edição 32 domingo, 05.08.2012 r$ 3,20 Órgão oficial da...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 32 Domingo, 05.08.2012 R$ 3,20 Quase quatro meses depois de serem obrigadas a deixar o Mali por causa da instabilidade polí- tica, perseguição religiosa e recomendação da Embaixada brasileira, as missionárias Veralucia Rocha e Gabriele Santos estão de volta ao país africano (página 11). No Dia do Adolescente Batista, OJB publica um texto para fazer todos refletirem. O autor destaca os motivos errados para se começar um namoro e orienta como deve agir o adolescen- te solteiro. “Ser solteiro é um momento único e abençoado por Deus, aproveite este momento para viver algo sobrenatural, pois este tempo está contado”, diz o autor (página 5). Missionárias retornam ao Mali “Estou desesperado para namorar!” Suportando as tentações Feira de Santana, popularmente conhecida como a Princesa do Sertão, recebeu o maior encontro de batistas da Bahia. Durante a 89ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana, os participantes foram motivados a refletir sobre integridade, missões, além de iniciar as comemorações dos 130 anos da denominação no estado (páginas 8 e 9). Convencionais elegem nova diretoria e iniciam celebração dos 130 anos de batistas na Bahia

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1o jornal batista – domingo, 05/08/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 32 Domingo, 05.08.2012R$ 3,20

Quase quatro meses depois de serem obrigadas a deixar o Mali por causa da instabilidade polí-tica, perseguição religiosa e recomendação da Embaixada brasileira, as missionárias Veralucia Rocha e Gabriele Santos estão de volta ao país africano (página 11).

No Dia do Adolescente Batista, OJB publica um texto para fazer todos refletirem. O autor destaca os motivos errados para se começar um namoro e orienta como deve agir o adolescen-te solteiro. “Ser solteiro é um momento único e abençoado por Deus, aproveite este momento para viver algo sobrenatural, pois este tempo está contado”, diz o autor (página 5).

Missionárias retornam ao Mali

“Estou desesperado para namorar!”Suportando as tentações

Feira de Santana, popularmente conhecida como a Princesa do Sertão, recebeu o maior encontro de batistas da Bahia. Durante a 89ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana,

os participantes foram motivados a refletir sobre integridade, missões, além de iniciar as comemorações dos 130 anos da denominação no estado (páginas 8 e 9).

Convencionais elegem nova diretoria e iniciam celebração dos 130 anos de batistas na Bahia

2 o jornal batista – domingo, 05/08/12 reflexão

E D I T O R I A L

moda e deixem que tenham iniciativas. Pastores e líderes precisam fazer mais do que planejar diversas programa-ções, precisam deixar espaço para que o adolescente viva o que aprendeu com a Bíblia e com os bons exemplos ao seu redor. O texto a seguir é um relato real do que passa na mente de uma menina que mora numa cidade gran-de como o Rio de Janeiro. É um exemplo do quanto os adolescentes cristãos tem potencial e podem abençoar vidas respeitando os mais velhos e seu modo de ser e sendo respeitados.

Jamile Darlen (15 anos), da Igreja Batista da Liberdade (RJ), escreveu este texto no ano passado, um dia após um homem armado entrar em uma escola e atirar contra alunos e professores. Jamile vive em uma cidade grande, junto com seus conflitos, mas existem diversos outros adolescentes que precisam também do apoio de seus líderes e vivem em conflitos diferentes.

“Um dia fui para a escola muito triste e chateada com os meus problemas achando que a minha vida era uma droga e tal... Mas uma coisa me chamou atenção. O que aconteceria se entrassem aqui na minha escola, na minha sala e mirassem uma

substituídas por pufes. Eram pequenos bancos estofados coloridos por toda a sala. Tal decoração começou a chamar atenção dos adoles-centes visitantes, que agora iam uma, duas, três, quatro vezes e não paravam mais de frequentar a igreja. Ali eles viam que tinham um espaço para aprender a Bíblia sem deixar de lado seu modo de ser, que no final das contas não agredia ninguém.

Foi assim também com ou-tra igreja, quando os líderes dos adolescentes resolveram levar um esportista cristão para falar de suas experiên-cias para o grupo. Tais líderes queriam que seus adolescen-tes conhecessem bons exem-plos de vida cristã que fosse fora das paredes da igreja, por isso chamaram um espor-tista, mas queriam também que cada adolescente tivesse liberdade para questionar e tirar suas dúvidas. Para tanto, modificaram a ordem dos bancos dentro do templo, empurraram os bancos e fize-ram uma roda com um banco ao centro para o convidado, estava formada a arena. Foi uma simples modificação dos bancos que criou um ambiente jovem e fácil para fluir os conhecimentos que os adolescentes precisavam.

Adolescentes precisam dis-to, igrejas que respeitem seu modo de ser e até mesmo sua

É o momento das mu-danças, da forma-ção de opinião, da formação concreta

de personalidade, assim é a adolescência, a fase das mudanças. Na igreja eles são o grupo mais animado, leva essa alegria para todas as ocasiões. Cuidado se eles começarem a rir! Pode ser por bobeira, mas é capaz de não pararem de rir nem tão cedo! Com tanta energia e transformação precisam de apoio e bons exemplos, além de espaço para deixar fluir a imaginação.

Adolescentes precisam de pessoas que acreditem em seu potencial, necessitam estar rodeados por familiares e líderes que os apoiem até nas ideias loucas. A princípio tais ideias podem ser loucas para os mais velhos, mas po-dem ser também instrumento de louvor e adoração, e até mesmo instrumento de evan-gelismo. Como já aconteceu em uma certa igreja batista, quando o grupo de adoles-centes resolveu mudar a sua sala. Assim como a sala das mulheres é decorada com cores e enfeites femininos, esses adolescentes queriam dar “a sua cara” para a sala. Pediram permissão ao pas-tor e fizeram lindos grafites nas paredes com mensagens evangelísticas, e ao invés de colocar cadeiras, elas foram

arma na cabeça dos meus amigos? Seus sonhos, planos, esperanças seriam confron-tados por uma ARMA! Foi isso o que aconteceu ontem, 7 de abril de 2011, com 12 adolescentes e seus colegas.

Não tenho palavras para descrever o que estou sen-tindo, sei que o jovem (que as matou) devia estar fora de si. Ele escolheu os que iam morrer e a tristeza tomou conta dos alunos. Penso que vou fazer o máximo para seguir os meus sonhos, mais lembro que em um segundo tudo pode acabar.

Queria dizer aos jovens que é difícil sim, mas que o pior foi que a violência começou com o jovem que as matou, pois ele sofreu Bullying, ele também foi uma vítima.

Então meu recado a dar é: Vocês, pais, sabem o que acontece com os seus filhos? Será que é tão difícil nos dar um pouco de atenção? E vo-cês, jovens, por que sofrem? Por que não confiam em sua família para pedir ajuda? Ou até mesmo para parar com o bullying? Vocês não estão sozinhos e sabem disso. So-nhos, esperanças, planos... tudo isso pode acabar mas não se estivermos juntos lu-tando para melhorar. E, en-tão, você quer lutar comigo? Pois eu quero lutar por você e com você”.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Parabéns ao Pr. Júlio Oliveira Sanches

• Já há muito que perdi a conta de quantos “Bilhetes de Sorocaba” recebi através do nosso Jornal Batista. Alguns cheguei a contestar, comigo mesmo, mas a maioria deles tem servido de inspiração e fundamentação para a Or-todoxia Batista (um livro do mesmo autor dos bilhetes).

Este último, então, publi-cado na edição nº 30 de 22/07/2012 deveria ser mo-tivo de orgulho para a Deno-minação Batista (CBB). Não por causa da “veia ortodoxa” do autor, mas por causa da coragem de expor o que mui-

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

tos gostariam de fazer e não o fazem, e de falar o que muitos gostariam de “gritar” e tam-bém não o fazem “com medo de despertar suscetibilidades”.

Este “Bilhete de Sorocaba” soa qual “Bilhete do Novo Testamento”, para encorajar os que lidam com a liturgia do culto a se preocuparem com o processo de edificação do povo de Deus, e glorificação do nome do Senhor em ba-ses puramente escriturísticas, compreendidas aqui como Bíblia mesmo.

Mais uma vez, parabéns ao pastor Júlio Oliveira Sanches.

Pr. Oniel Prado CorrêaBrasília, DF

3o jornal batista – domingo, 05/08/12reflexão

(Dedicado à leitora Marcela Cláudia Gomes Hollanda, de Brasília, DF)

No a r t i g o a n t e -rior (OJB, 01 jul 2012), escreve-mos que “no ca-

ráter do povo alemão encon-tramos o hábito do planeja-mento”. Faltou dizer que é costume germânico executar o que foi planejado, e exe-cutá-lo com pontualidade. Estávamos na plataforma e vimos dois jovens chegarem alguns segundos depois que se fecharam as portas do va-gão que partia às 12h19min de Berlim, voltando para Frankfurt; perderam a viagem de trem...

Por que a caravana dos pe-regrinos bachianos dirigiu-se ao leste da Alemanha? Cabe uma digressão histórica. Em 1945, a Alemanha nazista, derrotada, foi partilhada pe-los Estados Unidos da Améri-ca, Inglaterra, França e União Soviética, países vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1949, foi dividida: Alemanha Ociden-tal – capitalista, e Alemanha Oriental – comunista. No leste da Alemanha ficavam os mais importantes lugares onde Johann Sebastian Bach viveu: Leipzig e Dresden, Eisenach e Weimar.

Parece que a posição ge-ográfica não prejudicou o interesse dos alemães por esses lugares. O “status” mo-ral e espiritual de Lutero e Bach foi reconhecido ampla-mente. De 1949 a 1990, a música de Bach recebeu de-cidido apoio das autoridades e do povo na preservação do seu patrimônio cultural. Nesse pequeno país, com 15 milhões de habitantes, exis-tiam mais de 50 orquestras sinfônicas; Eisenach, cidade natal de Bach, recebia anu-almente dezenas de milhares de visitantes; Leipzig, onde Bach foi ministro de mú-sica, abrigou arquivo com todas as gravações da mú-sica de Bach. Na década de 50, Schmieder organizou o catálogo das obras de Bach; iniciou-se a publicação de uma nova edição da obra completa; multiplicaram-se nas igrejas e nas escolas os recitais, concertos, festivais e competições de executantes de Bach; publicou-se um bo-letim da “NFG”, associação

nacional para pesquisa e comemoração de Bach.

