jornal entreposto | setembro de 2013

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 160 | setembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br PÁGINA 20 PÁGINA 8 PÁGINA 18 Rotulagem | Qualidade | Identificação | Frutas Legumes Verduras Diversos 4,51 % 5,59% -2,25% --1,37% 1,37 % Alta Alta Alta Baixa Baixa Alta Índice Ceagesp - agosto 2013 Geral 3,39 % Pescado Levantamento da Secretaria da Agricultura comparou dados dos últimos 11 anos PÁGINA 13 PÁGINA 17 CQH | Artigo | Negócio | Defesa | PÁGINA 12 PÁGINA 26 PÁGINA 16 PÁGINAS 4 a 7 PAULO FERNANDO Apesar da redução de 31% da área de plantio, a pro- dução de milho cresceu no estado de São Paulo. Na Ce- agesp, o milho verde é o ter- ceiro produto mais vendido no setor de verduras. Produção de milho cresce 12% em SP Entreposto intensifica o controle na portaria e notifica motoristas e destinatários Pesquisa aponta teor de vitamina K nas hortaliças O Jornal Entreposto – que há 14 anos publi- ca as principais nocias do mercado de hor- frugranjeiros, flores e pescados – firmou parceria com o jornal da Ceagesp. A parr de outubro, o novo periódico da companhia passará a circular junto com o JE, levando mais informação à imensa cadeia de negó- cios formada por produtores, atacadistas e varejistas. Parabéns à Ceagesp pela iniciava. Chef Ivair comanda fesval de peixes e frutos do mar na Ceagesp Pratos são servidos de quarta a domingo no ETSP. Levantamento aponta que o mercado não aproveita os benefícios da paletização Workshop promovido pela GS1 Brasil discute rastreabilidade de FLV Comércio exterior da floricultura brasileira no primeiro semestre Mercedes-Benz inaugura loja de caminhões seminovos 32ª Expoflora PÁGINA 10 Chuva de pétalas de rosas é a principal atração Ação busca evitar a entrada de novas pragas agrícolas Parceria com a Ceagesp SelecTrucks comercializa todas as marcas e modelos e garante procedência

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 160 | setembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 20PÁGINA 8 PÁGINA 18 Rotulagem | Qualidade | Identificação |

Frutas Legumes Verduras Diversos4,51 % 5,59% -2,25% --1,37% 1,37 %AltaAlta Alta Baixa Baixa Alta

Índice Ceagesp - agosto 2013

Geral3,39 %

Pescado

Levantamento da Secretaria da Agricultura comparou dados dos últimos 11 anos

PÁGINA 13

PÁGINA 17CQH |

Artigo |

Negócio |

Defesa |

PÁGINA 12

PÁGINA 26

PÁGINA 16

PÁGINAS 4 a 7

PAULO FERNANDO

Apesar da redução de 31% da área de plantio, a pro-dução de milho cresceu no estado de São Paulo. Na Ce-agesp, o milho verde é o ter-ceiro produto mais vendido no setor de verduras.

Produção de milho cresce 12% em SP

Entreposto intensifica o controle na portaria e notifica motoristas e destinatários

Pesquisa aponta teor de vitamina K nas hortaliças

O Jornal Entreposto – que há 14 anos publi-ca as principais notícias do mercado de hor-tifrutigranjeiros, flores e pescados – firmou parceria com o jornal da Ceagesp. A partir de outubro, o novo periódico da companhia passará a circular junto com o JE, levando mais informação à imensa cadeia de negó-cios formada por produtores, atacadistas e varejistas. Parabéns à Ceagesp pela iniciativa.

Chef Ivair comanda festival de peixes e frutos do mar na CeagespPratos são servidos de quarta a domingo no ETSP.

Levantamento aponta que o mercado não aproveita os benefícios da paletização

Workshop promovido pela GS1 Brasil discute rastreabilidade de FLV

Comércio exterior da floricultura brasileira no primeiro semestre

Mercedes-Benz inaugura loja de caminhões seminovos

32ª Expoflora

PÁGINA 10

Chuva de pétalas de rosas é a principal atração

Ação busca evitar a entrada de novas pragas agrícolas

Parceria com a Ceagesp

SelecTrucks comercializa todas as marcas e modelos e garante procedência

Page 2: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

02 Homenagem JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

O DONO do celeiro

O cenário atual aponta que o Brasil será o maior país agrícola do mundo em dez anos. O agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotiva da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país.

E para uma demanda maior a cada dia, surge um agricultor cada vez melhor para enfrentar os desafios biológicos, climáticos, ambientais e econômicos.

agricultor brasileiro

O Brasil é o celeiro do mundo. Aqui, em se plantando, Para alcançarmos resultados satisfatórios para os tudo dá. Essas máximas são velhas conhecidas mas, brasileiros e para população mundial de um modo num mundo que precisa cada vez mais de alimento geral, o agricultor é nossa principal esperança.para manter uma população crescente, elas podem ser revitalizadas. O Brasil, como um dos maiores países em Para ser agricultor é preciso gostar, ter a vocação, que extensão de terra do globo, deverá ocupar lugar de para muitos vem desde a infância. É preciso ter amor destaque nessa realidade. pelo campo e respeito ao meio ambiente para

produzir o que há de mais sagrado para a humanidade. As previsões internacionais sobre o crescimento Apaixonados pela prazerosa atividade, os agricultores populacional apontam que seremos entre 9 e 11 enfrentam os diferentes cenários de mercado e clima, bilhões de pessoas no planeta até 2050. No entanto, enfrentam a cada ano um novo desafio.para acompanhar tal aumento, o mundo deverá produzir 60% mais alimentos do que produz hoje, É por nossa admiração e reconhecimento que segundo especialistas. O crescimento da demanda por homenageamos a todos os agricultores do País.alimento não será apenas quantitativo, mas qualitativo.

no dia da agricultura,PARABÉNS a você, AGRICULTOR!

21 DE SETEMBRO - DIA DA AGRICULTURA

Page 3: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 03Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

04 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Tiago de OliveiraCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

ROTULAGEM

Parece pouco provável nos dias de hoje, que alguém entre num supermercado e procure por refrigerante de cola, palha de aço, amido de milho, iogur-te de morango, hastes flexíveis, ou curativo adesivo. Esses pro-dutos são conhecidos pela sua marca, que passaram a ser re-ferência de mercado, mesmo que você leve outra marca, sua denominação do produto será a marca, pela qual o produto fi-cou conhecido. É comum ouvir em mercados a frase antagô-nica: “ Vou comprar um Bom-bril® da Assolan® “ Porque a marca Bombril passou a ser ‘si-nônimo’ de palha de aço.

A construção de uma marca forte separa os vitoriosos dos derrotados na guerra comer-cial entre as empresas. A marca cria uma relação forte, estável

A identidade do milho verdee de longa duração entre a em-presa e o seu cliente. O consu-midor é leal aos produtos da marca da empresa, que atende às suas expectativas. No mundo das frutas e hortaliças frescas existem ainda poucas marcas conhecidas - o melão ‘redinha’ é um bom exemplo de sucesso.

O Programa de Rotulagem levou alguns produtores, mes-mo com grande dificuldade adotarem a rotulagem. O mi-lho verde é um ótimo exemplo, com sua perecibilidade e logís-tica extremamente complexa. O milho verde é colhido de ma-drugada e ensacado no próprio local de produção.

Ele tem que chegar muito fresco e o mais cedo possível à Ceagesp.

Muitos produtores e emba-ladores de milho verde ainda resistem e não adotam a rotula-gem. Alguns agricultores e ata-cadistas viram no rótulo o pri-meiro passo para a construção

de sua marca, de diferenciação do seu produto e de criação de um vínculo de confiança com o seu cliente.

Vai chegar a hora em que os clientes passarão a pedir a mar-ca no lugar de Milho Verde.

A construção de uma

marca exige:

• 1. A definição dos atributos do produto que a marca garante para os seus consumidores – as expectativas que os consumi-dores podem ter a respeito do produto

• 2. O cumprimento do prome-tido

• 3. Garantia e estabilidade de oferta

• 4. Garantia e estabilidade de qualidade

• 5. A eterna vigilância

A tarefa de construção de uma marca não é fácil. Entre-tanto, quem tem produtos di-ferenciados, não pode simples-mente embalar seus produtos como os demais concorrentes. Todo o seu esforço será per-dido, pela dificuldade de dife-renciação pelo cliente. A rotu-lagem é o primeiro passo para a diferenciação. Ele permite o reconhecimento do produto

nos pontos de venda pelo con-sumidor. O consumidor passa a demandar o produto daquele fornecedor. A rotulagem é obri-gatória e é o primeiro passo para a rastreabilidade, tão exi-gida pelos órgãos de vigilância sanitária que estão responsabi-lizando os varejistas pela segu-rança alimentar dos produtos que eles não conseguem identi-ficar a origem.

Page 5: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 05QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Anita de Souza Dias Gutierrez e Cláudio InforzatoFanale

Idalina Lopes RochaCentro de Qualidade em

Horticultura da Ceagesp

COMERCIALIZAÇÃO DADOS

A comparação dos volumes e dos preços de milho verde comercializados na Ceagesp ao longo dos últimos anos é possí-vel utilizando dos dados do Sis-tema de Informação da Ceagesp – Entrada e Cotação de Preços.

É interessante notar que o volume só cresceu 1% quando

Aqui estão mais algumas informações sobre a comercialização de milho verde na Ceagesp em 2012:

• 85 diferentes municípios enviaram milho verde para a Ceagesp (48.017 toneladas) – 11 respondem por 80% do vo-lume, 4 por 56%

• Capela do Alto, São Miguel Arcanjo,Casa branca, Pilar do Sul, Itapetininga, Capão Boni-to, Araçoiaba da Serra, Sarapuí, Buri, Guaíra e Alambari

• 4 diferentes estados envia-ram milho verde para a Ceagesp – mais de 99,9% do Estado de São Paulo, seguido pro Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.

• O milho verde foi enviado para 105 atacadistas, sendo 4 atacadistas responsáveis por 50% do volume, 8 por 80% e os 3 primeiros por 43%.

• A entrada de milho verde é registrada 6 dias por semana. A segunda-feira é o dia de maior entrada com 25% do volume, seguida pelos outros dias da semana com participação entre 16 a 17% por dia e pelo sábado com 9%.

• Entraram 7.614 cargas de milho verde em 2012.

• Os dez maiores atacadis-tas recebem milho verde de 27 a 10 municípios diferentes, cada um.

• A Ceagesp registra e os preços e a entrada de 52 produ-tos no Setor de Verduras.

• O repolho, a alface e o mi-lho verde são os produtos de maior volume com respectiva-mente 22%, 22% e 21% do vo-lume total de verduras.

O milho verde na Ceagespcomparamos 2012 e 2002 – de 47.356 para 48.017 toneladas.

O gráfico mostra a variação % de volume e preço em relação ao comportamento médio men-sal. Historicamente os meses do meio do ano são de oferta e pre-ços altos.

Os meses do início do ano

são os de preço mais baixo. A oferta cai a partir de agosto, chegando a a ser 20% menor que a média mensal em setem-bro, quando o preço chega a ser 20% maior que o preço médio anual. A instabilidade de preço é mais alta em agosto, compara-da aos outros meses.

O gráfico a seguir mostra o comportamento de volume e preço de 2012, que diferen-te dos outros anos apresentou queda de preço em julho e um pico mais acentuado de preço em outubro, diferente do com-portamento histórico.

