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1 Ministério da Saúde: Caderno Reivindicativo da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública A – QUESTÕES GERAIS I - Política de Saúde Tendo em conta toda a legislação enquadradora da política de saúde, produzida pelo anterior Governo, somos de opinião que as linhas estratégicas têm que ser completamente invertidas. É absolutamente necessário que sejam revogados os seguintes diplomas: Lei 27/2002 (alteração à Lei de Bases da Saúde); Decretos-lei que criaram os Hospitais SA; Decreto-lei 188/2003 (Gestão dos Hospitais SPA); Decreto-lei 60/2003 (Centros de Saúde); Decreto-lei 185/2003 (Parcerias Público-Privadas); Ao invés é imperiosa a necessidade que existe de defender e aprofundar o Serviço Nacional de Saúde, o qual tem de ter carácter público, não só no financiamento e na fiscalização, como também, o que não é menos importante, na prestação dos cuidados de saúde. Somente com uma oferta pública de cuidados completa e universal, é possível garantir o direito constitucional à saúde a todos os cidadãos. Ao serem tomadas estas medidas terminará o mercado da saúde, pelo que também a Entidade Reguladora da Saúde perderá a sua razão de existência e deverá ser extinta.

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Ministério da Saúde: Caderno Reivindicativo da

Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública A – QUESTÕES GERAIS I - Política de Saúde Tendo em conta toda a legislação enquadradora da política de saúde, produzida pelo anterior Governo, somos de opinião que as linhas estratégicas têm que ser completamente invertidas. É absolutamente necessário que sejam revogados os seguintes diplomas:

Lei 27/2002 (alteração à Lei de Bases da Saúde); Decretos-lei que criaram os Hospitais SA; Decreto-lei 188/2003 (Gestão dos Hospitais SPA); Decreto-lei 60/2003 (Centros de Saúde); Decreto-lei 185/2003 (Parcerias Público-Privadas);

Ao invés é imperiosa a necessidade que existe de defender e aprofundar o Serviço Nacional de Saúde, o qual tem de ter carácter público, não só no financiamento e na fiscalização, como também, o que não é menos importante, na prestação dos cuidados de saúde. Somente com uma oferta pública de cuidados completa e universal, é possível garantir o direito constitucional à saúde a todos os cidadãos. Ao serem tomadas estas medidas terminará o mercado da saúde, pelo que também a Entidade Reguladora da Saúde perderá a sua razão de existência e deverá ser extinta.

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No entanto, e se assim não for entendido, por se considerar que esta continuará a ter razão de ser, deve ser dotada de maior autonomia, com o seu Presidente a ser eleito pela Assembleia da Republica, o qual deverá ser simultaneamente o Provedor do Doente e ser criado o seu Conselho Consultivo, o qual deverá ter uma composição representativa de todos os interesses que concorrem na área da saúde, desde os utentes, aos trabalhadores, passando pelos prestadores públicos, privados e sociais, sem esquecer a indispensável participação do poder local. Neste quadro a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública considera essencial o seguinte: 1) Fim do processo de privatizações dos serviços e dos vínculos

laborais • O processo de privatização das instituições do Serviço Nacional de

Saúde e dos vínculos dos trabalhadores deve acabar. • O Hospital Fernando da Fonseca, os Hospitais Sociedades

Anónimas/Entidades Publicas Empresariais, o Infarmed, o INEM, entre outros, devem regressar, de imediato, ao regime de gestão pública administrativa e os seus trabalhadores devem ser integrados na função pública, com o respectivo vínculo público de nomeação em lugar do quadro.

2) Implementação de regras de gestão pública flexíveis ♦ Ao invés do que vem sendo praticado, e como temos vindo a propor, o

que deve ser feito, em nosso entender, é o que propusemos aquando do nosso parecer sobre o projecto do novo Estatuto Jurídico do Hospital.

♦ Quanto à lei de gestão hospitalar, dever-se-ão adoptar as seguintes

medidas:

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• tornar imperativa, em todos os hospitais cuja dimensão o justifique, a divisão em centros de responsabilidade e de custos, prevista no artigo 9º do decreto-lei 19/88 de 21 de Janeiro.

• em cada centro de responsabilidade e, sempre que a sua dimensão o justifique, cada um dos centros de custos, deve ser gerido por um Administrador Hospitalar, (trata-se tão somente de dar cabal aplicação ao número 3 do citado preceito).

• A gestão dos hospitais deve ser dividida em dois níveis - a económico-administrativa e a técnica.

• a gestão técnica deve sobrepor-se, naquilo que diz respeito a opções estruturais para a instituição, nomeadamente em matéria de investimentos, à gestão económico-administrativa.

• Os órgãos de participação da comunidade devem ser reforçados, nomeadamente na componente de representação do poder autárquico e dos utentes, não ignorando que devem ter também a participação de todos os grupos profissionais da instituição.

• Deve existir um gestor que seja nomeado pelo Ministro da Saúde, ou pelo Conselho de Administração da ARS respectiva, consoante o nível do hospital, por proposta do poder local, através da Assembleia Municipal.

• Os órgãos de gestão técnica devem ser eleitos pelo conjunto dos profissionais do hospital.

• Os órgãos de participação devem aprovar o relatório e o plano de actividades do hospital e as suas grandes opções estratégicas.

Estas são algumas das medidas, outras haverá, que podem ser adoptadas, que contribuirão para resolver os problemas com que os hospitais actualmente se defrontam, no âmbito inequívoco do Serviço Nacional de Saúde, sem fugir aos seus objectivos e enquadramento jurídico-constitucional, e no quadro de uma Administração Pública aberta, participada e descentralizada, que deve ter como primordial e único objectivo o servir os seus clientes, isto é, o utente.

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3) Centros de Saúde • Especificamente para esta área e estando genericamente de acordo com

aquilo que consignava o D. Lei 157/99, de 10/5, pensamos que este deve ser repristinado (tal como já foi aprovado em Conselho de Ministros). Essa repristinação deve ser feita introduzindo-lhe alguns ajustamentos nomeadamente no sentido de os Administrativos passarem a ter acento na Direcção dos Centros de Saúde e no de existir uma área de actuação social autónoma, dirigida por um Técnico Superior de Serviço Social.

• Não queremos, no entanto, deixar de sublinhar aqui que entendemos

que os Centros de Saúde, e as suas unidades organizativas (unidades de saúde familiares) devem ter gestão pública e não ser atribuída, de nenhuma forma, a outras entidades, sejam elas quais forem.

4) Alargamento dos horários dos Centros de Saúde O alargamento dos horários de funcionamento dos Centros de Saúde não pode ser conseguido à custa, e dando cabo, da saúde dos seus trabalhadores. Os ritmos de trabalho a que os trabalhadores dos Centros de Saúde vêm sendo sujeitos desde há longos anos e em particular desde o início do processo de alargamento dos seus horários de funcionamento, com o sistemático recurso a horas extraordinárias, que muitas vezes nem sequer são pagas, é incomportável, intolerável e desumano. Do mesmo modo este alargamento do período de funcionamento dos Centros de Saúde, não pode ser feito com o recurso a trabalho precário, uma vez que se trata de funções de carácter permanente. As Administrações Regionais de Saúde, desde a sua criação em 1979, nunca admitiram, de forma estruturada, novo pessoal.

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Como tal encontram-se hoje minguadas em meios humanos, sendo que o seu pessoal está cansado e saturado de, por um lado ser o “bode expiatório” do seu deficiente funcionamento e, por outro, de tentar tapar os buracos do sistema. Esta situação não pode ser mantida por mais tempo! • É absolutamente necessário que seja implementada uma política de

contratação de pessoal para os Centros de Saúde que abranja todos os profissionais, mas que não deixe de fora o pessoal administrativo e o pessoal auxiliar, bem como uma política de formação profissional que prepare os profissionais para as novas tecnologias e os novos desafios do Serviço Nacional de Saúde.

5) Regime Remuneratório Experimental Este regime, instituído pelo Decreto-Lei 117/98, de 5/5 deve ser alargado a todos os profissionais, em condições a negociar. A recente publicação do Decreto-Lei 29/2005, de 10 de Fevereiro, não veio resolver o problema porquanto continua a não ser aplicado a todos. 6) Plano de recuperação de listas de espera (actualmente

SIGIC) Em nosso entender esta é uma matéria essencial para a credibilização dos serviços públicos, mas que não pode ser conseguida à custa da contratualização com os privados. Fazer isto era beneficiar o infractor e dar o prémio pretendido a quem deliberadamente criou as listas de espera. Efectivamente é sabido de todos que o factor que mais determina a existência de listas de espera é a grande promiscuidade entre público e privado.

