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Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail [email protected] - 1 - BANCO CENTRAL DO BRASIL RDE-IED (Registro Declaratório Eletrônico – Investimento Estrangeiro Direto) Manual do Declarante Março 2020

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Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail [email protected]

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BANCO CENTRAL DO BRASIL

RDE-IED (Registro Declaratório Eletrônico – Investimento

Estrangeiro Direto)

Manual do Declarante

Março 2020

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1. Introdução ............................................................................................................. 4 1.1 Base Legal ……..……………............................................................................................. 4

1.2 Credenciamento para acesso ao sistema .................................................................. 4 1.3 Perfis de Usuários e serviços Sisbacen ...................................................................... 4 1.4 Instituições Financeiras ............................................................................................. 5 1.5 Cadastro Declaratório de Não Residentes (CDNR) .................................................... 6

2. Acesso ao Sistema RDE-IED ..................................................................................... 7 2.1 Login ……….................................................................................................................. 7 2.2 Tela inicial .................................................................................................................. 9

3. Inclusão e Consulta de empresa receptora ............................................................. 11 3.1 Receptoras com CNPJ credenciado …..................................................................... 11 3.2 Receptoras em constituição …............................................................................... 12 3.3 Gerenciar receptoras em constituição .................................................................. 13 3.4 Vinculação de registro à receptora ........................................................................ 14

4. Gestão do Quadro Societário ................................................................................. 15

4.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário ….............................................. 16 4.2 Inclusão de investidor não residente pela primeira vez …...................................... 18 4.3 Situações que ensejam a inclusão de Quadro Societário ....................................... 19 4.4 Prazos para informações periódicas ...................................................................... 19 4.5 Inativação e Reativação de investidores não residentes ....................................... 20 4.6 Manutenção do histórico correto de Quadros Societários .................................... 20 4.7 Impressão do Extrato em PDF ............................................................................... 22 4.8 Suspensões e Penalidades .....................................................................................22

5. Eventos Societários ............................................................................................... 24

5.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário ….............................................. 24 5.2 Capitalizações …..................................................................................................... 24 5.3 Cessões e permutas ............................................................................................... 27 5.3.1 Cessão de ações ou quotas para outro investidor não residente ................... 27 5.3.2 Cessão de ações de investidor não residente para investidor residente......... 30 5.3.3 Permuta entre investidores não residentes .................................................... 31 5.3.4 Permuta entre investidor residente e não residente....................................... 34 5.4 Conferência de Participação .................................................................................. 37 5.4.1 Conferência de ações ou quotas no exterior ................................................... 37 5.4.2 Conferência de ações ou quotas no país ......................................................... 38 5.4.3 Conferência Internacional de ações ou quotas ............................................... 41 5.5 Reorganização societária de investidor não residente .......................................... 41 5.6 Reorganização societária de receptora de investimento estrangeiro ................... 41 5.6.1 Incorporação .................................................................................................. 41 5.6.2 Fusão .............................................................................................................. 44 5.6.3 Cisão ............................................................................................................... 46 5.7 Extinção de receptora por liquidação .................................................................... 49

6. Declaração Econômico Financeira ......................................................................... 51

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7. Gestão de Mandatários ......................................................................................... 55 7.1 Função dos mandatários da receptora .................….............................................. 55 7.2 Função dos mandatários do investidor .........................…...................................... 55 7.3 Inclusão e exclusão de mandatários ...................................................................... 56

8. Movimentações do investimento .......................................................................... 57

8.1 Câmbio …............................................................................................................... 57 8.2 TIR .................................................................................…..................................... 58 8.3 Lei nº 11.371/2006 ................................................................................................ 59 8.4 Investimento em bens ........................................................................................... 60 8.5 Reaplicação de recursos ........................................................................................ 60 8.6 Recebimentos no Exterior ..................................................................................... 61 8.7 Recebimentos no país ........................................................................................... 62

9. Canais de atendimento ......................................................................................... 62 9.1 Credenciamento no Sisbacen, senhas, inclusão de máster e outros problemas ... 62 9.2 Dúvidas sobre o sistema RDE-IED ..................................…..................................... 62

10. Perguntas frequentes ........................................................................................... 63

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1. Introdução

Este manual apresenta o novo sistema Registro Declaratório Eletrônico – Investimento

Estrangeiro Direto (RDE-IED). O registro dos investimentos estrangeiros diretos, de responsabilidade

das empresas receptoras, é realizado diretamente neste sistema, disponível no site do Banco Central

do Brasil. As empresas receptoras podem realizar os registros diretamente ou por intermédio de

mandatários. O caráter declaratório desse registro implica responsabilidade dos declarantes pela

veracidade e legalidade das informações prestadas.

1.1 Base Legal

O registro de capital estrangeiro no Banco Central do Brasil tem como base legal as leis nº 4.131,

nº 9.069 e nº 11.371. A Resolução nº 3.844, no seu Anexo I, e a Circular nº 3.689, com as alterações

instituídas pela Resolução nº 4.533 e pelas Circulares nº 3.814 e 3.822, regulamentam o registro dos

capitais estrangeiros na modalidade de investimento direto (IED), entendido, para esse fim, como a

participação no capital social de empresa brasileira de investidor (pessoa física ou jurídica) não

residente no país ou com sede no exterior, integralizada ou adquirida na forma da legislação em vigor,

bem como o capital destacado de empresa estrangeira autorizada a operar no Brasil.

1.2 Credenciamento para acesso ao sistema

Para acessar o sistema RDE-IED é necessário o credenciamento prévio no Sistema de Informações

do Banco Central (Sisbacen). Para maiores informações sobre credenciamento no Sisbacen, verificar

as instruções disponíveis no site do Banco Central na Internet, no endereço

https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica de Atendimento

ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

1.3 Perfis de usuários e serviços Sisbacen

Os perfis de cada usuário no sistema RDE-IED são definidos pelos chamados serviços Sisbacen. Por

exemplo, para que um determinado usuário de uma pessoa jurídica possa cadastrar sua empresa como

receptora de investimento estrangeiro direto no sistema RDE-IED e editar seus registros, ele deve

possuir o serviço de Perfil de Receptora atribuído ao seu usuário no Sisbacen. Já para que determinado

usuário possa atuar como mandatário de outras receptoras ou investidores não residentes, ele deve

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possuir o respectivo serviço de Perfil Mandatário atribuído ao seu usuário no Sisbacen. Os serviços

disponíveis aos usuários no sistema RDE-IED são:

• SRDE0100 – Perfil Receptora – Necessário para registrar a empresa – a cujo CNPJ o login estará

vinculado – como receptora de investimentos no sistema RDE-IED. Está disponível apenas para

pessoas jurídicas;

• SRDE0102 – Perfil Preposto – Necessário para cadastrar um receptora em constituição (Ver

Capítulo 3.3). Está disponível para pessoas físicas e jurídicas;

• SRDE0107 – Perfil Mandatário – Necessário para os usuários responsáveis por acessar, alterar

ou criar registros de IED em nome de empresas receptoras. Está disponível para pessoas físicas

e jurídicas;

• SRDE0103 – Perfil de Instituição Financeira – Permite gerenciar mandatários de receptoras e

também de investidores, desde que autorizadas conforme normativos vigentes (este serviço

Sisbacen está disponível apenas para Instituições Financeiras).

O usuário máster de toda pessoa jurídica (exceto Instituições Financeiras) já possui os serviços de

Perfil Receptora (SRDE0100), Perfil Mandatário (SRDE0107) e Perfil Preposto (SRDE0102) atribuídos

ao seu usuário. Ou seja, se o próprio usuário máster é quem realizará ou gerenciará os registros RDE-

IED da empresa, então não há necessidade de nenhuma ação adicional para utilização do sistema.

Contudo, para que outro usuário da pessoa jurídica atue com o perfil de receptora ou de mandatário

de registros RDE-IED, será necessário que o máster dessa empresa atribua os respectivos serviços

Sisbacen ao usuário em questão, através do sistema Autran - Gerência de Autorizações. Para maiores

informações ou auxílio sobre o procedimento de atribuição de serviços Sisbacen, consultar o site do

Banco Central na página https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen (do lado direito há um

botão azul intitulado “Autran – Gerência de Autorizações”) ou utilizar a Central Telefônica de

Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

1.4 Instituições Financeiras

Não é atribuído automaticamente nenhum serviço do sistema RDE-IED a usuários de Instituições

Financeiras, como no caso de outras empresas. Logo, é necessário que o máster da Instituição atribua

manualmente, via sistema Autran, os serviços desejados para cada usuário (inclusive, ser for o caso, o

Perfil de Instituição Financeira - SRDE0103) que permite a gestão de mandatários de receptoras e

investidores, desde que autorizadas conforme normativos vigentes.

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1.5 CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residentes

De acordo com normas da Receita Federal (Instruções normativas nº 1.548 e nº 1863), investidores

estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas, devem estar inscritos, respectivamente, no CPF ou no CNPJ.

Consequentemente, só será possível vincular um investidor estrangeiro a uma empresa receptora

brasileira no sistema RDE-IED após esta inscrição.

As pessoas físicas estrangeiras podem obter o CPF diretamente na Receita Federal ou em

representações diplomáticas do Brasil em seus países de origem.

