l1 unprotected

Upload: mateus98

Post on 08-Mar-2016

287 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

iridologia

TRANSCRIPT

  • 1

    Torti Di Spazio

    O TERRENO DIATSICO EM IRIDOLOGIA

    TRATADO DE IRIDOLOGIA CLNICA

    E OLIGOTERAPIA INTEGRADA

    (Reviso e Traduo: Dr. Clodoaldo Pacheco) www.havid.com.br

  • 2

    Alfredo Torti, nascido em Treviglio, na provncia de Brgamo em 1929, formou-se primeiro em qumica na Universidade La Sapienza de Roma e posteriormente em farmcia na Universidade dos Estudos de Urbino. O seu percurso profissional caracterizado em uma primeira fase como pesquisador de qumica orgnica Farmacutica junto a FARMEDI (Instituto Farmacoterpico do mediterrneo) e progressivamente foi consolidando-se na funo de gerente em uma importante indstria farmacutica internacional. H aproximadamente 10 anos trabalha como consultor cientfico no setor de produtos naturais, onde adquiriu uma experincia especfica que o classifica como um dos maiores especialistas de oligoterapia na Itlia. autor do volume Os Oligoelementos no Futuro Teraputico, um volume j considerado um ponto de referncia para todos os estudiosos da medicina no convencional. diretor da revista mensal: Natureza - Cincia. Aos meus filhos Marco e Roberto com muito amor Alfredo Torti A Siegriefid Rizzi professor de cincia e vida Enzo Di Spazio

  • 3

    APRESENTAO

    No mbito de uma crescente e cada vez maior necessidade de uma atividade preventiva em relao s numerosas e, s vezes, graves patologias que afligem o homem moderno, a Iridologia ou Iridoscopia ou Iridodiagnose, se coloca em uma posio totalmente particular e, diria tambm, preferencial. Isto por se tratar de um mtodo diagnstico novo, e fortemente sustentado pelos seus adeptos, mas infelizmente, ainda difamado por muitos que possuem um conhecimento meramente superficial ou que ignoram tambm as suas bases fundamentais; preferencialmente se trata de um mtodo de diagnstico rpido, inofensivo, analtico e sinttico, referindo-se no aos clssicos sistemas patolgicos da assim chamada medicina oficial, mas sim aos terrenos, s constituies, s tendncias, s reas de debilidade e, portanto tambm de fora do indivduo examinado. Tal mtodo diagnstico est apto a enderear a linha de pesquisa da patologia, apropriando-se de mtodos semiticos e instrumentais adequados, ao invs de esvair-se em mil possibilidades dispendiosas, longas e, s vezes, sem lgica. O trabalho de Enzo Di Spazio, iridlogo j de destacada fama, mdico cirurgio, por mim conhecido na Escola de Iridologia do nosso municpio, (e, infelizmente tambm o saudoso grande professor Siegfried Rizzi, em Laces), atinge especialmente o pice numa das numerosas lacunas ainda existentes no mbito da iridlogia. Precisamente o significado e a interpretao ao atribuir-se a Orla Pupilar Interna (O.P.I.), Orla Pupilar que se apresenta ao observador, munido de Iridoscopio com uma ampliao de pelo menos 25 vezes, nas suas mais variadas formas como: Paliada (estaqueada), Drage, Hipertrfica, Carente ou Ausente, cada uma das formas apresenta-se, portanto, com um bem definido significado tendecial ou patolgico.

    Esta pesquisa, avaliando a ris na sua globalidade, revela a grande experincia e capacidade de observao do Autor. De Alfredo Torti, conhecido autor dos principais textos presentes na Editoria Italiana no campo dos Oligoelementos, no se pode negar que ele perseguiu com fora um objetivo combatido por muitos, s vezes de maneira feroz, de se fazer conhecer tambm na Itlia as teorias do Dr. Mntrier. Teorias que se bem ressaltam, sustentadas por milhares de casos clnicos confrontados e geralmente resolvidos com xito. O Selnio, o Mangans, o Cobalto, o Zinco, aparecem nas suas pginas com as fantsticas funes de Coenzimas Metlicas, de aceleradores de reaes bioqumicas, de bio-reguladores, de estimulantes de funes orgnicas mais ou menos importantes. Alm de coligar o possvel uso de um Oligo Elemento a um dado iridolgico, representa uma absoluta novidade no panorama cientfico e editorial da modernidade. Saber que a uma determinada constituio iridolgica, a uma estrutura iridea de uma certa classe, a um conjunto de lacunas ou de pigmentos, possa se afrontar tambm com um uso apropriado de oligoelementos proporciona uma arma a mais ao terapeuta, e pode confort-lo na sua sempre difcil e apurada busca de um tratamento apropriado. Ns, a partir da leitura de uma obra deste gnero, no podemos conclu-la sem ser enriquecidos e estimulados a novas e contnuas pesquisas e aplicaes. Prof. Dr. Danilo Dentali, Ph. D Prof. Associado de Fitoterapia e Iridologia. La Jolla Universitu Califrnia Campus Europeu de Lugano

  • 4

    INTRODUO

    Quando nos encontramos para decidir que estilo dar ao presente volume, nos demos conta que paralelamente s novidades da obra, deveramos ter que repetir necessariamente alguns conceitos j notrios e publicados. Isto serviria para tornar a obra mais lgica e orgnica. O verdadeiro objetivo do livro seria, de qualquer forma, o seguinte: realizar um sinttico tratado, no qual se anexariam organicamente as pesquisas iridolgicas dos terrenos diatsicos e de algumas entre as mais notveis patologias, com os mais modernos e racionais esquemas oligoterapicos integrados com os fitoderivados. Esta ligao, que representa a verdadeira novidade da obra, se traduz como um verdadeiro e prprio manual, acreditamos que possa ser til ao mesmo iridlogo e, de qualquer forma, a todos os naturopatas que se interessam por iridologia. O texto consentir o confronto da anlise dietsica e do estado patolgico com a referncia iridolgica, enriquecido por uma original iconografia de fcil interpretao. Os esquemas teraputicos, contextuais parte diagnstica, so frutos de uma obstinada pesquisa intencionada a revelar o quanto recentemente tenha sido experimentado no campo dos oligoelementos catalticos e dos fitoterpicos de vanguarda. Ao liberar esta obra imprensa desejamos agradecer vivamente:

    - Ao engenheiro Nino Sala, de Milo pela sua insubstituvel e preciosa colaborao cientfica, sem a qual no teria sido possvel realizar a rica iconografia publicada no presente volume.

    - Ao professor Danilo Dentali pela sua notvel apresentao. - Ao editor Giuseppe Maria Ricchiuto pela sua corts e generosa disponibilidade

    que tornou possvel a publicao da obra. Com este volume pensamos de ter dado uma grande contribuio difuso dos princpios da iridologia e da Oligoterapia integrada com os fitoderivados, com a esperana que sempre mais numerosos sejam os mdicos interessados nestes mtodos da medicina no convencional. Verona, setembro de 1990.

    Alfredo Torti - Enzo Di Spazio

  • 5

    CAPTULO I

    ACENOS HISTRICOS SOBRE A IRIDOLOGIA

    A cincia iridolgica estuda a morfologia e as alteraes cromticas da ris indicando as tendncias patolgicas do organismo ou revelando fenmenos morbosos em ao. A sua histria fixa as razes num passado remoto, visto que os chineses, j h dois mil anos antes de Cristo e os sacerdotes caldeus tinham considerado a importncia do olho nos seus escritos de cincia. A iridologia na Antigidade e no Renascimento: os princpios de uma grande aventura da medicina. Hipcrates, clebre mdico grego, disse, com razo: Tais so olhos, tal o corpo. O perodo renascentista conheceu o esplendor das artes italianas, mas tambm o gnio de um grande mdico e pesquisador, Teophrast Bombast Von Honheim, chamado Paracelsus. Cientista de notvel fama mesmo se divergido pelo mundo acadmico e pela Igreja, professor de medicina fsica na universidade di Basilea. Ele soube revolucionar as bases tericas e pragmticas da medicina do seu tempo, condicionando o pensamento cientfico e a abordagem patologia mdica, terapia, qumica e biologia. L-se em um dos seus 364 livros: Considerem o olho na cabea, com qual arte construdo e como o corpo imprimiu to maravilhosamente a sua anatomia na sua imagem. Em 1670 o fisiologista Meyens descreve pela primeira vez na sua obra intitulada Physignomia Medica uma subdiviso da ris correspondente s diversas reas anatmicas do corpo humano. Ignaz Von Peczely, pai da moderna cincia iridolgica. Mas somente no sculo XIX que a iridologia encontra no mdico hngaro Ignaz Von Peczely, o primeiro entre os verdadeiros e apaixonados estudiosos desta particular disciplina cientfica. Em 1881 publicou: Preparao ao estudo da diagnose ocular. Desenvolveu, de maneira original, um mapa topogrfico dos campos de reao iridolgica. Doze anos mais tarde na Sucia, o pastor Niels Liljequist manda imprensa uma obra intitulada Om Oegendiagnoses, na qual, usufruindo inteligentemente da experincia pessoal (tinha estado doente por muitos anos depois de uma crnica intoxicao idica e com quinino), descreve detalhadamente a influncia de substncias como arsnico, chumbo, quinino, ferro, mercrio e cido acetilsaliclico sobre a pigmentao da ris. Lon Vannier e Fortier Bernoville, a abordagem francesa a iridologia.

    Nos incios deste sculo se observa em toda a Europa um renovado interesse em relao cincia iridolgica. Na Frana, o Mdico homeopata Lon Vannier publica em

  • 6

    1923 um texto cientfico com o ttulo: Le Diagnostic des Maladies Par Les Yeux. (O Diagnstico das Doenas atravs dos Olhos). Dois anos depois o segue seu colega Lon Walter com o texto: Le Diagnostic Des Maladies Par La Vue. O Doutor Fortier-Benoville, renomado mdico homeopata lana, por sua vez, Introduction LIridologie Scientifique (A Introduo a Iridologia Cientfica). Este grande fermento cientfico encontra nos estudiosos alemes como Schnabel, Deck, Kriege, Maubach, e mais recentemente Angerer, o terreno ideal para expandir-se e enriquecer-se de novas brilhantes intuies. Grande pesquisador o norte americano prof. Bernard Jensen, que com a obra The Science and Practice of Iridology (Cincia e prtica da Iridologia vol. I), deixou um grande marco neste campo. Siegfried Rizzi, precursor da Cincia Iridolgica na Itlia. Na Itlia a iridologia recebeu um forte impulso atravs do doutor Siegfried Rizzi (1915 - 1987), mestre desta cincia no nosso Pas e fundador junto aos seus mais ntimos colaboradores e alunos, o Dr. Enzo Di Spazio e o Bernardo Lembo, da Associao Iridolgica Italiana (ASS.IR.I.). Destacado homeopata e iridlogo, ele publicou duas obras fundamentais: Iridologia. O Mtodo Diagnstico do Futuro, e Iridologia. O Remdio da ris. Um outro estudioso italiano o padre Emlio Ratti, de claro estilo alemo. Os direcionamentos metodolgicos das vrias escolas. Tratando-se mais especificamente a matria faz-se necessrio traar um mapa mesmo se sinttico das principais escolas de iridologia operantes na Europa e nos Estados Unidos. A escola alem segue um direcionamento substancialmente organicista, isto , estuda de maneira aprofundada a conexo entre alteraes funcionais e orgnicas da pessoa e a paralela demonstrao das mesmas ao nvel da ris. Os franceses como Roux, Bourdiol, Rubin e De Bardo ressaltam em medida diferente a viso naturoptica ligada aos conhecimentos de acupuntura e auriculo-medicina, desenvolvendo em alguns casos, (veja a Iridonevraxologie de De Bardo) originais temticas e possveis empregos teraputicos. A escola americana, cujo principal fundador reconhecido o professor Bernard Jensen, ressalta a importncia do sistema gastrointestinal na gnese da maior parte das patologias privilegiando assim a integrao nutricionista e diettica. Na Itlia, a escola do Padre Ratti segue fortemente a metodologia alem, desenvolvendo, de qualquer forma, uma original interpretao baseada na grande experincia clnica do seu maior representante. Costacurta, um outro estudioso da matria, ressalta na iridologia o peso de uma crnica e incorreta alimentao, e a influncia obtida pela intoxicao prolongada sobre as mais diversas patologias do corpo. A escola italiana do Dr. Siegfried Rizzi.

