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E-mail – Elos fusíveis, qualificação, chaves fusíveis. – Este trabalho relata a experiência da COELBA no processo de qualificação de elos fusíveis e chaves fusíveis base C através de pesquisa, troca de informações e ensaios executados em laboratórios do CEPEL e da COELBA. Demonstra a importância do treinamento da mão de obra que instala/substitui o produto em campo e comprova que muitas vezes um maior valor de aquisição não representa maior gasto para a empresa, tendo sempre que se fazer uma avaliação do custo X benefício. Por muito tempo as empresas, principalmente as estatais, adquiriram seus materiais pelo critério do menor preço, sem levar em consideração outros aspectos, tais como: vida útil, desempenho do sistema, qualidade do material, custo de manutenção, etc.. Este trabalho relata a experiência da COELBA para a qualificação do elo fusível e chave base C utilizadas nos circuitos de distribuição de energia elétrica, demonstrando os benefícios alcançados com essa melhoria. Através de um levantamento de ocorrências em bancos de capacitores de subestação (no período de 1977 a 1998), foram constatadas muitas queimas intempestivas de elos fusíveis. O principal motivo verificado foi a baixa qualidade desse material, indicado no Relatório 88/GMPS (março de 99). A partir das recomendações contidas nesse relatório, foram exigidos ensaios de tipo para todos os elos (distribuição e subestações) adquiridos pela COELBA Em janeiro de 2000 foram iniciados ensaios de capacidade de interrupção em chaves base “C” e elos, no laboratório CEPEL- Centro de Pesquisa de Energia Elétrica. Devido a vários problemas ocorridos durante os ensaios iniciais, tanto nas chaves quanto nos elos fusíveis, os setores de especificação, compra/inspeção e manutenção se uniram visando discutir o assunto e propor soluções. [1] São dispositivos de proteção que, pela fusão de uma parte especialmente projetada e dimensionada, abre o circuito no qual se acha inserido e interrompe a corrente, quando esta excede um valor especificado durante um tempo especificado. a) Eliminar as falhas mais rápido que outros equipamentos; b) Duração reduzida da subtensão; c) Elevação reduzida de temperatura dos condutores; d) Disjuntores ou religadores na subestação podem ser ajustados para operarem mais rápido para melhor proteção do sistema. a) Combinam detecção e interrupção em um só conjunto; b) Atuam diretamente; c) Utilizados apenas para proteção de sobrecorrente; d) São facilmente renováveis após uso, bastando repor o cartucho fusível ou elo fusível. Na seqüência das figuras 1a, 1b e 1c abaixo temos um exemplo de interrupção de um elo de 20K dentro do porta fusível instalado em Chave Fusível 36,2 kV, Base C, aplicando-se 420 A, 36,2kV, FP 0,3 e TRT (Freqüência

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E-mail P Q R S Q T U R S U V�W X Y Z [ R \ W X ]�\ [ T ^ ]�Q _ R T ` Y V!W X Y Z [ R \ W X ]�\ [ Ta�b c b d e b f g h i0b d j

– Elos fusíveis, qualificação, chavesfusíveis.

k�j f l0m�n – Este trabalho relata a experiência da COELBA

no processo de qualificação de elos fusíveis e chavesfusíveis base C através de pesquisa, troca de informaçõese ensaios executados em laboratórios do CEPEL e daCOELBA. Demonstra a importância do treinamento damão de obra que instala/substitui o produto em campo ecomprova que muitas vezes um maior valor de aquisiçãonão representa maior gasto para a empresa, tendo sempreque se fazer uma avaliação do custo X benefício.

o p q r�s�k�t�u�v�w�x�tPor muito tempo as empresas, principalmente as estatais,adquiriram seus materiais pelo critério do menor preço,sem levar em consideração outros aspectos, tais como:vida útil, desempenho do sistema, qualidade do material,custo de manutenção, etc.. Este trabalho relata aexperiência da COELBA para a qualificação do elofusível e chave base C utilizadas nos circuitos dedistribuição de energia elétrica, demonstrando osbenefícios alcançados com essa melhoria.

