boletim 2º semestre 2009

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5õo Momede de cld€de lnfe 'sfc L*. r- r l-- Editorial E A QUINZENA CONTINUA... ! Maisumavez,esteano, a Quinzena Culturalaíestá, apesarde ser um anode menosmeiosfinanceiros. no oue concretamente diz respeitoà Junta de Freguesia. No entanto, nunca seráde maisreÍerir que todoum trabalho foi e vai ser realizado, por um grupo de pessoas que se mobiliza, com maisou menos dificuldades, masaí estão, para dar o seu melhor, numa das que considero maior manifestação recreativa-culturalda nossacidade. Nunca é fácil o caminho a percorrer para aqui chegar, mas, não deixa de ser aliciante esta tealizaçáo, cuja luta travada é sempre, (penso eu), com o objectivo de ser em benefício das nossas gentes e no intuitoda promoção da nossaterra, que é S. Mâmede de lnfesta. Certamente que é com redobrada esperânça, que esperoque esta Quinzena Cultural, venha a ser do agradode todos os lvlâmedenses, como de todosaqueles que nos visitam, nesta constanle preocupação que tenho para que S. Mamedede Infesta, seja e continue a ser uma Cidade moderna, desenvolvida esolidária. Comum intenso Bem-Haia, Presidente da Junta António Moutinho Mendes PARQUE URBANO São Mamede Infesta

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Boletim do 2ª semestre de 2009 da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infest

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Page 1: Boletim 2º semestre 2009

5õo Momede decld€de

lnfe'sfcL*.r- r l--

Editorial

E A QUINZENA CONTINUA... !

Mais uma vez, esteano, a Quinzena Culturalaíestá, apesardeser um anode menos meios financeiros. no oue concretamentediz respeitoà Junta de Freguesia.

No entanto, nunca será de mais reÍerir que todo um trabalho foie vai ser realizado, por um grupo de pessoas que se mobil iza,com mais ou menos dificuldades, mas aí estão, para dar o seumelhor, numa das que considero maior manifestaçãorecreativa-culturalda nossa cidade.

Nunca é fácil o caminho a percorrer para aqui chegar, mas, nãodeixa de ser aliciante esta tealizaçáo, cuja luta travada ésempre, (penso eu), com o objectivo de ser em benefício dasnossas gentes e no intuito da promoção da nossa terra, que éS. Mâmede de lnfesta.

Certamente que é com redobrada esperânça, que espero queesta Quinzena Cultural, venha a ser do agrado de todos oslvlâmedenses, como de todos aqueles que nos visitam, nestaconstanle preocupação que tenho para que S. Mamede deInfesta, seja e continue a ser uma Cidade moderna,desenvolvida esolidária.

Com um intenso Bem-Haia,

Presidente da JuntaAntónio Moutinho Mendes

PARQUE URBANOSão Mamede Infesta

Page 2: Boletim 2º semestre 2009

Discurso na Assembleia de Freguesia25 de Abri l de 2009

Sr. Presidenteda Junta de Freguesia deS. l\y'amede de Infesta,Srs. l\,4embros da Assembleia e do Executivo da Junta deFreguesia,Ëxmas. Entidades, Associaçóes e OrganismosMinhas Senhoras e meus Senhores.

O discurso que vão escutar Íoi, não tenho dúvidas, o mais difíci lqueescreviaté hoje, aquele que mais me custou preparar.E foi assim, porque se trata de um discurso de fim de legislaturamandando a responsabil idade de quem assume cargos polÍt icosque tenha o dever de resumirtodo um trabalho, ou a falta dele.Fá-lo-ei, não sem antes tecer alguns comentários dec i rcuns tânc ia oue me oermi t i rão in t roduz i r as minhasobservações.Creio que já terei dito noutras ocasiões que, em 25 de Abril de1974, cumpria o serviço militar, bem longe de casa, muito longedos meus.Talvez não vos tenha dito, porque não seria necessário fazê-lo, aalegria que, tanto eu como os restantes militares, sentimos aoacordar para qualquercoisa que ninguém sabia verdadeiramenteo que era mas, que fazia bem, que se respirava, que aliviâva, quenos tornava pfóximos de gente que nunca víramos, que nosobrigava a troear sorrisos, que nos fazia felizes. Todo um povo agritar ì iberdade, uns sabendo do que falavam, outros começandoa compreender que, até ali, nem sequer tinham sentido falta dela,porque a desconheciam. Desgraçada ignorância em que nosmantiveram tantos anos.Aquele dia de'1974 erc, por isso, o nascer de tudo, de sonhosnunca sonhados, de desejos nunca desejados, de vidas nuncavividas. Era a gota d'água num desertoáridode quase 50 anos.ADrendemos? Não. Infelizmente. não.35 anos depois deste extraordinário acontecimento, exemplopara todo o mundo, o que se faz não é festejáio, trocando osmesmos sorrisos de entâo, dando-se e recebendo-se abraçoscalorosos de felicidade, apenas respirando sem ter de pedirl icença ou, tão somente, olhando a côr do céu, côr única eexclusiva que a todos e a ninguém pertence, ao contrário deoutras.Agora, 35 anos depois, o tempo é de "faz de conta".Fazde conta que nuncagovernei, fazdeconta queasfinanças nomeu tempo nunca derraparam, faz de conta que a crise quevivemos é da exclusiva responsabil idade de quem governaactualmente e faz de conta, ainda, que terei uma varinha decondão que irá colocar na ordem as economias dos EUA e daAlemanha e, porarrastamento, as do nosso País-A um outro nÍvel, já agora, faz de conta que não te apercebes queenquanto se discute por onde irá passar o Metro do Porto, umanova linha nasce no l,4etro de Lisboa, sem discussão. Faz deconta que as sedes de Concelho, de norte a sul do País (comhonrosas excepções, refira-se), pensam verdadeiramente nahomogeneização do seu território e verifica, por certo, comagrado, como todas as freguesias crescem harmoniosamente,que todas têm um auditório, um cinema, um teatro, programasculturais diários, várias associações sistematicamente apoiadaspelos dinheiros públicos, grandes e luminosas avenidas paraconversas familiares e para acolheros seus visitantes.Acredito, seriamente, que já estejam cansados de fazer de contamas, no início deste discurso, prevenì que iria fazer um resumo doque se fez ou do que se nãofez. Ficará a cargo de cada um de vósa análise das circunstâncias.No entanto, como a situação em que aqui me apresento obriga aoutro tipo de observações, peço-lhes, apenas, mais um pouco davossa atenção.Escrevi, a cada trimestre, um artigo de opinião no Boletim danossa Cidade. Tentei abordar temas que, do meu ponto de vista,poderiam interessar os seus leitores. Falei de ética e deresponsabil idade social, discorri sobre as organizaçõesassociativas, abordei a "moda" dos independentes que, a cobertodesta pseudo-independência se vão servindo a seu bel-prazer dasociedade, falei de dignidade e da falta dela nas constantesnomeações, sempre dos mesmos, escrevi sobre a (i) legitimidade

DR. JOSE CARLOS PEDRO

Presidente da Assembleia de Freguesia

dos apoios estatais aos diversos sectores de actividade, falei decomportamentos, ditos evolutivos, mas que o não eram, falei dacidade. Mas, o meu primeiro artigo de opinião, escrito em 2005,teve por titulo "Ser autarca é pensar plural". Se hoje tivesse deescreversobre esta temática não alteraria rigorosamente nada doque há 4 anos escrevi. Quero com isto dizer que continuo a pensarque as boas ideias deverão ser acolhidas, venham de ondevierem. As pessoas devem valer por si e não pela bancada querepresentam. Mas te re i de d izer , também, que es tecomportamento só Íará sentido se for universal, ou seja, se forpraticado portodas as bancadas de qualquerórgão público.Doutra forma. as freguesias. as cidades. as regiões, os países, emduas pa lavras , todos nós , sa i remos pre jud icados porcompoÍtamentos desviantes daqueles que, eleitos pelo povo, nãopermitem que as melhores ideias sejam postasem prática.

E se, em qualquer circunstância, este comportamento serádeplorável, nas actuais condições da economia mundial, maiorrelevância se deverá dar ao bem comum. Sem egoísmos balofos esem vaidades insustentadas, tudo deverá ser feito para que obem-estarcolectivo seja alcançado.

E certo que ninguém deseja a crise nem ela apareceu, apenas,agora. Já cá andou porvárias vezes e é bom dizê-lo que não será aúltima vez que nos visitará. As crises são cíclicas e não se prevôquedeixem de oser

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25 de Abri l de 2009

Discurso na Assembleiade Freguesia

(continuaÇao da pá9.2)

Por isso. penso que a melhof maneifa de a abordar é recorrer aexperiências passadas, de gente insuspeita e divulgar-lhesalgumas das observações que, a propósito da crise da época,foram tecidas por essa figura Ímpar do mundo da ciência, denome:Albert Einstein (1879 1955).Chamo, no entanto, a vossa atenção, para o realismo que sóquem tem estê estatuto (quem não tem de agradaf a ninguém deforma gratuita) pode colocar naquilo que diz."Não pretendamos que as coisas mudem se continuarmos a fazersempre o mesmo. A crise é o melhor que podefá suceder apessoas e paÍses porque a crise trás consigo progressos"."Acabemos de vez com a única crise ameaçadora que é atragédia de não querer lutar por superá-la"Senhor Presidente, colegas da Assembleia de Freguesia emembros do Executivo, caros concidadãos, é bem provável quenão volte a pisar esta Câmara, na qualidade em que o Íaço nestemomento, depois das próximas eleições. Não tenho, hoje,vontade de continuar a desempenhar um cargo (se para tal,obviamente, fosse eleito)que, dependendo de outras instâncias,nos l imita na nossa forma de estar e de ser.

Quero, no entanto, deixar claro que foi um privilégio trabalhar comtodos vós. com os que a nda estào e com os quejá rumaram paraoutras paragens. Com honestidade vos digo que sairei destaexperiência mais rico pois, as divergências, naturais, queaconteceram (corn maior ou menor aspefeza) signiÍìcaramaDenas a vontade de fazervalef o ponto de vista de cada um.

Espero que aqueles que se mantiverem tenham aprendìdo osuficiente para verif icar que, acima de cada um de vós, deveráestar o interesse da cidade que vos elegeu. Só assim se entendea missão para queÍoram incumbidos.

Por isso, e para que o esquecimento não se sobreponha aospuros, únicos e verdadeiros ideais da l iberdade, recordarei hoje,aqui e de novo, os que não voltaram do Ultramar, os que nãovoltaram das masmorras, os que voltaram completamenteestfopiados e senis, aqueles a quem não deixaram sonhar comum PoÍtugal l ivre e para todos.

E é também por isso que, hoje e aqui, gritarei:- contra os bem instalados- contra os falsos fazedores de promessas- contra os que se esquecem da sua responsabil idadesoctal- contra os que, apfoveitando os dinheiros públicos emproveito próprio, lançam na miséria famílias inteiras- contra aq ueles que, em vez do bem, praticam o mal

contra os que ainda não percebe.am. porque nãoquerem perceber, quanto custou chegar a este dia, em 1974.

