diretrizes basicas para atividades rodoviarias ambient a is

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DNITPublicao IPR - 729 711

DIRETRIZES BSICAS PARA ELABORAO DE ESTUDOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS RODOVIRIOSESCOPOS BSICOS/INSTRUES DE SERVIO

2006

MINISTRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA COORDENAO-GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

DIRETRIZES BSICAS PARA ELABORAO DE ESTUDOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS RODOVIRIOSESCOPOS BSICOS / INSTRUES DE SERVIO

REVISOEngesur Consultoria Tcnica Ltda EQUIPE TCNICA: Eng Albino Pereira Martins (Responsvel Tcnico) Eng Francisco Jos Robalinho de Barros (Responsvel Tcnico) Eng Jos Luis Mattos de Britto Pereira (Coordenador) Eng Zomar Antonio Trinta (Supervisor) Eng Alayr Malta Falco (Consultor) COMISSO DE SUPERVISO: Eng Gabriel de Lucena Stuckert (DNIT / DPP / IPR) Eng Mirandir Dias da Silva (DNIT / DPP / IPR) COLABORADORES TCNICOS: Eng Pedro Mansour (DNIT/DPP/IPR) Eng Ricardo Lisboa (Consultor) Eng Elias Salomo Nigri (DNIT / DPP / IPR) Eng Jos Carlos Martins Barbosa (DNIT / DPP / IPR) Eng Alvimar Paiva (Consultor) Tc Felipe de Oliveira Martins (Tecnlogo em Informtica) Tc Alexandre Martins Ramos (Tcnico em Informtica) Tc Clia de Lima Moraes Rosa (Tcnico em Informtica)

REVISO E ATUALIZAO: Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios, DNER, 1996. TCNICOS RESPONSVEIS: Eng Carlos Henrique Lima de Noronha Eng Rosana Diniz Brando Eng Francisco Vidal Lombardo Eng Alvimar Mattos de Paiva

Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenao Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodovirias. Diretrizes bsicas para elaborao de estudos e programas ambientais rodovirios: escopos bsicos / instrues de servio. Rio de Janeiro, 2006. 409p. ( IPR. Publ., 729). 1. Rodovias Aspectos ambientais - Normas. I. Srie. II. Ttulo.

Impresso no Brasil / Printed in Brazil Reproduo permitida desde que citado o DNIT como fonte.

MINISTRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA COORDENAO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

DIRETRIZES BSICAS PARA ELABORAO DE ESTUDOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS RODOVIRIOSESCOPOS BSICOS / INSTRUES DE SERVIO

Rio de Janeiro 2006

MINISTRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA COORDENAO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS Rodovia Presidente Dutra, km 163 Vigrio Geral Cep: 21240-000 Rio de Janeiro RJ Tel/Fax: (21) 3371-5888 e-mail.: [email protected] TTULO: Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios

Reviso: DNIT / Engesur Contrato: DNIT / Engesur PG 157/2001-00 Aprovado pela Diretoria Colegiada do DNIT em 06/03/2007.

APRESENTAO O Instituto de Pesquisas Rodovirias - IPR, do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, dando prosseguimento ao Programa de Reviso e Atualizao de Normas e Manuais Tcnicos, vem apresentar comunidade rodoviria as Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Escopos Bsicos e Instrues de Servio, objeto da reviso e atualizao do Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios, editado pelo DNER em 1996. Como o prprio ttulo indica, trata-se de documento de carter orientador, no normativo, compreendendo quatro Escopos Bsicos (EB-01 a EB-04) e vinte e trs Instrues de Servio (IS-01 a IS-23), definindo e especificando a sistemtica a ser adotada na elaborao e execuo dos Estudos Ambientais e de Programas Ambientais, em empreendimentos rodovirios. Assim sendo, o IPR apreciaria receber quaisquer comentrios, sugestes, observaes e crticas que possam contribuir para o aperfeioamento da tcnica e do estado da arte das atividades rodovirias ambientais.

Eng Chequer Jabour Chequer Coordenador do Instituto de Pesquisas Rodovirias

Endereo para correspondncia: Instituto de Pesquisas Rodovirias A/c Diviso de Capacitao Tecnolgica Rodovia Presidente Dutra, km 163, Centro Rodovirio, Vigrio Geral, Rio de Janeiro, CEP: 21240-000, RJ Tel/Fax: (21) 3471-5888 E-mail: [email protected]

LISTA DE ILUSTRAESTabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 Quadro 6 Quadro 7 Quadro 8 Quadro 9 Quadro 10 Quadro 11 Quadro 12 Quadro 13 Condicionantes Ambientais das reas de Usos de Obras ........................ Planilha de Interface Programa Ambiental X Projeto de Engenharia ...... Correlao entre os Estudos Ambientais e as Diretrizes........................... Correlao entre o PBA, os Programas Ambientais e as Diretrizes .......... 26 29 52 53

Principais Atividades e Aspectos Ambientais/Sub-atividades.................... 31 Fatores e Efeitos Ambientais na Fase Operacional................................... 32 Providncias Iniciais Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras......................................................................................................... 33 Servios Preliminares Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras......................................................................................................... 34 Terraplenagem Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras 36 Explorao de Materiais de Construo Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras ................................................................... 40 Pavimentao Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras .. 41 Drenagem e Obras de Arte Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras......................................................................................................... 42 Providncias Finais Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras......................................................................................................... 44 Meio Antrpico Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Operao................................................................................................... 45 Meio Bitico Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Operao 47 Meio Fsico Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Operao 48 Conservao de Rotina Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Operao................................................................................................... 49

SUMRIOAPRESENTAO .......................................................................................................... 3 LISTA DE ILUSTRAES.............................................................................................. 5 1 INTRODUO ...................................................................................................... 9 2 ABORDAGEM DESCRITIVA E CONCEITUAL ..................................................... 13 2.1. Relativamente ao Empreendimento Rodovirio ............................................ 15 2.2. Relativamente ao Tratamento Ambiental ...................................................... 16 2.3. O Manual para Atividades Ambientais Rodovirias ...................................... 19 2.4. Agentes Intervenientes no Tratamento Ambiental e Respectivas Atribuies 20 2.5. Aspectos da Interface Projeto de Engenharia X Estudos Ambientais............ 22 2.6. A Apresentao dos Estudos Ambientais no Projeto de Engenharia............. 25 2.7. Consideraes Adicionais sobre a Superviso Ambiental e o Monitoramento Ambiental ....................................................................................................... 30 2.8. Abrangncia das Diretrizes ............................................................................ 52 ANEXOS A ESCOPOS BSICOS PERTINENTES AOS ESTUDOS AMBIENTAIS ... 55 ANEXO A.1 EB 01 Escopo Bsico para Elaborao do Relatrio Preliminar de Avaliao Ambiental - RPAA ......................................................................................... 57 ANEXO A.2 EB 02 Escopo Bsico para Elaborao do Estudo de Impacto Ambiental - EIA............................................................................................................... 64 ANEXO A.3 EB 03 Escopo Bsico para Elaborao do Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA............................................................................................................ 94 ANEXO B ESCOPO BSICO E INSTRUES DE SERVIO PERTINENTES AO PBA E AOS PROGRAMAS AMBIENTAIS ............................................................................. 103 ANEXO B.1 EB 04 Escopo Bsico para Elaborao do PBA Plano Bsico Ambiental Relativo a um Empreendimento Rodovirio.................................................................... 105 ANEXO B.2 IS-01 Elaborao do Relatrio Informativo do PBA .............................. 110 ANEXO B.3 IS-02 Programa de Controle de Processos Erosivos ............................ 115 ANEXO B.4 IS-03 Programa de Recuperao de reas Degradadas...................... 125 ANEXO B.5 IS-04 Programa de Paisagismo ............................................................ 136 ANEXO B.6 IS-05 Programa de Recuperao de Passivos Ambientais................... 145 ANEXO B.7 IS-06 Programa de Melhorias de Travessias Urbanas ......................... 153 ANEXO B.8 IS-07 Programa de Reduo de Desconforto e de Acidentes na Fase de Obras .............................................................................................................................. 160 ANEXO B.9 IS-08 Programa de Disciplinamento do Manejo e da Deposio dos Resduos da Construo Civil......................................................................................... 170 ANEXO B.10 IS-09 Programa de Controle de Material Particulado, Gases e Rudos ............................................................................................................................ 179 ANEXO B.11 IS-10 Programa de Segurana e Sade da Mo de Obra .................. 186

ANEXO B.12 IS-11 Programa de Proteo Flora e Fauna ................................. 194 ANEXO B.13 IS-12 Programa de Transporte de Produtos Perigosos....................... 216 ANEXO B.14 IS-13 Programa de Desapropriao.................................................... 238 ANEXO B.15 IS-14 Programa de Reassentamento da Populao de Baixa Renda. 254 ANEXO B.16 IS-15 Programa de Apoio s Comunidades Indgenas ....................... 271 ANEXO B.17 IS-16 Programa de Proteo ao Patrimnio Histrico, Cultural, Artstico, Arqueolgico e Espeleolgico ......................................................................................... 279 ANEXO B.18 IS-17 Programa de Monitoramento de Corpos Hdricos...................... 292 ANEXO B.19 IS-18 Programa de Compensao de Ambiental ................................ 305 ANEXO B.20 IS-19 Programa de Monitoramento Ambiental .................................... 313 ANEXO B.21 IS-20 Programa de Gesto Ambiental das Obras ............................... 340 ANEXO B.22 IS-21 Programa de Comunicao Social ............................................ 351 ANEXO B.23 IS-22 Programa de Educao Ambiental ............................................ 361 ANEXO B.24 IS-23 Programa de Ordenamento Territorial ....................................... 368 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 403

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios

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1 INTRODUO

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios 1 INTRODUO

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Na forma do disposto na legislao especfica, o empreendimento rodovirio - aqui entendido como o complexo da atividade rodoviria, abrangendo as aes inerentes infra-estrutura viria e operao de rodovia - deve se enquadrar dentro das premissas do desenvolvimento sustentvel. Para tanto, com o objetivo de promover a preservao do meio ambiente em toda a sua abrangncia e considerando os seus componentes bsicos (meio fsico, meio bitico e meio antrpico), tal complexo da atividade rodoviria deve ser submetido adequado tratamento ambiental que, em termos prticos, consiste no estabelecimento ou definio de medidas de carter corretivo, mitigador ou compensatrio, em funo da efetiva previsibilidade da ocorrncia de eventos ambientalmente impactantes como decorrncia de execuo dos servios e obras e tambm em funo dos impactos pr-existentes e detectados no diagnstico - tais medidas a serem implementadas / implantadas concomitantemente com a execuo dos referidos servios e obras rodovirias. A plena e precisa definio de tal tratamento alcanada com base na elaborao de um elenco extremamente diversificado de estudos tcnico-econmico-ambientais, a serem desenvolvidos em estgios sucessivos, pari passu com o desenvolvimento dos estudos pertinentes da engenharia rodoviria e em processo interativo, aonde as solues finais emergentes devem refletir, harmonicamente, o equilbrio entre os condicionamentos ditados pelo atendimento ambiental e os preceitos de otimizao tcnico-econmica (que presidem as decises inerentes ao poder pblico). O presente documento, tendo por finalidade definir e especificar a sistemtica a ser adotada na elaborao e execuo dos mencionados Estudos Ambientais e do Plano Bsico Ambiental, contm inicialmente uma abordagem descritiva e conceitual contemplando, de forma sumria e objetiva, os tpicos de cunho fundamental cujo entendimento se torna necessrio para a aplicao corrente das Diretrizes em foco. Em seqncia, so enfocadas as Diretrizes, compreendendo um total de 4 Escopos Bsicos e de 23 Instrues de Servio, observada a seguinte distribuio: Os Estudos Ambientais esto contemplados com os Escopos Bsicos EB-01, EB02 e EB-03. O Plano Bsico Ambiental est contemplado com o Escopo Bsico EB-04 e com as Instrues de Servio de n 01 at n 23.

