raquel de luna antonio fÓrmulas medicinais … · dissertação (mestrado) - universidade federal...
TRANSCRIPT
i
RAQUEL DE LUNA ANTONIO
FÓRMULAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR
MÉDICOS TIBETANOS DO MEN-TSEE-KHANG,
ÍNDIA, E SUAS CORRELAÇÕES COM ESTUDOS
FARMACOLÓGICOS
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, para a
obtenção do título de Mestre em Ciências.
São Paulo
2012
ii
Antonio, Raquel de Luna
Fórmulas medicinais utilizadas por médicos t ibetanos do Men-Tsee-Khang, Índia, e
suas correlações com estudos farmacológicos / Raquel de Luna Antonio. -- São Paulo,
2012.
x, 112p.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina.
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia.
Título em inglês: Medicinal formulas applied by tibetan physicians from Men-Tsee-Khang,
India, and its correlation with pharmacologial studies. 1.Etnofarmacologia. 2.Plantas medicinais. 3.Medicina tradicional tibetana. 4.sinergismo
de drogas.
i
RAQUEL DE LUNA ANTONIO
FÓRMULAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR
MÉDICOS TIBETANOS DO MEN-TSEE-KHANG,
ÍNDIA, E SUAS CORRELAÇÕES COM ESTUDOS
FARMACOLÓGICOS
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de São Paulo - Escola Paulista
de Medicina, para a obtenção do título
de Mestre em Ciências.
Orientadora: Eliana Rodrigues
Co-orientadora: Elisa H. Kozasa
São Paulo
2012
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Chefe do Departamento de Psicobiologia
Profa. Dra. Maria Lucia Oliveira de Souza Formigoni
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Psicob iologia
Profa. Dra. Vânia D'Almeida
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Banca examinadora:
Prof. Dr. Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB)
Prof. Dra. Maria Christina de Mello Amorozo (UNESP)
Prof. Dr. Nelson Filice de Barros (UNICAMP)
Suplente: Dr. Marcelo Marcos Piva Demarzo (UNIFESP)
iv
Esta dissertação foi realizada no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de
São Paulo – Escola Paulista de Medicina, com o apoio financeiro da Associação Fundo de
Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo
(FapUNIFESP).
v
AGRADECIMENTOS
A Deus.
Aos meus pais, Christina e Eduardo, pelo amor e apoio infinitos.
Ao meu irmão Luis e à minha família, ‘com ou sem sangue’, por torcerem sempre por mim.
À minha orientadora Eliana Rodrigues, pela oportunidade de realizar este trabalho, pela
confiança e incentivo, por sua dedicação e ensinamento, e pela orientação cuidadosa.
À minha co-orientadora Elisa H. Kozasa, pela atenção, comprometimento, disponibilidade e
prontidão, e pelas contribuições científicas.
Ao Prof. Luiz Eugenio Araujo de Moraes Mello, Lia Diskin e Tsewang Phuntso pelo
estabelecimento do convênio de colaboração entre a UNIFESP e o Men-Tsee-Khang.
Aos médicos do Men-Tsee-Khang, entrevistados neste estudo, pela paciência e bom humor ao
compartilhar um pouco de seu conhecimento ao longo de 7 meses.
Ao Dr. Tsewang Tamdin, diretor do Men-Tsee-Khang, pela disponibilidade; ao Tseten
Dorjee, por sua dedicação. Ao Geshe Lhakdor, da Library of Tibetan Works and Archives,
pela recepção calorosa e pelas conversas esclarecedoras.
Ao Nadeesh e sua família, pelo acolhimento durante a estadia em Dharamsala. Aos amigos
que conheci na Índia: Erez, Irina, Shelley, Masha, Shivadas, John, Törsten, Gaia, Cris, Vlad,
James, Silvia, Luis, Maya, Timothy, pela amizade, conversas, trocas de experiências, choros e
risadas. Aos colegas alunos do Men-Tsee-Khang, pelos momentos que passamos juntos
durante a viagem a Marhi. Ao Romain Lamberet, por tudo o que compartilhamos.
À Nandini, Mohini e Matsya, por cuidarem da pequena Mira enquanto eu estava em campo.
Aos colegas do Centro de Estudos Etnobotânicos e Etnofarmacológicos Julino, Juliana,
Thabata, Juká, Mariana, Cagliume, Braz, e também Rafaela e Nayara, por todo o apoio.
Aos colegas do Coletivo Curare, pelo trabalho bacana que fizemos e, principalmente, pela
amizade.
Aos professores e colegas da Psicobiologia, pelo conhecimento transmitido e compartilhado.
Ao Prof. Altay, pela ajuda com a estatística.
Aos amigos do Instituto Sachcha de Saúde, por mais um ano de colaboração.
Aos amigos e amigas do coração, que fizeram estes dois anos mais divertidos.
Gratidão!
vi
SUMÁRIO
Agradecimentos......................................................................................................................... v
Lista de figuras....................................................................................................................... viii
Lista de tabelas......................................................................................................................... ixi
Resumo....................................................................................................................................... x
1. Introdução
1.1. Biodiversidade.......................................................................................................... pg. 1
1.2. Etnofarmacologia e plantas medicinais.....................................................................pg. 1
1.3. Medicina tradicional e sistema humoral................................................................... pg. 3
1.4. Medicina tradicional tibetana................................................................................... pg. 4
1.5. Transtornos neuropsiquiátricos................................................................................ pg. 7
1.6. Etnofarmacologia e medicina tradicional tibetana................................................... pg. 7
1.7. Justificativa............................................................................................................... pg. 8
1.8. Objetivo.................................................................................................................... pg. 9
2. Metodologia
2.1. Aspectos éticos....................................................................................................... pg. 10
2.2. Caracterização da área de estudo........................................................................... pg. 10
2.3. Trabalho de campo................................................................................................. pg. 11
2.3.1. Seleção dos entrevistados, entrevistas e observações............................................ pg. 11
2.3.2. Tradução e categorização das doenças.................................................................... pg.13
2.3.3. Aspectos taxonômicos............................................................................................ pg. 14
2.4. Pesquisa bibliográfica............................................................................................ pg. 14
2.5. Análise dos dados................................................................................................... pg. 14
3. Resultados
3.1. Perfil dos médicos tradicionais tibetanos do Men-Tsee-Khang............................. pg. 16
3.2. A medicina tibetana praticada no Men-tsee-khang, Dharamsala........................... pg. 17
vii
3.2.1. Fisiologia quanto aos humores............................................................................... pg. 17
3.2.1.1. Subtipos dos humores (Nyes-pa ewa) ................................................................. pg. 19
3.2.2. Constituição individual: combinação dos humores................................................ pg. 20
3.2.3. O adoecimento........................................................................................................ pg. 21
3.2.4. Diagnóstico............................................................................................................. pg. 22
3.2.5. Tratamento............................................................................................................. pg. 22
3.2.6. Mente e rLung........................................................................................................ pg. 23
3.3. Ingredientes medicinais.......................................................................................... pg. 24
3.3.1. Propriedades de formulação................................................................................... pg. 25
3.3.2. Formas farmacêuticas............................................................................................. pg. 28
3.3.3. Etapas da formulação............................................................................................. pg. 28
3.4. As fórmulas medicinais utilizadas no Men-tsee-khang, Dharamsala.................... pg. 29
3.5. Usos das plantas na medicina tibetana X estudos farmacológicos......................... pg. 31
4. Discussão................................................................................................................ pg. 64
5. Conclusões............................................................................................................. pg. 69
6. Anexos
6.1. Ficha de dados do entrevistado.............................................................................. pg. 70
6.2. Ficha de dados etnofarmacológicos....................................................................... pg. 71
7. Referências bibliográficas...................................................................................... pg. 72
Abstract
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Árvore da etiologia............................................................................................... pg. 5
Figura 2. Árvore do diagnóstico.......................................................................................... pg. 6
Figura 3. Árvore da terapia.................................................................................................. pg. 7
Figura 4. Localização da cidade de Dharamsala, estado de Himachal Pradesh, na Índia, onde
se encontra o Men-Tsee-Khang.......................................................................................... pg.11
Figura 5. Os 15 subtipos dos humores............................................................................... pg. 19
Figura 6. Análise de correspondência (ANACOR) entre as fórmulas e as indicações
neuropsiquiátricas.............................................................................................................. pg. 31
Figura 7. Distribuição dos 61 ingredientes nas 10 fórmulas indicadas.............................. pg. 32
Figura 8. Quantidade e porcentagem de plantas com uso êmico corroborado pela literatura
científica farmacológica..................................................................................................... pg. 63
Figura 9. Quantidade e porcentagem das plantas com estudos científicos que corroboram a
ação neuropsiquiátrica........................................................................................................ pg. 63
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Humores, seus elementos correspondentes, qualidades, localização e funções gerais,
conforme os entrevistados.................................................................................................. pg. 18
Tabela 2. Etiologia psicológica: os “venenos” mentais e os humores correspondentes.... pg. 21
Tabela 4. Sabor e sabor pós-digestivo correspondente...................................................... pg. 25
Tabela 3. Os 6 sabores, seus respectivos elementos e as qualidades destes elementos em
ordem decrescente de relevância, conforme os entrevistados............................................ pg. 27
Tabela 5: Dez Fórmulas neuropsiquiátricas e o número de entrevistados do Men-Tsee-Khang
que evocaram suas possíveis indicações terapêuticas........................................................ pg. 30
Tabela 6: 61 ingredientes presentes nas 10 fórmulas neuropsicoativas indicadas pelos quatro
médicos tibetanos, a parte utilizada, a frequência de aparição nas fórmulas, suas indicações
terapêuticas individuais, suas qualidades conforme a medicina tibetana, e respectivas
atividades biológicas descritas na literatura científica em conformidade às
indicações........................................................................................................................... pg. 33
x
RESUMO
Introdução: O Men-Tsee-Khang (TMAI - Tibetan Medical and Astrological Institute),
Dharamsala, Índia, é um instituto de ensino e prática da medicina tibetana, que emprega
plantas, contidas em fórmulas multi-ingredientes, na sua terapêutica. Objetivo: Realizar um
levantamento das fórmulas utilizadas pelo Men-Tsee-Khang, focando nos transtornos
neuropsiquiátricos, e comparar as indicações das plantas com dados farmacológicos da
literatura científica. Metodologia: A partir de técnicas e métodos da etnografia, como
entrevistas e observações, selecionou-se cinco médicos que foram entrevistados entre julho de
2010 e janeiro de 2011. Ainda, a literatura científica foi consultada a respeito das ações
biológicas dos ingredientes contidos nas fórmulas indicadas. Resultados: Observou-se uma
relação entre os transtornos do sistema nervoso central e o humor rLung (um dos três humores
desta medicina), sendo 10 as fórmulas indicadas para tratar o desequilíbrio deste humor,
compreendendo 61 ingredientes (sais, produtos animais e plantas). Cada fórmula trata
diversos sintomas relacionados ao desequilíbrio do rLung, logo os ingredientes podem possuir
indicações terapêuticas distintas daquela da fórmula à qual pertence. Para os produtos animais
com identificação até espécie, não foram encontrados estudos de atividade farmacológica. As
48 espécies vegetais presentes nas fórmulas são clássicas nesta medicina e constam no
herbário do Men-Tsee-Khang. Os dados da literatura científica mostram que todas as fórmulas
possuem ingredientes com ações neuropsiquiátricas, e corroboram as indicações terapêuticas
de 75,6% das plantas. Conclusão: Observou-se uma congruência entre os usos das plantas
nas medicinas tibetana e ocidental.
