jornal dos bairros | edição janeiro 2014

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Confira os principais fatos de 2013 para o movimento comunitário caxiense, na retrospectiva do Jornal dos Bairros. Prefeitura Municipal entrou com recurso na Jusiça, contestando valor de R$ 600 para mensalidades nas escolas particulares. Compra de vagas na rede privada de educação infantil só deve acontecer após o julgamento deste recurso. Saiba mais na reportagem especial Ano 18 Nº 01 Jornal dos Bairros Janeiro 2014 Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM Págs. 08 e 09 Educação: Impasse na compra de vagas Foto: Karine Endres Págs. 06 e 07 Assembleia Geral da UAB Dia 01 Fevereiro Sábado 14 Horas Sede da UAB

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Confira a matéria especial sobre a educação infantil em Caxias do Sul. Prefeitura Municipal recorre da decisão da Justiça, questionando valor de R$ 600 para mensalidade na compra de vagas na rede privada de educação infantil.

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Page 1: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Confira os principais fatos de 2013 para o movimento comunitário caxiense, na

retrospectiva do Jornal dos Bairros.

Prefeitura Municipal entrou com

recurso na Jusiça,

contestando valor de

R$ 600 para mensalidades nas escolas particulares. Compra de vagas na

rede privada de educação infantil só

deve acontecer após o

julgamento deste recurso. Saiba mais

na reportagem especial

Ano 18Nº 01

Jornaldos

Bairros Janeiro 2014

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

Págs. 08 e 09

Educação: Impasse na compra de vagasFoto: Karine Endres

Págs. 06 e 07

Assembleia Geral da UAB

Dia 01FevereiroSábado14 Horas

Sede da UAB

Page 2: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Opinião 02

Editorial

Mais um ano de Jornal dos Bairros

Jornal dos BairrosExpediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do SulFiliada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRA-CAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM)

Presidente: Valdir WalterDiretor de Imprensa e Comunicação: Cláudio Teixeira - [email protected]: Karine Endres - MTb. 12.764 - [email protected]ção e Design Gráfico: Karine EndresReportagem: Karine Endres e Luana Reis E-mail: [email protected] Telefone: 3238.5348Tiragem: 10.000 exemplares

Conselho Editorial:Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudio Teixeira, Flávio Fernandes, Karine Endres, Paulo Saussen e Valdir WalterEmail: [email protected]: 3219.4281Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Mande seu recadoEscreva para o Jornal dos Bairros. Mande sua sugestão, reclamação ou comentário.

Entregue na sede da UAB até a última semana de cada mês ou pelo e-mail [email protected]

Há vagas para aulas de informática na UAB

Finalizamos mais um ano do Jornal dos Bairros com a conquista de conti-nuar sendo o único jornal comunitário e uma das maiores longevidades da im-prensa impressa de Caxias do Sul. Em 2013 consolidamos a impressão total-mente colorida e as novas editorias “Es-paço Comunitário” e “Bem Estar”, além da manutenção da regularidade mensal que nos permitiu sermos os fiéis guardi-ões da história do movimento popular, ao narrar os principais acontecimentos do movimento comunitário caxiense e gaúcho.

O Jornal dos Bairros é o único jornal de Caxias que mantêm em sua pauta es-paço aberto para a ação das associações de moradores. Todo o mês nas páginas deste jornal circulam assuntos de inte-resse das Amobs das diversas partes da cidade, trazendo desde as festas que movimentam e integram as comunidades até a pauta de luta de cada localidade, sempre com a visão das lideranças co-munitárias, reconhecendo estes impor-tantes atores sociais da luta popular, dando-lhes vez e voz.

A ação da UAB também está retra-tada nas páginas do Jornal dos Bairros. Todas as atividades desenvolvidas pe-los departamentos, desde as atividades políticas até as de integração, como os campeonatos esportivos e o Mais Bela Comunitária são acompanhados de per-to. Assim, pegando as 12 edições do ano, você tem um apanhado geral de toda a ação desenvolvida pela União das Associações de Bairros.

A pauta comunitária tem uma gran-de relevância, mas não são apenas maté-rias de comunidades que você encontra no jornal dos Bairros. Ações do Poder Público que dizem respeito à melhoria de

qualidade de vida da população, como por exemplo o fim dos pedágios privados foram amplamente pautados aqui. Além disso, não esquecemos as atividades de integração da cidade como a Festa da Uva e o Carnaval de Rua de Caxias, que também recebem espaço privilegiado, demonstrando que o Jornal dos Bairros é um jornal de necessária leitura para quem não quer mais do mesmo.

Os desafios para a manutenção de um veículo de comunicação como o Jor-nal dos Bairros são imensos. Contamos com uma equipe reduzida que se des-dobra para finalizar mensalmente este jornal que é inteiramente escrito den-tro da UAB. A

liado a isso ainda temos a dificulda-de de captar patrocínios, pois como não pertence aos grande grupos de comuni-cação é visto com desconfiança por par-te de empresários que tem resistência a se associar a um jornal de movimen-to popular. Este ano foi mais difícil que o costumeiro, pois a Prefeitura Munici-pal não patrocinou uma edição sequer. Pra quem não sabe, em todo o lugar é o poder público que mantêm vivos os ve-ículos de comunicação com seus gas-tos em mídia.

Os desafios fazem parte da cami-nhada. Construir um jornal com a for-ça e a representatividade do Jornal dos Bairros não é fácil, mas é gratificante.

Mais um ano se encerrou e pode-mos olhar para trás e ver as 12 edições de 2013 que narram uma conjuntura de luta e inquietação social. Que mais anos venham para o nosso Jornal dos Bairros, que mais anos venham para a luta po-pular. Vida longa ao Jornal dos Bairros. Vida longa ao movimento comunitário.

No dia 20 de janeiro rei-niciam as aulas de informáti-ca básica do Ponto de Inclu-são Digital da UAB. E ainda existem vagas para as quatro turmas que serão abertas.

Duas turmas realizam aulas na segunda e quarta-fei-ra, sendo uma das 14h às 16h e outra das 16h às 18.

Nas terças e quintas, mais duas tur-mas têm aulas, nos mesmos horários.

Os interessados em participar po-

dem garantir uma vaga ligando para a UAB, pelo telefone 3219.4281. As inscri-ções serão aceitas até o dia 27 de janeiro.

Inscreva-se:

3219.4281

Aulas gratuitas na UAB

Já está aberto o período de contra-tação das pessoas interessadas em tra-balhar na Festa da Uva 2014. A empre-sa Performance Trabalhos Temporários Ltda foi a vencedora da licitação e fará a contratação do pessoal para o setor de hospitalidade.

Conforme divulgado pela secretaria de Turismo (SEMTUR), os currículos de-vem ser encaminhados para os e-mails [email protected] ou [email protected] e também podem ser entregues pessoalmente na SEMTUR (Rua Ludovico Cavinatto, 1431, casa branca, Réplica de Caxias do Sul) até o dia 25 deste mês, das 8h às 18h.

Os candidatos devem ter idade mí-

Festa da Uva já recebe currículos para trabalho temporário

nima de 18 anos. Também será oferecido trabalho para cadeirantes e idosos, que tenham perfil para receber os turistas.

No dia 27 de janeiro, das 9h às 19h, será feita a seleção do pessoal, no salão paroquial da Festa da Uva, localizado atrás da réplica.

A secretária Drica de Lucena solici-tou à direção da empresa Performance que também contrate pessoas que do-minem a linguagem de libras e que falem outros idiomas. “Queremos uma equipe ágil, harmoniosa e que tenha prazer em trabalhar”, disse. A secretária adianta que todo o processo de seleção será de responsabilidade da empresa.Em caso de dúvida, o telefone é (51) 2108-2188.

Currículos serão aceitos até o dia 25 de janerio!

A rua Moreira César, entre a Sinim-bu e Os 18 do Forte, estará fechada por cerca de 15 dias, se não chover, devido às obras de alargamento da via.

Após esse período, a rua terá libe-ração parcial. Os trabalhos iniciaram no dia 20 de janeiro, com a demarcação e a sinalização do trecho.

Nesta primeira etapa, uma esca-vadeira e dois caminhões começam os trabalhos de escavação do solo em 90

Inicia o alargamento da rua Moreira César

centímetros, profundidade necessária para a remoção dos materiais inadequa-dos, como lixo e solo de má qualidade.

Depois, será colocado um rachão (tipo de pedra britada) de 30 centíme-tros e uma base de brita, divididas em duas camadas de 15 centímetros. Num segundo momento, começam os traba-lhos de pavimentação. Finalizada, a rua deverá ter 12 metros de largura e aproxi-madamente 96 de extensão.

Page 3: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Movimento 03

Conselho Tutelar e Defensoria Pública vêm à AGFoto: Karine Endres

Defensoria apresentou projeto na primeira AG do ano

Defensoria Pública quer apoio para levar Justiça aos bairros

A primeira Assembleia Ge-ral da UAB em 2014 contou com duas entidades importantes para os moradores de bairros. No dia 11 de janeiro, represen-tantes do Conselho Tutelar de Caxias do Sul e da Defensoria Pública estiveram na sede da UAB. O Conselho Tutelar veio trazer informações sobre o pa-pel do órgão e formas de acionar a entidade. Já a Defensoria trou-xe um importante projeto para beneficiar as famílias carentes que precisam da Justiça.

“Papel do conselho é pro-teger a criança”

A função protetiva do Con-selho Tutelar foi um dos aspec-tos mais ressaltados pelas cinco conselheiras presentes na As-sembleia da UAB. Fabiana Te-resinha de Macedo, Rosane For-molo, Loci Almeida Prux, Giane Neitzke Kunh e Marjorie Moni-que Sasset Aver deixaram claro em suas falas que não cabe ao Conselho tomar medidas puniti-vas ou de repressão em relação aos jovens.

“Muitos pensam que nós podemos intervir quando os

adolescentes apresentam um comportamento inadequado, mas não é esse nosso papel”, afirma a conselheira Rosane Formolo.

Sua principal função é zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Ele

atende às crianças, aplica medi-das protetivas sempre que os di-reitos dos menores forem amea-çados ou violados, por omissão da sociedade ou do Estado, dos pais ou dos responsáveis ou ain-da pela conduta dos pais.

