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Mercados informação global Luxemburgo Ficha de Mercado Agosto 2010

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Mercados

informação global

Luxemburgo Ficha de Mercado Agosto 2010

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Índice

1. País em Ficha 3

2. Economia 4

2.1. Situação Económica e Perspectivas 4

2.2. Comércio Internacional 6

2.3. Investimento 9

2.4. Turismo 10

3. Relações Económicas com Portugal 10

3.1. Comércio 10

3.2 Serviços 15

3.3. Investimento 16

3.4. Turismo 18

4. Relações Internacionais e Regionais 18

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 20

5.1. Regime Geral de Importação 20

5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 21

5.3. Quadro Legal 22

6. Informações Úteis 24

7. Endereços Diversos 25

8. Fontes de Informação 27

8.1. Informação Online aicep Portugal Global 27

8.2. Endereços de Internet 29

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1. País em Ficha

Área: 2.586 km2

População: 471 mil habitantes (Estimativa 2009)

Densidade populacional: 182,1 hab. /Km2 (Estimativa 2009)

Designação oficial: Grão-Ducado do Luxemburgo

Chefe do Estado: Grão-Duque Henri Albert Félix Marie Guillaume (desde Outubro de

2000)

Primeiro-Ministro, Ministro

das Finanças e do Emprego: Jean-Claude Juncker (do partido CSV, mas o governo foi constituído

pela coligação Centro esquerda CSV/LSAP)

Data da actual Constituição: 17 de Outubro de 1868. Posteriormente, foram introduzidas várias

alterações, a última das quais a 19 de Novembro de 2004

Principais Partidos Políticos: Partido Cristão Social (CSV/PCS); Partido dos Trabalhadores Socialistas

Luxemburgueses (LSAP/POSL); Partido Democrático (DP/PD); Partido

“Os Verdes” (Dei Gréng); Acção para a Democracia e Justiça das

Pensões (ADR); “A Esquerda” (Dei Lénk). As próximas eleições estão

previstas para Junho de 2014

Capital: Cidade do Luxemburgo (83.800 habitantes em 2007)

Outras cidades importantes: Esch-sur-Alzette; Differdange; Dedelange; Pétange; Sanem.

Religião: A maioria da população é cristã; cerca de 87% é católica romana e uma

minoria é protestante, judaica e muçulmana.

Língua: O “letzeburgish” (luxemburguês) é a língua nacional desde 1985, sendo

o francês e o alemão igualmente línguas oficiais. Estas últimas são

usualmente utilizadas para fins administrativos, comerciais e de

comunicação social

Unidade monetária: 1 EUR = 1,277 USD (média mensal Julho 2010);

1 EUR = 1,3948 USD (média do ano 2009)

Risco de crédito: 1 (1 = risco menor; 7 = risco maior)

Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. (bens) / PIB = 59% (2009)

Imp. (bens) / PIB = 35% (2009)

Imp. (bens) / Imp. Mundial = 0,2% (2008)

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) - Country Report May 2010; ViewsWire 20th July 2010; Country Profile 2008

World Trade Organization (WTO); Statec – Service Central de la Statistique et des Études Économiques Banco de Portugal; COSEC – Companhia de Seguros de Crédito

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2. Economia

2.1. Situação Económica e Perspectivas

O Luxemburgo é um país pequeno com uma economia muito aberta e dependente do exterior,

nomeadamente das economias europeias vizinhas, beneficiando da proximidade geográfica e histórica

com a Bélgica, a Alemanha e a França.

A economia do Luxemburgo apresentou um crescimento estável e solido até ao início da recente crise

financeira, com uma média de crescimento na ordem dos 4,4% no período de 1991-2001 e de 5,8 entre

2005 e 20071. Em 2008 e 2009 verificou-se uma contracção da economia luxemburguesa, resultado do

impacto da crise economica mundial (crescimento nulo em 2008 e de -3,4% em 2009).

Principais Indicadores Macroeconómicos

Unidade 2006a 2007a 2008a 2009b 2010b 2011b

População Milhares 465b 467b 469b 471 502* 510*

PIB a preços de mercado 109 EUR 34,2 37,5 39,3 37,8 39,6* 41,2*

PIB a preços de mercado 109 USD 42,9 51,3 57,8 52,6 54,1* 55,6*

PIB per Capita 103USD 90.715* 106.983* 118.570* 104,512* 107.599* 108.946*

Crescimento real do PIB % 5,6 6,5 0,0 -3,4a 2,7 2,0

Consumo privado Var. % 6,1 2,1 3,9 -0,5 1,0c 1,0c

Consumo público Var. % 4,2 2,6 3,0 2,9 1,0c 1,0c

Formação bruta de capital fixo Var. % 5,6 11,8 -0,1 -14,9a 0,0 2,0

Taxa de desemprego % 4,4 4,2 4,9 5,4a 5,6 5,4

Taxa de inflação % 2,9 2,6 4,1 0,0a 2,0 2,0

Balança corrente 109 USD 4,4* 4,9* 3,1* 3,0* 6,1* 6,4*

Taxa de câmbio – média 1EUR=xUSD 1,26 1,37 1,47 1,39a 1,25 1,19

Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) – ViiewsWire May 4 th May, July 29 th 2010, Country Report May 2010, Country Profile 2008

(*) FMI – International Monetary Fund – World Economic Outlook Database April 2010.

Notas: (a) valores efectivos

(b) estimativas

(c) Previsões

O Grão-Ducado sentiu profundamente a crise global financeira, a contracção do comércio internacional e

demais efeitos provenientes das recessões da maioria das economias desenvolvidas e nomeadamente

as europeias (-24% nas exportações e -23% nas importações entre 2008/2009). O Governo tomou uma

serie de medidas de estímulo à economia e de apoio ao sistema bancário que levaram a um aumento da

dívida pública (14,8% do PIB estimativa em 2009 e 8% em 2008). Não obstante as recentes

perturbações económicas ou financeiras, este país continua a desfrutar de um nível de vida

1 International Monetary Fund - World Economic Outlook- April 2010

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extraordinariamente elevado, ocupando o terceiro lugar a nível mundial, depois do Liechtenstein e do

Qatar, sendo, no entanto, o mais elevado da EU27.

Actualmente, o Luxemburgo conta com uma população estimada próxima das 471 mil pessoas, que

representa cerca 0,1% da população da União Europeia, sendo, aproximadamente, 38%2 residentes

estrangeiros. Da população residente estrangeira 13% tem origem portuguesa. Segundo os dados

oficiais, 30% da população total que residente no Luxemburgo tem menos de 24 anos e 17% entre os 30

e os 39 anos.

Convém ainda referir que o Luxemburgo foi um dos seis fundadores da U.E. que, possuindo jazidas de

ferro ao longo da fronteira Sul, possibilitou uma forte expansão industrial durante a década de 70,

fazendo com que a produção de aço representasse mais de um quarto do PIB luxemburguês. Mas

recentemente, a fabricação de componentes de automóveis de alta tecnologia ganhou importância de

relevo no sector industrial, mas são os serviços que actualmente dominam a economia, com uma

contribuição no PIB próxima de 90%3 que emprega 81% população activa, enquanto a indústria

representa 10% do PIB e ocupa 17% da população. Salienta-se ainda que, também em 2008, 69% dos

serviços tiveram origem em actividades financeiras e imobiliárias e outros serviços relacionados com

empresas.

