apostila mestre mato

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Apostila do curso de sobrevivência no mato do Giuliano Toniolo.

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  • 2

    Escola de Sobrevivncia

    MESTRE DO MATO

    Curso Ttico de Sobrevivncia

    Mdulos: Bsico e Avanado

    Apostila dos Alunos Julho de 2009

  • 3

    NDICE GERAL:

    1) Apresentao............................................................................................................. 4

    2) - Pnico, Medo e Stress................................................................................................ 5

    3) A Regra do Trs....................................................................................................... 10

    4) - Tcnicas e Procedimentos de Segurana............................................................ 11

    5) - Kits e Planejamento................................................................................................ 12

    6) - Alimentos (Origem Animal e Vegetal)................................................................. 16

    7) - gua (Obteno, Coleta e Purificao/Tratamento)......................................... 18

    8) - Sinalizao................................................................................................................ 20

    9) - Fogo............................................................................................................................ 21

    10) Ns............................................................................................................................ 23

    11) - Construo de Abrigos.......................................................................................... 26

    12) - Orientao e Navegao........................................................................................ 31

    13) Bibliografia e Contatos......................................................................................... 34

  • 4

    1) APRESENTAO:

    A presente apostila, no pretende ser um manual

    de sobrevivncia, nem possui um carter autodidata,

    mas to somente, um guia a ser utilizado pelos

    alunos durante as oficinas do Curso Ttico de

    Sobrevivncia, para facilitar a tomada de anotaes e o

    registro de observaes e informaes. A apostila

    pode, ainda, ser usada como fonte de consulta, caso

    precisem relembrar um ou outro aspecto que se tenha

    esquecido. Com isso, a informao no se perder to

    facilmente da memria dos alunos.

  • 5

    2) PNICO, MEDO E STRESS

    1)- Atitude Mental (Estado Psicolgico)/ Forte desejo de sobreviver.

    2)- Tcnicas e conhecimento.

    Stress:

    Reao s tenses fsicas e mentais; etc. Tudo isso cria um impacto Mental (no

    pode ser eliminado).

    O stress possui dois lados:

    I)- Positivo:

    a)- Testa a capacidade do indivduo para agir sem entrar em pnico e

    desmoronar.

    b)- Testa a flexibilidade; a capacidade de adaptao da pessoa e mostra aquilo

    que de fato importante para ela.

    II)- Negativo:

    a)- Causa sofrimento e angstia e raiva.

    b)- Dificuldades para tomar decises e esquecimento.

    c)- Constantes preocupaes.

    d)- Pensamentos de morte e suicdio.

    e)- Descuidos.

    f)- Queda energtica.

    g)- Dificuldades para relacionar-se (Quando sobrevivendo em grupo).

    Eventos que levam o corpo ao stress:

    a)- Fuga.

    b)- Luta.

  • 6

    Reaes corporais:

    I)- Liberao de adrenalina e energia.

    II)- Aumento da respirao e da oxigenao.

    Acmulo de Stress: Mina e desintegra aes construtivas e positivas.

    Estratgias para combat-lo:

    a)- Antever as situaes que causam o stress.

    b)- Criar formas para lidar com elas.

    Causadores de Stress:

    a)- Ferimentos.

    b)- Doenas.

    c)- Morte.

    d)- Falta de garantia.

    O meio ambiente e seus desafios:

    I)- Calor.

    II)- Frio.

    III)- Chuva.

    IV)- Vento.

    V)- Relevo.

    VI)- Animais e insetos.

    O meio ambiente pode ser:

    a)- Fonte de alimento, calor e proteo.

    b)- Ferimentos, doenas e morte.

    Fome, Sede, Cansao: Causam o enfraquecimento gradual do corpo.

  • 7

    Alimento, gua e Descanso: Aumenta as resistncias fsicas, emocionais e

    psicolgicas.

    Isolamento: Aumento do sentimento de insegurana, por ter de confiar e

    depender somente de si mesmo.

    Fatores que ajudam a lidar com o stress (mas que podem variar de pessoa

    para pessoa):

    a)- Experincias individuais.

    b)- Treinamento.

    c)- Condicionamento fsico e mental.

    d)- Nvel de autoconfiana.

    Reaes Naturais:

    I)- Medo:

    a)- Do desconhecido.

    b)- Situaes perigosas.

    c)- Pode levar a pessoa a ficar imobilizada.

    d)- normal (at certo ponto).

    e)- Pode levar a uma maior precauo por parte das pessoas.

    Formas de combat-lo:

    Trabalho psicolgico.

    Desenvolvendo conhecimento.

    Desenvolvendo a autoconfiana.

    II)- Ansiedade:

    Sentimento de apreenso e inquietao diante de situaes perigosas

    (Fsicas ou mentais). Ela leva a decises mal tomadas e a dificuldades de

  • 8

    pensar. Pode-se combater a ansiedade, procurando realizar bem as tarefas

    de sobrevivncia.

    III)- Frustrao e raiva:

    Em geral, a frustrao leva a raiva. Isso leva a perda de controle e

    contrariedade. Irracionalidade; decises erradas; desistncia; gasto de

    energia. A depresso gera um ciclo destrutivo de frustrao e raiva que

    gera uma perda de esperana No h nada que eu possa fazer...!, e a uma

    perda de energia e do desejo de viver. A tristeza e saudade podem servir

    como motivao para que se venam os desafios.

    IV)- Solido e tdio:

    Possui dois aspectos, um positivo e outro negativo.

    Aspecto Positivo: Revela a criatividade e fora de vontade.

    Aspecto Negativo: Pode agravar uma depresso.

    Aes para se combater tais sentimentos:

    a)- Mente ocupada.

    b)- Atitude positiva.

    c)- Desenvolver a auto-suficincia.

    d)- Procurar ter f em si mesmo (e em Deus)!

    V)- Culpa:

    gerada em sobreviventes que escaparam com vida enquanto outros no

    conseguiram. Deve se procurar motivao para continuar a viver por

    aqueles que pereceram, dando continuidade ao trabalho deles.

    Preparao Fsica e psicolgica:

    a)- Ateno aos treinamentos (quanto mais realista, melhor).

    b)- Combater o temor.

    c)- Realizar aes pr-vida/ segurana.

  • 9

    d)- Administrar / governar as reaes naturais.

    e)- Autoconhecimento (Decorrente das experincias com amigos, famlia e

    treino).

    f)- Antecipar seus medos (sem elimin-los) para melhorar a autoconfiana.

    g)- Ser realista (espere o melhor, mas se prepare para o pior).

    h)- Procure um lado bom nas coisas.

    Fatores cruciais para sobrevivncia:

    A ordem desses fatores pode variar, mas a hipotermia a maior

    responsvel pela maioria das mortes em situaes de sobrevivncia.

    a)- Abrigo.

    b)- gua.

    c)- Fogo.

    d)- Alimento.

    e)- Sinalizao e navegao.

  • 10

    3) A REGRA DO TRS:

    Esta regra pode ajudar a definir suas prioridades em uma situao de

    sobrevivncia. Segundo ela, o corpo humano pode ficar:

    a)- Trs minutos sem ar.

    b)- Trs horas exposto aos elementos (Frio ou Calor).

    c)- Trs dias sem gua.

    d)- Trs semanas sem comida.

  • 11

    4) TCNICAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANA:

    a)- Ateno ao caminho

    b)- Turnos de vigia.

    c)- Fogueira (mantm animais afastados).

    d)- Deslocamento supervisionado (informar a um xerife que dever apontar

    um acompanhante, de modo que ningum venha a se deslocar sozinho).

    e)- Checar as roupas, calados, objetos e equipamentos antes de us-los, de

    modo a evitar que insetos ou outros animais venham a se alojar neles,

    podendo provocar possveis acidentes.

  • 12

    5) KITS DE SOBREVIVNCIA E PLANEJAMENTO:

    Planejamento de sobrevivncia, nada mais , que a tentativa de

    antever qualquer situao que possa acontecer e que venha a colocar o

    indivduo em uma posio de sobrevivncia, e com isso em mente,

    tomar as medidas necessrias para aumentar suas chances de

    sobreviver. Tal planejamento significa preparo, o que implica em possuir

    itens de sobrevivncia, e saber como us-los. Tais medidas preventivas

    podem significar, desde levar em seu carro, objetos que possam ser teis

    quando estiver viajando (ps, facas, cobertores, lanternas, comida, gua,

    etc), ou ainda, saber onde esto as sadas de emergncia de uma aeronave,

    quando voar em uma delas, ou simplesmente, conhecer a rota que voc

    pretende seguir e se familiarizar com a rea. O planejamento de

    emergncia essencial em situaes potenciais de sobrevivncia! Preparar

    e carregar um kit de sobrevivncia to importante quanto as

    consideraes acima mencionadas. Mesmo o menor dos kits, quando

    sabiamente preparado, se torna extremamente precioso, quando usado

    para resolver problemas relacionados sobrevivncia.

    O ambiente a chave para os tipos de itens que voc dever levar

    em seu kit, que ter de conter tudo o que voc julgar necessrio. Ele

    precisa estar sempre junto ao seu corpo, no em sua mochila.

    Um importante aspecto, que deve ser levado em conta no preparo de

    seu kit, o nvel de utilidade e conforto para se carregar os itens

    escolhidos por voc. Por exemplo, prefira sempre itens que possam ser

    usados em mais de uma situao, que tenham mais de um propsito, e

    que possam ser utilizados com mais de uma funo, mas que no sejam

    muito pesados ou volumosos para se transportar. O seu kit de

    sobrevivncia no precisa ser sofisticado, mas deve ser bem elaborado. Ele

    dever conter apenas itens funcionais que venham de encontro as suas

    necessidades. Voc precisar, tambm, de um estojo, lata, caixa de plstico

  • 13

    (do tipo topware) ou bolsa, para lev-lo. Qualquer que sejam os objetos

    escolhidos por voc na hora de criar o seu kit, eles devero cobrir (at

    certo ponto, pelo menos) os seis aspectos bsicos de sobrevivncia, que

    so: gua, abrigo, fogo, alimento, sinalizao e navegao. Abaixo segue

    uma lista com objetos que podero ser includos em seu prprio kit, que

    podem variar, desde que os aspectos acima mencionados sejam

    observados.

    O seu kit de Sobrevivncia

    Mais objetos podero ser acrescentados, dependendo da regio para onde se

    vai.

    OBTENO DE GUA

    - Purificador de gua (Pastilhas de cloro);

    - Preservativos para armazenamento de gua;

    - Recipiente tipo cantil ou garrafa Pet de 1 litro;

    - Uma pequena lata tipo molho de tomate ou refrigerante (para ferver gua

    ou cozinhar).

    OBTENO DE FOGO

    - 02 ou 03 formas diferentes para se fazer fogo (Isqueiro; fsforos;

    pederneiras com carvo de tecido e/ou bolas de algodo; lentes de

    aumento;

    - Tiras de borracha de cmara de ar de pneu.

    EQUIPAMENTO MULTI-USO

    - Um bom canivete e / ou faca ou faco;

    - Goma de Soro (Para se fazer uma atiradeira ou sugar gua);

    - Rede fina (para pegar pequenos peixes ou proteger o rosto contra

    mosquitos);

  • 14

    - 2 Sacos plsticos de lixo resistentes e grandes (para se fazer um abrigo

    impermevel proteo da chuva ou coleta de gua);

    - Velas em pedaos (para ajudar a acender fogo, ou iluminar);

    - Agulhas /linha /alfinetes de segurana (Para se fazer reparos em roupas e

    equipamentos; anzis; suturas);

    - 10 metros de cordame resistente, de nylon, tipo Paracord (para se

    fazer abrigos, armadilhas, torniquetes, reparos e amarras em geral);

    - Cobertor de alumnio de emergncia (para aquecimento, abrigo ou

    sinalizao).

    NAVEGAO

    - Uma bssola (Dos tipos: Silva; De Visada; De Pulso ou Boto).

    SINALIZAO

    - Um Apito (que soe bem alto);

    - Um espelho sinalizador (pode se usar a superfcie reluzente de um CD

    ou o avesso de uma embalagem de salgadinhos Chips, ou qualquer outra

    superfcie brilhante).

    - Bombas de fumaa colorida ou bombas comemorativas (Atraem a ateno com

    barulho e cor).

    OBTENO DE ALIMENTOS

    - 2 ou 3 metros de arame fino e malevel (Snares);

    - Anzis pequenos e linha de pesca resistente;

    - Atiradeira para se abater aves ou derrubar frutas de rvores;

    - Uma zagaia para caa.

    CRIAO DE ABRIGOS

    - Um pedao de lona de plstico (4 x 3 metros).

  • 15

    Kit de Primeiro Socorros

    A no ser que voc faa uso de algum tipo de medicamento especfico,

    em seu kit voc dever levar apenas medicamento leve para dores de

    cabea ou musculares, e tratamento de cortes e ferimentos. Dependendo

    do tamanho e capacidade de armazenamento de seu kit de sobrevivncia, o

    seu kit mdico poder ser levado dentro dele. Conforme a natureza do

    ferimento, haver pouca coisa que algum sem o conhecimento e

    equipamentos adequados possa fazer. Segue-se abaixo, uma relao de

    alguns tipos de remdios que podero fazer parte de seu kit de primeiros

    socorros pessoal.

    Comprimidos analgsicos; antitrmicos e antialrgicos;

    Gaze, bandagem e esparadrapo;

    P ou lquido anti-sptico para ferimentos;

    Creme para assadura ou pomada antialrgica;

    Saches para re-hidratao;

    Repelentes para insetos.

  • 16

    6) ALIMENTOS (ORIGEM ANIMAL E VEGETAL):

    Alimentos de Origem Animal

    - Tipos de Caa:

    a) Peixes - Anzis pequenos e grandes; iscas; rede de nilon; armadilhas

    com garrafas pet.

    b) Pequenos mamferos e aves - Lao de arame ou snare; atiradeiras;

    caixote com haste e corda; pedra chata ou Deadfall.

    c) Insetos - So excelentes fontes de protena, exemplo: Tapuru do Cco da

    Babau, do qual 100 gramas equivalem a 450 calorias; formigas; cupins e

    seus ovos e lavas; minhocas; tenebras; gafanhotos (um dos mais ricos em

    protenas); escorpies (sem o ferro e a bolsa de veneno). Deve-se evitar

    insetos coloridos ou de reas urbanas.

    Alimentos de Origem Vegetal (plantas)

    Deve-se evitar o consumo de plantas que possuem as seguintes

    caractersticas: C.A.L.A. = Cabeludos, Amargos, Leitosos e Amendoados.

    Certas frutas venenosas possuem cheiros e aromas de amndoas ou

    castanhas e no podem ser consumidos como alimento humano, porm h

    excees, como o morango silvestre que cabeludo ou o mamo, cujo p

    leitoso, etc. H plantas comestveis que so parecidas com outras

    venenosas. Existem plantas com partes comestveis e outras no-

    comestveis, tal como o tomate e a batata, cujas folhas so venenosas.

    Deve-se procurar aprender sobre as plantas da regio onde se est, por

    meios de filmes ou documentrios, livros, revistas e conversando com os

    nativos da regio, se possvel. Em caso de envenenamento, deve-se

    provocar vmito e ingerir muita gua.

    Teste Universal para consumo de plantas

    a)- Jejum de oito horas antes do teste.

  • 17

    b)- Contato com a pele mais fina (pulso, antebrao e brao) para verificao de

    reaes cutneas.

    c)- Contato com a parte de fora dos lbios, por trs minutos (3 min.) Reaes de

    coceira e queimao.

    d)- Contato com a lngua por quinze minutos (15 min.) Ateno a qualquer tipo

    de reao.

    e)- Mastigar um pequeno pedao por quinze minutos (15 min.) sem engoli-

    lo. Ateno a ferroadas, coceiras, queimaes ou dormncias.

    f)- Espere por oito horas (8hs). Em caso de reaes negativas, provocar

    vmito e beber bastante gua. Se as reaes forem positivas, coma

    aproximadamente de xcara e espere por mais oito horas.

    g)- Teste separadamente cada parte da planta que se pretende consumir, tais

    como as folhas, caule, raiz, frutos e flores.

    Precaues:

    * As plantas quando preparadas ou cozidas, apresentam caractersticas

    diferentes de quando esto cruas.

    * Os indivduos podero ter reaes diferentes mesma parte da planta.

    * Deve-se optar por plantas que existam em abundncia na regio, para

    que se justifique todo o tempo e esforo gasto no processo de verificao

    se a planta comestvel ou no.

    Tipos de envenenamento

    O envenenamento ocorre por:

    a)- Ingesto (Quando comido)

    b)- Contato (Irritaes cutneas)

    c)- Absoro ou inalao (Pele e sistema respiratrio)

    As plantas so, ainda, fonte de: Alimentos, abrigos, Cordas (cizal), Isolamento

    trmico para o cho.

  • 18

    7) GUA (OBTENO, COLETA E PURIFICAO/

    TRATAMENTO)

    A gua um dos principais elementos em uma situao de

    sobrevivncia. O organismo humano sobrevive por cerca de trs (03) dias

    apenas, sem gua. Ela ajuda a regular a temperatura interna do corpo, e

    deve ser consumida mesmo em climas com temperaturas muito baixas.

    Obteno:

    Ela pode ser obtida atravs de diversas fontes e formas. No Brasil as formas

    mais comuns so:

    a)- Bambus.

    b)- Lagos e lagoas.

    c)- Cips.

    e)- Rios, riachos e nascentes.

    f)- Chuvas (apos os primeiros 10min.).

    g)- Plantas e rvores. (Fig. 01)

    h)- Poas de gua no cho.

    Fig. 01

    Um importante aspecto que no deve ser negligenciado a purificao e o

    tratamento para consumo dessa gua. Ela deve estar livre de bactrias,

    parasitas ou outros micro-organismos e impurezas, que so nocivos sade

    humana e podem causar vrios males tais como clera e diarria, causando

    entre outras coisas a desidratao e morte.

  • 19

    Formas de tratamento e purificao de gua

    Pode-se tratar a gua das seguintes formas:

    1)- Plulas ou tabletes de cloro

    2)- Iodo ou permaganato de Potssio.

    3)- Fervura com recipientes metlicos ou em sacos plsticos.

    4)- Filtragem usando-se uma garrafa Pet com uma camada de cascalho por cima,

    outra de areia intermediria e por ltimo uma de carvo, em baixo de tudo,

    pode colocar um tecido tipo camiseta, leno ou uma bandana.

    5)- A gua que vem direto da nascente pode ser consumida de imediato.

  • 20

    8) SINALIZAO:

    Torcer e quebrar galhos e ramos pelo caminho por onde se passar

    Deixar marcas no cho indicando por onde voc segue usando pedras,

    galhos, tecidos ou outros materiais disponveis.

    Uso de fogueira para se produzir sinais de fumaa (com galhos verdes)

    Apitos e bombas para chamar a ateno (A desvantagem destes mtodos

    est no eco que se produz e que pode confundir a direo do som)

    Espelhos refletores de luz (pode ser usar cds, verso de embalagens de

    plstico que sejam metlicas e reluzentes, tipo Chips)

    Bombas de sinalizao tipo bombas de luz e fumaa (uso militar ou civil)

    atraem a ateno com barulho e fumaa colorida.

  • 21

    9) FOGO:

    O fogo foi domesticado pelo homem a pelo menos 10.000 geraes atrs,

    e talvez muito anterior a isso. Uma vez dominada essa nova tecnologia,

    pudemos, ento, nos deslocar para alm das fronteiras das regies de climas

    temperados, at outras reas mais inspitas e distantes, para explorarmos

    novos mundos.

    O fogo prolonga a vida til dos alimentos, tornando-os melhores e mais

    gostosos para o consumo. Com ele pudemos transformar gros em pes e

    bolos, lama em tijolos, areia em vidro e rochas em metal.

    A domesticao do fogo a grande aquisio tecnolgica da humanidade. Por

    milhares de anos, construir e vigiar uma fogueira em um acampamento tem

    sido uma experincia espiritual, intelectual, divertida e de suporte e apoio a

    vida.

    Ele lhe dar conforto, calor, paz mental (aspecto psicolgico) e mantm os

    animais afastados.

    H muitos tipos ou nveis diferentes de dificuldades, ao se fazer fogo. Ele segue

    uma hierarquia, que deve ser sempre obedecida, pois ele vai do material menor

    e mais fino ao maior e mais pesado.

    Formas de se produzir fogo:

    Charred cloth

    Bolas de algodo impregnadas com parafina ou vaselina

    Bolas de algodo natural (secas)

    leo de soja, azeite ou manteiga de cacau.

    Tiras de cmara de ar de pneus

    Velas ou parafina

    Modo primitivo (arco e graveto por frico)

    O uso de mtodos primitivos para se produzir fogo requer muita prtica, alm

    de consumirem uma quantidade muito grande de energia para se gerar a

  • 22

    frico suficiente e formar uma brasa. O uso correto dos materiais necessrios,

    tambm outro fator que est diretamente ligado ao sucesso no emprego de tal

    mtodos.

    Deve-se sempre levar mais de duas ou trs formas diferentes de se fazer fogo

    (fsforos, isqueiros, pederneiras, etc). Nunca confie em uma nica fonte apenas

    para se fazer fogo.

  • 23

    10) NS:

    Os tipos de ns mais utilizados na selva so os seguintes: direito, escota e

    de porco. Esses e outros sero explicados a seguir:

    1) N direto: para unir cordas do mesmo dimetro;

    2) N de escota: para unir cordas molhadas e cordas de diametos diferentes;

    cordas molhadas dimetros diferentes

  • 24

    3) N de porco ou de barqueio: Para ancoragem, isto , amarrar o chicote

    da corda a uma rvore, normalmente;

    3) N de uma volta completa com dois cotes (dois meios ns): Com a mesma finalidade do anterior;

    3) N de lais de guia: para fazer uma ala que no apertar e nem

    deslizar, permitindo ser desatado facilmente; servir para alar ou descer

    material pesado, inclusive homens;

  • 25

    4) N borboleta: para permitir dar tenso a uma corda (caso das pontes),

    a fim de facilitar o afrouxamento. Bastar colocar um pedao de pau nas duas

    voltas (asas da borboleta) antes de apetar;

    5) N prssio: Para esticar uma corda j ancorada pelos dois chicotes,

    para servir de amarrao das cordas de trao, para servir de freio, quando

    aplicado na corda de sustentao no caso de descida, e em vrias outras

    aplicaes;

  • 26

    11) CONSTRUO DE ABRIGOS:

    Dependendo da situao em que o indivduo se encontre, a construo de

    um abrigo pode ser ainda mais importante que a obteno de gua ou comida!

    Um abrigo pode fornecer proteo do sol, insetos, vento, chuva, frio, calor, etc.

    Alm disso, ele d, tambm, sensao de segurana e bem estar, o que pode

    ajud-lo a sobreviver.

    Um dos erros mais comuns ao se fazer um abrigo, faz-lo grande

    demais. Ele deve ser grande o bastante para proteo, mas pequeno o

    suficiente, para manter o ar aquecido pelo calor do corpo.

    Ao selecionar um local para se construir o abrigo, deve-se levar em conta

    alguns aspectos:

    A) - O local selecionado deve conter material correto e suficiente para se fazer

    o tipo de abrigo escolhido.

    B) - Ele deve ser grande o bastante e suficientemente plano para que se possa

    deitar nele.

    C) - Quanto tempo, esforo e ferramentas sero necessrios para constru-lo.

    D) - Ele tem de oferecer proteo contra animais, insetos, rpteis e plantas

    venenosas, pedras, galhos ou rvores mortas que possam cair durante a noite.

    E) - Deve-se evitar fazer os abrigos prximos a reas onde ocorrem enchentes,

    inundaes, nos sops de montanhas ou morros, ou em locais que estejam

    abaixo da marca alta das enchentes dos rios.

  • 27

    O locais ideais para construo de abrigos podem variar conforme a

    poca do ano. No inverno, o abrigo dever oferecer proteo contra o vento e o

    frio, e no vero, contra a chuva e o sol.

    Tipos de Abrigos:

    A)- Trave de futebol (Lean to) Com plstico ou outros materiais artificiais.

    B)- Cavernas e grutas.

    C)- Lapas (rochas), etc.

  • 28

    D)- Cama do Pntano

    DICAS SOBRE ABRIGOS:

    Escolhendo e cortando palha:

  • 29

    Abrindo a palha...

    ... at dividi-la em duas

  • 30

    Colocando um pedao

    sobre o outro, coincidindo

    o talo de um com a ponta

    do outro

    Uma palha pronta para

    cobrir o telhado

    conveniente passar no fogo as palhas que sero utilizadas para forrar o local de repouso, a fim de eliminar carrapatos.

  • 31

    11) ORIENTAO E NAVEGAO:

    Possuir um mapa e uma bssola em uma situao de sobrevivncia um

    golpe de muita sorte. Com esses dois equipamentos, possvel se deslocar at

    onde a ajuda se encontra, contudo, o indivduo precisa estar apto para us-los

    corretamente. Tais objetos so apenas uma das formas de se orientar e navegar.

    Existem outros mtodos, que, tambm, possibilitam o deslocamento e ajudam a

    encontrar a direo desejada, tais como a navegao pelo sol ou estrelas, ou

    ainda, seguir cursos de gua (rios ou riachos) at que se chegue a um local

    habitado.

    Conceitos bsicos

    A)- Os Pontos Cardeais - Norte (Noroeste e Nordeste);

    Sul (Sudeste e Sudoeste); Leste; Oeste.

    B)- O Sol sempre nasce no Leste e se pe no Oeste.

    C)- Na bssola, o Norte ser sempre o ponto zero,

    e a partir dele, se consegue localizar as coordenadas

    a serem seguidas.

    Mtodos de Orientao

    A)- Mapas (Curvas de nvel; Escala; Azimute; diferena de ngulos no norte da

    bssola e o norte magntico da Terra). Curvas de nvel so curvas planas que

    unem pontos de igual altura; portanto, as curvas de nvel so resultantes da

    interseco da superfcie fsica considerada com planos paralelos ao plano de

    comparao. A figura abaixo ilustra conceitualmente a gerao das curvas de

    nvel atravs da interseco do terreno por planos horizontais eqidistantes.

    A distncia vertical que separa duas sees horizontais consecutivas deve

    ser constante e denomina-se eqidistncia numrica ou simplesmente

    eqidistncia entre curvas de nvel.

  • 32

    Ao empregar as curvas de nvel na representao do relevo, deve-se ter

    em mente algumas propriedades essenciais:

    a) Toda curva de nvel fecha-se sobre si mesma, dentro ou fora dos limites

    do papel;

    b) Duas curvas de nvel jamais se cruzaro;

    c) Vrias curvas de nvel podem chegar a ser tangentes entre si; trata-se do

    caso do terreno em rocha viva;

    d) Uma curva de nvel no pode bifurcar-se;

    e) Terrenos planos apresentam curvas de nvel mais espaadas; em terrenos

    acidentados as curvas de nvel encontram-se mais prximas uma das

    outras.

  • 33

    B)- Pelo sol e sombra, usando-se uma vareta

    fincada no solo e duas pedras marcando a

    sombra para determinar o deslocamento.

    C)- Pelas estrelas, usando-se a constelao de Cruzeiro do Sul.

    D)- Seguir cursos de rios ou riachos

  • 34

    BIBLIOGRAFIA 1)- Manual de sobrevivncia do Exrcito dos Estados Unidos - FM 21-76 US ARMY Survival Manual. 2)- Unio dos Escoteiros do Brasil Srie Ar Livre vol. II - abrigos e barracas. CANTERBURY, Dave . Fire . 2008

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