acadÉmico 182

20
Eleições para o Conselho Geral já mexem na UMinho campus Página 05 Fim de semana marcado por dérbis no Minho “Vamos abrir uma sala de estudo 24h por dia na biblioteca durante este semestre” Carlos Videira em entrevista desporto Sp. Braga/AAUM sobe ao 5º lugar Página 18 AAUM baixa preços das refeições e transportes Página 04 Como vês o “silenciamento” imposto à RUM? inquérito Página 08 Quiseram calar a universitária! Página 03 Reitor e presidente da AAUM preocupados com o futuro dos estudantes 39º aniversário da UMinho Página 07

Upload: academico

Post on 22-Mar-2016

238 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

ACADEMICO182

TRANSCRIPT

Page 1: ACADÉMICO 182

Eleições para o Conselho Geral já mexem na UMinho

campus

Página 05

Fim de semana marcado por dérbis no Minho

“Vamos abrir uma sala de estudo 24h por dia na biblioteca

durante estesemestre”

Carlos Videira em entrevista

desporto

Sp. Braga/AAUM sobe ao 5º lugar

Página 18

AAUM baixa preços das refeições e transportes

Página 04

Como vês o “silenciamento” imposto à RUM?

inquérito

Página 08

Quiseram calar a universitária!

Página 03

Reitor e presidente da AAUM preocupados com o futuro dos estudantes

39º aniversário da UMinho

Página 07

Page 2: ACADÉMICO 182

26.FEV.13 // AC

AD

ÉMIC

OFIC

HA

TÉCN

ICA

BA

METR

OSEG

UN

DA

GIN

A

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quinta-feira, 26 Fevereiro 2013 / N182 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

Cidade Europeia do DesportoA CED está aí e promete agitar o ano na cidade de Guimarães. Desenganem-se, para já, aqueles que a queiram comparar à Cul-tura em 2012, mas este evento pode, e deve, reter em si alguns dos momentos que marcam a temporada desportiva no nosso país. Saber abrir-se ao desporto, nas suas mais variadas verten-tes, deve ser uma virtude de uma equipa que tem como missão manter a cidade com intensidade, alegria e entusiasmo.

O “silêncio”Tão estranho todo o silêncio de algumas das figuras da cidade de Braga e Guimarães sobre o caso que envolve a RUM e uma outra rádio da cidade. Ainda que de um lado já se sabia com o que contar, do outro veio... Mais do mesmo.Quando alguém pensava que em Braga se pensava para lá dos esquemas partidários, eis que os “telhados de vidro” dos partidos mostraram-se permeáveis ao mais pequeno calhau.

Rádio Universitária do MinhoUma mostra da força e importân-cia na cidade. As milhares de pes-soas que se solidarizaram com a RUM nas redes sociais deram alento à estação para enfrentar, ainda com mais vivacidade, os próximos tempos e as próximas “lutas” nos tribunais.As pessoas consideram a RUM importante, olham para a rádio com especial carinho e demons-tram o quão especial se torna este órgão. Uma prova da força da estação!

O senhor Ação Social

O ACADÉMICO retoma esta semana a sua edição física, acompanhando o início do segundo semestre letivo na Universidade do Minho. Pese embora a atividade da Academia tenha sido devidamente tratada na edição online do jornal, importa nesta edição destacar dois grandes momentos da vida académica: a tomada de posse dos Órgãos Sociais da Associação Académica, que aconteceu no passado dia 11 de Janeiro, e o XXXIX Aniversário da Universidade do Minho, que este ano preencheu uma semana e teve o seu ponto alto na sessão solene do dia 20 de Fevereiro. Em ambas as ocasiões tivemos oportunidade de ouvir intervenções assertivas do novo Presidente da direção da AAUM, Carlos Videira, que afirma a ação social como tema central do seu mandato e, espera-se, a recoloque como prioridade na Academia. Dando o exemplo, decidiu a AAUM que a partir do passado dia 18 de Fevereiro o serviço de transportes entre os campi, que está sob sua gestão, desceria o seu preço em 30 cêntimos por viagem, se comprado em pack de 5 unidades. Garantiu também que o valor de refeição nas cantinas da Universidade desceria o seu valor em 10 cêntimos, o que faz com que os estudantes possam poupar um euro em cada pack de 10 senhas de alimentação. Não fossem inesperadas ‘questões de ordem operacional’ por parte dos Serviços de Ação Social e a medida entraria em vigor também no mesmo dia, como esteve previsto. Mas até para esta questão a AAUM arranjou solução, garantindo que qualquer aluno que comprasse o pack de senhas entre os dias 18 e 25 de Fevereiro, seria reembolsado no valor diferencial.Também o Reitor da UM aproveitou as sessões solenes para responder aos tempos difíceis por que passam os estudantes e anunciou uma medida que pode, e muito, amenizar dificuldades através da criação de um Fundo Social de Emergência, que pretende ser um instrumento de auxílio excecional que se assuma como solução para situações complexas e inadiáveis a que o sistema em vigor não é capaz de dar resposta. No dia da UM, a Academia ficou a saber que a sua entrada em vigor está para breve, no primeiro dia de Março.Assim se dá resposta aos problemas dos estudantes. Assim se faz Ação Social na Universidade do Minho!

EDITO

RIA

LVA

SCO

LEÃO

// vasco.leao@rum

.pt

Page 3: ACADÉMICO 182

PÁGINA 03 // 26.FEV.13// ACADÉMICO

LOCALquiseram calar a universitária!DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

joSé REIS

[email protected]

Pouco faltava para o meio dia. Na redação, os jorna-listas preparavam-se para mais um noticiário. Até por-que nada fazia antever que a Rádio Universitária do Mi-nho (RUM) fosse “calada” poucos minutos depois. 11h58: Nos estúdios, os ani-madores ficaram baralha-dos quando o habitual “Som Nascente” foi substituído por um constragedor silên-cio. Um problema técnico, um problema elétrico ou algo mais grave? Alguns funcionários da rádio trou-xeram esta última opção como resposta depois de uma visita ao emissor da RUM, situado em Santa Marta das Cortiças. Lá, al-guém retirou a energia ao emissor da rádio. Desligou--o. Tentou-se arranjar uma solução, mas sobretudo saber o que se estava a pas-sar. Foram rapidamente identificados aqueles que cortaram a energia à RUM (responsáveis da Antena Minho). Em causa estava uma alega-da divida da RUM à outra estação da cidade de Braga – Antena Minho. A RUM

explica que “o diferendo en-tre as duas estações sobre a propriedade do emissor de Santa Marta das Cortiças, utilizado por ambas desde a década de 1990, decorre desde 2008 e que ainda não foi alvo de decisão definitiva por parte das autoridades ju-diciais”, logo, qualquer ação que acontecesse entretanto iria sobrepor-se a uma de-cisão judicial. Ainda assim, contactado, na altura, pela Agência Lusa, o administra-dor da Antena Minho, Ar-mindo Veloso, afirmou que “uma coisa é a propriedade do emissor, outra é a conta da energia”. Esse responsá-vel acusa a RUM de falta de pagamento. Certo é que a RUM ficou sem emissão, por duas ve-zes no próprio dia. Desde então, passou-se um fim de semana em que a RUM foi para o ar normal-mente, até que no dia 7 de janeiro, novamente por in-termédio dos mesmos pro-tagonistas, a RUM voltou a ser silenciada. Uma situa-ção que se arrastou durante alguns dias. As negociações foram interrompidas pela universitária até que a lega-lidade fosse reposta. Ainda não foi. Entretanto a emis-sora dos estudantes conse-guiu uma solução de recur-so que limita o seu raio de alcance. Para já, é o possível.

PUB.

A RUM já se prontificou, também, a liquidar o valor da energia consumida (cál-culo só possível depois da Antena Minha entregar na RUM as faturas referentes aos anos em causa) mas a rádio do grupo Arcada Nova apenas aceitava essa quantia caso fossem retiradas todas as queixas que a universitá-ria iria interpor. Algo que a RUM se negou a fazer. O processo em tribunal prossegue e o coletivo de juízes ainda não se pronun-ciou, definitivamente, sobre a propriedade do terreno.O que é certo é que o mes-mo está, neste momento, apenas acessível a quem detém as chaves das ferra-mentas de segurança. Os responsáveis da Antena Minho que recusam algu-ma ação da RUM dentro da propriedade. Proibiram até a instalação de uma forma alternativa de energia que os universitários lá queriam colocar. As reações e comunicados por parte destes agentes da Antena Minho resumiu-se a duas ou três intervenções junto dos media que reve-lam uma posição intoleran-te no caso. Até aqui, os movimentos populares foram-se organi-zando no apoio.

Situação merece preocupa-

nhece ser algo que o deixa “triste” porque diz “que o valor da pluralidade da in-formação e do bom relacio-namento entre os diferen-tes órgãos de comunicação social tem que ser salva-guardado e Braga só tem a ganhar em existir uma diversidade na cobertura” noticiosa. Hugo Pires, vere-ador da Juventude na Câma-ra Municipal, considera que quem perde com esta situ-ação são os cidadãos. “Faço votos de que este diferendo se resolva rapidamente e que estes dois órgãos de co-municação se entendam”. Já Carlos Almeida, deputado municipal do PCP conside-ra que a actual situação “não é saudável e que a mesma é prejudicial para a democra-cia”. Já António Durães, um dos nomes ligados ao teatro e à rádio, diz que esta é uma realidade que priva os ou-vintes da “actualidade cul-tural de uma cidade”, mas espera que se resolva rapi-damente.

ção dos agentes de decisãoO silenciamento da rádio merece repúdio por parte de algumas forças vivas da cidade e de entidades com responsabilidade políticia e social. O reitor da Univer-sidade do Minho, António Cunha, diz que esta “é uma situação que continua a me-recer muita preocupação. A RUM é uma entidade muito querida para a universidade e importante para a comu-nidade académica”, diz o rei-tor, salientando que “[a rá-dio] é um agente cultural da cidade”. Já Carlos Videira, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, diz ser “inaceitá-vel que esta acção continue sem ser resolvida graças à prepotência de alguém que se achou no direito de se substituir à justiça e aos tri-bunais e decidiu fazer justi-ça pelas próprias mãos”.

Pluralidade de informaçãoRicardo Rio, líder da coliga-ção Juntos Por Braga, reco-

Page 4: ACADÉMICO 182

PÁGINA 04 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

CAMPUS

(des)investimento na ciência marca aniversário da ecumELSA mouRA

[email protected]

A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) celebrou, na pas-sada quinta-feira, o seu 38º aniversário, marcado pela presença do professor Ma-riano Gago, antigo ministro

da Ciência, Tecnologia e En-sino Superior. O ato solene serviu para per-ceber as perspetivas em que se encontra a ciência no pa-norama do ensino superior em todo o mundo e onde, uma vez mais, o financia-mento às universidades foi alvo de críticas.

aaum baixa preços de refeições e transportescAtARINA hILáRIo

[email protected]

A AAUM prometeu e cum-priu. Uma das medidas anunciadas aquando da tomada de posse da nova direção, passou a ser uma realidade. Os alunos minho-tos irão gastar menos em refeições e no transporte. A poupança será de 1 euro no pack de senhas para a cantina - cada refeição fica 0,10 cêntimos mais barata, em relação ao ano anterior – e de 0,30 cêntimos em cada viagem entre os dois campus da Universidade do Minho. A entrada em vigor desta medida foi dia 18 de feverei-

ro, somente para os packs de senhas de transporte. Tam-bém estava prevista a entra-da em vigor do novo pack de senhas de 10 refeições nas cantinas da Universidade, mas, devido a questões de ordem operacional, tal me-dida teve de ser adiada para dia 25, passada segunda--feira. De qualquer das for-mas foi possível, a todos os alunos que compraram se-nhas entre o dia 18 e 22 de fevereiro, reaver a diferença. Teriam apenas de dirigir-se aos Gabinetes de Apoio ao Aluno da Associação Acadé-mica ou à Reprografia dos Congregados e apresentar o respetivo talão de compra. Carlos Videira, presidente da AAUM entende que esta

veis de candidaturas a pro-jetos internacionais, a nível de parcerias internacionais, mas a nossa escola é forte-mente internacionalizada e penso que está bem posicio-nada para fazer esse esforço adicional e para conseguir o investimento e o financia-mento que, efetivamente , é imprescindível para con-tinuar com a investigação“, explicou a Presidente da Es-cola de Ciências. Já Mariano Gago fez mes-mo uma análise da evolu-ção e do estado atual no que concerne ao investimento na ciência e investigação. A sessão solene decorreu no anfiteatro da ECUM, no Campus de Gualtar, em Braga.

dos douturados, o que nos dá uma responsabilidade acrescida, mas dá-nos um corpo docente extremamen-te competente para nos po-sicionarmos muito bem e acompanharmos o posicio-namento da Universidade do Minho a nível nacional”. Sobre o futuro e o financia-mento da investigação, Es-telita Vaz não tem dúvidas: “Com certeza que depende-mos imenso de investimen-to. Tudo o que é infraestru-turas laboratoriais depende muitíssimo de investimen-to, portanto é fundamen-tal. Temos que ser capazes de obter o financiamento, quando ele não é do orça-mento de estado, temos de ser capazes de o obter a ní-

euros por ano, apenas no que às senhas de refeição diz respeito.

A presidente da ECUM, Es-telita Vaz destacou os desa-fios que se colocam à esco-la, afirmando mesmo que “uma escola se reinventa todos os dias, e temos sem-pre que superar aquilo que já conseguimos. Melhorar a investigação, melhorar a performance junto dos alunos, melhorar o nosso campo de atuação junto da sociedade em geral, junto do público escolar é o gran-de desafio da Escola de Ci-ências. Continuar a fazer ciência, ensinar ciência e divulgar ciência e cada vez melhor”. A presidente da escola des-tacou o papel dos docentes na ECUM, sublinhando que “estão praticamente to-

medida ajudará os alunos a fazer face às despesas que têm com a sua frequência

no ensino superior. Este é um investimento da AAUM e deverá rondar os 10 mil

DR

Medida implementada pela AAUM nas refeições vai ter um custo de 10 mil euros

Page 5: ACADÉMICO 182

CAMPUSPÁGINA 05 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

PUB.

eleições para o conselho geral já mexem na universidade do minho cLAúDIA fERNANDES

[email protected]

É já no próximo dia 13 de março que se realizam as eleições para o Conselho Geral da UM.Deste ato eleitoral sairão eleitos 12 representantes do grupo de docentes e inves-

vez, é liderada pelo profes-sor catedrático Jorge Pedro-sa, da Escola de Ciências da Saúde. Em termos do grupo dos não docentes e não investi-gadores, a técnica superior Maria Fernanda Ferreira encabeça a única lista.A campanha eleitoral esten-de-se até ao próximo dia 11 de março.

o 3º ano. No que toca a docentes e investigadores foram apre-sentadas, igualmente, três listas candidatas.Assim, a lista A é encabeça-da pelo professor catedrático Licínio Lima, do Instituto de Educação.O docente Rui Ramos, da Escola de Engenharia, enca-beça a lista B e a C, por sua

a lista A. A lista B apresenta quatro alunos do 1º ciclo de estudos: Carlos Silva, Nuno Lopes, Elsa Mendes e Luís Masquete.Por sua vez, Alexandre Car-neiro, Ana Pereira, Inês Barbosa e Bernardo Mateus formam a lista C. Este gru-po é constituído por alunos do 2º ciclo, com exceção de Inês Barbosa que frequenta

tigadores, quatro represen-tantes dos alunos e um do pessoal não docente e não investigador. No que concerne à eleição dos representantes dos es-tudantes, três listas vão a votos.Assim, os alunos de 2º ciclo, Carlos Videira, Pedro San-ches, César Costa, e o de 1º, Bruno Alcaide, constituem

helena sousa será a nova presidente do icsterá “sangue novo” para continuar a construir algo para o ICS. “Sempre que se renovam as equipas, é natural que haja uma nova energia, uma nova vontade de dinamizar o ICS. É um legado importante, mas na-turalmente que queremos melhorar e fazer mais”, sublinha a recém eleita presidente do ICS. Face ao desemprego que abrange a área, Helena Sousa conside-ra esta flagelo como sendo “uma tragédia”, ainda assim ressalva: “temos de estar atentos à realidade social, procurar alternativas para contornar este problema”. A tomada de posse desta nova equipa diretiva deve acontecer em breve no ICS.

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Helena Sousa será a próxi-ma presidente do Instituto de Ciências Sociais (ICS), por um período de três anos. A professora catedrática do departamento de Ciências da Comunicação sucede no cargo a Miguel Bandeira, do departamento de Geografia. A eleição ocorreu na passa-da quinta-feira, onde a pro-fessora do ICS se submeteu à votação com a única lista a escrutínio. O voto na sua candidatura ao cargo foi aco-lhida por unanimidade. Este resultado eleitoral aguarda agora homologação por parte do reitor da Uni-

versidade do Minho, Antó-nio Cunha. Em declarações ao ACA-DÉMICO, Helena Sousa sublinha a vontade em apro-fundar alguns projetos: “O ICS tem feito um trabalho de eneorme grandeza que pretendemos continuar, reforçando algumas áreas, nomeadamente a interna-cionalização da investiga-ção, o reforço dos laços com a comunidade regional, o re-forço da nossa oferta educa-tiva e tornar mais flexíveis alguns projetos”. A docente considerou que existe um enorme “respei-to” pelo legado “muito im-portante” desenvolvido pelo anterior presidente, mas assumiu que a sua equipa

Page 6: ACADÉMICO 182

CAMPUSPÁGINA 06 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

semana da euforia arranca de “pernas para o ar”REDAção Rum

[email protected]

Já chegou mais uma sema-na da euforia à Universida-de do Minho. Entre os dias 25 e 28 de fevereiro, as ime-diações dos campi de Gual-tar e Azurém vão encher-se de estudantes que vão parti-cipar em várias noites temá-

ticas e no tão esperado rally das tascas.“O teu mundo de pernas para o ar” é o tema da sema-na da Euforia 2013 que mar-ca, igualmente, o arranque do segundo semestre na academia minhota. Nas expetativas da Associa-ção Académica da Univer-sidade do Minho (AAUM),

das: “Em Braga temos noites temáticas, todos os dias no BA, à semelhança de outros anos. Temos também a pro-gramação de terça, quarta e quinta-feira do Insólito, com temas variados para todos os alunos. Fora isso temos o Rally das Tascas, quer em Braga quer em Guimarães e teremos também na 2ª fei-ra e na 3ª, em bares junto à Universidade, uma noite di-ferente”. Eurico Peixoto faz ainda questão de apelar “ao sentido de responsabilidade de cada um, de forma a não haver exageros”. Esta rea-ção do dirigente associativo surge em resposta à recen-te polémica em torno das praxes em Barcelos, mais concretamente no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), onde três alunos fo-ram hospitalizados devido a excessos durante o Rally das Tascas da cidade barcelense. Eurico Peixoto espera mobi-lizar nesta actividade mais de 200 estudantes, mas ad-mite que este prognóstico é reservado, uma vez que é “complicado fazê-lo devido à crise económica”. Para agi-lizar a actividade, a AAUM terá cerca de 50 pessoas envolvidas na organização. Também a segurança foi pensada: “As medidas de segurança são feitas ao nivel da sensibilização junto dos estudantes de forma a obter por parte de todos um com-portamento responsável e assertivo, o que se tem veri-ficado ao longo dos tempos, com um comportamento exemplar por parte de todos.

aparecem! Os estudantes gostam de se divertir e, para isso, basta aparecer, com os colegas, num BA (Bar Aca-démico) ou um café. Para isso não é necessário estar muito bem financeiramen-te”.O responsável pela activida-de salienta ainda algumas das iniciativas programa-

nem a crise será capaz de demover os estudantes, como explicou ao ACADÉ-MICO, Eurico Peixoto, vice--presidente do departamen-to recreativo da AAUM.“Da experiência que já te-mos, as pessoas aparecem. Podem é, devido à crise económica, não trazer tan-to dinheiro, mas as pessoas

Page 7: ACADÉMICO 182

CAMPUSPÁGINA 07 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

reitor e presidente da aaum preocupados com o futuro dos estudantesRItA mAgALhãES

[email protected]

Na passada quarta-feira, a Universidade do Minho (UM) festejou o seu 39º ani-versário, numa sessão sole-ne comemorativa no Salão Medieval da Reitoria. A cerimónia começou com o cortejo académico dos professores catedráticos da UM, encabeçado pelo reitor António Cunha. Inaugura-da a sessão, subiu ao púlpito o reitor da academia para a sua intervenção. António Cunha destacou o dia da Universidade como sendo um momento de “celebra-ção do conhecimento e da instituição universitária”. António Cunha fez um ba-lanço dos últimos quatro anos, dando relevância à investigação, à oferta educa-

tiva, ao agravamento do qua-dro social, ao desporto e às práticas de gestão internas. O reitor da academia mi-nhota, nas suas palavras, expressou, sobretudo, a pre-ocupação com a redução em 3,4% da dotação do Orça-mento de Estado, “totalizan-do um corte de 14,5 milhões de euros em 3 anos para a UM”. Apesar do “brutal pro-cesso de ajustamento aos cortes”, o reitor garantiu que tudo será feito para que “a qualidade de ensino e de in-vestigação não seja afetada”. António Cunha falou tam-bém sobre o Programa Qua-dro Europa 2020, revelando que esta iniciativa será “um modelo de desenvolvimento que assenta a competitivida-de da UM e a afirmação in-ternacional no conhecimen-to e na criatividade”. O reitor da UM finalizou

tema “Arqueologia e Socie-dade” pela professora Ma-nuela Martins. Para finalizar a sessão sole-ne foram entregues a Me-dalha da Universidade aos trabalhadores não docentes mais antigos, assim como os prémios escolares e as cartas doutorais. De notar a ausência de algu-ma figura do Governo neste dia de celebração da Univer-sidade do Minho. A cerimónia terminou, tal como começou, com o cor-tejo académico dos profes-sores catedráticos da UM, incluindo um dos protago-nistas desta celebração, An-tónio Cunha.

a sua participação na ceri-mónia fazendo um balanço “extremamente positivo” do primeiro mandato do Con-selho Geral da UM.

Carlos Videira lembra que o motor da universidade são os estudantes

De seguida foi o presidente da AAUM, quem falou aos convidados. Carlos Alberto Videira salientou, no seu discurso, a importância e a notoriedade da acade-mia minhota no panorama nacional e internacional. O recém-eleito presidente da AAUM destacou os es-tudantes como “elemento fundamental para a pro-dução de conhecimento e promoção de liberdade de pensamento e da educação superior “. À semelhança do reitor António Cunha, também Carlos Videira fez um ba-lanço dos passos dados pela AAUM neste último ano, afirmando a sua preocupa-ção no que diz respeito ao caso do corte de emissão

da Rádio Universitária do Minho, relembrando que foram violados os valores da liberdade de imprensa neste caso. Carlos Alberto Videira con-cluiu a sua intervenção enunciando palavras de John F. Kennedy relativa-mente à importância da paz, do desenvolvimento, do conhecimento e, conse-quentemente, do papel das universidades. Na celebração do 39º aniver-sário da UM, houve ainda espaço para um momento musical protagonizado por Luís Pipa ao piano e a ha-bitual Oração de Sapiência, este ano, subordinada ao

Nuno Gonçalves/Dicas

O investigador Nuno Sousa foi distinguido, na cerimónia, com o Prémio de Mérito à Investigação da UMinho

Habitual cortejo académico marcou o início e o fim da cerimónia

Nuno Gonçalves/Dicas

Nuno Gonçalves/Dicas

Page 8: ACADÉMICO 182

CAMPUSPÁGINA 08 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

INQUÉRITOA mestranda em Economia Industrial e da Empresa está a par da situação por que tem passado a Rádio Universitária do Minho através dos jornais. “Do pouco que vi, penso tal como o responsável, que este é um atentado à liber-dade”, afirma. A aluna é a favor de se usarem outros meios para se atingirem os fins pretendidos, tendo sido para ela drástica esta atitude de cortarem a emissão. Ape-sar de não ouvir com fre-quência a rádio, ela admite que “nos últimos tempos a rádio estava com um leque musical bastante variado, de modo a chegar aos gos-tos de todos os ouvintes”. Para ela a importância da RUM detém-se no facto de ser uma rádio universitária, feita por alunos e ex-alunos da Universidade do Minho, confessando ser importante “para dar destaque à melhor academia do país”. “Penso até que não são muitas as universidades que têm uma rádio e, com a reputação que a UMinho tem, acho bas-tante importante que esta se mantenha”, termina.

A aluna de comunicação tomou conhecimento do “si-lenciamento” da RUM atra-vés de amigos e do comu-nicado da RUM no email institucional da Universida-de do Minho. Ela é da opi-nião de que deveria ter havi-do um acordo mútuo entre as partes, visto ocuparem um espaço em conjunto, em vez desta medida “tão drástica” da Antena Minho. “Os mais prejudicados fo-ram, sem dúvida, a RUM e os seus ouvintes. Uma rádio é um meio de comunicação importante e uma manei-ra de nos mantermos a par das notícias que nos dizem respeito. Quando é o caso de uma rádio universitária, esta ajuda a cultivar a mente e a alargar os horizontes cul-turais”, constata. Também para Joana, a importância da RUM está ligada à Uni-versidade do Minho, sendo “um meio de a representar e uma rádio dos estudantes”. Apesar de tudo, a aluna não sabia acerca da menor emis-são da RUM, mas afirma que “a RUM sempre teve um raio reduzido, e deveria alargar-se mais e fazer-se chegar a mais ouvintes”.

Miguel Pinto, aluno da li-cenciatura em Engenharia Informática, admite não ou-vir com frequência a Rádio Universitária do Minho. No entanto, está a par de todo o caso de “silenciamento” através das notícias na im-prensa. É da opinião que “os responsáveis pela Antena Minho tomaram a decisão errada, pois a decisão do tribunal ainda não tinha sa-ído”. “A RUM foi quem saiu mais prejudicada, pois este-ve sem emitir durante dias”, constata. A agora mais di-minuta difusão do emissor é, para ele, “um atentado à liberdade e aos direitos da RUM e de quem a ouve. Es-tão menos pessoas a ouvi-la, não porque querem que as-sim seja, mas porque não a podem ouvir. Esta é uma rá-dio principalmente dos alu-nos e para os alunos e, por isso, não deve ser silencia-da”. Questionado acerca da importância desta rádio, o aluno comparou-a às outras rádios, não a vendo apenas como uma rádio universi-tária. “É sempre mais uma emissora, logo há mais es-colha”, conclui.

“Estou a par do silenciamen-to da Rádio Universitária do Minho e considero-o um ato sem nenhuma legitimida-de, um atentado à liberdade de expressão e comunicação e, também, à própria ação da justiça portuguesa. Não vi-vemos numa anarquia para que de repente se lembrem de usurpar a antena…”, esta é a opinião de Lúcia Lopes. Para ela, todos saíram pre-judicados nesta história de “silenciamento”, menos a Antena Minho. “A rádio não se faz ouvir, o que faz com que não chegue a todos nós. Assim, nós somos privados de um direito, o direito de antena e a liberdade de am-bos os locutores e ouvintes é violado ao mais alto nível”. Para ela, a RUM é a voz dos estudantes, é uma projeção de atitudes, notícias e novi-dades. É um veículo simples e fundamental de transmis-são de mensagem. A agora menor difusão desta rádio é, na sua opinião, uma vio-lação do direito de escolha dos ouvintes e uma violação do direito de liberdade de quem “faz a rádio”.

JOANA TEIXEIRA3º ANO//

CIêNCIAS DA COMUNICAçÃO

MIGUEL PINTO2º ANO//

ENGENHARIA INFORMÁTICA

LúCIA LOPES2º ANO //

FILOSOFIA

cátIA SILVA

[email protected]

Há quase dois meses atrás, a Rádio Universitária do Minho sofreu diversos cortes de emissões, tendo alguns durado várias horas. Para já, a emissão da RUM é mantida graças a uma solução de recurso que não garante a mesma difusão.

A rádio Antena Minho foi a responsável por esta situação. Desde o início dos anos 90 que as duas rádios partilham o emissor de Santa Marta das Cortiças. A disputa pela propriedade onde está instalado o equipamento está em tribunal, não tendo havido até agora nenhuma decisão. Muitos consideram que esta atitude da Antena Minho foi um atentado à liberdade de expressão, de informação e de programação dos locutores de rádio e dos ouvintes.

O ACADÉMICO saiu à rua para saber a opinião dos alunos da Universidade do Minho e ouvintes da RUM.

âNGELA BATISTA2º ANO // MEST. ECONOMIA INDUSTRIAL E DA EMPRESA

como vês o “silenciamento” da RUM?

Page 9: ACADÉMICO 182

CAMPUSPÁGINA 09 // 26.FEV.13 //ACADÉMICO

tomada de posse da aaum marcada por palavras de confiança e otimismoRItA mAgALhãES

[email protected]

O salão nobre da Reitoria da Universidade do Minho (UM) encheu para conhecer o novo presidente da direção da Associação Académica da UM (AAUM), Carlos Al-berto Videira e a respetiva equipa, o Conselho Fiscal e Jurisdicional e os elementos que compõem a mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA). A cerimónia contou com a presença do reitor da UM, António Cunha, pelo Insti-tuto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) esteve presente Manuel Barros. Sérgio Moura, o agora ex--presidente da mesa da RGA, desejou, num peque-no discurso, que os novos elementos da AAUM “sejam unidos”. Depois de vários mandatos à frente da RGA, Sérgio Moura admitiu que vai sempre pertencer à aca-demia: “Formalmente deixo esta casa porque no coração serei sempre AAUM”. Manuel Barros do IPDJ, em representação do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto Alexandre Mestre, proferiu palavras de grande otimismo, acreditando no futuro das novas gerações. Ainda durante o seu discur-so, Manuel Barros destacou o trabalho feito na Capital Europeia da Juventude, em Braga, e na Capital Europeia da Cultura, em Guimarães e desejou felicidades ao novo corpo dirigente da AAUM.

Hélder Castro comovido no final de “um intenso ciclo”

O primeiro a discursar foi Hélder Castro, com palavras nostálgicas e emocionadas.

O ex-presidente da AAUM relembrou que quando ga-nhou as eleições em 2011, este era “um projeto am-bicioso e prometedor” que exigia “audácia, resistência e energia” por parte de toda a equipa da direção. Em jei-to de balanço, Hélder Castro afirmou que “2012 foi um ano difícil, no qual foi en-frentado o pior dos cenários da política educativa com cortes nas bolsas e nos fi-nanciamentos”. O estudante de arquitetura da UM des-tacou positivamente o des-porto durante o seu ano de mandato, que trouxe muitas medalhas para a academia, assim como os Campeona-tos Nacionais Universitários e os Campeonatos Mun-diais de Futsal e de Xadrez em Braga e em Guimarães, respetivamente. Hélder Castro termina este “intenso ciclo” dizendo: “Er-rar mostra que fomos auda-zes em tentar. Aprendi mui-to, sobretudo a viver com a sociedade”.

A passagem de testemunho

Carlos Alberto Videira su-biu ao palco de sorriso na cara e confiante no man-dato que ali começava. O novo presidente da AAUM afirmou que aquele era “um dia de responsabilização de um compromisso assumi-do” e abriu portas a todos aqueles que estivessem dis-poníveis a ajudar no cresci-mento da AAUM. Ao longo do discurso enumerou as diversas medidas que serão implementadas pela nova direção, em especial medi-das de carácter social e de apoio aos estudantes e uma particular atenção à cidade de Guimarães e ao campus de Azurém. Carlos Videira

texto adverso que aí vem” e, por isso, deve ter uma espe-cial intervenção cívica nas dimensões social, despor-tiva e cultural. O reitor da academia minhota proferiu ainda algumas palavras di-rigidas a todos aqueles que lutam pela justiça no caso da RUM. António Cunha deixou também bem claro que “os projetos e iniciativas que in-tegrem a missão e os valores da UM terão sempre o apoio do reitor”.

afirmou que pretende que este seja “um mandato de proximidade, com um diá-logo contínuo com os estu-dantes, apesar de não haver respostas exatas para um futuro incerto que se adivi-nha”. Nas suas palavras, a AAUM vai dedicar-se a vários desa-fios, nomeadamente, o caso da Rádio Universitária do Minho (RUM), a adaptação dos campi a pessoas com limitações e deficiências e a construção da nova sede da AAUM. Carlos Alberto Videira ter-minou o seu discurso citan-do Miguel Torga: “A aven-tura não é chegar, é partir”, deixando no ar um misto de entusiasmo e ansiedade para o ano 2013 na acade-mia minhota. O reitor da Universidade do Minho António Cunha dirigiu-se também a todos os presentes, realçando a mudança de protagonistas na AAUM e agradecendo “o trabalho e a dedicação de Hélder Castro a esta casa”. Apesar de ter sido um ano

difícil para a academia, An-tónio Cunha destaca o tra-balho voluntário nas dádi-vas de sangue realizadas na UM e “o trabalho incansável do gabinete de empreende-dorismo e das saídas profis-sionais da AAUM”. O reitor da UM destacou também que a associação “é um pro-jeto inacabado que deve ser-vir como um elemento de coesão entre os estudantes”. O reitor minhoto relembrou ainda que é preciso a AAUM estar preparada para “o con-

Provedor do Estudante aproveitou para felicitar o novo presidente da AAUM

Nuno Gonçalves/Dicas

Nuno Gonçalves/Dicas

Reitoria e IPDJ juntos na cerimónia

Page 10: ACADÉMICO 182

Nuno Gonçalves/DicasNuno Gonçalves/Dicas N

un

o G

onça

lves

/Dic

as

Nuno Gonçalves/Dicas

Nuno Gonçalves/Dicas Nu

no

Gon

çalv

es/D

icas

Nuno Gonçalves/Dicas Nuno Gonçalves/Dicas Nuno Gonçalves/Dicas

Nu

no

Gon

çalv

es/D

icas

Nu

no

Gon

çalv

es/D

icas

Nu

no

Gon

çalv

es/D

icas

Nuno Gonçalves/Dicas

Page 11: ACADÉMICO 182

PÁGINA 11 // 26.FEV.13 //ACADÉMICO

eventual solução deste âm-bito a nível regional? Penso que essa questão não pode ser colocada enquanto não se definir claramente os subsistemas de ensino superior em Portugal. O relatório sugere também a eliminação e adaptação de cursos. És a favor ou contra esta medida?Se a decisão estiver ligada com a rentabilidade e foro financeiro, penso que é per-feitamente injustificável. Se falarmos em agregar cursos para tornar as universidades em pólos mais especializa-dos em determinadas áreas, penso que é um caminho que pode ser considerado, sem tabus. Mas isso só pode ser feito de uma forma inte-grada.

Estamos a entrar numa al-tura de definição na Uni-versidade do Minho com

discurso e prática que vai no sentido de cortes nas uni-versidades desde 2005. Re-cordo que em 2003 a propi-na era de 852 euros e agora, se se confirmaram as pre-visões da inflacção, iremos passar, no ínicio do próximo ano letivo, para uma propi-na de 1066 euros. Um au-mento de mais de 200 eu-ros em cerca de dez anos. Se nada for feito, quero deixar a pergunta. Onde vamos estar daqui a 10 anos? Teremos que propina? É importante, portanto, que se olhe para esta solução numa perspeti-va a médio/longo prazo e se olhe também para os núme-ros do abandono escolar.

O relatório do CRUP apon-ta, como caminho para a competitividade, para a agregação e/ou fusão de ins-tituições de ensino superior. Que opinião tens para esta

ENTREVISTA

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

A ação social foi assumida com sendo a prioridade da direção da AAUM. A redu-ção do preços dos packs das senhas de refeição e trans-portes foi uma primeira ou última conquista? Foi certamente a primei-ra. Tal como disse no dia da Universidade, este é um passo muito importante e terá um impacto signifi-cativo na vida dos alunos. Não pode ser o último pas-so, pois sabemos que não chega. O Fundo Social de Emergência entra em vigor a 1 de março e conta com os contributos da AAUM para o tornar justo e flexível. Ao longo do ano procuraremos conseguir algum financia-mento para o mesmo e para outras atividades, seja atra-vés de fontes alternativas de

financiamento ou de inicia-tivas solidárias, seja através da consciência social que pretendemos incutir nas nossas atividades.

Na altura de apresentação desta redução de preços dis-seste que “não era a AAUM que deveria estar preocu-pada com esta ação social”. Queres concretizar o porquê desta expressão? Não é a AAUM que tem a função ou a missão de fazer ação social na universida-de ou no ensino superior. Cabe-nos a reinvindicação, cabe-nos apresentar pro-postas, posições e ideias dos estudantes, deixando para os órgãos próprios esse trabalho e a criação desses mecanismos. No entanto, infelizmente, não há capa-cidade para dar resposta a todos esses problemas e a AAUM entendeu que, den-

tro das suas possibilidades, e dentro de um quadro de emergência absolutamente excecional, poderia contri-buir para a criação destes mecanismos que têm um impacto muito positivo na vida dos estudantes.

O país está embrulhado numa crise e o ensino su-perior não está alheio a esta “onda”. Como vês o constan-te desinvestimento do país no setor? É incompreensível. Tendo em conta o discurso externo do nosso governo, nomeada-mente na Europa e no plano internacional, de aposta na educação, nos recursos humanos e ao dizer que a resposta à nossa crise está no aumento da competiti-vidade ao nível da inovação e aposta nas universidades. A contrastar, a nível interno, o governo pauta-se com um

CARLOS VIDEIRA“Vamos abrir uma sala de estudo 24h por dia na biblioteca durante este semestre”

Arlindo Rego

Em entrevista ao ACADÉMICO/AAUM TV, o novo presidente da AAUM, na sua primeira grande entrevista após ter sido eleito, revela algumas das linhas que irão guiar o seu mandato.

Page 12: ACADÉMICO 182

ENTREVISTAPÁGINA 12 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

tempo da justiça é demasia-do lento para resolver este tipo de problemas. No en-tanto há condições impostas que achamos que não fazem sentido. Há também uma posição que entendemos que deverá ser de lealdade e de igualdade e que tem a ver com o restabelecimento do acesso ao emissor. Posto isso, a negociação poderá fazer-se.

Em 2013 o país vai-se ver en-volvido em momentos de de-cisão ao nível autárquico. De que forma é que a AAUM vai viver este momento? A AAUM estará muito aten-ta, no entanto assumirá to-tal independência e reserva em relação às candidaturas autárquicas, quer em Braga, quer em Guimarães. Ainda assim, o que a AAUM fará, com certeza, é junto daque-les que se apresentarem ao voto, procurar clarificar as suas posições sobre um conjunto de matérias que interessam aos estudantes e à AAUM. Será importante haver esse contacto direto, mais para a frente, para per-ceber as posições dos candi-datos em relação a uma nova sede, em relação às questões de segurança, quer em Bra-ga e Guimarães, às questões de mobilidade e às ideias sobre a relação das cidades à academia. Pretendemos auscultá-los sobre estes te-mas e assuntos. A partir daí a decisão é de cada cidadão e a AAUM não terá qualquer papel no sentido de enviesar essa mesma decisão.

Mas crês que a nova sede poderá avançar este ano? Acho que o ano de 2013 pode ser importantíssimo para garantir compromissos e perceber a posição dos di-versos agentes, dentro e fora da universidade. Sabemos que existe um quadro muito difícil, mas a negociação de um novo quadro comunitá-rio a partir de 2014 pode ser uma janela de oportunida-des.Haja vontade política para isso. Pode 2013 ser também um ano de redefinição do projeto.A partir de 2014, havendo essa janela de oportunida-des, poderemos encontrar a sustentabilidade necessária para avançar com o projeto.

conta as carências do país e dos estudantes entendemos que se devia voltar ao for-mato anterior. Para já ainda não há cartaz, ainda não há, também, orçamento defini-do, mas sabemos que ire-mos gastar, em bandas, me-nos do que no ano passado.

A relação da AAUM com as cidades sempre foi forte. Em Braga, chegou-se a falar da integração da AAUM no GNRation, um edifício que representa um legado físi-co da Capital Europeia da Juventude. O que pode ser concretizado aí? A presença da AAUM no centro da cidade sempre foi alvo de grande discussão e debate. Hoje somos unâni-mes ao assumir que a sede dos estudantes deve ser per-to dos estudantes. No que diz respeito ao GNRation, a AAUM poderia ter algum tipo de intervenção. A pri-meira questão que foi levan-tada seria a do Liftoff. En-tendemos que faz sentido, caso existam as condições necessários para o gabinete continuar a fazer o seu exce-lente trabalho. No entanto, tudo depende da vontade dos agentes para ter o Lifto-ff no centro da cidade e das condições que se criem para que o gabinete tenha capa-cidade para corresponder a esse desafio. Depois haveria a possibili-dade de existir uma vertente cultural mais desenvolvida. Fomos sondados nesse sen-tido, mas é uma questão que ainda está a ser avaliada e que pode ser muito impor-tante para a AAUM e Rádio Universitária do Minho.

Precisamente a RUM con-tinua sem emitir em con-dições normais. Em que situação se encontra este impasse? É um impasse que dura há demasiado tempo e que lesa o interesse público. Foi por isso que tentamos sensibi-lizar vários atores da socie-dade para esta matéria. Há uma série de questões às quais nos mantemos fiéis, que vão de encontro à deli-beração que saiu do último Conselho de Administra-ção. Entendemos que as ne-gociações são importantes e terão valor, porque, infe-lizmente, no nosso país, o

as eleições para o Conselho Geral (CG). Encabeças uma lista de alunos que se propõe a ocupar os quatro lugares destinados a estudantes no órgão. O que te propões fa-zer nesse campo? Esta lista integra outras pes-soas que não são da direção e pretende tentar defender aquilo que vimos defen-dendo nas intervenções da AAUM. Será importante, nos próximos quatro anos, aproximar o CG da comu-nidade académica. Penso que, apesar de ser um órgão novo, já houve tempo para existir uma maior identifi-cação da comunidade com o mesmo e com a sua área de atuação. Será importante afirmar o papel dos estu-dantes como identidade de sucesso de uma universida-de plural e dinâmica. Será também importante sen-sibilizar o CG para a ação social, para as dificuldades dos estudantes, para o pen-samento em torno do valor das propinas e alertar para a discussão em torno da ma-téria pedagógica. Em suma, há um programa muito vas-to onde os estudantes terão de ter um papel ativo na dis-cussão.

Como vês a eventual e mais que provável continuidade de António Cunha à frente dos desígnios da reitoria da UM? É uma questão que o pró-prio reitor não clarificou, daí não fazer sentido, para já, antecipar cenários.

Tomaste posse há pouco mais de um mês. Que lega-do foi deixado e o que encon-traste nesta casa? Os tempos são difíceis e não encontrei a AAUM com o mesmo desafogo que em outros tempos poderia ter encontrado. Decorre muito, certamente, da situação que vivemos no país e na região e a AAUM não é alheia a isso. Felizmente a AAUM teve, nos últimos 13 anos, uma estabilidade que per-mite suportar este tipo de situações e essa mesma so-lidez tem permitido que a instituição se afirme, cada vez mais, como um ator cre-dível na sociedade. E foi isso que encontrei quando aqui cheguei. Está para ser divulgado o

plano de atividades deste mandato. O que haverá de novo? O cartão de sócio será uma prioridade ao longo do ano. Queremos que se torne uma ferramente de utilização di-ária na vida dos estudantes. Quer seja pelas vantagens instituicionais, quer seja pela utilização nos serviços existentes da AAUM...

... Mas há algum avanço nesse sentido? Este é um processo muito moroso, mas a nossa ideia seria que se conseguisse avançar em setembro, no início do ano letivo. Até lá trabalharemos no aumento das parcerias e especificida-des técnicas do cartão. De salientar, ainda este ano, que tentaremos uma maior proximidade a Guimarães, daí estarmos a ultimar o processo da reprografia da Escola de Arquitetura, para a utilização desse espaço por parte dos alunos. Gostaría-mos que a biblioteca intera-tiva fosse, igualmente, um ponto de maior utilização por parte da AAUM, nome-adamente, de alguns servi-ços ligados às saídas profis-sionais, de forma a garantir maior proximidade entre os alunos e a AAUM.

Sabe-se a intensificação do trabalho na área pedagógica. Em que se está a debruçar a AAUM neste momento? Encontramo-nos em conver-sações com a reitoria e com os Serviços de Documenta-ção (SDUM) no sentido de abrir uma sala de estudos no campus de gualtar por 24 horas por dia. Gostarí-

amos de ter avançado com esta medida há mais tempo, até porque há muito que o espaço está definido pela biblioteca. Neste momento existem alguns problmas em relação ao equipamen-to dessas salas. A AAUM, SDUM e reitoria estão a procurar uma solução pro-visória no sentido de abrir as salas por 24 horas ainda durante este ano letivo. Esta medida vai de encontro ao nosso compromisso en-quanto associação académi-ca.

Quem irá suportar os custos desta medida? Poderá passar por uma so-lução próxima dos regula-mentos de colaboração de estudantes, à semelhança do que já existe noutros ser-viços da universidade. Pen-so que encontraremos uma solução rapidamente.

Há dois momentos que mar-cam, pelo menos mediati-camente, a vida dos estu-dantes. Falamos da Gata na Praia e do Enterro da Gata. O que se pode avançar em relação a essas atividades? A Gata na Praia será de 23 a 28 de março em Albufeira. Para já é apenas isso que po-demos avançar.

E em relação ao Enterro da Gata. Sabe-se, para já, que irá ter menos um dia. Deve--se apenas a questões finan-ceiras? Sim. O Enterro da Gata teve um crescimento sustentado nos últimos anos. No ano passado deu-se um passo que não teve os resultados que gostariamos. Tendo em

Carlos Videira voltou a dar ênfase à vertente social que pretende intensificar

Arl

indo

Reg

o

Page 13: ACADÉMICO 182

Nu

no

Gon

çalv

es

MARTA PEDRO

O percurso de Rita Moreira no universo audiovisual inicia-se em 97, aquando da sua chegada à Universidade de Coimbra. No final de 2002, altura em que concluiu a sua Licen-ciatura em Psicologia, Rita Moreira tomou uma decisão que iria marcar o seu percurso profissional: opta por abraçar uma carreira na área audiovisual. O que começou por ser um estágio acabou por resultar numa colaboração de 7 anos com a Rádio Oxigénio de Lisboa. Durante o ano de 2010, Rita Moreira abra-çou um novo desafio, ao fazer parceria com Fernando Alvim na Prova Oral, um formato diferente daquele à que estava habituada e uma experiência que abriu novos horizon-tes a nível profissional. No início deste ano, assumiu a necessidade de partir novamente para um novo projecto, rumando ao Porto e integrando a equipa da OSTV, um canal dedicado à cultura e às artes que venceu o Prémio Nacional das Indústrias Criativas Serralves 2010, que arrancará brevemente no nosso país..

Stevie Wonder - Higher Groundtenho uma ligação emocional directa com esta música. Em 1º lugar por uma questão pura-mente instintiva - senti um arrepio de cima a baixo quando a ouvi pela primeira vez - o que deixou a curiosidade de saber mais. Depois há uma dicotomia entre uma mensagem espiritual - a música fala de uma segunda oportunidade dada a um pecador - e este lado algo terreno do funk. há uma história curiosa em relação a este tema: o Stevie Wonder teve um acidente grave pouco tempo depois de a ter gravado e esteve algum tempo em conta. Diz-se que o seu road manager cantou o higher ground ao ouvido e que ele começou a mexer os dedos ao som da música...

Xanadu - Sure ShotEste tema remete-nos para os primórdios da cultura hip-hop em Nova Iorque, numa colec-tânea da Soul jazz que traz uma série de nomes que não fizeram história mas contribuíram para a história do hip-hop. foram os pioneiros a sentir a liberdade de pegar no microfone e, com os Soundsystems, aliado a um activismo que fez história. é interessante reparar que quase todos os temas desta colectânea são muito longos, notando-se toda uma vontade de colocar cá para forma ideias, sentimentos, toda aquela ideia de liberdade de expressão.

Tiago Sousa - Walden Pond’s Monk IIIo romantismo enquanto movimento é uma influência no meu trabalho, mas não no seu lado saudosista, do “homem sofredor” que arca nos ombros com o peso do mundo. Aprecio mais a dimensão da evocação da beleza e o encontro de um certo “existencialismo nessa beleza.Estas são duas questões que me tocam emocionalmente, estão muito próximas e fazem-me “vibrar”. é, no fundo, a grande magia da música. E o roman-tismo acaba por estar sempre evocado [na sua música], embora não me enquadre em qualquer espectro da música erudita.

Twin Shadow - Castles in the SnowEsta escolha tem a ver uma certa componente es-tética que prova que, tal como noutras formas de arte, também na música a história se repete com o regresso dos sintetizadores dos anos 80, aqui reinventados e que trazem uma nova perspectiva sobre esse género. No entanto quis aqui fazer uma homenagem a outro dos elementos que

considero marcante no meu percurso: a cidade de Brooklin. o george Lewis jr. (mentor dos twin Shadow) nasceu na República Dominicana. A partir de 2008/2009, Brooklin tornou-se uma espécie de meca para as correntes independentes na música... é assim uma homenagem a nomes como os Vampire Weekend, Dirty Projectors, grizzly Bear, tV on the Radio.

James Blake - Limit to your LoveEsta escolha prende-se com a ideia de um produ-tor que não é profissional, que é um “miúdo” de 22 anos, que faz música praticamente a partir do seu quarto e essa música está em todo o lado. Agrada-me pensar nesta série de nomes que, minuto a minuto, vão aparecendo a produzir nestas condições. é óptimo pensar que hoje existe esta liberdade criativa à nossa disposição. o james Blake faz-me também pensar neste som que emerge do dubstep londrino, do qual sinto-me muito próxima e que encaro como uma derivação do trip-hop, um género que me abriu as portas para a música electrónica no fim dos anos 90.

RITA MOREIRA

Page 14: ACADÉMICO 182

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Spotify de sucesso em PortugalOs utilizadores portugueses ou-viram mais de três milhões de músicas na primeira semana de existência do Spotify Portugal, um serviço que disponibiliza música para escuta legal na In-ternet. O serviço, fundado em 2008, na Suécia, e que já está disponível em vários países, permite a escuta (e a compra) de um catálogo de mais de vinte milhões de músicas através da Internet, em computadores, telemóveis e outros dispositi-vos com acesso à net. Sem es-pecificar quantos portugueses

já pagam pelo serviço, fonte da comunicação do Spotify, em Portugal, referiu que foram es-cutadas mais de três milhões de músicas, e que os artistas mais ouvidos foram o DJ escocês Calvin Harris, a cantora Rihan-na, o músico norte-americano Will.i.am, assim como os sue-cos Swedish House Mafia.

No Egipto, mas sem YouTubeUm tribunal do Cairo ordenou o Governo egípcio a bloquear o acesso ao YouTube durante 30 dias por conter um filme anti-islâmico que levou a protestos sangrentos em todo o mundo.A decisão, porém, é passível de recurso. O vídeo em questão,

produzido nos EUA por um cidadão agora americano mas nascido no Egipto e cristão, mostra o Profeta Maomé como uma fraude religiosa, pedófilo e mulherengo.

Burlas na banca online regista crescimentoChama-se “phishing”, e trata-se de um fenómeno cada vez mais recorrente na web. Trata-se de um acesso a dados de terceiros através da utilização ilícita da banca online que está a crescer, desde 2011, 15 a 20% por ano em Portugal, informou a Polícia Judiciária (PJ).Em 2012 registaram-se cerca de 800 casos só na zona de Lisboa,

num total de 1.300 em todo o país, adiantou fonte da PJ, em conferência de imprensa sobre a detenção de sete pessoas suspeitas de pertencerem a um grupo organizado que se terá apoderado de mais de 150 mil euros através deste esquema fraudulento.

Também a Apple é atacadaA empresa norte-americana Ap-ple afirmou, numa declaração sem precedentes, que também foi alvo de um ataque de hack-ers, garantindo, no entanto, que não houve exposição de quais-quer dados.A empresa informou que hackers tiveram acesso aos

computadores de alguns dos empregados, e que os piratas informáticos aproveitaram uma vulnerabilidade num plug-in do Java (que permite ver con-teúdos interactivos nos sites), o que permitiu a instalação de malware (vírus e softwares que direccionem o computador do utilizador para acções não con-troladas pelo próprio) nos com-putadores da Apple. A Apple é a última empresa norte-amer-icana a anunciar que foi vítima de um ataque. Segue-se às ad-missões do Facebook, Twitter, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e ain-da do Departamento de Energia dos EUA.

twittadas

BRuNo fERNANDES

[email protected]

A Sony anunciou, na passa-da quarta-feira em Nova Ior-que, o lançamento da nova PlayStation. A versão 4 traz muitas novidades em rela-ção ao anterior modelo: 8GB de memória, jogar em stre-aming e um novo proces-sador são as características anunciadas. Mas quem estava à espera de ver o novo modelo da consola, desenganou-se.

Apresentação de consola... sem a consola! Coube a Andrew House, diretor executivo da Sony Computer Entertainment, o anúncio do lançamento

da nova versão da consola da empresa. Na conferência, diversos criadores de jogos subiram também ao palco para mostrar as potenciali-dades da nova versão. Mas os curiosos que que-riam ver o equipamento,

vem aí a playstation 4tiveram que se contentar apenas com... o novo co-mando. Nada disto passou despercebido à “concorrên-cia”: Larry Hryb, diretor de programação do serviço de jogos online da Microsoft (o Xbox Live), tweetou: “Anun-

ciar uma consola sem mos-trar a consola em si? Aqui está uma nova abordagem”.

Jogos PS3 incompatíveis. A nova consola traz algu-mas novidades, nem todas positivas: os títulos para PS3 não serão compatíveis com a nova versão. No entanto, poderão ser jogados em for-mato streaming tal como novos jogos que podem ser jogados na consola, sem a necessidade de descarrega-mento ou, mesmo, antes de serem comprados. A versão 4 traz um novo processador, facilitando, diz a empresa, o trabalho dos criadores de jogos, arma-zenamento interno de 8GB e um novo comando com uma área sensível ao toque.

Analistas preveem flop Ainda não se sabem todas as características da nova consola, mas os analistas di-zem que a aposta da empre-sa nipónica vai ser um flop. Segundo Takashi Watana-be, analista da Goldman Sachs, os smartphones e tablets vão acabar com a base de jogadores de conso-las existente. Isto porque os utilizadores“matam o vício” de jogar através de títulos como o “Angry Birds” e não estão dispostos a gastar di-nheiro para adquirir um tí-tulo para uma consola. A juntar a estas previsões, a Sony apresenta prejuízos há quatro anos seguidos. Só no último ano, a empresa teve perdas de 3700 milhões de euros.

Page 15: ACADÉMICO 182

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...

Estágios Profissionais: Suporte e Qualidade, Programação e Desen-volvimento Web e Data Warehouse (M/F) - Braga

Requisitos:

- Elegibilidade para realizar es-tágio profissional;- Proficiência e conhecimentos sólidos de Informática; - Conhecimentos sólidos de inglês;

Internships (Estágios) - Primavera Consulting

Perfil:- Engenharia Informática/Sistemas, Ciências da Com-putação ou equivalente

- Conhecimento de sistemas de gestão de base de dados, preferencialmente SQL Server

Web Designer(Freelancer) (M/F)Braga

- Bons conhecimentos de in-formática;

- Gosto pelo webdesign (no-meadamente criação de ban-ners e design em websites);

Outras ofertas:

- Account Manager (Fluência em Italiano) - Braga

- Formador de Marketing (M/F) Braga

- Engenheiro Electrónico (M/F) - Braga

Candidaturas em:www.aaum.pt/gip

by

Ofertas de emprego

w w w. a a u m . p t /g i p [email protected]

A Portugal Ventures inves-te em projetos inovadores, assentes em conhecimento específico e orientados para o mercado global, promo-vendo assim a valorização económica da ciência e da tecnologia nacional.O pré-registo para a se-gunda Call For Entrepre-neurship está aberto e os projetos poderão ser apre-sentados até ao dia 28 de fevereiro de 2013.Já abriu o pré-registo para a segunda Call For Entrepreneurship, iniciativa que visa possibili-tar o acesso a investimento de capital de risco de proje-tos inovadores de base cien-tífica e tecnológica na fase semente.A fase de submissão dos

projetos decorrerá entre os dias 28 de janeiro e 28 de fe-vereiro de 2013. Os projetos selecionados pela Portugal Ventures beneficiarão de um investimento de até 750 mil euros, num máximo de 85% do orçamento do mesmo. Através da Rede de Parceiros do Programa de Ignição (Ignition Partners Network), os empreendedo-res poderão beneficiar do apoio e orientação de uma das entidades dessa rede na preparação e qualificação do seu projeto, contribuin-do para que o mesmo esteja pronto para investimento. Todas as candidaturas são submetidas através do we-bsite da Portugal Ventures em www.portugalventures.

pt.A Portugal Ventures sele-cionará para investimento os projetos que demonstrem possuir maior potencial de crescimento e capacidade para se assumirem como empresas de excelência a ní-vel mundial.A Call For Entrepreneurship é parte integrante do Pro-grama +e+i (mais empreen-dedorismo, mais inovação). O seu objetivo é fortalecer o ecossistema Português de empreendedorismo de base tecnológica e, assim, contri-buir para o desenvolvimento de uma economia mais mo-derna, competitiva e aberta para o mundo, com base em conhecimento, inovação e capital humano altamente qualificado, com um for-te espírito empreendedor. Através desta iniciativa, a Portugal Ventures pretende investir cerca de 20 milhões de euros por ano.Todas as novidades e infor-mações acerca da Call For Entrepreneurship podem ser obtidas em:www.portugalventures.pt.

Portugal Ventures lança segunda Call For Entrepreneurship

cursos humanos; despesas em ações de prospecção de novos mercados e clientes; aquisição de equipamentos informáticos e software ne-cessários ao desenvolvimen-to do projeto; aquisição de equipamento que permita à empresa superar as normas em matéria de ambiente; es-tudos, diagnósticos, audito-rias e planos de marketing; investimentos nas áreas de eficiência energética e ener-gias renováveis; despesas inerentes à implementação de sistemas de gestão da qualidade; e, despesas com a criação e desenvolvimento de insígnias, marcas e cole-ções próprias.

As candidaturas à segunda fase do Sistema de Incen-tivo “Qualificação e Inter-nacionalização de PME” encontram-se abertas até ao próximo dia 20 de março. Todas as informações sobre este e outros programas de incentivos estão disponíveis em www.incentivos.qren.pt.

As candidaturas à segunda fase de alguns dos concur-sos QREN - Quadro de Refe-rência Estratégico Nacional 2007-2013 terminam já no próximo mês de março. De entre os novos programas de incentivo disponibilizados, encontra-se o SI Qualifica-ção e Internacionalização de PME (projetos individu-ais) que tem como principal objetivo capacitar e dotar as PME com os instrumentos necessários para a atuação no mercado global.Este sistema de incentivos apoia investimentos empre-sariais que reforcem a capa-cidade e a operacionalidade das empresas no mercado externo, aumentando e pro-movendo a sua competitivi-dade.São suscetíveis de apoio os projetos de investimento que reforcem a posição do tecido empresarial portu-guês no mercado internacio-nal. No âmbito deste progra-ma de apoio e incentivo são elegíveis: despesas com re-

QREN SI Qualificação e Internacionalização

de PME: candidaturas da fase II

Page 16: ACADÉMICO 182

CULTURA

joSé REIS

[email protected]

O GNRation, antigo quartel da GNR transformado em centro cultural multidis-ciplinar, está à procura de ideias de negócio para os es-paços comerciais lá existen-tes. Um concurso que visa a celebração de concessão do direito de exploração de seis

espaços comerciais, um res-taurante e um club, a insta-lar no imóvel. Rui Dória, da Fundação Bracara Augusta, responsável pela gestão do espaço nesta fase inicial, ex-plicou ao ACADÉMICO que “estes espaços fazem parte do piso 0 do GNRation. “Os espaços para as indústrias criativas são seis: espaços comerciais, um restauran-te e um ‘club’. Nos espaços

ideias de negócio para GNRation aceitam-se

uma enorme lição de vulgaridades

comerciais estamos a falar de áreas que vão dos 35 ao 60 metros quadrados, para instalar ideias criativas, ino-vadoras, mas com uma com-ponente também de susten-tabilidade”. O espaço, com abertura marcada para o dia 1 de março mas com inaugu-ração oficial apenas no final do mesmo mês, terá uma componente comercial que será, mesmo assim, residu-

al em relação aos diferentes espaços do local. “Estamos a falar de um edifício que está no centro histórico, um edifício inovador e criativo que terá uma comunicação e uma projeção local e regio-nal. Ainda não recebemos candidaturas, já recebemos bastantes interessados que já se encontram a fazer visi-tas ao local”, disse ainda Rui Dória.

Regulamento disponível

Os regulamentos para a ocupação dos espaços estão disponíveis no próprio espa-ço, mas também no site do espaço, em www.gnration.pt. “As candidaturas estão abertas até ao dia 8”, relem-bra Rui Dória, que será a fi-gura maior da gestão deste novo espaço.A Fundação Bracara Augus-ta, faz saber em comunica-do, prevê ainda mais progra-mas, realçando que esta “é a primeira fase, mas garante que todos os processos de-correrão de uma forma mui-to rápida”. Acrescenta ainda que as propostas devem ser originais e “adequadas aos princípios e valores do GN-Ration” que espera que os espaços sejam “dedicados à experimentação e divulga-ção de ideias e projetos ori-ginais”.Os espaços já podem ser vi-sitados pelos interessados, mediante marcação com a equipa no local.

SALA DE CINEMA

quase que por imposição da lógica dos acontecimen-tos. Christian Petzold le-vou mais longe o seu con-gelamento de emoções: Jerichow (2008) já tinha elucidado bem as diferen-ças entre o seu trabalho e a abordagem sentimentalista de Wolfgang Becker (Good Bye Lenin!, 2003) ou o sar-casmo de Andreas Dresen (Nightshapes, 1999), nomes maiores do Novo Cinema Alemão. Todos os pormenores que valorizariam à partida o filme são postos de parte. A importância do contexto (filme de época - anos 80), mais do que o enredo que se desenrola sem ter em aten-ção o público, foi descredi-tada pelo toque imparcial, mas nunca desumano, do realizador alemão. À par-

te do clima melancólico, alastrado até aos espaços envolventes (floresta, clíni-ca, habitação decadente), as personagens estão repletas de altruísmo. A câmara, muitas vezes distante, não se preocupa em construir (de forma complexa) essas personagens. Mesmo as-sim, a interpretação de Nina Hoss como Bárbara é um “tour de force” aplaudível. O seu olhar, expressão car-regada de mistério tal qual o passado da sua pessoa, é amargo e frio, apartado de tudo o que lhe pauta a roti-na imposta. Mas é um olhar de emoções; emoções essas que tomam as decisões mas que nunca se desvendam por completo. O filme é uma ‘quase’ his-tória de amor, sugere acon-tecimentos mas pouco

ou nada mostra. Bárbara aguarda que o seu compa-nheiro do lado ocidental de Berlim prepare a sua fuga mas, enquanto isso, a apro-ximação ao seu colega mé-dico torna-se a centralidade da narrativa. O momento da análise conjunta da obra de Rembrandt, no escritório, é a mais evidente das pistas deixada por Petzold para tomar o filme, coisa gélida e descrente, num invulgar conto de aproximações.

céSAR cARVALho

[email protected]

Na semana marcada pela cerimónia dos Óscares, o filme que aqui trato é ape-nas mais um exemplo para explicar a descrença com que olho para os denomi-nados prémios ‘maiores’ da 7ª arte. Note-se que Bárbara recebeu o Urso de Prata de

Melhor Realizador no Fes-tival de Berlim - o que só peca por escasso – mas foi deixado de lado pela Acade-mia em detrimento do apa-rato visual de Kon-Tiki, por exemplo. Bárbara, a personagem, é uma médica enviada para um hospital de uma povo-ação isolada pela Stasi (po-lícia secreta da Alemanha Oriental) como castigo por tentar escapar da República Democrática da Alemanha, o lado mais negro do Muro. Aqui, Bárbara, conhece no-vas pessoas, mais destaca-damente André, também ele médico, uma persona-gem quase tão enigmática quanto ela. A sinopse que se retira não é de todo ime-diata. Aliás, a decomposição da história vai-se fazendo por montagem de detalhes,

Realizador: Christian Petzold

Elenco: Ronald Zehrfeld, Nina Hoss, Rainer Bock

Data da estreia prevista em Portugal: 03-03-2013

Nacionalidade: Alemã

Pontuação: 4/5

DR

Aspecto do piso de um dos pátios interiores do espaço bracarense

Está aberto o concurso de ideias para ocupação dos espaços comerciais do futuro espaço cultural. Com abertura prevista para o próximo mês, este pólo aceita candidaturas de negócios até 8 de março.

Page 17: ACADÉMICO 182

PÁGINA 17 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 8 / 201322 FEVEREIRO

1 NICK CAVE & THE BAD SEEDSWe no who u r

2 MIRALDO - The ancient days

3 CAT POWER - Ruin

4 ALT-J - Breezeblocks

5 B FACHADA - Carlos T

6 BAT FOR LASHESAll your gold

7 GRIZZLY BEAR - Yet again

8 DIABO NA CRUZ - Luzia

9 DJANGO DJANGO - Hail bop

10 FOXYGEN - No destruction

11 A NAIFA - Gosto da cidade

12 DEPECHE MODE - Heaven

13 JACK WHITESixteen saltines

14 LIARSNo. 1 against the rush

15 SOAKED LAMB, THEA flor e o espinho

16 TAME IMPALA - Elephant

17 WE TRUST & BEST YOUTH Tell me something

18 WEATHERMAN, THE - Fab

19 ALLAH-LASDon’t you forget it

20 WRAYGUNN - Don’t you wanna dance

POST-IT

25 fevereiro > 01 março

MIND DA GAPÉs Onde Quero Estar

JOHNNY MARREuropean Me

ATOMS FOR PEACEBefore Your Very Eyes

ELISABEtE APRESENtAção

[email protected]

Os Blue Hawaii são um pro-jeto canadiano formado pela dupla Agor e Raph, alter--ego de Alexander Cowan e Raphaelle Standell-Preston (que faz também parte dos Braids). Em 2010 a dupla lançou um Ep de oito te-mas com o título “Bloo-ming Summer”. Na próxi-ma segunda-feira, dia 4 de

Março, chega aos mercados um novo trabalho, o álbum “Untogether” lançado pela editora Arbutus Records, a mesma que deu a conhecer o disco “Visions”, o segundo álbum de Grimes, conside-rado um dos melhores dis-cos de 2012. “Untogether” é um trabalho inspirado no Inverno Canadense. As músicas dos Blue Hawaii têm sonoridades ambientais misturadas com a eletróni-ca, onde a voz tem um papel

CD RUM

fundamental. O processo de gravação foi feito em separa-do, Raph andava em digres-são com os Braids e Agor andava a trabalhar música eletrónica na Europa, tal-vez por isso o disco tenha o nome de “Untogether”. O álbum é composto por onze temas, três dos quais (In Two, In Two II e Try To Be) foram apresentados ao mundo antes do lançamen-to do disco. De 25 de Feve-reiro a 2 de Março vamos apresentar no Cd Rum cin- co temas de “Untogether”.

AGENDA CULTURALBRAGA

CINEMA25 de FevereiroPela Estrada Fora/On the RoadTheatro Circo

MúSICA2 de MarçoJorge Palma – ÍntimoThetaro Circo

EXPOSIçÃO23 de Fev. a 24 de MarçoJoana Castelo – “ In the city of Ho Chi Minh”

Museu da Imagem

MúSICA E CINEMA27 de FevereiroO piano e a Música de Michael Nyman – 30 minutos de conversa & 30 minutos de músicaTheatro Circo

GUIMARÃES

MúSICA2 de MarçoVinicius Cantuária e Pierre Aderne-“Música de Índio +

Caboclo”(Cantando Histórias)CCVF

27 de FevereiroJazz – Todas as QuartasCafé Concerto – São Mamede

FAMALICÃO

EXPOSIçÃOAté 15 de MarçoExposição comemorativa dos 150 anos do nascimento de Narciso FerreiraParque da Defesa

LEITURA EM DIAMarginal de Cristina Carvalho - Planeta.

O Ano Sabático de João Tordo - Dom Quixote.

E Tu, Gostas de Histórias? de Sílvia Alves, Ilust. Susana Leite - Paulinas.

Enterrar os Mortos de Ignacio Martínez de Pisón - Teorema.

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Mãe (Leva os Filhos nos Olhos Como se os Levasse Pela Mão) de Nuno Higin; Ilust. Alberto Péssimo - Letras e Coisas.

DR

o inverno canadense dos blue hawaii

Page 18: ACADÉMICO 182

PÁGINA 18 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

DESPORTO

ao deixar entrar na sua área os adversários, mas depois lá ia resolvendo. O coletivo treinado por Augusto Inácio acabou por crescer no jogo. Foram surgindo algumas possibilidades de golo para locais e forasteiros. Porém, e até ao final do encontro o desperdício foi reinante. Na próxima ronda, o Gil Vicen-te recebe o Nacional; o Mo-reirense desloca-se a casa do Marítimo.

Confusão no dérbi da Segun-da Liga

Dérbi que é dérbi rege-se por um acentuar de emoções, os nervos fervilham por toda a parte, mas emoção não é justificação plausível para o que se passou em Guima-rães: o jogo entre as equipas B, do Vitória e do Braga, teve que ser suspenso devido aos conflitos que aí se deram. O árbitro, Hugo Pacheco,

fILIPA SANtoS SouSA

[email protected]

A 20ª jornada da Liga Zon Sagres trouxe consigo um fim de semana de dérbis mi-nhotos, com claro destaque para o sempre ‘quente’ duelo entre SC Braga e Vitória, de Guimarães. A jogar em casa, a formação treinada por José Peseiro necessitava imprete-rivelmente de ganhar. Afi-nal, os bracarenses vinham de um ciclo de quatro jogos sem qualquer vitória. Não há muito para contar relativamente aos primeiros 40 minutos: foram muitos os passes falhados e cautela era a palavra de ordem; um jogo pouco emocionante até então. Éder, cansado da mo-notonia que se fazia sentir, e a dois minutos do intervalo, cabeceou para o fundo da ba-liza de Douglas – estava feito o primeiro golo.

Logo no começo da segunda parte, os vitorianos tentaram a sua sorte, mas nenhuma das suas iniciativas acarretou um real perigo para o Braga. Ao minuto 53, Paulo Vinícius marcou o segundo tento para os anfitriões. Pouco depois, Éder voltou a alargar a van-tagem. O marcador registava 3-0. Por isso, e já com a ca-beça no jogo de quinta-feira para a meia-final da Taça da Liga frente ao Benfica, Pesei-ro decidiu mexer na equipa e tirou: Mossoró, João Pedro e Éder. O jogo parecia resolvi-do; parecia mas não estava - o Vitória de Guimarães ainda ‘acordou’ a tempo de pregar um susto aos ‘gverreiros’. Nos últimos dez minutos da partida, os visitantes aponta-ram dois golos. Valeu o esfor-ço, porém não o empate. O SC Braga permanece assim no quarto lugar, a apenas um ponto de distância do Paços de Ferreira que este fim de

fim de semana de dérbis no minho

semana pereceu diante dos ‘encarnados’.

Moreirense vs Gil Vicente: a luta dos aflitos

Em Moreira de Cónegos também houve dérbi mi-nhoto, porém os contornos desta contenda diferem em larga escala do duelo que opôs o Braga ao Guimarães. Aqui a luta era outra. Ambos os clubes figuram no fun-do da tabela classificativa, com apenas quatro pontos a separá-los. Por isso, era obri-gatório vencer. O empate foi o resultado possível, mas tal não serve para a salvaguar-da da manutenção na prova de primeira linha do futebol nacional.Os barcelenses entraram melhor na partida. De tal forma, que na primeira meia hora só dava Gil Vicente. A defesa do Moreirense apre-sentou algumas fragilidades,

Incidentes entre adeptos do Vitória e Sp. Braga voltam a manchar duelo do “vizinhos”

DR

PUB

considerou que não estavam reunidas as condições ne-cessárias para que o desafio continuasse e decidiu pôr término ao duelo. A conten-da decorreu sem acompa-nhamento policial, portanto não havia por ali quem fosse capaz de acalmar os ânimos. Os atritos começaram, logo aos seis minutos, quando fo-ram arremessadas cadeiras pelo ar. Tanto o Braga como o Vitória encontram-se em situação desprivilegiada na tabela classificativa do campeonato, e acontecimentos como o de domingo não facilitam em nada o seu percurso. Na pró-xima jornada, o Santa Clara recebe o Guimarães. Por sua vez, os bracarenses jogam em casa com o Penafiel. Re-corde-se que a Segunda Liga é liderada pelo Belenenses (69 pontos), seguindo-se o Sporting B (51) e o Arouca (50).

volta do campeonato devido a lesão, a boa forma da equipa pa-rece estar a chegar, com Miguel Almeida e André Machado a ser-em as faces visíveis desse acrés-cimo de forma. Prova disso foi o último jogo. Frente aos Leões de Porto Salvo, equipa que ocu-pava o 5º lugar da tabela. O Sp. Braga/AAUM tinha a possibi-lidade de trocar posição com o adversário e foi exactamente isso que fez. Uma entrada de rompante permitiu ir constru-indo um resultado confortável. O 3-0 que se registava ao inter-valo fazia antever uma segunda

espaçoscbraga/aaumby DVS

É a confirmação de uma boa segunda volta pelos lados da Universidade do Minho. O Sp. Braga/AAUM parece con-firmar, a cada jogo passado, a firmeza e sustentabilidade de uma linha de jogo que lhe permite chegar aos bons resul-tados. Depois de se ter visto privado de alguns dos seus elementos durante a primeira

metade de gestão de esforço e os 5-2 verificados no final da partida dão conta da suprema-cia da turma comandada por Paulo Tavares. Os estudantes ocupam agora o 5º lugar da ta-bela e deslocam-se, na próxima jornada, ao terreno do rio Ave, equipa que está imediatamente acima dos bracarenses, com mais 6 pontos. Antes disso, o Sp.Braga/AAUM desloca-se ao terreno do Freixieiro, na quarta-feira, para disputar os oitavos de final da competição. Um jogo de risco, mais um, para a equipa bracarense.

Miguel Almeida tem estado em destaque nos últimos encontros

Page 19: ACADÉMICO 182
Page 20: ACADÉMICO 182