E L E I Ç Õ E S

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O Cariri ganhou a terceira unidade da Vara do Trabalho. O órgão será instalado provisoriamente no Crato ou em Juazeiro, até quando for construído o prédio sede do Fórum Trabalhista, que em um só local vai abrigar três unidades. Técnicos do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já estiveram na Região e conversaram com os prefeitos para analisar a localização de terrenos.

Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura

Dia 17, terça-feira.ARTE RETIRANTEProgramação de Comemoração dos 60Anos do Banco do NordesteLocal: Largo da RFFSA - Crato-CE.18h00 - Sua Incelença Ricardo III - Grupode Teatro Clowns de Shakespeare -Natal-RN.Dia 18, quarta-feira.

ARTES CÊNICAS 19h30 - DéJà Vu - Grupo Graxa deTeatro - João Pessoa-PB.Dia 19, quinta-feira.ESPECIAL ROCK-CORDEL E ARMAZÉM DO SOM Local: Sesc Juazeiro.19h00 - Música - Trotsk - Juazeiro doNorte-CE.

20h30 - Música - Banda Anonimato -João Pessoa-PB.Dia 20, sexta-feira.ARTES VISUAIS19h00 - Abertura da Exposição Bomde Bola.Artista: Felipe Barbosa-RJ.Curadoria: Luciano Vinhosa-RJ.Dia 21, sábado.

ESPECIAL ROCK-CORDEL E ARMAZÉM DO SOM Local: Sesc Juazeiro. 19h00 - Música - Los The Os - Juazeirodo Norte-CE.20h30 - Música - Blues Cream -Crato-CE.Dia 22, domingo.ESPECIAL ROCK-CORDEL E

ARMAZÉM DO SOM Local: Largo da RFFSA. 20h30 - Música - Lançamento do CDda Banda Nightlife - Crato-CE.Dia 23, segunda-feira.Fechado.

Destaques da programação de 17 a 23 de julho de 2012.

REGIÃO DO CARIRI l DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2543 R$ 1,50

SAÚDE

O periódico do Cariri independente

BICHOS

Icasa tem o seu zagueiro-artilheiro

ESPORTE

5

58

ENTREVISTA

Voze

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Carir

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WiltonBezerra

Um cronistade verdade

MILIONÁRIAS

JUAZEIRO

Campanhas vão custar maisde R$ 12 milhões no Crajubar

Ministério Público de olho nos “baixos” custos declarados por candidaturas a prefeito em Juazeiro do Norte

DIREITOS TRABALHISTAS

CULTURA

Foto: Organização da exposição

Arte

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F. M

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Crato e Juazeiro disputam pela sede da terceira unidade da Vara do Trabalho

Xilogravura e Paleontologia no Museu de Santana conquistam o público

A Região do Cariri é responsável por boa parte dos transplantes de órgãos no Estado, porém o número de voluntários ainda é muito reduzido. Neste primeiro semestre, em quase 30 transplantes de rins realizados em uma clínica do Crato, apenas dois doadores são do Cariri. Grande parte dos órgãos vem da Capital. Por outro lado, a quantidade de sangue arrecadada na região tem suprido a demanda regional, sendo responsável por 24% da coleta em todo o Ceará, assim como a doação de medula óssea, que já alcançou diversas pessoas identificadas como compatíveis em todo o Brasil.

Número de transplantes cresce e doaçõestêm déficit

7

Coluna do Donizete

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Adoção deanimais embaixa no Cariri

R$ 6 MILHÕES

Crato tem as candidaturasmais caras da região

Sam

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o

Um marco na história da doação de órgãos no Brasil foi a Lei Lúcio Alcântara (Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997), aprovada pelo Congresso Nacional, a partir de um projeto de lei de autoria do grande sena-dor cearense. Essa lei dispunha, em sua versão original, até ser modificada em 2001, criava uma presunção de doação, que só seria desconsiderada se a pessoa se de-clarasse expressamente “não doador de órgãos”. Desde a mudança, apesar das campanhas educativas, os indi-cadores de doação jamais atingiram os patamares espe-rados pelo legislador. Aquilo que seria a redenção de todos os pacientes necessitados de ajuda para sobrevi-ver, se tornou um ato de vontade e de desprendimento individual.

Campanhas educativas, mensagens subliminares em novelas e filmes, documentários, programas jorna-lísticos e tantos outros meios de sensibilização do povo para que sejam doados órgãos compõem o conjunto de tentativas de minorar os problemas e o sofrimento de todos quantos dependem de órgãos humanos para con-

tinuar a viver ou melhorar suas condições de existência.Esse drama é particularmente sensível no Cari-

ri, que é uma referência nacional em transplantes, mas não consegue doadores. Os números atuais são desani-madores. A falta de conscientização e a baixa qualidade de informação dos potenciais doadores e seus familiares são gritantes. Os hospitais têm de esperar a boa vontade das famílias, enquanto isso há uma verdadeira romaria de pessoas que esperam quotidianamente pelo órgão que lhes restituirá a dignidade ou lhes prolongará a vida.

O ponto central está na deficiência de captação. A procura de doadores deve-se tornar um elemento pre-ponderante nas políticas públicas relacionadas. Nesse aspecto, não apenas os órgãos estaduais ou federais de-vem agir. A iniciativa de congregar todos os municípios da Região Sul é importantíssima e ela passa necessaria-mente pelas Secretarias de Educação, pois os jovens têm condições de agir como propagadores e difusores de uma cultura de doação.

A própria Lei de Doação de Órgãos, em vigor

desde 1997, não é suficientemente conhecida. Medidas práticas e simples como colocar a lei nas páginas na in-ternet dos municípios, seja em sua versão completa, seja de uma forma resumida, seriam muito eficazes para dar ciência dessa norma para todos. A elaboração de uma campanha publicitária, usando jornais, rádio e televi-são, por certo, contaria com a boa vontade dos órgãos de comunicação social.

Os números atuais de doação de órgãos devem ser comparados com os óbitos, especialmente aqueles causados por acidentes. Essa comparação revelará o verdadeiro abismo entre a potencialidade do aprovei-tamento de órgãos e tecidos humanos e seu desperdício por não terem as famílias a oportunidade de refletir pre-viamente e de autorizar as doações.

O momento da morte de um parente é doloroso. Ninguém pode tomar decisões com a necessária rapidez ou com o desprendimento imaginável, sem ter antes re-fletido e avaliado a importância de se doar órgãos. E, com isso, doar vida!

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO CARIRI E VIDAS QUE SE PERDEM

2 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

Opinião

Editorial

Envie sua carta para jornaldocariri@jornaldocariri.com.br e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

QUEM EDUCA A INTELIGÊNCIAOBTÉM SABEDORIAQUEM EDUCA OS PENSAMENTOSCONQUISTA SUA ALFORRIAMODELO DE EDUCAÇÃOÉ JESUS NO DIA-A-DIA!

Welington Costa

Achei que a homenagem a Luiz Gonzaga fosse mais expressiva dentro do parque de exposições do Crato. Ao que se falou, cem sanfoneiros fariam homenagem ao nosso nordestino mais ilustre, mas não foi bem isso que pudemos acompanhar. Achei que deixou a desejar.