-30

-20

-10

0

10

20

30

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Variação % média do preço e volume em relação ao comportamento médio do ano - de 2002 a 2012

Volume

Preço

0,5

0,55

0,6

0,65

0,7

0,75

0,8

0,85

0,9

0,95

1

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

6.500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Volume e preço mensais de melho verde em 2012 na CEAGESP

Toneladas R$/kg

O Instituto de Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo levanta a área e a pro-dução de milho da época, mi-lho safrinha e milho irrigado. Não existe levantamento separado para milho verde. Alguns anos atrás o único milho irrigado era para a produção de milho verde. O primeiro de levantamento de milho irrigado foi 2001.

A área de plantio de mi-lho no Estado de São Paulo caiu 31% entre 2001 e 2012 – de 1.132 para 860 mil hec-tares. A produção cresceu 12% - de 4.258 para 4755 mil toneladas. A proporção entre os milhos da época, safrinha e irrigado, mudou muito.

Em 2001, 79% da produ-ção de milho era da época, 20% safrinha e 1% irriga-do. Em 2012 a proporção passou para 61, 28 e 11%. A produção de milho irrigado cresceu 641% e a área 80%, entre 2001 e 2012. Hoje a área de milho irrigado é de 41.829 hectares e a produ-ção 434.635 toneladas, uma produtividade média de 10 toneladas por hectare.

O número de municípios com milho irrigado cres-ceu de 15 em 2001 para 85 em 2012. Só 10 municípios que produziam milho irri-gado em 2001 permanece-ram produzindo em 2012. O maior produtor em 2012 (deste grupo de municípios) e o que mais cresceu foi Casa Branca, seguido por Guaira, Paranapanema, Itaí, Piraju, Manduri, Cardoso, Arealva, Colombia e Ipiguá.

Itaberá foi o maior muni-cípio produtor em 2012 com 120 mil toneladas, seguido por Casa Branca com 37.800 toneladas.

Área de plantio cai 31% em SPApesar da queda, produção cresceu 12% nos últimos 11 anos

Page 6: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

06 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Ilustrações: Bertoldo Borges FilhoCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Principais variedades de milho verde comecializadas na CeagespPRINCIPAIS VARIEDADES DE MILHO VERDE COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Ilust

raçõ

es:

Bert

old

o B

org

es

Filh

o

Variedades

Milho verde

Milho verde doce

Coloração da bráctea (palha)

Verde-clara

Verde-clara

Coloração do grão

Amarelo-clara

Amarelo-alaranjada

Sabor

Adocicado

Doce

Milho verde Milho verde doce

Morfologia

Estigma

Sabugo

Bráctea (palha)

Grão

Endosperma

Pericarpo

Pedúnculo

Gérmen

Uma grande parte da ali-mentação humana e de animais vem dos cereais. Os cereais são gramíneas, selecionadas ao longo de milhares de anos, para a produção de carboidratos. E outros nutrientes. Arroz, trigo, cevada, centeio, sorgo, aveia, triticale e milho são os cereais mais cultivados.

O milho é o único cereal importante originário do Novo Mundo, das Américas. O milho era a base de alimentação das civilizações mais avançadas do Novo Mundo – Maia, Asteca e Inca.

O milho sozinho não conse-gue se reproduzir. A planta de milho é totalmente domestica-da. Ela foi selecionada a partir do teosinte.

O México é considerado como o centro de origem do milho e preserva a diversidade genética dos seus diferentes formatos, cores, características morfológicas e nutricionais.

No nossa vida diária con-sumimos muitos produtos fei-tos de milho como os cereais matinais, o óleo, a farinha de milho, amido de milho, fubá, o biju, e muitos produtos animais a base de milho como carne de frango, porco, peixe (aquicul-

O cereal milho

PRINCIPAIS VARIEDADES DE MILHO VERDE COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Ilust

raçõ

es:

Bert

old

o B

org

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Filh

o

Variedades

Milho verde

Milho verde doce

Coloração da bráctea (palha)

Verde-clara

Verde-clara

Coloração do grão

Amarelo-clara

Amarelo-alaranjada

Sabor

Adocicado

Doce

Milho verde Milho verde doce

Morfologia

Estigma

Sabugo

Bráctea (palha)

Grão

Endosperma

Pericarpo

Pedúnculo

Gérmen

tura), boi. Aqui estão algumas ilustrações dos tipos de milho e da evolução do milho a partir do Teosinte.

O milho verde é uma horta-liça. O seu tempo de produção é curto - 90 dias no verão e de 100 dias no inverno e a sua pe-recibilidade muito alta. O local de produção deve estar situado o mais próximo possível dos centros consumidores.

Os cultivares de milho des-tinados ao consumo em estado verde devem ter: grãos denta-dos amarelos, espigas grandes e cilíndricas, bem empalhadas, sabugo branco, boa granação e pericarpo fino com longo perí-odo de colheita e ainda apre-sentar também boa resistência às pragas que atacam as espi-gas.

O milho verde faz parte da culinária brasileira: milho ver-de cozido e assado, curau, pa-monha, suco, bolo de fubá, etc.. As variedades mais comuns de milho têm em torno de 3% de açúcar e entre 60% e 70% de amido.

O milho doce é um tipo es-pecial de milho. O seu grão pos-sui elevado teor de açúcar na época da colheita como milho verde. O milho doce tem, além

do sabor adocicado, película de grão mais fina, sendo por isso mais macio e de melhor quali-dade para consumo “in natura” ou enlatado na forma de con-serva. O caráter doce no milho deve-se a uma mutação que, quando presente, resulta no bloqueio da conversão de açú-cares em amido no endosper-ma. É improvável que o milho doce tenha ocorrido na natu-reza como uma raça selvagem, similarmente aos outros tipos de milho.

Ele pode ser considerado como produto de mutação se-guida de domesticação, pois uma nova fonte de açúcar pro-vavelmente não seria ignorada pelas tribos indígenas de vá-rias regiões da América do Sul, que passaram a utilizar o mi-lho doce como fonte de açúcar. A característica “maior teor de açúcar” inviabiliza o pro-cessamento de alguns pratos, como o curau e a pamonha, por exemplo, por causa do teor de amido.

O milho doce tem de 9% a 14% de açúcar e de 30% a 35% de amido e o superdoce tem em torno de 25% de açúcar e de 15% a 25% de amido (EM-BRAPA).

Page 7: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 07MercadoUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

QUALIDADEVARIEDADE

A atacadista FPV, sediada há mais de 25 anos na Ceagesp, conhece bem as oscilações do mercado de hortifrutícolas e, por isso, está sempre a procura de alternativas para lidar com os tempos de crise. O milho verde, por exemplo, cuja safra atual do interior de São Paulo não tem rendido boas espigas, está vindo de Goiás.

A variedade de fornecedores e a boa relação que mantém com

todos eles, garante a reposição diária do estoque da FPV. Fre-quentemente, os compradores da empresa visitam as planta-ções e acompanham de perto o desenvolvimento dos produtos.

Para a atacadista, o comér-cio de alimentos vai além das operações de compra e venda. É preciso, antes de tudo, atenção ao consumidor, conhecimen-to das culturas e compromisso com a qualidade.

João Ueti Uehara já foi produtor e feirante. Até se especializar no comércio de milho verde, o permissio-nário vendeu cenoura, bró-colis, couve-flor e produtos de maçaria. “Aos poucos, fomos nos aperfeiçoando e decidimos apostar apenas no milho”, explica João.

O negócio deu tão cer-to que a Milhos do João é reconhecida no mercado pela excelência dos seus produtos e boas práticas de manuseio. Há cinco anos, o atacadista inves-tiu na construção de um galpão em Capela do Alto, interior de São Paulo, para seleção e embalamento de espigas. “Conforme os clientes se modernizam, vamos nos adaptando para acompanhar as mudan-ças”, esclarece.

Milhos do João: excelência no manuseio, qualidade distinta

FPV garante reposição diária do estoque de milho verde

Os milhos expostos na pedra de João são embalados em ban-dejas identificadas com os da-dos da empresa e dos produtos. Armazenadas delicadamente em caixas de papelão (tam-bém identificadas), as espigas são previamente selecionadas

e possuem qualidade superior. O milho verde “miúdo”, dispen-sado pelos compradores vare-jistas, também é embalado e vendido em pequenas porções. “O objetivo é evitar desperdício de alimentos. As donas de casa adoram”, conclui.

Atacadista investe em galpão para embalamento

Page 8: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

08 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

A infraestrutura logística ineficiente e insuficiente é con-siderada a maior limitação da agricultura brasileira. Ela pena-liza os produtores - maior gasto e menor lucro e os consumido-res, preço mais alto por produ-to de pior qualidade. As frutas e hortaliças são mais afetadas que os outros alimentos pela ineficiência logística por sua perecibilidade, pouca utilização da refrigeração, dificuldade de conservação.

O transporte de frutas e hor-taliças pode ocorrer de três ma-neiras distintas: a granel, emba-lado sem unitização de carga e embalado e unitizado (refrige-rado ou não). Na movimentação a granel o produto é empilhado um sobre o outro, protegido por palha como a Melancia e o Abacaxi, ou enrolado em papel como o Mamão Formosa. No transporte em embalagem, os produtos são acondicionados em caixas ou sacos, de tama-nhos padronizados, que permi-tem a identificação do produtor e a paletização ou unitização de carga.

A paletização é o agrupa-mento de embalagens, sobre

uma base com dimensões de-finidas (1,00 a 1,20 m de acor-do com o Palete Padrão Bra-sil- PBR), criando uma unidade padrão que otimiza as opera-ções de movimentação, carga e descarga, possibilita a sua auto-mação e redução de custos.

Nas Ceasas dos países de-senvolvidos 100% da carga che-ga paletizada, é descarregada e armazenada paletizada. Algu-mas Ceasas européias têm uma doca especial para a descarga de caminhões grandes, que pode ser uma boa idéia para a Cea-gesp paulistana.

Nas Ceasas brasileiras a uti-lização da paletização está ape-nas começando.

A maioria dos produtores não utiliza a paletização e a tem como uma operação que ele-va os custos do transporte. O baixo volume entregue a cada comprador em cada dia, a falta de locais de classificação e de consolidação de carga na região produtora, o custo da mecani-zação, são grandes desafios na adoção da paletização pelo pro-dutor, pequeno e médio.

Ao mesmo tempo, as gran-des redes de supermercado es-timulam os seus fornecedores a trabalhar com a paletização, por suas facilidades e rapidez de movimentação do produto e proteção. A paletização dimi-nui o manuseio e os atritos du-

rante a movimentação – menor ocorrência de danos mecânicos, menor perda de água e menor manuseio, prolongando a sua boa aparência, o tempo de pra-teleira e o seu valor econômico.

Um levantamento foi feito para compreender a extensão da adoção da paletização no MFE-B do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) – participa-ção da paletização na entrada e na saída, os produtos e origens paletizados, os procedimentos adotados de carga e descarga paletizados. Foram entrevis-tados 24 atacadistas, selecio-nados pela sua importância na movimentação de produtos pa-letizados e pela sua grande par-ticipação na comercialização de frutas na Ceagesp.

Aqui estão alguns dos resultados:

• Os atacadistas entrevista-dos são responsáveis por 18% do volume total das frutas co-mercializadas na CEAGESP – 1.791.678 toneladas em 2012 e 12% do volume total das fru-tas comercializada no MFE-B – 412.368 toneladas em 2012.

A participação da paletiza-ção nestes atacadistas foi utili-zada como parâmetro para os outros atacadistas do MFE-B, para os mesmos grupos de pro-dutos.

• A quase totalidade (94%) das frutas importadas chega paletizada aos atacadistas en-trevistados. Os principais for-necedores são Argentina, Chile, Espanha, EUA, Itália e Portugal. A Ceagesp recebeu em 2012, destes países, 127.913 tonela-das e o MFE-B 13.389 toneladas. Os atacadistas entrevistados do MFE-B receberam em 2012, 12.585 toneladas de frutas im-portadas e paletizadas.

