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Em seu quarto mandato, o prefeito Antonio Carlos da Silva (PSDB) explica como Caraguatatuba, cidade de 110 mil habitantes localizada no litoral Norte de São Paulo, se transformou numa das mais desenvolvidas e estruturadas cidades do litoral brasileiro.

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Leitor

Em seu quarto mandato como prefeito de Caraguata-tuba, Antonio Carlos da Silva é conhecido pela gestão em-preendedora que transformou a cidade, carinhosamente chamada de Caraguá, numa das mais desenvolvidas e es-truturadas do litoral brasileiro.

O prefeito explica que desde a primeira candidatura, seu plano de governo é previamente registrado em cartório para que a população possa cobrar resultados: “Nosso pla-no de governo nunca foi um santinho de campanha, mas sim uma meta de trabalho”, ressalta.

Antonio Carlos da Silva reconhece que existem deman-das pontuais, ações não planejadas que precisam de aten-ção especial e que nem sempre as parcerias idealizadas no plano se concretizam. “Mas em todas as situações procura-mos segui-lo à risca”, garante o prefeito.

Em entrevista à revista Estados & Municípios, ele fala sobre as principais mudanças ocorridas no cenário da ci-dade, a força do turismo no processo de desenvolvimento, a importância das parcerias para a gestão municipal e o legado que deixará para a cidade.

Também defende a revisão do Pacto Federativo para melhorar a distribuição da riqueza do país. “Nascemos, vi-vemos e morremos nos municípios. Os governos federal e estadual dão as estatísticas do desemprego e das epide-mias. Nos municípios, nós damos nome e endereço e con-vivemos com os problemas”.

Para ele, os números, por si só, mostram que o Brasil precisa rever o seu Pacto Federativo, já que 62% dos recur-sos ficam em Brasília, 25% nos estados e apenas 13% nos municípios: “Desse jeito a conta não fecha”.

Filiado ao PSDB, o prefeito segue os ensinamentos do também tucano e ex-governador de São Paulo, Mario Co-vas, para conduzir sua administração com garra e determi-nação: “Ele dizia que para as adversidades nós só temos um caminho: enfrentar, combater e vencer”.

&EstadosMunicípios

O Editor

Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos S. Ferreira

AtendimentoNayara Cavalcanti / Daianna Brito

ColaboradoresClovis Souza / Gerson Matos

Mauricio Cardoso / Rangel Cavalcante Renato Riella / Mateus Pêra de Souza

DiagramaçãoAndré Augusto Dias

Agências de NotíciasBrasil / Senado / Câmara

Petrobras / Sebrae / USP / FAPESP

PARCEIROS

Região NorteMeio & Mídia Comunicação Ltda

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Tiragem 36 mil exemplares

As colunas e matérias assinadas não serão remuneradas e o texto é de exclusiva responsabilidade de seus autores

Sua revista de gestão, política e empreendedorismo

Governar com metas

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CAPA

Em seu quarto mandato, o prefeito Antonio Carlos da Silva (PSDB) explica como Caraguatatuba, cidade de 110 mil habitantes localizada no litoral Norte de São Paulo, se transformou numa das mais desenvolvidas e estruturadas cidades do litoral brasileiro. A receita é simples: “Nosso plano de governo nunca foi um santinho de campanha, mas sim uma meta de trabalho”.

28 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella

42 | MÍDIA Pedro Abelha

56 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante

ÍndiceEdição 255 - Novembro / 2014

Col

unas

11 Política

Oposição condiciona abertura de diálogo 11Preparando a reforma ministerial 12Congresso amplia capacidade de investimento 13

14 Nacional O novo mapa do PIB brasileiro 14Dengue representa alto risco em 125 municípios 15CGU orienta sobre editais de seleção pública 16Suspensão de repasses para Abreu e Lima 17

20 Estados Rio Grande do Norte moderniza infraestrutura 20Amazonas combate a lavagem de dinheiro 21Rio amplia benefício e dissemina cidadania 22Aplicativo facilita o turismo em Brasília 23

24 MunicípiosTecnologia da informação gera negócios 24Programa social de Boa Vista é exemplo 25Amambaí prioriza profissionais de educação 26Itaperuna ganha mais um prêmio nacional 27

30 InfraestruraDuplicação da Rodovia do Café no Norte do Paraná 30

31 ConstruçãoSilo vertical agiliza obra na Base Aérea de Brasília 31

32 GestãoEstados cobram R$ 2,5 bilhões do Governo Federal 32Combate à corrupção empresarial e internacional 33Pesca ilegal nos Lençóis Maranhenses 34Acordo global de biodiversidade sem o Brasil 35

36 SocialNúmero de miseráveis volta a subir no Brasil 36

37 Mobilização Gestores de cultura promovem encontro em Brasília 37

38 DesenvolvimentoSergipe atrai indústrias e amplia oferta de empregos 38

39 EconomiaEventos movimentam mais de R$ 200 bilhões 39

40 Câmaras & AssembléiasCâmara Legislativa reduz poder de governador 40Assembleia potiguar e Alemanha, mais próximos 41

44 AgriculturaIBGE já prevê safra recorde em 2015 44

45 SegurançaOperação integrada nas fronteiras é sucesso 45

46 SaúdeGuia padroniza alimentação de parcela da população 46

48 CulturaBrasil investe mais no setor cultural 48

50 EnergiaSegurança e transparência no setor elétrico 50

51 EmpreendedorismoGestores públicos promovem novo encontro 51

52 TurismoUm pedaço do paraíso em Morro de São Paulo 52

58 artigoCombate a oublicidade infantil 58

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C a p a

Enfrentar, combater e vencer

Em seu quarto mandato como prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva é conhecido pela gestão empreendedora, que transformou a cidade, carinhosamente chamada de Caraguá, numa das mais desenvolvidas e estruturadas do litoral brasileiro. Em entrevista à revista Estados & Municípios, ele fala sobre as principais mudanças ocorridas no cenário da cidade, a força do turismo no processo de desenvolvimento, a importância das parcerias para a gestão municipal e o legado que deixará para a cidade.Filiado ao PSDB, o prefeito segue os ensinamentos do também tucano e ex-governador de São Paulo, Mario Covas, para conduzir sua administração. “Ele dizia que para as adversidades nós temos um caminho: enfrentar, combater e vencer”.

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r e t r a n c a

Estados & Municípios: Quais as principais mudanças no cenário da cidade entre o come-ço de sua gestão e agora?

Antônio Carlos da Silva: Caraguatatuba, quando assumi-mos, tinha 8% do esgoto coletado e não era tratado. Hoje estamos chegando a mais de 80% do es-goto coletado e tratado. Isso me-lhora a balneabilidade das praias, melhora a saúde do município e é uma obra fundamental.

Quando assumimos, a rede municipal tinha 2.800 alunos, e não havia nem uma sala de aula do fun-damental. Hoje, Caraguatatuba, com 110 mil habitantes, tem mais de 19 mil alunos na rede municipal, ensino de qualidade, lousas digitais nas salas de aula, uma das melhores merendas do Brasil, várias escolas com horário integral e atendemos mais crianças no ensino infantil.

O município, com mais de 700 quilômetros de ruas, tinha me-nos de 100 quilômetros pavimenta-dos. Vamos encerrar este governo com 95% das ruas pavimentadas.

O estímulo ao turismo tam-bém trouxe mudanças..

Temos um grande potencial turístico, que é o nosso balneário, e a Mata Atlântica para o turismo ecológico, que é o que mais cresce no mundo. O turismo cultural, com um dos melhores teatros do Estado de São Paulo, o Teatro Mario Covas, para eventos culturais, que nos traz turistas e aumenta a frequência do veranista.

Já temos uma praça de even-tos e estamos construindo um

novo centro de eventos, quase 40 mil metros quadrados, entre a obra e o seu entorno, que vai pos-sibilitar segurança e qualidade de vida para as pessoas que vêm se apresentar no município. Teremos uma estrutura fantástica para o in-cremento do turismo de eventos.

Também incentivamos o tu-rismo esportivo, tanto que já re-cebemos pela sexta vez os Jogos Regionais, sediamos o Jori (Jogos Regionais do Idoso) e uma série de eventos que atraem outras cidades e incrementam o município.

Investimos em obras de infra-estrutura, melhoramos a ilumina-ção pública e investimos em obras que beneficiam a acessibilidade de idosos e pessoas com deficiência.

Saúde, educação, seguran-ça, infraestrutura. Quais as áreas mais beneficiadas por sua gestão? E por que?

Se nós imaginarmos que a neurociência diz que a criança desenvolve seu intelecto até os 7

anos de idade e que até os 3 anos é mais de 50%, é necessário que este país priorize a educação in-fantil e o ensino fundamental . Por isto, estamos construindo mais es-colas e CEIS (Centros de Educação Infantil), fundamental para univer-salizar a educação, que sempre foi o nosso objetivo, principalmente, o atendimento na educação do ensino básico.

Construímos três Centros Integrados de Desenvolvimento Educacional (CIDE), um em cada uma das regiões da cidade. O CIDE é um complexo educacio-nal formado por unidades esco-lares, centro esportivo e Unida-de Básica de Saúde; construímos novos Centros de Educação In-fantil nos bairros e incentivamos a realização e participação em eventos como FLIC (Feira Lite-rária Infantil de Caraguatatuba), Gincana da Solidariedade e Ta-buada Vanguarda, ambas reali-zadas pela TV Vanguarda (Rede Globo).

Ano Novo - Praia do Centro

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Na educação profissionali-zante, parcerias bem sucedidas permitiram a vinda da ETEC (Es-cola Técnica, ensino médio), Ins-tituto Federal (ensino superior) e Senai (Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial).

Na saúde, investimos cerca de 30% do orçamento, o que resultou em novas estruturas, como o Centro de Especialidades Médicas, Odon-tológicas e de Reabilitação (CEM/CEO) Madre Teresa de Calcutá e na UPA (Unidade de Pronto Atendi-mento), que funciona e é totalmen-te equipada; a quantidade de remé-dios que distribuímos é referência em toda a região; mantemos mais de 22 equipes de PSF (Programa Saúde da Família); quitamos as dí-vidas e investimos em uma nova ala da Santa Casa, e ainda construímos novas Unidades Básicas de Saúde para melhorar e ampliar o atendi-mento à saúde, que é o grande de-safio do nosso país.

Na segurança, desde julho de 2013, o policiamento de Cara-guá foi reforçado, com a Ativida-

de Delegada. O convênio firmado com o Governo do Estado permite que a prefeitura contrate policiais militares, em horários de folga, que trabalham fardados para o município. A presença ostensiva da Polícia Militar tem inibido a ação de bandidos, além de contri-buir para a sensação de segurança da população. Cerca de 30 poli-ciais militares prestam serviços ao município diariamente, em um to-tal de 900 escalas/mês.

Porque o turismo é tão im-portante para o desenvolvimento da cidade?

Tudo que um país precisa é de desenvolvimento para geração de emprego e renda. Temos aqui no Li-toral Norte, que é a galinha de ouro do Estado de São Paulo e do Brasil, o turismo, que é um grande gera-dor de empregos. As pessoas vêm passear, frequentam restaurantes, consomem no município, o que certamente gera emprego.

Por isto, é necessário investi-mentos constantes na infraestrutu-

ra da cidade, que se melhore os eventos, em todos os segmentos (cultural, ecológico), para atrair cada vez mais consumidores, para que se possa gerar emprego e de-senvolvimento social em nosso município.

Temos lindas praias, orla urba-nizada, o Parque Estadual da Serra do Mar e setor de serviços em de-senvolvimento. Com a conquista da duplicação do trecho de planal-to da rodovia dos Tamoios (que liga o Vale do Paraíba ao Litoral Norte), Caraguá já vem sentindo o aumen-to no movimento de visitantes, mes-mo fora da temporada, e agora, em obras, os contornos Sul (Caraguá--São Sebastião) e Norte (Caraguá--Ubatuba). Este acesso ao litoral é um marco para o futuro do turismo no Estado de São Paulo

Como explorar ainda mais o potencial turístico da cidade em prol da melhoria de vida da po-pulação?

Além de tudo o que já citei, já estão em fase de licitação as obras

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de urbanização e modernização da orla da Massaguaçu, uma das praias mais lindas de todo o Lito-ral Norte.

E também está em fase de fi-nalização o projeto da Passarela Ecológica, com 1.900 metros de extensão, que ligará a Praia do Camaroeiro à Prainha e à Martin de Sá, com acesso exclusivamente para pedestres.

Na baixa temporada, tam-bém realizamos eventos gastronô-micos, como o Caraguá a Gosto (9ª edição), Festivais da Tainha (11ª edição) e do Camarão (17ª edição), além dos eventos cultu-rais, como o Litoral Encena, que atraem visitantes e veranistas.

Qual o principal legado que sua administração deixará para o município?

Sem dúvida, a educação, que serve de modelo para o Bra-sil e as políticas públicas volta-das aos idosos, às pessoas com deficiência e àqueles que mais precisam.

Cientes do envelhecimento de nossa população e da urgên-cia em proporcionar acessibili-dade a todos, criamos a secreta-ria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso que, em dois anos e meio de atividades, já conquistou prêmios e resulta-dos com projetos, cursos e par-cerias com entidades do municí-pio e do estado. E está em fase de construção o Centro Integra-do de Atenção à Pessoa com De-ficiência e ao Idoso, que contará com o Centro Dia, para o públi-co que tem características semi--dependentes ou situação de vulnerabilidade social.

Outro importante legado são os CRIES (Centro de Referência de Inclusão Escolar e Social), nos quais mais de 60 profissionais cuidam de crianças com neces-sidades educacionais especiais, dando suporte técnico. Criados há quatro anos, esses espaços já re-alizaram, até o primeiro semestre deste ano, mais de 30 mil atendi-mentos à comunidade.

Também deixaremos o Plano Diretor revisado e atualizado, para ser seguido e aprimorado, garantindo a qualidade de vida da população.

Prédios modernos e estrutu-ras adequadas principalmente na área da educação e melhorias na área da saúde. Investimos cerca de R$ 19 milhões na aquisição de mais de 300 mil m² em áreas e imóveis que agora pertencem à municipalidade.

Como avalia a importância

das parcerias para a gestão muni-cipal?

Em meu quarto mandato, estou realizando um grande so-nho, que me parecia impossível: a construção de habitação para bai-xa renda. Graças à parceria com os Governos do Estado e Federall, isto foi possível. Já estamos cons-truindo 1.950 residências para fa-mílias com renda até três salários mínimos. Temos demanda para mais e pretendemos buscar mais parcerias, pois precisamos tirar as pessoas de áreas de APP (Área de

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Proteção Permanente), de áreas de risco e de moradias indignas para a família.

