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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 01 de Novembro de 2012 | ed. 229 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Turismo quer classificar bens imateriais alentejanos 09 Alentejo vai presidir à Euroace Pág.05 O Alentejo vai presidir à Euro- ace, Euroregião que engloba o Alentejo a Região Centro e a Extremadura espanho- la. O Alentejo sucede assim à Extremadu- ra, que tem presidido a esta Euroregião desde a sua criação. O Alentejo assumirá o cargo no início do próximo ano aquando da realização do Conselho Plenário da EUROACE, que de- correrá em data a fixar no início de 2013. Socialistas votam contra o OE de 2013 Pág.04 O Partido Socialista votou on- tem contra o Orçamento do Estado para 2013, tal como tinha anunciado António José Seguro, indo contra a “agenda de de- molição do Estado Social” que o Governo está a promover. Durante o debate, Carlos Zorrinho afirmou que o Governo e o PSD revelam sinais de “esquizofrenia políti- ca” ao atacarem o secretário-geral socia- lista e o Partido Socialista . Adega de Portalegre dá a provar vinhos Pág.13 A Adega Cooperativa de Portale- gre, numa iniciativa da Câmara Munici- pal de Portalegre, vai dar a provar os seus vinhos no Museu Robinson, no dia 11 de Novembro, assinalando desta forma o Dia Europeu do Enoturismo que coincide este ano com o Dia de S. Martinho. Para este dia, a Adega escolheu os melhores vinhos premiados como por exemplo o Portale- gre DOC Tinto medalha de ouro. Teresa Mendes “Profissional do Ano” Pág.08 Teresa Mendes, gestora da em- presa Diterra Agro – Industrial recebeu o título de “Profissional do Ano” atribuído pelo Rotary Club de Portalegre devido à sua capacidade empreendedora, de inova- ção e criação de postos de trabalho. Teresa Mendes tem 34 anos é licenciada em Arquitetura de Interiores pela ESAD Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.

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Edição 229 do Semanário Registo

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Page 1: Registo ed229

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 01 de Novembro de 2012 | ed. 229 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Turismo quer classificar bens imateriais alentejanos 09

Alentejo vai presidir à EuroacePág.05 O Alentejo vai presidir à Euro-ace, Euroregião que engloba o Alentejo a Região Centro e a Extremadura espanho-la. O Alentejo sucede assim à Extremadu-ra, que tem presidido a esta Euroregião desde a sua criação.O Alentejo assumirá o cargo no início do próximo ano aquando da realização do Conselho Plenário da EUROACE, que de-correrá em data a fixar no início de 2013.

Socialistas votam contra o OE de 2013Pág.04 O Partido Socialista votou on-tem contra o Orçamento do Estado para 2013, tal como tinha anunciado António José Seguro, indo contra a “agenda de de-molição do Estado Social” que o Governo está a promover. Durante o debate, Carlos Zorrinho afirmou que o Governo e o PSD revelam sinais de “esquizofrenia políti-ca” ao atacarem o secretário-geral socia-lista e o Partido Socialista .

Adega de Portalegre dá a provar vinhosPág.13 A Adega Cooperativa de Portale-gre, numa iniciativa da Câmara Munici-pal de Portalegre, vai dar a provar os seus vinhos no Museu Robinson, no dia 11 de Novembro, assinalando desta forma o Dia Europeu do Enoturismo que coincide este ano com o Dia de S. Martinho. Para este dia, a Adega escolheu os melhores vinhos premiados como por exemplo o Portale-gre DOC Tinto medalha de ouro.

Teresa Mendes “Profissional do Ano”Pág.08 Teresa Mendes, gestora da em-presa Diterra Agro – Industrial recebeu o título de “Profissional do Ano” atribuído pelo Rotary Club de Portalegre devido à sua capacidade empreendedora, de inova-ção e criação de postos de trabalho. Teresa Mendes tem 34 anos é licenciada em Arquitetura de Interiores pela ESAD Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.

Page 2: Registo ed229

2 01 Novembro ‘12

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luís Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Um passo de cada vez”

A Abrir

A classe média é constituída por uma hete-rogeneidade muito significativa de pessoas e categorias profissionais. Nos vários estra-tos que a constituem, há hoje um que está numa situação financeira muito frágil.

A perda de emprego, o endividamento das famílias e o empobrecimento galopante têm conduzido a uma pobreza repentina e amarga, já denominada por “envergonha-da”.

A análise social do fenómeno é comple-xa. A sua dissimulação e a dificuldade em assumir um novo posicionamento social, por parte desta «nova classe», configuram uma dificuldade de compreensão socioló-gica relativamente consistente desta nova categoria de pobres. Contudo, há traços que transparecem.

Este tipo de pobreza está associado às circunstâncias repentinas da crise econó-mica.

Esta pobreza é, muitas vezes, um fe-nómeno escondido pelos novos carencia-dos, os quais já viveram num patamar de desafogado ao nível da satisfação das necessidades básicas de acesso a bens e serviços.

Não há dados sobre o número de pobres envergonhados. Sabe-se que são pessoas que integram agregados familiares que se encontram em condições precárias e que tentam ocultar, por vergonha, a sua nova situação.

Problemas de desemprego, endividamen-to e incumprimento de contratos de finan-ciamento contraídos, constituem as princi-

pais razões desta nova classe de pobres.O alarme já foi dado por várias institui-

ções sociais. Umas alertam para a rutura de respostas sociais, outras apelam a soluções de inversão deste ciclo. Desencantados e frustrados com o poder politico e económi-co, estes novos pobres acusam a saturação da ausência de esperança e o descrédito no país em que vivem.

Os agentes do sistema (partidos polí-ticos) tardam em compreender esta nova dinâmica. A contestação e os movimentos coletivos avolumam-se nas ruas e nas redes sociais. Que fazer a estes novos pobres cuja mobilidade descendente os colocou num patamar de dificuldades?

O cenário para o próximo ano não é ani-mador. O indicador de confiança dos con-

sumidores atingiu, em outubro, um novo mínimo histórico. As perspetivas das famí-lias sobre a economia e a sua própria situ-ação financeira são as piores de sempre. O forte agravamento dos impostos, resultado do Orçamento de Estado para 2013, per-mite traçar um avolumar deste vírus que atormenta a classe média. Há um país que espera por uma inversão desta nova forma de pobreza (e naturalmente também das ou-tras).

As pessoas escondem a cara na hora de procurar ajuda nas instituições de solida-riedade social. Os testemunhos invadem-nos diariamente. Colocam-se novos desa-fios no domínio da pobreza e da exclusão social. Será que a dignidade humana não tem valor?

Um olhar sobre a pobreza envergonhadaJoaquim FialhoProfessor universitário

Sempre me senti muito bem a viver numa economia de mercado (direi mesmo capi-talista, se preferirem a clareza do termo). Porquê? Porque esta tem 3 características essenciais que mais nenhum outro modelo pode apresentar: coloca o poder total nos mercados, nos seus clientes e consumido-res, que devem ser, efectivamente, os juízes da qualidade do que é produzido, confere liberdade criativa e premeia a inovação, a eficácia e o mérito.

Se uma empresa ou outra entidade não corresponder às expectativas dos seus “clientes” ou “utentes” e começar a perder qualidade, é substituída por outra. Se ficar menos eficaz, o capital financeiro enca-minha-se para outra solução que prometa maior rendibilidade no futuro.

Naturalmente, sabemos que o capitalis-mo não se ficou por estas regras básicas, este “b-a-ba” e criou um sistema financeiro que alavancou a economia real e, a partir de certo ponto, começou também a alavancar-se a si próprio, chegando aos excessos que todos já conhecemos.