As pessoas jurídicas estrangeiras, por sua vez, caso esteja claro o intuito de se tornar investidor no

capital de empresa receptora brasileira, deverão solicitar inscrição no CNPJ através da criação de um

CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residentes. O acesso ao sistema RDE-CDNR é realizado através

da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira Câmbio e Capitais

Internacionais Capitais Internacionais Registro de capitais estrangeiros no país Acesso aos

Sistemas RDE-CDNR.

Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros

Maiores informações sobre o CDNR podem ser obtidas no manual do RDE-CDNR, disponível na

mesma página da internet, ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco

Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

Atenção: (1) Pessoas físicas estrangeiras, após obterem o CPF, não precisam de um CDNR para

serem registradas como investidoras no sistema RDE-IED. (2) Pessoas jurídicas estrangeiras que

eventualmente já possuam CNPJ também não precisam criar um CDNR para serem registradas

como investidoras no sistema RDE-IED;

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2. Acesso ao Sistema RDE-IED

2.1 Login

O acesso ao sistema RDE-IED – Registro Declaratório Eletrônico de Investimento Estrangeiro

Direto é realizado através da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira

Câmbio e Capitais Internacionais Capitais Internacionais Registro de capitais estrangeiros

no país Acesso aos Sistemas RDE-IED, conforme as telas apresentadas nas figuras 1 e 2 a seguir:

Figura 1: Acesso à área Registro de capitais estrangeiros no país.

Figura 2: Navegação da tela de Registro de capitais estrangeiros no País.

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Após o clique em Sistema de Registro de Investimento Estrangeiro Direto (RDE-IED), é

apresentada ao usuário a tela de login do sistema, onde:

• Se pessoa jurídica: informar o Código da Instituição (5 dígitos) e o Código da Dependência (4

dígitos), obtidas no credenciamento no Sisbacen, bem como o login do usuário (campo

Operador) e a Senha. Formato da conta institucional = IIIIIDDDD.OPERADOR. Clicar no

botão Entrar, conforme tela apresentada na Figura 3 abaixo:

Figura 3: Tela de login – pessoa jurídica.

• Se pessoa física: O usuário deve selecionar CPF na tela de identificação, inserir os 9 primeiros

dígitos de seu CPF no primeiro campo e sua senha no campo seguinte, e clicar no botão Entrar,

conforme tela apresentada na Figura 4 a seguir.

Figura 4: Tela de login – pessoa física.

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2.2 Tela Inicial

Após realizado o login, é apresentada ao usuário a tela inicial do sistema RDE-IED – Registro

Declaratório Eletrônico de Investimento Estrangeiro Direto – onde será possível acessar suas

principais funcionalidades, conforme apresentado na Figura 5 e descrito a seguir:

Figura 5: Tela inicial do sistema.

1. Selecionar receptora ou investidor: Essa opção permite ao usuário informar:

• o CNPJ-8 (apenas os oito primeiro dígitos do CNPJ) da receptora ou;

• o CNPJ/CPF completo do investidor não residente ou;

• o número do registro RDE-IED.

2. Receptoras em constituição: Opção a ser utilizada para o registro de empresas que ainda não

possuem CNPJ, conforme será detalhamento no Capítulo 3.3.

Adicionalmente, no canto superior direito da tela, são listadas as informações sobre o usuário

logado no sistema, bem como a opção de logoff (Sair do sistema), conforme exemplo na Erro! Fonte

de referência não encontrada. a seguir, para o caso do usuário de uma pessoa jurídica:

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Figura 6: Informações sobre o usuário logado no sistema.

Os próximos capítulos descrevem as etapas necessárias para inclusão, alteração e pesquisa de

registros, através de exemplos para melhor ilustrar as funcionalidades e detalhes de navegação no

novo sistema.

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3. Inclusão e consulta de empresa receptora

3.1 Receptoras com CNPJ credenciado

Uma vez que a empresa nacional esteja devidamente credenciada no SISBACEN, ela poderá ser

incluída no sistema como receptora de Investimento Estrangeiro Direto (IED) através da tela inicial do

sistema. O mesmo procedimento será utilizado para acessar o cadastro da receptora depois da

inclusão.

Por exemplo, ao se digitar o CNPJ-8 de uma receptora a tela abaixo será apresentada,

possibilitando o acesso às informações da receptora no botão ‘Exibir receptora’:

Caso a empresa nacional ainda não esteja cadastrada como receptora no RDE-IED, ao inserir o

CNPJ da empresa será apresentada mensagem informando que esta não foi encontrada na base do

RDE-IED. Assim, o sistema permite incluir a empresa nacional como receptora ao clicar no botão

‘Cadastrar <número CNPJ> como receptora’:

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Caso o sistema retorne a mensagem de erro: “O CNPJ não consta no cadastro do Banco Central”,

o usuário deve entrar em contato com a equipe do RDE-IED pelo e-mail [email protected],

comunicando o ocorrido e informando o CNPJ/CPF.

3.2 Receptoras em Constituição

Um código RDE-IED para uma empresa receptora em constituição (ainda sem CNPJ) pode ser

gerado pelo sistema, bastando informar a pessoa física ou jurídica designada pelo(s) investidor(es)

para receber os recursos em nome da receptora (Essa figura será doravante designada como

“preposto”).

É importante observar que só se justifica a criação de um código RDE-IED nessa situação se

houver necessidade de ingresso de recursos antes da receptora obter seu CNPJ.

Um exemplo ilustrativo é o caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)

que vai receber aporte de capital de investidor não residente. O capital social deste tipo de empresa,

segundo a legislação, precisa ser integralizado no registro do seu ato constitutivo. Consequentemente,

se o capital para constituí-la vier do exterior, a única maneira de gerar um código RDE-IED para a

realização da operação de câmbio será através do mecanismo de receptora em constituição do

sistema.

O RDE-IED de empresa em constituição admite apenas ingresso de recursos ou devolução de

ingresso. Qualquer outra operação só poderá ser registrada após a receptora obter seu CNPJ, criar um

novo registro RDE-IED e vinculá-lo ao registro RDE-IED da receptora em constituição conforme

procedimento descrito a seguir.

Observação: o código RDE-IED para a receptora em constituição só pode ser gerado se o

preposto - pessoa física ou jurídica - estiver acessando o sistema RDE-IED com seu próprio login.

Não existe a figura de mandatário do preposto para empresas em constituição e nem mesmo as

instituições financeiras terão essa prerrogativa.

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3.3 Gerenciar Receptoras em Constituição

Na página inicial do sistema, clicar no link ‘Gerenciar receptoras em constituição’:

Na tela seguinte, incluir um nome que servirá de referência para identificar a receptora em

constituição. Clicar no botão .

Depois de incluída a receptora em constituição, o usuário poderá criar um registro RDE-IED em

constituição. Basta clicar no botão “alterar” ( ) e informar o CPF/CNPJ do investidor não residente. O

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registro será criado clicando-se no botão . O código RDE será criado no processo, iniciado

pelas letras “IA” + seis algarismos.

A operação de câmbio ou de Transferências Internacionais em Reais (TIR) para o ingresso de

recursos deverá ser realizada em nome do preposto, ou seja, da pessoa física ou jurídica designada

pelo(s) investidor(es) para recebimento dos recursos e que constará como receptora temporária no

registro RDE-IED.

3.4 Vinculação de registro em constituição à Receptora

Uma vez obtido o CNPJ para a receptora, esta deverá criar um novo registro RDE-IED com o

investidor não residente e vincular este novo registro ao registro RDE-IED em constituição

anteriormente cadastrado.

Atenção: ressaltamos que na etapa anterior o usuário acessou o sistema com o login do

preposto, enquanto nesta etapa o usuário acessará o sistema com o login da receptora ou de

seu mandatário.

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Para realizar a vinculação no sistema, o usuário deverá:

1. Acessar o novo registro RDE-IED (disponível no quadro societário atual da receptora);

2. Clicar no botão de expansão ( ) disponível ao lado esquerdo do nome do investidor;

3. Acessar: ‘Vincular’ → ‘Registro em cons tuição’;

4. Informar o código RDE-IED do registro em constituição e clicar no botão

Assim, as operações cambiais ou as transferências internacionais em reais (TIR) que foram

inicialmente associadas ao registro em constituição serão vinculadas ao novo registro RDE-IED.

4. Gestão do Quadro Societário

A tela principal do sistema é o Quadro societário atual, onde são apresentadas informações

como: os investidores não residentes ativos e inativos, o capital integralizado, o patrimônio líquido, o

ativo e a situação da receptora. Também é a partir dessa tela principal que a receptora poderá

consultar e registrar os diversos eventos societários. Esta tela é acessada através da inclusão do CNPJ

da receptora, do CPF/CNPJ do investidor ou do código RDE-IED na página inicial do sistema, conforme

explicado no capítulo 2.

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4.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário

O botão <Gestão do quadro societário> dá acesso à tela onde se pode incluir, excluir ou corrigir

um quadro societário no sistema:

A inclusão de um novo quadro societário é feita através do botão . O primeiro

campo a ser preenchido é a data. A ocorrência de evento que altere a participação societária do

investidor estrangeiro, exceto registro com base na Lei nº 11.371/2006, obriga a atualização no prazo

de trinta dias. Referente às alterações vinculadas a operações cambiais ou transferências

internacionais em reais (TIR), o prazo de trinta dias inicia-se na data de liquidação da operação

cambial ou de realização da transferência.