    O Dr. Rizzi realizou, importantes descobertas em iridologia topogrfica, assinalando a importncia da Orla Pupilar Interna (zona retnica na extremidade entre a pupila e a ris) como reveladora indireta do aspecto psicoimunolgico da pessoa e da dinmica osteovertebral (indica, portanto, o estado das defesas imunolgicas e o estado

  • 7

    da coluna vertebral). Alm disso, ele evidenciou a rea de representao neuroendcrina e a sua correspondncia com a borda que separa a ris da esclera, o distrito da aura (potencial bioenergtico da pessoa).

    Falou-se primeiramente que a iridologia permite de evidenciar as tendncias patolgicas ou fenmenos morbosos em ao. uma particular tcnica diagnstica que mediante o estudo das alteraes morfolgicas e cromticas da ris descreve o estado de sade do paciente. Mas o ato diagnstico no pode excluir as precisas informaes que possam provir das anlises convencionais (exame de sangue, de urina, RX, TAC, RMN, Ecografia, etc.). A funo da iridologia aquela de atuar como uma bssola que permite orientar o navegador, ou seja, em outras palavras, o fio de Ariana para o mdico que em plena conscincia profissional se serve de uma ulterior ajuda na compreenso das doenas. No se esquea tambm, que a iridologia possui o grande mrito de no ser invasiva e de representar um exame diagnstico breve e de fcil execuo. Portanto, pretende-se do mdico, um timo conhecimento da matria e por conseqncia uma correta gesto dos dados semiticos. A diagnose deve ser efetuada aps um minucioso estudo da histria do paciente, depois de se ter analisado no microscpio as ris e a projeo de slydes das mesmas. Muito til a comparao destes resultados com aqueles obtidos pelos exames convencionais de maneira a completar o complexo mosaico da pessoa em observao. O extraordinrio microcosmo da ris, misteriosa linguagem biolgica que nos fala atravs de formas e cores que devem ser traduzidas atravs de um alfabeto compreensvel, um alfabeto indispensvel para se entender e ajudar a quem sofre.

  • 8

    CAPTULO II

    ACENOS DE NEUROFISIOLOGIA E NEUROANATOMIA

    O nervo tico uma projeo nervosa em direo ao exterior da estrutura enceflica, projeo altamente especializada que contm um nmero muito elevado de fibras (cerca de um milho e duzentos mil). Distinguem-se trs tipos diferentes de fibras: fibras aferentes, as quais enviam as mensagens da retina s reas corticais destinadas ao recebimento e a decodificao dos dados, fibras eferentes que transportam informaes do crebro poro retnica (com significado ainda obscuro para a medicina tradicional, fortemente justificado pela cincia iridolgica) e, finalmente as fibras vegetativas que se ocupam do funcionamento normal e fisiolgico do controle nervoso.

    Trs tipos diferentes de fibras compem a estrutura do nervo tico. Reserva, certamente, interessantes surpresas o percurso intracraniano do nervo ptico, com manifestaes de uma estreitssima correlao com as primrias estruturas glandulares endcrinas e com reas de ligao endocorticais. As fibras pticas estabelecem, na correspondncia do quiasma ptico, relaes anatmicas e funcionais com a hipfise (o 3o olho). O eixo hipotlamo-hipofisrio, como bem conhecido, funciona como sistema de controle hormonal geral e regula mediante um mecanismo de feedback, o equilbrio glandular do nosso organismo. Baseando-se nestas informaes neurofisiolgicas podemos racionalmente supor uma ligao biunvoca entre as estruturas anatmicas supracitadas e a prpria retina, esta ltima vista como natural e final expanso do nervo ptico. Continuando o seu percurso intracraniano, as fibras nervosas contidas nos trechos pticos encontram o hipotlamo e a poro ventral do mesencefalo (direes laterais e posteriores). Esta maravilhosa viagem termina no corpo geniculado lateral e na rea paraental. Ligaes funcionais das fibras nervosas pticas com a hipfise, a epfise e o hipotlamo. Mas de maneira totalmente imprevista um pequeno contingente de fibras muda de direo e penetra no hipotlamo (mistrio insolvel para os neurofisiologistas!), terminando o seu trajeto nos ncleos mediais do Tuber Cinereum e no ncleo supra-ptico (onde so sintetizadas ossitoxina e vasopressina). Reforando o conceito acima exposto, devemos tambm, neste caso suspeitar no somente de uma simples relao anatmica entre fibras pticas e estrutura hipotalmica, mas certamente tambm de uma relao do tipo funcional. No nos esqueamos que o hipotlamo por sua vez coligado ao complexo sistema lmbico, este ltimo designado elaborao das percepes olfativas e ao controle da esfera emotiva (manifestao de ira, cime, dio, etc.).

  • 9

    Em ltima anlise no se pode desprezar a importante ligao entre a retina e a glndula pineal; (o 4o olho), relao neuroendcrina, atualmente conhecida somente pela modulao da secreo de melatonina (regulagem circadiana e maturao sexual) em resposta aos influxos da luz ambiental registrados a nvel retnico e pela atividade de homeostasi do equilbrio psicoimunolgico do organismo (sabemos de fato que a melatonina potencializa o efeito de clulas denominadas LAK, isto , Lymphokine Activated Killer, destinadas ao controle imunodefensivo). A sinttica panormica sobre aquelas consolidadas noes de anatomia no pressupe claramente a um ambicioso e, alis, insuficiente tentativa de se buscar hipteses sobre a validade da cincia iridolgica, mas deveria sem dvida alguma fazer com que o atento e crtico leitor refletisse sobre a possvel existncia de inexploradas e fascinantes ligaes entre sistemas aparentemente diferentes seja por funes ou por finalidades. Tratando-se mais detalhadamente o significado do microcosmo irdeo, ns podemos imaginar, muito bem, a retina como o clice de uma flor e o nervo ptico como o seu caule. Neuroanatomia e citologia da orla pupilar interna. Efetivamente como a flor recebe e se nutre com a luz do sol, assim tambm o olho sensvel s radiaes luminosas e est estreitamente dependente das suas variaes. Este clice retnico sobressai-se da pupila com uma sutil borda que recebe o nome de Orla Pupilar Interna (O.P.I.). A estrutura tomada em considerao representa neste caso a poro mais anterior do epitlio pigmentado da retina, sutilssima membrana de clulas pigmentadas que revestem as paredes endoculares. A dupla camada de clulas cbicas e cilndricas da O.P.I. contm melanina, que confere a natural pigmentao marrom deste epitlio. interessante notar que a melanina, alm de ser um centro paramagntico, como os citocromos, os metalflavoprotenas, e o superoxidodismutasi Cu/Zn e Mn (que entram diretamente e indiretamente nos processos imunodefensivos), um radical livre (RL) estvel. Ns sabemos a respeito da importante funo carcinognica que assumem os radicais livres, que se tornam, portanto, expresso de desordem metablica e desequilbrio imunolgico. No parece casual a notvel co-participao do componente da melanina, l onde (isto , em correspondncia rea de representao iridolgica, a orla pupilar interna, destinada identificao de alteraes dos aspectos imunodefensivos) mais fcil identificar eventuais distrbios ligados ativao deste particular radical livre. A pigmentao da O.P.I. determinada pela presena da melanina. Os melancitos so elementos citolgicos muito caractersticos tambm pela sua estrutura morfolgica e pelo tipo de funes desenvolvidas. So clulas dendrticas (ramificadas), dotadas de prolongamentos citoplasmticos, que do um aspecto semelhante quele de um polvo marinho munido de tentculos. O seu citoplasma relativamente claro e contm um nmero limitado de filamentos; desenvolvidos e bem visveis o sistema de Golgi e o retculo endoplasmtico rugoso. Mas a caracterstica principal a presena de muitas estruturas de mitocndrias. Este dado de notvel importncia porque sabemos que as

  • 10

    mitocndrias so distritos em que se desenvolvem vitais processos de acmulo e converso energtica. No mbito da cincia iridolgica o papel da orla pupilar interna ligada ao seu preciso e profundo significado de representao das primitivas foras e reservas energticas de cada pessoa. Por isso aqui existe uma incrvel analogia entre o dado representado pela O.P.I. e aquele histolgico da mesma. Do ponto de vista embriolgico a orla pupilar se liga de maneira unilateral primitiva viscula enceflica mediante a gnese e a formao dos dois globos pticos. Em outras palavras esta orla caracteriza a poro mais anterior da vescula ptica secundria. No nos esqueamos que a O.P.I., vista como extremidade terminal do epitlio pigmentado retnico, e os msculos: dilatador e esfncter da ris (so os nicos msculos do corpo juntamente queles erectores dos plos com uma comum identidade embriolgica!) possuem a mesma origem neuroectodrmica. Baseado nestas novas observaes a O.P.I. considerada, a nvel representativo o sistema genotpico do organismo. Isto , contm todas as informaes genticas em condies de influenciar e modificar o terreno fenotpico.

