jornal litoral alentejano maio 2010

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Ano IX • n.º 209 Quinzenal - Preço 0.50 Director Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo 1 de Maio/10 Comporta “espreita” Ryder Cup 2018 A Ryder Cup 2018 vai ser alavanca na afirmação do Litoral Alentejano como novo destino turístico de golfe Novos Rostos do Poder Autárquico Das eleições autárquicas de Outubro, resultaram “novos eleitos” nas autarquias. Dar a conhecer os “Novos Rostos” nos concelhos do Alentejo Litoral, foi o mote das entrevistas que hoje publicamos.

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Page 1: Jornal Litoral Alentejano Maio 2010

Ano IX • n.º 209Quinzenal - Preço 0.50

•Director

Aliette MartinsDirector-adjuntoMarcos Leonardo

1 de Maio/10

Comporta “espreita”

Ryder Cup 2018A Ryder Cup 2018 vai ser alavanca na afirmação do Litoral Alentejano como novo destino turístico de golfe

Novos Rostos do Poder Autárquico

Das eleições autárquicas de Outubro, resultaram “novos eleitos” nas autarquias.Dar a conhecer os “Novos Rostos” nos concelhos do Alentejo Litoral, foi o mote das entrevistas que hoje publicamos.

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PropriedadeLitoralPress, Lda

Director Aliette Martins

Director Adjunto Marcos Leonardo

RedacçãoAliette MartinsRaul Oliveira

Claúdio CatarinoAngela NobreRute Canhoto

Joaquim Bernardo

CronistasFrancisco do ÓJoão Massano

Fernanda Calado

ColaboraçãoFrançois Baradez

Custódio RodriguesSerafim Marques

SecretariaAna Cristina

AgendaLuis Bernardo

[email protected]

FotografiaPaulo ChavesAna Correia

António JorgeJosé Miguel

Mário Afonso

PublicidadeMarcos LeonardoTelem. 919 877 399

PaginaçãoARTZERU, Lda.Telef. 265 232 387

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DistribuiçãoMRW(loja de Sines)

269 862 292

Sede

Colégio de S. JoséRua do Parque, 10

7540-172 Santiago do CacémTel./Fax: 269 822 570Telem. 919 877 399

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Delegação

Rua do Romeu, 19-2.º2900-595 Setúbal

Telf./Fax: 265 235 234Telem. 919 931 550

[email protected]

Membro :

Ryder Cup 2018 é alavanca na afirmação do Litoral Alentejano como novo destino turístico de golfeComporta Dunes é o campo escolhido para candidatura portuguesaA candidatura portuguesa à organização da Ryder Cup 2018, o terceiro maior evento desportivo do mundo a seguir aos Jogos Olímpicos e ao Campeonato do Mundo de Futebol, representa uma importante alavanca para o desenvolvimento do Litoral Alentejano enquanto novo destino turístico de golfe.Em conferência de imprensa no passado dia 15 de Abril, Henrique Montelobo - Admi-nistrador da Sonae Turismo, Ceia da Silva – Presidente do Turismo do Alentejo, Carlos Beato – Presidente do Pólo de Desenvolvimento Turís-tico do Litoral Alentejano e Carlos Cortês – Adminis-trador da Herdade da Com-porta, congratularam-se com a escolha da Comissão Executiva da candidatura portuguesa à Ryder Cup.Ceia da Silva afirmou “A Comissão ao escolher a Comporta Dunes para palco desta competição demonstra uma clara visão estratégica e de futuro em relação ao desenvolvi-mento do turismo nacional, uma das mais importantes indústrias da economia do nosso país, apostando na criação de um novo des-tino de golfe.Temos de deixar de ter política de capelinhas. Esta prova significa vantagens para o Algarve, Alentejo, Lisboa e todo o País.” Após a escolha da região do país que vai representar a candidatura nacional, é chegada a altura de juntar todos os esforços para que Portugal vença e receba a Ryder Cup em 2018. Face à concorrência da Alemanha, França, Holanda e Espanha, é necessário dar a conhecer as condições únicas que Portugal e o Litoral Alen-tejano, em particular, têm para receber e organizar esta prova com sucesso.A região do Litoral Alente-jano reúne todas as condi-ções para receber uma prova da dimensão da Ryder Cup. Em preparação está a cria-ção de uma oferta turística de qualidade, em harmonia com as melhores práticas de sustentabilidade ambien-tal, com a presença de algu-mas das mais importantes cadeias hoteleiras mundiais. Com 32 hotéis e aparthotéis, oito campos de golfe e aloja-mento turístico e residencial, totalizando cerca de 32 mil camas, a região tem todas as condições para reforçar a imagem de Portugal como destino de qualidade.Carlos Beato afirmaria “A

região tem uma centrali-dade ímpar, a 110 km de Lisboa, fácil acesso a cinco aeroportos, com ligações às principais capitais euro-peias, servida pela rede ibérica de auto-estradas e pela futura rede Alta Velocidade. A realização da prova no Litoral Alen-tejano permitirá acelerar o desenvolvimento deste novo destino, para o qual está previsto um inves-timento de cerca de 3,5 mil milhões de euros e a criação de cerca de 15 mil postos de trabalhos”.Para além da projecção internacional de Portugal enquanto destino turístico de qualidade, a realização da Ryder Cup no Litoral Alente-jano vai permitir o desenvol-vimento económico e social da região, através da criação de emprego e a antecipação e consolidação de um novo destino turístico sustentável. Esta prova vai também criar condições para o aumento do número de praticantes de golfe, nomeadamente entre as camadas mais jovens.Esta é uma oportunidade única para Portugal demonstrar a sua capacidade para organizar grandes eventos, na segunda vez na história que a Ryder Cup é disputada fora das ilhas britânicas. Esta é uma oportunidade única para Portugal demonstrar a sua capacidade para organizar grandes eventos.A realização da Ryder Cup no Litoral Alentejano será, com certeza, mais uma página de sucesso da histó-ria do golfe em Portugal.Nesta conferência de imprensa estiveram também presentes os representantes

dos empreendimentos turís-ticos do Litoral Alentejano, Sonae Turismo, Amorim Turismo, Grupo Pestana,

Herdade da Comporta, Grupo Pelicano e Costa Terra.

O que é a Ryder Cup

A Ryder Cup é um torneio bienal de golfe que põe frente a frente as equipas da Europa e as dos Estados Unidos.A supremacia americana, que dominou o torneio durante mais de 45 anos, deixou apenas que a Grã-Bretanha vencesse uma única vez entre 1935 e 1973.A primeira competição aconteceu em 1926. Depois da Segunda Guerra Mundial foram introduzi-das novas regras ao jogo e decidiu-se por uma maior abertura aos outros países da Europa. Uma nova vaga de golfistas espanhóis, tais como Seve Ballesteros e António Garrido, abriram um precedente em 1979 ao jogarem num torneio inicial-mente restrito à Grã-Breta-nha e aos Estados Unidos. Com isto permitiram a parti-cipação de outros países e o torneio foi alargado à Dina-marca, à França, à Alema-nha, à Itália e à Suécia.Agora é a vez de Portugal se candidatar à organização de um dos maiores eventos de desporto do mundo. Portugal irá medir forças com Espa-nha, Holanda, França, Ale-manha e Suécia que também se candidatam à organização do acontecimento em 2018.

Ryder Cup 2018 em Portugal

na Herdade da Comporta

Carlos Cortês fez a explicação do Projecto, “ …este é um Projecto turístico

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3Ryder Cup 2018 é alavanca na afirmação do Litoral Alentejano como novo destino turístico de golfeComporta Dunes é o campo escolhido para candidatura portuguesa

integrado que abrange uma área de 12.500 hectares em que apenas 6 por cento da área (744 hectares) será destinada ao desenvolvimento turístico e impermeabilizada menos de 1 por cento da área total.Estão previstas duas Áreas de Desenvolvimento Turístico, ADT2 e ADT3.

ADT3

Com cerca de 377 hectares, cujas obras terão início em 2010, terá um campo de golfe (conclusão prevista para final de 2012) desenhado por David Maclay Kidd, um dos mais conceituados arquitectos da actualidade, responsável pelo último campo inaugurado em St. Andrews (primeiro e único nos últimos 100 anos), sendo o projecto do Clubhouse da responsabilidade do Arquitecto Souto Moura. O primeiro hotel será um Aman, um dos melhores hotéis do mundo e o primeiro da cadeia, em resort, na Europa Ocidental, estando prevista a sua inauguração no final de 2012.

ADT2 – Comporta

Dunes

Com cerca de 365 hectares, localizada junto à aldeia da Comporta, terá 2 hotéis, 2 aparthotéis, campo de golfe e residências turísticas, num total de 5.000 camas.

O Campo de Golfe

A topografia da ADT2 - Comporta Dunes tem condições únicas para a criação de um Trophy Course de referência a nível mundial, satisfazendo todas as exigências da Ryder Cup Europe.O campo será desenhado por Tom Fazio, um dos melhores arquitectos de golfe da actualidade, e abrangerá uma área de 140 hectares, com condições únicas para receber os 50.000 espectadores e para instalar todas as infra-estruturas necessárias à realização do evento.A Herdade da Comporta apresentou uma proposta financeira muito aliciante para trazer a Ryder Cup para o Comporta Dunes”.

Carlos Cortês, destacou a grandiosidade do projecto, “um dos maiores do Mundo”, mas avisa que é necessário unir esforços: “Ganhámos o campeonato do bairro, agora temos de vencer a Taça dos Campeões”.

Divulgação do Golfe em Portugal

A Herdade da Comporta propõe-se, em conjunto com a Federação Portuguesa de Golfe, desenvolver um programa para a divulgação da modalidade, de modo a aumentar, significativamente, o número de praticantes em Portugal, essencialmente junto das camadas jovens.

Actualmente existem cerca de 14.000 jogadores em Portugal (só Madrid tem 85.000 jogadores), o que representa 1,37 jogadores por mil habitantes, numero significativamente inferior aos restantes países europeus, onde a média ronda os 7 jogadores por mil habitantes, chegando a 20 no caso da Holanda.

O país possui as infra-estruturas, campos de golfe, com capacidade para aumentar significativamente o número de praticantes. Sem contar com os campos do Algarve e algumas raras excepções, o número de voltas por ano, nos restantes campos, não ultrapassa as 20.000, bastante abaixo das 40.000/45.000 voltas, que é a sua capacidade máxima.

Concelho recebe duas provas europeias

de equitação em 2011 O concelho de Alcácer do Sal foi, na mesma semana, escolhido para a realização de duas provas europeias de equitação, a European Young Riders (saltos), na Herdade da Comporta, e a European Juniors (com-pleto), na Herdade de Vale Sabroso. “São grandes notícias para o concelho, tanto mais que surgem na mesma altura em que ficá-mos a saber que também estamos na corrida para a realização da Ryder Cup 2018, também na Herdade da Comporta”, adiantou Pedro Paredes, presidente da Câmara Municipal, lem-brando que também nesta semana deu entrada nos ser-

viços da autarquia o pedido de levantamento do alvará do empreendimento turís-tico que concorre à organi-zação daquela importante prova mundial de golfe.“Estes eventos vêm provar que o Litoral Alentejano em geral e o concelho de Alcácer do Sal em particu-lar são cada vez mais um destino para o desporto de ar livre, quer para usu-fruto da população e de amadores, quer ao mais alto nível de competição”, acrescenta Pedro Paredes.De referir que a Herdade da Comporta recebe já habitu-almente o Atlantic Tour, que este ano decorreu durante o mês de Março e reuniu mais de 250 cavaleiros de 26 países, enquanto que Vale Sabroso recebeu o Spring Horse Trials, concurso com-pleto, no qual participaram uma centena de cavaleiros de dez países, no final de Fevereiro.“Se estas duas provas já movimentam gente, tra-zendo aumento de negócio na hotelaria, na restaura-ção e no comércio de uma forma geral, perspectiva-se que as provas do próximo ano façam movimentar ainda mais a economia do concelho”, remata o presi-dente.Quanto ao Ryder Cup, que pode colocar o concelho no mapa do golfe mundial, de realçar que a câmara já aprovou o loteamento da Herdade da Comporta, que envolve os campos de golfe candidatos à prova, para além de hotéis e aldeamen-tos turísticos.

Manuel Pinho justifica a escolha

“ O Comporta Dunes vai competir com candidatu-ras à partida mais fortes, mas tem características diferenciadoras únicas. Tínhamos excelentes pro-postas, o que veio difi-cultar, no bom sentido, a escolha final. Se há con-clusão que retiro para já sobre a Ryder Cup 2018, é que o interesse para trazer a esta prova para Portu-gal é enorme”, considerou Manuel Pinho, presidente da Comissão de Candidatura. A apresentação final da can-didatura portuguesa à orga-nização da Ryder Cup 2018 foi feita ontem, dia 30 de Abril e o anúncio do ven-cedor será feito no início de 2011.“O turismo e o mundo do

Golfe em Portugal estão a precisar de receber um projecto destes. Não só para a modalidade, mas também para uma indús-tria que pode e deve ser de sucesso”, sublinhou ainda Manuel Pinho. A escolha do campo de golfe Comporta Dunes, na Comporta – Alcácer do Sal, levou o Turismo do Algarve a dizer estar “indignado” pelo facto da região ter sido posta de parte, depois de vários anos a ser distinguida como melhor destino de golfe do mundo.

“Devemos ser bons mas não parvos”

“Considero as declarações infelizes, desajustadas no tempo e na substância. Não somos ingratos, devemos ser bons mas não parvos”. Foi desta forma que Carlos Beato reagiu às declarações de Nuno Aires, seu homó-logo do Algarve.Aires considera a Herdade da Comporta como uma “má escolha” para a rea-lização da Ryder Cup de

2018 e defende que se trata de um “não-lugar”. Para Carlos Beato, a candidatura algarvia dificilmente estaria dentro dos parâmetros da organização. “O Algarve não tem argumentos. Não é por ter mais de 30 campos ou tradição que seria esco-lhido. É mais fácil cons-truir tudo de novo do que fazer a prova em campos

usados, aquém dos crité-rios da organização”.Carlos Beato, presidente do Pólo de Desenvolvimento Turistico do Litoral Alente-jano destacou que as “regras da Ryder Cup têm como prioridade a promoção de regiões desfavorecidas” e observou que “o Litoral Alentejano tem que ter a oportunidade de ter opor-tunidades”.

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CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 50

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Carlos Vicente Morais Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competên-cia que lhe confere a alínea v) do nº 1 do artº 68º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 08 de Abril de 2010 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de subsídio à Associação Por-tuguesa de Escritores – Grande Prémio de Romance e Novela: Deliberado, por unanimidade, atribuir um subsídio no montante de € 1.500,00 (mil e quinhentos euros) à Associação Portuguesa de Escritores, no âmbito do Grande Prémio de Romance e Novela, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de subsídio de funcionamento e aquisição de consumíveis de informática aos Jardins-de-infância e Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Grândola: Deliberado, por unanimidade, atribuir um subsídio, no montante anual de 12.405,00 € (doze mil quatrocentos e cinco euros), aos Jardins-de-infância e Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Grândola, para funcionamento e aquisição de consumíveis de Informática, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de apoio à Associação dos Pescadores Des-portivos de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar o apoio à Associação dos Pesca-dores Desportivos de Grândola, efectuando um adiantamento ao subsídio global, no montante de 1.500,00€ (mil e quinhentos euros), de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Lista de Classificação Definitiva do Concurso para atribuição de Bolsas de Estudo a estudantes do ensino superior ano – lectivo 2009/2010: Deliberado, por unanimidade, aprovar a Lista de Classificação Definitiva do Concurso para atri-buição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior, no ano lectivo 2009/2010, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Protocolo de Colaboração a celebrar entre a Câmara Municipal de Grândola e o Agrupamento de Escolas de Grândola para contra-tação de tarefeiras: Deliberado, por unanimidade, aprovar a celebração de Protocolo de Cola-boração, entre a Câmara Municipal de Grândola e o Agrupamento de Escolas de Grândola, para contratação de tarefeiras, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de pedido de autorização prévia para aber-tura de procedimento de concurso com vista ao fornecimento de refeições nos refeitórios escolares: Deliberado, por unanimidade, aprovar o pedido de autorização prévia, para abertura de Procedimento de Concurso, com vista ao fornecimento de refeições nos Refeitórios Escolares e submeter o mesmo a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação do Protocolo de Colaboração a celebrar entre o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I.P. (IGESPAR) e a Câmara Muni-cipal de Grândola para fornecimento da cartografia digital do Concelho de Grândola com os limites georreferenciados do património classificado e em vias de classificação: Delibe-rado, por unanimidade, aprovar o Protocolo a celebrar entre o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I.P. (IGESPAR) e a Câmara Municipal de Grândola para forne-cimento da Cartografia Digital do Concelho de Grândola com os Limites Georreferenciados do Património Classificado e em vias de Classificação, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Alteração ao Regulamento de Horários dos Estabelecimentos Comerciais: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Regu-lamento de Horários dos Estabelecimentos Comerciais e submeter a mesma a discussão pública, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da proposta de introdução de novos artigos no Regula-mento Municipal, Sistema de Abastecimento de Agua ao Concelho: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a introdução de novos artigos no Regulamento Municipal, Sistema de Abastecimento de Água ao Concelho e submeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Ser-viços;Apreciação e eventual aprovação de Proposta de declaração de caducidade do Proc. 276/09 – AGILTRATA, Ldª.: Deliberado, por unanimidade, aprovar a Declaração de Caducidade do Proc. 276/09 – AGILTRATA, Ldª, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento L10 – Lagoa For-mosa: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento L10 – Lagoa Formosa, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação do Relatório e Contas de 2009: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o Relatório e Contas de 2009 e submeter o mesmo a apreciação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Ser-viços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta da 3ª Modificação Orçamental de 2010: 1ª Revisão ao Orçamento da Receita; 1ª Revisão ao Orçamento da Despesa; 1ª Revisão do P.P.I. e 1ª Revisão ao P.A.M.: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a 3ª Modificação Orçamental de 2010: 1ª Revisão ao Orçamento da Receita; 1ª Revisão ao Orçamento da Despesa; 1ª Revisão do P.P.I. e 1ª Revisão ao P.A.M. e submeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 13 de Abril de 2010.

