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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 157 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 15.NOV.11 “Mergulho” no mercado de trabalho... Sinónimo de desemprego? academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico twitter.com/jornalacademico “Ter ido ao Mundial foi algo incrível, mas ir aos Jogos Olímpicos seria inacreditável” desporto Página 18 BragaCine: “Consideramos o festival como o terceiro melhor do país” Página 03 campus Liftoff: a celebração de um ano de empreendedorismo na Universidade do Minho campus Página 07 Rui Bragança em entrevista: Luís Rodrigues não se recandidata... Hélder Castro poderá ser o sucessor Página 05 Eleições AAUM

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Jornal Academico

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Page 1: Jornal Academico

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA157 / ANO 6 / SÉRIE 3

TERÇA-FEIRA, 15.NOV.11

“Mergulho” no mercado de trabalho...

Sinó

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academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico

twitter.com/jornalacademico

“Ter ido ao Mundial foi algo incrível, mas ir aos Jogos Olímpicos seria inacreditável”

desportoPágina 18

BragaCine: “Consideramos o festival como o terceiro melhor do país”

Página 03

campus

Liftoff: a celebração de um ano de empreendedorismo na Universidade do Minho

campusPágina 07

Rui Bragança em entrevista:

Luís Rodrigues não se recandidata... Hélder Castro poderá ser o sucessor Página 05

Eleições AAUM

Page 2: Jornal Academico

Caminhamos a passos largos para uma das datas mais importantes no que toca aos estudantes da Univer-sidade do Minho. O próximo dia 6 de Dezembro irá ser marcado pela realização de eleições para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho. Para já, uma meia surpresa. Luís Rodrigues não se recandidata. Meia surpresa porque, quem o conhece, sabe que tem muito a dar aos estudantes e as ideias certamente que não iriam deixar de aparecer caso avançasse para mais um mandato. Ainda assim, e pelo carinho que nutre pela instituição e pelos seus pares, Luís Rodrigues achou por bem colocar um ponto final na sua ligação à direcção da AAUM.Para já, existe apenas um nome candidato à sua sucessão. Certo é que, seja ele quem for, o próximo/a presi-dente da AAUM terá uma “pressão-extra” por suceder aos nomes que assumiram a instituição nos últimos anos. Certamente que os estudantes saberão fazer a sua escolha e pede-se, desde já, que a adesão às urnas seja de tal forma acentuada que bata recordes de participação. Essa seria, sem dúvida, a primeira vitória para a AAUM.Em relação a este acto que marcará o futuro da instituição durante um ano, o ACADÉMICO irá fazer, à seme-lhança dos anos anteriores, um trabalho isento e imparcial, à imagem do que acontece durante todo o ano.Iremos ser o espaço para que cada lista se expresse com o mesmo espaço e destaque que qualquer outra candidatura. Até lá... Fiquem atentos.

Permitam-me ainda destacar um feito do passado fim de semana. Decorria o festival SEMIBREVE em Braga e, logo na primeira noite de espectáculos, Jon Hopkins foi genial na sua performance em pleno Theatro Circo. Serve isto para dizer que, cada vez mais, a cidade de Braga deve apostar em artistas/bandas fora do circuito comercial. Os bracarenses, os jovens bracarenses, que celebram a capital europeia da juventude na sua cidade a partir do próximo ano, devem ter direito a bons espectáculos e excelentes roteiros.Este SEMIBREVE foi, sem dúvida, um deles e espera-se agora que o caminho que já foi trilhado consiga ser percorrido por outros certames de igual ou maior grandeza.Esta semana é marcada pelo TedxYouth na cidade de Braga. Sob o tema “Inspira-te”, espera-se casa cheia no Theatro Circo para presenciar, in loco, aquilo a que um evento, com chancela TED, tem direito.Estaremos lá para acompanhar a par e passo as incidências e as “inspirações” dos oradores e convidados.Até para a semana!

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EmpreendedorismoSe está na moda, ou não, desco-nhecemos. O que é certo é que a prática do empreendedorismo está a ser encarada como uma das soluções possíveis para en-frentar estes tempos difíceis. Ale-gra-me que na UM, seja através da reitoria, seja através da AAUM, se dê uma importância acrescida a esta temática. Temos potencial, por isso, vamos aproveitá-lo.

Cortes no Ensino SuperiroOs cortes aplicados ao Ensino Su-perior são sinal claro do desinves-timento feito no futuro do nosso país. A educação e a formação da população portuguesa não deve ser cortada com a mesma régua e esquadro que as outras áreas da sociedade. As verbas para o Ensi-no Superior não devem ser vistas como despesa, mas sim como receita para o país. De lamentar.

Jon Hopkins no SEMIBREVEGenial. Soberbo. Uma live perfor-mance de um dos artistas mais proeminentes no que à música electrónica diz respeito. O The-atro Circo merecia ter casa cheia para ver esta actuação da passada sexta-feira.Sem dúvida que este foi o ponto alto de um festival que, não me canso de dizer, colocou Braga no mapa musical... De novo!

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 15 Novembro 2011 / N157 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

Page 3: Jornal Academico

PÁGINA 03 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

LOCAL“consideramos o festival como o terceiro melhor do país”ângela coelho

[email protected]

A nona edição do Braga-cine, Festival de Cinema Independente de Braga, decorreu mais uma vez no Auditório B1 do Campus de Gualtar da Universidade do Minho. A organização este-ve a cargo do Cine.UM – Ci-neclube da Universidade do Minho.Como é habitual em todas as edições do festival, o cer-tame contou com a presença de figuras consagradas do cinema, algumas das quais premiadas em Braga. Julian Grant, realizador de “Ro-bocop”, recebeu o Prémio

Augusta, correspondente ao melhor director e efeitos es-peciais e ainda o prémio de carreira, juntamente com o realizador Matt Cimber, que também recebeu este últi-mo prémio. Já Paulo Tran-coso, produtor e presidente da Academia Portuguesa de Artes e Ciências Cinemato-gráficas, levou para casa o Prémio Augusta de melhor produtor. O actor José Pinto ganhou o prémio de carreira e Maria João Bastos recebeu o prémio de melhor actriz.Artur Barros Moreira, di-rector do festival, fez um balanço “muito positivo” da nona edição do Bragacine, “essencialmente pela quali-dade dos filmes” exibidos.

rão surpresas: “Estamos a pensar lançar um livro de memórias do Bragacine”, revela.As expectativas de Artur Moreira apontavam para um aumento significativo do número de espectadores e os amantes do cinema independente não desiludi-ram: “Na sessão de abertura tivemos cerca de 200 espec-tadores e, ao todo, passaram pelo festival cerca de 2500 espectadores”. Apesar de ser um festival com um baixo orçamento, cerca de 2 mil euros, para o director do Bragacine, “não podia ter corrido melhor”.

bragacine

“Consideramos o festival como o terceiro melhor do país”, acrescentou. O júri desta edição foi pre-sidido por Uxia Blanco Igle-sias. Fizeram ainda parte Anxo Santomil, da Axencia Audiovisual Galega, o rea-lizador Julian Grant, Antó-nio Reis, director-geral do Fantasporto e Nuno Santos, editor da edição portuguesa da Empire.Coube a este mesmo júri decidir a quem atribuir os prémios dos concorrentes desta edição. O Grande Pré-mio Augusta Bragacine foi para o filme “Mar libre”, de Daniel de la Torre. O prémio de melhor curta-metragem foi para o filme “O Conto do

Vento”, de Cláudio Jordão e Nelson Martins. O realizador de “Robocop”, Julian Grant, realizou uma curta-metragem durante o Bragacine, no Bom Jesus. Esta curta-metragem foi exibida pela primeira vez na sessão de encerramento do festival, mas o director do festival já avançou que a mesma será exibida na pró-xima edição do Bragacine.

