o autor do best-seller “Louco Amor”, “O Deus Esquecido”, “Apagando o inferno” e dos BASIC.series - “Quem é Deus” e “Nós Somos Igre-ja”. Atualmente, tem atuado no plantio de igrejas na área de San Francisco, Califórnia. Juntos, Francis e sua esposa Lisa vivem com seus seis filhos no norte da Califórnia e são coautores do novo livro “Você e Eu Para Sempre: Casamento à luz da eternidade”. Para obter mais informações, acesse o site: www.youandmeforever.org

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Este mês, a guerra civil síria entrou em seu quinto ano. E apesar de várias resoluções do Conselho de Seguran-ça da ONU, a guerra -e a crise humanitária que causou- está piorando.

Os resultados de um novo relatório elaborado por 21 or-ganizações internacionais de assistência a refugiados cha-mado de “Failing Syria” -Síria Falida, em tradução livre-, mostra que 2014 foi o pior ano da história para esse país e seu povo. Das mais de 220 mil pessoas que já morreram no conflito, foram 76.000 só no ano passado. Estima-se que 18 mil deles eram civis. Milhões de pessoas foram deslocadas, e mesmo aqueles que conseguiram escapar da violência da

E S P E R A N Ç A E M T E M P O S D E G U E R R A

A C G V I S C O N D E D O R I O B R A N C O A C O L H E M A I S U M A FA M Í L I A D E R E F U G I A D O S S Í R I O S

SERVIÇO AO PRÓXIMO

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guerra são confrontados com circunstâncias terríveis em campos de refugiados superlotados. Muitos deles, inclusive grande número de crianças, têm pouco ou nenhum acesso a recursos básicos como ali-mentação, moradia e educação. Além disso, 83% do pais está sem energia elétrica desde que o conflito começou.

No segundo semestre de 2013, o Brasil passou a ser rota para alguns destes refugiados, que encontraram dificuldades para permanecer no Oriente Médio ou não eram acolhidos por países europeus ou pelos Estados Unidos. Desde então, já são mais de 1740 refugiados sírios vivendo legalmente no Brasil.

Numa parceria com a Missão Mais no Mundo, a CG Visconde do Rio Branco –MG- , que cuida de um grupo de refugiados sírios desde maio de 2014 - como foi registrado pela Revista Comuna na edição de Agosto-, acolheu em dezembro uma nova família, totalizando oito pessoas que recebem ajuda humanitária.

Majd Abd Rabbad e Aneish, junto com as filhas, Nicole e Sandra, fu-giram para a Jordânia em 2013, no início dos conflitos na Síria. No novo país, de maioria muçulmana, sofreram todo tipo de preconceito por serem cristãos. “O custo de vida lá é muito alto e nos sentíamos sufocados, sem esperança de ascensão social, pois não conseguíamos empregos dignos. Milhares de refugiados abarrotaram o país, e a popu-lação nativa não nos via com bons olhos”, contou Majd.

O ponto mais crítico para a família Rabbad chegou quando um homem começou a mostrar interesse em se casar com Nicole, de apenas dez anos. “Os islâmicos chegam a sequestrar as meninas e fazem o casamento forçado, como também ocorrem casos em que matam os pais para ficarem com as filhas, que se convertem à força para a religião deles”, expressou Majd. Com mais este agravante, o casal resolveu pedir ajuda para Simon e Mouna, a primeira família refugiada acolhida pela CG Visconde do Rio Branco, para que pu-dessem vir ao Brasil.

O Pastor Luiz Carlos comenta que “como grande parte dos irmãos da CG já amparava a primeira família -e o fato de Mouna estar grávida e termos com isso uma previsão de aumento de gastos-, foi preciso envol-ver outras pessoas para recebermos a segunda. Assim, ganhamos ajuda para completar o valor das passagens, o Prefeito deu uma geladeira, qua-tro amigos dividem o aluguel da casa onde eles moram. Enfim, temos gerado uma mobilização social e, graças a Deus, o coração das pessoas tem se movido nesse sentido.” Além de moradia, a CG Visconde do Rio Branco oferece aos refugiados assistência financeira durante um ano, o ensino do português e a inserção no mercado de trabalho.

