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Aula 01 Direito Ambiental p/ XX Exame de Ordem - OAB Professor: Rosenval Júnior

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Direito Ambiental p/ XX Exame de Ordem - OAB

Professor: Rosenval Júnior

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Direito Ambiental Constitucional. Competências Constitucionais. O meio

ambiente na Constituição Federal de 1988.

SUMÁRIO PÁGINA

A Constituição de 1988 e o meio ambiente 2

MEMOREX do art. 225 38

Questões comentadas 40

Lista de questões + gabarito 94

Prezados alunos,

Separei as questões aplicadas no Exame de Ordem para facilitar o estudo de

vocês. Abaixo está a lista por Banca e com os respectivos temas cobrados. As

questões foram apresentadas na ordem de aplicação do Exame. Embora a Banca

atual seja a FGV, também comentei questão da Banca CESPE para exercitarmos

mais. Uma ou outra questão acaba misturando assuntos diferentes, mas na essência

o conteúdo exigido no Exame sobre o meio ambiente na Constituição Federal foi:

Questão 90 (Banca CESPE) – Art. 225, da CF/88 (Do Meio Ambiente). Mais

especificamente o § 4.º, do art. 225, da CF/88, que dispõe sobre Patrimônio

Nacional.

Questão 91 (Banca FGV) – Repartição de Competências.

Questão 92 (Banca FGV) - Repartição de Competências.

Questão 93 (Banca FGV) – Artigo 231, da CF/88 (Dos Índios)

Questão 94 (Banca FGV) - Art. 225, da CF/88 (Do Meio Ambiente). Mais

especificamente o § 4.º, do art. 225, da CF/88, que dispõe sobre Patrimônio

Nacional.

Questão 95 (Banca FGV) - Repartição de Competências.

Questão 96 (Banca FGV) - Repartição de Competências.

Notem que os temas mais cobrados são: repartição de competências e o artigo

225, da CF/88. Esse deve ser o foco do estudo de vocês!

Prof. Rosenval Jr.

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Constituição Federal de 1988 e o meio ambiente

A Constituição Federal de 1988 foi a primeira das Constituições

brasileiras a dedicar um capítulo exclusivo para tratar especificamente

sobre o meio ambiente, com enfoque protecionista. O art. 225 traz as

diretrizes do direito ambiental. No entanto, a abordagem ambiental da

CF/88 não fica restrita a esse artigo, estando presente ao longo de toda a

Carta referências à proteção e defesa do meio ambiente.

Vamos iniciar o estudo com as competências, mas antes vamos ver

a classificação dos bens públicos. Em seguida analisaremos os dispositivos

do artigo 225, o mais importante em matéria ambiental.

Bens Públicos Ambientais

Classificação dos bens públicos quanto à finalidade:

Bens de uso comum: Podem ser usados por todos, indistintamente.

Ex.: rios, mares, ilhas oceânicas, praias, estradas, ruas e praças.

Bens de uso especial: Possuem uma destinação pública específica.

Ex.: Terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental (art.20,

II da CF/88) e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20,

XI da CF/88).

Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial,

nem são de uso comum. Constituem o patrimônio da União, Estados ou

dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma

dessas entidades. Os bens dominicais representam o patrimônio

disponível do Estado, pois não estão destinados ou afetados.

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Bens ambientais da União

Os bens pertencentes à União estão previstos no art. 20 da

Constituição Federal.

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das

fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e

à preservação ambiental, definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de

seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites

com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou

dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias

fluviais;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros

países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,

excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto

aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal,

e as referidas no art. 26, II;

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona

econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

VIII - os potenciais de energia hidráulica;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e

pré-históricos;

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Bens dos Estados

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Os bens ambientais dos Estados estão dispostos no artigo 26 da

Constituição e são os seguintes:

As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em

depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de

obras da União;

As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,

excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

As terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Bens municipais

Os bens municipais não foram expressamente listados na

Constituição, no entanto os municípios possuem o domínio de bens como

unidades de conservação municipais, jardins públicos, hortos florestais,

praças, entre outros.

Importante dizer que o fato de o constituinte ter anunciado que os

bens do inciso III do artigo 20 “são da União”, não transforma o Poder

Público Federal em “proprietário” da água, mas sim em gestor daquele bem

em benefício de e no interesse de todos. Da mesma forma os bens indicados

no inciso I do art. 26, dentre eles, as águas subterrâneas, são bens que

devem ser gerenciados pelos respectivos Estados que os tenham sob o

domínio dos seus respectivos territórios.

O meio ambiente está inserido na categoria dos direitos difusos, isto

é, daqueles direitos pertencentes a uma coletividade indeterminada e que

transcende a classificação tradicional de direito privado e direito público,

tem-se que o conceito de dominialidade das águas não pode ser visto sob

o ângulo do Direito Privado. Nesse sentido é preciso entender que a

dominialidade inerente, por exemplo, aos recursos hídricos não tem

sinônimo de apropriação do bem, mas sim de gerenciamento.

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Isso se dá porque de acordo com a definição contida no art. 225 da

Constituição Federal o meio ambiente é “bem de uso comum do povo” e

por isso não pode ser qualificado como um bem que pertença a uma pessoa

física ou jurídica privada ou pública, mas sim como um bem pertencente a

uma coletividade indeterminada.

Competências Constitucionais em Matéria Ambiental

O Brasil adotou o Federalismo cooperativo, em que há

coordenação entre a União e os demais entes.

A repartição da competência legislativa está fundamentada no

princípio da predominância do interesse, dessa forma compete à União

assuntos de interesse nacional, aos Estados temas de interesse regional, e

aos Municípios assuntos de predominante interesse local. Ao Distrito

Federal foram atribuídas as competências de interesse predominantemente

local (municipais) e regional (estaduais).

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Há uma divisão das competências em Legislativa (poder de

normatizar: elaborar leis e atos normativos) e material ou

administrativa (atuação concreta, exercício do poder de polícia).

A Constituição Federal de 1988 enumera expressamente as

competências da União (artigos 21 e 22), a competência comum (art. 23)

Princípio da predominância

do interesse

UNIÃOInteresse Nacional

EstadosInteresse Regional

DF Regional/Local

Municípios Interesse

Local

Competência

Material ou Administrativa

Poder de Polícia

LegislativaPoder de

Normatizar

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e a concorrente (art. 24). No art. 25 temos as competências dos Estados e

no art. 30 as dos Municípios.

Assim temos:

Expressamente as competências da União (Material: art. 21 e

Legislativa: art. 22);

Competência administrativa ou material comum outorgada a todos

os entes federativos (U, E, DF e M) no art. 23;

Competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o

Distrito Federal no art. 24;

Competência remanescente ou residual aos Estados no art. 25, § 1°;

Expressamente as competências dos municípios no art. 30;

Ao Distrito Federal, regra geral, cabe as competências estaduais e

municipais, de acordo com o art. 32, § 1°.

Competência material:

• Exclusiva da União (art. 21) - É indelegável.

• Comum, c u m u l a t i v a o u paralela (art. 23) -

Compete a todos os entes (U, E, DF e M)

Competência legislativa:

• Privativa da União (art. 22) - Cabe somente à União

legislar sobre determinados temas. No entanto, lei complementar

poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. É

delegável.

• Concorrente (art. 24) - União, Estados e Distrito Federal

podem legislar sobre determinados assuntos. A União estabelece

normas gerais.

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Vou fazer uma breve explicação que já ajudará a resolver as questões

sem precisar memorizar uma lista gigante de competências.

Importante que vocês saibam que compete a todos os entes

políticos proteger o meio ambiente (é uma competência material ou

administrativa COMUM, prevista no art. 23, da CF/88). Essa é a regra,

ok!

A exceção é que determinadas competências materiais ou

administrativas são EXCLUSIVAS da União, art. 21, da CF/88.

Exemplo: explorar os serviços e instalações nucleares.

No que se refere a legislar sobre meio ambiente, a regra é a

competência CONCORRENTE, na qual cabe à União, aos Estados e ao

Distrito Federal legislar sobre meio ambiente, conforme dispõe o art. 24,

da CF/88. Nesse caso, compete à União editar normas gerais. Os

municípios também podem legislar sobre meio ambiente em se

tratando de interesse local e no intuito de suplementar a legislação

estadual e federal no que couber, de acordo com o art. 30.

No que diz respeito à competência legislativa, temos uma exceção:

Cabe PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre águas, energia,

jazidas, minas e outros recursos minerais, e também sobre

atividades nucleares de qualquer natureza, conforme preceitua o art.

22.

Visto isso, vamos apresentar as competências em matéria ambiental

de conhecimento obrigatório para a prova.

Competência LEGISLATIVA PRIVATIVA

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Segundo o artigo 22, da CF/88, somente a União poderá legislar

sobre os temas inseridos nesse dispositivo. Entretanto, há uma única

exceção: Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar

sobre questões específicas das matérias relacionadas no art. 22.

Competência

LEGISLATIVA

PRIVATIVA

É aquela outorgada à União, com possibilidade de

delegação aos Estados, por meio de Lei

Complementar.

Do artigo 22 é importante que vocês saibam que compete

privativamente à União legislar sobre:

Direito Agrário

Águas, Energia

Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais

Populações Indígenas

Atividades Nucleares

Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE

Tem fundamente no artigo 24 da CF/88. Caracteriza-se por atribuir

a competência de legislar sobre a mesma matéria a mais de um ente

federativo.

Cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

Direito Urbanístico

Florestas

Caça, Pesca, Fauna

Conservação da Natureza

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Defesa do Solo dos Recursos Naturais

Proteção do Meio Ambiente

Controle da Poluição

Proteção do Patrimônio

Responsabilidade por Dano ao Meio

Ambiente

Resumo da história:

Memorizem que cabe à União, Estados e DF legislar

concorrentemente sobre:

MEIO AMBIENTE (Regra geral) e

RESPONSABILIDADE POR DANO AO MEIO AMBIENTE.

No âmbito da competência legislativa concorrente caberá à União

estabelecer normas gerais. O que não exclui a competência suplementar

dos Estados.

Os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender

as suas peculiaridades, no caso de não existir Lei Federal sobre normas

gerais.

A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a

eficácia da lei estadual ou distrital, no que lhe for contrário. Notem que não

é revogar, mas sim suspender aquilo que for contrário. Caso não haja

contrariedade, as normas (federal e estadual) podem coexistir.

Obs.: Os Municípios também podem legislar sobre matéria

ambiental, no caso de interesse local (Art. 30, I da CF/88) e para

suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (Art.

30, II da CF/88).

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Diante disso, muito cuidado! Se a questão afirmar que município

pode legislar sobre meio ambiente, marque CERTO.

Os municípios podem legislar sobre meio ambiente e também

devem protegê-lo.

Entretanto, é importante observar que eles não possuem

competência legislativa concorrente, de acordo com a literalidade do art.

24, da CF/88.

A competência legislativa dos Municípios é nos termos do art. 30, da

CF/88. Se o item afirmar que os municípios possuem competência

concorrente com fundamento no art. 24 está errado.

Pessoal, essa é a posição da doutrina majoritária. No entanto, há

autores que denominam essa competência dos municípios de "concorrente

implícita".

Fiquem atentos, pois é muito sutil a diferença e pode causar confusão

na hora da prova.

Vejam como esse assunto foi cobrado em concurso:

(FGV - OAB - Set/2010)

Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é

de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da

Constituição Federal.

ERRADO.

(CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

O município não está elencado no artigo constitucional que trata da

competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio

ambiente.

CERTO.

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Competência MATERIAL ou ADMINISTRATIVA em matéria

ambiental.

São aquelas que indicam o campo de atuação político-administrativa

do ente federado. São competências para atuação efetiva, para a

exploração de atividade, que confere aos entes federativos poder de

execução, de administrar.

Divide-se em exclusiva e comum.

Competência MATERIAL EXCLUSIVA

São matérias de interesse geral, que competem apenas à

União. É indelegável.

Assim, no que diz respeito ao meio ambiente, compete à União:

Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da UNIÃO -

Art. 21

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão

os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento

energético dos cursos de água.

Competência Material

Exclusiva (União)

Art. 21

Comum (U, E, DF e M)

Art. 23

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Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e

definir critérios de outorga.

Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive

habitação, saneamento básico e transportes urbanos.

Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e

exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento

e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares

e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida

para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a

utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e

industriais;

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização

e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da

existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva)

Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de

garimpagem, em forma associativa.

Competência MATERIAL COMUM, CUMULATIVA ou PARALELA

É atribuída conjuntamente à União, aos Estados, ao DF e aos

Municípios com o objetivo de executarem o poder de polícia para

proteção do meio ambiente, com fundamento no art. 23.

Competência comum da U, DF, E e M - Art.23

Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico,

Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis

e os Sítios Arqueológicos.

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Proteger o Meio Ambiente

Combater a Poluição

Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora

Saneamento Básico

Combater as Causas da Pobreza

Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de

Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus

Territórios.

Resumindo: Preservar e proteger o meio ambiente é

competência COMUM da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.

De acordo com o parágrafo único do art. 23, da CF/88, leis

complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do

desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Em dezembro de 2011, foi publicada a Lei Complementar 140/11,

que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do

parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre

a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações

administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas

à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente,

ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das

florestas, da fauna e da flora; e alterou a Lei 6.938, de 31 de agosto de

1981.