Luciana Alves, Cratense

CULTURA DE MASSACHARGE

“E ATÉ OS ERROS DO MEU PORTUGUÊS RUIM”

Imaginariamente pelo título, o leitor tem a sugestiva ideia que tratarmos dos erros de Língua Portuguesa. Na verdade, “e até os erros / do meu português ruim” é um trecho da canção “Detalhes” do Rei Roberto Car-los. Em loco, abordaremos como temática de nossa descrição, a música, como “arte e ciência de combinar os sons, de modo agra-dável ao ouvido humano”.

Quando se produz uma música de qualidade, ela tem o poder de: falar direto ao coração do ouvinte, despertar o sentimento, dá sentida a vida das pessoas, eterniza na memória dos apaixonados, é um pedaço da estrada de cada um de nós. Algumas letras das músicas descrevem cenas e histórias do nosso ‘quotidiano’. Muitas gerações ouvirão boas e péssimas músicas. Para o radialista o senhor Mazim, apresentador do programa, (da rádio Araripe do Crato) “em cada can-ção uma recordação”. Ouvi muitas vezes o locutor falar que: “é através da música que ouvinte, vive seus melhores momentos”.

Cabe afirmar, que a trilha sonora de um filme, novela, permite ao ouvinte reviver algo inesquecível. Além do valor sonoro que expressa e de se comunicar com as pessoas. Existem pessoas que até, ”dançam conforme a música”, ou melhor, agem segundo a con-veniência do momento. A revolução musical é substituída por uma nova ordem musical, através da qual se organiza novos gêneros musicais em torno da internet.

A qualidade da música atual permite que o “vocalista” não cante ruim, tudo se vende para todos os gostos. Uma vez ouvida público deveria buscar Para entender o verdadeiro signi-ficado, merece uma reflexão. As Letras das músicas, tem o poder de fazer as pessoas refletirem. Ve-jamos as Letras. “ (...) o mundo é um livro aberto / Ensina a quem não sabe ler” – Genival Santos. “É às vezes tudo é lindo / Às vezes tudo engana” – Ivan Lins. “Não adianta ir á igreja rezar e / (depois) fazer tudo errado” – (Sorte tem acredita nela) Fernando Mendes. “No Ceará não tem disso não” – Luiz Gonzaga (o Rei do Baião). “(...) Secretaria, que trabalha o dia inteiro comigo / Estou correndo um grande perigo, de ir para no tribunal (...)” – Amado Batis-ta. “Laranja madura na beira da estrada / Tá azeda ou tem maribondo no pé” – Ataulfo Alves. “Minha fraqueza é você / Meu cora-çao é quem diz (...)” – Nando Cordel. “Se agente falasse menos” / Talvez compreen-desse mais” – Luiz Melodia (1975).

A Música de vanguarda oriunda da MPB, composta pelos os artistas: Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Geral-do Vandré... Não perdia a chance de criticar o “regime da época”, expressando no seu repertório, o protesto. Coletâneas de suces-so consagrado foram censuradas, conforme

atesta a história a Música. A ex-pressão cale-se (do verbo calar), fora substituído por Cálice (obje-to/vaso).

O mês de fevereiro é épo-ca do carnaval onde entra em cena o samba (RJ) e frevo(PE). No mês de junho os festejos juninos evidenciam como tema principal o Forró, que no aspecto tradicio-

nal, a maior expressão musical é o forró autêntico idealizado por Luiz Gonzaga e cantado por seus seguidores. afirma que o forró de Gonzaga - “é a alta árvore que ninguém sabe o tamanho”. O forró tem suas particularidades, nas noites dos festejos Juni-nos São João e São Pedro tomam conta do Nordeste. O arrasta-pé alegra e deixam for-rozeiros de plantão. O espetáculo das festas juninas arrasta multidões.

A boa música tornou-se parte da vida dos religiosos, o destaque é a música Gospel inicialmente criado em 1920 pelos norte-americanos, hoje, cantado em igrejas católicas e evangélicas, se projeta com muita frequência no cenário radiofônico das emis-soras AM / FM, tocada em todas as igrejas.

Andson Andrade da SilvaLicenciado em Letras pela Urca

As produ-ções de cultura através dos meios de comunicação de massa revelam o quanto as má-quinas dominaram os seres humanos, ofertando enlata-dos aos turbilhões, invés de bens de consciên-cia. Prova disso, as tevês por assinatura e seus pacotes indiscriminados. Os livros iguais, nas bancas e livrarias. As mesmas revistas velhas, enfileiradas nos mercantis. Telespectador virou peça de reposição do sistema, tritura-dor de lixo industrial e engo-lidor de sucata.

Correr, correr apressa-do até chegar para receber a tal dose módica do que en-fiam de buraco adentro, cus-to dos ganhos lutados dessa gente, isso pede estudos acadêmicos e reavaliação de onde chegou o trem da his-tória intelectual da civiliza-ção empacotada.

Antes havia sedimen-tação das tradições da arte, do pensamento, no decorrer dos séculos eternos. Povos guardavam frutos decanta-dos milênios a fio em for-ma de linguagem, filosofia, pintura, escultura, teatro, dança, literatura. A oralida-de mesma preservou quase tudo que hoje existe de con-teúdo na vida cultural dos lugares e museus.

Depois, o mercantilis-mo avançou mundo afora, primeiro em navios a vela, se-cundados pelos submarinos atômicos. Veio a Revolução Industrial. Os imperialismos inglês, francês, holandês, alemão, russo, americano. As Grandes Guerras. Essa

fome de merca-dos transformou a face do mundo e a cabeça das pesso-as nos estádios. A Era do Consumo expandiu força no trilho dos cos-tumes e as linhas

de produção das fábricas não esfriaram mais. Ganhar para viver; viver para consumir; consumir para permanecer igual.

Quando alguém vê di-ferente dos outros, fica logo de fora dos códigos e some alienado goela abaixo pelas entranhas da Besta.

Eterno drama abrir as cortinas dos palcos a qual-quer um desses atores. Que dose diária de embriaguez solicitar nos balcões dos ba-res antes de dormir a solidão estropiada? A massa de res-tos das mesas dos estrangei-ros, sem qualidade ou senti-do, abobalha as juventudes, nos países dos outros mun-dos distantes, sem chance de vencer a corrida do ouro.

Dizem que sempre aconteceu assim, feras fa-mintas e busca de alimento, nas selvas sombrias deste chão. No entanto sonhar exige imaginação, liberdade e vontade, à cata dos segre-dos das possibilidades; olhar lá longe e trabalhar alterna-tivas aos novos passos, en-quanto vida viver, ensinam os credos da consciência, nas artes verdadeiras.

Emerson Monteiro Advogado

Exped

iente

:

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SEXTILHA CARTA

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

PolíticaCidades

Consultores de ONG nacional analisam reciclagem no Cariri

MEIO AMBIENTE

Wilson Rodrigues

Consultores da ONG Compromisso Em-presarial para Reci-clagem (Cempre),

sediada em São Paulo, estão no Cariri. Eles visitarão os municípios do Crato, Santana do Cariri e Nova Olinda, para conhecer o trabalho de coleta seletiva de material reciclável e a inclusão social nessas três cidades. No Crato, estarão reunidos na Associação dos Agentes Recicladores (AARC) para discutir a capacitação dos trabalhadores e a doação de equipamentos, como a entre-ga de cinco carrinhos elétricos para o trabalho de coleta. O presidente da AARC, José Bar-bosa de Sousa, esclareceu que a entidade coleta, mensalmen-te, 10 toneladas do material, e os carrinhos possibilitarão a arrecadação de13 toneladas mensais. Os equipamentos são frutos da conquista, em 1º lugar, do projeto na categoria

Coleta Seletiva, apresentado pela AARC, em 2010, durante um evento realizado em São Paulo pela Associação Bra-sileira de Industria do PET (ABIPET).