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Biodiversidade
“Megadiversidade” é um termo criado por Russell Mittermeier para se referir aos
países de maior riqueza em biodiversidade – flora, fauna e microrganismos – sendo o número
de organismos endêmicos – aqueles que só existem em determinada região – o principal
critério para definir esta riqueza (Conservation International, 2011). Dos 17 países
megadiversos, distribuídos em quatro continentes, a maioria deles está nas Américas, com as
maiores áreas de habitats naturais intactos, como o Brasil, Colômbia, México, Venezuela,
Equador, Peru e Estados Unidos. São, ainda, megadiversos a África do Sul, Madagascar,
República Democrática do Congo, Indonésia, China, Papua Nova Guiné, Malásia, Filipinas,
Austrália e Índia (Conservation International, 2011).
A Índia é o sétimo maior país do mundo, possui uma área de 3.287.263 Km²,
estendendo-se desde as montanhas do Himalaia até as Florestas Tropicais do Sul. Apresenta
como fronteiras o Afeganistão e Paquistão ao noroeste; a China, Butão e Nepal ao norte e
Mianmar e Bangladesh ao leste. O continente é compreendido por quatro grandes regiões
físicas: Zona da Grande Montanha, Planícies de Ganga e Indus, a Região do Deserto e a
Península do Sul. Ainda, é possível dividir o país em oito regiões florísticas: Himalaia
ocidental, Himalaia oriental, Assam, planície Indus, planície Ganga, Deccan, Malabar e
Andamans. Algumas destas regiões possuem uma flora endêmica muito rica, colocando a
Índia na décima posição no mundo e quarta na Ásia em diversidade florística. Cerca de 70%
de sua área é preservada e apresenta 49.000 espécies de plantas, sendo 15.000 plantas
superiores e destas, 35% endêmicas. Algumas pesquisas etnobotânicas realizadas em
diferentes áreas do país detectaram mais de 800 espécies de plantas de interesse etnobotânico
(Embassy of India, 2011; National Portal of India, 2011).
É importante salientar que a região do Himalaia é considerada um hotspot, área
prioritária de conservação, concentrando altos níveis de biodiversidade, cujo número de
espécies botânicas endêmicas chega a 3.160 (Conservation International, 2011).
1.2 Etnofarmacologia e plantas medicinais
Do grego, “etno” significa cultura ou povo e “farmacologia” refere-se à droga. Dessa
forma, a etnofarmacologia é uma exploração interdisciplinar que considera a etnografia
2
médica e os aspectos biológicos da ação terapêutica (Etkin & Elisabetsky, 2005). Tem como
objetivo o resgate e a documentação de importantes heranças culturais, validando os agentes
empregados (Holmstedt & Bruhn, 1995), à medida que busca entender o universo das plantas
e/ou outros recursos naturais utilizados como drogas sob a ótica de grupos humanos (Schultes,
1962; Rao e Hajra, 1987).
Segundo Rodrigues & Carlini (2006), há duas condições principais que devem
incentivar os estudos de entofarmacologia: 1) a biodiversidade e 2) traços culturais peculiares
de uma dada população local. O Brasil, por exemplo, concentra biodiversidade e endemismo
com uma expressiva diversidade cultural, dentre etnias indígenas, quilombolas, caiçaras,
jangadeiros, dentre outros (Rodrigues & Carlini, 2003).
Imagina-se que os homens sempre tenham interagido com as plantas. Os primeiros
homens que habitaram nosso planeta, ou mesmo seus ancestrais que caminhavam sobre quatro
patas, certamente utilizavam das plantas o potencial para alimentação, remédios, corantes,
vestimentas, abrigos, meios de transporte e itens ritualísticos. Simpson & Ogorzali (2001)
pontuam que a relação entre homens e plantas é, inclusive, anterior à própria condição
humana.
Este homem primitivo, que dependia da natureza para sobreviver, descobriu seus
remédios naturais conscientemente, através da observação e experimentação empírica (Balick
& Cox, 1996; Di Stasi, 1996; Heinrich et al., 2004), embora o acaso também desempenhe
algum papel na escolha dos ingredientes medicinais. Balick & Cox (1996) afirmam, ainda,
que são mais as plantas do que os animais as bases para o desenvolvimento de material
cultural da maior parte dos povos da Terra, uma vez que dos vegetais extraímos recursos para
os mais variados tipos de atividades, superando a subsistência.
O dado arqueológico mais antigo encontrado até hoje que sugere o uso de plantas
medicinais foi observado no sítio arqueológico Shanidar IV, no Iraque, onde havia pólen de
diversas espécies num túmulo. Neste sítio arqueológico, que remonta ao homem de
Neanderthal e data de mais de 50.000 anos atrás, sete espécies vegetais utilizadas atualmente
no Iraque como medicinais foram identificadas (Solecki, 1975). Não se pode afirmar que o
uso destas plantas era medicinal, mas há fortes indícios (Heinrich et al., 2004). Um detalhe
curioso, que reforça a idéia do uso medicinal para as plantas encontradas, é que havia tanto
cinzas de espécies vegetais quanto material seco, sugerindo que as plantas não estavam no
túmulo somente para produzir fogo (Leroi-Gourhan, 1975).
3
1.3 Medicina tradicional e sistema humoral
A medicina tradicional é a soma de conhecimentos, habilidades e práticas com base
nas teorias, crenças e experiências indígenas de diferentes culturas que são usados para
manter a saúde, bem como para prevenir, diagnosticar, melhorar ou tratar doenças físicas e
mentais (WHO, 2002). As medicinas tradicionais apresentam-se de forma codificada,
fundamentando-se em manuscritos, e não-codificada, cujo conhecimento é transmitido
oralmente pelas gerações (WHO, 2001). De qualquer forma, as medicinas tradicionais não são
conhecimentos estáticos, mas um processo evolucionário em que seus praticantes e a
comunidade podem transformar práticas e saberes, com o passar do tempo, a partir do
desenvolvimento de novas técnicas (Janes, 1999; Patwardhan, 2005).
O primeiro documento escrito que temos conhecimento registrando o uso medicinal de
plantas é o cânone Pen Tsao do imperador chinês Shen Nung, datando do 3º milênio a.C.,
englobando usos de cerca de 250 plantas (Balick & Cox, 1996; Simpson & Ogorzali, 2001).
Ainda no Oriente, o livro indiano chamado Atharva Veda, escrito por volta de 1.000 a.C.
(Zimmer, 1986), inclui centenas de plantas medicinais. Posteriormente, há o Papiro de Ébers,
principal documento antigo egípcio, originário de 1.500 a.C., que inclui os conhecimentos
médico e farmacêutico e cuja primeira frase é “Aqui começa o livro da produção dos
remédios para todas as partes do corpo humano” (Haas, 1999; Heinrich et al., 2004).
Na Grécia, o discípulo de Aristóteles chamado Theophrastus dedicou-se ao estudo das
plantas medicinais, deixando escritos sobre o tema no 4º século a.C. (Balick & Cox, 1996). Já
no primeiro século d.C., o grego Pedanius Dioscorides influenciou mais de mil anos
seguintes, na medicina, com sua obra De Materia Medica que descrevia mais de 600 tipos de
plantas (Balick & Cox, 1996; Schulz et al., 2002; Heinrich et al., 2004). Não podemos deixar
de lembrar Avicena (980-1037 d.C.) e seu tratado Al Qanoon Fil Tib, que cita diversos
ingredientes terapêuticos e seus usos (Mohagheghzadeh et al., 2006).
