dizcurso #17

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Edição do dizCURSO que saiu para as bancas no DEQ em Outubro de 2012!

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//2 INÍCIO

EDITORIAL

Caros colegas, O ano letivo toma já o seu rumo: começaram as aulas, já passou a Festa das Latas; é agora tempo da normali-dade. Como em todos os anos, soubemos acolher os novos alunos no departamento e na cidade. Aos novos alu-nos, deixo ainda uma palavra de boas-vindas ao espa-ço DEQ e à família DEQ. Esta é a primeira edição do dizCURSO deste ano letivo. Aqui, ao longo deste ano, se contarão as histórias e os momentos que formos vivendo, sejam as atividades promovidas pelo NEDEQ/AAC, sejam os sentimentos que se vivem dadas as circunstâncias da cidade e da Academia. Para além de ser a primeira edição deste ano letivo, é também a primeira edição a cargo de uma nova equi-pa do NEDEQ/AAC. Antes mesmo do dia 5 de Junho começaram os projetos e as ações. Tínhamos como tema ‘(re)Age com o NEDEQ’. O desafio não está apenas na nossa ação, mas também em fazer com que tu atues connosco. O nosso compro-misso é agir ao longo deste ano nas questões pedagó-gicas, das saídas profissionais e do apoio ao estudante. Criámos, para isso, o horário de atendimento do NEDEQ/AAC: 2ª feira das 10h às 17h e 5ª feira das 14h às 17h. Visita-nos no piso 1 do DEQ e expõe os teus problemas e desabafos. Periodicamente este é também um contato entre o NEDEQ/AAC e tu. Por esta via chegar-te-ão informa-ções do DEQ, do universo da academia e do que se passa em Coimbra. O que desejamos para este ano é, antes de mais, suces-so académico, mas também que te envolvas connosco e que participes nas atividades programadas para ti. Saudações Académicas,

Daniel Marcos (Presidente da Direcção do NEDEQ/AAC)

ÍNDICE

> DEPARTAMENTO páginas 3, 4 e 9.

> FACULDADE páginas 6 a 8.

> NÚCLEO páginas 5,10 e 11.

> ACADEMIA página 12.

> HUMOR E PASSATEMPOS página 13

dizCURSO • número 17• outubro de 2012

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DEPARTAMENTO //3 dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Receção aos caloiros

“Motivadora”, “Inesquecível”, “Fantástica”, “Brutal”, “Espantosa”, “Boa”, “Fixe”, “Espetacular”. Foram estas as palavras usadas por alguns dos nossos caloiros para descrever a Semana de Receção ao Caloiro.

A preparação desta semana começou com alguma antecedência para que na chegada dos nossos novos colegas todas as visitas, convívios, praxes, estivessem à altura das suas expetativas. Um dos principais objetivos era que os caloiros se sentissem bem acolhidos por todos os membros do DEQ, que se revelou ser sido um objetivo bem conseguido. “Foi bastante divertido e fomos bem acolhidos por todos os membros do DEQ”, “Nunca pensei que fossemos ter uma receção tão boa e que as praxes fossem tão divertidas”, foram algumas das expressões utilizadas.

Do programa de atividades elaborado obtivemos opiniões diversificadas, sendo que as mais enunciadas foram a visita à Alta, as febradas, o Mega Convívio do Polo II, bem como a informação fornecida do programa do MIEQ.

Passada esta semana cheia de emoções, os caloiros deram início a um dos percursos mais marcantes das suas vidas.

Joana Meneses

“O primeiro dia chegou cheio de nervosismo, timidez e medo. Ao chegarmos ao DEQ, deparámo-nos com dezenas de pessoas de capa e batina que nos diziam para nos encostarmos à parede, e nós, caloi-rinhos que somos, ficámos aterrorizados! No entanto, ao longo da primeira semana fomos perceben-do que as praxes eram os momentos mais divertidos do dia e que não serviam para nada mais nada menos que nos integrar com os restantes caloiros e doutores. Aprendemos que os doutores são nossos amigos mas, há alturas em que temos que os respeitar. Logo, a partir dessa primeira semana foram-se criando laços entre as pessoas, começaram as brincadeiras, as piadas, os conselhos dos mais velhos para os mais novos… E eu, como caloira que sou, fascinei-me por toda essa hospitalidade e simpatia. Chegados à latada estava toda a gente em êxtase, eram as madrinhas e os padrinhos preocupados com o cortejo e os caloiros sem se preocuparem com nada. E quando o derradeiro dia chegou, tenho a certeza que não podia ter corrido melhor! Tirando o frio, sei que vou olhar para o passado e relembrar esse dia como um dos mais importantes na minha vida universitária, vou relembrar as 15 penicadas que levei no batismo e a quantidade enor-me de nabos que trinquei. Tudo isso com felicidade e saudade dos tempos que estou a viver agora. Olhando para trás penso que não podia ter escolhido melhor curso, tanto pelo curso em si como pelas pessoas que fazem par-te do nosso departamento, e não me arrependo de não ter concorrido na 2ª fase para outro curso! Obrigada DEQ”

