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Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN CONCRETO n.º 232 » março / junho 2012 » Bimestral » 5 euros Foi o palco do Iº Encontro Nacional da Construção e Imobiliário Promover o Crescimento, Defender o Setor

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Revista Concreto da AICCOPN n.º 232 referentes ao período de Março a Junho de 2012

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Page 1: Concreto 232

Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

CONCRETOn.º 232 » março / junho 2012 » Bimestral » 5 euros

Foi o palco do Iº Encontro Nacional da

Construção e Imobiliário

Promover o Crescimento, Defender o Setor

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EDITORIAL

3

Estou convicto que todos os que tiveram a oportunidade de participar no 1ª Encontro Nacional da Construção e do

Imobiliário saíram com a certeza de que o nosso setor está, mais do que nunca, unido em torno de um objetivo que

é comum. Evidenciámos a nossa força e demonstrámos que, apesar das contrariedades, não nos deixaremos abater.

Gritámos bem alto o papel que tem de ser reconhecido à Construção e aos nossos empresários, enquanto fatores

impulsionadores do desenvolvimento sustentado da economia nacional.

Sempre o foram e, estou certo, representando quase um quinto do PIB e cerca de 720 mil trabalhadores, não poderão

deixar de o ser. É esta realidade que os nossos Governantes não podem esquecer e o nosso encontro, a mobilização

massiva que nos permitiu encher a Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, teve o mérito de os recordar da importância que,

inevitavelmente, nos tem de ser reconhecida.

Discutimos os problemas que os empresários enfrentam e apresentámos estratégias para ultrapassar dificuldades que

são comuns, mas, de igual modo, demonstrámos que existem soluções para dinamizar uma atividade que, ao longo

dos anos, tem sido essencial para a promoção da economia portuguesa. Escrevo estas linhas num momento em que

já sei que a Assembleia da República irá deba-

ter um Programa de Emergência para a Cons-

trução e para o Imobiliário, em que o Ministro

da Economia e do Emprego foi potestivamente

convocado para uma audição na Comissão

Parlamentar de Economia e Obras Públicas e

em que o Governo se prepara para apresentar as primeiras medidas para um setor que até agora foi ignorado.

Os políticos e, em particular, o Governo, começam finalmente a prestar a devida atenção ao setor da construção e do

imobiliário. É de lamentar, no entanto, que tivéssemos de chegar a um ponto de rutura, para que algo fosse feito.

Tal como tenho afirmado, o risco de colapso do sistema financeiro, as falências e desemprego, são os três ingre-

dientes de uma catástrofe anunciada. E, é certo, se a situação não for invertida, estará em causa toda a economia

nacional. Por isso, o pagamento das dívidas do Estado, a Reabilitação Urbana e o Arrendamento, a estabilização do

mercado imobiliário, a liquidez necessária ao funcionamento das empresas e o reconhecimento do processo de in-

ternacionalização do setor, são matérias estratégicas para o setor e para o País, que continuaremos a apontar como

essenciais para a sobrevivência das empresas.

Termino, saudando os nossos Associados e a todos quero agradecer pelo empenhamento que colocaram na concre-

tização desta iniciativa. Uma vez mais, demonstrámos a força da Associação e, estou certo, seremos capazes de, à

semelhança do que aconteceu noutras ocasiões, vencer mais este desafio.

1º Encontro Nacional da Construção

e do Imobiliário

Uma manifestação de força de

um setor que não se deixa abater

Reis Campos,

Presidente da Direção

da AICCOPN

“Os políticos e, em particular, o Governo, começam finalmen-

te a prestar a devida atenção ao setor da construção e do imo-

biliário. É de lamentar, no entanto, que tivéssemos de chegar a

um ponto de rutura, para que algo fosse feito..“

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Page 5: Concreto 232

5

NESTA EDIÇÃO...

N.º 232 - março / junho 2012

Publicação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN | NIPC: 500 989 567

Sede e Administração: Rua Álvares Cabral, 306 - 4050-040 Porto | Telf.: 223 402 200 | Fax: 223 402 297 | e-mail: [email protected] | www.aiccopn.pt

Registo na D.G.C.S. - 119 471 |Depósito Legal nº 84 432/94 |Tiragem: 9.300 exemplares | Distribuição: Gratuita a associados

Director: Manuel Joaquim Reis Campos |Editor: Luis Saraiva |Execução e Paginação - Rui Silva e Sérgio Botas

Colaboradores Permanentes - Técnicos dos Serviços de Economia, Engenharia, Jurídicos e Laborais, Informática, Núcleo de Apoio à Internacionalização

Publicidade e Produção: Yellowstreet - Rua das Artes Gráficas, 78 4100-090 Porto | Telf.: 225 438 650 | Fax: 225 438 699 [email protected]

Linha de Apoio a Clientes: 225 438 651

Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem citar a fonte.

A CONCRETO está aberta à colaboração e opinião procedentes do sector

Atividades da Direção - Pág 6

Destaque - Pág 12

Tomadas de Posição - Pág 20

Formação AICCOPN - Pág 26

Direito - Pág 31

Economia - Pág 36

Engenharia - Pág 44

Segurança - Pág 51

Regalias - Pág 56

Pág. 6

Pág. 10

Pág. 12

Pág. 48

Page 6: Concreto 232

6 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Em Audição Parlamentar Reis Campos lembra que empresas não aguentam mais

Reis Campos afirmou, que as empresas da construção não

aguentam um Estado que não paga as suas dívidas e uma

banca que não lhes concede crédito

Na audiência parlamentar convocada pela Comissão de

Economia e Obras Públicas, Reis Campos alertou os De-

putados para as consequências daquela que considera ser

a pior crise de que há memória, salientando que as em-

presas da construção e do imobiliário se encontram numa

situação limite e sem qualquer tipo de perspetiva futura.

A juntar à falta generalizada de obras, à indefinição do

investimento, à falta de planeamento e ao adiamento da

reabilitação urbana, Reis Campos referiu como principais

problemas que afetam o funcionamento das empresas, os

atrasos nos pagamentos por parte do Estado, as crescentes

dificuldades no acesso ao crédito, a exigência abusiva

de garantias por parte da banca, as práticas reiteradas de

preços anormalmente baixos e um Código dos Contratos

Públicos desadequado em face das necessidades do mer-

cado, que para além de impor a manutenção das cauções

prestadas por prazos exagerados, permite o recurso gene-

ralizado ao ajuste direto e consente a adoção de critérios

abusivos no âmbito de concursos limitados.

Considerando indispensável o aproveitamento do QREN,

pois estão em causa cerca de 13 mil milhões de euros de

verbas comunitárias por executar, Reis Campos concluiu

que esta é uma oportunidade única para o setor, pois para

além de possibilitar a conclusão de projetos que são es-

senciais para o País, permitiria apoiar a reabilitação urba-

na que, inexplicavelmente, continua adiada.

Reis Campos, na qualidade de Presidente da CPCI,

participou no passado dia 28 de junho, no 50º ani-

versário da COBA – Consultores de Engenharia e

Ambiente, cuja cerimónia contou com a presença

da Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Am-

biente e da Administração do Território.

Cerimónia Comemorativa do 50º Aniversário da COBA

Reunião do Conselho Geral da AICCOPN

Tendo presente a situação de crise que o setor atravessa,

reuniu no passado dia 26 de abril o Conselho Geral da

AICCOPN. Pelo Presidente da Direção foram apresenta-

das aos Senhores Conselheiros, as medidas de urgência a

serem adotadas, em sintonia com a falta de iniciativa do

Poder Político.

Page 7: Concreto 232

7

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Subordinado ao tema “um novo mo-

delo para o setor da construção e do

imobiliário – um desafio para o futu-

ro” e no âmbito do 15º Congresso da

APCMC, teve lugar uma sessão, na

qual o Presidente da CPCI participou

numa mesa redonda, moderada pelo

Jornalista Económico, Camilo Louren-

ço e que contou com as participações

do Professor do ISEG, Manuel Avelino

de Jesus, com o Diretor de Financia-

mento Imobiliário da Caixa Geral de

Depósitos, Paulo Sousa, com a Verea-

dora da Câmara Municipal de Lisboa,

Helena Roseta e com o Presidente da

CCP, João Vieira Lopes. Esta sessão re-

15º Congresso da APCMC - “Um novo modelo para o setor da construção e do imobiliário - Um desafio para o futuro”

No passado dia 29 de maio a AIC-

COPN recebeu na sua sede uma

Delegação Angolana da CONICLE

- Comissão Nacional de Inscrição e

Classificação de Empreiteiros que,

para além de outros elementos, con-

tou com a participação dos Presiden-

tes das duas organizações.

alizou-se no dia 25 de maio, no Hotel

Altis, em Lisboa.

AICCOPN Recebe Delegação do Conicle

Page 8: Concreto 232

8 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

De 8 a 10 de maio teve lugar a 3ª

edição do Portugal Constrói 2012,

cuja organização da responsabilida-

de da AICEP e da AIP, contou com o

apoio da Confederação Portuguesa

da Construção e do Imobiliário. Este

evento, com uma forte componente

no processo de internacionalização

das empresas do setor, contou este

ano com 10 Países convidados.

Na abertura solene desta edição, Reis

Campos, na sua intervenção, referiu

a importância desta iniciativa como

forma de discutir desafios e identi-

ficar oportunidades nos mercados

externos.

Sem deixar de falar na situação de

emergência que o setor atravessa em

Portugal, enfatizou a sua intervenção

para o empreendedorismo, para a

resistência e capacidade de diversi-

ficação e de internacionalização dos

nossos empresários não obstante os

inúmeros obstáculos e falta de apoios

com que se enfrentam. Relembrou

que somos o segundo País europeu,

com maior presença no Continente

Africano, representando 19% de todo

o negócio das empresas europeias de

construção neste Continente.

As valências técnicas e humanas que

caracterizam a qualidade do nosso

tecido empresarial e a larga experi-

ência internacional, têm-se revelado

fatores críticos de sucesso, essenciais

para o estreitamento das relações

económicas entre Portugal e os mer-

cados externos.

São condições imprescindíveis, que

nos têm permitido corresponder, de

forma eficaz, aos desafios da inova-

ção.

As nossas empresas têm assumido

estratégias de médio e longo prazo,

assentes em parcerias locais, na for-

mação de recursos humanos e no

estabelecimento de estruturas perma-

nentes junto das diferentes comuni-

dades.

A natureza duradoura das suas in-

tervenções, eleva a Construção e o

Imobiliário ao estatuto de veículo

privilegiado para alavancar a interna-

cionalização de muitas atividades.

Não há qualquer dúvida que, as em-

presas do setor estão preparadas para

dar resposta aos desafios da interna-

cionalização.

No entanto, importa que o País saiba

desenvolver uma política capaz de

auxiliar o esforço do tecido empre-

sarial.

No mundo globalizado em que vive-

mos, o conceito de bens transacioná-

veis está em permanente transforma-

ção, pelo que é fundamental o seu

alargamento ao nosso setor.

A atividade desenvolvida pelas em-

presas da construção e do imobiliário

no exterior deve ser apoiada adequa-

damente.

A diplomacia económica assume,

igualmente, uma importância funda-

mental.

Estão em causa aspetos de natureza

burocrática e fiscal.A exemplo do

que se passa na generalidade dos

países, a Construção e o Imobiliá-

rio está no centro das estratégias de

promoção do crescimento e do em-

prego.

3ª Edição do Portugal Constroi

Page 9: Concreto 232

9

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

É o que se passa em Inglaterra e nos

Estados Unidos, na nossa vizinha

Espanha e também terá de ser assim

em Portugal.

Para isso, é fundamental que o poder

político reconheça que, sem as nos-

sas empresas, sem preservar o tecido

empresarial e sem políticas de cresci-

mento ambiciosas, o País continuará

sem perspetivas.

Exige-se uma visão estratégica, capaz

de reconhecer a verdadeira importân-

cia de uma atividade que vale quase

um quinto do PIB e que representa

16,8% do emprego nacional.

Esta fileira é uma verdadeira indústria

de futuro, capaz de se afirmar nos

mercados externos, de gerar riqueza

e emprego e, assim, contribuir para o

desenvolvimento consolidado do País

que não pode ignorar as suas vanta-

gens competitivas e as mais-valias de

que dispõe. É tempo de reconhecer o

lugar de destaque que compete a este

setor, como motor da economia.

Reis Campos, terminou referindo que

mais do que uma questão empresa-

rial ou setorial, está em causa a pró-

pria sustentabilidade de Portugal.

“Os Desafios da Fileira da Construção”

A convite da AIP e no âmbito da re-

alidade adversa que o setor da cons-

trução e obras públicas atravessa,

Reis Campos participou como orador

na Sessão de Abertura do Seminário,

realizado no passado dia 18 de Abril,

subordinado ao tema “Os desafios da

Fileira da Construção – as oportuni-

dades no Mercado Externo”

Reis Campos, iniciou a sua interven-

ção referindo que a discussão dos

desafios que se colocam à fileira da

construção e do imobiliário, tanto a

nível interno como externo, é discutir

o futuro de Portugal, sendo a interna-

cionalização da economia uma das

principais apostas que temos pela

frente, tendo a nossa fileira apre-

sentado, ao longo dos últimos anos,

um crescimento sustentado dos seus

negócios externos, sendo já uma das

atividades económicas mais relevan-

tes. O volume anual de faturação

externa supera os 8,7 mil milhões de

euros, equivalendo a 16,9% de toda

a faturação das empresas portuguesas

no exterior.

Realçou que o setor está implemen-

tado em quase todo o Mundo, des-

tacando, contudo, a inegável impor-

tância e peso do mercado africano,

tendo, ainda, referido que os fatores

essenciais para o estreitamento das

relações económicas entre Portugal e

os mercados internacionais, se deve

à competência técnica e humana que

caracterizam os nossos empresários.

Para Reis Campos o mercado interno

assume importância fundamental,

constituindo uma alavanca impres-

cindível para explorar oportunidades

nos mercados externos, pelo que a

atual situação do mercado português

da construção e do imobiliário não

pode continuar a ser um obstáculo

ao desenvolvimento das empresas da

fileira, as quais registaram na última

década uma quebra acumulada na

produção de 41% e uma perda de

283 mil trabalhadores. Se esta situa-

ção de mantiver, poderemos perder

este ano mais 12 mil empresas e mais

140 mil postos de trabalho, situação

que conduzirá a taxa de desempre-

go nacional para os 20%. E não é

desta forma que iremos resolver os

problemas que enfrentamos. Temos

que criar condições para que o ar-

rendamento e a reabilitação urbana

se tornem uma realidade, os apoios

dados à banca sejam repercutidos na

economia real, os pagamentos das

dívidas do Estado às empresas sejam

efetuados, em suma, impõe-se um

verdadeiro compromisso com o fu-

turo do País. O setor precisa de uma

visão estratégica capaz de reconhe-

cer a sua verdadeira importância e de

um planeamento consensualizado a

médio e longo prazo.

Está em causa uma atividade que

vale quase um quinto do PIB e que

representa 16,8% do emprego nacio-

nal, pelo que, Reis Campos terminou,

afirmando que esta fileira tem de

estar no centro da estratégia de cres-

cimento económico de Portugal.

Page 10: Concreto 232

10 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Num seminário promovido em parce-

ria com o Departamento de Engenha-

ria Civil do ISEP e com a participação

do Presidente da AICCOPN, como

orador convidado, realizou-se no pas-

sado dia 21 de março, no auditório do

ISEP, o seminário “A Construção em

Portugal: Passado, Presente e Futuro”.

Perante uma vasta plateia constituída

por alunos e docentes desta insti-

tuição, Reis Campos traçou o diag-

nóstico do setor e a sua evolução ao

longo dos últimos anos, destacando

o papel fundamental da construção

e do imobiliário na economia e no

emprego e apontou os principais

desafios estratégicos com que esta

atividade se depara.

Apresentando alguns números revela-

dores do peso do setor na economia,

bem como um quadro comparativo

com as restantes economias euro-

peias, o Presidente da Associação

apontou o défice de investimento em

Portugal como uma das principais

causas para a crise económica que

estamos a atravessar. Com efeito, não

obstante a evolução negativa das

contas públicas nacionais, Portugal

surge como um dos países onde, ao

longo da última década, se verificou

um menor investimento em constru-

ção e, em consequência, onde me-

nos se cresceu.

Reis Campos descreveu ainda a evo-

lução da atividade, que atravessa a

pior crise de sempre, acumulando

desde 2002 uma redução de pro-

dução de 41% e uma perda de 283

mil postos de trabalho e abordou as

questões que, neste momento, estão

a afetar de forma mais gravosa as

empresas, como é o caso da asfixia

financeira resultante da falta de cré-

dito e dos atrasos nos pagamentos

do Estado, ou a falta de obras e de

planeamento.