No caso do registro com base na Lei nº 11.371/2006, os prazos são os seguintes: (i) até 30 de

junho de 2007, o capital existente em 31 de dezembro de 2005; e (ii) até o último dia útil do ano-

calendário subsequente ao do balanço anual no qual a pessoa jurídica estiver obrigada a efetuar o

registro, o capital contabilizado a partir do ano de 2006, inclusive.

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O passo seguinte é preencher os valores do capital integralizado, do ativo e do patrimônio

líquido da empresa na data do evento, sempre de acordo com seus registros contábeis. Importante

destacar que se trata do capital integralizado, do ativo e do PL totais da empresa, incluindo a

participação de todos os seus sócios, não apenas a dos não residentes.

Depois disso o usuário deverá informar os valores específicos do capital integralizado por cada

investidor não residente. O processo de inclusão de investidor não residente é realizado através do

botão . Deverão ser informados o CPF/CNPJ do investidor, o “País do investidor” e,

no caso de Pessoa Jurídica, “País do controlador final”. O “País do investidor” é o país de residência do

investidor estrangeiro. Já o “País do controlador final” é o país de residência do último controlador. O

controlador final se encontra no topo da cadeia de controle do grupo econômico, e, em geral, indica a

origem de capital do grupo. Não necessariamente o controlador final participa diretamente na

empresa declarante e residente no Brasil.

A informação do capital integralizado na receptora deverá ser separada por base legal (Lei nº

4.131/1962, Lei nº 11.371/2006 e Lei nº 9.069/1995), sendo:

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• Lei 4.131: Capital com base na Lei 4.131/1962 é aquele constituído mediante ingresso

no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de ingresso de bens,

assim como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

• Lei 11.371: Capital com base na Lei 11.371/2006 é aquele declarado em opção específica

neste sistema como existente no país, devidamente registrado na contabilidade da

empresa, porém sem possibilidade de registro sob outra base legal, bem como o

reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

• Lei 9.069: Capital com base na Lei 9.069/1995 é aquele constituído mediante ingresso

no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente

(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos

rendimentos desses capitais.

Ao concluir o cadastramento do investidor, será atualizado o quadro societário da receptora e

atribuído um novo código de RDE-IED ao investidor não residente cadastrado.

4.2 Inclusão de investidor não residente pela primeira vez

Quando um usuário utiliza o sistema RDE-IED para registrar o primeiro aporte de capital de um

investidor não residente, surgirá a necessidade de gerar um código RDE-IED no sistema antes da

contratação uma operação cambial ou da liquidação de uma Transferência Internacional em Reais -

TIR.

O declarante deve incluir um quadro societário com a data atual e inserir o capital integralizado,

o patrimônio líquido e o ativo totais sem considerar o valor que será ingressado pelo novo investidor

não residente. Depois disso, adicionar o novo investidor não residente incluindo seu CPF ou CNPJ, não

lhe atribuindo, neste momento, qualquer participação no capital integralizado da empresa (deixar R$

0,00 nos respectivos campos). O sistema aceitará o registro e fornecerá o código RDE-IED,

possibilitando a contratação e liquidação de câmbio pela instituição financeira.

Uma vez confirmado o ingresso do investimento no país (liquidação do contrato de câmbio ou

TIR), a empresa receptora deverá – dentro de 30 dias – registrar um novo quadro societário

informando: (i) o capital integralizado, o patrimônio líquido e o ativo totais na data informada e (ii) o

valor da participação do sócio não residente no capital.

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4.3 Situações que ensejam a inclusão/edição/exclusão de Quadro Societário

A inclusão de quadro societário deve ser utilizada:

• Quando um novo investidor não residente fizer aporte de capital na empresa receptora.

• Quando houver um aumento ou redução de capital por parte de um investidor não

residente já cadastrado.

• Quando um investidor não residente, por qualquer razão, passar a não fazer mais parte

do quadro de sócios da empresa. Neste caso o usuário deve zerar o valor do capital

integralizado e selecionar a opção “Ativo” – “Não” que aparece ao lado direito do nome

do investidor.

• Nos informes de atualizações periódicas anuais (para empresas com PL ou Ativo total

menor do que R$ 250 milhões) e nos informes trimestrais (para empresas com PL ou

ativo total maior do que R$250 milhões). Neste último caso, o Quadro Societário é

incluído automaticamente após o preenchimento da Declaração Econômico Financeira

(DEF). (Ver Capítulo 6 deste manual).

A edição de quadro societário deve ser utilizada:

• Quando um usuário notar um erro qualquer no registro declaratório, de maneira que os

valores informados ao Banco Central não correspondam aos efetivamente

contabilizados pela empresa. Pode ser feito a qualquer tempo, para qualquer data.

• Na situação descrita no item 4.2 acima.

A exclusão serve apenas para os casos onde o usuário fez um registro incorreto e entende ser

mais fácil começar do zero do que editar o registro.

Outras funcionalidades do sistema RDE-IED, tais como os Eventos Societários e a Declaração

Econômico Financeira, explicados mais à frente, adicionam automaticamente um novo quadro

societário ao histórico da empresa. Tais quadros não poderão ser editados ou excluídos

posteriormente.

4.4 Prazos para informações periódicas

Empresas com patrimônio líquido e total do ativo inferiores a R$ 250.000.000,00 devem,

anualmente, até 31 de março, incluir um novo quadro societário atualizado para a data de 31 de

dezembro do ano anterior. Caso coincida com dia em que não haja expediente no Banco Central do

Brasil, o termo final dos prazos fixados ficará prorrogado até o primeiro dia útil subsequente.

As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto com patrimônio líquido ou total do

ativo igual ou superior a R$ 250.000.000,00 devem prestar Declarações Econômico Financeiras

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trimestralmente conforme calendário abaixo. Caso coincida com dia em que não haja expediente no

Banco Central do Brasil, o termo final dos prazos fixados ficará prorrogado até o primeiro dia útil

subsequente.

• Até 31 de março, referente à data-base de 31 de dezembro do ano anterior;

• Até 30 de junho, referente à data-base de 31 de março;

• Até 30 de setembro, referente à data-base de 30 de junho;

• Até 31 de dezembro, referente à data-base de 30 de setembro.

Instruções detalhadas sobre como preencher a Declaração Econômico Financeira estão no

capítulo 6.

4.5 Inativação e Reativação de investidores não residentes

Caso um investidor não residente deixe de possuir participação na empresa receptora, o usuário

deverá inserir um novo quadro societário, zerar a participação do investidor e inativá-lo nos botões à

direita do nome do investidor.

Se o mesmo investidor eventualmente voltar a investir na mesma empresa receptora, ele

poderá ser reativado no mesmo botão e usar o mesmo código RDE-IED nas operações financeiras.

4.6 Manutenção do histórico correto de Quadros Societários

As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto devem manter o histórico de

quadros societários correto no sistema RDE-IED, de maneira que reflita fielmente os eventos contábeis

relacionados a estes investimentos. Como explicamos anteriormente, qualquer alteração no valor das

participações societárias de não residentes na empresa deve ser informada através de um novo quadro

societário. A edição ou alteração dos quadros societários pré-existentes deve ser utilizada apenas para

a correção de eventuais erros, não para o informe de novos eventos.

Observação: o código RDE-IED na situação “Inativo” impede a realização de operações de

câmbio e TIR. Consequentemente, caso exista a possibilidade de realização de remessas futuras

(Ex. juros sobre capital próprio, dividendos, parcelamento de alienação a nacionais, etc.), o

código RDE-IED deve permanecer ativo, mesmo com valor zerado na participação do sócio não

residente.

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O histórico deverá conter também os quadros societários oriundos dos informes periódicos (anuais

ou trimestrais, com explicado acima) e os oriundos de eventuais eventos societários (capitalizações,

reorganizações societárias, cessões, etc.).

Por exemplo, considere uma empresa que obteve aporte de investimento estrangeiro direto em

julho de 2016, não tenha registrado nenhuma alteração neste investimento e tenha Patrimônio Líquido

ou total do Ativo menor do que R$ 250.000.000,00. Ela deverá ter em seu histórico quatro Quadros

Societários: um na data do investimento e três informes periódicos, um para cada final de ano

(31/12/2016, 31/12/2017 e 31/12/2018).

Exemplo de histórico de quadros societários

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4.7 Impressão do extrato em PDF

O usuário poderá imprimir um extrato do Registro de Investimento Estrangeiro direto que inclui:

(i) as informações do Quadro Societário atual; (ii) as liquidações de câmbio; (iii) os lançamentos de TIR

(Transferências Internacionais em Reais); (iv) as movimentações previstas na Lei 11.371, (v) as

reaplicações de recursos; (vi) os recebimento no exterior e (vii) os recebimentos no país. O sistema

imprime um extrato para cada um dos registros ativos de investidor não-residente (um para cada

código RDE-IED).

A impressão é feita através da tela inicial – Quadro Societário Atual – e do botão <Imprimir

Extrato>, conforme ilustrado a seguir.

4.8 Suspensões e penalidades

As Leis nº 4.131/1962 e nº 11.371/2006, bem como a Circular nº 3.857/2017, estabelecem critérios

e valores para aplicação de multas no caso de prestação de informações fora de prazo, incorretas,

incompletas, não entregues ou pela entrega de informações falsas.