Joana Lima

O que achaste da Receção ao “Caloiro” feita no DEQ?

“A primeira semana como caloiro passou a ‘correr’, talvez porque a ansiedade era muita, especialmente porque começamos uma nova etapa, totalmente diferente. Ainda assim, a semana foi ótima e as pessoas são todas acolhedoras, tanto que nos sentimos logo inte-grados. Há que destacar o Mega Convívio, que nos ajudou a conhecer toda a gente. Se tivesse de a descrever numa palavra, talvez entusiasmante!”

Rafael Torres

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//4 DEPARTAMENTO dizCURSO • número 17• outubro de 2012

“Parei aqui "às cegas". Era a minha 5ª opção e não conhecia ninguém do curso. Estava um bocado assustada com o que ia acontecer pois, sempre ouvi relatos de caloiros serem "mal tratados" durante a praxe e, não co-nhecendo ninguém, senti-me inse-gura. A receção superou as minhas expetativas. Todos se preocuparam em ajudar e em receber-nos da me-lhor forma. Rapidamente houve uma proximidade, tanto en-tre doutores e caloiros como entre os próprios caloiros. Sem-pre que precisámos de algo, havia sempre alguém disposto a ajudar. Em relação ao curso, inicialmente queria mudar ou ficava cá um ano e depois pedia transferência mas, bastou-me uma semana para mudar completamente de ideias. Coimbra é uma cidade fantástica, tem um espírito académico intocável e qualquer pessoa se apaixona por isso. A faculdade e o DEQ estão muito acima daquilo que eu pensava, o que também ajudou à decisão de me manter por cá. Acho que mesmo que quisesse já não conseguia sair daqui. Acho que é importante a relação que se criou entre doutores e caloiros, pois se precisarmos de alguma coisa seremos mais facilmente ajudados por alguém que já cá esteja, que por uma pessoa que esteja na mesma situação que nós. Também ajuda a tornar momentos como a Latada e a praxe ainda mais especiais, levando a uma boa receção aos caloiros do próximo ano, visto que nós fomos muito bem tratados. “

Priscila Martins

“Sinceramente esperava que fosse muito pior. Mas foi bastante diverti-do e fomos muito bem acolhidos por todos os membros do DEQ. Foi uma semana bem organizada, com atividades diversas, tanto para conhecer o programa do MIEQ co-mo também as atividades que nos ajudaram a estabelecer relações com todos os caloiros. Para mim os pontos altos dessa semana foram a visita à Alta, as febradas e o Mega Convívio do Pólo II. Numa palavra essa semana foi: Motivadora/Fantabulástica.”

Alexandra Pinho

“Esperava que as praxes fossem muito duras. Nunca pensei que fossemos ter uma receção tão boa e que as praxes fossem tão diverti-das. Foi uma semana incrível, onde nos conhecemos todos e que irei recor-dar para o resto da minha vida. Para mim um dos pontos altos des-

sa semana foi a praxe noturna com o jantar dos Pijamas. Numa palavra essa semana foi: Inesquecível.”

