olhos d'água

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Águas sob o olhar de adolescentes: Um mundo de subjetividade. Olhos d’água Olhos d’água

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Livro de fotografias e poemas, produzido por adolescentes do Serpaf Sete Lagoas/MG

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Page 1: Olhos d'água

Águas sob o olhar de adolescentes: Um mundo de subjetividade.

Olhos d’água Olhos d’água

Page 2: Olhos d'água

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Page 3: Olhos d'água

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Page 4: Olhos d'água

Olhos d’águaOlhos d’água

20122012

Page 5: Olhos d'água

Olhos d’águaOlhos d’água

20122012

Page 6: Olhos d'água

Unidades:

Sede: Av. Prefeito Alberto Moura,530 - B. Nova Cidade - 31 3771.7363

Centro Comunitário: Rua Francisco Alves Macedo,226 - B. Verde Vale - 31 3774.7597

Creche: Rua Jean Claudio Moreira,51 - B. Verde Vale - 3775.0071

Marcenaria: Rua Ozires Viera, 923 - B. Verde Vale - 31 3771.3957

www.serpafsetelagoas.wordpress.com - [email protected]

SERPAF - Serviços de Promoção ao Menor e à Família

Entidade civil, filantrópica, utilidade publica municipal, estadual e federal, criada em 21 de outubro de 1968 por Helena Bartholomeu

Rodrigues Branco.O SERPAF nasceu de uma mulher que ousou sonhar um mundo mais justo para famílias que sobreviviam em situação de

grande vulnerabilidade, provocada pelo desequilíbrio social conseqüente do êxodo rural ocorrido na década de 60 na

região de Sete Lagoas/MG. Senhora de grande visão estratégica e de futuro, D.Helena atuou através de inúmeras e históricas ações de

promoção da família empobrecida. Defendeu de maneira inovadora, durante toda sua história,

a filosofia de apoio, fortalecimento e promoção da família e não apenas da criança e do adolescente,

numa forma de romper com o assistencialismo e com políticas clientelistas.

Hoje o SERPAF, segue adiante com o mesmo ideal.

H i s t ó r i c o

M i s s ã o

Estimular a participação de crianças, adolescentes, jovens e famílias para a defesa e garantia de seus direitos

através de orientação, apoio e ações sociais, educativas e culturais.

Fotos

Alex Túlio Santos Ana Luísa Pereira Esteves Carine de Oliveira Soares

Danrley Maciel de Matos Lima Deleon Pereira Barbosa

Felipe Augusto Ribeiro Gilvan Borges Soares

João Paulo Araújo Fonseca Mayna Rocha Ribeiro

Philippe Diogo Alves da Silva Rhaíra Reis Samanta dos Santos Lima

Coordenador da Oficina de Fotografias:

Leo Drummond

Poemas:

Adriane Lopes Faccio Mendes André Nogueira Goulart

Cibele Rodrigues Pereira Deivity do Carmo Santos

Fagner Gonçalves de Almeida Janusa C Silva

Keily do Carmo Santos Larissa Lorrany Lucas Emanuel Torres

Marcos Vinicius Martins Micaele Aparecida Silva Fonseca

Micaelle Cibele Philippe Diogo Alves da Silva Thiago Pereira

Coordenadora de RH e Programa ‘Jovens Aprendizes’:

Cláudia Cristina Rodrigues de Souza

Foto da capa: Mayna Rocha Ribeiro ( Lapinha da Serra/MG )

Projeto gráfico e diagramação:

Leo Drummond

Assistente de diagramação:

Philippe Diogo Alves da Silva

Page 7: Olhos d'água

Unidades:

Sede: Av. Prefeito Alberto Moura,530 - B. Nova Cidade - 31 3771.7363

Centro Comunitário: Rua Francisco Alves Macedo,226 - B. Verde Vale - 31 3774.7597

Creche: Rua Jean Claudio Moreira,51 - B. Verde Vale - 3775.0071

Marcenaria: Rua Ozires Viera, 923 - B. Verde Vale - 31 3771.3957

www.serpafsetelagoas.wordpress.com - [email protected]

SERPAF - Serviços de Promoção ao Menor e à Família

Entidade civil, filantrópica, utilidade publica municipal, estadual e federal, criada em 21 de outubro de 1968 por Helena Bartholomeu

Rodrigues Branco.O SERPAF nasceu de uma mulher que ousou sonhar um mundo mais justo para famílias que sobreviviam em situação de

grande vulnerabilidade, provocada pelo desequilíbrio social conseqüente do êxodo rural ocorrido na década de 60 na

região de Sete Lagoas/MG. Senhora de grande visão estratégica e de futuro, D.Helena atuou através de inúmeras e históricas ações de

promoção da família empobrecida. Defendeu de maneira inovadora, durante toda sua história,

a filosofia de apoio, fortalecimento e promoção da família e não apenas da criança e do adolescente,

numa forma de romper com o assistencialismo e com políticas clientelistas.

