atitudes que fazem a diferença em tempos de crise · bem como 10 anos de aplicação...

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Você está perdendo o sono por conta da crise? Não sabe se continuará empregado ao chegar para mais um dia de trabalho? Quanto essa crise te afeta? Os profissionais que se mantêm em época de crise são aqueles que pouco se deixam afetar pelas circunstân- cias, ou seja, aqueles que têm alto QA. Você sabe o que significa esse termo? Ouvimos muito a respeito do QI (quociente intelectual) e do QE (quociente emocional), mas pouco sobre o QA. O QA nada mais é do que o quociente de adversidade, termo cunhado por dr. Paul Stoltz, presidente da Peak Learning, diretor do Global Resilience Project, considerado um dos 100 pensadores mais influentes do nosso tempo e professor da Harvard Business School. O autor desenvolveu o Adversity Quotient ® , uma fer- ramenta composta por um questionário que avalia a capacidade das pessoas em lidar com as adversidades, a partir de uma pesquisa fundamentada e comprovada cientificamente em 37 anos de pesquisa, que envolveu mais de 1.500 estudos em mais de 100 universidades, bem como 10 anos de aplicação organizacional em diver- sas culturas. De acordo com a pesquisa realizada, uma pessoa enfrenta, em média, 23 adversidades por dia. A capacidade de lidar com essas situações é diretamente proporcional a um alto ou baixo QA. ENTENDENDO MELHOR O QA Para melhor compreensão do papel do QA, é necessário o entendimento dos conceitos que o compõem. O primeiro deles é o conceito de resiliência, muitas vezes enfatizado como uma competência no ambiente organizacional. O termo atualmente empregado no campo comportamental é emprestado da física, ciência que se refere ao termo como a capacidade que um determinado objeto possui de recuperar seu estado original após sofrer um impacto (compressão, expansão ou dobra). Segundo Eduardo Carmello, autor do livro Supere! – A Arte de Lidar com as Adversidades (2004), nas ciências humanas utiliza-se “o conceito para descrever a capaci- dade humana de responder de forma mais consciente aos Por professoras Claudia Serrano e Izabela Mioto ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA EM TEMPOS DE CRISE PÓS-GRADUAÇÃO 078

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Você está perdendo o sono por conta da crise? Não sabe se continuará empregado ao chegar para mais um dia de trabalho? Quanto essa crise te afeta?Os profissionais que se mantêm em época de crise são aqueles que pouco se deixam afetar pelas circunstân-cias, ou seja, aqueles que têm alto QA. Você sabe o que significa esse termo? Ouvimos muito a respeito do QI (quociente intelectual) e do QE (quociente emocional), mas pouco sobre o QA.O QA nada mais é do que o quociente de adversidade, termo cunhado por dr. Paul Stoltz, presidente da Peak Learning, diretor do Global Resilience Project, considerado um dos 100 pensadores mais influentes do nosso tempo e professor da Harvard Business School.O autor desenvolveu o Adversity Quotient®, uma fer-ramenta composta por um questionário que avalia a capacidade das pessoas em lidar com as adversidades, a partir de uma pesquisa fundamentada e comprovada cientificamente em 37 anos de pesquisa, que envolveu mais de 1.500 estudos em mais de 100 universidades,

bem como 10 anos de aplicação organizacional em diver-sas culturas. De acordo com a pesquisa realizada, uma pessoa enfrenta, em média, 23 adversidades por dia. A capacidade de lidar com essas situações é diretamente proporcional a um alto ou baixo QA.

EntEndEndo mElhor o QAPara melhor compreensão do papel do QA, é necessário o entendimento dos conceitos que o compõem. O primeiro deles é o conceito de resiliência, muitas vezes enfatizado como uma competência no ambiente organizacional. O termo atualmente empregado no campo comportamental é emprestado da física, ciência que se refere ao termo como a capacidade que um determinado objeto possui de recuperar seu estado original após sofrer um impacto (compressão, expansão ou dobra).Segundo Eduardo Carmello, autor do livro Supere! – A Arte de Lidar com as Adversidades (2004), nas ciências humanas utiliza-se “o conceito para descrever a capaci-dade humana de responder de forma mais consciente aos

Por professoras Claudia Serrano e Izabela Mioto

Atitudes que fAzem A diferençAem tempos de crise

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desafi os e difi culdades que aparecem na vida. Pessoas resilientes são aquelas que utilizam sua força, fl exibili-dade, inteligência e otimismo para enfrentar e superar circunstâncias desfavoráveis.” Ou seja, é a habilidade que uma pessoa tem de superar as adversidades.O segundo conceito é o de adversidade. De acordo com o dicionário Houaiss, o termo se refere a uma situação desfavorável, um revés. Por exemplo: ao sair para tra-balhar pela manhã, o seu carro não funciona; você não recebeu uma informação importante para compor aquele relatório que tem que entregar nos próximos dez minutos; até mesmo a crise mundial que coloca em risco a sua permanência no emprego.

Como AS pESSoAS rEAGEm dIAntE dAS AdvEr-SIdAdESDe acordo com as pesquisas de Stoltz, boa parte das pessoas, ao passar por adversidades, tende a compor-tamentos de culpa, vitimização ou atribuição da respon-sabilidade ao outro. Comportando-se assim, as pessoas acabam por fi carem em suas “zonas de conforto”, mas ao mesmo tempo, correm maiores riscos de serem “en-golidas” por tais adversidades. O autor do Adversity Quotient® enfatiza a existência de três tipos de comportamentos que evidenciam as atitudes das pessoas perante as adversidades. O primeiro grupo caracteriza os derrotistas ou desis-tentes. São aquelas pessoas que respondem às adver-sidades como se tivessem pouco ou nenhum tipo de controle sobre elas. Um simples acontecimento acaba com o seu dia, com os planos e, para alguns, até mesmo com a sua vontade de viver, isto é, existe a tendência em fazer com que pequenas difi culdades se transformem em grandes problemas. Para este grupo de pessoas, o foco acaba por fi car no problema e não em possíveis soluções ou, muitas vezes, atribui-se toda a responsabilidade da solução ao outro.O segundo grupo diz respeito aos acomodados ou cam-pistas. Esse grupo de pessoas apresenta um QA mais alto que os derrotistas; possui um senso de controle razoável, mas tende a desistir de seus objetivos quando o nível de adversidade for muito grande. São aquelas pessoas que se desgastam demais perante as difi culdades enfrenta-das, com tendência a responsabilizar somente o outro quando as adversidades se acumulam. Os campistas preferem situações que lhes deem segurança e isso não os torna grandes mobilizadores quando as mudanças são requeridas ou impostas.Os alpinistas caracterizam o terceiro grupo de pessoas enfatizado por Stoltz, aqueles que possuem maior QA. As características desses profi ssionais são aquelas reque-ridas pela maioria das organizações em cenário de crise mundial. Alpinistas são aqueles que não aceitam que as adversidades os derrotem, são muito focados nos seus propósitos e objetivos e não desistem quando aparecem difi culdades. Continuam se esforçando, melhorando, crescendo e expandindo as suas capacidades. Geral-

dICAS pArA SE tornAr Um AlpInIStA Em tEmpoS dE CrISE:

Se a crise ainda não lhe atingiu, não desperdice 1. energia pensando nas possíveis consequências que podem surgir caso ela chegue. Ao contrário, invista toda a sua energia pensando em maneiras de ser mais produtivo e se tornar cada vez mais indispensável à sua organização.Caso a crise já tenha atingido o seu contexto 2. profi ssional, tenha calma e continue investindo a sua energia naquilo que é produtivo. Empenhe-se mais em suas atividades rotineiras, explore possibilidades de como você pode infl uenciar positivamente para atenuar a situação, vá além dos desafi os e se mantenha otimista.Mesmo que você tenha sido diretamente atingido 3. pelas difi culdades impostas por momentos de crise, não perca a sua energia se lamentando, procurando culpados ou mesmo se sentindo injustiçado. Se você perdeu seu emprego, por exemplo, invista tempo e energia pensando em outras possibilidades, enviando o seu currícu-lo para sua rede de relacionamento, fazendo pequenos trabalhos que vão ao encontro de sua expertise enquanto não se recoloca. Estas atitudes o ajudam a não entrar em um “círculo vicioso”. Neste contexto, é possível que existam várias situações que contribuam para que você desanime, mas o importante é ter atitudes oti-mistas, positivas diante das adversidades que encontrar, das menores às maiores.

A FÓrmUlA pArA SE tornAr Um AlpInIStA Em ÉpoCAS dE CrISE.Para você se estabelecer, ter sucesso, se destacar, ou se tornar um alpinista em épocas de crise, é importante que coloque em prática a seguinte fórmula:

Isso quer dizer que o quociente intelectual (QI) é impor-tante, mas não sufi ciente para fazer com que uma pessoa enfrente bem a adversidade. Potencializado pelo quocien-te emocional (QE), leva ao equilíbrio razão/emoção. Evita racionalizações inadequadas ou reações emocionais que levem a atitudes impulsivas e impensadas.

mente, são movidos por desafi os e assumem sempre a sua parcela de responsabilidade. Em vez de focarem no problema, investem toda a sua energia pensando em ações voltadas à solução. Ao escalar uma montanha, estão sempre olhando para o topo.

QI + QA = AlpinistaQE

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Associados ao quociente de adversidade (QA) permitem que o indivíduo exercite a resiliência, ou seja, perceba o impacto emocional que aquela situação lhe trouxe, reflita sobre como isso o afeta, pense sobre as alternativas mais produtivas e saudáveis para se lidar com aquela ocorrên-cia e invista energia somente em ações que tenham valor agregado para si e para todos os que o cercam – família, amigos, colegas de trabalho, empresa etc.Como se pode perceber, o processo para uma pessoa se tornar um alpinista começa com a motivação pessoal de fazer uma autoanálise que leve a um processo de aprendizagem e desenvolvimento das habilidades ne-cessárias para responder efetivamente aos desafios e oportunidades impostos pelo contexto. Envolve reconhecer que o seu comportamento tem efeitos reais em seus resultados e conquistas. Leva a pessoa a considerar legítima a necessidade de entender profundamente como sua dinâmica pessoal colabora ou restringe sua atuação e quais mudanças de comporta-mento são necessárias.Como anda seu quociente de adversidade? Pense nis-so!!!

o prInCÍpIo 90 / 10 dE StEphEn CovEyQue princípio é este? °

10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.

o que isto quer dizer? °Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%.

Como? °Com sua reação.

Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determi-nado por sua reação. Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua es-posa vai para o trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, para a escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Depois de 15 minutos de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.

por quê? ° Por causa de sua reação ao acontecido no café da ma-nhã. pense: “por que seu dia foi péssimo?”A) por causa do café?B) por causa de sua filha?C) por causa de sua esposa?D) por causa da multa de trânsito?E) por sua causa? A resposta correta é a E!!!

O quociente intelectual (QI) é importante, mas não suficiente para fazer com que uma pessoa enfrente bem a adversidade

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Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim.O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: “Está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado.” Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão. Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam de maneiras diferentes.

por quê? °Porque os outros 90% são determinados por sua rea-ção.Aqui temos um exemplo de como aplicar o princípio 90/10. Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afetem.

Claudia Serrano. Mestre em Administração. Especialista em Tecnologia Educacional. Psicóloga e headhunter. Consultora em Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional. Professora nos cursos de pós-graduação e MBA da FAAP.

Izabela Mioto. Mestre em Psicologia. Especialista em Administração em Recursos Humanos. Coach. Consultora na condução de grupos, assessment e coaching em empresas de grande porte. Professora nos cursos de pós-graduação e MBA da FAAP.

Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado. Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder o emprego? Por que perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcio-nará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu voo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por que manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Estressar-se só piora as coisas. Agora que você já conhece o princípio 90/10, utilize-o. Você se surpreenderá com os resultados e não se arre-penderá de usá-lo. Milhares de pessoas estão sofrendo de um estresse que não vale a pena, sofrimentos, problemas e dores de cabeça. Todos devem conhecer e praticar o princípio 90/10.

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A FAAP Pós-Graduação, por intermédio do seu Núcleo de Eventos, assumiu em 2005 o compromisso de levar ao público: conhecimento, aprendizado, atualização profi s-sional e outras oportunidades, e no cumprimento dessa meta, em 4 anos já promoveu mais de 400 eventos.As palestras abertas e gratuitas para este ano foram planejadas para promover relacionamento, negócios e aprendizado, entre outras oportunidades resultantes do exercício de sua missão de educar e multiplicar o conhe-cimento em ações e resultados. Os eventos trazem temas que se aplicam em diversos segmentos do mercado e são ministrados por renomados profi ssionais atuantes nesse mundo corporativo, dinâmi-co, inovador e em constante crescimento.Alguns dos programas são estabelecidos a partir da intera-ção entre as diferentes sedes (São Paulo - Sede e Centro de Excelência -, São José dos Campos e Ribeirão Preto), utilizando recursos multimídia como a videoconferência.Confi ra a intensa programação de eventos que acon-teceram no mês de abril:4/4 – Lean uma nova Fronteira de Sustentabilidade, com Ernesto Kenji Nomura, sócio-diretor da M&M Con-sultoria Administrativa e Treinamento Ltda. e da GPSVale Consultores Associados. Na palestra relatou-se o tema

da sustentabilidade, no passado, presente e futuro; a visão sistêmica e dos negócios; e o lean (enxuto) como uma nova fronteira de sustentabilidade. Local: Campus FAAP SJC.