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RESUMÃO sobre as competências em Matéria Ambiental

COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA AMBIENTAL

Competência Legislativa PRIVATIVA da União - Art. 22

Direito Agrário

Águas, Energia

Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais

Populações Indígenas

Atividades Nucleares

Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da União -

Art.21

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão

os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento

energético dos cursos de água.

Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos

e definir critérios de outorga.

Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive

habitação, saneamento básico e transportes urbanos.

Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e

exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento

e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios

nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e

condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida

para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a

utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e

industriais;

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c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,

comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou

inferior a duas horas;

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da

existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva)

Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de

garimpagem, em forma associativa.

Competência ADMINISTRATIVA COMUM da U, DF, E e M - Art.23

Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico,

Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis

e os Sítios Arqueológicos.

Proteger o Meio Ambiente

Combater a Poluição

Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora

Saneamento Básico

Combater as Causas da Pobreza

Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de

Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus

Territórios.

Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE (U, E, DF)

Art. 24

Direito Urbanístico

Florestas

Caça, Pesca, Fauna

Conservação da Natureza

Defesa do Solo dos Recursos Naturais

Proteção do Meio Ambiente

Controle da Poluição

Proteção do Patrimônio

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Responsabilidade por Dano ao Meio Ambiente

Competência Legislativa (E, DF) Art. 25, § 3º

Os Estados poderão, MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, instituir

regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,

constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para

integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas

de interesse comum.

Competência Administrativa (E, DF) Art. 25, § 1º

São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam

vedadas pela Constituição.

Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás

canalizado.

Competência Legislativa (Municípios) Art.30

Legislar sobre assuntos de interesse local;

Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.

Competência Administrativa (Municípios) Art.30

Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,

mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da

ocupação do solo urbano;

Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,

observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

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Meio Ambiente Cultural

Segundo o art. 216, da CF/88, constituem patrimônio cultural

brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados

individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à

ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira,

nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais

espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,

paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico

e científico.

Observem que o patrimônio cultural é constituído de bens materiais

e imateriais, singulares ou coletivos, móveis ou imóveis.

Muitas questões afirmam que são bens culturais apenas os bens

materiais. Errado!!! Não caiam nessa pegadinha!

Outra coisa: o rol apresentado pela constituição é exemplificativo,

não taxativo, pois o constituinte utilizou a expressão "nos quais se

incluem", o que nos leva a aceitar outros além dos apresentados na CF/88.

O Poder Público, com a colaboração da comunidade,

promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio

de:

inventários,

registros,

vigilância,

tombamento e desapropriação,

outras formas de acautelamento e preservação.

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Vou fazer alguns comentários sobre o tombamento por ser o

instrumento mais comum em provas.

Tombamento é o ato administrativo de inscrição de um bem

material em um dos livros do Tombo.

Uma vez que a proteção do patrimônio cultural é uma

competência comum, admite-se o tombamento de um mesmo bem

por mais de um ente político.

Podem ser objeto de tombamento bens materiais de interesse

cultural ou ambiental, móveis ou imóveis, tomados individualmente ou em

sua coletividade.

Obs.: De acordo com a doutrina ambiental, os bens imateriais serão

objeto de registro, e não do tombamento!

Pessoal, como todo bem ambiental, o patrimônio cultural tem

natureza jurídica de bem difuso, que pertence a todos. Cabendo não só ao

Poder Público, mas a toda sociedade o dever de preservá-lo.

Sobre a competência sobre o patrimônio cultural é suficiente que

vocês saibam que a competência material ou administrativa é comum e a

competência legislativa é concorrente, de acordo com os artigos 23 e 24 da

CF/88 respectivamente.

"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e

outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos,

as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV -

impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de

arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V -

proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência."

"Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal

legislar concorrentemente sobre: VII - proteção ao patrimônio

histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico."

Meio Ambiente Artificial

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Constituem o meio ambiente artificial todo o espaço construído, os

equipamentos públicos e todos os espaços habitáveis pelo homem.

A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público

municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções

sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

A propriedade urbana cumprirá a sua função social quando atender

às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano

diretor (instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão

urbana), que deve ser aprovado pela Câmara Municipal, e é obrigatório

para cidades com mais de vinte mil habitantes.

Meio Ambiente do Trabalho

Diz respeito às condições existentes no local de trabalho. Refere-se

às condições inerentes à qualidade de vida do trabalhador.

O meio ambiente do trabalho adequado é um direito fundamental,

essencial à sadia qualidade de vida do trabalhador.

De acordo com o art. 200, VIII da CF/88, compete ao sistema único

de saúde (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei, colaborar

na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Artigo 225, da Constituição Federal, de 1988

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De acordo com o art. 225, caput da CF/88, todos têm direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.

Vejam que no caput temos a norma matriz "todos têm direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado" consagra o princípio da

sadia qualidade de vida. Cabe dizer que o caput do art. 225, da CF/88,

tem inspiração na doutrina ANTROPOCÊNTRICA, haja vista que dispôs o

direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como

bem de uso comum do povo, ou seja, o equilíbrio ambiental serve aos

interesses humanos.

Em "impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá- lo” temos o Princípio da Obrigatoriedade de

Intervenção do Poder Público e da Participação. "Para as presentes e

futuras gerações" temos disposto o Princípio do Acesso Equitativo aos

Recursos Naturais ou Equidade Intergeracional ou Solidariedade

Intergeracional, pois aqui temos um pacto entre gerações. As gerações

presentes podem utilizar os recursos ambientais, mas de forma

sustentável, sem comprometer o desenvolvimento das futuras gerações.

Quando a Constituição diz "bem de uso comum do povo" quer dizer

que o meio ambiente é um bem jurídico autônomo, de titularidade

difusa, indisponível e insuscetível de apropriação.

Observem que não só o Poder Público, mas também a coletividade

tem o dever de defender e preservar o meio ambiente de modo a permitir

a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer

as gerações futuras.

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é difuso,

bem de uso comum do povo, que não pertence a indivíduos

isolados, mas a toda a coletividade, e é direito de terceira dimensão

ou geração, que está relacionado à fraternidade/solidariedade.

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Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, a Constituição elencou uma séria de

obrigações e instrumentos impostos ao Poder Público (Princípio da

Obrigatoriedade de Intervenção Estatal), sendo de competência

comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios a proteção do meio

ambiente.

Notem que o poder público não tem a faculdade de proteger o meio

ambiente, na verdade, ele tem um dever constitucional, a obrigação de

fazer, de zelar pela defesa e proteção do meio ambiente. Assim como

o cidadão também tem o dever de preservar e defender o meio ambiente.

Jurisprudência

"O direito à integridade do meio ambiente – típico direito de terceira

geração – constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva,

refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a

expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado

em sua singularidade, mas, num sentido verdadeiramente mais

abrangente, à própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira

geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades

clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os

direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que

se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam

o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que

materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos

genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio

da solidariedade e constituem um momento importante no processo de

desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos,

caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de

uma essencial inexauribilidade."

(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995,

Plenário, DJ de17-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel.

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Min. Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ de 22-

9-1995.

Abaixo os incisos, que trazem os instrumentos de garantia para a

proteção do direito disposto no caput do artigo 225.

Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover

o manejo ecológico das espécies e ecossistemas.

Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do

País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação

de material genético.

Dispositivo regulamentado pela Lei 11.105/2005, Lei de

Biossegurança, que estabelece normas de segurança e mecanismos de

fiscalização sobre o cultivo, a produção, a manipulação, a pesquisa, a

comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de

organismos geneticamente modificados (OGM) seus derivados.

Diversidade ecológica ou biodiversidade é "a variabilidade de

organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os

ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os

complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a

diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (art.

2º, III, da Lei n. 9.985/2000).

Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e

seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a

alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada

qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos

que justifiquem sua proteção;

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Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio

ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará

publicidade.

O estudo prévio de impacto ambiental é uma espécie do gênero

Avaliação de Impactos Ambientais.

É um estudo exigido no licenciamento ambiental de

empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente causadora de

significativa degradação do meio ambiente.

No caso de atividade ou empreendimento não causador de

significativo impacto ambiental, outros estudos ambientais mais

simplificados serão exigidos.

A Constituição em respeito ao Princípio da Informação determina a

publicidade do EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental).

Espaços Territoriais Especialmente Protegidos

(ETEP):

Unidades de Conservação (UC)

(Lei 9.985/00)

Áreas de Preservação Permanente (APP) (Código Florestal)

Reserva Legal (RL) (Código Florestal)

Outros: Jardins Zoológicos, Hortos, Jardins Botânicos,

Quilombos, Terras Indígenas...

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Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,

métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a

qualidade de vida e o meio ambiente.

Positiva no direito ambiental o Princípio do Limite. Uma aplicação

seria o controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes

e afins. Outra seria o controle pelo Poder Público da produção e destinação

de resíduos sólidos, gases e efluentes.

Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, presente em todos os níveis formais ou informais. É um

instrumento importante na conscientização pública para a preservação do

meio ambiente.

Educação ambiental é um processo permanente, no qual os

indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem

conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os

tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas

ambientais presentes e futuros.

Segundo o art. 1º e 2º da Lei 9.795/99, educação ambiental é o

conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Os poderes públicos devem definir políticas que incorporem as

dimensões ambientais e promovam a participação da sociedade na

conservação, recuperação e manutenção das condições ambientais

adequadas.

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Princípios básicos da educação ambiental:

I - o enfoque:

humanista,

holístico,

democrático e

participativo;

II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade,

considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-

econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva

da inter, multi e transdisciplinaridade;

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as

práticas sociais;

V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;

VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais,

regionais, nacionais e globais;

VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade

individual e cultural.

Aplicada na educação ambiental, a transversalidade deve ser vista

como uma forma de se tratarem temas que devem ser difundidos

continuamente no ensino formal (através de todas as disciplinas e níveis

de ensino) e não formal.

As questões socioambientais são temas transversais, de natureza

distinta das áreas convencionais. Sua complexidade perpassa diferentes

campos do conhecimento, não podendo ser tratada isoladamente por uma

disciplina.

A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de

ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de

Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e

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privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-

governamentais (ONGs) com atuação em educação ambiental.

A educação ambiental será desenvolvida como uma prática

educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e

modalidades do ensino formal. NÃO devendo ser implantada como

disciplina específica no currículo de ensino. Isso se deve ao seu caráter

multidisciplinar e transversal.

Isso é muito cobrado em prova. Portanto, fiquem atentos! A educação

ambiental deve estar presente de forma integrada e não de forma isolada,

como uma disciplina específica.

No entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas

voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se

fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. Nesse

caso é facultativa a criação da disciplina específica.

Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional,

em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética

ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.

A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação

de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.

A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental

ficará a cargo de um órgão gestor, que será dirigido pelos Ministros

do Meio Ambiente e Ministério da Educação.

Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à

educação ambiental, incumbindo:

I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição

Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental,

promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o

engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do

meio ambiente;

II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de

maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;

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III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -

Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos

programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa

e permanente na disseminação de informações e práticas

educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental

em sua programação;

V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e

privadas, promover programas destinados à capacitação dos

trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente

de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no

meio ambiente;

VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à

formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação

individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a

solução de problemas ambientais.

Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que

coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de

espécies ou submetam os animais a crueldade.

Este inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas

(preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art. 225,

que segue a linha antropocêntrica.

Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de leis

estaduais que permitam práticas como as "rinhas de galo" ou a "farra do

boi", pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da

observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas

que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir= Não dispensar)

Ademais, atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais

silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime com

pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com o art.

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32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Incorre nas mesmas penas

quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo (vivissecação),

ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos

alternativos. Se houver a morte do animal a pena é aumentada de um sexto

a um terço.

A seguir os parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 225, muito

recorrentes em provas. Vocês precisam ter esses dispositivos no sangue!

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na forma da lei. (Art. 225, § 2º)

Aplicação do princípio do poluidor-pagador, da reparação ou da

responsabilidade, com a exigência do PRAD - Plano de Recuperação de

Áreas Degradadas.

A exploração de recursos minerais exige a recuperação do meio

ambiente da região afetada por esse tipo de atividade, em que ao final da

extração, o órgão competente fará vistoria e indicará a solução técnica

cabível para a sua recuperação.

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados. (Art. 225, § 3º)

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A CF/88 prevê a possibilidade de responsabilização da pessoa

física e jurídica nas esferas penal, civil e administrativa (Art. 225,§3º

da CF/88). É uma Tríplice responsabilização.

A Lei 9.605/98 regulamenta a norma constitucional e dispõe sobre

os crimes ambientais e as infrações administrativas.

A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o

Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de

condições que assegurem a preservação do meio ambiente,

inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Art. 225, § 4º)

PATRIMÔNIO NACIONAL:

1-Floresta Amazônica brasileira

2-Mata Atlântica

3-Serra do Mar

4-Pantanal Mato-Grossense

Responsabilidade

pessoa física e

pessoa jurídica

PENAL

CIVIL

ADMINISTRATIVA

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5-Zona Costeira

Vocês podem memorizar assim:

FAB MATA SERRA PANTA ZONA

Memorizem os 5! Nas questões os examinadores inserem outros

biomas ou ecossistemas no intuito de confundir ou simplesmente afirmam

que um ou outro não é patrimônio. As questões mais elaboradas cobram a

posição do STF acerca do tema.

Observem que não é patrimônio nacional de acordo com o art. 225:

o cerrado, a caatinga e os pampas. Embora sejam biomas brasileiros.