• A adesão dos produtores da região Nordeste à paletiza-ção vem crescendo. A produção é distante dos maiores centros consumidores, as estradas irre-gulares e a paletização melho-ra a conservação das frutas. A participação da paletização na origem, das frutas nordestinas, segundo os atacadistas entre-vistados é de 62%, se conside-rarmos os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

• A região Sul é a que mais adota a paletização – 96% das frutas, segundo os atacadistas entrevistados. O alto nível de organização dos seus agricul-tores, em associações e coope-rativas, permitiu a implantação da infraestrutura e dos equipa-mentos necessários para a clas-sificação e comercialização em conjunto.

Engenheiro-agrônomo Marcolino Brígido da Silva NetoApoio: Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

• O estado de São Paulo está atrasado na adoção da paleti-zação, quando comparado aos estados nordestinos e sulistas – apenas 24%, segundo os ata-cadistas entrevistados.

• A utilização de mão de obra para as operações de movimen-tação ocorre de duas formas: carregadores do SINDICAR e funcionários da própria em-presa. De acordo com o levan-tamento realizado, em torno de 62 % da força de trabalho de descarga é fornecida pelo sindi-cato e 38 % é de funcionários da empresa.

• A dificuldade mais citada para a descarga paletizada é a irregularidade do piso, seguida pela organização deficiente do trânsito nos horários de carga e descarga - que acarreta em perda de tempo e dinheiro para os atacadistas e seus clientes. A solução, segundo os entre-vistados, seria a recapagem do asfalto e com a delimitação de espaços para as operações de movimentação.

• A venda pode ocorrer com o recolhimento dos produtos na Ceagesp pelo comprador ou com a entrega no estabeleci-mento do próprio, pelo ataca-dista. A primeira modalidade de comercialização corresponde a

CQH

Plataforma logística

Levantamento aponta que o entreposto não aproveita os

benefícios da paletização

Page 9: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 09QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O desenvolvimento da agri-cultura é responsável pela evolução da humanidade. No princípio todas as pessoas es-tavam ocupadas na extração de alimentos da natureza para a sobrevivência: a caça e a co-leta de alimentos vegetais. Os primeiros indícios de início da agricultura e domesticação de animais foram encontrados pe-los arqueólogos 7.000 anos an-tes de Cristo.

A produção de alimentos permitiu a especialização - que algumas pessoas se dedicassem a outras atividades. Surgiram as cidades, o comércio, a indús-tria, a globalização. O comércio de especiarias, exemplo de glo-balização, foi uma das causas do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

Em 1798, Thomas Malthus, em seu livro “Essay on Popula-tion” assombrou o mundo com a sua afirmação: “A população cresce em progressão geomé-trica, enquanto a produção de alimentos aumenta em pro-gressão aritmética.

A solução para evitar epi-demias, guerras e outras catás-trofes provocadas pelo excesso de população, é a restrição dos programas assistenciais públi-cos de caráter caritativo e na abstinência sexual dos mem-bros das camadas menos favo-recidas da sociedade.”

E o mundo cresceu e a agri-cultura provou que Malthus estava errado. Até o século XIX o crescimento da população mundial foi lento. Depois hou-ve uma explosão demográfica: 1.850 - um bilhão, em 1.999 – 6 bilhões, em 2.006 – 6,8 bilhões de habitantes e previsão de 9 bilhões em 2050. No Brasil a população quase triplicou nos últimos 50 anos: 70 milhões em 1.960, 170 milhões em 2000 e hoje temos 195 milhões de ha-bitantes.

A agricultura continua abas-tecendo a população mundial. Podemos falar de má distribui-ção em volume e em qualidade,

O abastecimento de alimentosConsumo per capita cresce com o desenvolvimentoda população

71% das vendas realizadas pe-los entrevistados, sendo 16% paletizadas. A entrega no esta-belecimento do cliente pelo ata-cadista corresponde a 29% das vendas, sendo 78% paletizadas.

• Hoje os benefícios da pa-letização na Ceagesp não são aproveitados em todo o seu po-tencial.

O caminhão pode não con-seguir descarregar e ou não consegue sair depois da descar-ga. São caminhões grandes, de difícil movimentação em nosso espaço. Seria uma grande van-tagem uma descarga rápida e a liberação de espaço para os ve-ículos dos compradores.

• O volume paletizado só

no MFE-B, aproximadamente 193.577 toneladas em 2012, viabiliza facilmente uma doca de descarga especializada em veículos grandes e paletizados, complementada por um corre-dor de empilhadeiras, como já é feito em outras ceasas do mun-do.

• A transformação da Ceasa em um centro logístico eficiente exige a adoção da paletização. A movimentação será mais rá-pida, a qualidade dos produtos melhor, um maior número de fornecedores e compradores terão acesso ao nosso mercado.

mas não de escassez de alimen-tos no mundo.

O abastecimento de alimen-tos de uma população crescen-te tem sido um grande desafio para a agricultura. A população mundial foi de um bilhão em 1850 para seis bilhões em 2006 e vai chegar a nove bilhões em 2050. A população brasileira quase triplicou nos últimos 50 anos, de 70 milhões em 1960 para 195 milhões em 2011.

O consumo de alimentos per capita está crescendo com o desenvolvimento. A tendên-cia na Índia é muito similar. A expectativa é de um grande aumento de consumo de calo-rias e de carne per capita nos países emergentes como a Chi-na e a Índia: de 2.900 calorias em 2000 para 3.300 calorias em 2040 e de 15 kg para 46 kg de carne per capita na China. A Pesquisa de Orçamento Fa-miliar do IBGE – POF de 2008 mostra que a classe de renda mais alta consome cinco vezes mais frutas e três vezes mais hortaliças que a classe de me-nor renda.

A produtividade agrícola aumenta a cada ano. Segundo a FAO – Food and Agricultural Organization, setor que cuida da agricultura ONU – Organiza-ção das Nações Unidas, hoje são necessários 0,30 hectares de agricultura para alimentar uma

pessoa, vinte e cinco anos atrás eram necessários 0,50 hectares e daqui a trinta anos serão necessários ape-nas 0,15 hectares.

Será que a agricultura conseguiu vencer defini-tivamente os maus pres-ságios de Malthus? Os de-safios são grandes. Entre eles estão: a produção no mesmo local (exportação de nutrientes e crescimen-to do ataque de pragas e doenças), a urbanização crescente, o aumento da po-pulação, a poluição urbana, as exigências que crescem todos os dias: saúde, meio ambiente, segurança ali-mentar, segurança e digni-dade no trabalho agrícola, subsídios agrícolas dos pa-íses concorrentes, produti-vidade, eficiência.

No Brasil a produtivida-de aumentou, a desnutrição diminuiu e a obesidade vi-rou um problema nacio-nal. Nos últimos 35 anos o Brasil se transformou de importador em um dos maiores exportadores de alimentos. As previsões da FAO são de crescimento de 20% na demanda mundial por alimentos e do Brasil como responsável por 40% da sua oferta.

A área total do Brasil é

de 851 milhões hectares. 254 milhões de hectares (29%) são utilizados na produção agropecuária, sendo 77 milhões para agri-cultura (9%) e 177 milhões (20%) para pecuária, se-gundo a EMBRAPA.

O Produto Interno Bruto do Agronegócio correspon-de a ¼ do PIB nacional e o segmento é responsável por 37% da mão de obra em-pregada.

Estudos da Embra-pa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mostram que a produtivi-dade mais que dobrou (2,5 vezes) entre 1976 e 2010. A área de grãos e oleaginosas cresceu 27% e a produção 213%.

A produtividade das hortaliças, com grande par-ticipação da agricultura fa-miliar, dobrou, entre 1980 e 2005, segundo o CNPH – Centro Nacional de Pes-quisa de Hortaliças da Em-brapa.

A tecnologia agronômi-ca utilizada com respeito, obedecendo a boas práticas agrícolas, garante a preser-vação da natureza e o abas-tecimento da população com alimentos seguros.

ARTIGO

Page 10: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013Flores

Danielle Forte

A antiga colônia holandesa localizada a 140 km da Capital paulista, Holambra, recebe, en-tre os dias 30 de agosto e 29 de setembro, a 32ª edição da expo-sição de flores e plantas orna-mentais, Expoflora. A expectati-va do evento, que apresenta as tendências de espécies, varieda-des e decorações para o ano se-guinte, é atrair cerca de300 mil visitantes.

Inspirada no espetáculo de encerramento do parque Ma-gic Kingdom, na Disney, uma das atrações mais esperadas para a feira é Chuva de Péta-las (16h30), que acontece logo após a Parada das Flores (16h). Os produtores de rosa na cidade doam cerca de quatro toneladas das plantas para realização dos espetáculos durante os 15 dias de evento.

O objetivo da feira é ser-vir como vitrine para avaliar a aceitação do consumidor com relação as novas variedades. A Calla Preta e a Green Mystique - orquídea branca colorida por uma tinta especial na cor verde - ganham mais força após serem introduzidas ao público na 22ª Enflor, que aconteceu em maio desse ano.

Entre as novidades estão a

Chuva de rosas é atração na 32ª Expoflora

O 1º Festival de Orquídeas da Primavera é promovido pela “Orquídeas e Cia”, e ocorrerá no Km 57 da Rodovia Castello Branco, no complexo rodoviá-rio A Quinta do Marquês, entre os dias 18 a 30 de setembro, das 9h às 21h, com entrada franca

Setembro também marca o início da época de replan-te. Pensando nisso, durante o festival ocorrerá a Oficina de Replante, nos sábados dias 21 e 28, às 11h. A participação é gratuita, basta se inscrever pelo telefone (11) 4717-6223 e comparecer no dia reservado. O participante pode levar a sua própria orquídea ou aprender a técnica com as que estarão dis-poníveis no local.

Além das oficinas, durante todo o evento haverá uma equi-pe preparada para dar orienta-ção, dicas de cultivo e tirar dú-vidas sobre as plantas.

O festival é voltado para todo o tipo de público, orquidó-filos amantes dessas belas plan-tas, ou pessoas com curiosidade de conhecer este belo mundo. No local haverá venda de orquí-deas com preços que partem de R$ 5,00 para mudas e R$ 15,00 para plantas floridas.

A Quinta do Marquês foi escolhida para sediar o festival porque tem fácil localização, oferecendo ainda serviços de restaurante, loja de conveniên-cia, mercado, cyber-café, entre outros serviços, que garantem conforto ao visitante. Além dis-so, também tem o famoso e tra-dicional bolinho de bacalhau e pastel de Belém.

O 1º Festival de Orquídeas da Primavera é um evento que vale a visita para prestigiar a entrada da estação em grande estilo, na companhia das mais belas e charmosas flores.

:Serviço:

1º Festival de Orquídeas da PrimaveraData: de 18 a 30 de setembro – Todos os diasHorário: das 09 às 21hLocal: A Quinta do Marquês – Rodovia Castelo Branco KM 57Tel: (11) 4717-6223Entrada: gratuita

1º FESTIVAL DE ORQUÍDEAS DA PRIMAVERA

Evento reunirá mais de mil espécies diferentes

Rosa Blueberry, de cor lavanda escuro, desenvolvida em labora-tório após sete anos de pesqui-sas em todo o mundo; a Celosia Twisted, de origem holandesa, possui textura aveludada e se destaca pelo vermelho de suas flores; o Lírio Dobrado, sem pó-len, com 18 pétalas, nas cores rosa e branca e perfume mais suave; Orquídea Phalaenopsis Exótica, com formas diferentes vem nas cores laranja, lilás e lilás com roxo; além da Orquí-deas Oncidium, lançada em três versões, Flying High (amarela e marrom), Nickname Carl (ti-grada em marrom e verde) e Pacific Sunrise Hakalão (rosa e amarela).