O Presidente da Câmara,

- Carlos Beato -

Municípios do Alentejo Litoral ganham candidatura para desenvolvimento da Região.Assinatura de Financiamento em ÉvoraApós a assinatura do “Protocolo de Financiamento” da candidatura “Política de Cidades –Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação” João de Deus Cordovil, Presidente da CCDR Alentejo, em declarações ao “Jornal Litoral Alentejano” diria que um protocolo deste género “tem duas dimensões que são importantes: Por um lado traduz uma coo-peração estratégica entre vários Municípios”, esclarecendo que aqueles serviços apoiam e incentivam “tudo que sejam projectos que possam ser apresentados e candidatados numa perspectiva de cooperação entre vários municípios. Depois, tem uma dimensão financeira significativa, que vai permitir – em relação a alguns projectos, que são de interesse de um muni-cípio ou até de vários municípios - verem acolhidas as suas expectativas. Agora falta concretizar, porque há aqui uma abertura. Há dinheiro que fica disponível”, referindo que depois do acto que tinha acabado de ser celebrado, era “preciso que surjam os investimentos em condições de podermos concretizar o acordo celebrado”.

A Câmara Municipal de San-tiago do Cacém, através do seu Presidente, Vítor Pro-ença, assinou, pelas 17h00

do passado dia 20, no Salão Nobre da CCDR Alentejo, em Évora, conjuntamente com o Presidente da Comis-são Directiva do Programa Regional do Alentejo, João de Deus Cordovil, um Pro-tocolo de Financiamento para a implementação do Programa Estratégico com o Código 84, apresentado pela Rede Urbana “Mobili-dade, Inovação e Memória – Rede de Cidades do Lito-ral Alentejano”, aprovado no âmbito do Eixo Prioritá-rio 2, pela Comissão Direc-tiva do INALENTEJO.A Câmara Municipal de Santiago do Cacém é a enti-dade líder da Parceria Estra-tégica, relativamente à qual existe um a “Pacto para a Competitividade e Inova-ção Urbana” que faz parte da candidatura. A Autarquia de Santiago do Cacém foi a escolhida pelos restantes beneficiários para liderar

esta parceria que agora foi aprovada e que envolve as Câmaras de Alcácer do Sal, Grândola, Sines, Odemira, a Associação dos Resorts do Alentejo Litoral (AREAL) e a CIMAL – Comunidade Intermunicipal do Alen-

tejo Litoral.Os projectos desta candida-tura têm um valor total de 7.553.236,00 Euros, com uma taxa de comparticipa-ção de 46,34, o que equivale a 3.500.280,00 Euros.A candidatura intermunici-pal tem vários projectos de investimento que envolvem o desenvolvimento cultural e patrimonial, a requalificação urbanística e o desenvolvi-mento de acessibilidades.Os municípios têm um ano, a partir da data de assinatura do protocolo referido, para apresentarem os projectos técnicos e, dois anos, para concretizar as intervenções.

Hélder Guerreiro,Vereador da

Câmara Municipalde Odemira, fala da importância

do acordo assinado

Hélder Guerreiro, da Câmara Municipal de Odemira, um dos Verea-dores presente na cerimónia da celebração da assinatura do “Protocolo de Financia-mento”, fala sobre a impor-

tância do acordo assinado, começando por referir que: “este protocolo e o pro-jecto em que o Município de Odemira se insere tem, pelos menos duas linhas de interesse importantes. Uma linha colectiva, que atravessa todo o Litoral Alentejano, uma peça estratégica fundamental

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5Municípios do Alentejo Litoral ganham candidatura para desenvolvimento da Região.Assinatura de Financiamento em Évora

e de grande importância que está pensada para o Litoral Alentejano e, temos, nesta candidatura uma componente que eu, pessoalmente, considero de extrema importância, que é um estudo de mobi-lidade ao nível do Litoral Alentejano: O acesso a vários serviços e de ligação ao próprio litoral. Depois e, por fim, o projecto para Odemira, que é comple-mentar com o projecto de regeneração urbana que temos, de re-transformar e recuperar a Vila de Ode-mira como sede de Conce-lho e, temos aqui, a Ponte Pedonal, que será, no futuro, o ex-librius da Vila, que será uma das suas componentes fundamen-tais para olharmos para a nossa sede com paixão carinho e com vontade de lá viver”, citamos.

Vítor Proença,refere a importância

dos projectos abrangidos peloFinanciamento

aprovado

Registamos as declarações de Vítor Proença, na sua qualidade de representante dos Municípios do Litoral Alentejano, em resposta à nossa pergunta sobre o espaço de que, futuramente as populações da Região poderão vir a usufruir. Diria que os projectos serão con-cretizados a partir “de um conjunto de operações, que totalizam três milhões e meio de euros de Fundos Comunitários, o que repre-senta sete milhões e meio de elegibilidade e que tem um conjunto de operações, como afirmei, em que uma parte são acessos, é o caso de Santiago do Cacém, com uma qualificação superior a um milhão de euros na entrada Norte da Cidade de Santiago do Cacém, para ter uma boa entrada na Cidade. É o caso de Grândola, com a entrada a noroeste de Grândola – são obras que estão já a decorrer – e que passará a ser uma boa entrada na Vila de Grândola. Será, no caso de Odemira, uma ponte pedonal sobre o Rio Mira – uma obra superior a um milhão de euros. Será uma qualificação de aces-sos de obra física muito importante para uma zona turística de grande beleza natural. Financiamento

para Sines, com o ‘Músicas do Mundo’, neste evento muito importante que é o “Festival Músicas no Mundo” e, financia-mento para Alcácer do Sal, com algumas qualificações do ponto de vista do patri-mónio, particularmente na parte museológica – patri-mónio edificado – quer com a Igreja do Espírito Santo, quer com o Edifí-cio Municipal. Também no caso de Grândola, com uma envolvente à Igreja matriz e, globalmente, este valor representa, por município, quinhentos e cinquenta mil euros.Pensamos que, após esta operação, ela é daque-las em que os municípios estão envolvidos, porque há outras linhas de finan-ciamento que os muni-cípios estão a tentar que se concretizem. Umas já concretizadas, outras por concretizar. No caso de Santiago do Cacém, temos a decorrer uma candi-datura que tem cerca de quatro milhões de euros, que é só para a Cidade de Santo André. Entretanto, iniciou-se agora, um pro-jecto exclusivamente no centro histórico da cidade de Santiago do Cacém, mas temos uma outra can-didatura para a Cidade de Santiago do Cacém de um milhão de euros”.“Estas ajudas e apoios” diria, “visam acelerar obras e desenvolver os nossos territórios, para que eles sejam mais atra-entes, mais bonitos para receber as pessoas. É isso que nós queremos, quer para aqueles que cá vivem nos nossos municípios, quer para aqueles que nos visitam, no sentido de modernidade, de funcio-namento e de mobilidade humana”, disse. Vítor Proença referiu ainda a importância do projecto de mobilidade que a can-didatura tem para o Litoral Alentejano.

João de Deus Cordovil

Fala da candidaturae dos futuros

financiamentos

Por fim, após o cumprimento da formalidade da cerimó-nia, João de Deus Cordovil respondeu a algumas ques-tões colocadas pelo “Jornal Litoral Alentejano”, porme-norizando que: “aquilo que nós estivemos hoje aqui a

aprovar e a afinar, foram protocolos que traduzem o apoio futuro dos Fundos Estruturais Comunitários, através do FEDER. Opera-ções que vão ser promovi-das - em particular no Lito-ral Alentejano - enquadra-das por candidaturas que envolvem uma parceria de algumas autarquias locais e de entidades privadas. Hoje o que nós fizemos foi, no protocolo, aprovar um projecto estratégico que tem a ver, essencialmente, com a melhoria de condi-ções, do ponto de vista da rede urbana (dos aglome-rados urbanos) e alguns investimentos também ligados à competitividade. Ou seja, apoio suporte a actividades de natureza económica.Na fase seguinte do pro-cesso, com base nos pro-gramas estratégicos, vamos aprovar operações. Isto é, vamos apoiar investimen-tos concretos, que serão objecto agora de uma fase posterior da candidatura. Projectos concretos de interesse das populações, essencialmente de qualifi-cação dos principais aglo-merados que agora estive-ram abrangidos na candi-datura”.Nas palavras proferidas na cerimónia, o Presidente da CCDR Alentejo afirmou que o seu “sentimento era de colaboração para com as autarquias”, reafir-mando ao nosso Jornal que assim era, para concluir que essa “é perspectiva que a Comissão de Coordenação Regional, na pessoa do seu Presidente – que preside à Comissão Directiva do INALENTEJO, que é o programa que financia, no plano regional, um con-junto de investimentos e de empreendimentos com base nos Fundos Comuni-tários”, esclarecendo que “a nós cabe-nos decidir da melhor utilização do dinheiro, em termos de regras que estão estabe-lecidas mas, fundamen-talmente, com objectivos de desenvolvimento da região. Os promotores da candidatura –neste caso os municípios e algumas enti-dades associadas a muni-cípios, - cabe-lhes candi-datar, formular propostas concretas de projectos, que nós temos vindo a anun-ciar e, que agora, recebe-ram um apoio que, glo-balmente, traduzem cerca de 10 milhões de euros do FEDER como mínimo, mas

que poderão ir, no inter-valo de 10/a/15 milhões de euros do FEDER - (em tempo de moeda antiga corresponderia de 2 a 3 milhões de contos) -, que são disponibilidades para futuramente vir a apoiar projectos que os próprios municípios consideram prioritários.

Os financiamentospodem ir até

aos 80%.Acordo anunciado

pelo Primeiro Ministroem Évora

Entretanto, segundo escla-receu ainda o Dr. João de Deus Cordovil: “recente-mente foi estabelecido um acordo com a Associação Nacional de Municípios, mas depois, por decisão do Governo, esse acordo foi ampliado a outros benefi-ciários do Programa, que permite – em diversas ope-rações e em diversas áreas – que as taxas de co-finan-ciamento estabelecidas para os municípios e para todos os projectos, possam ser até 80%. “ Isso é novo” – diria - “Corresponde a uma acordo que foi publi-camente divulgado no dia 9 de Março, numa cerimó-nia pública em que inter-veio o Primeiro Ministro, o Ministro da Economia e o Presidente da Associação Nacional dos Municípios, em que foi consagrado um acordo político sobre algumas alterações na

gestão do QREN e, nome-adamente, na contratuali-zação com os municípios e, nesse âmbito, uma das medidas foi de facto, uma melhoria das condições e financiamento, tradu-zida numa taxa de co-financiamento que pode ir até 80% dos projectos. E, houve outras medidas, em relação aos centros escolares, no âmbito do mesmo acordo, em que os

custos de referência foram melhorados”. Segundo o Presidente da CDR Alentejo, este “foi um acordo político de muito alcance, que acho que é vantajoso para todas as partes. Estamos a gerir dinheiros públicos. Vamos utilizá-los da melhor forma no desenvolvimento da Região, e, neste momento, foi entendido que aten-dendo também às dificul-dades que o País tem tido e a Europa também tem tido, de puder co-financiar os projectos com taxas mais significativas.A CCDR Alentejo não acaba aqui o seu trabalho? Perguntamos.- “Concerteza que não”, respondeu o Presidente da CCDR Alentejo “até porque, este protocolo - para já - abrangeu apenas alguns dos projectos que têm vindo a ser candida-tados ao INALENTEJO, eu diria até – apesar de ser um montante significativo – é uma pequena parcela, porque nós temos cerca de 900 milhões de Euros do FEDER disponíveis e, parte dessa importân-cia temos que a reverter em objecto de diversas aprovações de projectos no Alentejo. Estamos é numa fase ainda em que o programa tem muitos projectos aprovados, mas a sua concretização ainda está claramente numa fase em que ainda podemos considerar de primeira de programação do perí-odo 2007/2013, porque o arranque sobrepôs-se - em parte - com fecho do QGA III. Estamos agora na fase em que a execução começa a ter aspectos mais sen-síveis e mais relevância. Pensamos que nos anos de 2011 e 2012 vamos come-çar a ver - no terreno, mais obras - já co-financiadas e, naturalmente, muito mais dinheiro colocado nos beneficiários, naque-les que os concretizaram, nomeadamente os municí-

pios ou entidades privadas que concorrerem ao pro-grama. Gostaria também de dizer, uma vez que estou a falar como Presidente da CCDR Alentejo que, as funções da CCDR ultrapassam e, em muito, este papel espe-cífico do INALENTEJO no apoio da gestão Comu-nitários. Temos diversas áreas, muito importantes, do desempenho da CCDR Alentejo, na área do orde-namento do território, da preservação das condições ambientais, de interven-ção com outros sectores da Administração Pública na área dos recursos huma-nos, na área do desenvol-vimento económico, ultra-passa em muito a função de gestão dos programas operacionais regionais e, acompanhamos também, outros programas. Posso, por exemplo, referir a cooperação transfrontei-riça - um programa de cooperação com Espanha – também financiado com fundos comunitários ou outros programas de nível Europeu de cooperação com vários países euro-peus.Aqui na Casa também se assegura o acompanha-mento da gestão desses fundos europeus.Há na “Casa” uma voca-ção em termos de áreas que se desenvolve que vai ser muito importante e muito relevante esta ques-tão da gestão dos fundos comunitários. Há diversas áreas ligadas ao desen-volvimento económico. Há formação de recursos humanos que, nós, como entidade colaborante um pouco, com diversos ser-viços da Administração desconcentrada, acaba-mos por ser parceiros em muitos processos e inicia-tivas que, não se esgotam na dimensão financeira ou na dimensão de financia-mento”, concluiu.

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6Cavaco Silva visitou distrito de SetúbalSetúbal e Barreiro no roteiro PresidencialA importância do trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal de Setúbal na reabilitação urbana da cidade e na promoção da inclusão social foi sublinhada na manhã do passado dia 20 pelo Presidente da República, Cavaco Silva, em visita oficial á cidade.