Mais de dois mil espectado-res antes da décadaNo próximo ano o festival completa uma década de existência e Artur Morei-ra garante que não falta-

Balanço positivo em torno do IX Bragacine

Maria João bastos e José Pinto foram algumas das presenças ilustres no Festival

Julian Grant foi figura ilustre e ainda teve tempo para uma

curta-metragem em Braga

bragacine

Page 4: Jornal Academico

PÁGINA 04 // 15.NOV.11 // ACADÉMICOCAMPUS

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luís rodrigues não se recandidata... hélder castro poderá ser o sucessordaniel vieira da silva

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Está desfeita a dúvida. Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) desde 2009, não se irá recandidatar ao cargo. Esta seria, caso avançasse, a terceira candidatura ao cargo de presidente da insti-tuição. Natural de Penafiel, Luís Rodrigues, estudante do mestrado em Jornalis-mo e Informação, integrou a AAUM, enquanto colabo-rador, no ano de 2007 no departamento de Comu-nicação e Imagem. Antes ainda, tinha pertencido à redacção do ACADÉMICO. A sua passagem pela Co-municação e Imagem foi fu-gaz, uma vez que no ano se-guinte assumiu a função de

tesoureiro-adjunto. Um ano mais tarde foi tesoureiro, no mandato de Pedro Soares. No ano seguinte vence as eleições, com um resultado recorde, e assume o cargo de presidente da AAUM. Em 2010 volta a candidatar-se, com uma equipa renovada, e volta a bater outros recor-des nas urnas.Em exclusivo ao ACADÉMI-CO, Luís Rodrigues assume que a sua passagem pela AAUM “foi um processo gratificante e muito impor-tante ao longo dos últimos cinco anos”.O estudante sublinha que vários factores contribui-ram para esta decisão, um dos quais, o seu percurso académico, onde pretende terminar o mestrado onde está inscrito. “É com orgu-lho que olho para os resulta-

rentes”.Nessa linha destacam-se dois objectivos importan-tes: a participação juvenil e a maior aproximação dos jovens à AAUM e vice-versa, identificou aquele que é, para já, o único candidato oficial à presidência da di-recção da AAUM.

daniela Mendes

[email protected]

Quer aprender a fazer cer-veja caseira? Esta é uma iniciativa da empresa Fer-mentUM que, adoptando a ideia de alguns países de tradição cervejeira, como a Alemanha ou a Repúbli-ca Checa, pretendem fazer chegar a todos nós a receita – chave para que possamos consumir cerveja sem sair de casa.Para isso, criou o “ I

Workshop de Cerveja Ca-seira”, que contou com a participação de 15 pessoas dispostas aprender a arte de fazer cerveja natural.A FermentUM, empresa de engenharia de fermenta-ções, ambiciona criar uma cerveja característica do Minho, para que possa ser alargada à gastronomia lo-cal. Segundo Francisco Pe-reira, um dos membros da empresa FermentUM, “as pessoas gostam de beber a sua própria cerveja”.

A este membro da Fermen-tUM, junta-se Filipe Maciei-ra, ambos alunos de douto-ramento e investigadores da Universidade do Minho, na área da Engenharia Biológi-ca.Futuramente, os investiga-dores visam “abrir um bar rústico, com uma pequena fábrica de cervejas, para que as pessoas possam ex-perimentar algumas outras cervejas”.Para além da arte de apren-der a fazer cerveja casei-

vamos fazer cerveja?ra junta-se a vantagem da poupança, cada vez mais relevante no tempo actual: um litro de cerveja terá um custo de 80 cêntimos e, ao contrário da cerveja habitu-al, esta traz benefícios para a saúde, uma vez que é feita com base em produtos bio-lógicos, sem aditivos.A esta ideia acrescenta-se, assim, a lógica de um de-senvolvimento ecológico e sustentável, direccionado para a sensibilização da po-pulação.

dos alcançados nos últimos dois anos, particularmente. Foram duas direcções com-petente e muito capazes que cumpriram objectivos e obtiveram resultados im-portantes que contribui-ram, em muito, para hon-rar a missão da AAUM”, acrescenta Luís Rodrigues que vê este processo com normalidade e naturalidade pela renovação da estrutura. “Tenho a certeza que, para lá das pessoas, fica a insti-tuiçao e, desta direcção, sai-rá um conjunto de pessoas capazes, lideradas pelo Hél-der Castro, que terá o meu apoio” esclarece.

Continuidade assegurada com Hélder Castro

Natural das Taipas, com 22 anos, o estudante do 5º

ano do mestrado integrado em Arquitectura, nas suas primeiras declarações pú-blicas sobre o assunto, em exclusivo ao ACADÉMICO, assume que “a motivação vem do trabalho desenvol-vido nos últimos anos na AAUM. Queremos levar mais longe as metas e objec-tivos estabelecidos”, assume o candidato.Chegado à AAUM em 2009, depois de um ano como colaborador, Hélder Castro foi director do depar-tamento de Saídas Profissio-nais. Um ano mais tarde era já tesoureiro-adjunto. No presente mandato assume o cargo de vice-presidente do departamento Pedagógico.Hélder Castro sublinha que “a candidatura vem na linha de continuidade”, mas assu-me “formas de pensar dife-

Hélder Castro, primeiro candidato a presidente da direcção da AAUM

Page 5: Jornal Academico

CAMPUSPÁGINA 05 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

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rita Magalhães

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Estudante Erasmus da Universidade do Minho em Manchester (Reino Unido)

crónica erasmus: trip to liverpoolDe tudo o que já percorre-mos em Manchester, não há um único sítio, um único monumento, um único por-menor da cidade que eu não tenha gostado. No entanto, há a curiosidade de conhe-cer mais de Inglaterra, ex-pandir mais os horizontes, conhecer outras cidades, ver as diferenças que existem dentro do próprio país. O nosso destino foi Liver-pool, a cidade dos Beatles, a cidade rebelde, a cidade da novidade e do moderno. Sem quaisquer expectati-vas, chegamos à Lime Street Station de mapa na mão e com uma enorme vontade

de descobrir e procurar. Primeira paragem foi a Catedral de Liverpool, um imponente edifício, de uma grandiosidade inigualável. Os enormes vitrais, a tran-quilidade do espaço, os de-talhes de cada cantinho fa-zem deste monumento um dos mais bonitos que vi até agora.Seguimos pelas avenidas movimentadas e baru-lhentas, passando por uma pequena réplica da China Town, até chegarmos ao principal motivo da nossa ida a Liverpool: The Beatles Story, o museu de uma das bandas mais conhecidas de

todos os tempos. Ao entrar lá foi como se fos-semos transportados para 1960, como se os Beatles estivessem sentados con-nosco à mesa de um café a relatarem as suas aventuras, os seus desafios, todo o seu percurso de vida.Entre muitas outras coisas, não posso deixar de referir a conhecida “Waterfront” desta cidade inglesa. Um sí-tio ao ar livre absolutamente encantador, onde a paisa-gem vista das margens é constituída pela paz do mar, o cinzento das nuvens e o contraste entre monumen-tos históricos e modernos.

Liverpool foi, sem sombra de dúvida, uma agradável e inesperada surpresa!...

rga define eleições mas é marcada pela acção socialFiliPa cardoso

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Aconteceu no passado dia 10 de Novembro a primeira Reunião Geral de Alunos (RGA) do ano lectivo. A ses-são aconteceu no Auditório do Centro Multimédia do Instituto de Psicologia no campus de Gualtar. A RGA tinha, como pontos da or-dem de trabalhos, entre outros assuntos, a deter-minação do calendário das eleições para os órgãos da AAUM, a eleição da comis-são eleitoral e a acção social. A definição do calendário eleitoral foi, assim, um dos

pontos mais importante nesta RGA.As eleições para os órgãos sociais (direcção, conselho fiscal e jurisdicional e mesa da RGA) da Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM) estão mar-cadas para dia 6 de Dezem-bro. As listas candidatas podem ser entregues até dia 19 deste mês. Entretanto foi já entregue uma lista, desta

feita, candidata à direcção da AAUM.Nesta sessão registou-se a apresentação de uma lista única para a comissão elei-toral.

Henrique Sousa na Comis-são Eleitoral

Esta lista é liderada por Henrique Sousa, licenciado em Direito na Universidade

do Minho, actualmente a frequentar o mestrado.O jovem estudante tem como principais motivações “o forte associativismo” que fez parte do seu percurso, desde sempre. Desta forma, como líder da comissão elei-toral, espera fazer um bom trabalho, pautando-se pela “imparcialidade e pelo ri-gor”.Ainda assim, nesta RGA o ponto que mereceu maior destaque, e que transitou da RGA anterior, foi o ponto da acção social.Assim sendo, Luís Rodri-gues, actual presidente da AAUM destacou as inicia-tivas que já foram desen-

volvidas desde o início do ano lectivo, nomeadamente o envio de uma queixa re-lativa ao regulamento de atribuição de bolsas de es-tudo, e a “fraude” de cerca de 130 alunos da academia minhota que usufruem de bolsas de estudo, graças a este novo regulamento que deixa de fora os ganhos com sociedades.Foi ainda proposta, por um conjunto de estudantes, uma manifestação conjunta com outras associações de estudantes do país, para o próximo dia 24 de Novem-bro, dia da greve geral, que não foi votada favoravelmen-te pelo auditório presente.

Page 6: Jornal Academico

CAMPUSPÁGINA 06 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

ana Pinheiro

[email protected]

Na passada terça-feira, o Instituto de Psicologia e Educação da Universidade do Minho recebeu as come-morações de mais um ano de existência do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho (UM). A celebração contou com a presença de represen-tantes desta unidade orgâni-ca, para além do vice-reitor Rui Vieira de Castro, em representação do reitor da academia minhota, António Cunha. Já a professora ca-tedrática Helena da Rocha

Pereira, célebre classicista portuguesa, assumiu um papel central, sendo a con-vidada mais aguardada por todos os presentes.