Uma luta ideológica, entre milhares de espiões e solda-dos, dilacerou a Alemanha, mas a música de um único homem novamente reuniu os alemães.

De longe, ouvimos o sino. Chegamos, 15 minutos antes, à “Thomaskirche” (igreja de São Tomé). Num sítio me-dieval foi consagrada há 800 anos, onde funcionava um mosteiro agostiniano. Nela, em 1539, Martinho Lutero implantou em Leipzig a Re-forma Protestante.

Desde 1950, os restos mor-tais de Bach estão deposita-dos no piso do santuário. A arquitetura do templo é de estilo neogótico; sua com-pleta restauração, que custou mais de 5 milhões de Euros, terminou em julho de 2000. Nos vitrais das janelas estão retratados Lutero e Bach. Não mais existem os órgãos da época de Bach. De 1967 a 1999 funcionou o órgão construído por Alexander Schuke. Na comemoração do 250º aniversário da morte de Bach, foi inaugurado um ór-gão (61 registros, quatro ma-nuais e pedaleira) construído por Gerald Woehl, organeiro de Marburg.

Desde 1254 canta o Coro de Meninos (“Thomaner-chor”); no tempo em que Bach foi ministro de música

(1723-1750), havia 54 me-ninos cantores; hoje, são quase 100, com o propósito de preservar as obras corais de Bach; anualmente, são executados o “Oratório de Natal” e uma “Paixão”, de S. Mateus ou S. João. A ga-leria dos “cantors” tem sido ocupada desde o século 16. Destacamos Günther Ramin, que trabalhou sob os regimes nazista e comunista (1940-1956); em 07 de setembro de 1955 apresentou esse coro infanto-juvenil na Primeira Igreja Batista do Rio de Ja-neiro, por iniciativa do pas-tor João Filson Soren (OJB, 06 out 1955). Uma audição inesquecível!

Exatamente às 09h30min de 20 de maio, começou o culto, o mais autenticamen-te litúrgico que assistimos. A igreja considera-se “um lugar de fé, espiritualidade e música”. O custo de manu-tenção da igreja (ela recebe, tal como a Igreja Católica, subvenção estatal) é de 180 mil Euros por ano. Por isso, além dos dízimos, ela espera receber ofertas dos visitantes. Nosso grupo (37 pessoas, sendo católicos, protestan-tes, evangélicos, um judeu e alguns ateus) comportou-se, como as centenas de turis-tas presentes, com o mais profundo respeito. Era seve-ramente proibido fotografar, filmar e gravar em áudio. Os

assistentes poderiam acom-panhar os trâmites litúrgicos por meio de fones de ou-vido. Para ler ou “baixar” os sermões, os interessados podem acessar o site (www.thomaskirche.org).

Depois do último toque do sino, levantou-se a congre-gação. O coro, o pregador e os liturgistas entraram em solene processional.

Como se fosse eco de um carrilhão, o prelúdio coral (BWV-615), “Indir ist Freu-de” (Em Ti há alegria) tocado pelo organista, expressou o júbilo pelo início do culto. Durante o regime ditatorial (1933-1945), os nazistas gos-tavam de executar música wagneriana (seria a favorita de Hitler) para proclamar que o III Reich seria eterno. Iro-nicamente, o coro executou “Dein ist das Reich” (Teu é o Reino), de Richard Wagner. No poslúdio, ouvimos a cé-lebre “Tocata”, em ré menor, BWV-538, chamada “dórica” para distingui-la da BWV-565. As solenidades litúrgicas terminaram às 11h00, depois de a congregação ter cantado vários hinos.

Entre os itens da Ordem de Culto, conforme impressa num folheto, que não contém qualquer matéria estranha ao culto, os mais significativos foram: as leituras bíblicas referentes à compreensão do amor de Cristo (Efésios 3.14-

21) e à missão do Espírito Santo (João 15.26 – 16.4), e o sermão a respeito do novo pacto de Deus com o Seu povo (Jeremias 31.31-34).

Os órgãos que ouvimos no leste da Alemanha de-ram-nos a certeza de que a cultura organística enri-queceu-se nos séculos 17 e 18, e o mesmo ideal que os organeiros e organistas procuraram expressar: SOLI DEO GLORIA. Também pu-demos sentir a influência de Lutero e de Bach, na versão alemã da Bíblia e na música de órgão para o culto; elas emolduram um ambiente verdadeiramente litúrgico; podem ser melhor ouvidas quando impera absoluto silêncio.

Admirador da cul tura alemã, Sérgio Buarque de Hollanda a nós recomen-daria: “É preciso alcançar a virtude admirável do silên-cio”, tendo agora a concor-dância do organista belga Jean Ferrard, “Le plus im-pressionannant dans l’orgue est son silence ...” (O mais impressionante no órgão é seu silêncio ...).

Em nossas igrejas, para que haja pontualidade no culto é indispensável o silêncio. Temos visto os organistas esperarem que diminua o tumulto. Num ambiente ba-rulhento, para que serve o órgão?

MÚSICARolando de nassau

4 o jornal batista – domingo, 05/08/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

O Generoso Prosperará

reflexão

Os defensores da responsabilida-de global estão sendo cada vez

mais ouvidos. Graças às des-graças evidentes que a explo-ração desenfreada do planeta vem causando, o consumis-mo egocêntrico está sendo condenado de forma mais eficiente. Se os ecologistas tivessem a oportunidade de estudar a Bíblia, poderiam aumentar a força dos seus argumentos com a palavra do rei Salomão: “O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá” (Provérbios 11.25).

Uma das ilustrações mais interessantes deste princípio bíblico encontra-se na lei que manda dar descanso à terra, após cada seis anos de uso do solo. No ano sabático da fa-

zenda, a terra devia ficar em repouso, experimentando um processo de auto-renovação. Como a agrotécnica contem-porânea vem demonstrando, agricultores que usam esta generosidade para com a terra, conseguem melhores safras nos anos seguintes.

O egocentrismo do con-sumismo atual tem sido tão descontrolado, que quase ninguém mais acredita na atitude altruísta. A dissemina-ção do movimento ecológi-co, entretanto, vem ensinan-do que “generosidade gera generosidade”. A forma mais perfeita desta postura ensina “fazei aos outros o que que-reis que os outros vos façam”. O resumo da lei, diz o Cristo, é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Gosto mui to de uma f rase que ouvi quando era jovem, ela expres-

sava a força da juventude aliada a maturidade dos mais velhos. Não resta dúvida que os jovens têm força e deve-mos investir neles, para que possamos ter pessoas de va-lor no futuro. O investimento deve ser em todas as áreas, do intelectual ao espiritual.

Quero pensar neste artigo no investimento espiritual na vida dos jovens. Como estamos na pós-modernidade

a temática desta tendência é relativizar tudo. É preciso muita paciência para com-partilhar a fé e desafiar os jovens a assumirem um com-promisso com Deus. O sábio Salomão escrevendo no livro de Eclesiastes no capítulo 12 verso 1: “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não te-nho prazer neles”.

O maior investimento na juventude é apontar o cami-nho que leva a Deus. A Pa-lavra de Deus apresenta este caminho, ele é Jesus Cristo. A vida terrena é curta, apren-demos que todos nós vamos

morrer, temos um tempo limitado de vida. E depois o que será?

Vai depender da escolha que foi feita em vida. Há dois caminhos, um é largo e com muitas facilidades, se o jovem enveredar por este ca-minho encontrará a morte no fim dele. O outro caminho é estreito e difícil, mas o final dele é vida e vida eterna.

Jovem, tome o caminho certo, o caminho é Jesus. Queremos investir em sua vida espiritual, procure uma igreja onde Cristo é hon-rado e a Bíblia é ensinada. Busque o melhor para a sua vida. Não se esqueça do seu Criador.

O verdadeiroGuia da Vida é opresente deste Dia dos Pais para quem te guiou por seus caminhos e por seus passos.

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estilos para qual for o gosto do seu pai.

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5o jornal batista – domingo, 05/08/12reflexão

“Estou desesperado para namorar!”Suportando as tentações

Wellington GuimarãesDiretor Executivo da Jumob (Juventude que Move Brasília)

Esta é especialmente para os solteiros, isto é, os não casados: “Gostaria de vê-los

livres de preocupações. O homem que não é casado [solteiro] preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor.

Mas o homem casado pre-ocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido.

Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam--se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agra-dar seu marido.

Estou dizendo isso para o próprio bem de vocês; não para lhes impor restrições, mas para que vocês possam viver de maneira correta, em plena consagração ao Senhor” (I Cor. 7.32-35, NVI).

O texto é bem claro quando diz que o solteiro(a) cuida das coisas de Deus e o casado de agradar a Deus e a seu cônju-ge, estando portanto dividido. O grande problema é que muitas pessoas não estão sa-bendo aproveitar o momento de estar solteiro, de dedicar-se exclusivamente em agradar a Deus, ter novas experiências com Ele, ter prazer nEle, cres-cer espiritualmente, e acabam vivendo tristes por ainda não estar namorando ou casadas. Ser solteiro é um momento único e abençoado por Deus, aproveite este momento para viver algo sobrenatural, pois este tempo está contado.

O dia dos namorados é um

dia em que muitos sonham em estar com a pessoa amada. E os motivos? São diversos. E tenho percebido muitas pessoas desesperadas para ar-rumar um(a) companheiro(a). Parece que esta questão de ver todos ao seu redor co-memorando algo e você fi-cando de fora é tão ruim, né? Isso acontece em diversos momentos. No Natal, por exemplo, percebemos aque-les que nunca estão ao lado da família, que passam todo o ano indiferentes a estes, mas quando vê todos a sua volta reunindo-se em família, este se sente excluído e tem que estar ao lado da família tam-bém, e não é somente nestas ocasiões comemorativas, em modo geral quando todos os amigos estão passeando, se divertindo e você impossibi-litado para tal (seja por qual for o motivo), isto dá uma sensação tão ruim!