“A face humana e urbanís-tica de Setúbal vai mudar no futuro”, referiu, con-fiante, o Presidente da Repú-blica, destacando “a visão de longo prazo e as ideias precisas” da Autarquia, após conhecer os diversos projectos programados para a cidade.Os projectos qualificadores do Concelho, alguns já a decorrer, num investimento que ultrapassa os 53 milhões de euros, incluem a Regene-

ração Urbana da Bela Vista e Zona Envolvente, o Pro-grama Integrado de Valori-zação da Zona Ribeirinha de Setúbal e o Programa de Regeneração do Centro His-tórico de Setúbal.Os “ambiciosos projectos de recuperação vão con-tribuir, de forma decisiva, para o reforço da capaci-dade produtiva do Conce-lho”, reforçou o Presidente, deixando um elogio aos setubalenses pelo “contri-buto importante que têm dado para a afirmação de Setúbal no campo econó-mico, social e cultural”.A concertação de esforços, em particular entre a Autar-quia e o tecido empresarial da região, foi igualmente destacada pela presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, subli-nhando “o papel crucial” destas sinergias “na criação de mais emprego” no Con-

celho.A visita oficial, resultante de um convite dirigido pela presidente da Câmara Muni-cipal de Setúbal ao chefe de Estado, começou na EB1/JI da Bela Vista, cerca das 11h00. O que permitiu que o Presidente da República contactasse com os recursos e os projectos educativos de promoção da inclusão social e de combate ao abandono e insucesso escolar.“A escola que visitei é uma

esperança para o futuro. É um espaço de inclusão social, de combate ao insu-cesso e abandono esco-lar e de valorização dos recursos humanos”, frisou Cavaco Silva, afirmando igualmente a necessidade de se incutir nas escolas “o princípio da igualdade de oportunidades”.O combate à exclusão social, através de um forte investi-mento na área da educação, foi também defendido pela edil setubalense, que evi-denciou o esforço autárquico que está a ser realizado para a erradicação daquele fla-gelo.“A educação é uma priori-dade diária da Autarquia e um investimento impres-cindível no combate à exclusão”, referiu Maria das Dores Meira, sublinhando a importância do trabalho desenvolvido naquele esta-belecimento de ensino, uma

escola integrada num territó-rio educativo de intervenção prioritária.Actuações de grupos de alunos, incluindo dança cigana e um grupo percus-são, e uma passagem pela exposição “Historial da Escola”, fizeram também parte da visita à EB1/JI da Bela Vista, na qual o Pre-sidente da República não deixou de alertar os alunos para a necessidade da apren-dizagem.Já no Centro Multicultural, onde a comitiva foi rece-bida pelos representantes das comunidades imigran-tes presentes na Bela Vista, o chefe de Estado assistiu a actuações do grupo de batuques Rinka Finka, da banda rap CDK e de música e danças de tradicionais a cargo da associação de imi-grantes de Leste Edinstvo.Sobre este local de conver-gências, o Presidente desta-cou “o trabalho gigantesco desenvolvido pelas diver-sas associações na área da inclusão social” num “espaço de respeito e de tolerância pela diferença e pela diversidade cultural”.Neste local, Cavaco Silva tomou ainda contacto com os projectos e acções do Programa de Regeneração Urbana da Bela Vista e Zona Envolvente, mostrando-se muito interessado na sua concretização.“Setúbal está a preparar o seu futuro e este projecto é um contributo decisivo para a qualificação sus-tentável do Bairro da Bela Vista”, referiu, alertando, contudo, que “não basta o esforço que está a ser rea-lizado pela Câmara Muni-cipal”, aludindo à necessi-dade de “mobilizar outros agentes da sociedade de Setúbal”.

Mais tarde, já no espaço do

antigo Quartel do 11, o Pre-sidente da República visitou o espaço onde vai ser insta-lada a Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, um projecto que, na sua opinião, “vai contribuir de forma significativa para a quali-ficação de recursos huma-nos e para o aumento da oferta turística”.

“As novas instalações da escola serão um impor-tante contributo para a qualificação e desenvol-vimento da hotelaria e do turismo”, referiu Maria das Dores Meira, ressaltando o

apoio da Autarquia para a implementação deste pro-jecto, ao adquirir as anti-gas instalações militares por cerca de 2,3 milhões de euros.

Nestas instalações, foi ofe-recido um almoço à comi-tiva, no qual participaram também personalidades setu-balenses, nomeadamente do tecido empresarial.

Para assinalar esta visita presidencial, a presidente da autarquia agraciou o chefe de Estado com a medalha comemorativa dos 150 anos de elevação de Setúbal a cidade.

Á tarde Cavaco Silvainaugurou escola

no Barreiro

Da parte da tarde o Presidente da Repú-blica, Aníbal Cavaco Silva, inaugurou ofi-cialmente as insta-lações definitivas da Escola Superior de Tecnologia do Bar-reiro, do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS). Recorde-se a Escola Supe-rior de Tecnologia do Bar-reiro iniciou a sua actividade formativa no ano lectivo de 1999/2000 em instalações provisórias e, após dois anos de construção, as instalações definitivas da ESTBarreiro/IPS ficaram concluídas e prontas a entrar em funcio-namento em Setembro de 2007, na zona dos Fidalgui-nhos, Freguesia do Lavra-dio. Refere o site do IPS que, “o projecto, da auto-ria dos Arquitectos José e Nuno Mateus da empresa ARX Portugal, apresenta características inovadoras e marcantes, suficientes para se destacar no con-

texto urbano da cidade do Barreiro, o que tem sido uma das características e objectivo dos projectos das Escolas do Instituto Poli-técnico de Setúbal, visível em construções anterio-res”.Em 2009, o edifício foi galardoado com o Prémio Internacional de Arquitec-

tura, atribuído pelo Chicago Athenaeum | Museum of Architecture and Design, de entre 1000 candidaturas de projectos para novos edifí-cios, arquitectura paisagís-tica e planeamento urbano das mais importantes firmas de todo o mundo.Cavaco Silva visitou as ins-talações da escola, nome-adamente laboratórios, auditório, biblioteca, entre outros espaços, viu e ouviu as actuações das tunas do Instituto Politécnico de Setúbal, inaugurou o monu-mento no espaço exterior da escola e descerrou a placa inaugural.Segundo revelou João Vina-gre, Director da Escola, o Presidente da República mostrou-se bastante agra-dado com o edifício consi-derando-o moderno.João Vinagre salientou que, após o total equipamento da escola, pretendeu-se reali-zar uma inauguração que desse “notoriedade” à EST e ao Município do Barreiro. Neste sentido, foi convidado o Presidente da República para a inauguração.O Director referiu ainda que a escola está projectada para acolher cerca de 750 alunos e que, todos os anos, tem aumentado o número de estudantes, nomeada-mente no ensino nocturno.

Presidente da CMBexplicou a

Cavaco SilvaPU da Quimiparque

Numa breve conversa infor-mal, Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da

Câmara Municipal do Bar-reiro, explicou ao Presidente da República, na inaugura-ção da escola, o Plano de Urbanização da Quimipar-que, salientando que este território deverá ser essen-cialmente uma zona de cria-ção de riqueza e emprego.

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O Valor de Uma Crítica ou de Um Protesto “Prefiro aqueles que me criticam, porque me corrigem, em vez daqueles que só me elogiam, porque estes corrempem-me”. Esta frase tem séculos de existência e foi atribuída a Santo Agostinho que viveu no século IV, mas poderemos adaptá-la ao nosso quotidiano quer na nossa vida familiar, profissional e social. É claro que ninguem gosta de ser criticado e ficará verdadeiramente sentido se aquele que o critica não utilizar os meios, os modos e o “timing” de forma correcta. Se assim não o fizer, a crítica, em vez de formativa e informativa, pode ser destrutiva e não incentivadora ao desenvolvimento de melhorias para ambos, mas principalmente para aquele a quem esta se destina. Se é verdade a premissa anterior, tambem o é para aqueles que deveriam fazer uma crítica pois é, extremamente incómodo criticar outro, porque daí poderão advir inimizades

e problemas.Assim, para a maioria de nós é muito mais “gratificante” fazer um elogio do que uma crítica e ficamos “inchados” quando nos fazem um elogio e de tal modo ficamos “embria-gados” que, por vezes, nem nos apercebemos, como disse Santo Agostinho, que estamos a ser “corrompi-dos” nos nossos comporta-mentos, atitudes e desempe-nho pessoais e profissionais.Um elogio justo é de um valor muito grande para nós, que o recebemos, mas o valor de uma crí-tica justa poderá ainda ser maior porque, se bem recebida e compreendida por nós, permitirá que corrijamos os nossos defeitos e melhoremos as nossas qualidades e comportamentos. O efeito de um e de outro, isto é, duma crítica ou de um elogio, dependerá do grau de auto-estima do desti-natário, mas tambem da isenção e da autoridade moral de quem os emite.A crítica construtiva, faz parte do nosso papel de

educadores e formadores, mas se abdicarmos deste papel não estaremos a dar o nosso contributo para a melhoria dos comporta-mentos daqueles com quem inter-agimos (familiares, amigos, colegas, subordi-nados, etc). Veja-se, por exemplo, o nosso papel de pais, para compreeender-mos, fácilmente, a impor-tância duma crítica justa, coerente e oportuna na tarefa formativa e educativa dos nossos filhos. Sabemos, contudo, que dizer não a um filho, por exemplo, ou fazer-lhe uma crítica, pode criar-nos grandes dissabores, pelo que é mais cómodo “fazer de conta” que está tudo bem. Na nossa vida social e profissional, a situação é semelhante e, por isso, preferimos fazer um elogio, mesmo que hipócrito, em vez de uma crítica justa e construtiva. Contudo, com este comportamento, pode-remos estar a abdicar dos nossos direitos de consu-midor e cidadão. Quantos de nós ousamos criticar

um fornecedor/lojista, por exemplo, quando somos mal atendidos ou ofendidos por um dos seus trabalhadores? Pre-ferimos esquecê-lo e não voltarmos lá, a darmo-nos ao incómodo de o criti-car/protestar, reagimos nós, quase sempre, em situações deste tipo. Na actividade empresarial e em muitos serviços do Estado, existem livros de reclamação (nalgumas acti-vidades obrigatórios por lei) e outras formas para expressarmos as críticas ou protestar (linha verde, etc), mas existe hoje tambem uma ferramenta muito poderosa que é o correio electrónico e a Internet atra-vés da qual o poderemos fazer mais comodamente e sem os riscos de sermos mal tratados, como infeliz-mente acontece por vezes e nalguns lados. Os direitos do utilizador/consumidor não devem ser palavras vãs dos agentes económicos, mas tambem exercidas por aqueles. Também as redes sociais estão agora na

moda, mas deveremos ser isentos e cuidadosos nas nossas críticas, porque estas, sendo infundadas e injustas poderão acarre-tar graves consequência e prejuizos para os visa-dos. Infelizmente, vai-se ao extremo de muita gente utilizar o próprio correio electrónico da sua entidade patronal, com os conse-quentes problemas de ética e mesmo legais que se poderão colocar.Em síntese, uma crítica ou um elogio podem ser muito importantes para nós mas pressupõe que estejamos preparados para as darmos e ou recebermos. Pensemos na citação de S. Agostinho, aqui transcrita, e do grande alcance que o seu conte-údo tem na educação e na formação cívica e humana. Como seria bom que todos nós tivessemos “uma voz da consciência” que nos indicasse os nossos erros e o caminhos para os corri-girmos, mas essa é uma da questões mais ingratas do ser humano, pelo que assim e por vezes, nem nos aper-

cebemos dos nossos erros e (más) atitudes.E no que diz respeito á actividade eco-nómica, proteste, se houver razões para isso.

Não abdique dos seus direi-tos, porque desse modo estará a contribuir para as melhorias de que todos beneficiarão. Critique. Pro-teste, mas faça-o com isen-ção e autoridade moral.

*[email protected]

7 Maravilhas Naturais de Portugal

Tim apadrinha Parque Natural do Sudoeste AlentejanoTim, vocalista dos Xutos e Pontapés, é o padrinho da candidatura do Parque Natu-ral do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina às 7 Mara-vilhas Naturais de Portugal, que vão ficar a ser conheci-das nos Açores no dia 11 de

Setembro deste ano.Este músico português com fortes ligações fami-liares ao concelho de Ode-mira, passou as férias da sua infância na vila de S. Teotónio e na Zambujeira do Mar, onde ainda é visita frequente. A titulo de curio-sidade, no início da carreira os Xutos e Pontapés deram um dos seus primeiros con-certos na Associação Cul-tural, Desportiva e Recrea-tiva da Zambujeira do Mar, desde então têm sido pre-sença assídua nos eventos do concelho. Tim veio agora associar-se à candidatura conjunta dos municípios de Aljezur, Odemira, Sines e Vila do Bispo, do Parque Natural do Sudoeste Alen-

tejano e Costa Vicentina, às 7 Maravilhas na categoria “Zonas Protegidas”, partici-pando em alguns eventos de promoção.O Parque Natural do Sudo-este Alentejano e Costa

Vicentina abrange uma área de 74.788 hectares e uma faixa marítima de 2 km, de elevada importância eco-lógica, ao longo de mais de 100 km de orla costeira, entre os concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo. É uma zona única a nível nacional e europeu, dado o elevado grau de con-servação, riqueza ambiental e beleza paisagística, que constituem, no seu conjunto, um património particular-mente raro, cujo futuro deve ser salvaguardado.Zona de interface terra-mar, encerra grande diversidade de habitats: arribas escarpa-das que caem sobre o mar, praias de areia fina, sistemas dunares, zonas de charneca,

pequenos bosques, sapais, estuários e lagoas temporá-rias. Apresenta também um enorme valor geológico, dadas as excepcionais con-dições de observação das séries estratigráficas expos-

tas pela erosão marinha.Toda a região é de uma ele-vada biodiversidade, com inúmeras espécies animais e vegetais endémicas, raras e protegidas. Na fauna, destaque para as aves, com centenas de espécies iden-tificadas, que ali procriam, passam o Inverno ou utili-zam como plataforma migra-tória entre o Norte de África e a Europa. A nidificação nas falésias é outra caracte-rística do PNSACV, sendo o único local no Mundo onde a cegonha nidifica junto ao mar. Destaque para a lontra que se abriga nas arri-bas marítimas e barrancos adjacentes e, caso raro na Europa, utiliza o meio mari-nho para se alimentar.

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8“Temos que tentar fazer - com menos dinheiro - a mesma coisa e, se possível, melhor”

Quando a Mudança não deve esperarConsiderando-se um “Odemirense dos sete costados”, Ricardo Car-doso é, no actual mandato autárquico, um novo rosto na governação da Câmara Municipal de Odemira.Do seu currículo destaca-se o facto de que, à semelhança de muitos alen-tejanos do Baixo Alentejo, ter nascido em Beja, mas dias depois foi levado para Odemira onde, de menino a jovem fez o seu percurso escolar para, seguidamente - durante quatro anos - sair de sua terra seguindo o cami-nho académico. Licenciou-se em “Gestão de Empresas”. No momento, para além liderar a Concelhia do Partido Socialista, para a qual foi reeleito recentemente pela terceira vez, é um Vereador com “uma mão cheia de pelouros”. Nesse sentido é responsável pelas Divisões: Admi-nistrativa, Financeira, Aprovisionamento e Gestão de Stocks, Recursos Humanos, Centro de Organização Informática, Gabinete de Informa-ção e Relações Públicas, Obras por Administração Directa e Divisão de Viaturas, Máquinas e Oficinas.

Respondendo ao convite feito pelo “Jornal Litoral Alentejano”, embora previa-mente agendada, a conversa que estabeleci com Ricardo Cardoso, no que se refere ao dia e local, fez-se quase por via do acaso, uma vez que

decorreu na invulgaridade de Vila Nova de Milfontes – ao cair de uma tarde amena, rente ao Mira, tendo no pata-mar acima de nós os dois, o casario da Vila, que ganhava a cor inconfundível do cre-púsculo de um dia ameno desta Primavera a romper em flor pelos campos a fora. Confesso que a matéria de que se ocupa o Vereador não me fascina por aí além, uma vez que – à semelhança do que muita gente pensa – a gestão de uma Casa como uma Autarquia, que

se me afigura suportada em “Himalaias de papel” nunca me seduziu, embora saiba que os serviços que hoje cumprem são cada vez mais necessários à comunidade. Contudo, a revelação do seu trabalho não se ficou pelo básico. Foi mais além. Foi para a vontade expressa de que, a mudança em alguns serviços, pode vir a tornar

o desenvolvimento efecti-vamente mais facilitado e célere, isso com acrescento de qualidade, o que as socie-dades hoje mais reclamam. Talvez esta sim, tenha sido a proposta que - sem que o Vereador se tivesse aperce-bido - me animou a descobrir que, para além dos números, os cifrões podem ganhar alma. Assim os Homens o queiram. Este foi um primeiro flash de uma observação atenta, de que resultou a entrevista que abaixo o nosso leitor

poderá ler.