Relativamente ao futuro, o Presidente

da AICCOPN traçou dois cenários

distintos. Um, de continuidade, em

que se nada for feito, o País enfrenta

um risco de colapso do setor, que

acarreta sérias implicações para toda

a economia, uma vez que estão em

causa, a curto prazo, 140 mil postos

de trabalho, bem como a própria

estabilidade do sistema financeiro

nacional e das contas públicas. Co-

locando um cenário alternativo, Reis

Campos apontou caminhos para que,

a exemplo do que se passa lá fora, a

Construção e Imobiliário possa dar o

seu contributo para vencer o desafio

do crescimento e do emprego. “Ape-

sar da escassez de recursos, há muito

que pode ser feito”, disse, referindo

o aproveitamento do QREN, a dina-

mização da reabilitação urbana e do

arrendamento e o apoio à internacio-

nalização, como exemplos.

Questionando se o País quer gastar

mais dinheiro em subsídios de de-

semprego, comprometendo, assim, a

sua capacidade de crescimento, ou

se vai tentar ultrapassar a crise, me-

lhorar a competitividade territorial,

criar emprego, recuperar as nossas

cidades, promover o património

histórico e cultural, melhorar a efi-

ciência energética dos nossos edifí-

cios e promover a sustentabilidade

ambiental, concluiu desejando os

maiores sucessos para a carreira dos

jovem que iniciam agora o seu per-

curso profissional e afirmando que “o

setor conta com todos para continuar

a afirmar-se como uma referência,

tanto a nível nacional, como a nível

internacional”.

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Page 12: Concreto 232

12 •

DESTAQUE

Numa iniciativa inédita no panorama associativo nacional, a CPCI concentrou

toda a fileira da construção e do imobiliário de Portugal, numa manifestação

de união do maior empregador nacional, no passado dia 5 de junho, no Pavi-

lhão Atlântico, em Lisboa.

O Presidente da Confederação, Reis Campos, começou por realçar na sua

intervenção, a noção que existia que este encontro correspondia aos anseios

do setor, mas esta mobilização demonstrou que a construção e o imobiliário

não se deixará destruir e que será sempre o grande motor do desenvolvimento

económico.

A inexistência de perspetivas quanto ao futuro das empresas e dos seus traba-

lhadores, levaram os empresários ao seu limite. Salientando que austeridade

não é solução e que o futuro não se constrói destruindo todo este vasto setor,

determinante para a dinamização da economia portuguesa, relembrou que

as atividades concentradas nesta fileira representam 18,2% do PIB, ou seja,

quase um quinto do Produto Nacional e que somos o maior empregador, as-

segurando 720 mil postos de trabalho.

Sem investimento não há crescimento e, consequentemente, Portugal foi um

dos países que menos cresceu na primeira década do século XXI. Todos os

Iº Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário

Page 13: Concreto 232

13

DESTAQUE

dias desaparecem cerca de 23 empresas e são eliminados 426 postos de

trabalho, pelo que o momento que enfrentamos é de emergência.

O setor está sem rumo, pelo que, em devido tempo, o Governo e os Parti-

dos Políticos foram alertados, pela Confederação, para esta situação.

Reunimos com o Presidente da República, com o Primeiro-ministro, com

o Ministro da Economia e do Emprego, com a Ministra da Agricultura, do

Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e com o Secretário de

Estado das Obras Públicas. Fomos ouvidos em Comissões Parlamentares.

Apresentámos propostas.

Defendemos medidas de exceção equilibradas e ajustadas ao momento

que o País atravessa.

Porém, de concreto, nada foi feito.

O Governo conhece a realidade, mas parece ignorar a profundidade das

suas consequências, mantendo uma total indefinição quanto aos projetos

de investimento necessários; congela as verbas do QREN, em vez de as

colocar ao serviço do crescimento económico e do emprego; não avan-

Page 14: Concreto 232

14 •

DESTAQUE

ça com a reabilitação urbana, com

a alteração da lei das rendas e com

a implementação da taxa liberatória

para o arrendamento; não assegura

a estabilidade do mercado imobi-

liário; não paga as suas dívidas ao

setor; não regula a forma de traba-

lhar da Banca com as empresas; não

apoia a nossa internacionalização;

não altera o Código dos Contratos

Públicos, adequando-o à realida-

de do mercado; não combate efi-

cazmente os preços anormalmente

baixos; não permite a liberação das

cauções.

Por tudo isto a resposta é evidente: a

intenção do Governo é deliberada.

O País está sob uma intervenção ex-

terna, que impõe limites. Mas há al-

ternativas e ao contrário do que nos

querem fazer acreditar, o colapso

do setor não é uma inevitabilidade,

é uma decisão política, que poderá

ter custos insustentáveis e conse-

quências irreversíveis para Portugal.

Há quase 190 mil desempregados

da construção e imobiliário.

As nossas estimativas indicam que,

neste momento, existem 140 mil

postos de trabalho em risco.

São 1,7 mil milhões de euros em

subsídios de desemprego e perda de

receitas fiscais diretas.

Se considerarmos o efeito multipli-

cador do Setor, isto significa que, em

poucos meses, iremos atingir uma

taxa de desemprego nacional de 20%.

A ruína da construção e do imobiliário será a ruína da Banca e do País.Onde irá o Governo buscar o dinheiro para pagar a fatura da destruição do setor?

Para nós não há qualquer dúvida! Se nada for feito pelas nossas empresas, pelo emprego que asseguramos, em menos de um ano, Portugal será novamente obrigado a recorrer a ajuda externa, pondo em causa todos os sacrifícios que nos têm sido impostos.

Page 15: Concreto 232

15

DESTAQUE

O Presidente da CPCI terminou esta in-

tervenção, garantindo que o movimento

que agora começou, não irá parar, e que

saberemos estar à altura para ultrapassar

os desafios que, deliberadamente, nos

impuseram, para o bem das nossas em-

presas e para o bem de Portugal.

Page 16: Concreto 232

16 •

DESTAQUE

Principais Conclusões do Encontro: Programa de Emergência para a Construção e Imobiliário

A construção e imobiliário representa

18,2% do PIB e é o maior emprega-

dor nacional, assegurando cerca de

720 mil postos de trabalho. A exem-

plo do que se passa na generalidade

das economias, é uma atividade

essencial para o crescimento e o

emprego e ocupa um lugar central

nas estratégias de combate à crise,

promovidas na maioria dos países

europeus.

O setor pode contribuir para gerar

emprego, produção, riqueza, cresci-

mento e impostos por via da absor-

ção dos fundos comunitários.

Um setor em estado de emergência

Nos últimos dez anos, assistiu-se à

mais profunda e prolongada crise da

história do setor. Entre 2002 e 2011,

o recuo da produção atingiu, em ter-

mos reais, os 41% e perderam-se 283

mil postos de trabalho. No primeiro

trimestre do ano, foram destruídos 38

mil empregos, valor que representa

mais de metade do emprego perdido

neste período. Na última década,

Portugal foi o país europeu onde se

registou a pior evolução do investi-

mento em construção.

Atualmente, as empresas enfrentam

uma situação de emergência e o teci-

do empresarial está à beira do colap-

so. Diariamente são eliminados 426

postos de trabalho e desaparecem 23

empresas.

Os empresários do setor enfrentam

graves constrangimentos à sua ativi-

dade, como uma banca que asfixia as

empresas e um Estado que não paga

as suas dívidas, uma total indefinição

em torno de matérias estruturantes,

como o investimento público e a

aplicação dos fundos comunitários

do QREN, a ausência de incentivos

ao investimento privado e à interna-

cionalização, a não implementação

das medidas de dinamização da rea-

bilitação urbana e do arrendamento,

que aguardam leis que foram há mui-

to consensualizadas, bem como o

excesso de burocracia e de impostos.

A situação atual não é uma inevitabi-

lidade, é fruto de uma opção política

deliberada

É certo que Portugal está sujeito a

um programa de assistência externa,

cujos termos tem de cumprir, pelo

que a capacidade de atuação é limi-

tada. No entanto, existem escolhas

que podem inverter o presente rumo

de destruição do tecido empresarial e

que são compatíveis com os objetivos

assumidos pelo País. A austeridade é

necessária, mas não é a solução, nem

pode ser o único vetor de interven-

ção dos poderes políticos. A falta de

rumo a que o setor foi votado, a sus-

pensão quase total do investimento

A Construção e Imobiliário é imprescindível para o Crescimento e o Emprego

Cantinhos, Soc. de Construções Soc. de Construções Almerindo CarneiroConstruções Gabriel A.S. Couto

José Sá Machado Carlos Couto Artur Carneiro

Page 17: Concreto 232

17

DESTAQUE

financeiro nacional, pois há que ter

presente que o crédito à construção

e imobiliário é de cerca de 38 mil

milhões de euros, pelo que o risco de

falência das empresas representa a

possibilidade de falência da própria

Banca. O crescimento galopante do

desemprego e as consequências de

uma queda de um setor que repre-

senta cerca de um quinto do PIB,

cujo volume anual de faturação

ultrapassa os 60 mil milhões de eu-

ros e que é responsável por mais de

33 mil milhões de euros de crédito,

não deixam margem para quaisquer

dúvidas. O colapso do setor será um

custo insustentável para o País. Estão

em causa todos os sacrifícios feitos

pelos portugueses, para cumprir o

acordo com a Troika e fica em risco

a sustentabilidade económica de Por-

tugal. Sem construção e imobiliário

não existe futuro, pelo que o custo da

reposição da capacidade produtiva

do setor é incomportável e representa

um encargo incomparavelmente su-

público, o incompreensível adiamen-

to de medidas que estão enquadradas

no Memorando de Entendimento ou

que não implicam despesa pública,

ilustram uma indiferença perante a

Construção e Imobiliário, que está a

levar as empresas a uma situação de

verdadeiro desespero.

A ruína do Setor será a ruína do País.

É necessário intervir imediatamente

Se nada for feito para alterar a atual

trajetória de destruição do tecido

empresarial da Construção e do Imo-

biliário, estão em causa, no futuro

imediato, 140 mil postos de trabalho

diretos e cerca de 13 mil empresas.

O impacto direto para as contas pú-

blicas, resultante do acréscimo de

subsídios de desemprego e da perda

de receitas fiscais causado por esta

redução do volume de emprego,

cifra-se em 1,7 mil milhões de eu-

ros. Por outro lado, está em causa a

própria sustentabilidade do sistema

perior ao da sua preservação.

Programa de Emergência para a

Construção e Imobiliário: Medidas

para impedir o colapso do setor, pro-

mover o crescimento e o emprego

É imprescindível que o Governo atue

de imediato, demonstrando o seu

comprometimento com o futuro do

setor. Exige-se a implementação de

medidas capazes de salvar o tecido

empresarial e preservar o emprego

e impedir a destruição do setor,

que, abrangendo transversalmente

toda a fileira, seja orientado

para a promoção do emprego,

do crescimento económico e da

competitividade da economia.

Desta forma, são identificadas sete

medidas que, pela sua urgência,

pelo seu impacto potencial, pela

sua exequibilidade e pelo seu efeito

imediato no setor, constituem um

Programa de Emergência para a

Construção e Imobiliário.

Soc. de Construções Almerindo Carneiro

Page 18: Concreto 232

18 •

DESTAQUE

Pagar de imediato os 1,4 mil milhões de euros que o Estado deve ao setor, para assegurar a liquidez e impedir o colapso, em cadeia, das em-presas, garantindo a célere libertação dos fundos constantes da linha da crédito para as Autarquias objeto de protocolo entre o Governo e a ANMP, necessários para o pagamento das verbas em atraso.

Medidas Propostas:

Incentivar a Reabilitação Urbana e o mercado do Arrendamento, com o objetivo de gerar 130 mil empregos, disponibilizar as 60 mil habitações para arrendar de que o mercado ne-cessita, dinamizar a atividade económica em setores como o comércio e o turismo, captar investimento privado e preservar o património imobiliário nacional, para o que se exige a agilização dos processos de despejo e a imediata criação de uma taxa liberatória para os rendimentos do arrendamento. Devem ser previstos incentivos fiscais, designadamente o alargamento do atual âmbito de aplicação da taxa reduzida do IVA na construção a todas as obras de reabilitação e de melhoria da eficiência energética dos edifícios.

Um setor sem rumo, empresas sem perspetivas quanto à sua ativi-dade futura, desemprego a atingir máximos históricos, foi este o con-texto das intervenções proferidas por todos os Presidentes das Asso-

ciações que constituem a CPCI e, também, por diversos empresários que quiseram deixar o seu teste-munho. A unanimidade em torno da defesa de medidas de exceção para fazer face ao atual estado do

setor, foi uma evidência. São estas as medidas, que a Confederação considera prioritárias para evitar o colapso, exigindo do Governo a sua aplicação efetiva.

-I

II-

Page 19: Concreto 232

19

DESTAQUE

Reprogramar as verbas do QREN, garantindo, no mínimo, uma alocação de 5 mil milhões de euros a projetos de investimento em domínio estratégicos para o setor e o País, valor que corresponde a cerca de 40% dos fundos comunitários por executar, visando a manu-tenção do emprego e evitar custos acrescidos para o erário público decorrentes do paga-mento de subsídios de desemprego e a devolução expressiva de fundos não utilizados à Comunidade Europeia. Tal deverá passar pela sua afetação a intervenções de reabilitação urbana e pela criação de um Plano de Investimento Público, devidamente calendarizado, orientado para a valorização do território, para o acréscimo do potencial produtivo do País, para promoção da “marca” Portugal e do Património Imobiliário Português, como uma oportunidade única para o Investimento privado nacional e estrangeiro e para a me-lhoria da qualidade de vida dos cidadãos, priorizando obras de proximidade com grande impacto local e a manutenção preventiva de infraestruturas e equipamentos sociais, capa-zes de mobilizar uma diversidade de empresas de várias dimensões e especialidades e de estimular a procura privada e a produção nacional.

Regular o mercado imobiliário, impedindo a desvalorização do património e afastando práticas concorrenciais censuráveis, levadas a cabo pela Banca e pelo Estado. Os bancos asfixiam o mercado, ao comercializar os seus imóveis em condições de crédito incom-paravelmente mais vantajosas, e o próprio Estado coloca em causa a sustentabilidade do mercado, ao beneficiar, por um lado, da significativa valorização dos imóveis em sede de IMI e ao permitir, por outro, a sua colocação na praça a preços irrisórios, quando se trata de penhorar e executar os contribuintes. É, de igual modo, fundamental assegurar equida-de social no regime de tributação em IMI, cujo agravamento, que será muito superior ao estabelecido no Memorando de Entendimento, ocorre num momento em que a generali-dade das famílias perde rendimentos.

Evitar o estrangulamento financeiro das empresas, garantindo um acesso equilibrado ao cré-dito e a liquidez necessária ao seu funcionamento. A falta de crédito e os custos financeiros desproporcionados exigem uma intervenção no sentido de salvaguardar que a Banca cumpra, de forma justa e equilibrada, o seu importante papel na economia. Por outro lado, é essen-cial assegurar a libertação de recursos atualmente presos no sistema financeiro, em sede de garantias prestadas, para o que se exige a criação de um regime excecional de liberação das cauções prestadas, a exemplo do que já existe nos Açores e na Madeira, permitindo libertar uma parte significativa dos 4,5 mil milhões de euros que se encontram retidos. Na verdade, quanto maior for a parcela deste montante libertada na sequência do regime excecional de liberação de cauções, mais recursos poderão ser injetados na economia, permitindo dinami-zar a atividade económica e fomentar o nível de emprego global.

Reconhecer como prioritária a Internacionalização da Construção e do Imobiliário, o que passa por uma atuação em domínios como a diplomacia económica, a política fiscal, no âmbito da criação de instrumentos financeiros de apoio à internacionalização e pelo alar-gamento do conceito de bens transacionáveis ao setor, medidas que serão potenciadoras da criação de redes de empresas, capazes de partilhar recursos e desenvolver parcerias estratégicas com vista à internacionalização.

Criar um adequado “ambiente” de negócios, mediante: A imediata revisão do Código dos Contratos Públicos, de forma a garantir um regular funcionamento do mercado, exi-gindo-se, entre outros aspetos, a previsão de um regime eficaz de combate à prática de preços anormalmente baixos ou o regime de erros e omissões a cargo dos interessados.

-III

IV-

-V

VI--VII

Page 20: Concreto 232

20 •

TOMADAS DE POSIÇÃO

AICCOPN denúncia ilegalidades nos Concursos Públicos

A AICCOPN, em sede da Federação

da Construção (FEPICOP), remeteu

ao Secretário de Estado das Obras

Públicas, Transportes e Comunica-

ções, com conhecimento ao Instituto

da Construção e do Imobiliário (InCI,

I.P.) e ao Centro de Gestão da Rede

Informática do Governo (CEGER),

uma exposição que alerta para várias

situações no âmbito dos procedi-

mentos contratuais públicos, com

as quais as empresas do Setor têm

vindo a ser confrontadas e que, além

de violadoras de vários preceitos do

Código dos Contratos Públicos (CCP),

põem em causa os princípios basila-

res da contratação pública e desvirtu-

am gravemente a concorrência.