A eventual aplicação de multa só ocorre após instauração de processo administrativo, garantidos

o contraditório e a ampla defesa, cujo valor é definido por ocasião da decisão.

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A gradação na valoração das multas tem seus critérios previstos no Art. 60, capítulo IV, da referida

Circular 3.857/2017. A entrega em atraso, por exemplo, está sujeita a multa menor do que a não

entrega.

O Banco Central do Brasil também pode suspender o registro da receptora no RDE-IED em caso de

descumprimento da norma. Com o registro suspenso, a empresa não consegue efetuar operações de

câmbio, tanto ingresso quanto remessa. O status “suspensa” aparece na tela inicial no campo

“situação” ao consultar a receptora. Para retirar a suspensão é necessário regularizar todas as

pendências do registro e orientamos que nesta situação a empresa receptora entre em contato pelo

e-mail [email protected] para maiores esclarecimentos.

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5. Eventos Societários

5.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Evento Societário

Na tela inicial Quadro societário atual (Ver Capítulo 4), através do Botão Eventos societários, o

declarante poderá consultar, editar ou incluir novos eventos societários dos tipos: (i) Capitalizações,

(ii) Cessões e permutas, (iii) Conferências de participação no país, (iv) Reorganizações societárias

(incorporação, fusão e cisão), bem como declarar a extinção da empresa receptora por liquidação.

5.2 Capitalizações

O reinvestimento, entendido como as capitalizações de lucros, de dividendos, de juros sobre o

capital próprio e de reservas de lucros na empresa receptora em que foram produzidos, deve ser

registrado conforme os seguintes procedimentos:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar

Capitalizações para acessar a tela Capitalização de lucros, juros sobre capital próprio e

reservas.

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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas

sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da Capitalização, selecionar o tipo de capitalização (Juros sobre capital

próprio, Lucros e reserva de lucros ou Reserva de capital e outras reservas), incluir a data e

o valor da capitalização nos campos apropriados e clicar no botão .

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4. Na aba Situação anterior à capitalização, verificar e, caso necessário, corrigir as informações

do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por meio da

inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital

integralizado, do patrimônio líquido da receptora e dos campos de segregação por base legal

do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a verificação/atualização

dos dados, clicar no botão .

5. Na aba Distribuição da capitalização, incluir o(s) valor(es) capitalizado(s) por investidor, e

clicar no botão para prosseguir.

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6. Na aba Situação posterior à capitalização, verificar as informações apresentadas já com os

efeitos da capitalização e confirmar a inclusão através do botão .

Caso seja necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário,

basta acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.3 Cessões e permutas

5.3.1 Cessão de ações ou quotas para outro investidor não residente

A cessão para outro investidor não residente, entendida como a dação de ações ou de quotas

integralizadas do capital de uma empresa brasileira detidas pelo investidor não residente para outro

investidor não residente, deve ser registrada conforme os seguintes procedimentos:

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1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e

permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são

apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, no campo “Tipo”, selecionar a opção “Cessão” e incluir

a data e o valor da cessão nos campos correspondentes. Preencher o CPF/CNPJ14 dos

investidores cedente e cessionário e selecionar se deseja encerrar o investimento do

cedente. Após o preenchimento de todos os campos, clicar no botão .

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4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as

informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por

meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital

integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base

legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

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5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já

com os efeitos da cessão, complementar com os dados do país do investidor cessionário e

confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário corrigir alguma

informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar qualquer uma das

etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.3.2 Cessão de ações ou quotas de um investidor não residente para um investidor residente

A cessão de participação de um investidor não residente para um investidor residente é a dação

de ações ou de quotas integralizadas do capital de uma empresa no País, detidas pelo investidor não

residente, para um investidor residente.

Deve ser registrada através da inclusão de um novo Quadro Societário, atualizando-se a

participação do investidor não residente com o resultado da cessão. Caso a cessão seja total, o

investidor pode ser inativado no sistema RDE-IED, através do botão “Não” na coluna "Ativo” da tela de

edição do Quadro Societário (ver Capítulo 4.1 e 4.3 deste manual).

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5.3.3 Permuta entre investidores não residentes de ações ou quotas de empresas receptoras

no país.

A troca, entre investidores não residentes, de participações em empresas receptoras no País é

registrada do seguinte modo:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e

permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

Observação: Manter o RDE-IED na situação inativo impede a contratação de câmbio ou TIR.

Nos casos de cessão onerosa (alienação a nacionais), quando o investidor não residente ainda

tem direito a receber alguma remessa via contratação de câmbio ou TIR, o RDE-IED deve ser

mantido na situação ativo com os valores zerados para esse investidor.

Somente quando não existir mais remessa a ser efetuada, o RDE-IED deve ser inativado.

Para reativar o RDE-IED do investidor não-residente, inclua um novo quadro societário

informando o CNPJ ou CPF do investidor. O sistema irá recuperar o número RDE-IED.

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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são

apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo ‘Tipo’. Há

também os campos em que o declarante informará se o cedente e o cessionário são

investidores não residentes ou não (Neste exemplo, ambos devem ter o botão “Sim”

selecionado). Incluir a data, o valor do capital cedido/permutado, o CNPJ8 da receptora

contraparte e o CPF/CNPJ14 dos investidores envolvidos na permuta nos campos

correspondentes. Selecionar também se deseja encerrar o investimento do cedente. Após a

conclusão, clicar no botão .

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4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as

informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por

meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital

integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base

legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já

com os efeitos da permuta, informar o país do investidor cessionário, o país do controlador

final do investidor cessionário e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja

necessário corrigir alguma informação antes da inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

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5.3.4 Permuta entre investidor residente e não residente de ações ou quotas de empresas com

sede no Brasil.

A troca de participações societárias em empresas brasileiras, sendo ao menos uma receptora no

país, realizada entre investidores residente e não residente, deve ser registrada do seguinte modo:

Observação: A inclusão da permuta por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da permuta pela receptora contraparte.

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1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e

permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são

apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo “Tipo”. Incluir

a data, o valor do capital cedido/permutado e o CNPJ8 da receptora contraparte nos campos

correspondentes. Selecionar a opção que declara que o cedente ou o cessionário é

investidor não residente, bem como a opção que declara que o outro investidor envolvido

na permuta é residente (ou seja, selecionar o botão “Não” no quadro que pergunta se o

investidor é não residente). Preencher o CPF/CNPJ14 do investidor não residente,

selecionar se deseja encerrar o investimento do cedente e clicar no botão .

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4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as

informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por

meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital

integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base

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legal do capital integralizado para cada investidor. Após a verificação/atualização dos dados,

clicar no botão .

5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já

com os efeitos da permuta e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja

necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer das etapas anteriores clicando nas abas ou utilizando o botão .

5.4 Conferência de Participação

5.4.1 Conferência de Ações ou Quotas no Exterior

A integralização de capital por um investidor não residente em outra empresa estrangeira,

mediante dação de participação societária detida em empresa receptora nacional, tem os mesmos

efeitos, no que se refere ao registro de IED, de uma Cessão de Ações ou Quotas para Outro Investidor

não residente, devendo o registro ser efetuado como se assim fosse (Ver Capítulo 5.3.1).

Observação: A inclusão da permuta por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da permuta pela receptora contraparte.

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5.4.2 Conferência de Ações ou Quotas no País

Trata-se, para os efeitos de registro no RDE-IED, da integralização de capital em empresa

nacional (receptora destino), por investidor não residente, mediante dação de participação societária

por este detida em outra empresa nacional (receptora origem).

O registro de uma conferência de ações ou quotas no país é feito de acordo com os seguintes

procedimentos:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar

Conferências de participações no país para acessar a tela Conferências de participação no

país.

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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da conferência de participação, selecionar se a receptora é destino ou origem

da conferência no campo “Papel”. Incluir a data, o valor do capital conferido/baixado, o CNPJ8

da receptora contraparte e o CNPJ14 do investidor nos campos correspondentes. No caso de

registro de conferência da receptora origem, selecionar se deseja encerrar a participação do

investidor e clicar no botão .

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4. Na aba Situação anterior à conferência de participação, verificar e, caso necessário, atualizar

as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por

meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital

integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base legal

do capital integralizado para cada investidor. Após a verificação/atualização dos dados, clicar

no botão .

5. Na aba Situação posterior à conferência de participação, checar as informações apresentadas

já com os efeitos da conferência e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja

necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

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5.4.3 Conferência Internacional de Ações ou Quotas

A conferência internacional de ações ou quotas, entendida como o investimento no capital de

empresa brasileira efetuada por investidor não residente, mediante dação ou permuta de participação

societária detida em empresa sediada no exterior, ou o investimento no capital de empresa sediada

no exterior, realizada mediante dação ou permuta, por investidor residente, de participação societária

detida em empresa brasileira, é realizada, observada a regulamentação pertinente, por meio de

operações simultâneas de câmbio relativas ao ingresso de investimento estrangeiro no país e à saída

de investimento brasileiro para o exterior, sem emissão de ordens de pagamento. Portanto, para efeito

de registro no RDE-IED, uma conferência ou permuta internacional de ações ou quotas torna-se uma

integralização de capital ou uma aquisição de ações ou quotas mediante ingresso de moeda

estrangeira.