É que em geral o ser huma-no não gosta de ser o exclu-ído, o diferente. Entretanto esquecemos que tudo tem seu tempo determinado, existe um momento ideal, o qual Deus é quem o dirá, afinal Ele é o idealizador do ser huma-no. E, nessa ânsia de antecipar etapas desperdiçamos muitos momentos em nossas vidas e até podemos sofrer antecipa-damente. Pois há o tempo em nossas vidas de sermos soltei-ros, e se ficamos entediados por não estar com alguém vamos sofrer sem necessida-de. Já há muitos sofrimentos na vida, para quê acrescentar mais um? E vou além, tudo Deus fez com um propósito, e se Ele nos permite namorar deve existir as motivações certas e a maneira correta.

Afinal de contas, namorar para quê?

Primeiramente, o namoro é uma fase intermediária e que foi feita para acabar, ou aca-ba por se decidir em casar-se ou pelo término do relacio-namento, ou seja, ele não é para sempre. O Namoro é uma fase de conhecimento mútuo e amadurecimento para decidir se esta é ou não a pessoa que você passará o resto de sua vida ao lado dela. E por que não dizer que também é uma fase de cresci-mento espiritual? Já ouvi isso antes e concordo plenamente com quem diz que “um ca-samento abençoado começa com um namoro Santo”!

A Bíblia diz “É bom que o homem não esteja só...”, por-tanto é natural este desejo de estar com alguém, com um(a) companheiro(a), entretanto há o momento certo e as motivações corretas para tal.

MOtivaçõeS erradaS:1º “estou carente e quero alguém para estar ao meu lado”

O meu relacionamento não foi feito para satisfazer a minha carência afetiva, mas para glorificar a Deus e ao seu reino. E além do mais, a carnalidade é um poço sem fundo, isto é, a carne é insaci-ável e sempre vai querer mais. Não se engane, a intimidade não retrocede, a tendência é só aumentar. Além do mais isto é uma atitude egoísta. E o egoísmo é um dos grandes ini-migos de um relacionamento saudável, inclusive do amor.

2º “todos os meus amigos estão namorando e eu sou o único que está sozinho”Volto a dizer que é ruim

ser o diferente, mas um dos grandes erros que podemos cometer é basear as nossas vidas pelos outros. Deus tem um propósito para cada um, cada vida, e muitas vezes quando passamos mais tempo sozinhos, estes podem ser momentos de amadurecimen-to onde Deus estará tratando nossas vidas. Não projete a vida do outro na sua vida, o tempo de acontecer algo na vida dele não necessariamen-te é o mesmo para a sua.

Digo que o deserto é um momento de lapidação de nosso ser, onde Deus nos pre-para para bençãos maiores.

3 º ”O tempo está passando, já estou ficando

velho(a), e não quero ‘ficar para titio(a)’”

O tempo de Deus é per-feito, ou você decide crer ou se desespera. Eu gosto da seguinte frase: “Só desespera quem não espera”. Neste

caso o esperar é em Deus, confiar nEle.

4º “ah, enquanto não aparece a pessoa de

deus vou estar com essa outra... pois é muito

difícil ficar sozinho(a)”Isto é lascívia, obra da car-

ne. Lembre-se que a carne é inimiga do Espírito. O namoro não pode ser um fim em si mesmo. Se assim estiver, você apenas estará alimentando cada vez mais seus desejos carnais, e namorar para sa-tisfazê-los, isto é, sem o pro-pósito de agradar a Deus, vai terminar mais cedo ou mais tarde em pecado. Pois a carne além de insaciável é inimiga do Espírito, além do mais vai ser perca de tempo.

5º “ele(a) é tão bonito(a)”A beleza acaba. Mas aí você

me diz: “Mas a ‘feiura’ au-menta!” (rsrs). Assim é o jo-vem! O exterior passa, mas o caráter é o que fica, antes de olhar a beleza, que também é relevante, olhe como esta pessoa adora, como é sua vida com Deus, seus sonhos, projetos, educação (como trata os pais) e o que ela fala, pois a boca fala do que está cheio o coração.

Não foi só com uma ou ou-tra pessoa que conversei e es-tão feridas na alma por se re-lacionarem com alguém fora dos padrões de Deus. Muitas pessoas não confiam mais em ninguém por terem sido traídas, outras ficaram trauma-tizadas por abusos sofridos ou chantagens emocionais. Ou-tro fato, em geral, é que uma pessoa que já possuiu muitos parceiros tem uma dificuldade maior de se relacionar com apenas uma pessoa no futuro. Cada indivíduo que a pessoa se relaciona deixa marcas na sua vida, e quanto maior for a intimidade que possa ter tido entre o casal, maiores serão as marcas deixados na vida de ambos. Não se engane, o pecado deixa marcas, feridas, e só Deus pode sará-las.

Para que começar algo que você já sabe que o fim será triste?

O namoro um dia acaba. Então quer terminar algo cer-to? Comece do jeito certo, à maneira de Deus.

Você quer ter um relacio-namento que seja benção de Deus, edificante, baseado no amor, onde os pensamentos são puros, amáveis, de boa fama e virtuosos? (Fil. 4.8) Pois eu digo que quando o ser humano está fazendo a von-tade do Criador, ele é como uma peça que se encaixa, ele é feliz, pois está sendo usado

para aquilo que foi feito, esta pessoa finalmente se encontra na vida, no lugar certo, sente--se útil.

Quer ter um namoro corre-to? “Deleita-te no SENHOR e Ele concederá os desejos do seu coração” (Sal. 37.4). Delei-tar é ter prazer, ou seja, tenha prazer em Deus e Ele dará o que o seu coração deseja.

Confie em Deus, os planos dEle são insondáveis, vão muito além de nossos pensa-mentos, enquanto nós esta-mos com uma visão micros-cópica e limitada ao tempo. Vale a pena esperar em Deus, afinal de contas, os nossos planos não são melhores do que os de Deus.

O ser humano foi feito para glorificar a Deus, e nisto in-clui o namoro, e este tem que glorificar a Deus. O namoro pode ser uma benção e a Bí-blia diz que a benção de Deus “enriquece e não acrescenta dores”, ou seja, se este rela-cionamento está o afastando de Deus, ele não está sendo benção na sua vida. Existem muitos testemunhos de rela-cionamentos edificantes onde o casal junto busca mais a Deus do que quando estes es-tavam solteiros. Então só deci-da namorar se for acrescentar algo em sua vida, te abençoar e abençoar outra pessoa.

Enquanto não chega o mo-mento certo responda as se-guintes perguntas:

• O que uma pessoa que serve a Deus espera da pessoa que estará ao seu lado por toda a vida?

• O que há na minha vida que me diferencia dos outros?

Comece a pensar nisso, pre-pare-se e seja você resposta de oração. Ore, estude, trabalhe e viva intensamente na presença de Deus, como diz o texto sagrado, “cuide das coisas de Deus, em como agradar ao Senhor”. Comece também a treinar no seu cotidiano, que tal a sua casa? Na relação com os pais e os irmãos, tratando-os com amor e carinho.

Aprenda a compartilhar, não seja egoísta. Muito se diz por aí, e é verdade, “bom fi-lho, bom marido”. Simples si-tuações de casa já ajudam-nos a ser lapidados para evitar discussões futuras. Cuide tam-bém da saúde e da aparên-cia, afinal sempre podemos melhorar. E por fim, esteja disposto a obedecer a Deus, ainda que doa momentanea-mente, obedecer é sempre o melhor a se fazer.

E quando namorar não se esqueça: Um relacionamento saudável com o cônjuge é reflexo de um relacionamento fiel e sincero para com Deus.

6 o jornal batista – domingo, 05/08/12 notícias do brasil batista

Hidaiana Rosa

No dia 14 de julho, a Igreja Batista de Artur Noguei-ra, em parceria

com o projeto Igreja Sobre Rodas, realizou a Ação Ci-dadã. O evento ocorreu na própria igreja e contou com diversas atividades gratuitas, tais como cor-te de cabelo, limpeza de pele, cursos de artesanato e pintura, brincadeiras e apresentações de espetácu-los teatrais. As pessoas que prestigiaram a Ação Cidadã também receberam algodão doce.

Para o pastor Cleverson do Valle, o projeto é uma maneira de demonstrar soli-dariedade aos moradores de Artur Nogueira. “Queremos mostrar para os nogueiren-ses que a Igreja Batista tem o desejo de estar onde eles estão, mostrando amor, soli-

Jackson FormosoResponsável pelo Programa Águas Limpas

Es t a m o s a c o m p a -nhando já há muito tempo, a evolução do crescimento de

usuários de drogas, lícitas e ilícitas na sociedade como um todo, e ficamos estar-recidos com cada relatório que recebemos mostrando números, que normalmente são minimizados por inte-resses governamentais e fa-tos que impressionam. Seg-mentos como: estudantes, aeronautas, rodoviários, profissionais de platafor-mas, embarcados e tantos outros, que até podemos afirmar que já não existe grupo que não foi conta-minado ainda. O que nos assusta é que quando ana-lisamos a família prisional, vemos que tem um percen-tual muito forte de cristãos e até filhos de pastores, que infelizmente, também se enfileiram a este trágico quadro.

Um dos grandes proble-mas é que a sociedade não sabe nada sobre essa des-graça. Nossos médicos não são preparados nas faculda-des para esse lado, claro, a sua preocupação está em combater doenças naturais e não adquiridas de forma insana. Também os profes-sores, pais, responsáveis, as

dariedade e levando o amor de Jesus Cristo através de cada atividade”, explicou o pastor.

igreja Sobre rodasO projeto Igreja Sobre

Rodas existe há 12 anos e todos os profissionais que atuam nas atividades são voluntários. Através de um ônibus, a equipe do projeto viaja por várias cidades ofe-

igrejas, ou seja, a sociedade como um todo, desconhece essa arma que o inimigo vem usando para ceifar nos-sas famílias, dia após dia.

Estamos sob epidemia e é assim que vemos o qua-dro do Brasil hoje, mos-trado diariamente pelos nossos noticiários. E essa realidade nos levou, após longo tempo de pesquisas, a saber que não existe co-nhecimento a respeito da única solução para esse problema... PREVENÇÃO. Investir naqueles que não usaram drogas, enquanto dá tempo!