y p tza�t�r�s�tzu�{|a*}�k�s�q u'}~a*}�k'}~}� v'}���q �*q ��}�w�x�tAtravés de um levantamento de ocorrências em bancos decapacitores de subestação (no período de 1977 a 1998),foram constatadas muitas queimas intempestivas de elosfusíveis. O principal motivo verificado foi a baixaqualidade desse material, indicado no Relatório88/GMPS (março de 99). A partir das recomendaçõescontidas nesse relatório, foram exigidos ensaios de tipopara todos os elos (distribuição e subestações) adquiridospela COELBA \Em janeiro de 2000 foram iniciados ensaios decapacidade de interrupção em chaves base “C” e elos, nolaboratório CEPEL- Centro de Pesquisa de EnergiaElétrica. Devido a vários problemas ocorridos durante osensaios iniciais, tanto nas chaves quanto nos elos fusíveis,os setores de especificação, compra/inspeção emanutenção se uniram visando discutir o assunto e proporsoluções.

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� g*u�q � a�t�� q w���{'����{�k'}�q �

� p o g0{���t����*v�� � ��{�q �� � � � � � ��� � � �0� � � �São dispositivos de proteção que, pela fusão de uma parteespecialmente projetada e dimensionada, abre o circuitono qual se acha inserido e interrompe a corrente, quandoesta excede um valor especificado durante um tempoespecificado.

� � � �   � ¡�¢ £ ¢ ¤ ¥ � £ ¦ § ¥ � ¤ ¢ §�¨ �'¨ � § � ©�ª�� � «0�a) Eliminar as falhas mais rápido que outros

equipamentos;b) Duração reduzida da subtensão;c) Elevação reduzida de temperatura dos condutores;d) Disjuntores ou religadores na subestação podem ser

ajustados para operarem mais rápido para melhorproteção do sistema.

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conjunto;b) Atuam diretamente;c) Utilizados apenas para proteção de sobrecorrente;d) São facilmente renováveis após uso, bastando repor o

cartucho fusível ou elo fusível.

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Na seqüência das figuras 1a, 1b e 1c abaixo temos umexemplo de interrupção de um elo de 20K dentro do portafusível instalado em Chave Fusível 36,2 kV, Base C,aplicando-se 420 A, 36,2kV, FP 0,3 e TRT (Freqüência

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natural da tensão de restabelecimento transitório) de10kHz.��� � ©�� � ¥ ����� ­ � ¤ �'����­ �0¨ � �

U 0\�� RInicialmente a corrente de 420A. provoca o aumento datemperatura do elemento fusível e demais partes metálicascomo botão, fio de reforço luva e cordoalha. O elementoentra em fusão \��§ ¥ ¢ � � � ¤ ����£ ¤ ����� � ¥ £ � ¤ � �

U 0\�� [Após a fusão inicia-se o arco elétrico e há formação degrande quantidade de gás (basicamente composto devapor de água, hidrocarbonetos, nitrogênio e ácidosmetálicos), que provoca aumento da pressão interna.Durante o arco a corrente mantém-se em 420A\��� ¥ � �0� � ��¨ ��¢ £ ¤ ��� � � ¥ £ � ¤ � �

U 0\�� WO gás formado juntamente com a tensão mecânicaexercida pela mola na cordoalha e a pressão interna notubo, extingue o arco e expulsa a cordoalha,interrompendo o circuito. As três fases representadaspelas figuras acima ocorrem dentro do tubo protetor doelemento fusível, sem destruí-lo \� [ � \���� ` R ]�X ��S X � T Y � Y T U S Q X�R�_ ] W _ T ` X�W U T W _ U ` X�W X ]� R Z X T�Q Y'W X T T Y S ` Y'T Y Z R ` U � R ]�Y S ` Y'[ R U � X \

� p y p g�����}���{'���*v�� � ��{�q � P� p y p o g*u'j � � � � � � n

São dispositivos que têm a função de secionar e protegercircuitos elétricos com o auxílio do elo fusível

�*p y*p y�g�a�e � � h � � n"! j�� l � h � n �0b m�j � # n

Na figura 02 temos o mesmo exemplo dainterrupção de um elo 20K instalado em ChaveFusível 36,2 kV, Base C usando-se os mesmosparâmetros do exemplo anterior.