Na referida exposição, a Associação

denuncia diversos casos em que o

modelo de avaliação das propostas se

encontra aparentemente em cumpri-

mento das regras definidas no CCP,

mas, quando aplicado na prática às

propostas avaliadas, se traduz numa

deturpação dos princípios gerais da

contratação pública, uma vez que,

para a densificação do fator “preço”,

estabelecem-se escalas de pontuação

através de expressões matemáticas

que permitem calcular, previamen-

te, o valor exato do preço ao qual a

entidade adjudicante atribuirá a pon-

tuação mais elevada, o que implica

que a totalidade dos concorrentes

apresentem legitimamente as suas

propostas com um preço de valor

igual ou próximo àquele montante

(predeterminável), neutralizando-se

totalmente, desta forma, o fator “pre-

ço”.

Assim, a adjudicação que, nos ter-

mos do modelo de avaliação, deveria

basear-se fundamentalmente no pre-

a qualidade em que se assina um

determinado documento eletrónico

em representação da empresa con-

corrente.

Ainda relativamente à contratação

eletrónica, a Associação denuncia a

circunstância das plataformas eletró-

nicas não disponibilizarem, a título

gratuito, determinadas “funcionalida-

des” básicas e essenciais para a apre-

sentação de propostas. Com efeito,

as empresas vêem-se na obrigação

de subscrever determinados “paco-

tes de funcionalidades”, mediante

o pagamento de um preço, para

poderem, por exemplo, efetuar uma

operação de transferência/importa-

ção de preços através de ficheiros

excel, ou para poderem tramitar os

procedimentos por mais do que um

utilizador e através de vários postos

de trabalho.

Por último, a AICCOPN contesta o

pagamento de selos temporais, o

facto de serem comercializados ex-

clusivamente em pacotes, com uma

validade limitada e não poderem ser

usados senão na plataforma que os

vendeu.

As situações relatadas colocam em

causa normativos expressos do qua-

dro legal, e/ou desvirtuam os princí-

pios basilares da contratação públi-

ca, pelo que se exigiu ao Secretário

das Obras Públicas e, bem assim,

ao InCI, I.P. e ao CEGER, a tomada

urgente das medidas adequadas à

moralização dos procedimentos

contratuais públicos e da salvaguar-

da dos princípios da transparência,

igualdade e concorrência.

ço – fator claramente objetivo – com

um peso elevado, passa, na prática, a

basear-se exclusivamente nos restan-

tes fatores subjetivos que, de acordo

com o modelo aprovado, teriam uma

relevância diminuta.

Alerta-se igualmente para a existên-

cia de inúmeros Concursos Limitados

por Prévia Qualificação que con-

templam exigências manifestamente

desproporcionadas ao nível dos

requisitos de avaliação da capaci-

dade económica e financeira dos

candidatos, impondo o cumprimento

de rácios económicos elevadíssimos,

sem qualquer correspondência com

a natureza das prestações objeto do

contrato a celebrar e, bem assim, dos

interesses que se pretendem salva-

guardar, limitando-se de forma ilegíti-

ma a concorrência.

Outro aspeto que tem impedido o

normal desenvolvimento dos proce-

dimentos contratuais públicos e que

também foi denunciado refere-se à

contratação eletrónica. É que na es-

magadora maioria dos procedimentos

contratuais públicos que são lança-

dos, têm vindo a ocorrer exclusões,

totalmente infundadas, por questões

relativas à contratação eletrónica,

em concreto, situações de problemas

técnicos das plataformas eletrónicas

e de questões relacionadas com as

assinaturas digitais qualificadas, ex-

cluindo-se, inclusivamente, propos-

tas, com fundamento na falta, quer

de assinatura manuscrita, quer de

poderes de representação do assinan-

te, quando este é detentor de certifi-

cado digital qualificado com poderes

de representação, emitido por uma

das entidades legalmente certificadas

para o efeito, que permite autenticar

Page 21: Concreto 232

21

TOMADAS DE POSIÇÃO

Page 22: Concreto 232

22 •

TOMADAS DE POSIÇÃO

AICCOPN apresenta soluções ao governo sobre a criação de um regime excecional de liberação de cauções

Tendo a AICCOPN - Associação

dos Industriais da Construção Civil

e Obras Públicas, sido consultada

pelo Governo sobre um projeto de

diploma que cria um regime excecio-

nal relativo à liberação das cauções

prestadas no âmbito das empreitadas

de obras públicas, solução que há

muito reivindica junto das mais varia-

das instâncias como medida impre-

scindível para adequar à atual reali-

dade as exigências legais em matéria

de cauções e garantias bancárias que

as empresas estão obrigadas a prestar,

não pôde deixar de expressar, con-

certadamente com a AECOPS – As-

sociação de Empresas de Construção

e Obras Públicas e Serviços, frontal

discordância perante a proposta leg-

islativa inicial que lhe foi apresentada

pelo Executivo, por considerar que a

mesma refletia um total alheamento

da dramática situação que as empre-

sas do setor enfrentam.

Mais recentemente, o Governo solici-

tou à AICCOPN que se pronunciasse

novamente sobre um “segundo” pro-

jeto de diploma sobre a matéria, al-

terando diversas soluções constantes

da versão inicial, indo, deste modo,

ao encontro de algumas das preten-

sões das Associações.

Nesta conformidade, e apesar de

o mesmo não consagrar a posição

de fundo da AICCOPN neste âm-

bito – instituição de dispositivo legal

semelhante ao adotado nas Regiões

Autónomas dos Açores e da Ma-

deira, que prevê a liberação integral

da caução um ano após a receção

provisória da obra –, revela-se agora,

mesmo assim, mais adequado à re-

alidade atual do Setor e poderá ser

suscetível de aliviar as dificuldades

de liquidez das empresas, muito

pressionadas na presente conjuntura

económica.

Page 23: Concreto 232

23

TOMADAS DE POSIÇÃO

Na sequência de exposição dirigida

ao Presidente da Câmara Municipal

de Anadia, em que a AICCOPN de-

nunciou a existência de uma ilegali-

dade em concurso público lançado

pela autarquia, esta procedeu à cor-

reção de tal procedimento, através de

publicitação imediata na plataforma

eletrónica por si utilizada.

Estava em causa a solicitação efetua-

da aos concorrentes de apresentação,

como documentos da proposta, da

lista de obras executadas da mesma

natureza da obra posta a concurso,

imposição que, em face do quadro

legal vigente, nos merece as maiores

reservas.

Na aludida exposição, a Associação

repudia esta exigência em sede de

concurso público, uma vez que o

Código dos Contratos Públicos aboliu

a fase de qualificação neste tipo de

procedimento. Assim, sempre que as

entidades adjudicantes pretendam

proceder a uma avaliação da capa-

cidade económica e financeira ou

técnica dos concorrentes, terão de

se socorrer do concurso limitado por

prévia qualificação ou do procedi-

mento por negociação.

Ora, no concurso público em causa,

a entidade adjudicante, não obstante

ter escolhido esta modalidade de

procedimento sem fase de qualifica-

ção (avaliação da capacidade técni-

ca), “pretendia” realizá-la de forma

indireta, ao exigir aos concorrentes a

apresentação de documentos desti-

nados a avaliar a capacidade técnica

das empresas, isto é, a sua experiên-

cia curricular através da lista de obras

executadas da mesma natureza da

obra posta a concurso, subvertendo

totalmente o regime consagrado no

Código.

Porém, certo é que, em face da in-

tervenção da AICCOPN, a Câmara

Municipal retificou o mencionado

concurso público, adequando-o às

exigências legais e permitindo, des-

ta forma, que um maior número de

empresas devidamente habilitadas à

realização da obra em questão pu-

dessem apresentar as suas propostas.

Intervenção da AICCOPN origina retificação de concurso público

Conjuntamente com outras Asso-

ciações representativas do Setor

da Construção e do Imobiliário, a

AICCOPN, em exposição dirigida

à Ministra da Agricultura, do Mar,

do Ambiente e do Ordenamento do

Território, alertou para a profunda

depressão que o mercado da habi-

tação está a viver, advertindo que a

situação será substancialmente agra-

vada com o fim do regime excecional

de extensão de alguns dos prazos de

validade das licenças, nomeadamen-

te os de requerimento e autorização

para realização de obras, requeri-

mento de alvará, suspensão e de exe-

cução de obra (art. 3º do Decreto-Lei

nº 26/2010, de 30 de março), afetan-

do diretamente o valor dos terrenos,

muitas vezes dados em garantia de

empréstimos bancários. Foi, pois,

neste contexto que a AICCOPN, a

AECOPS, a AICE, a APFIPP e a APPII,

solicitaram à tutela a publicação de

um novo regime de extensão dos

prazos de validade das referidas li-

cenças, porquanto o regime fixado

pelo aludido Decreto-Lei, limitou a

sua aplicação aos prazos em curso à

data da sua publicação ou iniciados

até 28 de junho de 2010.

Ora, quase dois anos volvidos e aten-

dendo à atual conjuntura económica

e financeira, as Associações signatá-

rias manifestaram ser indispensável

a instituição de um novo regime de

extensão, por elevação para o dobro

dos mencionados prazos, aplicável

às operações urbanísticas com prazos

em curso ou cuja contagem se inicie

durante o ano de 2012 e, pelo me-

nos, até um ano após a publicação

do novo diploma.

Na verdade, segundo as Associações

puderam expressar na exposição

dirigida à Ministra da Agricultura,

do Mar, do Ambiente e do Ordena-

mento do Território, a concretização

da medida em causa, para além de

não implicar qualquer custo ao nível

do erário público, será decisiva para

a atenuação dos efeitos da crise que

se vive no Setor da construção, per-

mitindo dessa forma obstar a futuras

insolvências e ao consequente de-

semprego que as mesmas necessaria-

mente envolvem.

AICCOPN reclama novo regime de extensão de prazos aplicáveis às operações urbanísticas

Page 24: Concreto 232

24 •

TOMADAS DE POSIÇÃO

Page 25: Concreto 232
Page 26: Concreto 232

26 •

FORMAÇÃO AICCOPN

“Reabilitação de Edifícios e Estruturas” - 2ª Edição

Dado o sucesso alcançado, em 2011,

com a realização do 1º curso de

especialização em “Reabilitação de

Edifícios e Estruturas”, e consideran-

do a crescente importância que a

reabilitação urbana, tem para o setor

da construção, a AICCOPN decidiu

promover em 2012 a realização da 2ª

edição deste curso de reabilitação.

Tal como na edição anterior, o curso,

dirigido especialmente aos técnicos

do setor, é composto por oito módu-

los que abrangem as principais áreas

de especialidade na reabilitação e

conservação de edifícios e estruturas

e decorre de 27 de abril a 20 de ju-

lho de 2012.

O primeiro módulo, dedicado ao

tema “Práticas de reabilitação na

arquitetura”, realizou-se no passado

dia 27 de abril e contou com a cola-

boração do Arqt.º Nuno Valentim, do-

cente na Faculdade de Arquitetura do

Porto, que abordou questões relacio-

nadas com as metodologias utilizadas

na intervenção no património arqui-

tetónico, e com as especificidades da

coordenação de um projeto de reabi-

litação, nas suas diferentes fases.

O segundo módulo, “Reabilitação

de fundações e mecânica de solos”,

decorreu no dia 11 de maio e teve

como formador o Prof. Doutor Antó-

nio Topa, Professor da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Por-

to. Neste módulo foram apresentadas

soluções construtivas para a reabili-

tação de fundações com a apresenta-

ção de exemplos práticos.

O terceiro módulo, realizou-se no dia

25 de maio e teve como tema “Prá-

ticas de reabilitação de estruturas de

betão armado e de alvenaria de pe-

dra”. Esta sessão teve a colaboração

conjunta do Prof. Doutor António

Arêde e do Prof. Doutor Nelson Vila-

-Pouca, ambos Professores da Facul-

dade de Engenharia da Universidade

do Porto, que apresentaram alguns

casos práticos de métodos e técnicas

de inspeção e de reabilitação de es-

truturas de betão armado e de cons-

truções tradicionais de alvenaria.

Módulo 1 - Prática de Reabilitação na Arquitetura Arq.º Nuno Valentim

Módulo 2 - Reabilitação de Fundações e Mecânica de Solos Doutor António Topa

Módulo 3 - Práticas de Reabilitação de Estruturas de Betão Armado e de Alvenaria de Pedra Prof. Doutor António Arede e Prof. Doutor Nelson Vila Pouca

Page 27: Concreto 232

27

FORMAÇÃO AICCOPN

O quarto módulo, dedicado ao tema

“Avaliação da segurança e do re-

Os restantes módulos deste curso de especialização, que

se realizam em julho de 2012, são subordinados aos se-

guintes temas:

7º - “Reabilitação acústica de edifícios”, a 13 de julho

de 2012

8º - “Reabilitação térmica de edifícios”, a 20 de julho

de 2012.

forço sísmico de edifícios de betão

armado”, realizou-se no passado dia

01 de junho e contou com a cola-

boração do Prof. Doutor Humberto

Varum, docente no Departamento de

Engenharia Civil da Universidade de

Aveiro, que abordou questões rela-

cionadas com o comportamento dos

edifícios sujeitos a sismos e soluções

para o reforço sísmico.

No dia 15 de junho, decorreu o quin-

to módulo, “Reabilitação de estrutu-

ras de madeira e teve como formador

o Prof. Doutor José Manuel Amorim

Faria, Professor Auxiliar da Faculdade

de Engenharia da Universidade do

Porto. Neste módulo foram apresen-

tados os princípios gerais da reabilita-

ção de estruturas em madeira, desig-

nadamente a inspeção e diagnóstico,

as principais anomalias e respetiva

perigosidade e, ainda, estudados e

debatidos casos reais.

O sexto módulo, realizou-se no dia

29 de junho e teve como tema “Re-

abilitação de revestimentos em arga-

massas e azulejos”. Esta sessão teve

a colaboração da Prof.ª Doutora Ana

Luísa Velosa, Professora Auxiliar no

Departamento de Engenharia Civil da

Universidade de Aveiro, que apresen-

tou alguns casos práticos de métodos

e técnicas de reabilitação de facha-

das azulejadas.

As sessões tiverem uma elevada

participação e terminaram com um

debate, onde os participantes tive-

ram oportunidade de expor variadas

questões subordinadas aos temas

abordados.

Módulo 4 - Avaliação da Segurança e do Reforço Sísmico de Edifíciosde Betão Armado Prof. Doutor Humberto Varum

Módulo 5 - Reabilitação de Estruturas de Madeira Prof. Doutor José Manuel Amorim Faria

Módulo 6 - Reabilitação de Revestimentos em Argamassas e Azulejos Prof.ª Doutora Ana Luísa Velosa

Page 28: Concreto 232

28 •

FORMAÇÃO AICCOPN

Com o objetivo de esclarecer os Senhores Associados sobre alguns dos aspetos mais relevantes do Có�digo dos Contratos Públicos (CCP), a AICCOPN promoveu, no passado dia 17 de abril, na sua Sede, no Porto, mais uma sessão t�cnica so� t�cnica so� so�bre o CCP, subordinada ao tema “A Importância do Planeamento como Instrumento de Gestão Contratual e de Execução de Obra no Código dos Contratos Públicos – Perspetiva Prática”. A sessão contou com a intervenção de t�cnicos dos Servi�ços Jurídicos e Laborais e de um consultor na área da engenharia e construção, com grande experiência no acompanhamento e execução

“O Código dos Contratos Públicos”

Isabel Rodrigues, AICCOPN e Rui Magalhães, Consultor

de empreitadas de obras públicas. Com um cariz eminentemente práti�co, a sessão centrou�se na análise dos aspetos t�cnicos e legais do incumprimento do contrato por facto imputável ao dono da obra, da con�signação da obra e da execução do

contrato, com enfoque no plano de trabalhos e nas regras para a sua elaboração. A sessão proporcionou aos participantes a oportunidade de apresentar e esclarecer muitas das dúvidas que a aplicação do CCP ainda suscita junto dos seus desti�natários.

Com o objetivo de esclarecer os seus

associados sobre os aspetos mais

relevantes para o preenchimento do

Mapa Integrado de Registo de Resí-

duos (MIRR), relativo a 2011, a AIC-

COPN realizou no passado dia 10 de

Sessão Técnica sobre “Resíduos da Construção e Demolição - Preenchimento do MIRR ”

abril, na sua Sede, uma sessão subor-

dinada ao tema “Resíduos da Cons-

trução e Demolição – Preenchimento

do MIRR”.Nesta sessão fez-se uma

abordagem relativa ao enquadramen-

to legal da obrigação da submissão

dos referidos mapas e uma análise

pormenorizada ao seu conteúdo.