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• É necessário garantir que os blocos operatórios e os meios

complementares de diagnóstico funcionem, pelo menos, durante 12 horas diárias.

• Para isto é necessário que haja maior dotação de pessoal e que, na altura

de arranque do processo, haja os indispensáveis incentivos financeiros para todo o pessoal e não só para Médicos, Enfermeiros e Técnicos.

Por outro lado não podemos deixar de referir aqui que a legislação que regula o pagamento aos profissionais integrados nos sucessivos programas de recuperação das listas de espera não foi objecto de negociação com esta Federação, situação em que, inevitavelmente, teria tido o nosso desacordo, em virtude de não incluir no seu âmbito o restante pessoal que, directa ou indirectamente tem a ver com a recuperação das listas de espera, isto é: Técnicos Superiores de Saúde, Técnico Profissionais, Administrativos e Auxiliares. 7) Política do Medicamento Este é um aspecto essencial de qualquer política de saúde, quanto mais não seja porque é uma das rubricas mais pesadas em termos orçamentais. No entanto, as sucessivas subordinações aos interesses da indústria farmacêutica e/ou da ANF, têm levado a que as políticas adequadas não tenham sido implementadas. Assim, neste aspecto defendemos as seguintes medidas: a) A criação de um Formulário Nacional de Medicamentos • Para além da revisão indispensável do Formulário Nacional Hospitalar

de Medicamentos (FNHM) é necessário criar o Formulário Nacional de Medicamentos de Ambulatório.

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b) Prescrição por Princípio Activo ou DCI • É absolutamente essencial que, tal como acontece nos hospitais

públicos, onde a prescrição é feita por Princípio Activo, também no ambulatório e nos Centros de Saúde a prescrição se faça por Princípio Activo.

c) Farmácias Públicas • Deve ser criada uma rede de farmácias públicas por forma a permitir que

um utente, quando sai do Centro de Saúde possa sair logo com os medicamentos necessários, pelo menos, para os primeiros dias de tratamento.

• De igual modo as farmácias hospitalares devem poder fazer essa

dispensa para os doentes das consultas externas dos hospitais e que têm alta do internamento.

Com estas medidas poupar-se-iam muitos milhões de contos ao erário público. Naturalmente que será necessário aumentar a capacidade de formação de Técnicos de Farmácia e a sua colocação também nos Centros de Saúde. f) Criação do Laboratório Nacional de Medicamentos • É necessário criar capacidade do Estado para a produção, a custos mais

baixos, de alguns medicamentos essenciais, o que pode ser conseguido pela reabilitação e pela recuperação do Laboratório Militar o qual já foi o principal fornecedor de genéricos para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

g) Genéricos A pseudo aposta do anterior Governo nos medicamentos genéricos sofreu de dois pecados capitais.

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O primeiro foi a possibilidade de, no acto de prescrição, o médico poder impor o fornecimento de medicamento de marca, sem que para isso exista qualquer tipo de justificação. O segundo foi a associação aos genéricos do preço de referência, medida que veio a aumentar os custos para os utentes. Para que os genéricos possam ter o efeito por todos desejado é necessário que as medidas que acabamos de referir sejam revogadas e que sejam implementadas as propostas que apresentámos nos pontos anteriores. h) Liberalização da venda de medicamentos de venda livre Esta é, talvez, a medida mais desadequada para controlar o consumo descontrolado de medicamentos que existe em Portugal. Somente vai favorecer os grandes comerciantes e aumentar o consumo descontrolado de medicamentos, pelo que não deve ser implementada. 8) Formação de Profissionais É unanimemente reconhecida a falta de profissionais de saúde. Nomeadamente no âmbito da medicina, essa falta já fez fechar serviços, não se compreendendo que, quando se sabe que nos próximos anos as necessidades de médicos se situam nalguns milhares, as faculdades de medicina continuem a formar muito abaixo da sua real capacidade instalada, pelo que é absolutamente essencial que o número de alunos a entrarem em cada ano nas faculdades de medicina seja substancialmente aumentado. Por outro lado existe no nosso país a terrível e inaceitável tendência de só se considerarem profissionais de saúde os Médicos e os Enfermeiros. Mas a realidade é bem diferente.

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Aqueles nada poderiam fazer sem os Técnicos Superiores de Saúde, os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, os Administrativos, os Auxiliares e os Operários, bem como a acção destes não teria significado sem o trabalho sequente daqueles. Vale isto por dizer que a saúde é um sector interdisciplinar por excelência e que carece de assim ser tratado! Neste quadro vamo-nos ater aos profissionais que representamos, analisando duas vertentes, que são: a) Formação inicial Referimo-nos aqui, em especial aos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica. Para além das alterações que têm a ver com a carreira é absolutamente essencial olhar e tornar as medidas necessárias para a formação de mais profissionais. É reconhecido que, nas diversas profissões faltam alguns (muitos) milhares de profissionais só no sector público e se tivermos em consideração o disposto no D. Lei 320/99, de 11/8, essas necessidades aumentam exponencialmente. Por outro lado a existência de novos métodos de diagnóstico e de terapêutica, bem como o contínuo desenvolvimento tecnológico estão a criar novos métodos e novas áreas que farão, a curto/médio prazo, com que tais necessidades disparem. • Face ao exposto torna-se absolutamente necessário aumentar

significativamente o número de lugares em cada curso nas Escolas Superiores de Tecnologia de Saúde existentes e criar novas escolas públicas nos Distritos do Continente que ainda não possuem e nas Regiões Autónomas.

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b) Formação profissional Neste âmbito é absolutamente essencial o estabelecimento de uma política coerente de formação profissional para o sector da saúde que respeite os princípios da universalidade, da igualdade de oportunidades e da continuidade, que tenha por base: • Um correcto diagnóstico de necessidade de formação por carreiras e

unidades ou grupos de unidades de saúde; • Um plano de formação de médio prazo (anos) de base móvel, isto é,

revisto anualmente; • A maximização dos benefícios dos fundos comunitários disponíveis

para a formação profissional, de acordo com as regiões, os grupos de pessoal e os regimes de contratação existentes;

• envolvimento das estruturas de formação dos sindicatos em

modalidades a acordar; • estabelecimento de um mínimo de formação de 50 horas/ano para o

pessoal técnico e técnico superior e 36 horas/ano para o restante pessoal, em média em cada triénio, sem prejuízo dos créditos para autoformação;

• A aplicação a todo o pessoal da saúde do crédito de formação previsto

no Decreto-lei nº 174/2001, de 31 de Maio, isto é, 100 horas/ano para o pessoal das carreiras técnica e técnica superior e 70 horas/ ano para as restantes carreiras, criando condições efectivas para o exercício deste direito;

• Por outro lado é absolutamente essencial que se deixem de verificar

casos, os quais são cada vez mais frequentes, de pessoas que são impedidas de frequentarem acções de formação.

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II – Emprego Precário Os sucessivos Governos vêm desperdiçando diversas oportunidades de acabar com o emprego precário maciço nos serviços públicos. Em 1996 iniciou-se um processo lento e burocratizado de regularização do emprego precário herdado de anteriores governos mas recusaram-se diversas propostas da Frente Comum que o resolveriam em definitivo. A última foi a possibilidade de o pessoal que não tivesse vínculo, mas que estando a desempenhar funções de carácter permanente há mais de um ano, pudesse concorrer a concursos internos de ingresso nos quadros. Esta atitude levou a que existam hoje, no Ministério da Saúde cerca de 25 mil trabalhadores em situação precária de emprego (segundo os dados do Balanço Social do Ministério respeitantes a 2001, os últimos disponíveis). Desde o início do ano 2000 que vêm sendo mandados embora dos serviços inúmeros profissionais que, fazendo falta aos serviços e tendo tido formação profissional para o exercício das respectivas funções, têm também uma impossibilidade legal de renovação dos respectivos contratos. Esta situação para além da instabilidade que gera nos próprios é também geradora de desperdício e de instabilidade nos serviços, pois perde-se também a experiência e o saber fazer que estas pessoas adquiriram. Desde o ano 2000 procurou-se colmatar esta situação com a prorrogação sucessiva dos respectivos contratos. Essa medida não resolveu o problema uma vez que em 2000 nem todos os contratos foram abrangidos e nos anos seguintes só foram abrangidos os que haviam sido já prorrogados no ano anterior. Resultado: milhares de trabalhadores foram despedidos! Urge pois pôr cobro a esta situação e resolver o problema de uma vez por todas.