Seguindo a tendência da or-quídea verde Green Mystique para a Copa do Mundo, por tra-zerem as cores verde e amare-lo, Alstroemerias Hybrida, Lírio Tiny Bee (pequena abelha) e Sunptiens prometem colorir o país.

O evento conta também com exposição de arranjo florais e traz como tema “Flores, contos e lendas” e mostra de paisagis-mo e jardinagem, com 25 am-bientes criados por diversos profissionais que tiveram o de-safio de integrar design, confor-to e praticidade ao uso racional/reuso da água.

Page 11: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

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Page 12: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 201312 Artigo

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

**Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

As exportações mundiais de plantas vivas e produtos da flo-ricultura movimentaram, em 2012, US$ 21,125 bilhões (FOB), com a participação de 170 paí-ses exportadores, para um total de 210 nações importadoras. O Brasil ocupou a 43ª posição no ranking mundial tanto dos países exportadores, quanto dos impor-tadores. Os seis principais países exportadores, no ano passado, foram: Holanda (49,32%), Colôm-bia (6,05%), Alemanha (4,75%), Itália (4,16%), Bélgica (4,14%) e Equador (3,43%). Por sua vez, a lista dos principais importado-res foi encabeçada pela Alema-nha (19,87%), seguida por EUA (9,85%), Holanda (9,33%), Reino Unido (8,04%), França (6,68%) e Rússia (5,23%), entre outros.

Como visto, o Brasil não se constitui em um player importan-te no mercado mundial de flores e plantas ornamentais, haja vis-ta que conduz uma floricultura totalmente focada no mercado interno nacional, para onde dire-cionou, em 2012, mais de 99% do valor total produzido.

Nos primeiros seis meses de 2013, as exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais seguiram a tendência decrescen-te- iniciada em 2008, com a crise econômica e financeira interna-cional – e acumularam vendas de US$ 10,96 milhões (FOB), que re-fletiram queda de 1,3% sobre os resultados alcançados no mesmo período de 2012 (US$ 11,10 mi-lhões).

Entre os meses de janeiro a ju-nho de 2013, os principais grupos de produtos setoriais exportados pelo Brasil foram o das mudas de plantas ornamentais (53,58%), seguido pelo dos bulbos, tubér-culos, rizomas e similares em re-pouso vegetativo (34,81%). Tal fato confirma a principal caracte-rística estrutural da floricultura empresarial exportadora do País, que é a sua notável concentração na pauta de mercadorias desti-nadas à propagação vegetativa. Outros grupos de flores e plantas ornamentais focados no consumo final mantiveram tendência de perda de expressão financeira na balança comercial. Assim, as ex-portações de flores de corte e seus botões frescos, em geral – que in-cluem lisianthus, gérberas, lírios, antúrios e flores tropicais, entre outras espécies – representaram apenas 0,62% das vendas brasi-leiras no mercado internacional,

enquanto que as de rosas e seus botões, orquídeas cortadas fres-cas e cravos sequer tiveram regis-tros de exportação no semestre. A única exceção observada foi para o grupo das folhagens, folhas e ramos secos que somaram US$ 735,11 mil (FOB) em exportações, no período, representando 6,71% do total dos produtos da floricul-tura brasileira vendidos no mer-cado internacional. Para essa ca-tegoria, o crescimento acumulado foi de 47,41%, em relação ao mes-mo período do ano anterior (US$ 498,67 mil).

O grupo das mudas de plantas ornamentais – que se reveza pe-riodicamente com o dos bulbos, tubérculos e rizomas na primeira posição do ranking de exportação – foi o que somou melhores resul-tados econômico-financeiros no período analisado, com vendas externas de US$ 5,87 milhões. No entanto, esse valor representou queda de 3,45 % em relação aos meses de janeiro a junho de 2012 (US$ 6,08 milhões). Os principais países importadores dessas mer-cadorias foram: Itália (26,53%), EUA (26,0%), Países Baixos (22,80%) Japão (11,11%), Bélgica (8,31%) e Canadá (2,48%), além de outros nove destinos de menor expressividade de compras. Des-de 2010, a Itália passou a ocupar a primeira posição no ranking de importadores de mudas de plan-tas ornamentais – não tradicional nas séries de dados anteriores – o que resultou, principalmente, de uma brutal queda de participação relativa nos mercados holandês e

norte-americano no período, de-corrente do acirramento da crise internacional. Note-se que as ex-portações brasileiras de mudas de plantas ornamentais para a Itália referem-se, essencialmen-te, aos resultados da atividade da filial brasileira da empresa Agro Industrial Lazzeri (localizada em Vacaria, RS), em relação à sua ma-triz situada naquele país.

Já o grupo de bulbos, tubér-culos, rizomas e similares somou resultado exportado de US$ 3,81 milhões, com queda de 5,7% em relação aos resultados obtidos pelo Brasil entre os meses de ja-neiro e junho de 2013 (US$ 4,04 milhões). O principal país impor-tador foi a Holanda, que respon-deu por 90,47% das compras internacionais das mercadorias brasileiras no segmento, acumu-lando resultado 12,44% inferior ao contabilizado no mesmo perí-odo do ano anterior.

No período de janeiro a junho de 2013, a balança comercial da floricultura brasileira mostrou saldo negativo de US$ 13,10 mi-lhões, sendo que as importações equivaleram a mais do que o do-bro dos valores exportados. As principais mercadorias adqui-ridas internacionalmente pelo Brasil foram os bulbos, rizomas, tubérculos e similares destinados à propagação vegetativa e, em parte, à reexportação (26,13%). Outros grupos com a mesma fi-nalidade multiplicativa também se destacaram, como as mudas de outras plantas (24,55%) e as mu-das de orquídeas (19,09%). Essas

últimas foram importadas pelo Brasil da Holanda (67,96%), Tai-lândia (26,30%), Japão (4,13%) e EUA (1,62%) e somaram, no perí-odo analisado, US$ 4,59 milhões, com crescimento de 18,16% sobre o mesmo período do ano anterior. Porém, neste caso, não são considerados materiais para a propagação vegetal, mas, sim, para a produção comercial final de plantas para consumo, espe-cialmente importantes nos ascen-dentes mercados de Phalaenop-sis, Cymbidium e Vandas, entre outras espécies.

Importação de rosas

Em relação ao comportamen-to observado em outros anos, o fato que mais chamou a atenção nos resultados do período ana-lisado foi a notável expansão das importações de produtos já prontos para o consumo como as rosas de corte frescas, as quais chegaram a representar 15,53% da pauta global de importações do período, com crescimento de 12,67% sobre a performance de compras no mesmo período do ano anterior. Além delas, outras flores cortadas em geral – que incluem principalmente alstro-emérias, entre outras espécies - agregaram 5,95% de participação (com aumento de 31,45% sobre o primeiro semestre de 2012).

O fenômeno da expansão das importações de flores cortadas frescas no período justifica-se pelo conjunto de indicadores fa-voráveis observados na economia

brasileira no tocante à expansão dos níveis de emprego, ocupação e renda, além da estabilidade eco-nômica experimentada pelo País, que vem sustentando um consu-mo aquecido e mais diversificado dessas mercadorias. Nos últimos anos, as vendas observadas nas duas principais datas de consumo (Dia das Mães e Dia dos Namora-dos) comprovaram a disposição intensificada dos brasileiros em presentear com flores, permitin-do que parcelas crescentes de produtos importados convives-sem harmoniosamente com a produção nacional no suprimento do mercado.

De janeiro a junho de 2013, os países supridores do mercado brasileiro de rosas frescas corta-das foram: Colômbia (62,16%), Equador (37,81%) e Holanda (0,03%). Para as demais flo-res frescas, as importações fo-ram, também, provenientes do Equador (50,25%), Colômbia (49,32%), e Holanda (0,43%). Cabe destacar que as importações para as flores equatorianas de corte, em geral, aumentaram em 84,11% sua penetração no mer-cado brasileiro no primeiro se-mestre de 2013 relativamente ao mesmo período do ano anterior, tendo saltado de US$ 390,69 mil, para US$ 719,32 mil.

No período de 2010 a 2012, as importações totais de rosas frescas cortadas pelo Brasil ele-vou-se de USS 4,55 milhões, para US$ 6,08 milhões. Nesses três anos, enquanto a participação da Colômbia apresentou pequenas alterações, o suprimento do mer-cado pelas rosas equatorianas praticamente triplicou, o que fez com que aquele país chegasse a responder, ao final do ano passa-do, por 50,40% do abastecimento do mercado brasileiro, superando a Colômbia (49,37%), até então o principal e dominante fornecedor de rosas para o Brasil.

Comércio exterior da floricultura brasileira no primeiro semestre de 2013

Page 13: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Gastronomia

Festival da Ceagesp ressalta a qualidade do setor de Pescados do ETSPJosé Carlos Videira

Chef Ivair Felix assina as receitas

O Primeiro Festival do Pesca-do e Frutos do Mar Ceagesp es-treou no dia 4 de setembro com muito sucesso. Cerca de 300 pes-soas compareceram à primeira noite do evento, que vai durar até 2 de novembro. O novo Fes-tival da Ceagesp tem por objetivo mostrar ao público que frequen-ta o espaço toda a diversidade e a qualidade dos produtos do Setor de Pescados da Ceagesp. A ideia também é contribuir para incen-tivar o consumo de pescados, que no Brasil é de apenas 9 kg per capita por ano.

Por isso, a cada semana, três tipos de peixes diferentes en-tram no cardápio do Festival, sem contar as quase 30 opções de pratos, entre entradas, sala-das e demais opções quentes do cardápio, todos à base de peixes e frutos do mar. Os destaques do Festival do Pescado Ceagesp são os camarões pistola, assados na brasa, servidos à vontade nas mesas. Uma enorme paella tam-bém faz muito sucesso entre os frequentadores do evento, que está começando a atrair cada vez mais público para o ETSP.

Por um preço fixo de R$ 59,90, as pessoas podem comer à vontade todos os pratos servi-dos, incluindo os camarões. Para quem preferir, o Festival do Pes-cado reservou um cantinho es-pecial para as sopas. Incluída no valor do buffet, a Sopa de Cebola é servida todas as noites. E quem preferir consumir apenas a sopa, paga uma taxa de R$ 22.

Cobrados à parte, no evento, é possível conferir outros pro-dutos. Entre eles, o frequentador

encontra uma generosa carta de vinhos de várias nacionalidades, além de cervejas, água, sucos e refrigerantes. Sobremesas e café expresso ajudam a complemen-tar o programa.

O Festival do Pescado e Fru-tos do Mar Ceagesp funciona de quarta a sábado, das 18h à meia--noite. Às sextas e sábados, fun-ciona até as 2h da madrugada. O estacionamento é grátis e a en-trada é pelo portão 3 da Ceagesp (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1.946, na Vila Leopoldina). Quem quiser mais detalhes, pode acessar o site www.festivaldopescadoce-agesp.com.br.

O Chef Ivair Felix é o respon-sável pelas receitas do Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp. Desde 2009, ele também tem con-tribuído para o sucesso do Festival de Sopas, que atrai milhares de pessoas ao Entreposto da Capital.

O desafio do Chef Ivair neste ano também é bem grande. Ele tem de usar toda a sua habilidade gastronômica para mostrar as pos-sibilidades de receitas tendo como base peixes e frutos do mar, com a qualidade e frescor dos produtos adquiridos no Setor de Pescados da Ceagesp.

Com mais de 30 anos de expe-riência, Ivair já passou por diver-sos restaurantes e cozinhas de ho-téis de São Paulo. Entre eles estão La Tamboille, Paladio, Sociedade Hípica Paulista, rede de hotéis De-ville e Pestana. Atualmente, Ivair chefia a cozinha do Hotel Rancho Silvestre, em Embu das Artes, na região da Grande São Paulo (JCV).