Foram, igualmente, apresentados

exemplos práticos do preenchimento

dos formulários.

Page 29: Concreto 232

29

FORMAÇÃO AICCOPN

Oradores da PLMJ - Sociedade de Advogados

Procurando esclarecer os Senho-

res Associados sobre a matéria, a

AICCOPN realizou na sua sede, no

passado dia 15 de maio de 2012,

uma sessão de trabalho abordando a

temática do “Preenchimento do Re-

latório Único da Empresa”, referente

a 2011.Nesta iniciativa, os técnicos

dos Serviços Jurídicos e Laborais e

de Engenharia e Segurança da As-

sociação, expuseram em detalhe

a informação que as empresas são

obrigadas a enviar para o Gabinete

de Estratégia e Planeamento (GEP) do

Ministério do Trabalho sob a forma

do Relatório Único e, bem assim,

procederam à simulação, em tempo

real, da elaboração e envio de todos

“O Preenchimento do Relatório Único”

Renata Rodrigues e Vitor Laranjeira, AICCOPN

os Anexos do Relatório Único na

plataforma eletrónica do GEP.

Pelas suas especificidades, a matéria

em causa suscitou grande interesse

nos Associados presentes, que enri-

queceram a fase de debate, colocan-

do as mais variadas dúvidas sobre

o tema, que foram dissipadas pelos

técnicos da Associação.

“Requisitos de Participação e Qualificação /Gestão do Contrato de Empreitada de Obra Pública”

De forma a prestar às empresas as-

sociadas os esclarecimentos neces-

sários e fornecer o enquadramento

geral das principais soluções legais

que o Código dos Contratos Públicos

(CCP) consagra, a AICCOPN, em

colaboração com a Sociedade de

Advogados PLMJ, promoveu, no pas-

sado dia 9 de Março, na sua Sede,

uma sessão técnica subordinada aos

temas “Contratação Pública – Requi-

sitos de Participação e Qualificação”

e “Gestão do Contrato de Empreitada

de Obra Pública”. A primeira parte

da sessão centrou-se na análise dos

impedimentos previstos à contrata-

ção, dos requisitos de qualificação

(capacidade técnica e económica e

financeira) exigidos aos candidatos

e questões relativas aos certificados

e alvarás. Foram também abordados

alguns dos aspetos mais relevantes

da fase de execução de obra, desig-

nadamente os mecanismos de salva-

guarda do empreiteiro, como sejam

as garantias administrativas relativa-

mente a eventos que devam ser for-

malizados em auto e o reequilíbrio

financeiro do contrato. De salientar

o espírito interventivo de todos os

Associados presentes nesta sessão,

que enriqueceu o debate e permitiu

dissipar muitas das dúvidas que têm

surgido neste domínio.

Page 30: Concreto 232

30 •

FORMAÇÃO AICCOPN

Com o objetivo de esclarecer os seus

associados sobre o âmbito de aplica-

ção e cálculo da “Revisão de Preços”,

fixada no Decreto-Lei n.º 6/2004, de

6 de janeiro, a AICCOPN promoveu,

no dia 4 de maio, um workshop sobre

esta temática.

Neste workshop foram apresentados

exemplos práticos de aplicação da

Revisão de Preços, para um melhor

esclarecimento das dúvidas que se

podem levantar sobre esta matéria,

sendo, igualmente, abordados aspe-

tos importantes como as cláusulas

“Revisão de Preços”

contratuais de revisão, os métodos

de cálculo, os desvios de prazo, os

adiantamentos na revisão de preços

por fórmula, a caducidade, as fórmu-

las-tipo e os indicadores económicos.

“Regime Jurídico da Urbanização e Edificação - RJUE”

Procurando privilegiar uma aborda-

gem prática da temática, a AICCOPN

promoveu, no passado dia 3 de abril,

uma sessão técnica sobre os aspetos

mais pertinentes do Regime Jurídico

da Urbanização e Edificação.

Contando com a intervenção de téc-

nicos dos Serviços de Engenharia e

Segurança e dos Serviços Jurídicos e

Laborais, procedeu-se a uma análise

dos diferentes procedimentos de con-

trolo prévio (licença, comunicação

prévia e utilização dos edifícios e

suas frações), obras isentas de licença

e sem necessidade de controlo prévio

e, bem assim, das regras comuns aos

Cristina Cardoso, AICCOPN

diversos procedimentos e a sua arti-

culação com os deveres e obrigações

impostos aos técnicos intervenientes.

Nesta sessão foi

também aborda-

da a questão da

simplificação dos

procedimentos em

caso de reabilitação

urbana, de acordo

com as alterações

legislativas que se

perspetivam.

Page 31: Concreto 232

31

DIREITO

Os Critérios de liquidez geral e de

autonomia financeira exigidos num

Concurso Limitado com Prévia Qua-

lificação foram considerados despro-

porcionados pelo Tribunal Adminis-

trativoe Fiscal de Braga.

Constituindo uma decisão que aco-

lhe os argumentos que a AICCOPN

tem, há muito, vindo a defender e

uma vez que a mesma poderá au-

xiliar as empresas nossas Associada

que se vejam confrontadas com estas

situações, optamos por divulgar nesta

sede o teor de um Acórdão proferido

pelo Tribunal Administrativo e Fiscal

de Braga, no âmbito de um processo

de contencioso pré-contratual, inter-

posto por duas empresas de constru-

ção.

Tratando-se de um Concurso Limita-

do por Prévia Qualificação lançado

pelo Município de Guimarães, desti-

nado à construção do Centro Escolar

de Moreira de Cónegos e Centro

Escolar de Ronfe, cujo preço base era

de 2.850.000,00€ e de 3.620.000,00

€, respetivamente, verificava-se que

o Programa do Procedimento deter-

minava:

Que os candidatos individuais, ou o

chefe de consórcio (no caso de um

agrupamento) deveria demonstrar um

volume de negócios médio nos anos

de 2007, 2008 e 2009) superior a

10.000.000,00 € (dez milhões de eu-

ros) + IVA, com um volume de negó-

cios mínimo, para cada um daqueles

anos, superior a 7.500.000,00 € (sete

milhões e quinhentos mil euros) ;

No que concerne à capacidade fi-

nanceira exigia que os candidatos

tivessem os seguintes rácios financei-

ros, para se poderem qualificar:

Liquidez média geral (média dos

últimos três exercícios, 2007,

2008 e 2009) igual ou superior a

150%;

Autonomia financeira (média dos

últimos três exercícios, 2007,

2008 e 2009) igual ou superior

a 25%;

Solvabilidade (média dos últimos

três exercícios, 2007, 2008 e

2009) igual ou superior a 35%;

Abstraindo-nos de todas as demais

considerações tecidas pelo Tribunal,

reproduzimos alguns extratos do

Acórdão, os quais se nos afiguram,

suficientemente esclarecedores:

“Ora, se é verdade que a entidade

adjudicante pode - ou deve, nos

casos previstos no nº 4 do art. 165º

do Código dos Contratos Públicos -

elevar - em função das exigência de

execução do contrato a celebrar - os

requisitos de capacidade financeira,

não estando subordinada aos que

regem a permanência e acesso na

actividade, constitui convicção do

Tribunal que a exigência de uma au-

tonomia financeira de 25% - 5 vezes

superior relativamente ao valor exi-

gido pela Portaria nº 274/2011 - bem

No sentido de esclarecer as dúvidas

mais frequentes dos nossos Associa-

dos em matéria laboral, na rubrica

“Consultório Jurídico-Laboral”, pro-

curaremos dar resposta às questões

que entendam formular, através do

seguinte endereço de correio electró-

nico: [email protected]

Page 32: Concreto 232

32 •

DIREITO

como a exigência de uma liquidez

geral de 150% - um terço superior

ao fixado pelo referido diploma - se

revelam desproporcionais relativa-

mente à execução do contrato posto

a concurso.”

Por outro lado, acrescenta que:

“Com efeito, tendo presente que a

obra posta a concurso pode ser divi-

dida em lotes – tendo o primeiro o

valor base de 2.850.000,00 € e outro

no valor base de 3.620.000 €, e não

se demonstrando que os edifícios

a executar – escolas públicas - têm

alguma especificidade, especificida-

de essa que também não é conferida

pelo facto alegado pelo R. de o finan-

ciamento da obra provir, em grande

parte, de fundos comunitários - o que

sucede com muitas obras lançadas

a concurso em Portugal - não se vis-

lumbra qualquer especial característi-

ca da obra que justifique a exigência

dos aludidos requisitos mínimos de

capacidade financeira e liquidez,

violando a fixação dos mesmos os

princípios da proporcionalidade e da

adequação.

Refira-se ainda que, conforme per-

passa pela contestação, foi intenção

do R. evitar situações de incumpri-

mentos contratuais com os quais tem

sido, alegadamente confrontado nou-

tras empreitadas - cfr. item 160º da

aludida peça - circunstância que não

pode, contudo, servir de justificação

para subir, de forma desproporciona-

da os requisitos relativos à capacida-

de económica e financeira (autono-

mia financeira e liquidez geral).”

Posto isto, os Juízes decidiram:

“Termos em que, se julga procedente

o presente processo de contencioso

pré-contratual, declarando-se a inva-

lidade do programa de procedimento

no que diz respeito à fixação dos cri-

térios de liquidez geral e autonomia

financeira, relativos à capacidade

financeira, anulando-se o procedi-

mento concursal em causa.”

Page 33: Concreto 232
Page 34: Concreto 232

34 •

DIREITO

Na sequência da questão que reite-

radamente nos tem sido colocada

por diversas empresas Associadas e

que se prende com o facto de saber

se nos procedimentos contratuais

públicos será legítima a exclusão

de concorrentes com fundamento

na falta de assinatura manuscrita ou

autógrafa na declaração do anexo I

do Código dos Contratos Públicos

(CCP), a qual foi assinada com certifi-

cado digital qualificado com poderes

de representação, e no sentido de

melhor esclarecer a questão, a qual,

inexplicavelmente, tem sido alvo de

interpretações diversas por parte das

entidades adjudicantes, propomo-

-nos, nesta sede, transmitir ao leitor

qual o nosso entendimento sobre a

matéria.

Desde logo, cumpre-nos referir que,

tal como a assinatura tradicional (ma-

nuscrita ou autógrafa) é utilizada em

documentos em papel, as assinaturas

digitais são utilizadas para a identi-

ficação de autoria de documentos

eletrónicos com o mesmo significado

e grau de importância.

Com efeito, a assinatura digital tem o

valor legal conferido pela lei, nome-

adamente pelo Decreto-Lei n.º 290-

D/99, de 2 de agosto, republicado

pelo Decreto-Lei n.º 62/2003, de 3

de abril, e alterado pelos Decretos-

-Lei n.ºs 165/2004, de 6 de julho, e

116-A/2006, de 16 de junho.

Assim, “para assinar digitalmente

qualquer tipo de documento ele-

trónico a fim de comprovar inequi-

vocamente a autoria do mesmo, o

utilizador deverá possuir um certi-

ficado digital, único e pessoal, que

comprove indubitavelmente a sua

identidade no mundo eletrónico

e que tenha sido emitido por uma

entidade certificadora, devidamente

fiscalizada e credenciada nos termos

do Decreto-Lei nº 290-D/99, de 2 de

Agosto, garantia de confiança” (como

é o caso das assinaturas digitais qua-

lificadas emitidas pela “Digitalsign” e

pela “Multicert”).

“Atendendo ao regime legal aplicá-

vel, o valor jurídico da assinatura

eletrónica qualificada aposta num

documento eletrónico e, nos ter-

mos do artigo 7º do Decreto-Lei nº

290/99, é o da equiparação à assina-

tura autógrafa tradicional, criando a

presunção legal, de que estão reuni-

das as seguintes funções:

Função identificadora: a assinatura

identifica inequivocamente a autoria

do documento;

Função finalizadora: comprova o

assentimento do signatário às de-

clarações de vontade constantes do

documento;

Função de inalterabilidade: compro-

va que o documento não foi alterado

após a aposição da assinatura até à

sua recepção pelo destinatário.” (Ma-

nuel Lopes Rocha, Jorge Cruz Macara

e Filipe Viana Lousa, in A contratação

Pública Electrónica e o Guia do Có-

digo dos Contratos Públicos – Diário

Económico/ Semanário Económico/

Academia Vortal, pag.65).

Ora, tendo o Código dos Contratos

Públicos consagrado a desmateria-

lização total dos procedimentos pré

contratuais públicos (com exceção

do procedimento de ajuste direto, cf.

nº 1 do art. 62º e alínea g) do nº 1 do

art. 115º) e consequente utilização

de meios eletrónicos na formação

dos contratos, após o término do pe-

ríodo transitório legalmente fixado,

abandonou-se, definitivamente, a via

tradicional de contratação, o papel.

Assim, os documentos que consti-

tuem a proposta são apresentados na

plataforma eletrónica utilizada pela

entidade adjudicante, sendo que os

termos a que deve obedecer a res-

petiva apresentação e receção são

definidos em diploma próprio, isto é,

no Decreto-Lei nº 143-A/2008, de 25

de julho.

Determina o artigo 11º do já citado

Decreto-Lei nº 143-A/2008, que “ as

propostas, candidaturas e soluções

devem ser autenticadas através de

assinaturas electrónicas cujo nível

de segurança exigido, salvo razão

justificada, deve corresponder ao

nível mais elevado que, em termos

tecnológicos, se encontre generali-

zadamente disponível à data da sua

imposição.” Acrescentando-se ainda,

no seu nº 2, que “o nível de seguran-

ça exigido corresponde àquele que

se encontra definido na portaria a

Assinatura da Declaração do Anexo I do Código dos Contratos Públicos - CCP

Page 35: Concreto 232

35

DIREITO

que se referem os nºs 2 e 3 do artigo

4º (Diploma Preambular) do Decre-

to-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro”,

ou seja, a Portaria nº 701-G/2008, a

qual impõe a utilização de certifica-

dos de assinatura eletrónica qualifi-

cada (nº 1 do art. 27º), que constitui

uma modalidade de assinatura ele-

trónica avançada, que satisfaz todas

as exigências de segurança baseada

num certificado e qualificada através

de um dispositivo seguro de criação

de assinatura e emitidos por entida-

des certificadoras.

Desta forma, conforme resulta ex-

pressamente do mencionado artigo

27º da Portaria nº 701-G/2008, de

29 de julho, todos os documentos

carregados na plataforma eletrónica

deverão ser assinados eletronicamen-

te mediante a utilização de tais certi-

ficados. É que os certificados digitais

qualificados são a única opção legal,

sempre que exista a necessidade de

assinar com valor probatório docu-

mentos eletrónicos, permitindo em

alguns casos autenticar a qualidade

em que assina um determinado do-

cumento, seja a de membro de uma

organização tais como presidente,

gerente, diretor, etc, representante da

organização, ou como profissional:

advogado, médico, economista, etc.

Em face do exposto, afigura-se-nos

ilegítima e desprovida de qualquer

suporte, quer legal, quer lógico, a

exclusão de um concorrente com

fundamento na falta de assinatura

manuscrita na declaração prevista na

alínea a) do nº 1 do artigo 57º, a qual

foi assinada com certificado digital

qualificado com poderes de repre-

sentação.

Na verdade, de acordo com o quadro

legal, a assinatura digital tem o mes-

mo valor jurídico que a assinatura

manuscrita, substituindo-a na utiliza-

ção de documentos eletrónicos, pelo

que não encontramos fundamento

lógico para o entendimento de que

um mesmo documento deva conter

duas assinaturas, extrapolando-se

de forma incoerente a previsão do

preceito legal (nº 4 do art. 57º) que

apenas exige, evidentemente, que o

documento seja assinado.

Trata-se de uma duplicação absurda

que nada acrescenta em termos de

garantia de segurança e fiabilidade,

não colhendo, na nossa perspetiva,

o argumento de que “a assinatura

eletrónica é geralmente utilizada

pelos operadores da empresa que

têm por função a colocação das pro-

postas na plataforma, os quais não

têm necessariamente, poderes para

representar os concorrentes”, uma

vez que o certificado digital qualifi-

cado com poderes de representação

e tal como o próprio nome indica,

relaciona diretamente o assinante

com o poder da assinatura ou repre-

sentação e quando tal não acontece,

isto é, nos casos em que o certificado

digital não possa relacionar direta-

mente o assinante com a sua função

e poder de assinatura, como é o caso

da assinatura digital do cartão de

cidadão, deve a entidade interessada

submeter à plataforma um docu-

mento oficial indicando o poder de

representação e assinatura do assi-

nante (cf. nº 3, do art. 27º da Portaria

nº 701-G/2008), salvaguardando-se

inquestionavelmente, desta forma, os

poderes legais de representação do

assinante.