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E advogamos essa solução definitiva não só na defesa dos interesses dos trabalhadores nessa situação mas também na defesa dos interesses do Serviço Nacional de Saúde. Assim, defendemos que devem ser tomadas as seguintes medidas: 1) Resolução dos casos existentes O pessoal actualmente a prestar funções nas instituições do Serviço Nacional de Saúde, em situação de Contrato a Termo Certo, Recibo Verde ou outro (por exemplo “voluntários” a receberem somente senhas de almoço como forma de garantirem um futuro contrato), e a satisfazer necessidades permanentes dos serviços, deve ser integrado nos quadros de pessoal, com vínculo de emprego público. 2) Criação de um regime próprio para a Saúde Deve ser criado um regime próprio de contratação para a Saúde. Este regime deve obedecer às seguintes premissas: a) Fim do congelamento de Admissões. b) Dotação dos Serviços de todo o pessoal necessário ao seu regular

funcionamento atentas as suas atribuições. c) Possibilidade de as Administrações poderem contratar novo pessoal

para o seu quadro de efectivos. d) Caso o número de pessoal definido em b), e que deve ser revisto

anualmente, ser ultrapassado sem que existam novas atribuições ou sem que se obtenham ganhos em saúde, as administrações devem ser responsabilizadas.

e) Possibilidade de contratação a termo ou a recibo verde só para funções

transitórias ou de assessoria técnica.

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♦ Uma outra situação que carece de ser resolvida, tem a ver com os

trabalhadores que estão nos serviços, a satisfazerem necessidades permanentes, ao abrigo dos programas ocupacionais.

Trata-se, em muitos casos, de trabalhadores que quando, em 1993, atingiram os 3 anos de contrato passaram para este regime e que não foram abrangidos pelo Decreto-Lei 81-A/96 e que carecem de ser integrados. Por outro lado têm-se verificado novas admissões neste âmbito, em nosso entender claramente ilegais, a que têm de ser definitivamente abandonadas. 3) Proposta concreta de solução para o problema Para a solução definitiva do problema fazemos a seguinte proposta concreta de diploma:

“Artigo 1º ( Contratos Administrativos de Provimento )

Os trabalhadores dos serviços e organismos do Ministério da Saúde, que se encontram em regimes de trabalho não permanentes, nomeadamente os Contratados a Termo Certo ao abrigo dos Decretos-Lei 427/89 e 11/93, os Recibos Verdes, os Avençados, os integrados em Programas Ocupacionais, os colocados em serviços do Ministério da Saúde por empresas de aluguer de mão de obra, os contratados por empresas, IPSS's ou outras instituições a prestarem serviço em serviços do Ministério da Saúde, a executarem funções de carácter permanente, com subordinação hierárquica e horário completo, passam ao regime de Contrato Administrativo de Provimento, por um ano, renovável por uma vez e por igual período.

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Artigo 2º

( Descongelamento de Admissões ) Os lugares vagos dos quadros dos serviços e organismos do Ministério da Saúde são descongelados, sendo a sua gestão da responsabilidade das respectivas administrações.

Artigo 3º ( Quadros )

1. Os quadros dos serviços e organismos do Ministério da Saúde são

todos revistos no prazo máximo de um ano. 2. Os quadros referidos no número anterior são revistos anualmente. 3. Os quadros podem prever a evolução das respectivas dotações em

vários anos sucessivos, por forma a ser possível estabelecer planos de promoção e admissão de trabalhadores.

Artigo 4º

( Integração nos Quadros )

Após a publicação dos quadros referidos no número 1 do artigo anterior os Contratos Administrativos de Provimento celebrados ao abrigo do artigo 1º do presente diploma convertem-se em nomeação no quadro ou mapa de pessoal do serviço ou organismo.

Artigo 5º ( Responsabilidade )

1. Após a publicação de todos os quadros previstos no número 1 do artigo 3º e da aplicação do artigo anterior os dirigentes máximos dos serviços e organismos do Ministério da Saúde que contratem pessoal para o exercício de funções de carácter permanente dos serviços, sem ser por nomeação em lugar do quadro, são responsáveis civil e disciplinarmente pelo facto e ficam ainda obrigados à reposição nos cofres do Estado dos abonos indevidamente processados e pagos.

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2. A não publicação dos quadros no prazo previsto no número 1 do

artigo 3º não faz precludir o direito dos trabalhadores à sua integração nos quadros, sendo os membros do Governo responsáveis pelo atraso e responsabilizados nos termos do número anterior.

3. Os trabalhadores eventualmente contratados nas condições referidas

no número 1 deste artigo têm direito à sua integração no quadro.” 4) Contagem de tempo de serviço para todos os efeitos • É necessário que o tempo de serviço prestado em situação precária seja

contado, para todos os efeitos legais, tal como já aconteceu para os enfermeiros.

Não faz qualquer sentido que quem passou mais de 10 anos em situação precária continue nos primeiros escalões da sua carreira, quando já deveria estar no quarto escalão ou superior. III - Suplemento de Risco, Insalubridade e Penosidade Mais de sete anos após a publicação do Decreto-Lei 53-A/98, de 11/3, é absolutamente incompreensível que esta matéria continue sem estar regulamentada no Ministério da Saúde, aquele onde estas questões mais se fazem sentir. • Aquilo que defendemos nesta matéria é que ela deve avançar em

conjunto e de igual modo para todos os profissionais que laborem num dado tipo de instituição.

• Consideramos completamente desadequado, sob vários pontos de vista,

que esta matéria seja regulamentada carreira a carreira.

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IV – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Matéria intimamente ligada à anterior. Aqui consideramos que devem ser tomadas as seguintes medidas imediatas: 1 – Serviços de Saúde Ocupacional Estes serviços devem ser criados, pelo menos, em todos os Hospitais, Sub-Regiões de Saúde, Centros de Saúde, INSA, INEM e IPS. Esta criação é tanto mais imperiosa quanto, um dos aspectos referidos no inquérito da Inspecção Geral da Saúde sobre a cobrança das taxas moderadoras, era o de que os trabalhadores se auto isentavam das taxas, quando isso acontece porque não existem serviços de saúde ocupacional. 2 – Representantes para SHST e Comissões de SHST

Deve ser estabelecido um protocolo entre o Ministério da Saúde e as organizações sindicais por forma a calendarizar-se o avançar para a eleição dos representantes e para a constituição das Comissões de Higiene e Segurança no Trabalho em todos os serviços do Ministério o mais rapidamente possível. V – Situações Atípicas

Trata-se de um conjunto de trabalhadores, não mais de algumas, poucas, centenas, com as mais diversas designações, mas cujas funções nada têm a ver com as designações que possuem e que constam dos Decretos Regulamentares 23/91, de 19/4 e 36/92, de 22/12.

• Em nosso entender devia ser procurada, para estes trabalhadores, a sua integração em carreiras existentes e nas quais, na maior parte dos casos, já executam funções.

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Desde já manifestamos a nossa inteira disponibilidade para colaborarmos nesse processo.

Sobre esta matéria, existiu já um projecto de diploma sobre o qual nos pronunciámos, mas cujo processo negocial nunca foi concluído. No âmbito desse processo, fomos informados de que existia já um documento de estudo sobre como concretizar a nossa proposta de solução, o qual, no entanto, nunca nos foi presente.

No entanto, e caso não seja entendido avançar com este tipo de solução, existem 3 situações que carecem de um tratamento especial no processo, que terá de ser empreendido, de aplicação do D. Lei 404-A/98 a estes trabalhadores, são elas: 1 – As carreiras do INEM Trata-se de duas carreiras que aqui estão incorrectamente incluídas. Falamos das carreiras de Técnico Auxiliar de Emergência Médica e de Auxiliar de Telecomunicações de Emergência. Sobre este assunto ver a proposta apresentada no Capítulo B, V. 2 – Assistentes de Dador

Ver o ponto VIII do Capítulo B. 3 – Sanidade Marítima Trata-se de profissionais com as designações de Oficial Interprete e Tripulantes, os quais desempenham funções idênticas às dos Técnicos Auxiliares Sanitários. Neste quadro propomos que estes trabalhadores sejam integrados naquela carreira, com o consequente tratamento em termos de uma eventual integração na carreira de Técnico de Saúde Ambiental.

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VI – Pessoal Auxiliar com funções Administrativas O problema do emprego precário não é uma questão de agora no Ministério da Saúde. Em 1993, 1994 e 1995 foi tentado resolver pela atribuição de quotas de descongelamento. Em 1993 as quotas só foram disponibilizadas para as carreiras específicas de saúde, deixando o pessoal administrativo de fora e nos anos seguintes as quotas para aquela carreira foram em número muito inferior às pessoas existentes na realidade. Toda esta situação motivou que, para garantir o vínculo, o pessoal em situação precária e a desempenhar funções administrativas, tivesse concorrido, para as carreiras dos Serviços Gerais da Saúde, ganho os concursos e preenchido os lugares do quadro. Só que fizeram-no com a garantia das administrações que continuariam a desempenhar as mesmas funções e que oportunamente fariam concurso interno para a carreira administrativa. A primeira parte foi cumprida, mas a segunda, em muitos serviços, não! Resultado: existe um conjunto de trabalhadores que ainda hoje, embora esteja de facto integrado nas carreiras dos Serviços Gerais de Saúde, desempenham, e sempre desempenharam, funções administrativas.