Os carrinhos elétricos significam o segundo prêmio conquistado pela Associação, que já foi contemplada com R$ 142 mil, junto a Secretaria das Cidades do Ceará, que

aprovou o projeto sobre co-leta seletiva, elaborado pela Fundação Araripe, Secretaria Municipal do Meio Ambien-te, Geopark Araripe e ge-renciado pela Universidade

Regional do Cariri. “Com os R$ 142 mil, nós compramos uma prensa e construímos um galpão em terreno doado pela Prefeitura. Estamos na expectativa de recebermos os carrinhos doados pela Cem-pre, e dar maior celeridade aos nossos trabalhos”, disse José Barbosa.

O ambientalista com experiência em coleta de re-síduos sólidos, Paulo Sergio Garcia de Souza, articulador da vinda dos consultores da empresa ao Cariri, quando esteve participando da Rio + 20, disse que a ONG tem ramificação em vários países e é mantida por empresas multinacionais e de muita credibilidade internacional. A visita desses consulto-res poderá significar muito para o trabalho de coleta na região, principalmente para a cidade do Crato, onde já existe uma associação de catadores fortemente conso-lidada e reconhecida nacio-

nalmente.Lívia França, secre-

tária de Meio Ambiente do Crato, destacou a Associa-ção dos Agentes Reciclado-res como referência regional. Para ela, o que mais desper-tou os ambientalistas em re-lação à coleta no Crato foi a apresentação de um projeto na Feira Internacional e In-dustrial do Meio Ambiente, realizado ano passado, em São Paulo, quando foram apresentadas as principais atividades geradas pelo programa de coleta seleti-va, desempenhado no Mu-nicípio. “Um dos pontos mostrados no evento foi a trajetória da AARC, criada no ano de 2005, e sete anos depois ter tantos resultados positivos para mostrar. O trabalho dos catadores não se limita apenas em coletar, eles orientam as pessoas so-bre a destinação adequada do material reciclável”, con-cluiu a Secretária.

n Catadores receberão cinco carrinhos elétricos para auxiliar na coleta seletiva de material reciclável

Serena Morais

Acompanhando o aumento da quantidade de estudantes procurando pelo primeiro emprego, a deman-da por estágio também tem crescido no Cariri. Para con-seguir ingressar no mercado de trabalho, os alunos bus-cam a ajuda das próprias ins-tituições de ensino e de em-presas especializadas, como é o caso do Centro de Integra-ção Empresa-Escola (CIEE).

Segundo a Superviso-

ra de Unidade de Operação do CIEE Juazeiro do Norte, Samara Jesuína Ribeiro da Silva, as empresas da região ainda desconhecem como o CIEE funciona e os benefí-cios do convênio. Ela conta que os empresários não pos-suíam visão sobre a questão social, principal objetivo da instituição. A supervisora chegou há pouco tempo na região e seu objetivo é adap-tar a empresa à metodologia correta de trabalho. “A rea-lidade da região é diferente

dos outros Estados, inclusive em relação à gestão do pró-prio CIEE daqui”, conclui Samara.

Os dados da empresa apontam, segundo os cadas-tros efetuados, que a região é mais focada na área de di-reito, contábeis e administra-ção. Já o setor de licenciatura não é muito explorado e, por isso, surgem poucas vagas para estágio. O trabalho de-senvolvido pela supervisora pretende mostrar às empre-sas – as escolas particulares,

por exemplo – como elas po-dem trabalhar com os estu-dantes de licenciatura, sendo esta uma forma de moldar um futuro profissional para a empresa.

Na Região do Cariri, o CIEE possui em torno 300 empresas ativas cadastradas e cinco mil estudantes em busca de vagas, atualmente. Cerca de 1.000 estudantes es-tão contratados em estágios, enquanto 215 são apren-dizes. Para o estudante, o contato com a instituição

abre portas para o mercado de trabalho e também para a melhoria na vida pessoal, pois eles têm acesso a cur-sos online à distância, que ajudam em diversos setores, desde a entrevista de empre-go até quando já está ligado à uma empresa.

AprendizesA articulação fei-

ta no Programa Aprendiz envolve o CIEE, empresa, escola e família. É feito um

acompanhamento familiar e escolar, para que haja um equilíbrio entre os envol-vidos, não somente entre empresa e CIEE. Para ser um aprendiz, o jovem deve ter no mínimo 14 anos. A jornada de trabalho é re-duzida, trabalhando cinco dias por semana, onde em um desses dias eles vão ao CIEE para a capacitação. O aprendiz sai com total ca-pacidade de ingressar ou continuar no mercado de trabalho.

Estudantes procuram CIEE na busca do primeiro emprego

Mirelly Morais

Mais de R$ 12 milhões serão gastos oficial-mente nas campa-nhas eleitorais para

prefeito nos três municípios do triângulo Crajubar. São dez can-didatos na disputa, quatro no Crato, três em Juazeiro do Norte e três em Barbalha. Na cidade de Juazeiro, os três os postulan-tes a prefeitura, poderão gastar o equivalente a R$ 4,1 milhões.

Pelos dados fornecidos à Justiça Eleitoral, o candidato do PSOL, Francisco Demon-tieux Fernandes, terá o menor orçamento de campanha. Ele declarou um patrimônio de R$ 435.804,94 e limitou seus gastos com a campanha em R$ R$ 100 mil. Demontieux declarou seis bens móveis e imóveis.

Já o candidato pelo PMDB, Raimundo Antônio de Macedo declarou um patrimô-nio de R$ 1.005.103,78 e estipu-lou um gasto de campanha de R$ 2 milhões. Raimundo Mace-do declarou 21 bens móveis e imóveis.

O menor patrimônio declarado foi do atual prefeito Manoel Raimundo de Santana Neto. Ele concorre à reeleição pelo PT e declarou um patrimô-nio de R$ 324.904,00, mas esti-pulou um gasto limite igual ao do adversário Raimundo Ma-cedo, de R$ 2 milhões. Manoel Santana declarou, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quatro bens moveis e imóveis.

Além dos três candida-tos a prefeito e seus vices, Jua-zeiro tem 249 candidatos a ve-reador para 21 vagas na Câmara Municipal.

Oposição gasta mais em Barbalha

Os candidatos a prefeito

Cícero Valério

DONIZETE ARRUDAPolítica

4 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

Política

BARBALHA

Hildegardis defende administração socialista

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Mirelly Morais

O barbalhense Antônio Hildegardis Ferreira, 54 anos, é poeta, compositor, ambien-talista, e concorre pela primei-ra vez a prefeitura de Barba-lha, em chapa pura do Psol, tendo como companheira de Chapa, Jane Lima.