As parcerias que mantemos com o Governo do Estado, Gover-no Federal e iniciativa privada são fundamentais para o desenvolvi-mento do município.

Somos parceiros do Governo de São Paulo na vinda do Hospi-tal Regional do Litoral Norte, que será em Caraguá, em área doada pelo município; na infraestrutura viária; e na construção de esco-las. E também somos parceiros na implantação da ETEC (Escola Técnica – ensino médio), no Pou-patempo e no AME (Ambulatório Médico de Especialidades).

É possível afirmar que seu plano de governo está sendo rigo-rosamente cumprido?

Não tem dúvida. Desde a minha primeira candidatura re-gistramos o plano de governo no cartório. Nosso plano de governo nunca foi um santinho de campa-

nha, mas sim uma meta de traba-lho. E, em todas as situações, pro-curamos segui-lo. Evidentemente que há demandas que aparecem, ações que precisam de uma aten-ção especial , assim como algu-mas parcerias idealizadas no pla-no, nem sempre se concretizam.

O nosso plano de governo foi cumprido em respeito aos eleito-res que depositaram sua confian-ça e me elegeram prefeito pela quarta vez, no segundo mandato consecutivo.

Na sua opinião, quais as

principais vitórias e derrotas de sua gestão até o momento?

Consideramos as nossas ges-tões com muito êxito e muitas vi-tórias. Evidentemente que as de-mandas são dinâmicas, a cidade cresce e você nunca consegue fazer tudo o que gostaria. Existe uma frustração de nunca conse-guir fazer tudo o que se gostaria.

Tivemos alguns desafios como, por exemplo, a saúde, na

qual ainda há muito a fazer para melhorar o atendimento à popula-ção. Por outro lado, aumentamos tanto os atendimentos em políticas publicas que, só nos últimos seis anos, contratamos mais de 2.700 servidores, num total de 4.500, vi-toriosos em cinco concursos públi-cos, que foram exemplo de lisura e transparência. Mas não vou con-seguir fazer tudo neste mandato e nem conseguiria fazer tudo em um próximo.

É fundamental salientar o res-peito que temos ao contribuinte. Tanto que no ranking da Firjan (Fe-deração das Indústrias do Rio de Ja-neiro), Caraguá é a 6ª no país e a 4ª no estado em excelência de Gestão Fiscal.

Nós nascemos, vivemos e morremos nos municípios. O Brasil tem a necessidade de rever o seu Pacto Federativo. Os Governos Fe-deral e Estadual dão as estatísticas do desemprego e das epidemias. Nos municípios, nós damos nome e endereço e convivemos com os problemas. Os números: 62% dos recursos em Brasília, 25% nos es-tados e 13% para os municípios, não fecham mais a conta. É preciso sensibilizar o Congresso Nacional para que rediscuta o Pacto Federa-tivo, porque creio que nem a po-pulação saiba como é distribuída a riqueza do país.

Mario Covas dizia que para as adversidades nós temos um cami-nho: enfrentar, combater e vencer. Enfim, com respeito e comprometi-mento à causa pública, Caraguá é uma cidade cada vez melhor para visitar, morar e investir.Praia da Cocanha

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P o l í t i c a

Derrotado no segundo turno pela presidenta Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou em pronunciamento na tribuna do Senado que qualquer tipo de diálogo com o governo depende do “aprofundamento” das investigações sobre o suposto esquema de corrupção na Petro-bras, que chamou de “petrolão”.

A afirmação foi uma resposta pública às declarações da presi-denta reeleita que pregou o diálo-go com a oposição ao afirmar que terá como prioridade conversar com as diferentes forças políticas e com a sociedade.

“Agora, os que foram in-tolerantes durante 12 anos falam em diálogo. Pois bem, qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros. E, principalmente, chamo a atenção desta Casa e dos brasileiros, qual-quer diálogo tem que estar condi-cionado, especialmente, ao apro-fundamento das investigações e exemplares punições dos envol-vidos naquele que está condicio-nado a ser o maior escândalo de corrupção da história desse país, o conhecido petrolão”.

Oposição forte

No discurso, o tucano afir-mou que atuará, nos próximos

quatro anos, de forma “in-transigente” pelos inte-resses dos brasileiros. “Faremos uma opo-sição incansável e intransigente na de-fesa dos interesses dos brasileiros, vamos investi-gar e denunciar, combater sem trégua a corrup-ção”, disse.

O senador afirmou que é preciso “unir o país em torno de um projeto de desenvol-vimento”, mas ressalvou que para tanto é pre-ciso que o gover-no “fale a verda-de” e demonstre interesse em apro-fundar as investiga-ções na Petrobras.

“O diálogo de-pende de propostas concretas e depende de o governo demonstrar que pretende investigar essas gravíssimas de-núncias de corrupção. Os gestos hoje estão nas mãos da presidente da República”

Oposição condiciona abertura de diálogo

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P o l í t i c a

A presidenta Dilma Rous-seff já anunciou que não apressará a reforma mi-

nisterial para montar a equipe de seu segundo mandato. Ela garante que não há um prazo para que as mudanças comecem, mas, mesmo assim, vários ministros já sinaliza-ram que deixarão o governo.

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da Re-pública, Aloizio Mercadante, de dez a 15 ministros já entregaram cartas colocando seus cargos à dis-posição. Ele garante que a atitude é apenas uma formalidade e que não se trata de uma obrigação.

Mercadante não soube pre-cisar a quantidade nem detalhar os nomes dos ministros que já en-tregaram os cargos, pois algumas cartas foram enviadas diretamen-te para o gabinete da presidenta.

Para o ministro, esta é uma forma de demonstrar publica-mente o “espírito demonstrado na campanha”, que pregou o lema “Equipe nova, governo novo”. “Faz quem quiser, é um gesto de gentileza. E não tem prazo, o go-verno vai até 31 de dezembro. É um gesto de reconhecimento e agradecimento”, disse.

Á vontade

Ele explicou que a proposta era deixar a presidenta Dilma à vontade para conduzir a transição para o segundo mandato. “De qualquer forma, a presidenta tem toda liberdade para fazer a refor-ma ministerial. Ela foi eleita em um regime de presidencialismo.

Preparando a reforma ministerial

Ela pode trocar o ministro que qui-ser na hora que achar oportuno”, complementou.

De acordo com o ministro, a ideia surgiu espontaneamente du-rante uma conversa com os cole-gas de ministérios, e que José Edu-ardo Cardozo, da Justiça, e Miriam Belchior, do Planejamento, Orça-mento e Gestão, que também par-ticiparam da sugestão, estão total-mente de acordo com a iniciativa

Quanto ao pedido de demis-são da ministra da Cultura, Marta Suplicy, que deixou o cargo quan-do Dilma Rousseff estava em via-gem oficial ao exterior, a própria presidenta afirmou que já tinha conhecimento da decisão e que não houve qualquer atitude incor-reta por parte da ministra.

“Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que fui reeleita a ministra falou co-migo que sairia. Ela não fez nada de diferente, não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei”, afirmou.

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P o l í t i c a

O plenário do Senado Fe-deral aprovou por una-nimidade, projeto de lei

que altera o indexador da dívida de estados e municípios com a União e alivia a situação fiscal desses entes da Federação. A pro-posta também garante correção retroativa das dívidas contraídas antes de 1º de janeiro de 2013, o que poderá agravar a situação das contas públicas, que em setembro

registraram o pior resultado da história.

O texto aprovado pelos se-nadores garante a correção retroa-tiva do saldo devedor pela variação acumulada da taxa Selic (taxa bási-ca de juros da economia) desde a assinatura dos contratos. A retroati-vidade tinha sido incluída no proje-to pelos deputados federais e sofreu resistência do Palácio do Planalto, que teme perdas futuras na arreca-dação e desequilíbrio fiscal.

A votação do projeto, previs-ta para o início do ano, foi adiada após apelo de ministros, que te-miam na época um rebaixamento da nota do Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi pessoalmente discutir o assunto com os senado-res, que entraram em acordo para votar o texto no segundo semestre.

Congresso amplia capacidade de investimento

Redução dos juros

A proposta aprovada pelo Senado alivia a situação fiscal de governos estaduais e municipais, porque reduz os juros das dívidas contraídas com a União.

Atualmente, a correção é ba-seada no Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6% a 9% de juros ao ano. Com o projeto, o indexador pas-sará a ser a taxa Selic ou o Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) mais 4% de ju-ros, o que for menor.

O relator, senador Luiz Hen-rique (PMDB-SC), afirmou que o projeto “devolve aos estados par-te da capacidade de investimento que eles perderam”.

Aprovado na Câmara e no Senado, o projeto aguarda sanção da presidenta Dilma Rousseff.

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N a c i o n a l

Os números da Pesquisa Contas Regionais do Brasil 2012, divulgados pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), redesenharam o mapa do Produto Interno Bruto (PIB) na-cional. Os 22 estados com menor participação na produção de bens e riquezas do país tiveram cresci-mento global de 3,1 pontos per-centuais entre 2002 e 2012, atin-gindo 35,1% do PIB. Em 2002, estes mesmos estados respondiam por 32% do PIB.

São Paulo, que responde por 32,1% da economia, perdeu 2,5 pontos percentuais na participação do PIB. Os restantes 32,8%, que correspondem ao PIB somado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, reduziram sua participação relativa na econo-mia em 0,5 ponto percentual.

Dez anos antes, os 22 es-tados mais pobres respondiam pela menor fatia, de 32%, contra 33,4% do grupo intermediário e 34,6% de São Paulo. O PIB pau-lista foi superado pelo grupo em 2008, quando sua participação era 33,1%, e a dos 22 somados, 33,8%.

Segundo o gerente da Co-ordenação de Contas Nacionais, Frederico Cunha, pesa para a in-versão o fato de a indústria ter tido em 2012 o menor peso relativo na economia da série histórica, cain-do de 27,1% em 2002 para 26% em 2012.

“São Paulo concentra 40% da indústria. Com a queda da indústria e a queda da partici-pação de São Paulo na indústria, isso acaba afetando a econo-mia”, explicou.

O novo mapa do PIB brasileiro

Ranking

Minas Gerais foi o único dos cinco estados mais ricos a au-mentar sua participação no PIB: cresceu 0,5 ponto percentual. O estado continua na terceira posi-ção, com 9,2% do PIB brasileiro, contra 11,5% do Rio de Janeiro. Rio Grande do Sul e Paraná conti-nuam na quarta e quinta posição, com 6,3% e 5,8%.

Entre os 22 com menor PIB, somente a Bahia perdeu partici-pação. O estado caiu da quinta para a oitava posição, depois de perder 0,3 ponto percentual e chegar a 3,8% do Produto Interno Bruto.. Santa Catarina passou a ser a sexta economia brasileira, com ganho de 0,3 ponto percentual, que lhe garantiu uma fatia de 4%. O Distrito Federal se manteve na sétima posição, com aumento de 0,1 ponto percentual para 3,9%.

O estado que mais ampliou sua participação foi o Espírito Santo, aumentando seu peso na economia nacional em 0,6 ponto percentual. O PIB capixaba passou a represen-tar 2,4% do total, o que o fez subir da 12ª para a 11ª posição.

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N a c i o n a l

O Ministério da Saúde atua-lizou para 125 o número de mu-nicípios do Brasil com alto risco de registrar infestação do mosqui-to Aedes Aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. O número anterior era de 117 mu-nicípios. De acordo com a pasta, nessas cidades foram encontrados focos do mosquito em quatro de cada cem casas visitadas.

As informações integram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegyp-ti (LIRAa), feito em outubro, que analisou a existência de locais com larvas em 1.524 cidades. Seu objetivo é apontar as regiões com maior risco de transmissão das doenças.

De acordo com o levanta-mento, Rio Branco é a única ca-

pital em situação de risco, com índice de 4,2. São dez as capitais que apresentaram situação de alerta (Porto Alegre, Cuiabá, Vi-tória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Ve-lho) e outras 11 estão com índi-ces satisfatórios (Curitiba, Floria-nópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Tere-sina e João Pessoa). Cinco capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Forta-leza e Salvador) ainda não apre-sentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa.

Verão

Segundo o governo, outras 552 cidades foram classificadas em situação de alerta (pois tinham

Dengue representa alto risco em 125 municípios

entre uma e três casas a cada cem com larvas) e 847 apresentaram situação satisfatória (um ou me-nos imóveis de cada centena con-tinha focos do Aedes aegypti).

No ano passado, o LIRAa apontou 159 municípios em si-tuação de risco e 539 em alerta. Apesar do número de cidades consideradas críticas ter sido me-nor este ano em relação a 2013, há uma preocupação maior por causa dos casos de chikungunya.

De acordo com a pasta, o estudo é importante para reduzir a transmissão durante o verão, que é a estação mais propícia, já que a combinação de chuva e calor é ideal para a procriação do Aedes Aegypti, afirmou o se-cretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

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N a c i o n a l

Que obstáculos devem ser ultrapassados para garantir o pa-trocínio federal num evento cul-tural? Que exigências os gestores precisam fazer nos editais de con-corrências lançados para garantir a execução da política cultural do governo? O que os promo-tores que obtêm esses recursos devem observar na prestação de contas? A solução para essas e outras dúvidas habituais dos can-didatos a participar de projetos governamentais de incentivo à cultura está numa publicação lan-çada pela Controladoria-Geral da União (CGU), em 2014.

Em trinta páginas, o manual “Gestão de transferências financei-ras para execução de políticas cul-turais por meio de Editais de Sele-ção Pública” explica como se dá o acompanhamento da execução físi-

ca e financeira das propostas sele-cionadas em concorrências do Go-verno Federal para apoio à cultura.

Disponível no site da CGU, a publicação traz esclarecimentos para as principais dúvidas sobre o tema, num questionário com 36 perguntas e respostas.

Entre os principais tópicos abordados, os interessados en-contrarão orientações sobre as dez etapas obrigatórias para obter patrocínio oficial governamental para projetos culturais e ainda sa-berão quais são as principais exi-gências a serem cumpridas para vencer a seleção.

Transparência

No início do mês, o Brasil sediou o VIII Encontro da Rede de Transparência e Acesso à In-

CGU orienta gestores sobre editais de seleção pública

formação (RTA), que reuniu re-presentantes das instituições encarregadas de supervisionar a transparência e o acesso à infor-mação pública em onze países da América Latina e agentes so-ciais da União Européia.

Segundo o ministro chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, a escolha do Brasil como país anfitrião é o re-conhecimento ao trabalho que vem sendo realizado, juntamen-te com outros países da América Latina, de fazer o continente lide-rar a implementação de avanços importantes em matéria de aber-tura das práticas governamentais.

Jorge Hage afirmou que o esforço de integração feito pelos países da América Latina vem dando aos demais continentes um exemplo de pioneirismo.