A situação agravou-se, do ponto de vista da injustiça relativa, quando estes trabalhadores viram os Escriturários Dactilógrafos (mesmo sem o 9º ano que estes possuem na sua grande maioria) serem integrados, e muito justamente, na carreira administrativa.

Mais revoltados ficaram ainda quando viram os seus colegas em situação precária, também aqui com inteira justiça, serem integrados na carreira administrativa.

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É evidente, e realçamo-lo, que ambas as situações foram inteiramente justas. O que não é justo é que não se encontre uma solução para estes trabalhadores quando o D. Lei 404-A/98, ao elevar o nível habilitacional para o ingresso na carreira administrativa para o 11º ano, os veio impedir de poderem aceder à carreira administrativa com o 9º ano, como lhes tinha sido prometido pelas respectivas administrações. • O que aqui se propõe é extremamente simples e da mais elementar

justiça – é que se promova uma medida legislativa que faça (ou que venha a permitir) a reclassificação profissional destes trabalhadores para a carreira administrativa, sem a exigência do 11º ano.

VII – Abono para falhas

Em 6 de Janeiro de 1989 foi publicado o Decreto-Lei nº 4/89 que instituiu o abono para falhas. Aquele diploma legal estabelece que têm direito a abono para falhas, os Tesoureiros e os “funcionários e agentes que, não se encontrando integrados na Carreira de Tesoureiro, manuseiem ou tenham à sua guarda, nas áreas de tesouraria ou cobrança, valores, numerário, títulos ou documentos, sendo por eles responsáveis”. (alínea b), do nº 1 do artigo 2º). O nº 2 do mesmo preceito legal estabelece que “no caso da alínea b) do nº anterior, as categorias que em cada departamento ministerial têm direito ao abono para falhas são determinados por despacho conjunto do respectivo ministro e do Ministro das Finanças”. Tal despacho, apesar das múltiplas insistências feitas e das diversas formas de luta empreendidas pelos trabalhadores, nunca saiu, no Ministério da Saúde.

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E, como se sabe, tanto nos hospitais como, principalmente, nos Centros de Saúde, o número de trabalhadores que têm à sua guarda dinheiro e/ou valores é elevado, operando, muitas das vezes sem as mais elementares condições de segurança. Já em 1998, veio a sair uma alteração ao D. Lei 4/89 (o D. Lei 276/98, de 11/9) o qual veio clarificar a atribuição do abono para falhas, e que pode ser de particular utilidade no Ministério da Saúde. Acontece que nem aquela alteração fez com que, finalmente, o despacho visse a luz do dia! • Urge pois pôr cobro a esta situação e acabar com um atraso de mais de

16 anos; • Por outro lado é absolutamente essencial que existam meios físicos para

que os trabalhadores possam guardar o dinheiro e/ou os valores de forma segura.

A recente divulgação de um inquérito da Inspecção Geral da Saúde, que lançou um labéu acusatório sobre os trabalhadores, mais impõe a resolução deste problema. Não é mais possível continuar a responsabilizar os trabalhadores pelo dinheiro que desaparece ou pelos enganos, quando estes não têm condições para a guarda dos valores que lhes estão confiados. VIII – Horários e Escalas 1 - Aplicação do D. Lei 62/79 a todos os serviços da saúde O Decreto-Lei 62/79, de 30/3 é o diploma que rege os horários nos hospitais.

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Desde já há algum tempo que o facto de, nos Centros de Saúde, o diploma se aplicar a uns trabalhadores e não a outros vem gerando problemas. Por outro lado, pelo D. Lei 437/91, aquele diploma foi aplicado a todos os Enfermeiros, independentemente de estarem em hospitais ou não. Ora, toda esta situação está a gerar o mais profundo descontentamento e confusão nos serviços. Existem serviços onde pessoal da mesma carreira tem regimes de horários diferentes! Existem serviços onde uma carreira – a de enfermagem – tem um regime de horários diferente de todos os outros! É a grande confusão para os trabalhadores e para os serviços! • A forma de acabar com esta balbúrdia é simples, e tem (se tiver)

encargos mínimos – é aplicar o Decreto-Lei 62/79 em todos os serviços, a todos os trabalhadores de igual modo.

2 - Escalas Desde há algum tempo, tem-se instalado nos serviços, de forma completamente incompreensível, a grande confusão na elaboração das escalas do pessoal. De facto instalou-se a ideia de que os horários têm que ser aferidos ao mês, ou em períodos de quatro semanas. Ora, como os meses teimam em ter mais de quatro semanas e os dias teimam em não terem somente vinte e uma horas (período de tempo que dividido por 3, permitiria turnos de 7 horas, o que em 5 dias por semana daria as 35 horas semanais), a confusão e o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores é geral.

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Durante anos e anos nunca houve problemas na feitura das escalas pois estas eram feitas segundo um modelo de escala perpétua, a qual permite que os trabalhadores possam organizar a sua vida pessoal e familiar com grande antecedência, uma vez que somente é alterada por razões imprevistas. Este modelo de escala permite a aferição da carga horária semanal em períodos de cinco semanas, o que nunca constituiu problema. Aquilo que actualmente se quer praticar, somente para alguns profissionais, leva à completa imprevisibilidade das escalas, à desregulação da vida pessoal e familiar, às permanentes alterações das escalas, à atribuição casuística das folgas e dos feriados, etc, etc. • É absolutamente essencial por cobro a esta situação através de medida

regulamentar, que instrua a forma como o tempo de trabalho deve ser organizado.

IX – Serviços Gerais da Saúde Nesta carreira e para além daquilo que propomos em B, é necessário que se resolva um conjunto de problemas relacionados com a correcta aplicação do Decreto-Lei 413/99, de 15 de Outubro, nomeadamente: a) Concretizar as reclassificações que o diploma prevê e que os serviços

não concretizaram, nomeadamente as constantes do artigo 6º do Decreto-Lei 413/99, de 15 de Outubro;

b) Na sequência dessas reclassificações é necessário que se proceda à

adaptação dos quadros/mapas de pessoal dos Centros de Saúde, por forma a que os trabalhadores actualmente integrados na carreira de Auxiliar de Apoio e Vigilância, mas que executam funções doutras carreiras, nomeadamente de Auxiliar de Acção Médica, sejam integrados nas carreiras onde executam funções.

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c) Contar o tempo de serviço, para efeitos de posicionamento nos escalões,

às antigas Serventes das ARS’s que foram integradas nas carreiras dos Serviços Gerais da Saúde.

Chefia do pessoal dos Serviços Gerais

Em diversos serviços tem-se estado a assistir ao retirar de funções ao pessoal de Chefia das Carreiras dos Serviços Gerais da Saúde (Encarregados de Sector; Encarregados de Serviços Gerais e Chefes de Serviços Gerais). Esta retirada de funções é supostamente fundamentada na pretensa aplicação da alínea c), do artigo 23º, do Decreto-Lei 188/2003, de 20 de Agosto. Ora nem, em nossa opinião, aquele preceito legal é aqui aplicável, nem o seu conteúdo pode afastar a aplicação de outro diploma de igual valor, que regulamenta a carreira destes profissionais, a saber, o Decreto-Lei 231/92 de 21 de Outubro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 413/99, de 15 de Outubro. Nomeadamente têm estado a ser retiradas funções na área de elaboração das escalas de pessoal e da atribuição das Classificações de Serviço/Avaliação do Desempenho, o que, a todos os títulos é ilegal, tendo em conta o disposto nos pontos 10 a 12 do Anexo II ao Decreto-Lei 231/92 e no artigo 11º do mesmo diploma legal, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 413/99. • Neste quadro torna-se necessário por cobro a esta situação através de

medida regulamentar, que esclareça a forma como a Chefia do pessoal dos Serviços Gerais da Saúde é exercida e a sua articulação com o disposto no Decreto-Lei 188/2003.