Novo Rosto no Executivo Autárquico

Litoral Alentejano - Desempenha pela primeira vez uma acção governativa na Câmara Municipal de Odemira? Ricardo Cardoso – Num órgão executivo é a primeira vez que participo, mas estive quatro anos na Assembleia Municipal de Odemira. Na altura fui porta-voz do Par-tido Socialista. A minha experiência autárquica vem desses quatro anos passados na Assembleia Municipal, contudo, a minha participa-ção no Executivo da Câmara Municipal de Odemira é uma experiência completamente diferente, com uma respon-sabilidade efectivamente também muito diferente. Devo dizer-lhe que gosto de assumir responsabilida-des em qualquer sítio onde esteja mas, devo dizê-lo, as dificuldades e os problemas existentes numa Câmara são de facto diferentes.

É o Homem do Dinheiro?

Litoral Alentejano - Como alguém disse: “O País está cercado pela realidade económica”. Dentro dessa lógica, como analisa as verbas que foram atribu-ídas para o desempenho dos seus pelouros?- Repare, eu tenho a Divisão Financeira. A minha res-ponsabilidade do ponto de vista financeiro, extravasa

um pouco até a dos meus pelouros. Abrange toda a Câmara.

Litoral Alentejano – Isso permite que lhe pergunte o seguinte: É o Homem do Dinheiro?- Eu não diria que sou o homem do dinheiro. Sou o homem que tem a respon-sabilidade de o poder gerir, tentando – por vezes - arran-jar formas de ultrapassar algumas dificuldades que, a exemplo do que acontece um pouco por todo o lado, também se registam em Odemira.Posso dizer-lhe que, neste mandato, a Câmara Munici-pal de Odemira tem menos receita do que tinha ante-riormente, daí que tenhamos que saber viver com essa realidade. Temos que tentar fazer, com menos dinheiro, a mesma coisa e, se possí-vel, melhor.

Litoral Alentejano – Ima-ginemos o seguinte: Se eu fosse o presidente da Câmara e chegasse junto a si com um projecto que desejaria realizar e dizia-lhe: “Vou gastar ‘X”, como é que reagia? Como é que fazia a avaliação da impor-tância do projecto que eu queria para, de seguida, me disponibilizar as verbas que eu precisaria?- Para já temos que ter um forte sentido crítico para avaliar se esse projecto seria prioritário ou não. Mas, deixe que lhe diga o seguinte: Os nossos projec-tos não deixam de se reali-zar devido à conjuntura das dificuldades que falamos. O que temos que saber é como gastar melhor o dinheiro que temos disponível. Ou seja,

volto ao início da resposta: Temos que poupar nuns sítios para gastar noutros.

Litoral Alentejano – Na presente conjuntura acentua-se determinadas situações na avaliação de projectos - chamem-mo-lhes de aperto - dos valo-res a serem gastos. Posto isto, poderemos - como foi o exemplo de Grândola - afirmar que em Ode-mira, Ricardo Cardoso é o “Homem” do Presidente?

- Repare, este Executivo está a trabalhar como uma ver-dadeira equipa. Estamos de facto coesos. Qualquer deci-são dos meus pelouros ou de qualquer outro dos membros do Executivo são discutidos de forma participada, em reuniões a quatro.

Litoral Alentejano – Não poderão ceder à tentação de tirar o … tapete uns aos outros?- Não. Quer o meu colega Hélder, quer a minha colega Sónia, efectivamente, par-ticipam em decisões que extravasam os seus pelou-ros. Estamos a fazer uma gestão de todos os pelouros a quatro. Obviamente que nós, no dia-a-dia temos que deci-dir as questões dos nossos próprios pelouros, mas tudo o que seja estrutural, como referi, são decisões a quatro pessoas.

Litoral Alentejano - Como já é um comportamento de alguma normalidade, os decisores políticos nem sempre terão possibilidade de cumprir algumas das promessas feitas nas cam-panhas eleitorais. Nesse sentido, no que diz respeito ao seu pelouro, diga-nos qual a tarefa que tem em mãos que considera a mais complexa e que poderá vir a ficar hipotecada por falta de verba?- Repare, passaram quatro meses da tomada de posse do presente Executivo e, nesta altura – eu diria – nada foi hipotecado. O Programa do Partido Socialista pelo qual fomos eleitos, foi muito

pensado e participado. Demorou muito tempo a ser elaborado e discutido, por isso, não há razão para não acreditar no seu cum-primento. No entanto, temos que considerar que há situa-ções que não podemos ante-ver a sua ocorrência, de que é exemplo o ano de chuva que temos tido, embora não tenha criado problemas no cumprimento das nossas propostas e na gestão de prioridades. Por norma são situações que sabemos que podem ocorrer, mas… se durante quatro anos segui-dos viessem a registar-se essas dificuldades, aí sim poderia pôr em causa o equi-líbrio financeiro e poderia ter reflexo em algumas das nossas políticas. Mas acima de tudo, nestes quatro meses já temos tido desempenhos no terreno que mostram que entrámos com força e com vontade para podermos cor-responder àquilo que foi o voto dos nossos Munícipes.

Projecto de Simplificação

Administrativa Municipal

Litoral Alentejano - E, qual é a tarefa que, objec-tivamente, terá de vir a ser cumprida, ainda que em tempo de crise?- Eu sou muito sensível à organização e à gestão.

Posso dizer-lhe que, neste mandato, a Câmara Municipal de Odemira tem menos receita do que tinha anteriormente, daí que tenhamos que saber viver com essa realidade.

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Ano I • n.º 9•

DirectorAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

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FUTEBOL - Campeonato Distrital de Beja - 1ª divisão

Odemirense quase campeão

FUTEBOL - Vasco da Gama prepara nova época

“O objectivo vai ser a subida”

FUTEBOL - Campeonato Distrital de Setúbal - 1ª Divisão

Sesimbra é o campeão

O Sport Clube Odemirense pode festejar neste domingo o título de Campeão Distrital de Beja da 1ª divisão. Basta para tal, que vença na recepção ao São Marcos na 24ª jornada do Campeonato Distrital de Beja. Na 23ª jornada, a equipa orientada por Carlos Piteira recebeu o Ferreirense e venceu por 1-0, golo apontado já no final da partida por intermédio de Agatão. O Despertar de Beja, actual segundo classificado não conseguiu melhor do que um empate a um golo na deslocação a Barrancos, o que permitiu à equipa do Litoral Alentejano ampliar para seis pontos a sua vantagem.Dia 9 de Maio, o Odemirense joga em Beja frente ao Desportivo, e no dia 16 de Maio, termina o campeonato em casa frente ao Vidigueira. O Sport Clube

Odemirense já venceu o Campeonato Distrital de Beja por três vezes. O primeiro título foi na época de 73-74, onde subiu à 3ª

divisão Nacional, ficando dois anos a disputar o Nacional. Na época de 77-78 conseguiu a dobradinha, venceu a Taça e o Campeonato,

no entanto apenas ficou um ano a disputar o Nacional da 3ª divisão. Na época de 94-95, pela mão de Francisco Fernandes voltou vencer o Campeonato, subiu à 3ª divisão, mas desceu logo aos distritais.Esta época alem de estar muito perto de conquistar o título de campeão, poderá ainda fazer a dobradinha já que vai disputar no dia 23 de Maio, a final da Taça do Distrito de Beja. O Clube Praia de Milfontes, que ocupa um tranquilo 6º lugar, jogou em São Marcos e perdeu por 4-1. Neste domingo, dia 2 de Maio, a equipa orientada por Fernando Candeias volta a jogar fora, desta feita em Almodôvar.No dia 9 de Maio, o Milfontes vai jogar em casa frente ao Despertar de Beja, e no dia 16 termina o campeonato em Vila Nova de São Bento, frente ao Aldenovense.

A direcção do Vasco da Gama de Sines já está a preparar a época 2010-2011, onde o objectivo da equipa sénior é a subida aos Campeonatos Nacionais.Neste momento os jogadores do actual plantel estão a ser contactados e nas próximas semanas será divulgado os atletas que vão permanecer no clube. Segundo o nosso jornal apurou,

durante o mês de Junho, o director desportivo do Clube Regatas Vasco da Gama, Rodrigo Caetano, vai estar em Sines durante duas a três semanas para preparar a nova época em conjunto com os responsáveis do clube sineense.Neste momento já foi anunciada a continuidade de Filipe Mariano, Cadú e Daniel Direito, mas está certa a continuidade da maior parte

dos elementos do actual plantel. Contactado pelo nosso jornal, Carlos Pereira, presidente do Vasco da Gama, confirmou estes nomes e anunciou que “estamos a preparar a nova época onde deixo claro que o nosso objectivo vai ser conquistar o título. Em relação ao grupo de trabalho está a ser preparado e brevemente vamos anunciar os jogadores que vão

fazer parte do plantel assim como a equipa técnica e equipa médica.”Na nova época desportiva, todas as equipas do Vasco da Gama de Sines, das escolas aos seniores , vão jogar com um equipamento igual ao que o Vasco da Gama do Brasil estiver a jogar no Campeonato Brasileiro.Todos os equipamentos vão ter o emblema tradicional do Vasco da Gama de Sines.

No grande jogo da jornada, o Sesimbra recebeu o Montijo e venceu por 2-1, uma vitória que lhe garantiu a subida à 3ª divisão Nacional.Foi um jogo intenso com as emoções ao rubro dentro e fora das quatro linhas. Ao intervalo o resultado era de 0 - 0, estando tudo em aberto para a segunda metade. Na segunda parte, o Sesimbra chegou aos 2 - 0 para desespero dos montijenses que não conseguiram mais do que reduzir para 2-1. O jogo terminaria com os nervos á flor da pele, pois a expulsão do guarda redes do Montijo originou uma enorme confusão dentro e fora do

campo, obrigando á intervenção do forte contingente policial presente no estádio, para manter a ordem e serenar os ânimos exaltados. Vitória justa do Sesimbra, que foi a melhor equipa em campo.Em Alfarim, o jogo entre a equipa da casa e o Vasco da Gama de Sines foi um jogo de fim de época. Uma partida bem disputada, um jogo aberto por parte das duas equipas que proporcionaram um bom espectáculo de futebol atacante que resultou na obtenção de nove golos. A equipa do Vasco da Gama esteve bem até ao intervalo, onde vencia por 3-2, na segunda parte

ficou reduzida a 10 elementos por expulsão de Artur Marinho, e nunca mais conseguiu encontrar-se. Sofreu a terceira derrota consecutiva e consentiu num só jogo seis golos, coisa inédita numa equipa que tinha uma das melhores defesas do campeonato. A equipa sineense depois de nove vitórias consecutivas, a partir da derrota em Palmela nunca mais conseguiu estar ao seu melhor nível, esta foi a terceira derrota consecutiva. O Alfarim confirmou que foi uma das melhores equipas desta segunda volta do campeonato.O Grandolense jogou no Barreiro, onde perdeu por 1-0, um fraco

jogo de futebol, num campo com poucas condições e onde venceu a equipa que foi mais feliz.Em Santiago do Cacém, o União venceu sem margens para dúvidas o Zambujalense por quatro bolas a uma. Uma boa partida da equipa santiaguense que assim se despediu dos seus adeptos com uma vitória e com o objectivo alcançado.No dia 2 de Maio, às 16 horas, na última jornada, o Vasco da Gama joga em Sines frente ao Sesimbra, o União de Santiago vai jogar no Montijo e o Grandolense termina o campeonato em casa frente ao Palmelense.

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Bairro do Olival e Melides nas meias-finais

FUTEBOL - Taça do Inatel de Setúbal

Joaquim Chaíça e Mónica Rosa os vencedores

ATLETISMO - 30.º Circuito Vila de Odemira Gonçalo Naves destaca-se no basquetebol

Representa o CAB de Grândola

Na praia Vasco da GamaCATAMARÃS - SinesCat dias 1 e 2 de Maio

Terminou no ultimo fim-de-semana, a 2ªFase da Taça Fundação Inatel, com uma grande surpresa na Zona Norte. O Passil que comandava desde a 6ª Jornada, e a quem bastava um empate caseiro para garantir o apuramento para as meias-finais, perdeu em casa nos instantes finais com a Juventude Melidense, baixando assim ao 3º lugar e perdendo o apuramento. Resultados na Norte: Passil- 1 Juventude Melidense- 2; Sporting Vinhense- 0 Bairro Olival- 3 e Sport Clube Sado- 0 Aldeia Chãos- 1.Classificação final: O Bairro do Olival foi 1º com 25 pontos, seguido do Melidense com 24 e do Passil com 23.Aldeia dos Chãos terminou em 4º com 18, Sport Sado foi 5º com 14, sendo 6º o Sp.Vinhense com 11 e o Canhense 7º com 5 pontosNa Zona Sul, apenas se realizou o jogo Azul Ouro-CPCorroios, já que as equipas de Porto Covo e Vale Figueira, numa atitude pouco desportiva, faltaram aos seus jogos,

Depois do sucesso na edição anterior, Sines volta a receber, em 2010, o SinesCat, uma prova de Catamarãs de vela ligeira aberta a todas as classes e inserida no Circuito Nacional da modalidade. O evento realiza-se entre 1 e 2 de Maio, na Praia Vasco da Gama, onde a prova está sedeada, e em São Torpes, prevendo-se a participação de 50 Catamarãs e cerca de 150 pessoas, entre velejadores e organização. O SinesCat 2010 tem início oficial no dia 1 de Maio, pelas 13 horas, com o primeiro raid Sines/São Torpes/Sines. Depois, entre as 15 horas e as 17 e 30, acontece a estreia das Sailing Arenas no SinesCat, com várias sessões ao longo da tarde. O evento prossegue no dia 2, pelas 12 horas, com uma regata de bóias na baía, finda a qual será realizado o segundo raid Sines/São Torpes/Sines. Pelas 16h00, tem lugar a cerimónia da entrega de prémios.Sines volta ser o concelho escolhido para a realização da prova pelas excelentes condições naturais para a prática de desportos náuticos, pelos bons acessos e pela ligação histórica ao mar. Carmem Francisco, Vereadora da Câmara Municipal de Sines, sublinha a relevância dos desportos

de mar para a imagem de Sines enquanto destino turístico, designadamente pela importância do produto “turismo activo” na estratégia de promoção das marcas “Alentejo Litoral” e “Alentejo”, bem como a de dinamização dos estabelecimentos turísticos, em época baixa, combatendo a sazonalidade na procura de camas turísticas. Gustavo Quintela, responsável pela organização do SinesCat e director da ANACAT - Associação Nacional de Catamarãs, está confiante no sucesso da edição 2010. “À semelhança da edição do

ano passado, a praia e a baía vão encher-se de colorido e quem passar pela praia ou pela marginal nestes dias vai ficar a conhecer uma das mais excitantes classes de vela do mundo. Este ano, para além da grande afluência das melhores equipas espanholas, vamos ter uma grande novidade para apimentar o espectáculo - as Sailing Arenas - que não são mais do que confrontos rápidos entre os melhores velejadores, onde todos os esforços são levados ao limite”, avança Gustavo Quintela.

respectivamente na Azóia e na Valdera.Estes factos limitaram a luta pelo apuramento, já que a vitória da Casa do Povo de Corroios fora de portas, acabou por não servir de nada. Resultados na Zona Sul: Azul Ouro- 0 Casa Povo Corroios- 4; Valdera- V Vale Figueira- F.C e Azóia- V Porto Covo F:C:Classificação Final: O Valdera terminou em 1º com 23 pontos, seguido da Lagoa Palha com 22 e da C.P. Corroios com 20 pontos. Porto Covo foi 4º

com 16 pontos, Azul Ouro 5º com 15, Azóia 6º com 11, sendo último Vale Figueira com 7 pontos. Neste Sábado dia 1 de Maio terão lugar as meias-finais, com os seguintes jogos a serem disputados nos campos das equipas que concluiram a 2ª Fase em 1º lugar: Bairro Olival - Lagoa Palha; e Valdera - Melidense.No dia seguinte, Domingo, dia 2 de Maio, realizam-se os jogos do 3º e 4º lugar e a Final, em campo a designar pela Fundação Inatel.