Claúdia Grilo

“Entrei em Coimbra como segunda opção. Quando fui colocado fiquei triste por não ter entrado em Lisboa e por ir sozinho para Coimbra, sem conhecer ninguém do curso. Assim que cheguei ao DEQ na semana de receção ao caloiro, fomos todos introduzidos à praxe pelos “doutores”, encostaram-nos à parede do DEQ e mandaram-nos apresentar. Depois disto, deram-nos a conhecer o departamento. A semana de receção ao caloiro no DEQ foi espetacular, os doutores acompanharam-nos para todo o lado, levaram-nos a conhecer o polo I e a alguns pontos de interesse em Coimbra. Na minha opinião, graças a praxe, os caloiros ficaram a conhecer-se uns aos outros com mais facilidade. Pessoalmente não achava piada a praxe, pois achava que o único objetivo era humilhar-nos, mas logo no primeiro dia percebi que estava completamente enganado, pois muitas das praxes eram hilariantes e o princi-

pal objetivo era o de nos dar a conhecer uns aos outros. Até ao final da latada houve jantares e eventos organizados pelo DEQ com o propósito de nos receber e integrar, por isso só posso agradecer ao núcleo e ao DEQ por nos terem recebido tão bem.”

João Maria

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NÚCLEO/ACADEMIA //5 dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Balanço da Latada Entre os dias 11 e 17 de Outubro decorreu mais uma edição da Festa das Latas. O evento iniciou-se com a tradicional serenata que teve lugar às portas da Sé Nova. Relativamente aos concertos, a primeira noite do parque foi marcada pelo já habitual Sa-rau Académico. Nos restantes dias, passaram pelo palco da Praça da Canção nomes como Scissor Sisters, Blasted Mechanism, Rui Veloso e Os Azeitonas que animaram centenas de estudantes. A par com a Direção Geral da Associação Académica de Co-imbra (DG/AAC), os núcleos de estudantes tiveram uma participação ativa neste evento, através das barracas. A barraca do NEDEQ/AAC, cuja bebida foi Jeropiga, teve o tema “JeroPIG” e usou como imagem um porco. De forma a exprimir as proble-máticas atuais que preocupam os estudantes, estiveram representadas através da decoração da barraca questões relacionadas com ação social direta (bolsa de estudo), regulamento de prescrições e desemprego jovem.

Como manda a tradição, na terça-feira de latada decorreu o cortejo pelas ruas de Coimbra, trazendo o convívio e a sátira soci-al. A abertura do cortejo ficou marcada pela ação simbólica levada a cabo pela DG/AAC na qual os dirigentes associativos transportavam uma mala de viagem, representando os estudantes que se vêem obrigados a abandonar o ensino superior por carência económica e, por outro lado, a emigração dos portugueses licenciados à procura de emprego. Importa referir também que a festa das latas tem como principal propósito dar as boas vindas aos novos estudantes, dando-lhes a hipótese de conhecerem melhor Coimbra e a sua tradição académica, praxística e cultural. Foi neste sentido que os ca-loiros de Engenharia Química se apresentaram caracterizados neste cortejo. Questionada sobre o evento, a caloira Pilar mos-trou agrado pelas atividades nas quais teve oportunidade de se envolver durante essa semana, especialmente o cortejo. Na sua opinião, todo o convívio e sátira presenciados proporcionaram uma verdadeira integração, sentindo-se “fazer parte de algo maior, a Associação Académica de Coimbra”. Também da parte dos novos alunos de Engenharia Química se viram exibidas mensagens de indignação perante a conjuntura atual, como por exemplo: “Sou viciado no Ensino Superior mas não tenho di-nheiro para sustentar esta droga.” O DizCurso espera que para vós, caloiros, esta Festa das Latas tenha sido o início de muitas amizades e aventuras que haverão de passar em Coimbra, e que o batismo com a água que dá brilho a esta cidade seja lembrado durante muitos anos.

Tiago Nunes

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//6 FACULDADE dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Inovações na Faculdade de Ciências e Tecnolo-gias da Universidade de Coimbra

INVESTIGADO RES DA UN IVERSIDADE DE CO IMBRA CRIA M NO VO ADITIVO PARA CO RREÇÃO DO S SO LO S E RESO LVEM PRO BLEMA DO S RES ÍDUO S DE CASCA DE O VO

No âmbito das inovações na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC), o destaque desta edi-ção do dizCURSO, vai para uma equipa de investigadores da FCTUC que está a estudar soluções que permitam criar um mate-rial útil para os solos a partir de resíduos de casca de ovo.

A utilização do ovo na indústria alimentar gera milhares de cascas por dia, sendo um problema quando consumido em muita quantidade. Desta forma, os investigadores da Universidade de Coimbra estudam formas de valorizar este subproduto animal começando pela agricultura.