José Manuel Mendes “apre-senta” Helena da Rocha Pe-reira

As actividades que se desen-volveram de manhã foram iniciadas e encerradas pelo Coro Académico. No decor-rer da Cerimónia de Gradu-ação, tanto o vice-reitor da UM, Rui Vieira de Castro, como o Presidente do Con-selho Pedagógico do ICS, Rui Morais, discursaram sobre a evolução e impor-

tância das Ciências Sociais nos dias de hoje, tendo sido também discutido o balanço geral da actividade da escola ao longo do último ano, em particular. A cerimónia da parte da manhã terminou com a entrega das cartas de

“identidade e cultura europeias, uma subida às origens” marca aniversário do ICS

aaum avança com queixa ao provedor de justiçacarla serra

[email protected]

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) enviou recente-mente uma queixa ao Prove-dor de Justiça, Alfredo José de Sousa, relativamente ao novo regulamento de atri-buição de bolsas de estudo.De acordo com a queixa enviada, a AAUM ressalva: “os motivos que nos levam a discordar do novo Regu-lamento de Atribuição de Bolsas de Estudo prendem--se com o facto de conside-ramos que o mesmo é ilegal do ponto de vista formal, no seu todo, mas também pelo facto de consagrar soluções materiais que nos parecem ser iníquas e injustas, não concretizando no plano prá-tico os fins que norteiam e são a razão da existência do sistema de acção social escolar, conforme conside-randos constantes do texto que se encontra em anexo”,

curso/prémios escolares/diplomas aos estudantes do Instituto, estando a tarefa a cargo dos respectivos Direc-tores de Curso.Já na parte da tarde, a ce-rimónia comemorativa foi iniciada pelo Vice-Reitor da

Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e pelo Pre-sidente do Instituto de Ciên-cias Sociais, Miguel Bandei-ra. De seguida realizou-se a actividade mais aguardada naquele dia de celebrações: a conferência “Identidade e Cultura Europeias, uma subida às origens”. Helena da Rocha Pereira foi intro-duzida pelo amigo de longa data, o professor José Ma-nuel Mendes, docente con-vidado do ICS responsável por cadeiras como Direito da Comunicação ou Ética no Departamento de Ciências da Comunicação, que, num texto de apresentação, ele-vou o nome da convidada.

rantia de recursos, que visa garantir aos estudantes um nível mínimo de recursos financeiros anuais para que possam frequentar o ensino superior, tendo em conta a sua situação financeira e as suas necessidades para fre-quentar o ensino superior. Critica-se, ainda, o facto das regras de atribuição de bolsas de estudo que, por se-rem uma matéria relativa à acção social escolar, teriam de constar de um diploma legal e não de um regula-mento aprovado por um despacho do Secretário de Estado, que não tem com-petências delegadas nesta matéria Para Luís Rodrigues, o principio da boa aplicação dos recursos públicos é ou-tro princípio em causa, pois o apoio financeiro não está a ser maximizado para abran-ger o maior número de estu-dantes carenciados.

Sociedades continuam de

fora

Por sua vez, o Regulamen-to continua a não “obrigar” os candidatos a declarar os rendimentos provenientes de participações em socie-dades. Uma solução a cur-to prazo seria incluir estes rendimentos que muitas vezes, ao não serem conta-bilizados, levam a atribui-ção de uma bolsa elevada a quem não precisa. A exces-siva burocracia e existência de diferentes prazos são outras causas de discórdia. A AAUM salienta ainda, através deste comunicado, o facto de o Governo, nestes dois últimos anos, ter criado um clima de grande incer-teza ao aprovar regras dife-rentes de atribuição de bol-sas de estudo, de publicação dos resultados tardiamente, levando a que os estudantes se encontrem num impasse e ansiedade, sem saberem se poderão continuar os seus estudos ou não.

AAUM critica injustiças na atribuição de bolsas

lê-se, então, no documento assinado pelo presidente da AAUM, Luís Rodrigues.

Garantia de recursos aos es-tudantes violada

O mesmo pretende demons-trar o descontentamento geral que se faz sentir na Universidade do Minho relativamente ao dito diplo-ma. Com a queixa apresen-tada ambiciona-se que os responsáveis pela pasta do Ensino Superior revejam o regulamento para que este se torne “mais justo, para que todos os estudantes te-

nham o mínimo adequado de recursos financeiros para poder prosseguir os estudos e, para que constatem a ile-galidade que foi cometida aquando da aprovação do Regulamento pelo Secre-tário de Estado do Ensino Superior e não por Decreto--Lei do Governo”, consegue ler-se.Este novo regulamento re-sulta de um acto ilegal, pois põe em causa princípios fundamentais que prote-gem os direitos dos estu-dantes. Um desses princí-pios que poderá estar a ser violado é o princípio da ga-

Dicas/Nuno Gonçalves

Rui Vieira de Castro marcou presença no dia do ICS

Page 7: Jornal Academico

PÁGINA 07 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

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liftoff: a celebração de um ano de empreendedorismo na UMraFaela Pereira

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Ao celebrar um ano no apoio ao empreendedoris-mo, o LiftOff - Gabinete do Empreendedor da Associa-ção Académica da Univer-sidade do Minho (AAUM) – promoveu o “Dia do Em-preendedor”, comemorado a 9 de Novembro.O dia começou com uma tertúlia, transmitida em di-recto na Rádio Universitária do Minho (RUM), em torno do tema: “Será o empreen-dedorismo uma saída para a crise?” O Liftoff pretende apoiar e fomentar o espírito em-preendedor, uma missão

cumprida, diz o presiden-te da AAUM, Luís Rodri-gues, que destaca alguns números: “realizaram-se 81 actividades, 38 workshops, concretizaram-se 10 planos de negócios e participaram 1573 estudantes nas activi-dades do gabinete. Números que mostraram um balanço positivo no trabalho desen-volvido pelo Liftoff”.O “Dia do Empreendedor” ficou ainda marcado por um workshop gratuito, com o tema “Empreendedorismo e Inovação”, em que partici-pou Inês Faria, aluna do Mestrado Integrado de Psi-cologia de Gestão dos Re-cursos Humanos, salientan-do que foi estimulada “uma

atitude proactiva. Estamos numa situação económica em que é preciso ser em-preendedor e devemos ter ideias novas”, reforçou.

UM empreendedoraA capacidade empreendedo-ra na Universidade do Mi-nho (UM) foi comprovada através da apresentação de vários projectos, desenvolvi-dos por alunos e antigos alu-nos. Um exemplo disso foi a prova da “Cerveja Artesanal do Minho”, produto da re-cente empresa FermentUM, criada por investigadores da UM.No dia foram ainda entre-gues os prémios do concur-so “O Empreendedorismo

último casting definiu finalistas do fashiondaniel Mota Pereira

[email protected]

Quarta-feira, dia 9 de No-vembro, a discoteca Sardi-nha Biba recebeu o 3º e úl-timo casting do University Fashion’11, cuja organização esteve, uma vez mais, a car-go do departamento de Sa-ídas Profissionais e Empre-endedorismo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).Antes do grande desfile, que levou doze concorrentes à fi-nal, houve tempo para um ensaio geral com indicações de Ana Martins, assessora de direcção da Acting Mo-

dels, que inspirou todos os “futuros manequins” a posicionarem-se melhor na passerelle.O último e derradeiro desa-fio teve início já passava da 1h da madrugada com uma apresentação de Dany Oli-veira, aluno do 2º ano de Ci-ências da Comunicação que, juntamente com um forte leque de jurados, assegurou um momento de enorme in-teresse para todos. Catarina Oliveira, vice-pre-sidente do departamento de Saídas Profissionais e Em-preendedorismo da AAUM afirma que se tentou “trazer profissionais da área, quer pela parte de uma agência

de modelos, quer por par-te de uma produtora, para assim conferir maior rigor ao evento e uma vertente mais profissional fazendo com que alguns estudan-tes, quando acabam este concurso, sejam convidados para fazer outros trabalhos, pois adquirem formação e acompanhamento por parte da agência”.De uma perspectiva diferen-te, Dany Oliveira assumiu que “as pessoas estão a ade-rir bastante. O mundo da moda também é apelativo, principalmente para os jo-vens”. O candidato apresen-tador salientou ainda que, a nível pessoal, estava satisfei-

to “por ver tanta gente inte-ressada na actividade”.