Patrimônio nacional NÃO quer dizer que seja bem público, que esteja

entre o patrimônio disponível da União. São na verdade bens cuja

preservação é do interesse de toda a coletividade.

(...) O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da

República, além de não haver convertido em bens públicos os

imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica

brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios

particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam

sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e

respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...)

(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ

22/09/1995)

Logo, não há conversão de propriedades privadas em bens da União

e nem a desapropriação indireta em decorrência do regime especial de

proteção conferido a essas áreas pela constituição.

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São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos

Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos

ecossistemas naturais. (Art. 225, § 5º)

Terras devolutas seriam as existentes no território brasileiro, que não

se incorporaram legitimamente ao domínio particular e sem finalidade

pública específica.

As terras devolutas não compreendidas entre as da União pertencem

aos Estados (Art. 26, IV da CF/88). Já as terras devolutas indispensáveis à

preservação ambiental são bens da união (art. 20, II da CF/88) e podem

ser classificadas como bens públicos de uso especial e de uso comum, por

possuírem destinação pública específica: a proteção dos ecossistemas

naturais, sendo assim bens públicos indisponíveis.

Dessa forma, as terras devolutas que concorrem para a proteção

ambiental são indisponíveis!

A ação discriminatória visa discriminar, separar, delimitar, demarcar

aquilo que é devoluto daquilo que legitimamente tenha se incorporado ao

domínio particular ou que seja de domínio público.

As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser

instaladas. (Art. 225, § 6º)

Vocês vão ver que nas questões os examinadores colocam decreto,

lei estadual, municipal, resolução...enfim, não interessa! As usinas que

operem com reator nuclear deverão ter sua LOCALIZAÇÃO definida em

LEI e precisa ser FEDERAL! Sem isso NÃO poderão ser instaladas!

Cabe dizer que além da lei federal definindo a sua localização, a usina

que opere com reator nuclear deverá observar o prévio licenciamento

ambiental e outras exigências legais.

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Ação Popular Ambiental

É a ação intentada por qualquer cidadão com o objetivo de anular

judicialmente atos lesivos ou ilegais aos interesses metaindividuais

garantidos constitucionalmente, quais sejam a moralidade administrativa,

o patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, o meio

ambiente e o patrimônio histórico e cultural.

“Art. 5º, LXXIII da CF/88- qualquer cidadão é parte legítima para

propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público

ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao

meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,

salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da

sucumbência;”

Dessa forma, a Ação Popular é um remédio constitucional, que

possibilita ao cidadão brasileiro (aquele que esteja em pleno gozo de seus

direitos políticos) tutelar em nome próprio e no interesse da coletividade a

anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade custeada

pelo Estado, ou ainda à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao

patrimônio histórico cultural.

Há três requisitos ou pressupostos principais para o cabimento da

ação, quais sejam: a) o autor ser cidadão, b) que ocorra ilegalidade no ato

e c) que exista lesividade do ato.

Função Socioambiental da Propriedade

A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela

Constituição de 1988, no art. 5º, XXIII; 170, III; Art. 182 § 2º; e 186, inc.

II.

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A Constituição impõe ao proprietário o dever de exercer o seu

direito de propriedade em conformidade com a preservação do

meio ambiente. No sentido de que, se ele não o fizer, o exercício do seu

direito de propriedade não será legítimo.

"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;"

"Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho

humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência

digna, conforme os ditames da justiça social, observados os

seguintes princípios:

I - soberania nacional;

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento

diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de

seus processos de elaboração e prestação;

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte

constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração

no País."

A propriedade rural cumpre a sua função social quando atende,

simultaneamente, quatro requisitos, entre eles aproveitamento racional e

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adequado e a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente.

"Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural

atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência

estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de

trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos

trabalhadores.

Já a propriedade urbana para desempenhar a sua função social

deve atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade

expressas no plano diretor.

Art. 231 e 232, da Constituição Federal, de 1988

O capítulo VIII, do Título VIII (Ordem Social) trata especificamente dos

Índios, nos artigos 231 e 232. Importante lembrar que o Capítulo VI, deste

mesmo Título, dispõe sobre o Meio Ambiente, no artigo 225, da CF/88.

A função social da propriedade não se limita à propriedade rural.

A propriedade urbana também deve cumprir a sua função social.

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São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,

crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que

tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e

fazer respeitar todos os seus bens.

São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles

habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades

produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais

necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e

cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

Consoante dispõe o artigo 231, § 2º, da CF/88, as terras

tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse

permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos

rios e dos lagos nelas existentes. No entanto, conforme artigo 20, XI, da

CF/88, as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da

União.

O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais

energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas

só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas

as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos

resultados da lavra, na forma da lei.

Cabe destacar que as terras indígenas são inalienáveis e

indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad

referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia

que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País,

após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese,

o retorno imediato logo que cesse o risco.

São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que

tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se

refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios

e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da

União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade

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e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na

forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.

Por fim, o art. 232 dispõe que os índios, suas comunidades e

organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de

seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos

do processo.

Artigos da Constituição relacionados com a questão ambiental:

Direitos e Garantias Fundamentais: Art. 5º, XXIII, LXXI e

LXXIII;

Bens da União: art. 20, I a XI e § 1º;

Competência Material da União: art. 21, IX, XII, b e f, XV, XIX,

XX, XXIII, a, b, c e d, e XXV;

Competência Legislativa da União: art. 22, IV, X, XII, XVIII,

XXVI;

Competência Material Comum: art. 23, II, III, IV, VI, VII, IX

e XI;

Competência Legislativa Concorrente: art. 24, I, VI, VII, VIII,

XII;

Bens dos Estados-Membros: art. 26, I, II e III;

Competência dos Municípios: art. 30, VIII e IX;

Atuação desenvolvimentista regional da União: art. 43, §§ 2º,

IV, e 3º;

Competência exclusiva do Congresso Nacional: art. 49, XIV;

Atuação do Conselho de Defesa: art. 91, § 1º, III;

Funções Institucionais do Ministério Público: art. 129, III e §

1º;

Ordem econômica e o meio ambiente: art. 170, III e VI; art.

174, § 3º; art. 176, §§ 1º e 4º; art. 177, I, V e § 3º;

Política de desenvolvimento urbano: Art. 182, §§ 1º a 4º, I, II

e III;

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Função social da propriedade rural: art. 186, II;

Política agrícola: art. 187, § 1º;

Competência do Sistema Único de Saúde: art. 200, VII e VIII;

Patrimônio cultural brasileiro: art. 216, I a V e §§ 1º a 5º;

Comunicação social e meio ambiente: art. 220, §§ 3º, II, e 4º;

Direito Fundamental ao Meio Ambiente Ecologicamente

Equilibrado: art. 225;

Direitos indígenas e o ambiente: art. 231 e 232.

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MEMOREX do art. 225 da CF/88 para véspera de prova

ETEP: Espaços Territoriais Especialmente Protegidos

UF: Unidade da Federação

PF: Pessoa Física

PJ: Pessoa Jurídica

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Questões resolvidas

1) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011)

É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN,

dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico,

artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais

notáveis e dos sítios arqueológicos.

ERRADO. Trata-se de competência COMUM. Art. 23, III da CF/88.

2) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011)

Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código

florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional,

visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a

matéria.

ERRADO. Legislar sobre florestas é competência CONCORRENTE da

União, dos Estados e do DF. Art. 24, VI da CF/88.

3) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a

competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição

e preservar as florestas, a fauna e a flora.

ERRADO. Proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as

florestas, a fauna e a flora. é competência COMUM. Art. 23, VI e VII da

CF/88.

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4) (PGE-RO - Procurador – 2011)

É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade

civil ambiental.

ERRADO. Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é

competência CONCORRENTE da União, dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 24, VIII da CF/88.

5) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011) A pesquisa e a lavra

de recursos minerais e o aproveitamento de energia hidráulica

constituem atividades da esfera de competência da União. Assim,

uma vez que os recursos minerais pertencem a esse ente

federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à administração

federal autorizar sua exploração.

CORRETO. A propriedade do solo não abrange jazidas, minas e demais

recursos minerais, e os potenciais de energia hidráulica. Esses se

submetem ao regime de dominialidade pública, sendo assegurada ao

proprietário do solo a participação nos resultados da lavra. Além disso,

segundo o art. 21, XII, b é competência da União o aproveitamento

energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se

situam os potenciais hidroenergéticos.

6) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação

entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para

o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente.

ERRADO. Não é lei ordinária, mas sim Lei COMPLEMENTAR. Essa lei,

finalmente, foi editada em dezembro de 2011. Trata-se da LC 140/2011.

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7) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é

de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da

Constituição Federal.

ERRADO. PEGADINHA CLÁSSICA! Vocês irão encontrar outras questões

com essa abordagem.

De acordo com a literalidade do art. 24 a competência concorrente

cabe apenas à União, aos Estados e ao DF. A competência legislativa dos

Municípios está no art. 30 da CF/88. Notem que a questão afirma que os

municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 24

o que está errado!

8) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

A competência executiva em matéria ambiental não alcança a

aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de

meio ambiente.

ERRADO. Óbvio que alcança. É competência comum exercer o poder de

polícia no intuito de proteger o meio ambiente e para isso os entes

federativos podem e devem fiscalizar, monitorar e impor sanções.

9) (TJ-PR - Juiz- 2010)

A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo-

lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer

de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei Complementar.

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ERRADO. TODOS (U, E, DF e M) devem proteger o meio ambiente e

combater a poluição. É competência material ou executiva COMUM.

Art. 23, VI da CF/88.

10) (TJ-PR - Juiz- 2010)

A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao

meio ambiente é privativa da União.

ERRADO. A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao

meio ambiente é CONCORRENTE. Art. 24, VIII da CF/88.

11) (TJ-PR - Juiz- 2010)

Na competência legislativa em matéria ambiental, a superveniência

de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual no que lhe for

contrário.

ERRADO. Suspende apenas aquilo que for contrário. Art. 24, § 4º da

CF/88.

12) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-RR – 2008)

No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados,

deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a

competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e

que esta exclui a competência suplementar dos estados.

ERRADO. "A competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados". Art. 24, § 2º da CF/88

13) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

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A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a preservação

das florestas, da fauna e da flora são de competência comum da

União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

CERTO. Art. 23, VI e VII da CF/88.

14) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência

comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de

valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens

naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para

preservar as florestas, a fauna e a flora.

CERTO. Art. 23, III e VI da CF/88.

15) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008) As normas para a cooperação entre

União, Estados, Municípios e o Distrito Federal no exercício de sua

competência executiva comum para proteger o meio ambiente

deverão ser fixadas por decreto federal.

ERRADO. De novo! Como gostam do parágrafo único do art. 23.

É por Lei Complementar. A LC 140/2011.

16) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete

privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca.

ERRADO. Competência CONCORRENTE. Art. 24, VI da CF/88.

17) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

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Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o estado-

membro pode tratar das normas gerais.

ERRADO. Cabe à União estabelecer normas gerais, o que não exclui a

competência suplementar dos Estados. No caso da União não editar as

normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para

atender as suas peculiaridades. Art. 24, §§ 1º, 2º e 3º da CF/88.

18) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

O município não está elencado no artigo constitucional que trata da

competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio

ambiente.

CERTO. Perfeito. Segundo o art. 24 da CF/88, apenas U, E e DF possuem

competência concorrente. O que não impedi que os Municípios legislem

sobre matéria ambiental de interesse local.

Fiquem ligados. Encontrei esse tipo de cobrança em outras provas da banca

Cespe.

19) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria

ambiental, por ser a sede da República brasileira.

ERRADO. Viagem total...Lógico que pode. Não só o DF, como a União e os

Estados. Art. 24 da CF/88

20) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e minas

encontradas em seus territórios.

ERRADO. Legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais é

competência PRIVATIVA da União. Art. 22, XII. Lembrando que os

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recursos minerais, inclusive os do subsolo são bens da União, Art. 20, IX

da CF/88.

21) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de

competência exclusiva da União.

CERTO. Art. 21 XXIII e Art. 22, XXVI da CF/88.

22) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem legislar

sobre matéria ainda não tratada pela União.

ERRADO. Podem sim! Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os

Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas

peculiaridades, Art. 24, § 3º da CF/88.

23) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

As normas gerais no âmbito da competência concorrente são

atribuídas à União.

CERTO. Art. 24, § 1º da CF/88.

24) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011)

É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal

legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da

natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio

ambiente e controle da poluição, bem como, sobre responsabilidade

por dano ao meio ambiente.

CERTO. Art. 24, VI e VIII da CF/88.

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25) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do

meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado,

conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus

processos de elaboração e prestação.

CERTO. Art. 170, VI da CF/88.

26) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É função institucional do Ministério Público promover o inquérito

civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e

social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

CERTO. Art. 129, III da CF/88.

27) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É função do Estado favorecer a organização da atividade garimpeira

em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e

a promoção econômico-social dos garimpeiros.

CERTO. Art. 174, § 3º da CF/88.

28) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições,

colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

trabalho.

CERTO. Art. 200, VIII da CF/88.

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29) (PGE-RO - Procurador – 2011)

A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de

degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental.

ERRADO. O EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) ou EIA (Estudo de

Impacto Ambiental) é exigido para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de SIGNIFICATIVA degradação do meio

ambiente.

ATENÇÃO!

EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório

de Impacto Ambiental) é exigido para impactos SIGNIFICATIVOS! Não é

qualquer obra ou atividade potencialmente poluidora. Tem que

causar impactos SIGNIFICATIVOS!

Obs.: EPIA ou EIA são sinônimos. A CF/88 utiliza o termo Estudo

Prévio de Impacto Ambiental (EPIA). Já a Lei 6.938/81 e as Resoluções do

Conama 237/97 e 01/86 utilizam EIA. Ambos querem dizer a mesma coisa,

e são estudos ambientais prévios que subsidiam o licenciamento ambiental

de atividades ou empreendimentos de significativo impacto ambiental.

30) (PGE-RO - Procurador – 2011)

A desafetação de Unidade de Conservação de categoria Reserva

Legal depende de lei.

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ERRADO.

ATENÇÃO! Reserva Legal (RL) não é categoria de unidade de conservação.

Trata-se na verdade de uma espécie de Espaço Especialmente Protegido,

assim como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Unidades de

Conservação (UC).

Esse assunto será estudado na aula sobre Código Florestal e Unidades

de Conservação.

Apenas no intuito de não deixar dúvidas para depois, adianto que as

Unidades de Conservação (UC) dividem-se em 2 grupos: UC de proteção

integral e UC de uso sustentável. Cada grupo é dividido em categorias, com

características específicas.

O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a

natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos

naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC (Sistema

Nacional de Unidades de Conservação). Já as Unidades de Uso

Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o uso

sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

Espaços Territoriais

Especialmente Protegidos (ETEP):

Unidades de Conservação (UC)

Lei 9.985/00

Áreas de Preservação

Permanente (APP) Lei 12.651/2012

Reserva Legal (RL)

Lei 12.651/2012

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UC Proteção Integral Preservar a natureza+uso indireto

UC Uso Sustentável Conservação da natureza+uso sustentável

5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL

I - Estação Ecológica (EE);

II - Reserva Biológica (ReBio);

III - Parque Nacional (ParNa);

IV - Monumento Natural (MN);

V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS).

7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL

I - Área de Proteção Ambiental (APA);

II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE);

III - Floresta Nacional (FloNa);

IV - Reserva Extrativista (ResEx);

V - Reserva de Fauna (RF);

VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e

VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

Pessoal, revisando: RL, APP e UC são espaços territoriais

especialmente protegidos. RL e APP são áreas protegidas pelo Código

Florestal. Unidades de Conservação também são espaços territoriais

protegidos presentes na lei que institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC). São classificadas em 2 grupos, que se subdividem

em categorias, conforme a tabela acima. Assim, se o item no lugar de RL

colocasse APA (Área de Proteção Ambiental) aí estaria certo, pois APA é

uma das categorias de unidade de conservação.

31) (PGE-RO - Procurador – 2011)

A responsabilidade penal da pessoa jurídica no direito ambiental

está prevista em legislação ordinária, não tendo previsão

constitucional.

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ERRADO. A responsabilidade administrativa, civil e penal (Tríplice

responsabilização) da pessoa jurídica está prevista no art. 3º da Lei de

Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) e no art. 225,§ 3º da CF/88.

Confiram:

"As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa,

civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a

infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou

contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua

entidade." Art. 3º da Lei 9.605/98.

"As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados." Art. 225, § 3º da CF/88.

32) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio

ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no

Título "Da Ordem Social".

CERTO. Título VIII, Capítulo VI, Art. 225 da CF/88.

33) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011)

Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear

deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não

poderão ser instaladas.

CERTO. Art. 225, Caput, § 6º da CF/88.

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34) (TRT - 23ª REGIÃO - MT - Juiz – 2011)

A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as suas

dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter feito

menção expressa ao meio ambiente do trabalho.

ERRADO. A CF/88 - no Art. 200, VIII - dispõe expressamente sobre o meio

ambiente do trabalho.

"Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos

termos da lei: colaborar na proteção do meio ambiente, nele

compreendido o do trabalho."

35) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos

Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos

ecossistemas naturais.

CERTO. Art. 225, § 5º da CF/88.

36) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-

lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

CERTO. Art. 225, caput da CF/88.

37) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

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As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser

instaladas.

CERTO. Art. 225, § 6º da CF/88.

38) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na forma da lei.

CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88.

39) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011)

O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da

Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a

responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para

as pessoas físicas quanto as jurídicas.

CERTO. "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais

e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os

danos causados." Art. 225, §3º da CF/88.

40) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011)

Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a

Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto,

inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são

imprescritíveis.

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ERRADO. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são

patrimônio da União, art. 20, XI. Sendo de propriedade do ente federal,

portanto bens públicos de natureza especial ou sui generis, inalienáveis,

indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, art. 231, §4º.

(...) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, embora

pertencentes ao patrimônio da União (CF, art. 20, XI), acham-se

afetadas, por efeito de destinação constitucional, a fins específicos

voltados, unicamente, à proteção jurídica, social, antropológica, econômica

e cultural dos índios, dos grupos indígenas e das comunidades tribais. A

QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS - SUA FINALIDADE INSTITUCIONAL. -

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios incluem-se no

domínio constitucional da União Federal. As áreas por elas abrangidas

são inalienáveis, indisponíveis e insuscetíveis de prescrição aquisitiva. A

Carta Política, com a outorga dominial atribuída à União, criou, para esta,

uma propriedade vinculada ou reservada, que se destina a garantir aos

índios o exercício dos direitos que lhes foram reconhecidos

constitucionalmente (CF, art. 231, §§ 2º, 3º e 7º), visando, desse modo, a

proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e condições necessárias

à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e

tradições. A disputa pela posse permanente e pela riqueza das terras

tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui o núcleo fundamental da

questão indígena no Brasil. A competência jurisdicional para dirimir

controvérsias pertinentes aos direitos indígenas pertence à Justiça Federal

comum.

(Primeira Turma, RE nº 183188/MS, Relator Ministro Celso de Mello,

Julgamento:09/12/1996, DJU de 14.02.1997.) STF

41) (CESPE - OAB - Exame de Ordem Unificado – 1ª Fase -

Maio/2008)

As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua localização

definida em lei estadual.

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ERRADO. Lei FEDERAL, consoante Art. 225, § 6º da CF/88.

42) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2011)

Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da

ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício da

atividade econômica à preservação do meio ambiente.

CERTO. Art. 170, VI da CF/88.

43)(CESPE - Advogado - IBRAM-DF – 2009)

O Ministério Público da União está legitimado para promover o

inquérito civil e a ação civil pública visando proteção do meio

ambiente, mas não para defender direitos difusos e coletivos.

ERRADO. Conforme o art. 129, III da CF/88 o Ministério Público está

legitimado a promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a

proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de

outros interesses difusos e coletivos.

44) (CESPE - Advogado - IBRAM-DF – 2009)

A administração pública das cidades brasileiras com mais de 20.000

habitantes está obrigada a elaborar o plano diretor do município a

ser submetido e aprovado pela Câmara Municipal. A exigência

ampara-se em preceito constitucional e visa orientar a política de

desenvolvimento e de expansão urbana.

CERTO. Art. 182, § 1º da CF/88. ”O plano diretor, aprovado pela

Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil

habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento

e de expansão urbana."

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45) (FUMARC - Advogado - BDMG – 2011)

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na forma da lei.

CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88.

46) (CESPE - TJ-PB - Juiz – 2011)

A floresta amazônica brasileira, a mata atlântica, a serra do Mar, o

pantanal mato-grossense e a zona costeira são considerados

patrimônio nacional pela CF, razão pela qual é vedada a utilização

dos recursos naturais existentes nessas áreas, ainda que sujeitas

ao domínio privado.

ERRADO. Vejam a decisão do STF.

(...)O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da República,

além de não haver convertido em bens públicos os imóveis

particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele referidas

(Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica brasileira),

também não impede a utilização, pelos próprios particulares, dos

recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao

domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas

as condições necessárias a preservação ambiental. (...)

(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ

22/09/1995)

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47)(CESPE - OAB - 2009.3)

O § 4º do art. 225 da CF estabelece que "a Floresta Amazônica

brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-

Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua

utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais." Em face desse dispositivo os

proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e

matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os

recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas

as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à

preservação ambiental.

CERTO. De acordo com decisão do STF reproduzida na questão anterior.

48) (CESPE - Analista Ambiental - 2011)

A Constituição Federal de 1988, ao consagrar a proteção à Floresta

Amazônica brasileira, à Mata Atlântica, à Serra do Mar, ao Pantanal

Mato-grossense, e à Zona Costeira, definidos como patrimônio

nacional, converteu em bens públicos os imóveis particulares

abrangidos pelas referidas florestas e matas.

ERRADO. É aí pessoal? Ficou fácil né? Cópia da decisão do STF.

49) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)

O direito ao desenvolvimento econômico tem sido um dos

obstáculos à preservação do meio ambiente em Estados soberanos

como o Brasil, motivo pelo qual a Constituição de 1988 promoveu

uma clivagem entre desenvolvimento e meio ambiente.

ERRADO. O que mais se busca atualmente é o chamado desenvolvimento

sustentável, que vocês viram na primeira aula, busca conciliar

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desenvolvimento econômico, equilíbrio ambiental e justiça ou equidade

social.

A ordem econômica deverá observar, conforme os ditames da justiça

social, dentre outros princípios, a função social da propriedade e a defesa

do meio ambiente. Art. 170 caput, III e VI da CF/88.

Só o artigo 170 é suficiente para afirmar que o item está errado.

Notem que o constituinte buscou harmonizar o desenvolvimento econômico

e social e a defesa do meio ambiente. Portanto, não há uma clivagem

ou separação entre meio ambiente e desenvolvimento como afirmado na

questão.

50) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO - 2006)

Através do princípio do desenvolvimento sustentável, o direito

ambiental busca realizar uma harmonização entre o

desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente.

CERTO. Conforme explicado na questão anterior.

51) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)

A utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a

preservação do meio ambiente constituem, nos termos da

Constituição brasileira, um requisito da função social da

propriedade rural.

CERTO.

Art. 186 da CF/88 - Função Social da Propriedade Rural

A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,

simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência

estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

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II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos

trabalhadores.

52) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2010)

Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, incumbe ao poder público, promover a

educação ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

CERTO. Art. 225, VI da CF/88.

53) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2010)

A Floresta Amazônica brasileira, A Mata Atlântica, a Serra do Mar,

o Pantanal Mato- Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de

condições que assegurem a preservação do meio ambiente,

inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

CERTO. Art. 225, § 4º da CF/88.

54) (Advogado - CIENTEC-RS – 2010)

Fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado aquele que

explorar recursos minerais.

CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88.

55) (Advogado - CIENTEC-RS – 2010)

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Incumbe ao Poder Público a preservação e restauração dos

processos ecológicos essenciais e provimento do manejo ecológico

das espécies e ecossistemas.

CERTO. Art. 225, § 1º, I da CF/88.

56) (CESPE - Técnico Judiciário - TRE-MT – 2010)

Constituem patrimônio nacional a floresta amazônica, a mata

atlântica, o pantanal mato-grossense, o cerrado e os pampas

gaúchos, devendo sua utilização ocorrer segundo condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais.

ERRADO. Cerrado e Pampas não são considerados pela Constituição como

Patrimônio Nacional.

57) (Advogado Júnior - UEGA – 2009)

“O meio ambiente é, assim, a interação do conjunto de elementos

naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento

equilibrado da vida em todas as suas formas". (SILVA, José Afonso

da. Direito Ambiental Constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros,

2009).

A Constituição confere legitimidade para qualquer cidadão propor

ação popular em defesa do meio ambiente em qualquer dos seus

três aspectos.

CERTO. Art. 5º, LXXIII da CF/88 – “Qualquer cidadão é parte legítima

para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio

público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade

administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,

ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do

ônus da sucumbência.”

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58) (FUMARC - Advogado - BDMG – 2011)

As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser

instaladas.

CERTO. Estão vendo como esse assunto é cobrado. Art. 225, § 6º da

CF/88.

59) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO – 2006)

A defesa e preservação do meio ambiente, para as presentes e

futuras gerações, não é dever apenas do Poder Público, mas

também da coletividade, o que justifica a necessidade de

conscientização pública e promoção da educação ambiental.

CERTO. Art. 225, caput, VI da CF/88

60) (CESPE - Procurador Federal - 2010)

O meio ambiente é um direito difuso, direito humano fundamental

de terceira geração, mas não é classificado como patrimônio

público.

ERRADO. Pois o meio ambiente é um direito difuso, ou seja, de natureza

indivisível, de que são titulares pessoas indeterminadas. É também um

direito de 3ª dimensão ou geração, que são os direitos de fraternidade

ou solidariedade, destinados a assistir todo o gênero humano. Além disso,

é um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido

para as presentes e futuras gerações.

61 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Por ser comum a competência material para proteção do patrimônio

cultural, a União, o Estado e o município podem, simultaneamente,

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instituir tombamento sobre um mesmo bem, desde que haja

relevância histórico-cultural de âmbito local, regional ou nacional.

CERTO. Consoante o art. 23, III da CF/88, a proteção do patrimônio

cultural é competência material ou administrativa comum.

62 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Os modos de criar e de fazer enraizados no cotidiano de

comunidades, tais como técnicas tradicionais de construção naval,

integram o patrimônio cultural brasileiro, sendo meio idôneo para

a sua proteção o registro.