Profa. Maria Aparecida de Almeida Santos, coordenadora de cursos de pós-graduação da FAAP e o palestrante Ernesto Kenji Nomura, falando sobre o tema Lean, Uma Nova Fronteira da Sustentabilidade.

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fAAp oferece palestras atendendo às necessidades regionais de atualização,

networking e negóciosPor Márcia Dias

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6/4 – Sustentabilidade, Instituições públicas e mu-danças Climáticas, com Fernando Cardozo Fernandes Rei, diretor-presidente da CETESB. Tema relacionado às instituições públicas, no tocante ao desenvolvimento sustentável e os riscos ocasionados pelo aquecimento global. Local: Campus FAAP SP – Sede. 7/4 – As Supercompetências do profissional do/de Futuro, com Victor Mirshawka Junior, diretor da FAAP Pós-Graduação. A aula inaugural dos cursos de pós-graduação, iniciados em 2009, tratou das estratégias para a identificação e autodesenvolvimento dos profis-sionais do/de futuro. Local: Campus FAAP SP – Sede, com videoconferência para os campi SJC e RP.

ministro do Estado da Infraestrutura; liderou o grupo que promoveu a criação da Embraer; é reitor da Unimonte. O tema envolveu as questões da educação, recursos, oportunidades, desafios, mudanças, mobilidade, comu-nicação, informação, eficiência e eficácia, entre outros. O expositor falou também sobre o processo inovador e internacional que está impregnando o mundo – o mundo que mudou de uma maneira extremamente dramática e tem mudado – , impulsionado pelas comunicações globais e instantâneas. Local: Campus FAAP SP – Centro de Excelência.

8/4 – Criatividade sem limites, com Marcos Rossi, executivo no Unibanco. O objetivo da palestra foi provo-car nos participantes: questionamentos, autorreflexão e estimular atitudes positivas ao longo da vida, utilizando uma abordagem sobre as experiências que permeiam a vida de cada indivíduo. Local: Campus FAAP SJC.14/4 – Inovação e Empreendedorismo – Um mundo para o Futuro, com dr. Ozires Silva, presidente do Conselho Consultivo do WTC (World Trade Center) de São Paulo e do Conselho de Administração de várias empresas; foi presidente da Petrobras e da Varig; ex-

O diretor da pós-graduação da FAAP, Victor Mirshawka Junior, na aula inau-gural dos cursos iniciados em 2009.

Marcos Rossi, com sua abordagem da “criatividade sem limites”.

Fernando C. F. Rei, diretor-presidente da CETESB, analisando o desenvolvi-mento sustentável.

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14/4 – Encontro com a Coordenação do Curso de pós-graduação em tecnologia e Gestão Ambiental. O encontro foi uma oportunidade para conhecer o conteú-do, o perfi l do corpo docente e como o programa poderá contribuir para o desenvolvimento profi ssional e pessoal do interessado; apresentou também a infraestrutura física e tecnológica e os serviços disponibilizados aos alunos FAAP. Local: Campus FAAP SP – Sede.15/4 – Qualidade da Criatividade (Programa Pense Melhor), com Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP. Tratou-se da prática do pensamento criativo e da capaci-dade inovadora. As empresas estão buscando novas alter-nativas para seu crescimento e sobrevivência, portanto, inovar, criar e fazer a diferença são palavras de ordem. Local: Campus FAAP SP – Centro de Excelência.15/4 – Marketing pessoal – Uma dimensão Estraté-gica da vida, com Claudio Queiroz, consultor da Caixa Econômica Federal, coach e docente na FAAP. A palestra apresentou o universo dinâmico e competitivo vivido por todas as pessoas; analisou também a questão da inte-gração da existência humana na defi nição do ser e do ter e a construção de um plano de autodesenvolvimento. Local: Campus FAAP SJC.15/4 – o patinho Feio vai trabalhar, com Maria Elisa Moreira Costa, psicóloga, consultora e docente na FAAP. A palestra buscou inspirar ideias e, utilizando-se dos clás-sicos de Hans Christian Andersen, considera o universo empresarial que exige criatividade e inovação. Através do lúdico, das fábulas e das metáforas, foram apresentadas novas formas de vencer os desafi os do mundo moderno. Local: Campus FAAP RP.16/4 – Qualidade da Criatividade (Programa Pense Melhor), com Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP. Tratou da prática do pensamento criativo e da capacidade inovadora. As empresas estão buscando novas alterna-tivas para seu crescimento e sobrevivência, portanto,

inovar, criar e fazer a diferença são palavras de ordem. Local: Campus FAAP SJC.22/4 – os números Gerados pelo turismo no Brasil e o Marketing turístico Internacional, com Walter Ferreira, assessor de Planejamento da presidência da EMBRATUR. Na palestra foram apresentados dados nacionais e internacionais do turismo. Local: Campus FAAP SP - Sede.23/4 – Superdicas para Falar Bem e ter uma Carreira de Sucesso, com Reinaldo Polito, renomado especialista no ensino de oratória no Brasil. Apresentou a importância de uma comunicação efi ciente para garantir as chances de sucesso de qualquer pessoa em sua carreira profi s-sional. Falar bem é importante para qualquer atividade. Local: Campus FAAP SJC.23/4 – Encontro com a Coordenação do Curso de pós-graduação em perícias de Engenharia e Avalia-ções. O encontro foi uma oportunidade para conhecer o conteúdo, o perfi l do corpo docente e como o programa poderá contribuir para o desenvolvimento profi ssional e pessoal do interessado; apresentou também a infraes-trutura física e tecnológica e os serviços disponibilizados aos alunos FAAP. Local: Campus FAAP SP – Sede.24/4 – A história Administrativa de São José dos Campos. Os ex-prefeitos e o prefeito atual do município de São José dos Campos, do período de 1975 a 2009, falaram sobre as suas realizações no decorrer de seus mandatos, traçando um panorama da cidade nas últimas décadas. Local: Campus FAAP SJC.28/4 – o líder diamante – o Sétimo Sentido, com Marco Aurélio Ferreira Vianna, diretor da Academia Bra-sileira de Ciência da Administração. Um dos mais impor-tantes pensadores da administração do País, apresentou a essência do pensamento de grandes líderes brasileiros. Local: Campus FAAP SP - Sede.29/4 – A Era da velocidade (Programa Pense Melhor), com Victor Mirshawka Junior, diretor da FAAP Pós-Graduação. Ninguém quer desperdiçar seu bem mais valioso – o próprio tempo –. O programa deste curso buscou indicar caminhos para utilização da velocidade do mundo moderno como aliada no processo de gestão estratégica da própria carreira. Local: Campus FAAP SP – Centro de Excelência.30/4 – Competências e talentos (Programa Pense Me-lhor), com Claudio Queiroz, consultor da Caixa Econômica Federal, coach e docente na FAAP. O programa apresen-tou as competências exigidas pelo mercado e mostrou a importância de identifi car o nível de desenvolvimento em que cada indivíduo se encontra – pessoal e profi ssional-mente –, já que para as organizações, ter colaboradores competentes é ter aliados no alcance dos resultados. Local: Campus FAAP SP – Centro de Excelência.