Nesta conformidade, entendemos

que a exclusão de tais empresas

constitui uma grave ilegalidade, colo-

cando em causa de forma irreparável

a concorrência, porquanto se veda o

acesso a empresas legalmente habili-

tadas para a realização das obras em

causa, por aplicação, sem qualquer

justificação, de regras sem qualquer

fundamento lógico, estranhas às re-

gras do mercado e da concorrência.

A este propósito e perfilhando cabal-

mente o nosso entendimento, pode

ler-se, designadamente, o Acórdão

de 25/11/2011, do Tribunal Central

Administrativo do Norte, 02389/10.4

BELSB, 1ª Secção – Contencioso Ad-

ministrativo, TAF de Penafiel, entre

outros.

Face ao exposto e em nome da cer-

teza e segurança na aplicação da

lei, consideramos essencial que esta

questão seja devidamente entendida

por todas as entidades adjudicantes,

tendo sido já formalmente denuncia-

da pela nossa Associação ao Tribunal

de Contas, para que sejam tomadas

as medidas adequadas no sentido

da moralização dos procedimentos

contratuais públicos e da salvaguar-

da dos princípios da transparência,

igualdade e concorrência.

Isabel Rodrigues

Page 36: Concreto 232

36 •

ECONOMIA

Média dos Prazos de recebi-mento aumenta para 7,9 meses (238 dias)

Montante Total das dívidas em atraso da Administração Local às empresas de construção e imobiliário ascende aos 930 milhões de euros

Síntese dos Principais Resultados

De acordo com os dados apurados

no Inquérito, a média dos prazos

de recebimento declarados pelas

empresas do sector da Construção e

Imobiliário, relativamente às facturas

emitidas a Autarquias e empresas

municipais, fixou-se em cerca de 7,9

meses, ou seja 238 dias. Este prazo

corresponde ao registo mais elevado

verificado nos últimos 3 anos, sendo

apenas superado em 5 dias pelo má-

ximo histórico deste inquérito, obtido

no segundo semestre de 2008.

Desta forma, e tendo em conta os re-

sultados obtidos, verifica-se que, em

média, as Autarquias ultrapassam em

178 dias o prazo máximo legalmente

Inquérito Semestral aos Prazos de Recebimento Declarados pelas Empresas de Construção e do Imobiliário

estabelecido para o pagamento das

obras públicas, que é de 60 dias.

Considerando a totalidade da Admi-

nistração Local, que inclui os 308

Municípios e restantes entidades,

como empresas municipais, estima-

-se que o valor total das dívidas em

atraso ao sector da Construção e

Imobiliário atinge os 930 milhões de

euros.

Resultados do Inquérito por Autar-

quia

As empresas que operam no mercado

das obras públicas indicaram prazos

de recebimento de facturas referentes

a 163 Autarquias (53% do total), o

que permite a divulgação, em termos

individualizados e de acordo com a

metodologia estabelecida, da média

dos prazos de recebimento de 106

Autarquias (34% do total).

Neste inquérito e em comparação

com o inquérito anterior, verifica-se

a entrada de 28 Autarquias para o

ranking e a saída de 71. Das 78 para

as quais se mantém a divulgação do

prazo, 47 mantiveram, 17 diminuí-

ram e 10 subiram para um escalão de

prazo superior.

Page 37: Concreto 232

37

ECONOMIA

De acordo com o presente inquéri-

to, cerca de 53,8% das Autarquias

cumpre os compromissos financeiros

assumidos, num prazo inferior a três

meses. Por outro lado, verifica-se que

31,1% das Autarquias liquida as suas

dívidas num prazo superior a 6 me-

ses. De salientar ainda que 12,3% do

total das Autarquias liquida, em mé-

dia, as suas dívidas às empresas de

construção e imobiliário num prazo

superior a um ano.

Tendo em conta que o setor enfrenta

a mais profunda e prolongada crise

de que há registo e que, por outro

lado, as empresas também não en-

contram na banca soluções que lhes

permitam gerir a sua situação finan-

ceira, dadas as atuais dificuldades no

acesso ao financiamento, os atrasos

nos pagamentos do Estado assumem,

atualmente, uma dimensão crítica.

O Estado não só se tem revelado

incapaz no cumprimento do pouco

ambicioso objetivo de não agrava-

mento do stock de dívidas a forne-

cedores previsto no Memorando de

Entendimento assinado com a Troika

como, recentemente, optou por pri-

vilegiar o pagamento das dívidas em

atraso do setor da saúde, discrimi-

nando os restantes fornecedores e,

em especial, o setor da construção,

que, pelo exposto, é um dos mais

afetados.

Verifica-se ainda que, para além do

reiterado incumprimento dos prazos

legalmente estabelecidos, também

não está a ser respeitada a obrigação

de pagamento automático dos juros

de mora por parte das entidades pú-

blicas e estabelecida na Lei 3/2010.

Inquiridas acerca desta matéria, 79%

das empresas referem não ter recebi-

do os juros de mora devidos e 21%

declaram ter recebido, mas apenas

após interpelação do devedor.

Nota Metodológica:

O Inquérito Semestral aos Prazos de Recebi-

mento Declarados pelas Empresas de Obras

Públicas é uma iniciativa que visa acompa-

nhar numa cadência semestral os prazos de

recebimento por parte das empresas do sector

da construção e imobiliário sendo, para tal,

inquiridos de forma sistemática as empresas

filiadas na AICCOPN. Os dados obtidos para

cada autarquia também englobam os pra-

zos de recebimento das empresas de capital

maioritariamente municipal. O resultado

apurado coincide com a média simples dos

prazos declarados, em número de meses, pelas

empresas.A amostra obtida, em cada período,

é sujeita a três tipos de validação: número

de respostas, desvio padrão e congruência

temporal da resposta. A totalidade das respos-

tas válidas é contabilizada para o cálculo da

média nacional. O apuramento do prazo mé-

dio por Autarquia implica a obtenção de um

conjunto significativo de respostas validadas

e, complementarmente, a congruência com a

informação disponível nos sites da Inspecção

Geral de Finanças e das entidades públicas

sobre as dívidas a fornecedores, em particular

a publicitação obrigatória nos termos do nº 7

do artigo nº 183º da Lei nº 55-A/2010, de 30

de Dezembro. Salienta-se que, o facto de uma

determinada autarquia não constar nem na

lista de bons pagadores nem na lista de maus

pagadores apenas revela que a AICCOPN não

conseguiu estimar, salvaguardando as regras

de segredo estatístico, o referido prazo médio

de pagamento. Assim, a definição da lista de

autarquias objecto de difusão não depende de

uma decisão política desta Associação, mas

sim da própria distribuição geográfica das

respostas obtidas no inquérito em apreço.

Ressalve-se que, os prazos de recebimento

referidos não contemplam as facturas que este-

jam em processo de contencioso. O prazo de

recebimento conta-se a partir da data de emis-

são das facturas até à data de liquidação ou de

resposta ao inquérito (nos casos em que ainda

não foi liquidada), só sendo consideradas

válidas as respostas referentes a facturas por

liquidar e as referentes a facturas que tenham

sido pagas nos últimos 6 meses.

Page 38: Concreto 232

38 •

ECONOMIA

Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso - Pagamentos do Estado só com número de ordem de compromisso

Enquadramento

O controlo da execução orçamental

e, em particular, da despesa pública

é um elemento crítico para garantir o

cumprimento das metas orçamentais

do Programa de Assistência Econó-

mica e Financeira (PAEF), celebrado

com a União Europeia (UE), o Fundo

Monetário Internacional (FMI) e o

Banco Central Europeu (BCE). Neste

âmbito, o controlo dos pagamentos

em atraso assume uma relevância

particular, sendo a não acumulação

de dívidas vencidas um critério quan-

titativo permanente de avaliação do

PAEF.

Atualmente, o enfoque do controlo

da despesa é colocado nos pagamen-

tos, no entanto, opera-se agora uma

mudança de procedimentos que esta-

belece que este seja antecipado para

o momento da assunção do compro-

misso, momento a partir do qual a

despesa é incorrida.

Neste sentido, foi publicada a Lei

nº 8/2012, de 21 de Fevereiro (Lei

dos Compromissos e Pagamentos

em Atraso), que aprovou as regras

aplicáveis à assunção de compromis-

sos e aos pagamentos em atraso das

entidades públicas, e que entrou em

vigor no dia 22 de fevereiro.

Desta forma, trata-se de um diploma

que cria novas exigências para a for-

malização do fornecimento de bens e

serviços ao Estado, respetiva validade

e legitimidade de reclamação dos

pagamentos às entidades públicas

envolvidas, pelo que se reveste da

maior relevância para as empresas

de construção, uma vez que pode

condicionar o recebimento dos pa-

gamentos que lhe são devidos pelo

Estado na sequência dos contratos de

empreitada que celebram.

De entre as principais novidades da

referida Lei, destacam-se as seguin-

tes:

Âmbito de Aplicação

A presente lei aplica-se às seguintes

entidades:

- As entidades da Administração Cen-

tral (serviços integrados e serviços e

fundos autónomos, os quais incluem

as entidades públicas reclassificadas

(EPR)) e Segurança Social.

- As entidades do Serviço Nacional

de Saúde, incluindo os hospitais EPE;

- Com as devidas adaptações, a todas

as entidades da Administração Regio-

nal e Administração Local, incluindo

as respetivas entidades públicas re-

classificadas (EPR) (cf. art. 2º).

Definição de “Compromissos” e “Pa-

gamentos em Atraso”

Para efeitos da aplicação do diploma,

entende-se por:

- compromissos “são as obrigações

de efetuar pagamentos a terceiros em

contrapartida do fornecimento de

bens e serviços ou da satisfação de

outras condições. Os compromissos

consideram-se assumidos quando

é executada uma ação formal pela

entidade, como sejam a emissão de

ordem de compra, nota de encomen-

da ou documento equivalente, ou a

assinatura de um contrato, acordo ou

protocolo, podendo também ter ca-

Page 39: Concreto 232

39

ECONOMIA

ráter permanente e estar associados

a pagamentos durante um período

indeterminado de tempo, nomeada-

mente salários, rendas, eletricidade

ou pagamentos de prestações diver-

sas” (cf. alínea a) do art. 3º);

- pagamentos em atraso “as contas a

pagar que permaneçam nessa situa-

ção mais de 90 dias posteriormente

à data de vencimento acordada ou

especificada na fatura, contrato, ou

documentos equivalentes” (cf. alínea

e) do art. 3º).

Assunção de Compromissos

As entidades abrangidas pelo novo

diploma têm obrigatoriamente de

dispor de sistemas informáticos que

registam os fundos disponíveis, os

compromissos, os passivos, as contas

a pagar e os pagamentos em atraso,

especificados pelas respetiva data de

vencimento (cf. nº 2 do art. 5º).

Os sistemas de contabilidade de

suporte à execução do orçamento

emitem um número de compromisso

válido e sequencial que é refletido na

ordem de compra, nota de encomen-

da ou documento equivalente, e sem

o qual o contrato ou a obrigação sub-

jacente em causa são nulos. Porém,

esta nulidade poderá ser afastada por

decisão judicial ou arbitral quando,

ponderados os interesses públicos e

privados em presença e a gravidade

da ofensa geradora do vício do ato

procedimental em causa, a anulação

do contrato ou da obrigação se reve-

le desproporcionada ou contrária à

boa fé (cf. nºs 3 e 4 do art. 5º).

Pagamentos

- Os pagamentos só podem ser re-

alizados quando os compromissos

foram assumidos em conformidade

com as regras e procedimentos ago-

ra previstos, em cumprimento dos

demais requisitos legais de execu-

ção de despesa e após fornecimento

de bens e serviços ou da satisfação

de outras condições (cf. nº 1, do art.

9º);

- As empresas que forneçam bens

ou prestem serviços sem que o do-

cumento de compromisso, ordem

de compra, nota de encomenda ou

documento equivalente, designada-

mente o contrato, contenha a clara

identificação do emitente e o cor-

respondente número de compromis-

so válido e sequencial não poderão

reclamar das entidades públicas

envolvidas o respetivo pagamento

ou quaisquer direitos ao ressarci-

mento, sob qualquer forma (cf. nº 2

do art. 9º).

Assim, só será possível efectuar os

pagamentos se os compromissos

forem assumidos em conformidade

com a presente Lei e os agentes

económicos estejam na posse de

documento com o número de com-

promisso.

Refira-se, ainda, que os responsá-

veis pela assunção de compromis-

sos em desconformidade com as

regras e procedimentos previstos no

diploma em apreço respondem pesso-

al e solidariamente perante os agentes

económicos quanto aos danos por

estes incorridos (cf. nº 3 do art. 9º).

Declarações e Plano de Pagamentos

Prevêem-se regras e estabelecem-

-se prazos para que os dirigentes das

entidades abrangidas pelo diploma

em referência declarem que todos os

compromissos plurianuais existentes

a 31 de dezembro do ano anterior se

encontram devidamente registados e

identifiquem todos os pagamentos e

recebimentos em atraso existentes a 31

de dezembro do ano anterior (cf. art.

15º). As entidades com pagamentos

em atraso a 31 de dezembro de 2011

têm ainda de apresentar um plano

anual de liquidação de pagamentos

até ao próximo dia 22 de maio (cf. art.

16º).

Para implementar em pleno esta legis-

lação será necessário que seja publica-

da a regulamentação que concretize e

densifique os procedimentos necessá-

rios à sua aplicação, o que, até à data

da elaboração do presente artigo ainda

não aconteceu, pelo que se recomen-

da às empresas de construção a con-

sulta do site da Associação, por forma

a obter informação atualizada sobre a

questão.

João Afonso

Page 40: Concreto 232

40 •

ECONOMIA

Programas Informáticos de Faturação Certificados - Questões Práticas

Quais as principais mudanças opera-

das relativamente a sujeitos passivos

que estão obrigados a emitir faturas

ou documentos equivalentes?

De acordo com o artigo 2.º da Por-

taria n.º 363/2010, de 23 de junho,

com a redação dada pela Portaria n.º

22-A/2012, de 24 de janeiro, todos

os sujeitos passivos de IRS ou IRC,

com as exceções constantes do n.º

2 do artigo 2.º passam a estar obri-

gados a utilizar, exclusivamente, um

programa de faturação certificado.

Deixa, portanto, de ser possível, após

1 de abril de 2012, o uso de máquina

registadora ou a faturação manual

emitida em documentos impressos

por tipografias autorizadas, passando

a sistema universal de faturação, a

utilização de programa certificado.

Isto é, com esta nova portaria, a

lei passou a impor a utilização de

programa certificado como forma,

exclusiva, de emissão de faturas ou

documentos equivalentes e talões de

venda.

Esta obrigatoriedade de utilização de

programa certificado vigora a partir

de 1 de abril de 2012 para sujeitos

passivos com volume de negócios

superior a € 125 000 e a partir de 1

de janeiro, para os sujeitos passivos

com volume de negócios superior a €

100 000.

Os sujeitos passivos que utilizem pro-

gramas multiempresa ou que optem

pela utilização de programa informá-

tico de faturação estão, em qualquer

caso, obrigados a utilizar programa

certificado, exceto se, diretamente ou

através de empresa do mesmo grupo

económico, forem titulares dos direi-

tos de autor do programa utilizado.

Quais são os sujeitos passivos que

não estão obrigados a utilizar pro-

grama certificado?

De acordo com o disposto no nº 2 do

artigo 2º da Portaria nº 363/2010, de

23 de junho, excluem-se da obriga-

toriedade de utilização de programas

de faturação certificados, os sujeitos

passivos que reúnam algum dos se-

guintes requisitos:

a) Utilizem software produ-

zido internamente ou por

empresa integrada no mesmo

grupo económico, do qual

sejam detentores dos respeti-

vos direitos de autor;

b) Tenham tido, no período

de tributação anterior, um

volume de negócios inferior a

€100.000,00, sendo que, este

limite é de € 125.000,00 até

ao final do ano de 2012;;

c) Tenham emitido, no perío-

do de tributação anterior, um

número de faturas, documen-

tos equivalentes ou talões de

venda inferior a 1000 unida-

des;

d) Efetuem transmissões de

Page 41: Concreto 232

41

ECONOMIA

bens através de aparelhos de

distribuição automática ou

prestações de serviços em

que seja habitual a emissão

de talão, bilhete de ingresso

ou de transporte, senha ou

outro documento pré-impres-

so e ao portador comprovati-

vo do pagamento

Bastará que apenas uma destas con-

dições se verifique para que o utiliza-

dor esteja dispensado

Caso uma empresa fature apenas

a entidades que não sejam clientes

finais, isto é entidades que exerçam

atividades de produção, comércio ou

de prestação de serviços, está exclu-

ída dessa obrigatoriedade indepen-

dente do valor volume de negócios?

Não, essa exclusão que constava da

versão inicial da alínea b) do n.º 2

do artigo 2º da Portaria 363/2010, de

23 de junho, foi revogada pela Porta-

ria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro,

pelo que atualmente nessas situações

existe igualmente a obrigatoriedade

de utilizar Programa de Faturação

Certificado.