Suas decisões somente poderão ser revistas pelo Judi-ciário. As denúncias podem ser feitas por telefone ou presen-ciais e quando realizada passa a ser sigilosa. A documentação a respeito do assunto só pode ser obtida através da Justiça.

“Se não há atendimento na saúde para uma criança, estare-mos solicitando para o municí-pio que providencia o atendi-mento para que aquela criança ou adolescente”, fala Rosane. Ela também ressalta que o con-selho sempre vai trabalhar para

que o menor esteja com sua fa-mília natural. “A rede trabalha para fortalecer os vínculos da-quela criança ou adolescente com sua família, para que ela permaneça na sua casa, des-de que não haja maus tratos ou abuso sexual”, afirma.

“Sempre que o adolescen-te comete um ato infrancional, ameaçando, roubando, matan-do, a vítima deve fazer um re-gistro policial e este adolescen-te irá responder por seus atos. Mas quem cuida disso são as forças policiais não o Conse-lho”, completa Marjorie Moni-que Sasset Aver. “Nosso papel é agir quando o menor tem um direito violado e não quando ele infringe as normas ou leis. Nós protegemos quando a criança é a vítima”, explica ainda Marjorie.

Comunitaristas questionam“Estou preocupa-

do porque a comunidade não tem conhecimento de como encontrar os conse-lheiros. Não sabemos o te-lefone nem os endereços”, afirma Natal Fonseca da Silva, presidente da Amob São Victor Cohab. Ele tam-bém pediu que o Conselho Tutelar esteja mais presente nas comunidades, fazendo contato com os líderes co-munitários e com a comu-nidade escolar.

A presidente do Lotea-

mento Jardim América, Francis-ca Oliveira Araújo, também afir-mou a importância do Conselho estar na comunidade, dialogan-do, mas para explicar aos pe-quenos que eles também têm deveres. “As crianças precisam entender que elas também têm deveres. Eles apenas cobram os direitos, mas não sabem quais são seus deveres para com os pais e sociedade”, disse.

“A educação tem que vir de dentro de casa”, afirmou a vice-presidente da UAB, Joce Barbosa, em sua fala. “Muita

gente acha que é o Conselho Tutelar que tem que educar, mas educação tem que ser dada pelos pais”, completa a comunitarista.

Ela colocou a União à disposição dos conselheiros para desenvolver um traba-lho nos bairros buscando a conscientização dos pais em relação ao seu papel de for-madores. “Se nós, enquanto pais e mães, não dermos li-mite para nossos filhos, não será o Conselho Tutelar que fará isso”, diz ainda Joce.

Saiba como encontrar o Conselho:

Conselho NorteTelefones: 3901.1517 ou 3901.1521Rua Visconde de Pelotas, nº 449

Conselho SulTelefones 3901.1518 ou 3901.1519Rua Os Dezoito do Forte, nº 998

Os defensores públicos Arion Escorsin de Godoy e Do-mingos Barroso da Costa vieram até à UAB expor o que é a “De-fensoria das Famílias” e se pro-por a buscar a solução dos con-flitos entre as partes, evitando assim acionar o Judiciário.Eles se propuseram a organizar mu-tirões de atendimento nos bair-ros, buscando que as partes de um conflito dialoguem e tentem uma solução extrajudicial para o problema.

Segundo Domingos da Costa, a Defensoria está aberta aos comunitaristas que desejam o serviço. “Quem tiver interes-se, podemos ir até o bairro para tentar solucionar estas ques-

tões. Para isso, precisamos que o presidente compareça na De-fensoria e agende um dia para ir-mos ao bairro”, disse Domingos.

“Fazemos o atendimento especial naquelas questões que envolvem famílias, como divór-cio, pagamento de pensão ali-mentícia, reconhecimento de paternidade, união estável, in-ternação compulsória, busca e

apreensão de criança e adoles-cente, entre outros temas fami-liares”, fala Domingos.

Estes mutirões terão por objetivo ajudar que as partes encontrem a solução das dispu-tas entre sim, e assim se tornem protagonistas da cidadania. “O Brasil se mantém numa lógica paternalista querendo que o governo resolva tudo. Mas na

verdade, a gente se faz cidadão. E podemos nos fa-zer atores das so-luções dos nossos problemas, sem um Juíz, sem um pro-motor ou defen-sor”, explica.

“Vocês são as autorida-des mais legítimas para decidir a vida de vocês e não precisa ser o governo a decidir suas vi-das através de um Juiz”, afirma ainda Domingos. “Democracia só existe quando há responsa-bilidade. Responsabilidade é a capacidade de responder pe-los seus direitos, mas também por seus deveres”, argumenta o defensor.

Os acordos entre as partes envolvidas podem chegar à De-fensoria que tem poder atribuí-do por lei para confirmar a vali-dade desse tipo de acerto, com a mesma força de uma decisão de juiz. Além disso, caso seja necessário o processo, seu an-

damento será bem mais rápido e facilitado, já que ao Juiz cabe-rá apenas verificar a legalidade e garantir a força do acordo, sem a necessidade de contestação, produção de provas, audiên-cias, por exemplo.

Ele defende que enquanto líderes, os comunitaristas po-dem traduzir para a população essa responsabilidade. “Antes de pedir para o juiz, a pessoa precisa se engajar e tentar re-solver a questão através do di-álogo”, explica ainda.

“Através de palestras que-remos mostrar para as pesso-as que elas mesmas possam resolver seus problemas”, fala Domingos.

Defensoria Pública

Rua Luiz Antunes, nº 133, bairro PanazzoloTelefones: 3228.9566 / [email protected] segunda à quinta-feiraDas 9h às 12h e das 13h às 18h

Page 4: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Movimento 04

Foto: Karine Endres

‘SIM Caxias’ promete diminuir tempo de viagem para as região leste e oeste

Avaliadores do transporte conhecem o SIM Caxias

Mudança foi idealizada ainda em 1997

Confira um histórico com as principais mudanças no transporte público de Caxias, buscando a integração e tron-calização do Sistema. O pro-jeto iniciou ainda em 1996, na gestão do ex-prefeito Pepe Var-gas, e assumiu novos contornos com o SIM Caxias. O histórico foi apresentado pelo secretário Zulmir Baroni, na AG.

1997 – Poder públi-co inicia o estudo da troncalização e inte-gração do sistema de transporte público em Caxias

1998 – Ano da pri-meira audiência pú-blica apresentando

Os avaliadores do trans-porte público de Caxias co-nheceram detalhes do Siste-ma Integrado de Mobilidade (SIM Caxias) no dia 14 de de-zembro, durante o Fórum dos Usuários. O evento aconteceu na sede da UAB e contou com a presença do secretário de Trânsito e Transportes, Zulmir Baroni Filho, do Diretor Execu-tivo de Transportes da secreta-ria, Oswaldo Della Giustina, do engenheiro e servidor Juliano de Ross, e também do gerente operacional da Visate, Sérgio Benetton.

O SIM Caxias promete dar preferência para o transporte coletivo, pedestres e bicicletas no caótico trânsito da cidade. Segundo dados da Prefeitura Municipal, já existem R$ 32 mi-lhões oriundos do PAC e mais R$ 8 milhões de contrapartida do município para serem inves-tidos nas obras que darão via-bilidade ao projeto.

A ideia é que as obras ini-ciem depois da Festa da Uva, talvez com a própria presiden-te da República, Dilma Rousseff, assinando a ordem de início, na sua visita à festa.

O secretário Zulmir Baroni Filho lembrou do início da tron-calização do transporte coleti-vo e da importância da viagem do Prefeito à Colômbia. “O Pre-feito contribuiu muito com a nossa área técnica. A viagem e a experiência trazida por ele de Bogotá e demais cidades foi muito importante para a atua-

lização desse projeto, que teve os seus primeiros estudos em 1997. De lá pra cá foram sendo implantadas novas paradas de ônibus, a bilhetagem eletrônica, entre outras ações, culminando em 2011 com a construção das novas estações principais de integração (EPI) Floresta e Imi-grante, de onde parte o proje-to da troncalização do eixo les-te/oeste, e de quatro estações centrais que também já estão sendo implantadas”, explicou.

Esta etapa do SIM Caxias vai englobar 19 linhas que fa-zem hoje o percurso de leste a oeste da cidade. Para isso, além do transbordo de passageiros nas duas EPIs, serão implanta-dos dois corredores de ônibus da rua Sinimbu, faixa comparti-lhada de ônibus/automóveis na Pinheiro Machado, pavimenta-ção em concreto rígido dos cor-redores da Sinimbu e Pinheiro Machado (e outros quatro cor-redores em 2015), regramento para as conversões da área cen-

tral, nova sinalização e contratação de mais fiscais de trânsito.

“A partir de ago-ra teremos dois novos conceitos: o serviço expresso e o semi-ex-presso, triplicando a velocidade comercial (tempo de percurso) dos ônibus que atra-vessam a cidade de leste a oeste. O expres-so parará em algumas paradas centrais e o semi-expresso em ou-tras, agilizando o ser-viço e aumentando a ve-locidade de deslocamento de um ponto a outro da cidade”, explicou o engenheiro da SMT-TM, Juliano De Ros.

No projeto também está prevista a implantação de uma ciclovia na rua Luiz Michielon e a implantação de mão úni-ca desde a rua Simão Cembra-ni (entroncamento com a rua Rodrigues Alves) até a BR-116.

“Como teremos a EPI Imi-grante próxima é um incentivo para os moradores do bairro Cruzeiro e arredores a irem de bicileta até a estação. Lá vai haver bicicletários”, ressaltou o engenheiro.

Serão necessárias obras complementares e também estão previstas outras etapas de implantação a médio prazo

como a construção de novas estações no São Ciro e na Zona Norte (Centenário). “O sistema de troncalização leste/oeste tem previsão de funcionamen-to no segundo semestre do ano que vem. Até lá estamos nos reunindo e mostrando o proje-to para diversos segmentos da comunidade”, informou o se-cretário Baroni.

as mudanças que seriam imple-mentadas para a comunidade: integração do sistema e tron-calização do modelo. Também foi o ano da primeira experiência prática de integração tarifária de Caxias, trazendo a possibi-lidade do usuário trocar de ôni-bus para linhas de terminais que passavam pela estação rodovi-ária, sem a necessidade de pa-gar uma nova tarifa (para quem aderisse ao cartão integração).