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Sinalização do porta fusível: Com o circuitointerrompido, o que sobrou do elo é lançado para fora,conforme mostra o primeiro quadro da figura 2. Osdemais quadros mostram o movimento do cartucho portafusível destravando e girando no eixo do contato inferiorsinalizando a interrupção.

( g u�{'� {��-a�{�r$��t u�t ��t�r�) v�r�s�t �*v�� � ��{���{����}��-a�tPara avaliar o conjunto fusível (chave e elo fusível), foifeita inicialmente uma pesquisa de ocorrências em 2000,na área metropolitana de Salvador. Os resultadosencontrados para chaves e elos foram respectivamente osseguintes:

( p o g ����}���{'���*v�� � ��{�q �Falhas em chaves fusíveis por causa –ano de 2000 [2]

Vemos, pelo gráfico, que "envelhecimento e/ou corrosão"contribuiu com um percentual de 79% das ocorrências.Esse problema foi detectado em abril de 2000, com aavaliação de 45 amostras de sucatas de chaves fusíveisfabricadas entre 1998 e 1999, encontradas nas seguintescondições:

* + ,

- - ,- . ,

/ 0 1 / 2 3 / 4 5 6 / 0 7 8 9 4 8 : : 8 ; < 8 = / ; 4 8 0 3 / 4 5 = 8 > ? 2 3 ?�= / 5 ; 8 2 ? @ < 8

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Figura 03

Figura 04

Foi verificado que algumas chaves apresentavamdeterioração nas cimentações de fixação das ferragens(maior freqüência e intensidade nas ferragens central einferior - figura 04) e elevado estado de oxidação naspartes em aço galvanizado - figura 03.O detalhe que mais chamou a atenção foi o surgimento dematerial escuro, semelhante a borra de material fundido,dureza de carvão e odor característico de queima deenxofre. Recentemente tivemos várias ocorrências emchaves base C nos alimentadores localizados na orlamarítima e das amostras retiradas encontramos chavesbastante danificadas, apesar de estarem em operação háapenas 4 meses, conforme foto 05

Foto 05

( p o p o g ��q � s���k�q ��t u�t a�k�t�) {'s�t u'} ����}���{�*v�� � ��{��-��}�� {-�

Durante ensaios do Grupo 4 [1] no CEPEL, utilizandoelos 50K e 65K e aplicando os parâmetros abaixo, notou-se em alguns casos que depois de alguns milissegundosde interrupção do circuito de ensaio ocorreu reignição doarco.Parâmetros para ensaio:Tensão de restabelecimento em freqüência industrial -15kV(+5%/-0%);Freqüência natural da tensão de restabelecimentotransitória.-.24 kHz (+10%-0%);Fator de amplitude -.1,6 a 1,7;Corrente presumida simétrica (valor eficaz)-.400 a 500 AFator de potência -.0,5;Ângulo de fechamento – entre 25 e 65º.

Durante os ensaios foram observados os seguinteseventos: após interromper o circuito, a cordoalha do elofusível é lançada violentamente para baixo. No seuretorno pode ocorrer que a ponta da cordoalha atinja aparte superior energizada, religando o circuito.Visando investigar o motivo dessa ocorrência, olaboratório de inspeções de materiais da COELBAefetuou uma pesquisa sobre as modificações no projetodessas chaves no período de 1972 até 2001 e chegou àconclusão de que as modificações no projeto da chave aolongo desse período (figura 08) levaram à reduçãoacentuada da massa e dimensões da parte inferior, o queacarretou redução da distância entre a porca que fixa acordoalha no porta fusível e a parte superior da chave(figuras 06 e 07).