O contedo do presente documento, em conjunto com o contedo do Manual para Atividades Ambientais Rodovirias, incorpora e amplia os procedimentos metodolgicos estabelecidos no documento Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios, em seu Escopo Bsico EB-15: Escopo Bsico para Gerenciamento Ambiental de Empreendimentos Rodovirios, e em suas Instrues de Servio Ambiental ISA: ISA-01: Impactos da Fase de Planejamento de Rodovias; ISA-02: Estudo de Alternativas de Traado;

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios ISA-03: Estudos de Impactos Ambientais EIA; ISA-04: Relatrio de Impacto Ambiental RIMA; ISA-05: Elaborao de Plano de Controle Ambiental (PCA) ; ISA-06: Impactos na Fase de Projetos Rodovirios Causas / Mitigao / Eliminao; ISA-07: Impactos na Fase de Obras Rodovirias Causas / Mitigao / Eliminao; ISA-08: Impactos na Fase de Operao de Rodovias; ISA-09: Projeto Executivo Ambiental; ISA-10: Fiscalizao Ambiental de Obras Rodovirias.

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Nestas circunstncias, o presente documento, em conjunto com o Manual para Atividades Ambientais Rodovirias, cancela e substitui a publicao intitulada Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios DNER/DrER- 1996.

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2 ABORDAGEM DESCRITIVA E CONCEITUAL

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios 2 ABORDAGEM DESCRITIVA E CONCEITUAL

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Preliminarmente descrio da linha metodolgica que, de uma forma genrica dever ser ordinariamente adotada no desenvolvimento dos estudos e servios pertinentes ao tratamento ambiental em foco, cumpre o registro das seguintes colocaes, de cunho descritivo ou conceitual: 2.1 RELATIVAMENTE AO EMPREENDIMENTO RODOVIRIO

O empreendimento rodovirio se inclui entre as realizaes da maior importncia para o desenvolvimento socioeconmico, detendo acentuado poder indutor a tal desenvolvimento e se constituindo no principal elemento ou fator de integrao socioeconmica. Em razo de sua abrangncia espacial apresentar caractersticas axiais, tal efeito indutor se desenvolve predominantemente ao longo do eixo, contemplando os plos extremos e os plos intermedirios e apresentando expanses transversais em funo da flexibilidade das vias contribuintes e das potencialidades das regies ento contempladas. Os servios e obras de natureza rodoviria so desenvolvidos com base em sistemtica consagrada h mais de 50 anos pelo DNER e que agora se mantm pelo DNIT, em processo de aprimoramento sucessivo de conformidade com o estado da arte da tecnologia rodoviria e incorporando, inclusive, as diretrizes ambientais. Neste sentido, o DNIT procedeu atualizao, no ano de 2005, das Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Projetos Rodovirios documento constitudo de 17 Escopos Bsicos (EB-101 a EB-117) e 46 Instrues de Servio (IS-201 a IS-246). As metodologias correspondentes, no que respeita engenharia rodoviria, so calcadas em modelos racionais e obedecem rigorosamente ao conceito de Otimizao / Minimizao do Custo Total de Transporte sem prejuzo, evidentemente, ao atendimento preservao do empreendimento e segurana operacional da via. Assim, o empreendimento rodovirio, como qualquer outro empreendimento pblico gera uma gama considervel de benefcios, os quais so auferidos em especial pelos usurios das vias (e repassados para a sociedade, como um todo) e pelas comunidades lindeiras localizadas na rea de influncia do empreendimento. Tais benefcios, em linguagem ambiental, se traduzem em impactos ambientais positivos favorecendo ao meio antrpico; de outra parte, o respectivo processo construtivo tende a gerar impactos ambientais negativos diversos, incidindo sobre os 3 meios do ecossistema. Da mesma maneira, na fase de operao da via, quando tem lugar a gerao dos benefcios enfocados, h tambm uma tendncia ocorrncia de impactos negativos, caso a decorrente expanso do trfego e das pessoas no se faa acompanhar pela adoo de medidas operacionais preventivas. Note-se que muitas das medidas especficas propostas ou impostas como decorrncia do tratamento ambiental, apesar de terem nominalmente uma conotao ambiental, j esto devidamente atendidas em termos prticos na Engenharia Rodoviria. Assim que medidas de cunho ambiental destinadas a resguardar o meio fsico j esto contempladas no Projeto de Engenharia, dentro do objetivo de proteger e preservar a

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infra-estrutura viria (dispositivos de drenagem, revestimento vegetal, obras de conteno e outras). Da mesma maneira, medidas de cunho ambiental para atender ao meio bitico e ao meio antrpico, tambm esto contempladas no Projeto de Engenharia, dentro do objetivo de atender ao conforto e segurana do trnsito (cercas de vedao, alambrados, passagens inferiores, passarelas, paisagismo, travessias urbanas, sinalizao e outras). 2.2 RELATIVAMENTE AO TRATAMENTO AMBIENTAL

Em termos prticos, o tratamento ambiental consiste em buscar a adequada eliminao, mitigao ou compensao de impactos ambientais negativos suscetveis de ocorrer, em toda a sua abrangncia, como decorrncia do processo construtivo e da posterior operao da via. Para tanto, quando constatada, a partir de competentes estudos, a efetiva previsibilidade de impacto ambiental negativo significativo, para cada um dos componentes do meio ambiente ento afetados, sero definidas medidas de carter mitigador ou compensatrio, a serem implementadas pari passu com a execuo dos servios e obras pertinentes ao empreendimento rodovirio. Da mesma maneira, quando da previso da ocorrncia de impactos positivos significativos sero definidas medidas objetivando a otimizao ou a potencializao de tais impactos positivos. 2.2.1 ETAPAS DE TRABALHO DO TRATAMENTO AMBIENTAL

O tratamento ambiental compreende as seguintes etapas de trabalho: a) Etapa de Elaborao do RPAA - Relatrio Preliminar de Avaliao Ambiental Esta etapa de carter facultativo (no exigida, como obrigatria, pelos rgos Ambientais) desenvolvida em conjunto com a fase do Planejamento Rodovirio. b) Etapa de Elaborao dos Estudos Ambientais Esta etapa, desenvolvida de forma conjugada com a fase de Projeto Bsico e a fase inicial de Projeto Executivo de Engenharia, envolve a elaborao dos seguintes instrumentos conforme Termos de Referncia elaborados e/ou encaminhados pelo rgo Ambiental competente para o correspondente Licenciamento Ambiental. NOTA: EIA - Estudo de Impacto Ambiental RIMA - Relatrio de Impacto Ambiental Eventualmente, o rgo Ambiental pode se decidir pela elaborao de instrumento de confeco e apresentao mais simples.

c) Etapa de Elaborao do PBA - Plano Bsico Ambiental Esta etapa, desenvolvida de forma conjugada com a fase de elaborao do Projeto de Engenharia, compreende a elaborao do Relatrio Informativo e dos Programas Ambientais estes, guardando correspondncia com as medidas de carter ambiental definidas no EIA.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios d) Etapa de Implementao - Implantao dos Programas Ambientais

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Esta etapa compreende a execuo, pari passu com a execuo das obras rodovirias, das aes e atividades definidas no elenco de Programas Ambientais integrantes do PBA. e) Etapa de Monitoramento Ambiental, na fase de Operao de Rodovia. Nesta etapa sero efetivados os monitoramentos ambientais especficos, conforme estabelecido em determinados Programas Ambientais e/ou em decorrncia de fatos supervenientes. NOTA: A ttulo de ilustrao inserimos a seguir, Fluxograma aonde se visualiza as etapas sucessivas dos produtos parciais (intermedirios) desenvolvidos durante a elaborao do EIA, bem como o processo da continuidade entre o desenvolvimento dos Estudos Ambientais e a elaborao do PBA.

2.2.2

DEFINIES E CONSIDERAES ADICIONAIS

A seguir, so apresentadas sucessivamente as definies dos Instrumentos Tcnicos vinculados s trs primeiras etapas mencionadas em 2.2.1 bem como efetivada a abordagem sumria sobre as outras duas etapas, considerando tpicos significativos dentro do objetivo deste documento. a) RPAA - Relatrio Preliminar de Avaliao Ambiental Este documento, a ser elaborado com base na coleta e anlise de dados secundrios, conjugada inspeo in loco, objetiva orientar o processo decisrio a ser assumido nas fases do Planejamento e da definio do traado - alm de se constituir em valioso instrumento auxiliar para o encaminhamento do processo de Licenciamento Ambiental. b) EIA - Estudo de Impacto Ambiental um dos elementos de avaliao prvia de impacto ambiental; consiste na execuo, por equipe multidisciplinar, das tarefas tcnicas e cientficas destinadas a analisar, de forma sistemtica, as conseqncias da implantao de um projeto no meio ambiente, por mtodos de avaliao de impacto ambiental e tcnicas de previso dos impactos ambientais. A orientao especfica da autoridade ambiental responsvel pelo licenciamento do projeto.

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Vale acrescentar que, neste tipo de estudo, elabora-se o prognstico da situao local com e sem a implantao do projeto proposto. c) RIMA - Relatrio de Impacto Ambiental um relatrio sucinto no qual apresentam-se as condies do EIA, onde as informaes tcnicas devem ser expressas em linguagem acessvel, demonstrando, atravs de tcnicas de comunicao visual, todas as possveis conseqncias ambientais do projeto e suas alternativas, comparando vantagens e desvantagens e indicando a alternativa de menor impacto, pois como preconiza a legislao, deve ser divulgado e devidamente compreendido pelos grupos sociais interessados. d) PBA - Plano Bsico Ambiental O PBA constitudo de: Relatrio Informativo Elenco dos Programas Ambientais, com base no constante no EIA - e eventuais recomendaes e/ou exigncias proferidas pelos rgos Ambientais. Tais instrumentos so detalhados em nvel de Projeto Bsico / Executivo, de modo a permitir que as respectivas medidas mitigadoras venham a ser, de forma precisa, devidamente implementadas.