Hildegardis foi aluno do Instituto José Bernardino e dos Colégios Martiniano

de Alencar, Centro Educa-cional Lyrio Callou (Celc) e Colégio Santo Antônio, passando pelo curso de Ad-ministração de Empresas na Universidade de Fortaleza (Unifor). Nos dias atuais, encontra-se cursando Eco-nomia, na Universidade Regional do Cariri (Urca). Por 17 anos foi funcionário do Grupo João Santos, onde ocupou o cargo de gestor comercial da (IBACIP), nos

últimos 04 anos.Para Hildegardis, seu

destino foi traçado, quando na infância, subiu no pata-mar da coluna da Praça da Águia para evitar a sua de-molição. Na mesma época, se juntou ao povo barbalhense, em passeata, contra a venda do sistema de abastecimento d’água do município para a Companhia de Água e Esgo-to do Ceará (Cagece).

Anos depois, ainda jo-vem, registra a sua primeira atividade na política de es-querda, quando no ano de 1984, juntou-se com outros amigos e montaram o único palanque “Diretas Já!”, do in-terior cearense. “Impedimos a subida de qualquer político local, pois o espaço era dos jo-vens em protesto”.

Daí em diante, a luta continuou até os dias de hoje, conta o postulante ao cargo de prefeito. Participando de movimentos em favor do rea-

juste salarial dos professores municipais, lutando pela per-manência da Escola de Artes no município, sendo contra a elitização do CaldasFest e atuando na defesa do solda-dinho do Araripe. Participou ainda de protestos contra o uso do Parque da Cidade para festejos particulares, de-fendeu na Tribuna Popular da Câmara Municipal a cria-ção do Dia do Carregador do Pau da Bandeira.

O candidato pelo PSOL chama para a construção de uma nova política, “pois o que até agora foi vivido po-liticamente pelo nosso povo, não serve de exemplo para a juventude, porque ainda não são sabedores dos verdadei-ros valores de uma adminis-tração socialista, que vem a expurgar de vez, essa polí-tica ‘coronelesca’, nepotista e descompromissada com o verdadeiro desejo de acertar do povo barbalhense”.

n Hildegardis Ferreira concorre a primeira campanha para prefeito

n Campanha milionária marca período eleitoral deste ano no Crajubar, fazendo redobrar atenção do Ministério Público

Cariri na presidência do CongressoO senador Eunício Oliveira visitou no final de semana a Expocrato. Aproveitou a festa para fortalecer as candidaturas do PMDB no Cariri, especialmente a de Ronaldo Matos, no Crato. Eunício não se manifestou sobre o fortalecimento de sua candidatura para suceder o senador José Sarney na Presidência do Senado. A eleição acontecerá em fevereiro de 2013. O cargo pertence ao PMDB e o nome favorito do partido, Renan Calheiros, pensa em desistir privilegiando o Governo de Alagoas. Com a vaga aberta, Eunício disputará o lugar com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.

Silêncio indevido da AssociaçãoUma semana se passou sem que a diretoria da Associação Comercial do Crato se manifestasse sobre quem pagou a pesquisa realizada por um grande instituto sobre as eleições no Município. O candidato Ronaldo Matos também não se posicionou sobre as suspeitas de que os recursos usados pela Associação eram oriundos de caixa 2 de sua campanha. Numa corrida eleitoral, é essencial a transparência para que o eleitor possa ir as urnas sem medo de ser enganado. Aguarda-se uma atitude firme do Ministério Público Eleitoral para investigar e punir os responsáveis por eventuais irregularidades na realização dessa operação. Há suspeita na divulgação de uma pesquisa para incrementar candidatura em detrimento de outras no Crato. O silêncio da Associação Comercial e de Ronaldo Matos é inaceitável.

Confirmada vinda de vice-presidenteUm reforço para contrabalançar a provável vinda de Lula a Juazeiro para pedir votos para a candidatura à reeleição do prefeito Manoel Santana. O vice-presidente Michel Temer confirmou ao deputado Raimundo Macedo que terá agenda livre para se deslocar até o Cariri. A data quem definirá será a coordenação da campanha de Raimundão. Em Juazeiro, Temer cumprirá compromissos ao lado do candidato do PMDB para mostrar a força peemedebista a favor de Raimundão sob a liderança do senador Eunício Oliveira no Ceará. O vice-presidente de Dilma Roussef também virá dizer que é prioridade do seu partido eleger Raimundão e que o PMDB está todo unido e engajado nessa eleição.

Custos bem baixos em JuazeiroA polarização das eleições em Juazeiro do Norte irá provocar um acirramento jamais visto numa corrida eleitoral na cidade. Com 10 dias de campanha, os dois candidatos – Raimundão e Manoel Santana – estão se resguardando para o mês de agosto. Por ora, poucos carros de som e apenas caminhadas. Juazeiro ainda não vive nas ruas um clima eleitoral intenso de propaganda. Os dois adversários anunciaram que vão gastar, cada um, R$ 2 milhões em suas campanhas. É dinheiro insuficiente para uma eleição tão dura e cara. O Ministério Público Eleitoral prega aviso: está atento para impedir qualquer abuso econômico, seja de Santana, seja de Raimundão.

Abertas contas de RaimundãoAo declarar que vai gastar apenas R$ 2 milhões em sua campanha, Raimundão terá que fazer o milagre da multiplicação de seus recursos financeiros. Somente com a contratação da empresa MCI, do professor Antonio Lavareda, Raimundão irá desembolsar no mínimo R$ 500 mil. Com as produtoras de tevê e radio serão investimentos de R$ 700 mil. Só nesses dois itens, a campanha terá consumido R$ 1,2 milhões. Sobrarão R$ 800 mil para todo o restante. E essa sobra terá que pagar gasolina, militantes, aluguéis de carros, bandeiras, comitês, palanques, som de comícios, advogados, cartazes. Raimundão vai ter que ser hábil para evitar envolver sua candidatura com recursos contábeis não contabilizados, o famoso e perigoso caixa 2.

Encontro secreto de Cid com SamuelO governador Cid Gomes e o prefeito Samuel Araripe tiveram uma reunião reservada no Palácio Abolição. Oficialmente, os dois trataram da liberação de verbas para a recuperação do canal do rio Grangeiro e a construção da estrada de Santa Fé. Nos bastidores, Cid e Samuel podem ter abordado abertamente a retirada da candidatura de Cicinho para apoiar o deputado Sineval Roque. Samuel nega que isso seja possível de acontecer. Confirma ter se reunido com Cid, mas sustenta que Cicinho é candidato para ganhar as eleições no Crato.

Disse me disse...

• Nesta edição, o Jornal do Cariri muda sua direção. O responsável pela coluna, jornalista Donizete Arruda assume a presidência do Jornal do Cariri. E a jornalista Jaqueline Freitas assume a Direção de Redação.

• Deputado Manoel Salviano assumiu com todos os poderes a coordenação geral da campanha do prefeito Manoel Santana.

• Presidente da Câmara do Crato, vereador Florisval Coriolano, todo enrolado por irregularidades em sua administração.

• Ministério Público Eleitoral ameaça denunciá-lo por improbidade administrativa, tornando-o inelegível. Mesmo que seja reeleito, pode tomar seu mandato de vereador.

• Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, visitou a Expocrato. Teve uma longa conversa com deputado Sineval Roque. Gesto de civilidade entre adversários políticos.

• Publicitário Adrísio Câmara que trabalhou no Governo Tasso será o responsável pela campanha de Sineval Roque.