“Acolhendo os estrangeiros estamos recebendo o próprio Cristo -Mt 25.35-. Para nós, que vivemos numa cidade situada na segunda região mais pobre de Minas Gerais, é um privilégio poder compartilhar o que temos e pôr em prática o evangelho. Todos os dias pessoas falam comigo e com os membros da CG sobre como estão maravilhadas com nossa iniciativa, o que tem sido uma boa oportunidade para fa-larmos sobre Jesus”, ressaltou o Pastor.

A secretaria da CG Visconde do Rio Bran-co recebe doações para manter a ajuda hu-manitária, inclusive para a terceira filha de Mouna e Simon que irá nascer em maio.

Quer ajudar? Entre em contato pelo telefone: (32) 3551-6824.

Saiba mais sobre como acolher cristãos refugiados de diversas guerras acessando o site da Missão Mais no Mundo:

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U M L Í D E RI M P R O V Á V E LDEUS EXTRAI O POTENC IAL ESCONDIDO DE CADA UM

LIDERANÇA JOSÉ D IN IZ

Analisando a história antiga de Isra-el, desde a morte de Josué até a as-censão de Samuel passaram-se mais de 150 anos. Durante esse tempo, Israel não teve um governo, pelo que Deus instituiu juízes para julgar e orientar o povo. Até a ascensão da monarquia, foram 12 juízes ao todo.

Naquela época, Israel viveu uma degradação moral e espiritual. Os israelitas tinham ignorado as ordens de Josué para destruir os povos da região, instalaram-se no meio dos moradores pagãos e logo começa-ram a agir como eles. Rejeitar a so-berania de Deus em suas vidas lhes trouxe sofrimento nas mãos de po-vos opressores, como por exemplo os midianitas.

Quando Gideão surge na narrativa bíblica (Juízes 6), o povo de Isra-el estava sofrendo na mão daquele povo havia já sete anos. Eles rou-bavam os produtos produzidos nos campos pelos hebreus, assassinavam os animais e destruíam tudo a seu passo. Para sobreviver, os israelitas escondiam os alimentos em caver-nas. Em meio a esse sofrimento, o Senhor escolhe Gideão, para livrar Israel dos seus inimigos.

Fazendo um paralelo com os nossos dias, vemos uma apostasia espiritual

em inúmeras coisas. As pessoas estão cegas espiritualmente. Não há mais bom senso, não há mais moral, as famílias estão devastadas, as mulheres exi-bem seus corpos como objetos, as crianças não tem pais presentes. O mundo está muito mais preocupado com o estético do que com o ético.

E para mudar isso, assim como fez ontem, Deus conta com homens e mulhe-res valorosos. Pessoas chamadas por ele para interceder e fazer a diferença diante destes dias maus.

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Ao longo de toda a Bíblia Deus utiliza material improvável. A im-provável seleção de Gideão, para não mencionar sua surpreenden-te vitória, é apenas um de muitos casos. Deus não busca as pessoas mais capazes exteriormente nem os mais naturalmente “bons”. A partir de material improvável, Deus rea-liza grandes coisas, de modo que o mundo veja que a glória pertence somente a ele.

Gideão questionou seu chamado di-zendo que ele era “o último da casa de seu pai” (Jz. 6.15). Talvez você pense isso de você mesmo e diga: “Sou tão pequeno, sem experiên-cia, tímido, eu não consigo cui-dar de outros.” Não olhe para es-tas coisas. Olhe para o fato de que Deus é contigo. É ele que capacita. Essa frase parece clichê, mas é uma grande verdade: “Deus não chama os capacitados segundo os homens, mas capacita os escolhidos.”

Gideão preparou o melhor que ti-nha - um cabrito e pães sem fer-mento (Jz. 6.19) e o entregou como oferta. O fogo do Senhor consumiu a carne e os pães, o que levou a este improvável herói a exclamar: “Senhor Soberano!” (vs. 22). Ele entendeu ali que Deus está sobre todas as coisas. Até sobre nossas próprias limitações. Por isso, oferte a Deus seus dons e talentos, seu po-tencial, e ele consumirá isso com o fogo do Espírito Santo.

Não subestime o poder e a graça de Deus que existe sobre sua vida. Entre-gue-se por completo como oferta a ele.

Seguindo as ordens, Gideão reduz o tamanho da sua tropa: de 32 mil homens para míseros 300. Se um exército com tamanha desvantagem numérica prevalecesse, a vitória to-talmente inesperada provaria sem sombra de dúvidas que Deus está no controle e é digno de confiança.