O elenco de Programas Ambientais varivel, sendo funo da demanda e particularidades ambientais do trecho, como tambm da concepo assumida pela equipe tcnica que executa / acompanha a elaborao do EIA/RIMA e do PBA. Uma configurao admissvel e suficientemente abrangente assumiria as seguintes listagens de Programas: Programas Ambientais que Ordinariamente Apresentam Estreita Vinculao com a Execuo das Obras: Programa de Controle de Processos Erosivos Programa de Recuperao de reas Degradadas Programa de Paisagismo Programa de Recuperao de Passivos Ambientais Programa de Melhoria de Travessias Urbanas Programa de Reduo de Desconforto e de Acidentes na Fase de Obras Programa de Disciplinamento do Manejo e da Reposio dos Resduos da Construo Civil Programa de Controle de Material Particulado, Gases e Rudos Programa de Segurana e Sade da Mo-de-Obra Programa de Proteo Flora e Fauna Programa de Transporte de Produtos Perigosos

Programas Ambientais que Ordinariamente no Apresentam Estreita Vinculao com a Execuo das Obras: Programa de Desapropriao

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios NOTA: Programa de Reassentamento da Populao de Baixa Renda Programa de Apoio s Comunidades Indgenas

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Programa de Proteo ao Patrimnio Histrico, Artstico, Cultural, Arqueolgico e Espeleolgico Programa de Monitoramento de Corpos Hdricos Programa de Ordenamento Territorial Programa de Compensao Ambiental Programa de Monitoramento Ambiental Programa de Gesto Ambiental das Obras Programa de Comunicao Social Programa de Educao Ambiental No presente modelo, compete ao Programa de Gesto Ambiental das Obras o desenvolvimento das aes pertinentes aos Programas de Monitoramento, de Comunicao Social e de Educao Ambiental. Outras consideraes sobre este tema so apresentadas ao final do item 2.8.

Programas de Apoio / Controle das Implantaes Ambientais:

e) Implantao / Implementao dos Programas Ambientais Esta etapa desenvolvida pari passu com a execuo das obras devendo, ao final, ser apresentado o As Built Ambiental correspondente. A implantao diz respeito aos Programas Ambientais ordinariamente, estreita vinculao com a execuo das obras. que apresentam,

A implementao diz respeito aos Programas Ambientais que estabelecem aes e atividades que, ordinariamente, no tm vinculao com a execuo das obras. f) Monitoramento Ambiental na Fase de Operao Na fase de operao da rodovia dever ser efetivado o Monitoramento Ambiental, de conformidade com o estabelecido em determinados Programas Ambientais e o constante no As Built Ambiental - o qual, para determinados casos poder recomendar a execuo de um monitoramento por tempo limitado (perodo inicial, de observao). Eventualmente, em funo do monitoramento poder evidenciar-se a necessidade de adoo de medidas de cunho ambiental, corretivas e ou mitigadoras, adicionais ou complementares. Da mesma maneira, atividades de manuteno da rodovia, em funo de sua natureza e magnitude, devero conduzir elaborao de estudos / definio de medidas e Programas Ambientais - bem como respectivas implementaes / implantaes. 2.3 O MANUAL PARA ATIVIDADES AMBIENTAIS RODOVIRIAS

Os temas enfocados nesta seo destas Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios, esto de um modo geral exaustivamente abordados no Manual, por isso que a consulta a esse instrumento se constitui em valioso recurso

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para a devida aplicao dos Escopos Bsicos e das Instrues de Servio que integram estas Diretrizes. O Manual em foco, constitudo de cinco sees, em seu contedo apresenta o desenvolvimento dos seguintes tpicos: APRESENTAO 1. INTRODUO

2. HISTRICOS DA QUESTO AMBIENTAL, discorrendo sobre: Evoluo da Questo Ambiental no Mundo e no Brasil e sobre a Evoluo da Gesto Ambiental do Setor Rodovirio Federal. 3. LEGISLAO E DIRETRIZES AMBIENTAIS, discorrendo sobre: Escopo e Aplicao da Legislao, Legislao Ambiental e Normas e Diretrizes Ambientais. 4. COMPONENTE AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS RODOVIRIOS, discorrendo sobre: Consideraes Gerais sobre o Transporte Rodovirio, Aspectos Gerais Ambientais dos Empreendimentos Rodovirios, Aspectos da Interface do Projeto de Engenharia com os Estudos Ambientais, Tipos de Empreendimentos Rodovirios, Fases do Empreendimento Rodovirio, Diagnstico Ambiental de Empreendimentos Rodovirios, Avaliao de Impactos Ambientais AIA, Prognstico Ambiental, Recuperao de Passivos Ambientais Rodovirios e Programas Ambientais. 5. GESTO AMBIENTAL RODOVIRIA, discorrendo sobre: Detalhamento das Atividades de Gerenciamento Ambiental de Empreendimentos Rodovirios, Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Rodovirios, Monitoramento Ambiental, Auditorias Ambientais e Audincia Pblica. BIBLIOGRAFIA 2.4 AGENTES INTERVENIENTES NO TRATAMENTO AMBIENTAL E RESPECTIVAS ATRIBUIES

As aes pertinentes para o atendimento do Componente Ambiental envolvem, de forma ordinria, um nmero bastante elevado de participantes, estando os principais a seguir listados, em funo de suas respectivas atribuies. 2.4.1 ATIVIDADES DE CUNHO NORMATIVO E DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISO

Estas atividades so de competncia do rgo Ambiental responsvel pelo Licenciamento Ambiental do Empreendimento, no caso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA, o qual dispe sobre as diretrizes bsicas a adotar, competentes aprovaes finais, expedies de Licena Ambiental, etc. Cumpre registrar que o Licenciamento Ambiental, cujo respectivo processamento est ilustrado no Fluxograma que se segue, est estruturado em trs fases: Licena Prvia, Licena de Instalao e Licena de Operao.

Fase de Obteno da LP 2Definio do TR especfico para os Estudos Ambientais Parecer Tcnico Conclusivo Inspeo Tcnica Requerimento da LP acompanhado dos Estudos Ambientais pertinentes Anlise dos Estudos Ambientais pelo IBAMA

1

3

4

5

Audincias Pblicas

6

Instaurao do Processo atravs Comunicao do Empreendimento ao IBAMA

Definio dos Estudos Ambientais

7Publicao da concesso da LP

Inspeo Conjunta

Exigncia de Estudos complementares ou reformulaes

Fase de Obteno da LI 7Parecer Tcnico Conclusivo Concesso da LI

8

9

10Requerimento de outras licenas e autorizaes p/ fase de obras Publicao Concesso LI

6Publicao do requerimento da LI Inspees Tcnicas Exigncia de Reformulao do PBA e/ou Projeto de Engenharia

Requerimento da LI acompanhado do PBA e Projeto de Engenharia

11

Implementao do Programa de Proteo do Patrimnio Arqueolgico

Termo de Compromisso Compensao Ambiental

Fase de Obteno da LO 12Requerimento da LO

11

13Concesso da LO

14Requerimento da Renovao da LO Inspeo Tcnica Publicao da Concesso da LO Publicao da Renovao da LO

10Publicao do Requerimento da LO

Implementao dos Programas Ambientais

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios

FLUXOGRAMA GERAL DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Termo de Encerramento de uso e devoluo de reas

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Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios

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O IBAMA tem suas aes subsidiadas por vrios outros rgos, entre eles o IPHAN e a FUNAI, que atuam em temas especficos. Participam ou contribuem tambm destas atividades, entre outros, os seguintes agentes: a) Os rgos Ambientais do Distrito Federal, dos Estados e dos Municpios; b) As ONG - Organizaes No Governamentais; c) rgos de Classe, Associaes, Universidades e Instituies Acadmicas. NOTA: Com alguma freqncia, estes rgos participantes propem / defendem posies conflitantes entre si. ATIVIDADES DE FISCALIZAO E EXECUO DOS SERVIOS

2.4.2

A fiscalizao dos servios efetivada pelo DNIT, atravs de suas Superintendncias Regionais e da Administrao Central. Para prover o gerenciamento e controle das questes ambientais e institucionais relativas ao modal rodovirio, o DNIT desenvolveu um sistema de informaes operado via Internet, SAGARF Sistema de Apoio Gesto Ambiental Rodoviria Federal, disponibilizando, inclusive, instrumentos necessrios s atividades de fiscalizao e de auditoria do Sistema de Gesto Ambiental. A execuo dos servios, no que se refere elaborao dos Estudos e dos Programas Ambientais, efetivada por empresas de consultoria especializadas contratadas pelo DNIT ou por tcnicos especializados, tambm contratados pelo DNIT. A empresa especializada contratada, como regra geral, dever alocar equipe tcnica competente e multidisciplinar bastante diversificada, contemplando as seguintes reas: Engenharia Rodoviria, Engenharia Florestal, Engenharia Sanitria, Arquitetura, Biologia, Botnica, Geologia, Geografia, Zoologia, Ictiologia, Hidrologia, Economia, Sociologia, Arqueologia e Direito Ambiental. A implantao dos Programas Ambientais, cujas respectivas aes e atividades esto vinculadas execuo das obras , ordinariamente, efetivada por parte do empreiteiro contratado pelo DNIT para a execuo das obras. A implementao dos Programas Ambientais, cujas respectivas aes e atividades no esto vinculadas execuo das obras, efetivada por empresas, entidades ou rgos Especficos, atravs de contratos ou convnios firmados com o DNIT. Tais implementaes e implantaes, em funo do vulto dos servios, sero acompanhadas e/ou supervisionadas por Firmas Consultoras contratadas para efetivar a gesto ambiental das obras - que devem atuar de forma independente das firmas encarregadas da superviso das obras, mas em sintonia com estas. Ao final dos trabalhos dever ser apresentado o As Built Ambiental. 2.5 ASPECTOS DA INTERFACE PROJETO DE ENGENHARIA X ESTUDOS AMBIENTAIS

Conforme j exposto, muitos procedimentos adotados na engenharia rodoviria para efeito de preservao da infra-estrutura e da operao viria se constituem, tambm, em prticas integrantes ou inerentes do adequado tratamento ambiental.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios

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Assim que, estudos geolgicos, geotcnicos, topogrficos e hidrolgicos, e com as respectivas anlises e interpretaes, se constituem nos fundamentos bsicos para as decises a tomar, dentro do enfoque de engenharia rodoviria, desde a definio do traado at as solues finais estabelecidas no Projeto de Engenharia. Vale dizer que tais estudos / anlises se processam por etapas, desde uma fase preliminar de reconhecimento, tendo continuidade, no caso geral, atravs das fases de elaborao do Plano Funcional, do Projeto Bsico e do Projeto Executivo de Engenharia. Em tal sistemtica os estudos vo se diversificando e se ampliando, passando por processos seletivos e ganhando em detalhamento, preciso e a devida confiabilidade. De outra parte, tais estudos e respectivos produtos finais vo se constituir no mais valioso subsdio para a elaborao do Diagnstico Ambiental, particularmente do meio fsico Diagnstico este que, conforme foi visto, ser desenvolvido pela empresa de consultoria encarregada da elaborao do Estudo Ambiental Especfico (EIA/RIMA ou outros). Tal empresa procede, evidentemente, anlise dentro do enfoque ambiental, incorporando, condicionamentos outros, inclusive decorrentes de outros componentes / elementos ambientais condicionamentos estes que podem se traduzir em restries aos estudos / solues estabelecidas pela engenharia rodoviria. Assim sendo, caracteriza-se uma acentuada interface entre os estudos de engenharia e os estudos de meio ambiente, interface esta que se estende tambm para outras modalidades de estudos e de componentes / elementos outros integrantes do meio ambiente - inclusive para as fases de execuo das obras e da operao da rodovia. indispensvel, portanto, que a partir dos estudos preliminares, haja um intenso processo interativo entre as equipes que desenvolvem as duas atividades, a saber: a elaborao do Projeto de Engenharia e a Elaborao do Estudo Ambiental Especfico (EIA/RIMA ou outros). Particularmente, a Fiscalizao do DNIT h que estar atenta no acompanhamento dos trabalhos, acionando as equipes competentes, ante a expectativa de ocorrncias que possam afetar a continuidade normal dos trabalhos. No sentido de se visualizar os aspectos da interface, a planilha a seguir busca retratar o complexo das atividades em foco, registrando a correspondncia que pode ser assumida entre a elaborao dos Estudos Ambientais e o Projeto de Engenharia. H que se estabelecer cronogramas e fluxogramas com programaes flexveis, mas a serem rigorosamente observadas no que respeita ao fluxo de informaes. A inexistncia de tais procedimentos fatalmente conduzir ocorrncia de restries intempestivas, por parte do meio ambiente a eventuais solues indicadas no projeto - com desperdcio de tempo, trabalho e recursos financeiros. Cabe acrescentar que os Agentes atuantes nos vrios procedimentos so os mais diversificados em termos de atribuies, qualificaes e experincias profissionais, nvel funcional / institucional - o que se constitui em um fator tendente a tornar mais complexo o desenvolvimento das atividades e o respectivo processo interativo.

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De outra parte, a formao dos tcnicos atuantes em muitos dos temas ambientais especficos no se fundamenta em cincias exatas e as referncias / pesquisas para as proposies de solues esto, em geral, divorciadas da racionalidade. Assim, as solues so de natureza subjetiva e destituda do adequado equilbrio em termos de custos e/ou sem conscincia / convico de que se trata de aplicao de recursos pblicos aonde, em especial para o meio antrpico, deve-se atender prioritariamente a necessidades coletivas, bem como ao conjunto de interesses pblicos, entre eles os mais imediatos e urgentes, oriundos das populaes mais pobres. Da mesma maneira, por vezes, medidas propostas para atender determinados componentes so conflitantes com medidas impostas por outros componentes - no existindo, por outro lado, critrio para definio de prioridade ou prevalncia. H ainda, uma tendncia de, no estabelecimento de medidas mitigadoras, buscar-se solues muito mais em funo do grau de precariedade de um determinado componente / elemento em foco, do que da intensidade / conseqncia do impacto em si. Ante o exposto, recomendvel que na definio das medidas ambientais, estas atendam aos seguintes requisitos: a) Sejam fundamentadas, sempre que possvel, em critrios objetivos e racionais; b) Atendam ao critrio do menor custo, sem prejuzo, obviamente, do atendimento ambiental; c) Atendam somente na medida do necessrio e suficiente, ao efeito mitigador decorrente do impacto em mira - independentemente do grau de precariedade do componente a ser contemplado; d) No apresentem conflitos com outras medidas propostas para atendimento ambiental outro; e) Acatem as solues ditadas e/ou propostas pela Engenharia Rodoviria, sempre que estas solues satisfaam comprovadamente, em funo de exemplos vividos e fartamente testados, ao pleito ambiental. Neste sentido, fundamental que o Coordenador-Geral dos trabalhos de elaborao do EIA/RIMA, a par de deter conhecimento especfico de toda a problemtica ambiental, seja preferencialmente engenheiro, com vasta experincia rodoviria e que sua personalidade seja pragmtica, em termos de argumentao tcnica e lgica, em defesa dos preceitos racionais que fundamentem solues ambientais satisfatrias e equilibradas e que no se traduzam na alienao dos preceitos consagrados pela engenharia rodoviria. Acrescente-se, ainda, que a empresa e a equipe tcnica responsvel pela elaborao dos estudos devero estar cadastradas no Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, conforme determina a Lei n 6938, de 31/08/1981, e a Instruo Normativa n 10, de 17/08/2001, do IBAMA.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosCorrespondncia da Elaborao dos Estudos Ambientais com o Projeto de EngenhariaEstudo de Impacto Ambiental Item / Subitem 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3 EIA/RIMA (Referncia - EB-02) Ttulo (ou Tpico) Dados do Empreendedor (alneas a/e) Objetivos e Justificativas do Empreendimento Informaes de Carater Tcnico (alneas a/l) Descrio do Empreendimento (alneas a/j) EIA Etapa Preliminar 3..3 3.4 3.4.1 Etapa Final Definio da rea de Influncia do Empreendimento Elaborao do Diagnstico Ambiental Meio Fsico Etapa Preliminar Etapa Final 3.4.2 Meio Bitico Etapa Preliminar Etapa Final 3.4.3 Meio Socioeconmico Etapa Preliminar Etapa Final 3.4.4 Anlise Ambiental Integrada Etapa Preliminar Etapa Final 3.5 e 3.6 Identificao/Avaliao dos Impactos Etapa Preliminar 3.7 e 3.8 Etapa Final Elaborao do Prognostico Ambiental e Proposio de Medidas Mitigadoras Etapa Preliminar Descrio Sumria Componentes Vinculados ao Projeto Base Cartogrfica Plano Funcional

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Projeto 1 Fase 2 Fase

Etapa Final 3.9 Elaborao da Listagem dos Programas Ambientais 3.10 e 3.11 Verificao da Conformidade Legal e Compatibilidade com Planos, Programas e Projetos co-localizados 3.12 Concluses

NOTA: 1: Os itens e subitens constantes da 1 coluna da Planilha se referem aos itens do Escopo Bsico para Elaborao de Estudo de Impacto Ambiental EB-02, das Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais. NOTA: 2: As Componentes Ambientais vo adquirindo maior grau de detalhamento e maior preciso, medida em que evoluem as etapas de elaborao do Projeto de Engenharia.

2.6

A APRESENTAO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS NO PROJETO DE ENGENHARIA

Em referncia forma de apresentao dos estudos e projetos ambientais cabem as consideraes que se seguem. Conforme exposto anteriormente, vrios dos Programas Ambientais integrantes do PBA Plano de Bsico Ambiental apresentam, ordinariamente, estreita vinculao com a execuo das obras vinculao esta que, de forma eventual, pode vir a ocorrer tambm

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26

com alguns dos demais Programas (com freqncia, intitulados de Programas Institucionais). Esta vinculao se configura ante o fato de que referidos Programas Ambientais definem medidas de carter preventivo/corretivo que vo se traduzir na construo de elementos ou componentes a serem agregados infra-estrutura da via e/ou no estabelecimento de condicionamentos vrios, a serem devidamente observados os quais vo afetar o planejamento e a programao de obras e/ou processos construtivos pertinentes. Neste sentido, cumpre ainda advir, que a Norma 070/2006-PRO j includa no competente acervo do DNIT e assim, de aplicao ordinria na execuo das obras rodovirias, incorpora ao processo de construo rodoviria um vasto elenco de condicionamentos ambientais, a serem rigorosamente observados. Mais especificamente, a Norma 070/2006-PRO dispe sobre condicionantes ambientais institudos de forma vinculada a vrios Programas Ambientais e que contemplam as reas de Uso de Obras reas estas que so definidas como os locais onde so realizadas as tarefas diretamente necessrias execuo das obras. Especificamente, essas tarefas envolvem: a Implantao, Mobilizao e Operao de Unidades Fixas e Mveis; o Desmatamento e a Limpeza de Terrenos; a Implantao e a Operao de Caminhos de Servio; a Utilizao de Jazidas e Caixas de Emprstimos; a Execuo de Aterros de Corte e de Bota-foras; e a Execuo da Drenagem, Obras-de-Arte e Obras Complementares. A Tabela a seguir ilustra, de forma bastante sumria, o respectivo contedo e orienta o processo de consulta/aplicao da mencionada Norma aplicao esta que deve ser considerada como fundamental, em especial, no caso de no se dispor formalmente do PBA ou do Programa de Monitoramento Ambiental. Tabela 1 Condicionantes Ambientais das reas de Uso de ObrasComponentes Condicionantes Genricos (itemizao) 4.2 e 5.1.1 4.2 e 5.1.1 4.2 e 5.1.1 4.2 e 5.2.1 4.2 e 5.3.1 4.2 e 5.4.1 4.2 e 5.5.1 4.2 e 5.6.1 5.4.2.1 alneas a/f 5.4.2.2 alneas a/e 5.5.2 alneas a/n 5.6.2 alneas a/m Condicionantes Especficos (itemizao) Instalaes, Jazidas e Caixas de Emprstimo Execuo Construo/Inst Servios/obras Operao Desmobilizao alao 5.1.2.1.1 alneas a/e 5.1.2.2.1 alneas a/c 5.1.2.1.2 alneas a/b 5.1.2.2.2 alneas a/b 5.1.2.3 alneas a/e 5.2.2 alneas a/e 5.3.2 alneas a/d 5.1.2.1.3 alneas a/c

Canteiro de Obras Instalaes Industriais Equipamentos em Geral Desmatamento e Limpeza do Terreno Caminhos do Servio Jazidas e Caixas de Emprstimo Aterros, Cortes e Bota-fora Drenagem, obras-dearte e obras complementares

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios NOTA:

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Os itens, subitens e alneas lanados na tabela acima correspondem itemizao referente Norma 070/2006-PRO.