Hoje o SERPAF, segue adiante com o mesmo ideal.

H i s t ó r i c o

M i s s ã o

Estimular a participação de crianças, adolescentes, jovens e famílias para a defesa e garantia de seus direitos

através de orientação, apoio e ações sociais, educativas e culturais.

Fotos

Alex Túlio Santos Ana Luísa Pereira Esteves Carine de Oliveira Soares

Danrley Maciel de Matos Lima Deleon Pereira Barbosa

Felipe Augusto Ribeiro Gilvan Borges Soares

João Paulo Araújo Fonseca Mayna Rocha Ribeiro

Philippe Diogo Alves da Silva Rhaíra Reis Samanta dos Santos Lima

Coordenador da Oficina de Fotografias:

Leo Drummond

Poemas:

Adriane Lopes Faccio Mendes André Nogueira Goulart

Cibele Rodrigues Pereira Deivity do Carmo Santos

Fagner Gonçalves de Almeida Janusa C Silva

Keily do Carmo Santos Larissa Lorrany Lucas Emanuel Torres

Marcos Vinicius Martins Micaele Aparecida Silva Fonseca

Micaelle Cibele Philippe Diogo Alves da Silva Thiago Pereira

Coordenadora de RH e Programa ‘Jovens Aprendizes’:

Cláudia Cristina Rodrigues de Souza

Foto da capa: Mayna Rocha Ribeiro ( Lapinha da Serra/MG )

Projeto gráfico e diagramação:

Leo Drummond

Assistente de diagramação:

Philippe Diogo Alves da Silva

Page 8: Olhos d'água

Ser padrinho de um projeto como esse que tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida das pessoas,

especialmente as crianças, é muito gratificante e me dá muito prazer.

As pessoas hoje vivem muito em função de si mesmas e esquecem que

com pequenos gestos podem contribuir para um mundo melhor para todos.

Penso que contribui de alguma forma,

agradeço a Deus por isso e aproveito para convidar outras pessoas

para que também tenham um gesto de ajuda ao próximo, pois quem ganha somos todos nós.

Obrigado!

NELSON C JUNIORGerente - HSBC Bank Brasil S.A.

Ag. Pedro Leopoldo / MG

“Olhos d´água” abre janelas.

Nosso cotidiano tende a nos aprisionar, a nos enquadrar em formatos que acabam por nos tirar a liberdade, a criatividade... Muitas vezes, acabamos por

nos sentir engaiolados.

A idéia deste livro é a de abrir esta janela e ampliar os horizontes dos adolescentes que participaram do projeto. Abrindo as janelas, cada qual pôde sentir o

quanto é capaz de superar os obstáculos e dificuldades da vida diária, pôde perceber o tamanho de sua capacidade de criar, de produzir, de ir além.

E nada - mas nada mesmo – retrata melhor este movimento que a ÁGUA.

Água viva, que toma formatos os mais diversos – ora fio nascente, ora jorrando, ora congelada, ora percorrendo caminhos, formando caminhos até mesmo

nas pedras... ora cachoeira, ora rio lento... ora suja e ( quase ) destruída pelas mãos ( ainda ) inconseqüentes do homem... ora represada, ora livre...

O que queremos é encantar você, leitor que prestigia nosso trabalho, com imagens capturadas por nossos adolescentes. Imagens que revelam a beleza

suave, mas firme, da água nos abrindo o coração. Mas, nossos meninos e meninas quiseram que todo o encantamento das imagens viesse acompanhado de

poesias, onde eles demonstram o tamanho de sua sensibilidade e criatividade.