Acesse o site e conheça a programação do Núcleo de Eventos da FAAP Pós-Graduação: www.faap.br/pos

Para saber mais sobre o Programa Pense Melhor, acesse: pos.faap.br/pensemelhor.

Prof. Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP, detalhando o projeto Pense Melhor.

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Em 14 de abril de 2009, recebemos o engenheiro Ozires Silva (presidente do Conselho Consultivo do WTC (World Trade Center) de São Paulo e do Conselho de Adminis-tração de várias empresas, ex-presidente da Petrobras e da Varig e ex-ministro do Estado da Infraestrutura; líder do grupo que promoveu a criação da Embraer; e reitor da Unimonte), que ministrou a palestra: Inovação e Empreendedorismo – Um Mundo para o Futuro. O evento aconteceu no Centro de Excelência da FAAP e contou com mais de 100 participantes.Ozires Silva iniciou frisando a importância da escola, da educação e do processo inovador, internacional, que está impregnando o mundo. Um mundo que mudou impulsio-nado pelas comunicações globais e instantâneas, que aproxima pessoas e elimina fronteiras, e é fundamental. Estes, entre outros motivos inovadores e empreendedo-res, embasaram o tema voltado para o êxito de novos empreendimentos, pois a inovação sozinha não produz nada, tem que ter por trás, alguém que pensa e que empreende, e isso é constante.Ele apresentou quatro palavras, extraídas da realidade mundial, que em sua opinião são importantes para o progresso e crescimento das nações: mobilidade, comunicação, informação e efi ciência. E, sendo o tempo a variável mais importante do mundo moderno, é absolutamente necessário saber utilizá-lo em seu favor, para desenrolar todos os processos, prever e fazer as

coisas acontecerem, com efi ciência e efi cácia. Salientou: “O Brasil não pode perder a corrida da educação.” Não há tempo a perder, o mundo está se desenvolvendo numa velocidade brutal e investindo muito em educação. “A educação tem um incrível poder de transforma-ção”, e é uma obrigação não apenas do governo, mas de todos nós lutarmos por uma melhor educação, pois a competição mundial está acirrada e precisamos, com coragem e efi ciência, mudar o que é essencial em termos de educação e progresso. O século XXI tende a mudar ainda mais, o mundo inteiro transita entre nós (economia, pessoas, comunicação, produtos, entre outros), tudo agora é efetivamente global, as pessoas se tornaram globais. O grande desafi o é: em-barcar nesse processo de mudança, corrigir-se quanto ao domínio das oportunidades (que também são globais) e ganhar competitividade (que também é global). Por assim dizer, crescimento e desenvolvimento é a ordem do dia no mundo. Ainda que os analistas mundiais digam “que o mundo do futuro será mais asiático”, o Brasil tem tudo para estabelecer a sua própria competitividade e enfrentar a concorrência. Em sua apresentação, contou um pouco da história da Embraer, que em 2009 comemora 40 anos. O mérito está no projeto educacional, vitorioso, promovido pela FAB (Força Aérea Brasileira), o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – o real criador da Embraer –, que também

Por Márcia Dias

O prof. Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP, apresenta Ozires Silva, um brasileiro

notável, estando à mesa o prof. James Teixeira da pós-graduação da FAAP.

oZIrEs sILVa Na FaapInovação e empreendedorismo - um mundo para o futuro

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constituiu o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) na área de pesquisa, proporcionando o caminho para a indústria.Em 1968, foi realizado o primeiro voo com apoio da FAB, ou seja, profissionais brasileiros talentosos sonharam e fizeram acontecer. A partir daí, deu-se início a luta para a produção de aeronaves de nacionais, em 1969. Os idealizadores empenharam-se e empreenderam esforços para a realização do projeto.O presidente da República Costa e Silva esteve no CTA em abril de 1969, um domingo, sozinho, acompanhado apenas de seguranças. Naquele dia, em uma hora, Ozires Silva conseguiu levar ao seu conhecimento o programa de desenvolvimento da indústria aeronáutica.Convencer o presidente da República a criar uma estatal, ainda que o governo fosse contra, não foi uma tarefa tão difícil.O empreendedor, Ozires Silva, saiu-se bem nessa tarefa e a resposta foi positiva: o presidente do Brasil concordou com a criação da Embraer (Empresa Brasileira de Aero-náutica), que hoje opera globalmente, é uma companhia de caráter mundial.O dr. Ozires Silva apresentou também a sua empresa de biotecnologia – Pele Nova –, inovadora em produtos curativos para cicatrização de úlceras crônicas, que tem um belo programa de desenvolvimento em curso. Já tem produto no mercado à base de uma membrana natural para cicatrização. Uma inovação tecnológica 100% brasi-leira à disposição dos profissionais de saúde. A empresa foi coroada com os prêmios CNI e FINEP - 2005 e 2006 de Inovação Tecnológica. Ele declarou que o mundo oferece amplas oportuni-dades para que se possa ter um futuro de sucesso para muitos empreendedores brasileiros, portanto, não devemos perder essa chance. Claro que é preciso quebrar paradigmas, criar novos métodos e processos de produ-ção, inovar intensamente, criar marcas globais, padrões internacionais e vender / distribuir mundialmente. Não se pode combinar mais situações como: “O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e o país que mais comercializa café é a Alemanha, onde não existe um pé de café.”Há muita competição entre os países, é preciso criar uma parceria com o governo no setor produtivo, entre outras medidas. Voltou a ressaltar que o país deve investir pe-sado em educação e infraestrutura – humana e material – de qualidade, para que cada empreendedor brasileiro tenha mais possibilidades de ter sucesso em sua vida. “Um país de sucesso não tem um povo fracassado”, afirmou. Complementou ainda: “Países em prosperidade mostram crescentes valores na sua produtividade. E os novos horizontes caminham para a robótica, nanotecno-logia, biotecnologia, tecnologia da informação e serviços,