    Print Genotpico e expresso fenotpica. A expresso fenotpica do corpo humano manifestada de maneira detalhada por toda a estrutura da ris (derivao mesodrmica!) com, a evidente exceo da orla pupilar interna (sistema genotpico) e da orla irdea externa (expresso do equilbrio bioenergtico). Isto significa que substancialmente possvel, diferenciar na arquitetura da ris, 3 diferentes e fundamentais planos de representao, espelhos fiis do normal sistema biolgico humano: o plano de representao genotpica (O.P.I.), o plano de representao fenotpica (a completa morfoestrutura da ris da orla pupilar externa orla pupilar interna) e o plano de representao bioenergtica (orla irdea externa ou aura). Quadro iridolgico sintico: Denominao iridolgica

    Localizao anatmica

    Derivao embriolgica

    Plano de representao

    Orla pupilar interna

    Poro anterior do epitlio, pigmento retnico

    Neuroectoderma Genotpico (PRG)

    Estrutura da ris Poro anterior da coriide

    Mesoderma Fenotpico (PRF)

    Orla irdea externa Poro da conjuntiva

    Mesoderma Bioenergtico (PRB)

  • 11

    CAPTULO III

    IRIDOLOGIA TOPOGRFICA

    DA O.P.I. o distrito irdeo que extrema diretamente com a circunferncia pupilar e que por sua vez delimitado pela orla pupilar externa. Em outras palavras, esta particular estrutura morfocromtica se evidencia sobre o plano de representao como a verdadeira e a prpria matriz gentica, expresso sucinta das tendncias patolgicas de cada pessoa. Significativa e indispensvel a possibilidade de poder se efetuar trs diferentes nveis de leitura diagnstica. Os trs diferentes nveis de anlise semitica. O primeiro refere-se ao estado do terreno do paciente e consiste na observao ampliada da forma morfolgica da O.P.I., considerando-se desta ultima a regularidade e a espessura (os dois ndices do equilbrio energtico interno). A segunda abordagem mede a eficincia do sistema psicoimunolgico tendo como base o que fora evidenciado mais genericamente pelas anlises dos dois ndices de potencial energtico do terreno (2o nvel diagnstico). O estudo mais particularizado das diferentes alteraes morfocromticas focais e setoriais da Orla Pupilar Interna especifica defeitos da gnese neurolgica no mbito da estruturao da medula espinhal (3o nvel diagnstico). de notvel importncia ressaltar que estes sinais se encontraro confirmados, nos outros distritos da ris segundo um mapa de desenvolvimento que caracteriza de maneira original cada pessoa. A Orla Pupilar Interna representa, portanto o print biolgico do organismo, assim como a semente para a planta que dela se origina. Do ponto de vista diagnstico e para uma maior e mais precisa abordagem teraputica, isto nos permite interpretar e distinguir especficos sintomas, individualizando de maneira correta os contatos eziolgicos (empregado na especificao das causas ou dos agentes de um fenmeno especialmente de doenas) da patologia em ao. A anlise das alteraes morfolgicas fornece informaes essenciais para a compreenso dos dados anamnsicos, para a decodificao das mensagens patolgicas e para a incluso no quadro da medicina preventiva daqueles elementos estruturais que no encontrariam, de outra forma, uma colocao adequada nosogrfica. A tabela seguinte resume o quanto especificado no presente captulo. Tabela n. 2 Nveis diagnsticos Sistema estudado Quadro de observao

    1o 2o 3o

    Energtico (terreno) Psicoimunolgico Neurolgico (medula espinhal)

    Ampliado Especfico Aprofundado

  • 12

    CAPTULO IV

    OS PARMETROS DE AVALIAO PSICOIMUNITRIA

    O estudo das valncias psicoimunitrias do organismo se define na correspondncia da Orla Pupilar Interna (O.P.I.), anel retnico compreendido entre a pupila e a ris. uma zona de transmisso que separa o vazio (yin) da pupila, do cheio (yang) da ris e que se distingue no plano embriolgico pela sua peculiar derivao ectodrmica. Os parmetros de avaliao psicoimunitria so trs e refere-se ao desenvolvimento morfolgico da O.P.I.: a) Extenso anular da O.P.I.; b) Espessura anular da O.P.I.; c) Morfologia anular da O.P.I. a) Extenso anular da O.P.I. 1. 100% (boa reatividade psicoimunitria) - valor 5 2. 75% (discreta reatividade psicoimunitria) - valor 4 3. 50% (suficiente reatividade psicoimunitria) - valor 3 4. 25% (carente reatividade psicoimunitria) - valor 2 5. 1% (psicoimunolabilidade) - valor 1 b) Espessura anular da O.P.I. 1. Normotrfico (cerca de 250 microns de espessura) - valor 5 2. Parcialmente Hipotrfico - valor 4 3. Hipotrfico (75-150 microns de espessura) - valor 3 4. Parcialmente Atrfico - valor 2 5. Atrfico (0-75 microns de espessura) - valor 1 c) Morfologia anular da O.P.I. 1. Regular - valor 5 2. Focalmente irregular - valor 4 3. Parcialmente irregular - valor 3 4. Totalmente irregular - valor 2 5. Desconexa - valor 1 Escala de avaliao psicoimunitria (SVPI) A combinao adicional numrica dos valores relativos aos ndices de extenso, espessura e morfologia, permitem formular uma escala de avaliao psicoimunitria subdividida em trs diferentes raios de ao: 1. Raio de ao 3-6 (raio de insuficiente reatividade psicoimunitria); 2. Raio de ao 7-9 (raio de suficiente reatividade psicoimunitria); 3. Raio de ao 10-15 (raio de boa reatividade psicoimunitria).

  • 13

    Extenso, espessura e morfologia so ndices de avaliao psicoimunitria, Propomos um exemplo para demonstrar o sistema da escala de avaliao psicoimunitria (SVPI). Em microscopia evidencia-se uma O.P.I. Hipotrfica (valor 3) com morfologia focalmente irregular (valor 4) e com extenso anular de 100% (valor 5). A soma dos trs valores 12, correspondente ao raio de ao 10-15 (ndice de boa reatividade psicoimunitria). Escala de avaliao psicoimunitria (SVPI) 1 2 3 4 5 1. Extenso: 1% 25% 50% 75% 100%

    2. Espessura: Atrfica Parcialmente

    atrfica Hipotrfica Parcialmente

    hipotrfica Normotrfica

    3. Morfologia:

    Desconexa Totalmente irregular

    Parcialmente irregular

    Focalmente irregular

    Regular

    Quadro sintico dos Oligoelmentos na Semitica Iridolgica Morfologia da O.P.I. Diteses Normotrfico Ditese zero Hipertrfico Ditese 1 alrgica ou do Mn (O.P.I I) Hipotrfico Ditese 2 hipostnica ou do Mn Cu (O.P.I II) Parcialmente Atrfico Ditese 3 Distnica ou do Mn Co (O.P.I. III) Atrfico Ditese 4 Anrgica ou do Cu Au Ag (O.P.I IIII)

  • 14

    CAPTULO V

    MORFOMETRIA DA ORLA PUPILAR INTERNA

    O.P.I.

    1. O.P.I. Hipertrfica Entende-se por hipertrfica a Orla Pupilar Interna cuja espessura mdia gira em torno de 280-300 microns. O terreno da pessoa condicionado pela notvel tendncia s manifestaes produtivas e de hiperplasias. Sobre o plano cardiocirculatrio se observa a progressiva elevao da presso arterial (em particular a presso diastlica), at o quadro de hipertenso permanente. Dela deriva a secundria co-participao renal, que em casos crnicos pode determinar uma verdadeira e prpria insuficincia. No mbito metablico so caracterizadas pelas alteraes no ciclo do cido rico (hiperuricemia, gota), dos lipdios (hiperlipidemia, hipercolesterolemia) e dos carboidratos (hiperglicemia, diabete). O sistema osteoarticular pode ser comprometido por processos artrsicos e artrticos, tambm com uma possvel co-participao autoimunitria (ver artrite reumatide). Ditese do mangans

    Terreno Alrgico em condies de desenvolver patologias de carter autoimune.

    Irritabilidade e nsia na esfera psquica.

    A hiper-reatividade do sistema imunitrio, tpica destas pessoas pode condicionar respostas de caracterstica alrgica e em casos graves pode desencadear patologias auto imunitrias (Hipertiroidismo, Artrite Reumtica, Les, Dermatomiosite, Esclerodermia, Diabete melito, Glomerulonefrite ps-estreptoccica, etc.). O carter eretstico do sistema neurovegetativo pode condicionar respostas flogsticas a nvel

  • 15

    gastroduodenal e, em casos mais graves, favorecer o aparecimento de processos de genes ulcerativas.

    A tendncia a notveis distrbios no campo reumatolgico devido, em parte, ao desequilbrio na atividade marcial, que se manifesta com acmulo da quota de ferro a nvel articular e com a sucessiva danificao da membrana sinovial, provocada pela peroxidao lipdica causada pelos radicais livres. Nestes pacientes, encontra-se, mediante o exame emocromocitomtrico, uma anemia normocitica hipocrmica ferro-resistente e, mediante o mineralograma (TMA), uma relativa carncia de Mangans com elevao da quota marcial. A atividade destes dois elementos (Mn e Fe) fortemente interdependente para a possibilidade de recproca converso segundo a reao de Kervran: 55 1 56 Mn + H Fe 25 1 26 Por estes motivos, necessrio sempre pensar no caso das pessoas com O.P.I. hipertrfica e associ-las eventualidade de notveis distrbios na atividade do Ferro e do Mangans. 2. O.P.I. Normotrfica Considera-se normotrfica a O.P.I. caracterizada por uma regular morfologia e por uma constncia da sua espessura (cerca de 250 microns). Neste caso resultam otimizadas as defesas imunitrias da pessoa, isto, sempre que a avaliao semitica complexiva no revelar a presena de fenmenos patolgicos em outras reas iridolgicas.

    Paralelamente se observa uma equilibrada capacidade reativa da esfera psquica. possvel se observar uma morfologia normotrfica da O.P.I. na presena de

    patologias de tipo degenerativo, mesmo se esta eventualidade parece ser aparentemente contraditria com o que foi afirmado anteriormente. Nestes casos o passado clnico do paciente solidamente mais favorvel (aumento dos tempos de sobrevivncia mdia, menor incidncia de secundarismos, positiva resposta biolgica s terapias convencionais e no convencionais, menor incidncia de patologia infectivas ligadas imunodepresso, etc.) no obstante, as normais expectativas prognosticadas.

    A normotrofia da O.P.I. ndice de equilbrio psico-fsico.

  • 16

    Paciente feminina de 22 anos submetida 5 anos antes a tiroidectomia e linfoadectomia bilateral por ca. papilar de prevalncia folicular, difuso, infiltrante na cpsula tireidea com extenso ao tecido adiposo extratiroideo e invaso dos vasos venosos. A microfotografia (32x) revela uma morfologia da O.P.I. equilibrada e com espessura uniforme. A paciente, apesar do aparecimento de secundarismos a nvel pulmonar, demonstrou at a documentao iridogrfica uma otimizada capacidade de recuperao clnica. 3. O.P.I. Parcialmente hipotrfica Variaes na composio morfolgica da Orla Pupilar Interna (particularmente na sua espessura), confirmam indiscutivelmente descompensaes no equilbrio psicoimunolgico da pessoa. Toda vez que se modifica a relao de harmonia morfoestrutural da O.P.I., faz-se necessrio avaliar o estado de relativa compensao energtica realizada em correspondncia com a aura (orla irdea externa). Se tambm o potencial bioenergtico representado ao nvel da aura est desequilibrado, ento o prognstico de qualquer forma patolgica agrava-se sensivelmente. ento, no final do balanceamento (equilbrio) entre as duas foras opostas representadas, que se mantm o dinmico equilbrio da energia vital de cada um de ns segundo um preciso raport: Energia Vital = Reservas Energticas (orla pupilar interna)_ Potencial Bioenergtico (orla irdea externa) Em iridologia diagnstica so notavelmente indicativas as diminuies da estrutura morfolgica em relao aos hemisfrios superior e inferior da Orla Pupilar Interna.

    Particularmente a diminuio do hemisfrio inferior, denuncia possveis

    alteraes no estado comportamental do paciente, acompanhado (nos casos mais graves) de episdios depressivos e por manifestaes psicticas manacas.