Queremos ainda com esta proposta mostrar o quanto estes meninos e meninas que ainda vivem em situações de vulnerabilidade social num país tão rico

são capazes de superar os desafios de suas vidas, são capazes de criar alternativas, desviar de obstáculos e seguir seu caminho.

Basta que a eles sejam dadas oportunidades, que acreditemos e apostemos neste desafio.

Adriane Branco PennaDiretora do SERPAF

Leo DrummondFotógrafo Profissional e

Coordenador da Oficina de Fotografia do Serpaf

“Olhos D'água” de alegria

Mais uma janela se abre

Novas formas e possibilidades de sentir

Uma nova visão de mundo...

Senhoras e Senhores sejam bem vindos ao lago

profundo, à cachoeira de expressões, ao rio que

corre cheio de vida, trazendo na água a

flexibilidade da expressão dos sentimentos de

adolescentes do Serpaf.

“Olhos d'água” é o resultado de oficinas que nos

permitiram vivenciar a sensibilização do olhar.

Buscamos imagens para conscientizar a respeito

da importância da preservação do nosso

manancial natural. Aprendemos sobre os efeitos

de uma boa iluminação, enquadramento e

movimento em uma imagem. Reforçamos

principalmente o papel do homem no contexto

natureza-arte-cidadania. Mas o nosso maior

desafio é tentar trazer para fora destas páginas o

“ movimento das águas” que recomeça na

percepção do leitor.

Rachel BrancoVice Diretora do Serpaf

Page 9: Olhos d'água

Ser padrinho de um projeto como esse que tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida das pessoas,

especialmente as crianças, é muito gratificante e me dá muito prazer.

As pessoas hoje vivem muito em função de si mesmas e esquecem que

com pequenos gestos podem contribuir para um mundo melhor para todos.

Penso que contribui de alguma forma,

agradeço a Deus por isso e aproveito para convidar outras pessoas

para que também tenham um gesto de ajuda ao próximo, pois quem ganha somos todos nós.

Obrigado!

NELSON C JUNIORGerente - HSBC Bank Brasil S.A.

Ag. Pedro Leopoldo / MG

“Olhos d´água” abre janelas.

Nosso cotidiano tende a nos aprisionar, a nos enquadrar em formatos que acabam por nos tirar a liberdade, a criatividade... Muitas vezes, acabamos por

nos sentir engaiolados.

A idéia deste livro é a de abrir esta janela e ampliar os horizontes dos adolescentes que participaram do projeto. Abrindo as janelas, cada qual pôde sentir o

quanto é capaz de superar os obstáculos e dificuldades da vida diária, pôde perceber o tamanho de sua capacidade de criar, de produzir, de ir além.

E nada - mas nada mesmo – retrata melhor este movimento que a ÁGUA.

Água viva, que toma formatos os mais diversos – ora fio nascente, ora jorrando, ora congelada, ora percorrendo caminhos, formando caminhos até mesmo

nas pedras... ora cachoeira, ora rio lento... ora suja e ( quase ) destruída pelas mãos ( ainda ) inconseqüentes do homem... ora represada, ora livre...

O que queremos é encantar você, leitor que prestigia nosso trabalho, com imagens capturadas por nossos adolescentes. Imagens que revelam a beleza

suave, mas firme, da água nos abrindo o coração. Mas, nossos meninos e meninas quiseram que todo o encantamento das imagens viesse acompanhado de

poesias, onde eles demonstram o tamanho de sua sensibilidade e criatividade.

Queremos ainda com esta proposta mostrar o quanto estes meninos e meninas que ainda vivem em situações de vulnerabilidade social num país tão rico

são capazes de superar os desafios de suas vidas, são capazes de criar alternativas, desviar de obstáculos e seguir seu caminho.

Basta que a eles sejam dadas oportunidades, que acreditemos e apostemos neste desafio.

Adriane Branco PennaDiretora do SERPAF

Leo DrummondFotógrafo Profissional e

Coordenador da Oficina de Fotografia do Serpaf

“Olhos D'água” de alegria

Mais uma janela se abre

Novas formas e possibilidades de sentir

Uma nova visão de mundo...

Senhoras e Senhores sejam bem vindos ao lago

profundo, à cachoeira de expressões, ao rio que

corre cheio de vida, trazendo na água a

flexibilidade da expressão dos sentimentos de

adolescentes do Serpaf.

“Olhos d'água” é o resultado de oficinas que nos

permitiram vivenciar a sensibilização do olhar.