tudo conectado à inovação e eficiência, vantagens com-petitivas e produtividade alta, através da educação, do treinamento e da força de trabalho qualificada.”Sobre o perfil empreendedor, disse em conclusão que o brasileiro é um povo muito criativo, mas pouco empre-endedor. Precisa pensar mais em empreendedorismo e se tornar mais empreendedor – sonhar com vontade, ser determinado e crer no sucesso, manter a coragem para inovar e assim prosperar, lutar pelo seu sucesso. Por outro lado, a sociedade e o governo precisam minimizar os riscos que hoje limitam a geração de riquezas. Afinal, como expôs o palestrante, novos produtos nascem em cada momento, a concorrência é global e as oportunida-des não podem ser perdidas.Ozires Silva encerrou sua palestra com as seguintes palavras de incentivo:

“É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar °triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os que nem lutam nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota.” Theodore Roosevelt, presidente dos Estados Unidos da América (EUA) (1901-1909)“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo °começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Chico Xavier.“Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos.” ° Shakespeare“Fazer o impossível é difícil, mas para o determinado, °basta achar o caminho.” Adib Jatene

A FAAP agradece ao dr. Ozires Silva pela excelente palestra que encantou a todos os presentes na noite do dia 14 de abril de 2009.

O admirado empreendedor dr. Ozires Silva.

“O processo de empreender tem um começo, mas não termina, tem que ser per-manente, porque as inovações vão se sucedendo a competição vai mudando, de modo que a gente precisa compreender que se processo tem um começo, um fim certamente ele não tem.” Ozires Silva

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pós -gr aduação // s ão josé dos ca mpos

Valor! Uma palavra tão utilizada nos dias de hoje, princi-palmente quando pensamos nos atuais tempos de crise. Mas de fato, como podemos atribuir “valor” a algo? Muitas vezes, o valor de algo é percebido no momento presente e em outros casos, somente tempos depois. Em tempos atuais, nada mais importante do que otimizar tudo aquilo que se faz, buscando eficiência, redução de desperdícios, resultados e, sobretudo, agregar valor ao que produzimos e vivenciamos.Valorar é uma experiência fundamentalmente humana que se encontra no centro de toda escolha de vida. Conceber um plano de ação nada mais é do que priorizar certos valores, ou seja, escolher o que é mais adequado e evitar o que não agrega para se atingir os fins propostos.Para se obter valor, mormente no campo pessoal, são necessários alguns investimentos. Tais investimentos devem nascer de motivadores internos, pois somente assim serão sustentados. Estes correspondem à disponi-bilidade de tempo, força de vontade, energia, e também à crença de que é sempre possível mudar para melhor! Trata-se, portanto, de um esforço consciente!Historicamente, em tempos de crise, surgem as maiores oportunidades, sendo necessário ter olhos para enxergá-las. É justamente por conta de momentos assim, que estes investimentos devem ser feitos! Um dos investimentos que deve ser feito constantemente por pessoas conscientes de seu papel na sociedade e em seu desenvolvimento pes-soal, é o da busca de conhecimentos. Dentre os vários benefícios que o conhecimento oportuniza, pode-se citar a criatividade, importante até por questões de sobrevivência, tanto profissional como pessoalmente.

agrEgaNdo VaLorConsiderando o aspecto “oportunidade”, pode-se citar os cursos de pós-graduação e MBA oferecidos pela FAAP. Por esta Instituição, passam diariamente, alunos, funcio-nários e professores. Pessoas com diferentes histórias de vida e experiências. Trata-se de uma comunidade que possui uma imensa riqueza de conhecimentos, que compartilhados, permitem inúmeras realizações.Falando um pouco de minha experiência pessoal, fui aluno do MBA em Gestão Empresarial, e posso dizer que muitas coisas mudaram em minha vida, seja no aspecto pessoal como também no profissional. A abrangência de tudo aquilo que foi apresentado em sala, as trocas de visões e experiências, tendo como cenário, um am-biente inspirador, realmente representaram um divisor de águas em minha vida. Estas mesmas oportunidades de conhecimento se expandiram no momento em que também iniciei num trabalho como professor em diversas disciplinas nesta Instituição. Concluindo, para vivermos estes tempos de transforma-ção, é necessário investir em conhecimento, oportuni-zando o despertar de nossa criatividade, permitindo-nos ver as coisas com novos olhos e perceber ameaças em oportunidades; possibilitando várias soluções para os mesmos problemas, tornando-nos mais sensíveis aos estímulos da sociedade, favorecendo a geração de ideias e a capacidade de dar prontas respostas às diversas demandas. As oportunidades estão aqui e agora!

____________________Prof. Albert Selmikat. engenheiro eletrônico, atua como consultor no merca-do aeronáutico e docente da FAAP.

Prof. Albert Selmikat

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Vagas limitadas

A FAAP Pós-Graduação apresenta os

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Os Cursos Abertos Pense Melhorsão programas com 4 horas de duração, baseados em livros sobre temas ligados ao mundo corporativo e à vida profissional,ministrados por professores da FAAP.

Em uma única manhã, os participantes terão a oportunidade de fazer novos contatos, adquirir novos conhecimentos e desenvolver diferentes habilidades e competências.

Consulte a programação abaixo e identifique os cursos mais adequados aos seus interesses pessoais e profissionais:

06.05.09 EMPREENDER É A SOLUÇÃO

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CAMPUS SÃO PAULOCENTRO DE EXCELÊNCIA

21.05.09 A ERA DA VELOCIDADE

25.05.09 PENSE MELHOR

29.05.09 SEDUZIDO PELO SUCESSO

10.06.09 QUALIDADE DA CRIATIVIDADE

17.06.09 EMPREENDER É A SOLUÇÃO

23.06.09 ERA UMA VEZ NA EMPRESA

24.06.09 QUALIDADE COM HUMOR

25.06.09 ATITUDE YES!

30.06.09 GRANDES DECISÕES29.05.09 SOBRE PESSOAS

10.07.09 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL29.05.09 PARA A GESTÃO DE PROJETOS

18.09.09 COMPETÊNCIAS E TALENTOS

CAMPUS RIBEIRÃO PRETO

05.05.09 EMPREENDER É A SOLUÇÃO

18.05.09 PENSE MELHOR

22.05.09 COMPETÊNCIAS E TALENTOS

28.05.09 A ERA DA VELOCIDADE

29.05.09 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL29.05.09 PARA A GESTÃO DE PROJETOS