1999 – O modelo tronco ali-mentado foi incorporado à con-corrência pública para o trans-porte coletivo urbano, com apri-moramento das exigências de integração tarifária, que permi-tiu os transbordos entre linhas

troncais e alimentadoras com o gasto de uma única tarifa.

2001 – Concessionária vence-dora da concorrência passa a operar a primeira bilhetagem eletrônica no RS.

2002 – Implantadas duas estru-turas fundamentais para o siste-ma: Estação Principal Ópera e Estação Principal Catedral.

2003 – Município contrata con-sultoria técnica “Oficina Consul-tores”, com o objetivo de elabo-ração do projeto operacional da troncalização e do detalhamen-to técnico das estações princi-pais centrais e secundárias de integração. O projeto tinha um horizonte de dez anos, isto é, previa as mudanças que seriam

necessárias até o ano passado.

2006 – Implantação das esta-ções principais centrais Dante Marcucci e Pompéia, em con-junto com outras estações se-cundárias. Implementou a pri-meira mudanças nas linhas, que deixaram de percorrer todo o centro. Neste ano, linhas do Desvio Rizzo passaram a ter o ponto final na Estação Pompéia e não mais o Imigrante.

2011 – Iniciou a construção das Estações Principais de Integra-ção Floresta e Imigrante, que em conjunto com outras medi-das possibilitam a implantação do SIM.

2014 – Apresentação do SIM Caxias.

Fórum dos Usuários em 2014

Confira a data dos próximos Fórum dos Usuários:

>> 15 de Março>> 14 de Junho>> 13 de Setembro>> 13 de Dezembro

Page 5: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Segurança 05

Caxias chega a 22 núcleos da Polícia ComunitáriaCaxias entrou em 2014 com

mais dez bairros sendo atendi-dos pelo policiamento comuni-tário. No dia 20 de dezembro, através de um um investimen-to de R$ 650,00 mil, oito novos núcleos foram lançados, abran-gendo as comunidades de Vila Cristina, Jardim Eldorado, Ado-rado, Serrano, Planalto, Ana Rech, Desvio Rizzo, Esplanada e Fátima.

Ao todo, o município, que foi pioneiro no projeto, já con-ta 35 bairros e 22 núcleos do policiamento comunitário em operação, abrangendo uma população de cerca de 220 mil

moradores.Segundo dados da Secreta-

ria Estadual da Segurança Públi-ca, após a implantação, os ho-micídios nos bairros com poli-ciamento comunitário diminu-íram mais de 50%. O secretário adjunto da Segurança Pública do RS, Juarez Pinheiro, disse que “Caxias do Sul é nosso primeiro grande case da Polícia Comuni-tária. Os resultados já demons-tram que o projeto veio para fi-

car e crescer em todo o Estado”. Juarez representou o secretário Airton Michaels no lançamento.

Pinheiro informou, ainda, que no ano que vem será feita uma avaliação detalhada do de-sempenho do policiamento co-munitário nos municípios onde o projeto já está em funciona-mento. O secretário da Segu-rança Pública de Caxias do Sul, Roberto Soares Louzada, lem-brou que o município é entu-siasta do projeto e sempre ofe-

>> Vila Cristina >> Jardim Eldorado >> Serrano>> Planalto >> Ana Rech >> Desvio Rizzo >> Esplanada >> Fátima

Confira os novos núcleos

O projetoA Polícia Comunitária

- implantada do Rio Gran-de do Sul pela Secretaria da Segurança Pública - traz um conceito inédito no Bra-sil, de aproximar os policiais da população, alimentando a sensação de segurança pública a partir dessa con-vivência.

Caxias do Sul foi pio-neira na implantação do

projeto Policiamento Co-munitário em 2012. Hoje, o Estado conta com 68 nú-cleos em 12 municípios, num convênio em que o Estado disponibiliza os po-liciais militares, viaturas e os equipamentos como armas, coletes e algemas e os Mu-nicípios repassam o auxílio moradia para os policiais participantes do projeto.

receu apoio ao Estado. “Não se consegue fazer segurança públi-ca hoje sem a parceria dos três entes federados, União, Estado e municípios”, ponderou.

Para Valdir Walter, presi-dente da UAB, a comunidade de Caxias abraçou a causa desde o começo. “Antes era difícil ha-ver segurança nos bairros, pois até uma ocorrência ser aten-dida poderia ser tarde. Hoje, a sensação é de segurança, pois os policiais estão inseridos nos bairros”.

Foto: Karine Endres

Oito novos núcleos custaram R$ 650,00 mil para o Estado

Números do Policiamento

Comunitário em Caxias:

>>22 núcleos

>> 35 bairros

>> 66 policiais

>> 220 mil moradores atendidos

Page 6: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros6Janeiro 2014

Especial 06

2013 foi um ano de supe-ração para o movimento comu-nitário caxiense.

Em março, a Radio Comu-nitária UAB FM 87,5 entrou no ar, realizando um sonho antigo do movimento.

Já maio foi um mês para as festas. No dia 19 daquele mês, a entidade comemorou seus 50 anos de atuação comunitá-ria e também a inauguração do tão desejado ponto de cultura “UAB Cultural”

No dia 2 de junho, os mo-radores de bairros puderam es-colher a nova diretoria das suas Amobs e também da UAB. Val-dir Walter garantiu sua reeleição com um amplo acordo unifican-

Grandes conquistas marcam 2013 para o movimentodo o movimento comunitário.

Este também foi o primeiro ano da gestão de Alceu Barbo-sa Velho (PDT). O governo de-morou para conseguir imprimir sua marca, mas ao fim de 2013 já conseguimos notar algumas de suas prioridades.

Um exemplo é a preocu-pação com as principais vias de acesso aos bairros que es-tão recebendo as necessárias melhorias.

No âmbito estadual, final-mente os contratos de pedá-gios com as concessionária pri-vadas foram encerrados. A luta de mais de 15 anos de diversos segmentos, entre eles o comu-nitário, enfim obteve sucesso.

Em janeiro de 2013, o Jor-nal dos Bairros voltou a discu-

A UAB es-teve na Ave-nida do Sam-ba em 2013. A escola São Vi-cente elegeu a entidade como tema de seu samba enredo e levou para a Sininbú as principais ati-vidades desenvolvidas pela União.

Sob o samba enredo “Ban-deiras entrelaçadas para bri-lhar”, desfilaram as Mais Belas Comunitárias de 2012, a em-baixatriz da Festa da Uva de 2012, Shânia Pandolfo, o Jor-nal dos Bairros, os campeona-

Em março, durante a Assembleia Geral, do dada a largada para o proces-so eleitoral comunitário em 2013. Os comunitaris-tas aprovaram o regimen-to eleitoral e definiram as principais datas do pleito.

Este também foi um mês de perdas para a es-querda latinoamericana, com o falecimento do então presidente da Venezuela, Hugo Cháves, no dia 5 daquele mês. As políticas chavistas foram responsáveis pela diminuição da miséria e da desigualdade no país ‘hermano’.

E um grande sonho dos

tir os desequilíbrios no Orça-mento Comunitário. Enquanto

algumas comunidades recebiam diversas obras, outras pareciam esque-cidas.

Assumindo a pasta, José Dambrós prometeu que não haveria distin-ções e que o único cri-tério seria o número de participantes.

A lista de obras in-dicadas e aprovadas re-lativas às reuniões de 2013 ainda não foram divulgadas. Este material que mostrará se a prática mudou como prometido.

tos interbairros de futebol e a luta por melhores condições de vida.

Também em fevereiro, os comunitaristas tiveram a opor-tunidade de conhecer ao vivo toda a equipe de governo de Alceu Barbosa Velho, durante a AG da UAB.

comunitaristas se realiza: a rá-dio comunitária UAB FM 87,5 entrou no ar em caráter expe-rimenta no dia 22 de março, marcando assim o início das operações da emissora.

O departamento de Ha-bitação da UAB realizou um grande seminário nos dias 22 OC Desequilibrado

UAB na Avenida do Samba

É dada a largada paras as eleições comunitárias

Moradores querem fim dos pedágios

Valdir Walter é reeleito e manifestações tomam o país

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

O movimento comunitá-rio comemorou os 50 anos da União das Associações de Bair-ros no dia 19 de maio. Uma gran-de festa foi organizada, com di-reito à 50 metros de torta e A

No dia 2 de junho, as co-munidades participaram do maior pleito voluntário de Ca-xias. As eleições para Amobs e UAB foram realizadas neste dia e mantiveram Valdir Walter na presidência da entidade.

Ao todo, 12.623 eleitores

e 23 de março, buscan-do discutir os principais problemas da área em Caxias. E março também foi o mês escolhido para o lançamento do livro biográfico do presidente de honra da UAB, “Luiz Pizzetti: Uma Consciên-cia que Pulsa”.

Outra boa notícia entregue no dia 27 deste mês foi a eleição de Juçara Quadros para a presidência do Conse-lho Municipal da Comunidade Negra (Comune). Juçara é a di-retora de Etnias da UAB e coor-denadora do Movimento Negro Unificado.

Caxias realiza um grande debate sobre o modelo de pe-dagógico que a população de-seja, no dia 11 de abril. Promo-

vido pelo Conselho de Desen-volvimento Econômico do RS, o ‘Conselhão’, o encontro contou com a presença do governador

do RS, Tarso Genro, e de diversos re-presentantes da sociedade civil organi-zada.

Logo em seguida, no dia 16, foi o m o m e n t o

das entidades tomarem as ruas e protestarem contra as tenta-tivas de prorrogação do mode-lo de pedagiamento privatizado através da Justiça. A atividade aconteceu na Sociedade Linha Julieta, em Farroupilha, e termi-nou com uma carreata que obs-truiu o trânsito na RS 122.