Final com estrelas na passe-relle

Uma das participantes, Joa-na Oliveira, aluna do 1º ano de Design e Marketing de Moda monstrou-se optimis-ta em relação à sua partici-pação. “Costumo participar neste tipo de eventos e está relacionado com o meu cur-so, por isso as expectativas são boas (risos)”, acrescen-tou. Já Francisco Damas, aluno do 1º ano de Geo-grafia e Planeamento, vê o concurso de maneira dife-rente: “Penso que, acima

de tudo, o que levo comigo é a experiência que adquiri e uns bons amigos que fiz. Deu para conhecer imensa gente de outros cursos”, su-blinhou.Este 3º e último casting do University Fashion’11 selec-cionou os seis manequins femininos e masculinos para a grande final, que se realizará no dia 16 de No-vembro no Pavilhão Despor-tivo do Campus de Azurém, em Guimarães, e onde são esperadas personalidades do mundo da moda, como é o caso de Ricardo Guedes, Joana Alvarenga, Marisa Pe-rez e muitas outras surpre-sas à mistura.

está na Moda”. Em primei-ro lugar ficou João Oliveira com o projecto EarBox, a criação de “roupa musical”, isto é, a concepção de uma linha de roupa que tem in-corporada um sistema áu-dio. O projecto foi visto com agrado pelo vereador da Câ-mara Municipal de Braga, Hugo Pires: “desafiei o ven-cedor do concurso a apre-sentar, na Capital Europeia da Juventude, as peças de roupa com a inovação que ele lhe imprimiu”, admite.No mesmo dia foi ainda lan-çado o Guia do Empreen-dedor, escrito pela docente da UM, Elisabete Sá, por convite do Liftoff. “É um guia muito simples, des-

tinado não só a quem pre-tende criar uma empresa, mas também, a quem quer resolver problemas, com so-luções criativas”, explica Eli-sabete Sá.Presente na cerimónia, o rei-tor da UM, António Cunha, não deixou de mostrar sa-tisfação com o trabalho de um ano desenvolvido pelo Liftoff. “É importante que a questão do empreendedo-rismo comece a estar gene-ralizada no meio da nossa comunidade estudantil”, finaliza. “O estudante deve começar a pensar em como transformar a sua ideia num negócio”, acrescentou o reitor da Universidade do Minho.

Page 8: Jornal Academico

PÁGINA 08 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

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sónia silva

[email protected]

A empresa americana Great Place to Work apresentou os resultados do maior estudo mundial realizado sobre lo-cais de trabalho de excelên-cia.A lista, constituída por 25 empresas dispersas um pouco por todo o mundo, co-loca a Microsoft novamente

no pódio. Neste ranking constam as marcas de su-cesso como a Mcdonalds, a Google e a Coca – Cola Company.Portugal foi o primeiro país da Europa a publicar as con-clusões deste estudo. A par da Microsoft, instituições como a SAS, Cisco, Diageo, Medtronic, Mars e Roche estão implementadas no nosso país, constituindo-se como uma oportunidade

para jovens recém–licencia-dos. A empresa norte–america-na de “research” especiali-zada em ambiente de tra-balho destacou também a Microsoft e a SAS, duas em-presas dos Estados Unidos, como detentoras de culturas empresariais de destaque.

Colaboradores no centro do estudoEsta classificação resulta da

NACIONAL

importância que ambas as instituições atribuem aos seus colaboradores, como parte integrante da cultura da empresa, espalhados em todo o mundo. Em Portugal o estudo resu-me-se a 100 organizações e a fundadora do Great Place to Work Institute no nosso país afirma ao site “www.mundouniversitár io.pt” que “esta iniciativa traduz o compromisso do instituto

em trazer valor acrescenta-do ao mercado português, colocando-o em permanen-te interacção com o que de melhor se faz mundialmen-te a nível da gestão de pes-soas”.Este estudo tem a vantagem de mostrar ao jovens re-cém–licenciados que ainda existem oportunidades no mercado de trabalho, apesar da situação actual em que se encontra o nosso país.

qual é o melhor local para trabalhar?

universidades em riscoBrUno Fernandes

[email protected]

as universidades verão, em 2012, o seu financiamento e autonomia reduzidos. o orçamento do estado prevê cortes de 100 milhões de euros no financiamento das insti-tuições de ensino superior e a limitação da sua autonomia, podendo mesmo levar ao en-cerramento de universidades.

António Rendas: “Não nos dão o peixe e não nos dei-xam usar a cana de pesca!” António Rendas, presiden-te da CRUP, referiu, numa audição da comissão par-lamentar de Educação que estas medidas serão um re-trocesso: “Se as condições forem alteradas, corremos o risco de voltar atrás mui-tos anos e as universidades vão demorar muito tempo

a voltar a ser o que são”. O dirigente refere que muitas das actividades, hoje desen-volvidas nas universidades, poderão deixar de existir.

“Este corte para 2012 deixa--nos no absoluto limiar de funcionamento com um mínimo de dignidade, mas sem margem nenhuma. Em 2013, um corte equivalente ao de 2012 fecha a Univer-sidade de Coimbra.”, referiu o reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, à Agência Lusa.

A UC é a mais afectadas no orçamento deste ano. Por exemplo, só nas transferên-cias estatais para os Servi-ços de Acção Social (SAS) daquela universidade have-rá um corte de 851.417 eu-ros. No entanto, o reitor da instituição refere também

que haverá um corte, no próximo ano, de 20 milhões de euros, sendo que, deste valor, 8 milhões são relacio-nados com custos de funcio-namento e 12 milhões pela retirada de subsídios a fun-cionários. O reitor disse não compreender porque estão a ser aplicados cortes idênti-cos em sectores que geram défice e em sectores que não o geram, como é o caso do Ensino Superior. E vai mais longe: “Se nos retiram auto-nomia e nós não consegui-mos angariar receita, isso vai agravar o défice.”

Contratações limitadas

A alteração do regime ju-rídico das universidades é referida no artigo 42º da proposta de lei do Orçamen-to do Estado para o próximo ano. Neste artigo é referido

que “por motivos de equi-líbrio orçamental (...), em situações excepcionais (...) podem ser estabelecidos, por lei, limites à prática de actos, pelos órgãos próprios das instituições de ensino superior públicas, que de-terminem (...) encargos fi-nanceiros com impacto nas contas públicas”. Assim, as universidades ficam limi-tadas, por exemplo, na con-tratação de funcionários, pessoal docente e investi-gadores ou na “celebração de contratos de aquisição de serviços de consultadoria e assessoria técnica”, que te-rão que passar pela aprova-ção dos ministros da Educa-ção e das Finanças.

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, já anun-ciou que o partido irá pro-por a eliminação do artigo

42º do Orçamento. O socia-lista refere que a eliminação do artigo em causa “não só não cria nenhuma despesa, como aumentará a receita” e a “capacidade competitiva” do país.

Estudantes em protesto

As associações estudantis também estão atentas aos problemas no Ensino Su-perior e serão algumas que irão promover uma campa-nha nacional de “agitação”, que culminará numa mani-festação em Lisboa, no pró-ximo dia 29 de Novembro.As associações irão também lançar uma petição, solici-tando a intervenção da As-sembleia da República para que seja resolvida a “situa-ção precária e intolerável do Ensino Superior em Portu-gal”.

Page 9: Jornal Academico

PÁGINA 09 // 15.NOV.11 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

Ana Barroso diz estar in-tegrada na comunidade académica, pois sente que tem todo o apoio necessário e que tem uma boa relação com a maior parte dos co-legas do seu ano e do curso em geral.A estudante de Medicina foi praxada e salienta que, de um modo geral, “a praxe pode ser essencial à integra-ção dos alunos, sobretudo dos que estão mais longe de casa”.Ana Barroso considera que as praxes são positivas no sentido em que permitem conhecer pessoas do curso e proporcionam momentos de descontracção e, até, de “esquecimento de frustra-ções estudantis e pessoais”.Contudo, a aluna de Medici-na acrescenta que há cursos que se excedem nas activi-dades praxísticas, acabando por corroborar o preconceito que existe na opinião públi-ca em relação às praxes.

“Estou bem integrada na co-munidade académica, pois sinto-me rodeada de amigos e de pessoas simpáticas e educadas”, dá conta Joanna Rodrigues.A aluna de mestrado em Ciências da Comunicação, que fez também a licencia-tura na UM, não considera a praxe uma condição es-sencial para a integração dos estudantes no ambiente universitário. “É opcional. Só participa quem quiser e isso não vai prejudicar a boa relação com os colegas, porque a praxe é só um dos muitos contextos universi-tários em que se pode fazer amigos”, esclarece Joanna Rodrigues.A estudante de Ciências de Comunicação defende ain-da que, em praxe, a mode-ração é essencial: “São ópti-mos os momentos em que se nota que os estudantes se estão a divertir, mas já assis-ti a momentos que conside-rei escusados. Não é neces-sário fazer ninguém chorar ou sentir-se humilhado”.

Ana Silva diz que a praxe foi “um meio bastante impor-tante” para a sua integração na comunidade académica, mas não o exclusivo.Ainda que não tenha sido muito assídua nos momen-tos de praxe, a estudante de Direito dá conta que os alunos mais velhos do curso, designados na UM por “doutores”, foram em-penhados em desvendar o ambiente universitário aos novos alunos, mostrando os diferentes espaços do cam-pus e promovendo também o convívio fora do tempo de actividades lectivas, me-diante jantares e saídas à noite.“A praxe deve, acima de tudo, contribuir para que os novos alunos se sintam bem na universidade e, se calhar, algumas engenharias e cur-sos com mais elementos masculinos abusam um pouco, sobretudo no exer-cício físico que exigem aos caloiros”, refere Ana Silva.