• Desculpe a ignorância, o Ministério Público Eleitoral de Juazeiro acredita que os candidatos Manoel Santana e Raimundo Macedo vão gastar realmente R$ 2 milhões em suas campanhas?

Campanhas para prefeito vãocustar mais de R$ 12 milhões

CRAJUBAR

do município de Barbalha gasta-rão cerca R$ 2,6 milhões. A cam-panha mais cara será a da frente de oposição, que apoia Argemiro Sampaio Neto (PPS). Os gastos foram limitados em R$ 2 mi-lhões. Os três bens de Argemiro, declarados no Imposto de Ren-da, somam R$ 270 mil.

O atual prefeito, José Lei-te Gonçalves Cruz (PT), planeja um gasto de R$ 600 mil para a disputa à reeleição. Ele alegou um patrimônio de R$ 1 milhão, distribuídos em 10 bens móveis e imóveis.

Já o candidato do PSOL, Antônio Hildegardis Ferreira, declarou um patrimônio de R$ 40 mil. Ele não tem bens decla-rados ao Imposto de Renda e é o candidato com o menor valor declarado nos três municípios.

O município de Barbalha tem ainda 152 candidatos que disputam as 15 vagas da Câmara Municipal.

Crato tem amais cara

A Campanha política no município cratense custará mais

de R$ 6 milhões, divididos en-tre os quatro candidatos. Será a mais cara do Cariri.

O candidato do PSB, Si-neval Roque, estimou os limite de gastos em R$ 1.500 milhões. Como patrimônio, Roque de-clarou possuir 4.847.194,09 em bens. O candidato Cícero França, do PV, apoiado do atual prefeito Samuel Araripe (PSDB), limitou seus gastos em R$ 2 milhões. E até a última pesquisa realizada no site do TSE não constavam bens declarados em seu nome. O candidato pelo PT, o médico Marcos Cunha, nomeou um li-mite de gastos na ordem de 1,3 milhão, e declarou possuir R$ 491.417,52 em bens. Já o empre-sário Ronaldo Gomes de Matos, candidato pelo PMDB, deve ter a campanha mais cara do municí-pio, limitada em R$ 2,5 milhões. Ronaldo declarou possuir, em bens, 1.395.690,95.

No Crato, quase 200 can-didatos disputam as 19 vagas na Câmara de Vereadores.

Os dados de patrimônio são baseados no último Imposto de Renda, declarados a Receita Federal ,e estão disponíveis no

site do Tribunal Superior Elei-toral. A Justiça Eleitoral aceita a contribuição de pessoas físicas e jurídicas, desde que a ajuda financeira seja um ato transpa-rente, com dinheiro de origem comprovada. Os números divul-gados dos gastos de campanha estipulam os limites máximos de gastos dos candidatos. As cam-panhas poderão custar menos, mas não poderão ultrapassar os valores.

Cavaletes proibidosAs coligações partidárias

de Juazeiro assinaram um Ter-mo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Eleitoral, referente à progaganda eleitoral por meio sonoro, visan-do a ordem e o sossego público em benefício da coletividade. Durante o período destinado a campanha eleitoral, ficam proi-bidos o uso de carros de som em horários de descanso, antes das oito da manhã, das 12 às 14 horas e depois das 21 horas. Ficando proibido também o uso de cava-letes com fotos dos candidatos em vias públicas.

Cariri é referência em transplantes, mas doadores ainda são poucos

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

PolíticaCidades

DOAÇÃO

Aglécio Dias

O número de viagens que a aposentada Joana Damião da Silva, de 49 anos,

fez de sua casa, em Santana do Cariri, até a clínica Uni-rim, no Crato, é algo que ela quer esquecer. Foram mais de oito anos fazendo tratamento de hemodiálise. Nesse perío-do levou uma vida de sofri-mento, provocada por cen-tenas de sessões de filtragem sanguínea. Até que, após dois anos na fila de espera por um rim, teve a notícia de um ór-gão compatível. O doador era um homem de 36 anos que faleceu em um acidente de trânsito em Fortaleza. Ela conta que, naquele momento, sentiu renascer a esperança e a vontade de viver. “Eu ha-via decidido não continuar o tratamento, tinha desistido de viver”, relembra. Casada e mãe de três filhos, dona Jo-ana faz parte de uma estatís-tica relevante: o aumento no número de transplantados no Cariri, apesar da pouca capta-

ção de órgãos na região.O médico nefrologista

Valêncio de Carvalho explica que só na entidade, desde a sua implantação, já foram re-alizados aproximadamente 230 transplantes de rins em pacientes do Cariri, sendo 30 somente nos últimos seis

meses. Ele, porém, lamenta que grande parte dos órgãos tenha que vir do Centro de Captação de Órgãos do Esta-do, em Fortaleza. “Na região tem havido muitos trans-plantes, mas ainda há pouca captação”. Segundo ele, nes-te ano, apenas dois pacientes

eram do Cariri – totalizando quatro órgãos – o restante foi através da captação feita em Fortaleza.

Para o médico, esse fato só será resolvido com a implantação da Organização para Procura de Órgão (OPO) na Região, que de acordo com

assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Esta-do, está prevista para aconte-cer no Hospital Regional do Cariri, nos próximos meses.

Especialistas chamam atenção para que as famílias de pessoas que sofreram aci-dentes graves autorizem as doações dos órgãos, em caso de morte. Tendo em vista a quantidade de habitantes nos 32 municípios caririenses, o número de doadores poderia ser muito maior. Com a insta-lação do OPO, nesses casos, parentes mais próximos serão conscientizados sobre a im-portância das doações.

Além de transplantes, o Sul do Estado é referência em outros tipos de captação, como sangue e medula ós-sea. Para comprovar essa re-alidade, a coordenadora téc-nica do hemocentro regional do Crato, Aldilene Sobreira de Moura, conta que so-mente o Cariri é responsável por mais de 24% da coleta de sangue em todo Estado. Sendo o Crato e Juazeiro do Norte os responsáveis por

3% da arrecadação regional. Junto à doação de

sangue, o Hemocentro faz a coleta de medula óssea, que também tem um número bastante expressivo e que, de acordo com a coordenadora, já identificou nove pesso-as da região como possíveis doadores. A mais recente foi a juazeirense Talita Correia Nunes, de 22 anos, que após alguns exames irá realizar, neste dia 19, em Natal, a do-ação da medula para um pa-ciente de 26 anos, do Rio de Janeiro, que está com leuce-mia. A doadora lembra que quando fez a inscrição para doar a medula, há dois anos, não tinha noção do gesto que estava fazendo. Somente após receber uma ligação, no início de março desse ano, é que percebeu a importância dessa atitude. “A sensação que se tem com o fato de sa-ber que você pode ser o res-ponsável por salvar uma vida é inexplicável”, comentou a jovem deixando transparecer a emoção e a felicidade que parecia não caber em si.