Nunca existiram nem existem modelos eternos e imutáveis e, como não sou fun-damentalista, penso que o capitalismo irá reinventar-se e daqui a 100 anos os seus contornos serão um pouco diferentes.

Lembrei-me de tudo isto a propósito de uma notícia que anunciava o novo projec-to do famoso empresário britânico Richard Branson, dono do grupo Virgin.

A ideia é juntar uma plataforma de refle-xão e acção, com outros empresários, para tornar o capitalismo mais sustentável e mais

humano. Não é uma corrente totalmente inovadora uma vez que tem sido defendida por várias personalidades como Muham-mad Yunus (criador do microcrédito) ou Al Gore (ex-vice presidente dos EUA).

Pretende-se uma nova forma de fazer negócios, que coloca as questões sociais ou ambientais no centro da estratégia e das operações das empresas.

Pretende-se inovação (com foco no papel dos empreendedores) no seio de um capita-lismo criativo. Pretende-se compatibilizar crescimento e inclusão social, com respeito pelos recursos limitados do planeta e mais enfoque no longo prazo, em detrimento dos lucros imediatos.

Neste novo projecto, denominado B Team, pretende-se passar das inten-ções, mais filosóficas, às acções con-cretas. No fundo, preparar a próxima geração de líderes para garantir que um negócio deve ter impactos positivos nos seus clientes, colaboradores, natureza e sociedade.

E elaborar uma metodologia consistente através da qual as empresas possam medir e reportar os seus impactos sociais e am-bientais para além da tradicional rentabili-dade financeira.

Será possível que os sistemas contabilís-ticos do futuro tenham rubricas e métricas respeitantes à ecologia, à responsabilidade social com a comunidade envolvente ou à ética nos negócios? Da minha parte, não te-nho a menor dúvida.

Nesta questão, como noutras, há que pen-sar diferente e fazer diferente.

Pensar Diferente, Fazer Diferente

caRloS SEZÕESGestor

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PUB

Actual

“Sendo a despesa estrutural uma questão nacional a abertura do Governo para um acordo deve ser partilhada”.

Bispo de Beja diz que país precisa de conversão em vez de «refundação»

O bispo de Beja considera que a polé-mica em torno da expressão “refunda-ção”, utilizada pelo primeiro-ministro português, deve levar a uma reflexão sobre a necessidade de uma organiza-ção mais “transparente, participada e

D. antónio Vitalino contesta interesses instalados na vida política

responsável” no país.“Queremos mais Estado ou mais

iniciativa particular, mais impostos para alimentar um Estado absorvente e omnipresente ou menos carga fiscal com cidadãos mais intervenientes e corresponsáveis pelo bem comum?”, pergunta D. António Vitalino, na sua nota semanal, enviada à Agência EC-CLESIA.

O prelado diz que a construção dum

país “fraterno” exige “conversão pesso-al e identificação com valores morais” que permitam fazer face aos “muitos interesses instalados”.

“Muita gente deixou de acreditar e confiar nos políticos, porque, uma vez no poder, fazem leis para se protege-rem e deixam-se dominar por lobbies poderosos, que lhes prometem segu-rança, uma vez deixada a vida políti-ca”, alerta.

Segundo o bispo de Beja, “o povo só voltará a confiar nos políticos e na jus-tiça quando os seus procedimentos se tornarem mais transparentes”.

D. António Vitalino critica ainda a falta de separação entre os poderes le-gislativo, judicial e executivo, adver-tindo para a irrupção de um “poder fi-nanceiro, muitas vezes anónimo, sem atenção pela dignidade das pessoas e corrosivo dos valores morais”.

«Estado social precisa de ser reformado precisamente para ser protegido»

«O Estado social na Europa é uma cons-trução tributária dos democratas-cristãos, dos sociais-democratas e dos socialis-tas», pelo que «não serve de argumento a estafada ideia» de que o Governo quer «pôr em causa o estado social», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Es-trangeiros no encerramento do debate na generalidade o Orçamento do Estado para 2013.

Paulo Portas acrescentou que isto «não significa que o Estado social não precise de ser reformado precisamente para ser protegido», uma vez que «deixar tudo tal como está é condená-lo à insustentabili-dade».

O esforço de concertação para reduzir a despesa estrutural que Portugal exi-ge é, «em certo sentido, a valorização da política no melhor sentido da palavra, da política como verdade, da política como acordo, da política como solução».

«Há quantos anos não há na democra-cia portuguesa um grande acordo político entre Governo e oposição democrática? Diria, com exceção de entendimentos pontuais, que isso não acontece desde a

o ministro de Estado afirmou que “o País terá orçamento”

década da integração europeia», referiu.Dirigindo-se aos maior partido da opo-

sição Paulo Portas afirmou que «se os so-cialistas têm a legítima esperança de ser poder (...) não só devem contribuir para o que é política estrutural, como até têm interesse direto em contribuir para que a próxima década, pelo menos e por uma

vez, seja uma década com finanças sãs». Os portugueses «olhariam e graduariam até de outro modo enquanto candidato a Primeiro-Ministro» o líder do maior par-tido da oposição, «se numa hora de ver-dade contribuísse com a sua marca para uma acordo nacional sobre uma redução de despesa que está a mais e deve ser re-

duzida com sentido de justiça».E «quando o que está em causa é um

objetivo nacional, permitam-me desta-car, sem evidentemente desmerecer nin-guém ou qualquer instituição, o papel de-cisivo da UGT como fator de coesão social e o papel integrador do senhor Presidente da República como fator de consenso po-lítico».

«Porque sendo a despesa estrutural uma questão nacional, a abertura do Go-verno para um acordo deve ser partilha-da, tendo em conta uma forte valorização da concertação social e uma boa colabo-ração com os demais órgãos de sobera-nia», afirmou ainda o Ministro de Estado.

Paulo Portas considerou um «receio infundado» o de que para reduzir a des-pesa estrutural será necessário rever a Constituição: «É certo e pode dizer-se que várias políticas transversais para reduzir a dimensão da despesa não carecem de qualquer alteração constitucional, mas carecem certamente de política e de polí-tica com talento e de política com vonta-de de compromisso».

O Ministro de Estado afirmou igual-mente que «o País terá Orçamento», mas «é agora trabalho da Assembleia da Re-pública procurar, na medida do possível, melhorar aspetos desse mesmo Orçamen-to».

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4 01 Novembro ‘12

Actual

Durante o debate carlos Zorrinho afirmou que o Governo e o PSD revelam sinais de “esquizofrenia política”.

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Socialistas votam contra o Orçamento de Estado de 2013

O Partido Socialista votou ontem contra o Orçamento do Estado para 2013, tal como tinha anunciado António José Seguro, indo contra a “agenda de demolição do Estado Social” que o Governo está a pro-mover.

Durante o debate, Carlos Zorrinho afirmou que o Governo e o PSD reve-lam sinais de “esquizofrenia política” ao atacarem o secretário-geral socialista e o Partido Socialista quando, em paralelo, anunciam estarem abertos ao diálogo.

Trata-se, segundo o presidente do gru-po parlamentar do PS, de uma evidente manifestação de má fé política, acusan-do o primeiro-ministro de, por um lado, convidar António José Seguro para uma refundação do programa de ajustamento económico e financeiro de Portugal, e, por outro, ter atacado “sem tréguas o PS” nas oito intervenções feitas pelos depu-

Para o líder parlamentar socialista o atual executivo do PSD/cDS “não tem perdão pelos erros”

tados do PSD no Parlamento, durante o debate na generalidade da proposta do Governo de OE para 2013.