André Correia garante que se sente integrado na co-munidade académica do Minho.Ainda que, devido ao seu estatuto de trabalhador-es-tudante, não tenha frequen-tado as praxes académicas do seu curso.O aluno do 2º ano de Músi-ca considera que “as praxes podem ajudar à integração dos alunos no espírito da academia e, num sentido mais específico, no próprio curso”.André Correia salienta ain-da que “o mais importan-te nas praxes tem de ser o respeito pelas pessoas e o máximo de entendimento entre os novos alunos e os mais velhos, sem ser neces-sário recorrer a qualquer re-gime hierárquico para criar medo ou respeito”.O aluno de Música diz que, sem abusos, as praxes, pelo convívio que geram, podem ser uma experiência positi-va para todos os alunos da UM.

JOANNA RODRIGUES1º ANO - MESTRADO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

ANA SILVA3º ANO //

DIREITO

ANDRÉ CORREIA2º ANO //

MúSICA

diana isaBel soUsa

[email protected]

No início de cada ano lectivo, os alunos do ensino superior têm à sua espera as habituais praxes académicas. Defendidas por muitos como sendo importantes para a integração dos novos universitários, as praxes estiveram envoltas em polémicas nos últimos anos.

Em 2008, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, prometeu denunciar todos os responsáveis por instituições do ensino superior que pactuem com praxes violentas, ainda que por omissão. Recentemente, o reitor da UM, António Cunha, proibiu acções abusivas de praxe académica nas instalações da instituição. E isto porque, há um mês atrás, alguns pais de caloiros da UM se insurgiram contra as humilhações e ofensas que, afirmam, os filhos sofreram durante a praxe.A AAUM deixou logo claro que repudia quaisquer métodos que indicam violações de direitos individuais.Mas afinal, a praxe é ou não importante para promover a integração na comunidade académica?

ANA BARROSO3ºANO //

MEDICINA

sentes-te integrado/a na comunidade académica?

Page 10: Jornal Academico

Marta Pedro nasceu em Coimbra em 1980, tendo-se licenciado em Arquitectura pela Universidade de Coimbra, em 2005.Mas, como a própria confessa, o desejo e cu-riosidade pela vida e cultura japonesas já vem bem de trás, suscitado por leituras várias.É também em 2005 que vai viver para Tóquio, onde trabalhou no atelier do arquitec-to Toyo Ito e, posteriormente, com o arqui-tecto Fumihiko Maki.Desde 2008 desenvolve actividade profis-sional independente e inicia um projecto de documentação e arquivo fotográfico de obras de arquitectura japonesa moderna e contem-porânea no Japão.É ainda desde 2006 professora convidada na Universidade de Meiji, sediada na capital nipónica. O trabalho de investigação de Marta Pedro teve o reconhecimento com atribuição em 2011 do Prémio Távora, instituído pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos.O projecto “A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Lloyd Wright” propõe realizar uma viagem de investigação aos edifícios e lugares que marcaram a obra e vida deste arquitecto em terras nipónicas e desmontar a dupla influencia entre o Japão e Frank Lloyd Wright.

Segunda: Pizzicato Five - Mon Amour Tokyo (Happy End of the World, 1997)“o meu gosto pelos Pizzicato Five já é antigo (eu ouvia bastante na Faculdade) e continua. aliás, este é um dos temas que continua na minha playlist. esta música tem uma energia fantástica e diz-me muito também porque fala de tóquio.”

Terça: Rufus Wainwright - I Don’t Know What It Is (Want One, 2003)“este tema é bonito e diz-me algo, porque gosto da forma como o rufus conta, canta e musica as histórias dele. e esta música conta uma história: “não sei o que será, mas é algo que tenho de fazer”.É uma música que inspira, que traz boa energia. acho que é muito importante não deixar de lado aquilo de que se gosta e em que se acredita. acho também que a sorte é algo que se puxa para nós.”

Quarta: Joanna Newsom - Easy (Have One on Me, 2010)“eu acho que a Joanna é absolutamente tal-entosa e gosto muito das letras que ela escreve, assim como da harpa.acho que tudo isto aliado é uma combinação perfeita. a voz dela tem uma sonoridade muito celestial, muito particular.gosto muito dela, é um talento fantástico!”

Quinta: Au Revoir Simone - Anywhere you Looked (Still Night, Still Light, 2009)“as histórias são muito importantes para mim e estas escolhas foram feitas de acordo com as histórias que estas músicas contam.a arquitectura também deve contar histórias e, se não for assim, não vale a pena.a arquitectura tem que perceber as histórias que quer contar e, também, as histórias das pessoas que precisam dela.”

Sexta: Happy End - Kaze Wo Atsumete (BSO Lost in Translation, 2003)“estar lost in translation pode significar muita coisa - para mim tem mais um significado, bem mais cultural do que aquele que resulta da tradução literal.acho que há uma questão muito forte: no Japão não há espaço para a improvisação - não se im-provisa nada! e a cultura portuguesa tem uma componente de improviso,mas se se fizer disso um sistema não é.aqui tudo é feito com um perfeccionismo e precisão. ao mesmo tempo, o Japão permitiu-me pensar numa série de coisas de um modo sub-stancialmente diferente.”

Stefano Giordano

Stefano Giordano

DR

MARTA PEDRO

Page 11: Jornal Academico

REPORTAGEMPÁGINA 11 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

JosÉ MateUs Pinheiro

[email protected]

após a “revolução dos cravos”, a entrada no mundo univer-sitário e a obtenção de um “canudo” era visto por muitos como um privilégio, sendo um passaporte seguro para quem pretendesse ingressar no mer-cado de trabalho com sucesso. Porém, as inúmeras mudan-ças socio-económicas que Por-tugal e a europa têm vindo a sofrer nos últimos anos provo-caram um impacto profundo nas saídas profissionais. con-secutivamente, ocorreu uma revolução nas perspectivas de emprego que acabou por con-duzir a uma readaptação da população a esta nova reali-dade…

O desemprego dos diplo-mados na Universidade do Minho

É um dado certo a incerteza

em relação ao futuro profis-sional de grande parte dos estudantes, uma vez que toda a reestruturação da dí-vida pública e do Orçamen-to do Estado conduzirá a um agravamento da qualidade de vida/poder de compra no território português.Com o objectivo de dar res-posta, e ao mesmo, tempo auxiliar a comunidade aca-démica, a Universidade do Minho (UM) publicou um estudo cujo tema central se debruça sobre o índice de empregabilidade dos cursos leccionados na instituição. As conclusões divulgadas demonstram que cursos como Engenharia Têxtil ou Filosofia apresentam níveis de desemprego considera-velmente superiores à mé-dia nacional.Em contrapartida, os re-cém-graduados em Licen-ciaturas de Ciências da Comunicação ou História apresentam uma maior

facilidade de obtenção de emprego comparativamente com o resto do país.

“mergulho” no mercado de trabalho... sinónimo de desemprego?

Empreendedorismo, uma “saída para a crise”

Segundo Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da UM (AAUM), a organização que preside “procura aproximar a Uni-versidade do Minho do mer-cado de trabalho, através do seu departamento de Saídas Profissionais e Empreen-dedorismo. É fundamental incutirmos aos estudantes conceitos e fornecer ferra-mentas que proporcionem um desenvolvimento de ca-pacidades diferenciadoras, através de um sem número de workshops e tertúlias. Neste âmbito, o empreen-dedorismo acaba por ser uma saída para a crise, uma vez que fomenta a criação do auto-emprego de valor acrescentado para o merca-do. Desta forma, a AAUM preocupa-se com a integra-

ção dos alunos no mercado de trabalho e a aplicação do conhecimento adquirido.”

Optar por outros caminhosUma vez terminada a licen-ciatura, Ana Sousa, aluna do terceiro ano de Filosofia pretende dedicar-se à obten-ção de um Certificado de

Um estudo divulgado pela UM mostra que há cursos da academia que obtêm uma maior saída profissional em relação a média nacional

As filas nos centro de emprego adivinham-se extensas nos próximos tempos

O número de desempregados no nosso país

continua a aumentar e mudaram as

exigências para quem trabalha

DR

DR

Page 12: Jornal Academico

PÁGINA 12 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

Competências Pedagógicas de Formador (CCP). “Tendo em conta que planeio seguir a carreira de professora, as probabilidades de não obter emprego são muitas, uma vez que quem se encontra no primeiro escalão dificil-mente consegue ingressar num quadro. Deste modo vou ter que optar por outros caminhos”, salienta a aluna. Quando questionada sobre o panorama de instabilidade financeira em que o país se encontra submerso, a aluna demonstra-se apreensiva, já que não consegue preci-sar se os cortes e alterações trarão, ou não, vantagens. “Noto um feedback positivo e esperançoso da população, embora existam vozes que se opõem, pelo que desco-nheço até que ponto isto nos influenciará quando entrar-mos no mercado de trabalho em 2012 e anos vindouros”, sublinha.Olhando em retrospectiva para as expectativas profis-sionais que tinha há alguns anos, Ana mostrava-se mais confiante, uma vez “que pri-mos e restantes familiares conseguiram ingressar no mercado de emprego com facilidade, e agora não vai ser assim tão fácil”, acres-centa a aluna.