Fotos: Samuel Macedo

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Wilson Rodrigues

O Cariri foi contem-plado com mais uma uni-dade judiciária do trabalho. A designação da instituição aconteceu recentemente pela presidente da República, Dil-ma Rousseff, ao sancionar a Lei que cria mais cinco Varas Trabalhistas para o Ceará, elevando para 33 o número de unidades no Estado. Atu-almente, no Cariri, só existem duas varas, sendo a 1ª em Cra-to e a 2ª em Juazeiro do Norte, que foram unificadas em 2010 e atendem 32 municípios da região. Com o advento da 3ª vara aceleram-se os entendi-mentos para a construção do prédio sede do Fórum Traba-

lhista da Região, juntando as três unidades, além de um setor de Distribuição Unifi-cada de Processos (DUP) e o Sistema de Protocolo Integra-do (SPI). Com isso, as notifi-cações, intimações, citações e outros atos que dependem de intervenção de oficiais de justiça, serão divididos equitativamente entre os servidores ocupantes dos respectivos cargos. Com a instalação do Fórum na sua sede própria, o Cariri passa-rá a ter mais dois juízes fede-rais do trabalho e três oficiais de justiça atuando em toda a área jurisdicionada.

Técnicos do Tribunal Regional do Trabalho do Ce-ará já estiveram no Cariri

vendo a viabilidade de lo-calização de terrenos, para a construção do prédio sede do Fórum. Os prefeitos de Crato e Juazeiro do Norte, Samuel Araripe e Manoel Santana, respectivamente, promete-ram apoiar no que for preciso.

Samuel Araripe tem interesse que o empreendi-mento seja construído no Crato e colocou a disposição do TRT uma área de terra localizada na Avenida Fábio Pinheiro Esmeraldo, bairro Muriti, que dá acesso ao cam-pus da Universidade Federal do Ceará. Já o prefeito de Ju-azeiro, Manoel Santana, disse que o terreno disponibilizado pelo Município tem 10 mil metros quadrados e fica na

Rua Rafael Malzoni, bairro São José, aproximadamente 40 metros distante da Aveni-da Padre Cícero.

Para o juiz federal do trabalho e diretor do Fórum Regional, Clóvis Valença Al-ves Filho, a chegada da ter-ceira vara no Cariri dará mais respaldo a sociedade que busca a tutela jurisdicional no tocante aos direitos trabalhis-tas. Segundo o juiz, somente em 2012 as duas unidades judiciárias do Cariri já recebe-ram, aproximadamente, 1.560 novas ações. “A instalação de mais uma unidade vai fazer com que a resposta da Justiça do Trabalho seja mais célere possível no atendimento da demanda”, concluiu.

Ingrid Monteiro

Todos os dias, centenas de cães e gatos abandonados são recolhidos das ruas, a fim de evitar a transmissão de doenças. Nos Centros de Zo-onoses da região, os animais apreendidos permanecem à espera de seus donos ou de algum pretendente que queira adotá-los. Apesar disso, mé-dicos veterinários e especia-listas afirmam que o número de pessoas dispostas a adotar um animal abandonado dimi-nui, significativamente, a cada ano, no Cariri.

Adotar um animal é considerado um ato de amor. Pesquisas científicas com-provam que quem tem um bicho de estimação vive mais e melhor. No entanto, muitos

animais aguardam por um lar acolhedor e saudável, nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte. “Existe muito pre-conceito em relação à adoção de gatos, principalmente no caso de fêmeas e de cor pre-ta”, enfatiza a presidente da Associação de Proteção à Vida (Aprov), Antônia Ferreira Lima. “A preferência, nestes municípios, consiste em ado-ção de cães machos por conta da serventia na proteção das residências”, acrescenta.

A Associação de pro-teção à vida, que desenvolve trabalho na educação sobre a posse responsável, importân-cia do controle de natalidade e adoção de animais há três anos, funciona como inter-médio entre a família que deseja doar o animal e a que pretende adotar. De acordo

com a presidente, cerca de 200 bichos foram doados nos municípios de Crato, Juazei-ro e Barbalha. Atualmente, a instituição conta com 15 cães adultos e 35 gatos aguardan-do uma família adotiva.

No município de Crato, o número de registros de doa-ção de animais é preocupante. De acordo com o médico ve-terinário do Centro de Zoono-ses, Ricardo Pierri, cerca de 30 animais chegam ao departa-mento clínico, mas apenas 5% dos cães e gatos são disponi-bilizados para a adoção. “Na maioria das vezes, os animais que chegam aqui estão conta-minados com o vírus do cala-zar, algo que dificulta ainda mais as adoções. Hoje em dia, conseguimos realizar três pro-cessos de adoção a cada sema-na, pois a procura por animais

reduziu bastante ao longo dos anos”, explica.

Em Juazeiro do Norte, o índice persiste. Segundo da-dos do Centro de Zoonoses,

aproximadamente 70 caninos e 40 felinos são capturados nas ruas da cidade, porém apenas 10 adoções são realizadas a cada semana. Especialistas

apontam que quanto menor o número de cães abandonados, maior é o controle de zoono-ses e assim há uma melhoria na qualidade de vida das pes-soas, evitando a disseminação de muitas doenças que são prejudiciais à saúde.

Para a professora Aline Paulino, adotar um animal é também uma prova de soli-dariedade, pois cada animal adotado nos abrigos permi-te retirar mais um das ruas. “Eu e meu marido não temos filhos e sempre gostamos de animais, decidimos realizar adoção de um gato e de uma cachorrinha. O sentimento é bastante recompensador, pois com a nossa atitude, eles po-dem contar com uma nova chance de vida, e são os mais fieis amigos que existem”, fi-naliza emocionada.

Crato e Juazeiro disputam para sediar terceira Vara Trabalhista

Adoções são inferiores ao número de animais abandonados

n Nova sede será provisória, até a construção do Fórum Trabalhista da Região

n Hemoce faz coleta de sangue e de medula óssea

n Associaçãoes e Centro de Zoonoses disponibilizam animais para adoção

Campanhas para prefeito vãocustar mais de R$ 12 milhões

6 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

VozesdoCaririWilton Bezerra,

um comunicador de respeito

Jornal do Cariri - O que o motivava um jovem como você, morador do Crato nas dé-cadas de 50 e 60, no mundo da comunicação?

Wilton Bezerra - Além do cinema, leitura de jornais e revistas, o rádio foi, na minha adolescência, a forma de comunicação que mais me fascinou. Através dele, desper-tei a minha paixão pelo futebol, sen-do fundamental a transmissão da Copa do Mundo da Suécia de 1958, com as narrações vibrantes de Pe-dro Luis e Edson Leite.

JC - Como começou sua história no rádio?

WB - O meu ingresso na atividade se deu por conta do amigo Evandro Bezerra (locutor da Rádio Educadora do Crato). Ele me colo-cou na Amplificadora Cratense e posteriormente, por um pequeno período, na Rádio Educadora, onde exerci a função de controlista (hoje operador) Logo depois, ingressei na Rádio Araripe. Tudo isso no começo da década de 60.

JC - Que fase você consi-dera a mais importante no rádio caririense?

WB - O momento mais rico da minha trajetória profissional se deu em 1967, quando integrei o grupo de grandes profissionais que inaugurou a querida Rádio Pro-gresso de Juazeiro do Norte, sob o comando dos irmãos Geraldo Me-nezes Barbosa e João Barbosa, ex-perientes homens da comunicação.

JC - Você continuou como operador? Como chegou a comentarista?

WB - Na emissora do grupo Bezerra de Menezes eu fui operador, programador, discotecá-rio, disk jockey e, finalmente, co-mentarista esportivo, integrando o primeiro departamento de esportes ao lado dos pioneiros Wellington Amorim, Dário Maia Coimbra, Jussiê Cunha e Damião Gomes.