Por carta, salienta Carlos Zorrinho, con-vida-se o PS à participação, enquanto nas palavras “prevalece a teimosia, a ceguei-ra e o deslumbramento com o poder”.

Zorrinho acusou ainda o Governo de ter “uma agenda de demolição do Estado Social”, defendendo que há deputados na maioria PSD/CDS que serão “obrigados a fazer um exercício doloroso” quando ti-verem que votar a favor da proposta de Orçamento do Estado para 2013. “Um

exercício feito”, disse, “com duvidosa consciência”.

Para o líder parlamentar socialista o atual executivo do PSD/CDS “não tem perdão pelos erros monstruosos que co-mete”, porque desde o primeiro dia “foi alertado pelo PS para o caminho errado que estava a trilhar’.

Também Ferro Rodrigues teceu duras críticas ao Governo. O Executivo quer re-fundar “a unidade da direita, tentar pôr a classe média contra o Estado social, re-meter à marginalização os sociais-demo-cratas que ainda resistem. E o Governo já mostrou ao que vem: quer arrastar o PS para essa descida ao abismo, mas o que é preciso é refundar a política do Governo e reformular esta austeridade sem saída”, disse.

O socialista defendeu que “este Orça-mento se, por cegueira e teimosia for exe-cutado, vai ter consequências terríveis durante muitos anos. O Governo tem de ouvir os portugueses e os parceiros so-ciais, tem de arrepiar caminho antes que seja tarde”. “Quando se atacam os mais pobres dos pobres é toda a miséria de uma política que fica à vista”, acrescentou.

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Actual

No decorrer dessa reunião foi delineada a base de trabalho para os próximos dois anos.

Alentejo vai assumir Presidência da Euroace

O Alentejo vai presidir à Euroace, Euro-região que engloba o Alentejo a Região Centro e a Extremadura espanhola. O Alentejo sucede assim à Extremadura, que tem presidido a esta Euroregião des-de a sua criação.

O Alentejo assumirá o cargo no início do próximo ano aquando da realização do Conselho Plenário da EUROACE, que decorrerá em data a fixar no início de 2013.

Entretanto, o Conselho Executivo da EUROACE reuniu em Mérida com a presença do Vice Presidente da CCDR Alentejo Dr. Roberto Grilo e do Dr. Paulo Silva, Coordenador da Eurorregião pelo Alentejo, dos coordenadores pela Região Centro, Dra. Alexandra Rodrigues e Dr. Jorge Brandão e do Director General de Acción Exterior do Governo de Extrema-dura, Enrique Barrasa, que preside ainda à EUROACE, Juan Carlos Martínez Can-dela, Jefe de Servicio de Acción Exterior e Montaña Hernandes, do GIT Extrema-dura.

No decorrer dessa reunião foi delinea-da a base de trabalho para os próximos dois anos no decorrer da qual as três regi-ões se propõem revitalizar a actividade dos comités setoriais constituídos pela EUROACE para a cooperação transfron-teiriça.

Nos próximos meses decorrerão diver-sas comissões setoriais, que reunirão os responsáveis das três administrações re-gionais em cada área, bem como repre-sentantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, para que possam trabalhar de forma sistemática e organi-zada em projectos de cooperação trans-fronteiriça.

As prioridades futuras desta Eurore-gião concentram-se principalmente em questões relacionadas com o turismo, a economia, a internacionalização das empresas. Outras áreas estratégicas serão a mobilidade transfronteiriça e a criação de uma rede de cidades da Euroregião.

Em termos de turismo, as três regiões têm como objetivo melhorar o setor de turismo da Euroregião como motor de crescimento e criação de emprego.

Nos próximos meses decorrerão diversas comissões setoriais

O rico património natural e as boas condições ambientais das regiões tor-nam-na atrativa para uma grande va-riedade de turistas, destacando-se a complementaridade entre três regiões que misturam praias, com paisagens in-teriores e um rico património artístico e cultural.

Quanto à internacionalização de em-presas, a missão é promover e intensifi-car o intercâmbio de negócios e extensão das actividades económicas das empre-sas em Portugal e Extremadura.

No que diz respeito à mobilidade trans-fronteiriça vai procurar-se construir um

verdadeiro espaço europeu em que as barreiras ou limitações para a interacção entre os cidadãos, território e economias sejam minimizadas.

Além disso, pretende-se criar uma rede entre as cidades de EUROACE, como se avançou, com o intuito de fomentar e promover acções no contexto da sus-tentabilidade e crescimento inteligente. Também se vai trabalhar para encontrar objetivos comuns a posicionar em linha com as instituições europeias e facilitar a formação de alianças e lobbies que su-portem o desenvolvimento do sudoeste da Península Ibérica.

Todas estas prioridades de trabalho serão desenvolvidas por meio de ati-vidades concretas, com a participação dos respectivos responsáveis sectoriais regionais, como no caso da criação de um portal para o turismo nas três regi-ões, a publicação de um mapa turístico comum, ou a participação conjunta em feiras internacionais.

Para além disso pretende-se organizar reuniões de negócios bilaterais em seto-res estratégicos ou o desenvolvimento de material de divulgação e informação no quadro da mobilidade dos trabalhadores na EUROACE.

Embaixador de Espanha em Lisboa e Presidente do Governo da Extremadura visitaram a vila medieval de Monsaraz

O Embaixador de Espanha em Lisboa, Eduardo Junco, e o Presidente do Go-verno da Extremadura, José António Monago, visitaram terça-feira, a vila medieval de Monsaraz e o Grande Lago Alqueva. Em Monsaraz, a comitiva vai também degustar a gastronomia do concelho.

O programa da visita de Eduardo Jun-co e José António Monago ao Grande Lago Alqueva iniciou-se de manhã em Espanha, com um passeio de barco na

Em monsaraz, a comitiva vai também degustar a gastronomia do concelho

zona de Cheles para verem algumas zo-nas da albufeira que devido à sua pro-fundidade impedem a navegabilidade.

De seguida foram a Villanueva del Fresno para conhecerem o Centro de Formação de Desportos Aquáticos e da Natureza.

Depois da visita a Monsaraz, durante a tarde, o Embaixador de Espanha em Lisboa e o Presidente do Governo da Extremadura conheceram, ainda, o pro-jecto da Marina da Amieira.

O programa terminou com a visita à Barragem de Alqueva e ao Centro de In-terpretação de Alqueva para terem uma visão global de todo o projeto e os seus objetivos.

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6 01 Novembro ‘12

Actual

a coNFaP recorda o não cumprimento por parte deste Governo das promessas do seu programa para a Educação.

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CONFAP lança petição: “Orçamento para a Educação não suporta mais cortes”

O Orçamento para a Educação não suporta mais cortes, como também não há lugar para mais cortes no Estado Social de que a Educação é parte importante, especialmen-te quando se propõe no OGE2013 um tão grande aumento de impostos e a redução de vários apoios sociais que, como o próprio MEC reconheceu, com a divulgação dos da-dos sócio económicos das famílias aquan-do da divulgação dos resultados das escolas para efeito dos ‘rankings’, são decisivos para os resultados escolares e educativos.

No momento em que tantos e tantos portugueses, vêem os seus rendimentos fortemente reduzidos, bem assim como, os benefícios sociais de que dispunham para a educação dos seus filhos, não só não é hora de aumentar os cortes na Educação como é absolutamente inapropriado e chocante que se venha referir que os portugueses querem um estado social pelo qual não es-tão dispostos a pagar.”, refere fonte daquela Associação em comunicado.