ZEKA VIDEIRA

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14 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Page 15: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 16: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

16 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013Agrícola

Analisar problemas en-contrados pelos olericultores e propor soluções foi o obje-tivo da reunião e da visita a algumas propriedades, que ocorreu no dia 26 de agosto, na Casa da Agricultura de São Simão. Como consequência das visitas, os engenheiros agrônomos da CATI Regional Ribeirão Preto optaram por formar um grupo técnico para a cadeia de olerícolas, com o objetivo de desenvolver ativi-dades de assistência técnica e extensão rural junto a esses agricultores.

A cadeia produtiva das ole-rícolas surgiu como alternati-va de renda para os pequenos produtores, principalmente por causa das políticas pú-blicas disponibilizadas pe-los governos federal - como o Programa de Aquisição de Alimento (PAA) e o Progra-ma Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - e estadual, como o Programa Paulista da Agricultura de Interesse So-cial (PPAIS).

Segundo o diretor da CATI Ribeirão Preto, Michel Golfet-to Calixto, a formação do gru-po técnico vem ao encontro do interesse do produtor, já que a crescente demanda pela ativi-dade faz com que alguns pro-dutores inexperientes encon-

trem problemas no cultivo e na comercialização. De acordo com ele, a meta é que todos os municípios da Regional, com aptidão para a produção ole-rícola, sejam assistidos, mes-mo aqueles em que a cana--de-açúcar predomina. “Essa visão baseia-se nas mudanças tecnológicas que pressionam principalmente a colheita me-canizada, com a tendência de que pequenas áreas venham a ser desocupadas pela cana e ocupadas por outras culturas”, avalia.

Os técnicos visitaram dois produtores. Um deles foi Diego Bigaran, que cultiva olerícolas há dois anos e co-mercializa sua produção com a Prefeitura de Santa Rosa de Viterbo, supermercados e varejões de São Simão e mer-cados regionais. O outro pro-dutor visitado foi Marcos Ro-berto Pereira, que nos seus 10 hectares arrendados, produz olerícolas e vende diretamen-te ao consumidor.

Os vários fatores produ-tivos explorados e discutidos geraram a análise dos proble-mas com sugestões de solução e informações sobre novas tecnologias à disposição dos produtores rurais e sobre a importância da formação dos grupos técnicos.

Em 2013, a agricultura bra-sileira foi surpreendida por uma praga que nunca havia sido relatada no país, a Helico-verpa armigera. Não se sabe de onde ela veio e nem há quanto tempo foi introduzida no Bra-sil, mas o fato é que a “lagarta” colocou em alerta todo o sis-tema brasileiro de defesa ve-getal: de gestores dos serviços oficiais aos produtores rurais, passando pelos pesquisadores incumbidos de desenvolver novos métodos de controle, pe-los responsáveis técnicos pelas prescrições e pela indústria de defensivos.

Sua ampla distribuição ge-ográfica e alta densidade po-pulacional apontam para um cenário nada animador: proba-bilidade extremamente baixa de sucesso de ações de erradi-cação ou supressão populacio-nal. Ou seja, o produtor rural terá que aprender a conviver com esta nova praga e recalcu-lar seus custos de produção.

As pragas exóticas são orga-nismos que, quando introduzi-dos numa nova localidade, con-seguem adaptar-se e passam a causar dano econômico. Usual-mente, têm alta capacidade re-produtiva e de dispersão e, na ausência de inimigos naturais, proliferam rapidamente.

Apesar de o Brasil possuir

CATI Regional Ribeirão Preto cria grupo técnico em olericultura

DEFESA AGROPECUÁRIA CADEIA PRODUTIVA

Workshop em Campinas discute política fitossanitáriaAção da Coordenadoria de Defesa Agropecuária busca identificar os gargalos e evitar a entrada de novas pragas agrícolas no estado

um sistema de vigilância inter-nacional para evitar a entrada dessas pragas, elas vêm ingres-sando no país. De 1901 a 2013, pelo menos 60 espécies foram introduzidas e se tornaram pragas agrícolas, muitas das quais conhecidas pelo produ-tor rural. A velocidade com que as novas introduções têm ocor-rido vem aumentando de ma-neira exponencial, como resul-tado direto da globalização e da abertura de mercados. De 1994 a 2003, foram relatadas 17 no-vas pragas no Brasil e, de 2004 a agosto de 2013, outras 27. Grosso modo, isso corresponde a uma praga exótica a cada 8,2 meses na última década.

Diante deste cenário, a Co-ordenadoria de Defesa Agro-pecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, reali-zará um workshop no dia 25 de setembro de 2013. Serão apresentados os últimos avan-ços na pesquisa e manejo da Helicoverpa armigera e serão discutidas as ações oficiais para prevenção de novas pragas. Es-sas ações incluem a fiscalização do trânsito, a implantação de sistemas de detecção precoce, o registro de agrotóxicos e o diagnóstico de espécies de pra-gas quarentenárias.

Mais do que apontar proble-

mas ou procurar culpados, a De-fesa Agropecuária está preocu-pada em identificar caminhos possíveis para evitar situações semelhantes à que se instaurou com a Helicoverpa. A vigilância deve ser a alma do sistema de Defesa Agropecuária e avanços só serão possíveis se tivermos uma melhor estruturação das barreiras interestaduais e in-ternacionais e a aproximação com pesquisadores, órgãos de extensão e produtores no senti-do de alcançar a rápida identifi-cação das pragas.

O resultado do workshop contribuirá para o desenvolvi-mento de uma política estadual de longo prazo de defesa fitos-sanitária, com benefícios di-retos para todo o agronegócio paulista.

As vagas estão limitadas a 250 participantes. Os interes-sados podem obter informa-ções com organização do even-to pelo telefone 31 - 3466.2161 ou pelo e.mail [email protected].

SERVIÇO:

Workshop sobre Ameaça Fitossanitária – Helicoverpa armigeraData: 25 de setembro de 2013Local: Campinas-SP

FABIANO BASTOS

Sabrina Leite de OliveiraMarta MBCláudio Inforzato FanaleAnita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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setembro de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Para garantir a qualidade genética e prevenir riscos de extinção de espécies como os coqueiros anão, gigante e híbrido, a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), mantém o Banco Ativo de Germoplas-ma (BAG). Este banco integra desde 2006 a Rede Internacional de Recursos Genéticos de Coco (Cogent, sigla em inglês), coorder-nado pelo Bioversity International, sendo referência para a América Latina e Caribe (ICG-LAC).

O BAG Coco iniciou as suas ações em 1982, quando foram importados da Costa do Marfim os primeiros acessos de coco. O banco mantém a variabilidade genética por meio da conservação de acessos de coquei-ro anão e gigante, proveniente de diversos países, e alguns acessos de coqueiro-gigan-te coletados no litoral nordestino. A atual curadora é a pesquisadora Semíramis Ra-mos, que, junto com outros dez cientistas da Unidade, compõe um dos mais conceitu-ados grupos de pesquisa em coco na Amé-rica Latina.

A parceria da Embrapa com o Cogent/Bioversity torna possível a integração de conhecimentos científicos e tradicionais li-gados à cultura do coco em todo o planeta. Resultados de pesquisa são compartilha-dos em redes virtuais e em encontros in-ternacionais, e a qualquer momento, a de-pender da demanda e seguindo o trâmite jurídico e fitossanitário para o intercâmbio do germoplasma, os acessos do BAG po-dem ser levados de um país a outro, seja para condução de experimentos ou para prevenir riscos de extinção em determina-das áreas.

Vídeos sobre escalada

Recentemente, a rede COGENT publi-cou na internet uma série de vídeos que demonstram como é feita a escalada do co-queiro pelos trabalhadores que atuam no manejo dos plantios e colheita dos frutos em diversos países produtores.

As técnicas utilizadas são bastante di-versas e engenhosas, e vão desde o uso das mãos e pés livres até o emprego de artefa-tos como cordas, cipós, plataformas de ma-deira, escadas e até esporas e degraus em sulcos, estas últimas podendo causar da-nos à estirpe. No Brasil, as imagens foram feitas no campo da Embrapa em Sergipe pelo pesquisador francês Roland Bourdeix, e mostram a técnica de subida com uso de duas cordas para apoio dos pés.

Estão disponíveis no site do COGENT mais de 20 vídeos demonstrado as va-riadas técnicas de escalada do coqueiro. Além do Brasil, outros grandes produtores mundiais da palmácea serviram de cenário para imagens e compartilharam suas téc-nicas, entre eles Filipinas, India, Vietnam e Indonésia.

EMBRAPA

Integração de conhecimentos expande a cultura do coco

Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP mensurou o teor da vitamina K1 - a filoquinona - das hortali-ças consumidas no município de São Paulo. O estudo também teve como um dos objetivos a padronizações da metodologia para análise de vitamina K em alimentos.

A pesquisa foi feita com hortaliças in natura comercializadas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e contou com a colaboração de funcionários do local (Centro de Qualidade em Horticultura ) para obter amostras representativas e co-nhecer quais eram as origens das hortaliças, diferenciando os produtores e conhecendo as condições climáticas sob as quais foram culti-vadas. Assim, ela pôde comparar as variações entre as épocas do ano, bem como verificar uma média da presença de vitamina K1 em cada cultura.

A vitamina K desempenha papel importan-te na coagulação do sangue e no metabolismo ósseo. Não é conhecido o conteúdo de vitamina K nos alimentos brasileiros.

A química Simone Aparecida dos Santos Conceição Faria, orientada pela Profa. Dra. Marilene De Vuono Camargo Penteado, do Departamento de Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, foi a autora do estudo.

Os resultados mostram a salsa e o espinafre como as hortaliças folhosas com maior abun-dância de vitamina K, mas com concentrações bem diferentes das apresentadas em tabelas americanas de composição de alimentos, atu-almente usadas por médicos e nutricionistas.

O brócolo, uma hortaliça-flôr, também en-tra na lista dos mais dotados da filoquinona. Os menores teores foram encontrados na alface crespa e na americana. Os conteúdos de vita-mina K destas duas hortaliças foram os únicos que coincidiram com a tradicional tabela dos Estados Unidos.

Simone não conseguiu comprovar a corre-lação entre a cor e a quantidade de vitamina K1. Algumas das hortaliças avaliadas mais ri-cas no nutriente apresentam tonalidade verde--escuro.

A quantificação da vitamina K foi feita em diversas épocas do ano. Houve uma grande diferença nos valores ao longo das diferentes estações do ano. Em geral, as hortaliças apre-sentaram teores maiores de vitamina K1 nos períodos de inverno e primavera. Esta variação pode estar relacionada à intensidade da preci-pitação pluviométrica - quando mais chuva, menor o teor da vitamina por hortaliça estu-dada.

O cozimento alterou a concentração do nutriente. O aumento dos níveis de filoquino-na após o cozimento das hortaliças deve-se à maior facilidade de liberação do nutriente, com o rompimento das células pelo aquecimento.

Os resultados obtidos são de grande im-portância para que médicos, nutricionistas possam estabelecer com maior precisão as dietas para seus pacientes.O trabalho pode ser encontrado no Banco de Teses da USP – www.teses.usp.br

O conteúdo de vitamina k nas hortaliças brasileiras

PESQUISA NA CEAGESP

Simone Santos FariaDepartamento de Alimentos e Nutrição Experimental Faculdade de Ciências Farmacêuticas Universidade de São Paulo

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Qualidade

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18 Segurança Alimentar JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Especialistas e profissionais do setor hortifrutícola partici-param no dia 28 de agosto do workshop promovido pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação. O tema central foi a importância de um sistema de rastreabilidade que envolva toda a cadeia do agronegócio e garanta segurança alimentar.