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N a c i o n a l

O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a suspensão parcial de repasses do governo à obra da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco. O relatório do tri-bunal, que fiscalizou 102 obras públicas entre junho do ano pas-sado e julho deste ano, foi apro-vado por unanimidade e enca-minhado ao Congresso Nacional para que não incluam ou não aprovem repasses para a obra no Orçamento de 2015.

De acordo com o relatório do ministro Bruno Dantas, fo-ram encontradas irregularidades em quatro contratos da refinaria. Segundo a auditoria do TCU, foi notado sobrepreço de R$ 368 milhões na obra. Desse total, R$ 243 milhões já foram pagos pelo governo de forma indevida, dis-se o ministro,

Para Dantas, a taxa de reajus-te nos contratos auditados pelo tri-bunal foi feita com base em cálcu-los errados. “É um valor bastante expressivo decorrente de reajuste de contratos da Refinaria Abreu e Lima com parâmetros equivoca-dos”, disse o relator.

Segundo o ministro, o TCU entrou com medida para suspen-der o repasse de R$ 125 milhões para as empresas contratadas pela Petrobras. “O Tribunal de Contas da União já expediu uma cautelar

impedindo esses reajustes e por-tanto impedindo que esses valo-res possam ser dirigidos às em-presas que eventualmente sejam beneficiadas por essas irregulari-dades”, afirmou Dantas.

Desde 2008, o TCU faz au-ditorias na refinaria e já concluiu que houve superfaturamento em alguns contratos. O custo inicial da obra saltou de mais US$ 2 bi-lhões para cerca de US$ 18 bi-lhões.

Auditorias

As auditorias do TCU iden-tificaram 58 obras federais com indícios de irregularidades gra-ves. O tribunal recomendou a paralisação de nove dessas obras, incluindo a Vila Olímpica de Parnaíba, no Piauí. Segundo o ministro Bruno Dantas, não foi comprovada a viabilidade técni-ca da obra, orçada em R$ 200 milhões, em uma cidade de 150 mil habitantes.

O TCU recomendou conti-nuidade das obras previstas para as Olimpíadas do Rio em 2016, apesar das irregularidades encon-tradas. O tribunal considerou que a construção tinha “projetos bási-cos deficientes” e “existência de atrasos que podem comprometer o prazo de entrega do empreen-dimento”.

TCU recomenda suspensão de repasses para Abreu e Lima

“É um valor bastante expressivo decorrente de reajuste de contratos da Refinaria Abreu e Lima com parâmetros equivocados

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20 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

E s t a d o s

O governo do Rio Grande do Norte entregou duas novas obras que vão facilitar o tráfego e o esco-amento da produção agrícola e in-dustrial do município de Baraúna, na região Oeste do estado: a pavi-mentação da RN-015, no trecho que contorna a cidade, e a obra do acesso ao Distrito Industrial.

Na cerimônia de inaugu-ração, a governadora Rosalba Ciarlini destacou a importância das obras para o desenvolvimento da região e afirmou que os R$ 12 milhões aplicados na construção dos dois trechos foi um excelente investimento.

“Investimos recursos próprios do estado por entender o quanto essas duas obras são importantes para Baraúna, pela organização do tráfego de caminhões e facili-dade de acesso ao Distrito Indus-trial, em um pólo que a cada dia atrai novos investimentos, como é o caso de uma nova indústria que

esta se instalando para produzir cal siderúrgica”, ressaltou a go-vernadora.

A obra do contorno, de 7 km, era um pedido antigo dos mora-dores, devido ao intenso fluxo de caminhões que passam pela cida-de diariamente levando a produ-ção da fruticultura local ou vindos de outros estados, como o Ceará, com o qual o município faz divisa.

A pista está localizada a 14 quilômetros do Distrito Industrial do município, a 20 quilômetros da divisa do RN com o Ceará, e a 51 km de Russas (CE).

Contorno O governo do estado tam-

bém construiu a estrada de acesso do contorno ao Distrito Industrial de Baraúna, onde estão instaladas diversas indústrias, entre elas a de cimento, de onde partem 500 ca-minhões por dia.

Rio Grande do Norte moderniza infraestrutura viária

“Agradeço à governadora por ter trazido essa importante obra para Baraúna. Nós sabemos quanto o tráfego intenso de ca-minhões pesados era um risco a mais para nossa população e o quanto essa obra, além de be-neficiar economicamente, traz segurança para todos”, afirmou a prefeita Luciana Oliveira.

A inauguração foi acompa-nhada pelo Diretor do Departa-mento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte, Demé-trio Torres, pela prefeita de Ba-raúna e por diversos vereadores.

Governadora inaugura obras do

Contorno e de acesso ao Distrito

Industrial de Baraúna

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E s t a d o s

O primeiro Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro

(LAB-LD) do Amazonas já está em funcionamento. A nova estrutura, inaugurada pelo governador José Melo (PROS), traz avanços no combate ao crime, dando celeri-dade nas investigações.

Com o laboratório, o Ama-zonas ataca o braço financeiro da criminalidade, tendo acesso facilitado às declarações fiscais na Receita Federal e à gestão dos dados fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Finan-ceiras (Coaf). “Isso é um auxílio importante ao sistema de seguran-ça pública, ajudando a combater o tráfico de drogas e a corrupção. Vai combater a criminalidade e juntar provas para embasar as ações judiciais e ajudar nas con-denações”, afirmou o governador.

Coordenado pela Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança

Pública (SSP-AM), o laboratório vai auxiliar as ações desencadea-das pelos Ministérios Públicos do Estado e Federal e pelas Polícias Civil e Federal.

Investimentos

Com investimentos de R$ 4 milhões, feitos pelo Ministério da Justiça e Governo do Amazonas, foram adquiridos equipamentos e softwares que agilizam a análise das informações de movimenta-

Amazonas combate a lavagem de dinheiro

ções bancárias e dados fiscais nos casos suspeitos de lavagem de dinheiro.

O laboratório atuará a partir de pedidos dos ministérios públi-cos e polícias e de investigações desencadeadas pelo setor de in-teligência da segurança pública amazonense. Casos de lavagem de dinheiro investigados pela Polícia Federal, que hoje são destinados ao laboratório em Brasília (DF), po-derão ser feitos no Amazonas.

Segundo a secretária-adjun-ta interina da Seai, Tâmera Ma-ciel, a coleta de informações será fundamental para a recuperação de ativos ilícitos, além das pri-sões de criminosos e apreensão de material suspeito.

“Antes havia maior dificul-dade nas investigações, porque a análise dos dados bancários era feita manualmente. Agora temos softwares, hardwares e aplicati-vos que dão precisão na busca de informações”.

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22 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

E s t a d o s

Bom Jardim, Carmo e Petró-polis são os mais novos municí-pios beneficiados com o Vale So-cial, programa do governo do Rio de Janeiro que garante isenção de passagem nos transportes públi-cos intermunicipais a deficientes e doentes crônicos.

A vantagem da unificação do benefício é que, desta forma, o usuário poderá utilizar o mesmo cartão para os deslocamentos den-tro de sua cidade, assim como em viagens para outros municípios. A partir do convênio, o estado fica responsável pela elaboração e viabilização do cartão, assim como pelas perícias médicas.

Segundo a secretária es-tadual de Transportes, Tatiana Carius, os convênios desoneram os municípios e agregam facilida-

des à vida de quem mais precisa. Todas as cidades fluminenses po-dem aderir. “Nossa meta é atingir o máximo possível de parceiros, para atender a todas as pessoas que se enquadrem no perfil de beneficiário”, ressalta.

Abrangente Atualmente, 34 municípios

têm convênio com o programa, que favorece mais de 128 mil pessoas. Aos portadores de neces-sidades especiais são concedidas 60 viagens mensais em cada mo-dal, com validade mínima de dois anos – caso a deficiência seja tem-porária – ou quatro anos, se a lesão for permanente.

Pacientes crô-nicos tratados em instituições con-veniadas ao SUS têm direito entre 10 e 60 viagens por mês, nos modais utilizados para o deslocamento en-tre a residência e o local de tratamen-to, com validade de um a quatro anos.

De acordo com a coordena-dora do programa, Dora Nadja Perei-

Rio amplia benefício e dissemina cidadania

ra, o objetivo da parceria é dar suporte para que as prefeituras possam realizar todo o procedi-mento necessário à concessão da gratuidade.

“A partir do convênio, a Se-cretaria de Transportes disponibi-liza tanto a equipe médica, res-ponsável pela perícia que atesta a doença ou deficiência, quanto a tecnologia para operacionali-zar o benefício” explicou.

Com investimento em no-vos sistemas e pessoal capacita-do, a Secretaria de Transportes já reduziu o tempo médio de entre-ga do cartão para 30 dias e prati-camente zerou as pendências.

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 23E s t a d o s & M u n i c í p i o s 23

E s t a d o s

Desde o seu lançamento, no inicio de junho, o aplicativo para celular que permite aos usuários obterem informações sobre mo-numentos, atrativos turísticos e acervo histórico de Brasília via Bluetooth contabiliza mais de mil acessos diários.

Disponível em três idiomas - português, inglês e espanhol – a tecnologia já conta com 300 dis-positivos instalados em 84 atra-tivos da capital federal, dissemi-nando informações aos visitantes por microlocalização.

O dispositivo funciona assim: na medida em que o usuário se aproxima dos pontos cadastrados ele recebe torpedos com dados turísticos sobre o local. Caso opte por entrar no monumento, são enviadas também informações so-bre o acervo artístico interno. Os dados são transmitidos por iBea-

cons, dispositivos de baixa potên-cia para transmissão de dados por microlocalização.

Bem-vindo

Segundo o gestor do proje-to, Gustavo Brum, Brasília pode ser considerada o maior parque de iBeacons instalados em toda a America Latina. Ele explica que os resultados positivos alcançados até o momento inspiraram outras capitais brasileiras a utilizarem o Beekme: “Já estivemos em conta-to com as prefeituras de Maceió e Salvador e a expectativa é que até o próximo ano o aplicativo esteja disponível nessas cidades”.

A tecnologia é gratuita e está disponível nas lojas da AppStore e Google Play. “O Beekme é mais uma forma de levar informação até os visitantes. Quando o turis-

Aplicativo facilita o turismo em Brasília

ta desembarca no aeroporto, por exemplo, já recebe mensagem de boas-vindas”, destacou o secre-tário de Turismo e Projetos Espe-ciais, Luis Otávio Neves.

O aplicativo já foi baixado por visitantes de outros estados brasileiros, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Ama-zonas. Entre os países o destaque vai para usuários dos Estados Unidos, Canadá, Espanha, Itália, Polônia, Alemanha, Austrália, Ar-gentina, Colômbia, Chile e Sin-gapura.

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24 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M u n i c í p i o s

Dezenas de bolsistas do projeto Corredores Digitais, que atuam nos municípios de Fortaleza, Maracanaú, Aracati, Tauá, Jaguaribe e Sobral, agora estão mais familiarizados sobre a criação e consolidação de empresas digitais.

Eles participaram do I En-contro de Negócios em Tecno-logia da Informação e Comu-nicação (TIC), promovido pela Secretaria da Ciência, Tecno-logia e Educação Superior do Estado (Secitece). O programa incluiu uma palestra sobre “Negócios em TIC”, ministra-da pelo secretário de Ciência e Tecnologia de Tauá, Elvis Gonçalves.

O Corredores Digitais alia o conhecimento dos jovens a um processo de incubação de em-

Tecnologia da informação gera negócios e empregos

presas na área de TIC, através da capacitação em gestão empresa-rial e apoio à criação e consolida-ção de empresas inovadoras, via mecanismo de incubadoras.

Os jovens atendidos pelo projeto têm a possibilidade de abrir seu próprio negócio e con-quistar um mercado em expansão, além de gerarem emprego e renda e ajudar a desenvolver suas cida-des. De todos os projetos selecio-nados, 50% das vagas é garantida para alunos de escolas públicas.

Oportunidades

A ideia é estimular o desen-volvimento do estado, gerando oportunidades de criação de ne-gócios em TIC por estudantes que tenham concluído o ensino mé-dio, preferencialmente, em esco-

las públicas, através do empreen-dedorismo inovador.

O processo de formação dos jovens empreendedores compreende duas grandes fa-ses: pré-incubação e incubação. Durante todo este percurso, os jovens aprendem a estruturar o seu negócio, a criar e consoli-dar sua empresa no mercado e recebem subsídios e suporte dos parceiros para dar continui-dade ao seu negócio.

O programa inclui conheci-mentos teóricos e práticos sobre economia criativa, oportunidade de mercado. Modelo de negócio, processo estrutural, planejamento e viabilidade financeira, consulto-ria aplicada em TIC, desenvolvi-mento em gerência, software livre, mídias sociais e criação de aplica-tivos voltados ao mercado.

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M u n i c í p i o s

O Programa Família que Aco-lhe, da prefeitura de Boa Vista, foi reconhecido publicamente como exemplo de política integrada para a primeira infância pelo ministro--chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da Re-pública, Marcelo Neri. Na palestra de encerramento do IV Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, realizado em São Paulo, o ministro afirmou que o programa é um modelo de trabalho em rede no Brasil.

Segundo o ministro, o Famí-lia que Acolhe é um exemplo de programa social que atinge todas as etapas da construção de um sis-tema de atenção integrado para o desenvolvimento da Primeira In-

fância: a expansão de cobertura, a melhoria da qualidade dos ser-viços públicos e privados e a inte-gração da oferta de serviços.

Desenvolvido na atual ges-tão da prefeita Teresa Surita (PMDB), o programa é mantido exclusivamente com recursos do município e funciona a partir de um cadastro único. A criança que participa do Família que Acolhe

Programa social de Boa Vista é exemplo para o Brasil

recebe atenção integrada das áreas de saúde, educação e de-senvolvimento social. Ela e sua família são acolhidas ainda no período de gestação e acompa-nhadas até que a criança com-plete 6 anos.

Pioneira

Para a prefeita Teresa, a qua-lificação do cuidado profissional deve ser permanente, para bene-ficiar as gerações futuras. “Nos-sa missão é avançar, oferecendo todo o apoio e suporte para que as mães e os pais interajam ainda mais com os filhos, desde o mo-mento da gestação”.

Eduardo Queiroz, diretor presidente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, entidade organizadora do simpósio, ressal-tou a importância desta visão de futuro desde a primeira infância: “Hoje a compreensão dos ges-tores públicos, líderes de ONGs e até dos empresários é de que, se nós não investirmos na criança pequena, não estamos investindo no futuro do nosso país”.

Ele afirmou que Boa Vista é uma das pioneiras no Brasil nesse investimento nas crianças desde a gestação até os 6 anos de ida-de. O evento reuniu pesquisado-res e profissionais de 22 estados brasileiros e 15 países.