I\,4eus caros concidadãos, como eu gostava que o meu grito fosse,também, o vosso grito. O grito da vontade de viver, o grito dasensibil idade, o grito da verdade, o grito de Portugal que é, e serásempre:

Viva o 25 deAbril l

Viva o 25 deAbril l

Dr. José Carlos Pedro

Associacâo Académica de São Ítl|amede

VOLEIBOLSeniores masculinos

Galdas da Raínha - 3 de Maio de 2009

Eramos setel Ou talvez o Manuel, (nove anos, atletamini do clube, orgulhoso na sua camisola número nove)e mars sers.Não falávamos entre nós queo barulho não o permitia.lvlas o sentimento era comum, ali, num pequeno espaçomas com muita determinação, para apoiar a equipa,tanto ouanto nos Íosse oossível.Aconteceu o que não querÍamos. A terceira derrota por3-2. Podíamos ter ganho, não calhou, como já antesacontecera . A lguns jogadores garant i ram quechegaram a ouvir o "Académica, Académica". Eram trêsvozes apenas, parece-me impossível que os atletasfalassem verdade.Eles sim, estiveram inexcedÍveis. Acertaram, falharam,serviram para a rede, fizeram pontos espectaculares,escorregaram, fintaram, eu sei lá, mas lutaram, lutaramcom uma garra, uma Íibra, que no meu meio século depresenças em recintos desportivos os dedos de umamão chegam e sobram para contar prestaçoes que selhes eouioarem.O Íinal pareceu-me pessoalmente, mas creio que aosoutros seis também, uma alucinação. O agradecimentoda equipa ainda junto à rede orguìhou-nos. Quando oNuno Silva trouxe até poucos metros de nós toda aequipa e duma forma tão vibrante repetiram pâra ovarandim onde estávamos ("... t iveram coragem de,virl") o agradecimento ao apoio simbólico que demos,percorreu-nos uma emoção indescritível.Estávamos mais que pagos, pela deslocação, pelasdesoesas, pelos riscoslMais do que isso, assistimos a uma lição do que é estarem campo, empenhados na conquista de um título,tendo ou não apoio. Esta equipa cem por centoâmadora, ao contrário de todas as outras com queconcorreram, foi exemplar.A dedicação do Sousa, a ciência do João Miguel, ostécnicos e especialmente os jogadores, t itulares ousuplentes, deram o exemplo de que um clube deformação tanto precisa. O cìube de quem sou "apenas"simpatizante e que se calhar desperdiçou no dio 3 deMaio um dos momentos altos da sua notável história.Ao adversário, pelo seu empenho, os parabéns pelavitória. A nossa equipa pelo que nos proporcionou, omeu muito obrigado.PauloTavâresda Rocha

PS. num ano em oue oraticamente todos os escalões deambos os sexos, estiveram acima das expectativas,independentemente dos resultados que ainda sepossam atingir, orgulhemo-nos de apoiar os nossosatletas, de um pequeno clube, mas actualmente o maiordo voleibol nacional.

Page 4: Boletim 2º semestre 2009

Á

#'P-Casa da Juventude de S, Jvlamede de Infesta,ffiTendo como preocupãção a promoção da educação não formal,a Casa da Juventude de S. Mamede Infesta está a realizarcursos de formação nas mais diversas áreas, com vista àaquisição de competências e instrumentos para o percursoprofissional dos jovens:

Curso PÍofissional de Falarem PúblicoDuração de 15 horasApaÍtirdos 18anosA 2.4 s Feiras das 19H00 às 21H000Valor: 10€ porinscrição

Workshop de BêatBoxDuração de 48 horasApartirdos 14 anosAos Sábados das 17H00 às'19H00Valor: 10€ por inscrição

Curso de Secretariado e Línguas EmpresariaisDuração de 36 horasApartir dos 18 anos43. 's Fe i rasdâs 19H00 às 21H000Valor: 1 0€ porinscrição

Curso Inicial dê Espanholuur avou ue í r I ru r a r

Apartir dos 16anos45. "s Fe i ras das 19H00às21H00Valor: 1 0€porinscrição

Cursode Formação Inicialde Campos de FériasDuração de 100 horasApartirdos 18 anosA 2.' s Feiras das 19H00 às 21H000 e aos Sábados das 14H30às '16H3Valor; 20€ porinscrição

A Casa da Juvêntude dispõe ainda de muitos outrosprojectos:

cENTRo DE DIVULGAçÂo DAs TEcNoLoGtAs DAINFORMAçÂO este serviçô promove acções de divulgação,sensibilização e Íormação nas áreas das tecnologias deinformação.CAJ CENTRO DE ATENDIMENTO A JOVENS é um espaçoanónimo, gratuito e conÍidencial, onde podes esclarecer as tuasdúvidas, faìar das tuas necessidades e problemas na área dasaúde e planeamento familiar, com técnicos especializados.Funciona às ouartas-feiras. das 16h00às 19h00.CAoJ cENTRo DE ACoMPANHAMENTo E oRIENTAçÃoJUVENIL , é um espaço de suporte, apoio e acompanhamentopsicológico na resolução de conflitos e tomada de decisão. Oâtendimento, é confìdencial, gratuíto e feito por psicólogos (as),mediante marcação prévia, de segunda a sexta.WORKSHOP DE DANçAS LATINAS, visa promover o bem-estarfísico e psíquico através da dança. Decorre aos Sábados,das 10H30 às'12H30. Gratuito.VEM VOLUNTARIADO EM MATOSINHOS, este projecto temcomo objectivo aumentara mobil ização e sensibil ização face aovoluntariado, e permitir à população em gerâl, e aos jovens emparticular, serem sujeitos activos, principalmente, no que serefêre à luta pelas causas que mais directamente lhes dizemrespeito, formando cidadãos responsáveis, crít icos eintervenientes.Inscrições nas Casas da Juventude do Concelho, CâmaraMunicipal ou no site: v'lww cm-matosinhos.ptExposiçâo Fotográfica esta exposição tem como objectivodar a conhecer o fruto dos trabalhos fotográfìcos, realizadosdurante o ano lectivo, pelos alunos do Curso dê FotograÍia daEscola EB2l3 N4aria N.4anuela de Sá.A exposição é aberta ao público no próximo dia 6 de Junho, naCasa da Juventude de S.M. de lnfesta.

Estamos ainda, a preparar um vasto programa de animaçãopara ocupares osteus tempos livres nasférias deVerão.lnforma-te!

Casa da Juventude de S. Mamede Infesta Telefone; 22

Para Activos e Desempregados em Horário Laboral e Pós-Laboral

. l r ì g l ê sa AlerÍrãoa Es1>a r ìho !. rGe r i a t r i aa lnforrrrát-caa.Errr prêêrrded orisrÍì oa A . t end i rne Í ì t o ao Púb l i coa Práticas A.cl rrì i Í ì istrat i \rasa AÍairnação Socio-(CLr l tLrrala Acorrì t ta Ír t tarrreÍì to cle rCriarìças

GABINETE oE INsERçÁo PRoFISSIoNALEdifício da Junta de Freguesia I Ruâ Silva Brinco, s/n I Tel. 229.069.629

Page 5: Boletim 2º semestre 2009

.,.::3._---

ffi 0S s0 ANoS DA ATLÉTICA D0 TELHEIRoÍ..=Ì UU CU ANUU UA T1,4\ t| ,L,T- I A Mesa'o consti tuida oelos segJintes convrdados|

' I D' Guilhe'n-e Pinro(Presid da Cán'aÍa de l \ ,4aÌosinhos)

\ ) Anlonro [,4enoec (PÍesroenle dd Junla de FÍeguesrdr\", .F Sr. AÍrrdnoo Coelho (PÍesrdenle da OrÍecçáo)

Vice Prêsidentê da Associacão de Futebol do PortoFederaÇão das Colectividades do Porto

Associação das co ectividades de l \ ,4atosinhos

O Presidente da Assembleia Geral, Armando Coe ho, começou porjust i f icar uma alteração aos trabalhos. Como a Fanfarra dosBombeiros ainda não t inha chegado propôs que se iniciasse a Sessão.Quando ela chegasse é quê fâriam a saudação habitual.Começou por tecer algumas considerações acerca daquele evenlodizendo o que era murto importante para aquela associação naquelemomento. CoÍnentou a falÌa actua de garra da parte da juventude localeue está um Douco adormec da. Por ouko lado comenlou a 'nova

força" que regislou em Ívlatos nhos grâças à êcção do Presidêntê daCâmara. Ci lou que êncontrou em l\ ,4alosinhos, com maÌs de 300colectividades. dLrrante a acl ividade que leve a paíl icularidade deencetar da Feira doAssociat ivismo.

Seguidamente deu a palavra ao presidente da Câmara de Ívlatosinhos,Dr. Guilherrne Pinto.

"Meus caros eu tinha-me comprometida com a associação Académicado Telheiro honrat d mìnha paldvra ale porque não e úm anive$ànonormal. 50 anas é uma vìda para esta coleclividade. Sinta-meexlremamente satisfeìlo Dor vet aouì à valta da AIIética do Telheiro asoukas calectividades /ocals. Á ,ossa untâo e o faclo de podermosuabalhat em can ì unlo è mütlo t [email protected] íalou que daqui a mais 50 anos as festas terão outro Presidenteda CâÍnara e,outras pessoas mas continuarão a ter a mesmaimportância. . . E necessário saber aqui o com que se poderá contar porpèrle da Cámara lúunrcrpè|. -a.ìberr.

os lovens. sáo para nos LrÍnâpreocupação. São eles que forrÌ ìarn as equipas doAtlét ica do Telheiro.Mais á frente acrescentou que é preciso inventar o corpo principal queà a sua forrnação despor|va e neste aspecto podem contar com aCâmara l \4Lrnicipal. Apoiamos com 100 € cada atleta e aqui também naAllét ica.Temos vndo a apoìar a renovação dentro do possível nosc ubes .Depois dê urna onga e frutuosa apresentação em que falou também daati tude do Presidente da Junta em relacão ao seu aooo àscolectividades e da formação desportìva que é necessário implemenlarnofuturo para darà coÌecl ividade a necessária viabi l idade.Tenho aqui uma oferta que simboliza o âprêço que a Câmara tem porlodosos clubes e porlodas as associações que conseguiram resist iràpoalha do tempo ê conseguem que a Atlét ica do telheiro seja aindauma prêsença vÌva naAssocação. Dêcid mos criaruma medalha paraas associações que fazem,25,50 ou 75 anos. Entregou a respectivamedalha. Termlnou pedindo desculpa por não podercontinuarjá quelem de estar no 'dia L4unicipal do Bombeiro que se real iza emMalosinhos dêntro de ooucos rninutos.Seguidamente deu-se então seguimenlo às cerimónias exleriores coma Fanfaara.No exterior decorreram as habitua s cerimónias protocolares com aÍanfarra do Bombeiros Vo untários de S. l \ ,4amede de lnfesta. No fnaloPresidente da Cámara desDediu-se e fo oara Matosinhos.Regressados ao interior foi retomada a conÌ nuação da sessão solene.For dada a palavra ao reprêsenlante da Federação das Colectividadesdo Distr i to do Pofto que teceu váriasconsideraçõesde interesse para acolectividade. O Vice-Presidente da Associacão de Futebol do Porto.do mesmo. modo Íalou acerca de diversos assuntos de interesse. Porsua vez o Presidenle daAssociação das Colecl ividades de l \ ,4aìosinhosfalou acerca daquelê rnornento presenle.Depois seguiu-se um lntêressante período em que foram disunguidosdivêrsos associados ê at letas. Desde os mais antigos aos maismodernos muitos forarn os que mereceram uma lembrança.Finalmente o Presidente da Assembleia Geral e depois de traçar umplano geral da actuação acerca do homem que mais teÍn feito pelascolecìividades (a começar pelas reuniõês mensais que lodos os mesesse real iza para tratar dos assuntos gerais das colectividades e tambémcomo uma reunião de amigos) deuapalavraao Presidente da Junlade Freguesia de S. Mamede de Infesta, Sr. António lMendes.Dir igindo-se a todos os presentes começou por agradecer ao Sr.Presidenle da Assembleia Geral, Sr. Amado Coelho, aspalavrasqueanteriormente lhe t inha dir igido e depois dir igindo-se a todos ospresenles, querda mêsa, querda assembleaa dissê:

PÍesidente dâ Câmara Dr. Guilhêrmê Pinto usando da oalavra

"Eu sìnto-me em pimeirc lugat muito contente e em segundo lugar.muito ttìste. Muìto contente potque. em primeìro lugaí, estou aqui emcam a minha presença para íesle/ãr. estes 50 anas da AtlétÌca doTelheiro. Muita tiste porque tinha encomendado, a propósíto, umaprenda, mas não me a entregaram a tempo de eu a trazer. Queriapoflantô em prìmeira lugar dar esta explìcaçáo. A Segunda nota é quepara além do discursa do Sr. Presìdente da Câmara e dos que meantecederam. corro risco de repelir. Tenho âqui âlgumas palâvrassimples mâs que eu acho ìmpodante. Eu começâva por uma frase queera: nascemos sem pedií Moftemos sem querer. Aprcveitemos o

E mais à frente: "... Na camemoraçào dos 50 anos da AssociaçâoAtlética do Telheio, que só s íaz uma vez na vìda e é o peso dessarespansabilìdade que nos traz aquìparc comemorctmos..."

Concluiu dizendo que, para alem, do muito que goslaria de dizer aúnìca coisa qre i tá fazet é pedir uma grande salva de palmas paratodos os dirrgenles que ao Íìm de 50 anos mantém esla colectividade de

Terminada a sua intervenção, que foi rnuito aplaudida, as pessoasdir igiram-se para ouko local onde sê ir ia continuar a comêmoração cornum Portode Honra.

Em cima. A Fanfarra dos Bombeiros na sua actuação.Em Baixo: Moutinho Mendês na sua intervenção final.

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"Digníssimas Senhoras" ...João Gomes dos Santos Lopes

Exmo e Digníssimo Senhor Directordo Boletim da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta

João Gomes dos Santos Lopes, nascido a 25-07-1934, vem muito respeitosamente pedlr a Vossa Éxcelência se digne publicarno Boletim que meritosamente dirige, o meu grito de dor e agradecimento, muito sentido e sincero.Aìda de Lourdes Ferreira Gomes Guimarães, nascida a 25 -03-1966 e falecida a 08-01-2009. pelas 3,00 horas da manhã, com acompanhia e assistência das digníssimas senhoras: Doutora Ana machado médica e Ana , eníermeira no IPO durante dois anos e meio,foram as suas assistentes assíduas, nos intervalos dos tratamentos e fìsioterapias, no Hospital Pedro Hispano.

É-me muito difíci l falar numa tragédia tão dolorosa e recente, pâra um coração de pai, tão frágil e doente, mas tudo o que meanima e norteja é efectivamente não deixar alongar o tempo, sem ag.adecer de joelhos a estas duas DIGN|SSIN,IAS SENHORAS, oquanto abdicaram, do seu merecido descanso, dos seus aÍazeres proÍissionais e familiares, para estarem sempre presentes, juntas daamiga que desde início sabiam que a doença era de moÍte. Não há palavras de agradecimento que compensem semelhantes gestos efazem tanta falta. "PROFISSIONAIS DE SAUDE COMO ESTAS DUAS SENHORAS"

Já é a sequnda vez que me prestam a mesma solidariedade, primeiro em 23-08-2002 á minha inesquecível ESPOSA, agora àminha muito querida e doce Íi lhinha, tão querida na família, na profissão e em tudo que fazia e dizia.

Era ingrato se não o Íizesse de igual forma de agradecimento a meu FILHO JORGE GOI\4ES, que também nunca abandonoupor instantes a sua adorada irmã, prestando-lhe todo o apoio psicológico, monetário e presença diária, mesmo prejudicando a empresaque com mérito e inteligência dirige e continua a prestar apoio humano e monetário ao cunhado e sobrinho, propondo-se a tomar conta dosobrinho, caso o pai aceitasse, o qualnão é possível, visto paie fi lho são inseparáveis.

Agradeço de igualforma a todas as amigas e vizinhas o apoio que se dignaram prestar-lhe e mais específicoa toda a hierarquiada LABN,4EDE do Laboratório de S. l\,4amede de Infesta, pessoal superior, técnicas, pessoal administrativo, recepção, senhoÍa da limpezae marido e todo o pessoal, assim como ao pessoal dos postos anexos e doentes, os quais a minha doce FILHINHA assistiacarinhosamente.

Os meus agradecimentos aos meus restantes Íi lhos, de acordo com as suas possibil idades profÌssionais e não só, prestaram-lhe todo o carinho possÍvel, só com grande desgosto não evitaram a morte, mas todos eles, como eu, sentimo-nos uns farrapos humanos,com a alma e coração dilacerados pela dor, pela tristeza, pela Íalta...

A tristeza não envelheceQuem amamos, jamais esquece,Nossos corações arrefeceQuem desejamos não aparece...

o pai

Convencido que Vas. Exas. Não deixarão de atender ao meu pedido, o que antecipadamente e respeitosamente agradeço.Sem outro assunto de momento subscrevo-me atenciosamente

Joáo Gomes dos SanÍos Lopes

OBS: Um agradecimento muito sentido e sincero às minhas queridas manas e familia pelo apoio e amizade continua.

Sr. José Dias - S. Mamede em NoticiaMAIO DE 2OO9

ASala de visitas de S. lvlamede de Infesta, na Av. do Conde, levou no passado mes de Ma.ço uma intervenção no piso com umtapete betuminoso novo, bem como as marcações horizontais no pavimento. Ficou realmente um mimo, naquele espaço entre a lgreja e arua todinho de Faria, sendo que é o centro de S. l\,4amede, considerada a sala de visitas. Tem havido alguns melhoramentos noutroslocais, nomeadamente na zona da Fonte dos Alhos e nas ruas a centes, com pisos identicos, sendo uma mais valia, para todos osmoradores. Actualmente está a seraberta uma pequena rua em continuação da Travessa das Larangeiras que é o pontão porcima daA4e que vai l igar à rua Nova da Fonte dos Alhos. Tem que se salientar a preocupação em bem gerir, tanto do presidente da Camara DrGuilherme Pinto a nivel do Concelho, bem como do Presidente da Junta SrAntónio lú l\,4endes a nível local. Os dois estão de parabéns pororooorcionarem atodos os Matosinhenses uma melhoria e bem estar.

Por falar no presidente da Junta e lendo o editorial do ultimo BOLETII/ da Junta, dá para perceber que o Senhor MoutinhoMendes demonstra muita humildade e essa atitude é uma mais valia e só digniÍlca aqueles que assam procedem. Quando diz queestamos a sete meses das eleições não quer dizer que se vai embora. Penso e estou convicto que se o Sr se recandidatar, osl\,4amedenses sasberão dar-lhe o apoio porque nos anos que esteve à Írente da Junta de Freguesia de S. l\,4amewde muito Íez e estapopulação que tem por si muito carinho tal como o Sr tem pelos Mamedenses ejá o demonstrou muitas vezes. A sua preocupação não terconseguido tudo a que se propôs, nomeadamente o l\.4etro para S. l\,4amede, todos sabem que valores mais altos se levantam e que porvezes um oresidente de Junta é imootente para ultaoassar enormes burocracias. O Sr está bem em S. l\4amede e deverá continuar,porque poderá acontecer que num dos próximos mandatos tenha a alegria de ser contemplado com o que mais desejava, pois aplica-se amáxima (mais vale tarde que nunca) O galardão de ser contemplado com a medalha de l\,4ERlTO ASSOCIATIVO diz tudo quanto à suadedicação e como afirmou na altura (boletim n" 68- l ' tr im. 2008) a dit inção que me foì atribuiria, já que foi sinsera e alicerçada nostestemunhos de um desempenho satisfatório ao longo de todos estes anos de vida autáÍtica.. No que diz respeito à paÍte desportiva,naturalmente que gostaria que S. Mamede Íosse contemplado com um novo complexo desportìvo para o F. C. de InÍesta, prometido hámais de 20 anos e como diz o presidente, Sr Ramos, em 2006 o actual Presidente, prometeu solenemente que iria ÍÌcar construido. Olnfesta com T5anosde existencia. ia merecia â mesma iaualdade de tÍatamento oue outros clubes do Concelho tiveram. Seria uma honra

(continua pá9. 7)

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que o presidente daJunta (e no seu mandato)juntasse a outras maisvaliasessa de um novo estádio para o clube maisrepresentativo da cidade. Siga em frente Sr presidente.

Há uns meses atrás, neste mesmo boletim fiz referencia às crónicas habituais, normalmente ìniciadas naultima página intituladas (figuras do passado) da responsabil idade do Sr Eduardo SoaÍes, acompanhadas, sempre,com fotos a i lustfar o apontamento. Gostaria de salientar a últ ima (boletim n' 72- l ' tr imestre 2009) falando no PadreManuel de Castro, que fiquei a saber que tinha sido pároco em S. Mamede nos anos 1935 e é atavés dele que contauma história comovente passada em S. l\,4amede, que na aÌtura alvoroçou estaterra com poucos habitantesem que

todos se conheciam. Saliento a documentação que o sr Eduafdo Soares tem para como nesse apontamento e uma quantidade dequadras alusivas a essa tragédia da autoria desse Sr. Padre.

Quero salientar que tive a honra de finalmente conhecer o Sr Eduardo Soares, no passado Domingo de Páscoa quandocomprava ojornal no quiosque Ribeiro. Demo-nos ao conhecimento e trocamos impressões sobre o Boletim e enquanto eu estava no caféa ler o jornal ele teve a amabilidade de ira casa, ali perto e me veio oferecer o l ivro de sua autoria FIGURAS DO PASSADO, devidamenteautografado à minha pessoa. Esse livro é um hino a todas as pessoas queridas de S: Mamede. Salta logo à vista, de quem o ler, que em S.lvlamede, apesar de ser terra pequenâ, por cá passaram figuJas i lustres e de muito valor. E de lembrar que o Sr Eduardo Soares foiiambém agraciado há cerca de um ano com a l\,4 EDALHA DE l\,4ERlTO na altuta da condecoração do Sr PresidenteAntónio lvlendes.