Flávia Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, frisou que a associação é um órgão consultivo da ONU e é considerada a ABNT da identi-ficação. Ela lembrou que quan-to mais parceiros envolvidos, maior é a complexidade nos sistemas de informação. “Um problema na cadeia produtiva é um problema de todos”, avisou.

A profissional também apresentou a ferramenta GTC (Programa Global de Rastrea-bilidade), que na Ceagesp já é utilizada pelas empresas Agro Gato Preto e Batista legumes e que permite a implementa-ção correta da rastreabilidade. Além disso, Flávia explicou o padrão GS1 DataBar para Con-trole da Data de Validade de Perecíveis.

Thomas Eckshmidt, repre-sentante da PariPassu, desta-cou que a falta de união é um grande problema do setor que afeta a instalação de padrões.

Programa de Rotulagem Ceagesp

A engenheira Agrônoma Anita Gutierrez do Centro de Qualidade de Horticultura da Ceagesp discorreu sobre o Pro-grama de Rotulagem, ação que visa instruir permissionários do entreposto quanto ao corre-to uso do rótulo na embalagem de FLV.

“O rótulo é a identidade do alimento e, além de direito do consumidor, é exigido por lei”, explicou. Segundo o programa, a rotulagem é uma pequena exi-gência e uma grande mudança na produção e comercialização de frutas, verduras e legumes.

Workshop promovido pela GS1 Brasil discute rastreabilidade de FLVSetor discute segurança e adoção de padrões que garantam identificar o curso do alimento

FLV

Durante o workshop “Ras-treabilidade e Segurança no setor de Frutas e Hortaliças”, o Grupo NK, rede varejista de hortifruti, apresentou um novo sistema de rastreabilidade que armazena diversas informações sobre o tomate Sweet Grape em um único código de barras. A novidade é que, além de a embalagem conter elementos importantes sobre o produto, é possível incluir os mesmos da-dos também na nota fiscal.

De acordo com Júlio Aoki, di-retor do Grupo NK, a questão da segurança alimentar se tornou fundamental depois da empre-sa montar um sistema de inte-gração na produção dos mini--tomates: “O próximo passo era levar nossa preocupação com qualidade ao conhecimento do consumidor. Aí pensamos atri-

Sweet Grape: dados de rastreabilidade ao alcance do varejistaNovo sistema disponibiliza informações como data de embalagem e validade diretamente na nota fiscal

buir mais informações na nota fiscal”, resumiu.

Há dois meses o sistema está funcionando totalmente e o varejista que adquire caixas desses tomates, poderá ob-servar os novos elementos na nota. “Disponibilizamos a data de embalagem, validade e códi-go de rastreabilidade do lote”, informa Júlio, enfatizando que deve haver conexão entre toda a cadeia para garantir efetividade ao processo.

A responsável pela Gestão da Qualidade do Grupo, Emília Higa, acredita que o brasileiro está cada vez mais atento ao que consome. “Devemos nos prepa-rar para as exigências do mer-cado. Apesar dos avanços, ainda tem muito que fazer em relação à rastreabilidade de alimentos”, alerta.

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setembro de 2013 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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20 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Os técnicos da Portaria do Entreposto intensificaram a ação educativa do Programa de Rotulagem da Ceagesp. Todos os dias, veículos com produto são parados para verificação da rotulagem e orientação do mo-torista. O motorista e o destina-tário recebem uma notificação com a avaliação da qualidade de preenchimento do rótulo e uma cartilha de rotulagem.

O atacadista, destinatário da mercadoria, é chamado à Portaria para receber a merca-doria e assinar uma notificação, atestando que os produtos que está recebendo estão sem a de-vida rotulagem. Os atacadistas reincidentes são notificados pela gerência da Ceagesp quan-to à ausência da rotulagem e são alertados sobre a possibili-dade de receberem sanções dos órgãos fiscalizadores.

O prefeito e o órgão de as-sistência técnica do município de origem do produto sem ró-

Ceagesp intensifica o controle de rotulagem nas portariasThiago de OliveiraBertoldo Borges Filho Marcela Moretti RomaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

tulo recebem uma correspon-dência da Ceagesp solicitando que eles orientem o produtor, remetente da carga, a rotular e alertando-os que os produtores do seu município poderão ser punidos pelos órgãos de fiscali-zação, na ausência ou preenchi-mento incorreto do rótulo.

Na Portaria da Entrepos-to são fiscalizados os veículos com maior probabilidade de ausência ou inadequação da ro-tulagem. Até o momento foram inspecionados 153 veículos, originários de 86 municípios diferentes, que transportavam 42 produtos diferentes. Os mu-nicípios de Capela do Alto e Ibi-úna foram os mais reincidentes

com 9,8% e 9,15% respectiva-mente. Somente 9% dos pro-dutos estavam rotulados, nos veículos vistoriados.

A receptividade à adoção da rotulagem vem crescendo entre os produtores e atacadistas. As fotos mostram a utilização da rotulagem em mandioca, cou-ve-flor, berinjela e milho verde.

A esperança é que consi-gamos uma grande mudança antes que atacadistas e produ-tores comecem a ser punidos pelos órgãos de fiscalização.

A COVISA está neste mo-mento fiscalizando as adequa-ções realizadas pelos ataca-distas autuados em 2012. A próxima etapa será retomar as

fiscalizações por pavilhão. Os técnicos do Centro de

Qualidade em Horticultura da Ceagesp continuam o trabalho de busca de parceria para o Programa de Rotulagem, fazen-do contato com Prefeituras, nu-tricionistas, órgãos de assistên-cia técnica e sindicatos rurais e articulam com a CATI – Coorde-nadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria da Agri-cultura do Estado de São Paulo - a capacitação dos produtores em rotulagem e na melhoria do preenchimento da Nota Fiscal do Produtor.

A rotulagem traz muitos benefícios como maior trans-parência na comercialização, melhoria da qualidade e da segurança do produto – o pro-dutor coloca o seu ‘nome’ nas embalagens e a sua localização, como responsável pelo produ-to. A rastreabilidade exige do agricultor a melhoria da produ-ção, da colheita e pós-colheita e permitem que bons produtores construam a sua marca.

A rotulagem é obrigatória

por lei – não existe escapatória. Cumpra a lei e aproveite os

benefícios da rotulagem.

O Rio Grande do Norte e o Ceará passarão a exportar melão e melancia para o Chile ainda este ano. Recentemen-te, missão técnica composta por três representantes do Ministério da Agricultura da-quele país esteve na região que engloba os dois estados e constatou a eficiência dos trabalhos realizados pelo Ministério da Agricultura do Brasil na manutenção do sta-tus fitossanitário de ausência da praga Anastrepha grandis (mosca-do-melão).

A decisão chilena foi pu-blicada no diário oficial do país andino em 28 de agos-to, por meio da Resolução 4857/13.

Alguns países importa-dores, como a Argentina, o Uruguai, os Estados Unidos e o Chile, impõem restrições fitossanitárias com relação à importação de frutas. O pro-jeto de monitoramento da Anastrepha grandis no Brasil teve inicio em 1985 e permi-tiu a abertura de vários mer-cados.

Atualmente, o País ex-porta melancia para Alema-nha, Argentina, Dinamarca, Espanha, Irlanda, Itália, Pa-íses Baixos, Paraguai, Reino Unido, Rússia e Uruguai. Já os melões são vendidos para Alemanha, Arábia Saudita, Bélgica, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Emirados Ára-bes, Espanha, Estados Uni-dos, França, Guiana France-sa, Hong Kong, Irlanda, Itália, Malásia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, Rússia, Suécia e Uruguai.

Em 2012, foram produzi-dos no Brasil cerca de 43 mi-lhões de toneladas de frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado. Só o mer-cado de melão e melancia movimentou, cerca de US$ 151 milhões, sendo o Rio Grande do Norte e o Ceará, os maiores exportadores.

Em julho deste ano, uma missão chilena visitou os estados do Rio Grande do Norte e Ceará para conhe-cer e avaliar os aspectos fi-tossanitários na área livre de mosca-do-melão. Com o reconhecimento, os estados passarão a exportar para o Chile assim que concluído os tramites burocráticos entre os países.

COMÉRCIO

Brasil vai exportar frutas hídricas para o Chile

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setembro de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

BENEFÍCIO PRODUÇÃO

O Ministério da Integração Nacional auto-rizou a retirada, por um período de 12 meses, do nome de produtores do Cadastro Informa-tivo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Quase nove mil trabalhadores rurais com pendências registradas no Cadin serão beneficiados pela medida, publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de agosto. Desse total, cinco mil seriam pequenos pro-dutores, que cultivam áreas de cerca de seis hectares.

A medida, no entanto, só vale para os perí-metros irrigados mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao Ministério da Integração. Trabalhadores assentados após a publicação da portaria estão excluídos da medida. As dívidas dos agricultores são rela-cionadas e à utilização de infraestrutura de ir-rigação de uso comum, tarifa conhecida como K1, e à titularidade de lotes. Agora, os produ-tores poderão contrair crédito em instituições financeiras e aumentar a produção.

O governo espera que os agricultores am-pliem a produção em 20 mil hectares e gerem cerca de 20 mil empregos a título de investi-mento nas plantações. Atualmente, a soma dos débitos dos agricultores com nome no Cadin chega a 107 milhões de reais.

Agricultores com nome no Cadin terão acesso a créditoMedida vale para os perímetros irrigados mantidos pela Codevasp

Sacolão recebe versão alternativa e atrações culturais

Os paulistanos terão uma nova opção para fazer as suas compras. A Associação de Agri-cultores Orgânicos (AAO) inaugura no dia 17 de setembro, no Parque da Água Branca, em São Paulo, uma feira noturna de produtos or-gânicos. Trata-se da primeira feira noturna de produtos orgânicos da cidade.

A feira é uma parceria entre a AAO e a Se-cretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O parque também vai receber outras atrações como atividades culturais, culinárias e até cineclube.

No dia 24, a chef Leila D dará oficina gra-tuita de culinária viva. À noite, a ideia é servir tortas, pastéis e sucos. Para saber a programa-ção completa, acesse o site da AAO

Feira Noturna de Produtos Orgânicos

Parque da Água BrancaAv. Francisco Matarazzo, 445 - Perdizes – São PauloTerças-feiras das 16h30 às 20h30(11) 3875-2625

Estacionamento gratuitowww.aao.org.br

AAO inaugura feira noturna de produtos orgânicos

Ela é classificada como hortaliça-raiz e apresenta uma grande diversidade com rela-ção ao nome: mandioquinha--salsa, batata-baroa, batata--salsa e outros mais regionais, como cenoura-amarela, batata--aipo, batata-suíça, batata-juju-ba e batata-tupinambá.

O pesquisador Nuno Ma-deira, da Embrapa Hortaliças, trabalha com pesquisa e de-senvolvimento dessa cultura e, para isso, avalia os caminhos percorridos e desenha um pos-sível cenário futuro.

De acordo com ele, o cultivo da mandioquinha-salsa no Bra-sil (cerca de 20 mil hectares) é basicamente restrito a uma única variedade, a Amarela de Senador Amaral, lançada pela Embrapa Hortaliças, em 1998, e rapidamente difundida em Minas Gerais, Paraná, Santa Ca-

PESQUISA

Boas práticas aumentam potencial produtivoMandioquinha é exemplo de hortaliça ainda com produtividade baixa, avalia pesquisador

tarina e Espírito Santo, regiões com maior produção no País.

No passado, a mandioqui-nha-salsa era cultivada exclu-sivamente por agricultores de base familiar, mas esse panora-ma vem exibindo algumas mu-danças. “Nos últimos anos, tem evoluído o plantio em média e em larga escala nos principais Estados produtores: Paraná e Minas Gerais”, anota Madeira, acrescentando que esse cres-cimento não foi acompanhado pelo aumento no potencial pro-dutivo da hortaliça, em torno de 50 toneladas por hectare.