Esforços que calham a todos nós

Quando confrontado com os seus receios para o mun-do exterior, depois de fin-dado o seu percurso acadé-mico, Tiago Pires Barbosa, discente no mestrado em Economia Industrial e da Empresa, adianta: “Preten-do entrar na empresa dos meus familiares, dando continuidade ao projecto que até agora tem sido de-senvolvido”.Relativamente aos abalos de que a sociedade portuguesa tem sido vítima, o estudan-te demonstra-se solidário: “São esforços que calham a todos nós, com o objectivo de melhorarmos as nossas condições de vida, pelo que estou confiante de que, num prazo de dois anos, nos reer-gueremos, não na totalida-de, mas penso que será ex-tremamente compensador”, finaliza o estudante.

Mais vale um canudo e cur-rículo na mão do que nada

Jessica Barbosa encara o futuro com bons olhos, esperando “arranjar em-prego, não descurando no entanto, a possibilidade de frequentar um mestrado”.

“Vou tentar a minha sorte e dar aulas ao mesmo tempo que tiro a pós-graduação no Porto, uma vez que na UM é impossível.” Caso não con-siga obter emprego na sua área, a finalista do curso de Línguas e Literaturas Euro-peias revela-se conformada, “uma vez que mais vale ter um canudo e currículo na mão do que nada”. Por ou-tro lado, a aluna concorda com os cortes orçamentais, embora ache que “estamos todos a pagar pela irrespon-sabilidade de alguns fun-cionários públicos, que se aproveitaram das regalias durante anos a fio, e agora é a nossa geração que vai sofrer as consequências.” Jessica não descarta de todo emigrar, caso “ganhe me-lhor e obtiver melhores con-dições de vida.”

Um futuro incerto e impre-visível…

É do conhecimento geral

que o desemprego na zona EURO subiu substancial-mente nos últimos anos, prevendo-se um agrava-mento nos próximos. Esta situação levará a um au-mento da competitividade e maior selectividade dos candidatos aos cargos de emprego que são cada vez mais escassos.Deste modo, como é que os estudantes portugueses se conseguirão destacar no exi-gente mercado de trabalho? Será possível que o corte no investimento no Ensino Superior, embora efectuado com vista a reduzir o défice público, não poderá vir a revelar-se como sendo pre-judicial para os estudantes, diminuindo a qualidade da sua formação?Não poderá isso resultar em jovens graduados que não se encontrem dotados das fer-ramentas necessárias para singrarem no mercado pro-fissional?Só o tempo o dirá…

A licenciatura e respectiva obtenção de um “canudo” já não é tão valorizado

DR

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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rita PetiZ

[email protected]

Os portugueses compraram menos jogos, consolas e ví-deos este ano, segundo os dados revelados pela GfK. As quebras rondaram os 12% face ao ano passado. No que diz respeito aos jogos verificou-se uma descida nas vendas que rondou os 7%, isto quer dizer que os lucros no sector rondaram apenas os 61 milhões de eu-ros. No entanto, a diferen-ça mais significativa foi na aquisição de consolas (15% menos que no ano anterior).Os acessórios foram o úni-co grupo que conseguiu aumentar as suas vendas em 20%, segundo a mes-ma empresa de estudos de mercado. Se compararmos

o mercado de jogos e de consolas fixas e portáteis, são as primeiras que tive-ram melhores resultados, tendo esta diferença vindo a acentuar-se nos últimos dois anos. Em 2009 a quota de mercado que pertencia ao segmento de equipamen-tos (e jogos) portáteis era de 28%, em 2010 o valor caiu para os 25%. Esta diminui-ção deve-se à menor compra de consolas portáteis, onde se verificou uma quebra de 13%. Em 2009 e 2010, quanto às consolas de entre-tenimento doméstico, estas viram aumentadas as suas vendas 11% e 4% no que diz respeito a equipamentos e jogos, respectivamente.Já na primeira metade des-te ano as vendas desceram 21% na compra de consolas e 8% no sector dos jogos.

Portugueses compram menos videojogos e consolas

tiago dias

[email protected]

Séries inéditas à distância de um clique?

A Disney e o Youtube juntaram-se numa parceria que vai fazer furor entre os internautas. Esta irá permitir aceder a séries iné-ditas disponibilizadas pela Dis-ney, através de um canal do you-tube. O investimento será na ordem dos 11 milhões de euros

e irá beneficiar ambas as em-presas, uma vez que permitirá à Disney uma maior divulgação dos seus conteúdos, enquanto que o YouTube verá aumentar a credibilidade da sua oferta que quer, sobretudo, apelar ao público infanto-juvenil como forma de expansão de mercado.

Número recorde de trojans nos meses de Verão

O período entre Julho e Setem-

bro registou um número re-corde de trojans confirmando a preferência desta categoria por parte dos ciber-criminosos para as suas acções de roubo de informação. Os dados são do Panda Labs, o laboratório de malware da Panda Security. Os Trojans representaram, assim, perto de 77% de todo o novo malware detectado no trimestre passado, que compara com os 68% do trimestre anterior. O se-gundo lugar foi ocupado pelos vírus com 12,08%, menos 4% do que no trimestre anterior.

Apesar de se encontrar no gru-po dos países menos atingidos, a Panda faz questão de referir que 30% dos computadores analisados em Portugal estão infectados com algum tipo de malware.

Google + agora aberto a empre-sas!

As novas páginas no Google+ destinadas a empresas e orga-nizações funcionam de forma

semelhante, mas não exacta-mente igual, à dos perfis pes-soais. As empresas podem criar círculos e decidir com que círcu-los partilham conteúdo. Porém, uma destas páginas só pode partilhar conteúdo com um uti-lizador caso este também tenha adicionado a página aos seus círculos.A possibilidade de criar páginas não pessoais também ainda não está aberta a todos, mas o Google afirma que a funcionali-dade será estendida em breve a qualquer organização.

twittadas

aleXandre rocha

[email protected]

Um estudo recente da Bi-tdefender concluiu que os homens têm mais risco do que as mulheres de serem vítimas de esquemas de roubos de dados quando usam redes sociais, como o Facebook e o Twitter.Segundo a empresa de se-gurança online, os homens são mais fáceis de enganar, pois partilham mais infor-mações do que as mulheres, que são mais restritas no que toca à partilha de infor-mação.O inquérito foi feito a 1649 pessoas do Reino Unido e dos Estados Unidos. O motivo deve-se à maior predisposição por parte dos indivíduos de sexo mascu-lino a aceitar convites de

desconhecidos, a partilhar a sua localização, ignorar configurações de privaci-dade, deixar as suas contas à vista de todos e não ler as políticas de privacidades das redes sociais. Este compor-tamento agrava o risco de fraude e a possibilidade de remissão para sites com sof-tware malicioso.Estatisticamente falando, 64,2% das mulheres re-jeitam sempre pedidos de amizade de estranhos, só 55,4% dos homens o fazem.

Sobre o acesso aos perfis das redes sociais, conclui-se que 24,5% dos homens per-mitem-no a outras pessoas, enquanto tal comportamen-to só foi registado em 16% das entrevistadas do sexo feminino.O mesmo relatório também revelou que os homens nor-te-americanos correm mais riscos do que os ingleses e que, com o avançar da ida-de, se tornam mais caute-losos em relação ao uso da Internet.

Homens partilham mais informação

na web

Homens correm mais risco nas redes sociais

DR

Page 15: Jornal Academico

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM, apresenta...

> 2 DEZEMBRO 11

Data limite para entrega de candidaturas ao “Atreve-te 2011”> 22 NOVEMBRO 11Workshop “Networking”Sede AAUMBraga

Objectivos:

No final da formação os for-mandos deverão ser capazes de:- Dominar o conceito e a im-portância do networking;

- Utilizar o networking como forma de atingir os seus objectivos profissio-nais e pessoais;

- Dominar as ferramentas do networking;

- Explorar novas oportunida-des e/ou potenciar negócios utilizando as redes sociais.

Conteúdos Programáti-cos: - Networking: conceitos e princípios;

- Estratégias para a rede de contactos (criar, manter e expandir);

- Criação e aproveitamento de oportunidades do ne-tworking – casos práticos de speed e slow networking;

- As ferramentas essenciais do networking;

- As formas de utilização das redes sociais (Facebook,

>

Workshop “Networking”22 de Novembro

Linkedin, Twitter...) para aumentar o valor de uma rede de contactos.