Posso continuar a usar faturas ou do-

cumentos equivalentes manuais (im-

pressos em tipografias autorizadas)?

Se não está obrigado a utilizar pro-

grama certificado pode continuar a

usar faturas ou documentos equiva-

lentes manuais (impressos em tipo-

grafias autorizadas).

Porém, os sujeitos passivos que não

reúnam nenhum dos requisitos de

exclusão, só podem emitir faturas ou

documentos equivalentes impressos

em tipografias autorizadas em caso

de inoperacionalidade do progra-

ma de faturação (situações em que

o acesso ao programa de mostre

inviável), devendo ser integrados

no programa imediatamente após a

cessação da sua inoperacionalidade,

utilizando uma numeração sequen-

cial própria e uma série específica,

anual ou plurianual, por tipo de do-

cumento.

Caso uma empresa tenha faturado,

por exemplo, 500.000,00€, e tenha

emitido um número de documentos

de venda inferior a 1000 unidades,

está excluída da obrigatoriedade de

ter software certificado?

Sim, nesse caso está excluída da

obrigatoriedade de utilizar Programa

de Faturação Certificado, porque

basta reunir uma das condições de

exclusão do n.º 2 do artigo 2º da Por-

taria 363/2010, de 23 de junho, para

que fique dispensado.

Uma empresa tem duas atividades

distintas, correspondentes a diferen-

tes CAEs, em que numa das ativida-

des o volume de negócios é superior

a €125.000,00 e emite mais de 1000

faturas por ano, enquanto que na

outra não chega aos €100.000,00. A

primeira atividade precisa de softwa-

re certificado, e a segunda não?

A obrigatoriedade de utilização de

software certificado aplica-se aos

sujeitos passivos e não às atividades.

Assim, o volume de negócios, bem

como o número de faturas emitidas

a considerar para efeitos de possível

exclusão é o da entidade.

A exigência de programa de fatura-

ção certificado aplica-se a todas as

atividades exercidas, independente-

mente do seu local de prestação, po-

dendo utilizar programas diferentes,

desde que sejam todos certificados.

Tenho um programa certificado,

quais as situações em que posso uti-

lizar faturas emitidas manualmente

em documentos impressos por tipo-

grafias autorizadas?

As faturas ou documentos equivalen-

tes só podem ser emitidas de forma

manual em caso de inoperaciona-

lidade do programa (nos termos do

artigo 8.º da Portaria 363/2010). Po-

dem também ser considerados casos

de inoperacionalidade do programa,

as situações em que o acesso ao pro-

grama se mostre inviável.

Os documentos assim emitidos de-

vem ser integrados no programa ime-

diatamente após a cessação da sua

inoperacionalidade, utilizando uma

numeração sequencial própria e uma

série específica, anual ou plurianual,

por tipo de documento.

Se já tiver um programa certificado

será necessário adquirir um novo

programa, em consequência das al-

terações introduzidas na Portaria n.º

363/2010, de 23 de junho?

Para além da obrigatoriedade de uti-

lização de programas certificados,

foram ainda introduzidas alterações

de ordem técnica, que se encontram

referidas no ofício circulado n.º 50

000/2012, pelo que os produtores de

software podem ter de atualizar os

seus programas. De um modo geral,

a introdução de tais alterações cons-

titui uma obrigação dos produtores

de software nos termos do contrato

de utilização/manutenção.

Quais os documentos que devem ser

assinados com a chave privada do

produtor do programa?

Nos termos dos artigos 6º e 7º. da

Page 42: Concreto 232

42 •

ECONOMIA

Portaria 363/2010, de 23 de junho,

são assinados os seguintes documen-

tos:

· As faturas ou documentos

equivalentes e os talões de

venda;

· As guias de transporte, guias

de remessa e quaisquer ou-

tros documentos que sirvam

de documento de transporte,

nos termos do Decreto-Lei

n.º 147/2003, de 11 de ju-

lho.

· Quaisquer outros documen-

tos, independentemente da

sua designação, suscetíveis

de apresentação ao cliente

para conferência de entrega

de mercadorias ou da pres-

tação de serviços, nomeada-

mente as designadas consul-

tas de mesa.

Os documentos do tipo faturas pro

forma ou orçamentos devem ser as-

sinados?

Não. No entanto, as faturas “pro for-

ma”, orçamentos, bem como quais-

quer outros documentos com eficácia

externa eventualmente emitidos

por um programa de faturação, não

sujeitos a assinatura, devem conter

de forma evidente a sua natureza e,

conter a expressão “Este documento

não serve de fatura”, competindo ao

produtor de software criar condições

que não permitam tais alterações de

layouts, de modo a impedir qualquer

confusão com uma fatura.

Um sujeito passivo utiliza um pro-

grama informático de faturação não

certificado. Poderá continuar essa

utilização até quando?

Poderá fazê-lo, enquanto reunir os

requisitos de exclusão anteriormente

mencionados, nomeadamente os

relativos ao volume de negócios e

número de documentos emitidos.

Se um contribuinte tiver um progra-

ma de faturação desenvolvido pela

própria empresa, ou por empresa

integrada no grupo económico a que

pertence e do qual dispõe do respeti-

vo código-fonte, precisa de certificar

o programa?

Não. Só precisará de ser certificado

se for utilizado por sujeitos passivos

não pertencentes ao grupo económi-

co, como no caso dos franchisados,

da autofaturação ou da utilização no

modo multiempresa, em empresas

fora do grupo.

Para o efeito considera-se grupo eco-

nómico a empresa mãe e subsidiárias

que ficam abrangidas pelo dispos-

to no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º

158/2009, de 13 de julho.

O programa deve possuir a funciona-

lidade de gerar ele próprio, o ficheiro

XML de SAF-T (PT) (de acordo com

o estabelecido na atual redação da

Portaria n.º 1192/2009, de 08 de ou-

tubro) e cumprir os requisitos enun-

ciados no atual artigo 5.º do Decreto-

-Lei n.º198/90, de 19 de junho.

Quais são as sanções previstas para

a não utilização de software certifi-

cado?

A aquisição ou utilização de progra-

mas ou equipamentos informáticos

de faturação, que não estejam certi-

ficados nos termos do n.º 9 do artigo

123.º do Código do IRC, é punida

com coima variável entre 375,00€ e

18.750,00€. Estas sanções são eleva-

das para o dobro, quando aplicadas a

pessoas coletivas, nos termos do n.º 4

do Artigo 26.º do RGIT.

Existem benefícios fiscais previstos

para aquisição ou substituição de

programas de faturação?

Sim, a Lei n.º 64-B/2011, de 30/12,

que aprova o Orçamento do Estado

para 2012, prevê incentivos para o

efeito, nomeadamente:

· As desvalorizações excecio-

nais decorrentes do abate,

no período de tributação de

2012, de programas e equi-

pamentos informáticos de

faturação que sejam substi-

tuídos em consequência da

exigência, de certificação do

software, nos termos do arti-

go 123.º do Código do IRC,

são consideradas perdas por

imparidade, ficando o sujeito

passivo dispensado de obter

a aceitação, por parte da

Direção-Geral dos Impostos,

prevista no n.º 2 do artigo

38.º do Código do IRC.

· As despesas com a aquisição

de programas e equipamen-

tos informáticos de faturação

certificados, adquiridos no

ano de 2012, podem ser

consideradas como gasto fis-

cal no período de tributação

em que sejam suportadas”.

Um sujeito passivo tem um progra-

ma certificado. Tem de adquirir ou-

tro a partir de abril?

Não. Todavia, com a nova redação

dada à Portaria n.º 363/2010, de 23

de junho, foram introduzidas algu-

mas regras técnicas a observar pelos

programas de faturação, incluindo os

já certificados, que devem ser feitas

pela empresa produtora de software.

Um sujeito passivo de IRS tem ren-

Page 43: Concreto 232

43

ENGENHARIA

dimentos da categoria B do IRS, tem

contabilidade organizada e emite

recibo de modelo oficial. Terá de

passar a utilizar um programa de

faturação certificado?

Os titulares de rendimentos da cate-

goria B são obrigados a passar reci-

bo, em modelo oficial, ou, em alter-

nativa, a emitir fatura ou documento

equivalente e a emitir documento de

quitação das importâncias recebidas.

Por outro lado, os sujeitos passivos de

IRS, com contabilidade organizada,

por força do disposto no artigo 117.º

do Código do IRS, são obrigados a

observar as disposições do artigo

123.º do Código do IRC.

No âmbito destas obrigações conta-

bilísticas encontra-se a obrigação de

utilização de programas de faturação

certificados.

Tal significa que, desde que os su-

jeitos passivos de IRS tenham con-

tabilidade organizada, emitam mais

de 1000 documentos e tenham um

volume de negócios superior a €

125.000, estão obrigados a utilizar

programa certificado a partir de 1 de

abril, não podendo utilizar os recibos

de modelo oficial.

Emiti faturas impressas em tipografia

autorizada devido quer à inoperacio-

nalidade do programa, quer à invia-

bilidade da sua utilização. Essas fatu-

ras deverão conter alguma menção

de que não são válidas como faturas

porque irão, à posteriori, ser recupe-

radas para o sistema de faturação?

Não é necessária qualquer men-

ção porque essas faturas manuais

consideram-se emitidas em forma

legal. A sua recuperação obrigatória,

à posteriori, para o sistema de fatu-

ração é apenas por uma questão de

integração na mesma base de dados

de toda a faturação emitida, não sen-

do necessário imprimi-las e enviá-las

aos clientes.

Nota: artigo retirado das FAQ’s

da portaria de certificação de sof-

tware na ótica do utilizador ela-

borado pela Autoridade Tributária.

As quotizações liquidadas à

AICCOPN usufruem de algum

benefício fiscal em sede de IRC?

Sim, uma vez que se encontram

enquadradas no disposto no artigo

44.º do Código do IRC. Desta for-

ma, é considerado gasto do pe-

ríodo de tributação, para efeitos da

determinação do lucro tributável, o

No sentido de esclarecer as dúvidas

mais frequentes dos nossos Asso-

ciados em matéria fiscal, na rubrica

“Consultório Fiscal”, procuraremos

dar resposta às questões que enten-

dam formular, através do seguinte

endereço de correio electrónico:

[email protected].

valor correspondente a 150% das

quotizações pagas pelos associa-

dos a favor das associações empre-

sariais, valor que está sujeito a um

limite correspondente a 2‰ do vo-

lume de negócios respetivo.

Page 44: Concreto 232

44 •

ENGENHARIA

Revisão de Preços - “Alguns Aspetos Legais”

O regime de revisão de preços das

empreitadas de obras públicas, das

empreitadas de obras particulares e

dos contratos de aquisição de ser-

viços, das obras postas a concurso

a partir de 1 de fevereiro de 2004,

encontra-se estabelecido no Decreto-

-Lei n.º 6/2004, de 6 de janeiro.

Este diploma revogou o Decreto-Lei

n.º 348-A/86, de 16 de outubro - re-

visão de preços de empreitadas e

fornecimentos de obras públicas e

o Decreto-Lei n.º 474/77, de 12 de

novembro - revisão de preços em

empreitadas e subempreitadas de

obras particulares e fornecimentos de

equipamentos.

No âmbito de aplicação deste diplo-

ma, nas empreitadas de obras públi-

cas a revisão de preços é obrigatória,

devendo ser elaborada em observân-

cia com o referido diploma legal e

as cláusulas específicas insertas nos

contratos, enquanto que nos contra-

tos de empreitadas de obras particu-

lares e nos de aquisição de bens e

serviços o direito à revisão deve ser

estipulado nos respetivos contratos,

regendo-se pelo referido Decreto-Lei

n.º 6/2004 em tudo o que no contra-

to não for estipulado.

No que respeita às empreitadas de

obras públicas estão previstas, neste

regime, cláusulas específicas de revi-

são, designadamente: a possibilidade

dos concorrentes proporem, em alter-

nativa às cláusulas de revisão de pre-

ços do caderno de encargos, outras,

devidamente justificadas; de propo-

rem a fórmula de revisão de preços,

no caso de omissão no caderno de

encargos e, ainda, de proporem para

materiais significativos e para os

quais não existam indicadores eco-

nómicos preços garantidos.

Existem três métodos para o cálculo

da revisão de preços, “Fórmula”,

“Garantia de Custos” e “Fórmula e

Garantia de Custos”, sendo o mais

usual o método de cálculo por fór-

mula.

Neste método, a revisão de preços

é calculada através da adaptação da

fórmula geral - Ct = a*St/So + b*Mt/

Mo +b`Mt`/Mo + … + c*Et/Eo +

d - à estrutura de custos e à natureza

e volume de trabalhos, estando con-

templados os pesos relativos à mão-

-de-obra, aos materiais mais signifi-

Page 45: Concreto 232

45

ENGENHARIA

cativos (que representem pelo menos

1% do valor total do contrato), aos

equipamentos de apoio e à “parte

não revisível da adjudicação”, cujo

peso é obrigatoriamente de 10%. No

entanto, só haverá lugar à revisão de

preços quando a variação para mais

(valor devido ao empreiteiro) ou para

menos (valor a devolver ao Dono de

Obra) do coeficiente de atualização

(Ct) for igual ou superior a 1% em

relação à unidade.

No método garantia de custos, a revi-

são processa-se mediante a garantia

de custos de determinados tipos de

mão-de-obra e materiais mais signi-

ficativos, isto é, os que representam

pelo menos 3% do valor da adju-

dicação, contudo só haverá lugar à

revisão de preços quando a variação

for superior a 2%, para mais ou para

menos.

Em todas estas metodologias, o plano

de pagamentos – previsão mensal do

valor dos trabalhos a realizar pelo

empreiteiro – deverá servir de refe-

rência ao respetivo cálculo. Por este

motivo os seus ajustes (a propor pelo

empreiteiro e sujeitos a aprovação

do Dono de Obra) associados aos

mecanismos que permitem as prorro-

gações legais (trabalhos a mais, sus-

pensões de trabalho, etc.) são muito

importantes, uma vez que permitem

que o valor final de revisão se aproxi-

me da “execução real” da obra.

As revisões de preços, sem prejuízo

do que estiver contratualmente esta-

belecido, devem ser calculadas pelo

dono de obra e processadas periodi-

camente em correspondência com as

respectivas situações de trabalhos, no

entanto, o empreiteiro poderá apre-

sentar por sua iniciativa os cálculos

relativos à revisão de preços, que

deverão ser elaborados nos termos

dos fixados para o dono de obra.

No que respeita aos prazos para

pagamento, está previsto um prazo

máximo de 44 dias, que deverão

ser contados: das datas dos autos

de medição, no caso das revisões

provisórias; das datas de publicação

dos índices no Diário da República,

tratando-se de acertos; ou das datas

de apresentação dos cálculos pelo

empreiteiro, quando tal esteja previs-

to no contrato.

Salienta-se, porém, que o direito à re-

visão de preços caduca com a conta

da empreitada, salvo nas situações de

reclamações ou acertos pendentes,

de não estarem disponíveis os indi-

cadores económicos necessários para

o cálculo definitivo da revisão de

preços e quando o cálculo da revisão

de preços for da obrigação do dono

de obra e a conta final da empreitada

não contemple a mesma. No caso

em que o dono de obra não proceda

à elaboração da conta da empreitada

o direito à revisão de preços só cadu-

ca com a receção definitiva da obra.

Como nota final não podemos deixar

de salientar que a revisão de preços

constitui uma garantia essencial de

confiança entre as partes do contrato,

permitindo-lhes formular e analisar

propostas baseadas nas condições

existentes à data do concurso e re-

metendo para a figura da “revisão”

a compensação a que houver lugar

em função da variação dos custos

inerentes à concretização do objecto

do contrato.

Assim, o preço das empreitadas fica

sujeito a revisão em função das varia-

ções, para mais ou para menos, dos

custos de mão-de-obra, dos materiais

e dos equipamentos de apoio, relati-

vamente aos correspondentes valores

no mês anterior ao da data limite

fixada para a entrega das propostas.

Recorde-se que, através dos seus

Serviços de Engenharia/Segurança a

AICCOPN, procede de forma inteira-

mente gratuita, aos cálculos de revi-

são de preços das empreitadas das

empresas suas associadas, bastando

para isso que nos enviem de forma

compilada a informação relativa à

data e valor dos autos de medição,

ao último plano de pagamentos apro-

vado pelo Dono de Obra, à fórmula

de revisão de preços prevista no

contrato, à data da consignação da

obra e à data limite para a entrega da

proposta.

Cristina Cardoso

Page 46: Concreto 232
Page 47: Concreto 232
Page 48: Concreto 232

48 •

ENGENHARIA

O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de

setembro, com as alterações introdu-

zidas pelo Decreto-Lei n.º 73/2011,

de 17 de junho, estabeleceu o Regi-

me Geral aplicável à Prevenção, Pro-

dução e Gestão de Resíduos, trans-

pondo para a ordem jurídica interna

a Diretiva n.º 2008/98/CE.