Também em abril, no dia 29, foi realizada a primeira edi-ção do “Câmara Vai aos Bair-ros”. Com uma grande partici-pação da comunidade, o evento aconteceu no Belo Horizonte.

alegria era ain-da maior por-que na data foi i n a u -g r u a -d o o ponto de cul-

tura “UAB Cultural”.Maio trouxe mais

uma boa notícia: final-mente foram abertas as cancelas da praça de

pedágio entre Caxias e Farrou-pilha, marcando o fim do con-trato no dia 31 daquele mês.

participaram do pleito, envol-vendo mais de 180 Amobs. Val-dir foi eleito com 10.732 votos, um percentual de 85%.

As urnas eletrônicas fo-ram a principal novidade nas eleições comunitárias de 2013, tendo sido utilizadas nas 30

UAB comemora 50 anos e fim do pedágio

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Jornal dos Bairros

Janeiro 2014 07Especial

Ainda nos primeiros dias de julho, as diretorias eleitas para Amobs e para a UAB to-maram posse. O ato aconteceu durante a AG realizada no dia 3 daquele mês. A atividade con-tou com a presença de inúme-ras lideranças da região, como o Prefeito Alceu Barbosa Velho e a deputada estadual Marisa Formolo.

Este também foi o mês de início das reuniões do Orça-mento Comunitário2013, que foram acompanhadas de perto pela nova diretoria da UAB. A entidade também marcou posi-ção para que pontos falhos do

O dia 5 de outubro de 2013 marcou os 25 anos da promul-gação da Constituição de 1988, um marco da redemocratização do país. O principal documen-to jurídico do país, que estabele direitos e de-veres para todos os cidadãos brasileiros é um dos mais avança-dos do mundo. Ago-ra, o principal desafio é tirar do papel estes avanços, para cons-truirmos uma socie-

Manifesto questiona OC

E a Festa já tem sua Rainha

Nova moradia para famílias da Rota do Sol

25 anos da Constituição de 1988

Fracab finalmente tem nova direção

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

A torcida foi da UAB. Na escolha do Mais Bela Comu-nitária do RS, em 7 de dezem-bro, a UAB emplacou a melhor torcida.

A eleição foi realizada em São Gabriel e teve Elisabeth Brenda Martins e Isadora Perot-ti representando o movimento comunitário caxiense. Coube à Elisabeth trazer mais uma fai-xa parar a cidade: a de segunda princesa da corte estadual

No âmbito da segurança,

processo em anos anteriores não fossem repetidos.

No dia 30 de julho aconte-ceu a primeira reunião da dire-toria da UAB, após as eleições comunitárias.

O principal tema foi o OC e o debate gerou um documen-

Agosto foi o mês em que Caxias conheceu a corte que represen-ta a Festa da Uva 2014. Giovana Dannenhauer Crosa foi anunciada a Rainha, em uma grande festa, no dia 31 de agos-to. Ainda acompanham a corte as princesas Ga-brielle Debastiani e Kari-na Cristina Muniz Furlin.

Este também foi um dia de impacto para o movimento comuni-tário gaúcho, com a notícia de que uma liminar suspendia as

A Prefeitura Municipal anunciou no dia 16 de setem-bro um plano para remover as famílias que ocupam as mar-gens da Rota da Sol. O progra-ma “Rota Nova” pretende levar 300 famílias para um novo lote-

amento, na região do Reollon. Com um investimento de

R$ 36 milhões, o programa be-neficia também outras 700 fa-mílias com equipamentos pú-blicos e tem financiamento do Governo Federal, via PAC 2.

Após 2 meses da data ini-cial, são realizadas as eleições da Fracab, em 9 de novembro.

Antônio Carlos Damasce-no Lima é eleito presidente, tendo Valdir Walter, da UAB,

UAB tem melhor torcida no Mais Bela Comunitária Estadual

DEZ

Caxias conquistou mais oito núcleos de policiamento comu-nitáiro no último mês de 2013. O anúncio foi feito no dia 20 de dezembro e contem-pla as co-munidades de Vila Cris-tina, Jardim Eldorado, Adorado,

Jardim Iracema, Serrano, Pla-nalto, Ana Rech, Desvio Rizzo, Esplanada e Fátima.

to público da entidade, ques-tionando alguns pontos como a falta de regras transparentes no acesso às verbas, negligência quanto às reuniões regionais e o percentual do Orçamento do Município que é direcionado para o OC.

comunidades com o maior nú-mero de votantes no pleito de 2011.

Ainda em junho, um fato extraordinário espanta o país. Multidões tomam conta das ruas, em diversas cidades bra-sileiras. Em um primeiro mo-mento, as manifestações são

chamadas por setores sociais que questionam os altos in-vestimentos na Copa de 2014 em oposição aos recursos in-sufientes em educação, saúde e infraestrutura.

Em um segundo momento, diversas grupos se somam aos protestos, gerando verdadeiros

mares de gente nas ruas. Em Caxias não foi diferente e no dia 21 de junho, cerca de 35 mil pessoas tomam as vias centrais da cidade. A marca das mani-festações também se repete aqui: conflitos muito violentos colocam policiais e manifes-tantes em uma praça de guerra.

eleições para a Fracab, então marcadas para esta data.

dade igualitária justa de fato.Ainda neste mês, foi reali-

zada a 7º edição da Rústica Co-munitária da UAB, com o apoio da Prefeitura Municipal.

como seu vice. Além disso, Cleuza Moraes também passa a integrar a direção da Federação, como secretária geral. O ato de posse foi realizado no dia 27 de novembro, em Porto Alegre.

Também em novembro, no dia 30, a comunida-de do Euzé-bio Beltrão de Queiróz, a popular Vila do Ce-mitério, re-cebe auto-ridades pú-blicas para

debater suas principais de-mandas.

Uma audiênia pública foi chamada na comunidade, pela Comissão de Legislação Parti-cipativa e Comunitária, da Câ-mara de Vereadores. Lideranças locais, vereadores e secretários municipais estiveram presen-tes, ouvindo os problemas que afligem o bairro.

Também neste dia 30. o departamento de Esportes da UAB premiou os melhores ti-mes, jogadores e treinadores dos campeonatos interbairros Série Prata e Veteranos, rea-lizados no segundo semestre.

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Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Educação 08

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Falta de vagas na educação infantil ainda não foi solucionada

Cerca de mil famílias que acionaram a Justiça buscan-do garantir o direito à educa-ção infantil já estavam contan-do como certa a colocação de suas crianças em uma escola particular.

Mas a Prefeitura Municipal questiona a decisão judicial e afirma que não pretende com-prar as vagas de acordo com a atual sentença. Na decisão de novembro, o juiz da vara da In-fância e Juventude determinou a compra das vagas pela men-salidade de R$ 600,00. Para a Smed, o reajuste é superior à

inflação de 2013.Ainda em dezembro, no

dia 16, a Defensoria Pública re-alizou uma ação inédita, cha-mando uma audiência públi-ca na Câmara de Vereadores para mapear as vagas ociosas na rede privada de educação infantil.

Segundo o defensor públi-co Sérgio Nodari Monteiro, que teve a iniciativa, a ideia era en-contrar a vaga compatível (na turma definida pela idade) mais perto possível das crianças que acionaram a Justiça.

Após encontrar a vaga, a Defensoria pretendia solicitar ao Juiz da Infância e Juventude que determinasse o pagamen-to judicial pelo município à es-cola indicada para determina-da criança. Segundo Nodari, a ação da Defensoria está base-ada em uma decisão judicial de novembro, que ordenou à Pre-feitura que comprasse vagas na

rede privada para atender a fila de espera.

Além disso, Nodari tam-bém explica que ainda em agos-to foi firmado um acordo entre Defensoria Pública, Ministério Público, Justiça e Prefeitura Mu-nicipal, segundo o qual a Pre-feitura se comprometia a pro-porcionar mais 560 vagas por ano, até 2016.

Na audiência pública fo-ram mapeadas mais de 1600 vagas ociosas na rede privada de educação infantil, que con-templaria as quase mil crian-ças que ingressaram na Justiça para obter o direito à educação gratuita.

Segundo o defensor, a par-tir do dia 20 de janeiro, quando termina o recesso da Defenso-ria, uma equipe em Porto Alegre já deveria começar a ligar para as famílias, oferecendo as va-gas disponíveis, com o critério de proximidade da residência.

SMED recebeu mais de 3 mil inscrições para matrículas de educação infantil. Defensoria quer compra de vagas para quase duas mil crianças

Prefeitura questiona decisão judicial

Smed recorre da sentença e questiona valor determinado para compra de

vagas na educação infantil

Saiba mais:A ação civil pública que

determina a compra de va-gas foi movida pelo Ministé-rio Público contra a Prefei-tura ainda em 2007. Devido ao elevado número de ações individuais que representa, a Defensoria Pública foi nome-

ada assistente do MP na ação. Esta ação foi ganha pelo

MP e Defensoria e já está na fase de execução da sentença. Segundo a sentença, o muni-cípio deve criar um total de 2.242 novas vagas de educa-ção infantil, no prazo máximo

de 4 anos, sendo no mínimo 25% desse número por ano, a partir de fevereiro de 2013 até o final de 2016. Esse nú-mero representa um total de 560 novas vagas que devem ser criadas pelo município por ano.

Porém, a Prefeitura Muni-cipal pode jogar por terra a ini-ciativa da Defensoria. Através da PGM, o município já entrou com um recurso de agravo con-tra a decisão do Juiz da Vara da Infância e Juventude. A prefei-tura não questiona a determi-nação de compra de vagas, mas sim o valor estipulado pela de-cisão judicial.

Segundo Gregory Braun, assessor técnico da PGM, em 2013 o município pagava R$ 500,00 para as vagas compra-das por decisão judicial. Na sentença de novembro, o valor das mensalidades foi reajusta-do para R$ 600,00 – um percen-tual muito acima da inflação do período. E é neste ponto que a Prefeitura questiona a Justiça.

Além dis-so, nes-ta mesma sentença, o juiz afir-mava que se deveria esperar o t é r m i n o das ma-trículas na rede mu-nicipal, o que só vai acontecer em fe-vereiro.