Projeto é reconhecido como exemplo de política integrada

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26 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M u n i c í p i o s

A prefeitura de Amambaí (MS), em parceria com o Minis-tério da Educação, vai promover a melhoria da qualidade da rede pública de educação e a forma-ção profissional dos servidores das unidades escolares através de um processo simples de capacita-ção: o Profuncionário.

Coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), o programa pretende formar 120 profissio-nais administrativos em suas respectivas áreas de atuação. A metodologia é sim-ples e funciona como uma continuidade da rotina já executada pelos funcionários das escolas.

Segundo Nubea Xavier, supervisora regional do progra-ma, a iniciativa vem para melho-rar aquilo que cada profissional já realiza no seu trabalho, com o objetivo de capacitar, compar-tilhar e aprender. “Eles já sabem fazer o serviço, estaremos apenas acrescentando e capacitando ain-da mais”, .explicou.

Vitória

Para a secretária de Educa-ção, Vera Lorensetti, a implanta-

ção do Profuncio-nário é uma vitória da mobilização do setor educacio-nal. “Desde o iní-cio deste governo almejávamos este programa, entendí-amos a importância dele para o nosso município. O pas-

so inicial está dado, essa é a prova de que queremos a valorização dos profissionais”, ressaltou a secretaria.

Segundo o prefeito Sérgio Barbosa (PMDB), o programa é destinado aos profissionais, mas o maior beneficiado será o aluno, que receberá uma edu-cação mais qualificada e pre-parada. “Nosso foco é alcançar uma pessoa pela qual é preciso estar bem preparado e dando seu melhor, que é o aluno”.

Amambaí prioriza profissionais da rede pública de educação

O programa também mo-bilizou o Legislativo municipal. Segundo o vereador e presiden-te da Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social, Anil-son Prego, o projeto vai benefi-ciar estudantes e profissionais da educação. “Nós, vereado-res, queremos ver os resultados e apoiar no que for necessário para uma melhor profissionali-zação do setor”, concluiu.

Funcionários administrativos receberão formação técnica em suas respectivas áreas

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M u n i c í p i o s

Depois do reconhecimento nacional ao conquistar o Prêmio “Vivência Social 2014”, Itaperuna voltou a se destacar pelo excelente serviço prestado na área de assis-tência social. Desta vez, o muni-cípio foi selecionado entre os 50 melhores gestores municipais de assistência social pela Premium Brasil Group e será agraciado com o Prêmio Responsabilidade Social.

A premiação será entregue durante o 7º Congresso Nacional de Gestores da Assistência So-cial, que acontece de 07 a 10 de dezembro, na Costa do Sauípe, Bahia. Durante o congresso, tam-bém será realizado um Fórum de Ideias, onde os gestores poderão trocar experiências.

Para a secretária Municipal de Ação Social, Trabalho e Habi-

tação, Loíde Estides, é gratificante ver que as ações realizadas para melhorar a vida dos moradores da cidade ultrapassam as frontei-ras do município. “É muito grati-ficante ver o nome do município de Itaperuna figurando entre os melhores do Brasil. O prefeito tem nos dado total condições de trabalho e a equipe entendeu que nós temos uma nobre missão a ser cumprida”, afirmou.

Itaperuna ganha mais um prêmio nacional

Reconhecimento

Segundo o prefeito Alfredo Paulo Marques Rodrigues (PP), o prêmio é um reconhecimento do bom trabalho desempenhado por sua equipe de governo. “A Secreta-ria de Ação Social mapeou todo o município e as ações estão sendo muito bem elaboradas. Quero mais uma vez parabenizar a secretária e toda a sua equipe pelo excelente tra-balho realizado diariamente”.

Ele lembrou que o município conquistou o Prêmio Vivência So-cial 2014 com base em minuciosa análise realizada pelos promotores da premiação, através de consultas em páginas governamentais, veí-culos de comunicação, Portal da Transparência, IBGE, IFDM; Insti-tuto de Pesquisa Econômica Apli-cada (IPEA).

Loíde Estides ressaltou quer cada premiação recebida é uma oportunidade para apresentar al-gumas ações que estão sendo de-senvolvidas em prol das crianças, jovens, adultos e idosos de Itape-runa. “Estamos muito satisfeitos com mais esse reconhecimento”, comemora a secretária.

Município do Rio de Janeiro se destaca no

quesito social e leva nota 10 em

responsabilidade e vivência

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RENATO RIELLA [email protected]

28 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

INTERNET AGORA COM MAIOR VELOCIDADEAs operadoras de internet no Brasil têm de garantir, a partir de

agora, em média, 80% da velocidade contratada mensalmente pelo usuário. A meta faz parte de um cronograma estabelecido há dois anos pela Anatel para aumentar gradualmente os limites mínimos de velocidade de banda larga fixa e móvel oferecidos aos clientes.

Pelas metas, a velocidade instantânea (velocidade de upload e do-wnload apurada no momento de utilização da internet pelo usuário) deve ser de, no mínimo, 40% do contratado.

PREVISTA INFLAÇÃO DE 6,40% EM 2014

Especialistas do mercado financeiro consulta-dos toda semana pelo Banco Central preveem que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) será de 6,40% ao final de 2014.

Com relação à Selic, taxa básica de juros da economia, analistas continuam estimando fecha-mento em 11,5% ao final do ano. Com isso, admi-tem que a taxa de juros poderá subir em dezembro, pois hoje está em 11,25%.

DÓLAR PODE FECHAR O ANO A R$ 2,5

O mercado financeiro elevou estimativa de fe-chamento da taxa de câmbio para 2014. Analistas e investidores preveem que o dólar encerrará o ano valendo R$ 2,53.

A moeda norte-americana tem fechado acima de R$ 2,60, ultrapassando marca só atingida em 2005. O dólar alto interfere em diversas fases da economia e incrementa a inflação. Afeta as empresas que contraí-ram empréstimos em moeda estrangeira e desestimula viagens de brasileiros ao exterior.

PRAZO DO SIMPLES VAI ATÉ 30 DE DEZEMBRO

As micro e pequenas empresas que desejam ser incluídas no Simples Nacional em 2015 já podem agendar o enquadramento no regime simplificado de tributação. O prazo acaba em 30 de dezembro.

Haverá o deferimento imediato, caso não ocor-ram pendências à opção. No caso de indeferimen-to, a empresa pode solucionar as pendências e, após isso, cadastrar novo agendamento.

POLÍCIAS MATARAM 2.212 NO ANO PASSADO

As polícias bra-sileiras mataram, em serviço, 2.212 pesso-as em 2013, apon-tam dados do Fórum Brasileiro de Segu-

rança Pública (FBSP). Em média, são 6,11 mortos por dia. O número total é menor do que o verifi-cado no ano anterior, quando 2.332 pessoas foram mortas pelas polícias no Brasil.

Em relação ao número de policiais mortos, hou-ve um aumento em 2013 na comparação com o ano anterior. Foram 490 mortes, 43 a mais do que 2012. A média no país é de 1,34 policial assassinado por dia.

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 29

DÉFICIT DA BALANÇA COMERCIAL É AMEAÇA

O Brasil continua comprando mais do que vendendo no exterior. Se o governo não fizer algum truque contábil, como aconteceu em 2013, a chamada balan-ça comercial pode fechar 2014 com déficit. No acu-mulado do ano, até a primeira semana de novem-bro, o saldo está negativo em US$ 2,618 bilhões.

A média diária das exportações somou US$ 843,8 milhões na primeira semana de novembro, 19,1% inferior à registrada para novembro de 2013.

FALTA DE ÁGUA NÃO FEZ SÃO PAULO ACORDAR

Quem visita São Paulo fica surpreendido com a falta de uma campanha de esclarecimentos, em locais públicos diversos, sobre a necessidade de se economizar água potável.

Os reservatórios, principal-mente do sistema Cantareiras, continuam regis-trandos níveis assustadoramente baixos, mas essa crise não se reflete em hotéis, restaurantes, casas de eventos e mesmo nas conversas com paulista-nos instalados no centro da capital de São Paulo. É estranho esse comportamento.

FILME “TRINTA” LANÇADO EM REDE NACIONAL

Foi lançado o filme “Trinta”, longa-metragem que conta a história de vida e a trajetória inovado-ra do gênio do Carnaval, Joãosinho Trinta. O even-to marca os 40 anos do seu primeiro desfile, como carnavalesco na escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. E também lembra a presença de Joãosi-nho em Brasília, onde morou durante quatro anos, quando fazia intensos tratamentos na Rede Sara. O filme “Trinta” tem como ator principal Matheus Nachtergaele.

AUMENTO DO PIB DE 0,2% GERA FRUSTRAÇÃOO pessimismo em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014 se intensifica.

Analistas financeiros constantemente consultados pelo Banco Central acreditam num aumento do PIB de apenas 0,2%. É uma expectativa frustrante, pois no início do ano o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esperava cerca de 2% para o crescimento da economia em 2014.

CRISE DA PETROBRAS ASSUSTA BRASILEIROS

Os brasileiros fe-cham o ano sem enten-der qual o desdobra-mento dessa crise que envolve a Petrobras, uma empresa que continua sustentando o abasteci-mento de combustíveis no país, mas enfrenta dis-cussão diária na mídia sobre seu gerenciamento.

O aumento de produção veio a público em paralelo à prisão de técnicos que ocupavam car-gos de direção na Petrobras. A sociedade observa e espera que, feito o trabalho da Justiça, tudo volte logo ao normal.

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30 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

I n f r a e s t r u r a

As obras de duplicação da BR-376 (Rodovia do Café), entre Ponta Grossa

e Apucarana, no Norte do Para-ná, seguem em ritmo acelerado. As equipes estão colocando a primeira camada de asfalto, entre os km 476 e 465. Até momento, já foi executado 50% do serviço de pavimentação, que inclui ter-raplenagem, colocação de base e da primeira camada de asfalto.

Atualmente, estão em dupli-cação 33 quilômetros da rodovia, com três frentes de trabalho. Ao todo, serão duplicados 231 quilô-metros da rodovia, ligando Ponta Grossa a Apucarana. A previsão é que sejam investidos até o final da duplicação cerca de R$ 1 bilhão.

A obra é uma parceria do Governo do Paraná e a conces-sionária Rodonorte e foi anteci-pada após negociações. “Estamos criando um moderno e eficiente corredor rodoviário que vai aten-

der a necessidade da população e melhorar a segurança, o esco-amento da produção e o fluxo de veículos”, explicou o secretário estadual de Infraestrutura, José Richa Filho.

Obras

Nos primeiros 11 quilôme-tros, as equipes estão trabalhando na construção dos dois novos via-dutos. O processo de fundação da ponte sobre o Rio Tibagi já está fi-nalizado e a colocação das vigas de sustentação está prevista para a 1ª quinzena de dezembro.

Nos demais trechos em obras, as equipes trabalham na limpeza, drenagem, terraplanagem e pavi-mentação da nova rodovia, que já tem boa parte do traçado visível para quem passa pelo local.

Além dessas obras, estão em andamento também a duplicação

Duplicação da Rodovia do Café no Norte do Paraná

e ampliação da PR-407, em Pa-ranaguá - sentido Praia de Leste, no Litoral do Estado (3,5 km); da BR-277, entre Guarapuava e a re-gião de Relógio (6,5 km); Campo Mourão a Floresta na PR-317 (53 km); Londrina a Warta na PR-445 (22 km); e Maringá e Paiçandu na PR-323 (4km). Já foram entregues a duplicação de 14km entre Matelân-dia e Medianeira (BR-277) e o con-torno de Campo Largo (BR-277).

Obras estão adiantadas e já receberam as primeiras camadas de pavimento

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C o n s t r u ç ã o

A Base Aérea de Brasília contratou um equipa-mento aparentemente

simples, que está fazendo uma grande diferença no andamento das obras de ampliação do seu pátio de estacionamento de ae-ronaves: um silo vertical com capacidade para armazenar 100 toneladas de cimento e areia. Construído pela RCO, o equipa-mento abastece simultaneamente as centrais de concreto e de solo instaladas no canteiro de obras.

A pedido da empresa, o equi-pamento recebeu duas bocas inde-pendentes de saída - uma de con-creto e uma de solo – para agilizar o trabalho de terraplanagem e con-cretagem. Segundo o engenheiro Diego Augusto Arruda, gerente de contratos da JM Terraplanagem, o equipamento está funcionando

bem e a obra será entregue rigoro-samente dentro do prazo.

Ele explica que, por se tra-tar de um equipamento mó-vel, quando a reforma da Base Área for concluída, o silo será desmontado e enviado a novos cientes da empresa.

Inaugurada em 1957, a Base Aérea de Brasília foi ativa-da para o transporte de militares e de materiais para a construção da nova Capital do Brasil. Atu-almente, a estrutura funciona junto ao Aeroporto Internacio-nal Juscelino Kubitschek, e é responsável por receber autori-dades e delegações estrangeiras em visita oficial ao país, como líderes religiosos e políticos.

A base área também é co-nhecida por ser o local de ope-rações do FAB VC-1A, aeronave

Silo vertical agiliza obra na Base Aérea de Brasília

que transporta o Presidente da República nas viagens nacionais e internacionais.

Parceria

Fundada em 1991, na cidade de Tambaú/SP, a RCO é uma em-presa 100% brasileira, que atua na construção civil, fornecendo cen-trais de concreto e silos de arma-zenagem e no segmento de pneus automobilístico e industrial, com equipamentos especiais, caldeira-ria e serviços de usinagem.

Sediada em Brasília, a JM atua como prestadora de serviços de ter-raplanagem, pavimentação e dre-nagem, entre outros serviços, como locação de equipamentos pesados. Além do Distrito Federal, a empre-sa possui clientes em Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina.

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G e s t ã o

Preservar o equilíbrio fiscal dos estados é uma tarefa árdua para os secretários e gestores liga-dos à área econômica de todas as unidades da Federação. Além dos problemas de gestão, os atrasos nos repasses de verbas federais fragilizam ainda mais os cofres estaduais e comprometem os in-vestimentos.

Segundo o coordenador do Conselho Nacional de Política Fa-zendária (Confaz) e secretário de Fazenda do Pará, José Barroso Tostes Neto, o Governo Federal deve aos estados R$ 2,5 bilhões referentes a repasses da Lei Kan-

dir, Auxílio Financeiro, Salário Educação; royalties, recursos do Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Siste-ma Único de Saúde (SUS).

O atraso na liberação dos recursos, cujos repasses deve-riam ser feitos mensalmente, já acendeu o sinal de alerta nos or-çamentos estaduais. “Precisamos ajustar o cronograma de repasses para não corrermos riscos. Se o repasse relativo ao 12º mês ficar para 2015, os estados terão sérios problemas em cumprir suas metas fiscais”, afirmou Barroso.