Referidos elementos/componentes vinculados s medidas de cunho ambiental, que so definidos de forma precisa e detalhada, conforme o disposto no EB-04 e nas vrias IS correspondentes que se inserem nestas Diretrizes so enquadrados como solues ordinrias, em termos de Quantitativos de Itens - Servios e de Especificaes Construtivas da Engenharia Rodoviria. Assim so incorporados aos Projetos de Engenharia, para atendimento em conjunto com a execuo de obras. O competente processo de incorporao, bem como a respectiva forma de apresentao, h que se adequar s prticas consagradas pelo DNIT na elaborao e apresentao do Projeto de Engenharia as quais contemplam, em linhas gerais, a confeco da seguinte documentao. Volume 1 Relatrio do Projeto e Documentos de Licitao e Volume 2 Projeto de Execuo Estes documentos devem guardar o mximo de conciso e preciso e conter todos os detalhes exclusivamente necessrios ao perfeito entendimento das solues propostas no Projeto de Engenharia, sempre dentro do enfoque de orientar a confeco e a apresentao de Propostas para a oramentao das obras e a respectiva execuo e controle. Volume 3 Memria Justificativa Este documento, envolvendo inclusive a apresentao de Anexos, dedicado descrio da linha metodolgica adotada, descrio de alternativas de solues, resultados de Ensaios e Memrias de Clculos e todas as etapas intermedirias que subsidiarem as solues do Projeto de Engenharia incluindo os tpicos relacionados com Meio Ambiente. Volume 4 Oramento e Plano de Execuo Este documento contm as informaes pertinentes a este ttulo, observadas as particularidades do Projeto de Engenharia. NOTA: apresentada a seguir a Tabela 2 Planilha de Interface Programa Ambiental x Projeto de Engenharia - instrumento tabular que enfoca e/ou registra os Programas Ambientais integrantes do PBA e/ou daqueles que apresentam vinculao com a execuo das obras rodovirias, listando, a ttulo de exemplos, as aes e atividades pertinentes s suas respectivas implantaes e os correspondentes captulos especficos do Projeto de Engenharia em que tais aes e atividades esto devidamente tratadas e definidas. O instrumento busca disciplinar o assunto no sentido de, respeitando a sistemtica concebida e consagrada pelo DNIT no desenvolvimento da elaborao e apresentao do Projeto de Engenharia facilitar o acesso s informaes pertinentes ao tratamento ambiental, constantes no mbito do Projeto de Engenharia.

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Conforme se exps, os detalhes quando julgados pertinentes inclusive os referentes ao tratamento ambiental, devem ser registrados no Volume correspondente Memria Justificativa. Relativamente ao preenchimento Tabela 2 de Interface dever ser atendido o seguinte: Coluna 1: Designao dos Programas Ambientais Devero ser listados os Programas Ambientais institudos no PBA e que ordinariamente apresentem vinculao com a execuo das obras. Os Programas devero ser dispostos em separado, sendo um em cada campo (conforme exemplo), Coluna 2: Obras/Servios/Aes Correspondentes Devero ser listadas, relativamente a cada Programa Ambiental, as aes e atividades pertinentes bem como os condicionamentos efetivamente institudos. Cada ao/atividade especfica, embora apresentada em bloco no exemplo, deve ser registrada em linha separada. Coluna 3: Abordagem dos Temas Correspondentes no Projeto de Engenharia VOLUME 1: Relatrio do Projeto e Documentos para Concorrncia Texto Descritivo (3.1): Devero ser informadas, na linha correspondente a cada tpico a itemizao e as respectivas folhas onde, no Volume 1 do Projeto de Engenharia, o tpico tratado. Quantitativos (3.2): Relativamente a cada tipo de elemento/dispositivo a ser executado como decorrncia do Programa em foco, devero ser informados os respectivos cdigos e folhas onde os quantitativos correspondentes esto lanados, conforme o constante na Planilha de Quantidades, integrante deste Volume 1 do Projeto de Engenharia Planilha esta, destinada Cotao dos Preos por parte dos Concorrentes. Adicionalmente e, de preferncia na coluna Observaes, devero ser informadas as paginaes referentes Memria de Clculo de cada uma das respectivas Quantidades de Servios estabelecidas. Especificaes (3.3): Dever constar a designao da Especificao, no caso de ser a Especificao Geral do DNIT. No caso de Especificao Complementar ou Particular, dever ser registrada a respectiva itemizao e a folha onde a mesma se encontra. VOLUME 2: Projeto de Execuo (desenhos, esquemas, localizaes, detalhes etc.) (3.4). Devero constar os itens e as folhas do Volume 2, onde os tpicos correspondentes esto apresentados.

ABORDAGEM DOS TEMAS CORRESPONDENTES NO PROJETO DE ENGENHARIA

DESIGNAO DOS PROGRAMAS ANBIENTAIS OBS.

OBRAS/SERVIOS/AES CORRESPONDENTES

VOLUME 1 Relatrio do Projeto e Documentos para VOLUME 2 Concorrncia Projeto de Execuo (desenhos, esquemas, localizaes, detalhes e etc) Texto Quantitativos Especificaes descritivo

Execuo de Servios de Revestimento Vegetal de Taludes e Cortes, Drenagem/Obras-de-Arte Correntes, Obras de Conteno, Aterros sobre Solos Controle de Processos Erosivos Moles e Recuperao de Caixas de Emprstimos loalizadas dentro da Faixa de Domnio. Tratamento de Bota-foras. Execuo de Servios de Recuperao de Caixas de Emprstimo localizadas fora Recuperao das reas Degradadas da Faixa de Domnio, Jazidas, Pedreiras, Canteiro de Obras, Caminhos de Servio e outras Unidades de Apoio. Reduo de Desconforto e Acidentes na Rigorosa observncia na elaborao de Plano de Obras e durante a execuo Fase de Obras destas, do disposto no Programa Ambiental em foco.

Recuperao do Passivo Ambiental

Execuo dos servios definidos no Captulo especfico do Projeto de Engenharia.

Proteo Fauna e Flora

Execuo dos dispositivos para proteo e passagem de animais.

Paisagismo

Melhoria de Travessias Urbanas

Tabela 2 Planilha de Interface Programa Ambiental X Projeto de Engenharia

Transporte de Produtos Perigosos

Execuo das Obras Correspondentes, situadas dentro da Faixa de Domnio definidas no Projeto de Paisagismo. Execuo das Obras Correspondentes, definidas no Captulo do Projeto de Travessias Urbanas e outros Projetos especficos. Execuo de Postos para Fiscalizao e para atendimento a Emergncias, de Estacionamentos Especficos, de Barreiras e de Sinalizao Especfica.

Controle de Gases, Rudos e Material Particulado

Rigorosa observncia durante a execuo das obras de condicionamentos estabelecidos para a Execuo das Obras.

Segurana e Sade da Mo-de-Obra

Normas e Instrues a serem cumpridas em atendimento ao Programa de Segurana e Sade da Mo-de-Obra.

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Desapropriao

Rigorosa observncia durante a execuo das obras dos condicionamentos especficos, estabelecidos no Plano de Execuo/Ataque das Obras.

Reassentamento da Populao de Baixa Rigorosa observncia durante a execuo das obras dos condicionamentos Renda especficos, estabelecidos no Plano de Execuo/Ataque das Obras.

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Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios 2.7 CONSIDERAES ADICIONAIS SOBRE AMBIENTALA

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SUPERVISO AMBIENTAL

E O

MONITORAMENTO

O Manual para Atividades Ambientais Rodovirias, no subitem 5.1.2 Gerenciamento Ambiental da Fase de Obras de Empreendimento Rodovirios, aborda e conceitua, em termos de seus respectivos objetivos, as atividades de Superviso Ambiental e de Monitoramento Ambiental. Assim que referido Manual define tais aes na forma que se segue: Superviso Ambiental Visa inspecionar a implantao das medidas de carter ambiental, propostas nos Estudos Ambientais (EIA/RIMA ou outros) e detalhadas no PBA. Monitoramento Ambiental Objetiva o acompanhamento e a avaliao permanente, peridica ou contnua, dos efeitos esperados e da eficcia das implantaes das medidas mitigadoras e aes propostas no PBA. Os procedimentos pertinentes a cada caso, sendo afins, so desenvolvidos concomitantemente e, quando na Fase de Obras, pari passu com a execuo das obras e, conseqentemente, de forma simultnea com a fiscalizao e a superviso das obras. Relativamente Fase de Obras, objetivando sistematizar a forma de apresentao e instruir quanto ao desenvolvimento das atividades pertinentes, o conjunto de servios/obras foi desdobrando em sete grupos e conforme alinhado no Quadro 1, a seguir.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 1 Principais Atividades e Aspectos Ambientais / Sub-AtividadesAtividades Principais Aspectos Ambientais / Sub Atividades- Licena de Instalao - LI. - Licenas e/ou Autorizaes para as reas de apoio. - Cuidados ambientais relativos s reas de apoio e frentes de trabalho. - Identificao de stios histricos, arqueolgicos e espeleolgicos - Identificao dos corpos hdricos da rea de influncia. - Desmatamento e limpeza. - Desvios de trfego. - Caminhos de servios. - Desapropriaes e reassentamentos.

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Providncias Iniciais.

Servios Preliminares

Terraplenagem

- Execuo de cortes. - Execuo de aterros. - Execuo de emprstimos. - Execuo de bota-foras. - Desmonte de rochas para a execuo da plataforma estradal.

Explorao de Materiais de Construo

- Jazidas em geral de solos e cascalhos. - Pedreiras e areais

Pavimentao

- Obteno, estocagem e preparao de materiais. - Transporte de materiais. - Execuo das camadas do pavimento.

Drenagem e Obras de Arte

- Drenagem superficial de proteo da plataforma. - Bueiros (OAC). - Corta-rios. - Pontes e viadutos (OAE).

Providncias Finais

- Sinalizao e controle de acessos. - Recuperao de reas de uso do canteiro de obras. - Medidas compensatrias.

Relativamente Fase de Operao, com a mesma finalidade, os tpicos pertinentes foram agrupados em quatro fatores e efeitos ambientais, conforme o Quadro 2, que se segue.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 2 - Fatores e Efeitos Ambientais na Fase OperacionalMeio Ambiente / Atividade Fatores e Efeitos Ambientais- Segurana dos usurios e comunidade (pontos crticos). - Degradao da qualidade de vida (aspectos socioeconmicos e sanitrios) - Degradao do uso do solo - Degradao do patrimnio cultural (histrico, arqueolgico e artstico) - Cargas perigosas e sinalizao. - Fauna. - Flora. - reas legalmente protegidas.

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- Meio Antrpico.

- Meio Bitico.

- Meio Fsico.

- Solos - Recursos hdricos - Vibrao e rudos - Qualidade do ar

- Conservao de Rotina.

- Corpo estradal. -reas de uso da conservao ou de apoio e passivo ambiental.

Em seqncia, os mencionados conjuntos referentes Fase de Obras e Fase de Operao esto enfocados respectivamente nos Quadros 3/9 e Quadros 10/13, que se seguem. Referidos Quadros, contemplando os Procedimentos e Aes Ambientais pertinentes a cada fase, enfocam, relativamente a cada caso os seguintes tpicos: Sub-atividades; Fatores/Eventos Geradores; Procedimentos e Aes a serem Adotados (ou Recomendados) e respectiva Ocasio e Freqncia. Vale dizer que a verificao da efetiva e adequada implementao de tais procedimentos e aes recomendados se constitui, em essncia, no objeto da superviso e do monitoramento ambiental.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 3 - Providncias Iniciais Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de ObrasSub Atividades-Obteno de LI. - Falta de L I. - Providenciar a Licena de Instalao, evitando o embargo da obra.

