a a a a a pa a a a a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem...

13
80 80 Cercada pelo Atlântico, de um lado, e pelas montanhas andinas, do outro, a desconhecida e bela Província de Chubut garante encontros com pinguins, baleias e leões-marinhos em meio a cenários que parecem nunca ter sido pisados Patagônia Argentina Os pinguins-de-magalhães são figurinhas carimbadas em Punta Tombo, onde formam a maior colônia dessas aves fora da Antártica As muitas facetas da

Upload: others

Post on 18-Oct-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

8080

Cercada pelo Atlântico, de um lado, e pelas montanhas andinas, do outro, adesconhecida e bela Província de Chubut garante encontros com pinguins, baleias

e leões-marinhos em meio a cenários que parecem nunca ter sido pisados

PatagôniaArgentina

Os pinguins-de-magalhãessão figurinhas carimbadasem Punta Tombo, ondeformam a maior colôniadessas aves fora da Antártica

As muitas facetas da

Page 2: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

81

POR ANA LUÍSA VIE IRA

uando o navio Mimosa aportou na longínqua província de Chubut,no sul da Argentina, em 1865, trazia imigrantes do País de Galesque resolveram se estabelecer por lá para colonizar essa inóspitaregião da Patagônia. Hoje, quem se embrenha nas paisagens ainda

selvagens das redondezas pode jurar que a vizinhança está tal qual naquelestempos. Dona de reservas naturais maravilhosas e apinhada de moradorescomo pinguins, baleias, gol finhos e leões-marinhos – dos quais os visitanteschegam impressionantemente perto –, o pedaço parece ter passado os últimos150 anos fora dos mapas. Tanto que Chubut ainda é pouquíssimo conhecidados turistas, embora não faltem motivos para ser visitada.

No decorrer desse tempo, os moradores empenharam-se em preservaro melhor dos dois mundos que colidem ali: as tradições do povo galês,expressas nas deliciosas casas de chá, e a natureza indômita, marcada pelasgrandiosas montanhas, que se mantêm parcialmente nevadas mesmo noauge do verão e emolduram lagos e bosques.

SHUT

TERS

TOCK

As muitas facetas daQ

Page 3: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

VIAJEMAIS82

A província de Chubut se es-tende da costa do Atlântico à fron-teira com o Chile, onde encontraa Cordilheira dos Andes. Com essetamanhão todo, os lados leste eoeste dessa porção de terra são bemdistintos – e, justamente por isso,ambos merecem ser explorados.Na área onde Chubut é lambidapelo mar, o bacana é o con tato tê-te-à-tête com animais que os bra-sileiros só costumam ver num zooou num aquário. E, no trecho ondea província esbar ra no Chile, sãoas magníficas paisagens patagônicasque se impõem.

Para conhecer o lado leste deChu but, na beira do Atlântico, abase costuma ser Trelew, que à pri-meira vista não passa de uma tran-quila cidade nos confins patagôni-cos. Mas o fato de receber seis voossemanais de Buenos Aires e outrosseis vindos de Ushuaia na alta tem-porada (setembro a dezembro),mostra que o lugar tem algo a mais.E o plus é que, nessa época, alémde o frio não ser tão severo, pin-guins, baleias e companhia come-çam a dar o ar da graça em terrafir me e nas águas.

É a deixa para que fiquem cheiosos bed & breakfasts que pipocamna cidadela, os quais são a melhoropção para quem só precisa de umacama confortável para descansarentre uma excursão e outra. Os pas-seios podem ser contratados emTrelew mesmo, nas agên cias quediariamente organizam toursguia-dos. E o bom é que elas quase sem-pre aceitam reservas até um dia an-tes da saída das expedições.

CARA A CARA COM PINGUINSUma estreia memorável nessa

vizinhança é o passeio à reserva dePunta Tombo, dona da maior co-lônia de pinguins-de-ma galhães

Page 4: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

VIAJEMAIS 83

O altíssimo Glaciar Torrecillas,no Parque Nacional Los

Alerces, na porção oeste de Chubut: a água do

derretimento das geleirasdeixa os lagos com a

tonalidade do Mar do Caribe

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 5: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

84 VIAJEMAIS

fora da Antártica. De Trelew, vocêvai levar duas horas de ônibus, tem-po que pode parecer muito, masacostume-se: as distâncias em Chu-but são sempre grandes, já que tudoque há de mais interessante rola emmeio à natureza, longe da cidade.

Assim, no entorno das estradas, sãointermináveis os trechos de vege-tação nativa, cuja monotonia, vezou outra, é quebrada pela presençados guanacos, parentes do veado,que vivem na região.