Segundo os dados do The Economist Intelligence Unit (EIU) as perspectivas para a economia

luxemburguesa, são as seguintes:

• Crescimento médio anual do PIB em 2010 e 2011 na ordem dos 2,4%. Convém referir que, para o

ano 2010 a estimativa de crescimento é mais alta do que para 2011, mas o FMI previa, em Abril de

2010, um crescimento de 2,4% em 2011 e 2,5% em 2015.

• As importações e as exportações de bens e serviços deverão crescer a uma taxa 7% entre 2009 e

2011, sendo que a balança comercial pernancerá desfavorável. Mas a previsão do FMI aponta para

uma balança corrente muito positiva em 2010 e 2011, com um crescimento acima dos 100% entre

2009 e 2011.

• O consumo privado vai voltar a crescer em 2010 e 2011(apenas 1% em cada ano), após a variação

negativa entre 2008/2009 (-15%), mas a um ritmo inferior aos registados entre 2006 e 2008.

• O consumo público deverá registar varições positivas em 2010 e em 2011, mas muito inferiores às

verificadas no período de 2006-2009.

• A inflação vai situar-se proxima dos 2% entre 2010 e 2011, abaixo das obtidas nos três anos

anteriores, e a taxa de desemprego vai registar um ligeiro aumento em 2010, prevendo-se que atinja

em 2011 uma taxa idêntica à de 2009, muito inferior à esperada para a maioria dos paises da EU.

2 STATEC - Service central de la statistique et des études économiques – Population 15/2/2001 3 STATEC - Service central de la statistique et des études économiques – Comptes annuels – 2008 e CIA – World Facbook –

Labour force by occupation - 2007

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2.2. Comércio Internacional

Por tradição, a balança comercial do Luxemburgo é deficitária. O país, devido à sua reduzida dimensão,

está dependente das importações para se abastecer. Contudo, a sua posição não é relevante a nível

mundial, nem como importador nem como exportador.

Evolução da Balança Comercial

(109 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009

Exportação fob 14,5 16,4 11,8 11,9 9,1

Importação fob 18,7 20,8 16,3 17,3 13,3

Saldo -4,2 -4,4 -4,5 -5,4 -4,2

Coeficiente de cobertura (%) 77,5 78,8 72,4 68,8 68,4

Posição no ranking mundial

Como exportador 60ª 60ª 64ª 64ª n.d.

Como importador 54ª 52ª 61ª 61ª n.d.

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU)

World Trade Organization (WTO)

A evolução das exportações foi muito inconstante ao longo do período de 2005-2009, com um

crescimento de 13% entre 2005/2006 e de 0,9% entre 2007/2008, mas um forte decréscimo entre

2007/2008 (-22%) e entre 2008/2009 (-24%).

Em relação à evolução das importações efectuadas pelo Luxemburgo, ao longo do período de análise,

destaca-se, por um lado, o crescimento de 11% entre 2005 e 2006 e de 6% entre 2007/2008, e, por

outro, as diminuições acentuadas verificadas entre 2007/2008 (-22%) e 2008/2009 (-23%).

Em 2009, os principais clientes do Luxemburgo, por ordem de importância, foram: Alemanha, França,

Bélgica, o Reino Unido e a Itália, que conjuntamente são responsáveis pela compra de mais de 62% do

total dos produtos vendidos por este mercado. Convém realçar que só apenas os três principais clientes

adiante referidos no quadro (todos eles geograficamente muito próximos) absorveram 46% das

exportações efectuadas pelo Luxemburgo.

A quase totalidade das exportações (82%) do Luxemburgo tiveram como destino os países da EU27.

Apenas 5% foram vendidas em países da Ásia, 2% no Médio Oriente, sendo que o continente africano

teve pouca expressão.

Entre 2007 e 2009 os três principais clientes do Luxemburgo mantiveram as mesmas posições com

algumas oscilações nas suas respectivas quotas, realçando-se o ganho relativo das expedições para o

mercado da Bélgica.

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Principais Clientes

2007 2008 2009 Mercado

Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição

Alemanha 20,6 1ª 21,2 1ª 19,3 1ª

França 16,3 2ª 17,3 2ª 15,9 2ª

Bélgica 10,0 3ª 9,9 3ª 11,0 3ª

Reino Unido 7,1 5ª 6,5 5ª 7,9 4ª

Itália 7,4 4ª 6,9 4ª 7,4 5ª

Portugal 0,98 16ª 0,95 16ª 0,72 19ª

Fonte: World Trade Altas-Agosto de 2010

O Reino Unido em 2009 passou a 4º cliente do Luxemburgo trocando de posição com o mercado da

Itália, mas sem grande significado face às quotas semelhantes que estes mercados têm vindo a registar

nos três últimos anos.

Portugal foi 19º cliente deste país, sendo que as compras efectuadas em 2009 representaram apenas

0,7% do total das exportações luxemburguesas. Em termos de evolução Portugal desceu 3 posições

entre 2007 e 2009.

Os principais fornecedores do Luxemburgo foram, nestes últimos anos, a Bélgica, a Alemanha e a China

que representaram cerca de 66% do total das importações efectuadas por este mercado em 2009. A

França também, foi um fornecedor importante, contudo, entre 2006 e 2009, perdeu alguma importância,

tendo representado em 2006, 17% do total importado pelo Luxemburgo, e em 2009 apenas 9%. Estes

três mercados registaram quebras médias na ordem dos 20% nos produtos fornecidos entre 2008/2009.

Principais Fornecedores

2007 2008 2009 Mercado

Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição

Bélgica 26,4 1ª 26,6 1ª 26,0 1ª

Alemanha 22,2 2ª 22,0 2ª 21,1 2ª

China 16,9 3ª 19,0 3ª 18,8 3ª

França 9,5 4ª 10,1 4ª 8,8 4ª

Holanda 5,0 5ª 4,8 5ª 5,1 5ª

Portugal 0,17 27ª 0,17 23ª 0,22 21ª

Fonte: World Trade Altas - Agosto de 2010

Dos cincos maiores fornecedores do Luxemburgo, a França foi o mercado que assinalou um maior

decréscimo entre 2008/2009 (-29%).

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Portugal foi o 21º fornecedor do Luxemburgo, tendo subido duas posições no ranking de fornecedores

entre 2008 e 2009.

Os países da UE27 forneceram 69% do total importado pelo Luxemburgo em 2009, sendo que este

espaço geográfico diminuiu a sua presença enquanto fornecedor, pois em 2007 tinha sido responsável

por 71%, registando globalmente uma redução na ordem dos 22% na expedição de produtos entre

2008/2009. A Ásia foi o 2º maior espaço geográfico representando 23% do total importado pelo

Luxemburgo, sendo que foram os seguintes mercados que mais contribuíram para este resultado: China

(3º fornecedor), Hong Kong (7º) e Taiwan (28º).

Os principais produtos transaccionados pelo Luxemburgo em 2009, ao nível das exportações, foram as

máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos e o ferro/aço que representaram, aproximadamente, 57%

do total.

Principais Produtos Transaccionados – 2009

Exportações / Sector % Importações / Sector %

Máquinas e aparelhos mecânicos 31,1 Máquinas mecânicas 24,9

Máquinas e equipamentos eléctricos 16,6 Veículos automóveis 9,7

Ferro e aço 9,3 Máquinas e equipamentos eléctricos 9,7

Plástico e suas obras 5,1 Combustíveis minerais 9,3

Produtos de Ferros e aço 4,3 Ferro e aço 5,8

Veículos automóveis 4,2 Plástico e suas obras 3,4

Fonte: World Trade Altas – Agosto de 2010

Em relação às importações, os produtos transaccionados foram as máquinas mecânicas e eléctricas

(35%), veículos automóveis (10%) e combustíveis minerais (9%), totalizando estes grupos de produtos

54% do total das importações luxemburguesas.