“A indústria de produtos de ovos já está a entregar as cascas de ovos a um gestor de resíduos para que sejam incorporadas na compostagem mas o processo não está bem otimizado e é isso que estamos a fazer no laboratório” , afirma Margarida Quina, docente do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra.

Segundo a investigadora, é possível valorizar este resíduo através dos processos de compostagem e utilizá-lo em solos com défice de nutrientes e que tenham características ácidas. Assim, em vez de se comprar aditivos químicos comerciais, esta solu-ção pode ser uma boa alternativa de corrigir solos que perderam as propriedades adequadas para a produção agrícola.

Os investigadores da FCTUC, após vários estudos e experiências, conseguiram uma mistura equilibrada, recorrendo a resíduos de casca de ovo, casca de arroz, relva e casca de batata, com propriedades corretivas dos solos insuficientes em nutrientes, designadamente cálcio, e capaz de remediar solos contaminados por metais pesados.

“A casca de ovo tem de ser juntada a outros resíduos porque é essencialmente um material inorgânico e como o processo é biológico, os microorganismos não vão ‘comer’ a casca de ovo. O que o processo de compostagem vai fazer é permitir elevar a temperatura no sentido de matar os microorganismos patogénicos que possam estar depositados na casca de ovo” , descreve Margarida Quina.

O estudo vai agora entrar na fase da análise da interação do composto com o solo, ou seja, os investigadores vão avaliar o comportamento do solo ao novo aditivo.

“Agora estamos a iniciar os estudos para ver o efeito efetivo que este composto pode ter a nível de solos, designadamente uma vertente que nos parece também muito interessante que é a descontaminação de solos contaminados por metais pesados. Já temos em laboratório solo contaminado com chumbo de uma área mineira e queremos ver se este composto que estamos a produzir é rico em casca de ovo, e se é uma mais-valia na recuperação de solos degradados por processos mineiros”, conclui a investigadora que lidera a equipa.

Estes testes são um pouco demorados mas, dentro de cerca de um ano, a equipa de investigadores espera ter conclusões visí-veis possíveis de serem divulgadas.

Ana Bento

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FACULDADE //7 dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Relatos de estágios de Verão

“Caros colegas, No passado mês de Agosto fiz um estágio de verão de curta duração. A principal motivação para me ter inscrito neste programa de estágios, apoiado pelo Gabinete de Inserção Profis-sional da Universidade de Coimbra, foi o fato de muitas vezes concluirmos o nosso curso, ingressar logo no mercado de trabalho, sem antes termos tido qualquer tipo de contato com o mundo do trabalho. E, de fato, é uma experiência que aconselho a todos. Muita coisa se aprende. Enquanto na universidade aprendemos a teoria, numa empresa aprendemos como ela se aplica na práti-ca, as dificuldades que existem no mundo real e não apenas num papel. No meu caso, estive a estagiar na empresa Manuel Martins – Serviços de Engenharia. É uma empresa de prestação de serviços nas áreas de higiene e segurança industrial, ambiente e licenciamento industrial e ambiental. Eu estive a trabalhar mais na parte das emissões gasosas, onde tentei arranjar soluções para diminuir as emissões de compostos orgânicos voláteis (VOC’s), para que estes não ultrapassassem os limites de emissão impostos por lei. Aprendi muitas coisas, mesmo coisas que não fazem parte da área de engenharia química. Foi uma experiência muito enri-quecedora. Conhecem-se novas pessoas e fazem-se contatos que um dia nos poderão vir a ser bastante úteis.”

Ana Margarida Ferreira

“No verão estive a fazer um estágio como técnico de laboratório na empresa Pegop, responsá-vel pela central termoeléctrica do Pego. Estive a trabalhar essencialmente na parte de análises químicas aos diversos componentes que eram precisos analisar na central, quer para o seu funcionamento correto quer de produtos para vender (águas, cinzas, gesso, carvão). Deste modo, delegavam-me responsabilidades na execução de testes analíticos que envolviam as técnicas de laboratório que fomos aprendendo no percurso académico. O que me levou a participar neste estágio foi a curiosidade de saber como funcionava o mun-do laboral bem como ver o que na prática poderei vir a fazer no futuro. Aprendi coisas bastante relevantes para o futuro, como por exemplo, que a componente labo-ratorial é extremamente importante e uma das áreas onde os engenheiros químicos são mais empregados. Durante os anos anteriores do curso não me tinha apercebido feste facto, talvez