Desoneração

Jose Barroso Neto lembrou que os benefícios fiscais concedi-dos pelo Governo Federal, como a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),

impactaram o fluxo de recur-sos de fontes como o Fun-

do de Participação dos Estados (FPE). Agora, os secretários temem que o Congresso Na-cional aprove a fixa-ção de pisos nacio-nais para servidores sem que as unidades da Federação sejam consultadas.

Estados cobram R$ 2,5 bilhões do Governo Federal

“São pisos salariais das ca-tegorias às quais os estados terão obrigação de pagar, de cuja deci-são eles não participaram e cujo impacto nas finanças estaduais não foi considerado”, comentou José Barroso Neto.

Um desses projetos é a Pro-posta de Emenda Constitucional (PEC) 300, de 2008, que torna obrigatória a equiparação de re-muneração dos policiais milita-res de todo o país com a Polícia Militar do Distrito Federal. A PEC estende o reajuste a bombeiros militares e inativos.

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G e s t ã o

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil tem avançado em ini-ciativas de combate à corrupção em geral e também na questão do suborno de funcionários públicos estrangeiros em transações comer-ciais internacionais. O documento destaca a Lei da Empresa Limpa (Lei 12.846/2013), que está em vigor no país desde o início do ano.

Segundo a organização, a entrada em vigor da Lei da Empre-sa Limpa foi um importante passo nesse sentido, uma vez que abar-ca atos lesivos à administração pública nacional e estrangeira.

A OCDE também ressaltou o papel da Controladoria-Geral da União (CGU) em divulgar a nova lei no meio empresarial e incentivar ações de combate à corrupção. A OCDE cobra do nosso país agora a edição do decreto regulamentador e o aumento do número de proces-sos judiciais, que ainda é baixo.

Outro aspecto positivo desta-cado na avaliação foi o aumento do

número de cooperações do gover-no brasileiro com outros países nas investigações, o que possibilitou o crescimento dos números de casos apreciados pelo Poder Judiciário. Houve também uma intensificação dos esforços de cooperação com organizações empresariais e socie-dade civil, a fim de divulgar aspec-tos de ética, integridade, denúncia e prevenção à corrupção.

Combate à corrupção empresarial e internacional

Recomendações

O relatório da OCDE tam-bém fez algumas recomenda-ções no sentido de aperfeiçoar o combate à corrupção. Entre elas: o aumento da detecção, investi-gação e repressão do suborno es-trangeiro; a adoção de proteção ao denunciante para trabalhado-res do setor privado que denun-ciarem casos de suborno; e a ga-rantia para que pessoas jurídicas sejam devidamente responsabi-lizadas em casos de lavagem de dinheiro.

Realizado anualmente, o relatório de avaliação da im-plementação da Convenção da OCDE dispõe sobre temas como suborno de funcionários públicos estrangeiros e responsabilização da pessoa jurídica.

Relatório da OCDE destaca iniciativas brasileiras e implantação da Lei da Empresa Limpa

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M e i o A m b i e n t e

O Ministério Público Fede-ral no Maranhão (MPF/MA) pro-pôs ação civil pública contra a União, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de (ICMBio) e o Instituto Brasilei-ro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), pela omissão em adotar medidas eficazes de controle e fiscalização da ativi-dade pesqueira, principalmente a prática da pesca ilegal de arrasto, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A ação foi iniciada a partir de denúncias feitas pela Rede de Gestão Ambiental do Maranhão (Regeama). Segundo as denúncias, a pesca ilegal de arrasto tem sido comumente desenvolvida por pes-cadores artesanais no Parque Na-cional dos Lençóis Maranhenses, em especial na região da Ponta do Mangue e Canto do Atins, no muni-cípio de Barreirinhas (MA).

Esse tipo de pesca causa sé-rios impactos ambientais e sociais

na região, tais como a destruição de habitat do fundo oceânico; a captura de espécies não-alvo, como estrelas-do-mar, ouriços, tubarões e tartarugas; o prejuízo à biodiversidade marinha e os im-pactos sociais negativos aos pes-cadores do litoral.

Defi ciências

Questionado pelo MPF/MA, o ICMBio alegou deficiências devido à área extensa para fis-calização, número reduzido de profissionais, fiscalização des-contínua e ausência ou insufici-ência de recursos orçamentários, incluindo a não disponibilidade de embarcações adequadas. Com relação às embarcações,

Pesca ilegal nos Lençóis Maranhenses

a Capitania dos Portos também vem enfrentando dificuldades para fiscalizar o litoral.

O MPF/MA quer que o ICM-Bio, o Ibama e a União promo-vam a interdição das atividades pesqueiras proibidas; a realiza-ção de pelo menos três ações fis-calizadoras por semestre e apre-sentação de relatório minucioso das operações.

Também pedem a aplica-ção de verba de agentes de fis-calização e de equipamentos, incluindo embarcações, apro-priadas ao escritório do ICMBio no Parque Nacional, no prazo de um ano; e a imposição das atividades de planejamentos necessárias à fiscalização da pesca ilegal na região.

Ação civil pública quer

coibir pesca de arrasto da região

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M e i o A m b i e n t e

O Protocolo de Nagoya, acordo que define regras inter-nacionais para acesso e com-partilhamento dos recursos da biodiversidade, já está em vigor sem a ratificação da participa-ção brasileira. O país foi um dos primeiros a assinar o documen-to, em fevereiro de 2011, mas o Congresso Nacional não votou a proposta de ratificação encami-nhada pelo Executivo dentro do prazo previsto.

O fato é preocupante, já que o Brasil possui a maior bio-diversidade do mundo e que não está protegida por este arcabou-ço diplomático. O Protocolo de Nagoya estabelece regras para o acesso a recursos genéticos, como plantas tropicais raras usa-das em medicamentos, e formas de compartilhar benefícios entre empresas, povos indígenas e go-vernos.

Sem a inclusão do Brasil no acordo, a opinião do governo na discussão sobre o tema, no ní-vel das Nações Unidas, não terá peso. Até o momento, 51 gover-nos confirmaram a participação, incluindo os membros da União Européia. Estados Unidos e Reino Unido também não fizeram a rati-ficação a tempo.

Compartilhamento

O Protocolo de Nagoya foi definido em outubro de 2010, na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 10) em Nagoya, no Japão.

Na prática, os países que ratificaram o protocolo se com-prometem em compartilhar os be-nefícios vindos da exploração de recursos naturais, como plantas ou animais, com o país de origem desses recursos. Eles têm também a garantia de que recursos naturais retirados de seu próprio país serão submetidos à mesma regra.

O protocolo tam-bém pretende criar no-vos incentivos para a conservação da bio-diversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais.

Em nota divul-gada pela CBD, o secretário executivo do órgão, o brasileiro Bráulio Ferreira de Sou-za Dias, “o Protocolo de Nagoya é central para liber-tar o poder da biodiversidade para o desenvolvimento sus-tentável, através da criação

Acordo global de biodiversidade sem a participação do Brasil

de incentivos para a conservação e o seu uso sustentável, garantin-do a equidade na partilha de be-nefícios”.

Legislativo não ratifi cou inclusão do país no Protocolo de Nagoya

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S o c i a l

Após uma década de queda na miséria, o número de brasilei-ros em condição de extrema po-breza voltou a subir em 2013. O país tinha 10,08 milhões de mi-seráveis em 2012, contra 10,45 milhões um ano depois, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O au-mento é de 3,7%.

O cálculo leva em conta o número de indivíduos extre-mamente pobres com base nas necessidades calóricas – aque-las com renda insuficiente para consumir uma cesta de alimen-tos com o mínimo de calorias para suprir uma pessoa de forma adequada, com base em reco-mendações da FAO e da OMS. A

conta estima diferentes valores para 24 regiões do país.

Esta é a primeira alta da série histórica do indicador, com início em 2004. Desde 2003 – quando o Brasil possuía 26,24 milhões de pessoas na miséria, o número de miseráveis caía continuamente, chegando a uma queda de 61% até 2012.

Pobreza

Em compensação ao aumen-to da miséria, o número de pesso-as pobres caiu de 30,35 milhões em 2012 para 28,69 milhões em 2013 – uma redução de 5,4%. Na condição de pobreza, o estu-do considera pessoas com renda

Número de miseráveis volta a subir no Brasil

equivalente ao dobro da linha da miséria.

Nos últimos dez anos, o número de pobres também vem caindo. Desde 2003, último ano em que a pobreza subiu, para 61,81 milhões, pelo cálculo Ipea, a quantidade de pessoas nesta faixa regrediu 53%.

Uma segunda definição de miséria é estabelecida pelo de-creto do plano Brasil sem Miséria – nele, a renda familiar de até R$ 77 por mês, per capita, é o limite da extrema pobreza no país. Por esta estimativa, os dados do Ipea mostram que a proporção de mi-seráveis, em relação a outras fai-xas, cresceu de 3,6%, em 2012, para 4% no ano passado.

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M o b i l i z a ç ã o

A Associação Brasileira de Municípios e o Ministério da Cul-tura se uniram para promover o I Encontro Nacional de Gestores Municipais de Cultura, que acon-toce no próximo dia 2 de dezem-bro, em Brasília. A iniciativa tem o objetivo de promover a troca de experiências e apoio aos servido-res, secretários e técnicos da área na implantação dos Sistemas Mu-nicipais de Cultura.

Para o Secretário de Articu-lação Institucional do Ministério, Bernardo Mata Machado, o encon-tro vem em um momento bastante oportuno, tendo em vista as respon-sabilidades dos municípios no con-texto do Sistema Nacional de Cul-tura (SNC). “Após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 71, que introduziu na Carta Magna o artigo 216-A, que trata do Sistema Nacional de Cultura – SNC, a ade-são dos municípios ao Sistema vem crescendo rapidamente”

Ele explicou que a adesão é apenas o primeiro passo para a implantação dos sistemas muni-cipais de cultura, que envolvem a aprovação de leis próprias e a institucionalização dos compo-nentes do SNC, principalmente os conselhos de política cultural, os planos de cultura e os fundos mu-nicipais de cultura.

“Por isso a realização do En-contro Nacional de Gestores vem em boa hora. Ele será fundamen-tal para aprofundar a discussão e sanar dúvidas sobre a implanta-ção do Sistema”, ressalta.

Suporte

Bernardo acredita que a ini-ciativa é um passo importante para atingir o objetivo principal do SNC. “Espera-se que em breve possamos dar o terceiro passo, o da consolidação do SNC, quando for colocado em funcionamento o mecanismo de repasses fundo a fundo, a fim de descentralizar o os recursos da cultura, comba-ter as desigualdades regionais no

Gestores de cultura promovem encontro em Brasília

acesso aos bens culturais e pro-mover o desenvolvimento cultu-ral do país”, avalia.

De acordo com o presidente da ABM, Eduardo Tadeu Perei-ra, a maioria das prefeituras bra-sileiras não possui uma secretaria de cultura em sua estrutura orga-nizacional, o que limita a capa-cidade operacional e financeira no setor. ”Através do encontro pretendemos oferecer suporte para que os gestores de cultura, mesmo com essas limitações, te-nham acesso aos caminhos para implantação dos SNC”.

As inscrições são gratuitas. Mais informações no telefone: 61 3043-9903

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D e s e n v o l v i m e n t o

O Estudo do Perfil da Indús-tria nos Estados destacou Sergipe como segunda unidade da Fede-ração com maior proporção de grandes empresas industriais no Brasil, ficando atrás somente do Amazonas. O relatório de 220 pá-ginas, produzido pela Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), detalha o panorama estadual da indústria e informa que Sergipe possui um PIB industrial de R$ 6,7 bilhões, equivalente a 0,7% da in-dústria nacional.

O estudo mostra que a indús-tria em Sergipe responde por 25,7% da atividade econômica, emprega 88 mil trabalhadores e é responsá-vel por 21,6% dos empregos for-mais no estado. As atividades mais importantes e que representam 52,35% da indústria local são a fa-

bricação de alimentos (20,9%), a extração de petróleo e gás natural (19,1%) e a fabricação de minerais não-metálicos (12,2%).

Com 3.240 empresas indus-triais em 2013, Sergipe responde por 0,6% do total de empresas que atuam no setor industrial do Brasil. A distribuição por porte da indústria sergipana é de 65,4% de microempresas; 25,3% de peque-nas empresas; 7,1% de médias empresas e 2,2% formado por grandes empresas (com mais de 250 empregados).

Exportação

No quesito exportação, a in-dústria de Sergipe exportou US$ 83 milhões em 2013. Os produtos manufaturados representam 91,7%

Sergipe atrai indústrias e amplia oferta de empregos

das exporta-ções totais de Sergipe, em-bora o setor mais impor-tante para as exportações i n d u s t r i a i s seja o de fa-bricação de produtos alimentícios, que responde por 68,2% do total exportado em 2013.

Para o secretário do Desenvol-vimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Saumíneo Nascimen-to, os dados revelam a boa evolu-ção do setor industrial sergipano. “Temos bons projetos em tramita-ção no setor de móveis, alimentos e bebidas, minerais, dentre diversos que estamos negociando para insta-lação no Estado”.

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E c o n o m i a

A indústria de eventos movi-mentou no Brasil R$ 209,2 bilhões no ano passado, valor equivalente a 4,32% do PIB (Produto Interno Brasileiro). Na comparação com 2001, quando a renda anual da indústria de eventos foi de R$ 37 bilhões, houve um crescimento de 465%. Os dados são de uma pes-quisa contratada pelo Sebrae (Ser-viço Brasileiro de Apoio à Pequena e Microempresa), em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil).

O estudo mostra que em 2013 o Brasil sediou 590 mil even-tos, 95 deles nacionais e metade realizados nos estados da região Sudeste (São Paulo, Rio de Janei-ro, Minas Gerais e Espírito Santo), a mais populosa do país. No to-tal, esses eventos contaram com a participação de 202,2 milhões de pessoas, que gastaram, em média, R$ 161,80 por dia, somando gas-tos anuais de R$ 99,3 bilhões.

De acordo com o estudo, a estrutura disponível no Brasil para realização de eventos conta com

9.445 espaços para feiras, con-gressos e eventos de diversas na-turezas, totalizando uma área de 10,2 milhões de metros quadra-dos e 9,2 milhões de assentos.

Ranking

Desde 2006, o Brasil está en-tre os dez países do mundo que mais recebem eventos, em um universo de 184 países pesquisa-dos. Em dez anos, o número de

congressos e convenções de ne-gócios internacionais realizados no Brasil cresceu 408%. No mes-mo período, o número de cidades que sediaram eventos internacio-nais subiu 145%, passando de 22

Eventos movimentam mais de R$ 200 bilhões por ano

para 54 e ainda há muito espa-ço para o cresci-mento do setor.