Este regime é aplicável às operações

de gestão de resíduos destinadas a

prevenir ou reduzir a produção de

resíduos, o seu carácter nocivo e os

impactes adversos decorrentes da

sua produção de gestão, bem como a

diminuição dos impactes associados

à utilização dos recursos, por forma a

melhorar a eficiência da sua utiliza-

ção e a proteção do meio ambiente e

da saúde humana.

Foram definidos princípios gerais

de gestão de resíduos que deverão

ser cumpridos pelos produtores de

resíduos e regulados pela Autori-

dade Nacional de Resíduos (ANR),

designadamente: Princípio da auto-

-suficiência e da proximidade – as

operações de tratamento devem

decorrer em instalações adequadas

e, preferencialmente, ser feitas em

território nacional, obedecendo a cri-

térios de proximidade; Principio da

responsabilidade pela gestão - cabe

ao produtor inicial; Principio da pro-

teção da saúde humana e do ambien-

te - todo o processo associado à ges-

tão de resíduos não deve gerar efeitos

nocivos sobre o ambiente; Princípio

da hierarquia do resíduo – deve ser

respeitada hierarquicamente esta

ordem: Prevenção e redução, Prepa-

ração para reutilização, Reciclagem,

Outros tipos de valorização e por

A Gestão de Resíduos no Setor da Construção

último a Eliminação; Princípio da res-

ponsabilidade do cidadão; Princípio

da regulação da gestão de resíduos;

Princípio da equivalência – custos do

produtor vs. benefícios facultados;

Principio da responsabilidade alarga-

da do produtor – o produtor é física

e financeiramente responsável pelos

impactes ambientais, pela produção

do resíduo, pela posterior utilização

dos produtos, bem como por todo

o processo de gestão, quando o seu

produto atinge o final de vida.

O registo desta informação e o respe-

tivo acompanhamento do processo

de gestão de resíduos, é efetuado

eletronicamente através do Sistema

Integrado de Registo da Agência

Portuguesa do Ambiente (SIRAPA),

disponível em www.apambiente.pt,

permitindo o registo e o armazena-

mento de dados relativos à produção

e gestão de resíduos e a produtos

colocados no mercado abrangidos

por legislação relativa a fluxos espe-

cíficos de resíduos.

A obrigatoriedade de inscrição e re-

gisto no SIRAPA abrange empresas,

entidades responsáveis pela gestão de

resíduos, operadores, transportadores

e produtores de residuos, designada-

mente:

· As pessoas singulares ou co-

letivas responsáveis por esta-

belecimento que empreguem

mais de 10 trabalhadores e

que produzam resíduos não

urbanos (incluindo os resídu-

os da construção e demoli-

ção – RCD);

· As pessoas singulares ou

colectivas responsáveis por

estabelecimentos que produ-

zam resíduos perigosos;

· As pessoas singulares ou

colectivas que procedam

ao tratamento de resíduos a

título profissional;

· As pessoas singulares ou

colectivas que procedam à

recolha ou ao transporte de

resíduos a título profissional;

· As entidades responsáveis

pelos sistemas de gestão de

resíduos urbanos;

· As entidades responsáveis

pela gestão de sistemas indi-

viduais ou integrados de flu-

xos específicos de resíduos;

· Os operadores que actuam

no mercado de resíduos,

designadamente, como cor-

retores ou comerciantes;

· Os produtores de produtos

sujeitos à obrigação de regis-

to nos termos da legislação

Page 49: Concreto 232

49

ENGENHARIA

relativa a fluxos específicos.

Estão ainda sujeitos a inscrição no

SIRAPA os produtores de resíduos

que não se enquadrem no núme-

ro anterior mas que se encontrem

obrigados ao registo electrónico das

guias de acompanhamento do trans-

porte rodoviário de resíduos (e-GAR).

No entanto, esta obrigação apenas se

concretizará quando for publicada a

legislação relativa à regulamentação

das e-GAR’s.

A inscrição no SIRAPA deve ser efe-

tuada no prazo de um mês após o

inicio da atividade ou do funciona-

mento da instalação/estabelecimento

e está sujeita ao pagamento de uma

taxa anual de registo, no valor apro-

ximado de 27 €, que é atualizado

anualmente.

As entidades acima referidas, no

âmbito do registo no SIRAPA, de-

vem prestar informações relativas à

origem discriminada do resíduo, à

quantidade, classificação e destino

dos resíduos, à identificação das ope-

rações efetuadas e à identificação dos

transportadores. Estes dados devem

ser mantidos por um período mínimo

de três anos.

Este registo no SIRAPA, implica, ain-

da, o preenchimento do Mapa Inte-

grado de Registo de Resíduos (MIRR)

que deve ser submetido anualmente,

até ao dia 31 de março do ano se-

guinte ao do ano a reportar.

Este mapa é constituído por vários

formulários, nomeadamente: For-

mulário A – Ficha sobre produção/

importação de produtos ou serviços;

Formulário B – Ficha sobre produção

de resíduos; Formulário C1 – Ficha

sobre resíduos recebidos; Formulário

C2 – Ficha sobre resíduos proces-

sados; Formulário D1 – Ficha sobre

resíduos transportados; Formulário

D2 – Ficha sobre resíduos transacio-

nados; Formulário E – Ficha sobre

movimentos transfronteiriços de re-

síduos.

No que respeita ao setor da constru-

ção, as empresas são classificadas,

na sua maioria, com o perfil MIRR

“Produtor de Resíduos”, pelo que

os formulários de preenchimento

obrigatório são o A e o B. No caso

da empresa efetuar transferências de

resíduos provenientes de e para o

território nacional deverá ainda pre-

encher o formulário E.

No âmbito do preenchimento destes

formulários as empresas terão que

ter contabilizados todos os resíduos

produzidos durante o ano em apre-

ço, separados por código LER (Lista

Europeia de Resíduos – publicada

pela Portaria n.º 209/2004, de 3 de

março), isto é, as empresas deverão

verificar para cada resíduo produzi-

do qual o código LER respetivo, de

acordo com o seguinte procedimen-

to: pesquiza do capítulo em que se

enquadram (ex: Capítulo 17 – Resí-

duos da Construção e demolição);

verificação do subcapítulo associado

à família do resíduo e, por último,

verificação do código, de seis dígitos,

do resíduo em questão (ex: 17 01 01

– Betão).

Assim, por forma a simplificar o

preenchimento anual deste mapa as

empresas deverão ter devidamente

organizadas as Guias de Acompanha-

mento de RCD`s, que acompanharam

o transporte de todos os resíduos de

construção e demolição produzidos.

Deverão, ainda, no que respeita às

obras públicas, compilar toda a in-

formação relativa aos planos de pre-

venção e gestão de RCD, de acordo

com o previsto no n.º 3, do art.º 10.º,

do Decreto-lei n.º 46/2008, de 12 de

março e, no âmbito das obras parti-

cular, organizar os dados dos RCD

de acordo com o modelo do Anexo

II - Modelo de registo de dados de

RCD -, previsto no Decreto-Lei n.º

46/2008, de 12 de março.

Como nota final, importa referir que

as entidades com competências para

a fiscalização desta regulamentação

são as ARR – Autoridades Regionais

dos Resíduos, a Inspeção-Geral do

Ambiente e do Ordenamento do

Território, os municípios e as auto-

ridades policiais, estando previstas

contra-ordenações ambientais pelo

Page 50: Concreto 232

50 •

ENGENHARIA

incumprimento do previsto na refe-

rida legislação que poderão atingir

valores muito elevados (por exemplo:

o abandono e a descarga de resí-

duos em local não autorizado nem

licenciado para o efeito, classificado

como uma contra-ordenação am-

biental “muito grave”, poderá atingir

valores entre os 20.000 € e os 2 500

000 €; a queima a céu aberto, que

constitui uma contra-ordenação “gra-

ve”, pode atingir valores entre os 500

€ e os 44 800 €; a inexistência de

guias de acompanhamento no trans-

porte de RCD, bem como, a falta de

registo no SIRAPA e a consequente

falta de preenchimento do MIRR,

são consideradas contra-ordenações

ambientais “graves” e cujos valores

variam entre os 2 000 € e os 48 000

€ e ainda, a falta do Anexo II que é

considerada uma contra-ordenação

ambiental “leve”, atinge valores entre

os 200 € e os 22 500 €).

Renata Rodrigues

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SEGURANÇA

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SEGURANÇA

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SEGURANÇA

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SEGURANÇA

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NOVOS ASSOCIADOS

100LACUNAS, UNIPESSOAL, LDA. - VILA NOVA DE GAIAADELINO MANDIM SILVA - BARCELOSADERENTIFICA, LDA. - VILA NOVA DE GAIAAGOSTINHO & EMILIA OLIVEIRA-S.GEST.IM.,L - MURTOSAALBANO CORREIA SILVA - SANTA MARIA DA FEIRAALBERTO HENRIQUE MARTINS CATURNA - VILA NOVA DE GAIAALLDOMUS-EMPREENDIMENTOS, LDA. - BRAGANCAALPVERTICAL,TEC.ALPINISMO SER.IN.,S.U.,L - AVEIROAMPF-IMPERMEABILIZACOES, LDA. - BARCELOSANDRE LIMA CONST.S, SOC., UNIP., LDA. - PONTE DE LIMAANTONIO JOAQUIM NUNES SANTOS - VILA REALANTONIO LUCAS CALDEIRA, UNIP., LDA. - MATOSINHOSANTONIO RAMOS MENDES, UNIP.,LDA. - PORTOANTONIO SILVA CAMPOS-IND.SER.,LDA. - VILA DO CONDEARISTIDES RIBEIRO & SANTOS-COM.CIVIL,LDA - LAMEGOARMINORTE-CONST.S, UNIPESSOAL, LDA. - TAROUCAATOMO MATRIZ-CONST.COORDENACAO, LDA. - MATOSINHOSAZFIL, SA. – AMARANTE - VILA NOVA DE CERVEIRABESSA ARAUJO-SERV.TOPOGRAFICOS,UN.,LDA. - PACOS DE FERREIRACAPERU-CONST.S URBANIZACOES, LDA. - BRAGACARLOS FERNANDO VILACA PINTO - GUIMARAESCARPINTARIA SALFER, LDA. - VILA NOVA DE GAIACASALAB-INVESTIMENTOS IMOBILIARIOS,UN.,L - VILA DO CONDECINCO.S CONST.S, LDA. - PORTOCOKERN, LDA. - CELORICO DA BEIRACONST.S PINA MONTEIRO, UNIPESSOAL,LDA. - VILA NOVA DE GAIACONST.S VILA MAIOR 2, LDA. - TROFACOSTA FERREIRA & SOUSA, LDA. - GUIMARAESCOUNTRYSLICE-CONST.S, UNIPESSOAL, LDA. - SANTA MARIA DA FEIRACPCMS-CONST., MANUTENCAO SERVICOS, SA. - VILA NOVA DE FAMALICAOCULMINAR SUCESSOS, LDA. - BRAGAD.F.BLOCK, LDA. - AMARESDANIEL ANTONIO COSTA - POVOA DE VARZIMDEFINEFACHADA-CONST.S, UNIP., LDA.DESTAQUE TOPO-CONST.S, UNIPESSOAL, LDA. - CABECEIRAS DE BASTODOURO INVICTO-ENGENHARIA CONST., LDA. - MATOSINHOSDOUROPOLIS, LDA. - PESO DA REGUADRAGADO Y MANTENIMIENTO PUERTOS,S.L.UNIP - VIANA DO CASTELOE.Q.S.-SERV.ENG.,QUALIDADE SEGURANCA,LDA - VILA NOVA DE GAIAE.T.-ELECTRICIDADE TELECOMUNICACOES, LDA - COVILHAEFECTIVA & SUSTENTAVEL, LDA. - VILA REALELECTRO PROFISSIONAL MADEIRA, LDA. - SANTA CRUZELECTROSONHOS, LDA. - MATOSINHOSENC POWER, LDA. - VILA NOVA DE GAIAEQUIPBAND-EQUIPAMENTOS ASSISTENCIA,LDA. - MEALHADAESCALA OBLIQUA-INVEST.IMOBILIARIOS,UN.,L - BARCELOSESPACO & ALTURA, UNIPESSOAL, LDA. - BARCELOSF.A.M.SILVA-SERRALHARIA, UNIP., LDA. - GUIMARAESFERNANDO FERNANDES DIAS CONST.S O.P.,LDA - RIBEIRA DE PENAFERNANDO MANUEL CORREIA GOMES - MATOSINHOSFERNANDO TEIXEIRA MOTA - MESAO FRIOFERRCOLET, UNIPESSOAL, LDA. - VILA NOVA DE GAIAFLORICULTURA SANTA FILOMENA, LDA. – BAIAOFORTUNATO SANTOS RODRIGUES - BRAGANCAFWD, LDA. - PORTOGALMASA-CONST.CIVIL OB.PUBLICAS,LDA. - LISBOAGENTIL FERREIRA PAIVA - SAO PEDRO DO SULGONCALVES CAMPOS, LDA. - PORTOGRENASSIST-ASSIST.TECNICA,CLIMATIZ.GAS,L - PENAFIELHALF PAST SEVEN-CONST.ENG.CIVIL, SA. - PENAFIELHUGO COSTA & OLGA ARAUJO, LDA. - VILA NOVA DE GAIA

IDADE EXPERIENCIA, UNIPESSOAL, LDA. - GONDOMARIDEIAS COM ASAS, UNIPESSOAL, LDA. - GUARDAINNOVATION STONES-TRANSF.PEDRAS ORNAM.,L - PORTO DE MOSINTENSAO-INSTALACOES ELECTRICAS, LDA. - VILA NOVA DE GAIAIRMAOS ALVES MARTINS, LDA. - BRAGAIVO RIBEIRO, UNIPESSOAL, LDA. - MAIAJOSE & JOAQUIM VIEIRA, LDA. - GONDOMARJOSE MANUEL COSTA RODRIGUES-CON.,UN.,LDA - VILA REALJOSE MANUEL MONTEIRO SILVA - VALONGOJOSE MANUEL PAIVA SILVA - MANTEIGASJOSE NOVAIS VIEIRA-CONST., UNIP., LDA.- CELORICO DE BASTOLANCAR ESPERANCA CONST.S, LDA. - BARCELOSLEITAO & SILVA, CONST.S, LDA. - MARCO DE CANAVESESM MEDICAL-DESIGN.ARQ.DESIGN INTERIORES,L - MATOSINHOSM.C.O.CONST.S, UNIPESSOAL, LDA. - VILA NOVA DE FAMALICAOMANUEL FILIPE CARVALHO,CONSTR.A,UN.,LDA. - VILA REALMARIA FERNANDA MARTINS S.CASTRO SILVA - GONDOMARMARIA SILVA MOREIRA, UNIP., LDA. - MAIAMARIO CARVALHO BARROS - SABROSAMARIO JOSE SILVA DOURADO - VILA DO CONDEMATELVIS-INST.SEGURANCA TELECOMUNIC.,LDA - VISEUMAURO REY, UNIPESSOAL, LDA. - OVARMENTEPA, LDA. - ESPINHOMOSTREFICACIA-MADEIRAS CONST.S, LDA. - PAREDESMUROPLACO-MATERIAIS GESSO, LDA. - TROFANEW BEAM-ENGENHARIA CONST., LDA. - AMARANTENORTECH WORLD CONST.S, SA. - VALONGONUNO MIGUEL INACIO, UNIPESSOAL, LDA. – RESENDEOSORINFER, LDA. - BRAGAPAISIFIL-IMOBILIARIA, SA. - VILA NOVA DE FAMALICAOPAULO JOSE SOUSA FERREIRA - PAREDESPAULO PEREIRA SANTOS - TORRES NOVASPICHELARIA JAIME SOARES GOMES, UNIP., LD - BRAGAPONTECANO-CONST.CIVIL, LDA. - MAIAPORFIRIO BARRETO, UNIPESSOAL, LDA. – BARCELOSPRISMASOLIDO-SOC.CONST.S, LDA. - VILA DO CONDEPROJECAO ABSOLUTA-GESSOS PROJ., UNIP.,LD - VIZELAQUADRINERGY-INSTALACOES TECNICAS, LDA. - MATOSINHOSRODRIBASTO, LDA. - MONDIM DE BASTOROGERIO FRANCISCO LOPES, LDA. - SEIAROLLMAN GIRO, LDA. – VALONGOSANTOS DUARTE & DIAS, LDA. - AROUCASILVERIO & ROLO-CONT.CIVIL OB.PUB.,LDA. - CARREGAL DO SALSIMOQEL-MONT.ELECTRICAS QUADROS,UN.,LDA. - PORTOSOLINDIGOS, LDA. - VILA NOVA DE GAIASOMA ENGENHARIA CONST., SA. - RIBEIRA DE PENASOSIA-S.C.IBERO-ANGOLANA,SA-SUC.PORTUGALSTONEREST-SOC., UNIPESSOAL, LDA. - MAIATECTODIVISOUSA CLASSE, LDA. - GONDOMARTONS SOLARES, LDA. - BRAGATORRES & AMORIM, LDA. - VILA NOVA DE GAIATWL, CONST., UNIPESSOAL, LDA. - ARCOS DE VALDEVEZVALDEMAR MANUEL BATISTA ANTUNES - PORTOVECTORBETA CONST.S, LDA. - COIMBRAVENAFIL-CLEANING AND GARDENS, LDA. - VILA NOVA DE FAMALICAOVERDE ENGENHO, LDA. - VILA NOVA DE CERVEIRAVIAMAPA-SERV.TOPOGRAFIA, SA. - LOUSADAWIDEPURPOSE, LDA. - PÓVOA DE VARZIMWOODJOB, SOC.UINIPESSOAL, LDA. - COIMBRAXL-ENGENHARIA EFICIENCIA ENERGETICA, LDA - MATOSINHOSY4-CONST.& IMOBILIARIA, LDA. – PORTO