Figura 06 figura 07

Projeto de 1972 Projeto de 2001

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Figura 08

Vale ressaltar que nos ensaios do grupo 1 e 5 [1] CEPELnão foi observada nenhuma ocorrência.

( p y g0{���t����*v�� � ��{�q ��u�{-u�q � s�k�q �'v�q w�x�t

Falhas em elos fusíveis por causa –ano de 2000 [2]

� o ��g0h b l0f b f�! j f h n � i j h � ! b f �Acredita-se que o motivo principal tenha sido a falta deconhecimento dos eletricistas da importância desse dado.A cultura de normalizar o circuito no menor tempopossível acabou limitando a visão crítica dos eletricistasem relação às necessidades do sistema. Um exemplodisso está no histórico dos 5 transformadores commaiores números de ocorrências no período de janeiro asetembro de 2000. Houve 105 ocorrências nessestransformadores, nas quais em 72% foi registrada queimade elo fusível, em 32% o elo foi substituído com

amperagem errada e em 28% das ocorrências houve oretorno da turma no mesmo dia com nova queima de elofusível. A média entre atendimentos foi de 9 dias \� � � ! j d � ! n�b�h l0e # n �0b e j ! j�f j h l ��! � e � b

: Os principaismotivos são os seguintes: árvore na rede (maiorcolaborador desse tipo de ocorrência); vento/vendaval;objetos estranhos; aves; veículos com carga alta \o � � ! b�� l j � m�b ! j � l0f � d j � f ! j d � ! n�b � b c i0b ! n � l0f � d j cn l ! b�h i0b d j

. Nesse percentual estão inclusos corrosão ouoxidação do fusível e chave, envelhecimento dos mesmose falha do material.

( � ! b�� l j � m�b ! j d � ! n b f n �0e j h b e % b j�c � % b � � j fh c b ��! j f # � �0b f: Geralmente esse tipo de ocorrência leva

também à queima do transformador

A boa qualidade do elo e da chave fusível pode contribuirpara a redução de avarias de transformadores. Nos anosde 1999 e 2000 tivemos um gasto de R$ 1.239.597,00com reformas por avarias na área metropolitana deSalvador, sendo que a primeira maior causa foi curtocircuito na rede secundária e a segunda, sobrecarga dotransformador. Os ensaios realizados no CEPEL com osnossos fornecedores retratam essas duas situações atravésdos ensaios dos grupos 4 e 5.Na figura 09 abaixo temos uma figura representando osgrupos de ensaios de interrupção realizados no CEPEL

Figura 09

( p y p y g {�r�� }�q t���u'{-{��'t���� v'�'��{�s�q u�t���}�r����t�}� }���q r'}

Este ensaio foi realizado no laboratório de inspeção demateriais da COELBA e teve o objetivo de analisar ocomportamento dos elos fusíveis com o elemento fusívelde cobre, prata e estanho, após ensaio de envelhecimentopor ciclo térmico e névoa salina. O procedimento

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Fusível/chave Desconhecida Curto na rede sobrec./lig cland.

� � � � � � � � �720 gramas

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constituiu em montar o conjunto fusível em câmara denévoa salina, tracionado por uma carga mecânica e fazercircular uma corrente 20% acima do valor nominal do elopor um período equivalente a 100 ciclos, sendo cada ciclorepresentado por uma hora com aplicação de corrente emeia hora sem corrente. Após terem sido aplicados os100 ciclos, os elos foram retirados da câmara e colocadosem sala climatizada. Decorridas 10 horas, foi medida aresistência elétrica e ensaiadas as características mínimasde fusão tempo X corrente para 10s e 300s. Asconclusões foram as seguintes:

����� � � � � � ��� � � � � � ���O porta fusível foi montado na posição vertical com suaparte superior tampada. A circulação de corrente levou aoaquecimento do conjunto, criando uma pressão positivainterna no tubo do porta fusível, impedindo que a névoasalina do ensaio penetrasse até atingir o elemento fusível,evitando assim a oxidação do mesmo.