Hoje oferecemos um pro-grama efetivo, supervisio-nado pelo pastor Lusitano Couto da PIB do Rocha (São Gonçalo, RJ) e por um conselho de múltiplos profissionais, de várias de-nominações que vão até as igrejas, escolas, univer-sidades e empresas. “PRO-GRAMA ÁGUAS LIMPAS” é o seu nome, com a fina-lidade de investir em infor-mações sobre saúde, que é a metodologia da nossa estratégia, lembrando que lidamos com quem nunca usou, somadas com inser-ções subliminares contra as drogas, fazendo uso de dois fatores, desmascarar e quebrar o mito (desmis-tificar).

Junto com este trabalho existe um DVD chamado

recendo serviços gratuitos e levando o amor de Cristo através dos gestos. “A ideia nasceu diante da própria dificuldade que eu via nas nossas igrejas. Falava muito de amor, mas na prática eu via pouca coisa. Então nas-ceu dentro dessa necessi-dade, querendo levar amor para as pessoas”, finaliza o criador do projeto, José Onécio Teixeira.

“A Vacina”, filmado com profissionais de várias áre-as médicas e afins, que dá o início a essa luta. E com

certeza, sob a inspiração do Espírito Santo de Deus e apoio da sociedade, prin-c ipalmente das igre jas ,

seremos todos vencedores nesta batalha cruel.

O mal só evolui quando o bem se cala!

Projeto Ação Cidadã ofereceu serviços gratuitos aos nogueirenses

Acorda igreja!

7o jornal batista – domingo, 05/08/12missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

Deus tem desper-tado os batistas brasileiros para uma consciência

missionária cada vez mais firme. E uma das grandes ferramentas utilizadas para isso foi a MEGATRANS, que no último mês levou milha-res de igrejas às ruas com a finalidade de proclamar que só Cristo é capaz de transfor-mar vidas. O engajamento de membros que decidiram deixar as quatro paredes dos templos para compartilhar o evangelho ao próximo foi emocionante e marcou para sempre as pessoas que foram alcançadas.

Para a surpresa de muitos, as portas estavam escancara-das para a evangelização. Era comum ver cenas de pessoas que iam ao encontro dos voluntários para conhecer a Palavra. A curiosidade mis-turava-se à avidez e revelava uma grande sede de Deus. O resultado não poderia ser outro: transformação. A escu-ridão dava lugar à luz.

Na cidade de Ipeúna (SP), a ação voluntária trouxe vida ao coração árido de Ademar. Homem temido por todos, era conhecido em seu bairro por ter degolado o próprio pai. Lendas urbanas à parte, o fato é que Ademar, mes-mo com o aspecto rude, ao observar a ação dos ama-relinhos, interessou-se em saber o que eles estavam fa-zendo na cidade. Diante da oportunidade, os voluntários apresentaram-lhe o plano de salvação. As Palavras de Cristo penetraram em seu coração e ele, como quem há anos aguardava pelas Boas Novas, entregou sua vida a Cristo após o apelo. No dia seguinte, durante o discipulado, ele confessou: “Agora tenho luz em minha casa”. A expressão sisuda foi transformada em sereni-dade. Aquele novo homem, que antes sequer arriscava um sorrido, agora entoava canções do tipo “o céu é um lugar maravilhoso”. “Damos graças a Deus porque a luz de Jesus entrou naquela casa e agora o Senhor Ademar afirma que vai para o céu. Aquele que estava perdido foi achado, estava morto e reviveu”, afirmou o pas-tor Sandro Pereira, líder da Trans na região e missioná-rio da JMN.

“ela voltou a sorrir”A MEGATRANS mais uma

vez mostrou que as crian-ças também precisam ser alcançadas para Cristo. Vo-luntários de Nova Venécia (ES), durante visita a uma das escolas do município, constataram a triste reali-dade da violência infantil. Uma das alunas, ao término das palestras sobre drogas e pedofilia, procurou a volun-tária Elisabeth Marques para confessar que desde os sete anos de idade era abusada sexualmente pelo próprio tio. Hoje, passados quatro anos, sentiu-se confiante para contar sua história.

Com a ajuda de Elisabeth, os pais da menina foram noti-ficados e a família está sendo assistida pela igreja batista local. “Ela voltou a sorrir. Passou dois dias inteiros co-nosco, pôde acompanhar a MEGATRANS numa visita ao asilo, almoçou e disse que a

Trans a ajudou a desabafar”, disse a voluntária, feliz em ter sido usada durante o pro-jeto. Ainda em agosto, ela retornará ao campo missio-nário para novamente apoiar as igrejas que conheceu por intermédio da Trans.

alcance Surdos na transNesse ano, o projeto Al-

cance Surdos integrou a ME-GATRANS, permitindo o

alcance de vidas através de duas bases operacionais, em Recife (PE) e Goiânia (GO). Além do resgate de surdos para Cristo, essa integração facilitou a participação de representantes desse grupo como voluntários da Trans.

Bruno foi um dos surdos que conheceram a Cristo no projeto de Recife. O fato de não ouvir o torna excluído da sociedade e o craque, vício que adquiriu há cerca de 9 anos, fez dele ainda mais desprezado. Graças a Deus, ele foi resgatado, sen-do encaminhado à Cristolân-dia da cidade para receber acompanhamento. Estará ajudando nesse processo um seminarista surdo, também voluntário da Trans. “É a pri-meira Cristolândia atendendo os surdos”, regozijou-se a missionária Marilia Moraes Manhães, que coordena o Ministério com Surdos de Missões Nacionais.

“Minha trans vai continuar”

MEGATRANS encontra portas abertas para a evangelização

Bruno entre voluntários do Alcance Surdos

Damiana (à dir.) teve sua vida cristã renovada em missões

A MEGATRANS foi um grande incentivo aos que nunca haviam deixado as quatro paredes da igreja para proclamar o amor de Jesus. Damiana Daiane, da cidade de Açu (RN), lem-brou que a Trans fez com que ela rompesse barreiras pessoais para servir a Deus em sua própria comunida-de. “Quando saímos para as visitas, as abordagens, os estudos e todas as ativi-dades percebi o quanto o meu povo precisa de Jesus. Fui impactada por esta re-alidade que estava diante do meu nariz e eu não via porque estava fechada em mim”, comentou. Sua irmã em Cristo Raimunda Silva também sentiu o despertar de uma visão missionária e a convocação de Deus, convidando-a a, como ela mesma diz, “botar o pé na estrada e anunciar a men-sagem de salvação a este povo”. Os resultados de sua entrega já estão sendo colhidos: duas vidas que estão sendo discipuladas. “Não tenho como dizer a alegria de ver um peca-dor se arrepender dos seus pecados e receber Jesus como seu único e suficien-te salvador. Esses dias tem sido um aprendizado para mim e um grande presente que Deus me deu. Minha Trans vai continuar”.

Sim, as Trans realmente vão continuar. Igrejas ain-da estão realizando suas Trans Locais, util izando para isso voluntários de suas próprias membresias. Talvez esse seja o momen-to de você se engajar nessa proposta, dando a si mes-mo e aos seus a chance de serem renovados pelo Senhor de Missões. Acesse www.sejaluz.com e saiba como realizar uma Trans Local.

8 o jornal batista – domingo, 05/08/12 notícias do brasil batista

Lidiane FerreiraJornal O Batista BaianoConvenção Batista Baiana

Feira de Santana, po-pularmente conheci-da como a Princesa do Sertão, recebeu o

maior encontro de batistas da Bahia. Durante a 89ª Assem-bleia Anual da Convenção Batista Baiana, realizada na Igreja Batista Central desta ci-dade entre os dias 26 e 30 de junho, os participantes foram motivados a refletir sobre in-tegridade, missões, além de iniciar as comemorações dos 130 anos da denominação no estado.

A Assembleia contou com um total de 553 inscritos, mas esse número chegou a cerca de duas mil pessoas durante os cultos à noite, que são abertos ao público e tiveram louvor, comunhão e mensagens inspirativas. Den-tre essas, a palavra do orador oficial, Dc. Aurélio Farias de Macedo, da Igreja Batista Teosópolis, em Itabuna. Ele falou sobre o desafio de ser parecido com Cristo, reme-tendo ao tema do ano da Convenção Batista Brasileira: “Ser como Cristo praticando a Bíblia”.

Diversas autoridades deno-minacionais e políticas par-ticiparam do culto de aber-tura (26). O Pr. Raimundo Goodgloves, Secretário Geral da Convenção Batista Baiana, convocou a Diretoria (2010-2012) para compor a mesa: Presidente: Pr. Dilmã Santos de Cerqueira, 1º Vice-Presi-dente: Pr. Genilson Araújo Souto, 2º Vice-Presidente: Pr. Arnaldo Ferreira dos Santos, 1ª Secretária: Profa. Dinah Louzada dos Santos, 2º Se-cretário: Pr. Joás Barboza Du-tra e 3º Secretário: Pr. Clau-dinei da Silva Brito. A mesa foi composta ainda pelo Dr. Tarcísio Pimenta, Prefeito de

Feira de Santana, Antonio Francisco Neto, Presidente da Câmara Municipal, Pr. Levi Paula Freitas, Presidente da Associação Batista Feiren-se, Pr. Jadson Magalhães Li-meira, pastor da Igreja Batista Central, Pr. Ivaldo da Silva Carneiro e Pr. Samuel de Oliveira Santos, Presidentes Eméritos da CBBA e a irmã Damaris Rodrigues, 4ª Se-cretária da Convenção Batista Brasileira.

A Associação Batista Fei-rense foi a anfitriã do evento, realizado no segundo maior município do estado pela sé-tima vez. “Feira de Santana já é um marco do povo batista da Bahia”, disse o Pr. Levi Paula durante as boas-vindas aos convencionais.

INTEGRIDADE – A 89ª Assembleia da CBBA inovou sua programação durante as manhãs. Neste ano, houve devocionais e momentos de louvor com a participação de igrejas filiadas à Associação Batista Feirense. Para falar sobre integridade, ênfase da CBB, foi convidado o Pr. Tarsis Wallace, da IB Betel, em Maceió (AL). “O tema me sensibilizou, porque exige uma urgência não só dos cris-tãos, mas também do mundo em geral. Há uma preocupa-ção muito grande com o que é incorreto, com a corrupção e refletir sobre esse tema ativa em nós o desejo de viver um compromisso mais próximo daquele proposto de Jesus Cristo, procurando cor-responder como discípulos dele”, comentou ele.