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Fatores/Eventos Geradores

Procedimentos e Aes a serem adotados

Ocasio e FreqnciaAntes de iniciar as construes das obras.

- Pendncias no atendimento das exigncias. -Licenas e Autorizaes para as reas de apoio. - Cuidados especficos relativos ao canteiro de obras - Falta de Licenas / Autorizaes para as reas de apoio - Surgimento de doenas transmissveis - Surgimento de vetores de doenas. - Poluio das guas (superficiais e subterrneas)

- Providenciar o cumprimento das exigncias e condicionantes da L I. - Providenciar as Autorizaes dos rgos ambientais competentes (IBAMA, Prefeituras Municipais e outros). - Controlar a sade no ingresso de efetivos da mo de obra.

Semanal. -Observar os prazos de validade.

-na contratao.

- Controlar a captao / abastecimento de gua; rede de esgotos e destino dos dejetos; manejo do lixo e depsito de materiais. - Controlar o sistema de filtragem de graxas e leos, tanques de combustvel, lubrificantes, asfaltos, etc. - Controlar o manejo dos efluentes, rede de esgotos e destino dos dejetos. - Manter midas superfcies de caminhos de servio, ptios, etc. - Providenciar a regulagem das usinas e os filtros, ciclones, etc. - Utilizar roupas prprias e equipamentos de proteo, sendo obrigatrio o uso de coletes refletivos ou fosforescentes em servios mveis pelos trabalhadores que esto sobre o leito rodovirio ou prximo do fluxo de veculos. Todos os veculos de servio, que transitam em velocidade reduzida ou permanecem estacionados no leito rodovirio, devem ser equipados com dispositivos de sinalizao especial, constante de faixas horizontais e/ou verticais, com largura mnima de O.15m, nas cores laranja e branca, alternadamente tanto na traseira como na dianteira. Quando para uso noturno, devem ser refletivas. - Verificar o potencial indicado nos Estudos Ambientais na rea a ser diretamente afetada, com apoio de pessoal especializado. Caso haja evidncias de vestgios histricos ou arqueolgicos dever-se- recorrer a equipes especializadas, que providenciaro a autorizao e seguiro procedimentos estabelecidos pelo IPHAN.

- Mensal - Semanal - Semanal - Quinzenal. - Mensal

- Poluio do ar.

- Diria. - Diria. - Diria.

-Possibilidade de acidentes com o pessoal da obra.

- Identificao de stios Histricos/ Arqueolgicos

-Empreendimentos afetando stios histricos, arqueolgicos e espeleolgicos detectados nos Estudos Ambientais e inspeo das reas.

Antes da execuo da limpeza e terraplenagem das reas de interesse. .

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 4 - Servios Preliminares Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de ObraSub Atividades Fatores/Eventos Geradores. Procedimentos e Aes a serem adotados Ocasies/ Freqncia- Antes de Iniciar o desmatamento. Durante todo o servio.

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- Desmatamento e limpeza.

- Falta da Autorizao.

- Obter autorizaes do IBAMA.

- Inicio do desmatamento e limpeza.

- Realizar o manejo adequado do desmatamento e o atendimento aos compromissos firmados nas autorizaes. Estocar convenientemente o solo da camada vegetal, em local no sujeito eroso, para uso posterior na superfcie resultante. - Manter os limites Impostos pelos Licenciamentos / Autorizaes Especificas. - Observar o exato cumprimento das NOTA:s de Servio

- Irregularidades na rea desmatada - Surgimento de eroses, e riscos de instabilidade. - Incndios / proliferao de animais peonhentos.

- Diria.

- Diria.

- Manejar adequadamente a remoo e depsito da vegetao. Estocar adequadamente a camada de terra orgnica, para futuro emprego. Reconformar a topografia e reposio da camada de terra orgnica estocada, evitandose o carregamento deste material. - Manejar adequadamente a vegetao removida, evitando-se enredamento de restos vegetais. Desassorear e limpar os bueiros. - Implantar sinalizao adequada inclusive para a noite (nenhum servio deve ser Iniciado sem que a sinalizao correspondente esteja implantada). Estabelecer velocidade mxima compatvel com a via utilizada. - Manter a pista umedecida para evitar a suspenso de poeira.

- Diria.

Desmatamento e limpeza.

- Assoreamento de corpos d'gua / bloqueio dos talvegues. -Obstruo de bueiros.

- Diria.

- Diria. - Diria.

- Desvio de trfego

- Possibilidade de acidentes.

- Excesso de poeira em desvios de terra. - Eroso ou assoreamento nos terrenos vizinhos

- Diria.

- Observar o funcionamento adequado das obras de drenagem principalmente nas travessias de cursos dgua.

Quinzenalmente ou diria nas temporadas de chuvas. Aps o final de sua utilizao.

- Demolir completamente o desvio construdo para evitar caminhos preferenciais para guas pluviais.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades Fatores/Eventos Geradores. Procedimentos e Aes a serem adotados Ocasies/ Freqncia

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- Caminhos de servio.

- Surgimento de eroses na estrada ou nos terrenos adjacentes. - Assoreamento de corpos d'gua e talvegues - Reteno no fluxo das guas superficiais. - Rompimento bueiros. - Ocorrncia de poeira ocasionando poluio e perigo de acidente. Ocorrncia de lama. Trfego perigoso dos equipamentos com risco de acidentes.

- Observar o funcionamento adequado das obras de drenagem, principalmente nas travessias de cursos dgua.

Quinzenalmente ou diria, nas temporadas de chuvas.

- Aspergir a gua nos trechos poeirentos. - Diria, quando ocorrer.

- Adequar a drenagem das guas pluviais e remover a camada de lama - Sinalizar e controlar a velocidade, especialmente em trechos com trfego terceiros. - Desmanchar totalmente o caminho de servio, quando terminada a necessidade de sua utilizao, bem como os bueiros e obras de drenagem, fazendo voltar o terreno s suas condies originais. - Recompor a cobertura vegetal da rea utilizada pelo caminho de servio. - Diria quando ocorrer. - Diria quando em utilizao.

Trmino de utilizao.

- Aps o final de utilizao.

- Aps o final de utilizao. S dever ter inicio aps a Licena Prvia da obra.

Desapropriaes e reassentamentos.

Desapropriaes de propriedades

- Acompanhar os processos por via administrativa (acordo entre partes quanto ao preo), ou por processo judicial (falta de acordo, seguindo o rito judicial estabelecido em lei). - Cadastrar as moradias subnormais a serem atingidas, bem como as famlias para evitar o oportunismo de invasores. - Elaborar pesquisa socioeconmica e preparar Plano de Reassentamento. - Efetuar a remoo, segundo o Plano de Reassentamento aprovado pelo rgo Ambiental e/ou rgos Financiadores. - Fazer acompanhamento da situao das famlias reassentadas. - Manter vigilncia aps a remoo das famlias e o desmanche das moradias

- Remoo de aglomerados tipo favela.

To logo seja definida a rea afetada.

Aps o cadastramento. Aps aprovado o plano, a critrio do DNIT. At o termino da obra.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades Fatores/Eventos Geradores. Procedimentos e Aes a serem adotadosatingidas, para evitar nova ocupao. Recolher os materiais resultantes de desmanche em locais adequados prprios deposio desses resduos (Iixes).

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Ocasies/ FreqnciaPermanentemente.

Durante a remoo.

Quadro 5 - Terraplenagem Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de ObrasSub Atividades Fatores/Eventos Geradores- Possibilidade de eroses.

Procedimentos e Aes a serem adotados- Cobrir a superfcie do talude com vegetao ou outro mtodo de proteo preconizado.

Ocasio/ FreqnciaAps execuo do corte.

-Execuo de cortes em materiais de1 e 2 categorias (solos e rochas alteradas)

- Controlar a pega da vegetao e avaliar a necessidade de repasse. - Verificar a adequao dos dispositivos de drenagem

Semanalmente .

Semanalmente . Escorregamentos e queda de blocos. - Controlar a ocorrncia, adotando conforme a causa, um ou mais dos procedimentos a seguir: - cobertura da superfcie do talude. - Implantao de mantas vegetais, tirantes e aplicao de gunita. - criao de banquetas. - contenso do talude por meio de gabies ou outras estruturas de conteno. - reduo da Inclinao do talude. Deixar as cristas sem arestas vivas, fazendo uma concordncia por meio de um arco de circunferncia - Observar a existncia de superfcies propcias a deslizamento devido a posio de estruturas geolgicas Implantar dispositivos de drenagem adequados (crista e p de corte). Semanalmente .

Semanalmente . Aps a execuo do corte.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades-Execuo de cortes em materiais 1 e 2 categorias (solos e rochas alteradas)

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Fatores/Eventos Geradores- Ocorrncia de nuvens de poeira com perigo de acidentes. - Ocorrncia de lama no trajeto dos equipamentos.

Procedimentos e Aes a serem adotados- Aspergir gua nos trechos poeirentos.

Ocasio/ Freqncia- Diria, quando ocorrer. - Diria, quando ocorrer.

- Remover as camadas de lama nos trechos atingidos.

- Velocidade excessiva dos equipamentos com perigo de acidentes. - Queda de material transportado durante o trajeto, em trechos urbanos ou semiurbanos.

- Controlar a velocidade em trechos com trfego de terceiros. - Diria, quando ocorrer. - Cobrir as caambas com lonas, - Remover o material tombado sobre a via. - Diria, quando ocorrer.

- Execuo de cortes em materiais 3 categoria (rochas).

- Retirada da capa superior (material terroso) - Desmonte de rocha.

- Proceder como prescrito para o item Execuo de cortes.

- Antes de iniciar a execuo

- Utilizar somente pessoal habilitado ao uso de explosivos. - Depositar em bota-fora, caso o material escavado no seja aproveitado para corpo de aterro, ou outras finalidades, procedendo como prescrito para o item Execuo de Bota-foras.

- Durante a execuo. - Diria, quando ocorrer.

- Queda de blocos.

- Utilizar os processos recomendados para a estabilizao: - aparafusamento de rochas, injees de cimento, fixao com obras de concreto, rede metlica, gunitagem, etc, em caso de instabilidade durante a execuo do desmonte.

- Durante a execuo.

-Execuo de aterros.

- Eroses e/ou instabilidade.

- Proteger to logo possvel, os taludes e valetas de drenagem com revestimento vegetal ou outro preconizado. Deixar as cristas sem arestas vivas, fazendo uma concordncia por meio de um arco de circunferncia. - Manter inclinao adequada ou corrigir a drenagem. - Compactar o material depositado.