Buscamos imagens para conscientizar a respeito

da importância da preservação do nosso

manancial natural. Aprendemos sobre os efeitos

de uma boa iluminação, enquadramento e

movimento em uma imagem. Reforçamos

principalmente o papel do homem no contexto

natureza-arte-cidadania. Mas o nosso maior

desafio é tentar trazer para fora destas páginas o

“ movimento das águas” que recomeça na

percepção do leitor.

Rachel BrancoVice Diretora do Serpaf

Page 10: Olhos d'água

Zildo Flores é educador, palhaço e arteterapeuta.

Atua como arte-educador em projetos sociais e escolas, articulando as artes do Teatro e da Palhaçaria,

com experiências de sensibilização e promoção da criatividade e do desenvolvimento humano.

Assim como o “Olhos D'água”, Zildo transforma “Flores” em jardins, expectativas em novas realidades

e amplia as possibilidades de cada um como seres humanos.7

MEDO E ESPERANÇA

Tenho medo e esperança

Pelas águas que correm

E irão chegar...

Não sei se serão calmas

Ou turbulentas

Ou se irão me derrubar...

Se eu for barco,

Seguirei a correnteza.

Se eu for pedra,

Me farão rolar.

Se eu for folha,

Flutuarei apenas.

Mas se eu for peixe,

Seguirei até o mar.

Não sei,

Não sei.

Não sei o que virá!

Só sei que tenho Medo

E Esperança

Pelas águas que correm

E irão chegar...

Zildo Flores

Page 11: Olhos d'água

Zildo Flores é educador, palhaço e arteterapeuta.

Atua como arte-educador em projetos sociais e escolas, articulando as artes do Teatro e da Palhaçaria,

com experiências de sensibilização e promoção da criatividade e do desenvolvimento humano.

Assim como o “Olhos D'água”, Zildo transforma “Flores” em jardins, expectativas em novas realidades

e amplia as possibilidades de cada um como seres humanos.7

MEDO E ESPERANÇA

Tenho medo e esperança

Pelas águas que correm

E irão chegar...

Não sei se serão calmas

Ou turbulentas

Ou se irão me derrubar...

Se eu for barco,

Seguirei a correnteza.

Se eu for pedra,

Me farão rolar.

Se eu for folha,

Flutuarei apenas.

Mas se eu for peixe,

Seguirei até o mar.

Não sei,

Não sei.

Não sei o que virá!

Só sei que tenho Medo

E Esperança

Pelas águas que correm

E irão chegar...

Zildo Flores

Page 12: Olhos d'água

10

Parque da Cascata, Sete Lagoas, Minas Gerais

Foto: Mayna R

ocha Ribeiro

Page 13: Olhos d'água

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Parque da Cascata, Sete Lagoas, Minas Gerais

Foto: Mayna R

ocha Ribeiro

Page 14: Olhos d'água

Lucas Emanuel S. Torres

12

Foto: Carine de Oliveira Soares

Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Eterno Fluído que escorre

Entre os dedos imundos

De alguém que o ignore

Dizendo ser civilizado

Eterno fluído natural

Que falta ao povo mudo

Mas que sobra ao desigual

Neste imenso azul, o mundo

Água, eterno fluido

Que cessa a sede

Que limpa o mundo

De almas impuras

Page 15: Olhos d'água

Lucas Emanuel S. Torres

12

Foto: Carine de Oliveira Soares

Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Eterno Fluído que escorre

Entre os dedos imundos

De alguém que o ignore

Dizendo ser civilizado

Eterno fluído natural

Que falta ao povo mudo

Mas que sobra ao desigual

Neste imenso azul, o mundo

Água, eterno fluido

Que cessa a sede

Que limpa o mundo

De almas impuras

Page 16: Olhos d'água

14

Foto: Samanta dos Santos Lima

Água, eu

Leve, calmo e solto

Transparente

Onde não se via meus defeitos

Nem minhas qualidades

Eu me sentia neutro, livre e leve

Sem preocupações, sem tensão

Por um momento desconheci

Meu ser, o meu “eu”

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto

: Joã

o Pa

ulo

Ara

újo

Fons

eca

Marcos Vinícius Martins

Page 17: Olhos d'água

14

Foto: Samanta dos Santos Lima

Água, eu

Leve, calmo e solto

Transparente

Onde não se via meus defeitos

Nem minhas qualidades

Eu me sentia neutro, livre e leve

Sem preocupações, sem tensão

Por um momento desconheci

Meu ser, o meu “eu”

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto

: Joã

o Pa

ulo

Ara

újo

Fons

eca

Marcos Vinícius Martins

Page 18: Olhos d'água

16

Essência de toda vida

Inspiração para minha rima

Planeta Terra,

Água que domina.