Os BAILES DA SAUDA DE em S lvlamede continuam duas vezes por mês e o ult imo em 19 de Abril teve e a honra de dar iniciodas comemorações dos 35 anos da revolução deAbril e para mais valorestiveram presentes os presidentes da Camara e da Juntâ queusaram da palavra alusiva ao acto, tendo o Sr Moutinho Mendes feito entrega pessoalmente a todos os presentes de um cravo vermelho.Para terminar esta já longa crónica, lembrava a todos os lvlatosinhenses que leiam o ultimo Boletim de Matosìnhos (no ' l9Abril 2009),aonde vem entre outras noticias de interesse uma intevista com o Sf João Sousa presÌdente do Rancho Típico de S. lvlamede. Nessaentrevista verif ica-se que este Rancho que existe há 49 anos e com grande sucesso, faltando nessa entrevista salientar o grupo musicalvocacionado para musica tradicional Portuguesa, aonde o Sr João e o fi lho são os pricipais elementos, com destaque para os váriosinstrumentos que tocam num e noutro. Nesse boletim vem ainda em anexo uma outra revìsta dedicada ao associativismo, trazendo todasas associações e colectividades de Matosinhos num total de 395 num total de '10 Íreguesias.

Jose Jesus Dias

Zé Ferreira Mendes - A minha terraLisboa, 16 Abril 2009Tudo o que sou, devo a Deus, meus Pais e a S.Mamede de InÍesta, onde nasci na Rua Godinho de Faria no. 315 (actualmente

n'.73'1 , no prédio onde hoje está instalado o Centro de Saúde), às 1'1,45 hofas do dia '14 de lVarço de 1935.Em S.Mamede minhas raízes cresceram e fÌxaram-se de forma deÍinit iva e cheias de amor pela Natureza. Sou,

orgulhosamente, há 74 anos, um Mamedense amante das suas origens e dos amigos que ai deixeie da Terra que me deu Vida.Recebo com imensa alegria e regozijo pessoal, o Boletim da Junta de Freguesia. Estar informado constantemente das

evoluções e transformações que vão reformando S.lvlamede, posìtivamente, é motivo de alegria e grgulho das minhas Gentes.Leio e releio as "Figuras do Passado" que o incansável Eduardo Soares lembra de uma forma admirável, saudosa e terna dando

a sensação que as mesmas continuam junto de nós. Obrigado, Eduardo Soares, pelos momentos admiráveis e confortantes quando leioteus artigos.

lgualmente é motivo de satisfação para um Mamedênse convicto, como eu, sentir orgulho da sua Terra pelos dirigentes,Presidentes da Câmara, da Junta de Freguesia, daAssembleia da Fre- guesia, daAssociaçãoAcadémica, dos Bombeiros Voluntários, doF.C.lnÍesta, que tudo têm feito em prol do enriquecimento e embelezamento de S.Mamede. Deus ajude S.Mamede, seus Dirigentes etodos os oue ai nasceram e residem. marcando o ritmo da Terra.

É este o pensamento que me assaltou no momento e que não deixei de registar e comunicar aos meus conterrâneos queembora longe o meu pensamento e espírito vive com todos Vós, diariamente, com amizade e muita saudade. Abraços à minha Terra e àsminhas Gentes.

Iermino, dizendo: gostada um dia de podervoltar e aídespedir-me da Vida. Só Deus sabel

Elisio Rodrigues - lnformática e jantar de despedida(Aluno de curso de Formação Profissional contínua)

Pretento com estas palavras agradecer às entìdades que promovem estes cursos em horário pós-laboral e sábados, e nosproporcioman no final do trabalho, estudar e enriquecermo-nos culturalmente, um pouquinho mais.

Este agradecimento é extensível à Junta de Freguesia, que cede o espaço e incetiva os habitantes que na sua maioria pordificuldades da varia ordem, não puderam ou não terminaram os estudos básicos enquanto maisjovens.

Cursos (Pós/Laboral) na Junta de Freguesia de S. Mamede de InfestaInstituto do emprego e Formação ProfissionalCentro de Formação Profissional do Sector Terciário do Porto

Eu comecei pelo curso de inÍormáticaPraticamente nem sabìa o que isso é,Mas aprendi que a "lníofmação AutomáticaE O t-U I UHU e SO lenno Oe ter re.

o Professor, Eng. Carlos Moreira,Foi "porreiro" e teve aÍte de ensinarCom paciêncÌa uma turma "desordeiraCom tantos "cotas e difíceis de atufaf

Depois entrei para o cuÉo de inglês;Para esta lígua saber escrever e falar,Tive sorte de encontfar a "teacher" Inêsl\y'uito sirnpárica e rão competente a ensinar.

Os meus colegas, sem excepção pra ninguém,Foram amigos e cordiais companheirosFizemos todos para ir o mais alémE no "final" serem todos os primeiros.

Chegou o fim. Fiquei logo com saudadeE esperança de poderjá brevementeRegressaf, se houver outra oportunidade,Ouero aprender e parti lhar com toda a gente.

E um "projecto" com propósito de nos ajudarA encarar o futuro com mais esplendor.Obrigado Freguesia, por me deixarem partìcipar,Gostei dos "Cursos" e do convivio acolhedorl

(continua pá9. 9)

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Fernando da Costa Taveira - Um não às misturasSinto-me um homem comum,Mas não vulgar,outros são os meus afectos,O meu gostar.

Para mim guardo os seus sonhos,O meu viver.São outros os meus desejos,Não o poder.

Vossas músicas não ouçoSó os meus sons.A minha paleta é outra,Tem outros tons.

Desprezo a vossa palavraOs seus zunzuns.Não cultivo os vossos deuses,Só os meus nenhuns.

Não invejo a vosso ouro,A vossa intriga.Mas apÍecio o tesouroDa voz amiga.

Tuíma InglêsTurma lnformática

Elísìo RodiguesPicoutos / S. Mamede de lníesta

Odeio as vossas armas,A continência.Anseio o voar das pombasDa inocência.

Não quero rever-me em vós,Vosso dinheiro.l\,4as quero fìcar a sós,De corpo inteiro.

Náo visto os vossos traposNem lantejoulas.Não imito dos macacos,Vestes Parolas.

Não me levam a reboque,l\,4entes estreitas.Nem sou moeda que troqueldeias Íeitas.

Não me põem a pata em cima,Os salvadores.Outra vida me anima,Outros valores:

Terra, mar, céu e luarE liberdade,Deles faça o meu pulsar,l\.4inha cidade.

Não me roubem a vontadeDe opção.E permitam-me a vaidadeDe opinião,

Fazer as minhas escolhas,Só e comigo,Beber do vinho as colheitasDo mundo antigo.

Glaudio Afonso Macieira (11anos)Os 5 Elementos

Serei o ar que respirasO som da NaturezaSerei criador de fadigasQuando procurares uma presa.

Sou a água correnteDe poder infinitoA minha força renteMais parece um mito.

Era o fogo crescenteQue vive no coraçãoEra tão quente e reluzenteMas causei destruição.

Fui a terra que te criouPoder em bruto sem ÍinalEm mim o vegetal germinouSenão fosse eu, isto podia correr mal.

Sou a vida nascenteDe qualquer ser inocenteComo o fogo sou crescentelvlas às vezes decadente.

Claudio Afonso llaciein nlanos)

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AS CotìllE]ìlloRAçoES D0 25 DE ABR|L 2009As comemorações do 25 de Abril de 2009

decorreram de forma absoluÌamente norma . Tudocomeçou com a chegada da Fanfarra dosBombeiros Voluntários de S. Mamede de Infesta

ao edif icio da Junla e depois com d cerimonraiçar das bandeiras. Tudo decorreu de forma

e com basta'rte popu ação a assrstir. Noa fanÍaf ia desoediu se com as habituais

saudações

A sala estava cheia e respirava'se um ambiente era ordeiro.Depois de todos os deputados estarem instalados começou aSessão com a intervenção da deputada do Bloco de Esquerda,Sra. Cecíl ia Augusta Ribeifo Garcia. Dirigindo-se aos deputados,dirigentes associativos e todo o público presente começou porQtzel :

"Festejamos hoje o 25 de Abril, mefgulhados na maisprofunda emoção em prol da conquista da Libefdade e daDemocracia..." mais á frente diria ainda: "...O debate deprojectos de vida dos nossos concidadãos não pode sersubstituído por questões de mero poder pessoal..."

Seguiu-se o membro da CDU, Sr Pedro António l\4aiaBrandào. que depors de fazer a sua apresentação disse''...comemoramos o 35o. Aniversário do dia daliberdade. Comemoramos a revolução deAbril. Comemoramos odia e o tempo que mais avançamos de mais Democfacia e demaior oportunidade da nossa histófia colectiva e que por issopermanecem como referências essenciais ..."

Depois foi a vez do deputado da coligação l\,4atosinhosFeliz, Sr. Pedro Pinto (PSD e CDS). Feita a apresentaçãocomeçou por dizer: ' .Festejamos o nascimento da democraciaem Portugal ocorrido há 35 anos Abril é tempo de Íelexào Etempo de relançar a esperança. De acreditarmos e trabalharmospara um futuro melhor para Portugal...

Seguidamente o deputado do PS, Sr. Octávio Oliveira,que feita a apresentação disse o seguinte: ... o 25 de Abril dospoetas porque só assim é a revoluÇão dos cravos." E mais àfrentei " a Escola Prática de Cavalaria em Santafém o jovemSalgue i ro l \ y 'a ia ass im como aque les homens que oacompanharam para mudar o estado a que aquilo chegou... '

Foi depois a vez do Sr. Neves de Oliveira falar. De poisda apresentação disse " E 4as Associdções que somos -maforça muito grande e devemos estar atentos aos Íenómenos quese estão a passar à nossa volta... . Leu também dois poemas .Um deles era de Alves Redol. tendo como fundo o Íorte dePeniche.

Foi a vez do Presidente da Junta de Freguesia, Sr.AnÌónio l\4outinho Mendes, que depois de fazer a apresentaçãod isse :

"A Junta de freguesia em conformidade com aAssembleia de Freguesia e atenta ao quanto lhe competia erepresenta para si o 25 de Abril entendeu, mais uma vez levar acabo a evocação desta efeméride histórica do 25 deAbril..."