Este workshop decorrerá entre as 14h00 e as 18h00, na sede da AAUM, em Gui-marães.Terá um custo de 25 euros para sócios e de 30 euros para não sócios.

Mais informações e inscrições em:www.liftoff.aaum.pt

Workshop“Transição para o emprego”24 de NovembroObjectivos: No final da formação os for-mandos deverão ser capazes de:

- Mobilizar as suas capaci-dades e competências na sua integração no mercado de trabalho;

- Conhecer e mobilizar os princípios básicos subja-centes a uma candidatura eficaz;

- Identificar e mobilizar as principais estratégicas a se-guir numa entrevista;

- Integrar-se no (novo) em-prego de forma eficaz.

Conteúdos Programáti-cos: - Ferramentas e estratégias de candidatura a emprego;

- Entrevista de emprego – ferramentas essenciais;

- Estratégias de integração no (novo) emprego.

Este workshop decorrerá en-tre as 18h00 e as 22h00, na sede da AAUM, em Braga.Terá um custo de 20 euros para sócios e de 30 euros para não sócios.

Mais informações e inscrições em:www.liftoff.aaum.pt

> 22 NOVEMBRO 11Workshop “Networking”Sede AAUMBraga

Page 16: Jornal Academico

uma aventura no bragacine:curta-metragem em 24 horasraQUel Moreira

[email protected]

Na passada terça-feira, dia 8 de Novembro, enquanto es-perava pela sessão das 19h, fiquei a conhecer Serena Horn, a actriz de “Drink!”, Tiago Inácio realizador da mesma curta e Julian Grant, realizador de “Robocop”. Estavamos já sentados, no auditório, quando Julian propõe filmar uma curta, nesse dia, nessa noite, na-quela mesma hora. Ficamos hesitantes ao início, mas logo saltamos das cadeiras e partimos à aventura.Como sem produtor não se faz cinema, foi Hugo Ferrei-ra, director de marketing do

festival, que se disponibili-zou para esse papel. Condu-zidos por Hugo, consegui-mos recolher os elementos essenciais para a criação desta curta: Serena mudou de roupa e maquilhagem e Julian comprou um tripé e um cartão de memória (Já possuíamos uma câmara digital). O grupo ficou com-pleto com a chegada de Jus-tyna Garbacz, que deu assis-tência ao realizador.

“Sigam a Luz”O Bom Jesus foi o palco da nossa curta. De noite e sem luz estavamos restritos ao cenário que nos circundava. “Follow the light” instruiu Julian. A luz que provinha

de holofotes e candeeiros foi essencial para intensifi-car o carácter dramático do projecto. Julian e Serena, vencedora do prémio de melhor actriz do festival, rapidamente entraram em sintonia em relação à per-sonagem “Ela”. É o desen-volvimento emocional desta personagem que esta curta--metragem transmite.

“Magia Digital”Já era perto da meia-noite, quando nos sentamos para jantar. Foi neste momento que decidimos que seria interessante editar a curta a tempo para o encerramento do festival. Tendo experi-ência em edição de vídeo,

CULTURA

adriana coUto

[email protected]

Os alunos da Universidade do Minho e da Universida-de Católica foram, uma vez mais, recebidos com festa. Desta vez, juntaram-se o dj Nuno Lopes e os Electro Do-mestic no mesmo espaço... Noite a dentro.El Caloirado foi o evento que conseguiu juntar no Centro Cultural Braga Viva, no passado dia 9, alunos da Universidade do Minho e da Universidade Católica para aquela que esperava uma festa de arromba.Por apenas dois euros - preço para estudantes - os universitários tiveram uma noite animada por alguns nomes bem conhecidos no panorama da música elec-trónica portuguesa como os ‘Electro Domestic’, que marcaram presença na Re-

cepção ao Caloiro, ou o actor Nuno Lopes, agora DJ, que depois de várias actuações marcantes em diversos fes-tivais e discotecas de todo o país, como no Festival Pa-redes de Coura, conseguiu levar a sala ao rubro, numa noite que pareceu curta de-mais.

Prata da casa também bri-lhouOctávio e Sr. Ni, conhecidos por ‘Fake DJ’s’, actuaram ainda no novo espaço cultu-ral bracarense.A antiga sala de cinema do BragaShopping depressa ficou pequena demais para receber tanta gente que, gra-ças aos autocarros disponi-bilizados de forma gratuita, procuraram uma noite dife-rente.Foram também alguns ba-res da zona da UM que mar-caram presença no evento.

el caloirado: festa de arromba em sala de cinema

ofereci-me como editora. No dia seguinte, pelas 17 horas, eu e Julian sentamo-nos para começar a fazer magia no meu pequeno computa-dor portátil. Esta maratona

só acabou na quinta-feira à tarde, mesmo a tempo para o festival.Por volta das 10 horas da noite deu-se início à entrega dos prémios, logo seguidos pela actuação da tuna Azei-tuna. Foi com o coração aos pulos que esperei nervosa-mente que fosse exibida a nossa curta: “Ela”. Com alí-vio recebemos os parabéns pelo projecto, conseguido em menos de 24 horas, o qual foi patrocinado pelo Ci-neclube. Esta Masterclass intensiva de três dias foi a prova do que se pode conseguir com poucos bens materiais e muito de boa vontade e en-tusiasmo.

DR

Braga Viva encheu para festa que se estendeu noite dentor

Page 17: Jornal Academico

PÁGINA 17 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 45 / 201111 NOVEMBRO

1 - DOISMILEOITOQuinta feira

2 - DEUS - Constant now

3 - RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

4 - WE TRUSTTime (better not stop)

5 - SMIX SMOX SMUX Quantas vezes já

6 - M83 - Midnight city

7 - FEISTHow come you never go there

8 - LONG WAY TO ALASKA United colors of patapon

9 - PETER MURPHYI spit roses

10 - WILCO - I might

11 - BEIRUT - Santa Fé

12 - PAUS - Deixa-me ser

13 - LUÍSA SOBRAL - Xico

14 - ADULTS, THENothing to lose

15 - CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

16 - HORRORS, THEChanging the rain

17 - LITTLE DRAGONRitual union

18 - TWIN SHADOWYellow balloon

19 - RADIOHEADLotus flower

20 - COSIE CHERIEMorning light

POST-IT14 > 18 nOVEMBRO

RODRIGO LEÃOO Fio Da Vida

THE KOOKSJunk Of The Heart (Happy)

JANE’S ADDICTIONIrresistible Force

BRAGA

DANÇA18 de NovembroOlhos Caídos – Musa – Ciclo no FemininoTheatro Circo

CONFERÊNCIA19 de NovembroTedxYouthTheatro Circo

FOTOGRAFIA17 de Novembro a 31 de Dezembro

José Miguel Ferreira – “Naturalia”Museu da Imgem

GUIMARÃES

MúSICAAté 19 de NovembroGuimarães JazzCCVF

HUMOR18 de NovembroVozes da RádioSão Mamede

BARCELOS

MúSICA18 de NovembroLaiaAuditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

FAMALICÃO

MúSICA19 de Novembro Tim – Companheiros de AventuraCasa das Artes

LEITURA EM DIA1 - Ferrugem Americana de Philipp Meyer (Bertrand). Um primeiro grande romance de um jovem escritor americano e de leitura mais que obrigatória.2 - O Chalet da Memória de Tony Judt (Edições 70). O legado, o último “sopro”reflexivo e empenhado de um grande pensador, genuíno, do séc.XXI.3 - Deuses Enfurecidos de Renato Fontinha (Saída de Emergência). A expansão

portuguesa, os bandeirantes e o Fantástico, numa excelente obra.

4 - Arquivo Secreto do Vaticano. Expansão Portuguesa – Documentação. Tomo II: Oriente – Coord. Geral - José Eduardo Franco (Esfera

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

do Caos). O quotidiano, a vida de todos os dias, religiosa ou não, no Oriente; um documento notável. 5 - Perdida de Mo Hayder (Europa-América). Mais um apurado policial com Jack Caffery e de escrita tensa no fio da navalha.