A todos os pressupostos desta petição, junta-se agora mais um argumento im-

os cortes propostos, a serem aprovados, provocarão danos profundos no Sistema Educativo

portante: o relatório do Tribunal de Contas sobre o “Apuramento do custo médio por aluno” Os valores neles referidos já foram fortemente reduzidos, desde 2010 para cá, ao mesmo tempo que os impostos não pa-raram de subir.

A CONFAP recorda que tem vindo a cha-mar a atenção, já por diversas vezes, para o não cumprimento por parte deste Governo de uma das promessas do seu programa para a Educação, que consideramos essen-

cial e da máxima urgência: a promoção de um amplo debate sobre “a visão estratégica para o nosso sistema educativo com vis-ta ao cumprimento das metas assumidas para 2015-2020”.

Os cortes agora propostos, a serem apro-vados, provocarão danos profundos no Sis-tema Educativo Público Português, cujas consequências a curto e a longo prazo serão devastadoras para as futuras gerações do nosso País.

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, anunciou ontem que os agricul-tores recebem já esta quarta-feira cerca de 300 milhões de euros de apoios dire-tos autorizados pela Comissão Europeia no contexto das medidas de apoio à seca.“Amanhã [quarta-feira] mesmo estarão na conta dos agricultores aproximada-mente 300 milhões de euros. Estes 300 milhões de euros correspondem à anteci-pação de 50% dos pagamentos diretos autorizados pela Comissão Europeia, no contexto das medidas de apoio à seca num ano de grandes dificuldades para o setor, este pagamento resulta de um enorme esforço do Governo que lutou desde a primeira hora para a necessida-de de se olhar para o problema que se viveu em Portugal devido à seca”, disse a governante.Assunção Cristas, que fez uma inter-venção já na fase final do primeiro dia de debate da proposta de Orçamento do Estado para 2013, deu conta ainda das dificuldades em executar este paga-mento devido ao “sistema informático desajustado” que estará a provocar várias dificuldades na operacionalização destes pagamentos.

300 milhões de apoio à seca

Agricultura

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Exclusivoa reintrodução do lince-ibérico na natureza está prevista para as zonas de mértola e moura-Barrancos.

Caçadores, Coelhos e o Lince Ibérico

A FENCAÇA alerta para que a recupera-ção do Lince-Ibérico ficará comprometida se não tiver a envolvência dos caçadores, que exigem ser ressarcidos pelos custos da recuperação do coelho bravo, o principal alimento do felino em vias de extinção.

“O lince, quando for colocado na natu-reza, não sobrevive se não se alimentar de coelho bravo, mas os milhares de euros alocados ao projecto não chegam aos ca-çadores e proprietários que tem suportado os custos da recuperação deste que é o seu principal alimento”, disse à agência Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Caça (FENCAÇA), Jacinto Amaro.

O alerta da FENCAÇA surge numa al-tura em que, segundo o presidente, “o processo de recria em cativeiro, está a ser bem-sucedido e há animais prestes a se-rem colocados na natureza”.

De acordo com Jacinto Amaro, a rein-trodução do Lince-Ibérico na natureza está prevista para as zonas de Mértola e Moura-Barrancos onde “existem mais de uma centena de zonas de caça associati-va que têm suportado os custos da recu-peração e manutenção do coelho bravo”, o principal alimento do lince e que “não estão a ser ressarcidos desses custos”.

Se cada lince “comer um coelho por dia, serão 365 coelhos vezes o número de linces em liberdade que desaparecerão e cujos custos da sua reposição recaem so-bre caçadores e proprietários”, frisa o res-ponsável pela federação que emitiu já um comunicado em que expressa a preocu-pação dos associados.

“Já era altura de o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas) perceber que a recuperação do lince só

o projecto de recuperação do lince ibérico é coordenado pelo icNF

terá sucesso se tiver a envolvência dos proprietários das terras e dos caçadores”, refere o comunicado que denuncia que as verbas do projecto “estão a ser distribuí-das por um conjunto de entidades que em nada contribuem para que possa haver sucesso na sua reintrodução”.

Para a FENCAÇA trata-se da “repetição do que foi o desperdício de fundos, há al-guns anos, na Serra da Malcata”, onde es-teve em curso o projecto de recuperação do Lince, e que poderá comprometer o su-cesso da operação.

Os caçadores reclamam que partes das verbas do projecto sejam canalizadas para as associações de caça onde “os ca-çadores pagam taxas elevadíssimas e não têm benefício nenhum por contribuírem para subsistência do Lince”.

O projecto de recuperação do Lince Ibérico é coordenado pelo ICNF, com base num plano de acção publicado em 2008 e que define o modelo estratégico do programa de reprodução em cativei-ro e, numa segunda fase, a recuperação e manutenção do habitat favorável para a

reintrodução de espécimes em territórios adequados.

A reprodução em cativeiro foi desenvol-vida no Centro de Reprodução de Lince-ibérico, em Silves, que de acordo com o site do ECNF conta com 18 linces (são nove fêmeas e nove machos).

A Lusa questionou o ICNF sobre o nú-mero de animais e os locais onde estes serão reintroduzidos na natureza, mas ainda não foi possível obter os esclareci-mentos.

Teatro do Montemuro volta ao palco do Teatro Garcia de Resende, com um texto de Thérèse Collins “REMENDOS”

Inês é uma jovem irreverente, cheia de vida e energia. A jovem mais bonita da aldeia. Assim, não é estranho que os olhos do filho da família mais abastada das redondezas se tenham fixado nela.

O coração de Inês, esse, já tem dono. Terá ela força para impedir o casamen-

to, o seu casamento, arranjado pelos pais de ambos?

Como poderá esta jovem sobreviver e vingar no mundo para o qual sente que está a ser arrastada? Manipulada e presa por aqueles que a rodeiam, conseguirá ela erguer-se com sucesso das suas hu-mildes raízes e lutar para que a sua filha tenha uma vida diferente, livre das re-gras da família, onde possa escolher que rumo seguir, quem amar?

a música e as emoções levam-nos numa viagem comovente e divertida

Quem dá as cartas neste jogo e qual a melhor altura para se fazer a jogada?

Uma coisa é certa: alguém vai perder e quando isso acontecer o mais certo é que perca tudo.

A vida de Inês está sob o olhar atento de uma comunidade que julga e leve as suas presas ao seu limite, empurrando-as para o abismo.

Haverá esperança para ela?Mas onde se esconde um segredo do

qual não se pode falar?Até onde se pode passar por cima de ta-

bus sociais para manter a paz?Onde se guardam pensamentos que

não queremos que mais ninguém ouça?A música e as emoções levam-nos numa

viagem comovente e divertida, mas dolo-rosa emocionalmente que nos transporta para a mente conturbada de uma mulher. A sua vida apresentada dentro e fora de uma realidade bamboleante, entre o real e surreal.

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8 01 Novembro ‘12

Exclusivo

Segundo Teresa mendes “É com muita honra que recebo esta distinção.”

Teresa Mendes recebe título de “Profissional do Ano”

Teresa Mendes, gestora da empresa Diterra Agro – Industrial recebeu o título de “Pro-fissional do Ano” atribuído pelo Rotary Club de Portalegre devido à sua capacidade empreendedora, de inovação e criação de postos de trabalho.