O tema foi também ex-plorado com as mensagens do Pr. Paschoal Piragine Jr., Presidente da Convenção Ba-tista Brasileira. “É uma alegria estar com os batistas baianos numa época tão especial, no início das comemorações dos 130 anos dos batistas da Bahia”, saudou os presentes.

Baseado no livro de Jonas, ele destacou três desafios para viver com integridade: 1. Viver a integridade da vo-cação; 2. Viver a integridade na oração e 3. Compreender a integridade da pregação.

MÚSICA – “Os pioneiros lançaram / Semente em santo labor / Na terra fértil, mater do Brasil, germinou. / E a colheita bendita alcançou”. Esses versos integram o Hino oficial dos 130 anos dos ba-tistas na Bahia, composto pelo Pr. Pedro Moura e apre-sentado durante a 89ª As-sembleia da CBBA. As come-morações irão se concentrar no mês de outubro de 2012. Haverá uma sessão especial na Câmara de Vereadores da Cidade de Salvador no dia 1º de outubro, sessão solene na Assembleia Legislativa da Bahia no dia 16 e ainda um Culto de Celebração no dia 20, na Igreja Batista Sião, em Salvador, com a presença do Pr. Sócrates Oliveira de Sou-za, Diretor Executivo da CBB.

Além do hino dos 130 anos, várias apresentações musicais marcaram o con-clave batista baiano, durante as manhãs, às tardes – em intervalos das sessões ple-nárias – e também às noites. No período da assembleia, foi realizado o 17º Congresso de Artes e Adoração da As-sociação dos Músicos Batis-tas da Bahia (AMUBAB), no Seminário Teológico Batista do Nordeste, com diversas oficinas. Inclusive, um dos preletores do congresso, Will Lopes, apresentou aos con-vencionais um ato musical – misto de dramatização e música – sobre a história de Moisés. Houve apresentação do coral de crianças da IB Salamina, em Simões Filho, do Ministério Hope, da PIB de Feira de Santana, o coral da AMUBAB, dentre outros.

CAMINHO – A Noite Mis-

sionária é um dos momentos mais aguardados e lembrados nas assembleias. O Pr. João Félix, Coordenador de Mis-sões da Convenção Batista Baiana, apresentou o tema da campanha deste ano: “Vem, Jesus é o caminho”, com divi-sa em João 14.6 e alvo de R$ 1 milhão. Na oportunidade, o Pr. Adelson Augusto Bran-dão Santa Cruz, membro da Coordenadoria de Expansão da CBBA e líder da PIB em Itapetinga e o Pr. Raimundo Goodgloves, Secretário Geral da CBBA, apresentou os no-vos missionários do campo baiano: Pr. Gersé, Eliana e suas filhas Elizama e Jéssica Jordão (Serra do Ramalho); Pr. Josenildo e Vera Lúcia Andrade (Venceslau Guima-rães) e Pr. Wagner, Damares e seus filhos Esther e João Borges (Teolândia). Além de orar por eles, os presentes clamaram pelas cidades ain-da não alcançadas.

Pelo sexto ano consecuti-vo, houve o Congresso Infan-til de Missões, liderado pelo Grupo CIELO, da PIB em Gandu. No estilo sertanejo, as crianças apareceram no culto missionário com cha-péus e muita disposição para louvar e adorar ao Senhor com pureza e sinceridade de coração.

DESAFIO – O Pr. Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Executivo da CBB, deu uma palavra aos presentes durante a noite missionária, divulgan-do o Congresso para Esposas de Pastores, de 24 a 26 de agosto, em Natal (RN), a Lite-ratura Batista promovida pela Editora Convicção e o acesso a O Jornal Batista, pelo e--mail [email protected]. “Integridade no sentido de Missões” foi o tema expos-to por outro representante da CBB naquela noite, o Pr. Pas-choal Piragine Jr, cuja base foi o texto de Lucas 4.1-15.

A mensagem falava sobre a tentação de Jesus e o Pr. Pi-ragine fez a indagação “Por que ainda não terminamos a missão que o Senhor nos deixou para cumprir?”, em seguida, foram enumerados três motivos: 1. Queremos transformar pedra em pão, ou seja, deixar a Palavra de Deus em segundo plano; 2. Não queremos seguir o cami-nho, mas buscamos atalhos e 3. A falsa santidade. Ele exortou que cada um deve dar o que tem de melhor para o Senhor.

Os convencionais foram desafiados por essa mensa-gem e também pelo apelo do Pr. Geremias Bento, Diretor Geral do Seminário Teológi-co Batista do Nordeste, que conclamou os pastores ao púlpito e os impulsionou a ofertarem pela obra missio-nária. “Queria parabenizar os batistas baianos porque esta Noite Missionária foi algo muito precioso. Toda essa mobilização missioná-ria, pastores, todo o povo de Deus levantando essa oferta missionária, sonhando e tra-balhando para alcançar as cidades que faltam implantar igrejas. Acho que não tem melhor presente de aniversá-rio de 130 anos do que ver o povo de Deus plantando 50 novas igrejas para louvar a Deus. Que Deus seja louva-do e o povo seja abençoado”, declarou o Pr. Piragine.

HOMENAGENS – Em 2012, a Convenção Batista Baiana prestou homenagens especiais a homens e mu-lheres que se destacaram na obra do Senhor no campo baiano. Uma dessas pessoas foi a saudosa missionária Gildenice Araújo Matos, que faleceu no dia 6 de junho de 2011. Ela foi admitida como missionária da CBBA no dia 10 de janeiro de 1986 e atuou nos municípios de

Convencionais elegem nova diretoria e iniciam celebração dos 130 anos de batistas na Bahia

Nova diretoria - da esquerda p direita - Pr. Cesar Brito, Pr. Edson Silveira, Pr. Edvar Gimenes, Pr. Genilson Souto e Margareth Gramacho Nova diretoria da CBBA e nova diretoria dos órgãos da CBBA

9o jornal batista – domingo, 05/08/12notícias do brasil batista

Irará, Canarana e Curaçá, no interior da Bahia. De saudosa memória também é o Pr. Her-cílio Arandas, falecido no dia 1º de janeiro de 2012, com 99 anos, e escolhido como Presidente Emérito in memo-riam da CBBA – ele presidiu a Convenção em 1953.

Foi prestada homenagem em vida à missionária Ana Áurea Carvalho de Almeida – viúva do primeiro missionário da CBBA, Pr. Gabriel Ferreira de Almeida – que atua na Creche Pr. Gabriel, em Esplanada pela CBBA e ao Pr. Isaías Gomes Couto – 93 anos de idade e 53 anos de ministério – da IB de São Bento de Inhatá, em Amélia Rodrigues. Ambos receberam uma placa na oca-sião. Além disso, receberam a honra de Presidente Emérito da CBBA o Pr. José Sales da Costa – 93 anos de idade e 68 anos de ministério – membro da IB Sião, em Salvador, e o Pr. Epaminondas Souza Bastos – 70 anos de idade e 39 anos de ministério – da PIB de São Caetano, em Salvador – este representado por seus filhos, Pr. Marcelo Bastos e Marcílio Bastos.

A Associação dos Músicos Batista da Bahia homenageou com a entrega do prêmio Ste-la Câmara Dubois ao Pr. Ival-do da Silva Carneiro como pastor amigo da música, à Irmã Gedália Dória como ministra de música e à Profª Ester Nery Souza de Oliveira, como professora de música. O Pr. Ágabo Borges de Sou-za, da IB da Avenida, em Feira de Santana, agradeceu a Deus pela vida e ministério desses irmãos.

DIRETORIA – Durante sua 89ª Assembleia, houve o in-gresso de 18 novas igrejas ao rol de filiadas da Convenção Batista Baiana: IB Boas Novas em Itabuna, IB Boanerges em Candeias, PIB em Catingal, IB Ebenezer em Eunápolis, IB Emanuel em Alagoinhas, IB Getsemani em Una, IB Getsemani em Teixeira de

Freitas, IB Missionária em Alecrim Miudo, PIB em João Dourado, IB Manápolis em Teixeira de Freitas, IB Missio-nária em Colônia de Una, PIB em Trancoso, IB Filadélfia em Itarantim, IB Familiar Pedra Viva em Feira de Santana, 4ª IB Missionária de Brumado, IB Nova Canaã em Sapeaçu, IB Memorial de Juazeiro e IB Sinai em Ubatã. Agora, são 592 igrejas filiadas à CBBA.

Os mensageiros inscritos elegeram a nova diretoria da CBBA para o biênio 2012-2014. Também houve a reno-

Convencionais elegem nova diretoria e iniciam celebração dos 130 anos de batistas na Bahia

PRÓXIMA ASSEMBLEIA90ª assembleia anual da Convenção Batista Baiana

data: 25 a 29 de junho de 2013Local: Juazeiro-Ba

Orador: Pr. Jess Carlos Monteiro Costa – PiB de Jequié Orador Substituto: Pr. Clovis Ferreira Santana – iB Pampalona

DIRETORIA DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA CBBA 2012-2014

AECBBAPresidente: Ivone Souza de Santana

Vice-Presidente: Emília Cristina Bonfim da Silveira1º Secretária: Rute Batista Alves dos Santos

2º Secretária: Maria Aparecida C. dos Santos1º Tesoureira: Lucidete de Souza Santos

2ª Tesoureira: Núbia Costa Santos

AMUBABPresidente: Odílio Vieira de Oliveira

Vice-Presidente: Cláudio Cerqueira Mendes Santos1ª Secretária: Rosa Eugênia Vilas Boas M. de Santana

2ª Secretária: Neide dos Santos Barbosa1º Tesoureiro: Antônio Ferreira

2º Tesoureira: Maria Augusta Gonçalves

ORDEM DOS PASTORESPresidente: Pr. Arno Hubner

1º Vice-Presidente: Pr. Edson Gama de Oliveira2º Vice-Presidente: Pr. Jerisvaldo de Araújo Silva

1º Secretário: Pr. Nelson Martins dos Santos2º Secretário: Pr. Riedson Alves de Oliveira Filho

UFMBBAPresidente: Profª Célia Caribé de Araújo

1ª Vice-Presidente: Profª Antônia Ferreira Lima de Oliveira 2ª Vice-Presidente: Profª Maria José Fernandes de Melo Santos

1ª Secretária: Profª Dalva Sueli Alves Gomes Lopes 2ª Secretária: Profª Mirian Teixeira Cardoso Mascarenhas

UMHBBAPresidente: Ir. Florisvaldo Souza Campos

1º Vice-Presidente: Ir. Bartolomeu Bispo de Oliveira 2º Vice-Presidente: Ir. Davi Santos

1º Secretário: Ir. Maurício Santos Dias2º Secretário: Ir. Rogério Oliveira

DIRETORIA DA CONVENÇÃO BATISTA BAIANA 2012-2014Presidente: Pr. Edvar Gimenes de Oliveira

1º Vice-Presidente: Pr. Genilson Araújo Souto2º Vice-Presidente: Pr. Edson Carmo da Silveira

3º Vice-Presidente: Pr. Carlos César Januário1ª Secretária: Margareth Gerbase Gramacho Fadigas

2º Secretário: Pr. César Santos de Brito3ª Secretário: Pr. Claudinei da Silva Brito

RENOVAÇÃO DO TERÇO DO CONSELHO DE COORDENAÇÃO

Por 3 anos: Pr. Edvar Gimenes de Oliveira – Salvador; Pr. Abraão Barbosa da Silva – Grapiunense; Pr. Eclésio Pereira da Silva – Salvador; Pr. Gildenor do Nascimento Araújo – Nordestina; Pr. Gabriel Moraes Sampaio - Vale Paraguaçu; Pr. Petrônio Almeida Borges Júnior - Região Metropolitana.