Atualmente, observa-se que práticas e medicamentos das medicinas tradicionais
penetram o mercado tanto de países desenvolvidos quanto em desenvolvimento (Cordell &
Colvard, 2005). Fabricant & Farnsworth (2001) sugerem que o estudo das medicinas
tradicionais indica metodologias sobre agentes medicinais, a partir de quatro objetivos
alcançados a partir do uso de plantas como agentes terapêuticos: 1) isolamento de compostos
bioativos para uso direto como drogas; 2) a partir destes, produção de compostos semi-
sintéticos desenvolver patente de agentes com maior ação terapêutica e/ou menor toxicidade;
3) usá-las como ferramentas farmacológicas; 4) utilizar a planta inteira, ou suas partes, como
medicamento – neste caso, se valendo das informações tradicionais.
4
Embora exista certa segurança no consumo de medicamentos provenientes das
medicinas tradicionais, considerando a experiência temporal extensiva que essas drogas vêm
sendo utilizadas nestas práticas, Cordell & Colvard (2005) consideram que atualmente a
interação medicamentosa é mais expressiva que no passado, uma vez que os medicamentos
fitoterápicos, por exemplo, são comumente vendidos sem receita médica.
Em diversas medicinas tradicionais ao redor do mundo observa-se o sistema humoral,
como a medicina indiana ayurveda (Weiss et al., 1988), a medicina tradicional chinesa
(Anderson Jr, 1987), a medicina tibetana (Dakpa & Dodson-Lavelle, 2009b) e diversos
sistemas na América Latina (Foster, 1987). A origem do sistema humoral parece remontar aos
princípios patológicos de Hipócrates (Browner, 1985).
Os sistemas humorais consideram que o corpo humano é composto por determinado
número de “fluidos elementares” (Bos, 2009). Comumente, o sistema humoral baseia-se numa
teoria de um balanço quente/frio que garante a homeostase. Porém, estas classificações
geralmente independem de temperatura corporal (Randall, 1993). De forma geral, os excessos
de todos os tipos (calor, frio, secura, umidade) devem ser evitados e o tratamento deve possuir
as qualidades opostas ao humor perturbado (Browner, 1985), numa relação alopática, segundo
Leonti (2011), embora essas classificações possam variar conforme as diferentes culturas.
Casagrande (2002) discute o sistema humoral como pista mnemônica, de modo a
facilitar a aquisição e disseminação do conhecimento. O autor coloca que, por outro lado, a
classificação humoral também pode aparecer no discurso do entrevistado posteriormente à
explicação da doença e de seu tratamento. Uma vez que se observa um alto nível de
discordância entre entrevistados de uma mesma comunidade a respeito da classificação
humoral, esta aparição posterior da classificação humoral pode ter um efeito de validação,
numa tentativa de justificar a escolha de determinado tratamento para dada doença
(Casagrande, 2002).
1.4 Medicina tradicional tibetana
Pode-se dizer que a medicina tradicional tibetana, ou Bodkyi Sowa Rigpa (“o
conhecimento de cura do Tibete”) (Men-Tsee-Khang, 2008) possui a mesma origem que o
povo tibetano, quando os primeiros habitantes da região aplicaram os remédios naturais para
sanar os males que os acometiam. Anteriormente à penetração do Budismo e ao
desenvolvimento da escrita na região (século VII), a cultura xamânica e animista Bon
florescia no Tibete (Hoffman, 1961). A cura xamânica estava, então, difundida entre a
população e certamente influenciou a prática e o conhecimento médicos daquele tempo. A
5
história da medicina tibetana conta sobre trocas culturais, incluindo textos médicos, entre o
Tibete e as regiões vizinhas desde o século III. Especialmente durante o reinado de Trisong
Deutsen (755-797 A.D.), médicos da Índia, China e Grécia, dentre outros, visitaram o Tibete e
diversos textos médicos foram traduzidos. A medicina tradicional tibetana é produto da
combinação de diversos sistemas médicos com a própria medicina indígena então praticada
pelos tibetanos (Men-Tsee-Khang, 2001; Kala, 2005a; Salick et al., 2006; Garrett, 2007).
Conforme o livro clássico rGyud bzhi, no qual os princípios básicos da medicina
tibetana estão descritos, existem três bases nesta prática: a base da etiologia, a base do
diagnóstico e a base da terapia. Estas bases são alegoricamente representadas por árvores, por
suas vezes divididas em troncos, galhos e folhas (Figura 1) (Finckh, 1982; Men-Tsee-Khang,
2001).
Figura 1. Árvore da etiologia (Men-Tsee-Khang, 2001)
A árvore da etiologia possui dois troncos, o organismo saudável e o organismo
adoecido. No primeiro tronco, o organismo saudável, divide-se em três galhos, a começar pela
esquerda da ilustração (Figura 1) – 1) os quinze humores (Nyes-pa), contando com suas
subdivisões; 2) os sete constituintes corporais; 3) as três excreções –, que somam 25 folhas. Já
o segundo, tronco, o organismo adoecido, possui nove galhos: 1) causas primárias do
desequilíbrio dos humores; 2) causas secundárias do desequilíbrio dos humores; 3) vias gerais
dos humores; 4) localização geral dos humores; 5) vias específicas dos humores; 6) condições
favoráveis para o desequilíbrio dos humores; 7) distúrbios fatais; 8) efeitos adversos de
tratamentos; 9) resumo. Cada um destes galhos possui um número variado de folhas,
totalizando 63. O último tronco desta árvore, cujas folhas estão no canto inferior direito,
refere-se à qualidade quente ou fria da doença (Finckh, 1982; Men-Tsee-Khang, 2001).
6
Há, ainda, a árvore do diagnóstico (Figura 2), que possui três troncos: observação;
palpação; interrogação. O primeiro, à esquerda, refere-se à observação dos humores rLung,
mKhris-pa e Bad-kan na língua (primeiro galho) e na urina (segundo galho), totalizando seis
folhas. O segundo tronco se refere à palpação do pulso, geralmente radial, de rLung, mKhris-
pa e Bad-kan, sendo três galhos de uma folha cada. A interrogação é o terceiro tronco,
possuindo três galhos para os humores rLung, mKhris-pa e Bad-kan em que as folhas
dividem-se em causas, sinais e sintomas e reação a determinadas condições, totalizando 29
folhas (Finckh, 1982; Men-Tsee-Khang, 2001).
Figura 2. Árvore do diagnóstico (Men-Tsee-Khang, 2001)
Por fim, a árvore da terapia (Figura 3) contém quatro troncos: alimentação;
comportamento; medicamentos; terapias acessórias. O tronco da alimentação, o primeiro à
esquerda, possui seis galhos, distribuídos em alimentos e bebidas para rLung, mKhris-pa e
Bad-kan e divididos de forma variada em 35 folhas, que consideram o tipo de carne, vegetais,
frutas, etc., para cada humor (Nyes-pa). No tronco do comportamento, observamos os três
galhos rLung, mKhris-pa e Bad-kan com duas folhas cada. Medicamentos são o tema do
terceiro tronco, que possui 15 galhos ditribuídos em sabores e qualidades que beneficiam cada
humor (Nyes-pa), além de fórmulas e formas farmacêuticas específicas para os mesmos,
totalizando 50 folhas. O último tronco refere-se às terapias acessórias para rLung, mKhris-pa
e Bad-kan, ou seja, três galhos. Incluem massagem com óleo para rLung; técnicas de sudação
e venesecção para mKhris-pa; e moxabustão em pontos específicos das articulações para Bad-
kan, totalizando sete folhas (Finckh, 1982; Men-Tsee-Khang, 2001).
7
Figura 3. Árvore da terapia (Men-Tsee-Khang, 2001)
1.5 Transtornos neuropsiquiátricos
Os transtornos mentais afetam uma grande parte da população mundial (Kessler et al.,
2005), e estão reconhecidamente presentes em condições de comorbidade (Krueger, 1999),
além de serem uma das principais causas de incapacidade (Üstün, 1999). Ainda, indivíduos
com transtornos mentais são frequentemente estigmatizados, prejudicando suas relações
sociais e, muitas vezes, limitando a busca por tratamento.
O transtorno depressivo maior é a quarta causa de incapacitação no mundo (Üstün et
al., 2004), além de ser uma comorbidade comum em pacientes com desordens físicas crônicas
(Moussavi et al., 2007). O transtorno de ansiedade, segundo estimativa, está presente em um
terço da população (Kessler et al., 2007). No caso dos transtornos neurológicos, há por volta
de 25 milhões de pessoas vivendo com a Doença de Alzheimer, e estima-se que em 2040 este
número chegará a 81,1 milhões. Já a esclerose múltipla afeta 2,5 milhões de pessoas no
mundo, segundo a Oganização Mundial de Saúde (WHO, 2006), sendo um dos transtornos
neurológicos mais comuns em jovens adultos.
1.6 Etnofarmacologia e a medicina tradicional tibetana
Um levantamento bibliográfico recente evidenciou a existência de poucos estudos
etnofarmacológicos relacionados às plantas utilizadas na medicina tradicional tibetana. A
maior parte dos estudos sobre esta medicina é de natureza farmacológica ou fitoquímica,
principalmente sobre algumas das fórmulas medicinais utilizadas na medicina tibetana,
8
denominadas Padma 28 (por exemplo: Schräder et al., 1985; Suter & Richter, 2000; Barak et
al., 2004; Jenny et al., 2004; Melzer et al., 2006; Ueberall et al., 2006; Aslam et al., 2010;
Ginsburg et al., 2011) e Padma Lax (Sallon et al., 2002; Feldhaus, 2006; Hofbauer et al.,
2006; Gschossmann et al., 2010).