04.06.09 QUALIDADE COM HUMOR

09.06.09 GRANDES DECISÕES29.05.09 SOBRE PESSOAS

16.06.09 ERA UMA VEZ NA EMPRESA

18.06.09 ATITUDE YES!

26.06.09 SEDUZIDO PELO SUCESSO

CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Programação

Informações

Centro de Excelência FAAP (SP)Rua São Vicente de Paulo, 463 - Santa Cecília - São Paulo - SP11 3662-7449 - [email protected]

FAAP Ribeirão PretoAvenida Independência, 3670 – Jd. Flórida - Ribeirão Preto - SP16 3913-6300 - [email protected]

FAAP São José dos CamposAvenida Dr. Jorge Zarur, 650 - Serimbura - São José dos Campos - SP12 3925-6400 - [email protected]

Pense Melhor

Ribeirão Preto Social

PÓS -GR ADUAÇÃO // R IBE IR ÃO PRE TO

Em março de 2009, a FAAP de Ribeirão Preto realizou quatro eventos abertos ao público em geral, com reno-mados profi ssionais de diferentes áreas de atuação. Uma palestra e um encontro tiveram arrecadação de alimentos para entidades benefi centes. O primeiro deles foi As Competências das Pessoas, mi-nistrada pelo professor Cláudio Queiroz que, na ocasião, lançou livro de mesmo título e abordou tópicos envolven-do o tema de gestão de recursos humanos.Já o I Encontro Paulista de Gestão, Finanças e Direito dos

Por Andrea Sendulsky, coordenadora de Comunicação da FAAP.

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Agronegócios foi direcionado aos profi ssionais do referido mercado e enfatizou a aplicação do Direito e Finanças.Os dois eventos arrecadaram 327 kg de alimentos e valor em reais sufi ciente para dobrar essa quantidade. As instituições auxiliadas foram o Lar do Vovô Albano e a Associação dos Defi cientes Visuais, ambas da região de Ribeirão Preto.A iniciativa – de promover eventos com entrada vinculada a doações – ocorre na sede de Ribeirão Preto desde 2008 e foi estendida para os campi de São Paulo e São José dos Campos a partir de março de 2009.

Na abertura do I Encontro Paulista de Gestão, Finanças e Direito dos Agronegócios, o prof. Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP entre os professores Marcelo Godke Veiga e Mario Pasarelli.

Em pé, o prof. Marcelo G. Veiga, coordenador do curso de pós-graduação em Direito dos Agronegócios, em Ribeirão Preto. Na mesa, da esquerda para a direita os professores Francisco Satiro de Souza Jr., Eduardo Cicconi, Renato Pinheiro Jabur e Maurício Sampaio.

O prof. Claudio Queiroz falando sobre as competências indispensáveis para um gestor no século XXI.

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Quando chegamos em Ribeirão Preto, em 2005, tínha-mos um desafio: implantar no interior paulista, numa das regiões mais ricas e prósperas do país, uma revenda da ADCOS Cosmética de Tratamento. A empresa já existia na cidade, mas não agregava à sua marca o conjunto de possibilidades que os produtos proporcionam para o mercado, tanto do ponto de vista do consumidor, quanto dos profissionais da saúde e da beleza.Sempre pensamos que este seria um trabalho muito fru-tífero. Além da experiência de meia década na sede da empresa em Vitória (ES), tínhamos confiança no potencial da marca e conhecimento. Este último proporcionou a possibilidade de executarmos um planejamento cujo resultado, três anos depois, nos levou a expandir os ne-gócios além da região franqueada inicialmente. No final de 2008, começamos a operar também o mercado de São José do Rio Preto, que agregando à região inicial, nos deu uma área com mais de 150 cidades, incluindo centros regionais prósperos do interior do Estado, como Franca, São Carlos, Araraquara, Catanduva e Barretos.Para levar o conhecimento de marca a uma região tão ampla, seria preciso mais do que vender produtos. Muito importante seria trabalhar bem os conceitos de marca, valor e principalmente atendimento diferenciado.Investimos em um forte relacionamento com a comuni-dade médica e com os profissionais das áreas de saúde e beleza; saímos de trás do balcão da loja e fomos a campo; promovemos eventos voltados para a área da saúde, visitamos pessoalmente os profissionais da área, espe-cialmente dermatologistas e especialidades estéticas, e proporcionamos um canal de diálogo franco e aberto com aqueles que produzem e pensam os produtos que comercializamos. Anualmente, promovemos o Simpósio ADCOS de Cosmetologia Aplicada, que atrai centenas de profissionais da cidade e da região.Para alcançar o sucesso, avançamos na direção do nos-so público interno, ou seja, nossos funcionários. Nesse campo, os conhecimentos adquiridos no curso de pós-graduação de Gestão de Pessoas oferecido pela FAAP em Ribeirão Preto foram essenciais. Trabalhamos para que nossos funcionários estejam antenados com as tendências de mercado, de tratamento e, sobretudo, satisfeitos com

Gestão de pessoas como ferramenta fundamental para o sucesso

o trabalho que desempenham. Este comportamento é refletido diretamente no resultado da empresa.Segundo a revista The Economist, citada na obra Gestão com Pessoas: Uma Abordagem Aplicada às Estratégias de Negócios, “nada mudou mais em 10 séculos de vida humana do que o mundo do trabalho”. As atividades exer-cidas hoje não existiam há 250 anos e um dos maiores exemplos é o aumento da mecanização das lavouras. O homem se torna, portanto, cada vez mais urbano, um cenário bem diferente daquele de 1929.Desde os anos de 1990, quando se estabeleceu a competição do mundo globalizado, o comportamento das empresas vem sofrendo alterações. Há 30 anos não se pensava na aproxima-ção com os funcionários de uma empresa ou indústria, hoje é essencial a integração, inclusive do ponto de vista pessoal. É assim que se entende a gestão de pessoas, procurando sempre resultados positivos para as empresas.As pessoas que trabalham na ADCOS são consideradas por nós mais do que meros funcionários, eles são cola-boradores da empresa que dependem diretamente de nossos resultados, por isso estão integrados aos pro-cessos decisórios e às ações que desenhamos na socie-dade. Acreditamos que o atendimento ao cliente, neste período de turbulência, é o diferencial para fidelizá-lo. E estamos convencidos de que faremos isso fidelizando também os nossos colaboradores, apresentando para eles diferenciais que vão além da comprovada qualidade dos produtos que representamos.Nesse contexto, o horizonte de nosso planejamento estra-tégico está fundado na valorização e no aperfeiçoamento daqueles que trabalham conosco. O relacionamento é, portanto, nossa principal ferramenta de trabalho. A em-presa ganha em produtividade e potencial competitivo, desde as questões mais complexas, que envolvem amplo conhecimento dos produtos e princípios ativos, até em detalhes de organização dos espaços de nossas lojas e de atendimento das necessidades dos clientes. Os novos paradigmas que implantamos em Ribeirão Preto, calcados em nossas experiências profissionais, pessoais e nos conhecimentos adquiridos na FAAP, são refletidos na empresa em âmbito nacional, o que nos dá a certeza de que caminhamos no rumo certo.