Todos os grupos de produtos transaccionados e acima referidos registaram quebras entre 2008/2009,

com excepção da exportação e importação de máquinas eléctricas que registaram, respectivamente,

+80% e +45%.

Em relação às diminuições verificadas, destacando-se, ao nível dos produtos expedidos: o ferro/aço

(-48%) e os produtos do ferro e aço (-35%), e em relação aos importados, o ferro e aço (-50%) e os

combustíveis (-38%).

Dentro do primeiro grupo de produtos chegados, foram as máquinas automáticas para processamento

de dados e suas unidades; leitores magnéticos ou ópticos, máquinas para registar dados em suporte sob

forma codificada, e máquinas para processamento desses dados, aquelas que registaram maior valor de

importação e que representaram perto de 77% do valor total das importações, sendo que 71% deste

grupo foram importadas da China, 8% da Alemanha e 6% da Bélgica.

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Em relação ao grupo das máquinas eléctricas os produtos mais importados em 2009 foram os aparelhos

telefónicos, incluindo os telefones para redes celulares e para outras redes sem fio, outros aparelhos

para transmissão ou recepção de voz, que representaram 52% deste grupo. As importações deste grupo

vieram dos seguintes mercados: Hong Kong (30%), Alemanha (17%), Bélgica (15%) e China (10%).

No grupo dos veículos automóveis, a importação incidiu 72% em automóveis (automotoras, mesmo para

circulação urbana) e 7% partes ou acessórios destas, tendo sido a Bélgica (47%), a Alemanha (37%) e a

França (5%), os principais fornecedores dos produtos deste grupo.

2.3. Investimento

Em termos de recepção de investimento estrangeiro, o ano de 2009 registou globalmente um valor acima

dos 27mil milhões de dólares, que posicionou Luxemburgo na 12ª posição do ranking mundial. Este facto

indica que o Luxemburgo retomou a confiança para a entrada de capitais estrangeiros, depois do

verificado no ano de 2007 e 2008.

Investimento Directo

(106 USD) 2005 2006 2007 2008 2009

Investimento estrangeiro no Luxemburgo 5.980 31.785 - 29.149 9.288 27.273

Investimento do Luxemburgo no estrangeiro 9.039 7.179 62.954 16.585 14.957

Posição no ranking mundial

Como receptor 36ª 10ª 208ª 37ª 12ª

Como emissor 21ª 33ª 10ª 24ª 20ª

Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2009

O investimento estrangeiro realizado no ano de 2009, no Luxemburgo, regista um aumento significativo

em relação ao ano anterior (+193%), totalizando 2,4% do total do investimento mudial quando em 2008

significou 0,5%, e ainda 8% do total do investimento realizado na UE27. O Luxemburgo foi 6º maior

receptor de investimento estrangeiro na UE27 em 2009, posicionando-se entre a Itália (5º) e a

Holanda (7º).

Em relação ao investimento luxemburguês no estrangeiro, verifica-se uma evolução bastante diferente,

depois de ter registado um crescimento substancial em 2007, que representou 2,8% do investimento

mundial no mesmo ano, em 2008 e 2009 os valores de investimento realizado foram muito inferiores,

situando-se em 2009 como 20º investidor no ranking mundial, quando em 2007 e 2008, colocou-se na

10ª e na 24ª posição, respectivamente.

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2.4. Turismo

O turismo no Luxemburgo centra-se, fundamentalmente, no sector do turismo de negócios. Para outros

sectores e/ou motivações, este mercado apresenta uma menor atractividade face a outros destinos

europeus.

O “Travel & Turism Competitiveness Report 2009”, coloca o Luxemburgo no 23º lugar, num ranking de

133 países, tendo descido três posições entre 2008/2009, mas ficando à frente de países como, a Grécia

(24º) e a Itália (28ª), enquanto Portugal se situou no 17º.

Em 2008 visitaram o Luxemburgo 879 mil turistas, um número inferior ao verificado no anterior (-4%).

O número de turistas entrados no Luxemburgo, entre 2005 e 2008, sofreu variações pequenas

oscilações, tendo havido uma ligeira quebra entre 2005/2006 (-0,6%), um aumento entre 2006/2007

(+ 1%) e novamente uma redução em 2008 (-4%).

Indicadores do Turismo

2005 2006 2007 2008 2009*

Turistas (103) 913 908 917 879 n.d.

Receitas (109 USD) 3,6 3,6 4,0 4,5 4,1

Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo

Nota: (*) valores estimados

n.d. Não disponível

Em termos das receitas geradas pelo turismo, verifica-se que, entre 2005 e 2009, o crescimento médio

anual foi de cerca 4%, embora realçando-se que entre 2005/2006 as receitas mantiveram-se

(crescimento nulo) e entre 2008/2009 tenha havido um decréscimo (-9%). A média de crescimento

referida ficou a dever-se essencialmente aos resultados dos anos de 2007 e 2008 (média anual de

crescimento de 12%).

3. Relações Económicas com Portugal

3.1. Comércio

Os fluxos comerciais com o Luxemburgo têm pouco significado no comércio internacional português.

Este mercado representou 0,17% do total das vendas efectuadas por Portugal ao exterior e 0,19% do

total das compras efectuadas em 2009.

Como cliente de Portugal, no período de 2005-2009, o Luxemburgo situou-se entre a posição 42ª (em

2008 e 2009) e a 48ª (em 2005) do ranking de clientes, com excepção do ano de 2007, onde se

posicionou na 32ª posição, descendo 13 lugares em relação ao ano anterior.

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Importância do Luxemburgo nos Fluxos Comerciais com Portugal

2005 2006 2007 2008 2009

Posição 48ª 45ª 32ª 42ª 42ª Como cliente

% 0,11 0,12 0,27 0,16 0,17

Posição 36ª 37ª 38ª 39ª 44ª Como fornecedor

% 0,24 0,27 0,28 0,28 0,19

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Como fornecedor de Portugal, o Luxemburgo situou-se entre 36º (em 2005) e o 44º (em 2009), tendo

descido 8 posições nos últimos cinco anos.

Os dados disponíveis para o período de Janeiro/Abril de 2010 colocam o Luxemburgo como 50º cliente

de Portugal, posição menos favorável do que a verificada em 2009, registando um peso inferior (0,15%)

sobre o total exportado no mesmo período. Como fornecedor a situação é idêntica, ou seja, nos

primeiros quatro meses de 2010, o Luxemburgo desceu oito posições no ranking de fornecedores e as

vendas dos seus produtos representaram apenas 0,11 do total importado por Portugal.

Em termos da balança comercial, verificamos que esta é desfavorável a Portugal, sendo no entanto de

assinalar que no período entre 2005 e 2009, o crescimento médio das expedições (+30%) foi superior ao

verificado com as chegadas de produtos (-1%).

Evolução da Balança Comercial Bilateral

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Vara % 2009 Jan./Abril.

2010 Jan./Abril Var.b %

Expedições 33.807 41.265 104.027 62.702 54.585 30,4 18.713 16.857 -9,9

Chegadas 123.338 154.692 165.102 179.877 97.179 -1,2 35.348 18.632 -47,3

Saldo -89.532 -113.427 -61.075 -117.175 -42.593 -- -16.635 -1.774 --

Coef. Cobertura 27,4% 26,7% 63,0% 34,9% 56,2% -- 52,9% 90,5% --

Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2004-2008

(b) taxa de variação homologa

Valores estimados

Realça-se que entre 2006 e 2007 as expedições portuguesas cresceram 152%, registando quebras em

2008 (-40% face a 2007) e 2009 (-13% face a 2008). Em relação à chegadas de produtos provenientes

do Luxemburgo, verifica-se um crescimento médio anual entre 2005 e 2008 na ordem dos 14% (com

destaque para o aumento verificado de 25% entre 2005/2006) e uma redução substancial destes

produtos em 2009 (-46% face a 2008).