Sabendo o potencial de Gideão, Deus trabalha com paciência para lhe con-ceder a coragem necessária; ele o en-coraja, direciona e, finalmente, trans-forma. E Gideão fez a mesma coisa com aqueles 300 homens!

Seja ousado! Deixe que o Senhor use sua vida para encher outros com o Espírito Santo.

Praticamente da noite para o dia, Gideão se torna um enérgico ge-neral. Usando ruídos e luzes como táticas de intimidação, sua pequena tropa põe o inimigo para correr. Ele não estava sozinho! Montou uma equipe e aplicou uma estratégia. E na hora “H”, todos gritaram “Pelo Senhor e por Gideão!” (Jz. 7. 18) e começaram a batalha. Eles tinham uma aliança.

O triunfo inaugurou uma era de li-berdade e a terra teve paz por 40 anos (Jz. 8.28). Diante do impro-vável, talvez ninguém se sentiu tão surpreso quanto o próprio Gideão. E você também pode se surpreen-der com o que Deus quer fazer atra-vés da sua vida. Então prepare-se, coloque a sua vida à disposição do Senhor e deixe ele te usar.

GIDEÃO NOS ENS INA 4 L IÇÕES :

1 . OUVIR E CONF IAR 3 . PREPARAR OUTROS L ÍDERES

4 . UMA AL IANÇA, UM MESMO OBJET IVO

2 . OFERTAR A V IDA

JOSÉ D IN IZ É PASTOR DA COMUNIDADE DA

GRAÇA DE GUARULHOS , ESTÁ CASADO COM

A PASTORA ZULE IDE HÁ 41 ANOS E É PA I DE

QUATRO F I LHOS , FERNANDO - L ÍDER NAC IONAL

DE JOVENS - SAMUEL , FAB IANA E S IMONE .

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Criar pontes. É esse o objetivo que o Pastor Samuel Mendonça atribui ao Trilhas. O projeto que leva os jovens da Comunida-de da Graça às ruas no feriado de carnaval chegou ao seu ter-ceiro ano e, além da CG Guarulhos, contou com a participação de Itaquera, São João e Zona Norte.

O nome, que remete a João 14.6 – quando Jesus diz que é o único caminho para se chegar a Deus –, também traz uma pro-vocação. “Podemos escolher o caminho que queremos trilhar. Então, fica o desafio de seguirmos as trilhas de Jesus e levar-mos o evangelho”, explica Samuel.

O trabalho consiste em ações de evangelismo - nas praças, parques e até na porta de baladas - e nos cultos do MAG – sempre com convidados especiais. Neste ano, as novidades ficaram por conta de um grupo de clowns – palhaços -, da dis-tribuição de garrafinhas de água com a inscrição “Jesus sacia a sua sede” e de pulseiras que remetiam à história da salvação – miçangas nas cores amarela, preta, vermelha, branca e verde representavam a criação, o pecado, o sangue de Jesus, a paz e a esperança, respectivamente.

Além disso, pela primeira vez, estas atividades foram também realizadas na Comunidade Parmalat, uma favela considerada a segunda “Cracolândia” e dona do maior índice de HPV – vírus que afeta os órgãos sexuais e pode progredir para o câncer - de Guarulhos.

Segundo o Pastor Samuel, depois de três anos de trabalho, é possível ver as mudanças nos jovens que se voluntariam: “A cada edição vemos mais maturidade nos membros, mais inte-gração e consolidação. O projeto tem despertado na igreja o desejo de falar do amor de Deus.”

TR ILHAS 2015 CONTOU COM A PART IC IPAÇÃO DE QUATRO COMUNIDADES E LEVOU V IDA A ESTE CARNAVAL

NOSSA COMUNIDADE

C R I A N D O P O N T E S D E

T R A N S F O R M A Ç Ã O

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Júlio Cesar de Melo, líder do MAG Zona Norte, conta que o impacto foi tanto, que o seu grupo já tem planos para aplicar em sua região tudo o que aprendeu: “As pessoas estão ca-rentes e sedentas por ouvir de Jesus. As abordagens foram muito criativas e profundas, sempre culminando no assunto principal: a obra da cruz. Estamos implantando em nossos jovens, adolescentes e juniores o sentimento de uma igreja sem paredes.”