  • 17

    Mais freqentemente se tratam de neuroses fbicas-ansiosas, que to somente nos pacientes submetidos, tambm, por um contnuo stress ambiental (famlia, trabalho, relaes sociais), podem resultar em verdadeiras e prprias sndromes psicticas. No devemos nos esquecer que a diminuio, ou melhor ainda, a atrofia setorial da Orla Pupilar Interna especifica a poro orgnico-funcional do organismo, sede de hipoatividades e de debilidades metablicas. Neste distrito, se j esto manifestadas alteraes no tecido da ris (lacunas, manchas, fibras transversais, morfologias bizarras, etc.), podero realizar-se no tempo, os pressupostos para o surgimento dos quadros patolgicos tambm graves. A hipotrofia do hemisfrio inferior est ligada a distrbios no mbito da ordem comportamental da pessoa. importante saber diferenciar os diversos planos de leitura diagnstica, especialmente se estes esto fortemente relacionados com a mesma entidade morfoestrutural. 4. O.P.I. Hipotrfica Entende-se hipotrfica a O.P.I. caracterizada por uma sensvel diminuio da espessura, avalivel em torno dos 75-100 microns. As defesas imunolgicas da pessoa so mais fracas, e isto se traduz com uma menor capacidade de resistncia s infeces virais e bacterianas, s agresses ambientais (stress, poluio, incorreta alimentao, etc.), e nas pessoas predispostas, noxae oncogenticas.

    A ditese hipostnica est relacionada no plano morfomtrico a O.P.I. Hipotrfico (ditese O.P.I. II)

    Sob o perfil semitico homeoptico, a hipotrofia da Orla Pupilar Interna

    caracteriza os terrenos frios (psricos alrgicos). Os pacientes lamentam, neste caso, um agravamento da sintomatologia com o frio ou com as aplicaes frias; e um melhoramento relativo com o calor ou com as aplicaes quentes. As patologias mais freqentemente verificveis so aquelas alrgicas, geniturinrias e reumticas. A

  • 18

    semitica iridolgica associa O.P.I. hipotrfica a midrase pupilar e a atrofia das margens da coroa, elementos que confirmam o enquadramento alrgico. 5. O.P.I. Parcialmente atrfica A O.P.I. caracterizada pela completa atrofia em propores mais ou menos extensas do seu territrio. A interrupo pode ser focal, segmentria, setorial ou hemisfrica.

  • 19

    Sob o plano semitico evidenciada pela posio do segmento atrfico, a esfera orgnico-funcional imunodepressiva. Neste caso a presena de lacunas, manchas e morfologias bizarras em relao zona pertinente, especificar o rgo e a funo lesados. A particular morfologia da O.P.I. indica tambm um desequilbrio da esfera emotiva do paciente. Esta ltima avaliao deve ser completada com a associao de outros dados semiticos como a pigmentao amarelada da O.P.I., a atrofia da margem da coroa, a presena dos anis de contrao nervosa, a aura (orla irdea externa) cinza ou verde, etc. Paciente masculino de 62 anos de idade afetado por adenocarcinoma inopervel da prstata. A microfotografia (40x) indica claramente a zona de atrofia correspondente ao hemisfrio inferior (rea plvica). No nvel da prstata observa-se a presena de uma lacuna de morfologia tubular.

    A parcial atrofia da O.P.I. assinala as reas de imunodepresso.

    6. O.P.I. atrfica Diatse do Cu, Au, Ag. A total falta de relevo morfolgico direciona a dois tipos diferentes de diagnsticos: o primeiro especifica a respeito de planos orgnicos e funcionais a intensificao de distrbios hemocirculatrios e etiologia hipotensiva. O segundo d indicaes sobre o intrnseco potencial energtico da pessoa. Na criana a ausncia da O.P.I. fisiolgica na segunda infncia (mais precisamente at o 4o ou o 5o ano de vida), isto , quando ainda no alcanaram uma completa maturao do sistema nervoso.

    No adulto, ao invs, indica uma notvel carncia de reservas energticas e consequentemente uma fragilidade do prprio terreno, entendido no sentido de escassa eficincia psicoimunolgica e de limitadas capacidades de reao aos estmulos patolgicos exgenos. No perodo senil observa-se um progressivo desaparecimento da Orla Pupilar Interna determinada por genricas condies para-fisiolgicas de involuo.

  • 20

    Ao contrrio, a persistncia do relevo morfolgico pupilar, ressalta no ancio, a presena de discretas reservas vitais. importante recordar a importncia da observao paralela do relevo morfolgico correspondente s margens da coroa, que em iridologia diagnstica recebe o nome de ngulo de Fuchs. O seu exato significado semiolgico reside na descrio das reservas psiconervosas e mais genericamente do equilbrio imunodefensivo, evidenciando, deste modo, os aspectos j delineados da Orla Pupilar Interna. A falta de reservas nervosas, que caracterizam a pessoa hipostnica, se revela com um consistente arredondamento do ngulo de Fuchs, denuncivel tecnicamente com a incidncia lateral sobre o plano da ris de um facho luminoso orientado (hoje se tende a substituir a simples lmpada de poucos watts de potncia pela mais precisa e verstil fibra tica). O total achatamento do relevo (o corte de luz lateral da fibra tica no encontra obstculos e por isso, ilumina um plano contnuo) especifica as caractersticas fortemente neurastnicas da pessoa, evidenciando ao mesmo tempo uma desfavorvel inrcia das defesas imunolgicas. , portanto com a associao dos dados semiolgicos (neste caso O.P.I. atrfico + ngulo de Fuchs arredondado ou achatado) que na iridologia pode-se preventivamente delinear, a gravidade ou no, de um processo patolgico.

    Definitivamente, a completa atrofia da Orla Pupilar Interna denuncia uma notvel reduo do potencial energtico, que move os seus passos a partir de um estado degenerativo do sistema psiconervoso e que envolve progressivamente as outras funes do organismo. Segundo Angerer, de fato tambm o sistema muscular comprometido na sua componente tnica, manifestando uma generalizada tendncia hipotonia e escassa resposta tensiva. Se a total atrofia da O.P.I. acompanhada por uma contempornea mise e por uma caracterstica areflexia pupilar, o quadro iridolgico do paciente exprime uma reduo das capacidades relacionais que, em alguns casos, pode vir a atingir um aspecto de desestruturao profunda da personalidade, alimentada por agravante atrofia cerebral (demncia senil ou doena de Alzheimer que se manifesta antes dos 65 anos de idade). O.P.I. atrfica e morfologia do ngulo de Fuchs Energia metablica e imunitria da pessoa com terreno Cu, Au, Ag.

  • 21

    CAPTULO VI

    ATIVIDADE MODULATRIA E CAMPOS DE PERTURBAO

    Entende-se por Campo de Perturbao (CdP) a zona ou as reas iridolgicas,

    sedes de particulares manifestaes semiticas como lacunas, heterocromias, adensamentos cromticos, rarefaes do tecido e outras. Estes elementos indicam, de maneira no especfica a presena e o surgimento de loci minoris resistentiae (pequenos stios, reas, resistentes) no organismo. Cada campo de perturbao pode exprimir quatro possveis estados: um estado de hiperatividade funcional, um estado estabilizado (mudo), um de hipoatividade e finalmente um estado de bloqueio. Mas quem modula esses fenmenos sobre o plano da representao iridolgica? Principalmente a Orla Pupilar Interna que com a sua morfoestrutura caracteriza-se como modulador de atividade (Mda). Em outras palavras, a anlise morfomtrica da O.P.I. (normotrofia, hipertrofia, hipotrofia e atrofia parciais e completas) estudada nos captulos precedentes, especifica qual dos quatro possveis estados de atividade pode caracterizar os campos de perturbao. Vejamos um exemplo para simplificar o quanto exposto: a presena de um campo de perturbao (lacuna) em rea tiroideana acompanhada da O.P.I. hipertrfica, ressalta sobre o plano clnico, a tendncia a uma hiperatividade funcional da glndula comprometida (atividade modulatria da O.P.I.). Existem, junto da O.P.I., outras estruturas da ris que integram e completam o quadro semitico. Estas ltimas recebem o nome de Elementos de Correo Modulatria (ECM) e so: a densidade do tecido da ris, a presena de perturbao poliendcrina (ao menos trs glndulas envolvidas), a inclinao angular da margem da coroa e o aspecto morfocromtico da orla irdea externa. Segundo Roux, a densidade do tecido indica o tipo de constituio da pessoa em observao. Por isso pode-se evidenciar ris com a trama fina (Classe I) e ris com a trama lacunar (Classe V). A elevada densidade do tecido da ris (Classe I) indicadora de constituio robusta, de positivo print hereditrio e de timas reservas vitais. Vice-versa, a extrema debilidade do estroma da ris (Classes IV e V) sinal de fraca constituio e de profunda anergia psicoimunitria da pessoa. A presena de perturbaes poliendcrinas reveladas em relao margem externa da coroa, evidncia um forte dficit neuroendcrino que determina uma diminuio da resposta biolgica do terreno.

    Vejamos um outro exemplo: a manifestao de O.P.I. hipertrfica (ditese hipostnica) acompanhado de campos de perturbao pluriendcrina (lacunas ou heterocromias da hipfise, timo, epfise, etc) assimilvel com o significado clnico de uma O.P.I. atrfica (diatese anrgica).

    Outros sinais de correo modulatria so, a inclinao angular da margem da coroa (ngulo de Fuchs) e o aspecto morfocromtico da orla irdea externa. O ngulo de Fuchs pode apresentar-se em quatro formas diferentes: normalidade do relevo (ngulo interno de 95o), exacerbao (agravamento) do relevo,

  • 22

    arredondamento e achatamento do mesmo. Essa escala de referncias morfomtricas associa-se, como no caso da densidade do tecido, ao tipo reatividade biolgica individual (relevo achatado = anergia da pessoa). Em fim, a anlise da orla irdia externa introduz a definio de campo bioenergtico no organismo. Dados semiticos negativos so os seguintes: o confronto de introflexes e extroflexes focais ou extensas do O.I.E. (orla irdia externa) e o surgimento de pigmentao esbranquiadas infiltradas no tecido da ris de maneira difundida e setorial (aspecto de arranho de gato). A semitica da ris pressupe uma rigorosa anlise de parmetros morfoestruturais e cromticos que devem ser oportunamente confrontados e associados para realizar um correto diagnstico do terreno.

    Atividade Modulatria

    1. O.P.I. normotrfico Normoatividade 2. O.P.I. hipertrfico Hiperatividade 3. O.P.I. hipotrfico Hipoatividade 4. O.P.I. atrfico Inatividade ou Bloqueio

    Elementos de correo Modulatria

    1. Densidade do tecido irdeo 2. Pertubaes poliendcrinas (ao menos trs glndulas envolvidas) 3. Inclinao angular do MdC (Margem da Cora) (ngulo de Fuchs) 4. Aspecto morfocromtico da O.I.E. (Orla Irdea Externa)

  • 23

    CAPTULO VII

    AS TRS CLASSES DE HETEROCROMIA

    1. Heterocromia Central (HC) 2. Heterocromia Parcial e Focal (HPF) 3. Heterocromia Completa 3.1 Heterocromia Completa Simples (HCS) 3.2 Heterocromia Completa Complicada (HCC) 3.3 Heterocromia Completa Simpaticognica (HCSG) A Heterocromia pode ser considerada como uma alterao das cores originais da ris. Nos brancos, a incidncia deste fenmeno inversamente proporcional freqncia de ris marrons. Alguns estudos executados por pesquisadores norte-americanos sobre pessoas em nvel escolar evidenciaram a presena de heterocromia em um percentual oscilante entre 0,67 e 2,7%. A pigmentao da ris determinada geneticamente segundo as leis mendelianas. A cor azul recessiva em relao ao marrom que controlado por alelos dominantes. A ris normal, completa o processo de pigmentao at o segundo ano de vida, condicionada pela produo de melanina. Esta ltima se forma no citoplasma dos melancitos pela oxidao do aminocido tirosina na presena de tirosinase, enzima que contm cobre e que est localizada nos mitocndrios endocelulares. interessante ressaltar que a MSH, secretada pelo lobo intermdio da hipfise, estimula o depsito de melanina nos melancitos de localizao cutnea, mas no desenvolve um mecanismo semelhante nos melancitos da ris. O MSH no estimula o crescimento do epitlio pigmentado do olho em culturas celulares e esta evidncia experimental depe para um papel marginal ou francamente nulo da MSH no controle e na regulagem da cor da ris. O sistema nervoso simptico influencia o desenvolvimento do pigmento da melanina e indiretamente sobre a cor da ris. Sem este intervento a ris permanece hipopigmentada. Processo de pigmentao e funo do MSH. 1. Heterocromia Central (HC) A heterocromia central associa-se a patologias gastrointestinais. A alterao cromtica envolve a rea gastrointestinal, isto , a zona confinada no interior da margem da coroa. Indica geralmente distrbios localizados no aparelho digestivo, mas que na maioria dos casos condicionam s patologias reflexas por conta do sistema nervoso, da pele e da dinmica articular, mas tambm aos fenmenos de intolerncia alimentar acompanhados por sintomatologia alrgica. O tipo de pigmentao especifica a etiologia do distrbio, mesmo se a premissa biolgica da manifestao heterocromtica seja a alterada a absoro de vitaminas, sais minerais, protenas e glicdios a nvel gastrointestinal.