S e g u n d o o presidente da E M B R A T U R , Vicente Neto, as expectativas para os próxi-mos anos são p r o m i s s o r a s . Além do traba-lho de captação e divulgação do país desenvolvido nos últimos anos, os grandes eventos inter-nacionais (Rio 2012, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo 2014 e Olimpíada 2016) proje-taram o Brasil no mundo e vão alavancar o mercado.

Vicente Neto ressalta que o aumento da renda do brasileiro, fruto da inclusão social de mi-lhões de pessoas, também fez crescer a demanda por eventos artísticos e culturais.

Brasil está entre os dez países que lideram a indústria de eventos

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C â m a r a s & A s s e m b l é i a s

O governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rol-lemberg (PSB), pode assumir o mandato em janeiro de 2015 com mudanças na gestão orça-mentária da Capital Federal. A Câmara Legislativa aprovou al-terações significativas nas regras da administração pública que envolvem as atribuições do go-verno na execução de emendas parlamentares.

De acordo com o orça-mento impositivo aprovado pe-los distritais, todas as emendas indicadas pelos deputados para as áreas de saúde, educação e obras de infraestrutura deve-rão ser, obrigatoriamente, exe-cutadas pelo Palácio do Buriti. Hoje, não há garantias de que essas emendas ao orçamento

sejam cumpridas. O texto aprovado torna “obri-

gatória a execução orçamentária e financeira dos programas de trabalho incluídos por emendas individuais dos deputados distri-tais ao projeto de lei orçamentária anual”. Mas o projeto impõe que as emendas devem ser “destina-das a investimentos, manutenção e desenvolvimento do ensino ou a ações em serviço de saúde”.

Ele também estabelece que as emendas parlamentares devem respeitar o limite de 2% da receita corrente líquida prevista. Todo ano, esse montante é dividido igualmen-te entre os 24 parlamentares. Este ano, cada um pôde destinar verbas no total de R$ 16 milhões.

Câmara Legislativa reduz poder de governador eleito

Justificativa

Segundo Alírio Neto (PEN), autor do projeto, a me-dida é necessária para acabar com a barganha política entre o Executivo e o Legislativo. Na opinião dele, parlamentares de oposição são os que mais sofrem com essa prática.

“Muitas vezes, se um parla-mentar não é amigo do governo, ele não tem nenhuma emenda executada. Daí, a base eleitoral desse deputado cobra melhorias na sua cidade. Mas o parlamen-tar, na verdade, está de mãos ata-das, porque o Executivo não res-peita o trabalho do Legislativo, que tem a função principal de definir os gastos do governo para o próximo ano”, afirma.

Distritais aprovam proposta que torna obrigatória a execução de emendas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura

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C â m a r a s & A s s e m b l é i a s

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu a vi-sita do representante de Negócios Estrangeiros do Ministério da Eco-nomia, Proteção Climática, Energia e do Planejamento territorial da Renânia-Palatinado, Jürgen Wei-ler; e do cônsul honorário da Ale-manha no Estado, Axel Geppert.

O encontro com o presiden-te da casa legislativa, deputado Ricardo Motta (PROS), foi uma prévia da visita oficial que acon-tecerá em abril de 2015, ocasião em que uma delegação com cerca de 30 pessoas virá ao Rio Grande do Norte para tratar das relações de cooperação em diversas áreas.

Desde 2009, o Rio Grande do Norte e a Renânia-Palatinado mantêm um intercâmbio que já trouxe resultados concretos. Vá-

rios termos de cooperação já fo-ram assinados entre as Federações do Comércio e da Indústria dos dois estados, institutos de pes-quisa, universidades, entidades voltadas para o turismo, e com o Parlamento.

Projetos

Entre os resultados apresen-tados por Jürgen Weiler e Axel Geppert, está um projeto para qualificação profissional de mão de obra para a construção civil sustentável. Para tal projeto, o es-tado alemão investirá cerca de R$ 1,8 milhão. Outro resultado dessa relação foi a doação de um des-salinizador ao Centro de Tecnolo-gias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER).

Assembleia potiguar e Alemanha, cada vez mais próximos

O equipamento é movido a energia solar e tem a capacidade de transformar água salobra em água potável. “Isso poderá ajudar comunidades carentes, que so-frem com o desabastecimento de água”, disse Axel.

Durante a visita, o deputado Ricardo Motta destacou a impor-tância de se dar mais visibilidade a essa parceria entre os dois es-tados e afirmou que o Legislativo potiguar estará sempre disposto a estreitar os laços com a Renânia--Palatinado.

Para estreitar ainda mais essa parceria entre Rio Grande do Nor-te e Renânia-Palatinado, o próximo passo em estudo é a concretização de um voo direto para a Alemanha, com o intuito de alavancar os negó-cios e o turismo entre os dois países.

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PEDRO ABELHA [email protected]

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HÁBITOS DE CONSUMO

DE TELAS

Um estudo feito pela AdRe-action e conduzido pela Millward Brown em 37 países investigou os hábitos de consumo de telas (mul-ti-screens). A pesquisa entrevistou pessoas entre 16 e 44 anos que possuem smartphones ou feature phones. O objetivo foi entender os momentos isolados de cada tela e o seu uso simultâneo. Foram con-sideradas as quatro principais telas em uso hoje: TV, Laptop, Smar-tphone e Tablet. Destaque para o alto índice de uso no País.

O Brasil consome mais tem-po por dia em telas do que a mé-dia global (474 minutos no Brasil x 417 minutos no global), ficando em primeiro lugar o smartphone, seguido do Laptop. Em terceiro lu-gar a TV e, por fim, o Tablet.

Ao analisarmos o momento de consumo de telas no país, o chamado diário de atividades, a TV tem o seu pico de consumo no horário chamado prime time, no fim do dia. O smartphone tem grande presença durante o dia todo, porém com picos no início da tarde e também no fim do dia, sendo considerada a tela mais próxima em consumo, junto com a programação da TV. Ainda ana-lisando o momento de consumo, verificas-se que 66% do tempo diário gasto com telas no país é dedicado a um único aparelho e 34% gastam o tempo com uso si-multâneo.

MERCADO DIGITAL X TV

O mercado digital deve ultrapassar a TV em 2016, nos Estados Uni-dos, quando o assunto é investimento publicitário, pelo menos é o que aponta estudo da consultoria Forrester, publicado pelo Advertising Age. De acordo com a pesquisa, em 2019 a área digital representará 36% do bolo publicitário americano, com US$ 103 bilhões investidos.

Na mesma época, a TV represen-tará 30% do share, com US$ 85,8 bi-lhões investidos. O principal respon-sável pelo crescimento do digital nos EUA será o setor mobile, com previsão de US$ 46 bilhões em investimentos até 2019. Só a área móvel representará 66% de toda a verba do digital.

CABO DE INTERNET SUBMARINO

Desde o começo do ano, a notícia de que o País irá construir um cabo de internet submarino para ligar o Brasil à Europa vem repercutindo na mídia. O proje-to é encabeçado pela Telebras e tem previsão de investimentos de US$ 185 milhões. Recentemente, veículos especializados repercutiram a notícia, dando a conotação de que o tal cabo seja uma saída brasileira para evitar os Estados Unidos, já que a presidente Dilma Rousseff demons-trou publicamente seu descontentamento em relação às notícias de espio-nagem ligadas à NSA e divulgadas por Edward Snowden.

Atualmente, há cinco cabos submarinos ligando o Brasil e o exterior, sendo que quatro deles vão para os Estados Unidos e apenas um para a Eu-ropa. Em artigo publicado no Gizmodo, Adam Clark Estes diz que a cons-trução do cabo mostra que o Brasil estava falando sério quando demonstrou descontentamento em relação à espionagem feita pela NSA. Adam ressalta, principalmente, que o País irá tocar o projeto sem a participação de empresas americanas. O fato de que empresas norte-americanas tenham ficado de fora do projeto do novo cabo só corrobora o fato de que as denúncias de Snowden terão um peso significativo para as empresas dos EUA quando a questão in-cluir novos projetos, como este da Telebras. Apesar do discurso de políticos de que as atitudes da NSA foram lamentáveis, é difícil mexer em equipamentos que já estão em funcionamento há anos e que, possivelmente, possuem inter-ferência americana. Já nos novos projetos isso não deve acontecer.

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midia

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JANELAS DO FUTURO

A empresa britânica Centre for Process Innovation (CPI) preten-de dar uma nova função às janelas de aviões. Na verdade, a compa-nhia pretende substituí-las por telas OLEDs com diferentes funções. O exterior do avião ainda seria visto, mas por meio de câmeras aco-pladas do lado de fora da aeronave. As “janelas” possibilitariam ao passageiro solicitar, por exemplo, o serviço de bordo por meio de toques, além de poder observar objetos e localidades do lado de fora com informações que indicam do que se trata (uma estação espacial, por exemplo, ganha um círculo em volta e uma espécie de resumo da Wikipedia que a descreve).

Ainda segundo a CPI, remover as janelas da aeronave irá re-duzir o seu peso e, portanto, também diminuirá o custo para o passageiro e para a companhia aérea. Ao The Guardian, o Dr. Jon Helliwell, um dos responsáveis pelo projeto, diz que muitos na in-dústria da aviação ressaltam que os aviões no futuro precisam perder peso. Segundo o doutor, os aviões com as superjanelas podem virar realidade em dez anos.

CONTROLANDO O FEED

Se já está difícil e concorrido con-seguir um espacinho no feed de notícias dos usuários do Facebook, uma atuali-zação da rede social pode deixar tudo ainda mais complicado. Agora, um novo recurso permite maior autonomia no ge-renciamento de feeds.

Em outras palavras, isso quer dizer que as pessoas poderão escolher de ma-neira um pouco mais otimizada quais são os conteúdos que aparecerão em sua pági-na. A ferramenta inclui uma opção para ver menos posts ou até não visualizar posta-gens de pessoas ou empresas/ instituições.

Dessa maneira, agora o usuário pode banir de seu feed tudo aquilo que ele não gosta. Por enquanto, o recurso parece estar apenas disponível no apli-cativo oficial da rede social, nas plata-formas iOS e Android. Testar a nova fun-cionalidade é fácil. Basta acessar “Ajuda e Configurações”, no menu, e escolher “Gerenciar o Feed de Notícias”. Depois, basta selecionar quais são as pessoas e empresas das quais você não gostaria de visualizar conteúdo.

TWITTER QUER COMPRAR SNAPPY TVO Twitter revelou a pretensão de comprar o Sna-

ppy TV. O serviço, que permite gravar, compartilhar e editar vídeos por meio de mensagens, será utilizado para aumentar o número de usuários da rede social e torná-la mais interessante esteticamente. A aquisição do serviço, que possibilita o compartilhamento rápido de vídeos, será um grande trunfo para a empresa, que pretende se consolidar como uma segunda tela para acontecimentos e eventos importantes.

Os valores da negociação não foram revelados. O SnappyTV será integrado ao Twitter Amplify, uma ferramenta que habilita os meios de comunicação a distribuir vídeo pela plataforma. De acordo com o porta-voz do Twitter, Baljeet Singh, a meta da empresa é ajudar os editores a compartilharam rapidamente grandes momentos de eventos, para que assim as pessoas possam acompanhá-los quando ocorrem.

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44 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

A g r i c u l t u r a

Nem a seca que assola a região Sudeste foi capaz de prejudicar a produ-

ção agrícola brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE) prevê uma safra recorde de cereais, leguminosas e oleagi-nosas em 2015, com um aumen-to de 2,5% em relação a 2014. O primeiro prognóstico de safra para o próximo ano estima um volume de 198,3 milhões de toneladas.

Segundo o IBGE, entre os seis produtos de maior impor-tância analisados para a próxima safra de verão, cinco apresen-tam variações positivas na pro-dução: feijão 1ª safra (11,0%), amendoim (em casca) 1ª safra (10,7%), soja (9,0%), arroz (em casca) 1,4% e o milho 1ª safra (0,3%). O algodão herbáceo re-gistrou variação negativa na pro-dução, de 8%.

O gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro An-dre Andreazzi, explica que mais de 60% das estimativas são prognósti-cos feitos com informações vindas do campo e cerca de 38% são pro-jeções baseadas nas médias regis-tradas no últimos cinco anos. Ele ressalta que a previsão para 2015 já indica uma safra recorde.

“A seca ocorreu agora. O Sul e o Centro-Oeste estão normais. A chuva no Sudeste está um pouco atrasada, mas os grandes centros produtores de grãos estão nor-mais. No Nordeste sempre come-ça a chover mais tarde, em janei-ro”, analisa Andreazzi.

Liderança

Segundo o gerente do IBGE, a região Centro-Oeste tem se tor-nado, a cada ano, a maior pro-

IBGE já prevê safra recorde em 2015

dutora de grãos. “E ela é grande produtora de gado, que tem sido alimentado em áreas menores, e os grandes pastos estão dando lugar para grandes plantações. Quem tem puxado esse recorde é a região Centro-Oeste.”

Os três principais produtos desse grupo são arroz, milho e soja. Somados, representaram 91,4% da estimativa da produ-ção e responderam por 85,0% da área a ser colhida.

Entre as grandes regiões, o volume da produção de cere-ais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distri-buição: Centro-Oeste, 82,1 mi-lhões de toneladas; Região Sul, 72,3 milhões de toneladas; Su-deste, 17,8 milhões de tonela-das; Nordeste, 15,8 milhões de toneladas e Norte, 5,5 milhões de toneladas.

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 45

S e g u r a n ç a

Autoridades de segurança pública do Brasil, da Bolívia e do Peru se reuniram em Rio Branco, no Acre, para avaliar os resulta-dos da operação ‘Brasil Integrado Ação Fronteiras e Nordeste, reali-zada na primeira semana de no-vembro e concluíram que a ação multilateral foi um sucesso.

Coordenada pelo Ministério da Justiça, a operação ocorreu simultaneamente em 20 esta-dos brasileiros, 11 localizados em áreas de fronteiras. No Acre, onde 95% do território faz fron-teira com a Bolívia e o Peru, to-talizando mais de 2 mil km de áreas fronteiriças, a ação conjun-ta contou com a participação das polícias de Cobija e Iñapari.

A operação faz parte do pro-grama de Estratégia Nacional de Fronteira (Enafron), criado pela presidenta Dilma Rousseff para integrar, fortalecer e equipar os municípios que fazem fronteira com outros países e reforçar a se-gurança pública nessas áreas.

Visão dos amigos

Segundo o coronel da po-lícia boliviana, Rene Morales, a operação aproximou ainda mais as forças de segurança dos dois países. “Considero brasileiros e bolivianos mais do que vizinhos. Somos irmãos. E por isso, em

nome do governador da provín-cia de Pando, Luís Adolfo Flores, agradeço o sucesso desta opera-ção de segurança”.

O chefe da polícia de Iña-pari, no Peru, Aco Cardones, destacou a importância desta mobilização conjunta e a expe-riência adquirida pelas forças peruanas. “A experiência em conjunto das três forças surtiu muito efeito”, ressaltou.