Como Pedro do Borel, um dos convidados para ministrar nos cultos do MAG durante o Trilhas, explica: “hoje as igrejas es-tão entendendo que precisam sair das quatro paredes e buscar aqueles que estão lá fora.” Criar pontes é abrir caminhos para que o jovem de dentro da igreja vá até o necessitado, e fale sobre a vida abundante que Jesus já deu. É aproveitar uma das maiores festas populares do Brasil para mostrar ao mundo de onde vem a verdadeira alegria. É apresentar uma nova trilha.

C R I A N D O P O N T E S D E

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“JESUS PREENCHEU A MINHA V IDA E ME ENCHEU DE ESPERANÇA.”

Meu nome é Jonathan Silva Ribeiro e sou membro da CG Itaim. Desde muito novo senti que havia um gran-de vazio dentro de mim e, por conta disso, procurei preencher esse espaço com diversas coisas. Me envolvi se-xualmente com várias mulheres, me droguei. Saia à noite e só voltava de manhã, desobedecendo e brigando constantemente com meus pais.

Me juntei a um grupo de amigos com um foco: sexo, drogas, bebida, baladas e brigas. E eu era uma espécie de dire-tor. Fui um grande influenciador para que os jovens e adolescentes -meninos e meninas- que conhecia participas-sem disso e se rebelassem contra seus pais. Não tinha esperança nenhuma de viver uma vida saudável. O mais impressionante era que, ainda assim, quando estava sozinho, sentia nova-mente aquele vazio tomando conta de mim todos os dias.

Como dentro de casa não conseguia encontrar satisfação e alegria, pois ti-nha um péssimo relacionamento com

meus pais, não via a hora de me tornar maior de idade para morar sozinho.

Aos 17 anos reencontrei um colega de infância que não via há anos e que hoje é meu melhor amigo, o Tiego. Ele me anunciou o amor de Jesus. Houve mui-ta resistência da minha parte, pois tinha muito preconceito com a Igreja e não queria renunciar às coisas que fazia. Mas ele não desistia de mim, e vi nele algo que nunca tinha visto em um cris-tão, o amor por Jesus. Tamanha obedi-ência e amor pelas pessoas despertou em mim a curiosidade de conhecer esse Deus de quem ele falava.

Depois de alguns convites e visitas a minha casa, finalmente aceitei ir ao GCEM. Já de início me apaixonei por aquilo. Havia vários jovens alegres, e essa alegria me impactou, porque era bem diferente das experiências de fe-licidade momentânea que eu conhecia. Fui muito bem recebido e me deparei com gente mais louca do que eu. Pois viviam na total contramão do mundo e amavam isso!

Compreendi que Jesus morreu para que eu pudesse viver. Descobri que Ele me ama e me fez livre para co-nhecer a Deus. Ele preencheu minha vida, me encheu de esperança e alcan-çou minha família. Restaurou a minha casa e nosso relacionamento. Colocou novas vontades, pensamentos e so-nhos no meu coração. Me deu verda-deiros amigos que me levam para mais perto dEle.

Hoje depois de quatro anos, meus pais e eu lideramos células. Terminei o ensi-no médio e estou no terceiro ano de en-genharia mecânica, estagiando na área. Deus me deu uma nova história.

Esse Deus que eu descobri tem tido misericórdia e me dado graça para que em tudo possa glorificá-lo e alegrá-lo. Quero continuar sendo usado por Ele para influenciar pessoas para o bem. Assim como alguém foi usado para cuidar de mim, hoje trabalho para que as pessoas consigam ver o quanto Jesus é maravilhoso. “Onde abundou o peca-do, superabundou a graça.” – Rm. 5.20.

TESTEMUNHO

U M E N O R M E

V A Z I O

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É muito comum na Comunidade da Graça ouvir falar de um tal de CPP. Mas o que foi aquilo que é tão saudosa-mente lembrado por pastores, membros e até por líderes de outros ministérios?

Desde seu nascimento, a Comunidade quebrou paradigmas. Um deles, nos anos da ditadura militar, foi deixar a periferia para ir para o centro da cidade de São Paulo, e usar um dos espaços da intelectualidade da época – os teatros – pra falar do amor de Deus. Ou seja, levando a igreja para fora do prédio.