  • 24

    A pigmentao vermelho-claro indica tendncia hiper-acidez, acentuada se a esta se associar a mise pupilar (domnio parassimptico). A cor vermelho-ferrugem ressalta o aparecimento de distrbios digestivos com queimores no estmago, (veja Rizzi). A presena de colorao amarelo-ocre condicionada pela alterao no metabolismo heptico e pela atividade excrina pancretica. O cinza nas suas diversas tonalidades acusa a tendncia atrfica da mucosa gstrica com fenmenos metaplsicos intestinais (Vit. B12). A atrofia da O.P.I. acompanhada por leses da pineal e do timo, e por alteraes morfolgicas da Orla Irdea externa, agravam o prognstico. A carncia de Vitamina B12 pode ser evidenciada atravs da pigmentao cinza da zona da coroa. 2. Heterocromia Parcial e Focal (H.P.F.) A heterocromia do tipo parcial a expresso irdea de efeitos de sinalizao nervosa, a provvel partida talmica. A zona enceflica est localizada entre os nucleus lentis e a parte caudal do nucleus caudatus, onde se encontram a pars plida e o corpo estriado. Estas estruturas correspondem funcionalmente ao centro de controle talmico, no qual podemos encontrar numerosas funes vitais essenciais ao homem e tambm modificaes em caso de patologias de carter degenerativo. Segundo alguns estudos de neuropatologia, parece que os ncleus pallidus e o corpus striatum (no tlamo tico) podem representar o lugar de falso controle central nos fenmenos oncolgicos. Efeito da sinalizao nervosa do tlamo tico Os efeitos de sinalizao nervosa (ou a distncia) que condicionam respostas de tipo heterocromtico parcial indicam o surgimento de extensos depsitos txicos. A sede orgnica logicamente especificada pela topografia da ris e a natureza etiopatogentica pelo tipo de pigmentao dos depsitos. Recorde-se que as assim denominadas manchas irdeas nada mais so do que heterocromias focais com idntico significado. A heterocromia parcial (ou focal) de cor amarelo palha depende de alteraes endcrinas com origem supra-renal; aquela de cor vermelho-carne identifica uma etiologia hipofisria. A pigmentao marrom-bege depende da tiride, e aquela de cor vermelho alaranjado depende do aparato das gnadas. Disfunes de natureza tmica apresentam-se com heterocromias focais ou parciais de cor violeta (roxa). A gama da cor marrom evidencia patologias referentes ao setor hepato-biliar, enquanto que o amarelo sujo (opaco escuro) define a presena de alteraes nefrognicas primitivas. A colorao marrom escuro pode depender, originar-se de causas bronco pulmonares (veja Rizzi), mas freqentemente encontrado em forma focal ou absolutamente puntiforme em pacientes com desequilbrio do aspecto psicoimunitrio.

  • 25

    As duas imagens realizadas a distncia de um ms uma da outra testemunham um evento excepcional: o aparecimento de uma heterocromia focal em relao Orla Pupilar Externa s 5:50 horas na microfotografia n.11. 3. Heterocromia Completa (H.C.) A heterocromia completa define-se como uma viragem cromtica total da ris em forma mono ou bilateral. subdividida nosograficamente em trs diferentes classes (Gladstone): 1. Heterocromia Completa Simples (H.C.S.) 2. Heterocromia Completa Complicada (H.C.C.) 3. Heterocromia Completa Simpaticognica (H.C.S.G.)

  • 26

    3.1. Heterocromia Completa Simples (H.C.S.) Formas hiper e hipopigmentadas. A heterocromia completa simples (H.C.S.) benigna, isto , geralmente no est associada a particulares sndromes e pode apresentar-se em forma hipo ou hiperpigmentada. Pode ser congnita, espordica ou familiar. Formas particulares de H.C.S. so encontradas em trs diferentes sndromes; a sndrome de Waardenburg caracterizada por hipertelorismo, surdo-mudismo congnito, heterocromia da ris, hiperplasia das sobrancelhas, deslocamento lateral do canto lacrimal e mecha frontal branca. A sndrome de Bremer caracterizada por anomalias da coluna vertebral por falta do fechamento do tubo neural. E por fim, a sndrome de Romberg, resultado de uma anomalia do primeiro arco branquial que conduz a uma hemiatrofia facial freqentemente associada esclerodermia localizada. 3.2 Heterocromia Completa Complicada (H.C.C.) Sndrome de Posner-Schlossman e ciclite de Fuch A Heterocromia completa complicada (H.C.C.) est geralmente associada a processos patolgicos ou leses oculares. O exemplo mais comum deste tipo representado pela ciclite heterocromica de Fuch. A forma H.C.C. pode apresenta-se como hipo ou hiperpigmentada. O tipo hipopigmentado associa-se a sndromes particulares como a sndrome de Posner-Schlossman (recorrentes ataques unilaterais de glaucoma e ciclite) e a ciclite heterocrmica de Fuch (heterocromia unilateral, ciclite crnica, opacidade das crneas e catarata secundria). A H.C.C. encontrada tambm na atrofia unilateral e difusa da ris, e na heterocromia secundria por infiltrao da ris devido obra de um tumor amelantico. Heterocromia hiperpigmentada A heterocromia hiperpigmentada pode ser de natureza ps-traumtica (geralmente secundria a leses traumticas da infncia), hematgena (quando se tem o derramamento hemtico na cmara anterior do olho), sidertica por acmulo de ferro orgnico no olho, neovascular (secundria a ocluso da artria cartide interna ou da veia retnica central, a diabete, a artrite temporal, etc.) e melantica no caso de melanoma da ris ou de melanose do bulbo. Por fim includa uma forma de heterocromia associada a distrbios de desenvolvimento do olho como a microcrnea congnita.

  • 27

    3.3 Heterocromia Completa Simpaticognica (H.C.S.G.) A E.C.S.G. na forma hipopigmentada est associada a mise, enoftalmo, ptose palpebral e anidrose facial ipsilateral na sndrome de Horner. Esta ltima apresenta-se nos casos de tumores de pice pulmonar (tumores de Pancoast) com o comprometimento plexo branquial (C8-T1-T2), do simptico e do nervo larngeo. No descrita a forma hiperpigmentada da heterocromia completa simpaticognica. Anomalias associadas a heterocromia: Sistema sseo: Crnio assimtrico Assimetrias faciais Disostose (m informao) mandibolofacial Palatosquise e lbio leporino Hipertelorismo Palato ogival Espinha bfida Cifose Escoliose Costela Cervical Anomalia de Klippel-Feil Omoplata alada Espondilolistesi Aracnodatilia (spider fingers) Dedos palmados Ps deformados Outras anomalias: Fistula Cervical Hipoplasia dos mamilos ipsilateral Hipopigmentao do bico da mama hipsilateral Aparelho cutneo: Emiatrofia facial de Romberg Albinismo parcial Sndrome de Sturge-Weber Esclerodermia en coupe de sabre Anidrose facial unilateral Sndrome de Peutz-Jegher-Tourraine Xantomatose Acrocianose Nevo de Ota Nevo vascular Neuro fibromatose Sistema Nervoso: Agenesia do corpo caloso Emangioma meningeo

  • 28

    Paralisia congnita do terceiro nervo Paralisia congnita do sexto nervo Paralisia congnita do stimo nervo Surdez congnita Sndrome de Waardenburg Hidromielia Siringomielia Paralisia de Kuempke Sndrome de Barr-Lieou Sistema ocular: Atrofia da ris Sndrome de Axenfeld e anomalia de Rieger (displasia mesodrmica do segmento anterior) Emangioma da ris Vitiligem da ris Melanma e macro-crnea Ciclite heterocrmica de Fuch Sndrome de Posner-Schlossman Maculopatia Distrofia da fvea Degenerao macular jovem Distrofia corio-retnica Micro-oftalmia Sndrome de Horner Miopia unilateral Sistema Gastroentrico: Quisto do trecho gastroinstestinal Miscelnea: Sndrome de Marfan Policitemia rubra verdadeira

  • 29

    CAPTULO VIII

    AS BASES TERICAS DA OLIGOTERAPIA

    Acenos Histricos No nossa inteno tratar de maneira aprofundada a oligoterapia, assim sendo indicamos ao leitor as bibliografias francesas e italianas no final deste volume.

    Todavia consideramos til ressaltar alguns conceitos gerais, detendo-se particularmente no tema das Diteses para as ligaes existentes com a anlise iridolgica descritas nesta nossa obra. Os oligoelementos foram empregados empiricamente na teoria desde a poca medieval.

    Estas utilizaes, todavia no tiveram grande relevncia uma vez que no se baseavam em um srio e racional substrato terico e, sobretudo, careciam de experimentaes clnicas estatisticamente significativas. A poca do Empirismo Podemos, de qualquer forma, e somente a ttulo de curiosidade, acenar a dois episdios singulares que denotam uma boa dose de fantasia por parte dos protagonistas destas histrias mdicas. O primeiro episdio remonta o sculo XIII, poca na qual Arnaldo de Villeneuve inspirou, com os seus trabalhos, Baslio Valentino que mais tarde experimentou, em sujeitos papudos (hipertiridico), a prescrio de pedacinhos de esponja marinha tostadas na grelha. Experincia verdadeiramente emprica a sua, e tanto que, somente alguns sculos depois, o francs Coindet colocou em relao os efeitos benficos desta singular terapia com o iodo contido nas esponjas, que evidentemente intervinha, de qualquer modo, no metabolismo da glndula tiride. Muito mais recentemente no sculo passado, se teve um outro interessante emprego emprico de um metal na clorose, doena do sangue ligada a um desmetabolismo do ferro, e hoje praticamente desaparecida. Estes terapeutas deixavam por um certo tempo, limagem de ferro em uma jarra de vinho da Mosella e depois receitavam este enlico aos pacientes doentes. De qualquer forma, alm destes episdios que pertencem histria da oligoterapia, as primeiras tentativas verdadeiras, que deram credibilidade cientfica s experincias com os oligoelementos remontam ao final do sculo passado. Foi de fato Gabriel Bertrand a se empenhar em experincias de bioqumica enzima-lgica e a descobrir que alguns oligoelementos desempenham uma funo cataltica indispensvel vida e foi Jacques Mntrier, o verdadeiro pai da oligoterapia

  • 30

    que, tomando sugestes dos trabalhos do Bertrand e do Sutter, empostou as bases daquela que levou o nome de Medicina Funcional.