��� � � � � � �� ��� � � � � � ���

Na figura (10) nota-se que a parte da cordoalha exposta ànévoa salina apresentou corrosão acelerada, sendo acobertura de estanho em vários pontos totalmenteretirada, deixando os fios de cobre expostos e corroídos.A parte da cordoalha interna ao cartucho encontrava-sesem oxidação visível.

Figura 10

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Após os ensaios foi retirado o tubo protetor do elementofusível. Foi constatado que nos ensaios de 300 segundos,em que o elemento fusível permaneceu inteiro, oselementos de cobre apresentaram oxidação acelerada comvisível perda de material (figura 11), o que não ocorreunos elementos de prata e estanho.

Figura 09

% � � � � � ! " � � �# � &�� � � � � � �'� ��� � � � ��" � � ! " � � �

Conforme figura 12, o elemento fusível após ensaio de300 seg. se manteve sem perda visível de material

Figura 12

( � ��� � � � � � � ��� � ) * +

Para condições normais de serviço no sistema elétrico,mesmo em ambientes agressivos, o elo de cobre mantevesuas condições de operação normais. Em condições desolicitação extrema de carga o elemento de cobreapresentará perda de material, devido à oxidaçãoacelerada em sua superfície. Nessas circunstâncias, o elofusível de cobre não mais será confiável. Para os elos deestanho e prata em condições normais ou de solicitaçãoextrema de carga, os elementos fusíveis permaneceraminalterados em suas superfícies.

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Em uma proposta de melhoria deve-se levar emconsideração todos os itens necessários à mudança. Aimportância da qualidade do produto é tão grande quantoa da mão de obra que o manuseia. Ao longo de 2000,algumas deficiências foram detectadas e as soluçõesforam implementadas.

, A B - C�D E F G H I J�G K L EM8�N G D O F I E K�O PQN�O D OR:;O K S�T G I E U1�D JVO W G K�O X G JQGYL D E F OZH G[G P E T]\ S�T ^ _ G I T`-a:;b�@c c A c c A c c BConsta nesse procedimento a forma adequada parasubstituição ou instalação do elo, observando ascondições do porta fusível, informações importantessobre armazenagem, manuseio e aspectos de segurançado pessoal. Esse procedimento tem o objetivo depadronizar esse serviço em toda a empresa.

, A d - b�D G I K�O J�G K L E�G�1 F E J�N�O K e�O J�G K L E]H O T�b�S�D JVO T�H GC�D E K L I H f E�5 8�>#2�?#1;G >#J�N�D G I L G I D O TConstou de treinamentos sobre o uso adequado do elo, aforma correta de instalação e/ou substituição ediagnóstico das causas das ocorrências através daavaliação do elo fusível após a sua atuação. Por se tratar

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de uma forma simples de diagnóstico, vale ressaltar osprocedimentos ensinados:

Após interrupção deve ser observado pelo eletricista decampo se o tubo protetor do elemento fusível continuainteiro conforme figura 13 . Caso positivo, isto podesignificar que houve sobrecarga no sistema de baixatensão.

Figura 13

Pode-se também avaliar se houve falha do elo fusível nomomento da interrupção, através da análise do tuboprotetor. Se houver rompimento lateral próximo ao botãodo elo, conforme figura 14 a seguir, o elo apresentouproblemas no seu desempenho.

Figura 14

Outro diagnóstico que pode ser detectado é quando o tubodo elemento fusível, após a interrupção, ficar totalmentedestruído. Isto significa que o curto provavelmente foipróximo às buchas de entrada do transformador ou que asbobinas de alta do trafo podem estar em curto-circuito(figura 15).