Finalmente Íoi a vez do Presidente da Assembleia deFreguesia, que terminou aquela sessão com a sua intervençãoque foi publicada neste boletim, integralmente (ver página 2).

coMEI\ió

COMEM

Em c ima lA saudação às bandeirase os vários intervenientesna Sessâo da Junta

 ^ b . l ^ a e ô ' ' a r . l ^

_O público e alguns convidados

Ao lado direito:_O Presidente da Assembleia

de Freguesia, Dr. CarlosPedro Íazendo o seu discurso

CO\ïEÌúO]

e.25 ,

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-KEf ^d-Ër-d^e;rÍíiìxlNoïríel.tes-

lll F-eire l\zledietzal

Concurso deMontrcsForam registadas 5 montras que participaramno Concurso.Depois de devidamente apreciadas foramclassificadas da seguinte forma:

1o Lugar I execuo- VOIDE- ELECTRO S. MAMEDE

2o Lugar I execuo. BOUTIQUE DRAPPA- ELEGANCE I l ingerie-ARMAZENS SIMPATIA

Já lá vão três edições deste que se tornou numevento já de referência na nossa cidade, assimpenso que já todos estamos ansiosos pelopróximo ano, esperando a realização da nossajá lV Feira Medieval.Parabéns

Saudação a todos os participantesO presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede de lnfesta agradece a todos os que participaram deforma magnífica no cortejo de Garnaval Mamedense realizado êste ano. Foi o melhor cortejo atéagora realizado.

os meus sinceros parabéns' ^"?.:fiï1"Jìï:ff,í:l:X"

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Concurso de CurtasMetragens

Escola Secundária AbelSa azar

Mudar S. Mamede

A tr ld^e.dP;tÍTì- Notícle

23 anos de História do Rancho Folclórico do Padrão da légua13 anos do Museu do Linho e do Milho

obngêdo por sere5 fosô àmìco(a)

lr: ' wM[nHmmÌilÀ

Os parabéns da Junta de Freguesia por tão bem festejadas datas

Pedro e o LoboMais uma importante peça de teatroque a Escola de Teatro Sanctus Mamethusnos proporcionou

rôr.. o tro$o e o 'êu d,ò, €n.he{e de

do 4$0

lrme íúula nüsicãlpala Yo! dot inslrümrntos

mttulE]il3

Website da Junta de Freguesiahttp ://www.jfsmi nfesta.net/

Ser\,lcog Orìllrìe

' | Ê.Ëiièã-.. 'o l lnsc.çáo_Recenseamento I Consulta

Ctdêde ern NotícldAoenda Cul tuíaì

t \4 ' -Piogramas

de Festas_Fotos & Vídeos

EllooLJegBloques Escolares

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Page 12: Boletim 2º semestre 2009

-&N0TíCnS D0 FUTEBoL CLUBE DE TNFESTA oFutebol Sénior

Um Campeonato com desilusão totalApós um início de campeonato fulgurante, tendo mesmoocupado o primeiro lugar da tabela classificativa à passagemda 4a ronda, a equipa de futebol sénior do Infesta foidesDromovida à 3a Divisão Nacional.Tendo efectuâdo uma péssima prìmeira fase, a esperançasurgiu na fase complementar com três vitórias consecutivas,duas delas Íora de portas, em Lousada e Arouca, mas doisempates nos dois últ imos jogos, determinaram então a descidafoi uma desilusão.Agora é hora de colocar um ponto final neste episódio eplanificar a próxima temporada.O primeiro passo já foi dado e houve um acordo mútuo entre aDirecção, representada por l\.4anuel Ramos, e o TécnicoManuelAntónio, no que respeita à continuidade deste à frenteda formação, tendo-se iniciado já a constituação do novoplantei. (Na Íoto: esquerda Manuel Ramos e na direitaManuelAntónio)

75' ANIVERSÁRIO COMEMORACÕES1934 a 2009

A Direcção do Infesta, com a intenção de âssinâlarcondignamente o 75' aniversário do Clube, elaborou um vastoprogÍamâ comemorativo, que começou a ser posto em práticâno passâdodiâ l0deJunho, com uma parada detodosos seusatletas.Lamentavelmente não consta desse plano a inauguração doComplexo Desportivo, prometido há três anos atrás peloPresidente da Câmara, Dr. Guìlherme Pinto.Este sonho, que já dura há duas décadas, teima em não serconcretizado, perante tânta impavidez e serenidadedemonstradas pelos responsáveis daAutarquia.Os resultados desportivos verificados, especialmente pelasequipas de futebol, são também o reflexo disso mesmo a Íaltade condições infraestruturais.Ainda que não existam motivos para se fazerem grandesfestas, ao longo do ano prevêem-se efectuarjogos de futebol eãndebol. nos ouais intervenham todos os escalões do clube.Garantida está também a cedência do salão nobre da Junta deFreguesia, no dia 24 de Julho, para a apresentação de um fi lmeque relata a história do Infesta, e também para a cerimónia dâinauguração ofcial do seu site. Teremos, também, a presençada Íanfarra dos Bombeiros Voluntários de S. Mamede, namanhã do dia 26 de Julho. oara abrilhantar o hastear dasbandeiras. oue ocorrerá na frontariâ do Estádio MoreiraMaroues.Antes, ainda, e tâmbém integrada nas comemorações, serárealizada a Assembleia-Geral Ordinária, na qual será levado aefeitoo acto eleitoralDara novo mandato.

NOVOS MEIOS DE TRANSPORTE

Aos setenta e cinco anos de vida, o Infesta viu-se na imperiosanecessidade de adquirir novos meios de transporte, não sópela longevidade que já tem o autocarro mais antigo,completamente desadequado á lei vigente, mas também pelagrande movimentação de atletas verifìcada aos fins-de-semana.Neste partacular o Clube comprou já um autocaÍro novo de 28lugares e uma outra carrinha de L

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FUTEBOL JUVENIL

As atenções estiveram dirigidas para os Juniores, quedisputaram ao mais alto nível da formação o campeonatoNacional da 1". Divisão.As dificuldades já eram previsíveis e o últ imo lugar reflecte-asclaramente, mas â ìmâgem dos mamedense foi positiva e emtodos osjogos o Clube saiu dignificado.Na próxima temporâdâ irá, pois, neste escalão, disputar oCamoeonato Nacionalda 2a Divisão.Ao nível das outÍas equipas, nota positiva para as Escolas, queacabaram o seu campeonato em segundo lugar, e notanegativa para os Infantis, que também desceram de divisâo.

ANDEBOL

O Infesta será o Clube mais representativo de Matosinhosnesta modalidade, com quase todas as suas equipas adisputarem provas nacionais, mas seÍá igualmente um dospiores ao nível das condições para a sua prática.O destaque vai para osjuniores que, actuando no CampeonatoNacional da ja Divisão, conseguiu o oitavo lugar, alcançandopor mérito próprio não só a permanência, mas também a fasefinai da competição, onde se bateu com o F. C. Poúo, oSporting e o BelenensesRegistam-se também classiÍicaçôes honrosas nos demaisescalões.

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QUALIDADE NA EDUGAçAOpor Delfim Correia

Uma escola ou centro de Íormação existe para ensinar quepode ser feito de muitas formas: um ensino teórico, um ensinoprático, em contexto de trabalho, em estágios, em ambientesimulado ou em muilas oulras formas.As formâs mais comuns são um ensino mais teórico ou umensino mais prático. As duas têm as suas virtualidades e osseus aspectos mais positivos ou mais negativos. Nada éperfeito e como tudo tende a apeÍfeiçoar-se, tal tambémacontece no ensino e na educação.Um dos elos mais fortes na educação são os professores.Exige-se-lhes uma boa preparação científ ica e técnica, umacapacidade de bem transmitir os conhecimentos e âs práticas,um empenho diário na sua missão de fazer desabrocharsaberes e competências entre os aìunos, uma presença depermanente clima de diálogo construtivo com todos osintervenientes no processo educativo.Para que isso aconteça, são necessários meios e condiçõesobjeÇtivas que proporÇionem e facil i tem essas aprendizagense a aquisição de competências de acordo com o nível deensino e de aprendizagem. As escolas e os professores muitotêm que Íazer e trabalhar para que exista um clima capaz deDrooorcionar este trabalho. Os meios e instrumentosnecessários ao ensino têm de existir. Caso contrário, todo oproÇesso falha ou, pelo menos, f ica muito aquém daquilo quedeve acontecer nas instituições educativas.Todas estas situaçôes só poderão acontecer, se existir umclima organizacional capaz de responder a estes desafios.Esse clima acontecerá se existirem pessoas capazes deproporcioná-lo. Não é qualquer.malabarista do ensino e da suagestão que consegue Íazê-lo. E necessária muita, boa e sériapreparação, além de muita prática nas escolas e com asescolas. E também não são oalavras muito bonitas nem lindosdiscursos de ocasião, mesmo com roupagens de democracia,obsoleta ou avançada, que o vão conseguir. Administração eGestão escolares não são democracia: são gestão escolar eeducativa.Uma das Íormas mais avalizadas de se adquirir essascapacidades é uma boa preparação em instituições capazesde ministraf essa Íormação. Há várias organizaçóes. como sesabe. lvlas nem todas possuem essa capacidade. Apenasaquelas que certiÍ icam essas competêncìas por pessoasccmpetentes podem ser admitidas no mercadoda educação.Ainda não falei dos pais e encarregados de educação. Chegoua altura. A sua presença e intervenção são necessárias, desdeque seja honesta e correctamente exercida. E não podem nemdevem intervir em tudo. Para já não devem intervir no ensino,deixando essa Íunção para os técnicos: os proÍessores.Também não devem intervir na escolha dos dirigentes, senãode uma forma indirecta, pois não possuem, em geral essaformação, competência e capacidade, deixando essa funçãopara técnicos que possuam esse saber e capacidade. Masdevem intervir no processo estratégico e orientador do ensinoda instituição onde têm os seus fi lhos e formandos, além de umacomoanhamento e cuidado oue devem ter com cada um dosseus fi lhos.Uma das formas mais eÍicazes de avaliação da qualidade deuma escola é pela sua cotação no mercado. A generalidadedos pâis e encarregados de educação colocam os seus fi lhosnaquelas que têm melhor cotação e melhor fama. Não hásoÍisma que ultrapasse esta constatação, sobretudo nosambientes urbanos onde essa escolha é possível, seja noensino público seja no ensino privado ou particular. E evidenteque nos meios onde não exista essa possibil idade e variedadede escolha, o fenómeno adquire contornos diferentes. Mas,mesmo aí, os pais continuam a procurar aquelas escolas quetragam mais benesse e melhor futuro para os seus fi lhos. Nãose pode esquecer que o convívio entfe pares é muito

importante não só em termos de acasalamento sexual, mastambém em termos de convivência social Dreoaratória de umbom futuro profissional. E o que nos diz a experiência no dia aadra .As empresas, na hora de admitir um empregado, procuram osmeihores nâo só académicos como também em caoacidadessociais. O ensino suDerior ouer os melhores alunos dosecundário e, para isso, organiza-se uma parafernália deprovas que sofrem a mais variada contestação. Enfim, todosescolhem os melhores e uma das primeiras fontes de escolha éproporcionada pelas classificaçÕes escolares.Ainda mais importante para se atingir a qualidade do ensino eeducação é a questão do seu controlo e avaliação externa.Vamos vê-lo.Assente na confiança, dotada de credibil idade e tendo comopedra angular a eficiência e a eficácia, esta avaliação tem deimplicar não uma retórica analÍt ica do que coÍreu maì, mas simmeter mãos à obra da educação e ensino e estabil izar,eficazmente, o de por si complicado mundo da educação,combatendo, tenazmente, as práticas lesivas e predadorasdos alunos, dos professores e dos pais e encarregados deeducação, sem esquecer o papel fulcral das entidadesautárquicas na diversidade das vertentes que existam.Urge criar e/ou desenvolver nas escolas e centros de ensinoum paradigma do sistema de avaliação que assegure aimprescindÍvel resil iência do sistema educativo em tempos debonança e em tempos de bonança, de modo que se avancepara:

Consolidar e aprofundar os mecanismos de controlointerno e externo da actividade escolar e educativa, garantindoa fidedignidade do ensino e a inexistência de conÍlitos deinteresses.