5.5 Reorganização Societária de Investidor não Residente

Qualquer tipo de reorganização societária de investidor não residente que implique transferência

de investimento para outro investidor não residente, deve ser registrado como uma Cessão de Ações

ou Quotas para Outro Investidor Não Residente. (Ver Capítulo 5.3)

5.6 Reorganização Societária de Receptora de Investimento Estrangeiro

5.6.1 Incorporação

O registro da incorporação deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes

envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá

ser repetido tantas vezes quantas forem as empresas incorporadas na reorganização:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar

Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

Observação: A inclusão da conferência por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da conferência pela receptora contraparte.

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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Incorporação no campo Tipo de

reorganização societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa

incorporada ou da incorporadora no campo Papel na reorganização societária. Caso o

registro a ser realizado seja da empresa incorporada, informar no campo correspondente o

CNPJ-8 da incorporadora.

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4. Se o registro a ser realizado for da incorporadora, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) envolvida(s) na incorporação. Clicar no botão .

5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar

as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada

por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do

capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por

base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

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6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da incorporação e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja

necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.6.2 Fusão

O registro da fusão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for

receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido

tantas vezes quantas forem as empresas fusionadas na reorganização:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar

Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas sequencialmente na tela.

Observação: A inclusão da incorporação por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da incorporação pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

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3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Fusão no campo Tipo de reorganização

societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa fusionada ou da

empresa resultante da fusão no campo Papel na reorganização societária. Caso o registro a

ser realizado seja da empresa fusionada, informar no campo correspondente o CNPJ-8 da

empresa resultante.

4. Se o registro a ser realizado for da empresa resultante, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) envolvida(s) na fusão. Clicar no botão .

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5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar

as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada

por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do

capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por

base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da fusão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário

corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.6.3 Cisão

O registro da cisão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for

receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido

tantas vezes quantas forem as receptoras cindidas envolvidas na reorganização:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar

Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

Observação: A inclusão da fusão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da fusão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Cisão no campo Tipo de reorganização

societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa cindida ou da

empresa cindenda no campo Papel na reorganização societária. Caso o registro a ser

realizado seja da empresa cindida, informar nos campos correspondentes o CNPJ-8 da(s)

receptora(s) cindenda(s) envolvidas na cisão.

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4. Se o registro a ser realizado for da empresa cindenda, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) cindida(s) envolvida(s) na reorganização. Clicar no botão .

5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar

as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada

por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do

capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por

base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

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6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da cisão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário

corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.7 Extinção de Receptora por Liquidação

Quando uma receptora de investimento estrangeiro é extinta por liquidação, tal evento deve ser

registrado no sistema RDE-IED. No entanto, antes de realizar este registro no sistema, a empresa

receptora deve atentar para dois pontos importantes:

• O registro da extinção por liquidação não zera o valor da participação dos sócios não

residentes. Caso a participação dos investidores tenha sido encerrada e não existam

valores a remeter, deve ser inserido um novo quadro societário zerando a participação dos

investidores não residentes antes do registro da extinção por liquidação.

• O registro da extinção por liquidação não inativa os códigos RDE-IED vinculados aos sócios

não residentes. Portanto, caso a empresa entenda que há possibilidade de algum recurso

ser enviado aos sócios no futuro, deve manter os códigos ativos. Caso contrário, deverá

inativá-los antes de registrar a extinção por liquidação.

Observação: A inclusão da cisão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da cisão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

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A extinção por liquidação é registrada no sistema da seguinte maneira: na tela inicial Quadro

societário atual, no menu Eventos societários, selecionar Extinção por liquidação para acessar a tela

Incluir extinção por liquidação.

Na tela seguinte, incluir o CPF/CNPJ do liquidante e a data da liquidação nos campos

correspondentes e clicar no botão .

A anulação da liquidação pode ser realizada na mesma tela, por meio do botão .

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6. Declaração Econômico Financeira

As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total ou patrimônio líquido

iguais ou superiores a R$250 milhões deverão preencher, trimestralmente, a Declaração Econômico

Financeira (DEF). A declaração deve ser realizada com referência às datas-bases 31 de março, 30 de

junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. O prazo para preenchimento da declaração é de até 90 dias

após cada data-base. O período-base é o intervalo do trimestre que se encerra na data-base em

referência. Os dados informados devem contemplar apenas a empresa receptora e não o consolidado

do grupo econômico.

O botão “Declaração econômico-financeira”, na página principal do sistema, dá acesso à gestão

das declarações.

ATENÇÃO: Os valores informados nos campos:

1. Lucro/Prejuízo líquido no período-base; 2. Lucro distribuído no período-base; 3. Receita/Despesa de reavaliação de ativos (impairment); 4. Receita/Despesa financeira decorrente de variação cambial;

deve se referir ao período-base, ou seja, ao intervalo de tempo compreendido entre o início e o final do trimestre encerrado na data-base de referência. Não deve ser informado o valor acumulado no ano.

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Devem ser informados os seguintes dados da receptora:

• Capital integralizado: Informar o capital social integralizado total da receptora. O capital

social da empresa inclui a propriedade de instrumentos patrimoniais, ações ou cotas, com

ou sem direito a voto, que conferem ao seu proprietário direito de participação nos

resultados da empresa;

• Patrimônio Líquido: Informar o valor total do patrimônio líquido da receptora, sem

ponderar pela participação detida pelo investidor não residente, na data-base da

declaração;

• Ativo: Informar o valor total do ativo da receptora, na data-base da declaração;

• Passivo: Informar o valor total do passivo exigível (sem patrimônio líquido) da receptora,

na data-base da declaração;

• Lucro (+) / prejuízo (-) líquido no período-base: Informar o valor total do lucro ou do

prejuízo líquido da receptora no período-base. Não informar o valor acumulado no ano.

• Lucro distribuído no período-base: Informar o valor total do lucro aprovado no período-

base, para distribuição, sem ponderar pela participação detida pelo investidor não

residente. Não informar o valor acumulado no ano.

• Valor estimado da empresa: informar o valor estimado da empresa receptora, segundo

um dos métodos de valoração descritos a seguir;

• Método de valoração: informar o método de valoração utilizado no cálculo do valor

estimado da empresa, quais sejam:

o Cotação em bolsa: para empresas listadas;

o Negociação existente: ocorrida em período recente;

Observações: O lucro distribuído no período base deve levar em conta o critério contábil, ou seja, os valores reconhecidos pela contabilidade da empresa na DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) trimestral, independentemente dos efetivos pagamentos realizados através de operações de câmbio. No caso das empresas de capital aberto, os valores do lucro distribuído devem incluir aqueles informados nas rubricas “Dividendos” e “Juros sobre Capital Próprio” da DMPL.

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o Fluxo de caixa descontado;

o Outras formas de avaliação;

o Patrimônio líquido.

• Receita (+) / despesa (-) decorrente de reavaliação de ativos (impairment): informar o

valor apurado pela receptora como redução ao valor recuperável de seus ativos. Informar

o valor da receita (+) ou despesa (-) da reavaliação no período-base. Não informar o valor

acumulado no ano.

• Receita (+) / despesa (-) financeira decorrente de variação cambial: Informar o valor da

receita (+) ou despesa (-) decorrente de variações cambiais no período-base. Não

informar o valor acumulado no ano.

O cadastro dos investidores não residentes também é obrigatório na declaração econômico-

financeira. Devem ser informados:

• Capital integralizado: Obrigatória a informação do capital integralizado, segregado por

base legal, sendo:

o Lei 4.131: Capital com base na Lei 4.131/1962 é aquele constituído mediante ingresso

no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de ingresso de

bens, bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

o Lei 11.371: Capital com base na Lei 11.371/2006 é aquele declarado, em opção

específica neste sistema, como existente no país, devidamente registrado na

contabilidade da empresa, porém sem possibilidade de registro sob outra base legal,

bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

o Lei 9.069: Capital com base na Lei 9.069/1995 é aquele constituído mediante ingresso

no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente

(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos

rendimentos desses capitais.

Observação: Caso a opção “Patrimônio Líquido” seja selecionada no campo “Método de Valoração”, o sistema não aceitará valores negativos no campo “Patrimônio Líquido”. Caso a empresa tenha Patrimônio Líquido negativo, outra opção de “Método de Valoração” deverá ser selecionada.

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• Participação no poder de voto (%): Informar a participação no poder de voto detida pelo

investidor não residente.

Poder de voto são direitos de voto (capital votante) que asseguram, de modo

permanente, participação nas deliberações sociais e na eleição dos administradores

de uma empresa. Geralmente, a compra de ações ordinárias confere poder de voto.

Porém, é possível obter poder de voto em proporção superior ao das ações

ordinárias, como, por exemplo, por meio de aquisição de golden shares, por meio de

estatuto ou de acordo com outros investidores. Dessa forma, deve-se considerar o

real poder de decisão do investidor não-residente (levando-se em consideração

todos os seus instrumentos) e não somente a proporção de ações ordinárias por ele

detidas.

• País do investidor: Selecionar o país de residência do investidor não residente.