“O município pretende comprar as vagas, mas não con-corda com o valor estipulado”, explica Gregory.

Também incomoda o fato de que a lista para matrículas na educação infantil é ainda mui-

to maior. Apenas neste ano, a Smed recebeu 3.906 inscrições nesta modalidade. “A ação judi-cial apenas coloca na frente a criança que acionou a Jusitça, ‘furando a fila’. Direito ao en-sino gratuito todas as crian-ças inscritas têm”, argumenta Gregory.

Smed cadastrou todos interessados em setembro

Foto: Vitória Gobbi

Tribunal de Contas não aceita compra elevada

Outro argumento da Smed é que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não aceita uma compra elevada de vagas na rede privada, mesmo que orde-nada por ação judicial. “O TCE não considera que foi uma or-dem judicial, considera que foi uma terceirização do serviço público e isto é um problema para o município. E esse é um problema que recai pessoal-mente sobre o prefeito, que res-ponde juridicamente pelo ato”, explica Gregory.

“O Tribunal de Contas en-tende isso como uma terceiriza-ção da atividade fim do serviço público que deve ser prestado pela prefeitura. Isto é, o muni-cípio está terceirizando uma atividade que cabe a ele suprir”, afirma ainda o servidor da PGM.

Outro ponto da questão, desta vez apresentado pela se-cretária municipal de educa-ção, Marléa Ramos Alves, é que o município não pode realizar compras de vagas sem um cha-mamento público prévio. “Não posso sair comprando vaga na

rede privada. Se houver algum vínculo de alguma escolinha com um servidor da Smed, por exemplo, pode gerar uma con-denação por improbidade ad-ministrativa”, explica. Segundo ela, o TCE entende que pode haver beneficiamento privado com recursos públicos.

Ela também afirma que a atitude da Defensoria passou por cima do acordo firmado com a Prefeitura e o Ministério Público em agosto.

“Depois de muitas reuniões e discussões conseguimos cos-turar um acordo entre os envol-vidos. A Smed se comprometeu a criar as 560 vagas anuais até 2016, a realizar um chamamen-to público para a compra de vagas, que já foi realizado, e a modificar os critérios de seleção das crianças na rede municipal”, explica Marléa.

Ela ainda afirma que no-vas vagas somente poderão ser compradas depois que o pro-cesso de matrículas na rede mu-nicipal terminar. “Mas estamos ainda preenchendo as vagas e

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Jornal dos Bairros

Janeiro 2014Educação

Falta de vagas na educação infantil ainda não foi solucionada

SMED recebeu mais de 3 mil inscrições para matrículas de educação infantil. Defensoria quer compra de vagas para quase duas mil crianças

Foto: Luiz Chaves

09

Tribunal de Contas não aceita compra elevada

chamando as famílias. As matri-culas no município só terminam em fevereiro”, explica.

Durante o cadastramento realizado em setembro, foram cruzados dados sócios econô-micos das famílias, buscando encontrar as mais carentes e necessitadas. “Cruzamos vá-rios dados, inclusive utilizando as informações dos programas sociais do Governo Federal. Foi aplicado um questionário para as famílias e cada tópico tinha uma pontuação. Um programa de computador contabilizou a pontuação das crianças e assim tivemos uma lista que ordena as crianças, colocando as que mais precisam no topo”, esclarece a secretária.

Além disso, ela lembra que com a mudança na Lei de Di-retrizes e Bases da Educação, crianças de quatro e cinco anos já estão sendo atendidas na educação infantil de escolas de ensino fundamental.

Como as escolas ainda es-tão se organizando e fechando as matrículas de primeiro ao

nono ano, o número ainda não está definido, mas a secretaria tem uma expectativa que abram em torno de mil vagas nessa mo-dalidade. Em 2013, foram aten-didas 1373 crianças nesta mo-dalidade. “Um bom percentual deste número já migra para o primeiro ano, liberando vagas, e as escolas estão abrindo mais turmas de educação infantil”, assegura Marléa.

460 vagas compradasEm setembro e outubro

do ano passado, a prefeitura realizou um chamamento pú-blico para compra de vagas na rede privada. Foram contrata-das 460 vagas de educação in-fantil, com uma mensalidade de 450,00 ao mês.

“Temos que ter cuidado ao definir um preço de compra do poder público, porque acaba-mos interferindo no mercado. O preço pago pela prefeitura acaba se tornando o valor mí-nimo cobrado pelas escolas, inflacionando todo o mercado”, diz Marléa.

‘Está tudo muito lento’Para a diretora de Educa-

ção da UAB, Marilda Molinari, está tudo muito lento quanto às vagas da educação infantil. Marilda, que é a representante da UAB no Conselho Munici-

pal de Educação, afirma que a demanda sempre aumenta e a Smed acaba por não conseguir atingir os objetivos.

“Embora tenha sido pro-messa de campanha do prefei-

to Alceu resolver essa demanda, ainda não vemos uma solução concreta para o problema”, diz. “A cidade cresce muito e não é fácil resolver, mas está tudo muito devagar”, afirma Marilda.

Smed quer seis novas escolinhas ainda em 2014

Segundo a Smed, seis es-colas infantis estão previstas para serem entregues em 2014: EEI Pôr do Sol, EEI Santo Antô-nio, EEI Cidade Nova, EEI Par-que Oásis, EEI Mariani e EEI Charqueadas. A última será construída com verbas do mu-nicípio. As demais, com recur-sos do FNDE (MEC) e município.

Além disso, ainda está sen-do discutida a escola Marqui-nhos, que ficava no São Victor e foi transferida para o Bela Vis-ta, devido à problemas estrutu-rais. Um novo impasse devido à matrícula do terreno impede a continuidade do projeto. “Ago-ra estamos dividindo o terreno que já foi repassado pelo Esta-do ao município entre a área que será usada para a escola infan-til e outra para a UBS”, afirma a secretária.

Segundo ela, a falta de uma matrícula única apenas para a escolinha Marquinhos está im-pedindo a ordem de início da obra. “O TCU está complican-do com todos os investimen-tos feitos em escolas que estão em terrenos que o município não possui a matrícula. Antiga-mente, se construía escola em qualquer lugar. O terreno havia sido doado, mas não tínhamos a escritura e se construía. Hoje não podemos mais. Eu preciso

ter uma matrícula apenas para a escola”, afirma Marléa.

O custo de construção de uma escolinha ultrapassa R$ 1 milhão, segundo a Smed. E a manutenção de uma EEI para 100 crianças gira em torno de R$ 550 mil ao ano, com um investi-mento de R$ 5.500 ao ano, por criança. Outro ponto ressaltado pela secretária Marléa e que Ca-xias já tem 15 projetos aprova-dos no MEC para a construção de escolas infantis, com 120 va-gas em cada. “Este é um modelo diferente. A prefeitura entrega o terreno nas condições exigidas pelo Ministério da Educação e a obra é contratada e custeada pelo FNDE”, fala Marléa.

“Isto deve agilizar a obra, já que a construtora inclusive já foi contratada através de pregão

eletrônico. Cabe à prefeitura, além do terreno, a fiscalização da obra”, diz.

Há, porém, impecilhos. “As exigências sobre o terreno são muitas. Por exemplo, ele não pode ter um declive maior que 3 graus e precisa de 3 mil me-tros. É difícil encontrar terrenos nestas condições em Caxias”, explica.

Segundo ela, sete terrenos estão sendo analisados e devem ser preparados para que iniciem as obras ainda este ano. Marléa também afirma que dará prio-ridade para os locais que não contam com escolas. Ela des-taca as regiões do Fátima, San-ta Fé, Serrano, Desvio Rizzo, Es-planada e Planalto como priori-tários, devido às poucas vagas públicas existentes na região.

Provisoriamente no Bela Vista, Marquinhos atende apenas 55 alunos

Foto: Karine Endres

Números da educação infantil em Caxias

>> 38 Escolas de educação infantil

>> 3.633 Vagas em escolinhas

>> 1.373 Vagas em escolas de ensino fundamental (turmas de 4 e 5 anos)

>> 831 Vagas compradas pelo Mão Amiga e Educaritá

>> 450 Vagas compradas via chamamento público em 2013 (resposta ao acordo com MP)

>> 3.906 Inscrições para ingresso na educação infantil (matrículas para 2014)

>> R$ 20 Milhões investidos em educação infantil em 2014

>> R$ 5,5 Mil investidos por criança ao ano

>> 6 Escolas já estão sendo construídas e devem ser entregues em 2014

>> 15 Projetos no MEC aguardando indicação de terreno

>> 7 Terrenos em estudo para indicação e inicio das obras em 2014

* Fonte: Secretaria Municipal da Educação de Caxias do Sul

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Jornal dos Bairros10Janeiro 2014

Geral

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Prefeitura promete solução para alagamentos no Fátima Baixo

Moradores querem que Prefeitura termine obras no arroio Tega

Foto: Valdir Walter

No dia 30 de dezembro foi a vez da escola de ensino funda-mental João De Zorzi ser alagada pela quarta vez em dois anos. Apenas em dezembro, a escola sofreu com o volume das águas por duas vezes: no dia 5 e 30.

“Estou aguardando uma reunião marcada com a secre-tária da Educação, Marlea Ra-mos Alves, para juntas avaliar-mos qual o risco que os alunos correm”, afirma Marisa Buzin, diretora da escola. Segundo ela, a secretária já informou que es-tão sendo estudadas medidas pensando no início do ano leti-vo, em 19 de fevereiro.

Segundo a diretora, o ala-gamento que acontece na esco-la é assustador, pois uma enxur-rada desce entre os dois prédios da escola, carregando “tudo que tem pela frente”. “Já vi árvores sendo arrastadas e tenho mui-to medo”, afirma Mariza.“Além da água vir carregada de esgo-to, trazendo doenças, as crian-ças ficam tensas, é um fato que abala muito o emocional dos alunos”, diz ela.

Após cinco alagamentos na instituição de ensino infantil Criança Feliz, no Fátima Baixo, o prefeito Alceu Barbosa Ve-lho (PDT) determinou que sua equipe busque soluções com urgência para o local.

