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4/3/2014 1 INSTITUTO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E EVENTOS ACADÊMICOS - INAPEA HEMOTERAPIA E BANCO DE SANGUE

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INSTITUTO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E EVENTOS ACADÊMICOS - INAPEA

HEMOTERAPIA E BANCO DE SANGUE

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OBJETIVOS

Objetivo

• Reconhecer e fornecer uma visão geral dos mecanismos fisiológicos e bioquímicos da produção dos eritrócitos;

Objetivo

• Reconhecer os conhecimentos teóricos e práticos das diversas reações transfusionais e suas classificações;

Objetivo

• Identificar cada mecanismo fisiológico envolvido nos mecanismos de transfusão;

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

OBJETIVOS

Objetivo

• Reconhecer o valor funcional de cada reação transfusional;

Objetivo

• Conhecer a morfologia e os aspectos gerais da produção dos eritrócitos;

Objetivo

• Correlacionar as funcionalidade entre cada mecanismo transfusional, desenvolvendo as bases necessárias para o posterior estudo das reações transfusionais;

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

OBJETIVOS

Objetivo

• Reconhecer as estruturas que compõem todo o sistema hematopoiético;

Objetivo

• Reconhecer os diversos métodos utilizados para investigação clínica e laboratorial das reações transfusionais.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

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0 A Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados, que coordena o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN), tem por finalidades:

0 implementar a Política Nacional de Sangue;

0 Componentes e Hemoderivados;

0 Garantir autossuficiência do País em hemocomponentes e hemoderivados;

0 Harmonizar as ações do Poder Público em todos os níveis de governo, relacionadas à atenção hemoterápica e hematológica, conforme Decreto nº 3.990, de 30/10/2001, a chamada “Lei do Sangue”. (MS, 2011)

0 Ao longo dos anos, a pratica hemoterapica no Brasil tem sido alvo de constantes normatizações. Entretanto, nem sempre foi assim. Desde a criação do primeiro banco de sangue, em 1942, ate 1964 não existiam registros de leis nacionais referentes a sua regulamentação técnica.

0 Somente na década de 60, com a criação da Comissão Nacional de Hemoterapia (CNH) surgem as primeiras regulamentações técnicas da pratica hemoterapica no pais.

HISTÓRIA Contexto Histórico

0 Primeiro serviço de hemoterapia, em 1942 no Hospital Fernandes Figueiras, no Rio de Janeiro.

0 A realização do primeiro curso de especialização em hemoterapia, organizado pelo Instituto Osvaldo Cruz também no Rio de Janeiro e na década de 40, se tornou um catalisador do crescimento cientifico da área.

HISTÓRIA Contexto Histórico

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• LEI N° 10.972, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2004 Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - HEMOBRÁS e dá outras providências.

• LEI N° 10.205, DE 21 DE MARÇO DE 2001 Regulamenta o §4º do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados, estabelece o ordenamento institucional indispensável à execução adequada dessas atividades, e dá outras providências.

• LEI N° 11.075, DE 27 DE MARÇO DE 1950 Dispõe sobre doação voluntária de sangue.

LEGISLAÇÃO Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• EMENDA CONSTITUCIONAL N° 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2000

Altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• DECRETO N° 5.402, DE 28 DE MARÇO DE 2005

Aprova o estatuto da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – HEMOBRÁS.

• DECRETO N° 5.045, DE 08 DE ABRIL DE 2004

Dá nova redação aos arts. 3º, 4º, 9º, 12 e 13 do Decreto nº 3.990, de 30 de outubro de 2001, que regulamenta os dispositivos da Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001.

Contexto Histórico

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LEGISLAÇÃO

• DECRETO N° 10.036, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2003

Institui a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue e dá outras providências.

• DECRETO N° 3.990, DE 30 DE OUTUBRO DE 2001 Regulamenta o art. 26 da Lei no 10.205, de 21 de março de 2001, que dispõe sobre a coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados, e estabelece o ordenamento institucional indispensável à execução adequada dessas atividades.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• DECRETO N° 53.988, DE 30 DE JUNHO DE 1964

Institui o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.

• PORTARIA Nº 1.353, DE 13 DE JUNHO DE 2011

Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• PORTARIA MS/SAS N° 768, DE 26 DE OUTUBRO DE 2006

Extingue, a partir da competência março de 2007, todos os modelos, até então vigentes, de laudos para solicitação de autorização de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade/custo - APAC e os formulários da APAC,

implantados por portarias específicas.

Contexto Histórico

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LEGISLAÇÃO

0 PORTARIA MS/GM Nº 112, DE 29 DE JANEIRO DE 2004

Dispõe sobre a implantação, no âmbito da Hemorrede Nacional, da realização dos testes de amplificação e detecção de ácidos nucléicos (NAT), para HIV e HCV.

0 PORTARIA MS/GM N° 714, DE 10 DE JUNHO DE 1999 Constitui o Subcomitê de Hemofilia, vinculado ao Comitê Técnico-Científico de Assessoramento a Coordenação de Sangue e Hemoderivados - COSAH, Portaria 633, de 18/05/99.

0 PORTARIA MS/GM N° 633, DE 18 DE MAIO DE 1999 Institui o Comitê Técnico-Científico - CTC, de Assessoramento a Coordenação de Sangue e Hemoderivados.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• PORTARIA MS/GM N° 480, DE 16 DE ABRIL DE 1999 Revoga as Portarias nº 2.419, de 17/12/96, publicada no D.O.U. 246, e nº 52 de 15/01/98, publicada no D.O.U. 12.

• PORTARIA MS/GM N° 1.544, DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 O Programa Nacional de Controle de Qualidade Externo em Sorologia para Unidades Hemoterápicas (PNCQES).

• PORTARIA MS/GM N° 2.009, DE 04 DE OUTUBRO DE 1996 Complementa os termos da Portaria 1.376, de 19 de novembro de 1993 que aprova normas técnicas para coleta, processamento e transfusão de sangue, componentes e derivados.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

0 PORTARIA MS/GM N° 1.840, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996

Cria o Programa Nacional de Controle de Qualidade Externo em Sorologia para Unidades Hemoterápicas - PNCQES.

0 PORTARIA MS/ANVISA N° 127, DE 08 DE DEZ DE 1995 Institui o Programa Nacional de Inspeção em Unidades Hemoterápicas – PNIUH - com o objetivo de executar inspeções para avaliar a qualidade dos processos nas unidades hemoterápicas existentes no país, de acordo com a legislação vigente, como um dos mecanismos fundamentais para a garantia da qualidade dos produtos hemoterápicos.