• Pais do controlador final: Selecionar o país de residência do controlador final (ou último

controlador). O controlador final encontra-se no topo da cadeia de controle do grupo

econômico, e, em geral, indica a origem de capital do grupo. Não necessariamente o

controlador final participa diretamente na empresa declarante domiciliada no Brasil.

Observações: 1. A inclusão de uma declaração econômico financeira gera automaticamente um novo

quadro societário no histórico da empresa (na tela “Gestão do quadro societário”). Portanto, não há necessidade de atualização do quadro societário após a inclusão da DEF.

2. Caso o usuário inclua uma DEF sem necessidade (por exemplo, uma empresa com ativo e PL menor do que R$ 250 milhões), poderá solicitar sua exclusão, com solicitação formal e as devidas justificativas, através do e-mail [email protected] .

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Tela de inclusão dos dados da declaração econômico-financeira

7. Gestão de Mandatários

A empresa receptora ou o investidor não residente podem constituir como mandatárias

pessoas físicas ou jurídicas com autorização para incluir, consultar e atualizar registros.

7.1 Função dos mandatários da receptora

Um mandatário da receptora poderá consultar e efetuar qualquer declaração nos registros da

receptora da qual é mandatário, exceto visualizar os detalhes de operações de câmbio e TIR.

O mandatário da receptora pode ser incluído/excluído pela própria receptora, por um

mandatário atual ou por uma instituição financeira, formalmente autorizada pela receptora. Conforme

previsto na Resolução nº 3.844/2010, a documentação comprobatória das autorizações concedidas

aos mandatários deve ser mantida à disposição do BC pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contados

da data de encerramento das respectivas autorizações.

7.2 Função dos mandatários do investidor

Um mandatário do investidor poderá consultar os registros do investidor do qual é

mandatário, exceto visualizar os detalhes de operações de câmbio e TIR.

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O mandatário do investidor só poderá ser incluído/excluído por: (i) uma instituição financeira

formalmente autorizada pelo investidor ou seu representante no país ou (ii) por outro mandatário

previamente incluído da maneira descrita no item anterior.

7.3 Inclusão e Exclusão de mandatários

Na tela inicial Quadro societário atual, há o botão ‘Mandatários’, onde a receptora poderá

fazer a gestão dos mandatários autorizados a acessar os seus registros.

A inclusão é realizada inserindo o CPF/CNPJ do mandatário e clicando no botão

.

No caso de inclusão de mandatário por instituições financeiras ou assemelhadas, antes de

concluir a ação o sistema apresentará mensagem com alerta para a necessidade de possuir autorização

específica da receptora ou do investidor:

A qualquer tempo, o mandatário poderá ser excluído através do botão de exclusão de

mandatário ( ), disponível na coluna ‘ações’.

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8. Movimentações do Investimento

As movimentações do investimento são acessadas clicando no número do registro RDE-IED de

cada investidor não residente, disponível na tela inicial Quadro societário atual:

Na tela Registro de investimento é possível a consulta e o registro, de forma individualizada,

das movimentações ocorridas e que embasarão a variação da participação societária do investidor

não residente junto à receptora.

8.1 Câmbio

Na aba Câmbio, através do botão , podem ser exibidos todos os contratos de câmbio

vinculados ao registro selecionado, liquidados até o dia anterior à consulta. É possível filtrar a busca

por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso, devolução de remessa)

e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros, etc.).

A receptora poderá detalhar suas operações de câmbio, clicando no número do contrato desejado.

No entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes das operações de câmbio.

Atenção: As movimentações ocorridas no registro de investimento não sensibilizam a

participação societária do investidor na receptora, devendo ser informadas manualmente por

meio da inclusão de um novo Quadro Societário atualizado no sistema.

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Tela do Registro de Investimento – Aba “Câmbio”

8.2 TIR

Os recursos para investimento em moeda nacional deverão ser provenientes de contas correntes

de titularidade do próprio investidor não residente, abertas e mantidas conforme legislação em vigor.

Admite-se, no entanto, para os investimentos realizados entre 29.11.1996 e 15.08.2000, que a conta

corrente da qual provieram os recursos seja de titularidade de instituição financeira não residente.

Investimentos anteriores a 29.11.1996, quando realizados em moeda nacional, não são passíveis de

registro no sistema RDE-IED.

Na aba TIR são exibidos, após clicar no botão , todos os créditos e saques em contas de

não residentes vinculados ao registro selecionado, ocorridos até o dia anterior à consulta. Pode-se

filtrar a busca por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso,

devolução de remessa) e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros etc.).

A receptora poderá detalhar suas operações de TIR, clicando no número da TIR desejado. No

entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes de operações de TIR.

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Tela do Registro de Investimento – Aba “TIR”

8.3 Lei nº 11.371/2006

A Lei nº 11.371/2006, determina o registro em moeda nacional no RDE-IED do capital estrangeiro

investido em pessoas jurídicas no país, ainda não registrado e não sujeito a outra forma de registro no

BC. Na aba Lei 11.371 faz-se a inclusão, exclusão e consulta das declarações registradas com base nesta

lei. As informações requisitadas são o “Ano de contabilização” e o “Valor” na moeda nacional.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Lei nº11.371/2006”

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8.4 Investimento em bens

Na aba Investimento em bens, são registrados os aumentos de capital na receptora por meio da

conferência de bens, tangíveis ou intangíveis, importados sem cobertura cambial.

Devem ser informados a data da integralização, o valor na moeda da Declaração de Importação

(DI) e o valor integralizado, na moeda nacional.

No caso de bens tangíveis, deve ser informado o número das Declarações de Importação (DI). Já

no caso de bens intangíveis, deve ser informado o número das faturas comerciais.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Investimento em bens”

8.5 Reaplicação de Recursos

A reaplicação de recursos recebidos pelo investidor deve ser informada na aba respectiva como

resultado de: redução de capital, alienação a residentes, distribuição de dividendos/lucros, juros sobre

capital próprio ou liquidação de receptora/acervo líquido.

Deve ser informado se a receptora é origem, destino ou origem e destino da reaplicação; o tipo de

recurso reaplicado; a data da reaplicação; o seu valor, na moeda nacional, e o CNPJ da receptora

contraparte. O sistema calcula e informa o valor na moeda do país do investidor. No caso de

reaplicação realizado em receptora diferente daquela que originou os recursos, o registro precisa ser

realizado em ambas receptoras.

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Tela do Registro de Investimento – Aba “Reaplicação de Recursos”

8.6 Recebimentos no Exterior

Os recursos pagos diretamente ao investidor não residente com utilização de disponibilidades no

exterior (ou seja, sem a realização de operação de câmbio ou de transferência internacional em reais

– TIR) deverão ser declarados na aba Recebimento no Exterior. Para tanto, deve-se selecionar o tipo

de recurso (redução de capital, alienação a residentes, lucro, juros sobre capital próprio, acervo líquido

ou valor não utilizado), a data do evento e o valor. No caso de alienação a residentes deverá também

ser informada a moeda.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Recebimentos do Exterior”

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8.7 Recebimentos no País

Os recursos pagos diretamente, com utilização de disponibilidades no País, ao investidor não

residente (ou seja, sem a realização de operação de câmbio ou de transferência internacional em reais

– TIR) deverão ser declarados na aba Recebimentos no país. Deve-se selecionar o tipo de recurso

(redução de capital, alienação a residentes, lucro, juros sobre capital próprio, acervo líquido ou valor

não utilizado), a data do evento e o valor em reais.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Recebimentos do Exterior”

9. Canais de atendimento

9.1 Credenciamento no Sisbacen, reabilitação de senha, inclusão de novo máster ou problemas de acesso ao sistema

As instruções para obtenção de login e senha de acesso aos sistemas do Banco Central, incluindo

o sistema RDE-IED, as instruções para reabilitação de senhas ou inclusão de novo máster estão

disponíveis em https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica

de Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

9.2 Dúvidas sobre o sistema RDE-IED

Para esclarecimento de dúvidas específicas sobre o sistema RDE-IED, entrar em contato através do

e-mail [email protected] ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco

Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

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10. Perguntas frequentes

1. O que é o RDE-IED?

O Registro Declaratório Eletrônico – Módulo Investimento Externo Direto (RDE-IED) é um

sistema que consolida os registros dos capitais estrangeiros na modalidade de Investimento Externo

Direto.

2. Qual a definição de capital estrangeiro?

Conforme art. 1º da Lei 4.131, de 1962, consideram-se capitais estrangeiros:

• os bens, as máquinas e os equipamentos, ingressados no Brasil sem gasto inicial de divisas,

destinados à produção de bens ou serviços; e

• os recursos financeiros ou monetários, introduzidos no País, para aplicação em atividades

econômicas.

Nas duas situações indicadas acima, os bens, máquinas, equipamentos ou recursos devem

pertencer a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior.

3. O que é considerado investimento estrangeiro direto para efeito de registro no Sistema RDE-

IED?

Investimento estrangeiro direto é a participação no capital social de empresa brasileira detida

por investidor (pessoa física ou jurídica) não residente no país ou com sede no exterior, integralizada

ou adquirida na forma da legislação em vigor, bem como o capital destacado de empresa estrangeira

autorizada a operar no Brasil.

Não são considerados investimento estrangeiro direto, para efeito de registro no BC, as

aplicações de investidores não residentes adquiridas nos mercados financeiro e de capitais que

constituam investimentos em portfólio. Estes estão sujeitos a registro no BC nos termos da Resolução

nº 4.373, de 29 de setembro de 2014.