Em Punta Tombo, antes de en-

contrar os desengonçados e sim-páticos pinguins, faça uma paradapa ra conhecer o Centro de Inter-pretación de Pingüinos de Ma-gallanes, especialmente se estiveracompanhado de crianças. As sa-las do museu apresentam escul-turas em tamanho real e uma sériede explicações sobre a inconfun-dível fauna marinha da região.Será um bom aquecimento parafazer a trilha mais espe rada, quepõe os visitantes cara a cara comincontáveis pin guins-de-ma ga -lhães (o passeio custa 100 pesos,cerca de R$ 41).

Durante a caminhada de quase3,5 km até a praia, as aves aparecempor todos os lados – no começo,

Em PuertoMadryn, são osleões-marinhos

que fazem as honras: é possível

nadar e atétocar neles

MEL

INAPE

REZ/DI

VULG

AÇÃO

Page 6: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

85VIAJEMAIS

mais acanhadas, em um ou outroninho, escondidas atrás de arbustos.Mas, depois, elas perdem a vergo-nha e, em bandos, até disputampassagem com os turistas, afinal,são elas que mandam no pedaço.Conforme o mar se apro xima, aquantidade de pinguins toma pro-porções surreais: são milhares deles,com seu típico andar desajeitado,porém fofo demais, competindopor um espaço ao sol. Ao todo, maisde 500 mil animais dessa espéciese dirigem até Punta Tombo todosos anos, onde ficam de setembro aabril, quando, em busca de alimen-to, seguem para outras paragens –algumas centenas deles conseguemchegar até o Rio Grande do Sul.

HORA DOS GOLFINHOS. E DAS BALEIASPasseios marítimos também pro-

piciam encontros com uma sériede outros ani mais que batem cartãonesse trecho da Patagônia na mesmaépoca que os pinguins. Pertinho deTrelew, em Puerto Rawson (sãopouco mais de 20 km), dá para con-tratar um tour de lancha por 500pesos (cerca de R$ 205 por pessoa)para ver passarem ao seu lado oslin dos golfinhos-de-commerson(toniñas, em espanhol), que habi-tam as águas frias da região. Só nãopisque os olhos, já que os bichinhossão velozes ao saltar e não dão muitabola para os turistas – fotografá--los, aliás, é para os “fortes”. A sorteé que eles nadam em grupos gran-des, e a cor preta e branca da peletorna-os fáceis de serem identifi-cados no azul do oceano.

Para ficar ainda mais próximoda bicharada, a dica é viajar a PuertoMadryn, a 65 km de Trelew. Lá, aboa é nadar – isso mesmo, nadar –junto de leões-marinhos (por 1.100pesos, aproximadamente R$ 452),atividade que não exige grandes es-forços: só snorkel e roupa de mer-gulho bastam para ver esses gran-dalhões, que adoram uma bagunçae passam tão perto que dá até para

tocá-los. E pode fazer isso sem susto,pois, a despeito do tamanho, elesnormalmente são sossegados.

Se bem que grandes mesmo sãoas baleias-francas-austrais, que sal-tam e mergulham nas redondezasde Puerto Pirámides, na PenínsulaValdés, onde mais uma escapadamar afora leva para ver esses fas-cinantes mamíferos. A viagem não é das mais curtas – são cercade 165 km de Trelew a Puerto Pi -rámides, onde é preciso contratarum tour de catamarã que leve atéa área que concentra as baleias.Toda essa zanzação, porém, vale, ecomo vale, a pena: caso você estejalá entre junho e dezembro, esse é

Os catamarãs param bem pertinho das baleias-francas-austrais,que, com seus filhotes,visitam Puerto Pirámidesde junho a dezembro

SHUT

TERS

TOCK

SHUT

TERS

TOCK

DIVU

LGAÇ

ÃO

A monotonia das estradas vez por outra é quebrada pela aparição de guanacos

Page 7: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

86 VIAJEMAIS

o único lugar do mundo, fora a An-tártica, onde dá para ver essas gi-gantes nadando com os fi lhotes.

Ninguém fica indiferente frenteao tamanho do animal: os “reben-tos” vêm ao mundo com seis metrosde comprimento e quatro tonela-das, então imagine só as mães. Elasmedem 18 metros e pesam até 80toneladas, por volta de nove vezeso peso de um elefante. São legítimosgrandalhões sacudindo a cauda,saltando e fazendo outras estripuliasbem perto do barco.

A navegação na embarcaçãoconvencional sai 640 pesos (apro-ximadamente R$ 240), mas os dis-postos a gastar mais (1.280 pesos,cerca de R$ 520) com certeza terãouma experiência ainda mais fan-tástica fazendo o passeio no sub-marino Yellow Submarine.