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X – Instituto Nacional de Emergência Médica É necessário encontrar uma solução urgente para os trabalhadores que desempenham funções de Operadores de Telecomunicações de Emergência e que não estão integrados no quadro de pessoal do INEM. Estes trabalhadores são absolutamente necessários para a actividade de socorro de emergência, desenvolvida pelo INEM. Aliás, sem estes trabalhadores a actividade do INEM é desprovida de qualquer sentido prático e não faz qualquer tipo de sentido que só uma pequena parte tenha uma ligação estável com o INEM. A “solução” entretanto encontrada para estes trabalhadores não faz sentido porquanto mantém a sua situação de precariedade. A única solução justa é a sua integração no quadro de pessoal do INEM, em regime de emprego publico, e enquadrados na carreira que propomos para estes trabalhadores em B, V. Quanto a trabalhadores de outras carreiras que estão nesta mesma situação, é de promover a sua integração no quadro de pessoal do INEM, em regime de emprego público, e enquadrados na carreira onde actualmente executam funções. XI – Reclassificações/Reconversões profissionais

É absolutamente necessário que sejam emitidos os despachos Conjuntos previstos no artigo 9º do Decreto-Lei 497/99, no sentido de poderem ser efectivadas as reconversões profissionais a que os trabalhadores têm direito, uma vez que, desde há muitos anos que se encontram a executar funções mais qualificadas, para as quais não possuem as habilitações literárias necessárias.

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É ainda necessário que se proceda, no mais curto espaço de tempo possível à reclassificação dos trabalhadores que, nos Centros de Saúde, estando integrados na carreira de Auxiliar de Apoio e Vigilância, executam efectivamente funções de Auxiliar de Acção Médica.

XII – Deslocação para a Periferia Neste aspecto é necessário regulamentar o nº 4, do artigo 2º, do Decreto-Lei 190/99, de 5/6, por forma a o aplicar aos Corpos Especiais da Saúde. Uma vez que sempre foi nossa opinião que nada justificava a não aplicação directa do diploma, em termos idênticos, aos Corpos Especiais, pensamos que, naquilo que o Decreto-Lei 190/99 dispõe, as condições devem ser as mesmas. • O que pensamos dever ser objecto de regulamentação específica, são

outro tipo de incentivos relacionados com a actualização e formação profissional, e com os equipamentos não existentes nos locais de destino, que são, tantas vezes, as reais razões de “fuga” à ida para serviços fora dos grandes centros.

Neste aspecto pensamos que devem ser encaradas soluções que garantam a frequência periódica de acções de actualização profissional em unidades de ponta, como estágios anuais nessas unidades; a participação em seminários, em encontros e em cursos de formação profissional, num número mínimo de horas anuais, etc. Devem ainda poder ser encaradas seriamente a possibilidade de, aliada à deslocação, serem desenvolvidos projectos inovadores nas unidades de destino. De referir que o projecto que em determinada altura foi apresentado e que nunca viu a luz do dia era completamente inaceitável, pelo menos para os profissionais que representamos.

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XIII – Quadros de Pessoal Este é um aspecto essencial para um bom funcionamento dos serviços e para garantir o direito à carreira dos funcionários. • Para garantir o bom funcionamento dos serviços é absolutamente

necessário dotar os quadros com o pessoal necessário ao seu bom funcionamento. É ainda necessário acabar com o emprego precário.

Nos Centros de Saúde é também necessário que sejam criados lugares de Auxiliares de Acção Médica.

• Para garantir o direito à carreira dos funcionários é necessário que os

quadros de pessoal sejam de dotação global, também nos Corpos Especiais.

• Por outro lado, é necessário que os lugares de chefia, nomeadamente na

carreira dos serviços gerais da saúde, correspondam aos racios fixados na lei, que sejam preenchidos e que lhes sejam atribuídas as suas funções.

XIV – Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

Quanto a esta carreira, e no enquadramento actual, há que intervir nas seguintes matérias: 1. Conselho Nacional das Profissões de Diagnóstico e Terapêutica Após a criação deste Conselho, pelo Decreto-Lei 320/99, de 11 de Agosto, nunca a sua composição foi esclarecida nem foi posto a funcionar, o que urge fazer.

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2. Técnicos Directores e Coordenadores // Conselho Técnico Existe a necessidade de rever, esclarecendo, as regras de designação destes graus da carreira, impondo a sua criação, com a consequente criação dos Conselhos Técnicos previstos no artigo 13º do Decreto-Lei 564/99, de 21 de Dezembro. XV – Técnicos Superiores de Saúde O processo de ingresso na carreira dos Técnicos Superiores de Saúde é extremamente complexo, sendo aliás uma das questões onde se impõe rever esta carreira. Esse processo impõe a realização de um estágio profissional de duração variável (entre 1 e 4 anos), o qual atribui um grau de especialista, que é condição indispensável para o ingresso. Ora, com o congelamento de admissões na Função Publica as admissões a estágio não se têm verificado. Mas as necessidades dos serviços existem e estes são autorizados a fazerem contratações a termo para ocorrerem a essas necessidades permanentes dos serviços. Esses trabalhadores são contratados pela categoria de ingresso na carreira, (Assistente). Permanecem nessa situação durante anos a fio, (existem neste momento trabalhadores com mais de 6 anos nessa situação), executando todas as funções inerentes à carreira. Quando se lhes coloca a questão de ingressarem nos quadros e abrem os concursos, são confrontados com duas situações; têm de passar a estagiários e vêm o seu vencimento reduzido.

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Ora, esta situação é inaceitável, uma vez que já prestaram serviço de caracter permanente durante vários anos, em muitos casos superior aquela que teria sido a duração do estágio, executando todas as funções inerentes à carreira. É pois por isso incorrecto que sejam sujeitos ao processo normal que está definido para quem sai do seu curso e não tem nenhuma experiencia profissional. Esta situação já ocorreu noutras alturas, tendo sido resolvida, por exemplo, pelo Decreto-Lei 38/2002, de 26 de Fevereiro. Neste momento estão em curso diversos concursos para ingresso nos quadros de profissionais nas situações que descrevemos, pelo que se impõe como inteiramente justa uma medida legislativa como a do Decreto-Lei 38/2002.

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B – CARREIRAS I) Administrativos da Saúde Apresentamos a seguinte proposta de criação de carreiras nesta área: ÁREA ADMINISTRATIVA 1. CHEFE DE SECÇÃO 1.1. Tabela Categoria 1 2 3 4 5 6 Chefe Secção 350 370 390 420 450 480 1.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos 1.2. Transição A transição opera-se aplicando o tempo na carreira de Chefe de Secção aos escalões propostos, segundo módulos de 3 anos. 1.3. Ingresso O ingresso em Chefe de Secção processa-se de entre Assistentes Administrativos, posicionados no quarto escalão ou superior, e Tesoureiros, posicionados no quarto escalão ou superior.

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2. TESOUREIRO 2.1. Tabela Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 Tesoureiro 270 280 300 320 340 365 380 390 2.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 2.2. Transição Escalão a escalão. 2.3. Ingresso O ingresso faz-se por concurso, de entre Assistentes Administrativos com mais de 3 anos de exercício efectivo de funções. 2.4. Acesso Os Tesoureiros posicionados no terceiro escalão ou superior podem concorrer a Chefe de Secção.

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3. CARREIRA DE ASSISTENTE ADMINISTRATIVO DA SAÚDE 3.1. Tabela

Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A Administrativo da Saúde 225 240 255 270 285 300 315 330 345 360 375 390 3.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 3.2. Transição 3.2.1. Os actuais Assistentes Administrativos Especialistas, Assistentes Administrativos Principais e Assistentes Administrativos, transitam para a categoria de Assistente Administrativo, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de um terço do seu tempo de serviço prestado às funções administrativas, aos escalões criados, segundo módulos de dois anos. 3.2.1.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, serão adicionados tantos escalões quantas as promoções havidas, tanto no regime que vigorou até Janeiro de 1998, quer após a aplicação do Decreto-Lei 404-A/98. 3.2.2. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde ficar posicionado.

3.2.3. Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários.

3.3. Ingresso

O ingresso na carreira de Assistente Administrativo é feito por concurso, de entre indivíduos habilitados com o 11º Ano de escolaridade ou equivalente.

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3.4. Acesso Os Assistentes Administrativos posicionados no quarto escalão ou superior podem ser promovidos a Chefe de Secção, mediante concurso. 3.5. Intercomunicabilidade 3.5.1. – Existe intercomunicabilidade horizontal entre a carreira de Assistente Administrativo da Saúde e as restantes carreiras de Assistente Administrativo dos outros Ministérios. 3.5.2. – Existe intercomunicabilidade vertical entre a carreira de Assistente Administrativo da Saúde e a carreira Técnica mediante Formação Profissional Certificada a regulamentar.