O anúncio veio no dia 15 de janeiro, após o gerente do Criança Feliz, Décio Agliardi, afirmar na imprensa que es-tudava acionar judicialmente a prefeitura, buscando indeniza-ção pelas perdas. Desde feve-

reiro de 2012, a instituição já sofreu cinco alagamentos com uma perda de R$ 300 mil para reparar os estragos.

A situação no Fátima Bai-xo é denunciada pelos comu-nitaristas há um longo tempo. Segundo Sandra Maria dos Santos, presidente da Amob Victorio Trez, a região sempre sofreu com pequenos alaga-mentos, sobretudo no local onde foi construído o viaduto de acesso à Zona Norte, no fi-

nal da Moreira César.Mas a situação piorou

muito com a construção do loteamento que preside, ain-da em 2008.

“As famílias que ocupa-vam a área onde hoje está o viaduto foram removidas para o Vitório Trez. Porém, com a construção desse loteamen-to, a situação piorou muito”, afirma. Segundo ela, houve a retirada da mata que ajudava a drenar a chuva e ainda mais

cobertura da terra com casas e asfaltamento. Assim, mais água passou a correr pelo Ar-roio Tega, que corta a região, gerando os alagamentos nas escolas Criança Feliz e João de Zorzi.

Além da maior cobertura do solo, a prefeitura até hoje não concluiu as obras nas ga-lerias que escoam estas águas. A tubulação instalada para co-letar as águas do Victório Trez, canos com cerca de dois me-

tros de diâmetro, é maior que a antiga, tendo quase o dobro do tamanho. No ponto onde há a ligação entre elas, a anti-ga tubulação não dá conta da vazão, vertendo o excedente e contribuindo para os alaga-mentos.

Segundo Sandra, a Prefei-tura Municipal alega que a em-preiteira abandonou a obra e que é necessário construir as galerias em terrenos privados, o que gera um impasse.

Manifestação dá visibilidade para o problema

Ainda no dia 18 de dezem-bro, cinco Amobs da região se uniram e realizaram um pro-testo na avenida Doutor Ma-rio Lopes, buscando chamar a atenção para o problema. A manifestação foi realizada em parceria com a escola infantil Criança Feliz e com a escola de educação fundamental, João De Zorzi, que também sofre com os alagamentos.

A atividade foi chamada pelas Amobs Fátima Baixo, Vic-torio Trez, Parque Oásis, Jardim Embaixador e Milleniun, que trancaram o fluxo de veículos na Dr. Mário Lopes, em frente à Criança Feliz, por cerca de uma hora à partir das 18h30min.

“Antes da manifestação, a prefeitura alegava que demora-ria mais uns dois anos para con-cluir as galerias. Mas não temos como ficar tanto esperando, alagando tudo do jeito como está acontecendo”, fala Sandra.

A presidente conta que três dias depois da manifes-tação, o secretário de Obras e Serviços Públicos, Adiló Dido-mênico, visitou o local. “Tenta-ram fazer uma contenção com um muro de pedra e terra. Isso

ajudou a diminuir os alagamen-tos no João De Zorzi, mas não

adiantou para o Criança Feliz”, explica ela.

“Acho que a ma-nifestação valeu a pena, porque já tí-nhamos nos reuni-do com a prefeitu-ra várias vezes, e o problema não havia sido resolvido. Sem-pre alegam que ha-via muita burocracia para contratar uma nova empresa e libe-rar as obras nos ter-renos particulares”, relata Sandra. Ela ressalta ainda que a atividade deu visibi-lidade para a situa-ção nas comunida-

des que não tinham conheci-mento do problema.

O Criança Feliz deve-rá mudar de endereço para o início deste ano letivo. A mudança será provisória, enquanto a Prefeitura Muni-cipal realiza obras emergen-ciais de drenagem e cana-lização do arroio Tega, que transborda e inunda a escola

João de Zorzi também

precisa de atenção

Medidas para conter as águasem dias de chuva. Estas inter-venções buscam ampliar a va-zão do sistema de drenagem existente.

Além disso, durante a reu-nião no dia 15 de janeiro, o prefeito definiu que as obras definitivas para o problema, como a construção de um ‘pis-

cinão’ e uma nova galeria, deverão ser entregues até o final do ano.

O ‘piscinão’ será cons-truído pela secretaria de Obras e Serviços Públicos (Smosp) e a galeria já está contratada, com recursos do PAC.

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Jornal dos Bairros11Janeiro 2014

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Geral

Valdir Walter recebeu o troféu em nome de toda a União das Associações

Foto: Morgana Perini

UAB é reconhecida por dedicação ao esporte

O Mérito Esportivo 2013 consagrou os nomes que fizeram a diferença no es-porte caxiense no ano. Entre eles, estava o da União das Associações de Bairros, que foi indicada e levou o troféu.

A premiação contemplou seis ca-tegorias - administrativo, educacional, rendimento, técnico, destaque comuni-tário e especial - e teve como objetivo homenagear personalidades e entidades caxienses que se destacaram no esporte durante 2013.

A atividade, que é promovida pela Prefeitura de Caxias, por meio da Se-cretaria do Esporte e Lazer (SMEL) e do Conselho Municipal do Desporto (CMD), foi realizada dia 16 de dezembro na Câ-mara de Vereadores.

A UAB recebeu a maior votação no segmento comunitário, e assim, foi re-conhecida pelo empenho em atividades que envolvem os bairros, proporcionan-do mais saúde e integração, para jovens e adultos.

O líder comunitário Daltro da Rosa Maciel também foi homenageado na ca-tegoria especial, recebendo um certifica-do. O ex-presidente da UAB atuou por anos no planejamento de ações na área do esporte e da integração comunitária.

A escolha dos homenageados é feita pelo próprio Conselho Municipal do Desporto, por meio de uma seleção após a avaliação de nomes que são in-dicados pela comunidade caxiense atra-vés da internet.

O presidente do CMD, João Carlos Mariani, agradeceu em seu discurso a todos que proporcionam interação atra-vés do esporte em Caxias. Ele destacou a importância dos envolvidos em ações que educam, desenvolvem e reestrutu-ram o dia a dia de cidadãos através da atividade esportiva. “Pessoas que tiram

crianças e jovens das ruas são super-heróis. O CMD objetiva acrescentar e motivar cada vez mais o esporte na ci-dade”, afirma.

UAB reconhecidaHá mais de 20 anos a UAB realiza

campeonatos interbairros e atividades esportivas, buscando integrar os mora-dores dos diversos bairros e loteamen-tos. O Departamento de Esportes é o responsável por organizar e promover essas atividades e uma das que mais crescem é o campeonato interbairros, nas suas diversas modalidades. Hoje os campeonatos reúnem mais de 300 equi-pes, ou seja, mais de três mil caxienses participam das atividades.

Pedro Jardim, diretor do Departa-mento de Esportes, destaca que o re-conhecimento dos esforços da entidade em realizar campeonatos ajuda o depar-tamento a projetar, cada vez mais, ati-vidades que proporcionem integração, saúde e entretenimento para as comu-nidades.

Este foi o primeiro ano que a UAB recebeu o Mérito Esportivo Comunitário. Nos anos anteriores lideranças envolvi-das no Departamento de Esportes foram indicadas, porém não levaram o troféu. “A premiação servirá como incentivo para que através desse reconhecimento consigamos projetar mais atividades e mobilizar ainda mais pessoas”, ressalta.

O secretário estadual do esporte e lazer, Kalil Sehbe, também esteve pre-sente nas homenagens e destacou os números positivos do investimento e dos resultados do esporte no Estado. Durante o evento também foi confir-mada, por meio da prefeitura, a cons-trução em 2014 do ginásio esportivo de Caxias do Sul.

Comunitaristas na nova diretoria do Corede Serra

O Conselho Regional de Desenvol-vimento da Serra (Corede/Serra) possui uma nova diretoria desde o dia 11 de dezembro. A eleição foi realizada em Bento Gonçalves e levou José Adamoli à presidência do Conselho. A União das Associações de Bairros também está re-presentada nesta nova diretoria. Valdir Walter, presidente da UAB, foi eleito 2º tesoureiro do Corede/Serra para a ges-tão 2013/2015.

Participaram da eleição mais de 200 pessoas representando setores públicos, empresaria, cooperativo, além dos con-selhos municipais e movimentos comu-nitários da região.

José Adamoli, foi eleito para assumir o posto até então ocupado pelo reitor da UCS, Isidoro Zorzi, que renunciou ao cargo. O prefeito do município de Vista Alegre do Prata, Ricardo Bidese passa a ser o vice-presidente.

A chapa tem como principais objeti-vos promover o desenvolvimento regio-nal, a autonomia político-institucional e a regionalização das políticas de desen-volvimento.

Conforme José Adamoli, a função do Corede é reunir os municípios para jun-tos propor diretrizes com o objetivo de organizar os diferentes setores das polí-ticas públicas e sociais, e exigir do Gover-no do Estado respostas dos compromis-sos assumidos, porém não cumpridos.

Segundo ele, um dos principais gar-galos que o Conselho pretende resolver é em relação à saúde. Já quanto à área do desenvolvimento, ele afirma que a região possui uma economia de primei-ro mundo, no entanto, dispõe de uma in-fraestrutura de um país subdesenvolvido. Adamoli cita como exemplo o trabalho da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), o qual afirma estar deixando a desejar.

O novo presidente comenta ainda que as atividades desenvolvidas pelo Conselho em 2013 tiveram avanço sig-nificativo, principalmente em relação à parceria com o Ministério do Desenvol-vimento Agrário, que progrediu conside-ravelmente.

O Corede/Serra abrange 32 muni-cípios da Serra Gaúcha, e tem sede em Caxias do Sul.