Contexto Histórico

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LEGISLAÇÃO

0 RESOLUÇÃO RDC N° 149, DE 14 DE AGOSTO DE 2001 Objetiva a estruturação do Sistema Nacional de Informação de Sangue e Hemoderivados, as instituições executoras de atividades hemoterápicas, públicas e privadas e entidades filantrópicas ficam obrigadas a encaminhar, mensalmente, às Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais o formulário do Sistema de Informação de Produção Hemoterápica - HEMOPROD.

0 RESOLUÇÃO N° 41, DE 28 DE JUNHO DE 2000 Regulamento técnico MERCOSUL dos níveis de complexidade dos Serviços de Medicina Transfusional ou Unidades Hemoterápicas.

0 RESOLUÇÃO RDC N° 46, DE 18 DE MAIO DE 2000 Aprova o regulamento técnico para a produção e controle de qualidade de hemoderivados de uso humano, que consta como anexo.

Contexto Histórico

LEGISLAÇÃO

• PORTARIA Nº 1.353, DE 13 DE JUNHO DE 2011

Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos.

Contexto Histórico

Introdução

- A terapia transfusional é um processo que mesmo em contextos de indicação precisa de administração correta, respeitando as normas técnicas preconizadas, envolve risco sanitário com a ocorrência potencial de Incidentes Transfusionais.

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Introdução

Em algumas situações clínicas, a transfusão pode representar a única maneira de salvar uma vida, ou melhorar rapidamente uma grave condição.

Sangue ou Hemocomponente

Riscos Transfusionais potenciais

Compará-los com os riscos que se tem de não realizar a transfusão.

Introdução

Ocorrência de Reações Transfusionais

Diferentes causas Erros grosseiros

Uso de equipamentos descalibrados Uso de

insumos inadequados

Processo de trabalho

equivocados

Fatores intrínsecos de cada receptor

Introdução

Sobre os erros de identificação, a estimativa de sua ocorrência e grande

Dados do sistema de notificação de reações transfusionais do Reino Unido (SHOT – Serious Hazards of Transfusion) revelam que aproximadamente 66,7% das reações transfusionais notificadas estão relacionados a erros de identificação de receptores.

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Introdução

Dados de um estudo desenvolvido no Departamento de Saúde do Estado de Nova Iorque, com base nos registros de ocorrência de reações transfusionais ocorridos em um período de 10 anos, calculou-se o risco de administração errada de transfusão de concentrado de hemácias em 1 para cada 14.000 transfusões realizadas e de erros de classificação ABO em 1 para cada 38.000 transfusões realizadas.

Introdução

No Brasil, a introdução de medidas com vistas à redução e ao controle desses erros aconteceu em 1989, com a publicação da Portaria 721/89. Esta norma estabelece padrões mínimos de identificação das requisições de transfusão, das amostras de sangue de receptor e de seu armazenamento por um período mínimo de 48 horas, a fim de possibilitar o esclarecimento das REAÇÕES TRANSFUSIONAIS, e de etiquetas de identificação das bolsas de hemocomponentes preparadas para transfusão.

Introdução

Nos últimos 20 anos pequenas alterações

ocorreram

Portaria 121/95

BOAS PRÁTICAS EM HEMOTERAPIA

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Introdução

- Utilização de equipamentos adequados; - Centrífugas sorológicas com velocidade de

centrifugação precisa; - Banhos-maria mantendo a temperatura

necessária para a incubação das amostras; - Refrigeradores mantendo temperaturas de

armazenamento adequadas.

REQUISITOS OBRIGATÓRIOS

0 O volume de sangue em homens e mulheres

magros varia quase que diretamente com o peso corpóreo e em média é de aproximadamente 79 ml de sangue por quilograma de peso.

0 Em função da diferença entre a composição corporal masculina e feminina, bem como no tamanho do corpo, a variação geral de volume total de sangue é de 4 a 5 litros em mulheres e de 5 a 6 litros nos homens.

SANGUE Componentes do Sangue

0 Transporte de gases respiratórios: o sangue carrega oxigênio dos pulmões para as células do corpo e dióxido de carbono das células para aos pulmões.

0 Transporte de materiais nutritivos: dos órgãos digestivos para as células.

0 Transporte de excretas: das células do corpo para os rins.

0 Transporte de produtos celulares: transporte de hormônios para as células.

SANGUE - FUNÇÕES Componentes do Sangue

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0 Manutenção da homeostase: através da regulação do pH nos tecidos.

0 Auxiliar na regulação da temperatura do corpo: proporciona meios para dissipar o calor.

0 Proteção dos tecidos contra substâncias tóxicas estranhas ao corpo: através de células fagocíticas e anticorpos no sangue.

0 Prevenção de perda excessiva de líquidos: através do mecanismo da coagulação.

0 Auxiliar na regulação do volume de fluído nos tecidos e seu conteúdo.

SANGUE - FUNÇÕES Componentes do Sangue

Componentes do Sangue

Componentes do Sangue

Concentração de Hemácias no Sangue No homem normal, o número médio de hemácias por milímetros cúbicos é de 5.200,00 (±300.00); e, na mulher é de 4.700,00 (± 300.00).

Quantidade de Hemoglobina nas Células Hematócrito 40% a 45% é a quantidade respectiva de hemoglobina em cada célula. Homem 15 gramas de hemoglobina por 100 mililitros de células Mulher 14 gramas de hemoglobina por 100 mililitros de células

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Componentes do Sangue

Produção de Hemácias Nas primeiras semanas de vida embrionária, hemácias nucleadas primitivas são produzidas no saco vitelino. Durante o segundo trimestre da gestação, o fígado passa a constituir o principal órgão de produção de hemácias, embora um número razoável também seja produzido pelo baço e pelos linfonodos. Posteriormente, durante o último mês de gestação e após o nascimento, as hemácias são produzidas exclusivamente na medula óssea.

Componentes do Sangue

A medula óssea de praticamente todos os ossos produz hemácias até que a pessoa atinja a idade de cinco anos. A medula óssea dos ossos longos, exceto pelas porções proximais do úmero e da tíbia, torna-se muito gordurosa, deixado de produzir hemácias após aproximadamente os 20 anos de idade. Após essa idade, a maioria das hemácias continua a ser produzida na medula óssea dos ossos membranosos como vértebras, esterno, costelas e íleo. Mesmo nesses ossos, a medula passa a ser menos produtiva com o avanço da idade.