Comparando os dados disponíveis para o período de Janeiro/Abril de 2010, com os verificados no

período homólogo do ano anterior, conclui-se que existiu uma diminuição das expedições portuguesas

para este mercado (-10%) e uma quebra nos produtos chegados na ordem dos 47%. Os valores das

expedições e das chegadas de produtos registados, este ano, para período já disponível,

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12

corresponderam a 31% e a 19%, respectivamente, dos valores obtidos no ano de 2009, enquanto que os

valores do período homólogo do ano anterior foram 34% e 36%, respectivamente.

Os principais grupos de produtos portugueses mais vendidos no Luxemburgo, em 2009, foram:

• O dos produtos alimentares, que representaram aproximadamente 37% e que registaram um

aumento entre 2008/2009 de 16%, donde se destacam os seguintes produtos: vinhos de uvas

frescas (18,7% do total do produtos expedidos), a cerveja de malte (6,6%), e ainda as massas

alimentícias (1,6%)

• O grupo dos produtos agrícolas4 responsável por 18% do total das expedições portuguesas, sendo

que os produtos mais representativos foram: peixes congelados (2,9%), café (2,4%) e filetes e outra

carne de peixe (2,2%)

• Os veículos e outro material de transporte (13% do total), sendo que foram os automóveis de

passageiros e outros veículos de transporte de passageiros os produtos mais vendidos neste grupo

(12,8%).

Expedições por Grupos de Produto

(103 EUR) 2005 % 2008 % 2009 %

Produtos alimentares 12.086 35,7 17.350 27,7 20.174 37,0

Produtos agrícolas 5.848 17,3 11.144 17,8 10.014 18,3

Veículos e outro material de transporte 768 2,3 866 1,4 7.274 13,3

Minerais e minérios 2.718 8,0 4.155 6,6 4.283 7,8

Máquinas e aparelhos 3.274 9,7 14.089 22,5 4.029 7,4

Calçado 1.873 5,5 1.446 2,3 2.192 4,0

Vestuário 3.772 11,2 4.865 7,8 2.132 3,9

Metais comuns 454 1,3 1.456 2,3 1.129 2,1

Madeira e cortiça 424 1,3 759 1,2 679 1,2

Plásticos e borracha 209 0,6 318 0,5 251 0,5

Produtos químicos 560 1,7 500 0,8 217 0,4

Matérias têxteis 207 0,6 218 0,3 183 0,3

Pastas celulósicas e papel 620 1,8 998 1,6 155 0,3

Peles e couros 9 0,0 284 0,5 149 0,3

Instrumentos de óptica e precisão 55 0,2 2.221 3,5 33 0,1

Combustíveis minerais 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Outros produtos 539 1,6 1.397 2,2 930 1,7

Valores confidenciais 391 1,2 635 1,0 763 1,4

Total 33.807 100,0 62.702 100,0 54.585 100,0

Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística

Notas: Inclui estimativas para as não respostas e empresas situadas abaixo dos limiares de assimilação (isentas de declaração)

4 Este grupo inclui os seguintes capítulos da Nonenclatura Combinada – NC 01 a 15.

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13

Em termos de evolução em relação ao período de 2005-2009, destaca-se o seguinte:

• Entre 2005 e 2008, todos os grupos de produtos registaram taxas de crescimento positivas, à

excepção do calçado (-29%) e dos químicos (-11%), mas entre 2008/2009, a maioria dos produtos

registou quebras na sua expedição para o Luxemburgo, com excepção dos seguintes grupos: o

calçado (+52%), os produtos agrícolas (+16%), os veículos e outro material de transporte (+720%) e

os minerais e minérios (+3%).

• Os seguintes grupos de produtos que perderam importância em 2009: máquinas e aparelhos (que

em 2008 representava 23% e em 2009 apenas 7%), que registou um decréscimo de 71% face a

2008; Vestuário (-56%); instrumentos de óptica e precisão (-99%) e os produtos agrícolas (-10%).

• Os grupos que ganharam relevância: veículos e outro material (entre 2005 e 2009 registou um

crescimento acima dos 500%); os produtos agrícolas (de 2005 a 2009 cresceu 71%); minerais e

minérios (o valor expedido quase que duplicou entre 2005 e 2009) e o calçado (que embora tenha

registado uma quebra em 2008, registou um aumento de 17% entre 2005 e 2009).

Os dados já disponibilizados pelo INE, de Janeiro/Abril de 2010, quando comparado com igual período

do ano anterior, indicam que o grupo dos produtos alimentares continua líder, representando igualmente

37% do total dos produtos portugueses vendidos para este mercado, registando um aumento de cerca

de 7%. Destacam-se os seguintes aumentos nos seguintes grupos: veículos e outros materiais de

transporte (+7%), metais comuns (+94%) e o calçado (+35%). Mas verificaram-se também algumas

quebras bastantes significativas, a salientar: aparelhos e máquinas (-38%), vestuário (-27%), minerais e

minérios (-21%) e os produtos agrícolas (-2%).

Segundo o GEE5, cerca de 25% dos produtos industriais vendidos ao Luxemburgo, em 2009, continham

um grau de intensidade tecnológica média-alta (em 2005 tinha registado apenas 5%) e 63% baixa (em

2005 e 2007 foi 77% e 33%, respectivamente). Salienta-se que em 2007, 53% dos produtos portugueses

vendidos ao Luxemburgo tinham um alto grau de intensidade teconológica, único ano a registar esta

situação no período de 2005-2009.

Em 2008, o INE – Instituto Nacional de Estatística, contabilizou a existência de 364 empresas

portuguesas com vendas para o mercado do Luxemburgo, verificando-se uma diminuição em relação às

existentes no ano anterior (-9%), mas em 2005 o INE tinha registado 384 empresas.

Em relação aos grupos de produtos oriundos do Luxemburgo, em 2009, destaca-se o seguinte:

• O grupo das máquinas e aparelhos, com 68% do total e registando uma diminuição de 44% em

relação ao ano anterior, sendo que foram as máquinas automáticas para processamento de

dados/unidades, os produtos que mais foram vendidos em Portugal, representando 51% do total. 5 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos industriais transformados

expedidos para o Luxemburgo representaram 97,1% do total em 2009.

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14

• Se lhe acrescentarmos os metais comuns, ficamos com uma representação das compras ao

Luxemburgo de perto de 80% em 2009, representatividade bastante superior à alcançada em 2008 e

2005 (77% e 61%, respectivamente).