JC - Em que momento surgiu a oportunidade de ir a Fortaleza?

WB - Em 1979, fui con-tratado pela Rádio Uirapuru de Fortaleza, por iniciativa de Moésio Loiola, hoje Deputado Estadual e proprietário da Rádio Assunção. Em 1983, ingressei da TV Educati-va (hoje TVC) e posteriormente tive passagem de onze anos pela Rádio e TV Cidade. De novo, a convite de Moésio Loiola, integrei a equipe da Rádio Assunção em 1995, de onde me transferi para TV Diário e Rádio

Verdes Mares no ano passado. Sem-pre como comentarista esportivo.

JC - Que momentos mais marcaram a sua trajetória no rá-dio esportivo?

WB - Fiz parte de grandes coberturas esportivas pelo rádio, inclusive das Copas do Mundo no México em 1986 e Itália em 1990, além de Copa América. No entanto, nada me gratificou e realizou mais do que a contribuição, mesmo que inconsciente, dada para a valoriza-ção dos profissionais do rádio da mi-nha época. Isso porque eu não tinha visão larga o suficiente para compre-ender todo o universo que compu-nha o veículo de comunicação rádio. João Eudes, grande locutor, de posi-ção secundária na Rádio Iracema, foi contratado pela Rádio Progresso por minha insistência. Campos Jr., da Rádio Educadora, tinha grande au-diência e nós convencemos a direção da emissora da importância sua con-tratação. Esses são dois exemplos de outras grandes iniciativas em aqui-sições e promoções, das quais tive orgulho de participar. Na área da ra-diofonia esportiva nem se fala. Con-tratei Foguinho sem que os dirigen-tes soubessem. João Barbosa segurou a bronca. Aí vieram posteriormente Luiz Carlos de Lima, Heron Aquino e Hamilton Lima, os dois últimos só para transmissões aos domingos.

JC - Foi uma época de efervescência de investimentos no rádio do Cariri?

WB - As dificuldades eram muitas, porque as limitações finan-ceiras assim impunham. Os salá-rios subiram às alturas e, embora eu ganhasse três vezes menos, acei-tava isso de bom grado para poder ver as coisas progredirem. Afinal, o meu sonho era trabalhar um radio-jornalismo esportivo inspirado nas grandes emissoras que sintonizáva-mos nas ondas curtas de frequên-cia modulada, como Rádio Globo, Tupi, Mauá, Mayrink Veiga, Na-cional e Bandeirantes, do Sudeste brasileiro. Achava que era possível reproduzir tudo aquilo, mesmo diante das limitações. Era realmen-te coisa de sonhador. Mesmo assim, várias outras iniciativas catapulta-ram o setor para uma posição mais profissional. E, ao sentir hoje que as coisas deram certo, tenho um sentimento tardio de realização por ter ajudado a construir essa histó-ria. Mas o fato é que nunca perdi o Cariri de vista e me sinto, como cronista, um representante da bra-va crônica esportiva da região.

Nunca perdi o Cariri de vista e me sinto, como cronista, um representante da brava crônica

esportiva da região.

“ A evolução do rádio e do esporte no Cariri pos-sui traçados de relevo profissional feitos com

ajuda da abnegação, competência e credibilidade de José Wilton Be-zerra. Um filho de Várzea da Con-ceição, município de Cedro, que, hoje, aos 63 anos, tem consagrada a sua trajetória como o mais reno-mado comentarista esportivo de Fortaleza. Sua voz, imagem e isen-ção de atitudes são atrações da TV Diário e Rádio Verdes Mares AM 810, emissoras do Sistema Verdes Mares de Comunicação. Iniciou na profissão ainda de calças curtas, na antiga Amplificadora Cratense, onde chegou a ser repreendido no primeiro dia de trabalho pelos trajes inapropriados para a fun-ção de controlista (hoje, operador de áudio). A vocação do menino, que passou a melhor parte da sua

infância na chamada “época de ouro” da efervescência cultural do Crato de cinco décadas atrás, revelou-se benéfica para o rádio. Da amplificadora para a Rádio Educadora e, depois, para a Rádio Araripe, o talento de comunica-dor se revelou e foi consolidado em Juazeiro do Norte. Até hoje, se engrandece com reconhecimento e prestígio além fronteiras. Fun-dador da Rádio Progresso, par-ticipou ativamente do processo de profissionalização da crônica radiofônica e esportiva da região. Com a montagem dos novos time de profissionais e de uma progra-mação que transformou o esporte local, especialmente o futebol e seus clubes, engrandeceu a paixão dos torcedores em todo o Cari-ri. Nesta entrevista, trazemos um pouco mais da história de mais esta grande Voz do Cariri.

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Ingrid Monteiro

A paleontologia alia-da à arte da gravura em madeira faz par-te da Exposição Pa-

leo-xilo, que tem por objetivo utilizar a expressão artística da xilogravura para represen-tar as riquezas arqueológicas da região do Cariri. Idealizada pelo xilógrafo cratense Carlos Henrique Soares, a exposição segue aberta ao público até o mês de setembro, no Museu de Paleontologia da cidade de Santana do Cariri.

Por meio da parceria com o professor alemão da Universidade Regional do Cariri (Urca), Titus Rield, o ar-tista produziu representações de fósseis por meio do uso da xilogravura nas estruturas de

lambe-lambe, arte urbana de-senvolvida principalmente na região Sudeste do Brasil e pa-íses da Europa, que consiste basicamente em um pôster de papel colado em locais como muros e postes das vias públi-cas da cidade.

O projeto visa desen-volver novas formas e lin-guagens contemporâneas por meio da arte da xilogravura, tradicionalmente associada às capas da Literatura de Cordel. “As produções foram cons-truídas para ações de inter-venção urbana que promove-mos nos espaços públicos das cidades da região, no entanto estamos levando esta arte para o interior das galerias e museus, a fim de que estes espaços sejam cada vez mais ocupados pela população”,

explica Carlos Henrique.A região do Cariri é

considerada uma das mais importantes devido à enor-me quantidade e qualidade de preservação de fósseis. De acordo com o xilógrafo, a arte educativa é importante fer-ramenta para conscientizar a população acerca das riquezas naturais do Cariri. “Preocupa-mos em possibilitar que a nos-sa arte conscientize as pessoas, principalmente em relação à valorização do meio ambiente e, sobretudo, dos vestígios ar-queológicos”, enfatiza.

Durante dois anos, os artistas realizaram estudo e pesquisa no acervo de fós-seis da região, com a finali-dade de construir verdadei-ras réplicas das estruturas fossilizadas. Cerca de 100 réplicas foram produzidas para a exposição, represen-tando estruturas de fósseis de plantas e animais. “Há 25 anos trabalho com a xilo-gravura e é sempre bastante gratificante ver resultado do nosso trabalho, ainda mais quando se tem como propos-ta desenvolver a consciência ecológica da comunidade,” finaliza o xilógrafo membro da Academia dos Cordelistas do Município de Crato.

7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

PolíticaSocial Cultura

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Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS waleskamarrocos@jornaldocariri.com.br

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Bairro: São José no Município de Juazeiro do Norte - CE

Foi Determinado o Cumprimento das Exigências contidas nas

Normas eInstruções de Licenciamento da SEMASP.