DINOSSAUROS EM TRELEW A oferta de passeios ao redor de

Trelew é vasta, mas não é por issoque você deve relegar a cidade. Re-serve uma manhã ou uma tarde parair ao Museo Paleontológico EgidioFeruglio, que conta com um grandeacervo de fósseis de dinossauros. Oespaço exibe com orgulho o esque-leto do argentinossauro, animal que

viveu na Patagônia Argentina hámais de 90 milhões de anos e já foio maior do mundo, com 35 metrosde comprimento e 21 de altura. Seurecorde só foi desbancado em 2014,e por outro dinossauro descobertona região, cujos ossos, que vêm sen-do estudados no museu, devem for -mar um corpo de mais de 40 metrosde comprimento.

Nonno noon no no non oonon on o nn onoonnonon,no no noon on onon

À esq., construção deinfluência galesa que dá o tom em Chubut; acima,casa de chá Ty Te Cayerdydd,que já recebeu Lady Di eserve um sem-fim de delícias

LISANDRO CRESPO/DIVULGAÇÃO

a herança da colonização galesa emChubut está viva principal mente

na cidadezinha de Gaiman, a 15 km deTrelew. Quem caminha pelas ruas da vilaavista velhas edificações de pedra erguidaspelos primeiros imigrantes a pisar na re -gião, além das capelas Be thel, de 1913,e Vieja, de 1888 – tudo a poucos passosdas águas do Rio Chubut, que corta essaporção da província.

Depois de zanzar pelo lugarejo, éum desperdício deixar de ir a uma dastradicio nais, e encantadoras, casas deté galés (casas de chá galês). Nelas, dápara se esbaldar em refeições queseguem à risca os rituais do chá britâ -

País de Gales na

PataGônia arGentina

AMÉRICA DO SUL

nico. Além das cha leiras de porcelana,que chegam fumegan tes à mesa, sãoservidas tortas, bolos, pães, geleias eou tros quitutes feitos à moda do País deGales. O “banquete” com essas gulosei -mas custa cerca de 120 pesos (R$ 49).

Uma das casas de chá mais conhe -cidas é a Ty Te Cayerdydd, escolhida pelaprincesa Diana (1961-1997) para tomarseu chá da tarde quando passou porChubut, em meados da década de 1990.A casa, repleta de fotos e ho menagensa Lady Di, serve uma torta ga lesa – pre -parada com nozes, frutas secas, açúcarmascavo e gengibre – que é verdadei -ramente uma delícia.

FOTO

S: A

NALU

ÍSAVI

EIRA

Page 8: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

88

Enquanto na costa do AtlânticoChubut é pura emoção por pro-

porcionar o encontro com adoráveisanimais marinhos, no outro extremoda província, próximo à fronteiracom o Chile, é a paisagem deslum-brante da Patagônia indômita quese transforma na grande atração. Co-mo tal região fica à beira da Cordi-lheira dos Andes, é aí que você en-contrará aquele cenário monumentalem que lagos, cavernas, montanhasde picos nevados e bosques cismamem se encontrar a todo momento.

Uma boa base para se instalar an-tes de se aventurar nas redondezasé Esquel, que recebe seis voos deBuenos Aires por semana. Os aviõesainda não fazem o trajeto de Trelewaté essa cidade, portanto o jeito é irde ônibus numa viagem de cerca de600 km, percorridos em aproxima-damente oito horas. Mas pode acre-ditar: o tempo despendido no trajetoserá totalmente recompensado.

Emoldurada por montes de topobranquinho, a cidade, menor do queTrelew – são 32 mil habitantes, anteos cerca de 100 mil moradores deTrelew –, tem hotéis com preços bai-xos, mas a boa são os chalés, ou ca-bañas, como dizem os argentinos.Ficar nessas casinhas de madeira pertodas montanhas é garantia de plenacomunhão com a natureza.

DAS TRILHAS ÀS ÁGUASO melhor programa nessa porção

da Patagônia é, sem dúvida, passar odia no Parque Nacional Los Alerces,a 52 km de Esquel. O nome do lugarfaz jus às árvores mais imponentesdo pedaço: os alerces, ou ciprestes--da-patagônia, que estão en tre as ár-

ESQUEL O LADO B DOS ANDES

Page 9: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

89

Passar o dia no ParqueNacional Los Alerces,

cercado pela magnitude doscenários patagônicos, é

o que há no outro extremo da Província de Chubut

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 10: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

90 VIAJEMAIS

vores mais antigas do planeta. Parair à reserva, o melhor é contrataruma excursão numa agência de Es-quel, já que o ingresso do parque(80 pesos, cerca de R$ 32) não incluiguia ou qualquer tipo de acompa -nha men to. Embora os caminhos se-jam bem sinalizados, arriscar-se podeser perigoso: a área é gigantesca einclui vários pontos de mata fechada.