Alguns estudos tratam de aspectos regulatórios, de saúde pública e transição de saúde
em relação à medicina tibetana, como Janes, 1995; 1999; Li et al., 2001; Salick et al., 2005;
Schwabl et al., 2006;. Outros descrevem a terapêutica tibetana: Finckh, 1982, 1984; Begley,
1994; Ryan, 1997; Loizzo & Blackhall, 1998; Tokar, 1999; Zhen, 2000; Dakpa & Dodson-
Lavelle, 2009a, 2009b; e Loizzo et al., 2009, sendo alguns relacionados ao tratamento de
doenças específicas (Husted & Dhondup, 2009; Yangkyi & Waller, 2011).
Seis estudos etnofarmacológicos relatam as plantas utilizadas na medicina tibetana,
sendo três (03) no Nepal, um (01) na China e dois (02) em Ladakh, Índia (Bhattarai et al.,
2006; Ballabh & Chaurasia, 2007; Ballabh et al., 2008; Liu et al., 2009; Witt et al., 2009;
Bhattarai et al., 2010). Poucos são os estudos etnofarmacológicos específicos sobre Himachal
Pradesh, área deste estudo, e os disponíveis tratam do conhecimento indiano (Natarajan et al.,
2000; Sharma et al., 2004; Singh & Lal, 2008), sendo apenas o de Kala (2005a) relacionado
ao conhecimento tibetano.
1.7 Justificativa
O presente estudo levantou as fórmulas medicinais utilizadas na medicina tibetana
praticada no Men-Tsee-Khang (Tibetan Medical and Astrological Institute) para os
transtornos neuropsiquiátricos e seus ingredientes, estes últimos foram buscados na literatura
científica quanto à atividade biológica. É o primeiro trabalho feito a partir do convênio de
colaboração entre a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e o Men-Tsee-Khang.
Espera-se que futuras investigações fitoquímicas e farmacológicas desenvolvam-se a partir de
então, sendo este um dos principais objetivos da própria ciência Etnofarmacologia, em
especial para doenças neuropsiquiátricas. Tais doenças constituem sério problema no âmbito
da saúde pública, pelo prejuízo que causam ao indivíduo e à sociedade. Este estudo vem
contribuir, ainda, para o preenchimento de uma lacuna quanto à escassez de trabalhos na área
de etnofarmacologia relacionados à medicina tradicional tibetana
9
1.8 Objetivo
O principal objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos recursos vegetais
com fins terapêuticos utilizados pelos médicos tibetanos do Men-Tsee-Khang (TMAI -
Tibetan Medical and Astrological Institute of His Holiness the Dalai Lama), Dharamsala,
Índia, focando as plantas cujos usos estejam relacionados a ações neuropsiquiátricas. Buscou-
se também observar e registrar os conceitos relacionados à saúde e doença, de acordo com a
categorização êmica1, primordialmente os conceitos relacionados ao funcionamento do
Sistema Nervoso Central (SNC), a fim de traduzi-las à terminologia da medicina
convencional. Ressalta-se que aspectos etnográficos não foram aprofundados, uma vez que se
buscou focar nas demandas da área de concentração Psicofarmacologia. Ainda, o foco nas
fórmulas medicinais e seus ingredientes de forma alguma pretende reduzir ou limitar a
medicina tibetana, mas sim buscar estabelecer correlações deste sistema com a biomedicina.
1 é uma tentativa de descobrir e descrever o sistema comportamental de uma dada cultura nos seus próprios termos (D’olne Campos, 2002).
10
2. METODOLOGIA
2.1. Aspectos éticos
Este estudo foi viabilizado por um convênio de intercâmbio didático, científico e
tecnológico estabelecido, em agosto de 2009, entre a UNIFESP e o Men-Tsee-Khang, sendo
este o trabalho inaugural do mesmo. Termos e documentos específicos para este projeto foram
elaborados e acordados.
O trabalho de campo foi realizado entre julho de 2010 e janeiro de 2011. Este estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFESP, sob o processo no 0427/10.
2.2 Caracterização da área de estudo
Em 1959, Sua Santidade O Dalai Lama, juntamente com cerca de 80.000 refugiados
tibetanos após a ocupação chinesa no Tibete, escaparam para a Índia em exílio político, a
partir do apoio do primeiro ministro indiano Pandit Jawaharlal Nehru e de organizações não-
governamentais internacionais. A partir de então, Dharamsala, uma cidade localizada no norte
da Índia, estado de Himachal Pradesh (Figura 4), sedia a Administração Central Tibetana
(Bhatia, 2002; The Government of Tibet in Exile, 2011). No exílio, os tibetanos buscaram
manter as peculiaridades da sua cultura, incluindo a medicina tradicional. Em Gangchen
Kyishong, complexo onde se localizam os escritórios oficiais da Administração Central
Tibetana, encontra-se o Men-Tsee-Khang, centro responsável pela prática, desenvolvimento e
pesquisa da medicina tradicional tibetana.
O Men-Tsee-Khang é uma instituição de ensino e prática da medicina tibetana. Foi
estabelecido em Lhasa, Tibete, em 1916 pelo XIII Dalai Lama e em Dharamsala, na Índia, em
1961 pelo XIV Dalai Lama (Salick et al., 2006). Antes disso, institutos ligados ao estado já
eram responsáveis pelo ensino médico desde o século XVII, quando do governo do V Dalai
Lama e seu ministro Sangye Gyatso que fundaram em Lhasa o Chagpori College of Medicine.
Trata-se de um centro institucional de educação e cultura, que promove atividades em
diversas universidades do mundo e possui departamentos dedicados às pesquisas de Materia
Medica, Farmacologia e Clínica / Epidemiologia (Janes, 1995; Kala, 2005a ; Men-Tsee-
Khang, 2011). O Departamento de Materia Medica, desde 1990, possui um Herbário, onde
centenas de espécies de plantas utilizadas pelos médicos foram identificadas e estão
depositadas.
11
Dharamsala situa-se no estado indiano de Himachal Pradesh, num de seus 12 distritos
denominado Kangra (Figura. 4, apresentada em 2.2 Caracterização da área de estudo).
Este estado localiza-se a noroeste da Cordilheira do Himalaia, com uma área geográfica de
55.673 Km², sendo 37.033 Km2 área de florestas, e altitudes que variam de 300 m ao longo da
Planície de Punjab a mais de 6.000 m ao longo do interior da Cordilheira do Himalaia. Ocupa
1,7% da área geográfica do país, onde é possível encontrar cerca de 3.500 espécies de plantas
superiores, 800 destas utilizadas como medicinais. O estado localiza-se na região florística do
Himalaia Ocidental, que se caracteriza por zona temperada rica em florestas de coníferas e
árvores de alta altitude (National Portal of India, 2011; HP Forest Department, 2011).
Figura 4. Localização da cidade de Dharamsala, estado de Himachal Pradesh, na
Índia, onde se encontra o Men-Tsee-Khang
2.3 Trabalho de campo
2.3.1 Seleção dos entrevistados, entrevistas e observações
Os entrevistados foram selecionados conforme as indicações do atual diretor do Men-
Tsee-Khang, Dr. Tsewang Tamdin, em relação aos médicos reconhecidos como possuidores
de grande experiência e tradição no uso das plantas medicinais.
As informações pessoais dos entrevistados e etnofarmacológicas foram obtidas a partir
dos métodos de campo sugeridos pela Antropologia (Foote-Whyte, 1980; Bernard, 1988;
12
Malinowski, 1990; Alexiades, 1996), como entrevistas informais, não-estruturadas,
observação participante e anotações em diário de campo:
• Entrevistas informais: conversas informais, caracterizadas pela total falta de
estrutura e controle. O pesquisador lembra-se de tópicos de interesse, abordados ao
longo dos dias e tenta investigá-los mais profundamente;
• Entrevistas não-estruturadas: realizadas periodicamente com os entrevistados, que
sabem o objetivo do encontro. O pesquisador sabe quais são suas perguntas, mas não
controla as respostas do entrevistado.
• Observação participante: o pesquisador acompanha o entrevistado e participa de
suas atividades cotidianas, como por exemplo, festas, caças, pescas, participação em
rituais, entre outras. Desta forma, ele interage com os hábitos da população,
compreendendo mais a fundo as práticas medicinais.
• Anotações em diário de campo: para registrar momentos da observação
participante e também situações corriqueiras cujas informações não podem ser
obtidas por meio de perguntas, como aspectos de autocuidado; forma de preparar o
alimento e comê-lo; forma com que as pessoas se relacionam – os “imponderáveis da
vida real”.
• Check list: os entrevistados são re-entrevistados para que as informações por eles
fornecidas em momentos anteriores sejam revisadas individualmente, a fim de
garantir a veracidade desses dados.
A partir das entrevistas, foram preenchidas fichas de dados pessoais (Anexo I) –
ressaltando informações como idade, local de nascimento, localidade onde cursou a formação
médica do Men-Tsee-Khang, ano de conclusão da formação – e dados etnofarmacológicos
(Anexo II) – fórmulas indicadas, plantas contidas nas fórmulas, sabor e natureza das plantas,
usos terapêuticos das plantas, elaboradas especificamente para este estudo.
Cada um dos entrevistados foi visitado várias vezes, a fim de se estabelecer uma
relação de confiança recíproca, permitindo a realização de entrevistas e observações,
esgotando, dessa maneira, o registro de grande parte de seus conhecimentos. Um mês após o
final da coleta de informações foram re-entrevistados na forma de check list. As entrevistas
realizaram-se na língua inglesa.
Ainda, a pesquisadora participou de uma excursão anual de coleta e estudo de plantas
medicinais, acompanhando os alunos do Men-Tsee-Khang e seus professores, na região de
Marhi e Rohtang, no mesmo estado de Himachal Pradesh. A partir desta experiência e outras,
13
como preparos de medicamentos e celebrações no próprio instituto, foi possível vivenciar a
técnica da observação participante.