Operação integrada nas fronteiras é sucesso

Cardones comentou que no lado peruano as ocorrências de maior incidência foram con-trabando, tráfico de drogas e documentações irregulares de pessoas e veículos. Ele enfa-tizou que o maior mérito da operação foi fazer com que a população se sinta mais segura e confiante na polícia.

Para o secretário de Segu-rança Pública do Acre, Reni Graebner, a integração e a harmonia dos profissionais na condução das ações foi o pon-to alto da operação. “A parceria das policias do Brasil, Bolívia e Peru garantiu todo o sucesso da ação. Agradeço aos participan-tes pelo empenho em buscar a tranquilidade e disseminar a paz entre as comunidades”.

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46 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

S a ú d e

A nova edição do Guia Ali-mentar para a População Brasi-leira já está sendo distribuída em todo o país e também pode ser acessada em versão eletrônica no site do Ministério da Saúde. Com 152 páginas fartamente ilustradas, o guia contém recomendações sobre alimentação que objetivam promover a saúde da sociedade hoje e no futuro.

Redigido em linguagem aces-sível, o Guia aborda a questão da desnutrição, em forte declínio em todo o país, e a prevenção de en-fermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação.

Todas as recomendações es-tão baseadas em conhecimentos gerados por diferentes modalida-des de estudos experimentais, clí-nicos e populacionais, incluindo os experimentos naturais implí-citos no processo de seleção de padrões de alimentação desenvol-vidos e transmitidos ao longo de gerações

A ideia é que a publicação seja utilizada nas residências, nas unidades de saúde, nas escolas e em todo e qualquer ambiente de promoção da saúde, como cen-tros comunitários e centros de re-ferência de assistência social. “O Guia contém recomendações que trazem benefícios para as pessoas,

para a sociedade e para o plane-ta”, destaca Carlos Augusto Mon-teiro, responsável pela orienta-ção da equipe técnica que elaborou a publicação.

Recomendações

Consideran-do o impacto dos alimentos e dos produtos alimentícios sobre a quali-dade da ali-mentação , o Guia Ali-mentar faz quatro reco-mendações c e n t r a i s para uma alimentação adequada e saudável: fa-zer de alimen-tos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; uti-lizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades; evitar o consu-mo de alimentos ultraprocessa-dos e comer com regularidade e em ambientes apropriados.

Outra característica relevan-te do Guia Alimentar é basear

Guia padroniza alimentação de parcela da população

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 47

S a ú d e

suas recomendações em padrões de alimentação efetivamente pra-ticados por uma parcela substan-cial da população brasileira, aquela que ainda baseia sua alimentação em alimentos in naturaou minima-mente processados e preparações

culinárias feitas com esses ali-mentos.

O Guia Alimen-tar dá grande impor-

tância às formas pelas quais os

alimentos são produzidos e distribuídos, privilegian-do aqueles cuja pro-dução e distribui-ção seja s o c i a l -mente e ambien-talmen-te sus-tentável como os

alimentos orgânicos

e de base agroecológi-

ca.T a m b é m

traz um capítu-lo especial sobre

as circunstâncias que envolvem o ato de co-

mer, aconselhando-se regu-laridade e atenção, ambientes

apropriados e, sempre que pos-sível, o comer em companhia. Os benefícios gerados por esses

procedimentos são explicados em detalhe no Guia Alimentar: melhor digestão e aproveitamento dos ali-mentos, controle mais eficiente do quanto se come e maior interação social.

Participação

Produzido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o novo Guia Alimentar substitui ver-são anterior de 2006.

Ele começou a ser elabora-do em 2011 e incluiu a realização de duas oficinas nacionais com pesquisadores, profissionais de saúde, educadores e representan-tes de organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil e oficinas regionais em todas as 27 unidades da federação.

O processo também envolveu consultas públicas entre institui-ções de ensino, órgãos públicos, conselhos e associações profissio-nais, setor privado e pessoas físi-cas. Uma importante característica do Guia Alimentar é a distinção minuciosa entre alimentos in na-tura, minimamente processados, processados, ultraprocessados e produtos alimentícios.

As recomendações do Guia Alimentar são resumidas em dez passos e orienta o consumidor a ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propa-gandas comerciais.

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48 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

C u l t u r a

A presidenta Dilma Rousseff aproveitou as comemora-ções do Dia Nacional da

Cultura para destacar as políticas públicas do governo voltadas para o setor, dentre elas o Vale Cultura, que já movimenta em torno de R$ 25 bilhões.

“A cultura é um elemento estratégico para a construção de um País próspero e desenvolvi-do, que traz autoestima para as pessoas. Cultura nos dá capaci-dade de ter esperança na vida e na sociedade. Por isso, vamos im-plementar políticas públicas para cultura que deem suporte para os artistas”, enfatizou.

A presidenta ainda citou ou-tras políticas, como o Brasil de To-das as Telas, que deve investir mais

de R$ 1 bilhão para estimular a produção audiovisual brasileira, a obrigatoriedade de conteúdo bra-sileiro na TV paga, que aumentou o número de programas nacionais em quatro vezes, e o PEC da Mú-sica, que isentou impostos para CDs e DVDs fabricados no Bra-sil, incluindo arquivos digitais, e o PAC das cidades históricas que investirá R$ 1,6 bilhão até 2015.

Mérito Cultural

Ao participar da 20ª edição da cerimônia de entrega da Or-dem do Mérito Cultural (OMC), prêmio criado pelo Ministério da Cultura para homenagear perso-nalidades da cultura brasileira, Dilma Rousseff ressaltou que o

Brasil investe mais no setor cultural

prêmio valoriza e reconhece a cultura brasileira, uma das maio-res riquezas do País.

“A homenagem mostra que a extrema diversidade cultural do Brasil constitui um patrimônio tão importante quanto a nossa capacidade de construir, de criar e de produzir cultura nesse País”, afirmou.

Para ela, as 26 personalida-des e as quatro entidades pre-miadas este ano expressam essa pluralidade que orgulha os brasi-leiros.” Todos são exemplos des-sa mistura de sotaques, de pro-postas, de saberes, de diferentes manifestações que compõem o mosaico que forma a nossa na-cionalidade e a nossa cultura”, enfatizou.

Para Dilma, “a cultura é um elemento estratégico para a construção de um país próspero e desenvolvido”

Rua do Porto, 100 - Boca da Barra - Cairu/BA - Fone/Fax 75 3653.6068 • 75 9981.1302 • 71 9956.4196

Em uma área de 5 mil metros quadrados, contando com 7

apartamentos e 2 chalés, na beira do rio e do mar, a Pousada

Marina de Boipeba oferece todo conforto que você merece, e

também passeios para praias, piscinas naturais, caminhadas

pela mata atlântica e ao redor da ilha. No verão, entre dezembro

e fevereiro, o Restaurante L’Ancora abre para o jantar, com

cardápio de massas e molhos preparados por Marina Fiacchi,

com os sabores do Norte da Itália, aprendidos com sua avó e

sua mãe, conhecidas em Bolonha pela excelência culinária.

Venha se encantar com a Pousada Marina de Boipeba.

Saiba mais no site www.pousadamarinadeboipeba.com.br

AN_ESTADOS_MUNICIPAIS_205X280.pdf 1 25/03/11 16:40

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50 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

E n e r g i a

A sobra de energia e o equi-líbrio estrutural do sistema elétrico garantem a segu-

rança do abastecimento de ener-gia elétrica no País. A avaliação é do secretário-executivo do Minis-tério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ressaltando que a transparência das ações e capaci-dade de planejamento de curto, médio e longo prazo são os prin-cipais triunfos do setor.

Ele reiterou que, mesmo com situação hidrológica desfavorável ao longo deste ano, o setor elétri-co se manteve em equilíbrio es-trutural e com segurança de abas-tecimento. Zimmermann também destacou que as análises sobre os riscos do sistema elétrico são feitas com base em modelos va-

lidados e auditados, com grande transparência nos processos.

“Quando o Comitê de Moni-toramento do Setor Elétrico divul-ga uma nota ao final da reunião, aquela é uma informação que está disponível para todos. Eu te-nho certeza de que esse setor, da forma como trabalha, é um dos mais organizados na sociedade brasileira”.

Segurança e transparência no setor elétrico

Sob controle

Segundo o secretário, o siste-ma de abastecimento de energia elétrica está sob controle, e qual-quer risco de déficit energético se reduz a partir de agora, com o começo do período de chuvas: “Se o sistema estava sob controle a oito meses da estação chuvo-sa, no começo do ano, agora que entramos no período de chuvas é claro que o risco é bem menor”.

Zimmermann apontou que, de acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétri-co (CMSE) há sobra de 6.600 MW médios, e o sistema está em equilíbrio estrutural. “Houve quem dissesse que nosso risco de racionamento era de até 100%. E o que dizíamos era que se tratava de uma questão muito técnica, que envolve modelos sofistica-dos de cálculo e avaliação, e que nada apontava nessa direção”.

O secretário enfatizou que o crescimento do setor elétrico é um dos grandes desafios da so-ciedade moderna e que o Brasil está preparado para enfrentá-lo: ” O importante é que temos um setor oxigenado, que tem base e história, e que sabe encontrar so-luções. Não há setor elétrico es-tático em países em desenvolvi-mento, é um setor em constante evolução”, afirmou.

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 51

Prefeitos, gestores e secre-tários municipais de todo o país voltarão a se reunir

para debater a importância das micro e pequenas empresas no desenvolvimento econômico das cidades brasileiras. A terceira edi-ção do Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Susten-tável (EMDS) acontecerá de 7 a 9 de abril de 2015, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O lançamento oficial do even-to foi feito em Campinas, durante a 66ª Reunião Geral da Frente Na-cional dos Prefeitos (FNP), principal promotor do encontro. O exemplo de Gramado, no Rio Grande do Sul, continua servindo de inspiração para os gestores brasileiros.

Vencedor do Prêmio Se-brae Prefeito Empreendedor, em 2008. o ex-prefeito de Gramado, Pedro Bertolucci, relatou aos par-ticipantes como conseguiu pro-mover a cidade a um dos roteiros turísticos mais procurados do Bra-sil e ressaltou a importância dos pequenos negócios para o desen-volvimento dos municípios.

Mobilização O gerente de Políticas Pú-

blicas do Sebrae, Bruno Quick, convocou os municípios a criarem uma agenda para beneficiar e esti-mular a criação de micro e peque-nas empresas, que são as principais geradoras de empregos no país: “Os pequenos negócios são os respon-

Gestores públicos

promovem novo

encontro

sáveis por oito em cada dez empre-gos gerados”, ressaltou.

Ele explicou que durante os três anos de crise mundial os novos postos de trabalho foram criados apenas pelas micro e pequenas empresas, enquanto as grandes e médias tiveram que demitir. “É pre-ciso valorizar esse setor importante da economia”, afirmou.

Os pequenos negócios representam 99% das empresas brasileiras e são os responsáveis por 52% dos empregos formais e por 27% do Produto Interno Bru-to (PIB). Além disso, as empre-sas de pequeno porte são as que mais geram empregos no Brasil e ajudam a movimentar a econo-mia local e promover o desenvol-vimento sustentável.

E m p r e e n d e d o r i s m o

Page 52: 255 / novembro

52 E s t a d o s & M u n i c í p i o sE s t a d o s & M u n i c í p i o s

Tu r i s m o

Morro de São Paulo, na Bahia, é uma vila com praias e paisagens para-disíacas. É habitado por pessoas hos-pitaleiras, que têm prazer em mostrar aos visitantes as maravilhas da nature-za que há nesse lugar.

Morro de São Paulo está situa-do em uma ilha, sendo o acesso feito apenas por barcos ou avião. Lá não circulam carros, o transporte é feito através de carrinhos de mão. Por isso e por outras características únicas, o Morro de São Paulo transforma-se em um lugar especial para relaxar e conviver com as maravilhas que a natureza oferece nesse lugar, tendo assim uma grande variedade de Pou-sadas e Hotéis para hospedar os seus visitantes.

Mas não há apenas tranquilida-de nesse paraíso. Também há muita badalação para quem gosta de agi-tos noturnos. Existem várias opções de festas que vão até o amanhecer, regadas de muita gente bonita, alto astral e música para todos os gostos.

No Morro de São Paulo há pro-gramas perfeitos para todas as ida-des. Casais com crianças pequenas podem desfrutar da tranquilidade das praias calmas. Solteiros podem curtir as praias e as badaladas festas noturnas.

Há passeios lindíssimos para fazer que são oferecidos pelas agên-cias de Morro de São Paulo. Pode-mos visitar as ilhas vizinhas, fazer o passeio em volta da ilha, fazer trilhas

ecológicas com guias credenciados, conhecer a história de Morro de São Paulo visitando monumentos históri-cos da época colonial, e muito mais.

Praias do Morro

As principais praias do Morro de São Paulo estão localizadas ao sul e têm o nome de: Primeira Praia, Segun-da Praia, Terceira Praia, Quarta Praia e Quinta Praia que também é conheci-da como Praia do Encanto. Todas es-sas praias, com suas conhecidas águas mornas e transparentes, nos propor-cionam o “verdadeiro banho de mar”, e nos permitem uma conexão total com a natureza.

A Quarta e a Quinta Praia são praias praticamente desertas, são ver-dadeiros oásis do sossego. A Segunda Praia é conhecida pela sua badalação e agito, tanto durante o dia como à noite.

A Segunda Praia é a praia mais agi-tada e também a mais badalada da ilha de Tinharé. Nela está o agito todo do Morro de São Paulo. Existe um comple-xo de bares e restaurantes que garantem um bom atendimento aos turistas, e é aqui onde é divulgada toda a progra-mação noturna e acontece o tradicional “luau” regado com muito axé.

Ao lado norte da vila de Morro de São Paulo há também a Praia do Porto de Cima, Praia da Ponta da Pe-dra e a Praia da Gamboa. Estas praias são mais conhecidas pelos moradores, são pouco freqüentadas pelos turistas.

Um pedaço do paraíso em Morro de São Paulo

Page 53: 255 / novembro

E s t a d o s & M u n i c í p i o s 53E s t a d o s & M u n i c í p i o s 53

Tu r i s m o

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54 E s t a d o s & M u n i c í p i o s54 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M o t o r e s

Cayenne Turbo O SUV Cayenne volta a brilhar na linha da Porsche. A linha 2015 do utilitário esportivo recebeu sutis

mudanças no visual e no acabamento interno, que não foram capazes de alterar as linhas do modelo Turbo 2015. O SUV recebeu farois com lentes mais sofisticadas, capô com novo formato, grade levemente alterada. Na traseira, o modelo traz lanternas mais afiladas e tampa do porta-malas e para-choque redesenhado.