4. Qual a base legal do Registro Declaratório Eletrônico?

O registro de capital estrangeiro no Banco Central tem como base legal:

• A Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, regulamentada pelo Decreto nº 55.762, de 17 de

fevereiro de 1965;

• A Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995;

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• A Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006;

• A Resolução nº 3.844 do Banco Central, de 23 de março de 2010, no seu Anexo I;

• A Circular nº 3.689 do Banco Central, de 16 de dezembro de 2013, com as respectivas

alterações posteriores.

• A Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017 dispõe, dentre outros, sobre processos

administrativos e multas relacionadas a registros de capital estrangeiro no Banco Central.

5. O que é uma empresa receptora?

É a Pessoa Jurídica sediada no Brasil que recebe o investimento estrangeiro direto (IED), sendo,

portanto, parte de seu capital social detido por investidores não residentes.

6. O que é CDNR?

O CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente é exigido das pessoas físicas ou jurídicas

não residentes no País que desejam registrar operações envolvendo capitais estrangeiros no sistema

RDE-ROF (Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras) do Banco Central do

Brasil.

Além disso, o CDNR também é requisito às pessoas jurídicas não residentes que desejam

solicitar inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e, posteriormente, adquirir

participação no capital de empresas brasileiras. Esta ação gera a obrigação de registro no subsistema

RDE-IED (Investimento Estrangeiro Direto).

O CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente, que substituiu o CADEMP (Cadastro de

Empresas) de não residentes em 01/07/2019, não é exigido das pessoas físicas ou jurídicas não

residentes no País que desejam registrar operações no Sistema RDE-IED. Entretanto, ele deve ser

utilizado para inscrição da empresa estrangeira, que pretende se tornar investidora em empresa

receptora brasileira, no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). De acordo com as normas da

Receita Federal do Brasil (RFB), o CNPJ é obrigatório para o registro de investimento externo direto.

Para maiores informações sobre o CDNR, acessar o manual disponível no site do Banco Central

na Internet:

https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros

As pessoas físicas estrangeiras não necessitam de cadastramento no CDNR para registro no

Sistema RDE-IED. Entretanto, precisam da inscrição no CPF, que pode ser realizada no Brasil pela

própria Receita Federal, ou, no exterior, com a intermediação das representações diplomáticas

brasileiras.

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7. O que caracteriza o Investidor como não residente?

O domicílio fiscal fora do Brasil, independentemente de ser brasileiro ou estrangeiro ou do

país onde reside fisicamente.

8. O que é um mandatário no sistema RDE-IED?

Mandatário é a pessoa física ou jurídica autorizada pela empresa receptora ou por um dos

investidores não residentes a incluir, consultar e atualizar os registros RDE-IED em seu nome (Ver

Capítulo 7 deste Manual).

9. O não registro do investimento estrangeiro direto no Sistema RDE-IED está sujeito a algum

tipo de penalidade?

As Leis nº 4.131/1962 e nº 11.371/2006, bem como a Circular nº 3.857/2017, estabelecem

critérios e valores para aplicação de multas no caso de prestação de informações fora de prazo,

incorretas, incompletas, não entregues ou pela entrega de informações falsas.

A eventual aplicação de multa só ocorre após instauração de processo administrativo,

garantidos o contraditório e a ampla defesa, cujo valor é definido por ocasião da decisão.

A gradação na valoração das multas tem seus critérios previstos no Art. 60, capítulo IV, da

referida Circular 3.857/2017. A entrega em atraso, por exemplo, está sujeita a multa menor do que a

não entrega.

10. O Banco Central é responsável por garantir a veracidade, legalidade e fundamentação

econômica dos dados registrados no RDE-IED?

Não. O sistema RDE-IED é declaratório. A responsabilidade pela veracidade, legalidade e

fundamentação econômica das informações prestadas no RDE-IED é exclusiva do responsável pelo

registro.

11. Quem deve acessar o sistema RDE-IED? É necessário contratar alguém para fazê-lo?

A empresa receptora do investimento deve acessar o sistema RDE-IED, de forma direta, ou

através do seu mandatário, podendo incluir e atualizar todas as informações necessárias, tanto dos

investidores não residentes quanto suas próprias informações. Não é necessária a contratação de

serviços de terceiros. Os manuais do declarante, tanto do Sistema RDE-IED, quanto do CDNR (se a

Pessoa Jurídica não residente ainda não tiver CNPJ) podem ser acessados na página do Banco Central:

https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros

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Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail [email protected]

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12. Quem deve acessar o sistema RDE-IED quando a empresa receptora do investimento é uma

empresa em constituição? O que é preposto?

Preposto é a pessoa física ou jurídica designada pelo (s) investidor (es) não residentes para

recebimento dos recursos em nome da empresa receptora quando ela ainda está em processo de

constituição.

Nestes casos, o preposto deve acessar o sistema RDE-IED (ou seja, o login e senha do Sisbacen

devem estar vinculados ao seu CPF ou CNPJ). Adicionalmente, não existe a figura de mandatário de

preposto para receptoras em constituição.

É importante observar que só se justifica o cadastramento de um número de RDE-IED nesta

situação se houver necessidade de ingresso de recursos antes da empresa receptora (brasileira) obter

o seu CNPJ.

No caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), o preposto da empresa

é quem deve acessar o sistema RDE-IED, pois o capital social desse tipo de empresa precisa ser

integralizado no registro do seu ato constitutivo.

13. Quem pode incluir uma pessoa jurídica ou pessoa física como mandatária no sistema RDE

IED?

Os mandatários podem ser incluídos e excluídos no sistema por:

• Instituições Financeiras, desde que autorizadas formalmente pela empresa receptora

conforme normativos vigentes;

• Outras Pessoas Jurídicas ou Físicas que já constem como Mandatárias dessa receptora no

sistema;

• A própria empresa receptora.

14. É necessária alguma documentação para constituição de mandatários no sistema RDE-IED?

Sim. Conforme Resolução nº 4.637, de 2018, a documentação comprobatória das autorizações

para constituição de mandatários deve ser mantida à disposição do Banco Central pelo prazo mínimo

de cinco anos, contados da data de encerramento das respectivas autorizações.

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15. Como reabilitar senhas de acesso ao Sisbacen ou incluir um novo máster?

As instruções para reabilitação de senhas estão disponíveis em:

https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen

Persistindo dúvidas, problemas no acesso, ou a necessidade de alteração do máster da

empresa, entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cidadão do Banco Central através do

telefone 145 (ligação direta – sem DDD).

16. Erro “Identificação e/ou senha inválidas” ao tentar acessar o sistema: como proceder?

Este erro pode ocorrer na tentativa de acesso ao sistema através do navegador Google

Chrome, mesmo em situações em que o login e a senha sejam válidas. Neste caso, tentar novo acesso

através dos navegadores Internet Explorer ou Mozilla Firefox.

Caso o erro persista, entrar em contato com a central de atendimento através do telefone 145

(custo de ligação local).

17. Qual valor deve ser registrado como investimento no Sistema RDE-IED?

Os valores dos contratos de câmbio nem sempre correspondem ao valor efetivamente

integralizado pela contabilidade da empresa. Para registro no Sistema RDE-IED, deve ser considerado

o valor em reais correspondente à participação no capital social integralizado.

18. Qual o procedimento para o registro de filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar

no país?

O registro relativo a filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar no país deve seguir

os mesmos procedimentos relativos a empresas constituídas no país, informando como capital

integralizado o capital destacado da filial.

19. Quais as principais alterações em relação ao sistema RDE-IED anterior?

• A responsabilidade pelo registro passou a ser exclusiva da receptora;

• A identificação da receptora passa a ser por CNPJ (apenas os 8 primeiros dígitos) e a do

investidor não residente por CNPJ de 14 dígitos ou CPF;

• As operações de câmbio e movimentações de TIR vinculadas a um registro RDE-IED podem ser

consultadas no sistema RDE-IED, com defasagem de um dia;

• A atualização da participação de cada investidor passa a ser feita de forma declaratória, com

base nas movimentações de câmbio e TIR e nas declarações de investimento em bens, de

capital pela Lei nº 11.371/2006, capitalizações, reorganizações societárias e etc.;

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• Não há necessidade de efetuar nenhum tipo de lançamento no sistema para remessa de lucros

e dividendos se o pagamento desses rendimentos for feito mediante operação de câmbio ou

TIR. O contrato de câmbio, ou a transferência para conta de domiciliado no exterior, será

vinculado automaticamente ao registro;

• Não há no novo sistema opção de registro de subscrição de capital;

• O termo “representante” do sistema RDE-IED anterior passou a ser denominado

“mandatário”. Pode-se atribuir mandatários para a receptora ou para o investidor, não mais

para cada registro RDE-IED individualmente.

20. Os dados do sistema RDE-IED anterior foram migrados?

Foram migrados para o novo sistema RDE-IED o quadro societário de cada receptora, conforme

existente no sistema anterior, em 27.1.2017, bem como os registros RDE-IED válidos e suas operações

que continuaram a existir no novo sistema.

21. Há necessidade de confirmação dos dados migrados?

Não há necessidade de confirmar a migração. Entretanto, o quadro societário migrado pode

ser corrigido, pela empresa receptora ou seus mandatários, para refletir a real situação do

investimento.