“A média de produtividade da cultivar no Brasil oscila en-tre 10 a 12 toneladas por hec-tare, muito abaixo do seu po-tencial”, observa o pesquisador, que atribui o fraco desempe-nho à não adoção de boas prá-ticas agrícolas, a começar pelo

descuido com os princípios bá-sicos de propagação, o que vem acarretando problemas fitossa-nitários crescentes.

Também vem prosperando algumas iniciativas que mere-ceram destaque na visão do pesquisador, que aponta como exemplo exitoso a implantação

de campos de mudas no sul de Minas Gerais e no Paraná, des-de 2011.

A experiência envolve o plantio de mandioquinha-salsa visando à produção de mudas, com manejo específico para tal, priorizando a qualidade gené-tica, fitossanitária e fisiológica

do material de propagação. Futuro - Clones promisso-

res estão em fase de avaliação, representando alternativa in-teressante para os produtores, visto que é arriscado ter todo o cultivo baseado em uma só va-riedade, a cultivar Amarela de Senador Amaral.

Coordenado por Nuno Ma-deira, espera-se lançar pelo menos duas variedades até 2015, materiais destacados por sua qualidade e adaptabi-lidade às condições climáticas das principais regiões produ-toras. Outro ponto importante é a difusão do Sistema de Plan-tio Direto em Hortaliças, como alternativa ao sistema conven-cional, e que vem apresentan-do bons resultados junto aos produtores de Angelina, muni-cípio maior produtor de Santa Catarina.

Agrícola

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22 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

Limão Taiti

76,1%

Pimentão amarelo

124,3%

Alface

-17,3%

Batata comum

-6,95%

Namorado

18%

ECONOMIA

NUTRIÇÃO

Índice Ceagesp sobe 3,39% em agosto

Em agosto, o Índicede pre-ços Ceagesp registrou alta de 3,39%. No ano, o indicador acumulaalta de 1,32% e, nos últimos 12 meses, as elevações foram de 1,59%. O frio maisri-goroso em conjunto com as ge-adas ocorridas nas regiões su-deste e, principalmente, sul do país, prejudicaram a produção e acarretaram diminuição do vo-lume ofertado de algumas cultu-ras. A situação foi mais grave na região sul.

Visando recompor a ofer-ta naquelas localidades mais atingidas, alguns atacadistas / distribuidores do sul do país-passaram a realizar parte das compras no entreposto Ceagesp da capital, elevando a quantida-de demandada e os preços pra-

Altas nos preços das frutas, legumes e pescados impulsionaram a elevação do indicador. Os setores de verduras e diversos registraram queda

ticados. O setor de frutas subiu 4,51%. Principais altas: limão Taiti (76,1%), Figo (53,6%), goiaba (22,7%) e laranja lima (19,5%). Principais quedas: melão (-19,3%), ameixa estran-geira (-17%) e manga Palmer (-11,6%).

O setor de legumes re-gistrou elevação de 5,59%. Principais altas: Pimentão vermelho (111,5%), Pimentão-amarelo (124,3%), mandioqui-nha (26,8%), quiabo (24,4%) e abobrinha italiana(17,1%). Principais quedas: Chuchu (-11,5%) e beterraba (-9,6%).

O setor de verduras regis-trou queda de 2,25%. Princi-pais baixas: Escarola (-23,3%), coentro (19,2%), alface crespa (-17,3%), alface lisa (-15,4%),

repolho roxo (-12%) e alface americana(-10,95). Principais altas: Cebolinha (21,6%), salsa (20,95) e agrião (6,1%).

O setor de diversos recuou 1,37%. Principais quedas: mi-lho pipoca (-22,2%), batata lisa (12,9%) e batata comum(-6,95). Principal alta: alho (12,9%),

O setor de pescados subiu 1,37%. Principais altas: namo-rado (18%) e atum (10%). Prin-cipais quedas: salmão (-11,4%), abrotea (8,1%) e anchovas (7,3%).

Tendência

O frio deverá ser menos ri-goroso neste final de inverno. Assim, com a chegada da prima-vera, as perspectivas são posi-

tivas para a oferta de todos os setores. A demanda não sofre grandes alterações neste perí-odo. Intensifica-se somente a partir de novembro. Portanto, a tendência para o próximo tri-mestre é de elevação do volume ofertado e redução dos preços praticados, notadamente nos-setores de legumes, verduras e diversos.

Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor asituação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-

lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula,são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares du-rante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no merca-do, o Índice Ceagesp é um in-dicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacio-nal em abastecimento.

A preocupação com a alimen-tação do neto levou a cozinheira Ercília Alvina Ferreira a criar um prato que ela batizou de “Macar-rão Parafuso Nutrigal” e que foi a vencedora do Primeiro Con-curso de Receitas das Cozinhei-ras da Alimentação Escolar de Campinas. A final da competição aconteceu nesta quinta-feira, 12 de setembro, no Laboratório de Nutrição e Dietética da PUC--Campinas onde seis finalistas prepararam suas receitas para uma banca de jurados.

“Queria fazer um prato que meu neto gostasse e que fosse bom para a saúde dele. O termo Nutrigal é de nutritivo e integral, pensei na aceitação das crianças e na nutrição, por isso resolvi

inscrever esta receita”, contou a cozinheira que trabalha na Es-cola Municipal de Ensino Fun-damental André Toselo. Todo o preparo, explicou ela, foi pensa-do de forma saudável. A receita é feita com macarrão integral e o molho é à base de cenoura e beterraba, que são trituradas cruas.

Em segundo lugar foi escolhi-do o “Escondidinho de Peixe”, da cozinheira Luciana Queiroz Gar-cia, do Centro Municipal de Edu-cação Infantil Arthur Bernardes. Um dos destaques do prato é o uso do requeijão caseiro - uma receita utilizada no Programa Municipal de Alimentação Es-colar de Campinas que além de econômica é mais nutritiva que

as versões industrializadas, pois contem muito leite e pouco sal.

O único homem da com-petição, Edmundo Rodrigues, cozinheiro da Escola Estadual Francisco Glicério, ficou com a terceira colocação com o prepa-ro da “Torta Multifibras”. A re-ceita foi considerada nutritiva e criativa pelo júri. Utilizou aveia, talos de salsinha, legumes e flo-cos de milho sem açúcar - cere-ais que as crianças costumam comer com leite e que são servi-dos nas escolas de Campinas.

Os finalistas tiveram até uma hora para concluir os preparos que foram avaliados por seis jurados: as professoras Renata Faustino, coordenadora do cur-so de nutrição da Unip e Rye

Katsurayama de Arrivillaga, co-ordenadora do curso de nutri-ção da PUC-Campinas; os gastrô-nomos Rodrigo Tadeu Machado Brochado e Douglas Martins de Oliveira e a funcionária da Ceasa, Vanessa Luanda Palma.

PrêmiosAs seis receitas finalistas

vão fazer parte do cardápio do Programa Municipal de Alimen-tação Escolar de Campinas. No dia 20 de setembro, às 15 horas, acontece a premiação dos vence-dores na cozinha experimental da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa): R$ 1.000 para o primeiro lugar; R$ 700 para o segundo e R$ 300 para o terceiro colocado.

A banca julgadora avaliou a qualidade nutricional das recei-tas, a originalidade, a criativida-de, o tempo de preparo, o visual, a textura, o sabor e a utilização de produtos alimentícios disponibi-lizados na alimentação escolar de Campinas. Também participa-ram da final as cozinheiras Vilma Madureira de Melo, da Escola Estadual Conceição Ribeiro, com o preparo de yakissoba à moda escolar; Sônia de Oliveira Soares, da Escola Estadual Idalina Cal-deira de Souza Pereira, que criou a bacalhoada econômica com sardinha e Sônia Regina Martins de Souza, do Centro Municipal de Educação Infantil Castelo Bran-co, que apresentou o risoto de espinafre com músculo.

Concurso de receitas da alimentação escolar de Campinas premia três profissionais

Page 23: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 24: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

24 Parceria JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

No último dia 5 de setem-bro, quinta-feira, o Banco Cea-gesp de Alimentos (BCA) pro-moveu um café da manhã para comemorar o terceiro mês de parceria com o Sindicar (Sin-dicato dos Carregadores Au-tônomos), e para homenagear os carregadores parceiros. Na oportunidade, os cinco carre-gadores que mais colaboraram e os aniversariantes no mês de agosto foram presenteados com uma cesta básica.

O BCA firmou parceria em junho com o Sindicar para agi-lizar o processo de entrega dos alimentos doados pelos permis-sionários do Entreposto Ter-minal São Paulo (ETSP). Com essa contribuição, o processo torna-se mais rápido, prático e benéfico para todas as partes. A ajuda é voluntária, e conta com 505 carregadores cadastrados, dos quais 35 já ajudaram a le-var mais de oito toneladas ao Banco. Bonés e adesivos foram distribuídos para quem abra-çou a causa. Com o seu carrinho identificado como parceiro, o carregador pode ser imediata-mente acionado pelo doador. De acordo com a parceria, toda pri-meira quinta-feira do mês acon-tece esse encontro entre repre-sentantes do BCA e Sindicar e os carregadores parceiros.

Atualmente o BCA tem cerca de 150 entidades cadastradas. Assim que recebe a doação do permissionário, a entidade ca-dastrada é acionada para bus-car o alimento. “Quando um permissionário têm disponível frutas, legumes, ou verduras imediatamente já solicita que o carregador parceiro transporte até o Banco. Assim diminuímos também as perdas evitando o desperdício de alimentos e al-cançando um número maior de entidades beneficiadas”, disse a nutricionista Alessandra Matias Figueiredo, responsável pelo BCA.

O presidente do Sindicar, José Pinheiro de Souza, ressal-tou que essa parceria é muito importante. “Estamos aqui para ajudar no que for preciso”, disse. O carregador Joaquim Gomes, que fez aniversário em agosto e que também é parceiro desde o primeiro mês, afirmou que va-leu a pena a parceria. “Sempre que vejo um alimento bom para consumo já convido o permis-sionário para ser um doador e me disponho a carregar os ali-mentos. Me sinto feliz podendo ajudar”, afirmou.

BCA comemora terceiro mês de parceria com Sindicar

Dados

Nos primeiros oito meses de 2013 o Banco Ceagesp de Alimentos (BCA) doou 800 to-neladas de frutas, verduras e legumes. Nesse período 750 entidades cadastradas foram atendidas, graças aos 139 per-missionários doadores. Dentre eles, os 10 que mais contribuí-ram foram: Itaueira, Batista, H. Shimizu, Shin, Santo Antonio, Paulifruti, Terra Fértil, Maçaira, Grupo AM e AGP Comércio de Frutas.

www.jornalentreposto.com.br

Acesse o site:

Quando um permissionário têm disponível frutas, legumes, ou verduras imediatamente já solicita que o carregador parceiro transporte até o Banco. Assim diminuímos também as perdas evitando o desperdício de alimentos e alcançando um número maior de entidades beneficiadas”.