Uma mudança da nossa cultura de supervisãoeducativa e escolar colocando a ênfase numa matrizque não negligencie o carácter pró-activo einterventivo das novas tecnologias ao serviço daeducação.Separargestão e controlo do ensino. Se um gestor, oudirector, for também o responsável pela avaliação daeducação e se a sua remuneração estiver indexada àperfomance e aos resultados, a tendência será deapostar no curto prazo e subestimar uma estratégia alongo prazo da educação.

, Um estatuto remuneratório do órgão escolar queprivilegie a perfomance de longo prazo e seja fixadopelo colectivo representativo da entidade proprietáriada instituiçâo escolar, individualizado e com totalpublicidade.Em termos estratégicos e fundamentais relativas àsajudas públicas do Estado às instituições educativas,sejam estatais, sejam privadas, as mesmas deveriams e r o b j e c t o d e a p r e c i a ç ã o , c o n s u l t a eacompanhamento por parte de um organismodimanado de uma autoridade competente, compostapor membros p Íeparados , competentes ecertificados para tal função.

Como bem nos ensina Barack Obama nasuaobÊ Audácia daEsperança, em democracia o cargo público mais importante éo do cidadão.Seria bom que assim acontecesse!

Delfim da Costa Correia

Page 14: Boletim 2º semestre 2009

Gapelas e lgrejas de S.Mamedepor Dr. Bruno Pereira

S.l\.4amede de InÍesta possui várias capelas e uma igreja

matriz.Apesar de nos determos a falar mais da lgreja matriz,

conhecida como lgreja de S.lvlamede, importa referir que

existem mais seis capelas nesta freguesia.

Uma é a capela da Ermida, dedicada a N" SÉ da Conceição.

Está no Largo da Ermida e foi construída ântes de 1643, bempróximo da estrada Porto-Bragâ, it inerário que ligava as duasprincipais cidades do norte de Portugal, o que lhe dava um

certo desafogo económico por causa das oÍerlas dos viajantes.

Chegou a desempenhar, as funções de matriz e igrejaparoquial de S. l\.4amede. Foi reconstruída em 1804,possu indo, desde en tão , o aspec to que apresenta

actualmente.

Acapela de Na Sf daApÍesentação, anexa à Casa-Museu Abel

Salazat jâ existia em 1766 e também se encontra junto à

estrada velha Porto-Bragâ que se dirigia para a Ponte da

Pedra, lugar de travessja por excelência do rio Leça nesta

zona.

Em lVoalde existe a caoelâ do SenhoÍ da Boa FoÍtuna e da Boa

Morte que foi primitivamente chamada de Senhor da Cruz das

Almas. Foi construída no orincíoio do século XlX. Ali se

realizam festividades anualmente e a sua romaria ainda oossui

larga tradição entre as gentes que habitam naquela zona.

Em Picoutos, existe a capela de S. Félix, integrada numa quinta

com este nome. Construída no século XVll-XVlll oossuía l inda

talha barroca que foi recuperada, na década de setenta/oitenta

do século XX, com o esÍorço de professores e alunos da escolapreparatória que lá existia ao pé. Sendo-lhe âtribuída â

classiÍicação de património municipal, encontra-se ainda em

bom estado de conservação.

A capela dâ Amieira encontra-se na Quinta da Amieira, depropriedade particular, junto à via norte. De invocação de Na SÉ

da Conceição, é pequena e simples, encontrando-se em bom

estado de conservação.

A maìs antiga é a de S. Cristóvão, existente na antiga quinta do

Dourado. Já existia no ano de 1021 , muito antes da fundação

de Portugâ|, no lugar então conhecido como Casal da lgreja.

Era a única igreja ou capela existente na S. Mamede de então.

No século XVll o lugar pâssou â chamar-se Aldeia da lgreja. A

capela tinha as dimensões seguintes: 16,5 metros de nascente

a poente e 6,5 metros de norte a sul, além de um gali le ou

alpendre dâ porta principal. Foi a igre.ia paroquial de S.

l\.4amede, de que se conhecem os nomes e algumas

actividades dos Dárocos desde o ano de 1643. Estava sob â

alçada do Mosteiro de Leça do Balio. Esta foi conhecida como a

lgreja Velha de S. lvlamede. Sendo esta igreja (ou capelâ) já

pequena para os seus Íregueses e pouco recomendável o seu

estado de conservação - situação que se foi agravando com o

decoÍrer dos anos -; no século Xvll l foi construída outra no

denominado monte de N" SÉ da Conceição, em 1725, que é o

local onde se encontra a actual igreja de S. Mamede. Os gastos

dessa construção foram cobertos pelos bailios de Leça e a

nova igreja foi sagrâda em 1735. Aí se foram fazendo os

enlerramentos das pessoas tal como se fazia na anterior. Esta

é conhecida como a igreja nova.

Mas porque esta também se tornava pequena com o âumento

dos fregueses - S. Mamede possuía mais de 22 lugares desde

o século XVlll - foi construída uma nova igrejâ no mesmo lugar

da anterior e o pavimento da madeira sobre as antigas

sepulturas conforme afirma Godinho de Faria na sua

l\ronografia do Concelho de Bouças, de 1899. Esta é a igreja de

S. Mamede, paga pelo mamedense residente no BÍasil,

Rodrigo Pereira Felício, conde de S. Mamede - ou Visconde de

S. l\4amede como consta do frontispício da própria igrejâ - cujo

donâtivo foi de 12 contos de reis, sendo o lançamento da 13pedra efectuado em 12 de Agosto de 1864 e tendo-se

concluído em 7 de Setembro de 1866, dois anos depois. Foi

delineada pelo arquitecto Pedro de Oliveirâ e a obra executadapelos mestres Joaquim Francisco da Silva e Joaquim Ferreira

da Silva. A igreja tem bonita aparência e é muito ampla sendo

uma imitação da igreja da Trindade do Porto. Mas o seu

benfeitor ficou desiludido com a construção ao vêlâ ao longe,

desde o actual cruzamento da Avenida do Conde com a Rua

Godinho Faria, nem a querendo visitâr âpós a sua construção.

lmaginava-â uma cópia dâ igreja do Senhor de Matosinhos, na

cidade de Matosinhos.

A sagração da igreja deu-se em 9 de Setembro de.1866. Foi

uma festa que começou às oito e meia da manhã com missa

solene (não houve procissão porque estavâ mau tempo), dois

sermões (um de manhã e outro de tarde), música à noite, fogo

de artifício e arraial, havendo a concorrência de muita gente do

lugar e das aldeias vizinhas, segundo O Comércio do PoÍo, 11

de Setembrode 1866.

Existem seis altares no corpo da igreja e a competente tribuna

a branco. Atalha da tribuna bem como de quatro altares laterais

foi aproveitada da que. pertencia à igreja do extinto convento

das freiras franciscanas de Monchique no Porto, junto à

Alfândega do Porto, disposta o melhor possível, consideradas

as condições em que ela se achava, devido ao estado de ruína

a que o mesmo convento estava entregue no século XlX.

Na capela-mor estão colocados dois quãdros em tâlha degrande merecimento, aproveitados do que veio do convento de

Monchique, retocados, e são realmente para ver-se, alusivos

ambos a passagens da Escritura Sagrada. O altar-mor tem um

retábulo pintado que representa a glória e o l ivro dos seis selos

de que fala a mesma Escritura.(contínua pá9. 15)

Page 15: Boletim 2º semestre 2009

Gapelas e lgrejas de S.Mamedepor Dr. Bruno Pereira

As píoporções da igreja são amplas, sobÍetudo o coro que faz agradável vista, e não menos faz a sua torre de pedra, vista da

linda carreira que se estende até à estrada de Braga, segundo o mesmo jornal O Comércio do Porto, de 1 l de Setembro de

1866.

Existe também num dos altares um retábulo oue reoresenta o Senhor Jesus dos Aflitos viaiantes. O retábulo-mor é banoco(do 1o perÍodo), os retábulos laterais são joaninos.

Em 1890, â igreja sofreu importantes

refoÍmas por causa do desapÍumo das paredes lateÍais. Com cinco tirantes de ferro, tudo foi reposlo no seu lugar. Mais tarde

houve necessidade de colocar mais um. Assim, assegurou-se o seu futuro por mais de um século alé aos nossos dias.

Oulras capelas ou igrejas não existem antêriores ao século XX, salvo uma pequena capêlinha na Rua Silva Brinco (zona do

Telheiro), pequenos nichos espalhados por algumas ruas (no cruzamento da Rua José Coutinho com a Rua de Nossa

Senhora de Lurdes, no cruzamento da Rua Silva Brinco com a Ruâ do Telheiro, na Rua Godinho Faria quase em frente à

dependência do Montepio GeÍal, etc.) dedicados às almas do purgatório e oratórios particulares espalhados pelas casas dos

habitantes desta vila.

Porque pretendo apenas reÍlectir sobre aquilo que muitos conhecem e alguns desconhecem e difundir os dados que foram

obtidos com essa pesquisa, aqui deixo os resultados desse esforço.

Para concluir devo ÍeÍeriÍ que transcrevo este texto, como uma forma de agradecer e homenageaÍ quem partilha os seus

conhecimenlos neste jornâl de S. l\,lamede com todos os cidadãos, devo agradecer assim ao Professor Delfim, que há cerca

de I anos atrás elaborou com a minha turma um pequeno livro sobre a história de S, Mamede, aqui f ica a parte que me tocou.

Um muito obrigado Sr. Professor,

Dr. Bruno Pereira

Festa do TelheiroFoto-reportagem

Page 16: Boletim 2º semestre 2009

tu€%,ru7". tag T* 4@7(,._? -í/o*

erìü

Maria Mamede

António Durval

Chegam âcenos,intrigantes acenosoo espaço azur.Parecem sorrisos,metgos sornsos,emoldurados de luz.

Chegam acenos,peregrinos acenos,do distante horizonte

E fico a cismar,longo tempo a cismar,para além do ocaso.

Chegam acenos,coloridos acenos,do lado do sonho.

E fico acordado,em sofrida vigil ia,tentando decifrar.

Chegam acenos,peneuantes acenos,cavalgando o olhar

t r f i . ^ c ' ,enÃn.^

precariamente suspenso,em abismos insondáveis.

chegam acenos,Persistentes acenos,para os lados de "lV1im"

E fico dividido,dolorosamente dìvidido,en t rea Íes taeadúv ida

Chegam acenos,chegam acenos.

Parecem sorrisos,meigos soÍnsos,emoldurados de luz.

Discutso Dirccto (1997)

SE EU VIESSE DO IV1AR.-.

Se eu viesse do mar, eu te dirìada íúria das marés que me avassalada quilha desse barco, como balaa trespassar-me a carne e gritaria...

se eu viesse do mar, da branca espumaque traria nos lábios e na bocanasceriam palavras e cada umahaveria de mostrar a ânsia louca

alÍa de amor, sem tempo certoómega de vida sem destinono tempo que temos pra viver...

e o mar se tornaria campo abertoonde fosses, outra vez meninona alegria sem nome de me quererl...

l\y'aria l\.4amede

Conceição Paulino

esta vida me dói

esta vida me dói. vida miragemvida perdida, triste, magoada...em que, dia a dia, sou arrastadae arrastando vou. negra paisagem.

sou flor murchando depois da romagema um túmulo que me está esperando.meu corpo, obstinado, vai lutandomas a âtma vesÌe negra roupagem.

a vida m'emurchece como um lírio.morro mil mortes por dia, em martírio,e quero que ninguém mais tal padeça.

nunca mais o delírio, o pesadelose erguerão sobre alguém como um cutelo.leválos-ei no dia em que Íeneça.