Confira os eleitos:

Diretoria Executiva>> José Antônio Voltan Adamoli – presidente >> Ricardo Bidese - 1º vice-presidente >> Cláudia Schiedeck de Souza - 2ª vice-presidente >> Ademar Petry - 3º vice-presidente>> Analice Maria Antoniolli – secretária>> Mércia Maria Pessin Fugalli -

2ª secretária >> Gabriel Ferreira Neves - 3º secretário - >> Cenair Gomes da Silva – tesoureiro>> Valdir Fernandes Walter - 2º tesoureiro

Conselho FiscalEvandro KuwerLuiz Carlos ZelinskiClaudemir Antunes

Page 12: Jornal dos Bairros | Edição Janeiro 2014

Jornal dos Bairros12Janeiro 2014

Bem Estar

Faça seu adubo em casa

Foto: zumzumverde.blogspot.com

Utilize bacias, potes e baldes usados ou novos para compostar

Você sabia que não precisa com-prar adubo para colocar em suas plan-tas e que pode fazê-lo em casa, mesmo em pequena escala? É através da com-postagem caseira que se pode obter um adubo de ótima qualidade e ainda por cima com um custo muito baixo, para não dizer de graça.

A compostagem orgânica é um pro-cesso de transformação de restos de materiais orgânicos, como folhas secas, podas, verduras e legumes, que após so-frerem um processo de decomposição se transformam em adubo.

Necessitando de pouca mão-de-obra, a compostagem pode ser realizada em qualquer escala, sem necessitar de grandes espaços, e o adubo é obtido de 2 a 3 meses após o início do processo.

Além disso, quem defende a agro-ecologia ainda prega que este é o me-lhor adubo para a planta, pois auxilia na

melhora da capacidade de retenção de água no solo, enriquecimento em ele-mentos minerais de grande importân-cia nutricional para as plantas, o in-cremento da microfauna e microflora, o aumento dos processos microbioló-gicos de transformação dos elementos minerais nutritivos, facilitando sua uti-lização pelas plantas. Segundo a agro-ecologia, uma planta saudável e bem nutrida terá mais resistência e sofrerá menos ataques de pragas.

E ainda mais. Decompondo em casa seu lixo orgânico, você ajuda a preservar o meio ambiente, na medida em que será um volume a menos a ser transportando pelos caminhões de lixo e a ocupar espaço nos aterros (onde a compostagem não é bem executada devido à mistura de diversos tipos di-ferentes de resíduos, como plásticos, papéis e lixo sanitário).

Lixo vira aduboO processo

que ‘cria’ adubo ou húmus consiste em formar pilhas alter-nadas de restos de legumes, frutas e verduras, e material seco degradável, como papel jornal, folhas secas, serra-gem ou grama cor-tada.

Para se obter uma escala maior de adubo, forme as pilhas diretamente em buraco na terra (saiba mais na próxi-ma edição do Jornal dos Bairros). Para quantidades menores, podem ser utili-zados potes, bacias, baldes, gavetários de plástico, latas ou tonéis.

Escolha o recipiente. Vamos supor que você opte por uma bacia. Coloque uma primeira camada de lixo orgânico seco, como papel, folhas, grama, restos de podas. Essa camada tem a finalidade de absorver a água e manter a ventila-ção adequada, pois o oxigênio é muito importante.Coloque uma segunda pilha de material orgânico úmido (restos de frutas, legumes). Cubra novamente com material orgânico ‘seco’. Vá montando ‘as camadas’ de lixo orgânico úmido e seco, até completar o volume da bacia. De quando em quando acrescente água, para a temperatura da compostagem não aumentar demais e sempre haver umida-de no composto.

Existem dois processos para a com-postagem: o aeróbico, que precisa de oxigênio. Neste caso, o recipiente des-se ser furado tanto nas laterais quanto

no fundo, para que o chorume escorra e entre oxigênio. É preciso providenciar um outro recipiente para colocar em baixo de onde se está produzindo o composto e coletar o chorume produzido. Já no pro-cesso anaeróbico, não precisam ser fei-tos furos, mas será necessário proteger melhor a boca do recipiente, para evitar a proliferação de moscas. Neste modo também ocorre mais mal odor do que no aeróbico.

Após completar o volume deixe por cerca de 15 dias em decomposição sem mexer. Após, mistura-se um pouco todo o material, para que entre oxigênio, po-dendo-se colocar mais material orgânico.

O tempo para ter o adubo final varia em função da quantidade de lixo usado e pela forma como a compostagem é feita, mas em geral, acontece de dois a três me-ses após a colocação das últimas cama-das. Neste ponto, o adubo ou húmus terá a aparência de terra. Outros indicadores são: a temperatura do composto próxi-ma à do ambiente, não exalar mal chei-ro e o adubo não sujar a mão ao toque.

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13Bairros

Duas comunidades compartilham centro comunitário no Esplanada

Fotos: Karine Endres

Na região Esplanada há um centro comunitário com uma história diferente da tra-dicional. Lá, duas Amobs man-têm e compartilham o centro comunitário. Loca-lizado ainda em um terceiro loteamen-to, no Vila Lola, o centro é mantido pelas Amobs Es-planada e do Bom Pastor I.

A obra, fina-lizada em 2005, foi conquistada em conjunto pelas duas comunidades através de recursos do Orçamento Participativo e do Orçamento Comunitário.

O presidente da Amob Es-planada, Luiz Carlos de Oliveira Ferreira, mais conhecido como ‘Luizão, o Metalúrgico’, conta que as duas diretorias se alter-nam na administração do cen-tro, cada uma com um ano de responsabilidade.

O centro possui louça para 120 pessoas, cozinha equipa-da com fogão, geladeira, chur-rasqueiras, banheiro masculino e feminino, além de uma sala de reuniões. “Estamos buscan-do fazer melhorias no centro, que estava em condições pre-cárias quando esta gestão as-sumiu”, relata.

“Estamos ajeitando, com-pramos pia nova, freezer novo, repusemos 12 lâmpadas que

faltavam e substituímos vidros quebrados”, fala Luizão. Ele explica ainda que a diretoria pegou o centro com o caixa zerado quando assumiu, em

julho do ano passado, mas isso não impediu que fossem feitos pequenos investimentos e melhorias.

O presidente explica ainda que já foi realizada uma pres-tação de contas para diretoria da Amob Esplanada no fim de 2013 e que pretende fazer uma nova prestação na metade des-te ano, então também com a presença da Amob Bom Pas-tor I. “Queremos que eles ava-liem nossa gestão e assim que a Amob Bom Pastor I reivindi-car, passaremos a administra-ção para eles”, promete Luizão.

O centro é alugado para os moradores da região, mas estão canceladas as festas no-turnas. “Tivemos alguns pro-blemas com os vizinhos, devi-do ao som muito alto, então,

optamos por cancelar as fes-tas noturnas”, explica. O va-lor varia conforme a ativida-de, entre R$ 100,00 para um chá de fralda ou de panela e

R$ 160,00 para um almoço, e é cobra-do sempre adian-tado, junto com a taxa de limpeza, de R$ 40,00. “Quando a festa encerra, vie-mos buscar a chave e fechar o centro. Se estiver limpo, devol-vemos a taxa de lim-peza”, afirma o pre-sidente.

Segundo Lui-zão, o principal objetivo é con-sertar um problema no telha-do, que provoca o alagamento de parte do centro em dias de chuva. “É um telhado compli-cado, queremos consertar isso, é uma demanda urgente. Afi-nal, quando tu aluga, não sabe se vai chover. E se chove, fica muito difícil realizar o evento”, explica Luizão.

Além disso, ele também pretende trocar as atuais me-sas e cadeiras, que foram ga-nhas por doação e já estão desgastadas.

Ele também relata que foi com muita insistência na pre-feitura que se conseguiu que o terreno ao lado do centro fos-se patrolado. Antes, o terreno acabava sendo usado como depósito de lixo a céu aberto.

Centro Comunitário Bom Pastor / Esplanada

Estrutura: churrasqueira, cozinha equipada com freezer, geladeira e fogão. Banheiros feminino e masculino.Aluguel: R$ 100,00 – para chá de fraldas e de panela / R$ 120,00 – para aniversários à tarde / R$ 160,00 – para almoços. Endereço: Rua Darcy Narcísio de Oliveira, 639, Vila Lola

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Jornal dos Bairros14Janeiro 2014

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Cidade Nova quer obras“Estou descontente, por-

que é tudo uma enrolação e pouca solução”, inicia Acilio Saling, presidente da Amob Residencial Cidade Nova IV, ao falar sobre as demandas de seu bairro.

O residencial é um conjun-to habitacional popular que foi financiado pela Caixa Econô-mica Federal. Porém, a regula-rização ainda não foi concluída e mesmo os moradores tendo quitado seu financiamento, ainda não conseguiram a es-critura de seus imóveis.

Esse impasse implica na solução de demandas do bair-ro, como a instalação de equi-pamentos públicos, já que a Procuradoria Geral do Muni-cípio (PGM) orienta que não sejam feitos investimentos em loteamentos sem regularização fundiária.

Acilio relata que um dos problemas mais urgentes, e que não tem relação com a regula-rização, é o conserto de uma rua que afundou devido ao ex-cesso de chuvas de novembro. “A rua afundou justamente na

esquina da Rua B com a Rua I, interditando o acesso. Nem o caminhão da Codeca consegue passar e precisa fazer muitas manobras para acessar a Rua B”, afirma Acilio.

“Fui falar com a subpre-feitura do Desvio Rizzo, mas

nunca vi enrolação igual”, re-lata Acilio. “Uma das dificul-dades que alegam é que o lo-teamento foi construído atra-vés de financiamento da Caixa Econômica Federal”, explica o presidente. Mas, segundo ele, o calçamento foi realizado com verbas próprias dos moradores e não contou com financia-mento da CEF.

Esgoto e criançasNeste mesmo ponto, se-

gundo o presidente, há uma tubulação de esgoto rompida. O rompimento aconteceu em uma área verde que fica no fim do loteamento, mas ainda ao lado de algumas residências.

Os moradores se propu-seram a pagar a mão de obra do conserto, caso a prefeitu-ra cedesse a tubulação. “Mas nem isso aconteceu. Um ser-

vidor fez uma vistoria no bair-ro e afirmou que a prefeitura aceitaria a parceria, mas nunca entregaram os canos de con-creto”, relata.

O problema é grave, pois o esgoto de toda o loteamento acaba correndo a céu aberto, entre as residências. “Aqui mo-ram crianças, isto é um caso de saúde”, comenta o presiden-te. “Já vi ratos enormes sain-do deste esgoto, é um perigo”, complementa.

