diferenciação de produtos

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Empresa, indstria e mercados

DANTAS, J.;KERTSNETZKY, J.; PROCHNIK, V.. Empresa, Indstria e mercados. In: KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia (Org.). Economia Industrial: Fundamentos Tericos e Prticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. p 73-90.

CAPTULO 5: DIFERENCIAO DE PRODUTOEconomia Industrial Profa. Juliana de Sales Silva INTRODUOOs produtos so diferenciados segundo diversos aspectos como: local da oferta, qualidade do produto ou percepo da marca.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales Silva2FATORES E TIPOS DE DIFERENCIAOOs produtos so diferenciados conforme os seguintes atributos:Especificaes tcnicas;Desempenho ou confiabilidade;Durabilidade;Ergonomia e design;Esttica;Custo de utilizao do produto;Imagem e marca;Formas de comercializao;Assistncia tcnica e suporte ao usurio;Financiamento aos usurios.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaExistem dois tipos de diferenciao:Diferenciao vertical: A diferenciao considerada vertical quando a utilidade de todos os consumidores aumenta quando o nvel de uma caracterstica do produto aumentado.Diferenciao horizontal: A diferenciao considerada horizontal quando a modificao em um atributo do produto causa aumento na utilidade de alguns consumidores e diminui a de outros.Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaFATORES E TIPOS DE DIFERENCIAOMODELOS DE COMPETIO MONOPOLSTICAO modelo do consumidor representativo foi desenvolvido por Edward Chamberlim em 1933 e foi o primeiro a incorporar a diferenciao de produto.

A diferenciao assumida segundo duas hipteses:Os produtos so substitutos prximos;Demanda e custos so uniformes entre as empresas, apesar de produtos diferentes.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaMODELOS DE COMPETIO MONOPOLSTICAO objetivo final do modelo verificar se o nmero de variedades socialmente timo. A diferenciao gera um beneficio decorrente do aumento das possibilidades das caractersticas do produto se adequarem ao gosto do consumidor. Por outro lado, a criao de novos produtos gera maiores custos fixos associados aos esforos de venda (gastos em publicidade e outras estratgias de marketing). Assim, o modelo verifica se o nmero de variedades gerado por estmulo de mercado o que maximiza a diferena entre benefcios e custos sociais.

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Modelo de ChamberlimO modelo de Chamberlim sofreu inmera crticas em funo das hipteses utilizadas, j que a hiptese de custos e demanda homogneos entre empresas especialmente irrealista e restritiva. A hiptese de entrada livre entrada tambm incoerente coma possibilidade de diferenciao de produtos. A diferenciao um fator que gera barreiras entrada, j que as empresas entrantes tm de realizar gastos substanciais com esforos de venda para reverter a preferencia do consumidor por produtos de empresas j estabelecidas.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaModelo de cidade linear (Hotteling 1929) Considera-se: Uma cidade com uma nica avenida, onde os consumidores esto uniformemente distribudos;Duas empresas que oferecem o mesmo produto e decidem onde devem se localizar.Exemplo: duas empresas que escolhem produzir balas mais ou menos doces.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaMODELOS LOCACIONAISA empresa 1 se localiza a a quilmetros do incio da cidade e a empresa 2 a d quilmetros do final. Considerando preos iguais entre as empresas, os consumidores devem adquirir produtos das empresas que esto mais prximas s suas residncias.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaMODELOS LOCACIONAIS

O resultado que as empresas tm incentivos para oferecer produtos semelhantes e no para diferenciar os produtos. Resultado conhecido como princpio da diferenciao mnima.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaMODELOS LOCACIONAISMODELOS LOCACIONAISDAspremont, Gabszewincs e Thisse (1979) desenvolveram um modelo em que os consumidores so mais sensveis distncia que tem de percorrer para adquirir o produto, o que significa que valorizam mais o produto da empresa mais prxima.Portanto, o equilbrio ocorre quando as empresas esto nos extremos das cidades, invalidando princpio da diferenciao mnima e validando o princpio da diferenciao mxima.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaModelo de cidade circular (Salop 1979)O modelo alm de analisar a localizao das empresas, enfatiza os efeitos da entrada de empresas na indstria. O objetivo verificar se o nmero de empresas que atuam no mercado, isto , se o nmero de variedades geradas, socialmente timo.O modelo considera consumidores que adquirem apenas uma quantidade do produto, n empresas estabelecidas em um crculos de permetro 1, custo marginal c, custo de transporte t, custo fixo de implantao das empresas f. Assume a hiptese do princpio da mxima diferenciao.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaMODELOS LOCACIONAISMODELOS LOCACIONAISPortanto o modelo de Chamberlin, se o modelo opera livremente, gerado um nmero de diversidades de produtos maior que o desejvel.

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ABORDAGENS ALTERNATIVASJoe Bain, em 1956, considera a vantagem de diferenciao de produto uma das fontes de barreiras entrada na indstria. Desta forma, a entrada de novas empresas no livre e as empresas podem obter lucros supranormais sem atrair competidores.

Economia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaEconomia Industrial Profa. Juliana de Sales SilvaABORDAGENS ALTERNATIVASA abordagem evolucionista, incorpora o processo de diferenciao dinmica das indstrias. A diferenciao surge como resultado de uma inovao de produto que propicia poder de monoplio para as empresas inovadoras, dando lugar a lucros extraordinrios.

ABORDAGENS ALTERNATIVASA diferenciao acaba que atuando de trs formas:Aumenta as vendas de uma empresa em particular;Atua sobre a demanda de mercado como um todo, incorporando novos consumidores;Garante a sobrevivncia da empresa no mercado.Assim, a diferenciao , ao mesmo tempo, uma arma agressiva, na medida em que a empresa est buscando garantir uma demanda maior para seus produtos, e defensiva, porque uma forma de garantir sua posio no mercado em que atua.

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