dialogometropolitano 17

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» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 17 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO DIÁLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO E MAIS... Pacote Bali revigora a OMC Andadores, o perigo em nome do conforto Conheça a trama da novela “Em Família” Universidades receberão verba para investimentos França espera dobrar intercâmbio comercial Número de fumantes cai 20% no país em seis anos Psicóloga dá dicas para deixar o cigarro em 2014 SAÚDE PAG 7 SAÚDE PAG 7 DRA. LIVIA GENNARI PAG 7 ESPORTES PAG 5 BRASIL E MUNDO PAG 5 ECONOMIA PAG 3 A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade oferece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-hotéis, albergues, pousadas e motéis. PAG 4 Tendo metade de uma pessoa inteira IGOR QUIRINO PAG 2 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS ESPORTES Briga de torcidas em Joinville faz times perderem mandos Começou no dia 12 de dezembro a contagem regressiva de 1.000 dias para a realização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para marcar a data, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz, abriu suas portas para uma cerimônia que reuniu a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz. PAG 2 Rio de Janeiro terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014 CIDADES Rio comemora 1.000 dias para os Jogos Paralímpicos de 2016 A briga entre torcedores no jogo do último final de se- mana pelo Campeonato Brasileiro, na cidade catarinen- se de Joinville, levou o Atlético Paranaense à perda de 12 mandos de campo e o Vasco da Gama, de oito. A decisão foi tomada pela 4ª Comissão Disciplinar do Su- perior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). PAG 6 ECONOMIA Dívida Pública Federal volta a ultrapassar R$ 2 trilhões Influenciada pelo elevado volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro. PAG 3 DANIELLE DENNY PAG 4 CULTURA Especial de Roberto Carlos será exibido dia 25 pela Rede Globo A cada ano, um novo formato, uma nova história. E, assim, há quatro décadas, o especial de fim de ano de Roberto Car- los toca o público com um espetáculo cheio de emoção e músicas que marcaram gerações. Sucessos como ‘Calham- beque’, ‘Estrada de Santos’, ‘Eu Te Proponho’, entre outros, embalaram as noites dos telespectadores e estavam na lista de canções do primeiro especial do Rei na Globo, exibido em 25 de dezembro de 1974. Desde então, a atração marca o Natal das famílias brasileiras e coleciona momentos me- moráveis, reunindo grandes nomes da música do país e os principais artistas da emissora. Em 2013, o especial ‘40 anos. Juntos’, com previsão de exibi- ção no dia 25 de dezembro, celebra as Bodas de Rubi desta parceria de sucesso entre o cantor, a emissora e o público com uma noite de gala. PAG 5 PAG 5 Após violência, governo discute padronizar segurança

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» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 17 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

E MAIS...

Pacote Bali revigora a OMC

Andadores, o perigo em nome do conforto

Conheça a trama da novela “Em Família”

Universidades receberão verba para investimentos

França espera dobrar intercâmbio comercial

Número de fumantes cai 20% no país em seis anos

Psicóloga dá dicas para deixar o cigarro em 2014

SAÚDEPAG 7

SAÚDEPAG 7

DRA. LIVIA GENNARIPAG 7

ESPORTESPAG 5

BRASIL E MUNDOPAG 5

ECONOMIAPAG 3

A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade oferece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-hotéis, albergues, pousadas e motéis. PAG 4

Tendometade de uma pessoa inteiraIGOR QUIRINOPAG 2

» ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS

ESPORTES

Briga de torcidas em Joinville faz times perderem mandos

Começou no dia 12 de dezembro a contagem regressiva de 1.000 dias para a realização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para marcar a data, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz, abriu suas portas para uma cerimônia que reuniu a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz. PAG 2

Rio de Janeiro terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014

CIDADES

Rio comemora 1.000 dias para os Jogos Paralímpicos de 2016

A briga entre torcedores no jogo do último final de se-mana pelo Campeonato Brasileiro, na cidade catarinen-se de Joinville, levou o Atlético Paranaense à perda de 12 mandos de campo e o Vasco da Gama, de oito. A decisão foi tomada pela 4ª Comissão Disciplinar do Su-perior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). PAG 6

ECONOMIA

Dívida Pública Federal volta a ultrapassar R$ 2 trilhões

Influenciada pelo elevado volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro. PAG 3

DANIELLE DENNYPAG 4

CULTURA

Especial de Roberto Carlos será exibido dia 25 pela Rede GloboA cada ano, um novo formato, uma nova história. E, assim, há quatro décadas, o especial de fim de ano de Roberto Car-los toca o público com um espetáculo cheio de emoção e músicas que marcaram gerações. Sucessos como ‘Calham-beque’, ‘Estrada de Santos’, ‘Eu Te Proponho’, entre outros, embalaram as noites dos telespectadores e estavam na lista de canções do primeiro especial do Rei na Globo, exibido em 25 de dezembro de 1974. Desde então, a atração marca o Natal das famílias brasileiras e coleciona momentos me-moráveis, reunindo grandes nomes da música do país e os principais artistas da emissora.

Em 2013, o especial ‘40 anos. Juntos’, com previsão de exibi-ção no dia 25 de dezembro, celebra as Bodas de Rubi desta parceria de sucesso entre o cantor, a emissora e o público com uma noite de gala.

PAG 5

PAG 5

Após violência, governo discute padronizar segurança

DIRETORAMônika Santos Ferreira

EDITOR CHEFEJônatas Mesquita | MTb [email protected]

REDAÇÃORaul [email protected]

REVISÃOBianca Montagnana

DIAGRAMAÇÃORoberta Furukawa Bartholomeu

COLUNISTASDanielle Denny, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, Igor Quirino, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.

PROJETO GRÁFICO E EDITORIALNews [email protected]

REDAÇÃOAvenida das Américas, 3.500Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ

IMPRESSÃOGráfica Lance

DIÁLOGO METROPOLITANOPUBLICADO PELA ALPHA PRIME EDITORA E JORNALISMO LTDA.ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

PENSANDOIgor Quirino | Publicitário

Tendo metade de uma pessoa inteira

2 DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

CIDADES

Rio comemora 1.000 dias para os Jogos Paralímpicos de 2016

Ele sempre a desejou. Em suas noites, enquan-to sua cabeça estava no travesseiro, estava tam-bém, ao mesmo tempo, nela e nem quando a ti-rava, ela saia. Ela mesmo!Diz a boa prática popu-lar de vivência que não devemos guardar um sentimento conosco. Faz mal, cria câncer. Então, é melhor falar. Mas ele não jogou no ar para o uni-verso como se estivesse rezando e também não foi numa folha de papel. Foi para ela que o moço decidiu desabafar.Por que é assim quando estamos apaixonados, fi-camos de quatro, aberto e nu para uma pessoa, pois enxergamos nela um futuro e, um relacio-namento sem cumpli-cidade, não é relacio-namento, é necessário dividir para somar, é ne-cessário confiar.O rapaz estava disposto a isso, mas num primeiro momento que entregou a metade da sua maçã, não recebeu a outra me-tade que viria dela. Ago-ra o monseigneur não

estava completo, estava quebrado, pois em vez de tentar recuperar a sua pró-pria metade, continuou se doando demais para uma metade que não era sua e foi perdendo o resto que lhe sobrava.Agora ele não tinha mais o que oferecer e a ela não interessava um “zero”, um nulo. Tomou, então, a sábia decisão de seguir em fren-te, fazer uma incursão às mais férteis terras, ou me-lhor, a sua terra, a nossa, ao mundo. Foi viver, conhecer pessoas, se encher de ex-periências, se abastecer de algo que lhe faltava, o amor próprio. E nesse mundo deu voltas.E esse mundo dá voltas, por que a vida é incrível, não pelo o que estaria por vir. Por que foi a vez dela de entregar seu lado para ou-tro alguém e não receber de volta a sua parte. Mas a garota desconhecia o amor próprio, por que ela poderia recorrer a outros amores que doaria sua vida pra ela. Sim, aquele rapaz que foi sincero, que ficou de quatro e confiou num futuro a dois. Dessa vez ele estava firme,

centrado, diferente dela. Mas no ponto de vista ainda tinha um débito a cobrar.A moça achou justo se entregar e o rapaz, pelo aprendizado, nem tanto, mas deu um pedaço.Agora, com a cabeça no travesseiro, se per-guntava onde estava a garota por quem real-mente tinha se apaixo-nado. Faltavam algumas coisas nela e isso não o agradava. Com ela não aprendia, dela não saiam palavras que o pudessem fazer sorrir, nela não existia vonta-de que os fizessem sair para viver o inusitado. Por que se fosse para não ter ela inteira, nem compensava ter. A outra metade que era sua por direito ainda não chega-ra, claro, estava com ou-tra pessoa, ainda.Mas guardar rancor tam-bém faz mal e perdoar alivia. Ele então beijou a sua testa e disse: “Que-ro te ver inteira, comple-ta, mesmo que isso sig-nifique ser inteira sem a minha metade”.

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessa-riamente, a opinião do jornal

Começou no dia 12 de dezembro a contagem re-gressiva de 1.000 dias para a realização dos Jogos Pa-ralímpicos Rio 2016. Para marcar a data, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz, abriu suas portas para uma cerimônia que reuniu a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor, o presi-dente do Comitê Paralím-pico Internacional (IPC), Philip Craven, o presiden-te do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, e a presidente da Empresa Olímpica Munici-

pal (EOM), Maria Silvia Bas-tos Marques.

O ponto alto da solenida-de ficou por conta da pre-sença de atletas do Time Rio Paralímpico, que se emo-cionaram com homenagem prestada por 1.000 alunos da rede municipal de ensi-no, que depositaram men-sagens de incentivo para os atletas, com desenhos e tex-tos inspirados nos valores básicos da educação e do esporte, como superação, respeito e amizade. Estas mensagens serão lidas, uma por dia, até o dia da abertura dos Jogos, em 7/9/16.

Com 12 dias de duração

(seu encerramento está marcado para 18/9), os Jo-gos Paralímpicos Rio 2016 serão marcados como a maior edição da história, uma vez que reunirão 4.350 atletas de 164 países, além de 25 mil voluntários e 7.200 profissionais de mídia credenciada. Ao dar início à cerimônia, Georgette Vidor incentivou os jovens a bus-car o melhor de cada um e a começar, desde já, a pre-paração para o evento es-portivo:

- Mil dias parecem muita coisa, mas passa muito rá-pido. Se os atletas querem obter bons resultados nos

Jogos Paralímpicos é pre-ciso começar a preparação agora. Trata-se de um mo-mento de foco e empenho.

Em seguida, o presidente do Comitê Paralímpico In-ternacional, Philip Craven, falou sobre a importância do evento e parabenizou a Prefeitura do Rio pelo tra-balho realizado em Santa Cruz. Segundo ele, os jogos darão um novo impulso para a cidade no que diz respei-to à mudança de atitude da população:

- Tenho absoluta certe-za de que este evento vai transformar a mentalidade de todos que vivem aqui,

uma vez que acordarão para o fato de que, se estes atletas podem fazer, todos podem. Além disso, estou impressionado com o que vi hoje no Centro de Referên-cia. O trabalho de inclusão da prefeitura é fantástico. Este centro, por exemplo, conta com instalações de primeira grandeza e equi-pes capacitadas, além de usuários satisfeitos.

Já a presidente da Em-presa Olímpica Municipal, Maria Silvia, classificou os Jogos Olímpicos e Para-límpicos como uma “opor-tunidade de crescimento”, tanto no que diz respeito à infraestrutura quanto à mu-dança de atitude. Para ela, os Jogos Paralímpicos se-rão fundamentais para que se atente sobre a necessi-dade de se promover a in-clusão e a acessibilidade.

O Time Rio Paralímpico foi apresentado na cerimô-nia pelo presidente do Co-mitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons. Após o hasteamento das bandei-ras (nacional, da cidade e a olímpica) e a execução do hino nacional brasileiro, os atletas se apresentaram, um a um, e falaram sobre suas expectativas para o evento, inédito na cidade. Medalha de ouro e recor-dista mundial nas provas de arremesso de peso e lan-çamento de disco, o jovem Jonathan Souza Santos, 23 anos, natural de Alagoas, disse esperar que o Brasil

dê um show no quadro de medalhas em 2016.

- Daremos o máximo em 2016. Participar de com-petições em outros países é maravilhoso, mas nada será mais especial do que nos apresentarmos diante do nosso povo, da nossa família – disse Jonathan, ao lado da nadadora Suzana Schnarndorf, eleita ontem a melhor atleta do ano, du-rante o Prêmio Paralímpico 2013, realizado no Rio de Janeiro. Medalhista nos 100 metros peito, a atleta tam-bém se disse encantada com a possibilidade de ter a família por perto, acompa-nhando o seu desempenho.

O Time Rio Paralímpico é fruto de parceria do Comitê Paralímpico Brasileiro com a Prefeitura do Rio, por inter-médio da Secretaria Munici-pal da Pessoa com Deficiên-cia. Segundo o presidente da entidade, Andrew Par-sons, os Jogos Paralímpicos Rio 2016 os atletas têm uma “grande responsabilidade”: inspirar crianças e jovens à prática de esportes.

- Além da responsabilida-de de ganhar medalhas, os atletas serão fontes de ins-piração para o país inteiro, que costuma seguir o exem-plo de seus ídolos. Nes-se caso, esses atletas vão inspirar crianças e jovens a praticar esportes, a fazer novas amizades e ampliar seus horizontes. Essa gera-ção precisa disso - concluiu Parsons.

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

ECONOMIA

3DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

França espera dobrar intercâmbio comercial com o Brasil até 2020 Brasil decide comprar caças suecos,

anunciou AmorimA França espera dobrar o

intercâmbio comercial com o Brasil, atualmente da or-dem de US$ 10 bilhões, até 2020. A projeção foi feita hoje (13) pelo presidente francês, François Hollande, na capital paulista. “O total das nossas importações e exportações aumentou 10% ao ano em 10 anos, dobra-ram portanto”, declarou ao participar do Encontro Eco-nômico Franco-brasileiro. Atualmente há 600 empre-sas francesas no Brasil e a metade delas está em São Paulo.

A presidenta Dilma Rou-sseff disse que também espera ampliar as trocas comerciais entre os dois países. “Elas poderiam ser maiores, porque temos em nossas economias potencial para tanto. Podemos am-pliar nossas trocas tanto em qualidade como em equilí-brio”, declarou.

Atualmente, o comércio bilateral entre os dois países representa um déficit para o Brasil de US$ 1,8 bilhões. A presidenta citou os seto-res econômicos em que já há parceria econômica com a França, como a extração de petróleo do pré-sal, que contará com a empresa francesa Total. Ela lembrou

O ministro da Defesa, Celso Amorim, informou dia 18 de dezembro que o governo brasileiro op-tou pela compra de 36 caças suecos Saab Gri-pen NG. O Brasil irá pa-gar US$ 4,5 bilhões pe-las aeronaves até 2023.O chamado Projeto FX-2, que inclui os caças, teve início em 2001. Ae-ronaves de três países disputaram o contrato com o governo brasilei-ro. Além do Saab Gripen NG, o Boeing F-18E/F Super Hornet, dos Esta-dos Unidos; e Dassault Rafale F3, da França, es-

ainda do acordo firmado on-tem (12) para a implantação de um projeto de computa-ção de alto desempenho. “Iniciativas de diálogo como essa são importantes para ampliar investimentos em nosso país”, avaliou.

Durante o evento da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Dilma Roussef re-forçou o convite, diante de uma plateia de empresários franceses e brasileiros, para o aumento dos investimen-tos no país especialmente pelos fundamentos da ma-croeconomia do país. “O Brasil é, e continuará sendo, uma opção segura e atra-ente para investidores de quaisquer países”, declarou.

Ela citou, por exemplo, o endividamento líquido em torno de 35% do Pro-duto Interno Bruto (PIB), reservas internacionais de US$ 376 bilhões, compro-misso com estabilidade e controle da inflação. “Ali-ás, a inflação vai fechar em 2013 dentro da meta pelo décimo ano consecutivo”, comemorou. A presidenta destacou ainda o fato de o Brasil estar entre os três países do G20 com resul-tados positivos em relação ao superávit primário.

tavam na disputa. O modelo sueco substituirá os Mirage 2000, que serão aposenta-dos este mês.O ministro disse que a es-colha foi “objeto de estu-dos e ponderações muito cuidadosas”, levando em conta a performance, trans-ferência efetiva de tecno-logia e custo de aquisição e manutenção. De acordo com Amorim, a escolha pelos aviões suecos foi “o melhor equilíbrio desses três fatores”.Amorim informou ainda que a próxima etapa é a negociação do contrato, que poderá durar cerca de

Os recentes leilões de petróleo e de concessão de aeroportos foram lem-brados pela presidenta como áreas em que o país conta com investimentos estrangeiros. “Duas sema-nas atrás fizemos a bem sucedida concessão de mais dois aeroportos, Ga-leão e Confins, dos seis aeroportos que serão con-cedidos”, exemplificou. Ela disse que, em todos os casos, venceram grandes empresas com experiên-cias da gestão de terminais aéreos e que contam com a parceria de empresas brasileiras.

Além do aspecto econô-mico, Hollande considerou como “marca de fábrica” da economia brasileira o fato ter conseguido aliar cres-cimento e redistribuição social da renda por meio da educação, habitação e saúde. “Melhorar o capital humano para que ele esteja a serviço de um projeto co-letivo. Isso explica porque o Brasil foi capaz de tirar 40 milhões de seus cidadãos da pobreza e de colocá-los em melhor situação para que sejam também, por sua vez, úteis à economia”, declarou. (Camila Maciel / Agência Brasil)

um ano. Somente após o contrato, serão feitos os pagamentos à empresa sueca, e com isso, não há previsão de afetar o orçamento da União de 2014.Se a negociação ocorrer dentro do prazo previs-to, o contrato deve ser assinado em dezembro de 2014, a Força Aérea Brasileira (FAB) irá rece-ber o primeiro caça sue-co no final de 2018.Com a desativação dos Mirage 2000, a FAB irá usar os caças F5M até a chegada dos aviões Gri-pen. (Agência Brasil)

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

Dívida Pública Federal volta a ultrapassar barreira de R$ 2 trilhões

Influenciada pelo eleva-do volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a bar-reira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divul-gados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fe-chou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro.

A dívida pública mobili-ária – em títulos públicos – interna subiu 1,91%, pas-sando de R$ 1,897 trilhão em setembro para R$ 1,933 trilhão em outubro. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 18,62 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, reconheceu R$ 17,53 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é in-corporada gradualmente ao valor devido.

A Dívida Pública Federal só não subiu mais por cau-sa da dívida pública exter-na, que caiu 2,73%, de R$ 88,85 bilhões em setembro para R$ 79,68 bilhões em outubro. O principal fator para essa variação foi a queda de 1,23% do dólar no mês passado.

Essa foi a primeira vez que a DPF ultrapassou o nível de R$ 2 trilhões desde dezem-bro do ano passado. Nos

meses seguintes, o estoque da dívida apresentou queda, mas voltou a oscilar desde maio. De acordo com o Pla-no Anual de Financiamento (PAF), divulgado em março, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.

As emissões de títulos públicos para o Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES) e para a Caixa Econô-mica Federal foram o princi-pal fator para a alta da DPF no acumulado do ano. Os papéis reforçam o capital das instituições financeiras e permitem que os bancos emprestem mais. Desde ju-lho, o Tesouro também pas-sou a emitir títulos públicos para financiar o desconto médio de 20% nas tarifas de energia. O dinheiro vai para a Conta de Desenvolvimen-to Energético (CDE).

A Dívida Pública Fede-ral (DPF) cresceu em 2013 não apenas por causa dos juros e da necessidade de financiar os compromissos de curto prazo do gover-no. Destinadas a capitalizar bancos oficiais e a bancar a redução da tarifa de energia, as emissões diretas aumen-taram o endividamento fe-deral em R$ 31,368 bilhões este ano.

Não fossem as emissões diretas, a DPF ainda estaria abaixo de R$ 2 trilhões. O endividamento só não cres-ceu mais porque, até agos-to, o Tesouro Nacional não rolou (renovou) a totalidade da DPF, emitindo menos tí-tulos do que o volume de vencimentos. Apenas a par-tir de setembro, as emissões superaram os resgates e a dívida voltou a subir.

As maiores emissões dire-tas este ano foram os R$ 15 bilhões para irrigar o Banco

RAUL RAMOS

Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) e R$ 8 bilhões in-jetados na Caixa Econômi-ca Federal para viabilizar o Programa Minha Casa Me-lhor, que financia a compra de móveis e eletrodomés-ticos para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Por meio dessas operações, o Tesouro emite títulos e repassa os papéis às insti-tuições financeiras, que os revendem no mercado con-forme a necessidade de am-pliarem o capital.

Desde 2009, as injeções de títulos em bancos oficiais têm pressionado o endivi-damento do governo. Em relação ao BNDES, o Te-souro emitiu R$ 280 bilhões nos últimos quatro anos. Os aportes, no entanto, estão diminuindo ano a ano. Nos dez primeiros meses de 2012, as emissões diretas somavam R$ 61,8 bilhões.

No segundo semestre deste ano, o Tesouro tam-bém passou a emitir títulos para a Conta de Desenvol-vimento Energético (CDE), fundo que indeniza as concessionárias de ener-gia pela redução média de 20% nas tarifas de luz, que entrou em vigor no início do ano. Desde julho, essas operações somaram cerca de R$ 6 bilhões. O governo decidiu lançar os papéis de-pois de críticas por usar re-cebíveis (direito de receber recursos) da Usina Hidrelé-trica de Itaipu.

As emissões diretas di-ferem-se das emissões comuns porque os títulos públicos não são leiloados e têm destinatário certo. Tradicionalmente, essas emissões são usadas para converter títulos da reforma agrária e financiar exporta-ções, mas os valores não ultrapassam R$ 1 bilhão por

mês, montante considerado baixo para as operações da União.

A intensificação das emis-sões diretas nos últimos anos dividem a opinião dos especialistas. Economista-chefe da consultoria Austin Rating, Alex Agostini disse que as injeções de títulos nos bancos oficiais têm ser-vido como fonte de preocu-pação para os investidores porque elevam a dívida bru-ta do governo, que subiu de 54% para 59% do Produto Interno Bruto (PIB) apenas de 2011 para cá.

“A dívida bruta é uma das principais ameaças para o Brasil perder o grau de in-vestimento [garantia de que não existe risco de o país dar calote na dívida pública]. O Brasil tem perdido investi-mentos externos por causa da trajetória do endivida-mento”, explica o consultor.

Professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp) e especialista em política fiscal, Francisco Luiz Lopreato defende os estí-mulos ao BNDES. “Não exis-te alternativa no Brasil para incentivar o investimento privado de longo prazo a não ser o BNDES empres-tar para as empresas. Como o banco cumpre um papel importante, cabe ao Esta-do garantir as condições para que possa ter atuação realmente ativa no financia-mento das atividades pro-dutivas”, declarou. (Welton Maximo / Agência Brasil)

4 DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

BRASIL E MUNDO

Rio de Janeiro terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014

ECONOMIA VERDE

Na Organização Mun-dial do Comércio (OMC), desde que foi criada, em 1995, não havia um acor-do multilateral, mas, no começo de dezembro, na Indonésia, depois de quase duas décadas, os 160 países membros con-seguiram chegar a um consenso e revigorar a instituição. O Pacote Bali, como ficou conhecido esse conjunto de deliberações, inclui uma declaração minis-terial que reconhece o Iêmen como membro

Danielle Denny | Advogada

Pacote Bali revigora a OMC

e adota decisões em dez textos sobre três pilares: fa-cilitação do comércio, ques-tões agrícolas e disposições específicas acerca do trata-mento especial e diferen-ciado concedido aos países de menor desenvolvimento relativo. Uma conquista pequena se comparada à ampla libera-lização, que é o objetivo da Rodada Doha. Contudo, a simplificação dos procedi-mentos aduaneiros pode dar um impulso substancial ao comércio, algumas esti-mativas indicam um possí-

vel aumento do produto interno bruto (PIB) global em US$ 1 trilhão.Mérito de Roberto Azeve-do, o brasileiro que há três meses assumiu o cargo de diretor-geral. O desafio agora é aproveitar o mo-mento e trazer para a OMC as inúmeras negociações que têm se dado regional-mente e que ameaçam o sistema de comércio glo-bal uma vez que criam um emaranhado de normas e exceções que balcanizam os países integrantes de pactos regionais.

A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade ofe-rece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-ho-téis, albergues, pousadas e motéis.

Para 2016, a expectati-va é de que a capacidade de hospedagem no Rio al-cance a marca de 52,5 mil unidades (cerca de 18 mil quartos a mais em relação aos números atuais), sendo 39,8 mil em hotéis e 12,8 mil em aparts, motéis, al-bergues e pousadas. Isso, levando-se em considera-ção os empreendimentos

em obras, em análise ou já licenciados pela Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU). Além disso, a ex-pansão da rede hoteleira no Rio prevê a geração, nos próximos anos, de 14 mil postos de trabalho di-retos, entre recepcionistas, camareiras, garçons e che-fs de cozinha, e de 35 mil indiretos.

De acordo com a Agên-cia de Promoção de Inves-timentos do Rio de Janei-ro (Rio Negócios), para se criar um ambiente favo-rável ao investimento no setor de hotelaria na cida-de, a Prefeitura do Rio, em 2010, lançou um pacote de incentivos que potencia-lizou a chegada de novos empreendimentos, como as redes Accor, Ramada, Marriott, BHG, Windsor, Hyatt, Hilton e Emiliano; uma estimativa de R$ 4 bi-lhões em investimentos.

Para fomentar ainda mais

RAUL RAMOS

a expansão da rede hote-leira, este ano foi aprova-do um pacote de incenti-vos para proprietários de motéis que desejassem convertê-los em empreen-dimentos hoteleiros. O pa-cote inclui redução de ISS, remissão de IPTU, isenção de IPTU durante as obras e redução de IPTU na ope-ração para explorar da ati-vidade hoteleira. A cida-de conta hoje com 6.500 quartos de motel e, para a Copa do Mundo, espera-se que mil quartos sejam convertidos. Até os Jogos Olímpicos, a Rio Negócios prevê a conversão de mais de 3 mil quartos. Estas uni-dades poderão ser recon-vertidas após dois anos das Olimpíadas 2016.

À frente da Rio Negócios, Marcelo Haddad analisou a expansão da rede hoteleira do Rio, destacando que esta transformação se deu em curto intervalo de tempo:

- O Rio vem passando por uma grande expansão e re-qualificação da sua oferta de quartos em um perío-do de tempo curto. Isso é algo sem precedentes no mundo. Este processo, im-pulsionado pelos eventos internacionais e o dinamis-mo econômico da cidade nos últimos anos, foi po-tencializado com o pacote de incentivos lançado pela Prefeitura. Em cinco anos teremos aumentado em 60% a nossa rede de hos-pedagem. Até o ano que vem, durante a Copa do Mundo da FIFA, a cidade ganhará mais de cinco mil novos quartos, totalizando 39.200 unidades - afirmou Haddad, acrescentando que os volumes desta ex-pansão são monitorados pela Agência, que também atua na captação de novos investidores e facilita sua instalação na cidade, co-nectando os players deste mercado e auxiliando no georreferenciamento dos projetos.

A prefeitura dividiu os hotéis da cidade em qua-tro regiões de influência: os bairros de Copacabana (que possui três estações de metrô), Barra da Tiju-ca (que futuramente terá dois sistemas BRT e uma estação de metrô), e Cen-tro seguirão concentrando o maior número de unida-des. Até 2016, a Barra terá participação relevante nes-se processo, uma vez que

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

Universidades receberão verba para investimentos em cultura

Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Cul-tura, Marta Suplicy, assinaram dia 18 de dezembro portaria que institui o Programa Mais Cultura nas Universidades. Ainda em fase de criação, o programa tem a finalidade de ampliar o papel das univer-sidades e institutos federais na difusão e preservação da cultura brasileira e na cons-trução e implementação das políticas culturais.

Para a ministra Marta Suplicy, a universidade é um polo de conhecimento e vai contribuir muito para estas ações. “Hoje existe uma demanda, vontade, mas falta oportunidade, recur-sos e estímulos para o conhe-cimento cultura. Com estas portas abertas, os universitá-rios terão uma formação mais completa e vão poder exercitar a atividade profissional de uma forma melhor, com uma visão holística do mundo e da socie-dade”, disse a ministra.

Ela explicou que o programa foi construído pelo grupo de trabalho interministerial - Mi-nistérios da Educação (MEC) e da Cultura (MinC), com o objetivo de ampliar o uso das instituições de ensino público como espaço de produção e circulação da cultura brasileira e de acesso aos bens cultu-rais, de respeito à diversidade e pluralidade da nossa cultura.

“Estamos muito empolgados, é uma coisa nova, mas que não temos dúvida que será um grande sucesso”, acrescentou.

“Queremos uma efervescên-cia cultural nas universidades, incrementando a circulação da pesquisa em cultura, fomen-tando a extensão universitária, melhorando os equipamentos culturais, estimulando eventos, mostras e festivais nas univer-sidades”, explicou Marta.

O ministro Mercadante ob-servou que existe uma deman-da fortíssima de cultura e que é preciso incrementar o setor. “A cultura tem um papel decisivo para o turismo, que é o setor que mais cresce na economia mundial. O Brasil precisa olhar a cultura com uma visão mais estratégica”, disse ele.

Segundo o ministro, o or-çamento do Programa Mais Cultura nas Universidades é de R$ 20 milhões, podendo ser ampliado para R$ 100 mi-lhões. “Os editais ainda serão construídos e vão desenhar os eixos temáticos e definir as possibilidades. A relação com a rede pública é uma coisa que queremos valorizar, o tra-balho da universidade com a rede pública, com atividades culturais e artísticas nas esco-las vai ter valor importante”, acrescentou Mercadante.

O ministro informou que não haverá concentração e dese-

quilíbrio regional. Cada região do país terá um orçamento garantido para suas universi-dades e institutos. “Um projeto com mais de uma universida-de tem mais impacto e maior abrangência, porque não que-remos projetos pequenos, não vamos pulverizar os recursos. Queremos projetos estruturan-tes em torno de R$ 1 milhão, para realmente ajudar a me-lhorar os processos culturais.”

Para a diretora de Cultura da União Nacional dos Estudan-tes, Patrícia Matos é um grande passo para conquista de uma educação que compreende a perspectiva da função social da universidade e da necessi-dade de se relacionar com o ambiente exterior. “Queremos uma academia que se preo-cupe não só com a formação para o mercado de trabalho mas com a formação humana, compreendendo o estudante também, como sujeito históri-co. A cultura é uma característi-ca humana e precisamos valo-rizar as culturas que o estado historicamente não reconhe-ceu”, disse Patrícia.

A implementação do pro-grama se dará ao longo de 2014 através da comissão interministerial - Cultura e Educação. Também será dado um prazo para as uni-versidades apresentarem seus planos de cultura.

o bairro e seus arredores contarão com 30 estabe-lecimentos novos e quatro ampliações ou retrofit. Em seguida, vêm Copacabana (que abrange toda a Zona Sul), com 22 novos hotéis e cinco expansões; Mara-canã (que compreende o Centro, a região do Porto e Del Castilho), com 21 no-vos e cinco ampliações; e Deodoro (que conta com a Ilha do Governador), com dois lançamentos e uma ampliação.

Para o presidente da As-sociação Brasileira da In-dústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, o pacote de incenti-vos da Prefeitura do Rio é a principal alavanca para a ex-pansão da rede hoteleira da cidade. Segundo ele, a deci-são promoveu mudanças e adaptações importantes no setor:

- Além de conceder incen-tivos fiscais para a constru-ção de empreendimentos hoteleiros, a intervenção da prefeitura nos parâme-tros urbanísticos da cidade foi responsável por mais de cem novos projetos licen-ciados ou em processo que nos permitiram, hoje, dizer que a carência na oferta de leitos na cidade é um desa-fio praticamente superado. Além disso, estima-se que cada novo quarto de hotel vai gerar cerca de quatro empregos, sendo um direto e três no setor de receptivo turístico - disse Lopes.

Lapa

De acordo com a Rio Negócios, a Lapa e adja-cências, cujo número de frequentadores se torna cada vez maior, também terão sua rede hoteleira re-formulada. Estão previstas até 2016 a implantação de seis novos hotéis nas ruas do Riachuelo, Gomes Frei-re e do Rezende.

Além disso, três motéis estão sendo convertidos (como é o caso do Hotel Fluminense e do SNOB) e três hotéis já existentes (Granada, Hotel Pouso Real e Rio’s Presidente) passam por obras de ampliação ou retrofit (modernização). Quando essas 12 unidades estiverem prontas, a região vai oferecer aos cariocas e visitantes um total de 1.616 novos quartos.

Assim como outras re-giões da cidade, que passam por obras de re-formulação, o bairro da Lapa está passando por restaurações que procu-ram manter intacto o seu conjunto arquitetônico, que inclui prédios do início do século. A região abriga monumentos centenários, como os Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Esco-la Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa. A região encanta os seus visitantes por ser um espa-ço multicultural, que mis-tura vários tipos de arte e inúmeros estilos musicais.

5DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

CULTURA

THELL VÊ TV Thell de Castro | Jornalista

Conheça a trama de “Em Família”

Duas vidas unidas pelos mais fortes laços: o amor e a família. E também marcadas pelos mais de-sonrados sentimentos: ci-úme, culpa e inveja. Uma história de encontros e desencontros que atam e desatam os corações e as vidas dos primos Laerte (Gabriel Braga Nunes) e Helena (Julia Lemmertz).Ele é um jovem talentoso consumido por um amor que se torna uma obses-são pela prima, que é potencializada quando o amigo Virgílio (Humber-to Martins) se aproxima dela. Helena sabe que é amada e desejada e, tal-vez por isso, seja incon-

sequente em relação ao que seu primo sente.Uma trama onde não exis-tem vilões ou mocinhos, mas pessoas que erram, amam e perdoam. Manoel Carlos escreve uma crônica da vida real, onde as certezas e as incertezas do coração são constantemente colocadas em prova.Com três fases, indo dos anos 1980 até 2014, ‘Em Fa-mília’, próxima novela das nove a Rede Globo, conta a história dessa família e desse amor que começa em Goiás e se desenrola vinte anos depois no charmoso bairro do Leblon no Rio de Janeiro, passando por Vie-na, na Áustria.

Foi no início dos anos 1980, pelas ruas de ca-sas coloniais e ladeiras de pedra da fictícia ci-dade de Esperança, no interior de Goiás, que Helena conheceu a força do amor e da posse de Laerte.Uma paixão de infância vivida entre as cachoei-ras da pequena cidade e os corredores da casa de seus pais, em Goiânia. Uma ligação selada por um pacto de sangue e por um símbolo – a Fênix - de um amor que sem-pre renasce, não impor-tam o tempo ou os obstá-culos que a vida coloque em seus caminhos.

Especial de Roberto Carlos será exibido dia 25 pela Rede Globo

A cada ano, um novo for-mato, uma nova história. E, assim, há quatro décadas, o especial de fim de ano de Roberto Carlos toca o público com um espe-táculo cheio de emoção e músicas que marcaram gerações. Sucessos como ‘Calhambeque’, ‘Estrada de Santos’, ‘Eu Te Propo-nho’, entre outros, emba-laram as noites dos teles-pectadores e estavam na lista de canções do pri-meiro especial do Rei na Globo, exibido em 25 de dezembro de 1974. Desde então, a atração marca o Natal das famílias brasilei-ras e coleciona momen-tos memoráveis, reunindo grandes nomes da música do país e os principais ar-tistas da emissora.

Em 2013, o especial ‘40 anos. Juntos’, com previ-são de exibição no dia 25 de dezembro, celebra as Bodas de Rubi desta par-ceria de sucesso entre o cantor, a emissora e o pú-blico com uma noite de gala. “É um programa mui-to especial por celebrar a relação entre o Roberto Carlos e a Globo. Faremos um show em clima de Os-car”, adiantam o diretor de núcleo Jayme Monjardim e o diretor-geral João Daniel Tikhomiroff.

O espetáculo, que, ao longo dos anos, passou pelo palco do Teatro Muni-cipal de São Paulo, pelo Gi-násio do Ibirapuera, pelos

estúdios do Projac, entre outros espaços, foi grava-do na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O local ga-nhou cenografia especial, e os cerca de 1.200 con-vidados passaram por um tapete azul, especialmente escolhido para a ocasião, até a Grande Sala, onde ocorreu a gravação.

No interior do teatro, um show com homenagens, surpresas e participações especiais de artistas e mú-

sicos aguardava o Rei e a plateia. Abrindo o repertó-rio de sucessos, a música “Emoções” é seguida da leitura do poema “O tempo passa? Não Passa”, de Car-los Drummond de Andra-de, pelo próprio Roberto Carlos. Na sequência, can-ções como “Esse Cara Sou Eu”, “Como Vai Você” e “Detalhes” estão previstas.

O primeiro convidado é Lulu Santos, que canta ao lado do Rei “Como Uma

Onda no Mar”, um clássi-co do seu repertório. Tatá Werneck também sobe ao palco. Ela surpreende a todos ao soltar a voz, mas tudo não passa de uma brincadeira. É a hora de Anitta, a verdadeira dona do vocal dublado pela atriz, surgir ao lado de Ro-berto Carlos.

Como o próprio Roberto afirma, a música lhe deu vários amigos. Um deles foi Tim Maia, que é lembra-

do por Tiago Abravanel, ator que interpretou o can-tor em musical de grande sucesso. Vestido como o “gordinho”, carinhosamen-te apelidado pelo Rei, Tia-go se apresenta ao lado do homenageado. Em segui-da, retorna sem a caracte-rização de Tim para uma nova canção.

Ainda no palco, quatro DJs prometem “arrepiar as carrapetas”. São eles: Memê, Felipe Venâncio,

Dexterz e Mau Mau. Cada um diante de sua mesa de mixagem executa, junto à Orquestra RC, o medley do repertório do CD “Reimix”, com canções como “Fera Ferida”, “O Portão”, “É Proi-bido Fumar” e “É Preciso Saber Viver”.

Nesta celebração, tam-bém não podia faltar Eras-mo Carlos, o eterno “tre-mendão”. Os dois amigos cantam juntos, entre outras canções, a nova versão de “Além do Horizonte”, tema da abertura da novela das sete.

Entre uma música e ou-tra, o Rei é surpreendido pela presença de Fátima Bernardes no palco. Repre-sentando a emissora, Fáti-ma apresenta um clipe com imagens inesquecíveis de diversos momentos de Ro-berto Carlos na Globo que prometem emocionar.

O cenário do especial, projetado pela cenógrafa May Martins, tem muitas luzes e é decorado nos tons de dourado e azul. “Escolhemos essas cores por dois motivos: o doura-do, porque remete ao gla-mour, e o azul, por ser uma cor que o Rei adora. Além disso, o ouro sobre o azul é um clássico”, explica a cenógrafa.

O programa tem roteiro de Marcelo Saback e dire-ção geral de Jayme Mon-jardim e João Daniel Tikho-miroff. A direção de núcleo é de Jayme Monjardim.

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

Aracy Balabanian diz que sofreu preconceito da família para ser atriz

Na noite de Natal, a home-nageada do “Damas da TV”, do canal Viva, é Aracy Bala-banian, intérprete de perso-nagens memoráveis como Dona Armênia, Maria Faz Favor, Cassandra, Filomena Ferreto, entre outras. Na en-trevista que vai ao ar dia 25, às 21h, a atriz faz uma retros-pectiva da carreira e conta qual papel a marcou mais: Heloísa, de “Antônio Maria”, exibida em 1967 pela TV Tupi. “Meu pai tinha me dito quando comecei: ‘Você nun-ca terá a capacidade desse ator’, que era o Sérgio Car-doso. Me lançou esse desa-fio e, de repente, foi obriga-do a me ver trabalhando ao lado de seu ídolo”, explica.

Rígido, o pai da atriz tinha receio da instabilidade e do preconceito que acompa-nhava a profissão no país, mas se rendeu à escolha da filha ao vê-la contracenando com Sérgio. “Foi nessa épo-ca que meu pai faleceu. O perdi no momento em que aceitou minha profissão e ficou orgulhoso do que eu fazia. Eu precisava disso”, revela emocionada.

Muito querida no meio artístico, Aracy ganhou um personagem escrito espe-cialmente para ela por Silvio de Abreu. Dona Armênia,

sucesso de “Rainha da Su-cata” (1990), faz referência à origem da atriz, que é fi-lha de imigrantes armênios, mas nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul: “Foi loucura total! Pa-rava a cidade com aquelas três ‘filhinhas’ que eu tinha, que eram três marmanjos enormes”, lembra. Com o carinho do público, a mãe superprotetora e seus her-deiros, interpretados por Marcelo Novaes, Gérson Brenner e Jandir Ferrari, mereceram dobradinha em “Deus nos Acuda” (1992), outra obra do autor.

A atriz lembra que, na infância, o que a mais en-cantava eram os peque-nos dramas representados nos espetáculos circenses. Mas foi aos 12 anos, com

a mudança para a capital paulista, que descobriu o dom para os palcos: “Ven-do ‘Mirandolina’, do (Carlo) Goldoni, no Teatro Maria Della Costa, percebi e tive certeza absoluta de que era aquilo que queria fazer da minha vida, que aquele era o lugar onde eu iria viver para sempre”. Para agradar à família, cursou três anos de Ciências Sociais na USP, mas percebeu que estava no caminho errado. “Desisti. Sabia que era o teatro que eu queria”, desabafa.

A veterana ainda mencio-na que durante a dupla jor-nada entre o teatro e a TV, percebeu que um completa-va o outro. “Comecei a sentir que a televisão me ajudava no palco, e vice-versa. Me tornei uma atriz de teatro mais ágil, ao mesmo tempo que, na televisão, carreguei a profundidade e a verda-de que o teatro me obriga-va”. E, até hoje, ela admite que a herança dos palcos a acompanha: “Quando vou construir um papel para te-levisão, que normalmente é uma obra aberta, você tem poucos dados. Sempre par-to de princípios de teatro. Não tenho material suficien-te? Vou de fora para dentro”, define.

6 DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

ESPORTES

Depois de briga entre torcedores, Atlético/PR e Vasco perdem mandos

Após violência, governo discute padronizar segurança nos estádios

As cenas de extrema vio-lência registradas durante o jogo entre Atlético Para-naense e Vasco da Gama, no dia 08 de dezembro, levaram representantes do governo federal, do Poder Judiciário e de entidades desportivas, como o Supe-rior Tribunal de Justiça Des-portiva (STJD) e a Confede-ração Brasileira de Futebol (CBF), a discutir medidas para garantir a segurança nos estádios brasileiros.

Entre as iniciativas trata-das durante reunião realiza-da no dia 12, no Ministério do Esporte, está a padroni-zação de procedimentos de segurança durante eventos esportivos, principalmente durante jogos de futebol. “É necessário unificar um padrão de comportamento dos órgãos de segurança pública e privada, definin-do competências, deveres e responsabilidades”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esclare-cendo que o ministério já discute um Guia de Procedi-mento de Segurança.

A criação de juizados e delegacias especializadas no atendimento a torce-dores também esteve na pauta da reunião como ini-ciativas a serem discutidas

com os governos estaduais e com o Poder Judiciário. Outra iniciativa retoma a necessidade de um cadas-tro nacional de associados a torcidas organizadas e daqueles proibidos de fre-quentarem estádios.

O cadastro já existe em al-guns estados, mas, segundo Cardozo, os representantes das entidades consideram “fundamental” a existên-cia de uma base de dados nacional. “Obviamente, as medidas para que este ca-dastro não seja um mero ca-dastro informativo, mas seja aplicado, vão ser discutidas

com os secretários de segu-rança pública”, disse Cardo-zo, garantindo que algumas das medidas anunciadas são de implementação ime-diata, enquanto outras são apenas sugestões.

Cardozo e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tam-bém defenderam maior res-ponsabilização dos clubes quando seus torcedores se envolverem em brigas ou atos ilícitos. “Mais do que a punição pecuniária, os clu-bes temem a punição téc-nica. Um clube teme mais a perda de três pontos do que [multa] de R$ 3 milhões.

O dinheiro ele pode arru-mar emprestado, já os três pontos vão ser cobrados pela torcida de forma muito mais dura”, defendeu o mi-nistro do Esporte.

As demais medidas tra-tadas na reunião preveem maior integração dos seto-res de inteligência policial dos estados. O ministro Car-dozo defendeu, por exem-plo, que todos os estádios sejam equipados com itens de segurança obrigatórios, o que poderia ser feito por meio de parcerias entre os estados, a CBF e as fede-rações de futebol; além da

instalação imediata da Câ-mara Técnica de Intolerân-cia Esportiva do Ministério da Justiça, que já existiu.

A última medida discutida foi o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que trata do Estatuto da Se-gurança Privada. De acordo com Cardozo, o assunto já está em fase final de elabo-ração e define regras e con-dicionantes para a atuação dos serviços de vigilância privada. “Temos um plano já definido, já especificado, para a segurança da Copa do Mundo e que foi empre-gado na Copa das Confe-

derações. O que se coloca agora é a questão das ativi-dades ordinárias de segu-rança pública e privada nas atividades esportivas fora da Copa do Mundo”.

O governo vai criar um grupo técnico, coordenado pelos ministérios do Espor-te e da Justiça, para defi-nir como implementar as medidas. “Ele [o grupo] vai trabalhar eventuais espe-cificações que necessárias para facilitar a aplicação [das medidas] com grande velocidade”. Estão previs-tas três reuniões para tratar do assunto: a primeira será entre os secretários estadu-ais de segurança pública; a segunda entre representan-tes do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Nacional de Jus-tiça; e a terceira entre CBF, Superior Tribunal de Justiça Desportiva e as federações estaduais de futebol.

O ministro da Justiça fez questão de destacar que a preocupação não diz res-peito à segurança das par-tidas da Copa do Mundo de 2104. “Isso não é para a Copa, que já tem um plano dialogado com a Fifa, go-vernos estaduais e CBF”. (Alex Rodrigues / Agência Brasil)

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

A briga entre torcedores no jogo do último final de semana pelo Campeonato Brasileiro, na cidade catari-nense de Joinville, levou o Atlético Paranaense à perda de 12 mandos de campo e o Vasco da Gama, de oito. A decisão foi tomada pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que tam-bém condenou o time pa-ranaense a pagar multa de R$ 120 mil e o time de São Januário, à de R$ 80 mil.

Dos 12 jogos em que o Atlético-PR perdeu o mando de campo, seis ocorrerão com os portões fechado. O Vasco terá de realizar qua-

tro das seis partidas com os portões fechados.

Ao proferir a sentença, o auditor do STJD Paulo Bra-cks alertou que o país do futebol não pode se trans-formar no país da violência nos estádios. “Vamos parar com esse jogo de empurra. Parem de colocar o peso da violência na Polícia Militar. Tiraram a PM dos estádios e aí? E essa violência não é exclusividade do Atlético Paranaense e do Vasco, não é. Como disse aqui no início do julgamento, todos tem responsabilidade, inclusive nós”.

A partida terminou com a vitória do time paranaense

por 5 a 1. Com o resultado do jogo, que chegou a ficar paralisado por 73 minutos em razão da briga entre tor-cedores, o Vasco caiu para a segunda divisão do futebol brasileiro no próximo ano.

A 4ª Comissão Disciplinar do STJD condenou os dois clubes com base no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Ainda cabe recurso ao ple-no do tribunal. No julgamen-to, o STJD absolveu o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, e as federações Paranaense e Catarinense de Futebol.

Mandante da partida, o Atlético-PR também foi en-quadrado nos artigos 191 do

CBJD, por deixar de cumprir ou por dificultar o cumpri-mento de medidas para ga-rantir a segurança dos torce-dores antes, durante e após a partida, e 211, que trata das garantias aos visitantes, deixando o local da partida com infraestrutura necessá-ria para que haja garantias plenas de segurança para realização do jogo.

“O que estamos julgan-do aqui não é apenas uma briguinha de arquibancada. Estamos julgando barbárie, guerra, violência contra to-dos. E a pena tem que ser proporcional ao que ocor-reu. Então, tem sim que aplicar a regra mais rígi-da que é a dos jogos com portões fechados”, disse o auditor, que foi derrotado na proposta de que a pena aplicada fosse cumprida integralmente com os por-tões fechados.

Essa é a segunda derrota sofrida pelo Vasco da Gama no STJD em menos de uma semana. No dia 12, o tribu-nal já havia negado pedido da equipe carioca pela im-pugnação da partida, o que manteve o Vasco na Série B do futebol brasileiro no próximo ano. Nesse caso, também cabe recurso.

Proibição

Um Termo de Ajustamen-to de Conduta (TAC) assina-

do dia 10 de dezembro com o Ministério Público (MP) do Paraná proíbe a principal tor-cida do Atlético Paranaense, Os Fanáticos, de frequentar estádios de futebol durante os próximos seis meses em qualquer parte do Brasil. O compromisso também im-pede que seus integrantes frequentem jogos com uni-forme ou outra identificação da organização.

O acordo foi proposto pela Promotoria de Defesa do Consumidor de Curiti-ba aos representantes da organizada Os Fanáticos com base no Código de Defesa do Consumidor e no Estatuto do Torcedor, cujo Artigo 39 impede de comparecer a eventos es-portivos, pelo prazo de até três anos, a torcida orga-nizada e integrantes que promovem tumulto, entre outras ações violentas.

Com a assinatura do TAC, a torcida organizada deixa de ser processada pelo MP, desde que cum-pra os compromissos que assumiu. O Estatuto do Torcedor também estabe-lece que a torcida organi-zada deve responder civil-mente, de forma solidária, pelos danos causados por seus associados no local do evento esportivo, em suas imediações ou no tra-jeto de ida e volta do es-tádio.

Com a proibição, os torcedores ligados à tor-cida organizada Os Faná-ticos não poderão entrar nos estádios portando qualquer objeto, peça de roupa ou instrumento de percussão que os identifi-que como integrantes da torcida. Caso descumpra o acordo, a Fanáticos será multada em R$ 20 mil por infração constatada, po-dendo ainda receber ou-tras punições cabíveis.

Em nota, o promotor de Justiça Maximiliano Ribei-ro Deliberador informou que, enquanto o Ministério Público paranaense está se ocupando de aplicar as medidas cabíveis à torcida do Atlético, o MP do Rio de Janeiro está tratando dos aspectos que envolvem a torcida do Vasco da Gama.

Já o MP catarinense acompanha as investiga-ções policiais, buscando a eventual punição dos envolvidos na briga e ve-rificando possíveis falhas na organização da partida do último dia 08. A torcida organizada vascaína Força Jovem já havia recebido punição semelhante em agosto de 2012, por haver se envolvido, em maio, em uma briga que resultou na morte de um torcedor do Flamengo. (Nielmar de Oliveira e Alex Rodrigues / Agência Brasil)

7DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

SAÚDE

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

Dra. Lívia Maria Gennari | Médica CRM-SP 132267

A VIDA É FRÁGIL. VIVA COM SAÚDE

Andadores, o perigo em nome do confortoNas últimas semanas, os pediatras conscientes de todo o Brasil conquista-ram uma grande vitória: a proibição em caráter limi-nar do uso de andadores por crianças, que vem coroar uma campanha iniciada em 2007 pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Esta luta é ba-seada no levantamento americano que aponta dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com an-dador todos os anos.Isto corresponde a um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas.Infelizmente a luta contra os andadores encontra um inimigo muito pode-roso, a desinformação dos pais dos menores que argumentam que os

pequenos ficam mais inde-pendentes, livres e mais fá-ceis de cuidar, porém, con-tra os fatos e as estatísticas esses argumentos perdem sua força.Para um pediatra que atua em prontos-socorros, assis-tir às quedas, às queimadu-ras, intoxicações ou cho-ques causados pelo acesso aos perigos caseiros faci-litado pelo andador é re-voltante. Além de todos os riscos ainda existe o fato de que o andador atrasa o de-senvolvimento psicomotor da criança. Bebês que utili-zam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e gastam menos energia.Frente a discursos egoís-

tas de alguns pais que defendem o andador ar-gumentando que desta forma é muito mais fácil tomar conta dos peque-nos, realmente chego a pensar que algumas pessoas deveriam esco-lher não ter filhos, pois imaginar assumir tantos riscos em nome do con-forto e da preguiça não são justificativas plausí-veis. Enquanto a decisão final de abolir os andadores do mercado brasileiro não chega, os pediatras contam com o bom sen-so de pais e cuidadores para que plantões tris-tes, cuidando de vítimas de traumas evitáveis deixem de ser rotina.

Número de fumantes cai 20% no país em seis anos, mostra estudo

O número de pessoas que fumam caiu 20% nos últimos seis anos no Brasil, segundo estudo divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital paulista. Em 2006, o percentual de tabagistas era 19,3% e, no ano passa-do, caiu para 15,6%.

No total, o Brasil tem 20 milhões de fumantes, sendo que 533 mil são adolescen-tes. Esse público foi o que mais reduziu o consumo de tabaco. Em 2006, 6,2% dos jovens eram fumantes e, em 2012, esse índice caiu para 3,4%, o que representa uma

diminuição de 45%.Na comparação entre

gêneros, os homens con-tinuam sendo os que mais fumam. Em 2006, 27% deles eram tabagistas e, no ano passado, o percentual caiu para 21%, uma redução de 22%. Entre as mulheres, o percentual de fumantes era 15%, em 2006, e houve uma queda para 13% em 2012 – redução de 13%.

A pesquisa da Unifesp faz parte do Levantamento Na-cional de Álcool e Drogas (Lenad). Foram ouvidos mais de 3 mil brasileiros a partir de 14 anos, em 2006, e 4,6

mil participantes em 2012. As entrevistas foram feitas em quase 150 municípios.

Mais dadosA classe A foi a única a

aumentar o consumo de ci-garro nos últimos seis anos, aponta o estudo. Na contra-mão da média nacional, com queda de 20% no uso de ta-baco, a população mais rica do país elevou o consumo de cigarros em 110%, entre 2006 e 2012.

A pesquisadora Ana Ce-cília Marques, que participa do estudo, acredita que, no momento da decisão sobre

comprar ou não um maço de cigarros, o dinheiro no bolso pesa mais que alta escolaridade e maior escla-recimento sobre os efeitos nocivos do fumo. “Embora a classe econômica mais privi-legiada tenha mais conheci-mento, o fato de ter dinheiro para comprar se torna mais importante. Eu acho que isso mostra a importância de se pensar em aumentar o imposto, porque é um fator que pode, muito provavel-mente, ser mais eficaz que campanhas de conhecimen-to de que o cigarro faz mal”, defendeu.

Desde o final de 2011, o governo estipulou aumento gradativo da carga tributária sobre os cigarros e do pre-ço mínimo para a venda do maço.

Segundo a pesquisa, o percentual de fumantes da classe A, em 2006, era 5,2%; e subiu para 10,9%, no ano passado. Nas outras ca-

Psicóloga dá dicas para deixar o cigarro em 2014

Além de festejar e parti-cipar de confraternizações com a família e amigos, final de ano é época de planejar e tomar decisões. As famo-sas resoluções para o pró-ximo ano funcionam como metas a serem alcançadas. Na vida pessoal, emagre-cer, cuidar da saúde e pa-rar de fumar estão entre as decisões mais comuns nesse período. No entanto, depois que o novo ano co-meça, é difícil levar adiante o planejamento e alcançar os objetivos traçados.

Autora do livro “Cigar-ro – como romper esse legado”, a psicóloga e es-critora Juliana Bilachi tem dicas valiosas para que a decisão de parar de fumar não se transforme em mais um plano deixado de lado. Anos de experiência com pacientes, pesquisas, pa-lestras e participação em congressos e debates a credenciam a fazer essa re-solução sair do papel.

Segundo ela, a decisão de parar de fumar faz com que o fumante precise abrir mão de algumas situa-ções prazerosas e comuns que o levam a fumar no dia-a-dia. “O dependente não necessita abrir mão de tudo de uma só vez, o que ele necessita, na rea-lidade, é identificar quais são circunstâncias que o conduzem ao cigarro e, então, deixar de realizar uma, duas ou mais dessas condições e se empenhar rumo ao objetivo desejado. É essencial que o fumante não regrida com relação à escolha feita, mesmo que demore um tempo para se adaptar”, diz.