Reflete todo dia

A beleza do céu estrelado

A mesma água que sacia

Também mata afogado

Às vezes turvas, obscuras

Outras claras, cristalina

Está presente numa lágrima

E nas gotas da neblina

É só pensar na falta dela

Fico louco em um segundo

Água essencial

A base desse mundo.

Deivity do Carmo Santos

Foto: Felipe Augusto R

ibeiro

Foto: Carine de Oliveira Soares

Foto: Ana Luísa Pereira Esteves

Foto: Alex Túlio Santos

Page 19: Olhos d'água

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Essência de toda vida

Inspiração para minha rima

Planeta Terra,

Água que domina.

Reflete todo dia

A beleza do céu estrelado

A mesma água que sacia

Também mata afogado

Às vezes turvas, obscuras

Outras claras, cristalina

Está presente numa lágrima

E nas gotas da neblina

É só pensar na falta dela

Fico louco em um segundo

Água essencial

A base desse mundo.

Deivity do Carmo Santos

Foto: Felipe Augusto R

ibeiro

Foto: Carine de Oliveira Soares

Foto: Ana Luísa Pereira Esteves

Foto: Alex Túlio Santos

Page 20: Olhos d'água

1817

Águas que correm sem se preocuparQue passam por dificuldades, como galhos e eixos sem sofrerÀs vezes choraÀs vezes tem raivaTanto tem que alaga as cidades e destrói casasMas sempre com vontadeDe voltar a correrSem se preocupar com o vir a ser.

Foto: Gilvan Borges Soares Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Micaelle Cibele

Água que nasce da fonteQue brilha nos olhos da gente

Que molha as sementes

Água que brilha no lagoQue molha o asfalto

Que traz tanta gente por mar

Água que chama de chuva

Que cresce nas nuvens de algodão

Que inunda o oceano, tamanha imensidão.

Larissa da Fonseca

Page 21: Olhos d'água

1817

Águas que correm sem se preocuparQue passam por dificuldades, como galhos e eixos sem sofrerÀs vezes choraÀs vezes tem raivaTanto tem que alaga as cidades e destrói casasMas sempre com vontadeDe voltar a correrSem se preocupar com o vir a ser.

Foto: Gilvan Borges Soares Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Micaelle Cibele

Água que nasce da fonteQue brilha nos olhos da gente

Que molha as sementes

Água que brilha no lagoQue molha o asfalto

Que traz tanta gente por mar

Água que chama de chuva

Que cresce nas nuvens de algodão

Que inunda o oceano, tamanha imensidão.

Larissa da Fonseca

Page 22: Olhos d'água

19

Foto: Deleon Pereira Barboza

Eu sou a água da nascente,a água que refresca o ser,sou a água que cai da cachoeira,eu sou água,sou vida!

Foto

: Ana

Luí

sa P

erei

ra E

stev

es

Adriane Lopes Faccio Mendes

Page 23: Olhos d'água

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Foto: Deleon Pereira Barboza

Eu sou a água da nascente,a água que refresca o ser,sou a água que cai da cachoeira,eu sou água,sou vida!

Foto

: Ana

Luí

sa P

erei

ra E

stev

es

Adriane Lopes Faccio Mendes

Page 24: Olhos d'água

21

Foto

: Dan

rley

Mac

iel d

e M

atos

Lim

a

Page 25: Olhos d'água

21

Foto

: Dan

rley

Mac

iel d

e M

atos

Lim

a

Page 26: Olhos d'água

Lapinha da Serra, Santana do Riacho, Minas Gerais

24

Foto: Philippe Diogo A

lves da Silva

Page 27: Olhos d'água

Lapinha da Serra, Santana do Riacho, Minas Gerais

24

Foto: Philippe Diogo A

lves da Silva

Page 28: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha RibeiroFoto: Deleon Pereira Barboza

Page 29: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha RibeiroFoto: Deleon Pereira Barboza

Page 30: Olhos d'água

Foto

: Del

eon

Pere

ira B

arbo

za

Foto

: Joã

o Pa

ulo

Ara

újo

Fons

ecaA sensação de ser água é que posso estar em qualquer lugar

No fundo ou na superfície

Tenho flexibilidade

Posso matar a sede de todos

Posso refrescar a alma com um belo banho

Sou água.