As trilhas do parque deixamqualquer um feliz, seja qual for omodo de percorrê-las – há passeiosa cavalo, de bike, caminhadas... – eo nível de dificuldade pretendido.Na maioria dos caminhos, não épreciso fazer esforço para se depararcom a beleza cristalina dos lagos,que estão sempre ao alcance da vista.Há trechos em que as águas, de tomazul-turquesa, chegam a lembrar asdo Mar do Caribe, com a diferençade que ali, na Patagônia, o pano defundo são as imensas montanhasandinas cobertas pela neve.

Quem quer se embrenhar aindamais na imensidão dessa paisagemde encher os olhos vai gostar do sa-fári lacustre, tour de barco, a 380pesos (cerca de R$ 154), que leva arecantos distantes, onde é difícil che-

Ao longo decavalgadas,passeios debicicleta eatividades deaventura, comoo rafting, é fácil se depararcom lagos e cachoeirascristalinas

FOTO

S: S

HUTT

ERST

OCK

Page 11: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

92

gar caminhando pela mata. O pas-seio inclui uma parada na parte dafloresta que abriga o alercemais an-tigo do parque – estima-se que eletenha 2.500 anos –, chamado La-huán (“o avô”), o qual se impõe comseus 60 metros de altura.

MAIS ATIVIDADES NOS ANDESSe a ideia é continuar com o

combo “trilhas na mata e muitaágua ao redor”, siga para outra re-serva, a Área Natural ProtegidaNant y Fall, bem mais modesta doque o parque Los Alerces, mas quenão fica devendo nada em termos

de cenários memoráveis. A áreaverde está no entorno da cidade deTrevelin, a 25 km de Esquel, e con-vida a fazer caminhadas pela matae paradas estratégicas para ver al-gumas das quedas-d’água mais lin-das da Argentina. A volta completapelo parque, que custa 35 pesos(R$ 14), não leva mais do que umahora para ser completada e, por is-so, pode ser feita em uma manhã.

Nos últimos dias de viagem,quando, depois de tanto ir pra lá epra cá, as pernas já pedirem arrego,aproveite para relaxar a bordo deuma maria-fumaça, chamada La

Trochita, que parte de uma estaçãode Esquel, construída em 1945. Da-li, os turistas rumam para uma via-gem de pouco mais de três horas.O destino pouco importa, já que aferrovia, embora dê muitas voltas,começa e termina no mesmo lugar.De qualquer forma, antes que o sa-colejo sobre os trilhos embale o so-no, é feita uma parada em NahuelPan, povoado indígena onde os mo-radores vendem artesanato.

É interessante, mas o que com-pensa mesmo é o trajeto. São 400 km junto às grandiosas paisa-gens patagônicas, com direito aavistar, pelas janelinhas dos vagões,as montanhas nevadas e algumascasinhas charmosas no caminho.O trem, de 1922, é só um mero fi-gurante em meio à natureza selva-gem de Chubut, que, ainda bem,conseguiu permanecer intocada.

SHUT

TERS

TOCK

ANALU

ÍSAVI

EIRA

A repórter Ana Luísa Vieira viajou a convitedo Ministério de Turismo da Província deChubut e com apoio da Travel Ace

Mirante na reserva Nant y Fall, mais uma lindeza nos arredores de Esquel; abaixo, a maria-fumaça que circula em meio às paisagens patagônicas

Page 12: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

94 VIAJEMAIS

PROGRAME SUA VIAGEM

*Preço

para du

as pessoas

PROGRAME SUA VIAGEM

*Preço

para du

as pessoas

quarto, contam com sala de estar ecozinha equipada com frigobar, micro --ondas e todos os utensílios. Os dor -mitórios têm calefação, ar-condi -cionado e wi-fi. A diária custa des-de 726 pe sos argentinos (cerca deR$ 399), com o café da manhã in -cluído.www.patagoniansuites.com.

ESQUELLas Bayas – Aconchegante e

confortável, o hotel tem só dez quartos,todos com banheira com hidro mas -sagem, o que completa o clima aco -lhedor. Conta com res taurante e bar eoferece transfers de ida e volta para oaeroporto. Desde 2.200 pe sos (cercade R$ 907). www.lasbayashotel.com.