- Semanal.

- Aumentar a freqncia em pocas de chuva.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades Fatores/Eventos Geradores Procedimentos e Aes a serem adotados- Observar a ocorrncia de eroso interna (Piping) - Recalques. - Observar as condies da fundao. Conforme o caso, adotar bermas ou outra soluo indicada por estudos geotcnicos, alm de manter drenagem adequada e fazer compactao. - Monitorar o comportamento das obras de arte localizadas no aterro. - Semanal. - Execuo de Emprstimos. - Emprstimos dentro da faixa de domnio - Proceder analogamente ao prescrito para o item Execuo de Cortes. - Dar preferncia ao alargamento dos cortes do corpo estradal. ou ao escalonamento dos seus taludes.

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Ocasio/ FreqnciaSemanal.

- Semanal.

- Emprstimos fora da faixa de domnio.

- Solicitar o Iicenciamento dos rgos ambientais, inciando a explorao somente aps a regularizao por Licenciamento Ambiental e devidas autorizaes. - Estocar convenientemente o solo vegetal (camada superior) para posterior utilizao na recuperao da rea.

- Antes de iniciar a operao.

- Durante a execuo.

- Execuo de Emprstimos.

- Eroses e assoreamento dos talvegues. Ocorrncia de poeira. - Ocorrncia de lama.

- Proceder analogamente ao prescrito para o item Execuo de Cortes.

-2 a 3 vezes na semana - Diria quando ocorrer

- Aspergir gua nos trechos poeirentos. - Remover as camadas de lama, nos trechos atingidos. - Controlar a velocidade principalmente trechos com trfego de terceiros. - Cobrir as caambas com lonas. - Remover o material tombado sobre a via.

- Velocidade excessiva. - Queda de material durante o transporte.

- Diria quando ocorrer

- Diariamente - Execuo de botaforas. - Bota-foras dentro da faixa de domnio. - Dispor preferencialmente o material como alargamento dos aterros do corpo estradal ou como bermas - Executar compactao em todo o volume depositado, idntica a do aterro da - Na execuo

- Diria

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades Fatores/Eventos Geradores- Bota-foras fora da faixa de domnio.

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Procedimentos e Aes a serem adotadosplataforma da terraplenagem. - Observar os cuidados recomendados em Bota-foras dentro da faixa de domnio alm de: . privilegiar as reas que j se encontram degradadas. . obter autorizao do proprietrio. . verificar se a rea escolhida no est em rea de Preservao Permanente ou rea de Proteo Ambiental.

Ocasio/ Freqncia

- Antes de iniciar a execuo

- Antes de iniciar a execuo. - Antes de iniciar a execuo. - Antes de iniciar a execuo.

- Execuo de botaforas. (continuao)

. verificar a obteno do Licenciamento Ambiental. - Eroses, instabilidade e recalques. - Proceder analogamente ao recomendado para o item Execuo de Aterros.

- Semanal.

- Ocorrncia de poeira. - Queda de material durante o transporte.

- Proceder analogamente ao prescrito para o Item Emprstimos fora da faixa de domnio.

- Diria quando ocorrer. Conforme indicado no item citado.

- Solos para servios de pavimentao(emprsti mo para pavimentao)

. Execuo de emprstimo dentro ou fora da faixa de domnio.

Proceder analogamente ao recomendado para o item Execuo de emprstimo em terraplenagem.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 6 - Explorao de Materiais de Construo Procedimentos e Aes Ambientais Fase de ObrasSub Atividades Fatores/Eventos Geradores- Autorizao para a explorao por parte do Proprietrio e dos rgos Competentes.

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Procedimentos e Aes a serem adotados- Obter a Licena de Instalao e Licena de Funcionamento junto ao DNPM, Prefeitura e rgo Ambiental competente, conforme prescrito, quando a jazida no for de explorao comercial. - Solicitar a documentao de regularidade ambiental, quando a jazida for de explorao comercial.

Ocasio e Freqncia- Antes de iniciar a explorao.

- Explorao de pedreiras, cascalheiras e areais.

Semanal.

- Descumprimento das exigncias de LI ou LF. - Poluio das guas (superficiais ou subterrneas). -Poluio do ar (Trfego perigoso dos equipamentos nos caminhos de servio). - Queda de material transportado durante o trajeto. - Final da explorao.

- Observar o cumprimento de todas as exigncias condicionantes na LI e LF. - Proceder analogamente ao prescrito para o item relativo ao Canteiro de Obras Proceder analogamente ao prescrito para o item relativo Execuo de Emprstimos. - Proceder analogamente ao prescrito para o item Emprstimos fora da faixa de domnio. - Executar a recuperao ambiental da rea, quando no for de explorao comercial, conforme previsto no PRAD - Plano de Recuperao de rea Degradada. - Solicitar a vistoria pelos tcnicos dos rgos Ambientais competentes, aps a recuperao. Devolver a rea a seu titular, atravs de Termo de Encerramento / Devoluo / Recebimento, a fim de cessar as responsabilidades do DNIT, quanto a eventuais degradaes posteriores.

Quinzenalmente.

- Diria.

Diria, quando em utilizao.

Diria, quando ocorrer.

Na concluso da explorao.

- Termo de Encerramento e Devoluo ao Proprietrio.

Ao fim da recuperao.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 7 - Pavimentao Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de Obras.Sub Atividades-Obteno, estocagem e preparao de materiais.

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Fatores/Eventos Geradores- Obteno de materiais.

Procedimentos e Aes a serem adotados- Proceder analogamente ao prescrito no item Execuo de Emprstimos, quando se tratar de materiais terrosos. Para materiais ptreos, observar o prescrito para o item Explorao de Pedreiras, Pedregulheiras e areais. - Obter a licena de Instalao, caso haja necessidade de beneficiamento ou mistura em usinas, anlogo ao prescrito no item Licenas/Autorizaes para as reas de apoio. - Proceder analogamente ao prescrito no item Execuo de Emprstimos

Ocasio e Freqncia- Conforme prescrito nos itens citados.

- Preparao de materiais.

- Antes de iniciar os servios.

- Transportes de materiais.

- Queda de material transportado durante o trajeto, em trechos urbanos ou semi-urbanos. - Ocorrncia de nuvens de poeira com perigo de acidentes.

- Diria, quando ocorrer.

- Aspergir gua nos trechos poeirentos.

- Diria, quando ocorrer.

- Velocidade excessiva dos equipamentos com perigo de acidentes. Excesso de aquecimento no transporte de cimentos asfalticos, com perigo de incndio.

- Controlar a velocidade principalmente nos trechos com trfego de terceiros. - Observar as prescries para transporte de cargas perigosas. Particularmente, cuidar para que no sejam ultrapassadas as temperaturas recomendadas e especialmente, a correspondente ao ponto de fulgor. - Observar as prescries para instalao dos tanques de armazenagem Reter em ptios apropriados para tal fim, os veculos transportadores de produtos perigosos que no se apresentem em perfeitas condies ou no estejam devidamente identificados, conforme a legislao.

- Diria, quando ocorrer.

- Permanentemente, enquanto a carreta estiver carregada.

- Vazamentos nos tanques de armazenamento ou em veculos transportadores de produtos perigosos.

- Permanentemente enquanto a carreta estiver carregada, e diria nos tanques de armazenamento.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades Fatores/Eventos Geradores- Avano de cada camada do pavimento em meia pista, prejudicando a segurana do trfego.

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Procedimentos e Aes a serem adotados- Observar a perfeita sinalizao, prtica j consagrada principalmente noite. O ideal manter condies de trfego em ambos os sentidos, ainda que com restrio do nmero de faixas de trfego para cada sentido. Em rodovia de pista simples, pode-se reservar o acostamento para complementar a mo dupla.

Ocasio e Freqncia- Diria, com cuidados especiais noite.

-Execuo das camadas.

- Equipamentos momentaneamente fora de operao, estacionados no trecho em obras.

Proceder manuteno de sinalizao adequada, especialmente a noturna. Nunca estacion-los na pista nem nos acostamentos. Escolher reas laterais contguas fora da faixa de rolamento.

- Diria, com cuidados especiais noite.

Quadro 8 - Drenagem e Obras de Arte Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de ObrasSub Atividades Fatores/Eventos Geradores- Localizao errada dos dispositivos de drenagem.

Procedimentos e Aes a serem adotados- Corrigir a localizao inadequada, muito freqente, principalmente nos projetos feitos por programao eletrnica.

Ocasio e Freqncia- Especialmente durante a ocorrncia de chuvas.

- Drenagem superficial.

- Eroso ao longo das sarjetas de crista de cortes ou nos pontos de descarga.

- Adotar sistemtica de revestimento das mesmas (vegetal ou at mesmo concreto de cimento, conforme o caso), se o terreno for suscetvel eroso. Por economia ou devido a programas de projetos por computao, o final das sarjetas fixado nos P. P, (passagem de corte para aterro), o que freqentemente leva eroso no talude do aterro Prolong-las at um ponto mais favorvel e usar dissipador de energia, se necessrio. - Verificar as condies de projeto, onde devem ser consideradas no clculo da vazo, as possveis alteraes futuras do uso do solo das bacias. Constatado o subdimensionamento, adequar/complementar a obra existente.

Mensal, de preferncia aps a ocorrncia de chuvas.

- Bueiros.

-Inundaes montante dos bueiros, por ocasio das chuvas mais tortes, alagando propriedades Iindeiras.

- Verificar a condio de escoamento por ocasio das chuvas mais fortes.

- Eroses na boca de jusante de bueiros

- Verificar o comprimento e a declividade da obra Em alguns casos haver necessidade de prolong-la ou adotar dissipadores de energia, junto boca de jusante.

Semanal.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosSub Atividades- Corta-rios.

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Fatores/Eventos Geradores- Possibilidade de inundaes montante e jusante da rodovia. (surgimento de lagos).

Procedimentos e Aes a serem adotadosMelhorar as condies de escoamento do corta-rio quando for rompida a situao de equilbrio que existia entre o curso dgua e o terreno onde ele percorria. Em terrenos instveis, h uma tendncia do curso dgua voltar ao seu leito inicial. - Melhorar a proteo das margens, quando houver indicativo de aumento de velocidade e conseqente ao da energia liberada.

Ocasio e Freqncia- Especialmente durante a ocorrncia de chuvas.

- Possibilidade de eroses jusante, com abatimento de encostas e margens, com possveis efeitos sobre benfeitorias. - Possibilidade de eroso das saias dos aterros e retroeroso do terreno, atingindo a rodovia. - Perdas d'gua em porosidades naturais, com ressurgncias em outros locais.

- Especialmente durante a ocorrncia de chuvas

- Implantar soluo anloga ao Item anterior.

- Especialmente durante a ocorrncia de chuvas.

- Efetuar anlise e executar as obras adequadas, quando houver indlcatlvo da existncia de fendas, cavernas, camadas com alta permeabilidade. Problema de difcil soluo, que pode at inviabilizar o cortario, conforme o caso.