Figura 15

, A � - 5E K \ G F � f E<H GVL O � G P O N P O T L I \ I F O H O<H G L I N E TVH G G P E T\ S�T ^ _ G I T�O H G � S�O H E T���N E L � K F I O�H E L D O K�T \ E D JVO H E DFoi confeccionada uma tabela plastificada, contendo atensão, potência do transformador e o tipo de elo a serinstalado, a qual foi distribuída para cada eletricistaenvolvido com serviços de prontidão. Essa medida visavareduzir problemas de descoordenação de proteção porinstalação de elo inadequado.

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Para avaliar os reflexos da instalação dos elos de boaqualidade no nosso sistema e da mão de obra treinada, foirealizada uma estatística tomando-se como base apenas aredução da taxa de avaria de transformadores no ano de2001 (período em que teve início a instalação dos elos echaves aprovadas nos ensaios no CEPEL) em relação a2000. Para o cálculo da economia gerada foram levadasem consideração somente avarias que provavelmente oselos teriam evitado. O resultado foi o seguinte:

Houve uma redução do consumo de elos emaproximadamente 60%; e em contrapartida, o elo teve umaumento no preço de 300% .

Utilizando-se parâmetros médios para cálculo daeconomia em reais, entre os anos de 2000 e 2001, obteve-se um valor de R$ 277.570,50. Esse valor foi compostoapenas da economia gerada com a redução da quantidadede transformadores a serem reformados devido a suaqueima, da energia não vendida (tarifa líquida) devido aessa causa, da economia com as turmas que substituem otransformador e com a redução de custos com equipespara normalizar banco de capacitores de subestaçãodevido a interrupções intempestivas dos elos.

A COELBA desembolsa atualmente R$ 6.080,00 a maisem relação ao ano de 1999 na compra de elos fusíveis,apesar do aumento de 300% no preço. Isso ocorre porquea quantidade consumida sofreu uma redução significativadevido ao treinamento das turmas e à redução de queimasintempestivas.. Comparando-se o benefício geradosomente pelos itens pesquisados de R$ 277.570,50 com oaumento de custo para aquisição de R$ 6.080,00 conclui-se que a empresa já obteve ganhos significativos.

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Do ponto de vista do fornecedor, a exigência daCOELBA pôde proporcionar uma melhoria significativado produto nacional através da troca de informações,pesquisas e ensaios em laboratórios. Pode-se citar comoexemplos a pesquisa realizada pelo laboratório deinspeções de materiais da COELBA em relação a parteinferior da chave que está em processo de discussão entreos fabricantes para solução do problema e que mesmotendo o elo aprovado pelo CEPEL, alguns fornecedorescontinuam aperfeiçoando seu produto como, por

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exemplo, o desenvolvimento do elo que emite partículassólidas em menor tamanho no momento da interrupção.Sem dúvida esse será um grande avanço da indústrianacional e amenizará um problema das concessionáriascom relação a acidentes desse tipo envolvendo terceiros.Do ponto de vista da empresa, pode-se destacar afundamental importância do treinamento/reciclagem damão de obra para instalação e manuseio do produto (umadas causas da redução de elos consumidos) e da união dossetores de compra, especificação e manutenção para adetecção e solução do problema. Para ambos, resta aexperiência de que sempre há a necessidade de melhoriacontínua do seu produto associado à qualidade de quem omanuseia.

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[1] NORMA ABNT 7282 ( EB 1301 ) DispositivoFusível de Expulsão - Especificação.

[2] Sistema de Ocorrências da Distribuição – DIO,COELBA, outubro de 2000.

[3] NORMA ABNT 5359 ( EB 123 ) Elos Fusíveis dedistribuição – Especificação, Andrini- Douglas,Procedimento para Ensaios de Envelhecimento deelos fusíveis em névoa salina, set/2000.