Fagner Gonçalves de Almeida

Foto: Deleon Pereira Barboza

Page 31: Olhos d'água

Foto

: Del

eon

Pere

ira B

arbo

za

Foto

: Joã

o Pa

ulo

Ara

újo

Fons

ecaA sensação de ser água é que posso estar em qualquer lugar

No fundo ou na superfície

Tenho flexibilidade

Posso matar a sede de todos

Posso refrescar a alma com um belo banho

Sou água.

Fagner Gonçalves de Almeida

Foto: Deleon Pereira Barboza

Page 32: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 33: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 34: Olhos d'água

31

Foto: Mayna Rocha Ribeiro Foto: João Paulo Araújo Fonseca

Foto: Deleon Pereira Barboza

Onde se tem é região louvada,

Por povos celebrada

Líquido precioso onde

A vida é renovada

Minas por ela escolhida para fazer

Sua mais brilhante e bonita morada.

Philippe Diogo Alves da Silva

Page 35: Olhos d'água

31

Foto: Mayna Rocha Ribeiro Foto: João Paulo Araújo Fonseca

Foto: Deleon Pereira Barboza

Onde se tem é região louvada,

Por povos celebrada

Líquido precioso onde

A vida é renovada

Minas por ela escolhida para fazer

Sua mais brilhante e bonita morada.

Philippe Diogo Alves da Silva

Page 36: Olhos d'água

Foto: Deleon Pereira BarbozaFoto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 37: Olhos d'água

Foto: Deleon Pereira BarbozaFoto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 38: Olhos d'água

35 Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Page 39: Olhos d'água

35 Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Page 40: Olhos d'água

37

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Água a mais bela virtude da vida

Doce água que desce suavemente do rio

Simplesmente tranqüilo nos faz relaxar

Com seu barulho que acalma e traz força

Água que nos refresca de um dia quente...

Doce água a mais rara de todas as beldades da vida...

Beleza infinita...Doce água...

A sensação de ser água é fazer o bem para todos

É ser saudável

Ser especial em nossas vidas

É estar presente sempre em nosso lar

É estar presente no mundo

Cibele Rodrigues Pereira

Micaele Aparecida Silva Fonseca

Page 41: Olhos d'água

37

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Água a mais bela virtude da vida

Doce água que desce suavemente do rio

Simplesmente tranqüilo nos faz relaxar

Com seu barulho que acalma e traz força

Água que nos refresca de um dia quente...

Doce água a mais rara de todas as beldades da vida...

Beleza infinita...Doce água...

A sensação de ser água é fazer o bem para todos

É ser saudável

Ser especial em nossas vidas

É estar presente sempre em nosso lar

É estar presente no mundo

Cibele Rodrigues Pereira

Micaele Aparecida Silva Fonseca

Page 42: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 43: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 44: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha RibeiroFoto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Deleon Pereira Barboza

Água tão limpa, tão pura

Tão frágil e ao mesmo tempo tão forte.

No começo tu eras tão calma

Agora tão violenta

Não sei nada de você, só sei que você reflete minha

imagem em ti.

Andre Nogueira Goulart

Page 45: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha RibeiroFoto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Deleon Pereira Barboza

Água tão limpa, tão pura

Tão frágil e ao mesmo tempo tão forte.

No começo tu eras tão calma

Agora tão violenta

Não sei nada de você, só sei que você reflete minha

imagem em ti.

Andre Nogueira Goulart

Page 46: Olhos d'água

Foto: Deleon Pereira Barboza

Page 47: Olhos d'água

Foto: Deleon Pereira Barboza

Page 48: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 49: Olhos d'água

Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Page 50: Olhos d'água

Foto: Deleon Pereira Barboza

Foto: João Paulo Araújo Fonseca

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

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Foto: Deleon Pereira Barboza

Foto: João Paulo Araújo Fonseca

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Page 52: Olhos d'água

49 50

Foto: João Paulo Araújo FonsecaFoto: Deleon Pereira Barboza

Água pura que cura e liberta

Tranquiliza a tanta gente

Limpando os corações e as mentes

Água querida e formosa

Que a todos sacia

E nos proporciona alegria.