As entrevistas iniciais focaram-se na categorização êmica, no entendimento dos
princípios básicos da medicina tradicional tibetana, seus conceitos de saúde e doença, com
destaque para a compreensão do funcionamento do chamado de SNC pela medicina
convencional. Ainda, os entrevistados sugeriram à pesquisadora a leitura do livro
“Fundamentals of Tibetan Medicine” (Men-Tsee-Khang, 2001) no início do trabalho de
campo.
A partir da observação da relação entre o humor rLung e a mente (ver seção
Resultados – Mente e rLung), foi questionado aos entrevistados as fórmulas utilizadas para
tratar os transtornos neuropsiquiátricos evocadas ao longo das entrevistas como sendo
relacionadas ao distúrbio deste humor. Por fim, os médicos do Departamento de Materia
Medica foram entrevistados acerca das indicações terapêuticas de cada ingrediente contido
nas fórmulas.
Optou-se por não identificar os entrevistados pelo nome. Quando necessário, apenas
suas iniciais, seguidas da idade, são apresentadas.
2.3.2 Tradução e categorização das doenças
Observamos nos estudos de etnofarmacologia envolvendo um conhecimento médico
diferente da medicina ocidental, como aqui, na medicina tibetana, a necessidade de buscar
equivalências dos termos êmicos para que sejam compreendidos à luz da biomedicina. Os
entrevistados relataram usos e sintomas tratados por cada ingrediente medicinal contido nas
fórmulas e procuramos estabelecer relações com as atividades biológicas descritas na
literatura científica.
É importante ressaltar que os médicos do Men-Tsee-Khang têm contato habitual com a
biomedicina, não apenas por meio dos pacientes ocidentais que chegam com seus exames e
diagnósticos para serem tratados pela medicina tibetana, como também pela própria
necessidade de diálogo entre estes saberes, como é o caso por exemplo, quando os atuais
alunos realizam estágio no hospital biomédico de Dharamsala (Delek Hospital). Dessa forma,
os termos biomédicos apresentados neste estudo (por exemplo, na Tabela 6: ‘lepra’; ‘acidente
vascular cerebral’; ‘reumatismo’) e as próprias indicações neuropsiquiátricas (Tabela 5)
foram utilizados pelos próprios entrevistados, como forma de comunicação com a
pesquisadora. Por outro lado, alguns transtornos indicados pelos entrevistados não tiveram
14
uma equivalência à terminologia da biomedicina, e nestes casos os sintomas foram descritos
como explicados pelos mesmos.
Todas as palavras estrangeiras, tanto em língua inglesa quanto tibetana ou outra, são
apresentadas em itálico.
2.3.3 Aspectos taxonômicos
As fórmulas indicadas para os transtornos neuropsiquiátricos foram registradas e seus
ingredientes identificados pelos nomes tibetanos e científicos, a partir do material vegetal
disponível no Herbário do Men-Tsee-Khang.
2.4 Pesquisa bibliográfica
Entre fevereiro e maio de 2011 foi feita uma revisão nas bases de dados PubMed, Web
Of Science e Scopus, a fim de levantar todos os estudos que tivessem investigado ações
farmacológicas das plantas presentes nas fórmulas indicadas pelos médicos tibetanos para
transtornos neuropsiquiátricos.
2.5 Análise dos dados
Os dados obtidos possuem caráter tanto quantitativo quanto qualitativo. Os dados
quantitativos foram analisados quanto a:
• correspondência entre fórmulas e transtornos (análise de correspondência -
ANACOR)
• no de ingredientes identificados taxonomicamente cujo uso êmico seja
corroborado pela literatura científica farmacológica
• no de ingredientes identificados taxonomicamente cuja ação neuropsiquiátrica seja
corroborada pela literatura científica farmacológica
• no de fórmulas indicadas para transtornos neuropsiquiátricos que contenham
ingredientes com ação neuropsiquiátrica corroborada pela literatura científica
farmacológica
Para a ANACOR, foi utilizado o software SPSS versão 18.0. Já para a obtenção das
frequências foi utilizado o software Office Excel 2007. Trata-se de uma técnica exploratória
15
de análise dos dados, que revela relações que não seriam detectadas em comparações aos
pares das variáveis – no caso, fórmulas e transtornos (Czermainski, 2004).
De acordo com Rodrigues & Otsuka (2011), as observações e entrevistas são
fundamentais para as análises qualitativas, permitindo o registro e a compreensão das
informações passadas pelos entrevistados, conceitos sobre doença, remédio, veneno, cura,
prevenção e proteção. Ainda, o registro dos sintomas dos transtornos permite a tradução para
suas equivalências na medicina ocidental, uma vez que os termos da medicina tibetana são de
difícil interpretação.
As anotações de campo foram submetidas à análise de conteúdo, sendo condensadas e
codificadas, de modo a facilitar o encontro de categorias temáticas nos dados obtidos
(Rodrigues & Otsuka, 2011). Há diversas técnicas de análise de conteúdo, sendo a mais
utilizada neste trabalho a análise das relações, de co-ocorrências e estrutural, a fim de extrair
as relações entre os elementos presentes no diário de campo (Minayo, 1993). Unindo estas
informações com as anotaçãoes das fichas de dados (Anexos I e II ), foi possível obter uma
visão geral dos dados, possibilitando uma reflexão sobre os resultados.
16
3. RESULTADOS
3.1 Perfil dos médicos tradicionais tibetanos do Men-Tsee-Khang
Durante os primeiros cinco anos de formação médica, os alunos devem decorar os
textos clássicos, além dos treinos das técnicas diagnósticas; acompanhamento de pacientes; e
estudo de identificação e coleta dos ingredientes medicinais, em campo, que ocorre pelo
menos uma vez ao ano. Tradicionalmente, o ensino envolve a medicina e a astrologia
tibetanas, sem incluir a biomedicina. Atualmente, os alunos acompanham pacientes no Delek
Hospital, hospital biomédico tibetano próximo ao Men-Tsee-Khang – há grande colaboração
entre estes dois serviços médicos em Dharamsala. No 6º ano de estudo, os alunos são
enviados a uma das 50 clínicas associadas espalhadas pela Índia, a fim de concluírem o
estágio clínico.
Cinco médicos do Men-Tsee-Khang foram entrevistados neste estudo. Quatro
entrevistados forneceram indicações sobre as fórmulas com ações neuropsiquiátricas, sendo
destes três do Departamento de Materia Medica (T.K., 40; T.N., 43; D., 53) e um (01) do
Departamento Clínico (Y.D., 50). Todos são homens, com idades entre 40 e 53 anos, e
nasceram fora da Índia: três no Tibete e um (01) no Nepal. Metade se formou no Men-Tsee-
Khang de Lhasa e a outra metade em Dharamsala, possuindo entre 14 e 36 anos de formados.
O quinto entrevistado (T.T., 37), do Departamento Farmacêutico, que colaborou com
informações sobre as fórmulas – composição, aquisição dos ingredientes, etapas de
formulação, etc. –, foi o único que nasceu na Índia, na região de Ladakh, onde há grande
concentração de assentamentos e comunidades tibetanas. Ele é também o médico mais jovem
dentre os cinco entrevistados, com 15 anos de prática médica.
Como os médicos convencionais, apesar de haver um protocolo que sugere
determinados medicamentos para determinadas condições, na medicina tibetana a escolha do
medicamento também varia conforme a experiência pessoal do médico com cada fórmula.
Houve uma observação de um dos entrevistados do Departamento de Materia Medica de que,
“às vezes, um médico clínico se surpreende com determinado efeito secundário de uma
fórmula” (entrevistado D., 53) – isso se deve ao fato do médico clínico nem sempre ter o
domínio de todos os ingredientes presentes na fórmula e suas interações.
17
3.2 A medicina tibetana praticada no Men-Tsee-Khang, Dharamsala
A medicina tibetana praticada no Men-Tsee-Khang estrutura-se a partir de textos
clássicos como o rGyud bZhi, “Os Quatro Tantras”, que fundamentam os princípios
filosóficos, e Demed Shelgon e Demed Shelteng, livros de farmacopéia que citam as
propriedades de mais de 2.000 ingredientes. Embora este conhecimento norteie a prática dos
médicos tibetanos, os resultados aqui apresentados refletem apenas as informações obtidas
destes entrevistados, por meio de entrevistas e observações, ao longo do trabalho de campo.
3.2.1 Fisiologia quanto aos humores
Conforme explicação dos entrevistados, a medicina tibetana entende a fisiologia a
partir de um princípio humoral, que em última análise reduz as condições a quente ou frio. O
organismo humano possui 25 aspectos, divididos entre sete constituintes corporais – essência
nutricional / plasma; sangue; músculo; gordura; ossos; medula; essência regenerativa –; três
excreções – urina; fezes; suor – e quinze humores (Nyes-pa), uma vez que cada um dos três
humores principais divide-se em cinco subtipos cada. Há uma interdependência entre estes
fatores, mantendo o corpo vivo. No equilíbrio destes fatores, existe a saúde, e caso haja
aumento, diminuição ou perturbação, há a doença.
O termo Nyes-pa se refere aos três (03) humores presentes no corpo humano: rLung,
mKhris-pa e Bad-kan. Estas energias, conforme explicação dos entrevistados, encontram-se
em equilíbrio no organismo, porém podem se alterar para o estado de desequilíbrio, causando
as enfermidades e doenças. São interdependentes, atuam sempre em conjunto, apesar de
possuírem funções diferentes e residirem em locais diferentes. Um sem o apoio do outro não
funciona apropriadamente.
“Humores são como doença; mesmo que não apareçam, estão lá”
(entrevistado T.N., 43)
Na filosofia tibetana, eplicam os entrevistados, o universo é constituído pelos cinco
elementos – espaço/Nam-mkha; ar/rLung; fogo/Me; água/Chu; terra/Sa –, que no corpo
humano manifestam-se na forma dos humores (Nyes-pa), conforme Tabela 1. Os elementos
não são forças estáticas, mas sim caracterizados pelas funções inerentes às suas qualidades.
Sem os cinco elementos, não há vida, pois formam a base material dos seres. No entanto, sem
18
a consciência que penetre no corpo também não há vida. Logo, a vida em si é considerada a
integração destes elementos, no aspecto material, mais a consciência.
A astrologia tibetana, disciplina estudada concomitantemente à medicina tibetana no
Men-Tsee-Khang, também se baseia nos cinco elementos cósmicos, sob perspectivas de dois
sistemas: medicina chinesa e medicina ayurveda (indiana). Já na prática da medicina tibetana,
utiliza-se primordialmente o sistema da medicina ayurveda de compreensão dos cinco
elementos cósmicos. “Apenas para o diagnóstico de pulso a medicina tibetana utiliza o
sistema da medicina chinesa para entender estes elementos, pois este sistema é mais preciso
para isto” (entrevistado D., 53).
Tabela 1. Humores, seus elementos correspondentes, qualidades, localização e
funções gerais, conforme os entrevistados
Humores
(Nyes-pa)
Elementos Qualidades Localização geral Funções gerais
rLung ar áspero, leve,
fresco, fino, duro,
móvel
porção superior, peito e
cabeça
movimento, ação
mKhris-pa fogo oleoso, agudo,
quente, leve,
malcheiroso,
fluido, purgativo
porção medial,
intestinos
calor corporal,
metabolismo,
digestão
Bad-kan água e terra oleoso, pesado,
embotado, macio,
estável, pegajoso
porção inferior,
membros
água corporal,
sistema linfático,
lubrificações
As funções gerais de rLung são controlar respiração; excreção (urina, fezes, cuspe,
etc.); movimentos de toda natureza; circulação (não somente do sangue, mas entre os órgãos e
tecidos), batimento cardíaco; funcionamento dos órgãos dos sentidos. Já as funções gerais
mKhris-pa são o controle das sensações de sede e fome; digestão; absorção dos nutrientes;
produção do calor corporal; promoção de compleição da pele. Por fim, as funções gerais de
Bad-kan são promover a força do corpo; facilitar o movimento das articulações; garantir
conexão entre articulações; maciez da pele; oleosidade.
“Da mesma forma que existem flores de diferentes cores, as pessoas possuem
naturezas diferentes e escolhem coisas diferentes” (entrevistado D., 53)
19
3.2.1.1 Subtipos dos humores (Nyes-pa ewa)
Os entrevistados explicam que cada um dos três humores possui, ainda, cinco
subdivisões, responsáveis por realizar as suas funções específicas, totalizando as 15 energias
no corpo humano (“Nyes-pa ewa” – Nyes-pa = humores; ewa = categoria).
Figura 5. Os 15 subtipos dos humores
Subtipos de rLung, segundo os entrevistados:
1. sok zin (“sok = vida; zin = mantém”) → Localização: da coroa (topo da cabeça)
até o peito. Funções: engolir; respiração; cuspir; espirro; eructação; clareza mental;
funcionamento dos órgãos dos sentidos; memória de retenção (relacionada a aprendizado,
informações na leitura de um livro; guarda os fatos ou acontecimentos, como uma situação
que causou tristeza; “segura os fatos”).
2. ken gyu (“para cima”) → Localização: região do peito, movimento para cima.
Funções: nariz; língua; garganta; fala; força; compleição; entusiasmo; predisposição a fazer o
bem; memória.
3. kyap che (“espalhado”) → Localização: coração, espalha-se para todo o corpo.
Funções: andar; segurar; contrair e relaxar os membros.
4. me nyam (me = fogo; nyam = similar) → Localização: estômago. Funções:
colabora na digestão, separando a essência nutricional; ajuda na produção dos sete
constituintes corporais (atua em todos os órgãos internos).
5. tru si (para baixo) → Localização: região dos órgãos sexuais, reto, cólon,
bexiga, genitais até as coxas. Funções: controle do peristaltismo; parto; menstruação; urina.
Subtipos de mKhris-pa, segundo os entrevistados:
20
1. ju chi (função digestiva) → Localização: porção digestiva e não digestiva do
trato gastrointestinal. Funções: digestão; separa as partes pura e impura da essência
nutricional; calor corporal; força; nutre os outros mKhris-pa.
2. dan gue (calor, compleição) → Localização: fígado. Funções: transforma a cor
dos fluidos do organismo, como sangue, chu ser (linfa), bile.
3. dup chi (realizar) → Localização: região do coração. Funções: controla os
sentimentos de confiança; depressão; raiva; apego;
4. tom chi (visão) → Localização: olhos. Função: visão.
5. tok se (tok = cor; se = brilho) → Localização: pele. Função: compleição
corporal.
Subtipos de Bad-kan, segundo os entrevistados:
1. den chi (estável) → Localização: região do peito. Funções: estabilidade;
fluidez; nutre os outros Bad-kan.
2. nyar chi (decomposição) → Localização: estômago. Funções: quebra e mistura
o alimento de forma a facilitar a digestão, sendo o 1º estágio da digestão (depois vem mKhris-
pa e, por último, rLung).
3. nyun chi (saborear, experienciar) → Localização: língua. Funções: percebe os
diferentes sabores.
4. tsim ji (satisfação) → Localização: cabeça. Funções: apreciação dos órgãos dos
sentidos, também no sentido de satisfação (o que “é suficiente”).
5. jor ji (articulações) → Localização: todas as articulações. Funções: união e
flexibilidade.
3.2.2 Constituição individual: combinação dos humores
Segundo os esntrevistados, tudo que está presente no universo é composto pelos cinco
elementos e o mesmo vale para o ser humano. Porém, a proporção destes elementos em cada
indivíduo varia, e assim é explicada a enorme diferença entre os seres humanos. De acordo
com estas predominâncias, os indivíduos podem possuir sete (07) diferentes constituições,
com diferentes combinações dos três humores (Nyes-pa):
1. rLung + mKhris-pa + Bad-kan
2. mKhris-pa + Bad-kan
3. rLung + Bad-kan
4. rLung + mKhris-pa
21
5. Bad-kan
6. mKhris-pa
7. rLung
As constituições únicas e tripla de humores (Nyes-pa) são mais raras, a maior parte das
pessoas possui constituição dupla, segundo os entrevistados. O principal fator que garante a
manutenção e promoção da saúde é conhecer sua natureza constitucional, que revelarão as
tendências do organismo para se desequilibrar, os órgãos e sistemas mais sensíveis.
3.2.3 Adoecimento
A medicina tibetana, conforme os entrevistados, possui duas teorias etiológicas: uma
psicológica (mente) e outra física (cinco elementos); a doença pode surgir pela mente ou pelo
corpo. A teoria psicológica se relaciona às causas denominadas primárias, ou preliminares,
onde a partir da ignorância (Marig-pa) são gerados os três “venenos mentais”, e cada um
deles promove o desequilíbrio de um dos humores (Nyes-pa), conforme a Tabela 2:
Tabela 2. Etiologia psicológica: os “venenos” mentais e os humores
correspondentes
“venenos mentais” humor (Nyes-pa)
Doe cha (desejo, apego) rLung
She tang (ódio) mKhris-pa
Ti mug (obscurecimento, ilusão) Bad-kan
Já a teoria física de surgimento das doenças relaciona-se às chamadas causas
secundárias, ou imediatas, que são quatro condições que promovem o desequilíbrio dos
humores (Nyes-pa):
• dieta;
• comportamento (físico, mental);
• local (condições climáticas, condições sociais);
• espíritos.
Os médicos contam que no rGyud-bZhi há descrição de 1.600 diferentes tipos de
doenças, todas relacionadas aos três humores (Nyes-pa) que, por sua vez, relacionam-se com
22
aos cinco elementos. Em última análise, as doenças podem ser divididas em frias ou quentes.
A fonte de doenças frias é o humor Bad-kan enquanto a fonte de doenças quentes é o humor
mKhris-pa.
3.2.4 Diagnóstico
Segundo os entrevistados, o diagnóstico é feito através da observação, palpação e
interrogação. Os exames físicos de pulso e urina são extremamente importantes. A principal
informação sobre a doença – se é de natureza quente ou fria – é percebida pelo pulso e urina,
então o tratamento mais adequado será definido.
Os alunos do Men-Tsee-Khang aprendem sobre o diagnóstico de pulso pelos textos
clássicos durante os cinco anos de estudo e, então, praticam a clínica médica nas diversas
unidades do Men-Tsee-Khang espalhadas pela Índia. Nesta técnica, uma sincronização
específica entre o batimento cardíaco e a respiração é observada. As mudanças sazonais
afetam o pulso e este conhecimento é fundamental para o médico fazer um bom diagnóstico.
Por exemplo, no verão aumenta o elemento fogo e isto é observado no pulso, não podendo ser
confundido com um desequilíbrio de natureza quente (mKhris-pa). De acordo com o
entrevistado T.N., 43, “nos anos iniciais a ‘leitura’ do pulso é difícil para os recém-
formados, sendo necessários alguns anos de prática”. Pela observação de campo, grande
parte da consulta é dedicada ao exame de pulso.
No caso de doenças mais avançadas ou de diagnóstico mais difícil, os entrevistados
explicam que o exame da urina complementa informações que não foram identificadas pelo
pulso. Por exemplo, é possível observar no paciente como está o metabolismo de chu ser
(linfa), através dos sedimentos da urina. Segundo os entrevistados D., 53 e T.N., 43, “a urina
é como um espelho”, provendo diversas informações sobre o desequilíbrio do paciente.
3.2.5 Tratamento
Os entrevistados explicam que o tratamento possui quatro abordagens: 1) dieta
alimentar; 2) comportamento; 3) medicamentos; 4) terapias acessórias. Aconselhamento na
dieta alimentar e comportamento são sempre a primeira abordagem terapêutica, e podem ser
suficientes se o distúrbio for leve. Estas indicações serão feitas conforme o humor (Nyes-pa)
em desequilíbrio, de modo que as qualidades dos alimentos e comportamentos lhes sejam
opostas. Porém, conforme observação de campo, este nível mais leve de desequilíbrio não é
tão frequente no dia-a-dia clínico – o uso das fórmulas medicinais é a abordagem terapêutica
23
mais observada na prática clínica. Ao questionar esta observação com o entrevistado Y.D., 50,
ele relatou que a maior parte dos pacientes procura o médico apenas quando o desequilíbrio já
está mais estabelecido.
Na indicação de uma fórmula, devem ser considerados a idade do paciente, o estágio
de desenvolvimento da enfermidade, se é um quadro crônico ou agudo, além de co-
morbidades. Um mesmo remédio não será indicado para todos os casos de uma determinada
doença, uma vez que, conforme os entrevistados, a medicação considera aquele indivíduo (sua
constituição e o desequilíbrio) e não a enfermidade por ele apresentada.
3.2.6 Mente e rLung
Na medicina tibetana, contam os entrevistados, a mente é composta pela consciência
mais os cinco órgãos dos sentidos. Como todos os órgãos e sistemas, o funcionamento do
SNC depende da ação dos três humores (Nyes-pa) e, consequentemente, dos cinco elementos.
Porém, os órgãos dos sentidos processam a informação sensorial por meio da ação dos cinco
subtipos de rLung, que estão em diferentes partes do corpo. Estas informações – som; textura;
visão; odor; paladar – estimulam ou deprimem a atividade mental.
Os entrevistados explicam que existe o estado normal da mente, no equilíbrio, e no
desequilíbrio a mente torna-se perturbada. Tanto a mente agitada quanto a mente deprimida
são reflexos do desequilíbrio de rLung, ou seja, quando rLung se desequilibra (fatores
etiológicos previamente mencionados no item 3.1.3. adoecimento) a atividade da mente será
afetada, assim como outras funções no organismo relacionadas a este humor (Nyes-pa).
“rLung é o cavalo e a mente é o cavaleiro. O cavaleiro, mente, deve conduzir.
Se o cavalo é bravo, perturba o cavaleiro. Quando se utiliza medicação, é sempre
para o cavalo – rLung.” (entrevistado T.K., 40)
Para as doenças mentais não há medicação, mas sim para rLung. Também não há
medicamento para os três venenos mentais (causa primária do adoecimento). O que pode ser
feito é restabelecer o equilíbrio dos humores (Nyes-pa). Ainda, é possível fortalecer o tecido
nervoso, sok tza dkar-po (“canais vitais brancos”), como prevenção. O entrevistado Y.D., 50,
explica: “a pessoa pode utilizar medicamentos para os humores, mas o treinamento mental
deve ser feito sozinho”. Para tanto, pode-se utilizar a filosofia Budista ou outros métodos, por
exemplo a Psicologia.
24
Segundo Y.D., 50, no desequilíbrio inicial de rLung, os sintomas são genéricos. A
partir do nível médio, surgem perturbações dos órgãos dos sentidos – visão fraca; audição
pobre; língua seca; visão avermelhada – insônia, memória e concentração são afetadas e
emocionalmente o indivíduo pode experimentar tristeza e raiva.
Doenças como mal de Parkinson, mal de Alzheimer e esclerose múltipla estão
relacionadas ao desequilíbrio de rLung no sok tza dkar-po. Nestes casos, não se ministra
apenas medicação, mas também as terapias acessórias, como moxabustão, banhos medicinais,
agulhas, óleo nos pontos de rLung. Ainda, é importante que durante o tratamento haja
“silêncio, quietude, o ambiente seja agradável, com uma vista bonita e o médico faça uma
abordagem extremamente amigável e suave” (entrevistado Y.D., 50).
Ainda, “ao tratar rLung os pacientes relatam melhora na concentração, na memória,
sentem-se mais relaxados e dormem melhor, mesmo que estas não tenham sido as queixas”,
explica D., 53. O entrevistado diz, ainda, que normalmente, o paciente é capaz de comparar a
própria atividade mental com o passado e percebe que está em desequilíbrio, porém, conforme
a severidade da doença, há casos em que a pessoa não percebe o desequilíbrio.
3.3 Ingredientes medicinais
A medicina tibetana praticada pelo Men-Tsee-Khang, a partir dos textos clássicos,
possui disponível em seu repertório mais de 2.000 ingredientes medicinais, distribuídos em
centenas de fórmulas. Existem oito tipos de ingredientes medicinais: gemas preciosas;
minerais; solo; aromáticos; árvores; arbustos; ervas; animais, conforme explicação dos
entrevistados. No Men-Tsee-Khang de Dharamsala, os produtos animais vêm sendo
substituídos por outros ingredientes com qualidades semelhantes. Os entrevistados explicam
que esta substituição ocorre para que não se tire a vida de seres sencientes (preceito Budista) e
também porque seria difícil, na escala de produção atual do Men-Tsee-Khang, encontrar estes
animais – por exemplo, o iaque (dong-trak), Bos grunniens L., ocorre em alta altitude.
O uso das substâncias medicinais ocorre sempre com multi-ingredientes, sendo o uso
de um único ingrediente uma exceção. Este sinergismo, segundo os entrevistados, faz com
que cada planta tenha sua ação “suavizada”, por isso a fórmula pode ser utilizada por um
longo período e provoca menos efeitos colaterais, sendo indicada para um número maior de
condições. Existem métodos para suavizar os efeitos das plantas, pois se entende que a
maioria das plantas possui natureza “áspera” e “rude” – se utilizadas sozinhas e por tempo
prolongado podem prejudicar a digestão, aumentar rLung e prejudicar os sete constituintes
corporais, mencionados no item 3.2.1 Fisiologia quanto aos humores.
25
3.3.1 Propriedades de formulação
O sabor é um dos conceitos utilizado quando se considera farmacologicamente
alimentos, bebidas e substâncias medicinais, segundo os entrevistados. Conforme a
distribuição dos cinco elementos em cada tipo de substância, há diferentes níveis de sabor
(sabores primário, secundário, etc.). Porém, pode-se dizer que a maioria dos alimentos possui
o sabor doce, que está presente em vegetais, frutas, cereais, leguminosas, em diferentes níveis.
Este sabor é o que deve ser consumido em maior quantidade, mas em excesso aumentará os
elementos água e terra, que são frios, fazendo aumentar as enfermidades relacionadas ao frio.
“Todos os sabores possuem os cinco elementos, porém predominam dois elementos
em cada sabor” (entrevistado D., 53). Ainda segundo o mesmo entrevistado, para definir as
qualidades de cada sabor, somam-se as características de cada elemento e observa-se a
proporção final (Tabela 3).
Os alimentos, bebidas e medicamentos ingeridos passam pelo efeito dos três humores
(Nyes-pa) durante o processo de digestão, através da ação dos subtipos de cada humor: Nyar-
chi Bad-kan (doce); Ju-chi mKhris-pa (ácido); Me-nyam rLung (amargo) – conforme item
3.2.1.1 Subtipos dos humores (Nyes-pa ewa). Os seis sabores, então, sofrem transformações
e geralmente resultam em três sabores pós-digestivos conforme a Tabela 4.
Tabela 4. Sabor e sabor pós-digestivo correspondente
Sabor Sabor pós-digestivo
doce, salgado doce
ácido ácido
amargo, picante e adstringente amargo
Além do sabor e do sabor pós-digestivo, existem 17 qualidades secundárias, também
baseadas nas qualidades dos cinco elementos: fresco, flexível, fluido, seco, pálido, móvel,
suave, morno, estável, pesado, oleoso, frio, embotado, leve, áspero, quente, penetrante. Os
oito poderes (oito últimas qualidades secundárias apresentadas acima) são a essência dessas
qualidades. Por exemplo, explicam os entrevistados, um medicamento fresco e frio é benéfico
para o indivíduo de constituição mKhris-pa, uma vez que este humor é composto pelo
elemento fogo.
Há três abordagens para se formular um medicamento: 1) nyu dep – formulação
baseada nos oito poderes; 2) ro dep – formulação baseada no sabor; 3) shu ji dep jor –
formulação baseada no sabor pós-digestivo.
26
A maioria das fórmulas baseia-se nos poderes. Estas são as características dos
ingredientes medicinais que provocarão efeito fisiológico, agindo nas qualidades dos humores
(Nyes-pa) desequilibrados numa relação alopática – qualidades contrárias se anulam e
restauram o equilíbrio.
A fórmula, quando finalizada, pode ainda ter efeito “esfriante”, neutro ou aquecedor,
nos níveis forte, médio ou fraco. Geralmente, segundo o entrevistado T.N, 43, plantas
colhidas em alta altitude são “esfriantes” e plantas colhidas em baixa altitude são
aquecedoras. Ainda, plantas “esfriantes” devem ser secas à sombra, para aumentar sua
potência “esfriante”, enquanto plantas aquecedoras devem ser secas ao sol, para aumentar sua
potência aquecedora.