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II) Técnico Profissional dos Serviços de Saúde CARREIRA TÉCNICO PROFISSIONAL DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

1. Tabela

Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Coordenador 370 390 420 450 480 T Profissional 225 240 255 270 285 300 315 330 345 360 375 390 410 1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 2. Transição 2.1. Os actuais Coordenadores transitam escalão a escalão.

2.2. Os actuais Técnicos Profissionais de 2ª, de 1ª classes, Principais, Especialistas e Especialistas Principais, que exercem funções em carreiras designadas de Secretariado Clinico, Secretarias de Unidade e Secretarias de Piso, ou com outras designações mas dentro desta área profissional, transitam para categoria de Técnico Profissional dos Serviços de Saúde, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de um terço do seu tempo de serviço prestado às funções, aos escalões criados, segundo os módulos de dois anos.

2.3. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, serão adicionados tantos escalões quantas as promoções havidas, tanto no regime que vigorou até Janeiro de 1998, quer após a aplicação do Decreto-Lei 404-A/98, isto é : Técnico Profissional Especialista Principal – mais 4 escalões; Técnico Profissional Especialista - mais 3; Técnico Profissional Principal - mais 2; Técnico Profissional de 1ª mais 1.

2.3.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, será adicionado mais um escalão aos trabalhadores que são originários da antiga Carreira Técnico Profissional de nível 4 (Técnicos Adjuntos).

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2.4. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde fica posicionado. 2.5. Nos casos em que, em virtude da aplicação das regras de transição resultar, eventualmente, redução do vencimento actualmente auferido, o trabalhador será posicionado em escalão a que corresponda, no mínimo, um acréscimo salarial de 20 pontos indiciários. 3. Ingresso O ingresso faz-se por concurso, de entre profissionais possuidores do 11º ano ou equivalente e de Curso Técnico Profissional, da área profissional para que foi aberto o concurso, para o escalão 1 da categoria de Técnico Profissional. 4. Acesso Os Técnico Profissionais de Serviços de Saúde posicionados no quinto escalão ou superior podem concorrer a Coordenador. 5. Intercomunicabilidade Existe intercomunicabilidade entre a carreira de Técnico profissional dos Serviços de Saúde e a carreira Técnica mediante Formação Profissional Certificada a regulamentar.

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III) Motoristas Apresentamos a seguinte proposta de criação desta carreira: CARREIRA DOS MOTORISTAS DA SAÚDE 1. – Tabela

Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Encarregado 245 255 265 275 290 305 320 340 Motorista da Saúde 195 205 220 235 255 275 300 315 330 1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos 2. Transição 2.1. Os actuais Motoristas de Ligeiros, de Pesados e de Transportes Colectivos, ao serviço de instituições e serviços do Serviço Nacional de Saúde, INEM, IPS, INSA e SPTT, bem como os profissionais integrados noutras carreiras, que executem funções de Motorista naqueles serviços, transitam para a nova carreira de Motorista da Saúde, escalão a escalão. 2.1.1. Os actuais Motoristas, que transitam para a nova carreira e que estão posicionados no escalão 8 à mais de três anos, transitam para o escalão 9.

2.1.2. O tempo de serviço prestado em situação precária de emprego é contado para efeito dos escalões e os trabalhadores reposicionados no respectivo escalão.

3. Ingresso

O ingresso na carreira de Motorista da Saúde faz-se de entre indivíduos habilitados com a escolaridade obrigatória, e possuidores da Carta de Motorista de Transportes Colectivos, por concurso.

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Quem já executa funções de motorista, mas ainda não está integrado nos quadros de pessoal, pode ingressar com o título de condução que possui. 4. Acesso O acesso à categoria de Encarregado faz-se de entre profissionais da carreira de Motorista da Saúde, posicionados no quarto escalão ou superior, por concurso.

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IV) Operários Apresentamos a seguinte proposta para as carreiras desta área, no Ministério da Saúde: 1. CARREIRA DE OPERÁRIO ALTAMENTE QUALIFICADO 1.1. Tabela

Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Encarregado 310 325 340 360 380 400 Operário 225 240 255 270 285 300 315 330 345 360 375 1.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 1.2. Transição Transitam para a carreira de pessoal Operário Altamente Qualificado as profissões previstas no ponto 2º da Portaria 807/99, de 21 de Setembro, e bem assim aquelas que o ponto 2 da Portaria 739/79, de 31 de Dezembro incluía no grupo das profissões operárias qualificadas. 1.2.1. Os Operários Principais e os Operários da carreira Operária Altamente Qualificada, transitam para a categoria de Operário da carreira Operaria Altamente Qualificada, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de metade do seu tempo de serviço prestado às funções, aos escalões criados, segundo módulos de dois anos. De igual modo transitam os Operários Principais e os Operários da carreira Operária Qualificada, cujas profissões transitam agora para a carreira Operária Altamente Qualificada. 1.2.1.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, será adicionado um escalão aos Operários Principais.

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1.2.2. Os Encarregados de Operário Qualificado, das profissões que agora transitam para a carreira Operaria Altamente Qualificada e os Encarregados Gerais, das áreas de pessoal que vierem a transitar para a carreira de Operário Altamente Qualificado, transitam para a categoria de Encarregado da carreira de Operário Altamente Qualificado, escalão a escalão. 1.2.2.1. Aos actuais Encarregados Gerais será adicionado mais um escalão. 1.2.3. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde ficar posicionado. 1.2.4. Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários. 1.3. Ingresso O ingresso na carreira de Operário Altamente Qualificado faz-se por concurso, de entre indivíduos habilitados com curso de formação profissional da respectiva área e com o 11º Ano de escolaridade. 1.4. Acesso A promoção para a categoria de Encarregado de Operário Altamente Qualificado faz-se de entre Operários Altamente Qualificados posicionados no quarto escalão ou superior.

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2. CARREIRA DE OPERÁRIO QUALIFICADO 2.1. Tabela Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Encarregado 240 260 280 300 320 340 Operário 180 190 200 210 220 230 245 260 275 290 310

2.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 2.2. Transição Transitam para a nova carreira de pessoal Operário Qualificado as áreas da actual carreira de Operário Qualificado que não transitem para a carreira de Operário Altamente Qualificado, mediante as seguintes regras: 2.2.1. Os Operários Principais e os Operários da actual carreira Operária Qualificada, que não transitem para a carreira Operaria Altamente Qualificada, transitam para a nova categoria de Operário Qualificado, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de metade do seu tempo de serviço prestado à carreira, aos escalões criados, segundo módulos de dois anos. 2.2.1.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, será adicionado mais um escalão aos Operários Principais. 2.2.2. Os Encarregados Gerais e os Encarregados de Operário Qualificado que não transitaram para a carreira de Operário Altamente Qualificado, transitam para a categoria de Encarregado de Operário Qualificado, no respectivo escalão. 2.2.2.1. Aos actuais Encarregados Gerais será adicionado mais um escalão.

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2.2.3. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde ficar posicionado. 2.2.4. Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários. 2.3. Ingresso O ingresso na carreira de operário qualificado faz-se por concurso, de entre indivíduos habilitados com curso de formação profissional da respectiva área e o 9º Ano de escolaridade. 2.4. Acesso A promoção para a categoria de Encarregado de Operário Qualificado faz-se de entre Operários Qualificados posicionados no quarto escalão ou superior. 3. CARREIRA DE OPERÁRIO SEMI-QUALIFICADO 3.1. Tabela Categoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Encarregado 210 220 235 250 270 290 Operário 150 160 170 180 190 200 210 225 240 255 270 Ajudante 120

3.1.1. Progressão nos Escalões

Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 3.2. Transição Transitam para a carreira de Operário Semi-Qualificado os actuais Operários da carreira de Operário Semi-Qualificado, mediante as seguintes regras.

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3.2.1. Os Operários da actual carreira Operária Semi-Qualificada, transitam para a categoria de Operário da carreira de Operário Semi-Qualificado, escalão a escalão. 3.2.1.1. Os Operários da carreira de Operário Semi-Qualificado actualmente posicionados no escalão 8 são reposicionados nos escalões, tendo em conta o tempo de serviço que possuem no oitavo escalão, por módulos de 3 anos. Isto é, quem possuir mais de 3 e menos de 6 anos passa para o nono escalão, quem possuir mais de 6 e menos de 9 anos no oitavo escalão passa para o décimo e quem possuir mais de nove anos no oitavo escalão passa para o décimo primeiro escalão. 3.2.2. Os Encarregados de Operário Semi-Qualificado, transitam para a mesma categoria e escalão. 3.2.3. Os actuais Ajudantes transitam para Ajudante. 3.2.4. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde ficar posicionado. 3.2.5. Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários. 3.3. Ingresso O ingresso na carreira de Operário Semi-Qualificado faz-se mediante concurso de provas práticas, de entre indivíduos com a escolaridade obrigatória e carteira profissional na respectiva área, ou pelo recrutamento, por concurso, para ajudante. 3.4. Acesso 3.4.1. A promoção para a categoria de Encarregado de Operário Semi-Qualificado, faz-se de entre Operários Semi-Qualificados, posicionados no quarto escalão ou superior.