Os atletas olímpicos Joaquim Chaíça, a correr pelo Conforlimpa, e Mónica Rosa, do Maratona Clube de Portugal, foram os vencedores da 30ª edição do Circuito de Atletismo Vila de Odemira, que decorreu no dia 18 de Abril, no âmbito das comemorações de Abril, e que mobilizou 165 atletas e 25 equipas. O Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira foi o vencedor na classificação colectiva, prova que a equipa da casa continua a dar cartas no atletismo regional, apostando sobretudo na formação de jovens atletas.Em paralelo decorreu a 4ª Corrida da Saúde que juntou 300 atletas em prova, onde a competição deu lugar ao convívio e à promoção do bem-estar físico. A esta corrida aderiram os habituais participantes nos projectos municipais de promoção do desporto junto da comunidade: Viver Activo,

Gonçalo Naves, 13 anos, estudante da Escola Secundária Poeta Al Berto, sagrou-se campeão de Portugal de selecções de basquetebol sub-14, em representação do distrito de Setúbal, no campeonato inter-selecções disputado em Portimão, entre 8 e 11 de Abril. Gonçalo Naves começou a interessar-se pelo basquetebol aos 10 anos, quando seguia na televisão uma série cujo protagonista era jogador de basquetebol. Uma vez que em Sines não existia nenhum clube com a modalidade, iniciou-se no mini-basquetebol em Santo André (Clube Galp Energia) e, pouco tempo depois, pela mão do treinador Timóteo Jr., foi representar o CAB de Grândola, onde se mantém. A rotina de treino e competição é exigente: deslocações a Grândola, com três treinos semanais (ou quatro, quando está na selecção), mais os jogos ao fim-de-semana. No rectângulo de jogo, ocupa a posição de poste ou

de extremo, dependendo da estratégia do treinador. No campeonato disputado em Portimão destacou-se como marcador na meia-final com a selecção do Algarve, onde marcou 18 pontos e teve 100 por cento de eficácia nos lances livres (6/6), contribuindo decisivamente para a presença na final, onde Setúbal bateu a selecção de Aveiro por 60-49. Tendo como ídolo

internacional LeBron James (Cleveland Cavaliers), alimenta o sonho de um dia integrar a selecção nacional de basquetebol. Pelo interesse que vê nos colegas que com ele jogam basquetebol na Escola Poeta Al Berto, acredita que Sines tem um elevado potencial para o desenvolvimento desta modalidade, aproveitando as infra-estruturas existentes e futuras.

Caminhadas e Desporto para Todos. A prova dividiu-se em três percursos diferentes, traçados nas ruas de Odemira, com partida e chegada na Estrada da Circunvalação, frente ao Tribunal. As distâncias

variaram de acordo com o escalão, entre os 250 e os 10.000 metros. A arbitragem esteve a cargo do Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Atletismo de Beja.

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Rodrigo Costa bateu o recorde nacional

NATAÇÃO - Masters - escalão 30-34 anos

Rogério Tavares garante presença no Nacional

NATAÇÃO - Cinco km Indoor - Póvoa de Varzim

A Câmara Municipal de Sines aprovou, por unanimidade, em reunião de Câmara a 15 de Abril, uma adenda ao protocolo estabelecido, em 2002, com a Escola Secundária Poeta Al Berto, para a cedência do

Pavilhão Gimnodesportivo da escola.A adenda fixa a atribuição de um subsídio de 1000 euros mensais pela Câmara Municipal de Sines à Escola Secundária Poeta Al Berto, no âmbito da cedência do

Pavilhão Gimnodesportivo da escola à autarquia que, por sua vez, o disponibiliza a vários clubes do concelho de Sines, para a prática de diversas modalidades desportivas.

Município aluga pavilhãoPara ceder aos clubes de Sines

O CNLA marcou presença no 4º Controlo de Tempo 5 Km Indoor - que se disputou na Póvoa de Varzim, no dia 17 de Abril - com três atletas. O grande destaque da comitiva do clube vai para o Júnior Rogério Tavares, que ao realizar a marca de 1h01m03s (10º absoluto e 4º no seu escalão) garantiu a presença no Campeonato Nacional de 10 Km, que este ano se vai disputar em simultâneo com a Setúbal Bay International Swim Marathon, etapa da Taça do Mundo de Águas Abertas, no dia 26 de Junho. Um dos critérios para estar presente no evento passava por nadar os 5 Km Indoor abaixo de 1h03m00s, marca que foi largamente superada pelo atleta. Relembre-se que o ano passado Rogério Tavares tinha nadado esta prova em 1h03m44s, o que evidencia uma boa melhoria de 2:43 minutos em relação

A secção de Triatlo do Ginásio Clube de Sines esteve a participar no dia 10 de Abril, no IX Triatlo Cidade de Quarteira, com duas competições: Campeonato Regional Individual e Clubes de Aquatlo, Sul e Taça de Portugal .Miguel Lacerda, participou no Campeonato Regional Sul de Aquatlo, prova disputada no sistema de contra relógio, composta apenas por dois segmentos, 750 metros de natação e 2 000 metros de corrida. O atleta sineense com uma boa prestação no segmento de corrida terminou no 3º lugar.Na Taça de Portugal de Triatlo, os atletas cumpriram 750m de natação, seguidos

à anterior edição. As outras duas atletas do CNLA que estiveram em prova também têm ambas motivos para sorrir. Apesar de não ter melhorado em relação ao ano passado, Ana Catarina Mateus foi a atleta do CNLA que conseguiu as melhores classificações: a nadadora foi a 3ª melhor Júnior da competição (1h11m10s), tempo que correspondeu ao

6º lugar absoluto no sector feminino. Mª Clara Marques, por sua vez, registou uma assinalável melhoria em relação à edição de 2009, em que tinha realizado a marca de 1h14m03s, baixando esse tempo agora para 1h11m38s (menos 2:25 minutos que o ano passado), que correspondeu ao 8º lugar absoluto feminino e 4ª Júnior.

Miguel Lacerda no pódioTRIATLO - 9º Triatlo de Quarteira

de 20000 m de ciclismo, terminando com 5000m de corrida. Gonçalo Barros 1h07m17s (26º lugar), Diogo Henriques 1h13m03s (39º) e Daniel Contente

1h14m57s (41º), formaram a terceira melhor Equipa de Juniores. Sara Ferreira, terminou a sua prova com 1h31m17s - 11ºlugar em Juniores Femininos.

O CNLA marcou presença no primeiro dia do VII Troféu de Masters das Caldas da Rainha (25m) - que se disputou nos dias 24 e 25 de Abril - com três atletas: David Gorgulho (escalão 25-29 anos), Ricardo Silvestre e Rodrigo Costa (ambos 30-34 anos).O grande destaque da participação do CNLA na competição vai para Rodrigo Costa, que com o tempo de (2:36,67) nos 200 Bruços estabeleceu um novo Recorde Nacional do escalão 30-34 anos e foi assim responsável por um dos dez recordes nacionais de Masters que caíram durante o fim-de-semana. Para além da consequente vitória nessa prova, o “capitão” do CNLA foi ainda 1º no seu grupo de idade nos 200 Livres (2:06,31). David Gorgulho também venceu as duas

provas que disputou, os 100 Livres (55.91) e os 200 Costas (2:19,43) e Ricardo Silvestre nadou em cima do seu melhor tempo nos 200 Livres (2:24,29 - 5º lugar), sendo desclassificado nos 100 Livres por falsa partida.A experiência voltou a ser muito boa entre a

comunidade Masters e os atletas do CNLA (estes e os outros que não puderam estar presentes nas Caldas da Rainha) vão agora preparar a participação no Campeonato Nacional de Masters (Reguengos de

Monsaraz, 3 e 4 de Julho).

Vasco da Gama de Sines garantiu a manutenção

HÓQUEI - Campeonato Nacional da 2ª Divisão

A equipa do Vasco da Gama de Sines já garantiu a manutenção no Campeonato Nacional da 2ª divisão. As vitórias em Campo de Ourique por 7-5, e em Alenquer por 7-1, deram uma

vantagem à equipa de Nuno Martins que agora pode encarar os próximos jogos com mais tranquilidade.O Vasco da Gama ocupa o 11º lugar, com 31 pontos, menos 38 que o líder

Cascais. No dia 1 de Maio, o Vasco da Gama joga em Sines, frente ao Sporting de Tomar. Dia 15 de Maio, joga no Pavilhão da Académica da Amadora.

Independentes continuamna luta pela subida

FUTSAL - Nacional da 3ª Divisão - Série D

Os Independentes de Sines jogaram no pavilhão do líder Leões de Porto Salvo e perderam por 3-2. Tal como demonstra o resultado foi um jogo muito bem disputado, por duas equipas que tem bons executantes. Ao vencerem, os Leões de Porto Salvo garantiram a subida à 2ª divisão Nacional.

A duas jornadas do fim, os Independentes tem 50

pontos, menos quatro que o Porto Salvo. Na terceira posição está o Operário com 47 pontos, e menos um jogo. A equipa sineense depende apenas de si própria para garantir a subida de divisão, basta-lhe vencer os dois jogos que faltam, dia 1 de Maio em casa frente ao Venda Nova, e dia 8 de Maio, no Pavilhão dos Torpedos.

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Luís Pinela o mais rápido entre 85 participantesCICLISMO - 3º Grande Prémio de Ciclismo “José Amaro” na categoria de Masters

Dias 17 e 18 de Abril de 2010, decorreu em Grândola 3º Prémio de Ciclismo José Amaro. Uma organização do Clube de Ciclismo do Litoral Alentejano e Câmara Municipal de Grândola, esta prova com a presença de 14 equipa, num total de 85 ciclistas, na categoria de Master´s. 1ª Etapa Grândola, Melides, Grândola com meta na Nossa senhora da Penha no total de 95,9 km. Uma etapa bastante movimentada com tentativa de fuga ao km 6, que não foi além dos 50 segundos, mas quando estavam percorridos 30 km, vários ciclistas tentaram a sua sorte, entre eles vigoravam nomes como Luís Pinela - Prorace/Évorabike/CC Évora, Mário Correia - Viveiros Vítor Lourenço – Sintra CC, Gualdim Carvalho e João Aldeano - Fundiarte/Credito Acricola da Costa Azul, Duarte Azenha - P e ç a m o d o v a r / A l b i t u r.pt, João Coelho - Burger Ranch – Portimão, Carlos Coelho - CC Salvaterra, este grupo de ciclistas vieram movimentar o pelotão, o qual se veio a partir mas

sempre controlado pela equipa do CC Salvaterra, que procurava defender o titulo de João Portela do ano anterior, de forma que veio a acontecer, dando a vitoria ao seu colega de equipa Carlos Coelho, com o tempo de (02H43M42S), á média de 35.149 km/h.A 2ª Etapa teve inicio junto da Casa do Povo de Melides, 85 km que o pelotão tinha de percorrer até á Av. António Inácio da Cruz em Grândola, com Carlos Coelho - CC Salvaterra, a procurar defender a camisola

Amarela, mas quantos mais kms se percorriam, mais as dificuldades surgiam, por parte dos ataques causados pela equipa Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul, e da equipa Prorace/CC Évorabike/CC Évora, que após 24 km de corrida partem para a fuga Luís Gomes, David Costa, Rui Rodrigues - Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul, levando na sua roda David Caetanita - Burger Ranch – Portimão, Ezequiel Lobo - Prorace/Évorabike/CC Évora, Paulo Valente

Peçamodovar/Albitur.pt, após a passagem por Santiago do Cacém, a fuga levava 30 seg, o que levou o pelotão a dividir-se em várias fracções e em situações intermédias colocando Carlos Coelho camisola amarela, Luís Pinela, enquanto o Viveiros Vítor Lourenço Sintra CC, colocava também David Garrido Luís Machado Márcio Correia na mesma posição, percorridos 55 km, o controle continuava dos homens da Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul, ao percorrer as

10 voltas que totalizava 30km a uma velocidade diabólica ainda levou que Rui Rodrigues - Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul desse esticão final levando na sua roda Paulo Valente - Peçamodovar/Albitur.pt, enquanto Viveiros Vítor Lourenço, colocava Luís Machado na melhor posição a qual lhe deu a vitória da etapa, com o tempo de (02H10M43S), á média de 39.336 km/H, deixando assim espaço á equipa da Prorace/Évorabike/CC Évora, para conquistar 3º Prémio de Ciclismo José Amaro com

Luís Pinela ao fazer o tempo de (04H54M25S). Na 2ª posição terminou Carlos Coelho, do Salvaterra e Mário Correia do Sintra, terminou na 3ª posição. Por equipas venceu o Salvaterra, enquanto a Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul, terminou no 3º lugar. Camisola Branca - David Costa (Fundiarte/Credito Agrícola da Costa Azul). Camisola Verde - Humberto Santo (Casa do Benfica de Patais) e Camisola Azul - Luis Pinela (Prorace/Évorabike/CC Évora).

Texto e Foto - Manuel dos Santos

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Nesse sentido há um pro-jecto que eu encaro como fundamental, o Projecto de “Simplificação Adminis-trativa Municipal”. Esse projecto tem, basicamente, três vertentes principais: o aumento da participação cívica – a melhoria e eficá-cia dos serviços - e a melho-ria das condições de trabalho dos nossos funcionários. O “Projecto da Simplifica-ção Administrativa Munici-pal” é um projecto essencial para modernizar o Municí-pio de Odemira. Nesse sen-tido, vai ser tornado público o projecto do “Orçamento Participado”, que terá um modelo que pretendemos que resulte no mais partici-pado de todo o Alentejo. É um projecto que terá uma vertente inovadora. Litoral Alentejano – O que afirma referente ao “Orça-mento Participado” signi-fica que deixará – depois das reuniões que certa-mente serão feitas com os munícipes – alguma pos-sível alteração ao apre-sentado pela Câmara? É que, por normas, nos Orçamentos Participados

realizados, segundo alguns cidadãos, a sua eventual contribuição nunca veio a ter consequências.- Eu diria que os – os cida-dãos – os Munícipes Ode-mirenses, vão ter autonomia de gerir uma percentagem do Orçamento Anual da Câmara.

Mudança: do papel ao digital

Litoral Alentejano – É importante essa sua afir-mação uma vez que, como afirmei, na prática, não é isso que normalmente tem acontecido em outras loca-lidades.

- É isso que vai acontecer. Em Odemira é esse o nosso projecto. Outro projecto que eu considero essencial é o da “Gestão Documental”. Neste momento o papel circula ainda no Municí-pio de Odemira e, eu sei que, amanhã terá que ser diferente. E, será diferente porque, temos que entrar de facto na era digital. O “Pro-jecto da Gestão Documen-tal” é um projecto estrutu-ral. Vai mudar a forma de trabalhar e, acima de tudo vai fazer com que deixemos de olhar para o Município como uma vertente de gerir processos. Este projecto vai centrar-se no cidadão e não nos processos.

É verdade que sair do papel

e aderir à era digital poderá ser visto

como uma revolução

Litoral Alentejano - Há uma resistência – quase sempre – àquilo que se desconhece. A Câmara de Odemira, quanto a mim terá uma vantagem. Tem

no seu Executivo e nos funcionários, gente jovem. Com todo o respeito, deixe que lhe pergunte o seguinte: Em sua análise se, por ventura, fosse o seu pai que “comandasse” os seus pelouros (estou a referir-me a uma pessoa com mais idade e com a chamada experiência de vida), essa seria uma sua preocupação na actual conjuntura económica? Esta é pergunta que se impõe porque há muitos que contestam um dos aspectos da moderniza-ção, dizendo ter excesso de recurso ao “universo digi-tal”.- Eu acho que hoje em dia

não podemos olhar para a realidade que tínhamos até aqui. Temos que olhar para a actualidade de uma forma global. Se queremos estar na frente, se queremos estar actualizados temos que saber o que de melhor hoje podemos utilizar. Como sabemos, o modelo munici-pal foi sempre muito base-ado no papel mas, hoje, há bons exemplos de autarquias que já funcionam de forma digital. Contudo, é verdade que sair do papel e aderir à era digital poderá ser visto como uma revolução, mas é uma alteração que tem que ser feita porque, acima de tudo, acrescenta valor e efi-cácia aos serviços.