Cinco alimentos mais doados

1. Tomate2. Cebola3. Melão 4. Mexerica5. Mandioca

Cinco maiores doadores

1. AM 2. Santo Antônio3. Batista4. Itaueira5. Frutas Franchi

Volume de doações recebidas: 110,352 toneladas

Volume de doações distribuídas: 106,645 toneladas

Total de Permissionários doadores: 32

Total de Entidades beneficiadas: 112

ERRATA

A pedido do Banco de Ceagesp de Alimentos, corrigimos os valores referentes às doações de Julho/2013:

Volume de doações recebidas: 105,671 toneladas

Descarte: 8,255 toneladas

Doações para as entidades: 97,416 toneladas

Resumo Banco Ceagesp de Alimentos Agosto - 2013

Page 25: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 25TransporteUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

SEGURANÇA

LANÇAMENTO

Consórcio facilita aquisição de veículos da marca europeia no PaísA montadora Volvo está em

campanha para apresentar a nova linha de caminhões VM. Além dos novos modelos 4x2, 6x2 e 6x4, agora a Volvo conta com os veículos 8x2 e 8x4. Toda a linha foi remodelada e o visu-al é completamente diferente da geração anterior. A cabine, por exemplo, é muito próxima à dos novos caminhões FH lançados re-centemente na Europa.

O novo painel frontal supe-rior é maior e toma boa parte da porção superior da frente do veí-culo, dando ao conjunto uma im-pressão de continuidade. Inter-namente, a Volvo decidiu manter a atual ergonomia do caminhão, que já tem aprovação dos moto-ristas.

“A padronagem dos tecidos que cobrem os bancos, do teto e dos painéis internos foi atualiza-da. Mas mantivemos tudo o que o transportador aprovou e consi-dera importante para a operação de transporte”, Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas do projeto do novo VM.

O gerente da linha VM no Bra-sil, Francisco Mendonça, destaca que para o segundo trimestre do próximo ano, a nova linha VM também terá a renomada caixa de câmbio eletrônica I-Shift, que já equipa mais de 90% dos cami-nhões da linha F.

Volvo apresenta sua nova linha de caminhões VM para o Brasil e América Latina

Conheça as configurações de eixos 8x2 e 8x4

Segundo o diretor comercial de caminhões do Grupo Volvo no Brasil, os novos caminhões VM são voltados para o segmen-to rodoviário, mas também com versões dirigidas para aplicações vocacionais, ingressando num mercado potencial que está se formando no Brasil, estimado em cerca de 8 mil unidades anuais. Agora, a oferta da linha VM é for-mada por veículos 4x2, 6x2, 6x4, 8x2 e 8x4.

Nas configurações 8x2 e 8x4, os transportadores podem usar o novo VM para rodar em operações de média distância, transportando matérias primas e produtos industrializados, entre outros. Na aplicação vocacional, as betoneiras e caçambas são um bom exemplo para o VM 8x4. “Os novos veículos de quatro eixos são uma excelente opção para trajetos variados. São caminhões versáteis e muito adequados à atuais necessidades de aumento de capacidade transportada”, diz Fedalto.

Os caminhões com quatro ei-xos garantem aumento de capa-cidade de carga. “Nosso compro-misso é desenvolver e fabricar o melhor caminhão do mercado, mas também proporcionar maior

rentabilidade ao transportador”, diz Fedalto. Os novos VMs 8x2 e 8x4 são os mais recentes desen-volvimentos nesta área. Nova linha VM tem soluções em finan-ciamentos, seguros e consórcio

A nova linha VM está sendo lançada com diversas opções de financiamentos, seguros e con-sórcio da Volvo Financial Servi-ces, braço financeiro do Grupo Volvo. “Somos um banco voltado para a oferta de soluções inte-gradas aos clientes nos diversos segmentos de transporte, que facilitem o dia a dia do trans-portador e agreguem valor aos negócios deles”, declara Márcio Pedroso, presidente da Volvo Fi-

nancial Services Brasil.O Banco Volvo tem diversas

opções como o Finame e as li-nhas de crédito CDC. Para a nova linha VM a Volvo Financial Servi-ces está lançando um grupo es-pecial de consórcio. Com prazos de até 100 meses, o grupo terá parcelas reduzidas. O consórcio é uma excelente modalidade de aquisição para os transporta-dores que querem ter uma pro-gramação de investimentos ao longo do tempo, independente das oscilações do mercado. “Com o consórcio, o transportador ga-rante um processo contínuo de renovação e ampliação da frota”, destaca Pedroso.

Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil

Desde o dia 13 de setem-bro, cerca de 40 câmeras de segurança estão em fun-cionamento nas marginais Pinheiros e Tietê. Policiais militares acompanham as imagens captadas 24 horas por dia. O objetivo é colabo-rar com o trabalho da polícia, além de coibir a violência. A Secretaria de Segurança Pú-blica do Estado quer dobrar o número de equipamentos até o fim do mês.

“A empresa que perdeu a licitação entrou na Justi-ça. Então, se consegue uma liminar e enquanto não se derruba um liminar, não se consegue fazer o contrato andar. A gente espera que até 30 de setembro, as 82 câmeras de vídeo estejam instaladas e operando”, in-formou o governador Geral-do Alckmin.

Marginais passam a ser monitoradas por câmeras

Marcando sua estreia no segmento dos extrapesados premium, a Iveco acaba de lançar no mercado brasilei-ro o novo Hi-Way, caminhão consagrado com o maior prêmio dedicado aos veícu-los comerciais na Europa: International Truck of the Year 2013, concedido pela imprensa especializada du-rante a feira de transportes de Hannover, na Alemanha.

A produção do Hi-Way é realizada no Complexo Industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG). O caminhão chega ao país em três faixas de potência: 440, 480 e o novo 560 cv. O veículo tam-bém está disponível em três versões de tração (4 x 2, 6 x 2 e 6 x4) e três entre-eixos: 3.500, 3.200 e 3.000. Um dos seus grandes diferenciais é a garantia estendida exclusi-va de quatro anos - um para o veículo completo e mais três para o trem de força -, a maior do mercado.

Montadora traz o caminhão do ano na Europa para as estradas brasileiras

Page 26: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

26 Transporte JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013

A montadora Mercedes--Benz está trazendo para o Bra-sil um conceito que funciona há mais de dez anos na Europa: uma loja multimarca de veícu-los comerciais seminovos. A SelecTrucks segue os padrões utilizados no mercado europeu e está instalada junto ao novo empreendimento da empresa, o Pátio Mauá.

Joachim Maier, vice-presi-dente de Vendas e Marketing da Mercedes no Brasil explica que o objetivo da loja-piloto é fazer da marca referência no merca-do de seminovos e de serviços para caminhões. “Além disso, queremos trazer novos clien-tes para os veículos Mercedes--Benz zero quilômetro”, acres-centou.

A SelecTrucks comercializa todas as marcas e modelos de caminhões. O portfólio é di-vulgado no site da loja (www.selectrucks.com.br) e o cliente pode usar seu veículo “velho” para adquirir um seminovo. Quando necessário, ele tam-bém conta com serviços de re-paro e manutenção. O estoque está dividido em categorias: Ouro, Prata e Bronze. A classi-ficação serve para identificar a idade, o estado e a quilometra-gem dos caminhões.

Garantia SelecTrucks

A garantia de procedência dos produtos fica a cargo de uma empresa especializada no segmento de vistorias e inspe-ções, que será responsável pela avaliação total dos caminhões, análise da documentação, vis-toria e laudo final com orça-mento dos reparos sugeridos.

Mercedes-Benz inaugura loja de caminhões seminovosLoja-piloto comercializa todas as marcas e modelos de veículos comerciais

SELECTRUCKS

:Serviço:Avenida Papa João XXIII,nº 2843 - Parte A Sertãozinho - Maúa - SPContato: [email protected]

Page 27: Jornal Entreposto | Setembro de 2013

setembro de 2013 27Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Inauguramos esse espaço para falar de um assunto que é dor de cabeça para dez em cada dez empresários no Brasil e que faz um belo “estrago” no seu bolso quer você seja peque-no ou grande.

Os mais antigos devem lem-brar do ditado: “Só há duas certezas nesta vida: A morte e o Pagamento de Impostos”. Sendo que a morte é uma só. Já o imposto... Isso mesmo!, você não entendeu mal, vamos falar de Impostos no Brasil e, quiçá, no mundo. Nunca antes no nos-so País se debateu tanto essa questão e ainda assim estamos longe, mas muito longe mesmo, de um consenso.

Se até Jesus Cristo quan-do confrontado falou: “Dai a César o que é de César...” Ima-gine para nós, simples contri-buintes, o que é enfrentar essa questão. Se até mesmo os mais “sabidos” ficam desnorteados e muitas vezes sem respostas para simples perguntas.

Mas, se o assunto é tão com-plicado e não há, mesmo, o me-nor vislumbre de solução para as intermináveis controvérsias. Afinal, porque estamos aqui a falar disso? O que não tem so-lução, solucionado está!

Ora, vamos falar de fute-bol, pois somos uma pátria de

Imposto no EntrepostoEdson José de Oliveira*

chuteiras e técnicos! Simples? Nem tanto. Nossa proposta é discutir um assunto do seu dia a dia e expor como, onde, e tal-vez o porquê, somos induzidos a falsas ideias que nos levam a falsas conclusões e, invaria-velmente, a decisões erradas. Vamos a um exemplo: O Esta-do Brasileiro arrecada muito. Sinto em dizer que isso não é verdade.

O Estado Brasileiro arreca-da pouco, mas gasta muito mal.

ARTIGO TRIBUTOS

A Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamen-tos, presidida pelo deputado federal Walter Ihoshi, foi lan-çada para mostrar que o acesso aos medicamentos é um direito de cada cidadão. “O Brasil está desalinhado com o resto do mundo, que paga em média 6% de tributos. A minha responsa-bilidade como parlamentar é mudar esse cenário”. Temos a tributação mais alta do mundo sobre medicamentos: 33,9%.

Além disso, somente 20% dos medicamentos são cober-tos pelo governo e 55% da população não tem condições financeiras de comprá-los. De acordo com Ioshi, o ideal seria isentar os medicamentos de tributos, a exemplo de países como Estados Unidos, México, Canadá, Venezuela e Reino Uni-do. Enquanto isso não aconte-ce, segundo ele, uma desonera-ção gradativa já faria diferença no bolso do consumidor.

Walter Ihoshi lança Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamentos

Essa é nossa realidade e pronto! Não adianta você se iludir do contrário. A partir dessa e outras premissas, que veremos nos próximos artigos, vamos tentar entender e sobre-viver a essa dura realidade.

Porém, vamos seguir sem-pre a máxima: Pensar Global-mente e Agir Localmente. As-sim, aos poucos, vamos buscar um entendimento do Mundo Tributário e agir no nosso mun-dinho empresarial.

*Edson José de Oliveira é contador, Mestre em Contabilidade e especialista em Direito Tributário (ABAT). A partir desta edição, o profissional vai contribuir com a divulgação de informações referentes a impostos e tributação.

Contatos:www.contactassessoria.com.bredson.oliveira@contactassessoria.com.br

Um novo utensílio de cozi-nha foi lançado no Reino Unido com o objetivo de tornar mais prática, segura e divertida a tarefa de descascar legumes como abobrinha, cenoura, nabo e mandioquinha-salsa.

Conhecida como Karoto, a novidade, que se parece e fun-ciona como um apontador de lápis gigante, retira a pele dos vegetais em menos de 30 se-gundos.

Segundo os inventores, as aparas dos legumes descas-cados podem ser usadas para decorar saladas, já que os bri-tânicos estão cada vez mais “viciados” séries televisivas e reality shows comandados por estrelas do mundo da gastro-nomia.

Eles também lembram que o design do Karoto protege os

Descascador de legumes em formato de apontador de lápis gigante chega ao mercado no Reino Unido

dedos dos usuários contra cor-tes feitos por facas ou descas-cadores tradicionais.

O divertido acessório de cozinha está sendo vendido no Reino Unido por 9,95 libras.

Embora seja muito fácil e se-guro de operar, o equipamento não deve ser usado como brin-quedo por crianças, conforme alertam os responsáveis pela invenção.

Novo acessório retira a pele dos vegetais em menos de 30 segundos e protege dedos dos usuários contra cortes

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28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2013