Componentes do Sangue

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Componentes do Sangue

Gênese da Células Sanguíneas

Células Tronco Hematopoéticas Pluripotentes, Indutores do Crescimento e Indutores da

Diferenciação

Célula Tronco Hematopoética Pluripotente

Todas as células do sangue circulante

Componentes do Sangue

Células Tronco Comprometidas

Produzirão colônias de tipos específicos de células

sanguíneas

Unidade Formadora de Colônias de Eritrócitos –

CFU-E

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Componentes do Sangue

Componentes do Sangue

Regulação da Produção das Células da Linhagem Vermelha do Sangue

- A massa total de células sanguíneas da linhagem vermelha no sistema circulatório é regulada dentro de limites estreitos, de modo que um número adequado de hemácias sempre esteja disponível para o transporte adequado de oxigênio dos pulmões para os tecidos; - As células não estejam tão numerosas a ponto de impedir o fluxo sanguíneo.

Componentes do Sangue

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TRANSPORTE DE OXIGÊNIO

DISSOLVIDO Ligado a HEMOGLOBINA

70 X capacidade de transporte de O2 do

sangue

Componentes do Sangue

TROCA GASOSA

- 4 Subunidades

- Contém porção Heme

- Porfirina contém ferro

- Ferroso (Fe2+)

- Normal denominada α2β2

TROCA GASOSA

O mecanismo da oxigenação da molécula de

hemoglobina passa por 4 estágio onde cada grupamento da molécula recebe um molécula de O2.

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TROCA GASOSA

EXEMPLOS PRÁTICOS Em uma PO2 de 100 mmHg (p. ex., sangue arterial): a saturação de hemoglobina é de 100%, o O2 está ligado aos quatros grupamentos heme em todas as moléculas de hemoglobina. Em uma PO2 de 40 mmHg (p. ex. sangue venoso misto): a saturação da hemoglobina é de 75%, significando que, em média, três dos quatro grupamentos heme, em cada molécula de hemoglobina, estão ligados ao O2. Em uma PO2 de 25 mmHg: a saturação da hemoglobina é de 50% A PO2 na saturação de 50% . A saturação de 50% significa que, em média, dois dos quatro grupamentos heme de cada molécula de hemoglobina estão ligados ao O2.

Componentes do Sangue

Intoxicação por monóxido de carbono CO

O CO compete pelos locais de ligação de O2 na hemoglobina. A afinidade da hemoglobina pelo CO é 200 vezes maior que pelo O2. O CO ocupa os locais de ligação do O2 na hemoglobina reduzindo assim o conteúdo de O2 no sangue.

Componentes do Sangue

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Constantes Hematimétricas

VCM (volume corpuscular médio)

Ou

VGM (volume globular médio)

VCM: é o volume médido da hemácia expresso em fenolitros (fl). Este valor é obtido dividindo-se o volume globular X 10 pelo número em milhões de glóbulos vermelhos.

VMC: volume globular X 10

---------------------------------

Hemácias (milhões/mm3)

Fisiologia Respiratória Componentes do Sangue

A interpretação dos valores do VCM leva ao diagnóstico do tipo de anemia, classificando-as em: Anemia Microcítica - VCM menor que 80 fl Anemia Normocítica - VCM entre 80 e 100 fl Anemia Macrocítica - VCM maior que 100 fl

Exemplo: uma pessoa com VG de 40 e uma contagem de eritrócitos por milímetro cúbico de 5 milhões/mm3, obtém-se o valor de 400/5: 80 fl.

Componentes do Sangue

ANEMIAS – REFERENTES A HEMOGLOBINA

Anemia microcítica: é causada pela deficiência de ferro, o que é decorrente do consumo de uma dieta ou absorção na qual a presença de ferro é insuficiente.

Anemia normocítica: ela pode ser causada pela perda de sangue aguda, por doença crônica, pela falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas e por certas deficiências hormonais.

Anemia macrocítica: sua causa pode ser pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, devida à ingestão inadequada ou absorção insuficiente.

Componentes do Sangue

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HCM - HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA

OU

HGM – HEMOGLOBINA GLOBULAR MÉDIA

Expressa o contéudo médio de hemoglobina em cada hemácia, ou seja, é a quantidade média de hemoglobina contida em cada hemácia. Expressa em picograma (pg).

Componentes do Sangue

Exemplo:

HCM = Hb (g/1000ml) X 10

------------------------------

Hemácias (milhões/mm3)

Uma pessoa possui 14g/dl de Hb e 5 milhões de eritrócitos = 140/5 = 20 pg.

Valor normal: 26 a 30 pg.

- Normocromia: quantidade normal de hemoglobina no eritrócito.

- Hipocromia: quantidade diminuída de hemoglobina no eritrócito.

Componentes do Sangue

CHCM – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA GLOBULAR MÉDIA

É a concentração de hemoglobina em 100 ml de sangue, este valor exprime a percentam do eritrócito hemoglobinizado. Expresso em %

CHCM = Hb (g/100dl) X 100

-------------------------------

VG (ml/100ml)

Exemplo: uma pessoa possui a Hb de 14g/dl e um VG de 40% = 14/40X100 = 35%

Valor Normal: 32%+/-2

Esse parâmetro indica uma hipocromia ou normocromia

Fisiologia Respiratória Componentes do Sangue

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RDW – RED CELL DISTRIBUTION WIDTH

Indica uma distribuição heterogênea do volume das hemácias, ou seja, a variabilidade de seu volume. Este parâmetro é indicado em valor percentual. Ë obtido por analisadores automáticos, através de uma curva de distribuição de volume da hemácia, em outras palavras, equivale a anisocitose quando da análise da leitura da lâmina do sangue periférico.

Valor normal: 11,5 a 14,5%

Fisiologia Respiratória Componentes do Sangue

TRANSPORTE DE CO2

CO2 pequena quantidade - livre

Carbamino – hemoglobina Pequena quantidade ligado CO2 à hemoglobina

HCO3- (formado

pela hidratação de CO2 nas hemácias), que é a forma principal 90%

Componentes do Sangue

TRANSPORTE DE CO2

CO2

CO2

hemácia

CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3

-

Cl-

Hb – H desoxiemoglobina

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Componentes do Sangue

Glóbulos Brancos

Os leucócitos também chamados de glóbulos brancos são as unidades móveis do sistema protetor do corpo. Eles são formados, em parte, na medula óssea (granulócitos, monócitos e alguns linfócitos)e, em outra parte, no tecido linfático (linfócitos e plasmócitos). Após sua formação, eles são transportados pelo sangue a diversas partes do corpo onde forem necessários.