Por 2 anos: Pr. José Pereira de Oliveira; Prof. Aurélio Farias de Macedo; Pr. Jair Alves dos Santos; Irmã Celina Alves Feitosa; Pr. Jorge de Oliveira Bezerra; Pr. Carlos César Januário.

Por 1 ano: Pr. Agostinho Barbosa dos Santos; Pr. Eli-mateus Oliveira de Jesus, Pr. Luiz Carlos Silva Ramos, Pr. Jess Carlos Monteiro Costa, Pr. Nelson Martins dos Santos, Pr. Paulo Lino da Silva.

Suplentes: Pr. Ivan Jorge Luna Santos – Salvador, Sem. Edson Régis Maciel – Salvador, Pr. Israel Marques San-tana – Feirense, Pr. Erivaldo Caldas de Sena – Nazarena, Pr. Percival Alves Souza - Extremo Norte, Pr. Samuel do Nascimento Souza – Feirense.

vação do Terço do Conselho de Coordenação da CBBA e eleição das novas diretorias da Associação dos Educadores Batistas da Bahia (AECBBA), As-sociação dos Músicos Batistas da Bahia (AMUBAB), Ordem dos Pastores Batistas do Bra-sil – Seção Bahia (OPBB-BA), União Feminina Missionária Batista da Bahia (UFMBBA) e União Missionária de Homens Batistas da Bahia (UMHBBA) (veja no box). Esses órgãos realizaram suas respectivas assembleias durante o conclave batista baiano.

Pr. João Felix - coordenador de missões da CBBA

Igreja Batista Central repleta durante a Assembleia

Novos missionários da CBBA

10 o jornal batista – domingo, 05/08/12 notícias do brasil batista

Jane Célia Rodrigues

Pastor Jonatas Soa-res, este ano ele está completando 31 anos de ministério a frente

da Igreja Batista em Fonte Carioca e 71 de idade.

Tudo começou em 28 de junho de 1941, na linda ci-dade de Macaé, no lar de Manoel Soares e Bigain Soa-res, nasceu um menino que recebeu o nome de Jonatas Soares. Com o cuidado de seus pais e sobre tudo de Deus, o menino cresceu re-cebendo de sua mãe o ensino da Palavra de Deus.

Era um pouco peralta como toda criança. Ficou órfão de pai quando ainda criança, mas com a ajuda de Deus e sua mãe abnegada, nada lhe faltou e também a seus irmãos. A família mudou-se para o Rio de Janeiro e logo depois para Duque de Ca-xias. Com 11 anos de idade foi trabalhar para ajudar a fa-mília e sentia que a boa mão de Deus o protegia.

Aos 12 anos se converteu ao Senhor Jesus e foi batiza-do pelo pastor Benevenuto Fernandes. Dedicou-se ao estudo da Palavra de Deus, que o fez crescer espiritual-mente. Chegou a juventude! Começou a sonhar! Deus o queria para algo especial, mas às vezes não entendia. Os anos foram passando e sentia que precisava estudar mais, e assim o fez.

Sempre disponível para Deus foi honrado com vá-rios cargos na Igreja, na PIB de Duque de Caxias, onde era membro e também na Associação Batista Caxiense. Deus também o convoca para uma sublime missão: ser diácono. E o jovem pensava: “Eu tão jovem, solteiro, ser diácono?” Resolveu aceitar o desafio e Deus o honrou ao executar o ministério diaco-nal com toda fidelidade.

Mas o jovem continuava sonhando! Construir o seu lar. Pediu a Deus que lhe desse uma esposa para com ele partilhar a vida e Ele ouviu a sua oração dando-lhe a jovem Gidalthe. Namoraram, noiva-ram e no dia 10 de julho de 1971 se casaram. Uma união feita por Deus e para Deus.

Mas o jovem continua so-nhando, sentia que estava faltando algo na sua vida, não estava completa. Sentia que Deus queria mais dele. Sentiu-se chamado para o ministério santo da Palavra. Como sempre foi submisso ao Senhor de sua vida, disse sim para Deus. Precisava se preparar para uma missão tão árdua, mas sublime. Ingres-sou-se no Seminário Betel no Rio de Janeiro para fazer o curso de teologia onde ad-quiriu conhecimentos para melhor servir a Deus. Ter-minando o curso a PIB de Caxias e seu pastor, Nemésio Fernandes de Carvalho, soli-citou a sua ordenação como pastor auxiliar, o que se deu no dia 1º de março de 1980. Mais um sonho realizado e durante um ano exerceu o ministério auxiliar com muita dedicação.

Mas ainda continuava so-nhando. Desejava ter o seu rebanho. E assim ele e espo-sa começaram a orar nesse sentido e Deus não tardou em responder. Logo surgiram convites de algumas igrejas e entre elas a Igreja Batista em Fonte Carioca. Pedindo a orientação de Deus aceitou o desafio e no dia 21 de março de 1981 tomou posse como pastor presidente desta Igreja.

Durante esses 31 anos Deus lhe têm dado muitas bençãos. Mesmo em momen-tos de lutas ele tem sentido a mão de Deus protegendo-o e dando-lhe oportunidade de servir na Igreja, na As-sociação Meritiense, sendo presidente em três mandatos e presidente das Cruzadas In-ternacionais em 1989; presi-dente da Ordem dos Pastores Meritiense. Com muito amor tem ajudado outras igrejas interinamente e no momen-to é membro do Conselho Deliberativo da Convenção Batista Fluminense.

Uma vida a serviço de Deus. Mesmo não sendo mais jovem, o pastor Jonatas Soares continua sonhando. E o seu sonho é este: que a Igreja que Deus lhe confiou, cresça em amor às almas perdidas, pureza, fidelidade e santidade, para que em tudo Jesus Cristo, o Senhor da Igreja seja glorificado.

Mas ainda continuava sonhando...

Pr. Jonatas Soares e sua esposa Gidalthe

11o jornal batista – domingo, 05/08/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Em uma aldeia de Kirta-che, no sul do Níger, muitas crianças são obrigadas a abando-

nar a escola para ajudar no sustento de suas famílias ou porque repetiram a mesma série três vezes. Além disso, muitos desses meninos e meninas são entregues pelos pais a líderes religiosos que as obrigam a pedir esmolas. Este cenário comoveu os missionários Josué e Kely Pa-checo, que estão desde 2010 neste país africano.

Pensando em como ofe-recer reforço escolar para crianças com rendimento abaixo da média, o jovem ca-sal de Missões Mundiais de-cidiu desenvolver na aldeia o projeto Educando para a Vida. As crianças alcançadas recebem ainda alimentação e recreação.

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

uase quatro me-ses depois de serem obrigadas a deixar o Mali

por causa da instabilidade política, perseguição reli-giosa e recomendação da Embaixada brasileira, as missionárias Veralucia Ro-cha e Gabriele Santos estão de volta ao país africano.

Segundo o coordenador regional de Missões Mun-diais para a África, as mis-

sionárias retornaram em julho e encontraram tudo em ordem, pelo menos nos locais onde atuam.

No período em que au-sentou do campo, Veralu-cia se instalou no Senegal, país vizinho, onde Missões Mundiais mantém outros missionários. Já Gabriele enfrentou uma jornada de mais de dez dias para sair do Mali, uma vez que após o golpe de Estado, decla-rado em 22 de março por militares insatisfeitos com o governo, só conseguiu embarcar em um voo no

dia 2 de abril. Além disso, Gabriele viveu um drama pessoal, pois seu pai esteve internado entre a vida e a morte nessa época.

“Ao chegar ao Mali, vi que Deus fez muitas coisas enquanto eu estava fora. Duas pessoas se converte-ram enquanto estive fora”, diz Gabriele. “Parecia que estava vivendo um sonho quando cheguei, pois as pessoas vinham me cum-primentar com um sorriso no ros to dizendo como estavam felizes por eu ter voltado”, acrescenta.

Gabriele também foi re-cebida pelo chefe da al-deia, que a cumprimentou e relatou tudo o que acon-teceu no período em que ela esteve ausente. O chefe enfatizou que mesmo com muitas pessoas dizendo que Gabriele não voltaria, ele sabia que a missionária iria voltar porque ela dava valor a eles.

A aparente normalidade não esconde a tensão que ainda está no ar em todo o Mali. O norte do país está sob controle dos rebeldes tuaregues, contra quem os

Tra ta - se de mais uma oportunidade que Missões Mundiais tem de compar-tilhar o amor de Deus com os pequeninos e suas fa-mílias.

Nossos missionários estão inseridos em uma popula-ção de 16 milhões de nige-rinos, divididos em cinco principais etnias: hauçás, zarmas, fulanis, tuaregues e berberes. A maioria, 93%, segue o islamismo. Muitas crianças são entregues pe-los pais a líderes islâmicos que lhes ensinam o Alco-rão, o livro sagrado dos muçulmanos, e as obrigam a pedir esmolas.