- Especialmente durante a ocorrncia de chuva

- Pontes e viadutos.

- Pontes: Possibilidade de transporte de troncos e galhadas, em bacias com incidncia de desmatamento, formando os "balseiros".

- Analisar necessidade de re-projetar a infra-estrutura para adequar o espaamento entre os pilares locando-os, se possvel fora do leito normal. Alm da restrio ao escoamento da massa lquida, esses balseiros podem provocar o deslocamento dos pilares a acarretar eroso nos aterros dos encontros.

Antes de iniciar a execuo e especialmente durante a ocorrncia de chuvas.

- Viadutos: Possibilidade de acidentes nos desvios de trfego implantados.

- Proceder como prescrito no Item Desvios de Trfego.

- Diria.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 9 - Providncias Finais Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de ObrasSub Atividades.- Sinalizao e controle de acesso para entrega ao trfego. - Recuperao das reas de apoio.

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Fatores/Eventos Geradores- Risco de acidentes.

Procedimentos e Aes a serem adotados- Seguir projeto (baseado no Manual de Sinalizao Rodoviria do DNER).

Ocasio e Freqncia- 2 a 3 vezes por semana, na execuo. - Aps a utilizao da rea em questo.

- M configurao geomtrica em locais utilizados como caixas de emprstimo, botaforas, jazidas, pedreiras, etc, acarretando danos ambientais.

Reconformar a topografia e todas as reas utilizadas durante a construo, conforme os terrenos adjacentes, mediante atenuao dos taludes e reordenao das linhas de drenagem. As reas devero receber revestimento vegetal. Observar o prescrito nos Itens Emprstimos e Bota-foras.

- Observar o cumprimento no Plano de Recuperao submetido ao Licenciamento.

- Remanescentes de estruturas utilizadas como canteiro de obras.

- Recuperar mediante reposio de solo orgnico, as reas utilizadas na fase de obras, objetivando seu rpido recobrimento com vegetao natural As depresses formando bacias devem ser drenadas. - Remover todas as sobras de materiais abandonadas. - Demolir e remover os remanescentes de estruturas. - Adoo das medidas compensatrias em conformidade com os Estudos Ambientais (EIA ou outro) e com o projeto, e aprovadas pelo rgo licenciador. - Solicitar vistoria pelos tcnicos dos rgos ambientais competentes para devoluo da rea a seu titular, atravs de "Termo de Encerramento e Devoluo ou Recebimento, a fim de cessar a responsabilidade do DNIT, quanto a eventuais degradaes posteriores. - Verificar o Termo de Recebimento Definitivo da Obra, com Vistoria e Parecer de Comisso, que deve incluir representante da rea ambiental do DNIT.

- Aps o trmino da utilizao.

- Medidas compensatrias.

-Impactos negativos no evitados ou mitigados em rea de preservao. -Trmino de utilizao

- Conforme programao aprovada. - Ao final dos trabalhos.

- Final de utilizao das reas de apoio

-Recebimento da obra.

- Final da obra.

- Aps solicitao da firma empreiteira e limpeza da rodovia.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais Rodovirios Quadro 10 - Meio Antrpico Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de OperaoAtividades- Monitoramento das condies de segurana operacional.

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Fatores e Eventos Geradores- Ocorrncia repetida de acidentes de trfego em dado trecho ou local da rodovia (ponto crtico).

Aes Recomendadas- Verificar detidamente as condies de visibilidade, a sinalizao, as condies de traado, superelevao em curvas, condies do pavimento, acessos, etc. Em caso de cruzamentos ou intersees, verificar as condies de funcionalidade. - Identificar a causa e corrigir, o quanto antes o defeito, sinalizando o local enquanto no for executada a correo. - Manter sinalizao, informando a velocidade permitida. - Implantar placas educativas, quando aconselhveis. - Fazer as verificaes recomendadas acima. Os acidentes mais graves so geralmente os resultantes de coliso frontal. Nas rodovias de pista dupla, procurar melhorar a separao entre elas. - Verificar as cercas de vedao da faixa de domnio. - Colocar placas de advertncia em locais propcios a esse evento. -Verificar se o local objeto de travessia freqente de pedestres. - Projetar e manter dispositivos para tal fim (passarelas, passagens inferiores, etc.). - Verificar se o local objeto de tela metlica ou dispositivo passa-bicho. - Controlar as condies de acesso rodovia. Acessos a estabelecimentos comerciais ou postos de servio, s devem ser permitidos quando devidamente concedidos pelo DNIT. - O cruzamento de vias transversais sem os dispositivos de interseo, s podem ser tolerados em rodovias vicinais de pequeno trfego, quando devidamente sinalizados. - Prevenir e proteger com defensas as reas de contribuio aos mananciais utilizados para abastecimento humano, ao longo da rodovia. - Verificar a necessidade de implantao de reas especiais para

Ocasio/ Freqncia/Observao- Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria.

- Excesso de velocidade por parte dos usurios.

- Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria.

- Acidentes causados por defeitos ou deficincias da rodovia.

- Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria.

- Acidentes causados por animais na pista. - Acidentes causados por neblina ou cerrao. - Acidentes e risco de atropelamento de pedestres ou animais.

- Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria. - Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria. - Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria.

- Risco de acidentes em acessos ou vias transversais rodovia.

- Observar as estatsticas de acidentes junto a Policia Rodoviria.

- Risco de acidentes com veculos transportadores de cargas txicas.

Permanentemente, em especial, nas reas de mananciais de abastecimento humano.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosAtividades Fatores e Eventos Geradores Aes Recomendadasestacionamento desses veculos, localizados nos extremos e externamente s reas, destinadas inspeo e reteno provisria dos veculos em desacordo com o Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos (Decreto n 96.044 de 19/05/88). - Ocorrncia de acidente com veculos transportadores de cargas txicas. Atendimento a situaes de emergncia - Exigir procedimentos descritos no Regulamento para Execuo do Servio de Transporte Rodovirio de Cargas ou Produtos Perigosos. obrigatrio tais veculos portarem o 'Envelope para o Transporte' e a Ficha de Emergncia, contendo instrues escritas, preparadas pelo expedidor, orientando quanto ao que deve ser feito. - Comunicar ao rgo da defesa civil, corporao de bombeiros ou Polcia Rodoviria Federal. - Interpor entre a pista e a Instalao a preservar, barreiras acsticas ou espessos bosques de vegetao, como soluo para atenuar tais problemas.

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Ocasio/ Freqncia/Observao

Monitoramento das condies de segurana operacional (Cont.).

- Em caso de ocorrncia de acidentes ou irregularidades no transporte.

- Monitoramento da degradao das condies de vida.

- Poluio sonora afetando atividades sensveis ao rudo do trafego (escolas, creches, hospitais, etc.). - Dificuldade de acesso e deslocamento da populao, devido ao crescimento de localidades, causando segregao urbana.

- Proceder como prescrito para Vibraes e Rudos.

- Prever a implantao de passarelas e at cruzamentos ou novas Intersees, nos casos notrios de rodovias que exercem atrao ocupao sobre os ncleos urbanos. Embora inicialmente localizados em um dos lados da via, com o crescimento surgem bairros no lado oposto.

Quando comear a ocorrer.

- Monitoramento da degradao do solo.

- Eroses e assoreamentos originados no corpo da rodovia, em antigas caixas de emprstimo, em botaforas, em jazidas, etc.

- Adequar os dispositivos de drenagem, evitando pontos de concentrao que desencadeiam processos erosivos e, conseqentemente, assoreamentos nos corpos d'gua. - Verificar a proteo vegetal das reas e a necessidade de melhoria da drenagem.

- Especialmente nas pocas chuvosas.

- Alagamentos por ocasio das grandes chuvas, em locais onde houve supresso da vegetao, posteriormente, implantao da rodovia.

- Implantar a obra de arte suplementar, quando necessria. A supresso posterior da vegetao altera o tempo de concentrao da bacia e, conseqentemente, a vazo de projeto.

- Especialmente nas pocas chuvosas,

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Programas Ambientais RodoviriosAtividades Fatores e Eventos Geradores- Poluio de cursos d'gua ocasionada por Instalaes de operao da rodovia.

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Aes Recomendadas- Adotar para as Instalaes de operao da rodovia (postos de policia, balanas, pedgios, residncias etc.), as mesmas prescries contidas nas SubAtividades Canteiro de Obras, constante do Quadro 3 -Providncias iniciais.

Ocasio/ Freqncia/ObservaoMensal.

- Monitoramento da degradao do patrimnio histrico

- Construes abandonadas margem da pista, que apresentam, contudo, valores histricos, artsticos ou culturais.

- Preservar e conservar em estradas de cunho turstico, remotas construes, tais como antigas sedes de fazendas, muros de pedra, pontes abandonadas pelo novo traado, portais, marcos, etc. - Quando situados na faixa de domnio, esses locais alm de preservados e conservados podem ser convertidos em locais de parada, contribuindo para maior atrao turstica.

- Eventual por ocasio das inspees de rotina.

Quadro 11 - Meio Bitico Procedimentos e Aes Ambientais na Fase de OperaoAtividades Fatores e Eventos Geradores- Atropelamento sistemtico de animais silvestres em pontos especficos.

Aes Recomendadas

Ocasio/Freqncia/ Observao

- Preservao da fauna

- Implantar sinalizao alertando os motoristas para diminuir a velocidade de operao, principalmente em reas de parques e reservas ambientais. A ocorrncia sistemtica em pontos especficos deNOTA: a existncia de uma rota preferencial para os animais vitimados. - Implantar barreiras acsticas lateralmente rodovia ou intercalar bosques entre a rodovia e a rea a ser preservada.

- Rotineira, por ocasio das inspees.

- Prejuzos fauna em regies silvestres, em face do rudo dos veculos, poluio do ar, etc, ocasionados pelo trfego. - Preservao da flora. - Ocorrncia de incndios originados por queima da vegetao na faixa de domnio.

- Rotineira, por ocasio das inspees.

- Proibir terminantemente atear fogo nos produtos de capina e roadas. Tendo em vista evitar incndios ocasionados por pontas de cigarro, atiradas pelos usurios, manter sempre roada uma pequena faixa nas proximidades da pista. - Manter sinalizao alertando os usurios e conservar, principalmente nessas reas, as cercas marginais, dado que a existncia da rodovia facilita o acesso e a movimentao de pessoas induzindo tais Invases. - Promover a recomposio da vegetao, tendo em vista a proteo contra eroses e poluio do corpo d'gua, especialmente no caso da

- Permanentemente.

-Preservao de reas Legalmente Protegidas.

- Invaso de reas legalmente protegidas, especialmente Unidades de Conservao, cruzadas pela rodovia. - Perda de vegetao ciliar na transposio dos cursos d'gua.

- Mensal.

- Semestralmente.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos