demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem...

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Jorge Costa Soares Orientador: Prof. Doutor Carlos Gomes Departamen to de Química, Facu ldade d e Ciências, Un ivers idade do Porto Maio de 2008 Seminário de Química Demonstrações de reacções de oxidação-redução

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Page 1: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

Jorge Costa Soares

Orientador: Prof. Doutor Carlos Gomes

Departamento de Química, Faculdade de Ciências, Univers idade do PortoMaio de 2008

Seminário de Química

Demonstrações de reacções de

oxidação-redução

 

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer a algumas pessoas sem as quais a feitura deste seminário

jamais teria sido possível.

Ao Professor Doutor Carlos Alberto Rocha Gomes pelo apoio, paciência e dedicação

demonstradas durante toda a feitura deste trabalho.

À minha orientadora de estágio pedagógico, a Dra. Teresa Paula Costa, pelos válidos

ensinamentos transmitidos que, em cada dia, me tornam melhor professor.

Às minhas colegas de estágio pedagógico pela amizade, apoio prestado e dedicação

empreendida, em prol do nosso bem, como grupo de trabalho, durante todo este ano lectivo.

À minha família e amigos pelo carinho, motivação e paciência revelada nos momentos

mais difíceis da caminhada que culminou com o término deste trabalho de seminário.

À Filipa, minha namorada, por todo o amor, carinho e incrível compreensão

demonstrada, para comigo, nas alturas mais difíceis e conturbadas deste meu percurso.

A todos os membros do IFIMUP, sem excepção, pelo vasto apoio prestado e úteis

esclarecimentos.

A todos os elementos da Tuna de Ciências do Porto, por me terem sabido aceitar,

ouvir e compreender, nos nossos incontáveis ensaios e actuações, sempre que o meu cansaço

falou demasiadamente alto.

A todos aqueles que, de uma maneira ou outra, me ajudaram e cujos nomes não

figuram nesta página.

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O Seminário de Química

O Seminário de Química, tal como sucede com o seu homónimo de Física, tem o

intuito de fornecer ao professor estagiário a oportunidade de aprofundar o seu conhecimento

numa dada área, geralmente com ênfase bastante superior àquela que é dada ao longo do

percurso académico do mesmo. Daí a ideia associada à escolha do tema que levou à

realização deste trabalho: ensinar Química e, mais concretamente, ensinar oxidação-redução,

de um modo interessante, que incentive os alunos a gostarem ainda mais desta ciência tão

bela.

Para atingir tal objectivo estruturou-se o presente trabalho com um crescente grau de

dificuldade, em relação aos conteúdos abordados. Esta organização foi adoptada por ser a

mais razoável e lógica, para a temática da oxidação-redução, e também por ser desenvolvida,

deste modo, em muitos dos manuais escolares actuais.

No que concerne à segurança, para além daquela que normalmente é aplicada no

laboratório de Química, apresenta-se, para cada demonstração, todas as precauções referentes

aos reagentes utilizados e ao procedimento a efectuar. É muito importante salientar que,

apesar de algumas reacções originarem resultados vigorosos (como libertação de fumos,

chamas e explosões), não apresentam qualquer periculosidade de monta, tanto para os

experimentadores como para quem assiste.

Em termos financeiros, importa referir que a maioria dos reagentes e material

utilizados são fáceis de obter e monetariamente acessíveis, pelo que o custo elevado não serve

como desculpa para a não-realização das demonstrações que figuram neste trabalho.

Conscientemente, não se pode afirmar que, com os conteúdos deste seminário se

conseguirá ensinar todo o capítulo das reacções redox, abordadas no ensino secundário, nem

nunca foi esse o objectivo. Pode-se, isso sim, afirmar, que este projecto poderá ser usado por

professores do ensino secundário, visando a introdução ou o desenvolvimento deste tema, de

um modo original e apelativo, conseguindo provar que a Química é útil, divertida e

espectacular, jamais tendo de ser aborrecida, como alguns tanto fazem crer.

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Índice

1. Demonstrações químicas na sala de aula ...………….………...…............……………....... 1

2. Principais cuidados a ter na utilização de reagentes ............................................................. 2

3. Oxidação-redução ................................................................................................................. 3

3.1. Oxidação de metais .........…………………….…......….……………….................…. 5

3.1.1. Oxidação do ferro pelo oxigénio puro ...………………..........................…….... 6

3.1.2. Oxidação do magnésio no seio do ar ………….…………….............................. 8

3.2. Oxidação de não-metais ..................................……………….................................…. 9

3.2.1. Oxidação do metanol …………………..…………………........................…..... 9

3.2.2. Lâmpada de acetileno ……………….....…………………............................... 11

3.2.3. Combustão do hidrogénio dentro de uma casca de ovo …….……........…....... 12

3.3. Oxidações na ausência de oxigénio ............................................................................ 14

3.3.1. Reacção do iodo com o zinco …....…………………………....…........…….... 14

3.3.2. O ião H+ a funcionar como oxidante .………………..............................…...... 16

3.4. Oxidação-redução entre dois metais ........................................................................... 17

3.4.1. Oxidação do zinco pelo catião cobre (II) …..…………...……….........…...…. 17

3.5. O caso da dismutação .................................................................................................. 19

3.5.1. Mousse química …………………………….............…...…............................. 19

3.6. Termoquímica das reacções de oxidação-redução ...................................................... 21

3.6.1. Ponto de caramelo ......……………………………………….....................….. 21

3.6.2. Oxidação da glicerina pelo permanganato ……………...………..................... 22

3.7. Sentido do fluxo de electrões numa reacção de oxidação-redução ............................. 23

3.7.1. Electrodeposição de cobre ………....………...………….................................. 24

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1. Demonstrações químicas na sala de aula As demonstrações químicas, como ferramentas que ilustram princípios químicos,

devem ser uma parte integrante da planificação de uma aula.

O interesse e o entusiasmo do aluno, bem como do professor, podem ser promovidos

com a realização das actividades propostas neste trabalho, as quais possibilitam a visualização

de fenómenos cujos conteúdos serão, assim, mais facilmente assimilados.

Embora se reconheçam as inúmeras virtudes das demonstrações químicas, é notória

alguma relutância na realização das mesmas (por parte de certos docentes), devido a factores

económicos (contenção de despesas), indisponibilidade de certos reagentes, condições de

segurança especiais e, sobretudo, algum acomodamento seu, cabendo por isso ao professor

analisar a riqueza de conteúdo da sua execução, bem como todos os prós e contras.

Conhecimento químico, criatividade e inovação são algumas das vantagens que estas

demonstrações oferecem. A sua realização não tem por objectivo substituir as actividades

laboratoriais em que os alunos têm um papel mais activo mas, isso sim, facilitar a tarefa do

professor quando se verifica a falta de tempo e de recursos materiais.

A participação do aluno jamais deve ser esquecida, devendo-se incluir o

questionamento e a discussão, sempre úteis na eliminação de certas concepções alternativas,

sendo para isso necessário preparar a demonstração com todo o cuidado, tendo em conta as

seguintes perguntas:

- O que é proposto com a realização da demonstração e que conteúdos serão

abordados?;

- Qual a sequência de instruções que será mais eficiente?;

- Qual será a audiência e que conhecimentos possuirá?.

Para atingir os objectivos inicialmente propostos com a elaboração da demonstração,

esta deve possuir algumas características, tais como: ser dinâmica, simples, directa e, caso

possível, conter alguma dose de espectacularidade e humor, de modo a despertar o interesse e

a curiosidade dos alunos.

A demonstração química, quando preparada e apresentada cuidadosamente e no

momento certo, pode permitir ao aluno a interiorização eficaz do conceito em estudo, em

alguns minutos ou até mesmo em poucos segundos, algo que talvez não fosse possível através

das muitas palavras proferíveis no decurso de um tempo lectivo regular.

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2. Principais cuidados a ter na utilização de reagentes A maioria dos compostos químicos, usados nas demonstrações seguidamente

apresentadas, podem ser utilizados de forma segura desde que se tenha o cuidado suficiente e

se usem as quantidades de reagentes indicadas.

Algumas das substâncias utilizadas pertencem a categorias que requerem um trato

especial:

- Substâncias irritantes:

A maioria dos reagentes químicos pode provocar irritação. Como tal,

há que evitar a inalação de pó e vapores de compostos químicos e evitar o

derramamento de soluções sobre a pele, bem como o manuseamento de

sólidos directamente com as mãos.

Os trabalhos devem ser levados a cabo numa câmara com extracção de vapores (hotte)

sempre que for utilizado iodo e/ou outras substâncias voláteis. Podem ser tomadas como

substâncias irritantes o permanganato de potássio, o sulfato de cobre, o carboneto de cálcio e

a água oxigenada 30% (100 volumes).

- Substâncias corrosivas:

Os ácidos e as bases concentrados são corrosivos e as substâncias

corrosivas reagem com a pele. Assim sendo, nas demonstrações que

requerem concentrações elevadas de ácidos ou bases, devem ser sempre

utilizadas luvas e uma viseira de protecção, assim como óculos de protecção.

Quando se diluem soluções, em água, a solução mais concentrada deve sempre ser

adicionada à água. Quando se utiliza HNO3 concentrado ou HCl concentrado deve-se sempre

trabalhar na hotte.

- Substâncias inflamáveis:

Quando se utilizam líquidos inflamáveis não devem existir chamas na

proximidade: recomenda-se, pois, o uso de placas de aquecimento para

aumentar a sua temperatura, sendo que estes líquidos devem ser aquecidos,

sempre que possível, em pequenas quantidades.

No caso particular das demonstrações, visando garantir a segurança do professor e a

segurança dos alunos, aconselha-se o seguinte:

- Utilizar sempre óculos de protecção, bata, luvas e, se necessário, uma viseira

protectora;

- Ter sempre um extintor nas imediações do local de trabalho;

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- Estar familiarizado com as propriedades dos reagentes e com as reacções químicas

envolvidas nas demonstrações efectuadas;

- Utilizar os diversos reagentes químicos nas quantidades indicadas na demonstração.

- Não usar recipientes abertos, quando se utilizam substâncias tóxicas e/ou voláteis,

sem que exista uma ventilação adequada (hotte);

- Colocar barreiras de protecção, sempre que exista a mínima possibilidade de

ocorrerência de projecções e explosões;

- Fornecer informação escrita, para cada demonstração, no que respeita ao

procedimento, perigos e eliminação de resíduos, sempre que se incentive a audiência a repetir

a demonstração;

- Possuir recipientes apropriados para os resíduos e proceder à correcta eliminação

posterior dos materiais prejudiciais ao meio ambiente.

Os folhetos relativos à segurança (MSDS), fornecidos com os reagentes químicos,

contêm informação pormenorizada acerca da sua utilização e toxicidade, dos procedimentos

de protecção, bem como dos métodos recomendados para a limpeza de derrames de cada um

desses reagentes.

3. Oxidação-redução As reacções químicas de oxidação-redução são aquelas nas quais ocorre transferência

de electrões entre as diversas espécies químicas envolvidas, pelo que o número de oxidação

dos átomos (a carga que um átomo teria caso se considerasse que os electrões não se

encontram partilhados mas inteiramente localizados num dado átomo) varia ao longo da

reacção química.

À semelhança dos casos abrangidos pela química de ácido-base, nos quais a actuação

de uma espécie química, como ácido, pressupõe a existência, presença e intervenção de uma

outra espécie química, actuando essa como base, também na oxidação-redução é pressuposta

a presença de um par inter-actuante; não um par ácido-base mas um par redox, constituído por

uma espécie que actua como oxidante (a qual oxida e é reduzida, diminuindo o seu número de

oxidação) e outra espécie química, dita redutora (a qual reduz e é oxidada, aumentando o seu

número de oxidação).

Aos pares conjugados ácido-base correspondem, no capítulo da oxidação-redução, os

pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies

químicas envolvidas. Deste modo, a forma oxidada é aquela que possui maior número de

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oxidação, enquanto que a espécie reduzida é aquela que possui menor número de oxidação.

Atenda-se, pois, ao seguinte exemplo simples:

Zn(s) + Cu2+(aq)⇔ Zn2+(aq) + Cu(s)

Na equação química anterior nota-se bem a presença de dois pares conjugados redox:

Zn e Zn2+ constituem um par redox, sendo Zn a forma reduzida e Zn2+ a forma oxidada, do

mesmo modo que, no outro par conjugado redox, presente na equação química anterior, Cu2+

é a forma oxidada e Cu é a forma reduzida.

Uma importante diferença entre as duas classes de reacções citadas anteriormente é

que à transferência de electrões se encontra aliada a energia eléctrica, pelo que uma reacção

de oxidação-redução pode ser provocada por uma corrente eléctrica, como sucede no caso da

electrólise ou, inversamente, pode produzir uma corrente eléctrica, como se verifica no caso

das pilhas electroquímicas. O mesmo não se verifica no caso das reacções de ácido-base, por

transferência de iões H+. Porém, em ambos os casos acima referidos predominam, na

Natureza, os fenómenos que tomam lugar em solução aquosa.

Recorrendo, agora, a um conceito muito importante em electroquímica, o conceito de

semi-reacção, a transferência de electrões pode ser bem evidenciada. Com base nos pares

redox do exemplo acima apresentado, a semi-reacção de oxidação é:

Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e-

enquanto que a semi-reacção de redução é:

Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s)

O conceito de semi-reacção é, por sua vez, bastante útil no acerto das equações

químicas associadas às reacções de oxidação-redução, sendo um método muito simples, mas

dotado de notável eficácia, para melhor se compreender quantos electrões estão envolvidos,

quantos electrões estão em jogo, numa dada reacção redox em estudo.

Porém, o maior motivo de interesse, associado ao conceito de semi-reacção, talvez

seja o da interpretação da extensão das reacções de oxidação-redução. Em boa verdade, a

extensão de uma reacção química de oxidação-redução, medida pela grandeza da respectiva

constante de equilíbrio, resulta da tendência de um certo reagente para ceder electrões

(redutor) e do outro reagente para os receber (oxidante). Como as tendências citadas são

muito variadas, as ordens de grandeza das constantes de equilíbrio também o são, algo que

pode ser evidenciado atendendo, por exemplo, a duas reacções químicas deveras simples:

Zn(s) + 2H+(aq) ↔ Zn2+(aq) + H2(g)

Cu(s) + 2H+(aq) ↔ Cu2+(aq) + H2(g)

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No caso da primeira reacção química, o valor da constante de equilíbrio é igual a 5,8×1025,

enquanto que, no caso da segunda reacção química, o valor da constante de equilíbrio é igual

a 3,0×10-12. Uma vez que a espécie oxidante é a mesma para ambos os casos (H+) pode-se

concluir, da análise de tais valores, que o zinco tem muito mais propensão a ceder electrões

(ou seja, a oxidar-se) do que o cobre. Por outras palavras, o poder redutor do zinco excede, em

larga medida, o poder redutor do cobre.

Escrevendo, agora, as equações químicas na forma inversa, vem:

Zn2+(aq) + H2(g) ↔ Zn(s) + 2H+(aq)

Cu2+(aq) + H2(g) ↔ Cu(s) + 2H+(aq)

Assim se põe em evidência a redução de duas espécies distintas, Zn2+ e Cu2+, pelo mesmo

agente redutor, H2. As constantes de equilíbrio são, obviamente, as inversas das anteriormente

apresentadas, ou seja, 1,7×10-26 e 3,3×1011, respectivamente. Com base nestes novos valores

pode-se inferir que o ião Cu2+ apresenta uma tendência para receber electrões muito superior

à do ião Zn2+. Por outras palavras, o poder oxidante do ião Cu2+ excede, amplamente, o poder

redutor do ião Zn2+. Assim, pode-se afirmar que, nas mesmas condições, o zinco tem maior

propensão para se transformar em Zn2+ do que o cobre em Cu2+, enquanto que o ião Zn2+

possui menor tendência a passar a Zn do que o ião Cu2+ a passar a Cu.

Como a Química é, sem dúvida, uma ciência sem fronteiras, varrendo campos plurais

e muito vastos, o mesmo sucede neste caso particular (oxidação-redução), pelo que as

aplicações destas reacções químicas são extremamente variadas. Encontram-se, facilmente,

inúmeros exemplos aplicativos destas reacções químicas no dia-a-dia, em mecanismos e

utensílios nos quais são fundamentais (como nas vulgares pilhas comerciais, dos brinquedos

das crianças), passando por outros nos quais elas são preciosas (caso da electrodeposição de

metais nobres em diversos materiais), terminando nas protecções contra a corrosão, bem

patentes nos objectos metálicos expostos ao tempo (como portões de edifícios).

3.1. Oxidação de metais Inicialmente, a oxidação era considerada como sendo apenas a reacção de uma

substância com o oxigénio, originando substâncias mais pesadas e de cor diferente,

denominadas por óxidos.

Um exemplo típico destas reacções é a combustão de uma fita de magnésio ou ferro

(palha de aço) em oxigénio. Verifica-se que os produtos de ambas as reacções citadas são

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óxidos, uma vez que são o resultado da reacção de um metal com oxigénio, tendo ocorrido a

oxidação do metal. Para o caso da oxidação do magnésio, vem:

2 Mg(s) + O2(g) → 2 MgO(s)

Actualmente, o termo oxidação aplica-se em muitas outras transformações químicas,

em algumas das quais não intervém o oxigénio.

3.1.1. Oxidação do ferro pelo oxigénio puro Objectivo

Verificar a oxidação do ferro (palha de aço) no seio de oxigénio especialmente

preparado para o efeito.

Resumo

Produz-se oxigénio, o qual é recolhido num recipiente. A palha de aço torna-se

incandescente, ao reagir com o oxigénio contido num recipiente de vidro, evidenciando a

oxidação do ferro com a produção de ténues faíscas.

Reagentes necessários para uma experiência

- Clorato de potássio, KClO3;

- Dióxido de manganês, MnO2;

- Ferro (sob a forma de palha), Fe.

Equipamento necessário

- Gobelé (ou frasco de Erlenmeyer) de 200 mL;

- Vidro de relógio;

- Tubo de ensaio de pirex (com comprimento entre 20 e 30 cm);

- Tubos de vidro dobrado (ver esquema da montagem);

- Tubo de borracha para ligação dos tubos de vidro;

- Bico de Bünsen;

- Garras e suporte para as mesmas;

- Placa de suporte de altura variável (Jack).

Precauções

Usar sempre os óculos de protecção.

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O clorato de potássio é um oxidante bastante forte, podendo explodir na presença de

substâncias orgânicas ou quando sujeito a pressões elevadas, pelo que nunca deve triturar o

sólido! Não misture o clorato de potássio com mais nada, excepção feita ao dióxido de

manganês.

A reacção entre o clorato de potássio e o dióxido de manganês é realizada a

temperatura elevada. Tenha cuidado!

Procedimento

1. Misture, muito cuidadosamente, numa folha de papel, 2 a 4 colheres de chá de clorato

de potássio e cerca de 1 4 de colher de chá de

dióxido de manganês;

2. Coloque a mistura num tubo de ensaio, grande

e bem limpo, equipado com uma rolha

atravessada por um tubo de vidro dobrado em L

(ver esquema da figura 1);

3. Aqueça a mistura, contida no tubo de ensaio, de

modo a ocorrer a libertação de oxigénio no

estado gasoso, a qual começa pouco após o

início do aquecimento;

4. Deixe libertar oxigénio durante 20 a 30 segundos. Este ficará retido no recipiente,

dado que o oxigénio é mais denso que o ar;

5. Quando o copo já estiver cheio de oxigénio, o que ocorre cerca de 2 minutos após o

início do aquecimento, finde o aquecimento e

retire a rolha do recipiente, colocando sobre

este um vidro de relógio;

6. Aproxime um pedaço de palha de aço da

chama do bico de Bünsen, até esta ficar

incandescente, colocando-a de imediato dentro

do recipiente no qual foi recolhido o oxigénio;

7. Compare a velocidade de combustão do ferro no ar e em oxigénio (ver, na imagem da

figura 2, o segundo caso citado).

Figura 2

Figura 1

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8

Exploração da experiência

A produção de oxigénio é, neste caso, uma reacção de decomposição térmica do

clorato de potássio:

2 KClO3(s) → 2 KCl(s) + 3 O2(g)

Note-se que o MnO2 actua, meramente, como catalisador.

Também se pode produzir oxigénio pela decomposição do peróxido de hidrogénio a

3% (10 volumes), recolhendo-se o oxigénio de um modo semelhante ao descrito. Contudo, a

velocidade de libertação do oxigénio é, nesse caso, muito mais elevada que no caso citado, o

que não é desejável, face ao método eleito para a colheita e armazenamento do oxigénio.

A oxidação do ferro produz, neste caso, óxido de ferro (III):

2 Fe(s) + 3/2 O2(g) → Fe2O3(s)

No dia-a-dia, a reacção do ferro com o oxigénio atmosférico produz a conhecida ferrugem:

2 Fe(s) + 3/2 O2(g) + n H2O(l) → Fe2O3.nH2O(s)

Nessa reacção, dada a lentidão do processo, não se nota a libertação de energia, uma

vez que a taxa à qual esta ocorre é muito inferior à taxa reaccional da reacção aqui abordada.

3.1.2. Oxidação do magnésio no seio do ar Objectivo

Mostrar a oxidação do magnésio (no ar) e verificar a libertação de calor e luz intensa.

Notar que, como em todas as oxidações, esta reacção liberta energia.

Reagentes necessários para uma experiência

- Magnésio, Mg (sob a forma de fita de magnésio com comprimento aproximadamente

igual a 20 cm).

Equipamento necessário

- Tenaz

- Bico de Bünsen

Precauções

A chama de magnésio é muito intensa e produz bastante radiação UV, pelo que se

deve evitar olhar, directamente, para a chama durante mais do que 2 segundos, sendo

altamente aconselhável o uso de óculos protectores contra radiação UV.

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que este fiqu

do no frasc

candescênci

rvando a alt

do fio de c

devido ao

na ligeira ex

e difunde, n

ra explosão.

H2O(l)

iração, mes

de protecção

bastante.

re na atmos

r;

ue

co

ia,

teração que

cobre (catál

calor libert

xplosão inici

novamente,

.

Figura

smo em p

o ao lidar c

sfera do fra

se processa

lise heterog

tado na rea

ial, o que pr

, para o int

4

Figura 5

10

pequenas

com este

sco com

a.

génea), o

acção de

rovoca o

terior do

Page 15: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

11

3.2.2. Lâmpada de acetileno

Objectivo

Mostrar que o acetileno (à semelhança de outros gases combustíveis) pode reagir de

forma explosiva com o oxigénio atmosférico.

Resumo

Gera-se acetileno a partir da carbite colocada num kitasato. Ao aproximar-se um

fósforo da extremidade do kitasato ocorre uma explosão.

Reagentes necessários para uma experiência

- Carboneto de cálcio (carbite) em fragmentos de diâmetro ϕ ~ 0,5 cm;

- Água.

Equipamento necessário

- Kitasato de 250 mL;

- Rolha de cortiça;

- Fita adesiva;

- Fósforos.

Precauções

O kitasato deve possuir uma parede espessa e ser generosamente revestido de fita

adesiva, de modo a evitar o seu rebentamento.

Procedimento

1. Coloque 50 mL de água no interior do kitasato;

2. Coloque, igualmente, um dos fragmentos de carbite disponíveis;

3. Rolhe o kitasato com uma rolha de cortiça, levemente pousada, encostando, após 2 ou

3 segundos, um fósforo aceso junto da saída lateral do frasco. Em poucos segundos

ocorrerá uma explosão, provocando um estrondo agudo e a projecção da rolha.

4. Coloque novamente a rolha no frasco e, volvidos 10 a 20 segundos, volte a aproximar

um fósforo da extremidade lateral do frasco. Poder-se-á observar uma pequena chama

e escutar um som breve e agudo, mas a combustão silenciosa ocorre apenas à saída do

kitasato. A chama pode ser facilmente extinta tapando a saída do kitasato.

Page 16: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

Explora

I

oxigénio

fósforo,

e, cons

fósforo

abertura

ar que s

não oco

A

kitasato

contacto

A

C

2

E

combus

funcion

3.2.3. CObjecti

M

condiçõ

Resumo

Q

instante

Reagen

-

Equipa

-

ação da exp

Inicialment

o e acetile

, arde viole

sequentemen

não for c

a do frasco,

se encontrav

orrerá nenhu

A posterior

o. A combu

o com o oxi

As reacções

CaC2(s) + 2

2C2H2(g) +

Esta experi

stões contro

namento das

Combustãivo

Mostrar qu

ões explosiv

o

Quando um

e, a explosão

ntes necessá

- Hidrogéni

amento nece

- Ovo;

periência

e, o frasco

eno que, a

entamente, d

nte, a proj

colocado,

, o acetileno

va no interi

uma explosã

r libertação

stão apenas

igénio, ou s

s químicas e

2 H2O(l) →

5 O2(g) →

iência pode

oladas e as

s lâmpadas d

ão do hidr

ue a reacçã

vas.

m ovo é per

o do ovo, se

ários para u

io.

essário

contém um

ao ser ince

dando-se um

jecção da

rapidament

o pode ter s

or do kitasa

ão.

de acetilen

s ocorre ond

eja, junto d

envolvidas p

C2H2(g) + C

2 H2O(l) +

e ser usada

explosões.

de carbonet

rogénio de

ão entre o

rfurado nos

e o gás for in

uma experi

ma mistura d

endiada pel

ma explosã

rolha. Se

te, perto d

substituído

ato, pelo qu

o cria um f

de o acetile

a saída later

podem ser d

Ca(OH)2(s)

4 CO2(g)

a para demo

Ilustra tam

to, tão utiliz

entro de u

hidrogénio

s pólos e ch

ncendiado n

iência

de

lo

ão

o

da

o

ue

fluxo tal que

eno, sendo u

ral do kitasa

descritas po

)

onstrar as

mbém, de u

zadas na pri

uma casca

o e o oxig

heio com H

no orifício s

e o ar é imp

um gás com

ato.

or:

diferenças

m modo cl

imeira meta

a de ovo

génio do ar

H2 dá-se, a

superior.

Figura

pedido de e

mbustível, e

existentes

laro, o prin

ade do sécul

r pode oco

partir de u

a 6

12

entrar no

entra em

entre as

ncípio de

lo XX.

orrer em

um certo

Page 17: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

-

-

-

-

-

-

Precauç

D

devido à

O

Procedi

E

1. F

l

2. D

r

3.

m

4. L

t

R

1. E

2. C

z

3. A

h

- Porção de

- Garrafa pl

- Fita adesiv

- Seringa de

- Kitasato d

- Tubos de b

ções

Devem usar

às projecçõ

O experime

imento

Esvaziame

Faça um pe

ligeirament

Desfaça a

remexendo-

Sopre pelo

maior. Este

Lave bem o

temperatura

Recolha do

Efectue a se

Coloque no

zinco (ver 3

Aguarde al

hidrogénio

arame fino

lástica de vo

va;

e 100 mL;

de 100 mL;

borracha pa

r-se óculos

es da casca

entador deve

ento do ovo

equeno orifí

te maior na

gema do

-a;

furo mais

e processo p

o interior d

a ambiente o

o hidrogéni

eguinte mon

o kitasato 2

3.3.2. O ião

lgum tempo

advenha co

o de comprim

olume V~1,

ara ligações

de protecçã

do ovo.

e afastar-se

ício (ϕ~2mm

base do ovo

ovo, com

pequeno de

pode ser algo

do ovo e dei

ou durante

io

ntagem:

20 mL de á

H+ a funcio

o para que

om um grau

mento ℓ~20

,5 L;

.

ão e coloca

da explosão

m) na parte

o;

o auxílio

e modo a q

o moroso;

ixe-o secar

30 minutos

ácido sulfúr

onar como

o ar seja q

de pureza c

0 cm;

ar uma barre

o.

e mais bicud

do arame,

que o conte

correctame

na estufa.

rico e algun

oxidante);

quase totalm

consideráve

eira, entre o

da do ovo (t

perfurando

eúdo do ov

ente: de um

ns fragmen

mente expu

el;

o ovo e a au

topo), e um

o-a várias

o saia pelo

m dia para o

ntos de gran

ulso do kita

13

udiência,

m orifício

vezes e

o orifício

o outro à

nalha de

asato e o

Figura 7

Page 18: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

4. L

a

ê

E

1. T

e

2. C

a

3. P

e

c

Explora

O

À

(através

explosiv

O

pode v

depende

presente

3.3. Ox A

N

mostrar

3.3.1. RObjecti

V

oxigénio

Ligue a se

aproximada

êmbolo da s

Explosão d

Tape o orif

sempre par

e pelo orifíc

Coloque o

a extremida

Para inicia

encoste, rap

superior. A

casca de ov

ação da exp

O estampid

À medida

s do orifício

va, dá-se a c

O intervalo

variar, signi

endo do tam

e no interior

xidações nAté agora, a

Nas demon

r-se-á que es

Reacção divo

Verificar qu

o.

eringa à e

amente, 100

seringa se d

do ovo

fício mais p

ra cima. Intr

cio inferior

ovo no topo

ade tapada p

ar a reacçã

pidamente,

Após um p

vo desfaz-se

periência

do, inicialme

que o hidr

o inferior). Q

combustão

de tempo d

ificativamen

manho do o

r da casca d

na ausêncapenas se m

nstrações se

sta também

do iodo co

ue a reacçã

extremidade

0 mL de H2

desloque.

pequeno do

roduza o hid

(o mais larg

o da garrafa

pela fita ade

ão remova

um fósforo

pequeno est

e, ouvindo-s

ente escutad

rogénio vai

Quando já e

(explosiva)

decorrido en

nte, desde

ovo, dos diâ

de ovo.

cia de oxigmostraram al

eguintes com

é uma reac

om o zinco

ão de oxidaç

e do tubo

2, graças ao

ovo com f

drogénio no

go);

a sem rolha

esiva para c

a fita ade

o aceso ao

tampido in

se um estron

do, advém d

ardendo e

entrou, no o

de todo o h

ntre o início

uma fracç

âmetros dos

génio lgumas oxid

mo, por exe

cção de oxid

o

ção do zinc

de borrach

o gradiente

fita adesiva

o interior do

a e com

cima.

esiva e

orifício

icial, a

ndo.

do começo d

entra ar par

ovo, ar sufic

hidrogénio l

o da combu

ção de seg

s orifícios l

dações na p

emplo, na r

dação-reduç

co pelo iodo

ha (ver fig

de pressão

e mantenh

o ovo, com o

da combustã

ra o interio

ciente para f

lá contido.

ustão e a su

gundo até

avrados e d

resença de

reacção do

ção.

o ocorre sem

F

gura 8) e

que faz com

a esta parte

o auxílio da

ão do hidro

or da casca

formar uma

ubsequente e

aos 40 se

da quantida

oxigénio:

iodo com

m a interve

Figura 8

14

recolha,

m que o

e do ovo

a seringa

génio.

a de ovo

a mistura

explosão

egundos,

ade de ar

o zinco,

enção do

Page 19: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

Resumo

A

verifica

Reagen

-

-

-

-

Equipa

-

-

-

Precauç

P

Procedi

1. M

c

2. L

o

3. U

c

Explora

P

uma go

quando

I

O

libertaçã

C

o

Após serem

a-se a liberta

ntes necessá

- Iodo, I;

- Zinco em

- Solução d

- Água.

amento nece

- Gobelé de

- Conta-got

- Cadinho p

ções

Por questõe

imento

Misture, cu

coloque a m

Lance, sobr

o conta-got

Utilize a so

cadinho.

ação da exp

Para se veri

ota de água

se adiciona

I2(s) + Zn(s

O calor lib

ão de vapor

Calor + I2(

m adicionad

ação de vap

ários para u

pó, Zn;

e tiossulfato

essário

e 3000 mL;

tas;

pequeno.

es de segura

uidadosamen

mistura no c

re a mistura

tas. Libertam

olução de tio

periência

ificar que a

a a um mon

a uma gota d

s)

bertado na r

res de cor vi

s) → I2(g)

H2O

das alguma

ores de cor

uma experi

o de sódio (

ança deve-se

nte, numa

cadinho;

a, algumas g

m-se vapore

ossulfato de

reacção oco

ntículo de z

de água à m

ZnI2(s) + C

reacção ant

ioleta:

as gotas de

violeta.

iência

(Na2S2O3) a

e colocar o

folha de pa

gotas de ág

es de cor vio

e sódio para

orre sem a i

zinco e ver

mistura de zi

Calor

terior cond

e água a u

a 10%;

cadinho no

apel, 4g de

gua, com

oleta;

a lavar o

intervenção

rificar que

inco e iodo

duz à sublim

uma mistura

interior de

e iodo e 4g

o de oxigéni

nada ocorr

ocorre a seg

mação do i

a de iodo

um gobelé

g de zinco e

o pode-se a

re mas, no

guinte reacç

iodo e cons

Figura 9

15

e zinco,

amplo.

em pó e

adicionar

entanto,

ção:

sequente

Page 20: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

3.3.2. OObjecti

M

Resumo

P

a presen

Reagen

-

-

Equipa

-

-

-

-

-

-

-

-

Precauç

U

N

N

Procedi

1. E

p

f

2. N

m

O ião H+ aivo

Mostrar que

o

Produz-se h

nça de hidro

ntes necessá

- Ácido sulf

- Granalha d

amento nece

- Kitasato d

- Tina de vi

- Tubo de v

- Tubos de b

- 4 tubos de

- Suporte pa

- Fósforos;

- Jack (plac

ções

Use óculos

Não deixe q

Não manten

imento

Encha a b

proceda à

figura 10;

No tubo de

mergulhe o

a funcion

e certos met

hidrogénio,

ogénio ao ap

ários para u

fúrico (H2S

de zinco, Zn

essário

de 250 mL;

idro ou baci

vidro, dobra

borracha pa

e ensaio com

ara tubos de

ca de suport

de protecçã

que se libert

nha chamas

bacia (ou

montagem

e saída do r

os tubos de

nar como o

tais, como o

num kitasa

proximar um

uma experi

O4) diluído

n.

ia plástica;

do em U e e

ara ligações

m rolha;

e ensaio;

e de altura v

ão durante t

te hidrogéni

acesas pert

tina) com

m esquemati

recipiente c

e ensaio, c

oxidante

o zinco, pod

ato, a partir

m fósforo d

iência

a 30%;

em L, com d

;

variável).

oda a exper

io para a atm

to da monta

água e

izada na

com água

cheios de

dem ser oxid

de ácido su

os tubos de

diâmetro en

riência;

mosfera;

agem gerado

dados pelo

ulfúrico e de

ensaio.

ntre 0,5 cm

ora de hidro

Figur

ião H+(aq).

e zinco. Ve

e 1 cm;

ogénio.

ra 10

16

erifica-se

Page 21: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

á

3. C

g

4. I

a

U

5. D

a

6. R

7. P

e

Explora

P

onde se

Z

N

Zn a Zn

necessá

3.4. OxE

era sem

metais?

de oxida

3.4.1. OObjecti

V

pode ter

água e inve

Coloque, no

granalha de

Inverta, cui

após se inic

saia água d

U a fim de r

Depois de o

a saída volt

Repita o pa

Para testar

extremidad

ação da exp

Pode repres

verifica a l

Zn(s) + 2 H

Na reacção

n2+ e que o

ária a presen

xidação-reEm todas as

mpre oxidad

Para respo

ação-reduçã

Oxidação ivo

Verificar a

r como oxid

Oxi

ertidos, de m

o kitasato, c

e zinco. Tap

idadosamen

ciar a produ

do tubo, col

recolher o h

o tubo se en

tada para ba

asso 4 e 5 pa

a presença

e de cada um

periência

sentar-se pe

libertação de

H+(aq) → Zn

do iodo com

iodo captu

nça de oxigé

edução ens reacções q

do. Será po

onder a esta

ão entre doi

do zinco p

deposição

dante um me

Red

idação

modo a que o

cerca de 30

pe bem o kit

nte, um tubo

ução de hidr

locando-o n

hidrogénio l

ncontrar qu

aixo, coloca

ara os restan

a de hidrog

m dos tubos

ela seguinte

e hidrogéni

n2+(aq) + H2

m o zinco v

urou electrõ

énio para qu

ntre dois mquímicas ap

ossível oco

questão rea

is metais.

pelo catiã

de cobre e

etal.

dução

o gás produ

0 ml de ácid

tasato com a

o de ensaio c

rogénio, de

na extremid

libertado;

ase cheio d

ando-o, do m

ntes tubos d

génio nos tu

s. Deve escu

equação a

o:

2(g)

verificou-se

ões, passand

ue ocorra um

metais presentadas

orrer uma r

alizar-se-á u

ão cobre (I

m fios de z

uzido seja re

do sulfúrico

a rolha;

cheio com á

modo a que

dade do tubo

de hidrogéni

mesmo mod

de ensaio;

ubos de en

utar um lige

reacção ent

e que o zinc

do de I a I-

ma reacção

até este pon

reacção de

uma experiê

(II)

zinco e mo

ecolhido;

o e junte alg

água,

e não

o em

io retire-o d

do, no supor

nsaio aproxi

eiro estamp

tre o zinco

o cedeu ele

. Conclui-s

de oxidação

nto o único

oxidação-r

ência onde

strar que a

guns fragm

da tina, sem

rte;

ime um fós

pido.

e o ácido su

ectrões, pass

e, então, qu

o-redução.

metal inter

redução en

se ilustra a

oxidação d

Figura 1

17

entos de

mpre com

sforo da

ulfúrico,

sando de

ue não é

rveniente

ntre dois

a reacção

do zinco

11

Page 22: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

Reagen

-

-

Equipa

-

-

Precauç

P

acetato

da soluç

Procedi

1. D

a

2. A

b

p

3. A

t

4. O

o

Explora

A

de cobre

Z

E

oxidaçã

Z

ntes necessá

- Fios de zin

- Solução d

amento nece

- Caixa de P

- Retroproje

ções

Poderá colo

(transparen

ção de clore

imento

Dobre os f

afastados un

Antes de co

baixo da c

projecção;

Adicione a

tendo os fio

Observe tod

o fio mágic

ação da exp

Após algum

e:

Zn(s) + CuC

Este revest

ão-redução e

Ox

Zn(s) + Cu2

ários para u

nco de com

e cloreto de

essário

Petri;

ector.

ocar-se a ca

nte) sobre o

eto de cobre

fios de zin

ns dos outro

olocar a cai

caixa (o fio

solução Cu

os de zinco

dos os fios

o.

periência

m tempo ver

Cl2(aq) ⇔ Z

timento pod

entre os doi

xidação 2+(aq) ⇔

Red

uma experi

mprimento ap

e cobre (II),

aixa de Petri

retroprojec

e (II).

nco e coloq

os;

ixa de Petri

o mágico)

uCl2 ao con

de ficar com

de zinco a

rifica-se qu

ZnCl2(aq) +

de ser expl

s metais, co

Zn2+(aq)

dução

iência

proximadam

CuCl2.

i sobre uma

ctor, de mod

que-os no

i sobre o ret

iniciando,

nteúdo da ca

mpletamente

“engordar”

ue os fios de

+ Cu(s)

licado devi

omo se evid

) + Cu(s)

mente igual

a placa de v

do a evitar p

interior da

troprojector

só agora,

aixa de Petr

e submerso

excepto um

e zinco fica

do ao facto

dencia na eq

a 2 cm;

vidro ou um

possíveis sa

a caixa de

r, coloque u

a

ri,

s;

m,

am revestido

o de ocorre

quação quím

Figura 12

ma folha de p

alpicos inde

Petri, ligei

um fio de z

os por uma

er uma rea

mica seguint

18

papel de

esejáveis

iramente

inco por

a camada

acção de

te:

Page 23: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

19

O zinco metálico reage com a solução aquosa de catião cobre (II), obtendo-se cobre

metálico e catião zinco (II). No entanto, a reacção inversa, na qual o catião zinco (II) em

solução reagiria com o cobre metálico, não ocorre, o que advém da superior tendência do

zinco para sofrer oxidação.

Todavia, o facto de o fio mágico não ficar revestido de cobre, tal como todos os

outros, pode ser muito intrigante para os alunos. Este facto poderá ser explorado pelo

professor para proporcionar um momento lúdico aos seus alunos.

Com esta demonstração comprovou-se ser possível ocorrer uma reacção redox entre

dois metais.

3.5. O caso da dismutação

Verificou-se, em todas as demonstrações anteriores, que uma substância funcionava

sempre como oxidante ou como redutora. Mas será possível ocorrer uma reacção onde a

mesma substância seja, simultaneamente, oxidante e redutora?

3.5.1. Mousse química

Objectivo

Mostrar que a dismutação do peróxido de hidrogénio pode ser catalisada pelo iodeto

de potássio.

Resumo

Adiciona-se iodeto de potássio a um frasco de Erlenmeyer que contém uma mistura de

peróxido de hidrogénio e detergente da loiça. Observa-se a libertação de uma grande

quantidade de calor e de espuma de coloração amarelada.

Reagentes necessários para uma experiência

- Peróxido de hidrogénio a 30% (100 volumes);

- Iodeto de potássio, KI;

- Detergente da loiça.

Equipamento necessário

- Tabuleiro de madeira para servir de base;

- Frasco de Erlenmeyer de 250 mL;

Page 24: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

-

-

-

Precauç

O

queimad

experiên

Procedi

1. R

d

a

2. C

h

3. P

e

p

4. R

q

Explora

Q

dissoluç

O

exotérm

2

Esta rea

H

H

I

- Saqueta de

- Rolha de c

- Gobelé de

ções

O peróxido

duras grave

ncia, é fund

imento

Retire o con

de chá de

auxílio do f

Coloque no

hidrogénio

Prenda o sa

este fique

peróxido de

Retire, ago

sobre o per

química).

ação da exp

Quando o io

ção do iodet

O anião io

mica, produz

2 H2O2(l) →

Reduçã

O

acção ocorre

H2O2 (l) + I

H2O2(l) + IO

I-

e chá;

cortiça;

e 3000 mL.

o de hidro

es. O uso d

damental.

nteúdo da s

iodeto de

fio;

o Erlenmey

e adicione u

aquinho de

suspenso

e hidrogénio

ora, a rolha

róxido de h

periência

odeto de po

to de potáss

deto catalis

zindo-se oxi

→ 2 H2O(g)

ão

Oxidação

e em dois p

I-(aq) → H2O

O-(aq) → I-

ogénio a 30

de luvas e d

saqueta e en

potássio. F

yer cerca de

umas gotas

e chá, com

e não entr

o;

a, de modo

hidrogénio e

otássio entra

sio em anião

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20

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3

Page 25: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

21

As gotas de detergente da loiça adicionadas servem, meramente, para tornar a presente

reacção visualmente mais atractiva.

Numa reacção química onde a mesma substância actua como oxidante e redutora, tal

substância sofreu dismutação. Foi o que ocorreu, nesta reacção, ao peróxido de hidrogénio.

3.6. Termoquímica das reacções de oxidação-redução

Na maior parte das reacções redox ocorre libertação de energia, sob a forma de calor

e/ou radiação, tal como foi comprovado por grande parte das demonstrações anteriores. Mas

até que ponto serão essas reacções assim tão exotérmicas?

Seguidamente, apresentar-se-ão duas experiências bastante violentas, no sentido

químico do termo.

3.6.1. Ponto de caramelo Objectivo

Verificar que o clorato de potássio é um oxidante muito forte, o qual produz fogo

quando misturado com materiais combustíveis.

Alertar para o potencial explosivo do açúcar.

Reagentes necessários para uma experiência

- 10 g de clorato de potássio, KClO3;

- 10 g de açúcar, sacarose, C12H22O11;

- Ácido sulfúrico concentrado, H2SO4.

Equipamento necessário

- Meia lata de refrigerante vulgar;

- Gobelé de 3000 mL;

- Cadinho de porcelana pequeno;

- Pequeno suporte de madeira (ajustável ao interior do gobelé);

- Espátula;

- Conta-gotas;

Precauções

Utilize óculos e luvas de protecção durante todo o decurso da experiência.

Page 26: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

M

ocorrer.

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1. M

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io pulveriza

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Figu

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ura 14

22

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Page 27: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

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Figura 15

23

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Page 28: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

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3.7.1. Electrodeposição de cobre

Objectivo

Verificar a electrodeposição de cobre numa colher de aço inoxidável, recorrendo a

uma reacção de oxidação-redução.

Resumo

Mergulha-se uma tira de cobre e uma colher de aço inoxidável numa solução de

sulfato de cobre. Liga-se, cada um destes objectos, a um terminal de uma fonte de tensão, a

qual debita uma tensão máxima de 15 V. Verifica-se, ao fim de algum tempo, que ocorreu a

electrodeposição do cobre na colher em questão.

Reagentes necessários para uma experiência

- Ácido nítrico diluído, HNO3;

- Tira de cobre, Cu;

- Colher de aço inoxidável;

- Água destilada;

- Solução saturada de sulfato de cobre (II) pentahidratado, CuSO4.5H2O.

Equipamento necessário

- Fonte de tensão regulável (D.D.P. máxima = 15 V)

- Copo graduado de volume igual a 250 mL;

- Dois cabos de ligação, sendo cada um munido de um crocodilo numa das

extremidades.

Precauções

Use sempre óculos de protecção.

Tenha as devidas precauções com o manuseamento do ácido nítrico que, apesar de

diluído, ainda tem alguma periculosidade associada.

A fonte de tensão, eleita para esta demonstração, não tem de ser equipamento muito

sofisticado. Apenas deve conseguir manter a diferença de potencial escolhida (15 V) do modo

mais constante possível, algo que permitirá uma electrodeposição (do cobre no aço

inoxidável) bastante eficaz e uniforme, devido à formação correcta de camadas de cobre sobre

o aço.

Page 29: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

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Procedimento

1. Limpe uma tira de cobre, mergulhando-a num copo contendo ácido nítrico diluído e

lavando-a bem, em seguida, com água destilada;

2. Ligue a tira de cobre ao terminal positivo da fonte

de tensão de 15 V, eleita para esta demonstração,

usando, para tal efeito, um cabo isolado munido de

um crocodilo na ponta;

3. Ligue a colher de aço inoxidável ao terminal

negativo, por intermédio de outro cabo,

devidamente isolado e igualmente munido de uma

pinça de mola;

4. Coloque a tira de cobre e a colher de aço

inoxidável dentro do copo de 250 mL enchendo-o,

até cerca de dois terços do seu volume, com a

solução de sulfato de cobre;

5. Ao fim de, aproximadamente, 5 minutos, retire a colher e

observe o revestimento de cobre que, entretanto, se

formou sobre o aço inoxidável.

Exploração da experiência

Esta demonstração é uma reacção de oxidação-redução em que os iões cobre (II), em

solução, recebem electrões do eléctrodo da colher de aço inoxidável, formando-se cobre

metálico, sólido, o qual se deposita sobre a colher. A oxidação dá-se no ânodo e a redução dá-

se no cátodo, ou seja, no ânodo (terminal positivo), ocorre a seguinte reacção:

Cu(s) → Cu2+(aq) + 2e-

enquanto que no cátodo (terminal negativo), sucede o seguinte:

Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s)

Na presente demonstração, o objecto a ser revestido é o cátodo, enquanto que o ânodo

é constituído pelo material que se pretende depositar.

É trivial notar que se pode realizar uma electrodeposição sobre outros objectos, tais

como clips, espátulas, lâminas de facas, fitas de zinco, entre inúmeros outros exemplos.

Figura 15

Figura 16

Page 30: Demonstrações de reacções de oxidação-redução · pares conjugados redox, que se distinguem pelos números de oxidação das diversas espécies químicas envolvidas. Deste

Bibliografia

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