Muitos são os impedi-mentos para manter o Edu-cando para a Vida. Só mes-mo a sabedoria do Senhor e as doações e orações dos batistas brasi leiros para fazê-los prosseguir com este projeto e, assim, se-rem canal de bênçãos para aquelas crianças.

militares golpistas lutaram até os insurgentes domi-narem e declararem a in-dependência unilateral da região em 6 de abril para a instalação de uma república islâmica, Azawad.

“Precisamos orar pelo país para que haja paz. Ore pe-las missionárias que volta-ram e pelos crentes do norte do Mali, pois muitos deles continuam em Bamaco”, para onde fugiram por causa da perseguição religiosa e destruição de igrejas, con-clui o coordenador para a África.

Níger: missionários orientam crianças no caminho de Cristo

Missionárias retornam ao Mali

Missionário Josué Pacheco com um dos meninos da aldeia Kirtache

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12 o jornal batista – domingo, 05/08/12 notícias do brasil batista

EBF na PIB Jardim

TiradentesPedro AntonioDiretor da EBDPIB Jardim Tiradentes - Aparecida de Goiânia, GO

Nos dias 13, 14 e 15 de julho a Primeira Igreja Batista Jardim Ti-

radente aproveitou as férias escolares e realizou a Escola Bíblica de Férias, onde re-cebeu cerca de 80 crianças, os quais foram plantadas em seus corações a semente da Palavra do nosso Senhor Jesus. A EBF da Igreja foi um

Caminhada “Cidadania – Ponha fé

nessa ideia!”Rev. Alex BarbosaResponsável da Comissão Organizadora da Caminhada

No dia 18 de julho ti-vemos a satisfação de levar ao pastor Sócra-tes Oliveira de Souza

o convite da Igreja Presbiteriana do Brasil à Convenção Batista Brasileira para que os irmãos ba-tistas estejam conosco no evento comemorativo dos 153 anos da IPB, a caminhada Cidadania – Ponha fé nessa ideia!

A Caminhada Presbiteria-na é de todo presbiteriano e presbiteriana do Brasil, espe-cialmente do Estado do Rio de Janeiro. Nasceu do sonho da comissão executiva do Sí-nodo da Guanabara e logo foi abraçada por todos os demais Sínodos do nosso Estado.

A Caminhada é uma das programações oficiais da IPB em comemoração aos seus 153 anos de existência em nosso país. Acontecerá no dia 12 de agosto, das 09h às 13h, na Orla de Copacabana do Posto 6 ao Posto 3.

Caminharemos em uma manifestação pública e cívi-ca, para celebrar o aniver-sário de nossa igreja, e de anunciar que o Reino de Deus não se coaduna com as injustiças sociais, corrup-ção, fome, discriminação, violência, falta de segurança etc. Para tal defenderemos, a partir da Bíblia, as oito metas estabelecidas pela ONU para um mundo melhor, que são:

• Erradicar a extrema po-breza e a fome;

• Atingir o ensino básico universal;

• Promover a igualdade entre os sexos e a valorização da mulher;

• Reduzir a mortalidade infantil;

• Melhorar a saúde materna;• Combater o HIV/Aids, a

malária e outras doenças;

• Garantir a sustentabilida-de ambiental;

• Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvi-mento.

No final da Caminhada teremos um culto com a di-reção do Rev. e cantor Josué Rodrigues, participação do cantor João Alexandre e pre-gação com o Rev. Hernandes Dias Lopes.

NOta da redaçÃOAs fotos das páginas 1 e 10 da edição 30 de OJB,

dia 22 de julho de 2012, referentes a matéria Igreja e sustentabilidade, são do coletivo Igrejas Ecocidadãs, um grupo de igrejas evangélicas da qual a CBB parti-cipa. Para saber mais acesse: igrejasecocidadas.org.br

evento que superou todas as expectativas, onde todos os membros da Igreja se empe-nharam para desenvolver os trabalhos com as crianças. Foram realizados trabalhos como: teatros, brincadeiras e animação com músicas temáticas voltado ao tema da criação do mundo, “O amor de Deus”. As crianças se divertiram muito e pode--se dizer que o Espírito Santo de Deus estava presente so-bre essas crianças, trazendo transformação em seus cora-ções e amor.

13o jornal batista – domingo, 05/08/12notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação da PIB de Juiz de Fora

No último dia 31 de maio o pas-tor da Primeira Igreja Batista de

Juiz de Fora, Aloizio Penido Bertho recebeu a mais alta medalha da cidade, Mérito Comendador Henrique Gui-lherme Fernando Halfeld. Na oportunidade participa-ram da reunião autoridades religiosas civis e militares, dentre as quais ressaltamos o Prefeito Custódio de Mat-tos e o vice Governador do Estado de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho que proferiram discurso.

Os agraciados são esco-lhidos por uma comissão composta de pessoas repre-sentantes de várias entida-des de classe que indicam personalidades que prestam relevantes serviços à socie-dade Juizforana. O pastor Aloizio Penido foi indicado e recebeu a honraria pelo fato de ser o pastor titular da Primeira Igreja Batista da cidade e a primeira estabe-lecida no Estado de Minas Gerais do mesmo segmento. Igreja esta que quando da sua chegada há 10 anos à cidade tinha um número inferior a 400 membros atin-gindo, no momento, mais de duas mil pessoas.

A PIBJF, como é conhe-cida a Igreja, mantém um extraordinário trabalho so-cial através da Associação Beneficente Restituir, que funciona nas instalações da Igreja e por ela é totalmen-te mantida, atendendo um público de pessoas em si-tuação de rua. São cerca de 80 a 100 pessoas atendidas semanalmente com banho, corte de cabelo, alimenta-ção, roupas, atendimento médico e uma palavra de orientação.

Além deste serviço presta-do a Associação instalou e mantém em parceria com os governos municipal e esta-dual um Telecentro gratuito. O primeiro da Zona da Mata Mineira que tem como obje-tivo a integração digital de pessoas das diversas classes sociais independente do

credo religioso. A Associa-ção que também é presidida pelo pastor Aloizio Penido, ainda atende às pessoas da terceira idade semanal-mente com palestras, exer-cícios físicos e atividades apropriadas, acompanhadas por psicólogos e outros pro-fissionais de atinentes aos participantes.

Além das atividades pas-torais e sociais desempe-nhadas pelo homenagea-do, foi levado em consi-deração o fato do pastor Aloizio Penido ter sido o Pres idente do CONPAS (Conselho de Pastores) da cidade há quatro anos, ten-do protagonizado debates e decisões relevantes em favor da comunidade de Juiz de Fora. Despontando--se como uma das princi-pais lideranças da cidade

não só pelo desempenho na área social, mas tam-bém por sua formação aca-dêmica como professor e administrador competente que em muito tem enrique-cido a nossa cidade.

A Deus toda glória e toda honra como declarou o pas-tor Aloizio a pessoas mais próximas: “Todas as honra-rias que recebo são tributa-das integralmente a Jesus, Senhor da minha vida”.

Pastor Aloizio Penido é condecorado

Pr. Aloizio Penido e equipe ministerial da PIBJF Pr. Aloizio Penido recebe homenagem do Prefeito Custódio Mattos

Prefeito Custódio Mattos, Vice-Governador Alberto Pinto Coelho e Pr. Aloizio Penido

14 o jornal batista – domingo, 05/08/12 ponto de vista

A mediocridade da cultura atual é as-sustadora. Há bo-bagem avulta em

todos os segmentos da mídia! As pessoas se pautam pela mediocridade, até mesmo as que deveriam ter a mente iluminada por Cristo!

Recordo-me de um jornal de Boa Vista, Roraima, que certa vez entrevistou uma menina de 15 anos. Cada frivolidade! Seu sonho de consumo era uma Ferrari vermelha. Seus votos: “Sim-plicidade para todos!”. Dá para entender? As pessoas hoje são famosas não pelo brilho intelectual ou por acrescentarem à socieda-de, mas pela estética e por aparecerem na tevê. Então, lemos na Internet: “Veja o que os famosos estão fazen-do hoje!”. Bisbilhotar gente fútil é cultura!

Nesta semana li uma entre-vista com uma candidata a miss, num jornal de Macapá. Que raso! Espremendo não dá uma colher de café. Mas é querer muito que pessoas que saem em jornais porque foram maquiadas tenham o que dizer. Um português fraco, não corrigido pela redação (aliás, corrigir erros de português é preconceito linguístico!). Indagada sobre Deus, a jovem disse: “Tudo que preciso para me sentir bem”.

Deus virou Lexotan. Não é mais um Ser, o Criador, o Sustentador, a Perfeição, o Absoluto que serve de padrão para nossas ações. É algo para nos sentirmos bem. E o que é “me sentir bem”? Para o drogado, uma

pedra de crack. Para o sá-dico, infligir mal a alguém. A vida é se sentir bem? Ou é ser bom, fazer o bem, ser íntegro e honrado? A vida é só sensação, prazer, ou é dever e saber viver em gru-po? E quando fazemos essas coisas nos sentimos bem de verdade!

O individualismo contem-porâneo tem produzido uma geração fútil, mesquinha e egoísta. As pessoas parecem querer que o mundo gire ao seu redor. São o centro do mundo, e geralmente seu mundo é pobre. São vazias. A vida lhes é roupa de grife, a traquitana eletrônica mais recente, e indigência exis-tencial. Parece que quanto mais medíocre for a pessoa mais sucesso faz. Recordo de um decadente ator de televi-são: “Machado de Assis? Pô, cumpadi, tu mi pegô, esse aí num sei não quem é!”. O ator deitava falação sobre a vida, ensinando aos jovens como viver. Deveria ir para uma escola. Bem, não sei se ajudaria. Queda-me a impres-são que o Estado está mais preocupado em distribuir kit gay e a possibilidade de dar preservativos aos adolescen-tes que com a qualidade de ensino. Pelo menos discute mais aqueles que este.