Chegadas por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2005 % 2008 % 2009 %

Máquinas e aparelhos 63.017 51,1 116.524 64,8 65.888 67,8

Metais comuns 12.425 10,1 21.929 12,2 11.493 11,8

Plásticos e borracha 6.839 5,5 4.712 2,6 3.216 3,3

Produtos químicos 13.224 10,7 17.490 9,7 3.168 3,3

Produtos agrícolas 2.731 2,2 2.734 1,5 2.546 2,6

Veículos e outro material de transporte 2.074 1,7 1.142 0,6 2.518 2,6

Pastas celulósicas e papel 991 0,8 2.433 1,4 2.279 2,3

Vestuário 1.942 1,6 2.248 1,2 1.831 1,9

Peles e couros 619 0,5 983 0,5 934 1,0

Calçado 979 0,8 926 0,5 846 0,9

Produtos alimentares 2.357 1,9 687 0,4 748 0,8

Matérias têxteis 1.276 1,0 635 0,4 383 0,4

Instrumentos de óptica e precisão 10.188 8,3 4.992 2,8 77 0,1

Minerais e minérios 497 0,4 884 0,5 46 0,0

Madeira e cortiça 1.166 0,9 18 0,0 2 0,0

Combustíveis minerais 0 0,0 248 0,1 0 0,0

Outros produtos 1.896 1,5 596 0,3 798 0,8

Produtos confidenciais 1.116 0,9 697 0,4 405 0,4

Total 123.338 100,0 179.877 100,0 97.179 100,0

Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística

Notas: Inclui estimativas para as não respostas e empresas situadas abaixo dos limiares de assimilação (isentas de declaração)

Em termos de evolução, no período de 2005-2009, verifica-se o seguinte:

• A maioria dos grupos de produtos provenientes do Luxemburgo em 2009 registaram quebras face

aos valores do ano anterior, destacando-se, pela sua importância, os seguintes: produtos químicos

(-82%), metais comuns (-48%) e as máquinas e aparelhos (-44%).

• Perda de importância, neste período, do grupo de produtos dos químicos (decréscimo de 76% entre

2005 e 2009), do dos plásticos e borracha (diminuição para menos de metade entre 2005 e 2009) e

ainda do grupo dos instrumentos de óptica e precisão (- 99% entre 2005 e 2009).

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Os dados já disponibilizados pelo INE, de Janeiro/Abril de 2010, quando comparado com igual período

do ano anterior, indicam que o grupo dos produtos máquinas continua liderar a lista dos produtos

chegados, representando 63% do total até então comprado por Portugal ao Luxemburgo, registando, no

entanto, uma diminuição de 52%. Segue-se o grupo dos metais comuns, com um peso de 18% sobre

total, verificando-se no conjunto destes produtos um aumento na ordem dos 35%. Denota-se ainda que,

à excepção deste último, os restantes 6 principais grupos de produtos registaram quebras, destacando-

-se, os produtos químicos (-93%), os veículos e outro material de transporte (-76%), as pastas

celulósicas (-58%) e os plásticos e borracha (31%).

Segundo o GEE6, cerca de 63% dos produtos industriais chegados do Luxemburgo, em 2009, continham

um alto grau de intensidade tecnológica (em 2005 e 2008 o peso era de 67% e 76%, respectivamente),

14% média-alta (em 2005 registou 17%) e 15% baixa (em 2005 era 16%).

O INE registou em 2008, 264 empresas em Portugal que realizaram operações de compra de produtos

com este mercado, menos 21 das registadas no ano anterior, mas mais 18 das existentes em 2005.

3.2. Serviços

A balança de serviços é favorável a Portugal, sendo que as exportações, para o período entre 2005 e

2009, cresceram mais do que as importações, registando um crescimento médio de, aproximadamente,

6% e 3%, respectivamente.

(103 euros) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

% 2009

Jan./Maio 2010

Jan./ Maio

Exportações 125.675 163.212 181.686 170.014 152.195 6,1 n.d. 64.426

Importações 72.199 68.838 71.516 75.490 81.262 3,1 n.d. 34.146

Saldo 53.476 94.374 110.170 94.524 70.933 -- -- 30.280

Coef. Cob. 174,1% 237,1% 254,0% 225,2% 187,3% -- -- 188,7%

% Export. Totalb 1,03 1,11 1,07 0,95 0,93 -- -- 1,02

% Import. Totalb 0,88 0,72 0,69 0,67 0,79 -- -- 0,78

Fonte: Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009 (b) Em percentagem do total das exportações / importações globais portuguesas de serviços n.d. não disponível

Mas a evolução das exportações e das importações de serviços foi muito diferente ao longo período de

2005-2009, enquanto que as exportações registaram, nos primeiros anos, taxas de crescimento anuais

elevadas (+30% em 2006 e +11% em 2007) e nos dois últimos variações negativas (-6% em 2008 e

-11% em 2009), as importações verificaram uma variação negativa em 2006 (-5% face a 2005), mas no

período de 2007-2009, a taxa média anual de crescimento rondou os 6%, sendo que entre 2008/2009 a

taxa registada foi superior à média (+8%) e a mais alta do período de 2005-2009.

6 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos industriais transformados

chegados dos Reino Unido representaram 88,4% do total em 2009.

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16

Como consequência desta evolução, o saldo da balança comercial de serviços tem vindo a diminuir nos

últimos três anos (-36% entre 2007 e 2009), muito embora esta continue positiva e muito favorável a

Portugal.

A exportação de serviços portugueses para o Luxemburgo em 2009 colocou este mercado como 16º

cliente de Portugal, representando apenas cerca de 0,9% do total exportado no mesmo ano.

Esta posição7 situa este mercado ao lado de outros clientes de Portugal, como: Noruega (18º), Áustria

(17º), Finlândia (15ª) e a Suécia (14º).

As importações de serviços do Luxemburgo em 2009, foram responsáveis por apenas 0,8% do total

importado por Portugal, colocando este mercado como 13º fornecedor, ao lado de outros como: Irlanda

(11º fornecedor), Angola (12º), Canadá (14º) e a Áustria (15º).

Os dados estatísticos já disponibilizados pelo Banco de Portugal, referentes às exportações verificadas

nos cinco primeiros meses de 2010, apontam para um valor que representa 42% do valor total registado

no ano de 2009, com média mensal superior à obtida no ano anterior. Em relação às importações de

serviços verifica-se uma situação semelhante à das exportações.

3.3. Investimento

Em 2009, o investimento directo do Luxemburgo representou cerca de 4% do valor total do investimento

realizado nesse mesmo ano (7ª posição do ranking dos países que investiram em Portugal). Esta

importancia relativa foi inferior às verificadas nos três anos anteriores (em 2008 o peso tinha sido de

6%).

Importância do Luxemburgo nos Fluxos de Investimento para Portugal

2005 2006 2007 2008 2009

Posiçãoa 7ª 7ª 6ª 6ª 7ª Portugal como receptor (IDE)

%b 3,12 4,67 5,03 5,94 3,83

Posiçãoa 13ª 6ª 7ª 8ª 14ª Portugal como emissor (IDPE)

%b 1,12 2,78 2,62 2,72 1,00

Fonte: Banco de Portugal (BdP)

Notas: (a) Com base no ID bruto total de Portugal

(b) Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados

O investimento de Portugal no Luxemburgo colocou, em 2009, este mercado na 14ª posição no ranking

de países com IDPE, uma posição que foi também muito inferior às registadas nos anos anteriores

(período de 2005-2009). Em relação ao total do investimento português realizado no exterior, este

mercado representou, 1% do total do Investimento Directo Português no Estrangeiro (IDPE) em 2009.

7 Posição num conjunto de 55 mercados seleccionados pelo Banco de Portugal

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17

Em termos dos valores registados, o investimento bruto directo de Luxemburgo em Portugal, registou no

período de 2005-2009, uma média anual positiva (+18%), enquanto que a taxa média do

desinvestimento foi de 10% no mesmo período.