“Balcão Único”, serviço que irá mudar

o atendimento

Litoral Alentejano – A mudança que pretende que se opere nos serviços da Autarquia, acha que vai ser possível ser feita neste mandato?- Eu não só diria que é pos-sível, como vai ser feita. Na primeira metade do actual mandato acredito que conse-guiremos atingir esse objec-tivo. E, para além desse objectivo temos outros. Dou-lhe um exemplo de como já foi possível andar-mos depressa: Em quatro meses já conseguimos rever vários Regulamentos Muni-cipais. Estou a lembrar-me do regulamento das taxas, do urbanismo e edificação,

toponímia e números de polícia e de um outro que está para aprovação, que é o de ordenamento e gestão dos parques municipais de fixação de empresas. Temos já preparados os regula-mentos ligados ao ambiente (resíduos sólidos, águas resi-duais e água). A sua aprova-ção só falta ser votada em reunião de Câmara e temos neste momento praticamente concluído o nosso “Balcão Único”, que irá mudar com-pletamente a nossa vertente de atendimento. Ou seja, irá transformar o percurso que um munícipe faz quando vem ao Município de Ode-mira, que é o de ir a três ou quatro balcões para resol-

ver um assunto. A partir de meados de Maio, poderá ser atendido num único balcão, em todas as temáticas de que necessitar.

Pelouros e Serviços

Litoral Alentejano – Em síntese diga-me que serviço tem cada um dos Pelouros de que é responsável.- Há uma coisa que entendo fundamental referir. Como lhe afirmei, estamos pre-ocupados com a melhoria das condições de trabalho dos nossos funcionários. No “Projecto de Simplificação Administrativa” cabe essa realização. Para isso tere-mos que rever as nossas instalações, embora se saiba que neste momento temos algumas dificuldades eco-nómicas, mas não podemos deixar de dizer que há ser-viços que não estão a fun-cionar nas melhores condi-ções. Mudar isso é também uma das nossas prioridades. Aliás, para exigir um bom desempenho é preciso que as pessoas tenham condi-ções para o fazer.

Litoral Alentejano – O Executivo pensa colo-car alguns serviços em outros edifícios que não no actual?- Estamos a fazer algumas alterações dentro do edifí-cio Camarário que é antigo, bonito, é um edifício a pre-servar mas que já não tem o espaço adequado para todas as valências de que hoje necessitamos. Por isso, algumas dessas valências poderão vir a funcionar fora do edifício dos Paços do Concelho.

Litoral Alentejano – Já sabe para onde os serviços camarários se irão expan-dir?

- A ideia é requalificarmos dois edifícios que são muni-cipais, um deles contíguo ao dos Paços do Concelho e, um outro, logo ao lado, o que ajudará bastante na melhoria das condições de trabalho dos nossos funcio-nários.Relativamente aos pelou-ros: Em relação à “Divisão Administrativa” eu res-salvava principalmente a regulamentação Municipal, onde - de facto - estamos incisivos e muito actuantes, e aí vamos conseguir ser, eu diria, reformistas, uma vez que há muita regulamenta-ção para ser aplicada onde é necessário intervir.Nas questões relacionadas com a “Divisão Finan-ceira”, numa época de crise não podemos propriamente pensar que vamos alterar muito, mas há alguns projec-tos a equacionar a partir dos actuais processos, estudando formas de como poderão vir a ser no futuro. Dou-lhe um exemplo: Houve um proce-dimento na Câmara que foi alterado e que, com essa acção, ganhamos cinco dias. Ou seja, o mesmo procedi-mento, ao ser alterado no seu fluxo, deu-nos de ganho os cinco dias referidos. O que estamos a fazer é isso. Estamos a reequacionar os processos que temos, alte-rando-os, de forma a serem mais eficazes e eficientes. Relativamente à “Divisão de Aprovisionamento e Gestão de Stocks”, também houve algumas alterações de pro-cedimento. Temos alguns ideias a serem implantadas. Ou seja, quando falo em edi-fícios Municipais, não falo só em edifícios administra-tivos. Os edifícios de arma-zém e operacionais também vão ser requalificados.Ao nível dos “Recursos Humanos” houve altera-ções do ponto de vista legis-lativo. Estamos a interpretar este serviço de uma forma diferente do que até aqui vinha ocorrendo. Não vai ser só um serviço receptor. Vai ser um serviço efectiva-mente de gestão de recursos humanos.

Na “Administração Directa”, estamos a dar res-posta àquilo que foram as contingências climatéricas nos últimos meses, no que diz respeito à reparação de equipamentos que efectiva-mente se degradaram.Na “Divisão de Viaturas, Máquinas e Oficinas”, as instalações são a nossa prin-cipal preocupação. Neste momento temos algumas limitações devido à locali-zação destes serviços. Esta-mos a reequacionar a sua localização.No que diz respeito ao “Centro de Organização e Informática” e ao “Gabi-nete de Informação e Rela-ções Públicas”, ou seja às “Tecnologias e à Informa-ção”, eu cruzaria as duas vertentes, que são as mais visíveis dentro dos pelou-ros que tenho sob minha responsabilidade. A nível da informação, o que esta-mos a fazer é mudar a nossa imagem. Vamos ter um Boletim Municipal comple-tamente reformulado. Esta-mos a criar uma nova linha de comunicação municipal.Do ponto de vista tecno-lógico, se nós queremos modernizar a nossa admi-nistração, teremos que ter, do ponto de vista tecnoló-gico, um grande apoio e, isso - efectivamente - está a acontecer.Gostava de deixar uma pala-vra para aqueles que me acolheram na Câmara Muni-cipal de Odemira, os funcio-nários, os quais com a sua colaboração, têm sido um pilar fundamental do nosso desempenho.

Litoral Alentejano – Em suma, tem muito trabalho pela frente.- Sim, nós não estamos aqui por acaso. Estamos na Câmara porque apresenta-mos um bom programa aos nossos eleitores. Trabalha-mos muito nesse programa que está explícito nas opções do Executivo. Estamos opti-mistas e acreditamos que, com muito trabalho, vamos conseguir cumprir os objec-tivos traçados.

O “Projecto da Simplificação Administrativa Municipal” é um projecto essencial para modernizar o Município de Odemira.

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14“Acredito que não há planeamento sem participação. É preciso sensibilizar para tornar consciente, com o objectivo de valorizar”É preciso ganhar as pessoas para esta causaSónia Isabel Nobre Correia, natural de Odemira, de onde saiu aos 18 anos de idade para ir estudar, fez o seu percurso académico a Norte, na cidade do Porto, onde se licenciou em Arquitectura, tendo iniciado o seu percurso profissional na cidade em que se formou, transitando seguida-mente para a CCDR Alentejo em Beja. Contudo, “o apelo de um regresso a Odemira” manteve-se presente na sua vida, o que viria a suceder em 2007, a partir do convite feito pelo então presidente António Camilo, de quem viria a ser adjunta. Hoje é um novo rosto na governação da Autar-quia Odemirense, responsável pelo Pelouro do Urbanismo. A entrevista que abaixo se poderá ler reporta-se exactamente ao desen-volvimento do compromisso político assumido, numa narrativa interes-sante que, sem ambiguidade, marcou um encontro de trabalho em prol de um território ímpar, numa das mais belas Regiões do País.

Fora do espaço acanhado de gabinetes repletos de papéis, por vezes pouco acolhedores, esta foi uma entrevista que teve o privilé-gio de acontecer numa data especial – dia 5 de Abril, sexta-feira Santa, antevés-peras do Dia de Domingo de Páscoa – logo, envolvida pela ideia da ressurreição, o que, nestes tempos difíceis, poderá legitimar o desejo de que se cumpram os sonhos e as esperanças de quem acre-

dita num futuro melhor. Uma entrevista que se decorreu “ num lugar de paz indizível, numa Milfontes que nos faz pensar ser anterior à polui-ção” (como explicou o Pro-fessor Hermano Saraiva), no lugar da Fateixa, junto a alguns barcos amarrados, aparelhos de pesca – o covo para as navalhas, o alca-truz de barro para o polvo - rente a uma água que batia, sem força, na areia clara do Mira. Em síntese, como caracterizar uma conversa ocorrida entre duas pessoas que momentos antes de se iniciar, conheceram-se para falar de um Concelho – o

de Odemira – que as juntou num mesmo objectivo?Destacaria três palavras essenciais para significar o que também foi uma troca de impressões: “Sonho”,

“Responsabilidade” e “Realização”. Sonho, pelo amor à terra. Responsabi-lidade para cumprir com

o prometido e Realização, a obra feita. É disto que a entrevista se ocupa e que abaixo se poderá ler.

Litoral Alentejano – Vere-adora na Câmara Muni-cipal de Odemira, assume pela primeira vez acção governativa na Câmara. É responsável de que pelouro?- Sónia Isabel Nobre Cor-reia – O meu pelouro é o do Urbanismo. Um pelouro que tem várias vertentes no âmbito do urbanismo: licenciamento de obras par-ticulares, fiscalização, o SIG - Sistema de Informação Geográfica, o planeamento e ordenamento do território.

Litoral Alentejano - Como alguém disse: “O País está cercado pela realidade económica”. Dentro dessa lógica, como analisa as verbas que foram atribuí-das para o desempenho do seu pelouro?- Pois, de facto a conjuntura actual não é fácil. É o pano-rama que nós temos, mas - de alguma forma - temos que tentar gerir da melhor forma aquilo que temos. E, o que é que temos?Temos algumas verbas, nomeadamente a nível do planeamento, que é a prio-ridade deste Executivo. Ou seja, o trabalhar muito a nível do planeamento. A nível dos instrumentos de gestão ter-ritorial, infelizmente não há grandes comparticipações, mas tentamos – de alguma forma – com algum trabalho interno, como é óbvio – ten-tando ter algumas candida-turas, nomeadamente a nível da qualificação urbana que também é um dos nossos motes, porque é muito importante e que, como sabemos, são intervenções com custos muito avulta-dos. Neste momento temos uma candidatura aprovada recentemente para a requa-lificação do centro de Ode-mira que, para nós, é uma das jóias da coroa, mas essa é, uma gotinha de água... porque todo o processo é muito mais abrangente e, de facto, gerir o dinheiro aqui é fundamental.

Litoral Alentejano – De

que prioridade está a falar?- Uma das nossas priorida-des é a da “Reestruturação Urbana”.

Litoral Alentejano – Rees-truturação Urbana em Odemira ou em mais loca-lidades do seu Concelho?- Não só em Odemira. Rees-truturação Urbana também em outros centros. Aqui em Vila Nova de Milfon-tes, onde estamos – um dos pólos turísticos mais emble-máticos que temos - no âmbito do Polis do Litoral, entre Sines e Vila do Bispo.Estas são acções concerta-das, não só em Odemira, mas sim no Concelho de Odemira no património edificado, no centro, que é visível, com o é também nos outros aglomerados, quer em Zambujeira do Mar – um dos núcleos turísticos de grande importância do Concelho, que carece de uma de uma grande rees-truturação urbana de fundo. Nesse aspecto o que é que nós temos? Temos o Polis do Litoral que conseguimos. Aliás, no início a ideia do Polis, era a de implementar o Plano da Orla Costeira e trabalhar as frentes de mar, daí nós considerarmos que tanto Vila Nova de Milfontes como a Zambujeira do Mar, por excelência, deveriam ser centros contemplados com essas acções, considerando que se desenvolvem frente ao mar. Devo dizer-lhe que as inter-

venções a nível da regene-ração urbana são processos muito morosos e caros. Têm que ser realizados de uma forma concertada. Uma das nossas esperanças é a de que o Polis agarre estes dois aglomerados urbanos tanto a nível do centro histórico, a nível da delimitação, porque temos um outro contexto que se avizinha, que é a revi-são do PDM – Plano Direc-tor Municipal – é o próprio PDM que nos irá vincular a todas estas questões porque, neste momento não temos um centro histórico delimi-tado, nem em Odemira nem em Vila Nova de Milfontes e, como está à vista de todos nós, é necessário proceder a esse trabalho até para puder-mos actuar de outra forma, a nível de preservação, com regras específicas, desen-volver planos de pormenor que possam ir nesse sentido e, temos outras acções que também gostaríamos muito de realizar. Aliás, já demos algum sinal de incentivo económico - nomeadamente no âmbito das reduções e isenções - no nosso “Regu-lamento de Taxas Urbanís-ticas” que actualmente está em discussão. Esse regu-lamento é uma forma de incentivar os mais jovens e, ao fim e ao cabo, a recu-peração urbanística à nossa escala, como é óbvio.

Sensibilizar para tornar consciente,

Temos finalmente o PROT que irá para discussão pública muito brevemente, o

Plano do Parque em discussão no momento.

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15“Acredito que não há planeamento sem participação. É preciso sensibilizar para tornar consciente, com o objectivo de valorizar”É preciso ganhar as pessoas para esta causa

com o objectivo de valorizar

Litoral Alentejano – Está a dizer-me que o Regula-mento das Taxas Urbanís-ticas que neste momento está em discussão, vai no sentido de incentivar as pessoas a tomar atitudes em relação à recuperação do património? As pes-soas vão sentir os efeitos do regulamento a ponto de poderem vir a ter uma intervenção positiva?- Sim. Esperemos que sim. As pessoas vão sentir cla-ramente que o regulamento que será aplicado lhes pro-porcionará uma redução de custos e ainda a isenção prevista para quem disso possa beneficiar. Isso, não dentro dos centros históri-cos porque ainda não temos os centros históricos limi-tados, mas sim nos núcleos antigos. Aliás, no que diz respeito à preservação, ela impõe-se - nomeadamente - porque temos algum patri-mónio edificado muito inte-ressante, nomeadamente nos pólos que referi.

Litoral Alentejano – Pois é, muito do património edificado de interesse até mesmo cultural tem andado à deriva…- É verdade. Tem estado à deriva, como afirmou. Com-pletamente. Por isso a ideia é, combater o abandono que se regista, de que há exem-plo um pouco pelo País inteiro. Neste momento, em Odemira isso é flagrante. É notório.

Litoral Alentejano – O que lhe está na origem? Aban-dono pura e simplesmente porque os seus proprietá-rios deixaram de residir no local, ou por falta de dinheiro para manutenção e restauro?- É um património de famí-lias mais antigas em que os filhos acabaram por deixar a terra em que nasceram. Para venderem é muito compli-cado, nomeadamente que se prendem com questões de heranças, em que haja muitos proprietários. Entre-tanto, acredito que, com o incentivo de que estamos a falar – incentivo que está em embrião, que está no início – o panorama exis-tente mudará. Nós queremos alargar este incentivo até do ponto de vista técnico porque, realmente reconhe-cemos o valor patrimonial e, aí – permita que lhe diga, a minha parte, enquanto téc-

nica, acaba por falar mais alto. Sou muito sensível a estas áreas. No fundo a recu-peração dos centros urbanos acaba por ser uma grande paixão.

Litoral Alentejano – Ima-ginemos que tenho uma casa antiga em Odemira, tenho grandes dificulda-des económicas e preciso recuperar esse meu patri-mónio, o que é que posso vir a ter como resposta por parte da Autarquia?- Neste momento só temos o incentivo a nível de taxas urbanísticas e, com alguma abertura, porque às vezes existe muitas condicionantes que estão previstas nos ins-trumentos, uma vez que as realidades nas construções podem ser diferentes do que numa construção nova, em

que os índices são muito mais abrangentes. Por vezes, para dotar uma casa de salu-bridade mínima é necessário que haja mais flexibilidade por parte da Autarquia e é muito importante olharmos de uma outra forma para o que se apresenta. No fundo é interpretarmos essa reali-dade.

Litoral Alentejano – Pode-remos dizer que a sensibi-lização poderá humanizar um sector habitacional de importância para as famí-lias?- Humaniza. Claro que sim. Acima de tudo é tornar consciente o património que temos.

O contexto actual,do ponto de vistado ordenamento

do território,é muito favorável

Litoral Alentejano – Está a dizer-me que, funda-mentalmente, esta medida, enquanto intervenção, vai no sentido de ser um alerta para a consciencialização de que falou?- Exactamente. Sensibilizar para tornar consciente, com o objectivo de valorizar. Nesse sentido eu gostaria muito de abranger o apoio técnico, porque é imprescin-dível. Esse é um dos sonhos

que tenho.