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Componentes do Sangue

Concentração dos Diferentes Glóbulos Brancos no Sangue O ser humano adulto tem cerca de 7.000 leucócitos por microlitro de sangue (em comparação com cinco milhões de hemácias). Do total de leucócitos, as porcentagens normais dos diferentes tipos de células são as seguintes: - Neutrófilos polimorfonucleares 62,0% - Eosinófilos polimorfonucleares 2,3% - Basófilos polimorfonucleares 0,4% - Monócitos 5,3% - Linfócitos 30,0% - Plaquetas 300.000

Tipos Sanguíneos

A antigenicidade causa reações imunes do sangue

Quando foram tentadas transfusões sanguíneas de uma pessoa para outra, ocorreu, em geral, aglutinação imediata ou retardada, com a hemólise das hemácias resultando em típica reação de transfusão que, com frequência levava à morte. Após pouco tempo, descobriu-se que o sangue de pessoas diferentes tinha propriedades antigênicas e imunes distintas, de modo que os anticorpos no plasma de um tipo sanguíneo reagem com os antígenos na superfície das hemácias de outro tipo sanguíneo.

Tipos Sanguíneos

Se forem tomadas precauções adequadas, pode ser determinado se os anticorpos e antígenos presentes nos sangues do doador e do receptor causarão reação de transfusão.

Antígeno Anticorpo

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Antígeno

ANTÍGENO:

- Um antígeno é toda partícula ou

molécula capaz de iniciar a produção de um anticorpo

específico.

- Os antígenos são substâncias que

não são reconhecidas pelo sistema imunológico como próprio do corpo.

- Um antígeno pode ser uma bactéria ou um fragmento dela, um

vírus ou mesmo uma substância qualquer.

Tipos Sanguíneos

Tipos Sanguíneos

Tipos Sanguíneos

ANTICORPO: Os anticorpos ou imunoglobulinas, são glicoproteínas sintetizadas e excretadas por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, presentes no plasma, tecidos e secreções que atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas antígenos, realizando assim a defesa do organismo. Depois que o sistema imunológico entra em contato com um antígeno proveniente de bactérias, fungos etc, são produzidos anticorpos específicos contra ele. Há cinco classes de imunoglobulinas com função de anticorpos: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM.

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Tipos Sanguíneos

- Pelo menos 30 antígenos comuns e centenas de outros antígenos raros, cada um deles podendo, ocasionalmente, causar reações antígeno-anticorpo, foram encontrados nas células do sangue humano, em especial nas superfícies das membranas celulares. - A maioria dos antígenos é fraca, tendo, assim, importância principalmente para a herança dos genes e para o estabelecimento da paternidade. - Dois tipos particulares de antígenos têm probabilidade muito maior de causar reações nas transfusões sanguíneas.

Antígeno ABO

Sistema Rh

Tipos Sanguíneos ABO

Dois Antígenos Tipo A e Tipo B Ocorrem nas superfícies das hemácias em uma grande proporção dos seres humanos. São esses antígenos (também chamados de aglutinogênios, por causarem com frequência aglutinação das células sanguíneas) que causam a maioria das REAÇÕES DE TRANSFUSÃO. Devido ao modo de herança desses aglutinogênios, as pessoas podem não ter qualquer um desses antígenos em suas células, podem ter apenas um ou podem ter ambos os antígenos simultaneamente.

Tipos Sanguíneos ABO

Os principais tipos sanguíneos Ao transfundir sangue de uma pessoa para outra, os sangues do doador e do receptor são normalmente classificados em quatro principais tipos ABO.

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Tipos Sanguíneos ABO

A prevalência dos diferentes tipos sanguíneos, estudada em um grupo de pessoas, foi aproximadamente a seguinte:

O 47% A 41%

B 9% AB 3%

É óbvio, por essas porcentagens, que os genes O e A ocorrem com maior frequência, enquanto o gene B é pouco frequente.

Tipos Sanguíneos ABO

Aglutininas Quando o aglutinogênio do tipo A não está presente na hemácias de uma pessoa, anticorpos designados como aglutininas anti-A se desenvolvem no plasma. Da mesma forma, quando o aglutinogênio do tipo B não está presente nas hemácias anticorpos designados como aglutininas anti-B se desenvolvem no plasma.

Assim o sangue do tipo O, apesar de não conter aglutinogênios, contém aglutininas anti-A e anti-B. O sangue do tipo A contém aglutinogênio do tipo A e aglutininas anti-B. O sangue do tipo B contém aglutinogênio do tipo B e aglutininas anti A. O sangue do tipo AB contém aglutinogênios A e B, mas não contém aglutininas.

Tipos Sanguíneos ABO

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Tipos Sanguíneos ABO

Processo de aglutinação nas Reações de Transfusão

Quando sangues não-compatíveis são misturados, de modo que aglutininas anti-A ou anti-B são misturadas com hemácias que contêm aglutinogênios A ou B, respectivamente , as hemácias se aglutinam como resultado da fixação das próprias aglutininas às hemácias. Essa aglutinação podem ocluir vasos mais delgados em todo o sistema circulatório, levando uma reação do

Sistema Imunológico – hemólise dessas hemácias.

GRUPOS SANGUÍNEOS Tipos Sanguíneos ABO

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Tipos Sanguíneos ABO

Tipos Sanguíneos ABO

Tipos Sanguíneos ABO

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FATOR RH

Esse sistema sanguíneo recebeu esse nome por ter sido o resultado de pesquisas feitas com uma espécie de macacos, a MACACA Rhesus (macaca reso).

Tipos Sanguíneos ABO

Desse experimento esses pesquisadores concluíram que no sangue do macaco reso havia um antígeno que induzia a produção de anticorpos na cobaia. Esse antígeno foi denominado fator Rh e o anticorpo, anti-Rh.

Os sangues que aglutinaram em presença do fator Rh (que correspondem aproximadamente 85% da população) foram denominados Rh positivos (Rh+) e os 15% que não apresentaram reação foram denominados negativos (Rh-) por

não possuírem fator Rh.

Tipos Sanguíneos ABO

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0 O fator Rh é encontrado nas hemácias, verificando esses pesquisadores que ele

obedece às leis da hereditariedade, sendo o Rh positivo um fator dominante em relação

ao Rh negativo.

REAÇÕES RH Tipos Sanguíneos ABO

0 A importância do fator Rh em populações humanas reside no aparecimento, em certas condições, da doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) ou eritroblastose fetal (EF).

0 A condição primordial para a ocorrência dessa anomalia é a seguinte:

IMPORTÂNCIA DO FATOR RH

Rh+ Rh-

Rh+

Tipos Sanguíneos ABO

0 Podem doar sangue as pessoas saudáveis, com peso acima de 50 kg, que tenham idade entre 16(18) e 67(65) anos e que não tenham antecedentes e/ou maior vulnerabilidade para a transmissão de doenças veiculadas pelo sangue.

CANDIDATO A DOAÇÃO Tipos Sanguíneos ABO

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Visa proteger a saúde do doador e a saúde do receptor, devem ser verificados, dentre outros, os seguintes dados:

• Peso

• Pressão arterial

• Temperatura

• Dosagem de Hemoglobina (Hb) ou do Hematócrito (Ht)

Avaliação na entrevista

TRIAGEM Tipos Sanguíneos ABO

0 Tipagem sanguínea ABO (direta e reversa)

0 Tipagem sanguínea RhD (pesquisa do D fraco, quando aplicável)

0 Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)

0 Doença de Chagas

0 Hepatite B

0 Hepatite C

0 HIV/AIDS

0 HTLV I/II (vírus linfotrópico da célula humana)

0 Sífilis

EXAMES DO DOADOR Tipos Sanguíneos ABO

ERITROBLASTOSE FETAL

0 É uma doença do feto e do recém-nascido, caracterizada pela destruição progressiva de seu sangue.

0 Mães Rh Negativo e o pai é Rh positivo.

0 Mãe pode ficar imunizada contra o sangue do filhos Rh positivos.

Tipos Sanguíneos ABO

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Eritroblastose fetal

0 É a administração de produtos sanguíneos (hemoderivados) que podem ter origem autóloga ou alogênica.

0 Indicação: reposição de células ou proteínas necessárias para funções específicas.

O QUE É TRANSFUSÃO? Transfusão

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• Morbidade e mortalidade

• Alvos: Hemostasia

• Transporte de oxigênio

• Hemostasia:

Plasma fresco congelado Crioprecipitado

Plaquetas

• Transporte de oxigênio: Hemácias

INDICAÇÕES DE TRANSFUSÃO EM EMERGÊNCIA Transfusão

Hemocomponente

X

Hemoderivado

Transfusão

- Hemocomponentes ou componentes lábeis do sangue são produtos obtidos do sangue total por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento).

- Hemoderivados são produtos obtidos do plasma por meio de processos físicos-químicos geralmente produzidos em escala industrial: albumina, gamaglobulinas, concentrados de fatores de coagulação.

Transfusão

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0 Os hemocomponentes utilizados na prática transfusional são obtidos por doações voluntárias do sangue total ou por aférese

0 A coleta por aférese permite a obtenção de um Hemocomponente específico conforme a necessidade do serviço: concentrado de plaquetas, plasma, leucócitos etc.

OBTENÇÃO E PREPARO Transfusão

Concentrado de hemácias (CHM) – é a parte vermelha do sangue que contém as hemácias, células sanguíneas responsáveis pelo transporte do oxigênio para todo o corpo humano. É utilizado em anemias agudas como as causadas por hemorragias que ocorrem, por exemplo, em acidentes ou cirurgias com grande perda de sangue. Concentrado de plaquetas (CP) – é um componente claro, que contém as plaquetas, células responsáveis por um dos mecanismos de coagulação que impedem a continuidade do sangramento, formando um tampão nos vasos sanguíneos. É utilizado em caso de alteração da função ou diminuição do número de plaquetas, como ocorrem em leucemias e quimioterapia.

Transfusão

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Plasma fresco congelado(PFC) – é a parte líquida do sangue, clara e que contém fatores de coagulação responsáveis pelos outros mecanismos de coagulação, além da plaqueta. É utilizado em sangramento e deficiência de vários fatores de coagulação como as que ocorrem em grandes queimados e portadores de hemofilia B. Crioprecipitado (CRIO) – é um precipitado originado do descongelamento do PFC em temperatura de 4° C, rico em

fator VIII, fator XIII e fibrinogênio. É utilizado em pacientes com deficiência de fatores de coagulação (fibrinogênio e outros).

Transfusão

Transfusão

Cada hemocomponente possui uma validade. As plaquetas, por exemplo, só podem ser utilizadas por cinco dias após a coleta do sangue. É por isso que os doadores devem comparecer regularmente. Uma redução no comparecimento afeta rapidamente o estoque de plaquetas necessárias a pacientes com distúrbios de coagulação. - Concentrado de hemácias (CHM) – 35 a 42 dias (dependendo

da solução de conservação).

- Concentrado de plaquetas (CP) – cinco dias.

- Plasma fresco congelado (PFC) – um ano.

- Crioprecipitado (CRIO) – um ano

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HEMOTRANSFUSÃO

O ato transfusional é de responsabilidade médica e o processo tranfusional contempla uma assistência multidisciplinar em que cada um responde individualmente por suas ações.

O serviço que saúde que realizar transfusões, deve constituir um comitê transfusional, multidisciplinar que tem como função, o monitoramento da prática hemoterápica, bem como a notificação das reações transfusionais.

Transfusão

TIPOS DE TRANSFUSÃO

Programada: Para determinado dia e hora.

Não urgente: A se realizar dentro das 24 h.

Urgente: A se realizar dentro das 3h.

De extrema urgência: Quando o retardo do início da transfusão coloque a vida do paciente em risco.

Transfusão

0 Identificação e coleta das amostras de sangue para testes pré-transfusionais;

0 Transporte das amostras de sangue e dos hemocomponentes;

0 Registro do histórico de antecedentes transfusionais;

0 Conferencia e registro dos dados dos hemocomponentes preparados para transfusão;

0 Monitoramento do ato transfusional.

O MONITORAMENTO DAS AÇÕES PRÉ E PÓS-TRANSFUSIONAL Transfusão

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HEMOTRANSFUSÃO

0 Não adicionar soluções medicamentosas na bolsa do hemocomponente.

0 Não aquecer nem congelar hemocomponente, o mesmo deve estar em temperatura ambiente antes da infusão.

Transfusão

TEMPO DE INFUSÃO

0 Sangue total - 2 e 4 horas

0 Concentrado de Hemácias - 2 e 4 horas

0 Plasma Fresco - 2 e 4 horas

0 Plasma Comum - 2 e 4 horas

0 Crioprecipitado - Até 30 min

0 Concentrado de Plaquetas - Até 30 min.

Transfusão

As transfusões de sangue e hemocomponente são um recurso terapêutico valioso que

aliviam sofrimentos e salvam vidas todos os dias.