Dentro daquela iniciativa, o trabalho desenvolvido no Centro do Professo-rado Paulista (CPP) nasceu como um projeto evangelístico para alcançar pessoas que não entrariam numa igreja. Mas a revolucionária mensagem mi-nistrada e o tipo de adoração levaram a ideia original a um novo patamar.

O Pastor Carlos Alberto Antunes, que trabalhou junto com o Pastor Carlos Alberto Bezerra naqueles encontros às segundas-feiras, comenta: “Após rece-ber uma revelação do Espírito Santo, passamos a falar da morte inclusiva de Cristo como base para uma verdadeira experiência de regeneração. Isso gerou uma revolução entre os jovens daquela

época e atraiu um novo público: cristãos sedentos por algo maior. Além disso, a graça ministrada por Adhemar de Cam-pos nos momentos de louvor conduzia as pessoas a uma adoração profética.”

A ênfase da mensagem e a chegada de jovens de diversas denominações –muitos dos quais, por causa da men-sagem e do tipo de adoração praticada, eram proibidos pelos seus pastores de ir naqueles encontros-, geraram uma grande renovação espiritual na Igreja evangélica brasileira. Isso começou a contagiar São Paulo e, consequente-mente, o Brasil.

“O CPP foi um berço de ministérios. Dali nasceram muitas igrejas. Muitos jovens que participaram das reuniões e já eram cristãos, estavam começando o trabalho em algumas denominações relativamente pequenas e receberam ali a inspiração de um modelo ministerial, de uma ênfase da ministração baseada apenas na Palavra, da adoração profé-tica. Grandes ministérios hoje dizem que sua base de influência foi o CPP.“, comenta o Pastor Osmar Misael Dias.

Anésio Rodrigues, Pastor da Comu-nidade Carisma, uma igreja com mais de 3.000 membros, destaca: “Os anos

do CPP foram inspiradores para mim! Já na primeira vez que fui, fiquei im-pactado com Adhemar de Campos, que tinha uma maneira de conduzir aqueles momentos de adoração como eu nunca tinha visto. Aquela espontaneidade, as mãos levantadas, as palmas, as danças, o júbilo, me fazia sentir como se esti-vesse numa festa em família. Todo esse amor se completava com o sorriso, a simpatia e as palavras do Pastor Carlos Alberto, que transmitia visivelmente o amor de Jesus. Posso dizer que ali foi a base para minha vida de comunhão com Deus e os primeiros passos na compreensão da minha eclesiologia.”

Para o Pastor Antunes não há dúvidas de que o CPP foi um avivamento: “Foi um avivamento, e foi genuíno por dois motivos específicos: foi exclusivamen-te baseado na Palavra, e os frutos per-maneceram através dos anos.”

O mover do Espírito Santo foi o com-bustível deste avivamento que marcou a história da igreja evangélica brasilei-ra. É ele que inspira, conduz e levará a Comunidade da Graça a deixar um legado espiritual profundo na cidade de São Paulo, na Nação e no mundo. É ele que nos leva a sermos “cheios de toda a plenitude de Deus.” (Efésios 3.19).

A S M A R C A S D O A V I V A M E N T OO CPP FO I UM MARCO NA H ISTÓRIA DA IGREJA EVANGÉL ICA BRAS ILE IRA

HISTÓRIA

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RECOMENDO

FILME

L IVRO L IVRO CD

AVA DUVERNAY

MUNDO CR ISTÃO MUNDO CR ISTÃO IVC COMUNICAÇÃO

SELMA - UMA LUTA PELA IGUALDADE

VIDA SIMPLES, VIDA PLENA ANN VOSKAMP

XELOTESDAVE GIBBONS

CRUZRACHEL NOVAES

“Os cristãos deveriam assistir este filme porque verão alguém que não apenas falava sobre sua fé, mas que expressa-va o amor sacrifical a cada passo de sua caminhada. A Bíblia diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” - João 15.13. Isso não é apenas o que o Dr. King fez no sentido literal –ele morreu assassina-do-; é o que ele fez durante os 13 anos em que liderou o movimento pelos di-reitos civis dos negros. Todos os dias ele sacrificou tempo com seus filhos. Teve

de suportar ameaças de morte, proble-mas de saúde. Ele se colocava constan-temente na brecha pelos outros. Isso é o que a Bíblia nos diz para fazer. Neste filme você não verá apenas o ícone, mas você verá o ser humano. E, portanto, es-pero que os cristãos se identifiquem com o Dr. King e entendam que a capacida-de de fazer grandes coisas está também dentro de cada um deles. Martin Luther King não apenas declarava a palavra, ele de fato a praticava.” - David Oyelowo, protagonista do filme.