Um dos casos clássicos está relacionado a fumar dirigindo. Se o dependente

optar por não fumar dentro do carro, é muito importan-te que se comprometa com a escolha feita e direcione suas forças para não voltar a fumar dentro da sua ou de qualquer outra condu-ção. Outra dica importante é contar sobre o processo da interrupção do tabagis-mo somente para pessoas, independente do grau de parentesco, que irão apoiá-lo emocional e moralmen-te, manter-se em silêncio e ter discrição quanto aos planos e objetivos, pois uma crítica negativa pode deixá-lo vulnerável à irrita-bilidade, ao nervosismo e à ansiedade. Também é fun-damental aceitar os des-confortos que aparecerão durante o desenvolvimento desta transformação e dei-xar a dor da ausência vir e ir de modo consciente. Além de desmistificar as crenças e os mitos inseridos na re-lação dependente-cigarro.

“Não há uma regra quan-to ao parar de fumar. Exis-tem pessoas que param de fumar de uma só vez, outras diminuem progres-sivamente a quantidade de cigarros e outras não pla-nejam a maneira da inter-rupção e acabam parando de uma forma ou de outra”, afirma.

Para a psicóloga, recur-sos como medicamentos, adesivos e gomas de mas-car podem ser utilizados, mas é preciso tomar cuida-do com a fase em que são usados. De acordo com Juliana, o fumante passa por fases no processo de abandono do tabagismo. Mais de 80% dos que pro-curam ajuda terapêutica passaram da fase de pré-contemplação para a de contemplação, quando re-

almente sentem que são dependentes do cigarro.

“A fase de contempla-ção é caracterizada pela oscilação entre o medo e a coragem de parar de fu-mar”, explica. A coragem está conectada com a au-toconfiança, o otimismo, a determinação, o autocon-trole e a pulsão da vida. Na fase de ação, terceira fase, o fumante estabelece o pa-rar de fumar como principal prioridade em sua vida.

É nessa fase, a da ação, que recursos como medi-camentos e adesivos po-dem ser usados. Se forem usados na fase de contem-plação, a probabilidade de regressão no tratamento é grande.

“Isso porque o fumante deposita toda a confiança e expectativa no recurso te-rapêutico e não se legitima como o principal respon-sável por esse processo”, explica.

Há também os fumantes que não precisam desse tipo de recurso, mas ape-nas de acompanhamen-to psicológico, grupos de apoio e apoio familiar e social. Cabe a cada pessoa escolher a maneira mais apropriada, considerando aspectos internos, como a vontade, determinação, coragem e autoconheci-mento.

Já na quarta fase, a de manutenção, o ex-fumante constata que consegue vi-ver sem o cigarro, sente a saúde melhorar e enxerga ganhos inclusive na produ-tividade profissional e nos relacionamentos pessoais.

“A autoestima, a autocon-fiança, o sentimento de co-ragem e o respeito próprio aumentam dia após dia”, conclui.

madas sociais, houve redu-ção. Na classe B, passou de 14,7%, em 2006; para 12,7%, em 2012; na classe C, caiu de 21,8% para 19,1%; na fai-xa D, recuou de 22,7% para 19%; e na E, houve redução de 24,9% para 22,9%.

O estudo comparou os consumos nas diferentes re-giões do país. Apesar de ter apresentado queda, o Sul despontou como a que mais consumiu cigarros: 20,2% em 2012, contra 25,9% em 2006. Os fumantes nas demais regiões do Brasil também diminuíram: Norte (20%), Sudeste (19%), Nor-deste (18%) e Centro-Oeste (15%).

Metade dos entrevistados admitiu já ter experimenta-do cigarro pelo menos uma vez na vida e, desses, 51% continuaram fumando. A maioria dos fumantes (73%) disse que tentaria parar de fumar se tivesse acesso a tratamento gratuito.

Outro aspecto abordado pelo estudo foram os indi-cadores de dependência. Um deles é fumar o primei-ro cigarro até cinco minutos após acordar – 25,3% admi-tiram essa necessidade em 2012, contra 17,9% em 2006. Achar difícil ou bem difícil passar um dia sem fumar foi outro indicador usado para avaliar a dependência: 67,8% admitiram essa dificul-dade no ano passado, ante 59% em 2006. Os fumantes que tentaram parar de fumar e não conseguiram diminuí-ram, passando de 72% em 2006 para 63% no ano pas-sado.

Os dados fazem parte do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). Foram ouvidos mais de 3 mil brasileiros com mais de 14 anos em 2006, e 4,6 mil participantes em 2012. As entrevistas foram feitas em quase 150 municípios. (Fer-nanda Cruz / Agência Brasil)

8 DIÁLOGOMETROPOLITANORIO DE JANEIRO

RIO TOTAL EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

O ensaio de moda do EGO é com a atriz e cantora Alessandra Maestrini. Atualmente ela está no ar no quadro “Correio Feminino”, do Fantástico, baseado na obra de Clarice Lispector. O editorial, que mostra quatro looks com pegada retrô, aconteceu no bar Rio Scenarium, no Rio de Janeiro.Sobre o estilo retrô que Alessandra usa no seriado “Correio Feminino”, ela confessa: “Acho um barato! Adoro brincar e é justamente isso que mais gosto: poder trocar de figurino, de pele, de rosto... Fizemos aulas de balé para gesticular da maneira delicada que o Luiz Fer-nando [Carvalho, diretor do programa] queria, mas o interessante é que, ao vestir essas roupas, o gestual já muda, automaticamente”. Mas quando assunto é seu estilo próprio a atriz diz ser mais despojada.

PARTICIPAÇÃOMarcius Melhem faz uma divertida participação com seu grande companheiro Leandro Hassum em “Até que a Sorte nos Separe 2”. Os dois amigos realizaram o sonho de contracenar com Jerry Lewis. A ideia de participação do ídolo dos dois comediantes no filme surgiu quando foram até Las Vegas no final de 2012 para assistir a um dos raros shows de Lewis. A nova comédia de Roberto Santucci estreia dia 27 de dezembro.

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013

HOMENAGEMCom investimentos de R$ 750 milhões até 2020, a fábrica deve gerar cerca de 400 empregos diretos e produzir 24 mil veículos por ano. A previsão é que o número de empregos dobre até o final da década. O grupo também vai atrair uma rede de forne-cedores para atender a produção, gerando ainda mais postos de trabalho na região.

HOMENAGEM IIO prefeito Eduardo Paes participou na quarta (18), na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, de uma homenagem a Luiz Paulo Horta, jornalista, crítico musical e membro da Academia Brasileira de Letras falecido em agosto deste ano. O espaço do Teatro de Câmara recebeu o nome de Esplanada das Artes Luiz Paulo Horta e uma placa foi des-cerrada pelo prefeito para celebrar.

HOMENAGEM IIIDurante todo o mês de dezembro, a Prefeitura do Rio realizou um tributo ao imortal, com uma programação especial voltada para a música, sua grande paixão. Desde o dia 04, o espaço foi palco de apresentações do Coral de vozes dos Meninos do Rio, da Orquestra da Casa de Artes de Paquetá, da Orquestra de Sopro da Pro Arte, do Con-certo Verdi - 200 anos do compositor, coro e solistas da Associação de Canto Coral, e da Pastoril da Matriz - Natal Brasileiro.

LAPA PRESENTEO secretário de Governo, Wilson Carlos, e o major Rodrigo Cereser, coordenador da Operação Lapa Presente, se reuniram na quarta-feira (18/12) com membros da prefei-tura e de órgãos públicos municipais para discutir detalhes de viabilidade da ação. A Operação Lapa Presente, coordenada pela Secretaria de Governo, vai garantir o direito de ir e vir dos moradores e frequentadores da região. A iniciativa começa em 1º de janeiro de 2014.

LAPA PRESENTE IIEntre as ações propostas pelo grupo estão a instalação de uma unidade móvel avan-çada da Secretaria municipal de Assistência Social, para atendimento de moradores de rua usuários de drogas, e a implantação de um Conselho Tutelar permanente no bairro, para responsabilizar os pais dos menores que ficam nas ruas. Outra iniciativa divulgada é a atuação de oito educadores sociais da prefeitura, que vão atuar em duplas pelo bairro, munidos de rádios-transmissores, que serão providos pelo Estado.

VERBAO Governo Federal liberou para o Estado do Rio de Janeiro verba de R$ 10 milhões, que será aplicada em ações emergenciais em nove municípios da Baixada Fluminense atingi-dos pelas chuvas na semana passada. O anúncio foi feito na terça-feira (17/12) pelo vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, depois de reunião em Brasília com os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e da Integração Nacional, Francisco Teixeira, além do secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior.