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MATERIAL DIDÁTICO CADERNO TEMÁTICO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA Unidade 1 Adaptações Curriculares para Pedagogos Unidade 2 Adaptações Curriculares para Professores de Língua Portuguesa Unidade 3 Adaptações Curriculares para Professores de Matemática AUTORAS: MARINES DALBOSCO SUZANA APARECIDA PEREIRA IZAURA MARIA CEOLATO ORIENTADORA: PROFª DRª MARGARETTE MATESCO ROCHA IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE TURMA PDE 2016 ÁREA: EDUCAÇÃO ESPECIAL

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Page 1: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

MATERIAL DIDÁTICO

CADERNO TEMÁTICO

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA

Unidade 1 – Adaptações Curriculares para Pedagogos

Unidade 2 – Adaptações Curriculares para Professores de Língua

Portuguesa

Unidade 3 – Adaptações Curriculares para Professores de

Matemática

AUTORAS:

MARINES DALBOSCO

SUZANA APARECIDA PEREIRA

IZAURA MARIA CEOLATO

ORIENTADORA: PROFª DRª MARGARETTE MATESCO ROCHA

IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE

TURMA PDE 2016

ÁREA: EDUCAÇÃO ESPECIAL

Page 2: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO TEMÁTICO

Apresentação

Fundamentação teórica

UNIDADE 1 – Adaptações Curriculares para Pedagogos

Ficha para Identificação

Apresentação da Unidade

Proposta

Intervenção: descrição dos encontros

Referências

Anexo I - Questionário

Anexo II – Questionário

UNIDADE 2 - Adaptações Curriculares para Professores de

Português

Ficha para Identificação

Apresentação da Unidade

Proposta

Intervenção: descrição dos encontros

Referências

Anexo I - Questionário

Anexo II – Questionário

UNIDADE 3 – Adaptações Curriculares para Professores de

Matemática

Ficha para Identificação

Apresentação da Unidade

Proposta

Intervenção: descrição dos encontros

Referências

Anexo I – Questionário

Anexo II – Questionário

Referências bibliográficas gerais

Page 3: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

APRESENTAÇÃO

A Educação Inclusiva significou uma mudança profunda para crianças

público-alvo da Educação Especial que passaram a ter o direito reconhecido e

a oportunidade de frequentar as escolas comuns. Essa nova perspectiva

também impôs às escolas uma nova realidade, com desafios para todos os

envolvidos no processo educacional.

A superação desses desafios demanda novos e inúmeros investimentos

em muitos aspectos, dentre eles a formação dos professores e a busca de

alternativas para viabilizar o processo de inclusão. Uma possibilidade é a

formação de professores, com fundamentação teórica e prática, para a

realização de adaptação curricular destinadas aos alunos público-alvo da

Educação Especial inclusos na escola comum.

O material apresentado contém diretrizes para a condução de

programas de formação sobre adaptação curricular, com o objetivo primordial

de oferecer formação sobre essa temática para Pedagogos, professores de

Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a

proposta apresenta orientações básicas para adaptações curriculares, a serem

realizadas para alunos com Deficiência Intelectual, Dislexia, Transtorno do

Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista

(TEA). As propostas para a formação de professores, que discute e exemplifica

as adaptações curriculares para as referidas disciplinas, foram direcionadas

para alunos com deficiência intelectual.

A expectativa é promover uma formação que possibilite aos professores

e pedagogos a reflexão e a busca de alternativas referentes às adaptações

curriculares, diminuindo as inseguranças dos mesmos para trabalharem de

forma inclusiva com os alunos que apresentam algum tipo de deficiência,

transtorno ou dificuldade de aprendizagem.

O professor do atendimento educacional especializado (AEE) e o

professor da sala comum ou o pedagogo devem ser parceiros no processo de

inclusão, utilizando seus conhecimentos para enriquecer os ambientes de

aprendizagem e auxiliar o aluno no processo de construção do seu

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conhecimento. Isso confere importância à proposta aqui apresentada pelas

professoras PDE que atuam no AEE.

A primeira parte desse material é composta pela fundamentação teórica,

preparada em conjunto pelas três professoras do PDE. A partir daí cada

professora ficou responsável pela elaboração de uma unidade e o conjunto de

atividades que compõe cada unidade. Ao todo, o Caderno Temático apresenta

três unidades, a saber: 1) Adaptações Curriculares para Pedagogos, escrito

pela professora Marines Dalbosco; 2) Adaptações Curriculares para

professores de Língua Portuguesa, escrito pela professora Suzana Aparecida

Pereira e 3) Adaptações Curriculares para professores de Matemática, escrito

pela professora Izaura Maria Ceolato.

O objetivo do trabalho apresentado pela professora PDE Marines

Dalbosco, será desenvolver um estudo para capacitar Pedagogos a orientarem

os professores, que atendem alunos com necessidades educacionais

especiais, com relação à flexibilização e adaptação curricular. A professora

apresenta nesse material a descrição dos encontros que permitirá aos

pedagogos a compreensão e a reflexão do seu papel enquanto rede de apoio

para o processo de inclusão.

A unidade da professora PDE Suzana Aparecida Pereira compreende

uma breve consideração sobre a Língua Portuguesa e a sua importância como

aporte inicial de todo o processo de desenvolvimento do ser humano. O

objetivo é capacitar professores de Língua Portuguesa do ensino comum (6°

ano) sobre os conceitos e propostas da adaptação e flexibilização curricular

para alunos com deficiência intelectual. A professora apresenta orientações

como realizar as adaptações curriculares nos objetivos, conteúdos,

metodologias, avaliação e temporalidade a partir do conteúdo denominado

gêneros textuais.

A professora PDE Izaura Maria Ceolato, responsável pela unidade

destinada aos professores de Matemática, apresenta, inicialmente,

considerações a respeito do ensino de Matemática. O objetivo do material

didático-pedagógico é analisar os efeitos de um programa para realização de

adaptações curriculares a ser ofertado para professores de Matemática que

tenham alunos com deficiência intelectual. Os encontros foram organizados a

partir de quatro conteúdos de matemática – Númerospositivos e Negativos,

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adição e subtração de fração, razão e proporção,com os quais a professora

construirá, juntamente com os professores, as adaptações curriculares nos

objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e temporalidade para cada

conteúdo.

O leitor perceberá que todas as unidades iniciam com encontros que

retratam a história da Educação Especial, o conceito de adaptações

curriculares e a caracterização da população-alvo para os quais serão

direcionadas as adaptações, incluindo algumas atividades semelhantes. Essa

estrutura foi definida por entender que são aspectos fundamentais para a

formação de professores e que constituem os eixos de ligação das unidades

que possibilitaram a proposição do Caderno Temático.

Esperamos que esse material didático-pedagógico venha enriquecer e

trazer novos horizontes para professores e pedagogos sobre as adaptações

curriculares e, com isso, contribuir para o processo de inclusão de todas as

crianças que frequentam nossas escolas, sem distinção.

Margarette Matesco Rocha

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A história da Educação Especial no Brasil passou por diferentes

períodos, caracterizados por concepções, serviços e atendimentos

diferenciados. Após o período de exclusão das pessoas com deficiência, um

novo período no Brasil, denominado segregação, foi marcado pelo atendimento

clínico especializado e fundação de instituições tradicionais de assistência às

pessoas com deficiências mental, física e sensorial, seguindo exemplo e

pioneirismo do Instituto dos Meninos Cegos, fundado na cidade do Rio de

Janeiro, em 1854. Esse foi um marco para a estruturação da história da

educação especial no Brasil que se estendeu até a década de 50, com

modelos que primavam pelo assistencialismo, segregação e segmentação das

deficiências, com a visão de uma formação escolar e vida social isolada da

sociedade.

Em 1961 foi promulgada a LDB 4.024/61, que garantia o direito da

criança com deficiência à Educação, de preferência no sistema geral de

educação. Considerada o marco inicial das ações oficiais do poder público na

área de educação especial que antes se restringiam a iniciativas regionalizadas

e isoladas no contexto da política educacional (MENDES, 2010).

A década de 70 foi caracterizada como um período que visava a

integração, com o princípio de normatização, ou seja, um processo que visava

a integrar o aluno à escola, gerando meios para que o aluno com necessidades

especiais se integre graças ao atendimento que lhe é oferecido; nesse modelo,

ao invés de a escola ter que se adequar ao aluno, o aluno é que deve se

adequar-se à escola (BERNARDES, 2010). Em outras palavras, este modelo

visava a preparação dos alunos oriundos das classes e escolas especiais para

serem integrados em salas regulares, recebendo, de acordo com suas

necessidades, atendimento paralelo em salas de recursos ou outras

modalidades especializadas (GLAT; FERNANDES, 2005).

Constituição Federal de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã,

afirmou o direito de todos à escola e orientou o atendimento educacional

especializado como forma de garantir a permanência na escola. A Constituição

Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o

bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras

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formas de discriminação” (art.3º, inciso Ia cidadania V). Define no artigo 205, a

educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da

pessoa, o exercício e qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I,

estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”

como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a

oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede

regular de ensino (art.208). (BRASIL, 2010, p. 12).

Na década de 90, documentos internacionais impulsionaram as

discussões e orientações a respeito da Educação Inclusiva. Em 1990, o

Congresso de Educação Para Todos em Jomtien na Tailândia, propôs um

movimento mundial para erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino

fundamental, ficando sob responsabilidade e compromisso do poder público

perante a comunidade internacional. Nessa Conferência, foram recomendadas

medidas que garantissem a igualdade do acesso à educação aos portadores

de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema

educativo. (MOREIRA, 2014).

A Declaração de Salamanca em 1994 foi o marco de início da luta pela

Educação Inclusiva. Esse foi um processo educacional pautado nos direitos

todos os alunos, sendo incluídos também, os alunos com deficiência, tendo os

mesmos direitos de ser educados juntos, com o apoio necessário, na idade

adequada em qualquer escola da rede regular de ensino, considerando como

princípio desta política, a igualdade de todos perante a lei, abrangendo a todas

as pessoas de todas as classes sociais.

Ainda nessa Declaração, foi referendado que o direito à educação deve

ser para todos, independentemente do tipo de deficiência que apresentam.

Nesse sentido, proclama que as escolas devem acolher todas as crianças,

independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,

emocionais, linguísticas ou outras.

Esse documento enfatiza ainda a escolarização dos alunos em escolas

especiais, quando a educação regular está impossibilitada de atender às

necessidades educativas ou sociais dos educandos, defendendo ainda, a ideia

de que todos os alunos, na medida do possível, possam apreender juntos,

independente das capacidades que estes possuem.

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A Declaração de Salamanca impulsionou as discussões sobre a

Educação Especial na década de 90 favorecendo e aprovação da Lei

9.394/1996: Atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação que traz uma nova

concepção para a educação e integração das pessoas com deficiência,

garantindo a todos com idade escolar o direito à uma Educação de qualidade.

Em seu Capítulo V trata especificamente da Educação Especial.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (BRASIL, Lei 9.394/96)

No ano de 2001, o Conselho Nacional de Educação-CNE, institui as

Diretrizes Nacionais para Educação Especial na modalidade de Educação

Básica1, definindo as necessidades educacionais especiais e medidas

necessárias para a inclusão escolar. Nesse documento, destaca-se o Artigo 2º,

que instrui a matricula de todos os alunos no sistema de ensino e reafirma que

caberá às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com

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necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias

para uma educação de qualidade para todos.

No Paraná, em 2006 foi criada as Diretrizes Curriculares para a Educação

Pública do Estado do Paraná. Este documento foi uma construção de todas as

Escolas públicas e Núcleos Regionais de Educação da Rede Estadual do

Paraná, que traz apontamentos e estratégias para orientar o trabalho docente,

garantindo aos nossos educandos uma educação de qualidade com princípios

democráticos e apoio aos professores para que estes participem efetivamente

nas escolas, transformando este documento em um currículo dinâmico e

democrático.

Este documento contempla também as Diretrizes Curriculares da

Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Com o objetivo

de orientar o currículo das escolas que compõe a Rede Pública Estadual de

Ensino, apresentando em sua essência, os fundamentos filosóficos, teóricos e

legais da Educação Especial no Estado do Paraná, proporcionando ao público

alvo da Educação Especial, uma participação e aprendizagem de qualidade

com flexibilização curricular na adequação de objetivos, metodologias,

recursos, tempo e espaço para que possam exercer o direito e igualdade de

condições e oportunidades.

Em janeiro de 2008, é aprovada e publicada a Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva– Decreto nº

6.571/2008 (BRASIL, 2008). Este documento vem orientar os sistemas de

ensino, assegurando a inclusão escolar dos alunos com deficiência para que

estes tenham acesso ao ensino comum onde devem ser atendidas suas

necessidades com os mesmos direitos e oportunidades.

Nos anos seguintes, mais especificamente em 2009, por meio da

Resolução CNE/CEB n.º 4 são instituídas as Diretrizes Operacionais para o

Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade

Educação Especial. A oferta desse atendimento foi institucionalizada,

prevendo-se a sala de recursos multifuncionais, elaboração do plano de AEE,

professores para o exercício da docência no AEE, profissionais como tradutor e

intérprete da Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e demais profissionais

necessários para atividades de apoio (MACHADO; VERNICK, 2013). De forma

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geral, essa resolução reafirma a importância do AEE no espaço do sistema

regular e a preferência de escolarização dessas crianças no ensino comum.

Finalmente o Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011 - Dispõe

sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado, que hoje

regulamenta as políticas educacionais para as pessoas com deficiência,

enfatizando o dever do Estado com a educação público-alvo da educação

especial.

A trajetória história da Educação Especial, apresentada até aqui, mostra

que o reconhecimento do direito à escolarização de forma inclusiva, em

oposição à integração, ocorreu de forma lenta no Brasil. Entretanto, a partir

dessa nova perspectiva houve um impulso dos sistemas inclusivos, porém esse

processo tem sido permeado por muitas discussões e buscas por alternativas

para efetiva-lo, pois de acordo com Vioto e Vitaliano, “não se trata de uma

simples inserção de alunos com NEE nos sistemas regulares de ensino, mas

sim, de uma reestruturação em relação à cultura, a prática e as políticas

vivenciadas nas escolas, de modo que estas respondam à diversidade de

alunos.” (VIOTO; VITALIANO, 2012, p.4).

Dentre a população-alvo da Educação Especial presente nas escolas

comuns encontra-se aquelas crianças e adolescentes com deficiência

intelectual, caracterizada pelas “limitações significativas tanto no

funcionamento intelectual (raciocínio, aprendizagem, resolução de problemas)

como no comportamento adaptativo expressos nas habilidades cotidianas,

sociais e práticas adaptativas e originando-se antes dos 18 anos de idade”

(SCHALOCK et al., 2010 citado por WEHMEYER, 2012).

Para Vigotski (1989) o fator essencial no desenvolvimento atribulado

pelo defeito, que a incapacidade orgânica teria um duplo papel: o defeito como

uma limitação, debilidade, limitação do desenvolvimento e, por outro lado, o

defeito como incentivo ao desenvolvimento, a partir dos impedimentos

provocados pelo mesmo.

A educação da criança com defeito, portanto,

[...] deve basear-se no fato de que simultaneamente com o defeito estão dadas também as tendências psicológicas de uma direção oposta; estão dadas as possibilidades de compensação para vencer o defeito e de que precisamente essas possibilidades se apresentam em primeiro plano no desenvolvimento da criança e devem ser

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incluídas no processo educativo como sua força motriz (VIGOTSKI, 1989, p. 32).

Segundo Vigotski, a compensação como forma essencial de

desenvolvimento da criança com defeito, não se trata de uma estrutura

simplesmente biológico, mas, essencialmente, social. Assim, através de meios

culturais apropriados, apresenta-se a principal meio para compensar o defeito

orgânico. (VIGOTSKI, 1989).

Para Mantoan e Batista a crianças com deficiência Intelectual desafiam a

escola comum no seu objetivo de ensinar, de levar o aluno a aprender o

conteúdo curricular, construindo o conhecimento. Para as autoras:

O aluno com essa deficiência tem uma maneira própria de lidar com o saber, que não corresponde ao que a escola preconiza. Na verdade, não corresponder ao esperado pela escola pode acontecer com todo e qualquer aluno, mas os alunos com deficiência mental denunciam a impossibilidade de a escola atingir esse objetivo, de forma tácita (MANTOAN; BATISTA, 2007, p. 16).

Ainda, para as autoras, há diferenças nas barreiras encontradas na

deficiência intelectual e nas demais deficiências, pois na deficiência intelectual

as barreiras são referentes à maneira de lidar com o saber em geral, fato que

reflete preponderantemente na construção do conhecimento escolar.

De acordo com Honora e Frizanco, existe uma ampla variação de

capacidades e dificuldades dos sujeitos com deficiência intelectual, podendo

revelar diferenças em quatro áreas:

1. Área motora: algumas crianças com deficiência intelectual leve não

apresentam diferenças significativas em relação às crianças consideradas

“normais”, porém podem apresentar alterações na motricidade fina. Nos casos

mais severos, pode-se perceber incapacidades motoras mais acentuadas, tais

como dificuldades de coordenação e manipulação. Podem também começar a

andar mais tardiamente.

2. Área cognitiva: alguns alunos com deficiência intelectual podem

apresentar dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos, em focar a

atenção, na capacidade de memorização e resolução de problemas, na

generalização. Podem atingir os mesmos objetivos escolares que alunos

considerados “normais”, porém, em alguns casos, com um ritmo mais lento.

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3. Área da comunicação: em alguns alunos com deficiência intelectual, é

encontrada dificuldade de comunicação, acarretando uma maior dificuldade em

suas relações.

4. Área socioeducacional: em alguns casos de deficiência intelectual,

ocorre uma discrepância entre a idade mental e a idade cronológica, porém

temos de ter claro que a melhor forma de promover a interação social é

colocando os alunos em contato com seus pares da mesma idade cronológica,

para participar das mesmas atividades, aprendendo os comportamentos,

valores e atitudes apropriados da sua faixa etária. O fato de o aluno ser

inserido numa turma que tenha sua “idade mental”, ao invés de contribuir para

seu desenvolvimento, irá infantiliza-lo, o que dificulta seu desenvolvimento

psíquico-social. (HONORA; FRIZANCO, 2008).

Dada essa diversidade, Honora e Frizanco apontam que não existem

“receitas” prontas para as atividades com alunos tanto com deficiência

intelectual, ou com outra deficiência, mesmo com os sem deficiência.

Precisamos ter em mente que cada aluno é um e que suas habilidades,

necessidades e saberes ou experiências passadas devem ser sempre levados

em consideração.

Para que ocorra aprendizado se faz necessário que o professor

apresente diferentes adaptações curriculares, para desta forma, proporcionar

aos alunos com deficiência intelectual mais possibilidades de acesso ao

currículo. A importância da adaptação curricular deve-se à constatação de que

práticas educativas homogeneizadoras não alcançam as especificidades dos

alunos, promovendo o fracasso escolar.

Entende-se adaptação curricular, como um currículo dinâmico, alterável,

passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos

(BRASIL, 1998, p. 33). Nesse sentido, em vez de se estabelecer currículos

individuais traduzidos em planos individuais de ensino, deve-se desenvolver

um currículo comum para todo o grupo, o qual sob diferentes aspectos pode

ser individualizado para cada aluno.

Para cada criança e com cada uma delas deve sempre ser pensado e

decidido em qual área de aprendizagem, com qual procedimento (didática) e de

que maneira a criança pode participar tanto na rede de relações do grupo como

individualmente (HINZ; BOBAN, 2005). Desta forma, a finalidade da educação

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deve ser a mesma para todos os educandos, assegurando a igualdade de

oportunidades, a futura inserção na sociedade e as adaptações ou adequações

na proposta curricular que sejam importantes para remover as barreiras

arquitetônicas e atitudinais e promover o acesso e o desenvolvimento desses

educandos (SILVA-PORTA et al., 2016). Isso não significa um novo currículo,

com atividades diferenciadas, facilitadas e muitas vezes descontextualizadas

do conteúdo que está sendo ministrado aos demais alunos.

De acordo com o Projeto Escola Viva há dois tipos de adaptações,

aquelas denominadas Adaptações de Grande Porte, que apresentam

adaptações significativas e as adaptações de pequeno porte, com adaptações

não significativas.

[...] Adaptações Curriculares de Grande Porte, ou seja, daqueles ajustes cuja implementação depende de decisões e de ações técnico-político-administrativas, que extrapolam a área de ação específica do professor, e que são da competência formal de órgãos superiores da Administração Educacional Pública. Há que se adotar alguns cuidados rigorosos antes de se indicar a efetivação de Adaptações Curriculares de Grande Porte. É importante que se considere: a real necessidade do aluno; a relação entre o nível de competência curricular do aluno e a proposta curricular regular; o caráter processual do desenvolvimento humano e da aprendizagem, permanecendo aberto para subsequentes alterações nas decisões tomadas. (PROJETO ESCOLA VIVA, 2000, p. 10).

Já as Adaptações de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas)

podem ser entendidas como:

[...] modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus parceiros coetâneos. São denominadas de Pequeno Porte (Não Significativas) porque sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra instância superior, nas áreas política, administrativa, e/ou técnica. Elas podem ser implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor: na promoção do acesso ao currículo, nos objetivos de ensino, no conteúdo ensinado, no método de ensino, no processo de avaliação, na temporalidade. (PROJETO ESCOLA VIVA, 2000, p.8).

Porém, quando se fala em adaptação curricular, de forma geral,

Mantoan e Batista advertem sobre a diferença entre diversificação de

atividades e ensino diverso, apontando que:

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O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não ministra um „ensino diversificado‟ e para alguns. Ele prepara atividades diversas para seus alunos (com e sem deficiência mental) ao trabalhar um mesmo conteúdo curricular. Essas atividades não são graduadas para atender a níveis diferentes de compreensão e estão disponíveis na sala de aula para que os alunos as escolham livremente, de acordo com seus interesses (MANTOAN; BATISTA, 2007, p. 17-18).

Apesar da importância da atuação do professor para consolidação da

educação inclusiva, incluindo as adaptações curriculares, sabe-se que a

formação, inicial ou continuada, dos professores ainda precisa ser consolidada

para a atuação em uma perspectiva inclusiva. A análise de diversos estudos

realizada por Pletsch a respeito da preparação dos professores para atuarem

com alunos inclusos, indicou que os professores não se sentem capacitados

para receberem alunos com deficiência, apesar de acreditarem nos méritos da

inclusão. Com isso, segundo a autora, muitas vezes a falta de preparo e

informação impede o professor de desenvolver uma prática pedagógica

sensível às necessidades do aluno incluso no sistema comum de ensino.

(PLETSCH, 2009).

A falta de formação adequada dos professores os impede de realizar

práticas pedagógicas visando atender as necessidades educacionais especiais,

seja do aluno com deficiência ou não. Para isso se faz necessário formação

continuada na escola ou em outros espaços para oportunizar a todos o

conhecimento de metodologias para novas possibilidades e desta forma melhor

atender a todos.

O despreparo dos professores para atuar com a educação inclusiva gera

grandes equívocos por parte dos profissionais. Muitos entendem educação

inclusiva como uma proposta apenas para deficientes, e desconsidera a

integração dos inclusos não acreditando em sua aprendizagem. Confundem a

inclusão com inserção, privilegiam na inclusão a socialização com a ideia de

que é o bastante, e acaba por limitar a "leitura de mundo" à sala de aula.

Nossas escolas devem ajudar no processo de inclusão deixando de lado seu

tradicionalismo e se tornando escolas de boa qualidade, acessíveis a todos,

que estimulem e aumentem a participação e reduzam a exclusão. Todo o

trabalho da escola deve-se pautar em dar condições para que todos participem

do processo de aprendizagem, assim esta deve promover eventos que

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desenvolvam a cultura, promovam a participação de toda comunidade dentre

outras medidas que permitam a inclusão de fato (CARVALHO, 2006).

É urgente que ocorram mudanças na forma de pensar e nas práticas

pedagógicas, para isso se faz necessário criar momentos na escola pra estudo,

trocas de experiências, formação para toda a comunidade escolar, familiares,

onde todos os profissionais envolvidos no processo educativo dos alunos

estejam presentes.

Como afirma Carvalho, cabe aos profissionais da educação iniciar a

mudança da realidade exclusiva de nossas escolas contemplando todos os

alunos como sujeitos do processo de aprendizagem e considerando a

particularidade de cada um. (CARVALHO, 2006).

Para Dantas e Santos, uma das formas de assessorar os educadores

nesta sucessão de inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais

é a formação continuada, procurando desmistificar o medo e a falta de

aceitação que muitos educadores exteriorizam com relação à inclusão e

auxiliando-os na adaptação dos métodos didáticos como nas atividades dentro

do ambiente escolar, que poderá contribuir para superação das dificuldades.

(DANTAS; SANTOS, 2012).

Esse contexto confere importância ao trabalho dos professores

especializados, pois como afirmam Glat e Fernandes o contexto da Educação

Inclusiva descortinou o novo campo de atuação da Educação Especial, ou seja,

não mais visando importar métodos e técnicas especializados para a classe

regular, mas sim, tornando-se um sistema de suporte permanente e efetivo

para os alunos especiais incluídos, bem como para seus professores. Nesse

sentido, afirmam as autoras, a Educação Especial deixa de ser atuar como um

sistema paralelo ou segregado e passa a ser concebida como um conjunto de

recursos à disposição da escola regular para atender as necessidades de seus

alunos. (GLAT; FERNANDES, 2005).

Dentro dessa perspectiva, o auxílio ao professor do ensino comum para

a realização da adaptação curricular pode passar pela colaboração dos

professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Como afirma Mendes e Malheiro o trabalho colaborativo, entre professor do

ensino comum e especializado, no contexto escolar tem sido uma estratégia

recomendada para solucionar problemas relativos ao processo de ensino-

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aprendizagem, bem como para promover o desenvolvimento pessoal e

profissional dos educadores envolvidos. (MENDES; MALHEIRO, 2012).

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA – PDE2016/2017

Título: Adaptação Curricular como Instrumento na Formação Continuada

de Pedagogos

Autores Marines Dalbosco

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Industrial – Ensino

Fundamental e Médio - EFM

Município da escola Francisco Beltrão

Núcleo Regional de Educação: Francisco Beltrão

Professor-Orientador: Drª Margarette Matesco Rocha

Instituição de Ensino Superior: Unioeste – Universidade Estadual do

Oeste do Paraná - Campus Francisco

Beltrão

Resumo

Esta Unidade Didática visa contribuir na formação continuada do pedagogo em sua atuação, na intervenção pedagógica com os professores e articulação do processo de ensino aprendizagem, contribuindo assim, para a efetivação da flexibilização e adaptação curricular dos alunos com necessidade educacional especial. O objetivo principal será capacitar pedagogos para que esses possam orientar os professores que atendem alunos com Necessidades Educacionais Especiais, inclusos no Ensino comum, quanto à flexibilização e adaptação curricular.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Educação Especial inclusiva;

Formação de pedagogos; Adaptação

Curricular; Necessidades

Educacionais Especiais.

Formato do Material Didático Caderno Temático

Público Alvo Pedagogos

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UNIDADE 1

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

PARA PEDAGOGOS

Marines Dalbosco

1

APRESENTAÇÃO

Em todas as profissões, é necessário buscar novos conhecimentos para

aprofundamento de novas técnicas. Na área da Educação, este processo é

indispensável e deve ocorrer de forma permanente para o profissional que tem

um papel fundamental no processo de formação intelectual dos alunos. Sendo

assim, a formação continuada do pedagogo deve caracterizar um espaço de

interação entre as dimensões pessoais e profissionais com caráter reflexivo,

para que este profissional tenha mecanismos para instrumentalizar o professor

na sua pratica pedagógica e/ou ações educativas, com a finalidade de melhorar

a qualidade do ensino, contribuindo para a formação humana integral dos

alunos.

Nessa perspectiva, a formação continuada do pedagogo constitui uma

política educacional com possibilidades de ampliação do conhecimento dando

1 Imagem retirada de: http://static.tumblr.com/gkoafob/SBCm3m7uh/imagem1.jpg

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oportunidades iguais para todos os envolvidos no processo de ensino

aprendizagem. Nesse sentido, este programa poderá ser ampliado, para

oferecer subsídios aos educadores, dando a estes, condições de transformar e

rever sua prática pedagógica de forma a garantir uma aprendizagem

significativa a todos os alunos inclusos neste processo.

De acordo com Libâneo (1996), o pedagogo é um profissional que

trabalha com diferentes situações relacionadas à prática educativa em várias

modalidades, oferecendo o suporte que o professor necessita para suas

intervenções pedagógicas. Diante disso,

A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas, formas de organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula. (LIBÂNEO, 1996, p. 127).

É necessário ajustar as necessidades dos professores às necessidades

dos alunos e, para isso, o pedagogo precisa estar preparado para mediar esse

processo. Neste sentido, esta unidade didática, será direcionada à formação

do pedagogo para que esse possa encorajar e oferecer suporte na construção

de práticas pedagógicas, acompanhando o professor na construção das

adaptações curriculares para alunos com necessidades educacionais especiais

(NEE), tornando assim, a sala de aula inclusiva, onde o aluno seja posto como

sujeito da aprendizagem e de sua atuação profissional.

A discussão acerca da educação inclusiva envolve a relação exclusão e

inclusão que ganha diferentes tonalidades e altera políticas sociais. Refletir e

discutir sobre as diferentes formas de organização escolar e social com a

finalidade de acolher a diversidade humana não é tarefa simples, não significa

apenas relacionar um conjunto de situações em que os segmentos excluídos

da sociedade, por exemplo, têm seus direitos camuflados. “Em vez de presumir

que o aluno deve ajustar-se aos padrões de “normalidade” para aprender, cabe

à escola e aos professores o desafio de ajustar-se para atender às

diversidades de seus alunos” (BEJA, 2001, p. 03).

Vale ressaltar que em vez de procurar no aluno a origem de um

problema, a escola e os profissionais atuantes nela devem proporcionar ao

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mesmo, os recursos em busca de respostas e o apoio em direção do sucesso

escolar.

A inclusão é um desafio, que ao ser devidamente enfrentado pela escola

provoca a melhoria da qualidade da educação, pois para que os alunos público

alvo da Educação Especial possam exercer o direito a educação em sua

plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas práticas, a fim de

atender as diferenças. Esse aprimoramento é necessário, sob pena de os

alunos passarem essa experiência educacional sem tirar dela o proveito

desejável, tendo comprometido um tempo que é valioso e irreversível em suas

vidas: o momento do desenvolvimento.

Desse modo, é necessário que a equipe pedagógica da escola tenha a

percepção da sua importância frente à promoção de uma educação inclusiva

de qualidade na escola regular.

Só assim será possível promover mudanças educacionais, de forma a transformar as escolas, que historicamente se caracterizaram como espaços educacionais, destinados ao atendimento de alunos em classes regulares homogêneas, em escolas inclusivas, nas quais a heterogeneidade seja percebida como principio básico para elaboração de todas as propostas pedagógicas. (VIOTO; VITALINO, p. 09).

Nesta perspectiva, a proposta de formação continuada para os

pedagogos, tem o compromisso de trabalhar com ações de cunho teórico e

prático capazes de instrumentalizá-los de forma a provocar mudanças didático-

pedagógicas qualitativas na escola, melhorando significativamente o processo

de ensino e aprendizagem dos alunos com NEE, bem como, “desenvolver

práticas que favoreçam o princípio da Educação Inclusiva, motivando todos os

participantes a aderirem a este processo”, (VIOTO; VITALINO, p. 14), no

sentido de promover a democratização do ensino.

A PROPOSTA

Esta unidade didática faz parte do estudo realizado no Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE 2016 e tem a finalidade de definir

estratégias do Projeto de Intervenção Pedagógica que acontecerá no primeiro

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semestre de 2017, nas dependências do Colégio Estadual Industrial no

Município de Francisco Beltrão.

A proposta desta unidade será capacitar os pedagogos para orientar os

professores que atendem os alunos com Necessidades Educacionais

Especiais, inclusos no ensino comum, quanto a flexibilização e adaptação

curricular, fazendo assim, a mediação entre o trabalho realizado pelo professor

da Sala de Recursos Multifuncional e demais professores que por trabalhar em

período contrário, acabam se encontrando poucas vezes para dialogar sobre o

trabalho realizado com estes alunos. De modo geral, cabe ao pedagogo

articular o processo pedagógico no ambiente escolar, para a efetivação do

processo de ensino aprendizagem dos alunos com Necessidades Educacionais

Especiais, a partir de orientações aos professores nas diversas práticas, dentre

elas a elaboração das adaptações e flexibilizações curriculares, de modo a

melhorar a qualidade da educação que é direito de todos.

Essa temática é resultado da observação e indagações vivenciadas na

escola onde trabalho com a Sala de Recursos Multifuncional, em situações de

dificuldades e dúvidas dos pedagogos e professores do ensino comum, quanto

à realização de adaptações curriculares para os alunos inclusos neste

processo.

O enfoque e abordagem adotados nesta proposta de estudo, deverá

repercutir na qualidade do trabalho realizado em sala pelos professores do

Colégio onde acontecerá a implementação deste trabalho. Espera-se que esta

ação tenha grande relevância social na concretização de um trabalho pautado

em um diagnóstico inicial, estudo, reflexão e avaliação, beneficiando todos os

envolvidos neste processo (pedagogos, professor, alunos que participam do

Atendimento Educacional Especializado (AEE) e demais professores que serão

atingidos pela ação deste trabalho através da equipe pedagógica da escola.

Para efetivação deste programa, serão organizados encontros em datas pré-

definidas podendo ser alteradas de acordo com a disposição de horários dos

cursistas. Ao todo serão 08 encontros com 4 horas de duração, totalizando 32

horas ao final do curso, sendo este certificado pela UNIOESTE, caracterizando

assim, um curso de formação continuada.

Para organizar o grupo de estudos, será feito uma reunião com os

pedagogos na Semana Pedagógica onde será apresentando o tema e proposta

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deste projeto, adequando o cronograma pré-estabelecido com sugestões de

datas e horários de acordo com a disponibilidade dos participantes. Neste

momento será entregue aos pedagogos o contrato ou termo de consentimento

(que deve ser lido e assinado) autorizando a participação nesta pesquisa. Para

enriquecer a discussão, serão convidados pedagogos de outras escolas,

formando um grupo de 8 a 16 participantes.

Os encontros desta unidade terão subsídios de textos, vídeos,

mensagens, dinâmicas, filmes e documentos da legislação, que serão

organizados de acordo com o cronograma abaixo:

Data prevista dos encontros

Tema Estratégia

1º Encontro 08/03/2017

Projeto de Intervenção Pedagógica

- Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica e proposta de trabalho, enfatizando a importância deste para a efetivação da inclusão. - Coleta de dados juntos aos pedagogos, por meio de questionário.

2º Encontro 22/03/2017

História da Educação Especial

- Abordagem da História da Educação Especial, através de exposição oral com dinâmicas, slides e vídeos.

3º Encontro 05/04/2017

Legislação da Especial

- Estudo da Legislação (documentos legais que embasam a Educação Especial) Aula expositiva, com apoio de vídeos e slides.

4º Encontro 19/04/2017

Educação Especial Inclusiva

-Análise e reflexão sobre definições e formas, de atendimento, através de materiais relacionados à inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e no contexto escolar, com depoimentos sobre o processo de inclusão.

5º Encontro 03/05/2017

Teoria Histórico-cultural de Vigotski

-Estudo sobre a teoria Histórico-Cultural de Vigotski, através de vídeo, leituras e discussões, pontuando as contribuições para a análise da função social da escola inclusiva no atendimento dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais.

6º Encontro 17/05/2017

Adaptação curricular

Abordagem sobre adaptação curricular através de

estudos com diferentes recursos utilizados para iniciar

este conteúdo que se estenderá até o 8º encontro.

7º Encontro 07/06/2017

Adaptação curricular

A proposta para este encontro é assistir ao filme: Como estrela na terra, toda criança é especial (que retrata as dificuldades enfrentadas por um aluno com dislexia sem diagnóstico) para enriquecer a discussão sobre o assunto. Na sequencia será feito um trabalho relacionado ao tema com os participantes.

8º Encontro 28/06/2017

Adaptação curricular e avaliação

Continuação do trabalho com as adaptações curriculares, com o objetivo de avaliar e apontar formas de intervenção, avaliação do curso com sugestões para aprimoramento do programa de formação de Pedagogos e mensagem final.

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Para dar início a esse estudo, será feito a apresentação do Projeto de

Intervenção Pedagógica e proposta de trabalho, enfatizando a importância

deste para a efetivação da inclusão, na sequência, a aplicação de um

questionário para coleta de dados juntos aos pedagogos, fazendo uma

sondagem sobre os conhecimentos prévios.

Nos primeiros encontros será feita um estudo teórico abordando a

trajetória da educação especial e apresentação da legislação através de

documentos legais que norteiam a Educação Especial e inclusão escolar com

análise e reflexão sobre definições e formas de atendimento para as pessoas

com NEE, seguido de estudo da Teoria Histórico-Cultural de Vigotski.

Na sequencia, será feio uma abordagem sobre adaptação curricular

através de estudos para identificar os alunos com NEE e suas formas de

aprendizagem, analisando as adaptações curriculares de pequeno e grande

porte. Posteriormente serão iniciadas as oficinas de adaptação curricular, por

meio de estudo de casos.

Nessa etapa, será solicitado aos pedagogos que tragam uma adaptação

curricular de cada disciplina para análise e enriquecimento, com sugestões

e/ou considerações ao professor que as elaborou, na sequência, será

construída adaptações curriculares baseadas nos estudos de caso, de modo a

oferecer subsídios na flexibilização curricular a fim de melhorar as práticas

pedagógicas no atendimento dos alunos com NEE.

Para finalizar, será aplicado um questionário com questões sobre a

temática para coleta de dados e sugestão para construção de novas práticas

de adaptações curriculares e avaliação do curso para fins de aprimoramento do

programa de formação de Pedagogos.

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Apresentação: Para fazer a abertura do curso será exibida uma

mensagem de boas vindas, seguida de uma dinâmica de apresentação.

Na sequência, a socialização do projeto de intervenção pedagógica de

forma detalhada e para finalizar, a aplicação de um questionário

verificando o conhecimento prévio dos pedagogos sobre o tema

proposto.

Mensagem inicial: Bem Vindo à Holanda. 2

2 Imagem retirada de: http://image.slidesharecdn.com/bemvindoaholanda-1220136697984485-8/95/bemvindo-a-

holanda-1-728.jpg?cb=1220111498

1º ENCONTRO

PROJETO DE INTERVENÇAO

PEDAGÓGICA

Esta mensagem tem o objetivo de refletir sobre os fatos que

acontecem conosco ao longo de nossa vida. Quando nos preparamos para

receber novos professores e alunos ou até mesmo quando planejamos

nossas aulas e não atingimos os objetivos com os alunos que apresentam

deficiência, muitas vezes, acabamos precisando fazer alterações que gera

desconforto, mas que neste momento são necessárias para dar continuidade

ao nosso trabalho.

Mensagem disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dNpuc2rjz2kAcesso em: 06/12/2016

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http://www.idagospel.com/wp-content/uploads/2014/06/Din%C3%A2mica-de-apresenta%C3%A7%C3%A3o-e-entrosamento.jpg

DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO

Para iniciar, os participantes deverão escrever em um papel, uma

dificuldade que sentem e que não gostariam de expor oralmente;

Este papel deve ser dobrado igual aos demais, e misturados em uma

caixinha;

Em seguida, distribuídos para os participantes, de forma que cada um

fique com um problema, que assumirá como se fosse seu, esforçando-se

para compreendê-lo.

Cada participante deve apresentar-se dizendo seu nome, local de

trabalho e ler em voz alta o problema que tem em mãos, fazendo as

adaptações necessárias, para solucioná-lo.

Para finalizar, fazer uma reflexão sobre os problemas que nossos alunos

trazem consigo e a importância de ajudarmos na resolução do mesmo.

Dinâmica de apresentação:

Para que os participantes do grupo possam se conhecer melhor, será

proposta uma dinâmica de apresentação, seguida de uma reflexão sobre a

abordagem da mesma.

Apresentação do projeto:

Para apresentação do projeto de intervenção pedagógica será utilizado

uma apresentação de slides com explicação detalhada do projeto: tema,

objetivos, justificativa, estratégias e avaliação.

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QUESTIONÁRIO

http://webvideomarketingportugal.com/wp-content/uploads/2013/08/questions_answers_5.jpg

Questionário para pedagogos:

1- Qual é o conhecimento que você possui sobre Educação Especial

Inclusiva e adaptação curricular?

2- Você já participou de formação especifica sobre Inclusão de alunos

com NEE? Justifique sua resposta.

3- Na sua escola, o processo de inclusão está acontecendo de forma a

assegurar os direitos do aluno com deficiência?

4- Com relação à adaptação curricular, qual é o seu posicionamento?

Você acredita que esta prática possa garantir ao aluno com Deficiência

a efetivação da aprendizagem?

5- Com relação aos professores, estão preparados para receber alunos

com deficiência? Realizam as adaptações curriculares de forma a

satisfazer as necessidades educacionais dos alunos?

6- O professor da SRM e professores das disciplinas conseguem se

encontrar para dialogar sobre os alunos com NEE?

Roda de conversas:

Na sequencia será feito uma sondagem com levantamento de dados

sobre o nível de conhecimento que os pedagogos apresentam com

relação ao tema através de conversação e relatos de experiências;

Proposta de trabalho:

E para finalizar esse encontro, será feito a aplicação de um questionário

diagnóstico que deve ser respondido pelos participantes para

encaminhamentos no desenvolvimento dos próximos encontros.

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Apresentação: Este encontro será iniciado com uma mensagem de

Mário Quintana e na sequencia, aula expositiva (com apresentação de

slides), contextualizando fatos sobre o processo histórico da Educação

Especial no Brasil, seguida de um vídeo que retrata essa história e para

finalizar, a dinâmica do Piquenique para descontrair e refletir sobre as

práticas na sala de aula.

Mensagem Inicial: Deficiências de Mário Quintana

Apresentação do conteúdo:

História da Educação Especial

Para a exposição desse conteúdo serão utilizados, contextualizando

fatos sobre o processo histórico da Educação Especial no Brasil,

2º ENCONTRO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Imagem disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RBx7fwU_o8o

Esta mensagem tem o objetivo de refletir sobre nossas atitudes frente

às indiferenças diante das deficiências.

Mensagem disponível em:

https://tradutoresassociados.files.wordpress.com/2010/10/deficienciastams.png

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DINÂMICA DO PIQUENIQUE

Para iniciar essa dinâmica, os participantes devem formar um círculo. O professor inicia

a dinâmica convidando a todos para um piquenique onde podem levar diferentes objetos

e alimentos. Na sequencia, fala o nome de um objeto ou alimento e questiona a pessoa

ao lado verificando o que ela vai levar?

A pessoa questionada deverá responder que levará coisas iniciadas com a primeira letra

de seu nome. Se acertar pode continuar na brincadeira. Dessa forma, vai percorrendo o

círculo, até que todos participem. A brincadeira só acaba quando todos os participantes

perceber que só podem levar alimentos ou objetos cujo nome tenha a letra inicial do seu

nome. Para concluir, os participantes devem relatar o que sentiram nesta experiência.

analisando as fases e avanços ao longo da história e pontuando os

períodos identificados como: exclusão, segregação, integração e

inclusão. Slide disponível em: http://pt.slideshare.net/vlcamara/histrico-da-

educao-especial-presentation

Para ilustrar melhor essa história, será passado um vídeo que retrata a

história da Educação Especial destacando aspectos dos diferentes

períodos históricos.

Assistir ao vídeo:

Proposta de trabalho:

Após a apresentação do conteúdo e exibição do vídeo, será feito o

seguinte questionamento aos participantes;

Com base na exposição do conteúdo anterior, analise e reflita sobre a

abordagem do conteúdo, pontuando os marcos principal da história da

Educação Especial no Brasil e as contribuições destes para o processo

de inclusão;

Dinâmica do Piquenique: O objetivo desta dinâmica é reconhecer as

habilidades e dificuldades do aluno para adaptar os conteúdos

garantindo uma aprendizagem significativa.

TRAJETORIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

https://www.youtube.com/watch?v=mpoE9pCGOR4

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Apresentação: Nesse encontro vamos estudar os documentos

norteadores que embasam a Educação Especial, na questão da inclusão

das pessoas com deficiência, possibilitando aos cursistas a

compreensão e evolução deste processo.

Mensagem inicial: O Olhar do Educador

Apresentação dos conteúdos:

Neste encontro, serão utilizados slides para fazer a exposição dos

documentos que norteiam a educação especial assegurando o atendimento

dos alunos com deficiência.

3º ENCONTRO

DOCUMENTOS NORTEADORES DA

EDUCAÇÃO ESPECIAL

http://video.google.com/ThumbnailServer2?app=blogger&contentid=7d67ce072f859827&offsetms=5000&itag=w160&sigh=wKSwUqx8lFoc_TFVMxCBnL2PfBM

Para iniciar este encontro, será feita a exibição de uma mensagem para que

os participantes possam refletir sobre o posicionamento do professor diante

das diferenças dos alunos na sala de aula.

Diante do processo de inclusão, faz-se necessário repensar nossa pratica

pedagógica para atender essa diversidade com o respeito que merecem, e

neste momento, será oportunizando aos participantes, uma reflexão sobre o

olhar que o educador deve ter para contemplar a diversidade escolar.

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Constituição Federal – 1988

Considerada por muitos a constituição cidadã, uma vez que

garante o direito a uma educação inclusiva para as crianças

com necessidades especiais nos próprios sistemas públicos

educacionais com a “igualdade de condições de acesso e

permanência na escola” (art 206), tendo como princípio o

ensino e de que será ofertado atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino

(art. 208).

Conferência de Jomtien (Tailândia) –

1990

Este documento elaborado na Conferência Mundial sobre

Educação para Todos, que aconteceu na cidade de Jomtien,

na Tailândia, em 1990. A referida Declaração em que o Brasil

é signatário e se compromete a erradicar o analfabetismo e a

universalização do ensino básico para uma vida mais

igualitária e livre de injustiças sociais. Sendo considerado um

dos principais documentos mundiais sobre educação ao lado

da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração

de Salamanca de 1994.

Declaração de Salamanca – 1994

Documento elaborado na Conferência Mundial sobre educação

especial, em Salamanca na Espanha, (1994), com o objetivo

de fornecer diretrizes básicas para formulação e reforma de

políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento

de inclusão. A Declaração de Salamanca é considerada um

dos principais documentos mundiais que visam a inclusão

social

A Convenção da ONU“ sobre os

Direitos das Pessoas com Deficiência

Incorporada à legislação brasileira em 2008. Após uma

atuação de liderança em seu processo de elaboração, o Brasil

decidiu, soberanamente, ratificá-la com equivalência de

emenda constitucional, nos termos previstos no Artigo 5º, § 3º

da Constituição brasileira, e, quando o fez, reconheceu um

instrumento que gera maior respeito aos Direitos Humanos”.

LDB – Leis de Diretrizes e Bases

9394/96, que em seu Artigo 59

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas,

recursos educativos e organização específica, para atender às

suas necessidades.

Lei Brasileira de inclusão – 2015

Designada a assegurar e a promover, em condições iguais, o

exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por

pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e o

exercício da cidadania.

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Documentos para organização do trabalho:

Proposta de trabalho I: Trabalho em grupo

Dividir o grupo em subgrupos para fazer uma síntese dos documentos

apresentados registrando os pontos relevantes para a consolidação da

prática de inclusão.

Um membro de cada grupo deverá socializar no grande grupo os pontos

os apontamentos registrados tecendo considerações necessárias.

Proposta de trabalho II:

Para finalizar, será distribuído aos participantes um teste com questões

para verificar qual é o canal de acesso ao conhecimento (Visual Auditivo

ou Sinestésico);

Na sequencia, será feito a leitura do resultado de cada participante;

Como sugestão será disponibilizado cópias para que os pedagogos

possam utilizar da forma que desejarem, fazendo os encaminhamentos

necessários para minimizar as dificuldades de aprendizagem.

Aplicação do teste para verificar o canal de acesso ao conhecimento.

Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/

2874_TESTE_Canais_de_Comunicaca.pdf

LEGISLAÇÃO

- Constituição Federal - 1988

- Conferência de Jomtien (Tailândia) - 1990

- Declaração de Salamanca - 1994

- Convenção da ONU

- LDB – Leis de Diretrizes e Bases 9394/96

- Política Nacional de Educação – MEC

- Lei Brasileira de inclusão - 2015

- Instrução Nº 07/2016 – SEED/SUED

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Apresentação: Este encontro será pautado na discussão dos aspectos

legais a respeito da inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais, apresentando orientações básicas para adaptações

curriculares, a serem realizadas para alunos com Deficiência Intelectual,

Dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e

Transtorno do Espectro Autista (TEA). Inicialmente será exibida uma

mensagem com o objetivo de sensibilizar os participantes,

proporcionando-os um momento de reflexão sobre a inclusão de

pessoas com deficiência na sociedade e no contexto escolar.

Posteriormente, os participantes serão distribuídos em grupo para o

estudo do texto A inclusão escolar na perspectiva de Vigotski. Em

seguida, ouviremos os depoimentos sobre inclusão.

Para finalizar, será exibida uma animação com um Trecho do vídeo

“Cordas”, que enfatiza a importância do educar e da relação

estabelecida no ensino e aprendizagem.

Mensagem Inicial: “Aceite-me como sou”

.

h ttp://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/aceite-me-como-sou1663-thumbnail-4.jpg?cb=1292236615

Esta mensagem relata a história de um soldado que perdeu um braço e uma

perna na Guerra do Vietnã. Antes de retornar para sua casa escreveu uma

carta aos seus pais contando a história como se tivesse acontecido com seu

amigo e pede a eles a permissão para que aceite-o para viver com eles.

Mensagem disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=pLxznf1NUFM

4º ENCONTRO

A INCLUSÃO ESCOLAR

Page 33: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Proposta de trabalho:

Com base nos estudos sobre os aspectos legais a respeito da inclusão

de alunos com NEE, serão apresentadas orientações básicas de

adaptações curriculares, para alunos com Deficiência Intelectual,

Dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e

Transtorno do Espectro Autista (TEA), através de slides.

Leitura do texto: A inclusão escolar na perspectiva de Vigotski.

Com base na leitura do texto sobre a inclusão escolar, aponte

mecanismos que possam favorecer o desenvolvimento da aprendizagem

do aluno com deficiência, de modo a transformar a inclusão escolar

significativa para o sujeito, dando sentido e significado a sua vida,

possibilitando interações sociais para compreensão do espaço em que

está inserido participando ativamente na construção deste e da sua

própria história. Texto disponível em:

www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/educacao-especial-eaprendizagem

Depoimentos sobre o processo de inclusão:

Tassia de Camargo - Professora com deficiência física

Juliane Castanha - Mãe de um aluno autista

Romilda de Campos – Mãe de um aluno com deficiência mental

Encerramento com a exibição e reflexão do vídeo “Cordas”.

Assistir ao vídeo:

“CORDAS”

ttp://laprimeraplana.com.mx/wp-content/uploads/2014/02/cuerdas.png

O Vídeo “CORDAS” aborda questão da inclusão escolar,

mostrando que é possível acontecer este processo de

forma satisfatória. Trata de uma animação que relata a

história de amizade entre uma menina e um menino com

paralisia cerebral. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mFj6rUd8eJw&feature=youtu.be

Page 34: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Apresentação: Neste encontro faremos um estudo sobre a teoria

Histórico-Cultural de Vigotski, através da apresentação de vídeo, leituras

e discussões, pontuando suas contribuições para a análise da função

social da escola inclusiva no atendimento dos alunos com Necessidades

Educacionais Especiais. Para finalizar, será exibido o documentário

Borboletas de Zagorsk, inspirado nos estudos de defectologia, que faz

parte da teoria de Vigotski.

Apresentação do Vídeo:

Para compreender melhor a teoria de Vygotsky será exibido um vídeo

mostrando suas ideias e a influencia do seu pensamento na educação, e

desenvolvimento da linguagem.

Proposta de trabalho:

Para enriquecer a discussão, a turma será dividida em dois grupos para

fazer a leitura, discussão e socialização dos textos abaixo relacionados:

1- Vigotski e o desenvolvimento humano. Disponível em:

http://www.josesilveira.com/artigos/vygotsky.pdf

5º ENCONTRO

TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

Lev Vigotski - Breve Vida e Obra

https://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-

HRY&t=112s

Page 35: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

2- Teoria Histórico-Cultural e aprendizagem contextualizada. Disponível

em:https://www.ufrgs.br/psicoeduc/gilvieira/2011/02/02/teoria-historico-

cultural-e-aprendizagem-contextualizada/

Após leitura dos textos, cada grupo deverá expor aos demais

participantes, relacionando o conteúdo com a função social da escola

inclusiva no atendimento dos alunos com Necessidades Educacionais

Especiais.

Apresentação do Vídeo:

Para finalizar este encontro, vamos assistir ao filme Borboletas de

Zagorsk. Este é um documentário que relata o trabalho desenvolvido em

uma escola russa com crianças surdas e cegas inspirado nos estudos de

defectologia, que faz parte da teoria de Vigotski. Mostra como as

pessoas com deficiência, passam a usar seus sentidos normais para

compensar os perdidos através de mecanismos compensatórios.

Ao final do filme, tecer considerações ao conteúdo exposto no

documentário reforçando a importância da mediação para a

aprendizagem para que todas as pessoas possam aprender

independente da idade, condição física ou intelectual.

Proposta de trabalho:

Aos participantes será solicitado a planejar e propor ações que

possibilitem aos alunos com deficiência intelectual, relacionar-se com

seus pares.

Borboletas de Zagorsk

https://www.youtube.com/watch?v=KxEaHMxi7wE

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Apresentação: A proposta deste encontro é apresentar o conceito e o

processo de adaptação e flexibilização curricular para atender as

necessidades educacionais especiais dos alunos população alvo da

educação especial, através de estudo no material apresentado em slides

sobre o tema. Na sequência, será proposto um trabalho em grupo para

caracterizar as adaptações de pequeno e grande porte e identificar e

diferenciar as adaptações que são de responsabilidade do Estado, as

que cabem à administração da escola e as que são função do professor.

Apresentação do conteúdo:

Será feito um estudo do material apresentado através de slides sobre as

Adaptações Curriculares, com explicações sobre as diversas

possibilidades educacionais para atuação diante das dificuldades de

aprendizagem apresentadas pelos alunos com NEE, inclusos em nossas

escolas e apontando caminhos para adaptação do currículo quando

necessário, de forma a torná-lo apropriado as necessidades individuais

destes alunos. Material de apoio disponível em:

http://pt.slideshare.net/EliseteNunes/adaptaes-curriculares

Proposta de trabalho:

Para facilitar a compreensão das adaptações e flexibilizações

curriculares, no que diz respeito ao atendimento das peculiaridades dos

alunos público alvo da Educação especial, em seu processo de

aprendizagem, será proposto um trabalho em grupo para sintetizar o

conteúdo apresentado neste encontro. Material disponível

em:http://slideplayer.com.br/slide/343732/

O grupo será dividido em dois subgrupos para organizar a forma de

adaptações, esclarecendo e diferenciando as Adaptações Curriculares

de Pequeno e Grande Porte para ser exposta ao final do encontro.

6º ENCONTRO

ADAPTAÇÃO CURRICULAR

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Apresentação: A proposta para este encontro e assistir ao filme: Como

estrela na terra, toda criança é especial que retrata as dificuldades

enfrentadas por um aluno com dislexia sem diagnóstico para enriquecer

a discussão sobre o assunto. Na sequencia será feito um trabalho

relacionado ao tema com os participantes.

Proposta de trabalho:

Após a exibição do filme, cada participante deve identificar descrevendo

um problema enfrentado em uma prática pedagógica, no processo de

ensino aprendizagem com os alunos que apresentam NEE.

Na sequência, será feita a socialização para que o grupo possa levantar

hipóteses, com sugestões de estratégias para atender as necessidades

identificadas pelo subgrupo.

Tarefa de Casa para próximo encontro:

Solicitar aos pedagogos que tragam para a próxima aula uma adaptação

de cada disciplina para avaliar e apontar formas de intervenção para os

professores.

7º ENCONTRO

ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Como estrela na terra, toda criança é

especial

WWW.Yotube.com/watch?v=b6JOCCuA11w

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Apresentação: Neste encontro daremos continuidade às questões

relacionadas às adaptações curriculares, com as adaptações das

disciplinas trazidas pelos participantes com o objetivo de avaliar e

apontar formas de intervenção para os professores. Em seguida, será

feito a avaliação do programa para coleta de dados referente às práticas

pedagógicas trabalhadas para aprimoramento do programa de formação

Continuada de Pedagogos, finalizando com uma mensagem exibida

através da animação de vídeo Pixar: Festa Nas Nuvens.

Proposta de trabalho:

Em círculo, os participantes farão a apresentação da atividade adaptada,

solicitada no encontro anterior, para que o grupo possa avaliar com base

nos estudos deste curso, fazer apontamentos de formas de intervenção

aos professores, autores desta prática.

Ainda com base nos estudos anteriores, o grupo será dividido em 4

subgrupos, sendo que cada um deles deverá elaborar cartazes com

dicas de adaptações curriculares: nos conteúdos, metodologia, objetivos

e avaliação de forma sintetizada, expondo a todos os participantes.

Este trabalho deverá ser organizado da seguinte forma:

Grupo 1- Adaptação de conteúdo.

Grupo 2- Adaptação de metodologia

Grupo 3- Adaptação de objetivo

Grupo 4- Adaptação de avaliação

8º ENCONTRO

ADAPTAÇÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO

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Para finalizar , vamos assistir a uma mensagem sobre as diferenças,

exibida através da animação de vídeo Pixar: “Festa Nas Nuvens”.

que mostra uma divertida história entre um pássaro uma nuvem que,

juntos criam e entregam bebês de todas as espécies do mundo animal

no planeta Terra. Outras nuvens criam e entregam bebês mais

"normais", enquanto a missão de Peck é mais delicada porque os

bebês são de espécies diferentes e fora dos padrões normais. Nesta

história, destacam-se a delicadeza na comunicação entre os dois,

assim como, a missão e companheirismo.

Assistir ao vídeo:

Pixar: Festa Nas Nuvens.

https://youtu.be/pktG7AJRL8k

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEJA, Ana. O ensino da ciência na educação inclusiva. Rio de Janeiro: Instituto Federal do Rio de Janeiro, 2001. LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? In: Pimenta, Selma G. (org.). São Paulo; Cortez, 1996. VIOTO. J. R. B.; VITALIANO, C. R. O papel da gestão pedagógica frente ao processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especais. In: IX Seminário de Pesquisa em Educação na Região SUL, Anped Sul, 2012, p.1-17.Caxias do Sul. Anais .../ Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2012. LINKS DE IMAGENS Imagem coruja, disponível em: http://static.tumblr.com/gkoafob/SBCm3m7uh/imagem1.jpg Imagem Bem Vindo a Holanda, retirada de: 1 Imagem retirada de: http://image.slidesharecdn.com/bemvindoaholanda-1220136697984485-8/95/bemvindo-a-holanda-1-728.jpg?cb=1220111498 Imagem – Quem sou eu? http://www.idagospel.com/wp-content/uploads/2014/06/Din%C3%A2mica-de-apresenta%C3%A7%C3%A3o-e-entrosamento.jpg Imagem questionário, disponível em: http://webvideomarketingportugal.com/wp-content/uploads/2013/08/questions_answers_5.jpg Imagem mensagem deficiência: Imagem disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RBx7fwU_o8o Imagem “O olhar do educador”, disponível em: http://video.google.com/ThumbnailServer2?app=blogger&contentid=7d67ce072f859827&offsetms=5000&itag=w160&sigh=wKSwUqx8lFoc_TFVMxCBnL2PfBM Imagem “Aceite-me como sou!”, disponível em: h ttp://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/aceite-me-como-sou1663-thumbnail-4.jpg?cb=1292236615 Imagem do vídeo “Cordas”, disponível em: ttp://laprimeraplana.com.mx/wp-content/uploads/2014/02/cuerdas.png LINKS DE SLIDES Apresentação do projeto, disponível em: https://prezi.com/dahktijdjqii/edit/#2_13696309 Período histórico da Educação Especial, disponível em: http://pt.slideshare.net/vlcamara/histrico-da-educao-especial-presentation

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Documentos Educação Especial, disponível em:https://prezi.com/s6imxvket4mn/edit/#1_24309637

LINKS DE TEXTOS Mensagem “Deficiências” disponível em: https://tradutoresassociados.files.wordpress.com/2010/10/deficienciastams.png Teste canal de acesso ao conhecimento. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/2874_TESTE_Canais_de_Comunicacao.pdf Mensagem “Aceite-me como sou, uma história real. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pLxznf1NUFM Texto Vigotski, disponível em:www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/educacao-especial-eaprendizagem Texto Vigotski e o desenvolvimento humano. Disponível em: http://www.josesilveira.com/artigos/vygotsky.pdf

Teoria Histórico-Cultural e aprendizagem contextualizada. Disponível em: https://www.ufrgs.br/psicoeduc/gilvieira/2011/02/02/teoria-historico-cultural-e-aprendizagem-contextualizada/

Adaptações curriculares, material de apoio disponível em: http://pt.slideshare.net/EliseteNunes/adaptaes-curriculares Adaptações Curriculares, disponível em:http://slideplayer.com.br/slide/343732/ A inclusão escolar na perspectiva de Vygotsky, disponível em: www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/educacao-especial-eaprendizagem LINKS DE VÍDEOS Bem vindo à Holanda: disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dNpuc2rjz2k Tragetoria histórica da Educação Especial, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mpoE9pCGOR4 O olhar do educador, disponível em: https://prezi.com/s6imxvket4mn/edit/#1_24309637 Vídeo cordas disponível em: https://mais.uol.com.br/view/d59ed6yyr67a/cordas-um-video-para-refletir-04024E993664E0C14326?types=A& Lev Vigotski - Breve Vida e Obra, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY&t=112s Borboletas de Zagorsk, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KxEaHMxi7wE

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Como estrela na terra, toda criança é especial, disponível em: http://videos.bol.uol.com.br/video/cordas--o-filme-de-animacao-que-emocionou-o-mundo-da-internet-04028D193466D4C94326 Pixar: Festa Nas Nuvens, disponível em: https://youtu.be/pktG7AJRL8k

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ANEXO I

Olá, sou a professora Marines Dalbosco, trabalho no Colégio Estadual

Industrial e faço parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

2016. Meu Projeto de Intervenção Pedagógica tem como título Adaptação

Curricular como Instrumento na Formação Continuada de Pedagogos.

É de extrema importancia que as questões referente ao projeto, sejam

respondidas de forma transparente, expondo as reais dificuldades perante a

inclusão dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais, que estão

inseridos nas escolas do ensino comum. Sua contribuição será relevante para

a organização do Grupo de Estudo que acontecerá em 2017, o mesmo será

certifcado pela UNIOESTE, com orientação da Profª Doutora Margarette

Matesco Rocha.

Para melhor avaliarmos o Programa de Intervenção, é importante

conhecermos os participantes. Sendo assim se faz necessário preenchimento

de seus dados pessoais.

- Há quanto tempo está atuando no magistério como pedagogo(a)?_________

- Sexo: F ( ) M ( ) Idade: ____________________________________

-Números de alunos com NEE que recebem atendimento na Sala de Recursos

Multifuncional e estão inclusos na Escola ? ( ) alunos.

- Tem algum curso de formação em Educação Especial? Sim ( ) Não ( )

1) O que você pensa sobre a inclusão de pessoas com Deficiência no Ensino

comum?

_______________________________________________________________

2) Diante do processo de inclusão, você se sente preparado(a) para atuar na

orientação dos professores que trabalham com os alunos que apresentam

deficiência, de modo a atender as suas necessidades educacionais especiais?

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Justifique sua resposta: ___________________________________________

_______________________________________________________________

3) Na sua graduação foi contemplado a disciplina de “Educação Especial”?

Quais Deficiências?_______________________________________________

4) O que significa para você adaptação e flexibilização curricular?

_______________________________________________________________

5) Em relação a inclusão cabe aos professores realizar as adaptações

curriculares, das adaptações abaixo relacionadas, quais os professores da sua

escola realizam?

( ) Objetivo ( ) Conteúdo ( ) Metodologia

( ) Avaliação ( ) Temporalidade ( ) Nenhuma

6) No acompanhamento pedagógico aos professores, qual das adaptações

acima você considera mais difícil de ser realizada? Justifique sua resposta.

_______________________________________________________________

7) Você concorda que é necessário a adaptação curricular para alunos inclusos

no ensino comum?

( ) concordo totalmente ( ) concordo parcialmente

( ) discordo totalmente ( ) discordo parcialmente

8) Na sua opinião quais são os maiores desafios para elaborar e implementar

as adaptações curriculares na sala de aula?

_______________________________________________________________

9) Quais as contribuições que um curso de formação com enfoque nas

adaptações curriculares poderá ter para a sua prática?

_______________________________________________________________

10) O que você supõe que se faz necessário para que ocorram resultados mais

significativos no processo de inclusão dos alunos com deficiência no ensino

comum?

_______________________________________________________________

Obrigada pela sua participação.

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA – PDE 2016/2017

Título: Adaptações e Flexibilizações Curriculares na disciplina de Língua Portuguesa

para alunos com Deficiência Intelectual

Autores Suzana Aparecida Pereira

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual José de Anchieta Ensino Fundamental e Médio - EFM

Município da escola Dois Vizinhos

Núcleo Regional de Educação: Dois Vizinhos

Professor-Orientador: Drª Margarette Matesco Rocha

Instituição de Ensino Superior: Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Francisco Beltrão

Resumo

Essa unidade terá como foco a questão da adaptação e flexibilização curricular, ou seja, na modificação de currículos, planos docentes, conteúdos, metodologias e avaliação de educandos que apresentam deficiência intelectual na disciplina de Língua Portuguesa. A importância dessa prática deve-se a necessidade capacitar professores para a promoção da educação inclusiva, atendendo a diversidade presente na sala de aula. Além disso, deve-se considerar a Língua Portuguesa o como aporte inicial de todo o processo de desenvolvimento do ser humano. Assim, o objetivo da unidade será capacitar professores de Língua Portuguesa do ensino comum (6° ano) sobre os conceitos e propostas da adaptação e flexibilização curricular para alunos com deficiência intelectual. Para tanto, serão realizados oito encontros, com quatro horas de duração cada um, nos quais os professores serão orientados para construir adaptações curriculares nos objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e temporalidade a partir do conteúdo denominado gêneros textuais. A proposta será desenvolvida no Colégio Estadual José de Anchieta da Cidade de Dois Vizinhos, com a participação de oito professores. Espera-se com esta proposta uma formação ao professor de língua portuguesa do ensino comum, que favoreça o seu fazer pedagógico e promova a educação inclusiva dos alunos com deficiência intelectual.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Formação de Professores Adaptações Curriculares, Deficiência Intelectual.

Formato do Material Didático Caderno Temático

Público Alvo Professores da disciplina de Língua Portuguesa do ensino comum que atendem alunos com deficiência intelectual.

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UNIDADE 2

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

PARA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Suzana Aparecida Pereira

Apresentação

As questões acerca da adaptação curricular para a disciplina de Língua

Portuguesa é uma temática bastante relevante, tendo em vista que a Língua

Portuguesa prevalece em todos os campos da nossa vida, ou seja, ela está

presente em dimensões históricas, sociais, culturais e pessoais nas sociedades

em que ela se configura como linguagem predominante.

Segundo as Novas Diretrizes da Educação Especial na Educação

Básica, as adaptações curriculares são consideradas como:

Possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e as ações docentes fundamentadas em critérios que definem o que o aluno deve aprender; como e quando aprender; que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem; como e quando avaliar o aluno (BRASIL, 2001, p.33).

Dentro desse contexto é imprescindível haver compreensão e

disseminação de suas estruturas por meio da troca de informações,

especialmente ao que se refere às suas adaptações curriculares, para que

assim possa atender as necessidades existentes para cada educando e da

realidade social em que este está inserido.

Page 47: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

As adaptações curriculares surgiram devido à necessidade da

promoção de melhorias na qualidade do ensino ofertado, isto é, por meio das

adaptações curriculares podem ser implementadas novas estratégias para o

melhor desempenho de aprendizagem de cada aluno, levando em

consideração suas necessidades, limites e possibilidades. No entanto, para

que isso aconteça de forma eficaz é preciso estar de acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais voltados à Língua Portuguesa, tendo em

vista que este documento é um direcionador unificado nacionalmente e precisa

ser conhecido e compreendido pelos envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem.

Diante do exposto, é de suma importância destacar que a linguagem

faz é o aporte inicial de todo o processo de desenvolvimento do ser humano,

afinal, é partir dela são internalizados e aprofundados conceitos, informações e

conhecimentos, sem mencionar as possibilidades de enriquecemos no

vocabulário, além das esferas orais, escritas, interpretativas e comunicativas.

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (BRASIL, 2001, p. 21).

Sendo assim, a utilização de recursos didáticos variados na prática

pedagógica voltados à Língua Portuguesa se configuram como aliados no

alcance dos objetivos propostos, principalmente quando alunos com deficiência

intelectual fazem parte da realidade escolar, ou seja, as adaptações

curriculares são extremamente fundamentais no atendimento das

necessidades de alunos com deficiência intelectual e outros com dificuldades

de aprendizagem, afinal, por meio delas são criadas estratégias que tem a

intencionalidade de suprir e garantir o trabalho de ensino da Língua Portuguesa

de forma adequada e de acordo com cada limitação.

O desenvolvimento da linguagem ocorre desde muito cedo, onde o ser

humano familiariza-se com ela de forma natural e espontânea, desse modo, o

letramento é inserido desde muito cedo no cotidiano da criança, mesmo fora do

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espaço escolar, ainda em suas vivências cotidianas com a família, com a

sociedade ou com seus pares, isto é, os pequenos participam de tal prática de

maneira intensa, através de situações diversificadas e no contato com

materiais escritos em lugares diversos e de variadas formas.

[...] O significado das palavras é um fenômeno de pensamento apenas na medida em que o pensamento ganha corpo por meio da fala, e só é um fenômeno da fala na medida em que esta é ligada ao pensamento, sendo iluminada por ele. É um fenômeno do pensamento verbal, ou da fala significativa – uma união da palavra e do pensamento. (VIGOTSKI, 1998, p. 151).

No espaço escolar, a abordagem do letramento é contextualizado por

meio de estratégias metodológicas específicas e voltadas às reais

necessidades da criança, no entanto, não tem como pretensão alfabetizar,

tendo em vista que o processo de alfabetização se consolida até o final do

terceiro ano do ensino fundamental.

Diante do exposto, a criança recebe todas as possibilidades de

interação com o mundo letrado, bem como as informações sobre a escrita. No

entanto, é por meio da forma lúdica e que corresponda com seus níveis de

desenvolvimento, incluindo o explorar os sons das palavras, as possibilidades

com o nome, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos,

manuseando aportes gráficos diversificados, dentre outras interações

concretas, que possibilita á criança a assimilação com as formas abstratas de

expressão, que devem ser também adequadas às suas possibilidades e

potencialidades.

Observa-se que esta disciplina é indispensável e de suma importância

para o conhecimento, além de mediar as relações e promover conhecimento ao

professor, fator que resulta em um processo concretizado do ensino de

qualidade. De fato, quando o profissional de educação sana suas necessidades

ao conhecer as concepções e métodos mais adequados, ele desenvolve

aptidões vinculadas ao processo de aprendizagem de forma efetiva, afinal,

passa a compreender a necessidade da intervenção frente a objetos

específicos de atuação.

O novo educador talvez tenha de incluir, duas tarefas que, mesmo distintas, são complementares. Uma diz respeito à reconstrução de seu próprio perfil enquanto profissional da educação e, a outra, em

Page 49: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

exercitar uma verdadeira aeróbica dos neurônios no sentido de descobrir e desconstruir imprintings paradigmáticos que impedem novas e ampliadas “sinapses cognitivas” de alunos cada vez mais ávidos em expor suas subjetividades, seus mapas cognitivos autobiográficos e de compreender o conteúdo das disciplinas científicas por via da partilha e da co-produção. (ALMEIDA, 1997, p.42).

No processo de aprendizagem, especialmente no ensino fundamental, a

abordagem com gêneros textuais é considerada elementos da Língua

Portuguesa e estão presentes em todos os aspectos textuais, auxiliando para

uma prática pedagógica diversificada e trazendo para o educando, de maneira

mais clara, a importância da leitura, da escrita e do conhecimento das

variações linguísticas presentes no nosso cotidiano e comtemplados pela

disciplina de Língua Portuguesa.

Dessa forma, a metodologia adequada a cada dificuldade ou

particularidade do aluno se configura como uma ferramenta que facilita a

compreensão dos alunos em virtude do alcance dos objetivos propostos, ou

seja, é possível compreender que a junção de práticas adequadas e recursos

específicos resultam no impulsionamento da aquisição de novas habilidades

tanto de alunos com deficiência intelectual, quanto aos outros alunos da sala.

A proposta

A proposta desta unidade será apresentar os encontros a serem

realizados com professores da Disciplina de Língua Portuguesa no Colégio

Estadual José de Anchieta. As estratégias de ação foram planejadas para

serem desenvolvidas em torno de Grupo de Estudos abordando temas

referentes à formação de professores na disciplina de Língua Portuguesa para

a adaptação curricular de alunos com deficiência intelectual. Slides, filmes,

apostilas etc. Ao todo serão realizados 08 encontros, com 4 horas de duração

cada um, totalizando 32 horas.

Antes de iniciar os encontros será realizada uma reunião com os

professores na Semana Pedagógica tendo como objetivos: a) apresentar o

Projeto de Intervenção Pedagógica; b) sensibilizar sobre a importância do

programa para a atuação em sala de aula; c) apresentação do contrato ou

Page 50: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

termo de consentimento para participação na pesquisa e d) apresentação do

plano de trabalho.

Considerando os oito encontros, os quatro primeiros terão uma

abordagem mais teórica, para desenvolver os temas relacionados à trajetória

da educação especial desde a exclusão, segregação, integração e finalmente a

inclusão, e posterior veremos a Legislação referente à inclusão (marcos-

legais). Na sequência, realizaremos estudos para conhecer a pessoa com

deficiência intelectual e suas formas de aprendizagem e finalmente as

adaptações curriculares de grande porte e adaptações curriculares de pequeno

porte.

A parte prática com relação à disciplina de Língua Portuguesa e formas

de adaptações curriculares serão realizadas nos demais encontros. Para esses

encontros serão apresentadas situações a partir de um dado conteúdo para

que os professores apresentem estratégias e materiais alternativos, para

mediar à compreensão dos conteúdos de Língua Portuguesa e refere aos

objetivos, conteúdos, metodologias, avaliações e temporalidade.

Os encontros foram organizados a partir do conteúdo de “Gêneros

Textuais e em cada oficina será abordado uma adaptação curricular com o

referido conteúdo”. Sendo primeira oficina, adaptação curricular do objetivo, a

segunda oficina, adaptação curricular do conteúdo, a terceira oficina,

adaptação curricular da metodologia, a quarta oficina adaptação curricular da

temporalidade e a quinta oficina, adaptação curricular da avaliação. Para

proporcionar aos professores subsídios que os auxiliem na flexibilização

curricular para melhorar suas práticas pedagógicas de forma atender as

especificidades dos alunos com deficiência intelectual.

Ao final do programa, será realizada uma sondagem de aprendizagem,

sendo está por meio de questões referente às adaptações curriculares e

processo de aprendizagem do aluno com deficiência, para fins de avalia-lo. E

coleta de sugestões dos participantes para aprimoramento do programa de

formação.

A seguir, você encontrará o material didático produzido. Ele é composto

da descrição das atividades propostas para cada um dos encontros. Sendo que

no primeiro encontro será abordado a História da Educação Especial, com

dinâmicas, slides e vídeos. No segundo encontro serão mostradas as questões

Page 51: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

referentes à legislação, sendo este um momento de estudo teórico. No terceiro

encontro, serão trabalhados definições e formas para atender as pessoas com

deficiência intelectual, com a utilização de vídeos, textos e dinâmicas. No

quarto encontro iremos estudar a Teoria Histórico-Cultural com a utilização de

textos e vídeos. No quinto encontro iniciaremos com as adaptações

curriculares de grande e pequeno porte com a utilização de textos e onde

teremos a primeira oficina que serão abordados a adaptação curricular

referente ao objetivo e a segunda oficina com as adaptações curriculares

referente ao conteúdo. No sexto encontro também serão trabalhadas as

adaptações curriculares, e nela a terceira oficina com a adaptação curricular na

metodologia. No sétimo encontro ainda nas adaptações curriculares,

acontecendo então à quarta oficina, com as adaptações curriculares na

temporalidade e na quinta oficina as adaptações curriculares na avaliação. E

no último encontro acontecerá uma avaliação do programa e sugestões de

melhorias.

Page 52: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Será solicitado aos participantes formarem um círculo e comentaremos

para os participantes que faremos um piquenique, mas para isso cada participante

deverá levar alguma coisa. Então a professora, faz perguntas, dizendo o que cada

um levará (uns dizem que levam um bolo, mochila, água, rede, sanduiche..., enfim

uma variedade de objetos e alimentos necessários para o dia). Mas, tem um

segredo, o qual será revelado somente no final da dinâmica que é: Os

participantes que disserem os objetos que não são iguais à letra inicial do seu

nome não poderão ir. Durante a dinâmica a professora irá dizendo quem poderá ir

ou não ao piquenique. Para encerrar será contado o segredo a todos.

No primeiro momento do encontro, começaremos com a apresentação

dos cursistas e também do professor PDE, que fará a exposição do projeto de

intervenção na escola e a finalidade do mesmo.

DINÂMICA DAS LETRAS: posteriormente será aplicada uma dinâmica

com o objetivo de promover uma reflexão sobre os sentimentos e pensamentos

relacionados à exclusão e a inclusão e a relação da dinâmica com os alunos

com necessidades educacionais especiais inclusos na sala de aula.

DINÂMICA DAS LETRAS

1º ENCONTRO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

SLIDES

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL – EVOLUÇÃO CONCEITUAL

https://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o

Page 53: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

História da Educação Especial: vamos conhecer a História da Educação

Especial seus percalços e avanços no decorrer dos períodos denominados

exclusão, segregação, integração e hoje à inclusão. Dentre as atividades

propostas para aprofundamento teórico haverá a projeção do conteúdo em

slides e, posteriormente, a de filmes para melhor ilustrar a dinâmica.

A partir do vídeo “História da educação especial – Evolução Conceitual”,

de autoria de Carlos Garcia Jr., serão destacados os seguintes aspectos dos

diferentes períodos históricos:

Exclusão: Idade Antiga e Antiga Grécia. As pessoas com deficiências

eram eliminadas ou abandonadas à própria sorte. O culto ao corpo

perfeito para a guerra, para a arte, para o esporte.

Segregação: Idade Média. As pessoas com deficiência passaram a

receber proteção por serem consideradas criaturas divinas ou tidos

como pecadores e possuídos pelos demônios. No séc. XVII eram

isoladas com precariedade de cuidados e ausência de atendimento.

Com o médico Jean-Jacques Rousseau veio o início das explicações

médico-científicas, e a ciência trancafia doentes mentais e deficientes em

distinção em hospitais psiquiátricos. Jean Itard é considerado o precursor da

Educação Especial, através da experiência com o Menino Selvagem e o marco

inicial das pesquisas nessa área. Inicia ações educacionais que possuem como

fundamento a aposta educativa e o desejo do sujeito.

Os primeiros atendimentos às pessoas com deficiência no Brasil

aconteceram na época do Império e se prolonga até o século XX e são

exemplos do período de segregação no país.

Page 54: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Imperial Instituto dos Meninos Cegos, criado em 1854

Instituto dos Surdos Mudos (1857)

Instituto Pestalozzi (1926) para atendimento de pessoas com DI e Sociedade Pestalozzi (1945) para atendimento às pessoas com superdotação.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE (1954)

Integração: As pessoas com necessidades educacionais

especiais estão na mesma instituição das ditas normais, mas em

grupos separados. Mesma escola salas diferentes.

Inclusão: Nos anos 90 grande marco na Educação Especial com

a Declaração Mundial de Educação para Todos (Tailândia –

1990), e a Declaração de Salamanca (Espanha – 1994) e com a

LDB no Brasil em 1996. Resultando finalmente a INCLUSÃO. A

educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e

pedagógica, que urge de um movimento em defesa do direito de

acesso de todos os alunos ao saber, sem nenhum modo de

discriminação. Essa educação inclusiva se funda num paradigma

educacional baseado na igualdade e na diferença como valores

indissociáveis.

Sondagem: A última atividade do encontro será a aplicação de um

questionário com o propósito de obter dados relevantes e os

conhecimentos dos mesmos a respeito dos temas: deficiência

intelectual, inclusão, flexibilização e adaptação curricular

(ANEXO I). Esses dados serão utilizados para avaliação do

conhecimento dos professores sobre esses temas e para

posterior avaliação do programa.

Page 55: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

3

Nesse encontro vamos estudar os documentos que dão base legal para

a inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais, para que se

possa compreender como a educação caminhou até a perspectiva inclusiva, é

necessário situar os marcos-históricos e normativos pelos quais a escola

brasileira passou ao longo do tempo.

Apresentação dos conteúdos: Para apresentação dos conteúdos

serão utilizados slides contextualizando os documentos que norteiam a

educação especial.

Conteúdos: serão discutidos os principais pontos de documentos

nacionais e internacionais.

Neste encontro vamos estudar os documentos que dão base legal para

a inclusão das pessoas com necessidades especiais, para que se possa

compreender como a educação caminhou até a perspectiva inclusiva, é

necessário situar os marcos-históricos e normativos pelos quais a escola

brasileira passou ao longo do tempo.

3 Imagem retirada de: http://www.canalkids.com.br/unicef/imagens/defic_fis_ment.gif

2º ENCONTRO

LEGISLAÇÃO

Page 56: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Constituição Federal – 1988

Considerada por muitos a constituição cidadã, uma vez

que garante o direito a uma educação inclusiva para as

crianças com necessidades especiais nos próprios

sistemas públicos educacionais com a “igualdade de

condições de acesso e permanência na escola” (art 206),

tendo como princípio o ensino e de que será ofertado

atendimento educacional especializado, preferencialmente

na rede regular de ensino (art. 208).

Conferência de Jomtien (Tailândia) –

1990

Este documento elaborado na Conferência Mundial sobre

Educação para Todos, que aconteceu na cidade de Jomtien,

na Tailândia, em 1990. A referida Declaração em que o Brasil

é signatário e se compromete a erradicar o analfabetismo e a

universalização do ensino básico para uma vida mais

igualitária e livre de injustiças sociais. Sendo considerado um

dos principais documentos mundiais sobre educação ao lado

da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração

de Salamanca de 1994.

Declaração de Salamanca – 1994

Documento elaborado na Conferência Mundial sobre educação

especial, em Salamanca na Espanha, (1994), com o objetivo

de fornecer diretrizes básicas para formulação e reforma de

políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento

de inclusão. A Declaração de Salamanca é considerada um

dos principais documentos mundiais que visam a inclusão

social

A Convenção da ONU“ sobre os

Direitos das Pessoas com

Deficiência

Incorporada à legislação brasileira em 2008. Após uma

atuação de liderança em seu processo de elaboração, o Brasil

decidiu, soberanamente, ratificá-la com equivalência de

emenda constitucional, nos termos previstos no Artigo 5º, § 3º

da Constituição brasileira, e, quando o fez, reconheceu um

instrumento que gera maior respeito aos Direitos Humanos”.

LDB – Leis de Diretrizes e Bases

9394/96, que em seu Artigo 59

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas,

recursos educativos e organização específica, para atender às

suas necessidades.

Lei Brasileira de inclusão – 2015

Designada a assegurar e a promover, em condições iguais, o

exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por

pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e o

exercício da cidadania.

Page 57: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

DINÂMICA - COMO CUMPRIR ORDENS

Processo

Distribua a todos os participantes uma cópia do texto abaixo e instrua para que cada participante leia tudo antes de fazer qualquer coisa. Após isso, determine para ter início.

Como cumprir ordens

Cumpra rapidamente as ordens abaixo: 01- Cumpra todas as ordens bem depressa. Depressa mesmo! 02- Leia tudo antes de fazer qualquer coisa. 03- Escreva seu nome completo acima do título desta folha. 04- Desenhe 2 pequenos quadrados no canto esquerdo superior desta folha. 05- Faça um "x" dentro de cada quadrado que você desenhou. 06- Passe um traço debaixo da 4ª letra do seu primeiro nome. 07- Diga em voz alta ao grupo, o seu primeiro nome. Agora !!! 08- Faça 3 pequenos furos neste papel, usando a ponta do lápis ou da caneta. 09- Diga em voz alta ao grupo: "Estou quase terminando". 10- Cumpra apenas as ordens números 1 e 2. 11- Você cumpriu apenas as ordens citadas no item anterior? Então escreva em qualquer lugar desta folha:

"SOU CRAQUE EM CUMPRIR ORDENS".

Assine: ____________________________________________________

Disponível em:

http://www.sato.adm.br/rh/dinamica_de_grupo_como_cumprir_ordens.htm

Para encerrarmos os encontros será realizada uma dinâmica com a

finalidade de perceber a disposição dos participantes em seguir regras.

Page 58: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Esse encontro foi organizado para discutir os aspectos relacionados à

deficiência intelectual. Para iniciar as discussões será exibido o filme: “Bem

vindos à Holanda”.

https://www.youtube.com/watch?v=X_UkIaz07J4

“Bem-vindo à Holanda

(Para pais Especiais)”

4

O vídeo “Bem-vindo à Holanda”, autoria de Emily Perl Knisley, 1987, nos

retrata o fato de dar à luz a uma criança com deficiência. Conta à experiência

de uma mãe que planeja uma inesquecível viagem para a Itália. Quando chega

o grande dia você arruma seus pertences, embarca, e ao aterrissar o avião

você depara-se com a Holanda e não a Itália. Sendo assim a pessoa se depara

com um susto, medo e se pergunta: Por que isso está acontecendo comigo?

Eu deveria estar na Itália, minha vida toda sonhei com isso. Mas houve uma

mudança de planos e agora você está na Holanda, o mais interessante é que

você não está num lugar desagradável, é apenas diferente do que você

sonhou. Agora terá que encontrar um novo caminho para a sua vida, em

primeiro lugar aceitar, amar, acreditar no potencial das pessoas com

deficiências, respeitando as diferenças existentes, valorizando suas

especificidades e potencialidades.

4 Imagem retirada de: http://www.panavision-tours.es/viajes/holanda-turismo/holanda-turismo.jpg

3º ENCONTRO

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Como proposta de reflexão sugere-se que os cursistas relatem experiências, que

aconteceram com pessoas próximas as suas famílias, amigos e outros, quais foram às

atitudes, como aprenderam a lidar com essas situações, e nesse momento propor reflexão

fortalecendo uma imagem positiva dos acontecimentos nas famílias onde nasce uma

pessoa com deficiência e, que a convivência com as diferenças proporcionará uma

bagagem maior de conhecimento.

Page 59: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Em seguida, a professora deixará um tempo para reflexões dos cursistas

e experiências vivenciadas na sua trajetória.

Após as reflexões a respeito do filme, será projetado, em slides,

conteúdos – Sobre deficiência intelectual, Processos de aprendizagem.

Os slides terão como início a contextualização histórica da educação

especial e sua trajetória, na sequência, o conceito de deficiência intelectual e

suas dimensões, (Dimensão I - Habilidades Intelectuais, Dimensão II -

Comportamento Adaptativo, Dimensão III - Participação, Interação e Papéis

Sociais, Dimensão IV – Saúde e Dimensão V – Contextos). Também serão

trabalhadas as características do desenvolvimento intelectual, como prevenir a

deficiência intelectual e também dicas para o professor trabalhar em sala de

aula.

Leitura do texto “A Escolarização de alunos com Deficiência Intelectual”,

proporcionando melhor compreensão do conteúdo estudado”.

Para finalizar esta atividade, os participantes farão duplas para realizar a

leitura do material, e após a leitura levarão a plenário suas opiniões e

comentários referentes ao tema estudado. Essa apostila foi elaborada por Édne

Aparecida Claser Makishima e Eliete Cristina Berti Zamproni, membros da

Secretaria de Estado da educação, Departamento de Educação Especial e

Inclusão Educacional (SEED/SEEIE).

O conteúdo deste material trata da deficiência intelectual em uma

perspectiva inclusiva. Avulta as dificuldades e limitações dos sujeitos com a

deficiência, mas também suas potencialidades, para possibilitar ao professor a

elaboração de um trabalho pedagógico que atenda às suas particularidades e

limitações.

LINK DO TEXTO

file:///C:/Users/free/Downloads/texto_form_a%C3%A7%C3%A3o_DI.pdf

Page 60: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Nesse quarto encontro faremos um estudo sobre a Psicologia Histórico-

Cultural – Vigotski, Desenvolvimento do Psiquismo (Funções Psicológicas

Elementares e Funções Psicológicas Superiores) e depois serão iniciadas as

Oficinas de adaptações curriculares.

Para esse encontro, será exibido o vídeo “Aprender a aprender”, nos

mostra um professor mediador que estimula o seu aluno para ter interesse e

persistência, superando dificuldades, para que consiga atingir seu objetivo

esperado.

.

Faremos um estudo sobre a Psicologia Histórico-Cultural – Vigotski,

Desenvolvimento do Psiquismo (Funções Psicológicas Elementares e Funções

Psicológicas Superiores).

A linha teórica por mim escolhida é a Psicologia Histórica Cultural, uma

vez que a abordagem histórico-cultural nos fornece uma visão de sujeito que

não se resume às incapacidades, mas aposta nas possibilidades. Desloca o

olhar, anteriormente voltado somente ao indivíduo e às suas próprias

condições individuais e internas de desenvolvimento, para o campo das

VÍDEO

“APRENDER A APRENDER”

https://www.youtube.com/watch?v=Gvs

EqthCTxU-

4º ENCONTRO

TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

VIGOTSKI

Após realizar análise do vídeo, possibilitar aos cursistas um tempo para fazer

apontamentos e anotações. O educador irá manifestar que o professor é de suma

importância para seu fazer pedagógico pode transformar e influenciar no processo de

construção do conhecimento do aluno, sendo um disseminador de ideias, valores,

conceitos que podem ser desenvolvidos em ambiente escolar e social.

Page 61: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

relações sociais nas quais ele está inserido. Portanto, preocupado com a

educação das pessoas com deficiência e sustentado pelo princípio de que todo

ser humano pode aprender, mesmo apresentando condições físicas, mentais,

sensoriais, neurológicas ou emocionais diferentes, Vigotski discute o processo

de desenvolvimento humano na perspectiva de que as leis de desenvolvimento

são as mesmas para todas as crianças. O ponto de partida para Vigotski era

compreender como se estabelece o nível de desenvolvimento da criança.

Assim, para explicar o processo de desenvolvimento, Vigotski faz uso do

conceito de nível de desenvolvimento atual e zona de desenvolvimento

próximo. Afirma que ao analisar o desenvolvimento de uma criança, é

necessário não se deter naquilo que já amadureceu, mas no que está em

processo de formação. O primeiro diz respeito aos problemas que a criança

resolve de forma independente, autônoma. O segundo, problemas que

soluciona com a colaboração do adulto ou de uma criança mais experiente.

A relação eu - outro, para Vigotski, é o fundamento da constituição

cultural do ser humano. É através da interação com outros que a criança

incorpora os instrumentos culturais. Caracteriza-se como um processo ativo, no

qual o sujeito se apropria do social de uma maneira particular, individual e parte

para a sua transformação, isto é, o sujeito ao mesmo tempo em que se integra

no social, se transforma. O texto Defectologia fala sobre o desenvolvimento de

crianças atribulado por um defeito, atestando que do defeito se origina

estímulos para a formação da compensação. Vigotski acredita que o defeito em

si não é negativo e assinala o fator social presente na relação defeito-

compensação, mostrando que as particularidades da criança com defeito têm

como centro o social, uma vez que essa criança não se vê como deficiente,

outrossim, é a sociedade que lhe coloca em uma posição social inferior.

Para encerramento do encontro, o professor refletirá com seus cursistas,

sobre a compreensão do papel da escola, o papel do professor e a mediação

professor com o aluno durante o processo de aprendizagem, após essas

discussões, será solicitado aos colegas professores que façam um registro por

escrito de suas conclusões.

LINK DO TEXTO A Defectologia de Vigotski e a educação da criança cega.

http://www.inta.com.br/biblioteca/images/pdf/1_a_%20defectologia_de_vigotski_e_a_educacao_da_crianca_cega.pdf

Page 62: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

No quinto encontro serão oportunizados aos professores, no primeiro

momento a definição de Adaptações Curriculares e como elas podem ser

realizadas para alunos com deficiência intelectual, nos pontos essenciais dos

objetivos e dos conteúdos. Refletir maneiras de adaptação de Objetivos e

Conteúdos que levem o aluno a realizar as atividades de maneira significativa

com interesse e persistência de acordo com suas necessidades e capacidades.

Inicialmente será utilizado o caso de “X”, um aluno do sexto ano que apresenta

dificuldade com relação à disciplina de Língua Portuguesa. Para isso, serão

realizadas duas etapas: a) apresentação em slides do conceito de adaptação

curricular, adaptação curricular de pequeno e de grande porte e b) oficinas

sobre adaptações de objetivos e conteúdos. Em seguida, será solicitado aos

professores reflexões, debates e possíveis intervenções e também sugestões

sobre o mesmo.

Conceitos referentes às Adaptações Curriculares

O que são Adaptações curriculares?

São respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema

educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre

estes, os que apresentam os que apresentam necessidades

educacionais especiais (BRASIL, 2000)

5º ENCONTRO

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

Page 63: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Quais os tipos de Adaptações curriculares?

Grande Porte (Adaptações Significativas)

Pequeno porte (Adaptações Não Significativas)

São ajustes cuja implementação depende de decisões e de ações técnico político administrativas superiores, que extrapolam a área de ação específica do professor e que são de competência de órgãos superiores da Administração Educacional Pública. No entanto a escola comum precisa promover modificações que tornem necessárias para atender as necessidades dos alunos.

É de responsabilidade da sociedade, representada nos Conselhos Municipais de Educação; das instâncias político-administrativas superiores, representadas principalmente pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, pela direção das unidades escolares e pelas equipes técnicas.

Não podemos realizar as adaptações de grande porte desnecessárias, especificamente as que envolvem supressão de conteúdos, eliminação de disciplinas, ou de áreas curriculares complexas. Sempre enfatizar que qualquer adaptação de grande porte, sirva sempre para melhor aproveitamento e enriquecimento da escolaridade do aluno. Não de empobrecer as expectativas educativas para o aluno, mas de permitir aos alunos com deficiência especiais o alcance de objetivos educacionais que sejam significativos, em ambiente inclusivo.

São modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus parceiros.

São denominadas de Pequeno porque sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra instância superior, nas áreas política, administrativa, e/ou técnica.

As categorias abaixo serão conceituadas a partir das Adaptações de

Pequeno Porte, que são de interesse para os nossos encontros:

De maneira geral, as Adaptações de Pequeno Porte e Adaptações de Grande

Porte podem ocorrer nas mesmas categorias, diferenciando-se principalmente no que se

refere à instância que por elas é responsável.

Page 64: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Categorias Descrição

AC5no Objetivo:

As adaptações dos objetivos consistem nos estímulos que pode ofertar

para que influenciem positivamente no alcance dos objetivos pedagógicos

propostos de modo que impulsionem a maturação das funções cognitivas,

bem como para a autonomia cotidiana ao desempenhar determinadas

ações.

AC no Conteúdo

A adaptação dos conteúdos é aliada aos objetivos propostos no plano de

ensino, assim, o professor tem liberdade para priorizar ou eliminar

conteúdos secundários, conforme a necessidade especial presente, sendo

possível ainda reformular as sequencia em que eles se seguem. Para isso,

é necessário que possibilidades de desenvolvimento, cautelosamente

estudados e compreendidos, sejam promovidas dentro dos espaços

escolares.

AC

na Metodologia

Se refere aos métodos e é um processo fundamental na atuação do

professor, tendo em vista que a internalização dos conteúdos ou dos novos

conceitos não acorrerá se o professor não atender às especificidades de

aprendizado de cada aluno, afinal, é imprescindível que sejam abordados,

além dos conteúdos programáticos, elementos como a identidade e

autonomia, a cooperação, atividades alternativas, estímulos motores,

propostas de aprendizagem baseadas na ludicidade e recursos materiais

diversificados que vão de encontro com as possibilidades da criança.

AC na Avaliação

Essa adaptação requer um olhar mais especifico ao que diz respeito à

adoção de técnicas e dos instrumentos utilizados, tendo em vista os limites

e possibilidades do aluno. Isso requer uma postura de comprometimento

quanto ao domínio das particularidades e das formas de se desenvolver e

de aprender de seu aluno, desse modo, quando pensar no processo

avaliativo, o professor deve refletir sobre as hipóteses e práticas mais

adequadas trará analises quanto ao progresso do aluno, paralelo ao plano

educativo.

AC

na

Temporalidade

Consistem no aumento ou diminuição do tempo previsto para o alcance

dos objetivos e conteúdos propostos ou mesmo para as realizações das

atividades. É válido lembrar que o ritmo de aprendizagem será muito mais

lento e que suas especificidades poderão dificultar o aprendizado de

conceitos e o desenvolvimento de habilidades, no entanto, quando este

processo é mediado por um bom profissional e que faça as adaptações

necessárias, muitos avanços são conquistados e mais qualidade de vida é

alcançada por estas crianças.

5 AC – Adaptações Curriculares

Page 65: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

1ª OFICINA

ADAPTAÇÃO CURRICULAR DO

OBJETIVO

Nessa oficina vamos refletir com os professores possíveis maneiras de

adaptação de objetivos que levem o aluno a realizar as atividades de maneira

significativa com interesse e persistência de acordo com suas necessidades e

capacidades. Inicialmente será utilizado o caso de “X”, um aluno do sexto ano

que apresenta dificuldade com relação à disciplina de Língua Portuguesa. Em

seguida, será solicitado aos professores reflexões, debates e possíveis

intervenções e também sugestões sobre o mesmo.

ATIVIDADES:

1. ESTUDO DE CASO

Será utilizado o caso de “X”, um aluno do sexto ano que apresenta

dificuldade na leitura e compreensão e interpretação de frases e pequenos.

Esse caso foi escolhido por permitir a reflexão sobre as possibilidades de

adaptação nos objetivos, com o propósito de levar o aluno a realizar as

atividades de maneira significativa com interesse e persistência de acordo com

suas necessidades e capacidades.

Estas adaptações se referem a ajustes que o professor pode fazer-nos objetivos

pedagógicos constantes de seu plano de ensino de forma a adequá-los às características

e condições do aluno com necessidades educacionais especiais. O professor pode

priorizar determinados objetivos para um aluno, caso essa seja a forma de atender às

suas necessidades educacionais.

Page 66: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Após a leitura do caso, será solicitado aos professores que reflitam

sobre o mesmo, colocando-se na posição do aluno, compreendendo suas

dificuldades e acreditando em suas potencialidades, e a partir desta reflexão

apresentem sugestões de adaptação de objetivos quanto ao conteúdo leitura.

A partir das respostas apresentadas pelos docentes, a professora

apresentará algumas sugestões referentes aos aspectos não analisados pelos

cursistas, estimulando-os a ter uma visão do caso como um todo;

SUGESTÕES PARA REFLEXÃO:

Realizar atividades que explorem o relacionamento entre colegas, entre

professor e aluno, evidenciando as relações interpessoais, de maneira a

estimular e melhorar a confiança e a autoestima deste aluno;

Exploração de atividades lúdicas, que despertem o interesse do aluno

para esta disciplina, como por exemplo: bingo, jogo da memória, lince,

jogos intelectivos, uso de jogos educativos no computador, gincanas,

dominó de palavras, quebra-cabeça (frases fatiadas) entre outros;

Encaminhamento de atividades que envolvam o cotidiano do aluno,

como por exemplo: lista de mercado, bilhetes, notícias, placas,

CASO “X”:

“De acordo com as observações realizadas pela pesquisadora em sala de aula e nos documentos escolares, “X” apresenta Deficiência Intelectual, e não demonstra interesse pelas atividades realizadas na disciplina de Língua Portuguesa do sexto ano, bem como apresenta certa indisciplina durante estas aulas. No processo de leitura e escrita, o mesmo encontra-se semialfabetizado, realizando leitura incidental, leitura e interpretação de palavras simples e algumas complexas e escrita de pequenos textos “bilhetes de uma frase só” como, por exemplo: “Fui mercado”. Ao deparar-se com palavras complexas, frases ou textos, o mesmo fica arredio, desiste sem ao menos tentar realizar a atividade proposta, dizendo que não sabe fazer e passa a fazer brincadeiras com os colegas desviando a atenção dos mesmos.”

Page 67: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

atividades bancárias e comerciais em geral, rótulos, etc., fazendo o

aluno perceber que a Língua Portuguesa faz parte de sua vida;

Realização de textos curtos como: lendas, parlendas, piadas, tirinhas,

trava-línguas, fábulas, notícias e posterior interpretação dos mesmos,

através de desenhos, debate, dramatizações, etc.;

Listagem de palavras com as dificuldades apresentadas pelo aluno:

Pesquisa em dicionário sobe o sinônimo das palavras;

Estudar a sonoridade das palavras complexas através de completar com

a letra que falta, cruzadinhas, caça-palavras, ditado relâmpago, etc.;

Atividades em grupos: Apresentar pequenos textos com situações

problemas do cotidiano, de forma que em grupo os alunos apresentem

uma resolução para a situação apresentada.

2. DINÂMICA:

Nesse segundo momento da oficina, será organizada uma dinâmica de

grupo com os professores, de maneira que os mesmos percebam as

dificuldades de seus alunos.

Ao final da oficina será solicitado aos cursistas que falem da impressão

referente à experiência vivenciada nesse primeiro encontro.

DINÂMICA DO TANGRAM

Cada professor deverá montar um quadrado com as peças do tangran. Para

aqueles que não conseguirem será solicitado que montem uma figura simples do

tangran, como por exemplo, barquinho, casa, boneco ou outros símbolos.

Reflexão: Frente a dificuldades de alguns, na primeira tentativa, discutir sobre a

necessidade de compreender os alunos e apresentar as atividades em grau de

dificuldade do menor para o maior.

Page 68: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

2ª OFICINA

ADAPTAÇÃO CURRICULAR DO CONTEÚDO 6

Nessa segunda oficina será realizada uma reflexão sobre como a

escola, a equipe pedagógica e o professor podem realizar as adaptações dos

conteúdos curriculares para o aluno que apresenta deficiência intelectual.

Antes de iniciar as atividades será retomado o conceito de adaptação

curricular de conteúdo:

ATIVIDADES:

1) ESTUDO SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS:

Esta atividade objetiva discutir a importância da inserção dos gêneros

textuais, no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua

Portuguesa do sexto ano. A princípio a atividade será estudar com os

professores o conteúdo: Gêneros Textuais, analisando os aspectos básicos

deste conteúdo de maneira que o mesmo possa fazer frente ao interesse do

aluno. Esta atividade objetiva discutir a importância da inserção dos gêneros

textuais no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa do sexto

ano, uma vez que acreditamos que os mesmos possam, se bem trabalhados,

colaborar, significativamente, no desenvolvimento da aprendizagem da leitura e

escrita dos educandos em situações de vida cotidiana.

6 Imagem retirada de: http://psicoenvolver.com.br/wp-content/uploads/2016/07/livros.jpg

Os tipos de adaptação de conteúdo podem ser a priorização de

tipos de conteúdos, a priorização de áreas ou unidades de conteúdos,

a reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda, a eliminação de

conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para

os objetivos educacionais.

Page 69: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

2) ELABORANDO UM PLANO DE ENSINO:

Será proposto aos professores que, em pequenos grupos, organizem um

plano de aula adaptada àquele aluno que apresenta deficiência Intelectual.

A partir dos planos apresentados pelos cursistas, novamente a

professora demonstrará através de exemplos práticos como estas adaptações

podem ser realizadas.

Exemplos de adaptações:

Criação coletiva (professor, alunos e família) de um ambiente efetivo de

leitura na sala de aula, o famoso “cantinho da leitura” que possibilite o

acesso a diferentes textos, promovendo momentos divertidos de leitura,

dando o acesso a diferentes tipos de textos, como: jornais, revistas,

livros, gibis, dicionários etc.

A partir da exploração dos materiais conseguidos a professora estimula

o aluno a explorar os materiais que ele mesmo ajudou a conseguir;

Para finalizar os educadores podem assistir o vídeo de Rubem Alves “A

escola ideal, o papel do professor”. O vídeo traz uma excelente reflexão do que

e como ensinar o aluno, provocando espanto ao aluno.

O grupo de professores deve compreender que os tipos de

adaptações de conteúdo podem ser organizados a partir de

uma reformulação da sequência dos conteúdos abordados,

ou, ainda, da eliminação de alguns conteúdos secundários, ou

seja, dando ênfase ao que é realmente relevante que o aluno

aprenda, sempre acompanhando as adaptações propostas

para os objetivos educacionais desse educando.

LINK DO TEXTO:

https://www.youtube.com/watch?v=qjyNv42g2XU

Page 70: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

3º OFICINA

ADAPTAÇÃO CURRICULAR NA METODOLOGIA

Essa terceira oficina reportará aos estudos acerca das adaptações na

metodologia em sala de aula, voltadas para as necessidades e capacidades do

aluno com deficiência intelectual. Refletir junto aos professores como a

professora do aluno especial (caso a ser apresentado) pode e deve adequar a

metodologia de trabalho para oportunizar a esse aluno o sucesso na execução

das atividades e aprendizagem efetiva. Serão realizadas 3atividades; a)

Inicialmente será apresentado o caso da professora “Y” que apresenta uma

atividade sobre gêneros textuais e os professores vão analisar quais

modificações poderão ser realizadas na metodologia apresentada pela

professora, apontando caminhos mais significativos para os alunos. b) Reflexão

da imagem da tirinha. c) “assistirão ao filme “Como estrelas na Terra”, toda a

criança é especial”.

Antes de iniciar as atividades será retomado o conceito de adaptação

curricular de Metodologia:

6º ENCONTRO

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade,

um procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já

que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não atender ao jeito que

cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as

estratégias que melhor respondam às características e às necessidades

peculiares a cada aluno.

Page 71: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

ATIVIDADES:

1. ESTUDO DE CASO

Será apresentado o caso da professora “Y” que apresenta uma atividade

sobre gêneros textuais e os professores deverão analisar quais modificações

poderão ser realizadas na metodologia apresentada pela professora,

apontando caminhos mais significativos para os alunos.

Após a leitura desta situação, os professores serão desafiados a refletir

sobre o plano de aula da Professora Y, analisando os elementos ela utilizou em

sua aula e a proporem , em duplas, uma aula sobre gêneros textuais,

enfatizando a metodologia diferenciada que abarque todas as diferenças em

sala de aula, ou seja, que as metodologias alcancem os alunos que aprendem

com maior facilidade ouvindo, vendo imagens, ou movendo-se etc.

Depois que os professores apresentarem suas propostas de

encaminhamentos metodológicos, serão apresentado as seguintes sugestões

para a reflexão em grupo:

Dividir a turma em pequenos grupos e cada grupo vai receber um tipo de

texto;

Cada grupo vai apresentar o seu texto utilizando uma linguagem

diferente (música, paródia, jogral, dramatização etc.)

CASO PROFESSORA “Y”

“A professora adentra a sala de aula e dá uma explicação oral com exemplos no quadro negro sobre os diferentes gêneros textuais. Após isso, aponta o livro didático e pede que os alunos resolvam os exercícios da página que apresenta este conteúdo. Caso tenham dificuldade ela orienta que os alunos a chamem na carteira. A professora então senta-se à sua carteira e passa a corrigir provas.”

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Depois a turma toda vai analisar os diferentes tipos de textos, refletir

sobre quais gostaram mais, quais são mais difíceis ou mais fáceis;

A partir dessa experiência a professora introduz o conteúdo Gêneros

Textuais através de explanação oral apoiada com imagens, áudios e

vídeos;

Depois é que a professora vai apontar as atividades do livro didático,

pedindo que os alunos resolvam as atividades em duplas;

O importante é que o aluno com deficiência possa abstrair deste

conteúdo, o básico, ou seja, aquilo que é mais relevante no mesmo. A

atividade em grupo neste caso pode favorecer a aprendizagem deste aluno

que tem contato com diferentes níveis de aprendizagem de seus colegas.

2. PARA REFLETIR

Finalizando essa atividade, os educadores devem analisar e debater o

gênero textual: Tirinha de CHARLES SCHULZ, onde aborda o respeito às

diferenças, características, facilidades, qualidades, potencialidades e

especificidades dos personagens. O objetivo é levar os professores

respeitarem à diversidade de interesse postos por seus alunos. Aproveitando

suas preferências para serem desenvolvidos assuntos significativos alusivos a

disciplina trabalhada, e assim facilitar a aprendizagem, uma vez que a atividade

proposta é de interesse do educando.

Para finalizar os participantes assistirão ao filme “Como estrelas na

Terra”, toda a criança é especial. É uma história de um menino que apresenta

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Dislexia, estuda numa escola normal, com o despreparo dos professores sofre

discriminação na escola e também da família. A vida desse menino modificou,

após entrar um professor que percebeu as necessidades especiais do aluno,

propôs mudanças de metodologia e acreditou no seu potencial, resultando em

progressos significativos. Após realizar um debate e formas de intervenções

com os professores.

7

7 Imagem retirada de: https://educandoemcasa.files.wordpress.com/2013/01/como-uma-estrela-2.png

LINK DO FILME

https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4

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8

4º OFICINA

ADAPTAÇÃO CURRICULAR NA

TEMPORALIDADE

9

Nessa quarta oficina, será discutida a adequação curricular de

temporalidade para a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual,

favorecendo a percepção que as diferenças de aprendizagem também passam

pelo tempo que cada um tem para abstrair o significado dos conteúdos e

objetivos de ensino.

Antes de iniciar as atividades será retomado o conceito de adaptação

curricular de temporalidade.

8 http://www.patriciajacob.com.br/wp-content/uploads/2016/07/tempo-1.jpg

As adequações curriculares referentes à temporalidade referem-se

à organização de períodos definidos (aumento ou diminuição) para

o desenvolvimento das atividades previstas e na aprendizagem do

conteúdo abordado, ou seja, propõe a previsão de tempo

diversificada para desenvolver os diferentes elementos do currículo

na sala de aula por aquele aluno que apresenta a deficiência

intelectual, este, precisará de um tempo maior que o previsto para

os demais alunos.

7º ENCONTRO

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

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ATIVIDADES:

1) DISCUSSÃO DA FIGURA DA AMPULHETA:

10

Essa imagem propõe que a previsão de tempo para desenvolver os

diferentes elementos do currículo na sala de aula seja diversificada, ou seja, o

aluno com deficiência intelectual, na maioria das vezes precisará de um tempo

maior que o previsto para os demais alunos.

2) CONFECÇÃO DE CARTAZES:

Após a discussão a respeito da imagem, o grupo de participantes deve

apontar, em formato de cartaz, quais as maneiras de organizar o tempo

diferenciado das atividades para o aluno com deficiência intelectual.

Após a plenária com a apresentação dos cartazes, a professora poderá

ampliar as ideias não abordadas nos cartazes, como por exemplo:

O aluno com deficiência pode realizar menor numero de atividades

(aquelas mais relevantes) no mesmo tempo que os outros alunos

realizam todas as atividades;

Levar as atividades para concluir em casa com o auxílio da família (o

que exige uma maior aproximação e sensibilização da família para a

importância destas atividades serem resolvidas em casa);

Explorar as aulas de contra turno (Sala de Recursos Multifuncional) para

a conclusão de algumas atividades, tomando o cuidado para que isso

não se torne rotina, uma vez que as salas de recurso tem seu próprio

cronograma de trabalho;

10

Imagem retirada de: http://saude-joni.blogspot.com.br/2012/03/menor-fracao-de-tempo-possivel.html

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Utilizar-se de alunos líderes de turma para auxiliarem o aluno com

deficiência na resolução das atividades;

Oportunizar o acesso a computadores para a resolução de algumas

atividades.

Ao final deste encontro, os cursistas irão assistir e debater o vídeo: “Quando a

escola era de Vidro” – que é a adaptação do texto de Ruth Rocha. Trata-se de

uma reflexão sobre o papel da escola e a não preocupação com as

individualidades de cada aluno.

5º OFICINA

ADAPTAÇÃO CURRICULAR NA 11

AVALIAÇÃO 12

Na quinta oficina, serão discutidos junto aos cursistas como será feita a

avaliação do aluno com deficiência intelectual e que aspectos devem ser

relevantes neste processo.

Antes de iniciar as oficinas será relembrado o conceito de avaliação.

11

Imagem retirada de: http://sgconsult.com.br/wp-content/uploads/2013/08/training_results.png

LINK DO TEXTO:

https://www.youtube.com/watch?v=V3Hvy85Rxbg

Outra categoria de ajuste que pode se mostrar necessária para atender a

necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação do processo de

avaliação, seja por meio da modificação de técnicas, como dos instrumentos

utilizados. Alguns exemplos desses ajustes: utilizar diferentes procedimentos de

avaliação, adaptando-os aos diferentes estilos possibilidades de expressão dos

alunos.

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ATIVIDADES:

1) EXIBIÇÃO DE VÍDEO: “Avaliação Escolar EMIP”

Para iniciar as discussões os participantes irão assistir ao vídeo que

aponta que o aspecto principal da avaliação não é aterrorizar, mas valorizar o

progresso alcançado, intervir no momento certo e dar acesso as informações

necessárias. Isso oportuniza ao aluno a corrigir seus próprios erros e garantir

novas oportunidades de aprendizagem.

2) ANALISANDO AS ADAPTAÇÕES DA AVALIAÇÃO:

Após debate sobre o vídeo os educadores em duplas irão apontar como

realizam a avaliação em suas aulas, demonstrando ou relatando como se dá o

processo no grande grupo de alunos da sala de aula e quais adaptações

organiza ou não para o aluno com deficiência intelectual. Em seguida, será

levantado alguns apontamentos que podem enriquecer o processo avaliativo

deste aluno, ou seja, o professor precisa analisar:

Se ele compreende e participa das atividades propostas em sala de aula;

Se ele apresenta persistência no cumprimento das atividades;

Qual é o ritmo de sua aprendizagem diante das mais diversas

metodologias utilizadas, ou seja, como ele aprende melhor;

Se o aluno se apresenta motivado para realizar as atividades;

Se ele necessita de recursos adicionais, como por exemplo, o auxílio de

materiais concretos ou a participação de colegas para resolver o que lhe foi

proposto;

À interação com os colegas, professores e outros profissionais dentro e

fora de sala de aula;

Como é a relação da família com a escola;

Quais são as suas atividades ou áreas preferidas;

O que apresenta facilidade e o que tende a evitar para resolver.

LINK DO VÍDEO:

https://www.youtube.com/watch?v=bQWBFz7NhE0

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Estes são apenas alguns apontamentos que podem auxiliar o professor a

compreender como o aluno aprende, e quais as variáveis (além da deficiência)

que influenciam positiva ou negativamente em seu processo de

aprendizagem e como o professor pode auxiliar este aluno a ter acesso ao

conhecimento curricular.

3) DINÂMICA DA BALA

Para finalizar, a professora realizará a dinâmica da bala

Reflexão a partir da dinâmica: contribuir para o entendimento que o

professor sozinho não conseguirá realizar um bom trabalho, mas sim que com

o trabalho em equipe o aluno com deficiência poderá ser mais bem ajudado e

beneficiado com a escola. Para isso, toda a comunidade escolar deverá se

envolver: professor especialista e professores do ensino comum, alunos,

equipe pedagógica, equipe administrativa e gestora e a família dos alunos,

além do auxílio de outros profissionais de acordo com as possibilidades da

escola, como por exemplo: psicólogo, psiquiatra, assistente social,

fisioterapeuta, neurologista, fonoaudiólogo etc.

Cada um receberá uma bala e tentará abri-la no menor tempo possível

usando apenas uma mão (a mão contrária à sua lateralidade). Depois a

professora pede que juntem-se em duplas para abrir as balas, logo

perceberão que é muito mais fácil em duas pessoas.

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Como encerramento do oitavo encontro, será realizada a avaliação do

curso, por intermédio de questionário (ANEXO II) com todos os participantes do

projeto . Em seguida uma dinâmica do presente, valorizando e respeitando as

especificidades dos integrantes do grupo e para finalizar uma confraternização

de agradecimentos pelo empenho e compartilhamento de experiências com

seus pares.

ATIVIDADES:

1) AVALIAÇÃO DO CURSO:

Os professores responderão um questionário (ANEXO II) para que o

professor consiga avaliar os resultados do curso para a sua prática.

2) DINÂMICA: O PRESENTE

Em seguida será realizada a dinâmica do presente, que tem por objetivo,

valorizar e respeitar as especificidades de cada integrante do grupo. E para

encerrar, haverá uma confraternização de agradecimentos pela participação,

cooperação e amor ao próximo, que é nosso aluno com necessidades

especiais.

8º ENCONTRO

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

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DINÂMICA DO PRESENTE

Para encerrarmos os encontros agradeço a participação de todos e hoje

vou iniciar dando um presente para uma pessoa muito especial que tem um

talento que a destaca neste grupo, e todos sabemos, um talento ou competência

é algo que deve ser valorizado para que seja desenvolvido e sirva de exemplo

para todos, afinal cada um de nós temos nossas particularidades, algo que nos

torna únicos, no entanto recebemos os dons da inteligência e da observação e

através deles podemos aprender com nossos colegas e desenvolver novas

competências que agregarão valores tanto na vida pessoal quanto profissional.

Neste momento o coordenador da atividade chama o primeiro participante

e dá inicio a brincadeira.

1. PARABÉNS, (nome da pessoa) - Você foi escolhido (a) para receber

esse presente que simboliza a confraternização, a união deste grupo a qual

ampliaremos ainda mais destacando as qualidades de cada um dos participantes.

No entanto esse presente não será só seu, olhe em volta, observe seus colegas,

veja entre eles aquele quem mais organizado e dê a ele(a) este presente. Neste

momento o professor passa a caixa para a pessoa com o texto que caracteriza

uma pessoa organizada e assim sucessivamente: Feliz, Simpática, Otimista,

Honesta, Criativa e outras qualidades que representam o grupo). O último que

receber a caixa, encerra a dinâmica distribui a todos a surpresa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, G. P. Neurociência e sequencia didática Para a Educação Infantil. Livraria Click Books Ltda: Ribeirão Preto, 2012. ARANHA, M.S.F. Formando Educadores para a Escola Inclusiva. 2002. disponível em: www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/feei/teimp.htm - acesso em 25 nov. 2016. BEAR, M. F. CONNORS, B. W. PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artemed, 2006. BLANCO, R. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J.A. (org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. Porto Alegre: Artmed editora, 2004. BRASIL, Avaliação para a identificação das necessidades educacionais especiais. Secretaria de Ed. Especial. Brasília: MEC/ SEESP, 2002 ______, Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial –MEC/SEESP, 2001. ______, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nova LDB (Lei n. 9.394). Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1997. BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CBE 2/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de setembro de 2001 – Seção 1E, p. 39-40. ______, Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. - Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998. CUNHA, M. L. A, Faculdades INTA; CUNHA, N. V. S. Universidade Estadual do Ceará – UECE; SILVA, N. A. – Federal do Ceará – UFC.Defectologia de Vigotski e a educação da criança cega. The defectologyVigotskiandeducationofchildren’sblind. Revista Formar Interdisciplinar, Sobral v.1, n.2, p. 6-11, Jan - jun. 2013. Disponível em: http://www.inta.com.br/biblioteca/images/pdf/1_a_%20defectologia_de_vigotski_e_a_educacao_da_crianca_cega.pdf. Acesso em 14 set. 2016. MANTOAN, M.T.E. Abrindo as Escolas ás Diferenças. In: MANTOAN, M.T.E. (org.) Pensando e Fazendo Educação de Qualidade. São Paulo: Moderna, 2001. (Educação em pauta – Escola & Democracia) 109-128 MAKISHIMA, E. A. C; ZAMPRONI E. C. B. – Deficiência Intelectual – SEED, DEEIN – 2012, Disponível em: file:///C:/Users/free/Downloads/texto_form_a%C3%A7%C3%A3o_DI.pdf Acesso 15 nov. 2016.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC/SEESP. Projeto escola viva. Adaptações Curriculares de Grande Porte e Adaptações Curriculares de Pequeno Porte. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2000. PERRENOUD, P. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed, 2001. SÁ, E. D. Verbete adaptações curriculares. Disponível em www.acessibilidade.net>. Acesso em: 25 nov. 2016. VGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. LINKS DOS TEXTOS: Escola Viva, Adaptações Curriculares de Grande Porte, MEC; SEESP, disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000448.pdf Escola Viva, Adaptações Curriculares de Pequeno Porte, MEC; SEESP, disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000449.pdf Dinâmica: Como cumprir ordens: http://www.sato.adm.br/rh/dinamica_de_grupo_como_cumprir_ordens.htm LINKS DE IMAGENS: Imagem da lei:http://www.canalkids.com.br/unicef/imagens/defic_fis_ment.gif Imagem Holanda: http://www.panavision-tours.es/viajes/holanda-turismo/holanda-turismo.jpg Imagem filme: http://acontecendoaqui.com.br/wp-content/uploads/2013/07/rolo-de-filme.png Imagem de um livro: http://psicoenvolver.com.br/wp-content/uploads/2016/07/livros.jpg Imagem livros: http://www.pintarcolorir.com.br/wp-content/uploads/2012/11/foto-livros.gif Tirinha Peanuts, disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-7Q-IDlLySHA/T-ph99HxshI/AAAAAAAABe0/ciQc7tm-zMA/s1600/tirinha-livro-2.jpg Imagem do filme “Como estrelas na Terra”, disponível em: https://educandoemcasa.files.wordpress.com/2013/01/como-uma-estrela-2.png Imagem relógios: http://www.patriciajacob.com.br/wp-content/uploads/2016/07/tempo-1.jpg Imagem ampulheta: http://saude-joni.blogspot.com.br/2012/03/menor-fracao-de-tempo-possivel.html

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Imagem caretas: http://sgconsult.com.br/wp-content/uploads/2013/08/training_results.png

Imagem presente: http://publicdomainvectors.org/photos/1280652084.png LINKS DE VÍDEOS: Aprender a aprender: https://www.youtube.com/watch?v=GvsEqthCTxU- Bem vindo à Holanda: https://www.youtube.com/watch?v=X_UkIaz07J4 Filme “Como estrelas na Terra”: https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4 História da Educação Especial: https://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o Vídeo de Rubem Alves: https://www.youtube.com/watch?v=qjyNv42g2XU Vídeo da Escola de Vidro: https://www.youtube.com/watch?v=V3Hvy85Rxbg Vídeo sobre Avaliação: https://www.youtube.com/watch?v=bQWBFz7NhE0

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ANEXO I

Olá, sou a professora Suzana Aparecida Pereira, trabalho no Colégio

Estadual José de Anchieta - EFM, e neste ano de 2016 estou participando do

PDE. Meu Projeto de Intervenção Pedagógica tem como título “Adaptações e

Flexibilizações Curriculares na Disciplina de Língua Portuguesa para

alunos com Deficiência Intelectual”.

É de extrema importancia que as questões referente ao projeto, sejam

respondidas de forma transparente, expondo as reais dificuldades perante a

inclusão dos alunos com deficiência intelectual, que estão inseridos nas

escolas do ensino comum. Sua contribuição será relevante para a organização

do Grupo de Estudo que pretendo realizar no ano de 2017, certifcado pela

UNIOESTE, com orientação da Profª Doutora Margarette Matesco Rocha.

Para melhor avaliarmos o Programa de Intervenção, é importante

conhecermos os participantes. Sendo assim se faz necessário preenchimento

de seus dados pessoais.

- Qual seu tempo de formação e magistério ?___________________________

- Sexo: F ( ) M ( ) Idade: ___________________________________

-Números de alunos que apresentem Deficiência Intelectual que você já

atendeu ou atende? ( ) alunos.

- Tem formação em Educação Especial? Sim ( ) Não ( )

1) O que você pensa sobre a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual no

Ensino comum?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2) Diante do processo de inclusão, você se sente preparado(a) para atender os

alunos com deficiência intelectual de modo a atentar para as suas

necessidades educacionais especiais? Por quê?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Justifique sua resposta: ______________________________________________________________________________________________________________________________

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3) Na sua graduação foi contemplado a disciplina de “Educação Especial”?

( ) Sim ( ) Não Quais deficiências?

_______________________________________________________________

4) O que significa para você adaptação e flexibilização curricular?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5) Em relação a inclusão cabe aos professores realizar as adaptações

curriculares, das adaptações abaixo relacionadas, quais você realiza?

( ) Objetivo ( ) Conteúdo ( ) Metodologia

( ) Avaliação ( ) Temporalidade ( ) Nenhuma

6) Dentre as adaptações descritas na questão anterior, qual delas você

considera mais difícil ou se sente menos preparado(a) para realizar? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7) Você concorda que é necessário a adaptação curricular para alunos com

Deficiência Intelectual?

( ) concordo totalmente ( ) concordo parcialmente

( ) discordo totalmente ( ) discordo parcialmente

8) Na sua opinião quais são os maiores desafios para elaborar e implementar

as adaptações curriculares na sala de aula?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9) Quais as contribuições que um curso de formação com enfoque nas

adaptações curriculares poderá ter para a sua prática?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10) O que você supõe que se faz necessário para que ocorram resultados mais

significativos no processo de inclusão de alunos com deficiência intelectual no

ensino

comum?________________________________________________________

_______________________________________________________________

Obrigada pela sua participação!!

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ANEXO II

PROJETO DE INTERVENÇÃO PDE 2016/2017

QUESTIONÁRIO FINAL

Ao término da formação é importante a sua contribuição respondendo as

questões abaixo, avaliando a capacitação.

1)Você acredita que seja possível a aprendizagem na disciplina de Língua

Portuguesa, de alunos que apresentam deficiência intelectual? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2)Das adaptações curriculares de pequeno porte estudadas, qual(is) você

ainda considera difícil de realizar?

( )Objetivo ( )Conteúdo ( )Metodologia ( )Avaliação ( )Tempo

Por quê?

_______________________________________________________________

3)Como você professor poderá realizar as adaptações curriculares de pequeno

porte em sua disciplina?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4)De que forma a comunidade escolar poderia se organizar para melhor

atender os alunos com deficiência intelectual nela inseridos?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5)O curso de formação atendeu as suas expectativas? Na sua opinião, poderia

ser realizado de outra forma?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Obrigada pela participação!!

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA – PDE2016/2017

Título: Formação de professores de Matemática para a Adaptação Curricular de

alunos com Deficiência Intelectual inclusos no ensino comum.

Autores Izaura Maria Ceolato

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e

sua localização:

Colégio Estadual de Dois Vizinhos Ensino Fundamental e Médio e Profissional

Município da escola Dois Vizinhos

Núcleo Regional de Educação: Dois Vizinhos

Professor-Orientador: Drª Margarette Matesco Rocha

Instituição de Ensino Superior: Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Francisco Beltrão

Resumo

Esta Unidade Didática tem como objetivo

abordar as adaptações curriculares com os

professores da disciplina de Matemática

que atendam alunos com deficiência

intelectual no ensino comum. Nessa

formação serão abordados os pontos

essenciais do currículo, sendo eles: o

objetivo, conteúdo, metodologia, avaliações

e temporalidade com estudos teóricos e

atividades práticas e, ainda, aspectos da

Educação Especial. Serão realizados oito

encontros de quatro horas cada, totalizando

32 horas de formação. Espera-se que essa

formação possa contribuir de forma

significativa nas mudanças pedagógicas

dos professores do ensino comum e para

que de fato ocorra uma educação inclusiva

em todos os espaços da escola. É

imprescindível que superemos a questão

das flexibilizações e adaptações

curriculares para que desta maneira os

alunos com necessidades educacionais

especiais tenham acesso ao conhecimento

elaborado.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Formação de professores de Matemática; Adaptação Curricular; Deficiência Intelectual.

Formato do Material Didático Caderno Temático

Público Alvo Professores da disciplina de Matemática do ensino comum que atendam alunos com deficiência intelectual.

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UNIDADE 3

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

PARA A DISCIPLINA DE

MATEMÁTICA

Izaura Maria Ceolato

Apresentação

A inclusão possibilitou o acesso de alunos com deficiência intelectual no

ensino comum, porém ainda não acontece em sua totalidade, por diversos

fatores. O fato é e que temos alunos com

deficiências em nossas salas de aulas e cabe

a nós educadores inseri-los no ensino comum

de forma a contribuir com seu

desenvolvimento intelectual, social e afetivo.

Para isso é urgente que busquemos formação adequada e fundamentada para

aperfeiçoar nossas práticas pedagógicas contemplando as necessidades

educacionais especiais dos alunos com deficiência intelectual.

Em se tratando da disciplina de matemática onde envolve

abstração, raciocínio, concentração e conhecimento prévio dos conteúdos, e o

sujeito por sua vez comprometimento significativo nessas áreas fazendo com

que este tenha defasagem no decorrer de sua vida escolar o que de certa

forma acaba comprometendo ainda mais sua compreensão e assimilação dos

conteúdos apresentados.

Para Felisberto e Lopes (2008), por muito tempo os obstáculos

produzidos por algumas disciplinas escolares tem vedado algumas áreas do

conhecimento de exercer a função de inserir o indivíduo no mundo letrado, e a

Matemática é uma destas.

Segundo Smole e Diniz (2001), existe uma singularidade, um padrão

próprio na escrita matemática que faz dela uma combinação de sinais, letras e

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palavras que se estabelecem segundo certas regras para explicitar ideias.

Além dos termos e sinais próprios, encontra-se na linguagem matemática uma

sistematização de escrita nem sempre equivalente àquela que encontramos

nos textos de língua materna, o que exige uma maneira particular de leitura.

[...] os alunos devem aprender a ler matemática a ler para aprender matemática durante as aulas dessa disciplina, pois para interpretar um texto matemático, o leitor precisa familiarizar-se com a linguagem e os símbolos próprios desse componente curricular, encontrando sentido no que lê, compreendendo o significado das formas escritas que são inerentes ao texto matemático, percebendo como ele se articula e expressa conhecimentos. (SMOLE; DINIZ, 2001, p. 71).

Para isso se faz necessário que o professor se utilize de estratégias e

metodologia que possibilitem ao aluno esse conhecimento de forma mais

elaborada, para que ele se familiarize com as particularidades dessa disciplina.

[...] formar um leitor não é uma tarefa simples e envolve uma série de processos cognitivos, e por que não dizer afetivos e sociais, que permitirão uma aprendizagem mais ou menos significativa, dependendo de quanto o professor valorize as leituras nas aulas de matemática. (SMOLE; DINIZ 2001, p. 71).

É extremamente importante o fazer pedagógico do professor e

sua atuação em sala de aula, uma vez que tem papel fundamental na vida

escolar de seus alunos. Estratégias que proporcionem aos alunos mais acesso

ao conhecimento, o dinamismo e compromisso do professor em suas práticas

pedagógicas é imprescindível.

Para Smole e Diniz (2001), é fundamental criar uma rotina de leitura que

articule momentos de leitura individual, oral, silenciosa ou compartilhada de

maneira que nas aulas de matemática, os alunos confrontem-se com situações

efetivas e variadas de leitura. Os textos a serem lidos devem ser diversificados

e adequados aos objetivos que o professor pretende atingir, problemas, textos

de livros variados, textos de jornais, regras de jogos, etc., com a finalidade que

seja uma leitura significativa para os alunos, correspondendo a um propósito

que eles compreendam.

A dificuldade que os alunos encontram em ler e compreender textos de problemas está, entre outros fatores, ligada à ausência de um trabalho específico com o texto do problema. O estilo no qual os

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problemas de matemática geralmente são escritos, a falta de compreensão de um conceito envolvido no problema, o uso de termos específicos da matemática que, portanto, não fazem parte do cotidiano do aluno e até mesmo palavras que têm significados diferentes na matemática e fora dela – total, diferença, ímpar, média, volume, produto – podem constitui-se em obstáculo para que ocorra a compreensão. (SMOLE; DINIZ, 2001, p. 72).

Desta maneira o professor pode valer-se de metodologias e materiais

alternativos para que os alunos compreendam e se familiarizem com os

conceitos trabalhados. Sejam com jogos, tabelas, dramatizações, jograis etc.

Smole e Diniz (2001) nos dizem que as precauções com a leitura que o

professor faz do problema, precauções em propor tarefas específicas de

interpretação do texto de problemas, em suma, um projeto de intervenções

didáticas designadas exclusivamente a levar os alunos a lerem problemas de

matemática com autonomia e entendimento.

Um trabalho de forma efetiva proporcionará um grande avanço no

âmbito escolar, social e afetivo e em todos os espaços onde o aluno está

inserido. Sendo assim, é necessário uma formação de qualidade dos

professores, para garantir conhecimento e segurança no momento de ensinar,

levando os alunos a analisar, perceber e interpretar as atividades a eles

apresentados.

Desta maneira Smole (2001), nos fala que pensar sobre o ensino e a

aprendizagem da matemática na escola é necessariamente reconhecer a aula

como um espaço problematizador, no qual os alunos defrontam-se com

desafios ininterruptos, por meio dos quais buscam organizações, formulam,

testam, justificam ou contestam hipóteses, refletem a partir de experimentos

bem sucedidas ou não, defendem suas ideias por meio de argumentações e

debates com seus pares. É uma maneira que auxilia os alunos a potencializar

um fazer matemático, indo além do mero domínio de técnicas e exercícios

típicos.

Segundo Smole (2001) podemos nos assegurar, sem excessos, que em

se referindo de matemática um aluno será levado a construir conhecimentos

somente confrontando-se, frequente ou excessivamente, com situações

problematizadoras que mobilizem diversos tipos de recursos cognitivos e

metacognitivos.

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Para que esse processo se desenvolva plenamente, o ensino de Matemática deve primeiramente favorecer um ambiente de aprendizagem que simule na sala de aula uma comunidade matemática, onde todos possam participar opinar, comunicar e trocar informações e experiências. (SMOLE; 2001).

Sendo esse momento de extrema importância o fazer pedagógico do

professor, onde oportunize o aluno a solucionar problemas, com questões

desafiadoras que o levem a raciocinar para solucionar problemas.

Em todos os sentidos, o que se busca é que os alunos exerçam maior e melhor controle sobre o seu fazer e o seu pensar matemático, adquirindo sistemas de controle e autorregulação que os auxiliem a escolher ou optar por determinada estratégia, abandoná-la ou buscar outra que melhor se ajuste à situação e, ao final, avaliar o processo vivido. O que garante os processos metacognitivos aos quais nos referimos anteriormente. (SMOLE, 2001)

Para Smole (2001) o aspecto apresentado até agora implica um

reexaminar o ensino de Matemática, sua elaboração e as situações didáticas

propostas, tendo em vista um processo de aprendizagem que, para ocorrer,

atribui ao professor um papel fundamental.

A proposta

A proposta desta unidade será apresentar as Oficinas Pedagógicas a

serem realizadas com professores da Disciplina de Matemática no Colégio

Estadual de Dois Vizinhos.

As oficinas foram organizadas com diversos materiais e estratégias, tais

como: slides, filmes, apostilas, dinâmicas, grupo de estudo etc. Serão

realizadas 08 oficinas, com 4 horas de duração cada uma, totalizando 32

horas.

a) Contato com os participantes:

Para iniciar as atividades será realizada uma reunião com os

professores na Semana Pedagógica com os seguintes objetivos: a) apresentar

os objetivos do projeto ou o projeto, b) sensibilizar sobre a importância do

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programa para a atuação em sala de aula; c) apresentar o contrato ou termo de

consentimento para participação na pesquisa, d) plano de trabalho.

b) Oficinas em cada encontro:

As oficinas terão uma abordagem teórica e uma prática. Na parte teórica

será abordado a trajetória da educação especial desde a exclusão,

segregação, integração e finalmente a inclusão, e posterior veremos a

Legislação referente a inclusão (marcos-legais). Na sequência realizaremos

estudos para conhecer a pessoa com deficiência intelectual e suas formas de

aprendizagem e finalmente as adaptações curriculares de grande porte e

adaptações de pequeno porte.

Na parte prática serão realizadas oficinas com conteúdos alusivos a

disciplina de Matemática e formas de adaptações curriculares. Serão

apresentadas situações a partir de um dado conteúdo para que os professores

apresentem estratégias e materiais alternativos para mediar à compreensão

dos conteúdos matemáticos no que se referem aos objetivos, conteúdos,

metodologias, avaliações e temporalidade.

Ao final do programa, será realizada uma sondagem de aprendizagem,

sendo está por meio de questões referente às adaptações curriculares e

processo de aprendizagem do aluno com deficiência, para fins de avaliar o

programa. E coleta de sugestões dos participantes para aprimoramento do

programa de formação.

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Esse encontro tem como objetivo mostrar para os cursistas a história da

educação especial e seu percurso desde a exclusão, segregação, integração e

inclusão. A história da Educação Especial no Brasil e no mundo já teve várias

concepções e orientações para o atendimento educacional das crianças com

deficiência, transtornos ou dificuldades. Nesse encontro serão apresentados,

brevemente, esses momentos, por meio de dinâmicas e vídeos. Porém, antes

de iniciar essa trajetória será realizada a apresentação dos participantes e o

projeto de intervenção.

ATIVIDADES:

1) APRESENTAÇÃO: Iniciaremos com a apresentação dos cursistas e

também do professor PDE, que fará a exposição do projeto de intervenção na

escola e o objetivo do mesmo.

2) APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO:

Em seguida será aplicado um questionário aos participantes para

verificar o que estes pensam sobre a inclusão, o que entendem sobre

Deficiência Intelectual, Inclusão, Flexibilização e Adaptação Curricular (ANEXO

I). Esses dados serão utilizados para avaliação do conhecimento dos

professores sobre esses temas e para posterior avaliação do programa.

3) DINÂMICA: O Mito do Procusto

Essa dinâmica foi embasada nesse texto da Mitologia Grega. O objetivo

desta dinâmica é levar os participantes a compreender a analogia do mito,

onde está representado notoriamente a intolerância do homem em relação ao

outro. Na qual o ser humano muitas vezes se acha superior ao outro, por julgar

1º ENCONTRO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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que o outro não cabe nas suas medidas, resolve subjugá-los, enquadrá-lo,

civilizá-lo.

A aplicação da dinâmica terá dois momentos; a) leitura do texto e b)

vivenciar as práticas do Procusto.

a) Primeiramente todos os participantes receberão o texto para

leitura.

Essa história retrata um bandido que amarrava suas vítimas na sua

cama e se esta fosse maior do que a cama, ele simplesmente cortava fora o

que sobrava. Se fosse menor, ele a espichava e esticava até caber naquela

medida. Procusto, portanto, significa "o esticador", em referência ao castigo

que aplicava às suas vítimas.

b) Vivência

O Mito do Procusto

Todos os participantes passarão pela cama do Procusto para

experimentar (será preparada uma cama no ambiente para que todos

tenham a oportunidade de participar da dinâmica). Caso seja menor

que o tamanho da cama, será espichado e esticado, (uma pessoa cada

lado irá simular o esticamento), que era o que ele fazia até sua vítima

caber naquela medida. E caso for maior que a cama, será cortado o

que sobra. (simular o corte amarrando os pés na altura em que

ultrapassa o tamanho da cama).

LIND DO TEXTO DO PROCUSTO

http://www.profjuliososa.com.br/2013/04/mitologia-grega-o-mito-de-procusto-e.html

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Posterior a dinâmica, os participantes terão momentos para comentar

sobre o texto lido, relatando os sentimentos durante sua participação na

dinâmica e relacionando a história às práticas escolares. Para essa reflexão

serão apresentados os seguintes questionamentos:

1) Como somos como educadores?

2) Queremos que todos se encaixem nos nossos parâmetros?

3) Temos tolerância com os meus colegas e com meus alunos?

4) Sei lidar com pessoas que diferem da minha forma de pensar?

Entre outros apontamentos que serão levantados no decorrer da

atividade.

3) EXIBIÇÃO VÍDEO:

Nesse momento assistiremos ao vídeo de “História da educação

especial – Evolução Conceitual”, de autoria de Carlos Garcia Jr.

O vídeo descreve a evolução da educação especial, passando por

diferentes períodos.

Exclusão: Idade Antiga e Antiga Grécia. As pessoas com deficiência eram

eliminadas ou abandonadas à própria sorte. O culto ao corpo perfeito para a

guerra, para a arte, para o esporte.

Segregação: Idade Média. As pessoas com deficiência passaram a receber

proteção por serem consideradas criaturas divinas ou tidos como pecadores

e possuídos pelos demônios. No séc. XVII eram isoladas com precariedade

de cuidados e ausência de atendimento. Com o médico Jean-Jacques

Rousseau veio o início das explicações médico-científicas, e a ciência

trancafia doentes mentais e deficientes em distinção em hospitais

psiquiátricos. Jean Itard é considerado o precursor da Educação Especial,

através da experiência com o Menino Selvagem e o marco inicial das

pesquisas nessa área. Inicia ações educacionais que possuem como

VÍDEO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL –

EVOLUÇÃO CONCEITUAL

https://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o

Page 96: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

fundamento a aposta educativa e o desejo do sujeito. Os primeiros

atendimentos às pessoas com deficiência no Brasil aconteceram na época

do Império e se prolonga até o século XX e são exemplos do período de

segregação no país.

Imperial Instituto dos Meninos Cegos, criado em 1854

Instituto dos Surdos Mudos (1857)

Instituto Pestalozzi (1926) para atendimento de pessoas com DI e Sociedade Pestalozzi (1945) para atendimento às pessoas com superdotação.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE (1954)

Integração: As pessoas com necessidades educacionais especiais estão

na mesma instituição das ditas normais, mas em grupos separados. Mesma

escola, porém em salas diferentes.

Inclusão: Nos anos 90 grande marco na Educação Especial com a

Declaração Mundial de Educação para Todos (Tailândia – 1990), e a

Declaração de Salamanca (Espanha – 1994) e com a LDB no Brasil em

1996. Resultando finalmente a inclusão. A educação inclusiva é uma ação

política, cultural, social e pedagógica, que urge de um movimento em

defesa do direito de acesso de todos os alunos ao saber, sem nenhum

modo de discriminação. Essa educação inclusiva se funda num paradigma

educacional baseado na igualdade e na diferença como valores

indissociáveis.

Page 97: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Para saber mais:

Como sugestão de aprofundamento de estudos dos dois primeiros

períodos históricos, será sugerido aos participantes que assistam (em casa) ao

filme de “Itard e o Menino Lobo". (Itard working with Victor).

VÍDEO

Itard e o Menino Lobo

http://www.dailymotion.com/video/x1xwqmg_itard-working-with-victor_school

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Nesse encontro trataremos das questões legais da Educação Especial,

para que os participantes tenham conhecimento dos documentos que amparam

as pessoas com deficiências e o seu atendimento de qualidade, na escola e na

sociedade onde está inserida. Para esse encontro serão apresentados slides

abordando os principais aspectos dos documentos legais, como segue no

quadro abaixo.

Constituição Federal

1988

Considerada por muitos a constituição cidadã, uma vez que garante o direito a uma educação inclusiva para as crianças com necessidades especiais nos próprios sistemas públicos educacionais com a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” (art. 206), tendo como princípio o ensino e de que será ofertado atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).

Conferência de Jomtien

(Tailândia)

1990

Este documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, que aconteceu na cidade A A referida Declaração apresenta abordagens sobre as necessidades de aprendizagem e os compromissos mundiais, garantindo a todas as pessoas conhecimentos básicos para uma vida digna e uma sociedade mais justa e humana. Sendo considerada um dos principais documentos mundiais sobre educação, ao lado da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração de Salamanca de 1994.

Declaração de Salamanca

1994

Documento elaborado na Conferência Mundial sobre educação especial, em Salamanca na Espanha, (1994), onde foi reafirmado o compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e a emergência de se providenciar uma educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino.

“A Convenção da ONU”

sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência

Incorporada à legislação brasileira em 2008. Após uma atuação de liderança em seu processo de elaboração, o Brasil decidiu, soberanamente, ratificá-la com equivalência de emenda constitucional, nos termos previstos no Artigo 5º, § 3º da Constituição brasileira, e, quando o fez, reconheceu um instrumento que gera maior respeito aos Direitos Humanos”.

2º ENCONTRO

LEGISLAÇÃO

Page 99: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

LDB – Leis de Diretrizes e

Bases 9394/96

Artigo 59º - Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades.

Lei Brasileira de inclusão –

2015

Designada a assegurar e a promover, em condições iguais, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e o exercício da cidadania.

Instrução Nº. 07/2016 –

SEED/SUED

Sala de Recursos

Multifuncional

Estabelece critérios para o Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais - SRM deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos nas instituições que ofertam Educação Básica na rede pública estadual de ensino.

Links das legislações:

LINKS

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem Jomtien, 1990. http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf Declaração de Salamanca - http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/convencaopessoas

comdeficiencia.pdf

LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf MEC/SEESP Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf

Lei Brasileira da Inclusão da pessoa com Deficiência http://www.senado.leg.br/atividade/rotinas/materia/getPDF.asp?t=169153&tp=1 Instrução de Sala de Recursos Multifuncional nº 07/2016 http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao072016sued.pdf

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Nesse terceiro encontro trataremos das questões pertinentes a pessoa

com deficiência intelectual, suas habilidades intelectuais, comportamento

adaptativo, participação, interação e papéis sociais, saúde etc. Os temas serão

abordados através da utilização de slides e utilização de apostilas para grupo

de estudos.

ATIVIDADES:

a) Projeção do vídeo

O vídeo “Bem-vindo à Holanda”, autoria de Emily Perl Knisley, 1987,

descreve uma experiência que faz alusão a dar à luz a uma criança com

deficiência, dizendo que seria como planejar uma fabulosa viagem para a Itália,

comprar guias, planejar todos os detalhes, o que visitaria, e ao chegar o grande

dia você arruma as malas e embarca, e ao aterrissar o avião você não está na

Itália e sim na Holanda. Primeiro vem o desespero, como assim? Eu deveria

estar na Itália, minha vida toda sonhei com isso. Mas houve uma mudança de

planos e agora você está na Holanda, o mais interessante é que você não está

num lugar desagradável, é apenas diferente do que você sonhou. Agora terá

que comprar novos guias, aprender uma nova linguagem, encontrar um novo

grupo de pessoas que nunca encontrou antes. A frustração de não ter estado

“Bem-vindo à Holanda

(Para pais Especiais)”

https://www.youtube.com/watch?v=X_UkIaz07J4

3º ENCONTRO

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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na Itália, causará uma dor que nunca irá embora, porque a perda deste sonho

é uma perda significativa. Porém se passar sua vida toda remoendo este fato,

não estará livre para apreciar novos momentos.

Será disponibilizado um tempo para comentários dos participantes

referente ao vídeo, relacionando ou não a experiências vivenciadas.

b) Dinâmica

Essa dinâmica favorece a percepção que muitas atividades que nos são

apresentadas temos dificuldade em realizá-las. Em muitos casos, a resolução

depende de mediação, sendo que para alguns ela pode ser de forma mais

simples e para outras mais detalhadas. Como conclusão, será enfatizado que é

desta maneira que devemos realizar as intervenções com nossos alunos que

apresentam deficiência intelectual.

DINÂMICA DA ESTRELA

Para a realização desta dinâmica, será entregue uma cartela para cada um dos

participantes. Na sequência será solicitado a todos localizar na cartela uma estrela. Tratar-

se-á que quem encontrar, não deverá mostrar aos demais, somente erguer a mão para que

o palestrante visualize quem já encontrou. Deixa alguns minutos para ver quem localiza.

Caso apresentam dificuldades em localizar segue abaixo algumas pistas que deverão ser

ditas para mediar a atividade.

- A estrela que vocês devem encontrar tem 5 pontas. (Aguarda uns minutos).

- A estrela constitui-se de partes brancas e pretas. Aguarda uns instantes. (Aguarda

uns minutos).

- Caso tenha dificuldades em encontra-la, divida a cartela ao meio, a estrela está na

parte inferior da folha. Aguarda uns minutos.

- Caso ainda não tenha encontrado, divida novamente a folha, a estrela está no lado

direito. Aguarda mais uns instantes e caso ainda tenha participantes que não tenham

encontrado. Mostre na cartela projetada no quadro, contornando a estrela para que possam

localizá-la.

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3) PROJEÇÃO DE SLIDES

Serão apresentados slides com uma breve contextualização histórica da

Educação Especial e sua trajetória, na sequência, o conceito de deficiência

intelectual e suas dimensões, (Dimensão I - Habilidades Intelectuais, Dimensão

II - Comportamento Adaptativo, Dimensão III - Participação, Interação e Papéis

Sociais, Dimensão IV – Saúde e Dimensão V – Contextos). Também serão

trabalhadas as características do desenvolvimento intelectual, como prevenir a

deficiência intelectual e também dicas para o professor trabalhar em sala de

aula.

4) LEITURA EM GRUPO E DEBATE

Nessa atividade cada participante receberá a apostila elaborada pela

Édne Aparecida Claser Makishima e Eliete Cristina Berti Zamproni, membros

da Secretaria de Estado da educação, Departamento de Educação Especial e

Inclusão Educacional (SEED/SEEIE) ANO. O conteúdo deste material trata da

deficiência intelectual em uma perspectiva inclusiva.

Os participantes se reunirão em dupla para ler o material e após a leitura

será aberto um debate para discutir os seguintes pontos:

1) Dificuldades, limitações e potencialidades dos alunos com a deficiência,

mas também suas

2) Atuação do professor a elaboração de um trabalho pedagógico que

atenda às suas particularidades e limitações

3) Encaminhamentos pedagógicos para atendimento do aluno com

deficiência intelectual visando preparar estratégias educacionais que

auxiliem o aluno a construir suas estruturas cognitivas

LINK DO TEXTO

file:///C:/Users/free/Downloads/texto_form_a%C3%A7%C3%A3o_DI.pdf

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Nesse quarto encontro será abordado e estudado a Teoria Histórico-

Cultural de Vigotski, história de vida do autor, zona proximal e zona real do

desenvolvimento, a compensação e a defectologia. Serão trabalhados dois

textos, sendo o primeiro referente “A Defectologia de Vigotski e a educação da

criança cega” e o segundo texto “Implicações Pedagógicas da Abordagem

Histórico-Cultural: Aproximações. Abriremos o encontro com o vídeo “aprender

a aprender”.

O vídeo em questão apresenta uma experiência que faz refletir sobre a

importância da mediação, a motivação do profissional que está assistindo o

aluno e, também a persistência do aluno para superar suas dificuldades e

atingir o que almeja, dentro de suas possibilidades.

Na sequência será trabalhado slides referente a Teoria Histórico-Cultural

de Vigostski, (um pouco da história do autor), zona proximal e zona real,

compensação e defectologia. E desenvolvimento do psiquismo de Leontiev, e

Lúria teóricos que deram continuidade aos trabalhos de Vigostki. Posterior aos

slides será trabalhado o texto “A Defectologia de Vigotski e a educação da

criança cega.”

O Texto fala sobre o desenvolvimento de crianças relacionado por um

defeito, atestando que, do defeito, se origina estímulos para a formação da

compensação. Vigotski acredita que o defeito em si não é negativo e assinala o

VÍDEO

“APRENDER A APRENDER”

https://www.youtube.com/watch?v=GvsEqthCT

xU-

4º ENCONTRO

TEORIA HISTÓRICO CULTURAL DE

VIGOTSKI

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fator social presente na relação defeito-compensação, mostrando que as

particularidades da criança com defeito têm como centro o social, uma vez que

essa criança não se vê como deficiente. Igualmente, é a sociedade que lhe

coloca em uma posição social inferior.

Na sequência o professor solicitará aos participantes que se dividam em

dois grupos para leitura do texto “Implicações Pedagógicas da Abordagem

Histórico-Cultural: Aproximações de Renata de Almeida Vieira – UEM-PR.

O texto está dividido em 4(quatro) temas, sendo eles: Origem da

Abordagem Histórico-Cultural, Abordagem Histórico-Cultural: alguns aspectos

em destaque, Para se pensar as implicações pedagógicas da Abordagem

Histórico-Cultural e Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.

LINK DO TEXTO

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2951_166

2.pdf

LINK DO TEXTO

http://www.inta.com.br/biblioteca/images/pdf/1_a_%20defectologia_de_

vigotski_e_a_educacao_da_crianca_cega.pdf

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Iniciaremos o quinto encontro com as boas vindas e, após, serão

projetados slides para abordar as questões de Adaptações de Curriculares

Grande Porte nos objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e

temporalidade e as Adaptações Curriculares de Pequeno Porte nos objetivos,

conteúdos, metodologias, avaliação e temporalidade com a utilização de slides

para melhor visualização dos participantes. Posterior às explicações iniciarão

as oficinas de adaptações com o conteúdo de NÚMEROS POSITIVOS E

NEGATIVOS, para isso serão realizadas a apresentação em slides do conceito

de adaptação curricular, adaptações curriculares de pequeno e grande porte,

posteriormente iniciarão as oficinas referente às oficinas, para que os cursistas

conheçam cada uma das etapas de adaptações e como seria possível realizá-

las.

CONCEITOS REFERENTES ÀS ADAPTAÇÕES

CURRICULARES

O que são Adaptações curriculares?

São respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema

educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre

estes, os que apresentam os que apresentam necessidades

educacionais especiais (BRASIL, 2000).

5º ENCONTRO

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

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Quais os tipos de Adaptações curriculares?

Grande Porte (Adaptações Significativas)

Pequeno porte (Adaptações Não Significativas)

São ajustes cuja implementação depende de decisões e de ações técnico político administrativas superiores, que extrapolam a área de ação específica do professor e que são de competência de órgãos superiores da Administração Educacional Pública. No entanto a escola comum precisa promover modificações que tornem necessárias para atender as necessidades dos alunos.

É de responsabilidade da sociedade, representada nos Conselhos Municipais de Educação; das instâncias político-administrativas superiores, representadas principalmente pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, pela direção das unidades escolares e pelas equipes técnicas.

Não podemos realizar as adaptações de grande porte desnecessárias, especificamente as que envolvem supressão de conteúdos, eliminação de disciplinas, ou de áreas curriculares complexas. Sempre enfatizar que qualquer adaptação de grande porte, sirva sempre para melhor aproveitamento e enriquecimento da escolaridade do aluno. Não de empobrecer as expectativas educativas para o aluno, mas de permitir aos alunos com deficiência especiais o alcance de objetivos educacionais que sejam significativos, em ambiente inclusivo.

São modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus parceiros.

São denominadas de Pequeno porque sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra instância superior, nas áreas política, administrativa, e/ou técnica.

LINK

http://www.dominiopublico.gov.br/downlo

ad/texto/me000448.pdf

LINK

http://www.dominiopublico.gov.br/download

/texto/me000448.pdf

De maneira geral, as Adaptações de Pequeno Porte e Adaptações

de Grande Porte podem ocorrer nas mesmas categorias, diferenciando-se

principalmente no que se refere à instância que por elas é responsável.

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As categorias abaixo serão conceituadas a partir das Adaptações de

Pequeno Porte, que são de interesse para os nossos encontros:

Categorias Descrição

AC13

-

No Objetivo:

O professor pode priorizar determinados objetivos para um aluno, caso

essa seja a forma de atender às suas necessidades educacionais. Assim,

o professor pode investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de

estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em

detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade

estabelecida a partir da análise do conhecimento já apreendido pelo aluno,

e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e

a aprendizagem significativa do aluno. (MEC; SEESP, 2000).

AC -

No Conteúdo

Os tipos de adaptação de conteúdo podem ser a priorização de tipos de

conteúdos, a priorização de áreas ou unidades de conteúdos, a

reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda, a eliminação de

conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os

objetivos educacionais. (MEC; SEESP, 2000).

AC -

Na Metodologia

Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na

realidade, um procedimento fundamental na atuação profissional de todo

educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não

atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de

ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às características e

às necessidades peculiares a cada aluno. (MEC; SEESP, 2000).

AC -

Na Avaliação

Outra categoria de ajuste que pode se mostrar necessária para atender a

necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação do

processo de avaliação, seja por meio da modificação de técnicas, como

dos instrumentos utilizados. (MEC; SEESP 2000).

AC - Na

Temporalidade

Adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, tanto

aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de

determinados objetivos e os consequentes conteúdos. [...] Atividades que

exigem abstração, como por exemplo, unidades no estudo da matemática,

demandarão não somente mais tempo, como também maior frequência de

suporte para os alunos com deficiência mental. (MEC; SEESP 2000).

13

AC – Adaptações Curriculares

Page 108: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

Importante lembrar:

Adaptações Não Significativas do Currículo Organizativas

- organização de agrupamentos - organização didática - organização do espaço

Objetivos e conteúdos - priorização de áreas ou unidades de conteúdos - priorização de tipos de conteúdos - priorização de objetivos - sequenciação - eliminação de conteúdos secundários

Procedimentos didáticos e Atividades - modificação de procedimentos - introdução de atividades alternativas às previstas - introdução de atividades complementares às previstas - modificação do nível de complexidade das atividades - eliminando componentes - sequenciando a tarefa - facilitando planos de ação - adaptação de materiais previstos

Avaliativas

- adaptação de técnicas e instrumentos - modificação de técnicas e instrumentos

Temporalidade - modificações da temporalidade para determinados objetivos e conteúdos previstos

Fonte: Manjón, op. Cit., 1995, p 89 – PCN MEC – 2000.

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1º OFICINA

NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS

O foco dessa oficina será as diferentes adaptações curriculares, seja no

objetivo, conteúdo, metodologia, avaliaçõe e temporalidade, para os cursistas

possam compreendar as diferentes formas de adaptações curriculares para

que possa atender as necessidades educacionais especiais dos alunos com

deficiência intelectual.

ATIVIDADES:

a) Dinâmica:

Iniciaremos a oficina com uma dinâmica para demosntrar aos

professores como poderá ocorrer uma mudança de objetivo.

DINÂMICA DOBRADURA

Objetivo deste trabalho é fazer uma dobradura. Dê um pedaço de papel para cada

participante e peça que façam um tsuru, você poderá mostrar o tsuru pronto para que

eles olhem, pode até falar a sequência de dobradura, (sem mostrar) e deixe um tempo

para que eles façam cada um de acordo com suas possibilidades.

Caso alguém não consiga fazer, peça então que faça um barquinho, e se por

ventura alguém ainda não conseguir fazer, peça então que faça um chapéu ou um avião.

E se ainda não conseguir peça que um colega o auxilie.

Se o objetivo era fazer uma dobradura, todos conseguiram, uns com mais rapidez

e habilidade, outros mais lentos, outros ainda que necessitarem de ajuda para a

realização da tarefa, mas ao final da atividade, todos estavam com uma dobradura.

Comentar com o grupo que esta é uma das formas de mudar o objetivo, mudando de

estratégia e introduzindo intervenções diferenciadas e o apoio do colega ou mesmo do

professor para conseguir realizar a atividade proposta.

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b) Exibição do vídeo:

Nessa etapa do encontro será exibido o vídeo que apresenta dicas de

convivência com o deficiente intelectual, formas de tratamento, respeitando sua

faixa etária, suas capacidades e limitações e ritmo de aprendizagem.

Após a exibição do vídeo, que ilustra e orienta maneiras de lidar com a

pessoa com deficiência intelectual, será oportunizado um momento para

comentários entre os professores, onde os mesmos possam externar o que

sentiram e/ou perceberam após a participação da dinâmica e a visualização do

vídeo.

c) Adaptações: Números positivos e Negativos

Será exposto o conteúdo matemático de “Números positivos e

negativos” e apresentado sugestões de adaptações curriculares quanto ao

objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação e temporalidade. Como uma das

estratégias será apresentado o jogo Matix, para auxiliar os alunos na

assimilação do conteúdo em questão.

Primeiramente o professor faz a explicação referente ao conteúdo

“NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS”, “COMPARAÇÃO DE NÚMEROS

INTEIROS RELATIVOS” E “ADIÇÃO ALGÉBRICA DE NÚMEROS INTEIROS

CONTEÚDO

“NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS”

VÍDEO

“Aprendendo a conviver com as diferenças: dois

vídeos de animação curtos, da Câmara Federal”.

LINK

https://ayrtonbecalle.com/2012/06/08/aprendendo-a-

conviver-com-as-diferencas-dois-videos-de-

animacao-curtos-da-camara-federal/

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RELATIVOS”. Utilizando a lousa para citar exemplos vivenciados no dia a dia

para que o aluno consiga fazer relações entre o conteúdo e sua vivência. Ex: (

- 5 = deve 5) e ( + 5 = tem 5), após os alunos poderão fazer seus tabuleiros

para jogar o “MATIX” e reforçar o conhecimento e a compreensão dos

conteúdos em questão. E após ser capaz de compreender a regra do jogo de

sinais. (-- -- = + / + + = + / e -- + = -- / + -- = --).

Adaptação de Objetivos

O objetivo proposto pelo conteúdo referente à série em o aluno está

cursando é “NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS”, “COMPARAÇÃO DE

NÚMEROS INTEIROS RELATIVOS” E “ADIÇÃO ALGÉBRICA DE NÚMEROS

INTEIROS RELATIVOS”, para o aluno com deficiência intelectual o professor

poderá modificar de forma significativa o planejamento. Podendo nesse caso

considerar apenas números positivos e negativos, e se ainda o aluno

apresentar dificuldade em realizar as operações com números elevados (Ex: -

375 + 131 =.....), o professor poderá permitir o uso da calculadora.

Muitas vezes o aluno com deficiência intelectual não conseguirá

aprender a atividade por completo, entendendo apenas partes do processo

desta forma o professor poderá alterar o objetivo proposto.

Adaptação no Conteúdo

Poderão ser eliminados objetivos básicos, e introdução

de objetivos específicos, complementares e/ou

alternativos. (PCN, MEC 2002).

Priorização de tipos de conteúdos, priorização de

unidades, alteração da sequência ou mesmo eliminação de

conteúdos secundários.

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Diante de alguns conteúdos propostos o aluno com deficiência

intelectual, não conseguirá avançar, necessitando que o professor faça as

devidas adaptações. É importante salientar que não existe uma regra, cada

aluno tem um processo único de compreensão e nível de aprendizagem. Desta

maneira deve-se estudar caso a caso qual o melhor procedimento e a melhor

adaptação. Nesse caso específico, uma vez alterado o objetivo proposto,

haverá mudança também no conteúdo, ou seja o professor poderá eliminar no

momento os conteúdos secundários, reforçando apenas os números positivos

e negativos.

Adaptação na Metodologia

Uma das estratégias para auxiliar o aluno a compreender números

positivos e negativos, é com a utilização de material concreto (ex: cédulas). O

aluno recebe uma certa quantia de cédulas e o professor simula situações em

que ele deverá gastar o dinheiro. Ex: o aluno está com R$ 10,00 reais e precisa

comprar uma garrafa de água que custa R$ 3,00. Como ficará está situação. (

+ - = + ).

OBS: Explicar ao aluno que sobrou R$ 7,00 no seu bolso, por isso que

fica positivo. E ao contrário, se o aluno tivesse R$ 3,00 e precisasse comprar

algum boné que custa R$ 10,00, como ficaria? (- + = -).

Procedimento muitas vezes necessário para atender as

diferentes formas de aprendizagem. São estratégias

diferenciadas que auxiliem os alunos na

assimilação dos conteúdos.

10 – 3 = 7

- 10 + 3 = - 7

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OBS: Explicar ao aluno que nesta situação ele pagou R$ 3,00 e ficou

devendo R$ 7,00, por isso negativo.

Caso o aluno não aprende só visualizando, a atividade poderá ser realizada de

forma dramatizada, onde será simulada uma situação para que o aluno possa

vivenciá-la.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS

Um exemplo de jogo é o MATIX que auxilia na compreensão do

conteúdo apresentado

Sabe-se que o jogo Matix surgiu na Alemanha, porém não se tem muitas

informações de sua origem. O jogo está disponível na web – para jogar online..

LINK DO JOGO

http://matematicaprendebrinca.blogspot.com.br/2010/09/jogo-matix-as-regras-do-

jogo-matix-sao.html

Smole, Diniz e Milani (2007) propõem formas de utilização dos jogos:

1. Executar o mesmo jogo várias vezes, para dispor ao aluno, tempo de

aprender as regras e adquirir conhecimentos matemáticos com esse jogo;

2. Estimular os alunos na leitura, interpretação e discussão das regras do

jogo;

3. Recomendar o registro das jogadas ou estratégias utilizadas no jogo;

4. Propor que os alunos inventem novos jogos, aplicando os conteúdos

estudados nos jogos que ele participou.

O objetivo deste jogo, introduzir a soma

algébrica de números inteiros e desenvolver

o cálculo mental.

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A escolha dos números inteiros, que serão utilizados no jogo, fica a

critério de cada professor. Poderá ser da seguinte maneira:

- Confeccionar, em cartolina, uma peça de cada um dos seguintes números:

MATIX

O Matix é um quebra-cabeça que tem por objetivos favorecer o

desenvolvimento do pensamento matemático, auxiliar no processo de

generalização matemática e promover o desenvolvimento do raciocínio,

exercitando e estimulando um pensar com lógica e critério, interpretando

informações, buscando soluções, levantando hipóteses e coordenando diferentes

pontos de vista.

Durante a partida, os jogadores têm a possibilidade de desenvolver sua

capacidade de antecipar jogadas e de estabelecer estratégias de ação.

No início, os jogadores tendem a escolher as peças com maior valor,

deixando as de menor valor para o fim. Com o tempo, vão percebendo que

existem outras maneiras de se obter um maior número de pontos, inclusive

criando “armadilhas” para o adversário.

Conteúdos Matemáticos

- Comparação de números inteiros relativos

- Adição algébrica de números inteiros relativos

- Faixa etária: a partir dos 10 anos

Peças do Jogo

1) Um tabuleiro quadrado 6 x 6 – há também a versão ( 8 x 8 )

2) 35 peças contendo números inteiros relativos

3) 1 peça contendo uma estrela

Page 115: Adaptações Curriculares para Pedagogos Adaptações ... · Língua Portuguesa e de Matemática. No caso da formação dos pedagogos, a proposta apresenta orientações básicas

- Confeccionar, em cartolina, duas peças de cada um dos seguintes números:

- Confeccionar, em cartolina, uma peça contendo uma estrela:

- Confeccionar, em cartolina, um tabuleiro 6 x 6: Em cartolina ou EVA.

Como jogar:

1) Dividir a turma em duplas. Cada dupla deve ter apenas um jogo.

2) Pedir aos alunos que embaralhem as peças do jogo e as distribua sobre o

tabuleiro, aleatoriamente, com os números e a estrela virados para baixo.

3) Os adversários devem “tirar” par ou ímpar, para saber quem irá jogar no

sentido horizontal (linha) e quem irá jogar no sentido vertical (coluna) do

tabuleiro. Essas posições deverão ser mantidas até o final da partida.

4) Os adversários devem “tirar” par ou ímpar novamente, agora, para saber

quem dará início ao jogo.

5) Para iniciar o jogo as peças devem ser todas viradas para cima.

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6) Cada jogador, na sua vez, deve escolher um número do tabuleiro, retirar

esse número para si e colocar no seu lugar a estrela, lembrando-se, sempre,

que deverá jogar na posição que escolheu anteriormente (linha ou coluna).

7) O segundo jogador deverá escolher outro número na mesma linha ou coluna

em que a estrela foi colocada pelo jogador anterior, retirá-lo para si e colocar

no seu lugar a estrela e assim sucessivamente.

8) O jogo termina quando não restarem mais números no tabuleiro ou quando

um jogador não puder fazer mais nenhuma movimentação.

9) O vencedor será aquele que conseguir o maior saldo de pontos.

Veja um exemplo do tabuleiro com as peças:

Sugestões para os professores:

- Imprima e distribua o tabuleiro e as peças do jogo para todos os

alunos da turma, para que cada um deles tenha o seu próprio jogo.

Assim, eles podem treinar em casa e desafiar os seus familiares e

amigos.

- Para que o jogo fique mais resistente, peça aos seus alunos que

colem o tabuleiro e as peças em cartolina, antes de recortar. Uma

solução interessante é plastificar todas as peças.

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OBS: Levar tabuleiro pronto para que os participantes tenham a

possibilidade de jogar e vivenciar a proposta do jogo.

Adaptação na Avaliação

O aluno poderá ser avaliado apenas nas questões do número positivo e

negativo, (mais e menos, sabendo fazer a operação do quanto tem e do que

tem para pagar, ou seja, pagar suas contas, fazer troco, ter autonomia e

independência, podendo ou não utilizar a calculadora.

A avaliação poderá apresentar menor número de questões, permitindo

ao aluno terminar em tempo hábil como os demais alunos, ou seja,

disponibilizado maior tempo para a realização da mesma. Além disso, a

avaliação poderá ocorrer, na sala de aula do ensino comum, na sala da equipe

pedagógica ou Sala de Recursos Multifuncional. As questões precisam ser

claras e objetivas.

Adaptação na Temporalidade

Na adaptação da temporalidade, deve-se considerar que para a pessoa

com deficiência intelectual, normalmente, precisará haver aumento do tempo

previsto para a assimilação de determinados objetivos e os consequentemente

de conteúdos. O professor poderá criar diferentes estratégias para atender a

necessidade do aluno em questão, seja disponibilizando um tempo maior para

Formas diferenciadas de observar o nível de

aprendizagem do aluno. Sejam na modificação de técnicas,

como nos instrumentos utilizados.

Tempo maior para o aluno dar respostas a um

conteúdo, seja na assimilação,

seja na execução.

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que este compreenda a temática estudada, seja para a realização das

avaliações.

É essencial:

1 Que o professor esteja constantemente atendo a seu

aluno, para identificar de que conhecimentos ele já dispõe

(relacionados com o tema de cada unidade de conteúdo), e

que necessidades educacionais apresente;

2 Que o professor use de sua criatividade para criar formas

alternativas de ensinar, que respondam às necessidades

identificadas;

3 Que o professor use continuamente da avaliação para

identificar o que precisa ser ajustado no processo de ensinar.

(ESCOLA VIVA, 2000, pág. 30).

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Nesse encontro serão disponibilizados aos cursistas recortes do filme:

“Como estrelas na terra, toda criança é especial”. O filme conta a história de

um menino que apresentada distúrbio de aprendizagem, e o desconhecimento

da família com relação adificuldade do filho, rejeição e desconhecimento

também por parte da escola, e como uma intervenção pedagógica adequada

pode proporcionar o progresso e o sucesso do aluno. A exibição do filme tem a

finalidade de despertar o interesse e a sensibilidade dos professores para o

tema da inclusão educacional e demonstrar formas de atender as

necessidades educacionais especiais dos alunos.

OBS: Será disponibilizado o link do filme para os cursistas, para que

assistem na integra (em casa).

Dando prosseguimento iremos para a segunda oficina com o conteúdo

adição e subtração de fração, e as devidas orientações quanto às adaptações

curriculares no objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação e temporalidade.

LINK DO FILME

https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4

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2º OFICINA

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE FRAÇÃO

Nessa oficina será abordado o conteúdo de “Fração” e as sugestões de

adaptações curriculares no objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação e

temporalidade. Cada categoria de adaptação será explicada aos participantes

com a utilização de slides, para melhor compreensão.

Adaptação de Objetivos

Sendo o objetivo da disciplina que os alunos aprendam frações e suas

equivalências, o professor poderá fazer ajustes nos objetivos pedagógicos de

forma a adequá-los às características e condições de aprendizagem do aluno.

Para isso é de extrema importância que o professor tenha conhecimento do

que o aluno sabe e do que necessita de mais tempo para assimilar. Por

exemplo, o professor poderá alterar o objetivo de aprendizagem para este

aluno, ficando apenas na primeira etapa da fração, ou ainda na divisão, caso

ele ainda não domine esta operação.

O professor pode priorizar determinados objetivos para

atender as necessidades educacionais especiais dos

alunos com deficiência intelectual.

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Adaptação no Conteúdo

Diante da adaptação do objetivo, pelo fato do aluno não estar apto à

aprendizagem do conteúdo de fração, se faz necessário mudança também no

conteúdo a ser trabalhado. Para isso o professor deverá conhecer e investigar

em que nível de aprendizagem o aluno se encontra, quais requisitos básicos o

aluno domina e quais ele não domina, para desta forma planejar o conteúdo a

ser trabalhado. Por exemplo, investigar o domínio da subtração, adição,

multiplicação e divisão), uma vez que é dificultoso a compreensão do conteúdo

de fração, sem o domínio da matemática básica.

Porém deverá ser proporcionado aos alunos a oportunidade de

aprofundar seu conhecimento, desta maneira deverá ser esgotado todas as

possibilidades. Por outro lado, o aluno com deficiência intelectual não é

obrigado a compreender e assimilar os conteúdo como os demais educando,

caso o professor perceba que ele não responde de forma adequada a esta

aprendizagem.

Lembrando que as adequações nos conteúdos solicitam uma avaliação

prudente pela equipe que assiste o aluno, sejam os pedagogos, professores do

ensino comum e professor especialista.

Adaptação na Metodologia

O professor poderá priorizar conteúdos, seja na

sequência de apresentação dos conteúdos, seja na priorização

de áreas e unidades, ou mesmo na eliminação de conteúdos.

Refere-se à utilização de diferentes estratégias para

trabalhar um mesmo conteúdo. Adaptar o método de ensino às

necessidades e individualidades dos alunos.

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A adaptação curricular na metodologia se refere à utilização de

diferentes estratégias de ensino para se trabalhar um mesmo conteúdo,

contemplando diferentes formas de aprendizagem. São exemplos de

estratégias: apresentação do conteúdo na oralidade, utilização de recursos

audiovisuais, materiais concreto para que o aluno possa manusear e construir

seu conhecimento, jogos relacionados ao conteúdo, representações com

tabelas, discos e réguas de frações, desafios aos alunos para a construção de

materiais referente ao conteúdo em questão. Enfim o professor deverá

proporcionar diferentes formas de aprendizagem aos alunos. .

Frações que representam 50% e 25%, respectivamente.

Uma fração é uma ou mais parcelas de um todo que foi dividido em

partes iguais. Desse modo, somá-las ou subtraí-las é um pouco diferente das

mesmas operações envolvendo números inteiros. Existem dois casos para

adição ou subtração de frações: o primeiro para aqueles objetos que foram

divididos em uma Mesma quantidade de partes e o segundo para aqueles

objetos que foram divididos em um número diferente de partes.

Lembre-se de que o número de partes em que um objeto foi dividido é

representado pelo denominador de uma fração. Desse modo, os dois casos de

adição de frações são: frações com denominadores iguais e frações com

denominadores diferentes.

Primeiro caso: Frações com denominadores iguais

Quando for necessário somar ou subtrair frações com denominadores

iguais, some (ou subtraia) apenas os numeradores e mantenha o denominador

intacto. Observe o exemplo a seguir:

6 – 4 = 6 – 4 = 2

3 3 3 3

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Segundo caso: Frações com denominadores diferentes

Quando as frações possuem denominadores diferentes, é necessário encontrar

outras frações equivalentes a essas que possuam denominadores iguais. Veja:

Como trabalhar esse CONTEÚDO com a criança com DI?

O professor apresentará os mesmos conteúdos que para os demais

alunos da sala, o que poderá acontecer é de que o aluno com

deficiência não consiga entender as frações com denominadores

diferentes num primeiro momento. Sendo assim o professor dará

enfoque maior nas frações com denominadores iguais e na divisão

caso ainda não domine.

Para que o aluno tenha mais compreensão da fração o professor

poderá utilizar diferentes estratégias e materiais concreto para que

o mesmo possa visualizar e manusear o material.

Oportunizar ao aluno diferentes atividades para assimilação e

interiorização do conteúdo apresentado.

Trabalhar em parceria com o professor de Sala de Recursos

Multifuncional, para que este dê um suporte ao aluno quanto ao

conteúdo que está sendo trabalhado na sala de aula do ensino

comum.

10 + 12 – 3 4 5 6

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Adaptação na Avaliação

O formato das avaliações vai depender muito do nível de aprendizagem

em que o aluno se encontra. O professor tem a possibilidade de:

Realizar a prova do aluno com deficiência intelectual diferente da

dos demais alunos.

Disponibilizar imagens que auxiliem na compreensão do conteúdo

avaliativo.

Organizar a prova com menos questões, para que desta forma o

aluno consiga terminar no tempo proposto aos demais.

Elencar questões essenciais do conteúdo trabalhado, sendo

abordado de forma direta e objetiva.

Adaptação na Temporalidade

Nas atividades que exigem abstração, como é exigido nos conteúdos de

matemática, o aluno com deficiência intelectual necessita de maior tempo para

a compreensão do conteúdo, maior tempo para a realização das atividades em

sala de aula, maior tempo na realização das avaliações. Podendo

proporcionado esse tempo em sala de aula, sala da equipe pedagógica, sala

de recursos multifuncionais. Para isso o professor deverá permitir ao aluno que

termine sua avaliação num tempo maior, seja na sala de aula ou em outro

espaço escolar.

Refere-se às diferentes formas de averiguar a

aprendizagem do aluno, seja por meio de alterações de técnicas,

ou instrumentos utilizados.

Adaptação na temporalidade é proporcionar um tempo

maior para o aluno com deficiência intelectual, seja na execução

das atividades e/ou avaliações, seja na assimilação do conteúdo

proposto.

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Neste encontro, serão trabalhadas a terceira e a quarta oficina. Sendo a

terceira o conteúdo de razões e na quarta oficina será abordado o conteúdo de

proporções e as devidas adaptações curriculares quanto ao objetivo, conteúdo,

metodologia, avaliação e temporalidade.

3º OFICINA

CONTEÚDO RAZÕES

Adaptação de Objetivos

O professor tem a liberdade de privilegiar determinados objetivos,

caso seja necessário para atender as especificidades dos alunos. Podendo

dispor mais tempo ao aluno e propor estratégias variadas para que este avance

na sua aprendizagem. O professor poderá acrescentar objetivos

complementares ou ainda de objetivos postos para o grupo ou mesmo

individual.

Caso o aluno com deficiência não consiga compreender o conteúdo da

razão, mesmo após o uso de diferentes estratégias utilizadas pelo professor, o

objetivo poderá ser modificado.

O professor pode eleger determinados objetivos, se por

ventura esse seja a forma de atender às necessidades

educacionais especiais dos

alunos com deficiência intelectual.

.

7º ENCONTRO

ADAPTAÇÃO CURRICULAR

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Adaptação no Conteúdo

Todo o conteúdo abordado, sempre é traçado pelos objetivos

propostos no plano de ensino. É de competência do professor decidir a ordem

da apresentação do conteúdo, a prioridade das unidades, o destaque que dará

a um ou outro conteúdo.

Aplicações práticas das razões14

Existem algumas razões especiais muito utilizadas em nosso cotidiano,

entre as quais: velocidade média, escala, densidade demográfica e densidade

de um corpo.

1. Velocidade Média: A "velocidade média", em geral, é uma grandeza

obtida pela razão entre uma distância percorrida (expressa em

quilômetros ou metros) e um tempo por ele gasto (expresso em horas,

minutos ou segundos).

vmédia = distância percorrida / tempo gasto

Exemplo: Suponhamos que um carro de Fórmula MAT percorreu 328Km

em 2h. Qual foi a velocidade média do veículo nesse percurso?

A partir dos dados do problema, teremos:

vmédia = 328 Km / 2h = 164 Km/h

14

Atividade retirada do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – SEED. De Jussara F. B. Scopel.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_edespecial_pdp_jussara_flor

entina_bandeira_scopel.pdf.

Adaptação no conteúdo poderá ser a de priorizar tipos

de conteúdos, alterar a sequência ou mesmo eliminar

conteúdos,

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O que significa que a velocidade média do veículo durante a corrida foi

de 164 Km/h, ou seja, para cada hora percorrida o carro se deslocou 164 Km.

Adaptação na Metodologia

É extremamente importante a utilização de material concreto para

alunos com dificuldade de abstração, como também variar as formas de

abordar um mesmo conteúdo. Utilizar jogos que estimulem a atenção do aluno

para compreensão do conteúdo trabalhado. Muitas vezes o aluno com

deficiência intelectual precisa de atividades complementares e maior tempo

para compreensão dos conteúdos. Caso seja necessário, será modificado tanto

o conteúdo como objetivo a priori.

Primeiramente entendem-se as referencias dada na situação problema,

registrando-as. Arma-se a razão para calcular velocidade média, resolve a

operação dada por uma divisão, onde encaminha-se com o material dourado

como auxílio.

Representa-se o número 328 com 3 placas de centena + 2 barras de

dezena + 8 unidades(cubinhos),então divide-se em 2, cada uma das partes.

É adaptar o método de ensino às necessidades de cada

aluno.

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Para efetuar esta divisão deve-se separar duas placas, cada uma delas

de centena, e a terceira placa da centena faz uma troca, por 10 barras de

dezenas, assim divide-se em duas partes iguais de 50, com 5 barras da

dezena, representando:

Assim pega uma das partes divididas que ficou 100 + 50 = 150

- A parte das dezenas tem duas iguais, ficando separadas em duas de

10 unidades cada, e a parte das 8 unidades também divide em duas partes

iguais, ficando com duas partes de 4.

Então 10 + 4 = 14, juntando 150 + 14 = 164, cuidando para que o

educando compreenda que na adição deve-se organizar as casas de

C(centena); D(dezena); U(unidade) e volta para compreender no problema, que

a velocidade média será 164 Km/h.

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15

Adaptação na Avaliação

Poderão ser realizadas mudanças no procedimento de ensino, para

atender as necessidades especiais dos alunos, seja inserindo atividades

alternativas ou complementares àquelas que haviam sido planejadas. Para isso

se faz necessário a atenção do professor as particularidades de cada aluno, no

que se refere a sua aprendizagem.

15

Atividade retirada do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – SEED. De Jussara F. B. Scopel.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_edespecial_

pdp_jussara_florentina_bandeira_scopel.pdf.

São formas de ajustar as formas de averiguar o nível de

aprendizagem do aluno de deficiência intelectual. Sendo pela

modificação das técnicas ou pelos instrumentos utilizados.

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Adaptação na Temporalidade

Poderão ser utilizados diferentes procedimentos de avaliação,

adaptando-as necessidades e particularidades de cada aluno. O professor

poderá sistematizar o tempo de cada atividade, ou mesmo da assimilação do

conteúdo.

4º OFICINA

CONTEÚDO PROPORÇÃO

Adaptação no Objetivo

O professor apresentará inicialmente cada conteúdo previsto em seu

plano de ensino, e se após intervenções variadas o alunos com deficiência

intelectual não consiga compreender e assimilar o conteúdo, o professor tem

autonomia de mudar os objetivos propostos. Neste conteúdo específico o

Adaptação no processamento de aprendizagem,

aumentando o tempo provável para o trato de determinados

objetivos e como consequência os conteúdos.

Consiste em priorizar objetivos de forma atender as

necessidades dos alunos com deficiência intelectual.

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professor investigará o domínio dos conteúdos básicos necessários para a

compreensão da proporção. (Adição, subtração, multiplicação e divisão).

Adaptação no Conteúdo

Uma vez percebido pelo professor a dificuldade do aluno com deficiência

intelectual em assimilar e compreender o conteúdo em questão. O professor

poderá trabalhar de forma a auxiliar o educando a superar esta barreira,

primeiro reforçando os conteúdos que são pré-requisitos para a compreensão

de proporção, para posterior introduzir o próximo conteúdo. Lembrando que

não é obrigatório caso o aluno não tenha condições de compreender o que

está sendo proposto. Porém o professor não poderá tomar esta decisão

sozinho, se faz necessário uma equipe multidisciplinar avaliar cada aluno

individualmente.

ATIVIDADE:

Amanda quer fazer brigadeiro, seguindo a seguinte receita.

Priorizar conteúdos de forma atender as necessidades

educacionais dos alunos, reformulando ou eliminando

conteúdos, caso seja necessário.

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Nessa, o rendimento é de 40 brigadeiros. Amanda resolveu aumentar a

quantidade de brigadeiros, qual será a quantidade que precisará de cada

ingrediente, se ela quiser o dobro da quantidade de brigadeiros? Assim

quantos brigadeiros terão? E da mesma forma, se ela triplicar a receita, como

ficará?

Então a proporção será de: 1 para 2; 6 para 12; 40 para 80; todos

dobraram; Da mesma forma triplicar: 1 para 3; 6 para 18; 40 para 120;

Adaptação na Metodologia

A utilização de materiais concretos auxiliam de forma significativa a

compreensão do que está sendo apresentado, A utilização de imagens ou

ainda realizar a receita propriamente dita. Outra forma seria a construção de

uma tabela dando ênfase aos ingredientes um a um, primeiramente

representando o dobro e seguinte o triplo, bem como a quantidade final de

brigadeiros em cada etapa.

Utilização de diferentes metodologias para atender as

necessidades educacionais especiais.

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O professor poderá dispor ao aluno a tabuada ou mesmo da calculadora

para auxiliá-lo na realização da atividade.

Nas multiplicações com valores maiores, poderá ser proposto o

manuseio com material dourado, relembrando com o educando o valor da barra

e assim poderão contar de 10 em 10 na sequência.

Adaptação na Avaliação

Para atender as necessidades dos alunos com deficiência

intelectual, com mudanças na estrutura da avaliação

respondendo as alterações tanto no objetivo como no conteúdo.

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Com a possibilidade de mudar o procedimento de ensino para

atender as particularidades e especificidades dos alunos com deficiência

intelectual, o professor poderá mudar a estrutura da avaliação, utilizando-se de

imagens, número menor de questões, ou mesmo a estrutura das questões.

Uma avaliação organizada de forma clara e com tempo maior para a realização

da mesma, caso seja necessário.

Adaptação na Temporalidade

O aluno com deficiência intelectual necessita muitas vezes de um

tempo maior para assimilar um determinado conteúdo, sendo necessário a

utilização de diferentes estratégias e intervenções que possam contribuir com

sua aprendizagem. Na avaliação o professor poderá disponibilizar mais tempo

para a realização da avaliação, uma vez que o aluno não consiga realiza-la em

tempo hábil.

Poderá ser a de aumentar o tempo previsto para atender

as alterações tanto no objetivo como nos conteúdos.

Maior tempo para assimilação do conteúdo, como maior tempo

de suporte pedagógico.

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5º OFICINA

ADAPTAÇÕES

REALIZADAS PELOS CURSISTAS

Para iniciar o último encontro, faremos uma dinâmica que será a:

Para encerramento das atividades, será realizada uma confraternização

com todos os participantes do projeto.

8º ENCONTRO

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

DINÂMICA DO PIRULITO

Objetivo: Desenvolver o espírito de equipe, mostrar a importância da ajuda

mútua. O coordenador da brincadeira com o pirulito deverá reunir todos os

participantes formando um círculo. Em seguida distribui um pirulito para cada

participante, oriente que cada um segure o pirulito com a mão direita e aguarde

até que todos tenham recebido.

Dizer que segurem o pirulito com a mão direita. A mão esquerda deve

ser colocada para trás e não pode ser utilizada em nenhum momento, estiquem

o braço direito para frente, a partir de agora ninguém poderá dobrar o braço, o

único movimento que podem fazer é para a direita ou para a esquerda, quem

dobrar o braço será retirado da brincadeira". Todos devem desembrulhar o

pirulito e degustá-lo. Diante da dificuldade, alguns podem perceber que com a

ajuda do colega ficará mais fácil, outros ainda insistirão mais tempo. O

coordenador poderá dar algumas dicas.

Ao término da atividade o coordenador poderá falar sobre a importância

do espírito de equipe para atingir o sucesso de um trabalho, quando deixamos

de ser egoístas aprendemos a enxergar possibilidades e compreendemos que

o altruísmo pode abrir muitas portas.

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Posterior à dinâmica será proposto ao grupo, para que se reunir em

duplas, e juntos escolher um conteúdo de matemática e propor as adaptações

curriculares de pequeno porte (Objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação e

temporalidade), atendendo as especificidades dos alunos com deficiência

intelectual. Ao término da atividade os cursistas levarão a plenário para

conhecimento e avaliação dos demais, onde todos poderão expressar sua

opinião concordando, sugerindo adequações ou mesmo discordando.

Para encerramento do programa de formação, os participantes

responderão as questões pertinentes ao curso, para que seja possível analisar

os efeitos deste programa de formação, quanto às adaptações curriculares

para os alunos com deficiência intelectual, como também sugestões para o

aprimoramento deste. Questões no ANEXO II.

Posteriormente faremos uma confraternização com os participantes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Link do texto do Procusto http://www.profjuliososa.com.br/2013/04/mitologia-grega-o-mito-de-procusto-e.html Link do Jogohttp://matematicaprendebrinca.blogspot.com.br/2010/09/jogo-matix-as-regras-do-jogo-matix-sao.html Atividade retirada de: “Metade e Um quarto”. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/adicao-subtracao-fracoes.htm ok Dinâmica retirada de: http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamica-do-pirulito-texto-e-exemplos-de-brincadeiras-para-grupos.php LINKS DE IMAGENS: Imagem bonecos, disponível em: https://pixabay.com/. Imagem homem na cama, disponível em: http://bit.ly/2h4L6IR. Imagem retirada de: http://s3.amazonaws.com/libapps/accounts/10097/images/film_4.png. Imagem filme: http://s3.amazonaws.com/libapps/accounts/10097/images/film_4.png Imagem do Itard e o Menino Selevagem,disponível em: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/meninoselvagem.jpg. Dobradura do Tsuru, Imagem disponível em: https://parecomenergianuclear.files.wordpress.com/2011/04/20.jpg Imagem do filme Como Estrelas na Terra, disponível em: https://educandoemcasa.files.wordpress.com/2013/01/como-uma-estrela-2.png LINKS DE VÍDEOS: História da Educação Especial – Evolução Conceitual. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o Itard e o Menino Lobo -http://www.dailymotion.com/video/x1xwqmg_itard-working-with-victor_school. “Bem-vindo à Holanda(Para pais Especiais)”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=X_UkIaz07J4. “APRENDER A APRENDER” - https://www.youtube.com/watch?v=GvsEqthCTxU-

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“Aprendendo a conviver com as diferenças: dois vídeos de animação curtos, da Câmara Federal”.https://ayrtonbecalle.com/2012/06/08/aprendendo-a-conviver-com-as-diferencas-dois-videos-de-animacao-curtos-da-camara-federal/. Filme “Como Estrelas na Terra”: https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4

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ANEXOI

Olá, sou a professora Izaura Maria Ceolato, trabalho no Colégio

Estadual de Dois Vizinhos - EFMP, e neste ano de 2016 estou participando do

PDE. Meu Projeto de Intervenção Pedagógica tem como título “Formação de

professores na disciplina de Matemática para a Adaptação Curricular de

alunos com Deficiência Intelectual”.

É de extrema importancia que as questões referente ao projeto, sejam

respondidas de forma transparente, expondo as reais dificuldades perante a

inclusão dos alunos com deficiência intelectual, que estão inseridos nas

escolas do ensino comum. Sua contribuição será relevante para a organização

do Grupo de Estudo que pretendo realizar no ano de 2017, certifcado pela

UNIOESTE, com orientação da Profª Doutora Margarette Matesco Rocha.

Para melhor avaliarmos o Programa de Intervenção, é importante

conhecermos os participantes. Sendo assim se faz necessário preenchimento

de seus dados pessoais.

- Qual seu tempo de formação e magistério ?___________________________

- Sexo: F ( ) M ( ) Idade: ___________________________________

-Números de alunos que apresentem Deficiência Intelectual que você já

atendeu ou atende? ( ) alunos.

- Tem formação em Educação Especial? SIM ( ) NÃO ( ) 1) O que você

pensa sobre a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual no Ensino

comum?

_______________________________________________________________

2) Diante do processo de inclusão, você se sente preparado(a) para atender os

alunos com deficiência intelectual de modo a atentar para as suas

necessidades educacionais especiais? Por quê?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Justifique sua resposta: ___________________________________________ _______________________________________________________________

3) Na sua graduação foi contemplado a disciplina de “Educação Especial”?

( ) Sim ( ) Não

Quais deficiências? _______________________________________________

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4) O que significa para você adaptação e flexibilização curricular?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5) Em relação a inclusão cabe aos professores realizar as adaptações

curriculares, das adaptações abaixo relacionadas, quais você realiza?

( ) Objetivo( ) Conteúdo( ) Metodologia

( ) Avaliação( ) Temporalidade( ) Nenhuma

6) Dentre as adaptações descritas na questão anterior, qual delas você

considera mais difícil ou se sente menos preparado(a) para realizar? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7) Você concorda que é necessário a adaptação curricular para alunos com

Deficiência Intelectual?

( ) concordo totalmente ( ) concordo parcialmente

( ) discordo totalmente ( ) discordo parcialmente

8) Na sua opinião quais são os maiores desafios para elaborar e implementar

as adaptações curriculares na sala de aula?

_______________________________________________________________

9) Quais as contribuições que um curso de formação com enfoque nas

adaptações curriculares poderá ter para a sua prática?

_______________________________________________________________

10) O que você supõe que se faz necessário para que ocorram resultados mais

significativos no processo de inclusão de alunos com deficiência intelectual no

ensino comum?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Obrigada pela sua participação.

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ANEXO II

PROJETO DE INTERVENÇÃO PDE 2016/2017

Ao término da formação é importante a sua contribuição respondendo as

questões abaixo, avaliando a capacitação.

1)Você acredita que seja possível a aprendizagem na disciplina de Matemática,

de alunos que apresentam deficiência intelectual? Por quê?

_______________________________________________________________

2)Das adaptações curriculares de pequeno porte estudadas, qual(is) você

ainda considera difícil de realizar?

( )Objetivo ( )Conteúdo ( )Metodologia ( )Avaliação ( )Tempo

Por quê? _______________________________________________________

3)Como você professor poderá realizar as adaptações curriculares de pequeno

porte em sua disciplina?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4)De que forma a comunidade escolar poderia se organizar para melhor

atender os alunos com deficiência intelectual nela inseridos?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5)O curso de formação atendeu as suas expectativas? Na sua opinião, poderia

ser realizado de outra forma?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Obrigada pela sua participação!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS

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