devido a esta componente nos primeiros três anos de curso ter sido um pouco menosprezada. No que toca a conhecimento científico propriamente dito, aprendi diversas técnicas laboratoriais, tais como usar um espetrofotómetro e ainda alguns protocolos para proceder a certos tipos de análises. No cômputo geral, recomendo a todos os estudantes a efetuarem um estágio, pois além de nos dar uma ideia do que real-mente faz um engenheiro químico no seu dia-a-dia, também nos permite comunicar com pessoas no ramo que nos podem despertar o interesse para outras áreas.”

José Lobo

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//8 FACULDADE dizCURSO • número 17• outubro de 2012

"Neste verão, tive a oportunidade de realizar um estágio de curta duração numa empresa de deter-gentes químicos sediada na Guarda – EgiQuímica. Esta empresa produz uma grande variedade de produtos de limpeza, como lava louças, lixívias, produtos de higiene pessoal, de manutenção auto-móvel, tratamentos de pavimentos, bactericidas, entre outros. A principal razão que me levou a realizar este estágio foi a possibilidade de contatar mais de perto com o mercado de trabalho e ganhar um pouco mais de experiência a nível laboratorial. O estágio durou cerca de um mês, onde nas primeiras semanas realizei análises químicas de con-trolo de qualidade dos produtos, como por exemplo, análises de tensioativos aniónicos e catióni-cos, alcalinidade, cloretos, viscosidade, resíduo seco, densidade e pH. Aqui pude ter uma pequena noção das formulações de cada produto dependendo da sua utilização final. Nas últimas semanas passei a verificar as conformidades das fichas de segurança dos produtos químicos utilizados na empresa de acordo com o regulamento REACH. Posteriormente, procedia-se à realização das fi-chas de segurança dos produtos formulados pela empresa. Tive também uma breve passagem pela parte de produção, onde se colocavam os rótulos e se empacotavam os produtos finais, prontos para seguirem até ao consumidor final. Foi uma experiência nova e interessante, as pessoas com quem convivi na empresa eram bastante simpáticas, acessíveis e es-clareciam qualquer tipo de dúvida que surgisse. Foi um estágio mais relacionado com a área de química do que propriamente com a área de engenharia química, no entanto foi muito enriquecedor a nível da parte laboratorial, uma vez que não tinha grande prática nem à vontade nessa área. Aconselho a todos a realizarem um estágio quando tiverem oportunidade disso.”

Cláudia Esteves

“Este foi o segundo ano que rea-lizei um estágio de Verão. Ape-sar de ser um mês de algum sa-crifício, aquilo que se aprende e que se ganha mentalmente, compensa todo o esforço. No estágio deste ano, fiquei nu-ma empresa de produção de Biodiesel, chamada BioOeste. Nesta empresa, estive na parte de controlo de produção, onde tive que analisar alguns parâmetros do produto final, tais como o teor de metanol, percentagem de ésteres, entre ou-tros. Todas estas avaliações e análises eram feitas a partir de um aparelho, aparelho esse que tive de calibrar e fazer algu-mas experiências, depois de dada uma formação sobre o mesmo. Senti que foram bastante exigentes comigo, mas que isso me ajudou a desenvolver certas capacidades, tanto a nível profissional, como académico, e até mesmo pessoal. Sinto que depois destes estágios, existem algumas disciplinas em que certas matérias se tornam mais acessíveis, pois já pude observar na prática a sua aplicação. É de louvar a oportunidade que a Universidade de Coimbra oferece aos seus estudantes com iniciativas como estas.”

Margarida Fernandes

“Este verão fiz um estágio na em-presa Labesfal Genéricos. Esta tem como principal objetivo a produção e distribuição de medi-camentos. Estive na secção de controlo de qualidade. Aí, para além de po-der aplicar certos princípios bá-sicos da química, também pude contatar com equipamentos que aplicam diversas técnicas para a

análise de amostras dos produtos finais (tais como: HPLC, osmómetro, turbidímetro, leitor de pH, titulação de Karl-Fisher, entre outros). A organização e registo de todo e qual-quer tipo de ação feita no laboratório são fundamentais. As-sim, consegue-se compreender, caso algo falhe, como e o que falhou evitando erros futuros e, consequentemente desperdí-cio de amostras e outros materiais. Com este este tipo de estágios consegue-se ganhar experiên-cia, não só a nível académico, mas também a nível pessoal pelo contato com outras pessoas que têm outras experiências e outro tipo de formação. Tem-se também uma melhor noção das oportunidades e possibilidades de mercado de trabalho na área em que se está inserido.”