Page 56: Concreto 232

56 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

Regalias

AICCOPN

Fo r m a ç ã o \ E n s i n oCICCOPN - Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte EGP-UPBS - University of Oporto Business School - Desconto de 12% a 15% em Pós Graduações Universidade Fernando Pesssoa - Descontos de 10% a 30%

S a ú d e \ C l í n i c a sHPP - SAUDE

Desconto de 10% em consulta externaDesconto de 15% em cirurgia\internamento

HOSPITAL DA TRINDADEDesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DA TRINDADEDesconto de 10% sobre a tabela geral

CLIPÓVOA - HOSPITAL PRIVADODesconto de 7% em todos os serviços

HOSPITAL PRIVADO DA TROFADesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DE COSTA CABRALDescontos de 10 a 30% em Medicamentos

CLÍNICA DENTÁRIA - SOS DENTEORMASA, LDA.CDJC - CENTRO DE DIAGNÓSTICO JOÃO CARVALHO

Descontos de 10% na tabela de Particulares

To d a s a s D e s p e s a s c o m Q u o t i z a ç õ e s a f avo r d a A I C C O P N s ã o D e d u t í ve i s e m 1 5 0 % d o s e u va l o r a t é 2 % º d o vo l u m e d e n e g ó c i o s d a e m p r e s a , p a r a e f e i t o s d e I R C ( a r t . º 4 4 d o C I R C ) .

C a r t ã o A zu l BPEste é um cartão direcionado para os Associados da AICCOPN, e frotas de veículos, sendo um cartão de desconto e não de pagamento. O desconto é de 0,06€ (6 cêntimos) por litro.

S aú d e P r im eA Saúde Prime disponibiliza aos Associados e sua Família, um conjunto de Serviços Médicos e Seguro de Saúde que lhe proporcionam o máximo da qualidade e economia. Descontos desde 7,5% a 15% em:Seguro de Saúde Plano de Saúde PrimePlano de Saúde Oral

C a r t r ackEmpresa líder nas tecnologias de localização de viaturas e máquinas, a Cartrack oferece uma ampla solução de gestão de frotas por GPS. Descontos de 10% para Associados na Aquisição de produtos.

I n C IA AICCOPN e o InCI, cele-

braram um protocolo, que

intensifica e reforça as com-

petências desta associação no

âmbito dos Alvarás e Títulos

de Registo. Este protocolo per-

mite à AICCOPN uma ligação

direta ao InCI, dar resposta

aos processos para concessão,

reclassificação de alvarás e tí-

tulos de registo de uma forma

mais simples e célere. Este é

um serviço assegurado de for-

ma gratuíta, permanente e des-

centralizada.

I S QAcesso com condições muito vantajosas à prestação de Serviços pelo ISQ nas diversas áreas de especialidade, nomeadamente nas inspeções técnicas, ensaios laboratoriais, consultoria, formação e investigação e desenvolvimento.

As melhores Regalias para os Associados

D i g i t a l s i g nNo âmbito do processo de

Contratação Eletrónica, re-

sultante do CCP - Código dos

Contratos Públicos, bem como

o envio das comunicaçoes

obrigatórias ao InCI e das obri-

gações estabelecidas pelo Re-

gime Jurídico da Urbanização

e da Edificação, a AICCOPN

celebrou um protocolo no

qual os Associados usufruem

de um desconto, na nova fun-

cionalidade de “Certificação

Digital”.

P r e ve n s i sEmpresa especializada em Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), que trabalha na área da prevenção e controlo de riscos laborais, colocando à disposição das empresas, uma série invadora de serviços, a preços competitivos. Certificada pelo ACT. Descontos nos, “Serviços Base” e “Serviço Adicional” - Estaleiro ou Empresa.

Page 57: Concreto 232

57

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

A l o j a m e n t oG r u p o s Po u s a d a s d e Po r t u g a lCentral de Reservas Pousadas de Portugal - Tel. 282 240 [email protected]

G r u p o C o n t i n e n t a lChoice Hotels Europe Central comercial Tel. 210 046 320 [email protected]

G r u p o A l t i s H o t e l swww.altishotels.com10% de desconto sobre tarifa no site

S a n a H o t e l swww.sanahotels.com

Tivo l i H o t e l s & R e s o r t swww.tivolihotels.com

M o n t e b e l o H o t e l s & R e s o r t sVisabeira TurismoTel. 232 420 000 [email protected]

V I P H o t e l sTel. 800 500 006 [email protected] Vi l a G a l é H o t e i sCentral de reservasFax. 21 790 76 40 5% de desconto sobre tarifa no sitew w w. v i l a g a l e . p t

A x i s H o t e i s Tel. 252 298 90415% de desconto sobre tarifa de balcãow w w. a x i s h o t e i s . c o m

A l g a r ve

B o a Vi s t a H o t e l & S p a * * * *Rua Samora Barros, 20 8200-178 AlbufeiraTel. 289 589 175Fax. 289 589 [email protected]% de desconto

A l g a r ve C a s i n o * * * * *Praia da Rocha 8500-802 PortimãoTel. 282 400 [email protected]

H o t e l d a A l d e i a * * * *Av. Dr. Francisco Sá Carneiro 8200-280 AlbufeiraTel. 289 588 861/2/3Fax. 289 588 [email protected]% de desconto

Po r t o D o n a M a r i a G o l f & R e s o r t * * * * *Sítio dos Montinhos da Luz Apartado 58 - Praia da Luz8601-901 Luz-LagosTel. 282 690 300Fax. 282 697 [email protected]% de desconto

G a r ve t u r A l o j a m e n t o s Tu r í s t i c o sVilamoura JardimRua Melvin Jones, Volta do Gaio8125-502 VilamouraTel. 289 381 551/0Fax. 289 301 [email protected]% sobre o valor da estadia (época baixa)

5% sobre o valor da estadia (em períodos de Promoções e épocas especiais)

Ave i r o

H o t e l A f o n s o VRua Dr. Manuel das Neves, 65 3810-101 AveiroTel. 234 425 191/2/3Fax. 234 381 111

H o t e l A p a r t . º S o l ve r d e * * * * *Rua 21, 85 4500-267 EspinhoTel. 22 731 31 44Fax. 22 731 31 [email protected]

P r a i a G o l f e H o t e l * * * *Rua 6 - 4500-357 EspinhoTel. 22 733 10 00Fax. 22 733 10 [email protected]% desconto sobre tarifas balcão ou 10% sobre a Best Available Rate

G ra n d e H o t e l d a C u r i a G o l f & S p a * * * *Avenida dos Plátanos - Curia 3780-541 Tamengos - AnadiaTel. 231 515 720Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

C u r i a C l u b eApartamentos Turísticos Apartado 18 - 3780 - CuriaTel. 231 504 197Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

H o t e l M é l i a R i a * * * *Cais da Fonte Nova, Lote 5 3810-200 AveiroTel. 234 401 000Fax. 234 401 [email protected]% de desconto

É vo ra

H o t e l R u ra l M o n t e d o C a r m oApartado 7 7006-901 AzarujaTel. 266 970 050Fax. 266 978 [email protected]% de desconto

L i s b o a

H F F é n i x L i s b o a * * * *Praça Marquês de Pombal, 8 1269-133 LisboaTel. 21 386 21 21Fax. 21 386 01 [email protected]

Ti a r a Pa r k A t l a n t i c L i s b o a * * * * *Rua Castilho n.º 149 1099-034 LisboaTel. 21 381 87 00Fax. 21 389 05 [email protected]

H o t e l A l i f * * *Campo Pequeno, 511000-304 LisboaTel. 21 782 62 10Fax. 21 795 41 [email protected]

H o t e l B r i t â n i a * * * *Rua Rodrigues Sampaio, 17 1100 LisboaTel. 21 315 50 16Fax. 21 315 50 2120% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

H F F é n i x G a r d e n * * * *Rua Joaquim António de Aguiar, 3 1050-010 LisboaTel. 21 384 56 50Fax. 21 385 56 [email protected]

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58 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

H F F é n i x U r b a n * * * *Av. António Augusto de Aguiar, 3 1069 LisboaTel. 21 357 50 00Fax. 21 357 99 [email protected]

H o t e l L i s b o a P l a z a * * * *Travessa Salitre, 7 1296-066 LisboaTel. 21 321 82 18Fax. 21 347 16 3020% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

A s j a n e l a s Ve r d e sRua das Janelas Verdes, 47 1200-670 LisboaTel. 21 396 81 43Fax. 21 396 81 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

S o l a r d o C a s t e l oRua das Cozinhas, 2 (ao castelo) 1100-081 LisboaTel. 21 887 09 09Fax. 21 887 09 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

H o t e l P r í n c i p e R e a l * * * *Rua da Alegria, 53 1250-006 LisboaTel. 21 340 73 50Fax. 21 342 21 [email protected]% de desconto

H o t e l S . M a m e d e E s t o r i l Av. Marginal, 7105 2765-248 EstorilTel. 21 465 91 10Fax. 21 467 14 [email protected]

H e r i t a g e Ave n i d a d a L i b e r d a -d e H o t e l * * * *Av. da Liberdade, 28 1250-145 LisboaTel. 21 340 40 40Fax. 21 340 40 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

E u r o s t a r s H o t e l d a s L e t r a s * * * * *Rua do Castilho, 6-12 1250-069 LisboaTel. 21 357 30 94Fax. 21 316 12 [email protected]

Po r t o

Ti a r a Pa r k A t l a n t i c Po r t o * * * * *Avenida da Boavista, 1466 4100-114 PortoTel. 22 607 25 00Fax. 22 600 32 [email protected]

S h e ra t o n Po r t o H o t e l & S p a * * * * *Rua Tenete Valadim, 146 4100-476 PortoTel. 22 040 04 41Fax. 22 040 41 [email protected]% de desconto

H o t e l S o l ve r d e S p a & We l n e s s C e n t e r * * * * *Avenida da Liberdade 4405-362 S. Félix da MarinhaTel. 22 733 80 30Fax. 22 731 31 [email protected]

H F F é n i x Po r t o * * * *Rua Gonçalo Sampaio, 282 4450-365 PortoTel. 22 607 18 00Fax. 22 607 18 [email protected]

H o t e l D. H e n r i q u e * * * *Rua Guedes de Azevedo,179 4049-009 PortoTel. 22 340 16 16Fax. 22 340 16 [email protected]

H F I p a n e m a Po r t o * * * *Rua do Campo Alegre, 156 4150-169 PortoTel. 22 607 50 59Fax. 22 606 33 [email protected]

H F I p a n e m a Pa r k * * * * *Rua de Serralves, 124 4150-702 PortoTel. 22 532 21 00Fax. 22 610 28 [email protected]

H F Tu e l a Po r t o * * *Rua Arq. Marques da Silva, 200 4150 [email protected]. 22 600 47 47 Fax. 22 600 37 09

E s t a l a g e m d a Vi a N o r t e * * * *Via Norte - Leça do Balio, 124 4465-764 Leça do BalioTel. 22 944 82 94/5Fax. 22 944 83 22

B e t a Po r t o H o t e l & H e l t h C l u b * * * *Rua do Amial, 601 a 607 4200-062 PortoTel. 22 834 86 60Fax. 22 834 86 [email protected]% de desconto

H o t e l E u r o s t a r s d a s A r t e s * * * *Rua do Rosário, 160 4050-521 PortoTel. 22 207 12 50Fax. 22 207 12 [email protected]

H o t e l E u r o s t a r s O p o r t o * * * *Rua do Mestre Guilherme Camari-nha, n.º 212 4200-537 PortoTel. 22 507 20 90Fax. 22 507 20 [email protected]

H o t e l B e s s a H o t e l * * * *Rua Dr. Marques Carvalho, 1114100-325 PortoTel. 22 60 50 000Fax. 22 60 50 [email protected]

H o t e l To r r e M a r * *Rua Gomes Amorim, 2121A Ver-o-mar4490-091 Póvoa do VarzimTel. 252 298 670Fax. 252 298 [email protected]% de desconto(Exceto de 15 de julho a 31 agosto)

H o t e l C i d n ay * * * *Praça do Municipio 4789-909 Santo TirsoTel. 252 859 300Fax. 252 859 [email protected]% de desconto

Po r t o Pa l á c i o C o n g r e s s H o t e l & S p a * * * * *Avenida da Boavista, 12694100-130 PortoTel. 22 608 66 00Fax. 22 609 14 [email protected]

H o t e l D o u r o Rua da Meditação, n.º 71 4150-487 PortoTel. 22 600 11 22Fax. 22 600 10 [email protected]

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REGALIAS PARA ASSOCIADOS

Vi a n a d o C a s t e l o

H o t e l M o n t e P r a d o * * * * *Monte Prado Melgaço 4960-320 PradoTel. 251 400 130Fax. 251 400 [email protected]

C a s a d o A n q u i ã oTurismo de Habitação, Fornelos EN 2014990 - 620 Ponte de LimaTel. 253 989 800Fax. 258 900 [email protected]% de desconto (Exc. Agosto)

Vi l a R e a l

H o t e l Pe t r u s * * *Rua Família de Camões, 20 Junto às Termas 5400-239 ChavesTel. 276 351 409 / 500Fax. 276 348 [email protected]

H o t e l C a s i n o d e C h ave sLugar do Extremo - Chaves 5400-239 ChavesTel. 276 309 600Fax. 276 348 [email protected]% de desconto(Exceto de 15 de julho a 31 agosto)

C o n s u l t o r i a N o r w i nRecuperação de Empresas e ParticularesAv. Dr. Germano Vieira, 614 - 1º TGueifões - MaiaTel. 22 960 21 61 / 968 26 [email protected]

DW - D a r w i n & Wa r h o lMarketing e ComunicaçãoRua Arquiteto Cassiano Barbosa, 6F - Sala 24 - 4100-009 PortoTel. 22 616 01 23 / 912 269 [email protected]% de desconto

H e a l t h - C l u b s

G a i a S p o r t C e n t e rRua Gen.Torres, 1162 D - Ed. Douro4600-164 Vila Nova de GaiaTel. 223 714 375Fax. 223 708 [email protected]

Te t r a H e a l t h C l u bRua Domingos Sequeira, 224 C 4050-230 Portowww.tetra.pt

A g ê n c i a s d e Vi a g e n s

D - Vi a g e mGrupo Orizonia Praça da Alegria, 654050-496 PortoTel. 22 207 13 30Fax. 22 208 58 [email protected]

Pa m To u r sLargo Ferreira da Lapa, 48 - Bom Sucesso Tel. 22 600 79 72Fax. 22 600 80 [email protected]% de desconto em viagens (Paco-tes Turísticos)

O u t r o s S e r v i ç o s E x p o f o r m a , S . A . Rua Tomás Ribeiro, 132 - 1º4450-293 MatosinhosTel. 229 373 982 / 229 370 755Fax. 229 372 392Montagem de stands, lojas e showrooms10% de desconto

A l va r s o l - L ava n d a r i a Tel. 289 322 242Fax. 289 322 885www.alvarsol.ptDescontos diversos de 1,5% a 3%

A l i n e - D e c o ra ç ã o e I m o b i l i -á r i o Tel. 289 328 981Fax. 289 316 [email protected] de 10% do total da factu-ra, excluíndo montagem

A r t a D e s i g n - M a n u t e n ç ã o e S e r v i ç o s Tel. 289 315 078Fax. 289 301 [email protected] de 5% sobre o valor da 1ª factura (Mão de obra e Design)

L e n d á r i o - R e s t a u r a n t e Tel./ Fax: 289 308 [email protected] de 5% sobre o valor da factura, na angariação de grupo com mais de 15 pessoas

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