Litoral Alentejano – Um sonho possível de materia-lizar-se…- É verdade. Penso que sim. Acredito nas condições que temos. O contexto actual, do ponto de vista do ordena-mento do território, é muito favorável. Neste momento temos os grandes instrumen-tos em discussão. Temos finalmente o PROT que irá para discussão pública muito brevemente, o Plano do Parque em discussão no momento. Ter estabili-dade do ponto de vista dos instrumentos de gestão do território é importante para procedermos à elaboração dos “nossos”, uma vez que temos que harmonizar as orientações de planos hie-rarquicamente superiores.

O PDM é,

por excelência,um instrumento

estratégico.Actualmente, o

cenário existente é o ideal.

Tenho que acreditar

Litoral Alentejano – No que diz respeito a planos, acredito que as pessoas não sejam optimistas. Têm ouvido sempre falar em planos, mas…- Devo dizer-lhe que, neste momento eu estou muito optimista. Posso dizer-lhe que foi por tudo o que temos estado a falar que aceitei o desafio de abraçar esta causa. Um desafio assente no acre-ditar que, neste momento, estão reunidas toda uma série de condições para agir-mos em conformidade com os objectivos traçados. Na altura, quando me fize-ram o convite para vir para a Câmara de Odemira, recordo que havia a questão do POLIS em cima da mesa; tinha o horizonte do PDM e o PROT que só agora vai para discussão pública, por isso é a altura ideal para podermos rever os nossos instrumentos de planea-mento. Ou seja, equacioná-los, repensá-los e podemos

fazer todo esse trabalho a várias escalas. Pretende-mos ter o nosso PDM, que nos irá vincular as nossas opções, que acabam por ser estratégicas. O PDM é, por excelência, um instrumento estratégico. Actualmente, o cenário existente é o ideal. Tenho que acreditar.

Litoral Alentejano – Quando me fala do sonho e do passar à realidade, não me está a falar só em dinheiro?- Não. Não estou a falar só em dinheiro porque uma das coisas em que acredito é que não há planeamento sem participação. Por isso estou a falar de sensibili-zação. Estou a falar, prin-cipalmente, em “ganhar as pessoas para esta causa”. Acredito, volto a dizer-lhe, na importância da mais-valia das pessoas tomarem consciência de melhorar o seu ambiente urbano e o seu património; terem o sentido de pertença. Nisso a partici-pação – sem dúvida – é fun-damental.

Olharmos para o território

pensando no seu ordenamento

é uma cultura recente

Litoral Alentejano – Acre-dita que as pessoas estejam mobilizadas para partici-parem?- Espero bem ter reunido estes mecanismos de partici-

pação no âmbito de revisão do PDM, por parte dos vários grupos, dos actores locais da sociedade civil porque, aí podemos ganhar - se calhar - mais e, aí também, a questão do dinheiro, na contratuali-zação com a sociedade civil, em prol de um bem comum. As pessoas não têm estado

alertadas para tudo isto. Temos que ver, do ponto de vista do ordenamento do território, foi sempre muito negligenciado ao longo dos tempos. Olharmos para o território pensando no seu ordenamento é uma cultura recente, mas é muito grati-ficante registar o interesse manifestado pela população. Começamos a nos aperceber que já há massa crítica. Isso é muito bom. É muito grati-ficante e é o que queremos fazer, a nível dos núcleos de que lhe referi. Como eu, acredito que as pessoas têm orgulho em morar neste Concelho. Neste momento é impor-tante passar à acção.

Litoral Alentejano - Como já é um comportamento

de alguma normalidade, os decisores políticos nem sempre terão possibilidade de cumprir algumas das promessas feitas nas cam-panhas eleitorais. Nesse sentido, no que diz respeito ao seu pelouro, diga-nos qual a tarefa que tem em mãos que considera a mais

complexa e que poderá vir a ficar hipotecada por falta de verba? - Poderá vir a ser o POLIS (que vem de Sines até Vila do Bispo) se, por exemplo, não evoluir como deseja-mos, mas quero acreditar que vai ser favorável. Temos os vários Municípios empe-nhadíssimos. Está no POLIS representado a Adminis-tração Central, através das ARH’s, ICN. Estou conven-cida que vai resultar. Acre-dito mesmo nisso, mas… pode acontecer por falta de verba, como referiu. Litoral Alentejano - E, qual é a tarefa que, objec-tivamente, terá de vir a ser cumprida?- A tarefa muito técnica, o PDM.

Devo dizer-lhe que as intervenções a nível da regeneração urbana são processos muito morosos e caros.

Têm que ser realizados de uma forma concertada.

Nota da Redacção

Encerramos nesta edição, a série de entrevistas que o Litoral Alentejano realizou, em que destacou os “novos rostos” da Vereação da Região - Concelhos de Setúbal, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, - não registando porém, a palavra de Carla Guerreiro e Carlos Rabaçal, vereadores da Câmara Municipal de Setúbal, uma vez que até ao fecho desta edição, não obtivemos resposta ao convite formulado.

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16Dias 1 e 8 de Maio

IX Jornadas Corais do Coral Harmonia

O Coral Harmonia dá início à nona edição das Jornadas Corais – Encontro de Coros hoje dia, 1 de Maio, em Santiago do Cacém na sua Sede, Sociedade Harmonia.No ano em que comemora 26 anos de existência, o Coral Harmonia, traz a Santiago do Cacém o Orfeão de Viseu e o Coral Canto e Encanto de Canas de Senhorim, pelas 21.30h, na sala de espectáculos da Sociedade Harmonia.No dia 8 de Maio, a imponente Igreja de Abela é o palco que recebe, pelas 21.30h o Coral Calçada Romana de Alqueidão da Serra e o Coral Harmonia que vai apresentar ao público abelense e não só, a sua última obra do compositor Lorenz Maierhofer, Missa Lúmen sendo para o efeito acompanhada pela Orquestra Lúmen de cordas.As Jornadas Corais têm por objectivo divulgar o trabalho dos coros, que já receberam o Coral Harmonia, e contribuir para o enriquecimento musical do público através da audição de arranjos musicais polifónicos.Este é o quarto ano que marca a descentralização das Jornadas Corais por freguesias do concelho. No ano de 2009 estendeu-se a sua realização a Alvalade, Abela e Santiago do Cacém.

Crianças de AlcácerParticipam na plantação de árvores de fruto

Os alunos da Escola Básica do 1º Ciclo do Morgadinho (EB1) e o executivo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal plantaram em conjunto duas árvores de fruto, uma laranjeira e uma nespereira, que vão crescer na área circundante àquele estabelecimento de ensino. As árvores foram plantadas no âmbito da campanha de promoção do consumo de fruta que o município está a levar a cabo nas escolas do 1º Ciclo do concelho, inserida no programa “Regime de Fruta Escolar”, apoiado pela União Europeia e que visa a distribuição de frutos e produtos hortícolas, simples ou transformados, ou dos seus derivados, às crianças nos estabelecimentos de ensino.Neste caso, a ideia é que as crianças sejam sensibilizadas para a importância da ingestão de fruta para o seu crescimento, à medida que vêem as árvores desenvolver-se e participam na sua manutenção. Paralelamente, estão previstas acções como a visualização de filmes e banda desenhada sobre o tema, a elaboração de um trabalho de pesquisa sobre a importân-cia da fruta na alimentação e o lançamento do passaporte da fruta, onde os alunos deverão carimbar cada peça ingerida. No final há prémios para os maiores “comilões” de frutos.Até ao final desta semana serão plantadas mais duas árvores por cada um dos seguintes estabelecimentos: EB1 nº 1 Telheiros; EB1 Açougues, EB1 Olival Queimado; EB1 Palma; EB1 Casebres; EB1 Carrasqueira; EB1 Comporta; EB1 Torrão e EB1 Rio de Moinhos.

MÚNICIPIO DE SINESCâmara Municipal

MÚNICIPIO DE SINESCâmara Municipal

EDITAL Nº 36/2010

CARMEM FRANCISCO, Vereadora da Câmara Municipal de Sines, com Competência Delegada: ------------------------------------------------------------------------------------------------------Nos termos do nº 2 do artigo 78º do Decreto-lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 60/2007 de 04 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Sines, emitiu em 07 de Abril de 2010, o aditamento nº 3 ao alvará de loteamento nº 02/1992, em nome de ANDRÉ JORGE MOURA PIRES, portador do número de contribuinte 220171386, que titula a aprovação da alteração à operação de loteamento e respectivas obras de Urbanização, que incidem sobre o prédio sito na Cerca do Meio, da freguesia de Porto Côvo, Concelho de Sines, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sines sob o nº 1801 livro B-6, folhas 53 (00080/270968 – Porto Côvo) e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 10º EE, da respectiva freguesia. -----------------------------------------------------------------------------------------As alterações ao loteamento, aprovadas por despacho de 09 de Março de 2010 da Excelentíssima Senhora Vereadora com competências delegadas, respeita o disposto no PDM e apresenta, de acordo com a planta que constitui o anexo I, ao presente Aditamento, Relativamente à alteração à operação de loteamento: --------------------------------------------------Nos lotes 42 e 48 é introduzido um piso em cave para fins não habitacionais. --------------------Lote 42 – Área do lote – 414,62 m2; Finalidade – Habitação; Área de construção – 207,31 m2; Pisos acima da cota de soleira – 02; Abaixo da cota de soleira – 01; número de fogos – 01; unidades comerciais – 00. --------------------------------------------------------------------------------------Lote 48 – Área do lote – 428,00 m2; Finalidade – Habitação; Área de construção – 214,00 m2; Pisos acima da cota de soleira – 02; Abaixo da cota de soleira – 01; número de fogos – 01; unidades comerciais – 00. --------------------------------------------------------------------------------------Em tudo o omisso se mantém o descrito no alvará de licenciamento de loteamento nº 2/1992, datado de 05 de Agosto de 1992. ---------------------------------------------------------------------------

Dado e passado para que sirva de titulo aos requerentes e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 60/2007 de 04 de Setembro. ----------------------------------------------------------------------------------------------

Paços do Município de Sines, 14 de Abril de 2010. --------------------------------------------------------

A Vereadora com Competência Delegada,

Carmem Francisco

AVISO Nº 37/2010

CARMEM FRANCISCO, Vereadora da Câmara Municipal de Sines, com Competência Delegada: ------------------------------------------------------------------------------------------------------Nos termos do nº 2 do artigo 78º do Decreto-lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 60/2007 de 04 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Sines, emitiu em 07 de Abril de 2010, o aditamento nº 3 ao alvará de loteamento nº 02/1992, em nome de ANDRÉ JORGE MOURA PIRES, portador do número de contribuinte 220171386, que titula a aprovação da alteração à operação de loteamento e respectivas obras de Urbanização, que incidem sobre o prédio sito na Cerca do Meio, da freguesia de Porto Côvo, Concelho de Sines, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sines sob o nº 1801 livro B-6, folhas 53 (00080/270968 – Porto Côvo) e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 10º EE, da respectiva freguesia. As alterações ao loteamento, aprovadas por despacho de 09 de Março de 2010 da Excelentíssima Senhora Vereadora com competências delegadas, respeita o disposto no PDM e apresenta, de acordo com a planta que constitui o anexo I, ao presente Aditamento, Relativamente à alteração à operação de loteamento: --------------------------------------------------Nos lotes 42 e 48 é introduzido um piso em cave para fins não habitacionais. --------------------Lote 42 – Área do lote – 414,62 m2; Finalidade – Habitação; Área de construção – 207,31 m2; Pisos acima da cota de soleira – 02; Abaixo da cota de soleira – 01; número de fogos – 01; unidades comerciais – 00. --------------------------------------------------------------------------------------Lote 48 – Área do lote – 428,00 m2; Finalidade – Habitação; Área de construção – 214,00 m2; Pisos acima da cota de soleira – 02; Abaixo da cota de soleira – 01; número de fogos – 01; unidades comerciais – 00. --------------------------------------------------------------------------------------Em tudo o omisso se mantém o descrito no alvará de licenciamento de loteamento nº 2/1992, datado de 05 de Agosto de 1992. ------------------------------------------------------------------------------

Dado e passado para que sirva de titulo aos requerentes e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 60/2007 de 04 de Setembro. ----------------------------------------------------------------------------------------------

Paços do Município de Sines, 14 de Abril de 2010. --------------------------------------------------------

A Vereadora Competência Delegada,

Carmem Francisco

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17Dalila Araújo visitou instalações do SEF

Distrito de Setúbal é o 3º em concentração de imigrantesA Secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, visitou, no passado dia 22, as instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Distrito de Setúbal, nomeadamente o Posto de Fronteira Marítima do Porto de Sines, o balcão de atendimento da Loja do Cidadão de Setúbal, a Dele-gação Regional de Setúbal e o Posto de Fronteira Marí-tima do Porto de Setúbal.Depois da visita à Delegação Regional de Setúbal, Dalila Araújo, acompanhada pelo Governador Civil, Manuel Malheiros, pelo Director Nacional do SEF, Jarmela Palos, pelo coordenador e pelos sub-directores nacio-nais adjuntos e as estruturas regionais, teve oportunidade de inteirar-se sobre a acti-vidade operacional desen-volvida pela delegação e conhecer a caracterização da comunidade estrangeira residente no distrito.De acordo com os dados apresentados, Setúbal é o terceiro distrito com maior concentração de imigrantes, com cerca de 49 mil cida-dãos estrangeiros a residir na região, sobretudo vindos do Brasil, Cabo Verde, Angola, Ucrânia e Moldávia.Em termos de actividades profissionais, os cidadãos estrangeiros residentes no Distrito trabalham, na sua maioria, na construção civil, restauração, comércio e ser-viço doméstico e no comér-cio a retalho.

Em 2009, a Delegação Regional de Setúbal atendeu um total de 75 mil cidadãos e realizou 586 fiscalizações e 173 detenções. No âmbito da visita, a Secre-tária de Estado explicou que a política do Governo para a emigração assenta em três pilares fundamentais: a regularização dos cidadãos estrangeiros, a sua integra-ção e o combate à crimina-lidade associada ao apoio à emigração ilegal.No que diz respeito à regu-larização dos cidadãos estrangeiros existem várias medidas, nomeadamente: “melhorar o atendimento, facilitar o acesso do cida-

dão ao SEF, ao nível do atendimento em diversas línguas”, numa dimensão que, de acordo com a gover-nante, “humaniza a rela-

ção do cidadão estrangeiro com o País”.Outros mecanismos que facilitam a regularização dos cidadãos estrangeiros são o “SEF vai à Escola” e o “SEF em Movimento”, que invertem o processo de atendimento. “Não é o cida-dão que vem ao SEF, mas o SEF que vai ao encontro do cidadão. Essa é a nossa primeira prioridade: não ter cidadãos estrangeiros sem documentos em Por-tugal”, afirmou.

O pilar da integração é uma política transversal no Governo. “Essa medida concretiza-se ao nível na educação. Qualquer filho de cidadão estrangeiro, independentemente da cir-cunstância documental dos pais, está na escola, tem acesso à saúde e aos servi-ços públicos”, esclareceu.O terceiro pilar é o combate à criminalidade associada ao apoio à emigração ilegal. “Neste aspecto temos uma acção forte, consis-tente e que se transcreve num aumento da activi-dade operacional do SEF, também, no Distrito. O nosso ordenamento jurí-

dico criminalizou o apoio à emigração ilegal ao nível das entidades emprega-doras. No passado, numa acção de SEF quem era

penalizado era o cidadão estrangeiro, hoje não é assim. É à entidade empre-gadora que levantados processos de contra-orde-nações com coimas eleva-das e processos-crime, por apoio à emigração ilegal e ao tráfego de seres huma-nos. Aí o SEF tem vindo a desenvolver uma política acertada e consistente em acções que denominamos Operações de Grande Impacto ou operações con-certadas com outras forças de segurança”.

Ao nível do atendimento, a Secretária de Estado da Administração Interna revelou que se está a tentar encontrar, em cooperação com a Câmara Municipal, um local para instalar um posto de atendimento em Almada. “Para descon-centrar e facilitar a vida ao cidadão que mora em Almada”, e que pode cobrir, também, os concelhos do Seixal, Montijo e Barreiro. “Esse é o nosso grande objectivo”, anunciou.