    J.Mntrier, o pai da oligoterapia.

    A medicina funcional e as bases cientficas da oligoterapia Esta teoria mdica baseia-se em uma enorme quantidade de trabalhos clnicos, cerca de 100.000 (cem mil) casos, reunidos e conservados junto ao Centro de Pesquisas Biolgicas em Paris, no qual trabalhou Mntrier com os seus colaboradores. A sua escola e a de outros ilustres mdicos franceses entre os quais o eminente H. Picard, sobretudo pelos seus trabalhos em reumatologia, desenvolveu a oligoterapia de modo racional obtendo brilhante sucesso e fornecendo esquemas teraputicos extremamente interessantes, que serviram a todos os mdicos que se dedicaram medicina no convencional. Significado biolgico dos oligoelementos O melhor modo de compreender o significado biolgico dos oligoelementos aquele de aprofundar o aspecto enzimolgico da questo. Como j dito, no esta a sede para semelhante estudo e aconselhamos o leitor a estudar o II o captulo do volume Os oligoelementos no futuro teraputico (veja bibliografia). Podemos com tudo sintetizar este argumento ressaltando os aspectos mais importantes.

    O termo oligoelementos empregado nos pases latinos para indicar aqueles elementos qumicos, na maioria deles metais, que esto presentes em pequenos traos na matria viva, (do grego oligos = pouco). Nos pases anglo-saxnicos usa-se a terminologia trace-elements, vestgios de elementos precisamente. De um ponto de vista quantitativo consideramos vlida a definio dada por Forsenn nos anos 70: Oligoelementos so todos aqueles elementos qumicos que esto presentes em concentrao igual ou inferior a 0,01% do peso seco do corpo humano. Tal definio evidencia duas coisas: - os oligoelementos so parte constituinte do organismo humano.

    - esto presentes em pequenssimos vestgios e, portanto se diferenciam daqueles elementos qumicos que esto presentes no organismo em maior quantidade.

    Os constituintes qumicos do protoplasma humano Esta diferena no somente quantitativa, mas assume a sua funo biolgica.

    Para compreender a funo biolgica dos oligoelementos oportuno recordar quais so os componentes fundamentais do protoplasma humano. Podemos dividi-lo em dois grandes grupos: - os elementos fundamentais

    - os oligoelementos

  • 31

    Os Elementos Fundamentais

    O grupo dos elementos fundamentais formado por 12 elementos qumicos que esto presentes no protoplasma sob a forma de algumas molculas inorgnicas (gua, trifosfato de clcio, e poucas outras) e de inmeras molculas orgnicas tais como os lipdios, os glicdios, os cidos nuclicos e outras substncias mais ou menos complexas. Os elementos fundamentais so os seguintes:

    Hidrognio, Oxignio, Carbono, Azoto (que nas suas combinaes qumicas formam a maior parte do peso humano, cerca de 96%) e Clcio, Fsforo, Cloro, Sdio, Potssio, Enxofre, Magnsio e Ferro.

    Os oligoelementos O segundo grupo, o dos oligoelementos, representa na totalidade poucas gramas de peso e formada pelos seguintes elementos qumicos:

    Mangans, Cobre, Iodo, Zinco, Cobalto, Molibdnio, Nquel, Alumnio, Cromo, Titnio, Silcio, rubdio, Ltio, Arsnico, Flor, Bromo, Selnio, Boro, Brio, Estrncio. Estes dois grupos diferenciam-se seja quantitativamente como qualitativamente, no sentido de que as suas funes biolgicas so diferenciadas e especficas. De fato o primeiro grupo tem uma funo fundamentalmente estrutural e energtica, enquanto apresenta-se em forma de gua, de protenas que so os mais importantes constituintes estruturais do protoplasma, de componentes dos ossos, dos dentes (Ca e P), dos fludos corpreos (Cl e Na), do sangue (Fe), etc... Alm disso, os constituintes dos glicdios e dos lipdeos (C, O, H) representam as principais fontes de energia do protoplasma humano. Os oligoelementos, ao invs, tm uma funo de tipo estrutural ou funcional dependendo da molcula a qual se ligam.

    Se de fato a molcula partner uma substncia orgnica no enzimtica, a funo do oligoelemento envolvido ser de tipo estrutural como para o Ferro na hemoglobina e o Iodo na tiroxina. A atividade funcional dos oligoelementos indispensvel vida. Se ao invs, o oligoelemento faa parte integrante de uma enzima, como cofator metlico, ento o seu papel ser funcional na medida que intervir de maneira altamente especfica na catalisao de uma determinada reao bioqumica, inserindo-se assim no complexo sistema do metabolismo humano. este aspecto funcional que nos interessa particularmente uma vez que, sendo as enzimas os catalizadores biolgicos que dirigem o bom andamento das reaes bioqumicas que regulam o metabolismo, so, portanto indispensveis vida humana. Se os oligoelementos fazem parte integrante do pool enzimtico deste deriva que eles tambm so indispensveis vida do homem.

  • 32

    CAPTULO IX

    OLIGOELEMENTOS E ENZIMAS As Condies Termodinmicas de uma reao qumica Procuramos sintetizar de maneira breve alguns conceitos relativos ao fascinante mundo das enzimas e da catalise. notrio que uma reao qumica pode acontecer somente se as suas condies termodinmicas o permitem. Em outras palavras, uma reao entre duas substncias qumicas A e B pode proceder no sentido de formar uma terceira substncia (ou mais substncias) C, somente se o contedo energtico de A + B superior ao contedo energtico do produto de reao C. Se indicarmos com E a energia contida em uma determinada substncia, a reao poder acontecer somente se: EA + EB > EC Este o dado de base e est em sintonia com a lei fsica pela qual a Natureza direciona-se sempre para um estado de tranqilidade, de repouso, isto , de menor contedo energtico. Falta, todavia, esclarecer o problema, da velocidade com a qual uma reao acontece. Existem de fato reaes qumicas que procedem altssima velocidade e outras, pelo contrrio, que so extremamente lentas. Existe a possibilidade de influir sobre a velocidade de reao? notrio, por exemplo, que este parmetro fundamental para consentir a economia de muitssimos processos industriais, que tm sentido somente se ocorrerem em alta velocidade. Os catalizadores O sistema existe e aquele que se baseia nos catalizadores. Um catalisador ,de fato, uma substncia que, mesmo no modificando as condies termodinmicas de uma reao qumica, consegue faz-las alcanar as condies de equilbrio final mais rapidamente, fornecendo reao qumica uma estrada alternativa mais veloz. Praticamente, portanto, uma reao, na presena de um catalizador, adquire uma velocidade de reao maior. O fenmeno chamado de catlise. Se isto importante no mundo da qumica inorgnica e industrial, considerado vital a nvel bioqumico. evidente que, na matria viva e, portanto no nosso organismo, as reaes bioqumicas procedem a velocidades altssimas, vertiginosas, at porque os tempos compatveis com a vida so estreitssimos.

  • 33

    Pensemos, por um instante, naquele vrtice de reaes bioqumicas que a clula, na qual acontece, num espao de fraes infinitesimais de segundos, uma quantidade enorme de reaes. Faamos, alm do mais, ateno ao fato de que as condies de temperatura, presso e pH na qual acontecem estas reaes no nosso organismo, so particularmente brandas: 37o C aproximadamente, presso atmosfrica normal (cerca de 1) e Ph prximo neutralidade.

    Por isto, se as condies bioqumicas ocorressem na ausncia de catalizadores, seguramente teramos velocidade de reao extremamente baixas, muito longe dos tempos que a vida impe aos seus mecanismos biolgicos. Eis, portanto que na natureza existem sistemas de adequaes muito eficazes e sofisticadas, baseados em processos biocatalticos regulados por particulares substncias chamadas de enzimas. As enzimas O termo enzima deriva do grego (em Zum = no levedo) e remonta ao sculo passado, quando foram efetuadas fascinantes experincias bioqumicas por Pasteur e por Bchner, intencionadas a demonstrar que as fermentaes ocorriam estimuladas pela ao cataltica de particulares substncias, precisamente as enzimas que se encontram nos levedos. Somente no nosso sculo que Fisher, Summer e outros, finalmente conseguiram isolar simples enzimas a ponto de obt-las puras no estado cristalino e assim estud-las a estrutura qumica, alm da atividade biolgica.

    Destes estudos emergiram algumas concluses muito interessantes; citemos trs delas porque esto relacionadas ao artigo deste captulo, isto , as relaes existentes entre enzimas e oligoelementos:

    - todas as enzimas at agora estudadas demonstraram uma estrutura protica. - um grande nmero de enzimas estudadas contm, como cofator da estrutura

    protica, um oligoelemento ou, seja como for, funcionam somente na presena de um oligoelemento.

    - as enzimas, verdadeiras e prprias catalisadoras biolgicas, so responsveis pelo regulares desenvolvimentos das reaes qumicas sobre as quais se fundamenta o equilbrio metablico do nosso organismo; portanto so indispensveis vida e ao bom estado do nosso organismo.

    Uma carncia de oligoelemento pode, portanto, levar a um bloqueio, mesmo que parcial, de um sistema enzimtico, com conseqentes desequilbrios metablicos e reflexos negativos no estado de sade. Oligoelementos e doenas funcionais Consolidado o fato de que os oligoelementos so os cofatores metlicos das enzimas e que, portanto, so indispensveis ao correto e harmnico desenvolvimento das reaes bioqumicas e, por conseqncia, do metabolismo humano, vale a pena analisar o que ocorre quando se verifica um estado de carncia de oligoelementos.

  • 34

    Citamos, para este propsito, uma definio muito interessante evidenciada por Claude Meunier, pesquisador francs que criou tambm o neologismo ametalse.

    Conceito de Ametalose Ametalose uma carncia local ou geral, momentnea ou persistente, contnua ou intermitente de ons metlicos necessrios para o desenvolvimento das reaes metablicas que no podem efetuar-se de modo fisiolgico sem a sua participao. A ametalose, portanto, base de um desequilbrio metablico que repercutir inevitavelmente sobre o estado de sade: esta implicao metablica ser o efeito de uma carncia tambm parcial de oligoelementos no nosso organismo. Podemos propor tambm neste ponto, uma seqncia que ilustra sinteticamente as relaes entre as carncias de oligoelementos e a doena funcional.

    Ametalose

    Enzimopenia

    Desmetabolismo

    Doena Funcional Relao entre carncia de oligoelementos e estado de sade. As vitaminas inorgnicas Esta correlao carncia/estado de sade caracteriza-se tambm por um outro aspecto: a reversibilidade deste estado. De fato, comprovado que reintroduzindo os oligoelementos metlicos carentes, antes que a doena provoque leses irreversveis, corrige-se o estado de ametalose, compensa-se o dficit enzimtico, reequilibra-se o metabolismo e, portanto retorna-se ao estado de sade bloqueando-se a evoluo da doena funcional. Este mecanismo compensatrio nos induz a fazer algumas consideraes. Antes de tudo vale a pena observar que, se uma carncia de oligoelementos provoca alteraes funcionais ou estruturais de tipo variado, e se a prescrio do oligoelemento em questo harmoniza as afeces morbosas provocadas pela sua carncia, pode-se individualizar uma analogia muito singular entre os oligoelementos e as vitaminas. De fato, estas tambm induzem no organismo alteraes de tipo morboso, quando so carentes na alimentao, e curam doenas quando so reequilibradas de maneira idnea. Isto sugere a idia que as preparaes de oligoelementos sejam considerados mais como integradores alimentares altamente biodisponveis do que como Farmacos, mesmo se naturais, e induziu alguns pesquisadores a definirem os oligoelementos com o termo sugestivo de vitaminas inorgnicas.