Teresa Mendes tem 34 anos é licenciada em Arquitetura de Interiores pela ESAD Es-cola Superior de Artes Decorativas da Fun-dação Ricardo do Espírito Santo Silva. Após alguns anos a exercer funções na sua área de formação em Lisboa e Madrid, resolveu regressar às origens e em 2002 criou, junta-mente com a sua irmã Rosália Mendes, a Diterra de forma a dar visibilidade aos pro-dutos regionais de qualidade da Herdade de Almojanda em Portalegre.

Desde então o conhecimento e a experi-ência têm sido potenciados e em 2004 fo-ram lançados os primeiros produtos Almo-janda, Azeite Virgem Extra, Vinagre, Pasta de Azeitona, mel e compotas e que com-binam a qualidade dos produtos gourmet com um design atrativo e moderno, ven-didos em Lojas gourmet e Mercearias finas.

Em 2009 Teresa Mendes abraçou um novo desafio e lançou, em embalagem de PET, o Azeite Virgem Extra com a marca

Rotary club de Portalegre distingue gestora da Diterra

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FADISTA para alcançar novos mercados. O objetivo foi cumprido e neste momento po-dem encontrar-se produtos da Diterra em países como Angola, Luxemburgo, Suécia, Canadá e Dubai, para além dos inúmeros pontos de venda de norte a sul do país.

Segundo Teresa Mendes, “É com muita honra que recebo esta distinção.

Para mim representa o reconhecimento

e a visibilidade do trabalho que tenho de-senvolvido com a minha irmã Rosália, co-memorando a Diterra este ano 10 anos de existência. Naturalmente que este prémio se estende à minha família, que me tem dado o apoio para seguir em frente neste projeto de vida. É em momentos como este que carrego energias. Continuo a ver muito potencial no meio rural e nos produtos da

herdade de Almojanda. Seguem-se agora muitos mais anos a apostar nos produtos tradicionais de qualidade, a inovar e a pro-porcionar aos consumidores a excelência desta região. Sou muito persistente, vou continuar a trabalhar com os mesmos va-lores.”

Acerca da DITERRAA DITERRA – Comércio Agro-Industrial, Lda. é uma empresa familiar fundada em 2002 com sede no Alto Alentejo, concelho de Portalegre. Em 2004, lançou a sua pró-pria marca de Azeite Virgem Extra: Almo-janda,

No início de 2008, licenciou uma Unida-de de Embalamento de Azeite na Herdade de Almojanda.

Em 2009 surgiu um novo desafio, o lan-çamento de uma nova marca: Fadista, um Azeite Virgem Extra embalado de forma inovadora, em PET, destinado ao mercado internacional e ao canal HORECA e em 2011 é lançado o Azeite Virgem Extra Fadis-ta Alho.

Além do Azeite Virgem Extra, a DITER-RA comercializa também Vinagre, Pasta de Azeitona, Biscoitos, Mel e Compotas da marca Almojanda. No Natal ou em ocasi-ões especiais, a DITERRA dispõe de cabazes com os produtos que comercializa, em lojas gourmet e supermercados.

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Exclusivo

há determinados bens imateriais uns em vias de extinção e outros com grande significado no contexto do alentejo.

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Turismo quer classificar chocalhos das Alcáçovas, tapetes de Arraiolos e festas de Campo Maior

Ao todo são sete os bens do Alentejo que po-dem brevemente ser considerados patrimó-nio mundial. A Turismo do Alentejo avan-çou recentemente a ideia de candidatar à distinção a arte chocalheira das Alcáçovas, os tapetes de Arraiolos, a tapeçaria de Por-talegre, as festas do povo de Campo Maior e as jangadas de São Torpes, em Sines. Recor-de-se que em curso já estão as candidaturas do montado e do cante alentejano.

“Há determinados bens imateriais, uns em vias de extinção e outros com grande significado no contexto do Alentejo, que também merecem ser candidatados e classificados pela UNESCO”, disse Antó-nio Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo.

Segundo informação da entidade que gere a indústria turística na região, o pro-jeto visa a salvaguarda da arte de fazer chocalhos característica das Alcáçovas (concelho de Viana do Alentejo), dos tape-tes de Arraiolos e da tapeçaria de Portale-gre, das festas do povo de Campo Maior, de ruas enfeitadas de flores de papel, e

Bens do alentejo candidatos à uNESco

das jangadas de São Torpes, uma espécie de embarcação que se supõe de origem fenícia e usada na pesca artesanal local.

O próximo passo passa por assinar acor-dos de colaboração entre a entidade pro-motora e as autarquias onde estes bens têm representatividade, durante os próxi-mos meses. O primeiro deles é assinado já este domingo, nas Alcáçovas, com a junta

de freguesia local e o município de Viana do Alentejo, visando a elaboração de uma candidatura da Arte dos Chocalheiros à lista da UNESCO de Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguar-da Urgente.

“Os chocalhos artesanais das Alcáçovas são o primeiro processo a avançar, num trabalho coordenado pelo antropólo-

go Paulo Lima, mas cada um dos outros bens imateriais vai ter a sua própria can-didatura, a diferentes listas da UNESCO”, explicou Ceia da Silva.

O presidente da Turismo do Alentejo ad-mitiu que este projeto global seja executa-do “nos próximos dois anos” e assegurou que, atualmente, é preciso “afirmar as questões da identidade dos territórios e dos destinos turísticos”.

“É imprescindível valorizar e salva-guardar estes bens imateriais, que per-tencem à identidade do Alentejo”, para que possam ostentar o “selo” da UNESCO, o que contribuirá para a dinamização tu-rística e económica da região”, considera.

Já o presidente do município de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, congratu-lou-se por a arte chocalheira das Alcáço-vas ser o primeiro passo deste projeto da Turismo do Alentejo e disse esperar que a candidatura seja elaborada “até março do próximo ano”.

“Queremos preservar uma arte que está em vias de extinção e que terá em Alcáço-vas o seu núcleo mais importante e, no âmbito da candidatura, também estamos a trabalhar num plano de salvaguarda da arte chocalheira”, revelou à agência Lusa.

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Exclusivo

a Feira de S. martinho é o mais antigo evento popular que se realiza em Portimão e que remonta a 1662.

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Animação para todos os gostosna 350ª Feira de S. Martinho

Entre 9 e 18 de novembro, o Parque de Feiras e Exposições abre as portas à 350ª Feira de São Martinho, o mais antigo evento popular que se realiza em Porti-mão e que remonta a 1662.

Neste que é um dos polos incontorná-veis de animação outonal, o visitante poderá encontrar os tradicionais expo-sitores de produtos agroalimentares, louça, plásticos, brinquedos, bijuteria, calçado e têxtil, num total de 84 expo-sitores.

Não faltarão também as tradicionais castanhas assadas, as farturas, as pipo-cas e o algodão doce, os cachorros quen-tes, o polvo assado, o pão com chouriço, as bifanas e outros petiscos tentadores nos bares e tasquinhas existentes no re-cinto.

No rés-do-chão do Portimão Arena, e durante este mesmo período, pode ser visita entre as 15h00 e as 23h00 um sa-lão automóvel, a cargo do grupo FIAAL, com a exposição de viaturas usadas e seminovas, assim como as nove marcas de viaturas novas que aquela empre-sa representa atualmente no Algarve, num total de cerca de 50 veículos. O gru-po aproveitará a ocasião para apresen-tar novos modelos automóveis que vão ser lançados no mercado nacional, no-meadamente o Ford B-MAX, o Volkswa-gen Golf e o Range Rover.