Investimento Directo do Luxemburgo em Portugal

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

% 2009

Jan./Maio 2010

Jan./Maio

Investimento bruto 862.774 1.534.249 1.641.588 2.094.388 1.218.730 17,6 n.d. 455.257

Desinvestimento 900.469 1.554.729 904.005 1.594.299 527.727 10,1 n.d. 371.984

Investimento líquido -37.695 -20.480 737.583 500.089 691.003 -- -- 83.273

Fonte: Banco de Portugal (BdP)

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

n.d. não disponível

A evolução do investimento bruto de origem luxemburguesa em Portugal ao longo do período de

2005-2009 teve duas fases; uma primeira, onde foi registado um crescimento constante até 2008 (média

anual de +38%), e outra, de 2008/2009, onde se verificou um decréscimo acentuado (-42%). O

desinvestimento teve uma evolução mais oscilante, com dois anos de forte crescimento (em 2006 cresce

73% face a 2005 e +76% em 2008). Esta situação levou que em 2005 e 2006 se tenha verificado um

investimento líquido negativo.

Os fluxos de investimento registados, nos primeiros cinco meses deste ano, assinalam um valor para o

investimento bruto em Portugal cuja média mensal é inferior à registada no passado ano, representando

este, no seu total, 37% do total realizado no ano de 2009.

O investimento português no Luxemburgo registou, entre 2005 e 2009, um crescimento médio de 24%,

sendo que simultaneamente o desinvestimento, também, registou um crescimento na ordem dos 54%. O

investimento líquido ao longo do período de análise é sempre positivo e crescente até 2007, os dois anos

seguintes registaram decréscimos, sendo de salientar que o valor obtido em 2009 é menos do que um

quinto do que o alcançado em 2007.

Investimento Directo de Portugal no Luxemburgo

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

% 2009

Jan./Maio 2010

Jan./Maio

Investimento bruto 109.532 273.334 388.920 309.998 79.292 24,3 n.d. 13.812

Desinvestimento 42.101 144.484 214.020 216.134 53.793 54,3 n.d. 1.610

Investimento líquido 67.431 128.850 174.900 93.864 25.499 -- -- 12.202

Fonte: Banco de Portugal (BdP)

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

n.d. não disponível

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aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (Agosto 2010)

18

É de assinalar que as empresas portuguesas com investimento realizado no Luxemburgo se encontram,

principalmente nos seguintes sectores; financeiro, alimentação e bebidas e dos transportes, destacando-

se a presença da Caixa Geral de Depósitos, do BCP e da TAP.

3.4. Turismo

Os fluxos de turismo do mercado do Luxemburgo, entre 2005 e 2009, não tiveram grande relevância

para actividade turística em Portugal. Trata-se de um mercado de pequena dimensão, relativamente ao

qual dispomos de informação reduzida.

De acordo com os dados disponíveis e inseridos no quadro abaixo, verifica-se que, efectivamente, o

peso das receitas geradas, por turistas oriundos do Luxemburgo, apenas representou, nestes últimos

dois anos, entre 0,9% e 1% do total das receitas obtidas por Portugal com a actividade hoteleira.

Turismo do Luxemburgo em Portugal

2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

% 2009

Jan./Maio 2010

Jan./Maio

Receitasa (103 EUR) 50.511 54.811 66.425 66.492 68.218 8,1 n.d. 20.705

% do totalb 0,81 0,82 0,90 0,89 0,99 -- -- 0,86

Posição 18ª 17ª 18ª 18ª 17ª -- -- 19ª

Fontes: BdP – Banco de Portugal

Notas: (a) Inclui apenas a hotelaria global

(b) Refere-se ao total da receita proveniente de estrangeiros

n.d. não disponível

No entanto, convém assinalar que as receitas provenientes de turistas entrados em Portugal evoluíram,

entre 2005 e 2009, de uma forma sempre crescente a uma taxa média de 8%.

As receitas geradas nos cinco primeiros meses de 2010, no valor de 20,7 milhões de euros

representaram 30% das receitas obtidas em 2009, sendo de assinalar que a média mensal verificada

nestes meses é inferior à média mensal gerada nos 12 meses do ano anterior, não podemos esquecer

que esta actividade em Portugal é sazonal.

4. Relações Internacionais e Regionais

O Luxemburgo integra, entre outras, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico

(OCDE), o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) e a Organização das

Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destacam a Conferência

das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) e o Banco Internacional de

Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Este país faz parte da Organização Mundial de Comércio

(OMC) desde 1 de Janeiro de 1995.

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19

A nível regional, o Luxemburgo é membro fundador da União Europeia (UE), faz parte do Conselho da

Europa, da União da Europa Ocidental (UEO) e do Benelux (Belgique-Nederland-Luxembourg).

A União Europeia é um espaço de integração económica que tem passado por estádios distintos de

evolução. O primeiro passo foi dado com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

(CECA), seguida da assinatura do Tratado de Roma, em 1957, que instituiu a Comunidade Europeia de

Energia Atómica (CEEA) e uma área de comércio livre designada por Comunidade Económica Europeia

(CEE). A aprovação, em 1987, do Acto Único Europeu formalizou a entrada em vigor, a 1 de Janeiro de

1993, de um Mercado Comum Europeu, com a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e

capitais.

Por sua vez, o Tratado da União Europeia, ratificado em 1993, na cidade de Maastricht, aprofundou o

processo de integração, ultrapassando o estádio económico para atingir o âmbito político. Os principais

objectivos são: criação da União Económica e Monetária; adopção de uma Política Externa e de

Segurança Comum; cooperação nas áreas da justiça e da administração; e o reforço da democracia e da

transparência.

Com o Tratado de Nice, assinado em 26 de Fevereiro de 2001, procurou-se enfrentar o desafio do

alargamento a 12 novos países. Destes, 10 (Chipre, Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia,

Lituânia, Malta, Polónia e República Checa) aderiram à UE no dia 1 de Maio de 2004 e os restantes 2

(Bulgária e Roménia) a 1 de Janeiro de 2007.

Finalmente, a UE chegou a acordo sobre o Tratado Reformador (Tratado de Lisboa), assinado a 13 de

Dezembro de 2007, que pretende melhorar a eficiência do processo de tomada de decisão, reforçar a

democracia através da atribuição de um papel mais relevante ao Parlamento Europeu e aos parlamentos

nacionais e aumentar a coerência a nível da política externa, com vista a dar uma resposta mais eficaz

aos desafios actuais. O Tratado de Lisboa entrou em vigor, após a sua ratificação por todos os Estados-

membros, a 1 de Dezembro de 2009.

Actualmente a UE é composta por 27 membros, sendo que apenas 16 adoptaram a moeda única

europeia (Euro) e integram a União Económica e Monetária (UEM): Alemanha; Áustria; Bélgica; Chipre;

Eslovénia; Eslováquia; Espanha; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Irlanda; Itália; Luxemburgo; Malta;

e Portugal.

O Conselho da Europa, a mais antiga organização política da Europa, foi criado em 1949 com o objectivo

de promover a unidade e a cooperação no espaço europeu, desempenhando um papel relevante em

questões relacionadas com a defesa dos direitos do homem e a democracia parlamentar. Actualmente, o

Conselho da Europa conta com 46 membros. O seu instrumento mais importante de actuação é a

adopção de convenções.

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aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (Agosto 2010)

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Por sua vez, a União da Europa Ocidental visa incentivar a cooperação europeia em matéria de

segurança e de defesa mútua.

Quanto ao Benelux, trata-se de um modelo de cooperação inter-governamental assinado em 1958 pela

Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Embora a área de actuação desta união económica se dissolva

na da União Europeia, os três países signatários consideram que existe espaço de diferenciação,

nomeadamente no que concerne ao seu contributo para o processo de integração europeia e à

coordenação de posições no seio da própria União.

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado

5.1 Regime Geral de Importação

Como membro da União Europeia, o Luxemburgo faz parte integrante da União Aduaneira,

caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política

comercial comum relativamente a países terceiros.