CERTO. De acordo com o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio cultural

brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados

individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à

ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira,

nos quais se incluem, entre outros, as formas de expressão; os modos de

criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas. O meio

de proteção de bens intangíveis é o registro, conforme Decreto 3.551/00.

63 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

As formas de acautelamento e preservação do patrimônio cultural

brasileiro, são previstas pela Constituição Federal de forma

taxativa.

ERRADO. Como vimos na aula, as formas de acautelamento estão

exemplificadas na CF/88.

64 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Incumbe ao poder público preservar a diversidade e a integridade

do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas

á pesquisa e manipulação de material genético.

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CERTO. Literalidade do art. 225, §1º, II da CF/88.

65 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2006)

Acerca das normas constitucionais de proteção ao meio ambiente

cultual, julgue o item que se segue.

As manifestações das culturas populares, indígenas e afro-

brasileiras, e dos demais grupos participantes do processo

civilizatório nacional estão constitucionais previstas como objeto

de proteção estatal.

CERTO. Art. 216 da CF/88.

66 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

A tutela constitucional do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado abrange previsão segundo a qual são indisponíveis as

terras devolutas ou arrecadas pela União, por ações

discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas

naturais.

Errado.

Art. 225, § 5º da CF/88. O erro foi dizer terras devolutas ou arrecadas

pela União. O correto é pelos ESTADOS!

"São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por

ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais."

67 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

A tutela constitucional do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado abrange previsão segundo a qual as jazidas, em lavra

ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia

hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito

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de exploração ou aproveitamento, e pertencem ao Estado em cujo

território estiverem localizados.

Errado. Art. 176 da CF/88. Novamente o erro está em afirmar que pertence

ao Estado.

"As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais

de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para

efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida

ao concessionário a propriedade do produto da lavra."

68 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados.

Certo. Art. 225, § 3º da CF/88.

"As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados (responsabilidade civil)."

Lembrem-se de que estão sujeitos a sanções tanto as Pessoas Físicas

quanto as Pessoas Jurídicas. Além disso, podemos ter uma tríplice

responsabilização: penal, administrativa e civil.

69 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

Incumbe ao Poder Público federal, com exclusividade, preservar e

restaurar processos ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas.

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Errado. Art. 225, § 1º, I da CF/88. Incumbe ao Poder Público (União,

Estados, Distrito Federal e Municípios).

Pessoal, no direito sempre que aparecer "sempre", "nunca", "sem exceção",

"exclusivamente", pode ficar com um pé atrás, pois muito provavelmente

a questão estará errada.

Vejam:

"Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder

Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e

prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;"

70 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

As terras devolutas ou as arrecadadas pelos Estados, por ações

discriminatórias, são disponíveis e dispensam sua desafetação pelo

Poder Público em geral.

Errado. Art. 225, § 5º da CF/88.

"São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por

ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais."

71 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

A Serra do Mar Paulista, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona

Costeira de Pernambuco, entre outras, são patrimônios estaduais e

sua utilização far-se-á livremente, na forma da lei dos respectivos

estados.

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Errado. Art. 225, § 4º da CF/88.

É para memorizar!

"A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar,

o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

NACIONAL, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de

condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive

quanto ao uso dos recursos naturais."

72 - (FCC - Procurador - PGE/SP - 2009)

O controle da poluição do ar é de responsabilidade exclusiva do

Município.

Errado. Art. 24, VI da CF/88.

Pessoal, combater a poluição é uma competência material COMUM! e

legislar sobre controle da poluição é uma competência CONCORRENTE.

"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a

poluição em qualquer de suas formas;"

"Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação

da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio

ambiente e controle da poluição;"

73 - (FCC - Secretário de Diligências - MPE-RS - 2010)

A pessoa jurídica não é passível de sanção penal.

Errado.

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Item muito comum em provas!

Confiram o art. 225, §3º da CF/88 e o Art. 3º, da Lei 9.605/98.

"As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão

os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e

administrativas, independentemente da obrigação de reparar os

danos causados." Art. 225, §3º da CF/88

"As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e

penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração

seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de

seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade." Art. 3º,

da Lei 9.605/98.

74 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)

A responsabilidade da pessoa física por crimes ambientais é

objetiva.

Errado. A responsabilidade penal é SUBJETIVA.

ATENÇÃO! Responsabilidade Objetiva é a Civil, pois independe de

comprovação de culpa, sendo suficiente a comprovação de dano e do nexo

causal.

75 - (CESPE - Analista Ambiental - III - MMA – 2011)

A Constituição Federal de 1988, apesar de reconhecida por parte

significativa da doutrina como avançada no campo dos direitos

relacionados ao meio ambiente, não trata expressamente da

educação ambiental.

Errado. Art. 225, § 1º, VI da CF/88:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

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§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente;”

76 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-ES - 2010)

A responsabilização do poluidor pela indenização ou reparação dos

danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua

atividade exige comprovação de culpa.

Errado. Independe da comprovação de culpa. A responsabilidade civil por

dano ambiental é OBJETIVA.

77 - (CESPE - Procurador de Estado - PGE-PE - 2009)

A responsabilidade civil ambiental independe de culpa.

Certo. Perfeito. Responsabilidade Civil por dano ambiental OBJETIVA,

basta comprovação do dano e do nexo causal.

78 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

A obrigação de reparar os danos ambientais causados depende da

prévia aplicação de sanções administrativas e penais.

Errado. Art. 225, § 3º da CF/88.

“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão

os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e

administrativas, independentemente da obrigação de reparar os

danos causados”

No caso de dano ambiental, tanto a pessoa física quanto a pessoa

jurídica podem ser responsabilizadas nas três esferas: civil, penal e

administrativa. É uma tríplice responsabilização!

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79 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Lei ordinária deve estabelecer as normas para cooperação entre a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios relativas à

competência comum de proteção do meio ambiente.

Errado. É lei complementar! E essa lei já existe, é a LC 140/2011.

80 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Redução dos limites de uma unidade de conservação da natureza

pode ser feita por decreto.

Errado. Pessoal, uma unidade de conservação até pode ser criada por

decreto, afinal ela é criada por ato do Poder Público, que pode ser uma lei

ou um decreto. No entanto, dependerá de lei a redução dos seus limites ou

até mesmo a sua extinção, ainda que ela tenha sido criada por decreto.

Nestes termos, vejam o que está disposto no art. 225, § 1º, III da

CF/88:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus

componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a

supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer

utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua

proteção”

81 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

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Princípio da avaliação prévia dos impactos ambientais não restou

consagrado em tais normas constitucionais.

Errado. Princípio previsto no artigo 225 da CF/88.

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,

estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”

Instrumento conhecido como EPIA (Estudo Prévio de Impacto

Ambiental) ou EIA (Estudo de Impacto Ambiental).

82 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Plano Diretor é o instrumento básico da política de

desenvolvimento urbano, sendo obrigatório para as cidades com

mais de vinte mil habitantes, nos termos do artigo 182, §1º da

Constituição Federal.

Certo. Art. 182, § 1º da CF/88.

“O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para

cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da

política de desenvolvimento e de expansão urbana.”

Lembrando que o Estatuto da Cidade traz situações em que municípios,

ainda que com mesmo de 20 mil habitantes, terão que ter plano diretor.

Vejam o art. 41 do Estatuto da Cidade.

“O plano diretor é obrigatório para cidades:

I – com mais de vinte mil habitantes;

II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

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III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos

previstos no § 4º do art. 182 da Constituição Federal;

IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;

V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com

significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à

ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou

processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº

12.608, de 2012)”

Assim, por exemplo, se o município integrar área de especial

interesse turístico deverá ter plano diretor, ainda que não tenha mais de

20 mil habitantes.

De qualquer forma, questão correta, uma vez que todo município com

mais de 20 mil habitantes é obrigado a ter plano diretor!

83 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR FORMAÇÃO DIREITO

– PETROBRAS DISTRIBUIDORA – 1/2011)

A Constituição Federal de 1988 apresenta os fundamentos do

Direito Ambiental brasileiro em diversas normas sobre o assunto,

inclusive dedicando um de seus capítulos à proteção do meio

ambiente ecologicamente equilibrado.

A esse respeito, é INCORRETO afirmar que a(o)

(A) localização das usinas que operem com reator nuclear deve ser

definida em lei federal.

Certo. Art. 225, § 6º da CF/88 – “As usinas que operem com reator

nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o

que não poderão ser instaladas.”

(B) competência para legislar sobre recursos naturais é

concorrente entre a União e os Estados.

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Certo. Art. 24 da CF/88.

“Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo

e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e

paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens

e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;”

(C) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a

preservação do meio ambiente não são consideradas para verificar

o cumprimento da função social da propriedade rural.

Errado. Art. 186 da CF/88.

“A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,

simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em

lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos

trabalhadores.”

(D) defesa do meio ambiente consta como um dos princípios da

ordem econômica, expressos no artigo 170 da Constituição Federal.

Certo. Art. 170 da CF/88.

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“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre

iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os

ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

I - soberania nacional;

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento

diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços

e de seus processos de elaboração e prestação;

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte

constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração

no País.”

(E) meio ambiente ecologicamente equilibrado é um bem de uso

comum do povo.

Certo. CF/88, art. 225, Caput. “Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à

sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o

dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”

Gabarito C

84 - (CESPE / UnB – Analista Ambiental – IBAMA – 2012)

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é

considerado um direito fundamental de terceira geração, em razão

de ser baseado no interesse comum que liga e une as pessoas e ter

caráter universal.

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CERTO.

Galera, basicamente é o seguinte:

1ª dimensão: direito civis e políticos;

2ª dimensão: direitos sociais, econômicos e culturais; e

3ª dimensão: direitos difusos e coletivos (direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado).

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é de 3ª

geração ou dimensão, sendo de titularidade difusa ou coletiva.

O meio ambiente é um bem de uso comum do povo, direito das

gerações presentes e futuras, estando o Poder Público e a coletividade

obrigados a preservá-lo e a defendê-lo.

O interesse difuso estrutura-se como interesse pertencente a todos e

a cada um dos componentes da pluralidade indeterminada. Não é um

simples interesse individual.

Vejam de onde o Examinador tirou esse item:

"O direito à integridade do meio ambiente – típico direito de terceira

geração – constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva,

refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a

expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado

em sua singularidade, mas, num sentido verdadeiramente mais

abrangente, à própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira

geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades

clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os

direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que

se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam

o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam

poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as

formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um

momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e

reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores

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fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade."

(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995,

Plenário, DJ de17-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel.

Min. Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ

de 22-9-1995.

85 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

O direito à integridade do meio ambiente é típico direito de terceira

dimensão e constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva.

CERTO. Mesmo fundamento do item anterior.

86 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Com relação à administração pública e ao meio ambiente, julgue os

próximos itens.

Considerando-se o direito constitucional ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, é vedada a adoção de qualquer prática

que submeta os animais à crueldade.

ERRADO.

De acordo com o art. 225, § 1º, VII, da CF/88, incumbe ao Poder

Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas

que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção

das espécies ou submetam os animais à crueldade.

Esse inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas

(preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art. 225, que

segue a linha antropocêntrica.

Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de leis

estaduais que permitam práticas como as "rinhas de galo" ou a "farra do

boi", pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da

observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas

que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir= Não dispensar)

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ATENÇÃO! Notem que o art. 225, § 1º, VII, da CF/88 dispõe que

é vedado, na forma da lei, as práticas que submetam os animais à

crueldade.

De acordo com o art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes

Ambientais), temos que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou

mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou

exóticos é crime com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.

Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou

cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos,

quando existirem recursos alternativos. Se houver a morte do animal

a pena é aumentada de um sexto a um terço.

Podemos entender que se NÃO existirem recursos alternativos é

possível experiências com animais vivos, ainda que sejam consideradas

cruéis ou dolorosas. Vamos imaginar aqui uma experiência com um sapo

ou uma barata em um laboratório de biologia de uma Universidade. Outro

exemplo, seria a utilização de ratos como cobaias em pesquisas para cura

do câncer.

Embora o comando da questão se refira somente ao direito

constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, ou

seja, ficamos limitados ao art. 225 da CF/88, no mesmo artigo em

seu § 1º, VII, está disposto que a vedação é na forma da lei. Ou seja, a

lei pode especificar em quais casos será vedado. E é o que está disposto na

Lei de Crimes Ambientais.

87 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Pessoas físicas que praticarem atos lesivos ao meio ambiente

estarão sujeitas a sanções penais e administrativas, ao passo que

as pessoas jurídicas que praticarem tais atos sofrerão sanções civis

e administrativas, em ambos os casos, independentemente da

obrigação de reparar os danos causados.

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ERRADO.

Tanto a pessoa FÍSICA quanto a JURÍDICA podem ser

responsabilizadas por crime ambiental nas esferas PENAL, CIVIL e

ADMINISTRATIVA. É uma Tríplice responsabilização.

Assim, de acordo com o art. 225, § 3º da CF/88, as condutas e

atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,

pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,

independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

ATENÇÃO! Considero esse item capcioso. Vejam que a banca não diz

expressamente que serão aplicadas às pessoas físicas EXCLUSIVAMENTE,

UNICAMENTE as sanções penais e administrativas. Foi o que o item deu a

entender, mas de maneira implícita. Isso pode ter deixado alguns

candidatos em dúvida.

88 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Constituem matérias de competência privativa da União a proteção

do meio ambiente e o combate à poluição, em qualquer de suas

formas.