- Da mesma forma que qualquer terapêutica medica, estão sujeitas a efeitos adversos, que por vezes podem ser severos e colocar a vida do paciente em risco.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Estar cientes, treinados e atentos para prevenir, identificar, abordar e tratar

possíveis reações transfusionais e obrigação de todos os profissionais da saúde que lidam com

transfusões.

O resultado é a melhoria da seguranca dos nossos

pacientes.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMEDIATAS

REAÇÃO HEMOLÍTICA AGUDA - Na reação hemolítica aguda (RHA) ocorre hemólise intravascular das hemácias incompatíveis transfundidas devido a presença de anticorpos pré-formados na circulação do paciente. - E considerada uma reação extremamente grave e de mau prognostico, estando sua gravidade diretamente relacionada ao volume de hemácias infundido e as medidas tomadas. - Sua principal causa deve-se a erros de identificação do receptor ou das amostras coletadas para os testes pré-transfusionais.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

E causada pela presença de anticorpos ativadores de complemento presentes no plasma

do receptor contra determinado antígeno eritrocitário presente nas hemácias do doador.

Habitualmente deve-se a

incompatibilidade dentro do sistema ABO.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÃO FEBRIL NÃO HEMOLÍTICA - A reação febril não hemolítica (RFNH) e o efeito adverso mais comumente descrito na literatura. - O primeiro caso foi reportado no final dos anos 50 durante a transfusão de concentrado de hemácias, porem somente no inicio de 1960 foi descrita como reação associado a febre e acompanhada de calafrios e tremores. - A reação e observada mais frequentemente com a infusão de concentrado de plaquetas e ha diferença nas incidencias quanto aos tipos de hemocomponentes, no tempo de estocagem e na utilização de filtros de remoção de leucócitos.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

E definida como aumento de temperatura corporal acima de 1°C durante ou apos a transfusão de sangue.

Os leucócitos presentes nos hemocomponentes são considerados a

principal causa de RFNH.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

- A incidência da RFNH varia de 0,33% a 6% e de 0,11% a 0,5% para transfusões de concentrados de hemácias não desleucocitados e desleucocitados respectivamente. - Para concentrado de plaquetas não desleucocitados e de 1,7% - 38%. Reações recorrentes podem ocorrer em aproximadamente 20% em pelo menos 1% dos receptores de concentrados de hemácias. - Aproximadamente 30% dos pacientes apresentam RFNH na sua primeira transfusão de concentrado de plaquetas. Comparando-se o tempo de estocagem das plaquetas, a ocorrência de RFNH e duas vezes maior nos pacientes que recebem concentrados com tempo de estocagem entre 3-5 dias comparados com os de 1-2 dias.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÃO ALÉRGICA

Define-se como reação alérgica (RA) o aparecimento de reação de hipersensibilidade [alergia(s)] em decorrência da transfusão de sangue. 1. Anticorpo anti-IgE ou anti-IgG pré-existente no receptor reage com alergenos ou proteínas do hemocomponente. 2. Anticorpo anti-IgA classe ou subclasse especifico no receptor reagindo contra IgA da bolsa transfundida. 3. IgG ou IgE pré-existente no receptor reage contra formas de proteínas séricas alótipo do doador.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

4. Transfusão de anafilatoxina derivado de complemento (C3a e C5a) produzido durante a estocagem do sangue. 5. Transfusão de citoquinas, bradicininas, histamina ou outros mediadores biológicos produzidos durante a estocagem de sangue. 6. Os hemocomponentes podem conter vários produtos alergênicos dos quais os receptores ja estejam sensibilizados.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A incidência da reação alérgica e 1% - 3% (1/33 - 1/100) das reações transfusionais, porem essa incidência pode ser menor. A manifestação de uma simples urticaria pode ser estimada em 1/250 unidades transfundidas. Reação alérgica em neonatos e um evento raro, mas a frequência de cinco a 6% pode ser encontrada nas crianças recebendo transfusão de plaquetas. A gravidade da reação e considerada de intensidade leve.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A maioria das manifestações e dermatológica (cutânea) caracterizada como eritema local, prurido, pápulas, “rash”, tosse, rouquidão, usualmente sem febre (podem ser observadas em algumas situações) e de intensidade que pode variar de leve a grave (anafilaxia). Todos os hemocomponentes estao envolvidos.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÃO ANAFILÁTICA O primeiro caso de anafilaxia relacionada a transfusão de sangue foi descrito em 1968. A reação ocorre quando um componente antigênico contido no plasma e transfundido para um paciente que ja apresenta um anticorpo contra um epitopo do componente antigênico contido no plasma do doador. Essa reação resulta na formação do complexo antígeno-anticorpo e posterior processo de degranulacao dos mastócitos e/ou outros mecanismos de anafilaxia.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Não ha dados na literatura estimando a incidência de anafilaxia como reação transfusional, mas acredita-se estar por volta de 1/20.000 a 1/47.000 unidades transfundidas. A maioria dos casos relatados na literatura (pelo menos 40) pode ter sido erroneamente diagnosticada.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

SOBRECARGA VOLÊMICA A sobrecarga volemica relacionada a transfusão (SVRT) de hemocomponentes difere do ponto de vista fisiopatológico de outras sobrecargas circulatórias causadas por incapacidade do paciente em manipular o volume infundido. A infusão rápida de hemocomponentes, ou transfusões maciças, podem ser os fatores desencadeantes da sobrecarga. Todos os pacientes estao em risco de desenvolver sobrecarga volemica, sendo, entretanto, mais suscetíveis as crianças e os adultos com mais de 60 anos de idade.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÃO POR CONTAMINAÇÃO BACTERIANA A reação por contaminação bacteriana e caracterizada pela presença de bactéria na bolsa do hemocomponente transfundida. A contaminação bacteriana nas bolsas de plaquetas e considerada como a de maior risco dentre as infecções associadas as transfusões de sangue. 16% das fatalidades entre 1986 e 1991 descritas foram decorrentes de contaminacao bacteriana. A cada ano, novos casos são diagnosticados e a maioria tem origem, na bolsa de concentrados de plaquetas ou por aférese.