No 1.º andar do Portimão Arena fun-cionará ainda uma cafeteria e restau-

É um dos polos incontornáveis de animação outonal

rante buffet, para quem procure refei-ções mais completas, e ainda um espaço de venda de produtos regionais.

Ao ar livre estará ainda disponível um espaço com 24 divertimentos, onde não faltam as tômbolas, jogos de sorte e azar, pistas de carrinhos de choque e ou-tros equipamentos que prometem fazer as delícias de crianças e adultos, sendo

de referir que no dia 15 de novembro o preço especial em todos os divertimen-tos será de apenas um euro.

A Feira de São Martinho poderá ser visitada das 10h00 às 24h00, com exce-ção do primeiro dia, 9 novembro, em que abre às 16h00, do dia 18, em que encerra às 23h00, e das sextas e sábados, dias em que encerra à 01h00.

Por causa do Halloween, que se celebrou a 31 de Outubro, uma vez mais a “Festa das Bruxas” invadiu as Freguesias do Concelho de Avis, reu-nindo dezenas de fãs do horror e do fantástico, devida e assustadoramente trajados.

A Festa, uma celebração tradicional e cultural organizada pelas Ludotecas Municipais, vai acontecer, das 15 às 19h00, em locais de diversão “do outro mundo”, assombrados q.b. e previa-mente preparados com decoração alusiva à data, onde crianças e jovens frequentadores destes centros lúdicos serão convidados a participar na rea-lização de várias técnicas de expressão plástica, com muita criatividade e imaginação. Esta apocalíptica “ronda” por espaços encantados com histórias do arco-da-velha e criaturas do infer-no, entre fantasmas, vampiros, bruxas, monstros, gatos negros, dráculas e fadas más, tem início no Recinto das Festas, em Alcórrego e irá propagarse ao Jardim Municipal, em Avis, à Casa do Povo, em Benavila, ao Jardim do Rossio, em Ervedal, e ao Salão da Junta de Freguesia de Figueira e Barros.

E, nesta azáfama de recriação de um verdadeiro ambiente de medos, com a imagem da bruxa sempre presente, haverá ainda um vão de tempo para compor o cenário desta festa assom-brada promovida pelo Município de Avis com o apoio das Freguesias de Alcórrego, Avis, Benavila, Ervedal e Figueira e Barros e a colaboração da Comunidade Educativa e de outros públicos da comunidade.

”Festa das Bruxas“

Avis

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RadarFormar e informar públicos e fazer circular debates críticos, promovendo um espaço de partilha e de discussão.

Exposição da coleção de moedas do rei D. Luís em Lisboa e Vila ViçosaNuma iniciativa da INCM e da Fundação da Casa de Bragança, esta é a primeira vez que a coleção de moedas do rei D. Luís é exposta ao público em geral. Composta por um notável conjunto de artigos numismá-ticos nacionais e estrangeiros, esta coleção tem, além do valor pecuniário considerá-vel, uma dimensão patrimonial, artística e cultural de grande relevância.

A exposição da “Coleção D. Luís” vai ter

dois polos. Entre 31 de outubro de 2012 e 31 de janeiro de 2013, em Lisboa, na Casa da Moeda, vão estar expostas as Moedas Greco-Romanas, dos Reinos Bárbaros e Árabes. Já em Vila Viçosa, no Paço Ducal, vão estar patentes as Moedas Portuguesas.

No próximo ano, a 31 de outubro de 2013, as Moedas Greco-Romanas, dos Reinos Bárbaros e Árabes passam a estar expostas em Vila Viçosa, e as Moedas Por-

tuguesas em Lisboa, prolongando-se a ex-posição até 31 de janeiro de 2014.

Com a realização destas exposições, a INCM pretende contribuir significativa-mente para a preservação e valorização de um importante legado histórico-cul-tural, ajudando a conhecer a figura do rei D. Luís e, simultaneamente, fomentando o interesse pelo colecionismo e pela nu-mismática.

A inauguração das exposições reali-zou-se ontem, na Casa da Moeda, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da Fundação da Casa de Bra-gança, e de António Osório, Presidente do Conselho de Administração da INCM. Às 16H00, em Vila Viçosa, estarão presen-tes Marcelo Rebelo de Sousa e Rodrigo Brum, Vogal do Conselho de Adminis-tração da INCM.

«Geopoética: cartografia dos sentidos» inicia conjunto de Aulas Abertas na igreja de São Vicente

A Colecção B, associação cultural, pro-move a partir de Outubro na Igreja de S.Vicente um conjunto de aulas abertas ao público — uma iniciativa de formação transversal que cruza formação especia-lizada, perspectivas de intervenção ar-tística e de reflexão crítica, num conceito informal de Univer-Cidade aberta à cida-dania e à participação. As aulas abertas visam formar e informar públicos e fazer circular debates críticos, promovendo um espaço de partilha e de discussão entre artistas, pesquisadores e público.

Em cada sessão serão convidados es-pecialistas para trazerem perspectivas abrangentes, debates estimulantes e reforço críticoem volta da questão da cidadania.A iniciativa arrancou on-tem com a professora e investigado-ra Lilian Amaral, que irá apresentar ‘Geopoética:cartografia dos sentidos’, uma perspectiva que explora as novas possibilidades de estudo sobre a Reali-dade Urbana Aumentada, campo de dis-cussão cada vez mais importante nos discursos e negociações do espaço da arte contemporânea.

Lilian Amaral é uma artista e investi-gadora brasileira que tem dado particular atenção aos modos de cruzar a activida-de artística com as práticas urbanas, os movimentos e as sensibilidades sociais. Professora e curadora, além de investiga-dora e artista, o seu percurso conjuga um amplo repertório de trabalhos em várias áreas que se complementam fortemente com a criação artística e a promoção de um campo de efectiva acção para a arte.

“Sob o signo das geopoéticas, com efei-to, Lilian Amaral aborda as práticas e os praticantes das cidades, que nelas atuali-zam os projetos urbanos e o próprio urba-nismo, através da prática de tais espaços. Os urbanistas indicam usos possíveis para o espaço projetado, mas são aqueles que o experimentam no cotidiano que, de fato, os atualizam. São as diferentes ações, apropriações ou improvisações mediadas pelo pensamento crítico apontado pela Arte Pública Contemporânea, Arte Urba-

Em cada sessão serão convidados especialistas para trazerem perspectivas abrangentes

na por excelência - Ambiental, Relacio-nal, Contextual — que podem agenciar e extrapolar a circunscrição das experi-ências nos espaços convencionados ao consumo privado da arte em direção aos espaços da vida, das experiências no es-paço público pelos habitantes, passantes ou errantes que reinventam tais espaços no seu quotidiano.

R.U.A.: «Realidade Urbana Aumenta-da», é um projecto de pesquisa de Pós-Doutoramento em processo no Brasil [UNESP] e em Espanha [Universidade de Barcelona] que integra, a um só tempo, reflexão teórica e prática artística acerca de uma das modalidades de arte contem-porânea que mais se têm destacado nos debates em circuitos artísticos e culturais atuais, precisamente a arte pública / arte urbana expandida no campo da esfera e redes sociais, apontando mutações e ten-dências em contexto nacional e interna-cional.

Articula-se numa perspectiva interdis-ciplinar de reflexão/ação, contribuindo para provocar e estreitar os contornos e

interstícios do pensamento e da prática artístico-crítica, criando dispositivos de interlocução, mediação, atuação e difusão da arte em rede, no contexto da vida quo-tidiana, tecendo arquiteturas de relações em âmbito “glocal” - do local ao global.