  • 35

    Carncias de oligoelementos e aes catalticas. Na busca de sintetizar os princpios da oligoterapia clssica francesa, insistimos a respeito do conceito de carncia de oligoelementos entendida como causa de enzimopenia e consequentemente de desequilbrio metablico que leva a uma doena funcional.

    Todavia um conceito definido. O emprego teraputico dos oligoelementos indiscutivelmente baseado na necessidade de se corrigir eventuais carncias, mas esta ao primria no a nica e no to pouco mais importante. Reconhece-se uma outra ao dos oligoelementos que sempre de tipo cataltico e que, usando as palavras de Mntrier, orientada no sentido da regulagem das trocas inicas. esta ltima ao que nos parece constituir a base da teraputica funcional. De fato certos oligoelementos (elementos qumicos denominados de transio) parecem dotados de caractersticas fsicas aptas a favorecer as trocas inicas devido a sua estrutura eletrnica. A Ao Cataltica dos Oligoelementos Esta ao cataltica de tipo enzimtico acontece graas forte diluio e ionizao dos preparados oligoterpicos e totalmente diferente daquela que se pode obter com quantidades ponderais presentes nos preparados slidos que, sob a forma de sais variados geralmente orgnicos, servem fundamentalmente como terapia de apoio. Estas trocas inicas, esta particular reatividade qumica dos preparados catalticos, que se traduz em uma altssima biodisponibilidade, permitem aos oligoelementos de intervir de maneira corretiva nos terrenos orgnicos. Os oligoelementos como equilibradores diatsicos Isto , trata-se de uma interveno sobre a globalidade diatsica e tanto que veremos modificar-se sejam as caractersticas intelectuais, psicolgicas, fsicas, bem como as manifestaes pr ou parapatolgicas. Nos casos de no se chegar cura, se determina de qualquer forma, uma melhora evidente e geral, assim como se poder agir positivamente nos tratamentos preventivos de vrias patologias. Trata-se, portanto de duas aes distintas: uma que corrige uma determinada carncia e a outra que produz um equilbrio inico atravs da ao cataltica de um oligoelemento prescrito em uma forma altamente ionizada enquanto altamente diluda. Obviamente que a quantidade de oligoelementos em soluo ser pequena, mas no infinitesimal, isto , ser medida em milsimos de miligrama. Neste sentido no poderemos, portanto, falar de quantidades homeopticas, mesmo se a oligoterapia, no s no incompatvel com a homeopatia, mas cada vez mais empregada em associao com os prprios remdios homeopticos. Em sntese podemos dizer que a medicina funcional, atravs do emprego da terapia cataltica com os oligoelementos, direciona-se ao invs, na direo dos mecanismos ntimos da matria viva para regulariz-los, levando com isso ordem e harmonia l onde existir desequilbrio e desarmonia.

  • 36

    Viabilidade da pesquisa iridolgica. Neste sentido a oligoterapia deve ser considerada terapia de causa que tende a remover, globalmente a causas e no somente os efeitos de desordem diatsica. O emprego da pesquisa iridolgica ser, portanto fundamental para confrontar o mdico na sua atividade diagnstica e na sua prtica teraputica que poder tornar-se sempre mais precisa e personalizada.

  • 37

    CAPTULO X

    OLIGOELEMENTOS E DITESE Ditese e Terreno Orgnico Realizadas as definies, mesmo de maneira muito sinttica, a respeito da funo metablica dos oligoelementos oportuno analisar a possibilidade no emprego teraputico. Evidenciamos que a atividade biolgica dos oligoelementos do tipo cataltico e, portanto lgico pensar que tambm o mecanismo teraputico ser de tipo cataltico. jogo de fora, e neste ponto, voltar-se aos experimentos clssicos de Mntrier e ressaltar aquilo que este grande mestre da medicina entendia por Diatese.

    Com este termo, na medicina clssica, se definia a pr-disposio de um sujeito a contrair uma determinada doena. Era, portanto um termo redutivo referente a aquilo que entendia Mntrier por Diatese.

    De fato ele identificava a Diatese de uma pessoa com o seu terreno orgnico e, portanto tomava em considerao as caractersticas intelectuais (memria, capacidade de concentrao, criatividade, etc.), aquelas psicolgicas (postura em relao vida, otimismo, pessimismo, indiferena, etc), o tipo de sono do sujeito e seu cansao, alm, obviamente, a pr-disposio a contrair certas doenas.

    Mntrier subdividiu o seu pacientes em quatro grupos homogneos, isto , em quatro Diateses que se chamou com os seguintes nomes: Diatese 1 ou alrgica; Diatese 2 ou hipostnica; Diatese 3 ou distnica e Diatese 4 ou anrgica. Existem outros nomes para as Diateses, mas para simplificar nos limitaremos a estas j citadas.

    Mais adiante descreveremos as caractersticas de cada um destes grupos. Diremos logo que a pesquisa sistemtica, mesmo se emprica, de Mntrier foi a de prescrever particulares misturas de oligoelementos a cada uma das quatro Diatese at a descoberta da resposta significativamente positiva de uma determinada Ditese com a ministrao de um particular oligoelemento ou mistura de oligoelementos que foram definidos de diatesicamente. Esta pesquisa sistemtica lhe foi inspirada por procedentes trabalhos bioqumicos de Gabriel Bertrand, por trabalhos clnicos de J.U. Sutter e pelas suas experincias pessoais muito interessantes em tuberculose, com sais de Mangans-Cobre. Sendo assim a Ditese 1 ou Alrgica respondia positivamente ao Mangans, a Hipostnica ao Mangans-Cobre, a Distnica ao Mangans-Cobalto, e a Anrgica ao Cobre-Ouro-Prata.

  • 38

    Doses pequenssimas, da ordem dos milsimos de miligrama de sais destes metais, altamente ionizados, que eram prescritos por via perilingal com posologias muito rarefeitas, da ordem de duas a trs vezes por semana, davam resultados extremamente interessantes em muitas patologias funcionais. As experincias foram muitas e se alongaram por dcadas, no somente junto ao Centro de Pesquisa de Mntrier, mas junto a muitos outros centros franceses e europeus, dentre os quais despontou, pela originalidade dos trabalhos clnicos, o de H. Picard, o grande oligoterapeuta que obteve resultados eficazes nos tratamentos de reumatologia. O emprego dos oligoelementos envolve outras misturas e outros metais e metalides (Li, Cu, Se, K, J, S, Bi, P, Mg, Fe, etc.), que se tornaram complementares s misturas diatsicas precedentemente mencionadas a parte integrante dos instrumentos teraputicos dos mdicos naturopatas. Os oligoelementos diatsicos. Caractersticas das Diateses Mostramos de maneira simplificada as tabelas sintticas que aparecem no volume Os Oligoelementos no Futuro Teraputico (veja bibliografia) por enquanto suficiente a esclarecer este aspecto no limite que nos propomos neste caso. Nos quadros 1, 2, 3, e 4 so evidenciadas as caractersticas extradas das quatro Diateses e so indicados os oligoelementos diatsicos. Quadro 1. Diatese 1 Alrgica ou do Mn Caractersticas intelectuais e psicolgicas: Enrgico, dedicado, impetuoso, passional, fcil exaltao, otimista, seguro de si, nervoso, irritvel, iroso, amante das novidades, vido de atividade, esprito de iniciativa, esprito aberto, constante nos sentimentos, memria seletiva. Comportamento fsico: Astenia matutina, cansao que aparece durante a atividade, hiper-ativo noite. Sono irregular. Pr-disposio s doenas: Hemicranias peridicas, alergia aos agentes externos, renite alrgica, lgias, distrbios digestivos e intestinais (nervoso), gota, hemorridas, menstruaes prximas, abundantes e geralmente dolorosas. Oligoelemento diatsico: Mangans.

  • 39

    Quadro 2. Diatese Hipostnica ou do Mn-Cu. Caractersticas intelectuais e psicolgicas:

    Calmo, ponderado, equilibrado, indiferente, sem paixo, memria curta, metdico, com self-control, economiza os esforos.

    Comportamento fsico:

    Cansao a noite, cansao ao esforar-se, falta de resistncia, necessidade de repouso e de frias. Sono muito bom.

    Pr-disposio s doenas:

    Fragilidade das vias respiratrias, infeces, inflamaes, reaes linfticas e digestivas, hipomenorria, alergia por auto intoxicao, artrose, cefalia, diabete, obesidade, celulite, fadiga dos ligamentos, artrite, distrbios intestinais.

    Oligoelementos diatsicos: Mangans-Cobre.

    Quadro 3. Diatese Distnica ou do Mn-Co. Caractersticas intelectuais e psicolgicas:

    Ansioso, nervoso, emotivo, melanclico, um pouco depressivo, pssima memria, pssima concentrao, envelhecimento geral e orgnico.

    Comportamento fsico:

    Cansao progressivo ao longo do dia, mais acentuado no final de tarde, cansao nos membros inferiores. Sono medocre, acorda durante noite.

    Pr-disposio s doenas:

    Distrbios neurovegetativos, circulatrios e cardiovasculares, hipertenso, lcera, gastralgias, espasmos, colite, dificuldade de evacuar, clculos, couperose, pernas pesadas, artrose, cefalia, distrbios psquicos, obesidade.

    Oligoelementos diatesicos: Mangans-Cobalto.

  • 40

    Quadro 4. Diatese 4 Anrgica ou do Cu-Au-Ag. Caractersticas intelectuais e psicolgicas:

    Falta de vitalidade, depresso, ofuscamento, indeciso, volvel, desencantado, falta de memria, falta de concentrao, grande relaxamento, desgosto pela vida.

    Comportamento fsico: Cansao contnuo, nenhuma auto defesa fsica e moral fraqueza geral. Sono: insnia, pesadelos noturnos, angstia. Pr-disposio s doenas:

    Escoliose, febre, reumatismo grave, poliartrite, bloqueio linftico, infeces agudas e recidivas, degenerao do tecido, senilidade global, fraqueza. (debilitao orgnica com emagrecimento).