Dá-se o mesmo no evange-lho. Cânticos pobres, men-sagens pobres, cultos po-bres, um blábláblá terrível. Espreme-se e não sai uma colher de café de conteúdo. Boa parte da teologia pre-gada é como a da mocinha: Deus é uma coisa para elas se sentirem bem. As pessoas não são chamadas à vida

santa útil, correta e dedicada a Deus e aos outros. Deus é o açúcar e não o Senhor de suas vidas. Arrependimento, abandono do pecado e san-tidade saíram do temário. O tema agora é ser feliz e abençoado. E os outros são pretexto, objeto em discurso. Amamos os que nos amam, elogiamos os nossos queridos e nossos familiares, evitamos os irmãos de quem não gosta-mos, e dizemos que vivemos em amor e somos filhos de Deus. Boa parte dos crentes nunca leu a Bíblia toda, não conhece os fundamentos da sua fé, não tem base alguma. Mas se o culto lhes fez bem, foi tudo que elas precisavam. Deus existe para fazê-las fe-lizes, não para lhes dizer como viver. Nessa hora, “nin-guém tem nada com a minha vida!”.

Quando tinha 20 anos de idade, numa aula de Teo-logia Sistemática, eu disse ao professor, o saudoso Dr. Soren, que a razão era uma maldição. Quatro décadas depois, valho-me da razão: ela é muito boa, uma bên-ção de Deus, mas às vezes é mesmo uma maldição. Deve ser maravilhoso não pensar. Quem não pensa não tem crise existencial nem frus-tração com a humanidade. Não raciocinar, não avaliar, satisfazer-se com o visual e com as sensações, sem ava-liar nada, deve trazer algum bem. Caso contrário, as pes-soas seriam mais analíticas.

Definitivamente, assumi a rabugice. Mas não dá para aceitar frivolidades como fi-losofia de vida. Menos ainda como teologia.

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Conta-se que um ho-mem chegou numa sapataria e pediu para experimentar

um par de sapatos. A vende-dora gentilmente perguntou qual seria o número que cal-çava. Ele então disse: “Calço 41, mas gostaria de levar um par com numeração inferior”. A vendedora, intrigada vol-tou a perguntar se o par seria para ele mesmo. Disse que sim. Intrigada, a vendedora indagou a razão de usar um par de sapatos com a nu-meração inferior. O cliente então respondeu: “Minha jo-vem, quero usar este sapato e sofrer durante todo o dia por-que quando chegar em casa, no final de cada dia, este será o meu único prazer”.

A história é antiga e talvez o leitor já até conhecia o seu desfecho, mas retrata a dura realidade de muitas pessoas, inclusive cristãs. Para muitos, viver em família é um sacri-fício, uma tortura e o único prazer, ao chegar em casa, pode ser realmente tirar os sapatos.

Viver em família, com pra-zer, é uma arte, um exercício a ser praticado todos os dias. Por quê?

Porque família não é quar-tel, onde há posições de su-perioridade, onde mandar e ser mandado é uma questão de patente. Porque em fa-mília seus membros são de gerações diferentes, onde os gostos não são padronizados. Um pode gostar de usar terno e sapato, o outro não tem nenhuma dificuldade de usar um bermudão, até mesmo para ir aos cultos da igreja. Porque família é um espaço onde a pluralidade é uma realidade.

Então, qual é o segredo para fazer da família um lugar de prazer, de experimentar alegria e ser um espaço onde se tem vontade de voltar?

Afirmei anteriormente que família não é um quartel. Se-ria fácil se assim fosse. Num quartel quando há conflito, alguém desobedece é puni-

do sem dó. Mas família não é quartel, não é? Na família deve haver um líder, mas isso não quer dizer que o espaço para o diálogo não deva ser valorizado, o conviver com as diferenças geracionais é um imperativo.

Viver em família, com prazer, depende mais de nós mesmos. Nossa atitude pessoal diante do outro e das circunstâncias terá um grande peso para transfor-mar a família num espaço de contentamento. Por exemplo, tentar ver mais os aspectos positivos do que os negativos do outro é uma boa atitude a ser tomada. Compreender o outro também é um outro caminho a ser percorrido. O pensamento do psicólogo Ja-cob Levy Moreno serve para nossa reflexão sobre como exercitar a arte da compreen-são. Moreno escreveu: “Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face. E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus. E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus. Então ver--te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus”.

Se for muito difícil, ore! Orar por si mesmo e pelo outro será de grande aju-da. Isso me faz lembrar de uma palavra dita por D. Ruth Graham, falecida es-posa do grande evangelista Billy Graham, num jantar em Mineápolis, para mais de mil mulheres. Disse D. Ruth às mulheres presentes: “O seu dever como esposa não é tornar o seu marido bom. Esse é o trabalho de Deus. O seu trabalho é fazê-lo feliz”. Mudar o marido ou esposa é trabalho de Deus e amá-lo verdadeiramente, enquanto o Espírito faz a obra, deve ser um motivo constante das orações.

Percorrendo esses e outros caminhos será de grande utilidade para se ter prazer ao chegar em casa e não precisará, com certeza, usar sapatos apertados.

15o jornal batista – domingo, 05/08/12ponto de vista

Isaias Andrade Lins FilhoPastor da IB dos Mares, Salvador, Bahia

i Coríntios 14.2, 4, 27, 28 – 12.10.

Reconheço de logo que para trazer este assunto nos arraiais batistas, é preciso

estar revestido de humildade, de muita tranquilidade e de uma dose elevada de cora-gem. Sob pena de não ser taxado levianamente, de ser um pastor integrante de outra denominação, mas como disse, o revestimento de tran-quilidade se apresenta forte, não pelo que eu penso, ou pelo que vou aqui expressar, mas porque é a Palavra do Senhor quem fala mais alto neste momento, trazendo tranquilidade e paz acima de qualquer ideia ou pensamen-to do mais eminente doutri-nador. De início destaco que prefiro ficar com a inerrância da Palavra de Deus, do que com o que pensa ou deixa de pensar qualquer ilustre pro-fessor ou pensador, teólogo ou não, haja vista que se o esteio é bíblico, é difícil de ser modificado, ademais por-que eu também sou professor e teólogo.

A expressão “variedade de línguas” com alusão a

um dos Dons Espirituais, diz respeito a algo sobrenatural, duma língua ou línguas nun-ca estudadas pela pessoa que fala, pois trata de uma pala-vra anunciada ou proferida pelo poder do Espírito Santo, que não é compreendida por quem fala, e usualmente é também incompreensível pela pessoa que a ouve.

Não preciso requisitar a intervenção de filólogos, nem tampouco de exegetas e/ou de experts em glossolalia, para ler com calma e tra-zer para os amados leitores batistas ou não, o texto do verso 2: “O que fala em lín-guas não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espí-rito fala mistérios”. Qual é a dúvida? Nenhuma. Se não fala aos homens é porque fala algum idioma inteligível aos homens. Em algum lugar poderia estar alguém, algum homem ou mulher poliglota, que falasse diversos idiomas e então esta pessoa iria enten-der as expressões que foram proferidas. Ademais, o texto conclui dizendo: “Porque em espírito fala mistérios”. Existe algum idioma que é falado em espírito e em mistérios?

Amados, eu sei que o Dom de Línguas é na classifica-ção de Paulo o Apóstolo, o mais insignificante dos Dons

Espirituais (I Cor. 14.19). O Apóstolo salienta que: “Todavia na igreja eu antes quero falar cinco palavras com meu entendimento, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em línguas...”. Ob-servem que a clareza é solar, quem fala idiomas, fala com entendimento, pois quando eu falo, por exemplo, inglês ou espanhol estou sabendo o que estou dizendo, senão que seria de mim quando via-jo para outros países? Outro fato a destacar é que, quem fala idiomas inteligíveis junto de pessoas que nunca estu-daram tais idiomas, ouvindo a pessoa dizer “I love you”, amanhã ou depois vai saber e ser instruído de que a expres-são dita e repetida significa “eu te amo”. Todavia, se é língua espiritual, como diz a Palavra de Deus, “ninguém o entende...”.

Amados leitores, como se vê, não existe qualquer difi-culdade na hermenêutica e na exegese deste texto, mas querer negar que existe o Dom Espiritual do Falar em Língua, ninguém pode negar. Isso porque a Bíblia é que diz que existe e ensina assim, mesmo sendo insignificante numa percentagem ínfima absurda, de cinco palavras inteligíveis para dez mil pa-

lavras ininteligíveis. Mas o Dom existe, e se é Dom do Espírito quem concede é o Espírito. E alguém dizer que não existe, chegando ao ex-tremo de dizer que “os dons já cessaram” e assim querer negar a evidencia deste Dom, não vai eliminá-lo da vida do povo de Deus. O que também não é verdade, pois se tivessem cessado não es-taríamos tão interessados em estudar e desejando aprender sobre os mesmos, e sobretu-do porque só cessará quando vier o que é perfeito (I Cor. 13.8 - 10).

Outro aspecto a ser con-siderado é que quando se fala língua, para que alguém o entenda, alguém tem de traduzir. E não é preciso que se explique que existe grande diferença do significado da palavra INTERPRETAR e da palavra TRADUZIR.

O pastor Russel Shedd, res-peitado pastor e teólogo, nas palavras explicativas constan-tes da Bíblia Shedd, ensina claramente, e eu também sempre assim entendi, que as línguas (glõssõn), Estáticas, às vezes misturadas com línguas conhecidas. Geralmente pre-cisam do dom de interpreta-ção para interpretá-las (cf cap 14)” (grifo nosso).

Para se interpretar essa língua em mistérios, faz-se

necessidade da intervenção do Dom Espiritual de Inter-pretação de Língua, coisa que o professor de línguas estrangeiras não resolve, vez que não se trata de traduzir, não se trata de uma tradu-ção, e sim de interpretação. Porque ninguém o entende, a solução para a questão só poderá acontecer através de alguém que tenha sido capa-citado pelo Espírito Santo de Deus e dEle recebido o Dom para fazê-lo.

O Dom Espiritual de Falar Línguas não pode ser racio-nalizado pelos homens, tam-pouco os homens podem querer transformar este Dom em aptidão natural do ser humano. Ninguém aprende a falar em línguas espirituais como certa feita, assisti re-centemente pela televisão um pregador querendo ensinar aos telespectadores a falarem em línguas. Este assunto tem trazido polêmicas, divisões? Tem sim, mas a concessão de Dons Espirituais e, ou, a ação dos Dons Espirituais na vida da Igreja nunca poderá ser para dividir, mas sim para o objetivo a que se propôs quando concedido, o qual é a edificação do Corpo de Cristo que é a Igreja.

(este tema continua na edição 34 de OJB).

Teologia PráTica