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3.4.2. Os Ajudantes são promovidos a Operário, no primeiro escalão, ao fim de um ano, desde que com avaliação positiva. 3.4.2.1. O tempo de Ajudante conta como prestado na categoria de operário.

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V) Carreiras do INEM Sobre este assunto, já referido em A, V, 1. apresentamos a proposta constante do anexo 1, o qual inclui o seu historial e a sua fundamentação. VI) Serviços Gerais da Saúde Nesta carreira é necessário concretizar os compromissos assumidos na Acta assinada em 23/7/99 e respectivas declarações anexas. Assim, e para além do desenvolvimento do estudo, que devia ter sido iniciado em Janeiro de 2000 e que ainda o não foi, e para além dos pontos referidos noutro local deste documento, é necessário retomar o processo de reestruturação destas carreiras. Efectivamente, com a elevação, cada vez maior do nível das carreiras de Enfermagem e dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, é cada vez mais amplo o fosso existente para as carreiras auxiliares que, com formação, podem assumir um conjunto de funções, que em muitos casos já exercem sem nenhuma preparação, situadas na área das carreiras técnico-profissionais. Resumindo, torna-se necessário: • Iniciar o estudo conducente à reanálise dos campos de actuação e dos

níveis de qualificação, do conjunto das carreiras que concorrem nesta área, por forma a encontrar as soluções adequadas.

• Resolver as questões elencadas na declaração desta Federação, anexa à

acta citada. Também sobre esta carreira apresentaremos uma proposta concreta tendo em vista a sua reestruturação:

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GRUPO DE PESSOAL DOS SERVIÇOS GERAIS DA SAÚDE 1. Tabela 1.1. Chefias

Categoria 1 2 3 4 5 6 Chefe de Serviços Gerais 290 310 330 350 370 390Encarregado de Sector 275 295 315 335 355 380 1.2. Carreiras

ÍNDICE/ESCALÃO

ÁREA

CARREIRAS

CATEGORIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

T Ax. A. Médica 215 230 245 260 280 290 310 330 350 370

T. AUXILIAR AC. MÉDICA Aux. A. Médica 175 185 195 210 225 240 255 270 285 300

ACÇÃO MÉDICA

T. A. Barbearia T. Aux. Barbearia 190 210 230 250 270 290 310 330 350 370Cozinheiro 215 230 245 260 280 290 310 330 350 370

ALIMENTAÇÃO

Cozinheiro Aj. Cozinheiro 175 185 195 210 225 240 255 270 285 300

T. A. A. Controlo 215 230 245 260 280 290 310 330 350 370 APROV. E CONTROLO

T. Aux. Aprovi- sionamento e

Controlo

Aux A. Controlo 175 185 195 210 225 240 255 270 285 300

T. Aux. Lavandaria 215 230 245 260 280 290 310 330 350 370TRATA-MENTO ROUPA

Tec. Aux. Lavandaria

Op. Lavandaria 175 185 195 210 225 240 255 270 285 300

1.1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 2. Transição 2.1. – Transitam para a categoria de Chefes de Serviços Gerais os actuais Chefes de Serviços Gerais e os Encarregados de Serviços Gerais, segundo as seguintes regras:

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2.1.1. – Os actuais Chefes de Serviços Gerais, posicionados nos escalões 1, 2, 3 e 4, para o escalão 3, 4, 5 e 5, respectivamente. 2.1.2. - Os actuais Encarregados de Serviços Gerais, posicionados nos escalões 1, 2, para o escalão 1 e os posicionados no escalões 2 e 3, para o escalão 2, respectivamente. 2.2. – Os actuais Encarregados de Sector transitam para a categoria com a mesma designação, aplicando o tempo de serviço prestado em Encarregado de sector aos escalões propostos, segundo módulos de 3 anos. 2.3. – Transitam para a categoria de Técnico Auxiliar de Acção Médica os actuais Auxiliares de Acção Médica Principais, escalão a escalão. 2.3.1. – Transitam também para a categoria de Técnico Auxiliar de Acção Médica os Auxiliares de Acção Médica posicionados nos escalões 5, 6, 7 e 8, respectivamente para os escalões 1, 2, 3 e 4. 2.4. – Transitam para a categoria de Auxiliar de Acção Médica, escalão a escalão, os actuais Auxiliares de Acção Médica, feito que esteja o seu reposicionamento nos escalões por contagem do tempo de serviço prestado em situação precária. 2.5. – Transitam para a categoria de Técnico Auxiliar de Barbearia os actuais Barbeiros/Cabeleireiros, escalão a escalão. 2.6. – Transitam para a categoria de Técnico Auxiliar de Aprovisionamento e Controlo os actuais Auxiliares de Apoio e Vigilância, posicionados nos escalões 5, 6, 7, 8 e 9, para os escalões 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. 2.7. – Transitam para a categoria de Auxiliar de Aprovisionamento e Controlo, escalão a escalão, os actuais Auxiliares de Apoio e Vigilância, feito que esteja o seu reposicionamento nos escalões por contagem do tempo de serviço prestado em situação precária.

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2.8. – Transitam para a categoria de Técnico Auxiliar de Lavandaria os actuais Operadores de Lavandaria, posicionados nos escalões 5, 6, 7, 8 e 9, para os escalões 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. 2.9. – Transitam para a categoria de Operador de Lavandaria, escalão a escalão, os actuais Operadores de lavandaria, feito que esteja o seu reposicionamento nos escalões por contagem do tempo de serviço prestado em situação precária. 2.10. - Os Cozinheiros Principais e os Cozinheiros transitam para a nova categoria de Cozinheiro, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de metade do seu tempo de serviço prestado à carreira, aos escalões criados, segundo módulos de dois anos. 2.10.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, será adicionado mais um escalão aos Cozinheiros Principais. 2.11. – Transitam para a categoria de Ajudante de Cozinheiro, escalão a escalão, os actuais Auxiliares de Alimentação, feito que esteja o seu reposicionamento nos escalões por contagem do tempo de serviço prestado em situação precária. 2.11.1. – Os actuais Auxiliares de Alimentação, posicionados nos escalões 5, 6, 7, 8 e 9 podem transitar para a categoria de Cozinheiro desde que se sujeitem a uma prova prática para o efeito. Obtida aprovação nessa prova transitam para o escalão 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. 2.12. – Em qualquer caso, o tempo de serviço prestado no escalão de onde se opera a transição, conta como prestado no escalão para onde transita. 2.13. – Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição, um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários.

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3. Ingresso O ingresso nas carreiras referidas na tabela do ponto 1.2. faz-se de entre indivíduos habilitados com o 9º ano de escolaridade ou equivalente, para o escalão 1 da carreira para onde tenha sido aberto o concurso. 4. Acesso 4.1. – O acesso à categoria de Técnico Auxiliar de Acção Médica, processa-se por concurso de entre profissionais integrados na categoria de Auxiliar de Acção Médica posicionados no escalão 4 ou superior. 4.2. – O acesso à categoria de Técnico Auxiliar de Aprovisionamento e Controlo, processa-se por concurso de entre profissionais integrados na categoria de Auxiliar de Apoio e Vigilância, posicionados no escalão 4 ou superior. 4.3. – O acesso à categoria de Técnico Auxiliar de Lavandaria, processa-se por concurso de entre profissionais integrados na categoria de Operador de Lavandaria, posicionados no escalão 4 ou superior. 4.4. – O acesso à categoria de Cozinheiro processa-se por concurso de entre profissionais integrados na categoria de Ajudante de Cozinheiro posicionados no escalão 4 ou superior. 4.5. – O acesso a Encarregado de Sector faz-se de entre Técnicos Auxiliares deste grupo de pessoal e de entre Cozinheiros. 4.6. – O acesso a Chefe dos Serviços Gerais faz-se de entre Encarregados de Sector posicionados no escalão 2 ou superior.