O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço

económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, serviços/estabelecimento e

pessoas, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas.

Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocados em livre prática no território comunitário,

encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que

respeita à qualidade e características técnicas.

A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adopção da

mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário – bem como a aplicação de iguais

imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países exteriores à UE – Pauta Exterior Comum

(PEC).

O regime de livre comércio com países terceiros não impede que os órgãos comunitários determinem

restrições às importações (fixação de contingentes anuais), quando negociadas no âmbito da

Organização Mundial de Comércio (OMC).

A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os

direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias.

As importações, as vendas intracomunitárias, assim como as transacções de bens e a prestação de

serviços a título oneroso, encontram-se sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA). A taxa normal aplicada sobre a generalidade dos bens e serviços é de 15%. No entanto, em

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determinadas situações e tipo de produtos (principalmente bens essenciais e alguns serviços), podem

ser aplicadas as taxas: intermédia (12%); reduzida (6%); e super reduzida (3%). Os serviços financeiros,

de seguro e resseguro estão normalmente isentos do imposto.

Para além deste encargo há, ainda, lugar ao pagamento de Impostos Especiais de Consumo, que

incidem sobre determinados produtos, como sejam, o álcool, as bebidas alcoólicas, o tabaco, e os

produtos petrolíferos.

Os interessados podem consultar informação sobre os impostos e taxas em vigor na União Europeia no

Portal Europa – http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.htm

5.2 Regime de Investimento Estrangeiro

O Tratado da União Europeia consagra a livre circulação de capitais, da qual resulta um quadro geral do

investimento estrangeiro comum em todo o espaço comunitário, nos termos dos limites decorrentes do

princípio da subsidiariedade, isto é, sem prejuízo de instrumentos legislativos criados pelos Estados-

membros.

Nesta linha, o promotor externo encontra no Luxemburgo um regime jurídico adaptado ao ordenamento

comunitário: princípio da igualdade de tratamento face ao investidor nacional; direito de transferência

para o exterior do produto da sua liquidação e dos rendimentos legalmente obtidos após cumprimento

das respectivas obrigações fiscais; igualdade de acesso aos programas de incentivos disponibilizados às

empresas.

Não obstante a liberdade de estabelecimento na UE, importa referir que existe no Luxemburgo (como é

regra em muitos países comunitários) um conjunto de condições especiais de autorização e controlo

para o exercício de uma série de actividades comerciais e industriais, assim como de profissões liberais.

Tendo por base legislação de Fevereiro de 1997 (que altera o quadro legal de 1993), relativa ao

desenvolvimento e à diversificação económicas, as autoridades oficiais incentivam activamente o

investimento estrangeiro, tratando-o da mesma forma que o nacional.

O Board of Economic Development (http://www.bed.public.lu/bed/), na dependência do Ministério da

Economia e do Comércio Externo do Luxemburgo, é a entidade oficial competente para assistir o

investidor na implementação dos projectos, bem como para estabelecer os contactos necessários junto

das entidades de decisão competentes. Trata-se, na prática, de um one stop shop para realizar as

ligações com as entidades públicas envolvidas nos necessários procedimentos de criação de empresas.

Com base na referida legislação, o Estado poderá conceder ajudas a favor de operações de

investimento, de reestruturação ou de I&D que tenham por objectivo promover a criação, o

desenvolvimento, a reestruturação, a conversão ou a reorientação de empresas industriais e de

prestação de serviços. Estas operações deverão, contudo, estar de acordo com as rigorosas exigências

locais em matéria de ordenamento do território e de protecção ambiental.

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De entre os instrumentos de ajuda à disposição do investidor destacam-se: subvenções de capital; taxas

de juro bonificadas; apoios à promoção; desagravamento fiscal; garantias estatais; e facilidades na

aquisição de espaços para investir. De entre os regimes de aplicação destes instrumentos, salientam-se

os de ajuda particular às operações de investimento realizados em I&D e em determinadas regiões

(cantões) do Luxemburgo, nomeadamente: Steinfort, Marner e Bascharage (na zona sul do país); Wiltz,

Winseler e Clervaux (zona norte); e Betzdorf, Biwer e Grevenmacher (zona leste) –

http://www.innovation.public.lu/html/portal/FR/81/464/465/467/C151/.

De referir, ainda, que o Luxemburgo é uma das principais praças financeiras europeias, onde as

sociedades holding usufruem de um regime fiscal bastante favorável (isenção de impostos), sendo

considerados dois tipos de sociedades desta natureza: as denominadas Holdings 1929, ao abrigo da Lei

de 31 de Julho de 1929 (com alterações posteriores); e as SOPARFI (Sociétés de Participations

Financières).

A primeira está excluída dos vários Acordos assinados pelo Luxemburgo com países terceiros, tendo em

vista a eliminação da dupla tributação, uma vez que ela própria está completamente isenta de impostos

no Grão Ducado. A segunda diferencia-se da Holding 1929 porque, além de lhe ser permitido o mesmo

tipo de actividade, pode também operar ao nível industrial e comercial, ou seja, pode dedicar-se a uma

actividade sujeita à aplicação de IVA (a Holding 1929 dedica-se especificamente à gestão de

participações sociais, excluindo-se as actividades industriais, comerciais ou de serviços).

De salientar, no entanto, que o Luxemburgo não é um paraíso fiscal como por vezes transparece,

aplicando inclusive taxas de imposto sobre o rendimento mais elevadas do que outros Estados-membros

da União Europeia.

O Luxemburgo assinou com Portugal uma Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a

Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, a qual entrou em vigor a 1 de Janeiro de

2002.

5.3 Quadro Legal

Regime de Importação

• Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de Outubro (com alterações posteriores) –

Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o

Código Aduaneiro Comunitário.

• Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de Outubro (com alterações posteriores) –

Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário.

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Regime de Investimento Estrangeiro

• Lei de 25 de Agosto de 2006 – Transpõe para o Direito Interno do Luxemburgo o Regulamento

Comunitário n.º 2157/2001, sobre o Estatuto de Sociedade Europeia/Societas Europaea (que, entre

outros aspectos, introduz um novo tipo de sociedade - Sociedade Anónima Unipessoal).

• Lei de 21 de Junho de 2005 – Modifica a Lei de 31 de Julho 1929 que estabelece o regime fiscal

aplicável às sociedades holding.

• Lei de 19 de Dezembro de 2002 – Regula o registo comercial das sociedades, bem como a

apresentação das contas anuais das empresas.

• Lei de 28 de Dezembro de 1998 – Define o direito de estabelecimento, nomeadamente o acesso ao

exercício de actividades comerciais, industriais e de profissões liberais.

• Lei de 27 de Julho de 1993 (com as alterações introduzidas pela Lei de 21 de Fevereiro de 1997) –

Estabelece o quadro jurídico do desenvolvimento económico (entre outras matérias, estabelece as

condições aplicáveis ao investimento estrangeiro).

• Lei de 24 de Maio de 1989 (com alterações posteriores) – Define o regime legal do contrato de

trabalho.

• Lei de 10 de Agosto de 1915 (com alterações posteriores) – Aprova o Código das Sociedades

Comerciais.

Os interessados podem consultar os textos legais nos Sites Legilux – Portail Juridique du Gouvernement de Luxembourg

(http://www.legilux.public.lu/) e Lexadin – Legislation Luxembourg – (http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/eur/lxwelux.htm).

Acordo Relevante

• Decreto do Presidente da República n.º 29/2000, de 30 de Junho e Resolução da Assembleia da

República n.º 56/2000, de 30 de Junho – Ratifica e aprova para ratificação, respectivamente, a

Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos

sobre o Rendimento entre Portugal e o Luxemburgo.

Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria

Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

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6. Informações Úteis

Formalidades na Entrada

Para os cidadãos da União Europeia, apenas é necessário o documento nacional de identificação

(Bilhete de Identidade) ou o passaporte válido.

Hora Local

Corresponde ao UTC mais uma hora no Inverno e mais duas no Verão. A diferença entre a hora de

Portugal e a do Luxemburgo é de mais uma hora no Luxemburgo, quer de Inverno, quer de Verão.

Horários de Funcionamento

Serviços Públicos:

Das 08h00 às 17h00

(de segunda-feira a sexta-feira)

Encerram das 12h00 às 14h30 para almoço.

Bancos:

Das 09h00 às 16h30

(de segunda-feira a sexta-feira)

Encerram das 13h00 às 14h30 para almoço.

Comércio:

Das 09h00 às 18h00 (de terça-feira a sábado). Encerra das 12h00 às 14h00 para almoço. O comércio

também abre à segunda-feira à tarde. As grandes superfícies funcionam até às 20h00 de segunda-feira

a quinta-feira, e até às 21h00 à sexta-feira. Ao sábado encerram às 18h00.

Feriados 2008

Data Fixa:

1 de Janeiro – Dia de Ano Novo

1 de Maio – Dia do Trabalhador

23 de Junho – Dia Nacional

15 de Agosto – Dia da Assunção

1 de Novembro – Dia de Todos-os-Santos

25 de Dezembro – Dia de Natal

26 de Dezembro – Dia de Santo Estêvão

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Data Móvel:

Segunda-feira de Carnaval

Segunda-feira de Páscoa

Dia da Ascensão

Pentecostes

Corrente Eléctrica

220 volts AC, 50Hz.

Pesos e Medidas

É utilizado o sistema métrico.

7. Endereços Diversos

Em Portugal

aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

O’ Porto Bessa Leite Complex

Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º

4150-074 Porto – Portugal

Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

Av. 5 de Outubro, 101

1050-051 Lisboa – Portugal

Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

Embaixada do Luxemburgo em Lisboa

Rua das Janelas Verdes, 43

1200-690 Lisboa

Tel.: (+351) 21 3931940 | Fax: (+351) 21 3901410

E-mail: [email protected]

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COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA

Direcção Internacional

Av. da República, 58

1069-057 Lisboa – Portugal

Tel.: (+351) 217 913 821 | Fax: (+351) 217 913 839

E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt

Turismo de Portugal, I.P.

Rua Ivone Silva, Lote 6

1050-124 Lisboa

Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830

E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt

No Luxemburgo

Embaixada de Portugal no Luxemburgo

Rue Guillaume Schneider

L-2522 Luxembourg

Tel.: (+352) 466190 /1 | Fax: (+352) 465169

E-mail: [email protected]

AICEP Bruxelas

Rue Berckmans, 109

1060 Bruxelles

Tel.: (+322) 53612 12 | Fax: (+322) 2310447

E-mail: [email protected]

Câmara de Comércio e Indústria Luso-luxemburguesa

Rue Fort du Bourbon

L-1026 Luxembourg

Tel.: (+352) 26123517 | Fax: (+352) 26123618

E-mail: [email protected] | http://www.ccill.lu

Chambre de Commerce du Luxembourg

Rue Alcide de Gasperi, 7

L – 2981 Luxembourg

Tel.: (+352) 4239391 | Fax: (+352) 438326

E-mail: [email protected] | http://www.cc.lu

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Luxembourg for Business G.I.E

Boulevard Royal, 19-21

L - 2449 Luxembourg

Tel.: (+352) 247 247-84116 | Fax: (+352) 223485

E-mail: [email protected] | http://www.investinluxembourg.lu/

Office National du Tourisme Luxembourgeois

Gare Centrale

P.O.Box 1001

L-1010 Luxembourg

Tel.: +352 42828 20 | Fax: +352 42828238

E-mail: [email protected] | http//www.visitluxembourg.lu

Ministère des Finances

3, Rue de la Congrégation

L-1352 Luxembourg

Tel.: (+352) 24781 I Fax: (+352) 475241

http://www.mf.public.lu/

Administration des Douanes et Accises

26, Place de la gare,

L-1616 Luxembourg

BP 1605

Tel.: (+352) 2901911 I Fax: (+352) 498790

http://www.do.etat.lu/

Banque Centrale du Luxembourg

2, Boulevard Royal

2983, Luxembourg

Tel.: (+352) 47741 I Fax: (+352) 4774 4901

http://www.bcl.lu/

8. Fontes de Informação

8.1 Informação Online aicep Portugal Global

Documentos Específicos sobre o Luxemburgo

• Título: “Luxemburgo – Condições Legais de Acesso ao Mercado”

Edição: 01/2010

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• Título: “Luxemburgo – Sites Seleccionados”

Edição: 01/2010

• Título: “Luxemburgo – Informações e Endereços Úteis”

Edição: 01/2010

• Título: “Luxemburgo – Convenção para Evitar a Dupla Tributação”

Edição: 08/2009

• Título: “Luxemburgo – Dossier Especial”

Edição: 02/2007

Documentos de Natureza Geral

• Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal”

Edição: 03/2010

• Título: “Acordos Bilaterais Portugal/UE”

Edição: 03/2010

• Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático”

Edição: 02/2010

• Título: “Rotulagem dos Produtos Alimentares na UE”

Edição: 06/2009

• Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE”

Edição: 04/2009

• Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção”

Edição: 02/2009

• Título: “Normalização e Certificação”

Edição: 11/2008

• Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos”

Edição: 08/2008

• Título: “Seguros de Créditos à Exportação”

Edição: 06/2008

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• Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro”

Edição: 06/2008

• Título: “Guia do Exportador”

Edição: 02/2008

• Título: “Etiquetagem de Produtos Têxteis na União Europeia”

Edição: 07/2005

• Título: “Contrato Internacional de Agência”

Edição: 03/2005

• Título: “Dupla Tributação Internacional”

Edição: 12/2004

• Título: “Principais Formas de Sociedades na UE – Guia por País”

Edição: 09/2004

A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

8.2 Endereços de Internet

• Administration de l’Enregistrement et des Domaine – http://www.aed.public.lu/

• Administration des Contributions Directs du Grand-Duché de Luxembourg –

http://www.impotsdirects.public.lu/

• Administration des Douanes et Accises – http://www.do.etat.lu/

• Board of Economic Development – http://www.bed.public.lu/

• Bourse de Luxembourg – http://www.bourse.lu/Accueil.jsp

• Chambre de Commerce Luxembourg – http://www.cc.lu/

• Commission de Surveillance du Secteur Financier – http://www.cssf.lu/

• Entreprises – Guichet – http://www.guichet.public.lu/fr/entreprises/index.html

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30 Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

• Gouvernement du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.gouvernement.lu/

• Légilux (Portail Juridique du Gouvernement de Luxembourg) – http://www.legilux.public.lu/

• Ministère de l'Économie et du Commerce Extérieur – http://www.eco.public.lu/

• Ministère des Affaires Étrangères – http://www.mae.lu/

• Portail de l’Innovation et de la Recherche – http://www.innovation.public.lu/html/

• Portail des Marchés Publics du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.marches.public.lu/

• Portail des Statistiques du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.statistiques.public.lu/fr/

• Portail du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.luxembourg.public.lu/fr/index.html

• Service Central de la Statistique et des Études Économiques (STATEC) –

http://www.statec.public.lu/fr/index.html