Por Rosane Piacenti, aluna do curso de pós-graduação em Gestão de PessoasLuciano e Rosane Piacenti, gestores da ADCOS Cosmética de Tratamento em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

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“Através dos séculos, durante os quais os contos de fadas, sendo recontados, foram se tornando cada vez mais refi nados, e passaram a transmitir ao mesmo tempo signifi cados manifestos e encobertos, passaram a falar simultaneamente a todos os níveis de personalidade humana, comunicando de uma maneira que atinge a mente ingênua da criança tanto quanto a do adulto sofi sticado.” Bruno Bettelheim

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P ÓS GR ADUAÇÃO // PROJE TO PENSE MELHOR

Professores de diversas áreas da FAAP participam do Projeto Pense Melhor, cuja missão é ser um importan-te canal de disseminação do conhecimento dentro das organizações. Os temas propostos pelo Projeto Pense Melhor visam proporcionar às pessoas que atuam nas empresas a possibilidade não só de pensarem melhor sobre processos de aperfeiçoamento do trabalho, mas terem atitudes melhores também diante da própria vida e das próprias escolhas. O Programa “Era uma vez na empresa” faz parte do projeto.

A JORNADA CONTINUA... Ler contos de fadas na vida adulta é de uma riqueza incomensurável. Muitos de nós não tivemos a sorte de ter pais preocupados em nos contar histórias, como teve, por exemplo, Goethe, cuja mãe fora reconhecida como exímia contadora de histórias, uma contribuição que certamente permitiu que o escritor alemão tivesse a efer-vescência criativa que lhe proporcionou destaque na literatura, não só em seu país, quiçá no mundo. O ato de contar histórias para as crianças pode ser atualmente um resgate de nossa própria infância e de todas as questões que nela orbitam. Ao contar um conto, inúmeros insights (lampejos) podem surgir emanados da nossa vivência ao longo dos anos. Para os que estão mais abertos à busca de si mesmos, como já escrito nos textos anteriores, pode-se, à luz de um conto, olhar para a vida de outro jeito, não dando apenas resoluções categóricas para os dilemas, mas, sobretudo, encontrando caminhos e pistas para outras descobertas mais amplas e menos absolutas. Somos cobrados o tempo todo em nossos papéis sociais e paradoxalmente não abrimos tempo na agenda para conversarmos conosco mesmos. Quem sabe a leitura de um conto de fada possa nos ajudar nesse proces-so, quebrando o desconfortante silêncio interior e dando voz ao interlocutor invisível, que num embate literário nos auxiliará na refl exão.

Por profa. Maria Elisa Moreira Costa

ENTUSIASMOO Patinho Feio vai Trabalhar...

Como escreveu Bruno Bettelheim, no início dos anos 80: “Um conto de fadas é acima de tudo uma obra de arte” e como toda obra de arte precisa ser admirada, estudada e decifrada. Podemos não saber o que o artista quis di-zer ou expressar com sua obra, mas certamente quando olhamos para uma pintura, uma escultura, uma instalação ou para uma peça de teatro, temos a nítida sensação de proximidade, o que nos leva à compreensão pessoal que transcende o que já conhecemos de nós mesmos. Assim como no caso das obras de arte, os contos de fadas

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realmente ajudam nessa nossa provocação dos sentidos, nos alertando para coisas que até então não tínhamos percebido. É tão agradável quando compreendemos o sentido de uma expressão artística, e o mesmo vale para os contos de fadas. Levemos em consideração que não conhecemos todas as obras de arte, bem como, dentre as que conhecemos existem as que gostamos menos e as que gostamos mais. O ser humano procura aquilo que possui um significado para ele e esse significado não precisa necessariamente ser consciente, palpável. Ver uma obra de arte ou ler um conto antigo geralmente nos mobiliza internamente, por isso, gostamos mais de uma obra de arte ou de um conto em detrimento a outros. Às vezes o conto de fada que você mais gostava na infância, sem saber muito porque, pode retratar muito bem a sua maneira de lidar com os fatos da vida. A proposta, com essas reflexões publicadas na Qualime-tria, ao longo desses meses, é trazer alguns contos que necessariamente não são os que você mais se recorda ou gosta. Dos contos de fadas que você já ouviu na sua vida, qual é o seu conto favorito? Lembrou-se? Pois então, conte-o para alguém descompromissadamente; relembre-o quantas vezes forem necessárias para si mesmo, como se estivesse numa pinacoteca olhando e saboreando uma obra de arte.

TERCEIRA PARADA... EIS QUE O ROUXINOL NOS FAZ UMA VISITA Esta é a nossa terceira parada para reflexão. Em dezem-bro de 2008, falamos sobre o autoconhecimento tendo como referência o conto do Patinho Feio. Em janeiro de 2009, tratamos do tema da autenticidade por meio do conto As Roupas Novas do Imperador. O convite dessa edi-ção é para que voltemos nosso olhar, ou melhor, nossos ouvidos para o entusiasmo da canção do Rouxinol. Esse conto é belíssimo e, certamente, contribuirá muito para essa nossa audaciosa viagem em busca de um pouco de crescimento interior.

O dinamarquês Hans Christian Andersen nem imaginava que em pleno século XXI iríamos ler seus textos, extrain-do a partir deles referenciais interessantes ligados às questões de desenvolvimento humano. Esse conto do Rouxinol, por exemplo, foi escrito por volta de 1843, pos-sivelmente tendo como inspiração uma famosa cantora sueca da época que se apresentou na reinauguração do parque Tivoli de Copenhague. É possível analisarmos esse conto a partir de várias perspectivas, mas vamos escolher apenas uma: a do próprio rouxinol!