Outro dos projectos em desenvolvimento é a cria-ção, no Porto de Sesimbra,

de um Posto de Fronteira Marítimo.“O Porto de Sesimbra, sendo um porto de pesca, mas com importantes

rotas para Marrocos, é importante criar um Posto de Fronteira Marítimo, um sistema de controlo, à semelhança do que o SEF já tem e que tem uma solu-ção mista, através de uma aplicação tecnológica, e que permite ao SEF saber

que embarcações chegam, quem lá vem dentro, iden-tificar a tripulação e fazer uma chamada quando é necessário estar presente no próprio posto de fron-teira. Este é o modelo exis-tente em diversos Postos de Fronteira”, disse.

Visita ao Porto

de Sines

A integração do Cartão Único Portuário com a Janela Única Portuária foi um dos aspectos relevantes desta visita.

Dalila Araújo, esteve neste mesmo dia no Porto de Sines, numa visita que coincidiu com a celebração de três anos após a abertura, no Porto de Sines, do Posto de Fronteira Marítima (PF205) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A recepção teve lugar no edifício sede da Administração do Porto de Sines, recebida por Duarte Lynce de Faria, que realçou a importância que as várias vertentes da segurança têm no Porto de Sines, assim como

a excelente colaboração do SEF com toda a Comunidade Portuária, com particular importância nos aspectos de simplificação e desenvolvimento de soluções tecnológicas para o porto.

De seguida, o Director Central de Fronteiras, Inspector Luís Gouveia, apresentou os principais indicadores do Posto de Fronteira Marítima do Porto de Sines nos seus primeiros três anos de funcionamento, com especial destaque para o funcionamento da JUP – Janela Única Portuária e do CUP – Cartão Único Portuário, sistemas completamente integrados e que se constituem como ferramentas da maior importância para as funções do SEF, como por exemplo no que respeita às autorizações dos tripulantes e passageiros dos navios, e todas as autorizações de acesso à zona internacional do Porto de Sines.

Após esta apresentação, a delegação visitou as instalações do SEF em Sines, que estão localizadas no Edifício do Porto de Recreio.

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Anúncio – Consulta PúblicaAvaliação de Impacte Ambiental

Projecto: Empreendimentos Turísticos da Herdade da AlápegaProponente: Logoalápega, Lda.Licenciador: Câmara Municipal de Alcácer do Sal O projecto acima mencionado está sujeito a um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, conforme estabelecido na alínea c) do n.º 12 do Anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro.Este projecto localiza-se na freguesia de Santa Susana, pertencente ao concelho de Alcácer do Sal.Nos termos e para efeitos do preceituado nos n.os 1 e 2 do art.º 14.º e nos art.os 22.º, 23.º, 24.º, 25.º e 26.º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, enquanto Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental, informa que o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, se encontra disponível para Consulta Pública, durante 25 dias úteis, de 8 de Abril a 12 de Maio de 2010, nos seguintes locais:

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do AlentejoAv. Engº Arantes e Oliveira, n.º 193 7004-514 ÉvoraAgência Portuguesa do AmbienteRua da Murgueira, 9/9A – Zambujal 2611 – 865 AmadoraCâmara Municipal de Alcácer do SalPraça Pedro Nunes, 7580 - 125 Alcácer do Sal

O Resumo Não Técnico pode ainda ser consultado na Junta de Freguesia de Santa Susana, encontrando-se também disponível na Internet (www.ccdr-a.gov.pt).No âmbito do processo de Consulta Pública, serão consideradas e apreciadas todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito, desde que relacionadas especificamente com o projecto em avaliação. Essas exposições deverão ser dirigidas à Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo até à data do termo da Consulta Pública.O licenciamento do projecto só poderá ser concedido após Declaração de Impacte Ambiental Favorável ou Condicionalmente Favorável, emitida pelo Senhor Secretário de Estado do Ambiente, ou decorrido o prazo para a sua emissão.

A Declaração de Impacte Ambiental deverá ser emitida até 02/08/2010.Évora, 29 de Março de 2010,

A Vice-PresidenteLina Jan

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOCOMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11Carta Dominante: O Papa, que significa Sabedoria

Amor: A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar.Saúde: Tendência para dores nas pernas.

Dinheiro: Pode agora investir.Número da Sorte: 5

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12Carta Dominante: 2 de Copas, que significa AmorAmor: Deixe que as pessoas se aproximem de si.Saúde: A sua saúde será o espelho das suas emoções. Dinheiro: Período favorável. Cristal Protector: Calcita Laranja, é benéfico no tratamento de problemas digestivos.Número da Sorte: 38

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13Carta Dominante: 5 de Espadas, que significa Avareza

Amor: Só erra quem está a aprender a fazer as coisas da maneira certa!Saúde: Faça alguns exercícios físicos mesmo em sua casa.

Dinheiro: Não deixe para amanhã aquilo que pode fazer hoje.Cristal Protector: Madeira Petrificada, activa a circulação sanguínea.

Número da Sorte: 55

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14Carta Dominante: A Roda da Fortuna, que significa Sorte.Amor: Que a sua Estrela-Guia brilhe eternamente!Saúde: Consulte o seu médico. Dinheiro: Seja diligente e poderá conseguir uma promoção.Cristal Protector: Jade, afasta as energias negativas.Número da Sorte: 10

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação Difícil

Amor: Aprenda a aceitar-se na sua globalidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem!Saúde: Cuidado com a linha.

Dinheiro: Efectuará bons negócios.Cristal Protector: Quartzo Verde, equilibra as emoções e transmite força de vontade.

Número da Sorte: 29Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16Carta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.Amor: Que os seus desejos se realizem!Saúde: Cuidado com os excessos alimentares.Dinheiro: Não se envolva num novo empréstimo.Cristal Protector: Ametista, desenvolve a intuição.Número da Sorte: 47

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Inesperada.

Amor: Tanto a tristeza como a alegria são hábitos que pode educar, cabe-lhe a si escolher.Saúde: A sua energia vital está bastante alta.

Dinheiro: Poderão surgir algumas dificuldades económicas.Cristal Protector: Cornalina, facilita a comunicação entre as pessoas.

Número da Sorte: 34

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18Carta Dominante: O Mágico, que significa Habilidade.Amor: Seja verdadeiro, a verdade é eterna e a mentira dura apenas algum tempo.Saúde: Estará em boa forma.Dinheiro: Poderá ter um aumento no seu ordenado.Cristal Protector: Pedra do Sol, reforça a auto-estima.Número da Sorte: 1

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.

Amor: Que a juventude de espírito o faça ter o mais belo sorriso!Saúde: Não se deixe abater com uma dor insignificante.

Dinheiro: Seja mais exigente consigo.Cristal Protector: Ágata, equilibra a mente e o espírito e combate a ansiedade.

Número da Sorte: 52

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Inesperada.Amor: Seja caridoso, a caridade é um bem incalculável que o fará sentir-se em paz consigo e com o Mundo que o rodeia.Saúde: A sua energia vital está em alta.Dinheiro: Poderão surgir algumas dificuldades.Cristal Protector: Quartzo Rosa, promove o amor e a harmonia entre as pessoas.Número da Sorte: 34

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21Carta Dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas.

Amor: Aproveite a boa disposição que vos está a invadir. Você merece ser feliz!Saúde: Andará um pouco em baixo de forma, faça ginástica.

Dinheiro: Se pretende comprar casa esta é uma boa altura.Cristal Protector: Olho-de-Tigre, fortalece os músculos e transmite equilíbrio.

Número da Sorte: 15Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22Carta Dominante: O Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida.Amor: Que a determinação e a Luz estejam sempre consigo!Saúde: A sua auto-estima anda muito em baixo, anime-se. Dinheiro: Boa altura financeira, mas com cuidado que a vida está difícil.Cristal Protector: Quartzo Transparente, favorece o equilíbrio emocional, físico e mental.Número da Sorte: 20

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www.jornallitoralalentejano.comDizem os pescadores do Sudoeste Alentejano: “O Governo mentiu”, afirmando que “a lei da Pesca terá que

mudar”, mas não estão sozinhos na rejeição do Plano de Ordenamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Todos dizem NÃO ao Plano de Ordenamento do Parque Segundo os pescadores do Costa Alentejana e Vicentina, “O Governo prometeu rever as leis anti populares e dis-criminatórias que regulam a pesca lúdica. Prometeu sim, mas não cumpriu”. Segundo os pescadores “Essas promes-sas foram feitas pelo Sr. Pri-meiro-ministro, na sua visita à Costa Vicentina - durante a campanha eleitoral - e con-firmadas oficialmente - por ofício - que, a seguir, recebe-mos do seu assessor para as questões ambientais”.Contrariando o prometido, “o que assistimos é a um reforço do policiamento e das multas sobre os pescadores e maris-cadores, a que acresce a imposição de um plano para a orla costeira que nos espo-lia dos nossos direitos na terra e no mar e faz de nós uma reserva de Índios!”Por isso, as Comissões de Pescadores e População do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apelaram à partici-pação de todos os habitantes, homens e mulheres, clubes recreativos e autarquias, para que, em todas as iniciativas que tiveram lugar, para se soli-darizarem com os pescadores e mariscadores de outras regi-ões do país. Neste sentido, as Comissões de Pescadores e População da Costa Alente-jana e Vicentina organiza-ram na Região (nos Bombei-ros Voluntários, no passado dia 16 de Abril às 20h 30m e em Odemira), onde fizeram ouvir a sua voz dizendo que é Plano do Parque naquela data em discussão, era um “ Plano de Morte das nossas locali-dades, das nossas tradições, das nossas profissões, como comerciantes, como pescado-res ou mariscadores.”, infor-mando que., o Governo, “em vez de um plano de apoio ao desenvolvimento local e des-centralizado - o único capaz de proteger a natureza - ela-borou um plano ao serviço dos interesses ‘vampirescos’ dos grandes grupos econó-micos”.

Pescadores apresentaram

Legislação alternativa

As Associações de Pescado-res e as Populações da Costa Vicentina saudaram as deci-sões tomadas nas Assembleias Municipais, de rejeição do “Plano de Morte Lenta”e, informam também que elabo-raram uma legislação alter-nativa para a pesca lúdica, que

puseram à consideração dos habitantes, com a finalidade de ser aprovada – após consenso – em todas as Assembleias Municipais, concelho por con-celho da Região. Os pescadores, reunidos em associações, perguntaram ao Secretário de Estado Hum-berto Rosa, esclarecendo primeiro que não conseguem compreender o seu interesses defende uma lei que:1 – Mantém a costa deserta à noite. 2 - Que estipula um defeso só para pescadores de cana mas para barcos não. 3 – Que à quarta-feira per-mite a uns pescar e outros não. Isto, quando já exis-tem zonas onde é interdita a pesca todos os dias. 4 – Que estraga as férias dos pescadores não residentes ao impedi-los de exercer acti-vidades lúdicas que sempre fizeram na nossa costa e mata com isso as nossas loca-lidades. A legislação poderia variar de zona para a zona, mas terá que ser aplicada de forma igual a todos os portu-gueses. 5 – Que está cheia de erros técnicos. 6 - Que estipula quantidades ridículas de marisco e destrói o convívio.

E, deixam recadoao Secretário de

Estado

Os pescadores deixam um recado ao Secretário de Estado,

com o seguinte teor: “Sr. Hum-berto Rosa, o senhor prova-velmente nasceu em berço de ouro, nunca irá compreender a satisfação que um velhote - que recebe a reforma mínima - tem em apanhar um pol-vinho na maré e chegar ao clube recreativo ou ao tasco, desfrutar esse petisco numa roda de amigos onde os dou-tores e os engenheiros - como o senhor - são tratados por tu. É esse convívio que as multi-nacionais da comida plástica e seus capatazes políticos pre-tendem destruir”, afirmam para concluir que “Protecção da Natureza sim. Desenvol-vimento Local Sempre. Vam-piros sobre a Costa Nunca. Acesso Livre à Natureza para todos os Portugue-ses, manifestando-se contra as directrizes do Plano do Parque”, citamos.

Câmara Municipal de Sines

aprova parecer desfavorável aoPO do PNSACV

Entretanto, a Câmara Muni-cipal de Sines, em reunião de Câmara do passado dia 15 de Abril de 2010, aprovou por unanimidade, um parecer desfavorável à proposta do Plano de Ordenamento (PO) do Parque Natural do Sudo-este Alentejano e Costa Vicen-tina (PNSACV), no momento em que ainda se encontrava em discussão pública, que termi-

nou hoje, dia 30 de Abril, afir-mando que, o plano “irá criar inúmeras dificuldades na sua aplicação, complicando a gestão urbanística e levando ao abandono das activida-des que suportam a riqueza natural da Região”.O documento aprovado pela Câmara Municipal de Sines pormenoriza todos os pontos que a Autarquia considera lesi-vos e não deixa ainda de refe-rir-se ao facto de “adicional-mente considerar que deve-ria ser revista a possibilidade da ampliação das edificações destinadas à instalação de empreendimentos turísticos, bem como a instalação de empreendimentos viáveis do ponto de vista da sua explo-ração económica, possibili-tando-se sempre a ampliação para uma área mínima de 200m2, independentemente da área existente”.Nesse sentido, explica ainda que “A planta de condicionan-tes do plano também merece o desacordo do Município, já que nem toda a Reserva Agrí-cola Nacional – e que consta do Plano Director Municipal de Sines – se encontra trans-posta, verifica-se a existência de solos classificados como Reserva Ecológica Nacional, cruzando os parques de cam-pismo São Torpes e Ilha do Pessegueiro, a área de juris-dição do porto de Sines não abrange o parque natural, e não existe nenhuma estrada regional no concelho de Sines dentro do parque natural”.A Autarquia Sineense critica ainda “o relatório ambien-

tal, por não identificar os eventuais efeitos significati-vos no ambiente decorrentes da aplicação do plano e as medidas destinas a prevenir e eliminar quaisquer efeitos adversos significativos, e por ser completamente omisso quanto à monitorização do plano”.

Os membros da Assembleia Municipal

de Odemira eleitos pela CDU,fazem uma

“Declaração Política”

Depois dos pescadores e das 3 Câmaras do Sudoeste Alen-tejano a que se junta agora a Câmara Municipal de Sines, juntam-se agora, os membros da CDU da Assembleia Muni-cipal de Odemira, que fizeram uma “Declaração política” com data de 14 de Abril de 2010 sobre o Plano em discus-são do Parque do Sudoeste e Costa Vicentina. Documento esse que foi enviado às autori-dades políticas Nacionais, aos partidos políticos com assento na Assembleia da República e aos órgãos de comunicação social regionais e locais.O documento começa por afir-mar que “Os documentos do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (no momento em que esta em discussão pública), merecem um conjunto de considera-

ções, partindo da análise da análise concreta da realidade local, da vivência das popula-ções e, na perspectiva estra-tégica e sustentável para o desenvolvimento económico e cultural da região”.Afirmando que “no essencial, o Governo PS, que neste 15 anos decorridos desde a criação do PNSACV geriu, durante mais de 10 anos, esta Área protegida que, ou quase nada se fez e se preocupou, vem agora com esta proposta continuar a insistir numa política de afrontar a popula-ção e de imposição de regras e ‘proibições’ sem que apre-sente qualquer fundamenta-ção técnica e científica, como por lei estava obrigado”.Detalhando os vários aspectos que sustentam as críticas que o documento detalha, a encerrar, aquele documento refere que: “Passados mais de 4 anos da divulgação dos primei-ros documentos e projectos de regulamentos do Parque, pode afirmar-se que, pesem embora ligeiras melhorias, mantém-se a linha central da política de isolamento das populações e de fundamenta-lismos insustentados, fazendo recair sobre os habitantes do Parque os custos da preser-vação da natureza, enquanto o Estado continua sem cum-prir o seu papel, retirando-se do território e da sua acti-vidade fiscalizadora, estra-tégia de que é ilustrativa da política de privatização da gestão das áreas protegidas, a retirada dos Vigilantes da Natureza e Guarda-Rios do terreno e a flagrante falta de meios do ICNB para fazer cumprir uma verdadeira política de valorização dos recursos naturais”.

A encerrar

Para que conste: Esclare-cemos que os conteúdos das intervenções públicas que tive-ram lugar quanto ao Plano de Ordenamento do Parque do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina que chegaram à nossa redacção, foram - deta-lhadamente - críticas em rela-ção a esse documento. Escla-recemos ainda que, enquanto meio de comunicação social, não tivemos conhecimento da existência de um só docu-mento de apreciação positiva, referente ao Plano de Ordena-mento do Parque do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que esteve em discussão até hoje, dia 30 de Abril de 2010.