Neste livro a autora redescobre a for-ça que existe no ato de agradecer e nos abre os olhos para a importância de aprender a ver, a sentir e a valori-zar a nos detalhes mais simples e cor-riqueiros da vida. Os direitos autorais desta obra são integralmente doados a obras sociais dentro e fora dos Es-tados Unidos.

Com um toque de humor e profundida-de bíblica, o autor estimula, motiva e aconselha todos os que estão cansados da mesmice do cotidiano. Xelotes mos-tra que o chamado do cristão é que ele siga junto à cultura, mas, cheio de sabe-doria, guardando o coração e a mente, num envolvimento hábil com o mundo em que se vive.

Este é o primeiro álbum gravado intei-ramente em estúdio da Rachel. O CD traz 14 músicas, sendo 11. O material conta com as participações especiais de Marcelo Novaes, Vaguinho Gomes, Enrico Assunção e Beatriz Novaes. Você não pode deixar de ouvir este fantástico trabalho e abençoar a outros com ele.

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O S ITE

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ACONTECEU

A Comunidade da Graça Sede recebeu cerca de 1100 mu-lheres no dia 27 de Março para um encontro muito espe-cial e voltado completamente para elas. O “Mulher Plena” – culto de mulheres que será realizado toda a última sexta--feira de cada mês – contou, em sua primeira edição, com a ministração da Pastora Alessandra Bezerra, que falou sobre “A Marca que Transforma a Sua História”.

MULHER PLENAUM TEMPO ESPECIAL PARA AS MULHERESNos dias 25, 26 e 27 de Março, o ministério pastoral

da Comunidade da Graça se reuniu com o Pastor Calos Alberto Bezerra no hotel Eldorado, em Atibaia para o Renovando a Visão.

No total, 91 pastores estiveram presentes. Foi um tem-po de renovo e de desafio para estabelecer os passos para os próximos anos da Comunidade da Graça.

RENOVANDO A V ISÃO

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Leonardo Gonçalves foi o convidado especial do Pro-jeto Atitude – que acontece toda última quarta-feira do mês – no dia 25 de Março. Quase uma tonelada de ali-mento não perecível foi arrecadada pelas pessoas que participaram do culto.

Além de apresentar as músicas de seu último trabalho, o DVD Princípio, Leonardo também compartilhou uma palavra muito especial, sobre a parábola do filho pródigo.

PROJETO AT ITUDE RECEBE LEONARDO GONÇALVES

No dia 29 de Março, o pastor Dave Gibbons esteve na Co-munidade Sede lançando seu novo livro, Xealots. Dave foi o preletor principal da Conferência Profética 2014.

Gibbons também ministrou no culto da manhã e, ao final, ficou disponível para atender o público.

DAVE G IBBONS LANÇA SEU NOVO L IVRO EM CULTO ESPEC IAL NA CG SEDE

ACONTECEU

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Cerca de 70 casais da CG Ubatuba se reuniram na cidade de São Lourenço (MG), para o Casados & Felizes de 2015. Foram três dias – de 6 a 8 de Março – com ministrações es-peciais voltadas para a vida a dois e o cuidado da família. O Pastor Virgílio, da própria Comunidade de Ubatuba, foi um dos preletores, juntamente com o Pastor Valter e sua esposa, a Pastora Kelvia, de Suzano.

CG UBATUBA REAL IZA ENCONTRO DE CASAIS EM SÃO LOURENÇO

No dia 22 de Fevereiro, a CG Atibaia realizou o primeiro culto em sua nova casa. Mais de 500 pessoas lotaram o novo prédio, que está situado na Avenida Atibaia, nº 500.O sentimento é de gratidão e de expectativa por um novo tempo. O desejo é de que o espaço, consideravelmente maior do que o anterior, também seja utilizado para aten-der a cidade com cursos e atividades gratuitas.

CG AT IBAIA DE CASA NOVA!

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