Água tão rica,

Saudades ou harmonia

O que tu trarás?

Água límpida

Como queria eu ser como tu.

Assim , transparente.

Janusa C. da Silva

Literalmente

Filha da natureza

Faria com que o mundo

Conhecesse o que é pureza

Não queria,

Nem pediria que todos

Visitassem a fazenda de

Seu próprio interior

Falaria para os grandes

Que eles também têm coração

E que a verdadeira pureza

É satisfazer a sede de nossos irmãos.

Keily do Carmo Santos

Page 53: Olhos d'água

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Foto: João Paulo Araújo FonsecaFoto: Deleon Pereira Barboza

Água pura que cura e liberta

Tranquiliza a tanta gente

Limpando os corações e as mentes

Água querida e formosa

Que a todos sacia

E nos proporciona alegria.

Água tão rica,

Saudades ou harmonia

O que tu trarás?

Água límpida

Como queria eu ser como tu.

Assim , transparente.

Janusa C. da Silva

Literalmente

Filha da natureza

Faria com que o mundo

Conhecesse o que é pureza

Não queria,

Nem pediria que todos

Visitassem a fazenda de

Seu próprio interior

Falaria para os grandes

Que eles também têm coração

E que a verdadeira pureza

É satisfazer a sede de nossos irmãos.

Keily do Carmo Santos

Page 54: Olhos d'água

51

Foto

: Del

eon

Pere

ira B

arbo

za

Page 55: Olhos d'água

51

Foto

: Del

eon

Pere

ira B

arbo

za

Page 56: Olhos d'água

Rio São Francisco, Três Marias, Minas Gerais

54

Foto: Rhaíra R

eis

Page 57: Olhos d'água

Rio São Francisco, Três Marias, Minas Gerais

54

Foto: Rhaíra R

eis

Page 58: Olhos d'água

Foto: Gilvan Borges Soares

Page 59: Olhos d'água

Foto: Gilvan Borges Soares

Page 60: Olhos d'água

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Page 61: Olhos d'água

Foto: Philippe Diogo Alves da Silva Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Page 62: Olhos d'água

Foto: Gilvan Borges Soares

Page 63: Olhos d'água

Foto: Gilvan Borges Soares

Page 64: Olhos d'água

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Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Page 65: Olhos d'água

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Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Page 66: Olhos d'água

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Gilvan B

orges Soares

Água pequenina,

Gota de orvalho ou de neblina...

A água tem sua infância

Quando riacho cantarola,

Brinca de roda como criança

Faz apostas de corrida

Atravessando uma pista com ondas gigantes,

Curvas e montanhas elegantes,

Brincará pelo caminho.

Á água na sua adolescência

Ultrapassa lagos românticos,

Seu olhar penetrante na lua,

Traça sua rota

Pelas montanhas formando

Cachoeiras de prata em nossos caminhos.

Água, maturidade terás?

Encontre em teu infinito jardim

Um homem em seu domínio.

Que te acontecerás?

Thiago Pereira

Page 67: Olhos d'água

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Gilvan B

orges Soares

Água pequenina,

Gota de orvalho ou de neblina...

A água tem sua infância

Quando riacho cantarola,

Brinca de roda como criança

Faz apostas de corrida

Atravessando uma pista com ondas gigantes,

Curvas e montanhas elegantes,

Brincará pelo caminho.

Á água na sua adolescência

Ultrapassa lagos românticos,

Seu olhar penetrante na lua,

Traça sua rota

Pelas montanhas formando

Cachoeiras de prata em nossos caminhos.

Água, maturidade terás?

Encontre em teu infinito jardim

Um homem em seu domínio.

Que te acontecerás?

Thiago Pereira

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Foto: Rhaíra Reis

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Foto: Rhaíra Reis

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Foto: Rhaíra Reis

Foto: Gilvan Borges Soares

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto: Felipe Augusto Ribeiro

Foto: Rhaíra Reis

Foto: Gilvan Borges Soares

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva Foto: Felipe Augusto Ribeiro

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva Foto: Felipe Augusto Ribeiro

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Philippe Diogo Alves da Silva

Janela do corpo

Porta da alma

Paz materializada

Felicidade incorporada

Uma simples mostra de Deus

Ao homem deixada

Por meio dela

Forças revigoradas

A vida resolvida

E a solução inspirada

Nesse simples líquido

Frágil, fraco demonstrados

Mas firme e forte

Se observada.