Lilian AmaralLilian Amaral é artista visual gradu-ada pela FAAP. Mestre e Doutora em Artes pela ECA / USP. Pesquisadora das Universidades Complutense de Madrid, UDG/ Girona, Universidade de Barcelona / Espanha. Pós-doutora e Pesquisadora Cnpq pelo GIIP – Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Con-vergência entre Arte, Ciência e Tecnolo-gia - no Instituto de Artes da UNESP onde Coordena a Linha de Pesquisa Arte e Me-dia City com foco em Estratégias Contem-porâneas para incidir sobre o Patrimônio.

Dirigiu o Museu Antropológico e Ar-queológico da PUC Campinas, 2006/2007. Diretora do Museu Aberto BR, projeto que estabelece analogias entre museus e cidades em transformação. Diretora do

coletivo artístico de Arte Pública POCS | Barcelona. Prêmio Mobilidade Interna-cional SANTANDER USP, 2008. Curadora Cultural e Educativa de Bienais Inter-nacionais de Artes e Arquitetura junto à Fundação Bienal de São Paulo. Cura-dora do projeto Arqueologia da Memó-ria: uma micro história na Megacidade, SESC SP, PMSP, UNESCO, 2004 e Arque-ologia da Memória: nas Trilhas doaço, Curitiba, FCC, IPHAN / Projeto Monu-menta / UNESCO. Curadora de Artes Vi-suais do Programa Porto Alegre, Cidade Criativa, Santander Cultural, Porto Ale-gre, UNESCO. Curadora do projeto ibero americano iD Bairro SP, Secretaria de Es-tado da Cultura, CCE SP | AECID, IDensi-tat | ES, 2010 / 2011. Curadora do Festival Internacional TRANSPERFORMANCE, Oi Futuro, 2011. Organizadora do Projeto R.U.A.: Realidade Urbana Aumentada. Cartografias inventadas, São Paulo/Bar-celona, 2012/2013, integrante do projeto Zonas de Compensação, UNESP/Institu-to de Artes, AECID/Centro Cultural da Espanha.”

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a pressão exercida sobre as Florestas Tropicais é uma realidade que ameaça um património natural.

Radar

A contestação contra as touradas tem vindo a ganhar importância por toda a Europa do Sul desde há duas décadas. Os movimentos que se opõem às tauroma-quias estão cada vez mais organizados, obtêm audiências que até há pouco não tinham, graças à utilização das redes so-ciais.

Esses movimentos apoiam-se em ar-gumentos morais fáceis de compreender e de partilhar: recusa da violência con-tra os animais, sentimento de repulsa contra o sofrimento imposto a um ani-mal no que lhes parece ser a crueldade gratuita dum espectáculo.

Conta-se que o filósofo F. Nietzsche, no fim da sua vida e decerto fragilizado pela depressão, tentou impedir que um cocheiro batesse num cavalo e foi abra-çar o animal, chorando.

A emoção do filósofo não nos é estra-nha, nem precisamos atribuí-la à doen-ça, que apenas terá levantado as barrei-ras à sua expressão.

O filósofo Jacques Derrida retoma esse episódio para repensar a maneira como a filosofia ocidental e a cultura dum modo geral têm tratado a questão do estatuto do animal, dos direitos dos animais, ou se preferirmos, dos direitos que pode-mos reivindicar enquanto humanos, relativamente aos animais. Penso que é neste plano que devemos tratar do lugar (possível ou impossível) das corridas de touros numa cultura que respeita a vida animal, de que também somos parte.

«O animal olha-nos, e estamos nus perante ele. E pensar começa talvez aí », escreve Derrida, o que pode ser lido: pensar a nossa relação com os animais é pensar o que somos.

Os argumentos dos “anti-touradas” vão nesse sentido. Não será a corrida de tou-ros uma tortura injustificável, contra um animal sem defesa? Não duvido da sin-ceridade da maior parte dos que assim pensam, entre os quais se contam mui-tos dos meus amigos.

Creio, no entanto, que é possível mos-trar, melhor, dar a entender, que existe uma enorme diferença entre a tauroma-quia enquanto combate ritualizado, por um lado, e as formas de violência gratui-ta (a pura maldade), ou ainda as formas de violência de massa contra os animais (como as que se exercem em numerosas práticas de criação e de abate), por outro. A via é estreita, mas vale a pena.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora19 de Outubro [email protected]

Um olhar antropológico

Tauromaquias – 1. Das lágrimas de Nietzsche à exigência de Derrida

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JoSÉ RoDRiGuES DoS SaNToS*antropólogo

Flúviario de Mora com mais veneno

O Fluviário de Mora tem seis novos ha-bitantes com o nascimento, pouco co-mum, de seis Rãs-seta-venenosas.

As belas e perigosas Rãs-seta-vene-nosas-de-faixa-amarela, ou Pererecas - Dendrobates leucomelas - reproduzi-ram-se em pleno habitat da galeria expo-sitiva Habitats Exóticos daquele espaço

O canto ou chamamento do macho desta espécie profundamente territo-rial, é bem audível e já vinha a ecoar pela galeria expositiva do Fluviário de Mora desde há algum tempo. As suspei-tas foram confirmadas pela equipa da biologia através da presença de ovos em ninhos de folhas.

As rãs-seta-venenosas-de-faixa-ama-rela possuem cuidados parentais pres-tados aos ovos e também aos girinos. Esses cuidados implicam a guarda dos ovos, virá-los, transporte de ovos e giri-nos para pequenas bolsas de água, entre outros.

Esta espécie que ocorre na Floresta Tropical Amazónica – Venezuela, Guia-na, Colômbia e Brasil – necessita de ele-vados níveis de humidade relativa do ar e procuram locais próximos de cursos de água doce.

Os adultos desta espécie raramente ultrapassam os 4cm e alimentam-se de presas de pequenas dimensões. A sua dieta é composta por artrópodes como

Rãs-seta-venenosas duplicam aos olhos do visitante

formigas, escaravelhos e moscas-da-fruta.

Existem evidências científicas que in-dicam que as toxinas presentes nesta e noutras espécies de rãs-seta-venenosas, provêm de alguns dos artrópodes de que se alimentam. Posteriormente, es-sas toxinas serão modeladas e segrega-das pelo metabolismo das Pererecas.

Existem alguns estudos sobre a possí-vel aplicação destas toxinas no campo da medicina, mas foi a sua utilização pelas tribos ancestrais da Floresta Tro-

pical Amazónica que possivelmente despertou a curiosidade da ciência.

A pressão exercida sobre as Florestas Tropicais é uma realidade que ameaça um património natural, e por isso tam-bém humano, de valor inestimável.

O conhecimento sobre esta e muitas outras espécies é fundamental para a conservação da natureza e biodiversi-dade, e para contrariar o declínio a que todos os anfíbios estão cada vez mais su-jeitos devido a várias ameaças, como a destruição do seu habitat natural.

Exposição ”Formas“, de Visitação Zambujo

A Câmara Municipal de Évora apresen-ta no Palácio de D. Manuel, de 3 a 30 de novembro, uma exposição de escultura da artista plástica Visitação Zambujo, intitulada “Formas”. Esta mostra será inaugurada no dia 3 de novembro, sá-bado, pelas 16 horas.

Foi com “a pedra e na pedra” que pro-vavelmente começou a grande aventu-ra artística da humanidade. De todas as artes plásticas, a escultura é talvez aquela que mais revive essa relação ancestral.