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VII) Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica No que toca a esta carreira é necessário dar cumprimento ao acordo assinado a 99/08/18 e ao que consta do próprio preâmbulo do Decreto-Lei 564/99 de 21 de Dezembro. Quer isto dizer que é necessário iniciarem-se negociações que visem: • Reestruturar, de uma forma aprofundada, a carreira. • Integrar o adicional dos 2% no seu índice 100, por forma a repor a

paridade perdida no âmbito do NSR, com outras carreiras. • Para além das outras matérias referidas noutros locais do presente

documento, e constantes, também, do acordo assinado em 99/08/18. Quanto à reestruturação da carreira, apresentamos a seguinte proposta: CARREIRA DOS TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA 1 - Tabela

ÁREA DESIGNAÇÃO ÍNDICES GRAU 1 2 3 4 5 6 7 8

ASSESSOR 360

DIRECTOR DAS TECNOL. SAÚDE

370

GESTÃO

CHEFE

350

280

300

320

340

2

PRESTAÇÃO DE

CUIDADOS

DESIGNAÇÃO

DA PROFISSÃO(a)

160

170

180

190

200

220

240

260

1 (a) - o nome será o de cada uma das profissões (Técnico de Análises

Clínicas e de Saúde Pública; Técnico de Anatomia Patológica,

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Citológica e Tanatológica; Técnico de Audiologia; Técnico de Cardiopneumologia; Dietista; Técnico de Farmácia; Fisioterapeuta; Higienista Oral; Técnico de Medicina Nuclear; Técnico de Neurofisiologia; Ortoptista; Ortoprotésico; Técnico de Prótese Dentária; Técnico de Radiologia; Técnico de Radioterapia; Terapêuta da Fala; Terapêuta Ocupacional; Técnico de Saúde Ambiental).

1.1 – Progressão nos Escalões

1.1.1.- A progressão dos TDT nos escalões da grelha indiciária efectua-se de três em três anos, até ao índice 8 do grau 1 da prestação de cuidados; 1.1.2.- Atingido o último escalão do grau 1 da prestação de cuidados, a passagem ao grau 2 é determinado pela posse de 500 Créditos de formação; 1.1.3.- A progressão nos escalões do grau 2 da prestação de cuidados efectua-se de três em três anos, com pelo menos 50 créditos de formação obtidos durante o período de permanência no escalão de que se transita. 2. - Transição A apresentar aquando do inicio das negociações. 3. - Ingresso 3.1. - O ingresso faz-se por concurso, de entre profissionais habilitados com o curso das Escolas Superiores das Tecnologias da Saúde, da Escola Superior de Alcoitão, ou seus equivalentes legais. 3.2. – Curso ministrado no âmbito das instituições do ensino superior de medicina dentária, no que se refere às profissões de Higienista Oral e Técnico de Prótese Dentária. 3.3. – Curso superior ministrado noutro estabelecimento de ensino superior no âmbito das profissões constantes do ponto 1.4.1. (a), um e outro legalmente reconhecidos.

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3.4. – Quando o candidato for possuidor do grau de Bacharelato ingressa pelo escalão 1 da categoria de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica e quando for possuidor do grau de Licenciado, ingressa pelo escalão 2 da mesma categoria. 3.5. – Quando o trabalhador, no decurso da sua vida profissional, completar a licenciatura, ou a ela obtiver equiparação, passa para o escalão seguinte aquele onde estiver posicionado, mantendo o tempo de serviço no escalão. 4. - Acesso 4.1. – A actividade dos TDT existentes num estabelecimento ou serviço, será dirigida por um TDT Chefe, nomeado em comissão de serviço por três anos, renovável, sob proposta do Director das Tecnologias da Saúde, de entre profissionais da respectiva área. 4.2. - O acesso a cargos de chefia efectua-se por concurso de avaliação curricular, a que se poderão candidatar os TDT com pelo menos quinze anos de experiência profissional e formação pós-graduada em gestão. 4.3. – Sempre que se verifique que a actividade de uma das profissões das tecnologias da saúde se desenvolve em mais do que um serviço física, administrativa e ou financeiramente independentes, poderão ser nomeados pelo Conselho de Administração por proposta da respectiva chefia, ouvido o Director das Tecnologias da Saúde, profissionais para o cargo de subchefe 4.4. – Ao TDT subchefe incumbem as funções que lhe forem distribuídas pelo TDT Chefe, ouvido o Director das Tecnologias da Saúde. 4.5. – Ao TDT subchefe, e enquanto no exercício dessa função, é atribuído um suplemento remuneratório de 20% sobre o valor do índice 100 da grelha indiciária.

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4.6. – O Director das Tecnologias da Saúde é nomeado em comissão de serviço de entre os TDT Chefes com formação pós-graduada em gestão, vinculados ao serviço. 4.7. – Podem os TDT ser designados para funções de assessoria, nos diversos níveis da estrutura hierárquica e organizacional dos serviços. 5. - Funções (a definir com base no D.L. 564/99, de 21 de Dezembro e na Portaria 256-A/86, de 28 de Maio) 6. – Calculo do valor do Índice de cada escalão Valor do índice = Índice X 800€ 100 VIII) Assistentes de Dador Trata-se de um conjunto de trabalhadoras que, mantendo esta designação, executam as mesmas funções que colegas que, tendo a mesma designação originalmente, foram integradas na carreira de Técnico Adjunto de Relações Publicas, por terem o “Curso de Formação para Promotor de Dádiva de Sangue”, do antigo Instituto Nacional do Sangue, existindo mesmo quatro trabalhadoras que, tendo aquele curso, mantêm a designação de Assistente de Dador. Correlacionado com o que acabamos de referir existem mais cerca de uma dezena de trabalhadoras que, tendo também o curso do ex-INS, estão integradas em diversas categorias, executando todas as mesmas funções que as Técnicas Adjuntas de Relações Publicas do IPS. De referir ainda que as trabalhadoras que não têm o curso, não o fizeram porque os serviços ou não lhes deram a informação da sua existência ou não permitiram que o frequentassem.

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• A solução para esta situação é, em nosso entender, uma medida

legislativa que permita a todas as trabalhadoras transitarem para a carreira de Técnico Adjunto de Relações Publicas.

IX) Técnicos Superiores de Saúde 1.- Tabela A grelha indiciária da carreira profissional dos Técnicos Superiores de Saúde, incluindo os seus cargos dirigentes, é a seguinte: Cargo Índice Director de Serviço 300 Chefe de Divisão 270

Categoria Estágio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Técnico Superior de Saúde

100

125

135

145

155

165

175

185

195

210

225

240

260

280

O índice 100 desta carreira tem o valor de 1.300€. 1.1. Progressão nos Escalões Mudança de escalão de 3 em 3 anos. 2. Ingresso 2.1.- O ingresso faz-se por concurso, de entre profissionais habilitados com Curso Superior que confira o grau de licenciatura, da área para que foi aberto o concurso, para o escalão de Estágio da categoria de Técnico Superior de Saúde. 2.2.- A passagem do escalão Estágio para o primeiro escalão de categoria de técnico superior de saúde faz-se ao fim de 3 a 6 meses de estágio, obtido aproveitamento.

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2.3.- A duração do estágio será estabelecida no aviso de abertura do concurso, o qual definirá, também, o respectivo plano. 2.4.- O tempo do estágio conta como prestado no primeiro escalão da categoria de Técnico Superior de Saúde. 3.- Acesso 3.1. O recrutamento para os cargos de gestão faz-se de entre profissionais da carreira de Técnico Superior de Saúde, segundo as seguintes regras: a) Para Director de Serviço de entre profissionais da carreira de Técnico Superior de Saúde e uma experiência profissional na área para onde vão ser nomeados, não inferior a seis anos; b) Para Chefe de Divisão de entre profissionais da carreira de Técnico Superior de Saúde e experiência profissional na área para onde vão ser nomeados não inferior a 4 anos. 3.2.- Os cargos de gestão da carreira de Técnico Superior de Saúde são

exercidos em regime de comissão de serviço, nos termos estabelecidos na Lei

4. - Transições 4.1. Os actuais Técnicos Superiores de Saúde Assessores Superiores, Assessores, Assistentes Principais e Assistentes, transitam para a categoria de Técnico Superior de Saúde, ficando posicionados no escalão resultante da aplicação de um terço do seu tempo de serviço prestado na carreira, aos escalões criados, segundo módulos de dois anos. 4.1.1. Ao escalão obtido por aplicação do ponto anterior, serão adicionados tantos escalões quantas as promoções havidas. Isto é, aos Assessores Superiores mais 3 escalões, aos Assessores mais 2 escalões e aos Assistentes Principais mais 1 escalão.

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4.1.2. Em qualquer caso, o tempo remanescente, do tempo considerado para o posicionamento na nova estrutura, conta como prestado no escalão onde ficar posicionado. 4.1.3. Em qualquer caso é garantido, por aplicação das regras de transição um acréscimo salarial mínimo de 20 pontos indiciários. Lisboa, 4 de Maio de 2005 A Direcção Nacional ( Paulo Taborda)