Contaminação dos hemocomponentes

Anti-sepsia

inadequada

Procedimento de

coleta inadequada

Manipulação

inadequada da bolsa

Bacteremia do

doador sintomática

ou assintomática

Estocagem

inadequada

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

- Os dois hemocomponentes mais frequentemente envolvidos são os concentrados de hemácias e de plaquetas, porem ha descrição de casos com plasma fresco congelado e crioprecipitado, principalmente durante o seu descongelamento. - Os organismos mais envolvidos nos concentrados de hemácias são: Acinetobacter spp, Escherichia spp, Staphylococus spp, Yersinia spp e Pseudomonas spp, microorganismos altamente virulentos, que toleram o ambiente refrigerado e necessitam de ferro para sua multiplicação.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Os mais frequentemente implicados nos concentrados de plaquetas são bactérias: cocos Gram positivas, como Staphylococus spp e Streptococus spp, bastonetes Gram negativas, como Acinetobacter spp, Klebsiella spp, Salmonella spp, Escherichia spp e Serratia spp. A apresentação clinica de contaminacao bacteriana geralmente e grave, ocorrendo durante ou imediatamente ao termino da transfusao de concentrado de hemácias e raramente ocorre apos um dia do final da transfusao.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A taxa de mortalidade por sepse pode chegar a aproximadamente 60% e pode gerar grandes custos ao sistema de saúde. Os sinais e sintomas são mais agudos e graves com os concentrados de hemácias e são mais tardios e

leves com a infusão de concentrados de plaquetas.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

LESÃO PULMONAR AGUDA RELACIONADA À

TRANSFUSÃO (TRALI – TRANSFUSION RELATED ACUTE LUNG INJURY)

O mecanismo da ocorrência da TRALI e objeto de

discussão na literatura medica, sendo ainda incerto.

Diversas teorias tentam explicar esta reação.

A mais aceita e de que seja um evento imunologico. A síndrome e associada, na maioria dos casos (70%), com a

existência de anticorpos anti-leucocitarios no plasma do

doador.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A real incidência da TRALI não e conhecida. As estatísticas mencionam taxas variando de 1/1300 a 1/5000 transfusões. Provavelmente esta reação ainda e subdiagnosticada devido a dificuldade de sua identificação. Outra dificuldade para a definição da real incidência da TRALI e a variabilidade dos estudos para seu diagnostico. Enquanto alguns utilizam somente o critério clinico, outros demandam a existência de anticorpos anti-HLA ou anti- neutrófilos.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

HEMÓLISE NÃO IMUNE Por hemólise entende-se o rompimento da membrana eritrocitária por razoes diversas que, quando acontece durante ou apos uma transfusao de sangue, pode desencadear uma reação transfusional hemolítica, um dos mais graves quadros adversos a transfusao. Estando afastada causa imunológica, este evento e denominado reação transfusional hemolítica nao imune. A hemólise causada por danos as células eritrocitárias do doador antes da transfusao, ocasiona no receptor a presença de hemoglobina livre no plasma (hemoglobinemia) e na urina (hemoglobinúria), mesmo na ausência de sintomas clínicos significativos.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A reação transfusional hemolítica nao imune e rara. O evento poderá estar associado a diversas causas relacionadas a obtenção, armazenamento e preparo do produto. As etiologias mais comumente descritas são: - Lesão térmica

- Lesão osmótica

- Lesão mecânica

- Contaminação bacteriana

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

DISTÚRBIOS METABÓLICOS Toxicidade pelo Citrato O citrato de sódio e o anticoagulante utilizado na coleta de sangue e de seus componentes. A concentração de citrato varia de 54 a 181 mg/dL em concentrados de hemácias e de 384 a 436 mg/dL em plasma fresco congelado. O acido cítrico liga-se a cátions divalentes, como o cálcio e o magnésio.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Habitualmente o fígado metaboliza rapidamente o citrato infundido junto com os hemocomponentes. Ocorre, entretanto, que em situações de transfusao maciça, o volume de citrato infundido pode exceder a capacidade hepática de metabolização, podendo resultar em hipocalcemia e/ou hipomagnesemia. Além disto, em vista da metabolização do citrato resultar em bicarbonato, pode ocorrer acumulo deste com consequente alcalose. A probabilidade de ocorrência de intoxicação por citrato e remota, exceto em pacientes com insuficiência hepatica.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Equilíbrio Ácido-básico O sangue estocado tem pH mais baixo que o fisiológico devido a presença de citrato e do acumulo de acido lático. Apesar disto, e muito raro que ocorra acidose no paciente, mesmo em casos de transfusoes maciças. Na realidade, o que se observa usualmente e uma alcalose metabólica resultante do metabolismo do citrato. Uma alcalose metabólica severa pode resultar em diminuição da contratilidade miocárdica e um desvio a esquerda da curva de dissociação do oxigênio. Assim, nao se recomenda o uso de bicarbonato durante a ressuscitação de pacientes que recebem transfusoes macicas de hemocomponentes.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Alterações dos Níveis de Potássio

As concentrações de potássio extracelular aumentam

lentamente durante a estocagem de concentrados de hemácias, devido a dissociação da bomba sodio-potassio da

membrana.

Existe, portanto, risco teórico de hipercalemia durante as

transfusoes macicas. Apesar disto, são raros os relatos de hipercalemia clinicamente signifi cativa, uma vez que as

concentrações de potássio extracelular raramente excedem 7

mEq por unidade de concentrado de hemácias.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

DOR AGUDA RELACIONADA À TRANSFUSÃO Dor aguda, de instalação abrupta, durante ou apos a instalação da transfusao. A etiologia e desconhecida ate o momento. A incidência e de 1 em cada 4.500 unidades transfundidas. Dor aguda, variando de curta duração ate 30 minutos, principalmente na região lombar, torácica e nos membros superiores.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÕES TARDIAS REAÇÃO HEMOLÍTICA TARDIA A Reação hemolítica tardia (RHT) ocorre apos um período que pode variar de 24 horas ate três semanas da transfusao, caracterizada pela hemólise das hemácias transfundidas devido a presença de aloanticorpos não detectados nos testes pré-transfusionais. Neste caso, por haver destruição das hemácias transfundidas, tal evento apesar de nao poder ser considerado benigno, geralmente, apresenta boa evolução.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

SÍNDROME DE HIPEREMÓLISE A Síndrome de Hiperemólise (SH) constitui uma reação comumente tardia em que ocorre hemólise das hemácias transfundidas, geralmente em pacientes portadores de hemoglobinopatia. E considerada grave, de mau prognostico podendo evoluir para óbito. Por ter sido inicialmente descrita em falciformes, e também denominada “síndrome da reação hemolítica do falciforme”. Posteriormente foram relatados casos em talassemicos, pacientes portadores de leucemia aguda, dentre outros. Em pacientes falciformes, a síndrome ocorre preferencialmente em adultos.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