É na pedra e com pedra que Visita-ção Zambujo exprime a sua imagi-nação criadora, através de figuras e paisagens, cujas formas, contornos e posicionamento, se entrelaçam com as variedades cromáticas dos mármores, granitos e calcários, produzindo um efeito visual de grande intensidade e onde a simetria é propositadamente esquecida.

Visitação Zambujo tem executado os seus trabalhos no Departamento de Es-cultura em Pedra do Centro Cultural de

É na pedra e com pedra que Visitação Zambujo exprime a sua imaginação criadora

Évora desde 1989 e participou em vá-rias exposições individuais e coletivas.

Esta mostra é composta por um con-junto de trinta e uma peças e pode ser

visitada de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, en-cerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.

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a adega escolheu os melhores vinhos premiados como por exemplo o Portalegre Doc Tinto medalha de ouro.

Radar

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Adega de Portalegre dá a provar vinhos no Museu Robinson

A Adega Cooperativa de Portalegre, numa iniciativa da Câmara Municipal de Porta-legre, vai dar a provar os seus vinhos no Museu Robinson, no dia 11 de Novembro, assinalando desta forma o Dia Europeu do Enoturismo que coincide este ano com o Dia de S. Martinho.

Para este dia, a Adega escolheu os me-lhores vinhos premiados como por exem-plo o Portalegre DOC Tinto medalha de ouro, ou a Quinta da Cabaça DOC tinto medalha de prata e foi, recentemente, dis-tinguido pela Revista de Vinhos.

Além disso a Adega apresenta também os seus vinhos mais emblemáticos como é o caso do Conventual e Conventual Re-serva, e estará disponivel para esclarecer e aconselhar os apreciadores de vinhos alentejanos.

Ao longo deste dia, os visitantes pode-rão também adquirir vinhos e fazer já as suas compras de Natal num ambiente único como é o Museu Robinson.

Segundo Maria Fernanda Dias, Direc-

Dia Europeu do Enoturismo e S. martinho combina vinhos com cultura

tora Executiva da Adega de Portalegre “ a nossa participação neste evento comemo-rativo do Dia europeu do Enoturismo e do São Martinho traduz um conceito de que a origem da produção dos nossos vinhos

tem um valor patrimonial e cultural a pre-servar e neste sentido, associar ao Museu Robinson os vinhos da Adega de Portale-gre será com certeza acrescentar valor aos vinhos e à história da cidade de Portalegre.”

No Museu Municipal de Vidiguei-ra vai estar patente ao público, entre 1 de novembro e 2 de de-zembro, a Exposição de Fotogra-fias da Mina de São Domingos, intitulada Min’Arte, de Jorge Salvador.

Segundo o fotógrafo “a herança da exploração mineira na Mina de São Domingos deixou-nos um legado histórico, social e paisagís-tico com ritmos, marcas e vestígios inconfundíveis do esforço humano que transformaram a desconcer-tante beleza da paisagem alen-tejana num laboratório de meta-morfoses, de elementos e matérias que evidenciam de forma ímpar as contradições e mutações da era industrial.”

Este projeto fotográfico, longo de dois anos, pretende desenvol-ver, através da memória fotográfi-ca, o sentido do lugar à paisagem e promover a reconciliação do homem com a sua ação.

Exposição de Fotografia Min’Arte

Vidigueira

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14 01 Novembro ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Page 16: Registo ed229

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Um ano após a residência ar-tística em Portugal, 10 artistas de 5 países europeus reencon-tram-se no Reino Unido para novos espectáculos, em Lon-dres no próximo mês de No-vembro.

O projecto Ocarina volta a promover os instrumentos de música tradicional e a dança popular dos cinco países euro-peus envolvidos: Chipre, Por-tugal, Reino Unido, Roménia e Suécia.

De 1 a 7 de Novembro os mú-sicos e bailarinas promovem o património artístico para pro-curar novas oportunidades de inserção na realidade cultural contemporânea, desta vez com palco montado em Londres.

Para além do espectáculo principal, o projecto Ocarina irá levar os instrumentos, os repertórios e as danças tradi-

cionais europeias ao Reino Unido com a realização de concertos e workshops com músicos, envolvendo as popu-lações locais.

O projecto Ocarina começou em Setembro do ano passado quando, durante 10 dias, os músicos e bailarinos profis-sionais integraram uma resi-dência artística no Hotel Rural Monte do Carmo, na Azaruja (Évora, Portugal).

O reencontro ocorreu já no Chipre e Roménia, acontecerá em Novembro no Reino Unido e ainda em Dezembro, na Su-écia.

Os objectivos estendem-se também à promoção da mobi-lidade internacional de pro-motores culturais, mobilida-de internacional de artistas/produtos culturais e o diálogo inter-cultural.

Este projecto é promovido pela Oficina da Courela e tem o apoio do Programa Cultura da União Europeia. São par-ceiros da Oficina da Courela neste projecto as empresas 360 Graus, Cultura e Ambien-te Lda. (Portugal) e The Mo-saic Art and Sound, Ltd (Reino Unido), e as associações cultu-rais Viksjöforsbaletten (Sué-cia), Art and Heritage Unesco Club (Roménia) e Politistiko Ergastiri Ayion Omoloyiton (Chipre).

O projecto OCARINA conta também com o apoio da Direc-ção Geral das Artes.

A Oficina da Courela é uma associação sem fins lucrativos sedeada na Azaruja (concelho de Évora), cujo objectivo é a di-vulgação e promoção do patri-mónio cultural e ambiental do Alentejo.

Sousel

Semana Cultural e GastronómicaDe 8 a 11 de novem-bro de 2012 a Casa do Alentejo, em Lisboa, será invadida pela cul-tura e gastronomia do concelho de Sousel.A Confraria Gastro-nómica de Sousel e o Município de Sousel, em parceria com a Casa do Alentejo e com o apoio da Turismo do Alentejo, ERT, promo-vem a diversidade e a qualidade da cultura e gastronomia do conce-lho alentejano, entre os dias 08 e 11 de Novem-bro, em Lisboa.Neste contexto, durante a Semana Cultural e Gastronómica do Concelho de Sousel, a decorrer na Casa do Alentejo, o público em geral vai ter oportunida-de de degustar produ-tos regionais, assistir a demonstrações de artesanato e conhecer diferentes atividades culturais, apresentadas pelas quatro freguesias do município.

Projecto Ocarina volta a promover os instrumentos de música

Cultura

D.R.

Entre os próximos dias 4 e 30 de Novembro o Fórum Cultural e Transfronteiriço de Alandroal re-cebe a exposição “Traços, Riscos e Risos Através da Cor”. Trata-se de uma exposição de pintura colec-tiva, que resulta de um conjunto de experiências, ao nível da pin-tura e desenho, partilhadas e vi-vidas pelos autores.

O acrílico, a aguarela e o óleo foram as técnicas utilizadas pelos autores nestas obras, onde a “pai-sagem” é o tema dominante. As cores quentes e frias habitam no espaço das telas pintadas, reve-lando sensações como a frescura, a intensidade ou a tranquilidade.

O ritmo e a cadência da repre-sentação das folhas, dos troncos, das texturas e dos reflexos tradu-zem o movimento da imperma-nência da natureza sempre em mudança. Segundo os autores, as pinturas apresentadas são o reflexo da aprendizagem do acto dinâmico que é ver, representar, agir e criar.

A Câmara Municipal de Alan-droal convida toda a população estar presente na cerimónia de abertura desta exposição, no pró-ximo dia 4 de Novembro.

“Traços, Riscos e Risos Através da Cor”

Alandroal

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