Por dentro, o volante passou a ser semelhante ao usado no 918 Spyder, enquanto os bancos foram rede-senhados para melhorar o conforto. Já o motor é o V8 de 4.8 litros, com duas turbinas, capaz de entregar 527 cavalos de potência.

New Versa em 2015O sedã compacto New Versa é o segundo mo-

delo da Nissan a ganhar produção nacional, ao lado do New March, e chega às lojas no primeiro semestre de 2015. As principais mudanças são es-téticas, especialmente na grade frontal, que traz a nova identidade da marca.

O motor é o 1.6 16V flexfuel, com câmbio ma-nual de cinco marchas e as rodas são de liga leve de 16 polegadas. Por dentro, o New Versa agora conta com acabamento mais refinado.

Há ainda novos itens, como volante multifun-cional, conexão por Bluetooth, além do sistema de conectividade NissanConnect.

Novo jipinho da HondaO novo SUV compacto da Honda é a grande

novidade da marca para este ano. Batizado de HR-V, o jipinho voltado para o uso urbano promete agi-tar o segmento e posiciona-se abaixo do CR-V.

Equipado com o mesmo motor do Civic, de 1.8 litro, ele traz o câmbio CVT - configuração utiliza-da pela primeira vez nos modelos da marca. Uma versão manual também será oferecida. O HR-V será produzido na fábrica de Sumaré e chega às lojas no final de março de 2015.

Novo jipinho da HondaNovo jipinho da HondaO novo SUV compacto da Honda é a grande

novidade da marca para este ano. Batizado de HR-V, o jipinho voltado para o uso urbano promete agi-

Equipado com o mesmo motor do Civic, de 1.8 litro, ele traz o câmbio CVT - configuração utiliza-da pela primeira vez nos modelos da marca. Uma versão manual também será oferecida. O HR-V será produzido na fábrica de Sumaré e chega às lojas no

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M o t o r e s

Transporte com qualidadeO Volvo FM oferece flexibilidade e eficiência de transporte da melhor

qualidade. O caminhão, que atende as necessidades da maioria dos consumi-dores, modernizou a cabine do motorista e trouxe o “Volvo Dynamic Steering“ (Direção Eletro Hidráulica), inovação tecnológica que traz benefícios para o motorista em todas as condições de operação, pois cria um ambiente de traba-lho mais seguro, confortável e prazeroso.

O modelo pode ser facilmente customizado para atender necessidades individuais.

A super esportiva Ninja H2 possui 200cv de potência e é o modelo homologa-do para as ruas da versão de corrida, Ninja H2R, que chega aos 310cv. A Kawasaki uti-

lizou as “asas” da versão de pistas como retrovisores, item obrigatório para utili-zação em vias públicas.

Seu motor de 4 cilindros em linha com 1000cc utiliza o sistema Scroll

Type, que envia uma mistura de combustível e ar de melhor qua-

lidade. O novo motor trabalha em conjunto com o câmbio de seis marchas, equipado com a tecnologia Quick-Shifter, que permite a troca de marchas

sem o uso da embreagem.

Ninja urbana de 200 cv

E s t a d o s & M u n i c í p i o s

A super esportiva Ninja H2 possui 200cv de potência e é o modelo homologa-do para as ruas da versão de corrida, Ninja H2R, que chega aos 310cv. A Kawasaki uti-

lizou as “asas” da versão de pistas como retrovisores, item obrigatório para utili-zação em vias públicas.

Seu motor de 4 cilindros em linha com 1000cc utiliza o sistema Scroll

Type, que envia uma mistura de combustível e ar de melhor qua-

lidade. O novo motor trabalha em conjunto com o câmbio de seis marchas, equipado com a tecnologia Quick-Shifter, que permite a troca de marchas

sem o uso da embreagem.

Ninja urbana de 200 cv

Design italiano Azimut Yachts, estaleiro italiano com fábrica no Brasil e que já garantiu sua participação no Rio Boat Show

2015, expôs cinco lanchas no Qatar International Boat Show, entre elas a nova Azimut 50 Flybridge. A região vem se mostrando um mercado em crescimento para a marca, que chegou a dobrar as vendas no Oriente Médio.

Além da 50 Flybridge, a marca apresentou seus modelos 55S, 72S, 60 Flybridge e Azimut 64 Flybridge.

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RANGEL CAVALCANTE [email protected]

56 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

RANGEL CAVALCANTE [email protected]

A 21ª Pergunta Ministro da Justiça de Geisel, Armando Falcão

tinha uma habilidade extraordinária no trato com os jornalistas. Sempre afável, conversava com eles,

mas não dava informação alguma que resul-tasse em notícias. Tinha sempre

pronto o seu “nada a declarar”. Fernando César Mesquita,

que era chefe de redação da sucursal do “Estadão” em Brasília, decidiu designar o repórter Dário Mace-do para a cobertura no Ministério da Justiça. Tinha certeza de que Dário, por ser muito amigo do ministro, iria romper a barreira do si-

lêncio dele e produzir gran-des “furos” para o jornal. Dário chegou

confiante ao ministério. Logo no primeiro dia, na sala de imprensa, surpreendeu os colegas concor-rentes. Lá estavam a Leda Flora, a Hebe Guimarães, o Pedrinho Castello Branco, o Vanderley Pereira e outros encarregados da cobertura diária do bunker de Falcão.

- Pessoal, falei com o ministro e ele vai nos con-ceder uma entrevista. Pediu que enviássemos as per-guntas por escrito, ainda hoje. Vamos redigi-las, agora!

Em poucos minutos estava feita a lista. Eram 20 perguntas sobre os mais diversos assuntos, daquelas que a ditadura detestava ouvir. Na hora de enca-minhar o papel ao ministro – quem levava era um dois filhos dele, Fernando, oficial de gabinete - o Vanderley, do “Jornal do Brasil”, pediu para incluir mais uma pergunta, a 21ª. A indagação era:

- Senhor ministro, como vai a sua Fazenda “Massapê Grande”, em Quixeramobim?

Na manhã seguinte, eufórico, o Dário rece-beu de volta o questionário. Armando Falcão só respondeu à pergunta 21. Em todas as demais, “nada a declarar”.

Alcoólatra?

Em um dos muitos congressos e conferências de que participou, o advogado Reginaldo de Castro, ex--presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, ouviu de um colega de outro estado um relato que reproduziu numa roda de amigos durante almoço no Piantela, em Brasília. Contou-lhe o colega que certa vez foi procurado por um importante figurão de sua cidade, um rico empresário, que pretendia contratar os seus serviços para processar um desafeto. O tal sujeito o estava difamando por toda a comunidade, espalhan-do que ele era homossexual. O causídico ouviu as ra-zões do pretenso constituinte e foi aberto:

- Tudo bem. Posso patrocinar a sua causa. Mas antes precisamos por os pontos nos is. Você sabe, advogado é como um sacerdote. Entre ele e o cliente não pode haver segredos. Nós temos que entrar para ganhar. Você tem certeza de que esse seu desafeto não tem algum trunfo, alguma carta na manga, al-gum indicio ou prova, talvez até forjada, que pos-sa induzir as pessoas a acreditarem no que ele diz? Devo adverti-lo de que a sua reputação estará muito mais abalada se você processar o homem e perder a causa do que por essas fofocas de rua.

O candi-dato a cliente coçou o quei-xo, pensou um pouco. E com a voz abafada perguntou:

- Doutor, me diga uma coisa. O sujeito que de vez em quando toma uma cervejinha é alcoólatra?

Não hou-ve processo.

tasse em notícias. Tinha sempre pronto o seu “nada a declarar”.

Fernando César Mesquita, que era chefe de redação da sucursal do “Estadão” em Brasília, decidiu designar o repórter Dário Mace-do para a cobertura no

lêncio dele e produzir gran-

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CASOS & CAUSOS

E s t a d o s & M u n i c í p i o s 57

Pela PátriaEm 1970, o Brasil vivia os chamados anos de chumbo que foram os do governo do general Emílio Gar-

rastazu Médici. Estávamos em Quito, no Equador, fazendo especialização em jornalismo no CIESPAL. E lá encontramos como adido militar junto à nossa embaixada o coronel Hélio Ibiapina. Isso mesmo, o famoso coronel Ibiapina, aquele da prisão do Gregório Bezerra no Recife. Não gozava das simpatias do medicismo e por isso estava “exilado” nos Andes. O homem era um patriota, honesto, bem intencionado e linha dura de primeira. Daqueles que acreditava piamente que a ditadura militar salvara o Brasil do comunismo.

Fizemos uma boa amizade, embora ele nunca escondesse suas restrições às nossas posições contrárias ao regime castrense no Brasil. Muitas vezes tomávamos bons uísques na casa dele, burlando o frio intenso das noites equatorianas, quase sempre com os termômetros marcando menos de zero grau. O coronel respi-rava patriotismo. No Sete de Setembro, usávamos a data como pretexto para alguns drinques na casa dele – a Embaixada estava fechada, porque Médici cancelara todas as festividades alusivas ao Dia da Independência por causa do seqüestro do cônsul Gomide pelos “Tupamaros”, no Uruguai. A certa altura contamos a ele do medo que tivemos no Ceará, quando o coronel Hugo Hortêncio Aguiar, encarregado de um dos famosos IPM, nos ameaçou de uma temporada em Fernando de Noronha. Ibiapina interrompeu:

- Não sei de que você teve medo. Aquele coronel é um dos mais honrados e brilhantes oficiais no nosso Exército. Se mandou prendê-lo é porque estava cumprindo com o seu dever, coisa que ele faz nem que isso importe em dar a própria vida pela Pátria.

Não gostou nada da nossa resposta regada a um Black Label:- Pois aí é que estava o meu medo, coronel. Se o sujeito nem titubeia em dar a vida dele pela Pátria,

avalie a minha?

O genroJosé de Figueiredo Correia era deputado estadual no Ceará. Homem valente, daqueles que não

levam desaforo para casa, foi visitar um genro preso pela ditadura militar em um quartel de Fortaleza. Revoltado com a prisão, que considerava injusta, mera perseguição política, prometeu ao rapaz que lhe daria um revólver para que ele, tão pronto saísse da prisão, desse um tiro no coronel que o prendeu.

- Assim que você sair vai dar um tiro naquele coronel. Se não o fizer, não será mais meu genro.Dias depois, inocentado, o jovem foi solto. Recebeu o revolver de presente do sogro. Guardou-o

em casa e nunca deu um tiro. Coincidência ou não, o casamento dele acabou.

Festa no enterroNo aeroporto do Galeão, prestes a embarcar para os Estados Unidos acompanhando o seu grande

amigo Flávio Marcílio, então presidente da Câmara dos Deputados, o nosso senador Vieira decidiu fazer um desses seguros de vida para viajantes vendidos pelas agências de turismo. A mocinha no balcão dava conta das diversas opções e insistia para que contratasse um cujo premio – valor a ser pago aos beneficiários no caso de o avião cair e ele morrer - era de um milhão de dólares. Mas o senador preferiu algo mais modesto, um seguro de 50 mil dólares. Já no avião, mostrava a apólice aos companheiros de viagem e aproveitou para explicar porque não aceitara o seguro de um milhão de dólares:

Ora, se eu fizesse um seguro desses, o avião caísse e eu morresse, no meu enterro, ao invés de choro e vela, ia ter era Carnaval.

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58 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

Art igoa r t i g oReinaldo Domingos

O tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Mé-dio) deste ano foi “Publicidade infantil em questão no Brasil”. Há diversas opiniões sobre o assunto, algumas até bastante extremistas, no entanto, quero aqui falar so-bre como esta questão conversa diretamente com outra muito re-levante: a educação financeira, especialmente das crianças.

Nós mesmos não recebe-mos orientações de como ad-ministrar e utilizar os recursos financeiros que ganharíamos ao longo de nossas vidas, isso por-que nossos pais e avós também não aprenderam e não puderam transmitir esse conhecimento. Ou seja, educação financeira não é algo cultural, então, crescemos sem entender um princípio bási-co: poupar antes de gastar.

Se somarmos a isso a publi-cidade agressiva que vemos na mídia – principalmente na televi-são –, temos uma ameaça muito séria às nossas crianças, que, por ainda não possuírem o discerni-mento necessário, acabam se tor-nando consumidoras compulsivas e impulsivas. Mas, com educação financeira, que trata a problemá-tica pelo viés comportamental, é possível reverter esse quadro e, as-sim, formar uma geração de pesso-as mais conscientes.

É claro que é importan-te impor limites nas publicida-

des, principalmente quando são voltadas ao público infantil, no entanto, o que muitas pessoas – especialmente os pais – não per-cebem é que acabam transferindo a responsabilidade às empresas, ao governo, a qualquer um, mas não enxerga que também não está cumprindo o seu papel na boa formação de seus filhos.

Qualquer educação começa em casa, e com a financeira não é diferente. As crianças se espelham nas atitudes dos pais, então, se eles tiverem o hábito de se plane-jar, não gastar mais do que ganha, poupar dinheiro para realização de sonhos, buscar pagar à vista e não parcelar tudo no cartão de crédito, os pequenos terão uma base correta para poder seguir também nesse caminho.

A boa notícia é que a família não está sozinha nessa; mais de 1300 escolas espalhadas por todo o país entenderam a importância do assunto e adotaram um progra-ma, incluindo em sua grade curri-cular a disciplina Educação Finan-ceira, antecipando-se a projetos como a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), im-plementada pelo governo federal, com base na proposta de ensino de instituições financeiras nacio-nais e do Banco Mundial; e a Lei 171/09, que estabelece a obriga-toriedade da educação financeira em escolas públicas e privadas.

Como saber se o filho se tornou consumista e o que fazer?

Um sinal de que a criança está seguindo pelo caminho do consu-mismo compulsivo é de querer ab-solutamente tudo o que vê na tele-visão ou vitrines ou o que os amigos têm e, quando não ganham, fazem birra. Toda criança acaba sendo in-fluenciada, mas alguns comporta-mentos são muito atípicos.

Se os pequenos ganham algo e logo quebram ou deixam de lado, não querendo mais brincar, ou quando recebem mesada e dificilmente conseguem passar o mês todo com aquele valor, tam-bém podem ser indícios. Os pais/responsáveis precisam ficar aten-tos, observar de perto e, caso es-teja acontecendo, devem repensar a educação de seus filhos sobre o assunto, revendo seu próprio nível de letramento financeiro.

Além disso, podem – e de-vem – limitar ou controlar o aces-so das crianças às mensagem publicitárias e conversar sempre com eles. Lembrem-se: se os há-bitos e costumes da família forem positivos em relação ao uso do dinheiro, isso tenderá a prevale-cer na vida das crianças.

Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira

Consequências da publicidade infantil podem ser combatidas com educação financeira

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