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Foto: Philippe Diogo Alves da Silva

Foto

: Phi

lippe

Dio

go A

lves

da

Silv

a

Philippe Diogo Alves da Silva

Janela do corpo

Porta da alma

Paz materializada

Felicidade incorporada

Uma simples mostra de Deus

Ao homem deixada

Por meio dela

Forças revigoradas

A vida resolvida

E a solução inspirada

Nesse simples líquido

Frágil, fraco demonstrados

Mas firme e forte

Se observada.

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Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Gilvan B

orges Soares

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Foto: Mayna Rocha Ribeiro

Foto: Gilvan B

orges Soares

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Foto

: Fel

ipe

Aug

usto

Rib

eiro

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Foto

: Fel

ipe

Aug

usto

Rib

eiro

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Foto: Gilvan Borges Soares Foto: Gilvan Borges Soares

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Foto: Gilvan Borges Soares Foto: Gilvan Borges Soares

Page 82: Olhos d'água

79

Caminho das águasIrei seguir, chegarei a qualquer cantoSabendo como cuidar dela Para o mundo ela fluir

Caminho percorrido,Água de riacho, de banheira e de baciaTanto faz de onde vemSem ela não saberíamos viver

Água de bem quererTodos bebem até morrerTão bela é a águaQue nem de cor precisa para viver

Clara como a lua e intensa como o céuOceano ainda é pouco Para igualar a essa benção Divindade que veio do céu

Larissa Lorrany

Foto: Philippe Diogo A

lves da Silva

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Caminho das águasIrei seguir, chegarei a qualquer cantoSabendo como cuidar dela Para o mundo ela fluir

Caminho percorrido,Água de riacho, de banheira e de baciaTanto faz de onde vemSem ela não saberíamos viver

Água de bem quererTodos bebem até morrerTão bela é a águaQue nem de cor precisa para viver

Clara como a lua e intensa como o céuOceano ainda é pouco Para igualar a essa benção Divindade que veio do céu

Larissa Lorrany

Foto: Philippe Diogo A

lves da Silva

Page 84: Olhos d'água

Agradecimento

Para realização deste projeto, nossos adolescentes foram convidados a sair de suas realidades e percorrer lugares muito expressivos: Serra de Santa Helena em Sete Lagoas/MG, Lapinha da Serra em Santana do Riacho/MG e o Rio São Francisco em Três Marias/MG.

Queremos agradecer imensamente a todos que acreditaram e apostaram conosco na aventura deste livro. As imagens refletem também sua generosidade!

À Pousada Travessia na Lapinha da Serra – Município de Santana do Riacho/MG. Em especial à Sávia e Dênis.Ao Clube de Pesca de Sete Lagoas – Município de Três Marias/MG. Nas pessoas de Toninho e Vanilda.

Ao Instituto HSBC Solidariedade, sem o qual este projeto não se realizaria. Na pessoa do Nelson C Junior, padrinho do projeto.

Foto: Gilvan Borges Soares

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Agradecimento

Para realização deste projeto, nossos adolescentes foram convidados a sair de suas realidades e percorrer lugares muito expressivos: Serra de Santa Helena em Sete Lagoas/MG, Lapinha da Serra em Santana do Riacho/MG e o Rio São Francisco em Três Marias/MG.

Queremos agradecer imensamente a todos que acreditaram e apostaram conosco na aventura deste livro. As imagens refletem também sua generosidade!

À Pousada Travessia na Lapinha da Serra – Município de Santana do Riacho/MG. Em especial à Sávia e Dênis.Ao Clube de Pesca de Sete Lagoas – Município de Três Marias/MG. Nas pessoas de Toninho e Vanilda.

Ao Instituto HSBC Solidariedade, sem o qual este projeto não se realizaria. Na pessoa do Nelson C Junior, padrinho do projeto.

Foto: Gilvan Borges Soares

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79 80Foto: Rhaíra Reis

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Águas sob o olhar de adolescentes: Um mundo de subjetividade.

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