Falta um centroOutra demanda da comu-

nidade é em relação ao cen-tro comunitário, que está em péssimas condições, segundo Acilio. “O centro foi constru-ído pelos próprios moradores e é de madeira. Hoje está com várias infiltrações e toda a ma-deirama está podre. Está peri-

goso de fazer qualquer coisa lá dentro, temos medo que venha um vento e derrube tudo”, ex-plica ele.

Porém, o quê os mora-dores mais desejam e foi elei-to como prioridade na última reunião do Orçamento Comu-nitário é a construção de uma quadra de esportes, junto com a construção do novo centro comunitário. “Já tem tudo, o projeto está pronto, mas falta a conclusão da regularização. Temos os recursos conquista-dos via Orçamento Comunitá-rio, mas não podemos utilizar porque o loteamento não é regular”, afirma o presidente.

Segundo Acilio, já aconte-ceram diversas reuniões entre representantes do loteamen-to, da prefeitura, do cartório e da CEF, mas “sempre falta al-guém”. “Eles precisam liberar a quitação dos financiamen-tos, mas sempre falta um de-les nas reuniões, impedindo o encerramento do financiamen-to”, explica.

“Não sei direito o que fal-ta, mas a Caixa precisa liberar o residencial para que a prefeitu-ra assuma a construção da in-fraestrutura e de equipamentos que necessitamos, como o cal-çamento de ruas e reforma do centro comunitário”.

O fato do residencial ainda não estar completamente regu-larizado também implica na fal-ta de serviços básicos, como a entrega das correspondências, já que as ruas não possuem CEP. “Temos apenas caixas postais em um comércio local, mas a correspondência sempre chega atrasada, com as contas vencidas”, relata Acilio.

Fotos: Karine Endres

Moradores construíram o centro e agora, com perigo de desabamento, não usam mais o espaço

Esgoto corre a céu aberto entre residências

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Jornal dos Bairros15Janeiro 2014

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Foto: Karine Endres

Área verde no Vila Leon poderia abrigar uma série de equipamentos

O Vila Leon, na região Cru-zeiro, parece estar esquecido do poder público. Ivanil Alves de Sales, presidente da Amob, tem uma longa lista de reivin-dicações.

Ela relata que faltam mui-tos equipamentos públicos, desde o centro comunitário até mesmo uma praça de lazer para as crianças. No topo da lista de demandas da presidente está o centro comunitário. Segun-do Ivanil, o equipamento é de grande utilidade para a comu-nidade, que não conta com um espaço de integração. “Temos diversos planos para colocar em ação, mas todos dependem de um espaço. Sem o centro fica muito difícil trabalhar com as crianças, para tirá-las das ruas. Temos o objetivo de de-senvolver diversas ações, como artesanato, aulas de compu-tação, disponibilizar acesso à internet, mas sem espaço não tem como”, afirma Ivanil.

A construção de um cen-

Vila Leon está carente de equipamentos públicostro comunitário já é considera-da prioridade desde que Ivanil assumiu seu primeiro manda-to, em 2011. Porém, desde lá, a comunidade vem direcionando suas verbas do Orçamento Co-munitário para a cobertura da cancha de esportes da escola de ensino fundamental Verea-dor Marcial Pisoni.

“A comunidade do Vila Leon abriu mão de suas priori-dades para beneficiar a escola, já que era necessário cobrir a cancha de esportes. Essa obra era para ter começado, já que a verba era suficiente, mas até agora não foi feito nada”, rela-ta Ivanil.

Ela diz que o loteamento conta com uma boa área ver-de que poderia abrigar equi-pamentos de lazer, como uma quadra de esportes, uma Aca-demia da Melhor Idade (AMEI), ou até mesmo uma área de con-vívio, desde que fosse feita a jardinagem. “Inclusive essa área verde corre o risco de ser inva-

dida se não for ocupada pela prefeitu-ra”, explica. A presidente re-lata que, há muitos anos, a área já foi ocupada e as famíl ias re-tiradas, mas depois disso, o espaço fi-cou destinado para a cons-trução de um espaço de la-zer. Inclusive já existe uma cancha de areia, mas que não recebe manutenção pois não se pode mais construir esse tipo de cancha. “Gostaria de fazer alguma coisa que pudesse in-tegrar a comunidade, onde os moradores pudessem tomar um chimarrão no final da tar-de, sentar e conversar”, deseja a presidente.

Outro equipamento que faz falta na microrregião é uma capela mortuária comunitária, já que as existentes são todas de propriedade da igreja ou da iniciativa privada. “Temos diver-sos loteamentos na proximida-de, e todos poderiam fazer uso da capela, já que aqui na região não tem nenhuma comunitá-ria”, diz.

Segundo ela, faltam pou-cas ruas para serem calçadas na comunidade. Em compen-sação, uma parte do loteamen-to, conhecido como Binotto, não conta com nenhuma rua calçada.

“Porém ali ainda é preciso colocar a rede de saneamento, para depois pensar em calça-mento”, explica.

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Jornal dos Bairros16Janeiro 2014

Festas de Natal

Alegria nos bairros para esperar o Papai Noel

Foto: Antônio Lorenzetti

Shows, distribuição de brinquedos e chegada do Papai Noel de helicóptero animaram a Zona Norte

Diversas comunidades de Caxias se organizaram para dei-xar dezembro mais iluminado para suas crianças. Zona Norte (imagens a baixo), Parque dos Pi-nhais (imagens ao lado), Ballar-din, São Luiz e Colina do Sol são alguns dos locais onde o Papai Noel distribui doces e brinque-dos para a garotada.

BallardinNo loteamento Ballardin,

na região de Ana Rech, o bom velhinho trouxe brinquedos e balas para as crianças no dia 15 de dezembro. Segundo o presi-dente da Amob, Luiz Carlos dos Santos da Silva, foram alugados cama elástica, pula-pula e pisci-na de bolinhas para a alegria dos pequenos. E para garantir ener-gia para tanta atividade, foram servidos cachorros-quentes, re-frigerante e algodão doce.

“É emocionante ver a crian-çada feliz e se divertindo, não tem nada que pague o sorriso delas”, afirma Luiz.

Parque dos PinhaisDuas camas elásticas e a

distribuição de brinquedos, al-godão-doce e balas fizeram a alegria das crianças no lotea-mento Parque dos Pinhais, em 21 de dezembro. Nilson José de Andrade, presidente da Amob, conta que cerca de cem crianças participaram da atividade, que já é tradicional na comunidade.

“É um momento de con-fraternização dos moradores e também é muito bom ver as crianças se divertindo, não tem quem não goste disso”, diz Nil-son.

Vila AméliaNa comunidade do Vila

Amélia, região Desvio Rizzo, a festa para a garotada foi no dia 21 de dezembro. Cerca de oi-tenta crianças puderam comer muitas guloseimas, passando do tradicional cachorro-quente e refri, para as pipocas, sacolés, marias-mole, sorvete seco, ba-las, pirulitos e chocolates.

“Nosso objetivo era pro-porcionar um momento de con-fraternização com as crianças”, afirma Zildani da Silva Correia, presidente da Amob Vila Amélia.

Colina do SolA Amob Colina do Sol re-

alizou sua também já tradicio-nal ‘carreata do Papai Noel’. É quando um Papai Noel desfila pelas ruas do bairro em uma pi-ckup, distribuindo doces e brin-quedos. Neste dia 20 de dezem-bro, os pequenos ganharam ba-las, pipocas, rapaduras e bolas de borracha.

São LuizUm mutirão envolvendo 17

Associações de Moradores da Zona Norte de Caxias construiu o 1º Natal Solidário e Ação So-cial, no dia 21 de dezembro. Esta primeira edição foi realizada no loteamento São Luiz e reuniu mais de duas mil crianças, para a surpresa dos organizadores. A atividade contou com o apoio do Conselho Local de Saúde.

Os pequenos comeram ca-chorros-quentes, picolés, doces e refrigerantes e receberam os brinquedos das mãos de dois papais noéis. Além disso, as fa-mílias mais carentes destas co-

munidades receberam cestas bási-cas e um kit de material escolar.

Segun-do Fernan-d a G o u -lart, presi-d e n t e d a Amob Co-lina do Sol, q u e t e v e a iniciat i-va, muitas vezes nas festas na-talinas, as crianças re-cebem do-ces e brin-q u e d o s , mas chegam em casa sem ter o que comer.

Ela ressalta que Natal ‘não é só brinquedo e cachorro-quente’. “ Temos que pensar na família como um todo. E esse kit de material escolar, mesmo não contemplando toda a necessi-dade, já é um caderno ou um lá-pis que não vai precisar comprar no início do ano letivo”, afirma Fernanda.

Já Clori Bittencourt, presi-dente da Amob São Luiz, que sediou o evento, ressalta a par-ticipação que surpreendeu os organizadores. “Aguardávamos em torno de mil crianças, mas o público participante foi muito maior. Foi uma festa muito gran-de e surpreendente a participa-ção dos moradores”, completa.

Helicóptero na Zona Norte

O ‘Muti-rão da Zona Norte’ nova-mente r eu -niu milhares de pessoas no Complexo Esportivo da Zona Norte, no dia 15 de dezem-bro. Segundo Jairo Gomes, pre-sidente da Amob Belo Horizon-te, a festa contou com mais de 10 mil pessoas e iniciou ainda no dia 7 de dezembro, com um tor-neio de futebol infantil.

No dia 15 de dezem-bro, data da festa, foi en-tregue a premiação dos ganhadores pelas mãos do jogador e ex-capitão da Seleção Brasileira, Cafu . Ao todo, foram distribuídos cinco mil

brinquedos, seis mil cachorros-quentes, refrigerantes, balas e pirulitos. Em torno de 11 Amo-bs estiveram na organização do evento, que contou com o apoio da Prefeitura Municipal, Samae, Codeca e CDL.

Fotos: Amob Parque dos Pinhais

No Parque dos Pinhais, crianças ganharam brinquedos e puderam

brincar em cama elástica