    Oligoelementos diatsicos Cobre-Prata-Ouro. bvio que quando o oligoteraputa se encontrar em frente a um sujeito portador de uma doena, a primeira coisa que dever fazer ser individualizar a Diatese pertencente, para tentar corrigir o terreno doente, isto no tanto para agir sobre os sintomas, e sim sobre a causa da prpria doena. Iridologia e Diatese E aqui que a pesquisa iridolgica se insere de maneira extremamente interessante porque coloca, a disposio do mdico, um sistema de verificao da hiptese diagnstica que surgiu do seu colquio com o paciente. De fato est provado, como aparece detalhadamente neste volume, que existe um nexo bem evidente entre ris e diatese e, portanto a anlise iridolgica torna-se instrumento moderno e precioso para todos aqueles que desejam professar corretamente a medicina do terreno. A metodologia diagnstica ser, portanto aquela de individualizar, atravs da conversa com o paciente, a Diatese de pertencente, evidenciando as caractersticas psicolgicas, intelectuais, o seu sono, o seu cansao e as suas doenas. A essa altura a pesquisa iridolgica poder confirmar, ou no, atravs da observao da Orla Pupilar Interna (O.P.I.) a veracidade da prpria hiptese diatsica e poder especificar o tipo de doena funcional ou lesional que est por conta do paciente em observao. O quadro dos oligoelementos na semitica iridolgica sintetiza as relaes entre a O.P.I., Diatese e oligoelementos diatsicos evidenciando as seguintes equivalncias:

  • 41

    Ditese Oligoelemento O.P.I. Diatese 1 - Alrgica do Mn Hipertrfico Diatese 2 - Hipostnica do Mn-Cu Hipotrfica Diatese 3 - Distnica do Mn-Co Parcialmente Atrfica Diatese 4 - Anrgica do Cu, Ag, Au Atrfica Como dever ser bem compreendida dificilmente uma pesquisa iridolgica ir limitar-se somente a individualizar o tipo de diatese do paciente. Esta somente uma das evidencias de pesquisa. Assim, por fim, tambm as conversas s quais acrescenta-se a pesquisa iridolgica no se limita a determinar o terreno orgnico do paciente, mas evidenciar os sintomas de uma doena funcional ou lesional.

    Por isso, em determinar a estratgia teraputica, levar-se- em conta todo o contedo diagnosticado (como veremos nos captulo relativos as doenas dos aparelhos isoladamente), em primeiro lugar agir totalmente a nvel diatsico, procurando corrigir o terreno de base e depois sero inseridos os oligoelementos complementares e os fitoterpicos especficos para o rgo atingido e para o tipo de sintomatologia que se quer dominar. A sndrome da desadaptao A margem das quatro diateses das quais falamos anteriormente, importante evidenciar uma sndrome que pode ser encontrada em qualquer um dos quatro terrenos orgnicos. uma sndrome que definida por desadaptao porque representa a dificuldade, por parte de algumas glndulas endcrinas, a adaptar-se aos estmulos lanados pela hipfise. Esta sndrome pode ser particularmente verificada por conta do eixo hipfise-genital e da hipfise pancretico. Os sintomas, no primeiro caso, so os seguintes: Eixo hipfise-genital - atraso de desenvolvimento; - impotncia sexual de tipo funcional; - disfunes do aparelho genital feminino. (desordens menstruais, sndromes paramenopausicas, etc). A terapia cataltica desta sndrome desadaptativa hipfise-genital, vamos atuar com a associao de Zinco-Cobre, grande reguladora desta esfera endcrina que, de toda forma, sempre associada associao cataltica diatsica especfica do determinado paciente.

  • 42

    No segundo caso, contrariamente, teremos uma desadaptao endcrina em funo do eixo hipfise-pancretico, que se revelar atravs dos seguintes sintomas, devido a um turbamento da taxa de glicemia.

    Eixo hipfise-pancretico: - fome de lobo pr-refeio; - sonolncia ps-refeio; - sensao de vcuo intelectual; - sudorao imprevista; - coupe de pompe, termo francs com o qual se define um estado de exaurimento imprevisto e muito acentuado e - fcil variao de humor. Para esta sndrome de desadaptao, emprega-se como associao cataltica o Zinco-Nquel e Cobalto (O.P.I V). Tambm neste caso, obviamente, sero sempre associados os oligoelementos diatsicos especficos do terreno orgnico do sujeito em questo. A associao Zn, Ni, Co revelou-se til nas hiperglicemias modernas, isto , aquelas ainda sensveis aos tratamentos dietticos, enquanto na diabete instalada os resultados so escassos e no mximo podem tentar coadjuvar no tratamento insulnico.

  • 43

    CAPTULO XI

    OLIGOELEMENTOS DIATSICOS E COMPLEMENTARES

    Vimos que cada Diatese corresponde a particulares oligoelementos que chamamos diatsicos e so: o Mangans, o Mangans-Cobre, o Mangans-Cobalto e o Cobre-Ouro-Prata. Cada uma destas associaes catalticas provoca uma modificao benfica na Diatese do paciente realizando um intervento teraputico de causa. Com esta interveno opera-se uma verdadeira e prpria medicina do terreno, no sentido em que se age propiciando o equilbrio das autodefesas do paciente. De fato sabe-se que quando se atua uma terapia cataltica com elementos diatsicos no se corrige somente uma carncia, mas se ter, como efeito mais global, a eliminao de um determinado episdio morboso e um impacto positivo sobre todos os aspectos especficos do terreno. A ao cataltica dos oligoelementos diatsicos Mn Teremos, portanto, com o Mangans, no caso da Ditese 1, no somente o surgimento, por exemplo, da sintomatologia alrgica, mas uma atenuao dos vrios fenmenos hiperrgicos, caractersticas destes pacientes, na esfera intelectual, psicolgica e fsica. Mn-Cu No caso, ao invs, da Ditese 2, onde o problema de base de uma geral escassez de defesas orgnicas e de resistncia, com a associao sinrgica Mangans-Cobre obteve-se um significativo desenvolvimento das autodefesas reforando globalmente o terreno do paciente, que se torna mais resistente seja a respeito das agresses microbianas e virais (especialmente a cargo do aparelho respiratrio e O.R.L.), seja da fadiga fsica em geral. Mn-Co Na Ditese 3 o indivduo est na fase distnica e a associao cataltica Mangans-Cobalto une a ao anti-artrtica do Mangans forte ao antidistnica do Cobalto. Esta Ditese, tpica das pessoas de meia idade, mas infelizmente presente em idades inferiores neste final de sculo dominado pelo stress e pela poluio progressiva do ambiente, se poderia definir a Ditese da ansiedade. Se no se bloqueia tempestivamente a inibio cataltica destes dois metais, se arrisca de agravar de maneira irreversvel o estado distnico, desencadeando geralmente na anergia. A associao Mn-Co representa um enrgico e eficaz remdio oligoterpico, que geralmente obtm sucesso extraordinrio quanto mais fortemente assumido pelas pessoas na fase distnica, mais ainda empregado com constncias por longos ciclos.

  • 44

    Cu-Au-Ag No que diz respeito a Ditese 4, o quadro anrgico impe uma interveno radical para estimular um terreno muito exaurido, onde as autodefesas fsicas, intelectuais e psquicas so gravemente comprometidas. Neste caso o Cobre, grande estimulador das defesas orgnicas associado ao Ouro e a Prata, dois metais que fazem parte do mesmo grupo na tabela peridica dos elementos. Isso significa uma configurao eletrnica perifrica semelhante, o que confere a estes trs metais um sinergismo cataltico muito forte, que se traduz em uma ao teraputica muito valiosa no estmulo da reao do terreno anrgico. exatamente no campo das anergias jovens que se obtm resultados geralmente significativos e decisivamente muito mais rpidos, em relao a outras intervenes catalticas em outros tipos de situaes. Oligoelementos Complementares Alm dos oligoelementos diatsicos e as duas associaes Zn-Cu, e Zn-Ni-Co para as sndromes de desadaptao endcrina, a oligoterapia se aproveita do emprego de numerosos outros elementos qumicos que vm completar a ao cataltica. A importncia dos oligoelementos complementares Em parte trata-se de oligoelementos verdadeiros e prprios como o Alumnio, o Ltio, e outros, e de elementos qumicos como o Enxofre, o Fsforo, o Magnsio e o Potssio que, sendo presentes no organismo humano em quantidades superiores a 0,01% do seu peso seco, no podem ser considerados oligoelementos, mas, so empregados na oligoterapia com timos resultados, associados as diatses. Estes metais e metalides so comumente chamados oligoelementos complementares. Na tabela seguinte citaremos sinteticamente os elementos mais importantes e os fundamentais campos de aplicao. Elemento Ao Campo de Aplicao Alumnio Regulador do sistema nervoso Distrbio do sono (no de

    origem digestiva) atrasos e cansao intelectual

    Bismuto Anti-anginoso Anginas, amigdalite, estados inflamatrios da garganta e da

    esfera O.R.L. em geral Cobalto Regulador do sistema neuro-vegetativo,

    vasodilatador,ansioltico,antiespasmdico, estimulante, estimulante da hematopoise

    Hemicrania, espasmo arterial,aerofagias,soluo,artrite

    dos membros inferiores, palpitao, varizes e

    hemorridas Cobre Anti-infectivo, anti-inflamatrio,

    estimulador das auto defesas,energizante, favorece a absoro do Ferro

    Influncia, resfriados, estados infectivos, reumatismos inflamatrios, poliartrite,

    espondilartrite anquilosate

  • 45

    (paralisia dos membros), psoriase

    Flor Regulador do metabolismo do Clcio Raquitismo, osteoporose, hiperdebilitao dos

    ligamentos, alterao do equilbrio Fsforo-Clcio,

    cries dentrias, descalcificao, scoliose,

    distoro repetitivas Iodo Regulador tiroideo hiper ou hipo, sem

    riscos de iodismo Distiroidismo funcionais,

    doenas Basedow, papeira, variaes de presso,

    obesidade Ltio Regulador do sistema nervoso Distrbios psquicos,

    nervosismo, ansiedade, agressividade, distrbio de

    comportamento, abulia, emoo, insnia por nsia,

    manias, obsesses instabilidade do carter,

    agitaes na criana, decadncia senil, indiferena,

    perda do senso crtico no ancio, psicodermatose,

    prurido Magnsio Estimulador da auto defesa, regulador da

    clula nervosa e do metabolismo do clcio

    Cansao psquico e intelectual, desmineralizao, raquitismo,

    espasmofilia, disfunes paratirideas, nevrite

    nevralgias, insuficincias digestivas, distrbios

    intestinais crnicos, colite, enterocolite, ressequidez

    crnica, envelhecimento, prostatismo, artrose

    Nquel-Cobalto

    Regulador das funes pancreticas Disfunes pancreticas, meteorismo, aerofagia,

    digesto lenta, m digesto de gorduras, fezes gordurosas,

    sonolncia ps refeio Potssio Diurtico, regulador das supra-renais Reteno d gua, celulite,

    obesidade, edemas, oligria, miastenia, artrose com VES

    elevada Silcio Reconstitue os tecidos sseos,

    remineralizante Artrose, queda de cabelos e unhas fracas, raquitismo,

    degenerao cutnea. Selnio Antioxidante, anti-radicais Livres Preventivo de doenas

    degenerativas Enxofre Imunizador das manifestaes alrgicas Alergia, asma, eczema,

  • 46

    acne,furunculose, problemas dermatolgicos em gerais, queda de cabelo e unhas

    frgeis, hipo hepato-biliar, neuro-artritismo, artrose

    Zinco Regulador do sistema endcrino, cicatrizante

    Disfunes epifisrias, impotncia, cicatrizante, doenas degenerativas

    Fsforo Regulador do metabolismo do clcio, anti espasmdico

    Fraqueza muscular, tetnica, espasmofilia, artrose, distrbio

    de memria e da intelectualidade, miastenia

  • 47

    CAPTULO XII

    A EVOLUO DAS DIATESES O processo de envelhecimento A Ditese no se mantm em um estado imutvel por toda a vida: o nico fator que no muda so os genes. Por outro lado praticamente impossvel falar sobre uma Ditese pura. Sempre que nos defrontamos com uma Ditese intermediria, observamos o tecido e a terapia a ser usada, se busca regredi-la do es