22. Os representantes das receptoras e dos investidores, do antigo sistema RDE-IED, foram

migrados como mandatários para o novo sistema?

Foram migrados para o novo sistema como mandatários da receptora apenas os

representantes que constavam em todos os registros daquela receptora. Da mesma forma, foram

migrados como mandatários de um investidor apenas os representantes que constavam em todos os

registros daquele investidor.

23. É necessário realizar o registro de subscrição de capital?

Não. Não há no novo sistema opção de registro de subscrição de capital.

24. Como vincular um contrato cambial anterior a 01.09.2000 e não vinculado no sistema antigo

a um registro do RDE-IED no novo sistema?

Os contratos anteriores a 01/09/2000 não poderão ser visualizados no novo sistema RDE-IED.

O sistema apresentará apenas os contratos de câmbio que contenham um código RDE-IED vinculado

(O código com as letras IA + seis algarismos).

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25. Para alterações de participação societária de investidor estrangeiro, vinculadas a operações

cambiais ou transferências internacionais em reais (TIR), qual data deve ser informada no

registro de um novo quadro societário atualizado?

O novo quadro societário deve ser informado em até 30 dias após a liquidação do contrato de

câmbio ou transferência internacional em reais (TIR).

26. É necessário registrar distribuição de lucros, dividendos ou juros sobre capital próprio?

Se o pagamento desses rendimentos ao investidor for feito mediante operação de câmbio ou

TIR, não há necessidade de nenhum lançamento no sistema RDE-IED. O contrato de câmbio, ou a

transferência para conta de domiciliado no exterior, será vinculado automaticamente ao registro. Caso

o pagamento seja efetuado diretamente no exterior, sem contratação de câmbio, ou no país, sem

contratação de TIR, essa informação deverá ser incluída na tela Registro de investimento, aba

Recebimentos no exterior ou Recebimentos no país, que pode ser acessada através do registro RDE-

IED.

27. Qual o procedimento para registrar a venda da participação societária de um investidor não

residente para um investidor residente?

Se a venda foi efetuada em uma situação que requer uma transferência de recursos ao

exterior, essa transferência deve ser efetuada do adquirente para o investidor não residente, na

natureza cambial alienação a nacionais e, em até 30 dias, ser atualizada a participação do investidor,

mediante a inclusão de um novo quadro societário com a data da alienação da participação, reduzindo

a quota parte do capital que foi vendida. Devem ser seguidas as demais orientações do capítulo 4 do

manual.

28. Como proceder quando o Investidor não Residente vendeu suas cotas a um investidor

residente mas o pagamento foi feito no exterior?

Devem ser seguidas as orientações do item 8.1.6 do manual. Na tela Registro de investimento,

deve ser lançado o pagamento efetuado na aba Recebimentos no Exterior, Tipo de recurso: Alienação

a residentes.

29. Como realizar o pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais?

O pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais não requer

informação específica no RDE-IED. A remessa ao exterior deve ser realizada na natureza-fato 52371

(Juros sobre antecipações e financiamentos - demais financiamentos), informando-se no contrato de

câmbio o número do RDE-IED.

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30. Como proceder quando o Investidor não residente se torna residente no país?

Confirmada a alteração de residência e domicílio fiscal da Pessoa Física, deve ser criado um

novo Quadro Societário zerando a participação do investidor e inativando sua participação na

empresa. Se futuramente a pessoa física se tornar novamente investidor não residente, o registro pode

ser restabelecido criando-se um novo Quadro Societário, reativando o investidor e registrando o valor

de sua participação societária.

31. Quando um investidor residente se torna não-residente (saída definitiva do país), como

proceder com o registro no sistema RDE-IED?

Além da inclusão de um novo quadro societário atualizado no sistema, deve ser realizada

operação simbólica de câmbio com vinculação ao registro RDE-IED deste investidor. Caso não seja

possível a realização da operação simultânea de câmbio, pode-se realizar o registro nos termos da Lei

11.371/2006.

32. Como proceder no caso de mudança de razão social de receptora ou de investidor não

residente?

A mudança da razão social de empresa receptora ou de investidor não residente, ou a alteração

de outros dados após a emissão do CNPJ, deve ser solicitada diretamente à Receita Federal.

33. Como realizar a transferência de investimento direto para investimento em portfólio e vice-

versa?

Para efetivação da transferência, é necessária a realização de operações simultâneas de câmbio,

sem emissão de ordem de pagamento do/para o exterior; uma de venda e outra de compra, ambos

com código de grupo 46, onde no primeiro é informado o número do RDE-IED origem da transferência

e no segundo o registro RDE-Portfólio destino da transferência.

34. Como realizar conversão de crédito remissível em investimento direto?

A conversão de crédito remissível em investimento direto é realizada através da contratação

de operações simultâneas de câmbio, diretamente na rede bancária, sem necessidade de autorização

do BC.

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35. Como regularizar, para fins de registro, a integralização de capital pelo investidor não

residente mediante a entrega de imóvel de sua propriedade?

A entrega de imóvel pelo investidor para integralização no capital da empresa receptora deve ser

regularizada mediante operações simultâneas de câmbio. Caso a Instituição Financeira comprove

algum impedimento para registro como investimento de não residente, poderá ser utilizada a Lei

11.371.

36. Em que situações os investimentos estrangeiros diretos são registrados na forma da Lei nº

11.371/2006?

O Art. 5º da referida Lei determina o registro, em moeda nacional, do capital estrangeiro

investido em pessoas jurídicas com sede no País, ainda não registrado no BC e não sujeito a outra

forma de registro. Para isso, o valor do capital estrangeiro a ser registrado deve constar dos registros

contábeis da pessoa jurídica brasileira receptora do capital, na forma da legislação em vigor, e não ser

possível efetuar o registro nos termos da Lei nº 4.131/1962.

37. Os dividendos, juros e retorno de capital relativos a investimentos registrados em moeda

nacional, seja por ter sido efetuados via TIR, ou por ter sido registrados na forma da Lei nº

11.371/2006, podem ser remetidos para o exterior via operação de câmbio ou apenas por

TIR?

As transferências financeiras para o exterior podem ser feitas em outras moedas via operação

de câmbio, independentemente da moeda em que foi realizado o registro no BC.

38. É possível registrar no Banco Central do Brasil adiantamento para futuro aumento de capital

– AFAC?

Não. O registro do capital estrangeiro no País é disciplinado pelas Leis 4.131, de 1962, 9.069,

de 1995 e 11.371, de 2006, e o prazo de registro para o investimento é de 30 dias do ingresso.”

39. É possível o registro de participação de investidor não residente em sociedade em conta de

participação – SCP?

Não. O investimento estrangeiro no Brasil em Sociedade em Conta de Participação (SCP) não

está sujeita a registro no Banco Central do Brasil como Investimento Estrangeiro Direto (IED). A

participação de investidor não residente em sociedade em conta de participação (SCP) não é

reconhecida pelo Banco Central do Brasil como investimento estrangeiro direto (IED) em face da

incompatibilidade das características de sociedade em conta de participação, previstas nos artigos 991

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a 996 da Lei nº 10.406, de 10.01.2002, com os regimes jurídicos estatuídos pelas Leis nº 4.131, de

03.09.1962, 9.069, de 29.06.1995 e 11.371, de 28.11.2006.

40. Como deve ser registrada uma absorção de prejuízo contábil no sistema RDE-IED?

Não há registro de Absorção de Prejuízo a ser registrado no novo sistema RDE-IED. A Absorção

de Prejuízos deverá ser feita conforme legislação societária/contábil em vigor. Também não existe

registro específico para Redução de Capital. No âmbito do sistema RDE-ROF, o saldo a ser absorvido

deve ser informado por meio do evento de cancelamento, sem necessidade de operações simultâneas.

No âmbito do sistema RDE-IED, caberá à empresa atualizar o Patrimônio Líquido, o Ativo Total e o

Capital Social Integralizado em Gestão do Quadro Societário. Consultar o item “4.3 - Situações que

ensejam a inclusão/edição/exclusão de Quadro Societário” e “4.1 - Inclusão, Exclusão e Edição de

Quadro Societário”.

41. Quais Naturezas Jurídicas são aceitas para o registro da empresa como receptora de IED?

• 203-8 - Sociedade de Economia Mista

• 204-6 - Sociedade Anônima Aberta

• 205-4 - Sociedade Anônima Fechada

• 206-2 - Sociedade Empresária Limitada

• 207-0 - Sociedade Empresária em Nome Coletivo

• 208-9 - Sociedade Empresária em Comandita Simples

• 209-7 - Sociedade Empresária em Comandita por Ações

• 214-3 - Cooperativa

• 217-8 - Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira

• 219-4 - Estabelecimento, no Brasil, de Empresa Binacional Argentino-Brasileira

• 223-2 - Sociedade Simples Pura

• 224-0 - Sociedade Simples Limitada

• 225-9 - Sociedade Simples em Nome Coletivo

• 226-7 - Sociedade Simples em Comandita Simples

• 227-5 - Empresa Binacional

• 230-5 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária)

• 231-3 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples)

Fonte: https://concla.ibge.gov.br/estrutura/natjur-estrutura/natureza-juridica-2018.html