JosÉ reis

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Alfred Hitchcock, o mestre do suspense, foi (oficial-mente!) o primeiro realiza-dor a ter uma entrada num dicionário com um adjec-tivo a partir do seu nome. E hoje, quando queremos qualificar algo misterio-so, com uma aura e alma próprias, um ambiente de intriga, dizemos que é “hi-tchcockiano”. A história do cinema, apesar de longa, não é prolífica em adjectivos do género. Mas, uma das honrosas excepções vai para David Lynch, realizador ca-

paz de construir um imagi-nário próprio, um ambiente de fumo e sexo, um ambien-te de leviandade e exotismo, como poucos conseguiram - e muito graças a filmes obscuros como MullHoland Drive e Blue Velvet ou a um portento chamado Twin Peaks. Mas David Lynch é mais que um realizador. É, entre outras coisas, músico e produtor. E é nesta última faceta que nos chega esta semana ao CD RUM. Lynch é o responsável pela produ-ção do álbum de estreia de Chrsyta Bell, “This Train”, um trabalho que segue por caminhos de pop atmosféri-ca e ambiental. Mas Chrysta

CD RUMchrysta bell veste lynch

Bell, a ruiva que figura na capa (de gosto duvidoso!) do disco não é uma estreante nestas lides. Militou inclu-sivamente numa banda que juntava música a uma certa atitude performativa e o seu esforço vocal merece um louvor da nossa parte, pelo carácter, ora intimista, ora instigador das palavras sussurradas. A cantora, aquando da apresentação deste trabalho, explicou que Lynch trabalhou como se de um filme se tratasse. E tal , como num filme, nota para as excelentes imagens do single “Real Love” (o vídeo-clip é um excelente exemplo da vida cinematográfica de

Lynch) ou de temas como “I Die” (onde o lamento de Chrysta Bell caíria bem no funeral de um de nós) ou “Polish Poem” (tema que já

figurou na banda sonora do último filme, “Inland Em-pire”, com um valor seguro como Laura Dern como pro-tagonista).

DR

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PÁGINA 18 // 15.NOV.11 // ACADÉMICO

DESPORTO

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“ter ido ao mundial foi algo incrível, mas ir aos jogos olímpicos seria inacreditável”FiliPa santos soUsa

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Recentemente decorreu a 16ª Gala de Desporto, para a qual te encontravas nomeado na categoria de Jovem Promes-sa, porém não arrecadaste o prémio. Sentiste que o resul-tado foi injusto?Não. Só o facto de ter sido nomeado jovem promessa foi algo muito bom. O pas-sar para os cinco finalistas foi uma notícia espectacular. Ganhar o prémio ou não, acho que pouco interessa. Já foi muito bom ter esse reco-nhecimento todo.

Este ano, para além do título de vice-campeão mundial, é quase dada como certa a tua passagem para a Rússia, onde irá decorrer o Torneio pré-Olímpico. Pensas que a ida aos Jogos Olímpicos é uma meta alcançável?Se tivermos em conta tudo o que fiz este ano, é claro que é uma meta completamente alcançável.Mas os Jogos Olímpicos têm outra grandeza. Se isso acon-tecer, será o realizar de um sonho. Para mim, ter ido ao mundial e chegar onde che-guei foi algo incrível, então ir aos Jogos Olímpicos seria mesmo inacreditável.

Apesar do teu vasto currícu-lo, que objectivos ainda tens por conquistar?

Há tanta coisa ainda por conquistar, mas, principal-mente, aquilo que eu quero é ser o melhor em tudo, estar no combate e ter o à vontade para fazer o que quiser.Posso ter conseguido já al-gumas coisas, mas também não são assim tão boas se nos pusermos a comparar com o campeão do mundo, Joel Gonzales. Ele passou dois anos sem perder qual-quer combate, o que é algo de extraordinário.Nunca fui campeão do mun-do, nunca fui a um campeo-nato da Europa de seniores, por exemplo, nunca fui aos Jogos Olímpicos, ainda há muita coisa para alcançar e para melhorar, por isso são muitas as metas.

O Taekwondo não é uma mo-

dalidade muito enraizada no nosso país, o que te levou a praticar esta modalidade?Eu cheguei ao Taekwondo por acidente. Havia um gi-násio perto de minha casa, a minha família foi toda para lá fazer alguma coisa, os meus pais faziam muscula-ção, a minha irmã foi para as aulas de dança.O taekwondo era a única coi-sa que eu podia fazer, para musculação era ainda muito novo, no kickboxing a turma já era muito avançada. Co-mecei a fazer umas aulas, no inicio não mexia nada comi-go, mas depois começámos a fazer uns treinos de combate e a partir daí fiquei fascina-do.Cada vez gosto mais e acho que era quase impossível vi-ver sem isto.

O que falta para este desporto vingar em Portugal?Faltam os meios de comuni-cação começarem a dar mais importância ao desporto.Darem, por exemplo o mes-mo destaque que dão ao judo.

Que tipo de apoios recebem?Basicamente é tudo através de amigos e os patrocínios por conhecidos, não há nada que tenha vindo de fora. Isto, mesmo sendo um desporto individual, é como se fos-se um desporto de equipa, porque eu para treinar não o faço sozinho, tenho que treinar com os meus colegas, então tiramos as partes boas do desporto individual e do desporto colectivo. Temos na mesma o espírito de equipa, temos uma entreajuda muito grande, mas ao mesmo tem-po, quando estamos la den-tro, somos só nós.

Como consegues conciliar a vida de estudante universi-tário com a de atleta de alta competição?Não é fácil. É preciso muito esforço. É, mesmo estando numa competição, ter que estudar, seja na viagem ou mesmo durante a competi-ção. O tempo não chega para tudo. É preciso organizar muito bem, porque às vezes temos treinos às seis e meia da manhã e vamos daqui directos para as aulas. É ne-cessário aproveitar todos os

furos do nosso horário.É uma vivência que poucas pessoas têm, por isso há que aproveitá-la e tirar o melhor dos dois mundos, com al-guns sacrifícios.

O facto de estares ligado ao ABC de Braga trouxe-te be-nefícios?Antes estávamos nas escolas de taekwondo Serrão.Ainda assim, acho que trou-xe muitos benefícios, porque o ABC já traz uma grande história. Acho que traz uma visibilidade diferente.Quem está de fora vê um clu-be que conhece.O ABC está a ajudar-nos com isso e nós, se calhar, também estamos a fazer alguma coisa pelo ABC, porque estamos a ter bons resultados.

Que mensagem gostarias de deixar para aqueles jovens que gostariam de começar a praticar taekwondo?É fácil começar no taekwon-do, porque eu lembro-me que, no início, treinava duas vezes por semana.Depois, ajuda-nos a conse-guirmos organizar o tempo e o desporto também nos aju-da a aliviar certas pressões que possamos ter no dia-a--dia.O exercício físico traz tantos benefícios e um deles é aju-dar-nos a limpar a cabeça.A vertente das artes marciais traz-nos um domínio maior.

Rui Bragança ainda tem muitos objectivos

por cumprir

Dicas/Nuno Gonçalves

Rui Bragança, aluno da UM e uma jovem promessa do taekwondo mundial em entrevista ao ACADÉMICO

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Decorreu durante o fim-de--semana de 11, 12 e 13 o SE-MIBREVE, festival de músi-ca electrónica e arte digital no Theatro Circo.O festival começou com uma noite de conferências na noite de quinta-feira, dia 10 de Novembro, no Mos-teiro de Tibães, que contou com a intervenção de Hans--Joachim Roedelius, Stefan Mathieu, Vítor Joaquim e Taylor Deupree. A discussão centrou-se à volta de como ver e sentir a música.O dia 10 de Novembro ini-ciou-se com os Qluster, de Hans-Joachim Roedelius,

SEMIBREVEO festival de electrónica vanguardista

e Luma.Launisch, num es-pectáculo minimalista, que misturava piano e sintetiza-dores, e com ensaios visuais com imagens do Rio de Ja-neiro.Seguiu-se um concerto de Stefan Mathieu e Taylor Deupree, com uma harpa centenária e variações, sem suporte visual, na modula-ção de som, que encheu o pequeno auditório, às escu-ras, de modulações de som delicados.De regresso à Sala Prin-cipal, para Jon Hopkins, o prodígio da electrónica londrina e produtor de Col-dplay e Brian Eno, para um espectáculo mais pujante, com batidas de músicas co-nhecidas, que encheu a sala de apupos do público.No sábado, começou com Fennesz, acompanhado pelo artista vídeo português Pedro Maia, num espectá-culo altamente experimen-tal, que misturou elementos de música profundamente clássica com a sintetização.Os portugueses Blac Koyo-te, uma novidade da edi-tora PAD, num espectácu-lo riquíssimo, com uma intervenção directa na tela de projecção a acompanhar a música, da parte do colec-tivo do Porto.A terminar, talvez o nome

mais sonante, Alva Noto, com ensaios de arte digi-tal cujo ponto alto foi uma sincronização visual e áu-dio baseada só em logos de grandes marcas internacio-nais.No domingo, o festival con-tou com a presença de Vítor Joaquim, acompanhado por Hugo Olim.O nome mais conhecido da electrónica portuguesa, o espectáculo contou com uma intervenção vídeo ba-seada na utilização de um microscópio, criando efeitos semelhantes ao cair de neve por toda a sala.Finalmente, no momen-to mais forte do festi-val, a performance de Murcof+AntiVJ, com recur-so a projecção 3D, simu-lando uma barreira visual entre o público e os artista, com momentos altamente conceptuais, com temas re-presentativos da natureza ou nanotecnologia.O festival encheu a sala cheia e já contou com men-ções na imprensa inter-nacional, como sendo um sucesso, um dos música electrónica e arte digital, tendo sido destacado como um dos grandes momentos do final do ano de 2011 de música electrónica e arte digital.

CEJ/WAPA

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