artigo cientifico gravitropismo da mangueira 01

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AÇÃO DO GRAVITROPISMO NO DESENVOLVIMENTO CAULINAR DA MANGUEIRA (MANGIFERA INDICA) Marcelo Amorim Jackeline Bernardo Janilma P. de Almeida Rio de Janeiro, 2011.

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Page 1: Artigo cientifico gravitropismo da mangueira 01

AÇÃO DO GRAVITROPISMO NO DESENVOLVIMENTO CAULINAR DA MANGUEIRA (MANGIFERA INDICA)

Marcelo Amorim

Jacke line Bernardo

Janilma P. de Almeida

Rio de Janeiro, 2011.

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Associação Educacional São Paulo Apóstolo Centro

Universitário da Cidade:

Reitor: Márcio André Mendes da Costa

Vice-Reitora: Fernanda Pimentel

Pró-Reitor: Wanderley Mardini Cantieri

Pró-Reitor de Operações: Fernando Vieira Braga

Diretor de Graduação Ricardo Meireles

Diretor de Pós-Graduação e Pesquisa Jorge de Abreu Soares

Diretor de Desenvolvimento Institucional: Jorge Cássio da Silva Mello

Diretor de Tecnologia: Carlos Eduardo Silva Pereira Leite Diretor de Sistemas: Marcio dos Santos Viola

Escola de Educação e Meio Ambiente: Coordenadora Geral do Curso: Profª Margot Valle Ferreira

Page 3: Artigo cientifico gravitropismo da mangueira 01

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Sumário

Introdução .............................................................................................. 4

Objetivo .................................................................................................. 9

Metodologia ....................................... .................................................... 9

Discussão e Conclusão ........................................................................ 14

Referências Bibliográficas ........................ ........................................... 15

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AÇÃO DO GRAVITROPISMO NO DESENVOLVIMENTO CAULINAR D A

MANGUEIRA (MANGIFERA INDICA)

Alexandre Loureiro¹, Marcelo Manhães de Amorim ², Jackeline Bernardo. ³,

Janilma P.de Almeida. 4,

Introdução

Segundo Lorenzi, (2006), esta fruta deliciosa, refrescante no verão, tem

quase quinhentas variedades. Isso mesmo, quinhentas! Nativa da Índia e Burma, de

onde foi trazida pelos colonizadores portugueses no século XVI e hoje uma das mais

cultivadas nas regiões tropicais do país. A manga é altamente nutritiva, rica em

fibras, proteínas, sais minerais e vitaminas (A, B, C). Deve-se evitar, porém, o suco

da fruta verde, porque contem substâncias abortivas.

Nome cientifico: Mangifera indica;

Família: Anacardiácea

Nome comum: mangueira, manga.

Origem: Índia e Burma.

De acordo com Corrêa, M.P. (1974), a mangueira foi à árvore asiática que

melhor se adaptou ao clima brasileiro, produzindo inúmeras variedades, tornando-se

quase obrigatória na paisagem do norte e do nordeste do país, e sendo facilmente

encontrada em cultivo na Amazônia e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Diferentes árvores que produzem diferentes mangas podem ser encontradas,

aos montes, em chácaras e fazendas, em pomares e quintais urbanos e rurais, em

pequenas e médias propriedades, além de estarem presentes em espaços públicos

como parques, pragas, ruas e avenidas por todo o país.

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A cidade de Belém é um exemplo eloquente dessa abundância, tendo se

tornando famosa por suas mangueiras. Noutro extremo do país, na cidade do Rio de

Janeiro, as mangueiras também eram tantas que acabaram dando o nome a um

bairro, a uma parada de trem e a uma escola de samba: a "verde e rosa" Estação

Primeira de Mangueira.

Se a manga é uma fruta “de verdade’, de polpa carnuda, gostosa, perfumada,

consistente, cheia de água e de açúcares, as mangueiras são árvores frondosas, de

longuíssima duração e de frutificação abundante”. Tudo isso faz com que sejam

árvores muito valiosas para quem as possui.