ERRADO. Questão de graça! presentinho do Cespe...mamão com açúcar!

Conforme art. 24, VI da CF/88, é competência COMUM da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio

ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.

Pessoal, compete a todos os entes políticos proteger o meio

ambiente, combater a poluição e preservar as florestas, a fauna e a

flora (é uma competência material ou administrativa COMUM). Essa

é a regra!

Pensem comigo, seria ilógico ser privativo não é mesmo?! Afinal, não

só o poder público deve proteger o meio ambiente, a coletividade também

tem essa atribuição. Assim, TODOS devem proteger e preservar o

ambiente.

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89 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Dado o princípio do poluidor-pagador, para que se imponha ao

poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e (ou) indenizar

os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, é necessário que

se prove a culpa do degradador. Caso ele não tenha agido com má-

fé, não será obrigado a reparar e (ou) indenizar os danos causados.

ERRADO.

A responsabilidade civil por dano ambiental é OBJETIVA, ou seja,

independe da comprovação de culpa, basta o dano e o nexo causal.

Logo, NÃO é necessário que se prove a culpa do degradador para que se

imponha a obrigação de recuperar o dano ambiental.

90 - (CESPE – EXAME DE ORDEM - OAB – 2009/3)

O § 4.º do art. 225 da CF estabelece que “a Floresta Amazônica

brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-

Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua

utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais”.

Em face desse dispositivo, assinale a opção correta.

A) Tal preceito constitucional converteu em bens públicos os

imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas.

B) A mata atlântica, que integra o patrimônio nacional, é

considerada bem da União.

C) O poder público está impedido de promover a desapropriação de

imóveis rurais para fins de reforma agrária nas áreas referidas no

preceito constitucional em apreço.

D) Os proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas

e matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os

recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas

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as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à

preservação ambiental.

Gabarito: Letra D.

A – Errado. O art. 225, § 4.º, da CF/88, não converteu em bens públicos

os imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas.

(...) O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da

República, além de não haver convertido em bens públicos os

imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica

brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios

particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam

sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e

respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...)

(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ

22/09/1995)

B – Errado. O fato de ser a Mata Atlântica considerada patrimônio nacional

não a torna bem da União, não estando ela inserida no art. 20 da CF, que

elenca os bens da União.

“Não é a Mata Atlântica, que integra o patrimônio nacional a que alude o

artigo 225, § 4º, da Constituição Federal, bem da União” - (STF - RE:

300244 SC, Relator: MOREIRA ALVES, Data de Julgamento: 20/11/2001,

Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 19-12-2001)

C – Errado. Segundo o STF, “a norma inscrita no art. 225, § 4.º, da

Constituição não atua, em tese, como impedimento jurídico à efetivação,

pela União Federal, de atividade expropriatória destinada a promover e a

executar projetos de reforma agrária nas áreas referidas nesse preceito

constitucional, notadamente nos imóveis rurais situados no Pantanal Mato-

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Grossense. A própria Constituição da República, ao impor ao poder público

o dever de fazer respeitar a integridade do patrimônio ambiental, não o

inibe, quando necessária a intervenção estatal na esfera dominial privada,

de promover a desapropriação de imóveis rurais para fins de reforma

agrária, especialmente porque um dos instrumentos de realização da

função social da propriedade consiste, precisamente, na submissão do

domínio à necessidade de o seu titular utilizar adequadamente os recursos

naturais disponíveis e de fazer preservar o equilíbrio do meio ambiente (CF,

art. 186, II), sob pena de, em descumprindo esses encargos, expor-se à

desapropriação-sanção a que se refere o art. 184 da Lei Fundamental”

(STF, MS 22.164, Rel. min. Celso de Mello, DJ de 17/11/1995).

D – Correto. O § 4.º, do art. 225, da CF/88, estabelece que a utilização

dessas áreas consideradas patrimônio nacional “far-se-á, na forma da lei,

dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente,

inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”. O entendimento do STF é

de que o preceito constitucional, além de não haver convertido em bens

públicos os imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas

nele referidas, “também não impede a utilização, pelos próprios

particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam

sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e

respeitadas as condições necessárias à preservação ambiental” (RE

134.297-8/SP, Rel. min. Celso de Mello, DJ de 22/9/1995).

91 - (CESPE-2010-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-I)

Assinale opção correta de acordo com as normas constitucionais

sobre zoneamento ambiental.

(a) os estados podem, por lei complementar, instituir regiões

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, com a

finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução

de funções públicas de interesse comum. Para isso, precisam da

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concordância dos municípios envolvidos, os quais devem aprovar

leis municipais com o mesmo teor e conteúdo da lei estadual.

(b) compete à união elaborar planos nacionais e regionais de

ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

(c) as zonas de uso predominantemente industrial destinam-se,

preferencialmente, à localização de estabelecimentos industriais

cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações e

radiações possam causar danos à saúde, ao bem-estar e à

segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos

adequados de combate e tratamento de efluentes.

(d) é da competência dos estados a promoção, no que couber, do

adequado ordenamento territorial mediante planejamento e

controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

Gabarito: Letra B.

A – Errado. O art. 25, § 3.º, da CF/88, preceitua que "os estados poderão,

mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios

limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de

funções públicas de interesse comum". Não há, na legislação, qualquer

referência à concordância dos municípios ou à aprovação de leis municipais.

B – Certo. De acordo com o art. 21, IX, da CF/88, compete à União

"elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território

e de desenvolvimento econômico e social".

C – Errado. A alternativa trata de uma norma específica sobre zoneamento

que é a Lei 6.803/80. Embora não seja tema desta aula, vamos comentar

a alternativa. Segundo a referida lei, as zonas industriais são classificadas

nas seguintes categorias:

a) zonas de uso estritamente industrial;

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b) zonas de uso predominantemente industrial;

c) zonas de uso diversificado.

As zonas de uso estritamente industrial destinam-se,

preferencialmente, à localização de estabelecimentos industriais cujos

resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e

radiações possam causar perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança das

populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle

e tratamento de efluentes, nos termos da legislação vigente.

As zonas de uso predominantemente industrial destinam-se,

preferencialmente, à instalação de indústrias cujos processos, submetidos

a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, não causem

incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e nem perturbem o

repouso noturno das populações.

Já as zonas de uso diversificado destinam-se à localização de

estabelecimentos industriais, cujo processo produtivo seja complementar

das atividades do meio urbano ou rural que se situem, e com elas se

compatibilizem, independentemente do uso de métodos especiais de

controle da poluição, não ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes

à saúde, ao bem-estar e à segurança das populações vizinhas.

Notem que a alternativa inverte os conceitos.

D – Errado. Conforme determina o art. 30, VIII, da CF/88, compete aos

municípios "promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,

mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação

do solo urbano".

92 – (FGV-2010-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-II) 1203

Considerando a repartição de competências ambientais

estabelecida na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

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(a) deverá ser editada lei ordinária com as normas para a

cooperação entre a união e os estados, o distrito federal e os

municípios para o exercício da competência comum de defesa do

meio ambiente.

(b) a exigência de apresentação, no processo de licenciamento

ambiental, de certidão da prefeitura municipal sobre a

conformidade do empreendimento com a legislação de uso e

ocupação do solo decorre da competência do município para o

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do

solo urbano.

(c) legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição

é de competência concorrente da união, dos estados, do distrito

federal e dos municípios, com fundamento no artigo 24 da

constituição federal.

(d) a competência executiva em matéria ambiental não alcança a

aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de

meio ambiente.

Gabarito: Letra B.

A – Errado. Art. 23, parágrafo único, da CF/88.

“Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio

do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.”

Inclusive nós já temos uma Lei Complementar que fixa normas, nos

termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da

Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do

exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens

naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em

qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora.

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Essa lei é a LC 140/11. Norma importantíssima e recorrente nas

provas de direito ambiental.

B – Certo. A alternativa cobra conhecimento sobre competências e

também sobre licenciamento. O art. 10, § 1º, da Resolução CONAMA

237/97, dispõe que no procedimento de licenciamento ambiental deverá

constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando

que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em

conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo. Essa

disposição decorre da competência do município, expressa no art. 30, VIII,

da CF/88, para promover, no que couber, adequado ordenamento

territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da

ocupação do solo urbano.

Logo, essa é a nossa alternativa correta.

C – Errado. Aqui está uma das maiores pegadinhas sobre competências!

Muita atenção, pois é um detalhe que torna essa questão bastante

capciosa.

O art. 24, da CF/88, de fato trata da competência concorrente para

legislar, mas a Constituição confere expressamente essa competência

somente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.

Confiram:

“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

(...)

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo

e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e

paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens

e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (...)”

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Vocês podem estar perguntando: Professor, mas os municípios não

podem legislar sobre proteção ambiental, por exemplo? Sim! Podem! Desde

que seja para legislar sobre assuntos de interesse local; e/ou suplementar

a legislação federal e a estadual no que couber, conforme dispõe o artigo

30, I, II, da CF/88.

Diante disso, muita atenção! O erro da alternativa é inserir os

municípios na competência concorrente prevista no artigo 24. Esse artigo

traz expressamente apenas União, Estados e o Distrito Federal.

D – Errado. A competência executiva ou administrativa em matéria

ambiental alcança sim a aplicação de sanções administrativas por infração

à legislação de meio ambiente. Essa competência está prevista no artigo

23, III, VI, VII, da CF/88, que trata da competência comum da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para proteger os documentos,

as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os

monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas; e preservar as florestas, a fauna e a flora.

Importante destacar também o artigo 225, §3º, da CF/88, o qual

prevê a competência executiva do Poder Público em matéria ambiental

(Poder de Polícia Ambiental), inclusive com a aplicação de sanções

administrativas, quando dispõe que as condutas e atividades consideradas

lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou

jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da

obrigação de reparar os danos causados.

93 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-IV)

O inciso VII do §1º do art. 225 da Constituição da República prevê

a proteção da fauna e da flora, vedadas as práticas que coloquem

em risco sua função ecológica, enquanto que o §1º do art. 231 do

referido texto constitucional estabelece que são terras indígenas as

habitadas por eles em caráter permanente e que podem ser

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utilizadas por esses povos, desde que necessárias ao seu bem-estar

e à sua reprodução física e cultural.

A esse respeito, assinale a alternativa correta.

(a) os indígenas têm o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos

rios e dos lagos nas terras ocupadas em caráter permanente por

eles e, portanto, podem explorá-las, sem necessidade de

licenciamento ambiental.

(b) os indígenas podem suprimir vegetação de mata atlântica sem

autorização do órgão ambiental competente porque são

usufrutuários das terras que habitam.

(c) a exploração dos recursos florestais em terras indígenas

somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em

regime de manejo florestal sustentável, para atender à sua

subsistência, respeitado o código florestal.

(d) os indígenas são proprietários das terras que ocupam em

caráter permanente, mas devem explorá-las segundo as normas

ambientais estabelecidas na lei da política nacional do meio

ambiente e do código florestal.

Gabarito: Letra C.

Essa é uma questão que envolve diversos temas do Direito Ambiental:

licenciamento ambiental, código florestal, meio ambiente na CF/88, além

da questão do direito dos índios na Constituição.

O capítulo VIII, do Título VIII (Ordem Social) trata especificamente dos

Índios, nos artigos 231 e 232. Importante lembrar que o Capítulo VI, deste

mesmo Título, dispõe sobre o Meio Ambiente, no artigo 225, da CF/88.

São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles

habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades

produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais

necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e

cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

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Consoante dispõe o artigo 231, § 2º, da CF/88, as terras

tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse

permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos

rios e dos lagos nelas existentes. No entanto, conforme artigo 20, XI, da

CF/88, as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da

União.

O nosso gabarito é a letra C e estava de acordo com o antigo Código

Florestal. É importante ressaltar que essa prova é de 2011, ou seja, antes

da Lei 12.651/12 (Novo Código Florestal). Cabe observar também que

iremos estudar o Código Florestal em uma aula específica sobre o tema.

94 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XII)

Com relação aos ecossistemas Floresta Amazônica, Mata Atlântica,

Serra Do Mar, Pantanal Matogrossense e Zona Costeira, assinale a

afirmativa correta.

A) tais ecossistemas são considerados pela CRFB/1988 patrimônio

difuso, logo todos os empreendimentos nessas áreas devem ser

precedidos de licenciamento e estudo prévio de impacto ambiental.

B) tais ecossistemas são considerados patrimônio nacional,

devendo a lei infraconstitucional disciplinar as condições de

utilização e de uso dos recursos naturais, de modo a garantir a

preservação do meio ambiente.

C) tais ecossistemas são considerados bens públicos, pertencentes

à união, devendo a lei infraconstitucional disciplinar suas condições

de utilização, o uso dos recursos naturais e as formas de

preservação.

D) tais ecossistemas possuem terras devolutas que são, a partir da

edição da lei n. 9985/2000, consideradas unidades de conservação

de uso sustentável, devendo a lei especificar as regras de ocupação

humana nessas áreas.

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Gabarito: Letra B.

A – Errado. A Constituição Federal, em seu art. 225, § 4.º, estabelece que

“A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o

Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional”, mas

isso não significa que todos os empreendimentos nessas áreas devem ser

precedidos de EIA/RIMA, o qual somente será exigido para instalação de

obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação

do meio ambiente, independentemente da área.