Joana Matos

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Em busca de um sonho “Valeu a pena? Sempre vale a pena se a alma não é pequena.”. Essa frase é de autoria do grande poeta Fernando Pessoa e resu-me, de forma precisa, aquilo que pensam os estudantes Erasmus. Saímos do nosso país, da nossa cidade, da nossa casa, do abraço da nossa família, para desvendar um mundo totalmente novo, cheio de experiências, sonhos, sentimentos, desejos e esperança. Chegamos aos poucos, cada um no seu tempo e de um lugar diferente e, rapidamente, fomos passando a fazer parte da sociedade de Coimbra, nos misturando com os hábitos e costumes, tornando a cidade uma miscelânea cultural sem igual. Coimbra nos recebeu de braços abertos e com um coração de mãe. Cidade bela, de imensa cultura, invejada história e inimagi-nável importância. Por suas ladeiras já caminharam grandes nomes de diversas nacionalidades. E agora é a nossa vez. Ingressamos na Universidade de Coimbra sem saber o final dessa história, mas possuindo a certeza no peito de que o início era maravilhoso. Ao entrar nesse recinto, um mix de sentimentos nos envolveu e a realização de um sonho nos fez perceber o quanto estávamos felizes aqui. Essa certeza foi ratificada com a receção do corpo docente e discente da universidade, feita de forma acolhedora e calorosa. Aos poucos o sentimento de falta e saudade da terra natal é perdido e toma lugar a ideia de que se pertence cada vez mais a essa cidade. Enfim, de um início incerto e difícil, hoje somos todos estudantes da Universidade de Coimbra, não há mais a distinção entre alunos portugueses e alunos erasmus. Todos nós possuímos o mesmo objetivo de aprender e se desenvolver como pessoa e co-mo profissional. Esse é só o início. O que irá acontecer, ninguém sabe. Mas, no final, tenho a certeza de que concordaremos com o poeta Fer-nando Pessoa e poderemos, realmente falar: Valeu a pena!

Davi Felix de Pinho Queiroz (Aluno de Engenharia Química – Ciência sem fronteiras – Erasmus – Brasil)

dizCURSO • número 17• outubro de 2012 DEPARTAMENTO //9

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//10 NÚCLEO dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Lanche Temático No passado dia 9 de Outubro, pelas 16 horas, realizou-se no bar do Departamento de Engenharia Química o primeiro lanche temático organizado pelo núcleo de estudantes. Este teve como tema fulcral os doces conventuais de Coimbra, sendo o seu objetivo dar a conhe-cer o lado mais doce da cidade onde estudamos. Neste lanche os participantes tiveram oportunidade de açucarar a sua tarde com os melhores doces que esta cidade tem para oferecer, como por exemplo, os doces de Santa Clara, as arrufadas, queijada de Tentugal, queijada de Pereira, hóstia conventual, pastel de Tentu-gal e barriga de freira. Esta iniciativa teve uma boa adesão por parte da comunidade dequiana, promovendo não só o convívio entre os participantes, como também a tradição da cidade que hoje nos aco-lhe. Como já é habitual, não faltou a boa disposição e animação neste evento. No final do lanche era notória a satisfação dos presentes, sinal de que tudo tinha corrido como previsto e que atividades co-mo estas são sempre bem-vindas ao nosso Departamento.

Isabel Gonçalves

Peddy-Tascas de Engenharía Quimica vs Engenharía Civil Foi pelo início de tarde do dia 3 de Outubro que começou o primeiro Peddy-Tascas deste ano letivo. Ao Jardim da Sereia, co-meçaram a chegar os participantes das várias equipas em busca das primeiras perguntas e pistas para iniciarem a sua jorna-

da pelas tascas mais emblemáticas da cidade de Coimbra, desde o Troika ao Chaminé. Estes são alguns dos sítios pelos quais todos os estudantes devem passar em algum mo-mento do seu percurso académico, como referência temos a tasca o Pintos, um lugar tra-dicional, antigo e muito ligado aos estudantes com uma história académica muito vincada. Eram cinco equipas em competição a encontrar respostas para as respetivas perguntas numa correria desenfreada de tasca em tasca para chegar à vitória. Não só as equipas, como também os membros da organização e todos aqueles que tiveram o prazer de acompanhar este evento, passaram uma excelente tarde ao conhecer melhor a cultura Coimbrã e a apreciar os “licores” mais conhecidos pela sociedade portuguesa.