A palavra entusiasmo vem do grego e significa “energia divina dentro de si”. Vamos nos ater apenas ao aspecto etimológico, sem nenhuma apologia religiosa. Os gregos, politeístas que eram, acreditavam que as pessoas capa-zes de fazer as coisas acontecerem e torná-las realidade

eram exatamente as mesmas que possuíam dentro se si algum deus dos vários cultuados por eles. Pessoas ligadas ao cultivo da terra e cuja colheita era farta, possivel-mente, na crença da época, tinham dentro de si a deusa Deméter, e assim tantas outras conquistas pessoais eram associadas aos diversos deuses disponíveis. Mas o que tem a ver o entusiasmo com o convidado rouxinol dessa edição? Ao ler o conto, cada um de nós fará suas próprias considerações, mas pensar no rouxinol como um ser entusiasmado, nos mobiliza a refletir. Quando fazemos o que realmente somos apaixonados por fazer, quando possuímos uma energia intensa, nos tornamos senhores e senhoras de nossos destinos, assim como o rouxinol o foi. O talento do rouxinol era tanto que o im-perador desejou confiná-lo no palácio, para satisfazer um desejo egoísta e manipulador. O imperador queria tê-lo sob seus olhos e vigilância, privando-o de liberdade e de sua fonte vital de energia, que no caso do rouxinol, era a própria natureza. O rouxinol, na primeira oportunidade, rompe com aquele que parecia um destino “perfeito” numa gaiola de ouro e um séquito à sua disposição. Ele disse não a tudo que o impedia de ser feliz. O rouxinol entusiasmado com seu canto e com a possibilidade de fazer o bem, não apenas em um lugar, mas alegrar a vida de tantas e tantas outras pessoas que cruzassem o seu caminho, via nisso tudo a sua própria missão: contagiar as pessoas com a alegria e beleza de seu canto. O rouxinol rompe com o que é previsível, convergente, estático e envereda-se pela criatividade produtiva, viva e transfor-madora. Autoconfiante, foi capaz de, tempos depois, cha-mar à vida o próprio imperador que o queria aprisionar. O rouxinol estava conectado à sua fonte interna e não se deixou seduzir pelas ilusões da fama aprisionadora, pelo contrário, ele encantou a todos com seu canto, deu vida a quem, naquele momento, mais precisava dela. De que maneira você demonstra o seu entusiasmo? E para o que você deveria estar dizendo “não” nesse momen-to? Você sabe dizer qual é a sua verdadeira missão na Terra? Pense nisso! Vamos nos encontrar novamente na próxima edição.

“O conto do Rouxinol representa a força vital genuína em cada um de nós, nossa essência, nossa forma intrínseca de ser, nosso talento e nossa paixão inerentes, nossa qualidade de energia peculiar, nosso poder autêntico.” Mette Norgaard

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Era uma vez...... um palácio construído da mais fi na e delicada porce-lana. O jardim de palácio perfeito. Tudo nesse reino era disposto engenhosamente. Dentro da mata próxima a esse reino vivia um rouxinol, cujo canto era tão encan-tador que os trabalhadores mesmo cansados paravam maravilhados para escutá-lo cantar. Os visitantes escre-viam livros e poemas a respeito do suntuoso palácio, do espetacular jardim e do rouxinol. Num determinado dia, lendo um desses livros, o imperador deparou-se com a frase: “O rouxinol é absolutamente incomparável!”. O imperador, muito surpreso, berrou para que seus súditos trouxessem o rouxinol para uma apresentação naquela mesma noite. Caso contrário, um por um receberia um soco no estômago após o jantar. Isso fez com que os súditos corressem de um lado a outro, mas eles nunca haviam ouvido falar do rouxinol. Uma jovem ajudante de cozinha sabia onde o encontrar e podia conduzi-los até ele. No caminho, os súditos chegaram até a confundir o mugido das vacas e o coaxo das rãs com o canto do rouxinol. Finalmente avistaram o singelo rouxinol, esten-dendo-lhe o “convite” do imperador. No palácio, naquela mesma noite, o rouxinol cantou tão graciosamente que o imperador chorou. Sua comoção fora tamanha que queria dependurar seu chinelo de ouro no pescoço do rouxinol. Porém, o rouxinol recusou, dizendo-lhe que não havia maior recompensa que suas lágrimas. O imperador insistiu para que o rouxinol permanecesse na corte e en-tão ele teria uma gaiola só sua, mais a liberdade de sair para um passeio duas vezes durante o dia e uma vez à noite. Doze criados foram designados para acompanhá-lo. Nas perninhas do rouxinol cada um dos criados amarrou uma fi ta de seda vermelha, que eles mantinham bem presa à mão. Algum tempo depois, o imperador recebeu um presente: um rouxinol artifi cial, coberto de ouro e pedras preciosas. Ele conseguia cantar exatamente a mesma composição trinta e três vezes sem cansar e tornou-se um sucesso no reino. O rouxinol verdadeiro escapou pela janela aberta. Furioso, o imperador o baniu de seu reino. O mestre de música garantiu que o pássaro mecânico era o melhor, e esse rouxinol artifi cial ganhou então o lugar de honra à mesa do imperador. Certa noite, quando ele estava cantando, alguma coisa dentro dele estalou e a música parou. O relojoeiro fez o que pôde e

consertou o pássaro, mas a partir daí ele não conseguia cantar tão bem. Cinco anos se passaram. O imperador estava deitado sozinho em seu leito de morte. Um novo imperador já havia sido escolhido e todos haviam saído às pressas para cumprimentá-lo. O velho imperador mal podia respirar, porque a morte já estava sentada perto dele. Ao redor da cama, rostos estranhos apareciam e vozes sussurrantes enumeravam detalhadamente os feitos bons e ruins que ele havia feito ao longo da vida. Atormentado, o imperador clamava para que o rouxinol de ouro cantasse, mas não havia ninguém ali por perto para dar corda nele. De repente, pela janela entrou o mais gra-cioso dos cantos. O rouxinol autêntico, sensibilizado com o infortúnio, foi até ele para reconfortá-lo. À sua presença, gradualmente os rostos estranhos foram desaparecendo, a morte foi embora e o imperador teve uma boa noite de sono. Na manhã seguinte, o imperador pediu ao rouxinol que permanecesse no palácio, mas o rouxinol recusou, prometendo visitá-lo e cantar para ele todas as noites, para lhe trazer felicidade e ponderação. Em seguida saiu voando. Pouco tempo depois, os criados foram dar uma olhada no imperador que já julgavam morto. Imagine o susto deles ao encontrar o imperador completamente recuperado! Pois é, ali eles se mantiveram de pé, como estátuas, ouvindo o “Bom dia!” do imperador.______________Visite o site http://pos.faap.br/patinhofeio e conheça o programa.

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P ÓS GR ADUAÇÃO // PROJE TO PENSE MELHOR

Profa. Maria Elisa Moreira Costa, psicóloga e especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho.

Pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos, professora e coordenadora dos programas Educação

de Futuro e Era uma Vez na Empresa.

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