B – Certo. De acordo com o art. 225, § 4º, da CF/88, a Floresta Amazônica

brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e

a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma

da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio

ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

C – Errado. Conforme já visto, não são considerados bens públicos, e sim

patrimônio nacional, o que, na prática, é bem diferente, pois não implica

dominialidade pública (do poder público).

O art. 225, § 4.º, da CF/88, não converteu em bens públicos os

imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas. Esse é o entendimento do STF no RE 134.297-8/SP, Rel. min.

Celso de Mello, DJ de 22/9/1995.

D – Errado. Essas áreas não são obrigatoriamente Unidades de

Conservação (UCs). Pode haver sim a criação de UCs, mas isso depende de

ato do Poder Público. Em outras palavras, não é por ser patrimônio nacional

que essas áreas automaticamente serão consideradas Unidades de

Conservação.

95 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XII)

O estado Y pretende melhorar a qualidade do ar e da água em

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116

certa região que compõe o seu território, a qual é abrangida por

quatro municípios.

Considerando o caso, assinale a alternativa que indica a medida que

o estado Y deve adotar.

A) instituir região metropolitana por meio de lei ordinária, a qual

retiraria as competências dos referidos municípios para disciplinar

as matérias.

B) por iniciativa da Assembleia Estadual, editar lei definindo a

região composta pelos municípios como área de preservação

permanente, estabelecendo padrões ambientais mínimos, de

acordo com o plano de manejo.

C) editar lei complementar, de iniciativa do governador do Estado,

a qual imporá níveis de qualidade a serem obedecidos pelos

municípios, sob controle e fiscalização do órgão ambiental

estadual.

D) incentivar os municípios que atingirem as metas ambientais

estipuladas em lei estadual, por meio de distribuição de parte do

ICMS arrecadado, nos limites constitucionalmente autorizados.

Gabarito: Letra D.

A – Errado. O artigo 25 da CF, § 3º, da CF dispõe que “os Estados poderão,

mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios

limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de

funções públicas de interesse comum”.

Logo, para a criação de Região Metropolitana, necessária Lei

complementar, não ordinária como consta na assertiva. Além disso, a

criação das citadas Regiões, não retira dos municípios competências para

disciplinar matérias relativas à qualidade ambiental. Portanto, a assertiva

está incorreta.

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116

B – Errado. As Áreas de Preservação Permanentes estão disciplinadas no

artigo 4º a 9º da Lei 12.651/2012 (Código Florestal), não havendo previsão

para a edição de uma lei para definir a região composta pelos municípios

como área de preservação permanente (APP).

De acordo com o art. 6o, do Novo Código Florestal, consideram-se,

ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social

por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou

outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes

finalidades:

I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e

deslizamentos de terra e de rocha;

II - proteger as restingas ou veredas;

III - proteger várzeas;

IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;

V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural

ou histórico;

VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

VII - assegurar condições de bem-estar público;

VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades

militares.

IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância

internacional.

Veja que para atender as finalidades previstas no artigo 6º do Código

Florestal, poderia ocorrer a instituição de Áreas de Preservação Permanente

por ato do Chefe do Poder Executivo, no caso um Decreto.

C – Errado. Não há previsão de Lei Complementar para esta finalidade.

D – Errado. Os estados podem instituir o “ICMS verde” ou “ICMS

ecológico”, distribuindo 1/4 do produto dos 25% da arrecadação de ICMS,

como forma de incentivo aos municípios que atingirem as metas ambientais

estipuladas em lei estadual.

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A questão aborda a extrafiscalidade ambiental. Os tributos assumem

basicamente duas finalidades: a arrecadatória e a extrafiscal. A primeira

com o objetivo de suprir os cofres públicos, visando à consecução das

finalidades públicas. A segunda pretende, por meio dos instrumentos

fiscais, o incentivo a determinadas atividades envolvendo o interesse

público, entre eles, a proteção e preservação ambiental.

A extrafiscalidade no campo ambiental é aplicação do princípio do

protetor-recebedor, pelo qual aquele que adota medidas ambientalmente

adequadas passa a auferir determinados benefícios.

É cabível o repasse aos municípios de recursos financeiros do ICMS,

na hipótese de promoção de políticas públicas municipais de natureza

ambiental.

Isso decorre do obrigatório repasse aos entes locais do produto de

arrecadação do ICMS, sendo que o percentual de transferência depende,

conforme regido em lei estadual, da promoção de políticas ambientais,

como a instituição de áreas ambientais (ex: unidades de conservação), o

desenvolvimento de políticas de controle à poluição, entre outras medidas

de proteção ambiental.

Outro imposto utilizado com finalidade extrafiscal ambiental é o IPTU,

a exemplo da isenção do referido imposto em situações de implantação de

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), categoria de unidade de

conservação de uso sustentável. Ocorre a isenção também em Áreas de

Preservação Permanentes e em Reservas Legais.

96 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVII)

O município Z deseja implementar política pública ambiental, no

sentido de combater a poluição das vias públicas. Sobre as

competências ambientais distribuídas pela Constituição, assinale a

afirmativa correta.

A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios têm competência

material ambiental comum, devendo leis complementares fixar

normas de cooperação entre os Entes.

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B) em relação à competência material ambiental, em não sendo

exercida pela União e nem pelo Estado, o Município pode exercê-la

plenamente.

C) o Município só pode exercer sua competência material ambiental

nos limites das normas estaduais sobre o tema.

D) o Município não tem competência material em direito ambiental,

por falta de previsão constitucional, podendo, porém, praticar atos

por delegação da União ou do Estado.

Gabarito: Letra A.

A – Certo. Art. 23, VI, VII e § único, da CF/88.

“Art. 23 É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios:

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

(...)

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação

entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em

vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.”

No caso da cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da

competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis,

à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas

formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora, o assunto foi

disciplinado pela Lei Complementar nº 140/2011.

B – Errado. Atenção, pois a alternativa mistura competência material com

legislativa. Lembrem-se de que a competência material ou administrativa

é comum entre todos os entes da federação (União, Estados, DF e

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Municípios). Já a competência legislativa concorrente, prevista no artigo 24

da CF/88, é entre União, Estados e DF.

Veja:

“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do

solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da

poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e

paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a

bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

(...)

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União

limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão

a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a

eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

C – Errado. Está em desacordo com o artigo 23, VI, VII, da CF/88, que

trata da competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios para proteger o meio ambiente e combater a poluição em

qualquer de suas formas; e preservar as florestas, a fauna e a flora.

D – Errado. Conforme estudamos e de acordo com o comentário anterior,

a competência comum para proteção ambiental está expressa no artigo 23,

da Constituição Federal, de 1988.

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Lista de questões

1) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011)

É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN,

dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico,

artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais

notáveis e dos sítios arqueológicos.

2) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011)

Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código

florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional,

visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a

matéria.

3) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a

competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição

e preservar as florestas, a fauna e a flora.

4) (PGE-RO - Procurador – 2011)

É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade

civil ambiental.

5) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011)

A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento de

energia hidráulica constituem atividades da esfera de competência

da União. Assim, uma vez que os recursos minerais pertencem a

esse ente federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à

administração federal autorizar sua exploração.

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6) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação

entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para

o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente.

7) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é

de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da

Constituição Federal.

8) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)

A competência executiva em matéria ambiental não alcança a

aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de

meio ambiente.

9) (TJ-PR - Juiz- 2010)

A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo-

lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer

de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei Complementar.

10) (TJ-PR - Juiz- 2010)

A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao

meio ambiente é privativa da União.

11) (TJ-PR - Juiz- 2010)

Na competência legislativa em matéria ambiental, a superveniência

de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual no que lhe for

contrário.

12) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-RR – 2008)

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No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados,

deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a

competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e

que esta exclui a competência suplementar dos estados.

13) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a preservação

das florestas, da fauna e da flora são de competência comum da

União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

14) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência

comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de

valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens

naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para

preservar as florestas, a fauna e a flora.

15) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

As normas para a cooperação entre União, Estados, Municípios e o

Distrito Federal no exercício de sua competência executiva comum

para proteger o meio ambiente deverão ser fixadas por decreto

federal.

16) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete

privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca.

17) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o estado-

membro pode tratar das normas gerais.

18) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

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O município não está elencado no artigo constitucional que trata da

competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio

ambiente.

19) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria

ambiental, por ser a sede da República brasileira.

20) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009)

Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e minas

encontradas em seus territórios.

21) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de

competência exclusiva da União.

22) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem legislar

sobre matéria ainda não tratada pela União.

23) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

As normas gerais no âmbito da competência concorrente são

atribuídas à União.

24) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011)

É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal

legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da

natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio

ambiente e controle da poluição, bem como, sobre responsabilidade

por dano ao meio ambiente.

25) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

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É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do

meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado,

conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus

processos de elaboração e prestação.

26) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É função institucional do Ministério Público promover o inquérito

civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e

social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

27) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

É função do Estado favorecer a organização da atividade garimpeira

em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e

a promoção econômico-social dos garimpeiros.

28) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011)

Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições,

colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

trabalho.

29) (PGE-RO - Procurador – 2011)

A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de

degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental.

30) (PGE-RO - Procurador – 2011)

A desafetação de Unidade de Conservação de categoria Reserva

Legal depende de lei.

31) (PGE-RO - Procurador – 2011)

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A responsabilidade penal da pessoa jurídica no direito ambiental

está prevista em legislação ordinária, não tendo previsão

constitucional.

32) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008)

A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio

ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no

Título "Da Ordem Social".

33) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011)

Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear

deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não

poderão ser instaladas.

34) (TRT - 23ª REGIÃO - MT - Juiz – 2011)

A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as suas

dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter feito

menção expressa ao meio ambiente do trabalho.

35) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos

Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos

ecossistemas naturais.

36) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

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impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-

lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

37) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser

instaladas.

38) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria

Madalena - RJ - 2010)

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na forma da lei.

39) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011)

O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da

Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a

responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para

as pessoas físicas quanto as jurídicas.

40) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011)

Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a

Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto,

inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são

imprescritíveis.

41) (CESPE - OAB - Exame de Ordem Unificado – 1ª Fase -

Maio/2008)

As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua localização

definida em lei estadual.

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42) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2011)

Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da

ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício da

atividade econômica à preservação do meio ambiente.

43)(CESPE - Advogado - IBRAM-DF – 2009)

O Ministério Público da União está legitimado para promover o

inquérito civil e a ação civil pública visando proteção do meio

ambiente, mas não para defender direitos difusos e coletivos.

44) (CESPE - Advogado - IBRAM-DF – 2009)

A administração pública das cidades brasileiras com mais de 20.000

habitantes está obrigada a elaborar o plano diretor do município a

ser submetido e aprovado pela Câmara Municipal. A exigência

ampara-se em preceito constitucional e visa orientar a política de

desenvolvimento e de expansão urbana.

45) (FUMARC - Advogado - BDMG – 2011)

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na forma da lei.

46) (CESPE - TJ-PB - Juiz – 2011)

A floresta amazônica brasileira, a mata atlântica, a serra do Mar, o

pantanal mato-grossense e a zona costeira são considerados

patrimônio nacional pela CF, razão pela qual é vedada a utilização

dos recursos naturais existentes nessas áreas, ainda que sujeitas

ao domínio privado.

47)(CESPE - OAB - 2009.3)

O § 4º do art. 225 da CF estabelece que "a Floresta Amazônica

brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-

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Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua

utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais." Em face desse dispositivo os

proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e

matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os

recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas

as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à

preservação ambiental.

48) (CESPE - Analista Ambiental - 2011)

A Constituição Federal de 1988, ao consagrar a proteção à Floresta

Amazônica brasileira, à Mata Atlântica, à Serra do Mar, ao Pantanal

Matogrossense, e à Zona Costeira, definidos como patrimônio

nacional, converteu em bens públicos os imóveis particulares

abrangidos pelas referidas florestas e matas.

49) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)

O direito ao desenvolvimento econômico tem sido um dos

obstáculos à preservação do meio ambiente em Estados soberanos

como o Brasil, motivo pelo qual a Constituição de 1988 promoveu

uma clivagem entre desenvolvimento e meio ambiente.

50) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO – 2006)

Através do princípio do desenvolvimento sustentável, o direito

ambiental busca realizar uma harmonização entre o

desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente.

51) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)

A utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a

preservação do meio ambiente constituem, nos termos da

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Constituição brasileira, um requisito da função social da

propriedade rural.

52) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2010)

Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, incumbe ao poder público, promover a

educação ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

53) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2010)

A Floresta Amazônica brasileira, A Mata Atlântica, a Serra do Mar,

o Pantanal Mato- Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de

condições que assegurem a preservação do meio ambiente,

inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

54) (Advogado - CIENTEC-RS – 2010)

Fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado aquele que

explorar recursos minerais.

55) (Advogado - CIENTEC-RS – 2010)

Incumbe ao Poder Público a preservação e restauração dos

processos ecológicos essenciais e provimento do manejo ecológico

das espécies e ecossistemas.

56) (CESPE - Técnico Judiciário - TRE-MT – 2010)

Constituem patrimônio nacional a floresta amazônica, a mata

atlântica, o pantanal mato-grossense, o cerrado e os pampas

gaúchos, devendo sua utilização ocorrer segundo condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais.

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57) (Advogado Júnior - UEGA – 2009)

“O meio ambiente é, assim, a interação do conjunto de elementos

naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento

equilibrado da vida em todas as suas formas". (SILVA, José Afonso

da. Direito Ambiental Constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros,

2009).

