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Conflitos África PROF.ª ALINE MARQUES

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Conflitos ÁfricaPROF.ª ALINE MARQUES

Separatismo

� Movimento político, religioso ou econômico que pregaseparação ou independência.

� É a propensão que tem determinado território de umestado de separar-se deste para estabelecer um EstadoIndependente.

� Podem ser armados ou pacíficos.

As consequências dessa partilha são devastadoras. A divisão atende aos interesses das potências europeias, que incitam conflitos entre tribos rivais como estratégia de

dominação do território.

Na África do Norte ou África Saariana além dos conflitosétnicos há a influência crescente do fundamentalismoislâmico e mais recentemente a chamada “Primavera Árabe”.

Na África Central e Austral ou África Subsaariana os conflitosessencialmente étnicos e religiosos e têm relação com o processo de

de fronteiras decorrente da descolonização de 1950 –artificialização 80.

Principais causas dos conflitos na África

� Em 1885, durante o Congresso de Berlim,colonizadores europeus criaram fronteirasartificiais. Os principais eram: Alemanha,Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal eReino Unido.

� Grupos étnicos rivais foram aglutinados e outrosde mesma etnia separados.

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Tutsis X Hutus� Calcula-se que os Hutus chegaram entre os séculos V e XI e

representavam 90% da população.

� Já os Tutsis chegaram por volta do século XIII e eram apenas 10%.

� Os Hutus eram lavradores enquanto que os Tutsis eram pastores epecuaristas.

� Essa diferença acabou fazendo que a minoria tutsi formasse aclasse mais elitizada do país.

� Os tutsis tinham privilégios – funcionários públicos, administração,exército e outros cargos importantes.

� Apesar disso, as duas classes conviviam relativamente bem.

� Isso mudou quando os colonizadores europeus se apossaram dasterras Africanas.

“Ruanda assim como o Burundi eram colônias da Alemanha até o começo do séculoXX. Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o protetorado foientregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações.

O domínio belga foi muito mais direto e duro que o dos alemães e, utilizando a IgrejaCatólica, manipulou a classe alta dos tutsi para reprimir o resto da população -majoritariamente hutus e demais tutsis - incluindo a cobrança de impostos e otrabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.

Em 1959, os hutus derrubaram a monarquia tutsi e dezenas de milharesde tutsis fugiram para países vizinhos, incluindo a Uganda.

Um grupo de exilados tutsis formou um grupo rebelde, a FrentePatriótica Ruandesa (RPF), que invadiu Ruanda em 1990 e lutoucontinuamente até que um acordo de paz foi estabelecido em 1993.

O estopim que provocou o massacre foi em 6 de Abril de 1994, quando opresidente Hutu de Ruanda Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira,presidente do Burundi, foram assassinados quando o seu avião foiatingido por fogo ao aterrisar em Kigali.

Extremistas hutus culparam a RPF e imediatamente começaram umacampanha bem organizada de assassinato. A RPF disse que o avião tinhasido abatido por Hutus para fornecer uma desculpa para o genocídio.

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Durante os três meses seguintes, osmilitares e milícianos ligados ao

antigo regime mataramcerca de 800.000 tutsis e hutus oposicionistas,naquilo que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Os hutus — praticamente 90% dapopulação —, promovera o quaseextermínio da minoria tutsi — 9%dos habitantes —, que, contra todosos prognósticos, conquistou o poder.

Mas os hutus moderados tambémforam cruelmente perseguidosporque não concordavam com seuslíderes.

Homens, mulheres e crianças foram exterminados a machadadas eesquartejados.

Junho de 1994 - Órfão com as pernas amputadas descansa em colchão de orfanato em Nyanza

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Uma escavadeira operada por um soldado francês coloca corpos em uma vala comum em um campo de Kibumba, em Goma, na República Democrática do Congo Congo (ex-Zaire)Michel Euler/AP

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Crânios de vítimas do genocídio são expostos no memorial da igreja de

Ntarama, em Ruanda

Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

Março de 2014 - Ossos formam o memorial da igreja de Nyarubuye, onde foram mortos cerca de 10 mil

hutus durante o genocídio

Massacre em Ruanda

Resgate da ONU em Ruanda