Cabañas El Chalten – Opçãode hos pe dagem bem aconche gan te.Fica mais afastado da área urbana e,por isso, propicia um belo visual damontanha. São cinco caba nas, cadaqual com dois quartos, cozinha e salade estar, que comportam de duas acinco pessoas. Os bangalôs têm aindamais conforto e recebem de seis aoito hóspedes. Diárias desde 1.050pesos ar gentinos (cerca de R$ 433)nas cabanas, no caso de receberematé três pessoas. www.elchalten.net.

Hotel Sur Sur – Nesse em -preen di mento de clima familiar, osproprietários fazem o hóspede se sentirem casa. Dele, é possível ir a pé aosrestaurantes e mer ca dos do centro. Adiária, a partir de 550 pesos (em tornode R$ 227), inclui o gostoso café damanhã. www.hotelsursur.com.

com exceção das quartas-feiras, todossaindo do Aeroparque. Os bilhetes,porém, são caros: o trecho de ida e voltaentre Buenos Aires e Trelew sai cercade R$ 1.575, enquanto na rota de BuenosAires a Esquel o valor parte de R$ 1.877,ida e volta. Vale lembrar que entre Trelewe Esquel ainda não há voos diretos.

ONDE FICAR*TRELEW

Hotel Libertador – O hotel éantigo e os quartos são simples, masconfortáveis. Tem um bom café da ma nhã e equipe atenciosa. A diária sai a partir de 1.025 pesos argenti-nos (apro xi madamente R$ 423)www.hotellibertadortw.com.ar.

Patagonia Suites – Os apar -tamentos são no estilo loft. Além do

INFORMAÇÕES GERAISDocumentos exigidos para entrada naArgentina: passaporte válido ou do -cumento de identidade com foto recenteIdioma: espanholMoeda: peso argentinoCotação: o real anda bastante des -valorizado também diante da moedahermana. Assim, R$ 1 compra apenascerca de 2,45 pesos no câmbio oficial.Porém, na Argentina também vigora umcâmbio paralelo, chamado dólar blue,que paga cerca de 3,5 pesos por R$ 1.Fuso horário: uma hora a menos emrelação a Brasília, considerando o ho -rário de verão no BrasilPara ligar a cobrar para o Brasil:)0800-999-5500 e ) 0800-999-5501Embaixada do Brasil em BuenosAires: Calle Cerrito, 1.350. ) (0xx54-11) 4515-2400;www.buenosaires.itamaraty.gov.br.

QUANDO IRA melhor época para visitar Trelew

e a Península Valdés, na porção lesteda Província de Chubut, ladeada pelaságuas do Atlântico, é o segundo se -mestre, especialmente a partir de se -tembro, quando o clima fica maisameno e todos os animais marinhosque frequentam a costa da região jápodem ser observados – embora osgolfinhos-de-commerson, lá cha -mados de toniñas, e os leões-ma ri -nhos deem o ar da graça o ano todo,os pinguins-de-magalhães só apa -recem entre setembro e abril, e as ba -leias-francas-austrais, entre junho edezembro. O mesmo período tambémé o mais indicado para explorar a vi -zinhança de Esquel, no lado oeste daprovíncia, já que o pedaço fica pertoda Cordilheira dos Andes e as tem -peraturas no outono e no inverno cos -tumam ser bastante rigorosas.

COMO CHEGAR

A parada em Buenos Aires é pré--requisito para quem deseja chegar aChubut. Para a capital argentina, o me -lhor preço, a partir de São Paulo, é o daQatar Airways (www.qatarairways.com),

que cobra desde R$ 700 pelo bilhetede ida e volta. Com a Turkish Airlines(www.flyturkish.com.br), o preço sobeum pouquinho: custa a partir de R$ 746.Outras opções são a Aerolíneas Argen -tinas (www.aero lineas.com.ar), comvalores desde R$ 880, e a TAM(www.tam.com.br), a partir de R$ 861.Na companhia brasileira, porém, o voode volta tem troca de avião em Assunção,no Paraguai, onde é preciso esperarcinco horas pela conexão para São Paulo.

De Buenos Aires, a Aerolíneasopera quatro frequências diárias, excetoàs quartas-feiras, para Trelew: duas peloAeroparque Jorge Newbery, aeroportono centro da capital argentina, e duaspelo Aeroporto Internacional de Ezeiza,a 35 km do centro. Para Esquel, a com -panhia oferece seis voos por semana,

FOTO

S: D

IVUL

GAÇÃ

O

Page 13: A a a a a Pa a a A a - analuisacoms.files.wordpress.com · oeste dessa porção de terra são bem distintos – e, justamente por isso, ambos merecem ser explorados. Na área onde

A