Meus que-ridos amigos Val-deisa e Humberto inauguraram o mais novo espaço para realização de eventos em Juazei-ro. Eles realizaram o sonho de ter uma cede própria para as festas de seu Buffet. Parabéns ao casal pela aqui-sição.

O jovem casal Rebeca Landim e James Rocha vive em perfei-ta sintonia. Eles são presença freqüente nos mais badalados eventos da sociedade caririense.

R e -sidindo na capital cea-rense, o ca-sal Giovan-ne Matos e Suely Ribei-ro chegou na terrinha para curtir merecidas férias. Na foto, com a empresária Soraia Ri-beiro, eles aproveitaram para matar a saudade de amigos e familiares. Descanso merecido. Aproveitem!

VOZ E VIOLÃO FAMILIA DE SUCESSO

Meus queridos Juvencio Gondim e Isabel Gondim, com os fi-lhos Israel e David. Família muito querida e de grande sucesso em nossa região.

INAUGURAÇÃO

MERECIDAS FÉRIASO n d e

ela passa arras-ta multidões, e no Cariri não foi diferente. O show de Ivete na Expocra-to foi o mais concorrido de todos. Ela ar-rasou!!! Linda e loira, cantou sucesso anti-gos e atuais, levando o pú-blico a levantar poeira!!!!

Na foto, Amanda com Ivete antes do show. Foi muita curtição.

CASAL 20IVETE NO CARIRI

Rinal-do Barreto c o m e m o r a 20 anos de carreira.Com uma voz su-ave e amplo reper tór i o , ele tem bri-lhado nas noites e fes-tas de nossa Rgião. Eu sou fã.

Exposição une arte e educação ambiental em Santana

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TOQUE DE PRIMEIRA

TRÊS É DEMAIS

Não existe coincidência em tabela de campeonato nenhum. O que a CBF fez com o

Treze de Campina Grande foi uma resposta a tudo que o galo da Borborema causou de constrangimento aos clubes da série C. A Confederação colocou os três primeiros jogos do Treze fora de casa. Um é bom, dois está de bom tamanho, mas três é demais. A torcida do Treze só verá seu time jogando na Paraíba, na quarta rodada.

CAMPANHA

Não existe boa campanha na Taça Fares Lopes. O objetivo é claro: ser campeão e preparar o time em dose dupla para disputar dois campeonatos paralelos, o certame Cearense e a Copa do Brasil. Ceará e Fortaleza nunca deram importância a Copa Fares Lopes, pois os dois clubes tem vagas garantidas na Copa do Brasil. Não é preciso ter bola de cristal para apontar os quatro clubes que farão a semi-final e final: Horizonte, Guarani de Juazeiro, Guarany de Sobral e Icasa. Se surgir outros times, podem me gozar.

GUARANI X ICASA

Guarani e Icasa fizeram o primeiro clássico pela Fares Lopes, foi um 0 a 0 sem muita emoção, principalmente na primeira fase, com apenas dois chutes a gol. Um do Icasa e outro do Leão do Mercado. No segundo tempo, as duas equipes resolveram abrir a marcação e o jogo ficou mais aberto. O volante Simião, aos cinco minutos, assustou o goleiro Fábio com um forte chute de fora da área, o Guarani respondeu com Djalma e o goleiro Tomazella, que fez uma boa defesa. O treinador do Guarani, Antonio Luis, gostou do resultado e acrescentou que pelo pouco tempo de trabalho, o time suportou muito bem o maior volume de jogo do verdão.

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JULHO DE 2012

FUTEBOL

Maior zagueiro-artilheiro do Brasil joga no IcasaToni Sousa Especial para o JC

O maior zagueiro-ar-tilheiro do Brasil joga no Icasa. An-dré Turatto che-

gou à marca de 81 gols em 17 anos de carreira. Antes, Emerson do Coritiba era con-siderado o maior zagueiro--artilheiro do País. Inclusive, Emerson já foi companheiro do Turatto no Avaí-SC.

O primeiro gol mar-cado por André Turatto foi em 1996, pelo Ypiranga de Erechim, Rio Grande do Sul. Seu técnico, na época, era o Guilherme Macuglia, atual-mente técnico do Rio Branco do Acre. A partir daí foram vários clubes e 81 gols marca-dos, porém o zagueiro garan-te que todos foram em com-petições oficiais. Nenhum foi feito em amistoso.

Segundo André Turat-to as palavras zagueiro e ar-tilheiro não combinam, mas acha legal o reconhecimento das pessoas por este fato. O atleta disse que seu gol mais importante foi pelo Avaí con-

tra Ponte Preta, em 2008, oca-sião em que o clube catarinen-se conseguia a classificação para a Série A do Brasileiro. Porém, o de maior valor sen-timental foi contra o Santa Cruz. Na oportunidade o za-gueiro defendia o Fortaleza. A esposa de Turatto estava grá-vida de gêmeas e o casal ha-via recebido a informação há pouco tempo. Na comemora-ção do gol, André Turatto co-locou duas bolas por baixo da camisa, para representar as fi-lhas que em breve nasceriam.

Quando o assunto é gol-contra, Turatto afirma: “Já fiz vários, não sei quan-tos. Acredito que quase todo zagueiro passou por esta situ-ação. Acho que uns cinco ou seis já devo ter feito, com cer-teza”. Indagado sobre a pos-sibilidade do gol 100 o atleta é enfático: “Eu gosto de fazer gols, fico feliz em fazer gols, mas não sei se chego aos 100. Não sei nem se consigo jogar muitos anos, porém irei sem-pre tentar ajudar minha equi-pe e se puder ajudar com gols, melhor ainda”.

André Turatto não fala em encerrar a carreira: “Meu plano é jogar o próximo jogo. Eu sempre fui assim e depois que cheguei a uma certa ida-de eu traço como objetivo jogar a próxima partida”. Turatto frisou que após dei-xar a carreira de jogador não pensa em deixar o futebol. O atleta passou no vestibu-lar para administração, mas quer conciliar algo particular sem sair do futebol.

André Turatto tem con-trato com o Icasa até o final da Série C do Brasileiro. O joga-dor já marcou sete gols com a camisa alviverde. Pela Série B, ano passado, foram dois. Pelo Campeonato Cearense deste ano, mais quatro. Inclusive, foi um dos artilheiros do Ica-sa, na competição. E na Série C já marcou um.

Guarani confirma dois reforços

A diretoria do Guara-ni confirmou o acerto com o lateral-esquerdo Panda e o atacante Niel. Panda já atuou pelo Icasa e estava no Remo do Pará. Já Niel jogou o Cam-peonato Cearense deste ano pelo Tirandetes e depois se transferiu para o futebol do Piauí. O atleta foi Vice-Cam-peão Cearense e Campeão da Taça Padre Cícero em 2011, pelo Leão do Mercado.

n André Turatto já fez 81 gols

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Solicita o comparecimento imedia-to do senhor CICERO CANUTO DA SILVA, portador da CTPS N° 85555 série 038 CE, no prazo de 24 horas (01 dia). O mesmo não comparece para realizar as suas atividades contratuais a mais de 30 dias corridos. Dandos ple-nos direito a empresa de realizar o seu desligamento por JUSTA CAUSA, com base no artigo 482 da CLT.

Samuel Macedo