Do lìvro "Tefta de llusão" oue seráaoíesentado na Junta em 11-07-09

Teresa Gonçalves (lsrs)

na cripta anil do céu continuará o mistério do depois...o vento continuará a vir do espaço em seus passos suavesou violentos e as estrelas em constelações de esperançacontinuarão a bri lhar na escuridão em noites tépidasindiÍerentes à vontade do homem

as flores continuarão a dialogar com o solsentindo a sua caricia quenteaté serem espremidas pela próxima estaçãoassim como as searas, vales e montes continuarão verdes na primâverae secarão no tempo a seguiro espírito da água continuará com o seu hálito transparente e purona humildade de saber ser fonte a beijar a vida de toda a naturezae o movimento da terra não se vai alteraras árvores darão os seus frutos na época certae os pássaros continuarão a cortar o espaço com as suas asaslibêrtândo sinfonias de l iberdade e sementes de coragem

a pedra continuará a ser pedra até que chegue o tempodo homem sentir o que a pedra sentee os homens continuarão a saudar-se sustentando fi losofias e teoriasentre a paz e a guerra. o bem e o mal.de mim ficará o sonho escrito de um mundo melhor.

ísis

6Òa

Page 17: Boletim 2º semestre 2009

PARQUE URBANOSão Mamede Infesta

Na passado dia 29 de l\4aio, pelas 15 horas, no Salão Nobre da

Junta de Freguesia de S. l\,4amede de Infesta, o Presidente da

Câmara , Dr . Gu i lherme P in to , marcou presença na

apresentâção pública do Parque Urbano de S. l\ i lamede. O

primeiro esboço deste projecto foi explicado ao pormenor pelo

ProÍ. Sidónio Pardal, um dos mais conceituados ârquitectos

paisagistas do país, autor do Parque da Cidade do Porto.

l\,4atosinhos é um mosaico de lugares com história e com

identidades próprias que se valorizam e aÍìrmam à medida que

se incorporam na estÍutura da área metropolitana. Afreguesia

de s. Mamede de Infesta, a par da sua génese rural, está emprocesso de integração numa rede urbana transconcelhia.

Por isso, explicou o Prof. Sidónio Pardal, a criação deste

parque urbano vem enriquecer o centro da freguesia, tornando-

o particularmente âtractivo como espaço residencial, zona de

animação cultural e de actividade comercial e também como

destino turístico e recreativo.

O projecto apresentado corresponde à primeira fase de uma

intervenção de ordenamento urbano e paisagístico do vale do

Rio de Picoutos, desenvolvendo um parque com os seus

espaços livres em contraponto com a envolvente edificada.

Esta obra dá uma continuidade exemplar ao trabalho de

planeamento e de projecto que a Câmara l\4unicipal de

Matosinhos tem vindo a oôr em orática.

Ao todo, serão 16 hectares de terreno localizados numa zona

agricola quase na totalidade votada ao abandono, que faz

fronteira com o Porto. Alias, conforme o Presidente da Câmara,

Dr. Guiìherme Pinto, fez questão de salientar, l\y'atosinhos vai

retribuir o "gesto" que o Porto teve de oferecer para usufruto

dos matosinhenses um parque da cidade paredes-meias com o

nosso concelho. Agora, l\,4atosinhos oferece à cidade do Porto

um parque urbano de igual qualidade só que, desta vez, na

freouesia de S. Mâmede de ìnfesta.

Nesta sessão de apresentação do futuro parque esteve

também presente a Vereadora do Ambiente, Dra. Joana

Felício, e o Presidente da Junta de Freguesia de S. l\,4amede,

António Mendes, que se mostrou visivelmente satisfeito por

este "maravilhoso projecto" que vai requalif icar uma zona

agora abandonada, valorizando-a, bem como a toda a

freouesia.

O Prof. Sidónio Pardal explicou, com uma linguagem

simples, alguns pormenores técnicos inerentes à construção

de um parque público desta dimensão, bem como algumas

das principais vâlências do projecto. O arquitecto recordou

que, embora nos 16 hectares não vá ser edificada qualquer

construção, é fundamental fazer um enquadramento

urbanistico do paÍque. o que aliás vai ser necessário paÍa

solucionar â questão da posse dos terrenos, que deverá

acontecer através de permutas por perequação.

Este é um processo que ainda está no início e quê, se tudo

correr bem, poderá estar concluído daqui a 8 anos. o Prof.

Sidónio Pardal recoÍdou que, por exemplo, o Parque da

Cidade do Porto demorou 30 anos a ser implementado e,

mesmo assim, aìnda existem problemas por resolver.

Foram vários os cidadãos de S. Mamede que fizeram

questão de marcar presença nesta sessão, colocando

ouestões oertinentes e dando conta de memórias de outros

tempos que se revelaram de grande interesse para o

desenvolvimento do trabalho do Prof. Sidónio Pardal.

Depois desta sessão, o Presidente da Câmara e o arquitêcto

fizeram uma visita a alguns recantos destes 16 hectares de

terreno que vão ser transformados em Parque Urbano de S.

Mamede. Um dos próximos passos na concretização deste

espaço será a marcação de uma sessão com lodos os

proprietários dos terrenos.

Page 18: Boletim 2º semestre 2009

t

Joaquim Francisco dos SantosPor Eduardo da Costa Soares

f i lme que vinha sendo exibido era "O Coração do Norte", jácolorido e baseado numa história sobre a Real Polícia Montadado Canadá, cujos elementos se distinguiam pelo seucâracterístico fardamento, isto é, casaco vermelho e calça azulescuro, bota alta de corcastanha e chapéu de aba larga e copade quatro bicos, f i lme esse passado nas belas florestasdaquele país. O enredo, e não tendo qualquer ideia sobre omesmo, penso que se tratava de uma história levezinha deambiente documental, com aiguma pieguice de amor pelomeio. Para nós, tudo aquilo era um assombro; uma maravilha;um deslumbramento nunca visto. Estávamos maravilhados.

No regresso, feito igualmente a pé e acelerados, foimotivo de muitas conversas sobre tão assinalado dia.

l\y'as. falando mais ofooriamente sobre o meuque por lá vivemos, num certo domingo, dia 2 de Agosto de recordado, direi que ele foi sempre um homem de grande1942, sem que alguém das nossas famílias suspeitasse, pois carácter, pleno de boa educação, pautando todos os actos denada transpareceu do q ue combinára mos, e dando a entender sua vida com um rigor moral e um sentimento religiosoque íamos passeaf por ali perto, como normalmente o profundo. Era coÍtês no trato, amável e amigo do seu amigo.fazíamos, meteu-se-nos na cabeça ir ao cinema ao Porto e ao Na minha crónica de Dezembro de 2003, referi que,Coliseu! Esta grandiosa sala de espectáculos tinha sido "na Avenìda Marechal Gomes da Costa existiu a mercearía doinaugurada no dia 19 de Dezembro de '1941, tendo sido SenhorAntónio Franclsco dos Sanfos Júnior, homem austero,Cassiano Branco quem, em 1939, assumiu o cargo de que dava uma educação espaftana a seus fi lhos (onde há díssoarquitecto, com a colaboração de Júlio Brito. O interior, hoje?) e que, um dìa, o maÍs velho o Joaquim , salvou-o dedeslumbrante, foiobra de l\,4áÍioAbreu. Assim, naqueladata, o morrer electrocutado! Quando os bombeíros chegaram, noQuim, o António e eu, a pé, abalamos em direcção à cidade velho pronto-socorro "Hudson", já o Quim era um herói umlnvicta ! Por volta das d uas da tarde, descemos, como que nad a herói desconhecido que eu lembro, hoje, com orgulho por terfosse, até à l inha do comboio (pare, escute e olhe...) em salvo o paida uma mofte certae violenta."direcção às Caixeiras, onde o "rio das Tripas" ainda corrÍa com O Joaquim, nasceu no dia 3 de Novembro de 1927,água puríssima e onde se podiam colher agriões, nas suas em S. l\4amede Infesta, era fi lho de António Frâncisco dosmargens. No seu leito viam-se cabeçudos e pequenas rãs, e, Santos Júnior e de D. Joaquina de Jesus Mendes. Apóspor vezes, divertíamo-nos muito a apanhar alfaiates. Neste completar os seus estudos primários, matriculou-se na Escolapequeno rio, hoje emparedado ao longo do seu curso, viam-se, Industrial do Infante D. Henrique, no Porto, cujo curso obteveainda, as lavadeiras afadigando-se na lavagem da roupa e a com sucesso, empregando-se, de seguida, na SONAFI-cora-la nas verdes ervas que por ali cresciam. Bem, depois, Sociedade Nacional de Fundição Injectada SA, uma conhecidasubimos ao Telheiro, em direcção à Circunvalação; seguimos, empresa com sede nesta freguesia, onde trabalhou durante 43depois, para a Arca d'Agua, entramos em Vale Formoso e anos, atingindo, aÍ, pelos seus comprovados méritos, acomeçamos a matcar as casas por onde pâssávamos, já que, a categoria de Chefe de Secção. Esta empresa reconheceu-opartir da Arca d'Agua, nada conhecíamos do trajecto. sempre como um empregado exemplar e dedicado e umChegados à Constituição, de um lado ficava a Drogaria Pires e colaborador estimado portodos que alioperavam.do outro o Talho Boa Amizade; mais à frente, a Rósiter Foto e a Casou com D. Maria Augusta da Silva SanÌos no dia IOficina [,4artel e, na Lapa, o ceguinho que, sentado numa de Dezembro de 1954 na lgreja de Gueifães e, do matrimónio,cadeira, ali f icava todo o dia a esmolar, entretendo-se a nasceram três meninas e um rapaz. Após o casamento,eq u i l ibrar uma lata de graxa entre os dedos poiega r e ind icador assumiu-se como um marido exemplar e com o passar doda mão direita, que de tanto o fazer estava toda polida e tempo não tardou a ser considerado como um excelente pai,bri lhante. Chegados ao Campo (antigamente a Praça da com excepcionais qualidades ed ucacionais e atento a todas asRepú blica chamava-se Campo de Santo Ovíd io), descemos a necessidades de cada um dos seus fi lhos.Rua doAlmada ejunto à Garagem do Comércio do Porto, logo E, ao contrário do que se possa pensar, ainda teveavistamos o Coliseu, que era a nossa meta. Ali chegados, tempo e vontade indómita para, com o pensamento em Deus,dirigimo-nos à bilheteira comprando três bilhetes para a Geral, orientar a sua vida de maneira a poder estar l igado à lgreja,a 1$50 (quinze tostões), Geral que naquele tempo era prestando, aí, o seu incondicional apoio, com um trabalhoconhecida como "O GalinheÌro", pois que, lá do alto, dava a cristão que o projectou como uma Íìgura de grandeilusão de que estávamos num poleiro! Ainda possuo o meu respeitabil idade.b i lhe tede ingresso,queéaqu ipub l icado. . .emsuamemór ia !O Fo i , a inda, e sempre sob uma d i rec t r i z c r i s tã , um

mGERALentusiástico colaborador em diversos organismos ligados àparóquia, do mesmo modo que, com o espírito de quem tem oónus de bem servir, após ser-lhe conferida, pelo Bispo doPorto, a dignidade de l\,4inistro Extraordinário da Comunhão,passou a exercer esta missão sublime durante várias décadas,não só na lgreja l\y'atriz, mas também, no Voluntariado doInstituto Português de Oncologia do Porto, com uma dedicaçãoe uma força espiritual para com todos e especialmente para

C r . , t f l e

Domingo, 2-Ag oslo -19 42

(continuaÇão da pá9. 20)

nosso trabalho, até nos abraçávamos de alegria.A inauguração era marcada para o dia 13 de Junho,

data do taumaturgo Santo António. Este era colocado no tronoe só saÍa de lá no dia 24, tomando o seu lugar o S. João, quepermanecia até ao dia 29, dia em que o S. Pedro, com aschaves do Céu, se apoderava do lugar cimeiro. Após o dia 13,era eu quem pedia com um "santinho" na mão direita, urn"tostãozìnho" prô SantoAntónio, prô Sao João e pró Sao Pedro,a quem passasse por lá, mostrando-se-lhes, de seguida, comtodo o orgulho, a nossa obra. No Íinal de tudo, feitas as contas,e isto, por volta de 1940 a '1943, juntávamos sempre, em cadaano, cerca de 50 escudos, que dividÍamos pelos três. Quetempos, meu Deusl

Continuando com o relato dos bons e velhos tempos

T I 33,1

dlsi. rd èí. !ith.é ri.h q!. llSO(continua pá9.19)

Page 19: Boletim 2º semestre 2009

(continuação da pá9. 19)

com os doentes que estimulava e reconÍortava com palavrasde invulgarcarísma.

Quero crer, pois, que para além das minhas palavras,o maiortributo que se lhe pode prestar, é o de darvoz aos seusnove netos, que se expressaram desta forma elevada eemocionante: "recordamos o nosso avô com ternura e comoum exemplo a seguir, pela sua vida de amor a Deus e aopróximoe pela sua sabedoria e simplicidade". Nem mais!

Após a sua morte, a Família dedicoulhe, numa belapâgela, palavras de Tagore (o grande poeta hindu, que foiPrémio Nobel em 1913), assim: 'Dormia e sonhava que a vidaera só alegria. Acordeíe vique apenaso seviço eravida. Servie verífiqueique o seruiço eraaAlegria".

Quando faleceu, a 14 de Junho de 2007, tinha

Joaquim Francisco dos SantosPor Eduardo da Gosta Soares

completado um ciclo de vida repleto de trabalho, de amor aosseus entes queridos e de amorao próximo.

l\iluito mais haveria para dizer deste amigo que, semqualquer ostentação, pelo contrário, com uma extraordináriamodéstia, sempre quis passar despercebido nas missõesgenerosas a que se dedicava, pelo que, ao recordálo nestâdespretensiosa crónica, quero unicamente levâr a suaverdadeira imagem a todos quantos o conheceram e que,porvenlura, desconheciam o seu notabílissimo percursohumanitário.

Foi sepultado em Jazigo de Família no CemitérioParoquial de Leça do Balio. Que descanse em Paz, com Deus,de quem foiSeu servo naTerra.

Eduardo da Costa Soares

Linha de MetroS. Mamede lnfesta

Finalmente alguns dados mais concretos, sobre o quêjá à muitot inha

sido falado, o projecto da nossa Linha de À,4etro de S. Mamêde Infesta,

é caso para dizer"teremos metro paÍa andar" embora pareça que aÍinal

ainda vamos ter de aguardar mais uns quantos anos até a conclusão

do projecto (7anos- previsão para 2016).

O presidente da Câmara de Matosinhos deu a conhecer, aosjornalistas

presentes, o percurso da futura linha de Metro de S. lúamede de

Infesta, numa visita deautocarro.

"Queremos ver no local se âs opções no papel estão bem-feitas no

terÍeno", explicou Guilherme Pinto.

O concurso público será lânçado êm Setembro e deveÍá incluir não só

as propostas para a construção da linha como as da exploração, para

evitar os problemas de inserção urbana do metro veriflcados na

primeirafase, nomeadamentê os "trabalhos a mais".

O presidênte da Câmara de L4atos nhos admit iu também que a

construção da linha de l\4etro de S. lvamede, que deverá estar

operacional em 2016, vai obrigâr a uma "profunda revolução"

urbanística em váriaszonas do concelho.

"Há três pontos essenciaas, um na zona do viaduto de Londres, oútÍo

em S. Gens e no eixo central dê S. L4amede Infesta", disse Guilherme

Pinto acompanhado pelo presidêntê da nossa cidadeAntónio Moutinho

À,4endês na sua visita aos locais das futuras estaçôes e apresentação

dos respectavos projectos.

Com esta visita, o autarca pretendeu "comprovar a pertinência do

traçado desta linha" que permitirá "unar a esiação da Senhora da Horâ

ao Hospital de S. João", através da freguesia de S. Mamedê InfesÌa,

num percurso que ahavessa também as freguesias de Custóiâs ê Leça

do Bâlio.

Em S. l\4amede de Infesta, a estação dê meko seé em frente ao

cemitério, junto à igreja, na Avenida do Conde, e será uma espécie de

"interface' com os transoortes oúblicos e táxis.

A linha de metro continuará enterrada até ao ISCAe mais

concretamente até à Rua Padre Fonseca Pereira. entrando deoois

num viaduto de 350 metros à supêrfície- A estação de metro será à

superfíciê, âssim como o parque de estacionamento. A linha passará

por debaixo do actual caminho-de-ferro, sendo enterrada até ao

Hospital S. João, onde Íicará situada a segunda estação de metro. Tefá

ligaçâo ao Pólo Universitário, onde fará o transbordo parâ â Linha

AmaÍêla. êm drrecção a Vi la Nova de Gaia.

Nototal, a l inhadeS. Mamedetêrá uma extensão de 7,94 qui lómetros.

Vâmos continúar a aguardar novidades, pois sem dúvida que este, é

mais um projecto essencialde enormevalor, para o desenvolvimento e

ligação da nossa cidade ao restante conselho.

Page 20: Boletim 2º semestre 2009

Joaquim Francisco dos SantosPor Eduardo da Gosta Soares

Quem é que não terá saudades dos tempos da suameninice, se é que os viveu intensamente e, se, por issomesmo, esses inesquecíveis tempos continuam a'fazer pa.l.edo fantástico de suâs memórias? Eu tenho e julgo bem, que sóum insensível responderá negativamente.

Vou, pois, então, narrar com uma certa emoção o quese passou, de mais marcante, quando eu morava na Avenidalvlarechal Gomes da Costa, onde vivi momentos muito felizes,que recordarei agora com particular satisfação e, claro está,com saudade. Foram temoos ineouivocamente maravilhosose, ao evocá-los, trago à estampa, nesta crónica, como "Figurado Passado", o meu bom amigo JOAQUIM FRANCISCO DOSSANTOS, não resistindo à tentação de divulgar algunsmomentos imperdíveis passados com ele e de enaltecer a suavivência como figura grada da nossa Terra, de maneira que nãocaia no l imbo do esquecimento.

Morávamos ouase oaredes meias e embora ele e seuirmão António (felizmente ainda vivo), Íossem um pouco maisvelhos do que eu, a verdade é que consolidamos uma boaamizade, que resistiu aotempo.

Já falei numa outra crónica sobre o nosso grupo defutebol "OAvenidense", sendo o campo no macadame dessaartériâ, num tempo em que por lá passavam os carros-de-bois,uns com o cereal para os Moínhos do Venal, no rio Leça, emParada e, outros, com as trouxas de roupa suja que, do Porto,eram destinadas às lavadeiÍas de [,4ilheirós! Claro que, o nossofutebol erajogado com a bola de trapos e na regra de "muda aosseis e acaba aos doze"!

Mas, aquie agora, o que mais me agrada divulgar, e amaneira como "fazíamos" a nossa cascata em Junho e pelosSantos Populares, que tinha lugar numa nesga de terreno quedava para a Rua José Coutinho, e que era propriedade de meutio-avô, Justino de Sousa Marques, nesgâ essa que conÍinavacom as traseiras de minha casa. Erâ aíque, no princípio dessemês, começavam os trabalhos, desembrulhando-se, do papelde seda, os "santinhos" que íâmos adquirindo e queguardávamos de ano para ano. Erâm Íìguras toscas feitas debarro, algumas de índole religiosa e outras de sabor profano,que sempre Íoram trâtadas por nós com todo o cuidado paranão se quebrarem. Ê claro que, antes de as expormos, os doisirmãos tratavam de arranjar os "ramalhos", que eram ramosfrondosos de carvalhos, para enfeitar a cascata e esconderatrás dos mesmos um pipo de 50 l itros de água, colocado numplano superior, de maneirâ que, através de um tubo deborracha, a que era acoplada uma torneirinha, pudéssemoscontrolar a saída da água. que depois caía em repuxo, numabacia afazerde lago. E,juntoao lago, o pescador empunhava acana de pesca, que era feita de piaçaba, à qual era atada umalinha (de um cârrinho de l inhas da Senhora da Hora...), sendo oanzolfeito de um alfinete, convenientemente dobradol Depois,íamos à cata de musgo, para dar a i lusão de que tudo estavamuito verdinho, colocando-o em cima de um tampo de madeira,um tanto inclinado, para de seguida, com saibro brancodelinearmos as ruas e pormos os "santinhos" a passear (!)sobre elâs. Aprocissão com o "senhor abade" debaixo do pálio;

o pastor com o seu Íebânho de carneirinhos todos brancos; oamola-tesouras-e-navalhasi as lavadeiras com as trouxas deroupa à cabeça; a leiteira a ser advertida pelo polícia de giro...,e o mais malandreco de todos, de cócoras e virado de costas,fazia rirtoda a gente e até o mais sisudo!...

A cobertura da cascata era feita, igualmente, com"ramalhos", nos quais pendurávamos, a enfeitá-la, uma boadúzia de balões, feitos à mão a partir de uma estrutura dearame, a que colávamos papel de seda de várias cores. Eramcolocadas, ainda, cordas ao longo da cascata, revestidas do

Joaquim Francisco dos Santos

mesmo papel, e bandeirinhas de várias cores e formatos,suspensas das mesmas. Na cascata, os montes para onde Ía opastor com o seu rebanho, eram simulados por escórias(resíduos de carvão calcinado, vindos das caldeiras da Carris),a que nós chamávamos "rojóes"! Depois, púnhamos alhosporros e manjericos, cujos cheiros davam o sentimento exactoe idealà quadra festiva, principalmente, à do S. João. Quandotudo estava pronto, o Quim, o irmão e eu, deslumbrados com o

(continua pá9.19)

evoluir com Raízes e Memória" S. Mamede de

ffesta uma