A Constituição confere legitimidade para qualquer cidadão propor

ação popular em defesa do meio ambiente em qualquer dos seus

três aspectos.

58) (FUMARC - Advogado - BDMG – 2011)

As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser

instaladas.

59) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO – 2006)

A defesa e preservação do meio ambiente, para as presentes e

futuras gerações, não é dever apenas do Poder Público, mas

também da coletividade, o que justifica a necessidade de

conscientização pública e promoção da educação ambiental.

60) (CESPE - Procurador Federal - 2010)

O meio ambiente é um direito difuso, direito humano fundamental

de terceira geração, mas não é classificado como patrimônio

público.

61 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Por ser comum a competência material para proteção do patrimônio

cultural, a União, o Estado e o município podem, simultaneamente,

instituir tombamento sobre um mesmo bem, desde que haja

relevância histórico-cultural de âmbito local, regional ou nacional.

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62 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Os modos de criar e de fazer enraizados no cotidiano de

comunidades, tais como técnicas tradicionais de construção naval,

integram o patrimônio cultural brasileiro, sendo meio idôneo para

a sua proteção o registro.

63 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

As formas de acautelamento e preservação do patrimônio cultural

brasileiro, são previstas pela Constituição Federal de forma

taxativa.

64 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2007)

Incumbe ao poder público preservar a diversidade e a integridade

do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas

á pesquisa e manipulação de material genético.

65 - (CESPE - Juiz Federal - TRF 5 Região - 2006)

Acerca das normas constitucionais de proteção ao meio ambiente

cultual, julgue o item que se segue.

As manifestações das culturas populares, indígenas e afro-

brasileiras, e dos demais grupos participantes do processo

civilizatório nacional estão constitucionais previstas como objeto

de proteção estatal.

66 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

A tutela constitucional do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado abrange previsão segundo a qual são indisponíveis as

terras devolutas ou arrecadas pela União, por ações

discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas

naturais.

67 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

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A tutela constitucional do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado abrange previsão segundo a qual as jazidas, em lavra

ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia

hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito

de exploração ou aproveitamento, e pertencem ao Estado em cujo

território estiverem localizados.

68 - (FCC- TJ/AP - Analista Judiciário)

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados.

69 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

Incumbe ao Poder Público federal, com exclusividade, preservar e

restaurar processos ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas.

70 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

As terras devolutas ou as arrecadadas pelos Estados, por ações

discriminatórias, são disponíveis e dispensam sua desafetação pelo

Poder Público em geral.

71 - (FCC - Promotor de Justiça - MPE/PE - 2008)

A Serra do Mar Paulista, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona

Costeira de Pernambuco, entre outras, são patrimônios estaduais e

sua utilização far-se-á livremente, na forma da lei dos respectivos

estados.

72 - (FCC - Procurador - PGE/SP - 2009)

O controle da poluição do ar é de responsabilidade exclusiva do

Município.

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73 - (FCC - Secretário de Diligências - MPE-RS - 2010)

A pessoa jurídica não é passível de sanção penal.

74 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)

A responsabilidade da pessoa física por crimes ambientais é

objetiva.

75 - (CESPE - Analista Ambiental - III - MMA – 2011)

A Constituição Federal de 1988, apesar de reconhecida por parte

significativa da doutrina como avançada no campo dos direitos

relacionados ao meio ambiente, não trata expressamente da

educação ambiental.

76 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-ES - 2010)

A responsabilização do poluidor pela indenização ou reparação dos

danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua

atividade exige comprovação de culpa.

77 - (CESPE - Procurador de Estado - PGE-PE - 2009)

A responsabilidade civil ambiental independe de culpa.

78 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

A obrigação de reparar os danos ambientais causados depende da

prévia aplicação de sanções administrativas e penais.

79 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Lei ordinária deve estabelecer as normas para cooperação entre a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios relativas à

competência comum de proteção do meio ambiente.

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80 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Redução dos limites de uma unidade de conservação da natureza

pode ser feita por decreto.

81 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Princípio da avaliação prévia dos impactos ambientais não restou

consagrado em tais normas constitucionais.

82 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR – DIREITO –

PETROBRAS – LIQUIGÁS – 1/2012)

Plano Diretor é o instrumento básico da política de

desenvolvimento urbano, sendo obrigatório para as cidades com

mais de vinte mil habitantes, nos termos do artigo 182, §1º da

Constituição Federal.

83 - (CESGRANRIO - PROFISSIONAL JÚNIOR FORMAÇÃO DIREITO

– PETROBRAS DISTRIBUIDORA – 1/2011)

A Constituição Federal de 1988 apresenta os fundamentos do

Direito Ambiental brasileiro em diversas normas sobre o assunto,

inclusive dedicando um de seus capítulos à proteção do meio

ambiente ecologicamente equilibrado.

A esse respeito, é INCORRETO afirmar que a(o)

(A) localização das usinas que operem com reator nuclear deve ser

definida em lei federal.

(B) competência para legislar sobre recursos naturais é

concorrente entre a União e os Estados.

(C) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a

preservação do meio ambiente não são consideradas para verificar

o cumprimento da função social da propriedade rural.

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(D) defesa do meio ambiente consta como um dos princípios da

ordem econômica, expressos no artigo 170 da Constituição Federal.

(E) meio ambiente ecologicamente equilibrado é um bem de uso

comum do povo.

84 - (CESPE / UnB – Analista Ambiental – IBAMA – 2012)

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é

considerado um direito fundamental de terceira geração, em razão

de ser baseado no interesse comum que liga e une as pessoas e ter

caráter universal.

85 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

O direito à integridade do meio ambiente é típico direito de terceira

dimensão e constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva.

86 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Com relação à administração pública e ao meio ambiente, julgue os

próximos itens.

Considerando-se o direito constitucional ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, é vedada a adoção de qualquer prática

que submeta os animais à crueldade.

87 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Pessoas físicas que praticarem atos lesivos ao meio ambiente

estarão sujeitas a sanções penais e administrativas, ao passo que

as pessoas jurídicas que praticarem tais atos sofrerão sanções civis

e administrativas, em ambos os casos, independentemente da

obrigação de reparar os danos causados.

88 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

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Constituem matérias de competência privativa da União a proteção

do meio ambiente e o combate à poluição, em qualquer de suas

formas.

89 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA – 2012)

Dado o princípio do poluidor-pagador, para que se imponha ao

poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e (ou) indenizar

os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, é necessário que

se prove a culpa do degradador. Caso ele não tenha agido com má-

fé, não será obrigado a reparar e (ou) indenizar os danos causados.

90 - (CESPE – EXAME DE ORDEM - OAB – 2009/3)

O § 4.º do art. 225 da CF estabelece que “a Floresta Amazônica

brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-

Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua

utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao

uso dos recursos naturais”.

Em face desse dispositivo, assinale a opção correta.

A) Tal preceito constitucional converteu em bens públicos os

imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele

referidas.

B) A mata atlântica, que integra o patrimônio nacional, é

considerada bem da União.

C) O poder público está impedido de promover a desapropriação de

imóveis rurais para fins de reforma agrária nas áreas referidas no

preceito constitucional em apreço.

D) Os proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas

e matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os

recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas

as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à

preservação ambiental.

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91 - (CESPE-2010-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-I)

Assinale opção correta de acordo com as normas constitucionais

sobre zoneamento ambiental.

(a) os estados podem, por lei complementar, instituir regiões

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, com a

finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução

de funções públicas de interesse comum. Para isso, precisam da

concordância dos municípios envolvidos, os quais devem aprovar

leis municipais com o mesmo teor e conteúdo da lei estadual.

(b) compete à união elaborar planos nacionais e regionais de

ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

(c) as zonas de uso predominantemente industrial destinam-se,

preferencialmente, à localização de estabelecimentos industriais

cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações e

radiações possam causar danos à saúde, ao bem-estar e à

segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos

adequados de combate e tratamento de efluentes.

(d) é da competência dos estados a promoção, no que couber, do

adequado ordenamento territorial mediante planejamento e

controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

92 – (FGV-2010-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-II) 1203

Considerando a repartição de competências ambientais

estabelecida na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

(a) deverá ser editada lei ordinária com as normas para a

cooperação entre a união e os estados, o distrito federal e os

municípios para o exercício da competência comum de defesa do

meio ambiente.

(b) a exigência de apresentação, no processo de licenciamento

ambiental, de certidão da prefeitura municipal sobre a

conformidade do empreendimento com a legislação de uso e

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ocupação do solo decorre da competência do município para o

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do

solo urbano.

(c) legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição

é de competência concorrente da união, dos estados, do distrito

federal e dos municípios, com fundamento no artigo 24 da

constituição federal.

(d) a competência executiva em matéria ambiental não alcança a

aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de

meio ambiente.

93 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-IV)

O inciso VII do §1º do art. 225 da Constituição da República prevê

a proteção da fauna e da flora, vedadas as práticas que coloquem

em risco sua função ecológica, enquanto que o §1º do art. 231 do

referido texto constitucional estabelece que são terras indígenas as

habitadas por eles em caráter permanente e que podem ser

utilizadas por esses povos, desde que necessárias ao seu bem-estar

e à sua reprodução física e cultural.

A esse respeito, assinale a alternativa correta.

(a) os indígenas têm o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos

rios e dos lagos nas terras ocupadas em caráter permanente por

eles e, portanto, podem explorá-las, sem necessidade de

licenciamento ambiental.

(b) os indígenas podem suprimir vegetação de mata atlântica sem

autorização do órgão ambiental competente porque são

usufrutuários das terras que habitam.

(c) a exploração dos recursos florestais em terras indígenas

somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em

regime de manejo florestal sustentável, para atender à sua

subsistência, respeitado o código florestal.

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(d) os indígenas são proprietários das terras que ocupam em

caráter permanente, mas devem explorá-las segundo as normas

ambientais estabelecidas na lei da política nacional do meio

ambiente e do código florestal.

94 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XII)

Com relação aos ecossistemas Floresta Amazônica, Mata Atlântica,

Serra Do Mar, Pantanal Matogrossense e Zona Costeira, assinale a

afirmativa correta.

A) tais ecossistemas são considerados pela CRFB/1988 patrimônio

difuso, logo todos os empreendimentos nessas áreas devem ser

precedidos de licenciamento e estudo prévio de impacto ambiental.

B) tais ecossistemas são considerados patrimônio nacional,

devendo a lei infraconstitucional disciplinar as condições de

utilização e de uso dos recursos naturais, de modo a garantir a

preservação do meio ambiente.

C) tais ecossistemas são considerados bens públicos, pertencentes

à união, devendo a lei infraconstitucional disciplinar suas condições

de utilização, o uso dos recursos naturais e as formas de

preservação.

D) tais ecossistemas possuem terras devolutas que são, a partir da

edição da lei n. 9985/2000, consideradas unidades de conservação

de uso sustentável, devendo a lei especificar as regras de ocupação

humana nessas áreas.

95 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XII)

O estado Y pretende melhorar a qualidade do ar e da água em

certa região que compõe o seu território, a qual é abrangida por

quatro municípios.

Considerando o caso, assinale a alternativa que indica a medida que

o estado Y deve adotar.

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A) instituir região metropolitana por meio de lei ordinária, a qual

retiraria as competências dos referidos municípios para disciplinar

as matérias.

B) por iniciativa da Assembleia Estadual, editar lei definindo a

região composta pelos municípios como área de preservação

permanente, estabelecendo padrões ambientais mínimos, de

acordo com o plano de manejo.

C) editar lei complementar, de iniciativa do governador do Estado,

a qual imporá níveis de qualidade a serem obedecidos pelos

municípios, sob controle e fiscalização do órgão ambiental

estadual.

D) incentivar os municípios que atingirem as metas ambientais

estipuladas em lei estadual, por meio de distribuição de parte do

ICMS arrecadado, nos limites constitucionalmente autorizados.

96 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVII)

O município Z deseja implementar política pública ambiental, no

sentido de combater a poluição das vias públicas. Sobre as

competências ambientais distribuídas pela Constituição, assinale a

afirmativa correta.

A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios têm competência

material ambiental comum, devendo leis complementares fixar

normas de cooperação entre os Entes.

B) em relação à competência material ambiental, em não sendo

exercida pela União e nem pelo Estado, o Município pode exercê-la

plenamente.

C) o Município só pode exercer sua competência material ambiental

nos limites das normas estaduais sobre o tema.

D) o Município não tem competência material em direito ambiental,

por falta de previsão constitucional, podendo, porém, praticar atos

por delegação da União ou do Estado.

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Gabarito das Questões Resolvidas:

1E 2E 3E 4E 5C 6E 7E 8E 9E 10E

11E 12E 13C 14C 15E 16E 17E 18C 19E 20E

21C 22E 23C 24C 25C 26C 27C 28C 29E 30E

31E 32C 33C 34E 35C 36C 37C 38C 39C 40E

41E 42C 43E 44C 45C 46E 47C 48E 49E 50C

51C 52C 53C 54C 55C 56E 57C 58C 59C 60E

61C 62C 63E 64C 65C 66E 67E 68C 69E 70E

71E 72E 73E 74E 75E 76E 77C 78E 79E 80E

81E 82C 83C 84C 85C 86E 87E 88E 89E 90D

91B 92B 93C 94B 95D 96A

Pessoal, finalizamos esta aula por aqui!

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"Quanto mais estudo, mais sorte eu tenho.”