Contudo, apesar desta actividade envolver momentos de diversão não deixa de ser uma competição e como tal, tem que exis-tir uma equipa vencedora. Assim sendo, os participantes que revelaram ter um melhor resultado foram os da equipa completa de Engenharía Quimica com o nome “Casa Katy Versão 2.0.1”. Parabéns aos nossos colegas pela nossa vitória enquanto dequianos! Claro que o mais importante desta bela tarde é deixar memórias do que real-mente se vive enquanto estudante, pois só nesta fase da vida se podem passar estas divertidas tardes. O final do Peddy-Tascas colmatou com um grande convívio entre os jogadores. Em suma, é nestes convívios que se entende o que é realmente a cumplicidade que existe no seio da comunidade estudantil de Coimbra e que ficam as grandes memórias para um dia mais tarde relembrar. Por agora só nos resta esperar pelo próximo Peddy-Tascas…

Denise Costa

Atividades com o teu núcleo…

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NÚCLEO /ACADEMIA //11 dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Atividades desportivas realizadas pela FCTUC e pelo NEDEQ

Neste mês de Outubro realizaram-se, a nível da Universidade, os CUC’s - Campeonatos Universitários de Coimbra -, no âmbi-to da Festa das Latas 2012, com torneios nas modalidades de Futebol 7, Basquetebol e Voleibol. Eram atribuídos bilhetes gerais aos vencedores e bilhetes pontuais para os segundos e terceiros classificados. Em todas as modalidades houve torneio mascu-lino e feminino. Engenharia Química participou nos CUC’s, com equipas masculinas, nas modalidades de Futebol 7 e Basquetebol. A equipa masculina de Futebol 7 participou na fase de apuramento no dia 3 de Outubro, tendo realizado dois jogos, o primeiro com o curso de Desporto, contra o qual perdeu 2-0, e o segundo contra Geociências, a quem ganhou por 2-1. Com estes resultados, a equipa de Engenharia Química não conseguiu passar à fase seguinte. Ainda assim, foi de louvar o esforço e dedicação de todos os elementos da equipa em representação do NEDEQ/AAC e de toda a comunidade dequiana. Relativamente ao torneio de Basquetebol, a equipa masculina de Engenharia Química conseguiu chegar às meias-finais do torneio, que se realizou no dia 9 de Outubro. A ambas as equipas, o NEDEQ/AAC deseja os parabéns e agradece a todos por terem participado. Para além dos CUC’s, realizaram-se os jogos de sala (Sueca, Matraquilhos, Ténis de mesa e Pro Evolution Soccer-”PES”), que tiveram lugar no Centro Cultural D. Dinis, no dia 8 de Outubro, com iguais prémios para os primeiros classificados. O aluno André Gonçalves participou no torneio de PES, tendo sido eliminado na primeira eliminatória. No torneio de Sueca, houve a participação de duas equipas, uma constituída por Teresa Marques e Tânia Sintra, que foi eliminada na segunda ronda e outra constituída por Rui Santos e José Lobo que conseguiu obter o segundo lugar do torneio, recebendo assim um Bilhete Pontual para as noites do Parque.

A nível individual, o pelouro de desporto do NEDEQ/AAC, coordenado pelo aluno Fábio Branco, realizou um torneio de “Tiro à Lata”, no dia 10 de Outubro, no Olival em frente ao Departamento de Engenharia Civil. O mesmo era constituído por três eliminatórias (quartos de final, semi-final e final), cada uma realizada num tempo máximo de 10 minutos. O objetivo, em cada eliminatória, era derrubar 4 latas o mais rápido possível com uma fisga. Este torneio era aberto a todos os alunos da Universidade, no entanto apenas se contou com a presença de 12

pessoas. Tendo em conta o número de participantes no evento, presenteou-se o primeiro clas-sificado com uma grade de minis. O pódio foi ocupado por André Gonçalves, primeiro lugar, seguido de Filipe Gomes e finalmente Diogo Jordão. Este mês foi assim repleto de atividades desportivas, de convívio e companheirismo entre os alunos do departamento de Engenharia Química e de toda a UC, numa altura de festa e de receção aos novos caloiros, pri-mando-se pelo espírito saudável e de união da academia.

João Miguel Santos

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//12 ACADEMIA/CONHECER COIMBRA

ARCO DE ALMEDINA Era uma, entre muitas, das antigas portas da muralha da cidade que permitia o acesso ao Bairro Alto da população. O Arco de Almedina e a torre de vigia faziam parte do complexo de defesa desta entrada, podendo ser acedida a partir do Arco Pe-queno de Almedina, também conhecido por Arco de Barbacã, na subida da Rua Ferreira Borges para a Alta, uma das princi-pais artérias da baixa de Coimbra. O Arco de Barbacã foi construído para reforçar a de-fesa, tendo sido erguido com o propósito de criar uma segunda cintura muralhada ante-cedendo o Arco de Almedina, aqui pode encontrar-se a escultura da oficina de João de Ruão. Esta entrada é muitas vezes confundida com a porta de Almedina . Supõe-se que este Arco tenha sido construído durante os reinados de D. Afonso III e D. Dinis. Durante os séc. XIV e XV a Torre de Almedina transformou-se em centro do poder políti-co municipal. Passou a ser a Casa de Audiência da Câmara, tendo nela lugar as reuniões da Vereação. No cimo da Torre de Almedina ainda hoje se conserva o velho sino que soava anunciando as sessões da Câmara, dava as horas de manhã e à noite ao abrir e encerrar das portas da cidade, e tocava a rebate pela peste e outros acontecimentos.

No séc. XIX, deixa de ser o centro político de decisão da cidade, tornando-se sede de vários organismos de índole cultural. O séc. XX deu à Torre uma nova função cultural, de local destinado à criação artística passando, posteriormente a local de conservação de peças de arte. Em 1910 a Torre de Almedina foi classificada como edifício histórico, destacando-se por essa altura a necessidade urgente de restauração. Atualmente, o Arco de Almedina é considerado um marco académico, carregado de sim-bolismo e respeito por parte dos estudantes académicos de Coimbra. Em tom de curiosida-de, aos quintanistas fitados é vedado atravessarem ou permanecerem debaixo do Arco de Almedina ao badalar da meia-noite, no relógio da Torre da Universidade.

Teresa Cernadas

Porta e torre de Almedina, Coimbra.

Porta da Barbacã, freguesia de Alme-dina, Coimbra.

Mesmo ao nosso lado... dizCURSO • número 17• outubro de 2012

Ciclo de Palestras: Nanomateriais Desvendar um tema do âmbito da química por diferentes perspetivas. Vem descobrir os campos de ação de outras áreas do conhecimento. Organização: Núcleos de Estudantes do Departamento de Engenharia Quí-mica, Bioquímica e Química. Inscrição: [email protected] - Sem custo Haverá certificado de participação.

Agenda Cultural

Em meados de Novembro o NEDEQ vai organizar um magusto para ti, fica atento!

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HUMOR E PASSATEMPOS //13

RiaGente!

dizCURSO • número 17• outubro de 2012

O que é um gás nobre? O flato do Rei! O que é que o carbono diz quando vai preso? Tenho direito a 4 ligações! E porque é que ele fugiu? Porque deixaram a cadeia aberta! Na sala de aula: A Professora: - Alguém sabe o que é H2SO4? A Mariana: - Eu sei! Eu sei! Aii, está na ponta da língua!! O Pedro imediatamente dá um calduço na cabeça da Mariana e diz: - Então cospe que é ácido sulfúrico!!

Complete com 0 a 1 de modo a que cada linha e cada coluna tenha a mesma

quantidade de ambos, não havendo linhas e colunas iguais. Não pode haver

mais de dois zeros e uns seguidos.

1 0

0 1

1 1 1 0 0

1 1

1 0 1

1

1 0

0 1 1 0

0 0 1

0

1 1 1 0 0

1 0 1 0

Soluções

dizCURSO • número 17• outubro de 2012

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