PÚRPURA PÓS-TRANSFUSIONAL A purpura pós-transfusional (PPT) e um episódio agudo de trombocitopenia severa que ocorre de 5 a 10 dias após uma transfusão de sangue. E autolimitado e acomete pacientes previamente sensibilizados e que tenham formado anticorpos antiplaquetários. A transfusão de sangue precipita uma resposta imune secundaria, que estimula a produção do anticorpo antiplaquetário. O mecanismo exato deste evento nao e conhecido uma vez que os pacientes nao possuem em suas plaquetas o antígeno contra o qual o anticorpo produzido.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

DOENÇA ENXERTO VERSUS HOSPEDEIRO ASSOCIADA À TRANSFUSÃO

A Doença Enxerto Versus Hospedeiro Associada a Transfusao (Transfusion Associated Graft versus Host Disease ou TAGVHD) e uma complicação rara das transfusões de sangue e, quando ocorre, e frequentemente fatal. A reação enxerto versus hospedeiro e uma complicação frequente dos transplantes de medula halogênicos, e pode ocorrer na forma aguda ou crônica.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Resultada ação de linfócitos T viáveis infundidos com um hemocomponente celular, que causam uma resposta imune característica. A TAGVHD e resistente a maioria das terapias aplicadas sendo frequentemente fatal. Devido a ineficácia das terapias, a adoção de medidas para a prevenção deste evento e essêncial. O TAGVHD decorre da ação de linfócitos T viáveis contidos no sangue do doador que exercem ação imune contra os tecidos do receptor. Isto e possível em virtude da incapacidade do receptor em formar uma resposta imune dirigida contra linfócitos externos.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

REAÇÃO SOROLÓGICA TARDIA/ALOIMUNIZAÇÃO (ANTICORPOS ANTI-ERITROCITÁRIOS)

Reação sorológica tardia (RST) e caracterizada pelo desenvolvimento de um novo aloanticorpo não detectado nos testes pré-transfusionais o qual se liga as hemácias antígeno-positivas, recentemente transfundidas, sem, contudo, causar sua lise. Pelo fato de não haver destruição das hemácias sensibilizadas, a formação de complexo antígeno-anticorpo, deve ser considerada um fenômeno benigno.

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

SOBRECARGA DE FERRO O acumulo de ferro no organismo e causado após transfusão de grandes quantidades de hemocomponentes eritrocitários. Cada bolsa de concentrado de hemácias contém aproximadamente 150-250 mg de ferro. O excesso de ferro não excretado pelo organismo e acumulado em vários órgãos do corpo, principalmente no fígado, coração e nas glândulas endócrinas.

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

O ferro causa lesão direta aos tecidos em decorrência da peroxidacão lipídica e por estimulo a deposição de colágeno. O fígado, coração e as glândulas endócrinas são os órgãos mais afetados, resultando em cirrose hepática (ferro e uma hepatotoxina), diabete melito, cardiomiopatias e hiperpigmentacao cutânea. Nos primeiros anos da terapêutica transfusional regular com concentrado de hemácias observa- se uma sobrecarga de ferro, manifestada com elevação da quantidade de ferro hepático e nível de ferritina (em media após 10 -20 unidades). A manifestação clínica com lesão tecidual inicia-se apos infusão de 50-100 unidades de hemocomponentes eritrocitários.

Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

Avaliação clínica do receptor, no momento ou após da transfusao, e o reconhecimento adequado das reações transfusionais são determinantes no atendimento oportuno e eficaz destas complicações. A sistematização de um processo de investigação e complexo devido a diversidade das etiologias das reações transfusionais, porem, a partir de sinais e sintomas chaves, e possível diagnosticar corretamente a reações transfusionais e eleger a terapêutica adequada.

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Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

Como proteção ao receptor, todo o procedimento transfusional deve ser monitorado objetivando detectar queixas, sinais e sintomas que podem evidenciar reações transfusionais. A avaliação física e importante porque muitas complicações tem sinais e sintomas semelhantes como: desconforto respiratório, taquicardia, tremores, calafrios, febre, sudorese, cianose, prurido, eritema, hematúria, urticaria, hipertensão, hipotensão e/ou dores, entre outros.

Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

Na suspeita de uma reação transfusional o paciente deve ser atendido prontamente e medidas devem ser implementadas visando diminuir o risco de complicações. Materiais para emergência com suporte ventilatório devem estar disponíveis e em perfeito funcionamento para atender complicações mais graves.

Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

Algumas condutas devem ser prontamente iniciadas para o atendimento das reações transfusionais imediatas, tais como: 1. Interromper a transfusao;

2. Manter acesso venoso com solução fisiológica 0,9%; 3. Verificar, a beira de leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao paciente destinado; 4. Verificar sinais vitais; 5. Comunicar o ocorrido ao medico do paciente;

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Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

6. Notificar a reação ao serviço de hemoterapia por meio de impresso próprio; 7. Enviar as amostras do receptor, quando indicado, o hemocomponente e seu equipo para o serviço de hemoterapia; 8. Quando indicado, enviar amostras de sangue e/ou urina do receptor ao laboratório; 9. Registrar em prontuário.

Sistematização do Processo de Investigação Clínica e Laboratorial

das Reações Transfusionais

No caso das reações tardias, queixas como de febre, alteração na coloração da pele (icterícia) e na urina, petequias, pele escura, distúrbios no trato-gastrointestinal devem ser investigadas. Para esses casos e importante: 1. Notificar ao medico sobre sinais e sintomas observados;

2. Coletar amostras do receptor para exames, conforme orientação medica; 3. Orientar o paciente sobre a suspeita da reação; 4. Notificar a reação ao serviço de hemoterapia por meio de impresso próprio; 5. Registrar em prontuário.

Referências Bibliográficas

- HOFFBRAND, A. V.;MOSS, P. A. H. Fundamentos em hematologia. 6° ed. Porto Alegre, Artmed, 2013. - VERRASTRO, T. Hematologia e Hemoterapia, Editora: Atheneu, 1998. - GIGLIO, Auro Del; KALIKS, Rafael. Princípios de hematologia clínica. Barueri - SP, Manole, 2007.

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Referências Bibliográficas

CHASSAIGNE E JUNQUEIRA. Manual Prático de Transfusão sanguínea. Andrei, 2000. HAMERSCHLAK, Nelson. Manual de hematologia. Barueri, Manole, 2010. Biossegurança: em unidades hemoterápicas e laboratórios de saúde pública. Brasília, Ministério da saúde, 1997. ROBBINS, Stanley L.; COTRAN, Ramzi S. Patologia: bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010. GUYTON, Arthut C. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010.