Os frutos são lindos e também variados em seus tamanhos, formatos,

sabores e cores: por fora, as mangas podem ser verdes, verdes com pintas pretas,

amareladas, alaranjadas, douradas, róseas ou violáceas. Dentro da manga -

envolvida por uma polpa de cor e sabor forte, mais ou menos carnudo, mais ou

menos doce, mais ou menos fibrosa, dependendo da qualidade da fruta encontra- se

o caroço, grande, achatado e fibroso.

É notável a grande variação apresentada pelos frutos das mangueiras, em

todo o mundo: nos livros encontram- se referências que variam entre um número de

500 e 1000 variedades existentes. No Brasil, as mangas são também encontradas

em grande diversidade: apenas entre as mais comuns e conhecidas pela população

em geral, Pimentel Gomes, (2006), cita e descrevem 36 variedades, todas elas de

fácil ocorrência.

No entanto, as variedades de mangas mais cultivadas em pomares

comerciais alcançam menor número. Basicamente, são variedades obtidas após

cuidadoso processo de seleção e de melhoria da fruta, tendo em vista diminuir a

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quantidade de fibras e de fiapos em sua polpa carnuda, e privilegiar as cores

vermelhas e rosadas, mais apreciadas na frota destinada à exportação.

No Brasil, atualmente, são cultivadas as variedades Alphonso, Bourbon,

Carlota, Coração de Boi, Espada, Golden Nuggets, Haden, Keitt, Kent, Rosa, Rubi,

Sensation e Tommy Atkins. Algumas delas nasceram e se desenvolveram no país;

outras são de origem estrangeira, especialmente proveniente dos Estados Unidos,

onde produtores da região da Flórida são grandes pesquisadores da fruta.

Os principais produtores da fruta no país são os Estados de São Paulo e de

Minas Gerais, que, juntos, alcançam cerca de 50 % da área planta da e 25 % do

total da produção. Em seguida vêm os Estados do nordeste do país, responsáveis

pela metade da produção nacional, com desta que para Bahia, Pernambuco, Piaui e

Ceará.

O Brasil tem tido uma crescente participação no mercado mundial produtor de

mangus, exportando boas quanti- dades para a Europa e para os Estados Unidos.

Mas o grande comércio internacional é ainda dominado pelos países da Ásia, em

especial pela Índia com seu volume gigantesco de produção.

Basicamente, por suas excelentes qualidades de textura e sabor, a manga é

fruta consumida in natura. Com sua polpa prepara-se, no entanto, um bom número

de receitas diferentes que resultam em doces, compotas, geleias, purês, sorvetes e

mousses de delicioso sabor.

Na Índia, sua terra de origem e onde tem grande importância na composição

alimentar da população, a manga tem incontáveis outras utilidades: basta lembrar-

se do famoso "chutney de mangas ", acompanhamento ideal para as carnes e os

grelhados da culinária indiana, que é feito com a polpa da fruta verde, cozida e

temperada com especiarias e pimentas.

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Descrição e característica da planta: a mangueira apresenta copa bem enfolhada

e pode variar de tamanho em função da variedade, da fertilidade do solo, da idade e

do porta- enxerto. Em geral, as plantas não enxertadas podem atingir 40 metros de

altura, enquanto que nas culturas comerciais e com plantas enxertadas, as plantas

chegam a 7 metros. A época de frutificação, o tamanho e a cor dos frutos ficam

uniformes. Em plantas enxertadas, a frutificação pode ocorrer a partir do segundo

ano e, comercialmente, no terceiro ou no quarto ano. O fruto tem uma casca externa

e, logo abaixo, a polpa que pode ser fibrosa (“fiapos”) ou com pouca fibra e um

caroço (semente) grande ou pequeno conforme a variedade. Externamente, a cor do

fruto pode ser vermelha, roxa, amarela ou verde, em várias tonalidades relacionadas

às variedades, assim com o seu tamanho. As comerciais mais conhecidas e

exportadas têm as seguintes características, segundo Lorenzi, (2006): Haden , de

origem americana, filha de “Mulgoba” e “tupertine” plantada por J. Haden em

1902, casca amarela avermelhada, peso médio 480 gramas; Tommy atkins , gerada

nos EUA (anos 40) a partir da “Haden” , casca vermelho-amarelada, peso médio

580 Gramas e Keitt , cultivar tardia obtida nos EUA (irmã de “Haden” , filha de

“Mulgoba” com pai desconhecido amarelo-esverdeada, tem frutos de mais de 800

gramas.

Produção e produtividade: o Brasil é um grande produtor de manga, estando entre

os oito maiores produtores mundiais dessa fruta, junto com o México, as Filipinas, a

Índia, o Paquistão e a África do Sul. Em 2001, o Brasil produziu 540.000 toneladas

em 67.000 hectares e exportou 94.000 toneladas, representando 17,4%.da sua

produção. A região Nordeste é a principal produtora com 53% do total. A

produtividade média no Nordeste é estimada em 20 toneladas por hectare, mas em

áreas onde adotam técnicas mais avançadas chegam produzir 40 toneladas por

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hectare. Para o estado de São Paulo, a média é estimada em 9 a 10 toneladas por

hectare.

Utilidade: a fruta é consumida principalmente ao natural, como fruta fresca, mas é

processada também em pedaços em caldas, sucos, néctar, geleias e sorvetes.

Quantidade por Porção % VD (*)

Valor Energético 39,5 Kcal = 166 Kj 2

Carboidratos 2,7 g 1

Proteínas 2,7 g 4

Gorduras Totais 2,0 g 4

Gorduras Satur. 0,0 g 0

Gorduras Trans. 0,0 g 0

Fibra Alim entar nd 0

Cálcio 14,1 mg 1

Ferro 0,5 mg 4

Sódio nd 0

Fósforo 11,4 mg 2

Vitamina A 140,7 g 23

Vitamina B1 0,0268 mg 2

Vitamina B2 0,0268 mg 2

Niacina 0,335 mg 2

Vitamina C 28,81 mg 64

Valores Diários com base em uma dieta de 2.500 Kcal ou 8.400 Kj seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. *ND = Não Disponível.

Fonte: www.polifruta.com.br

Partes utilizadas: Casca dos ramos, folha, fruto.

Propriedades Medicinais da Manga:

Ajuda a tratar de: anemias, bronquites (asmáticas e catarrais), desnutrição,

escaras, escorbuto, feridas (incluindo as bucais), gengivites, tosses, úlceras

varicosas.

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Utilidades Medicinais:

Anemia – a manga pode ser incluída na dieta dos anêmicos, junto com alimentos

que contenham ferro.

Asma – Chá das folhas tenras da mangueira. Tomar morno, com mel.

Diarreia – Tomar o chá dos ramos tenros.

Digestão – Fazer uma ou mais refeições só de manga.

Respiratórias, doenças das vias - Xarope de manga: cozinhar o suco natural de

manga com mel, até ficar reduzido à metade. Tomar uma colher de sopa de hora em

hora.

Sarna - Cataplasma com a goma-resina que se extrai do tronco.

Verminoses - Preparar um decocto dos brotos dos ramos e da amêndoa das

sementes, bem triturados, e tomar, em jejum, na dose de uma xícara de chá,

juntamente com suco de limão.

Objetivo

Analise dos eixos da M.indica com intuito de entender o gravitropismo da espécie.

Métodologia

1. Realizar levantamento de campo, a fim de identificar a éspecie em estudo e

sua localização.

2. Fotografar a espécie.

3. Identificar através de medição, D. A. P, copa, altura, e altura do fuste.

4. Identificar através de medição o distanciamento entre os eixos;

5. Ação do gravitropismo;

6. Conclusão do levantamento

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Levantamento de campo

Primeiro levantamento: realizado na Rua Artur de Oliveira Vechi, nº 120 no

Centro do Municipio de Mesquita, mais precisamente no Paço da Prefeitura de

Mesquita, RJ.

Imagem 1: (Mangifera indica)

Imagem 02: Medição do D. A. P – Diâmetro a altura do peito;

Imagem 03: Medição da altura do fuste

Imagem 04: Medição do distanciamento entre os eixos.

Imagem 05: Medição do distanciamento entre os eixos.

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Observações: Apesar do anelamento do tronco e da poda corretiva mal

executada, onde alguns galhos foram podados de forma incorreta, o estado

fitossanitário encontra-se em bom estado.

Com relação aos eixos, não houve uma variação muito grande entre eles,

variando entre 0,80cm e 1,00m de distância entre eles, com angululação aproximada

de 45º.

O gravitropismo apresentado deixa claro que a auxinas estão sendo

distribuidas de maneira uniforme, proporcionando a homogenização de toda copa,

fato este que pode estar diretamente ligado ao ambiente onde a árvore está inserida

apresentando como fatores observados, a área livre onde a espécie se encontra e a

ausência de sobreamento.

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Segundo levantamento: realizado na Avenida Ministro Edgar Romero, nº 807,

Madureira, RJ, mais precisamente no interior da Unidade 04 do Capmpus do Centro

Universitário da Cidade.

Imagem 01: Mangueira (Mangifera indica)

Imagem 02: Medição do D. A. P – Diâmetro a altura do peito

Imagem 03: Medição da altura do fuste

Imagem 04: Medição do distanciamento entre os eixos

Observação: a árvore encontra-se em excelênte estado fitossanitário

Com relação aos eixos, houve uma variação muito grande entre eles,

variando entre 0,50cm e 1,50m de distância entre eles, com angululação aproximada

entre 45º e 60º.

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O gravitropismo nesta árvore apresenta caracteristicas diferentes a da árvore

anterior deixando claro que a auxinas estão sendo distribuidas de forma bastante

iregular, onde a de forma bastante iregular, onde a formação cauliforme não está

homogenia em toda copa. fato este que pode estar diretamente ligado ao ambiente

onde a árvore está inserida apresentando como fatores observados, a área livre

onde a espécie se encontra e a ausência de sobreamento.

Comparação de Ambientes:

Percebemos que na imagem 01 as auxinas, responsáveis pelo gravitropismo, promovem a distrubuição dos eixos da copa uniformemente, pois não há nehum obstáculo ou sobreamento no seu entorno.

Na imagem 02 o sentido vetorial promove a distrubuição mais intensa dos eixos apenas para um lado.

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Discussão e conclusão:

Geralmente na formação dos eixos da copa, a gema apical é a mais ativa, e

as gemas laterais permanecem dormentes em conseqüência da dominância apical

exercida pela primeira (por meio de hormônios do grupo das auxinas). À medida que

aumenta a distância entre o ápice caulinar e as gemas laterais, a influência

retardadora do ápice diminui e as gemas laterais tendem a se desenvolver, como

pode ser constatado na árvore estudada no primeiro levantamento de campo, onde

os eixos foram estimulados para serem distribuidos uniformemente com

pouquíssimas variações. No segundo caso já houve uma resistência na distribuição

dos eixos, pois se percebe que o desenvolvimento das gemas laterais e a

distribuição de auxinas, responsávél pelo gravitropismo, fez com que a distribuição

dos eixos da copa tendenciassem apenas para um lado do tronco. Este fato está

provavelmente relacionado à interação da árvore com o meio no qual ela foi inserida,

pois a proximidade com a lateral do prédio do Campus possívelmente interferiu na

sua formação, além do sobreamento provocado pela estrutura, ao contrário da

primeira árvore estudada que não possui nenhum obstáculo ao seu entorno e

ausência de sobreamento.

Dessa forma, conclui-se que apesar das inúmeras variações da M.indica a

espécie possui sentido vetorial ou direção claramente previsível interagindo com o

ambiente no qual está inserido. Sendo Assim, os sistemas naturais são imprevisíveis

e mutáveis, no sentido de se adaptar ao o espaço disponível.

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Referências Bibliográficas: CORREA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exótic as Cultivadas. Vol. V. Ministério da Agricultura. Rio de Janeiro, 1974. Fruticultura brasileira. Biblioteca rural Autor Pimentel Gomes Edição 11, Editora Nobel, 1973. Frutas Brasileiras e Exoticas Cultivadas - Harri Lorenzi, Editora: Codice. 2ª edição, 2009. www.todafruta.com.br Data Edição: 07/07/04

http://www.ibraf.org.br/x_files/Documentos/Cadeia_Produtiva_de_Frutas_S%C3%A9rie_Agroneg%C3%B3cios_MAPA.pdf