É possível, também, que os medicamentos ganhem uma bênção espiritual. Segundo o
entrevistado T.N., 43, uma vez ao ano monges vão ao Men-Tsee-Khang para abençoar os
medicamentos – este ritual transmite poderes especiais aos medicamentos. O entrevistado
conta, ainda, que se líderes espirituais (Lamas) ou pessoas muito espiritualizadas visitam uma
região, os ingredientes que ocorrem no local tornam-se mais potentes; isto se chama denter
(espiritual) nuba (potência); já os ingredientes que ocorrem em cemitérios, locais de aparência
feia, sujos, com excessiva presença de animais (cachorro, vaca) não devem ser utilizados
como medicamento, pois não possuem uma energia adequada.
27
Tabela 3. Os 6 sabores, seus respectivos elementos e as qualidades destes
elementos em ordem decrescente de relevância, conforme os entrevistados
Sabor Elementos e qualidades Doce Terra Água
6 Pesado 7 Fluido 5 Estável 6 Frio 4 Embotado 5 Pesado 3 Suave 4 Embotado 2 Oleoso 3 Oleoso 1 Seco 2 Suave 1 Flexível
Ácido Fogo Terra 7 Quente 6 Pesado 6 Penetrante 5 Estável 5 Seco 4 Embotado 4 Áspero 3 Suave 3 Leve 2 Oleoso 2 Oleoso 1 Seco 1 Móvel
Salgado Água Fogo 7 Fluido 7 Quente 6 Frio 6 Penetrante 5 Pesado 5 Seco 4 Embotado 4 Áspero 3 Oleoso 3 Leve 2 Suave 2 Oleoso 1 Flexível 1 Móvel
Amargo Água Ar 7 Fluido 6 Leve 6 Frio 5 Móvel 5 Pesado 4 Fresco 4 Embotado 3 Áspero 3 Oleoso 2 Pálido 2 Suave 1 Seco 1 Flexível
Picante Fogo Ar 7 Quente 6 Leve 6 Penetrante 5 Móvel 5 Seco 4 Fresco 4 Áspero 3 Áspero 3 Leve 2 Pálido 2 Oleoso 1 Seco 1 Móvel
Adstringente Terra Ar 6 Pesado 6 Leve 5 Estável 5 Móvel 4 Embotado 4 Fresco 3 Suave 3 Áspero 2 Oleoso 2 Pálido 1 Seco 1 Seco
28
3.3.2 Formas farmacêuticas
Pílulas e em pó são as principais formas farmacêuticas utilizadas no Men-Tsee-Khang,
mas há oito formas principais, que conforme relatam os entrevistados estão descritas nos
textos clássicos:
1. decocção – utilizada somente em febre crônica; concentrar a doença num só
ponto, para ter os sintomas mais claros; doenças em que estão os três humores (Nyes-pa) em
desequilíbrio, para separá-los.
2. pó – efeito mais rápido do que pílula, geralmente relacionado a desordens do
sistema digestivo em estágio inicial.
3. pílula – doenças crônicas, doenças em geral. É a forma mais utilizada.
4. pasta – geralmente uso externo. Pasta feita a partir da mistura do pó com água ou
óleo.
5. manteiga medicinal – tônicos, indicados principalmente para idosos, crianças ou
em casos de fraqueza, diminuição do sistema imune.
6. cinza – obtida a partir da queima dos ingredientes, porém sem se tornar carvão.
Uso tanto externo quanto interno.
7. kendra – preparado a partir do cozimento dos ingredientes medicinais, possui
ação efetiva porém com qualidade suave; é como uma pasta, porém obtida pelo cozimento.
8. men chang – “vinho medicado”. Indicado para rLung, que é fresco e seco. Após
a ingestão, a pessoa relaxa, dorme bem. Fortalece o corpo (por exemplo, após o parto). Possui
baixo teor alcoólico.
3.3.3 Etapas da formulação
Atualmente, no Men-Tsee-Khang de Dharamsala, responsável pela produção dos
medicamentos que abastecem as mais de 50 clínicas distribuídas pela Índia, 95% da matéria-
prima é comprada no mercado, segundo o entrevistado T.T., 37. O Departamento
Farmacêutico faz testes de qualidade para avaliar as plantas compradas, referentes a sabor;
cor; odor; qualidade (se o material é fresco ou velho).
Algumas matérias-primas mais sensíveis, como plantas aromáticas, são armazenadas
em sala refrigerada. O processo de manufatura dos medicamentos, nas formas de pós ou
pílulas, possui seis etapas:
1. Sala de limpeza: as plantas provenientes do mercado passam por uma limpeza,
onde se retira partes não utilizadas, partes de outras plantas e impurezas.
29
2. Desintoxicação: alguns ingredientes precisam ser desintoxicados, podendo
passar por um dos dois processos abaixo. Em ambos os casos, são posteriormente
transformados em pó no momento de preparo da formulação.
• Kendra – numa panela grande coloca-se a planta, água e ferve-se. Essa decocção é
filtrada e os restos da planta desprezados. Novamente vai para fervura, até sobrar
uma pasta. Esta forma é mais efetiva do que utilizar o material cru.
• Cinzas – a planta é desidratada e colocada em panelas grandes, que são
posteriormene seladas, e vão ao fogo. Processo utilizado em plantas muito
aquecedoras, e caso não seja efetuado podem ser prejudiciais ao estômago.
3. Pó: para fazer as pílulas é necessário um pó bem fino e macio, e para tanto a
matéria prima passa em máquina de moagem em três etapas para se transformar em pó. Dessa
forma, também a potência do remédio é melhor aproveitada.
4. Pílulas: primeiramente se faz uma pílula pequena, todas devem ser do mesmo
tamanho e seu volume deve ser calculado com um instrumento semelhante a uma peneira.
Estas “pílulas-sementes” são colocadas numa máquina e são adicionados o restante do
medicamento em pó e água morna (previamente fervida), para transformar o medicamento em
uma pílula maior, camada a camada.
5. Secagem: as pílulas serão secas à luz do sol ou em salões protegidos da chuva.
Há também, à disposição, uma máquina de secagem de mecanismo solar. As pílulas recebem
um banho de preparados de algumas plantas para dar um brilho final.
6. Contagem: uma máquina específica conta as pílulas, recebendo-as no número
de 500 ou 1.000, e são embaladas a vácuo. As pílulas são levadas, então, para um depósito.
3.4 As fórmulas medicinais utilizadas no Men-Tsee-Khang, Dharamsala
Dentre o universo de 170 fórmulas para tratar os mais diversos distúrbios produzidas
no Men-Tsee-Khang em Dharamsala atualmente, a partir de 200 ingredientes, 10 fórmulas
foram indicadas pelos quatro entrevistados para os transtornos neuropsiquiátricos, e estas
possuem na sua composição entre 8 e 35 ingredientes. Algumas fórmulas foram citadas pelos
quatro entrevistados, enquanto outras foram citadas por somente um entrevistado. Conforme
se pode observar pela Tabela 5, a fórmula 2) Srog-‘dzin 11, por exemplo, foi indicada pelos
quatro entrevistados para psicoses, enquanto apenas um dos entrevistados indicou essa
fórmula para incremento da memória.
Dentre as diversas formas farmacêuticas descritas na medicina tibetana, pós e pílulas
via oral são as mais comuns. Nove fórmulas indicadas neste estudo são pílulas e uma – 10)
30
Moe dik 25 – é um incenso. As pílulas são comumente administradas três vezes ao dia e uma
dose corresponde, normalmente, a três pílulas.
Tabela 5: Dez Fórmulas neuropsiquiátricas e o número de entrevistados do Men-
Tsee-Khang que evocaram suas possíveis indicações terapêuticas
Indições
terapêuticas
Nome das
fórmulas*
Doença de
Parkinson
Doença de
Alzheimer
Esclerose
múltipla
Psicoses Transtornos
de Memória
Sono Ansiedade Depressão Transtornos
dos órgãos
sensoriais
1) Sems-kyi
bde-skyid
2** 2 2 2 1 0 0 0 0
2) Srog-
‘dzin 11
3 3 3 4 1 0 1 1 0
3) Shing
kung 25 1 1 1 2 1 0 0 0 0
4) Bi-ma-la 1 1 1 1 1 0 1 1 0
5) A-gar 8 1 1 1 1 2 2 0 0 1
6) A-gar 15 0 0 0 0 1 1 0 0 1
7) A-gar 20 1 1 1 2 1 1 0 0 1
8) A-gar 31 0 0 0 0 0 1 0 0 0
9) A-gar 35 2 2 2 2 2 4 0 2 1
10) Moe dik
25 1 1 1 1 1 0 0 0 0
* o número que segue ao nome de algumas fórmulas indica a quantidade de ingredientes contidos nas mesmas
** número de entrevistados que indicou essa fórmula para a respectiva indicação terapêutica
Na Figura 6, observa-se a análise de correspondência (ANACOR) entre as fórmulas
evocadas e as respectivas indicações, a fim de observarmos as semelhanças entre as duas
variáveis. A partir do gráfico é possível observar que para a indicação de “transtornos da
memória” as fórmulas mais correspondentes foram A-gar 8 e A-gar 20. As indicações de
“Doença de Parkinson”, “Doença de Alzheimer” e “Esclerose Múltipla” aparecem juntas, pois
se referem ao conjunto de sintomas derivados do alto desequilíbrio de rLung, quando este
humor afeta o tecido nervoso (sok tza dkar-po). Para estas doenças, as fórmulas mais
correspondentes foram Srog-‘dzin 11; Sems-kyi bde-skyid; Shing kun 25; e Moe dik 25, sendo
as três últimas também correspondentes à indicação de “psicoses”. Já para os transtornos
“ansiedade” e “depressão”, a fórmula mais correlacionada é a Bi-ma-la.
31
Figura 6. Análise de correspondência (ANACOR) entre as fórmulas e as
indicações neuropsiquiátricas
3.5 Usos das plantas na medicina tibetana X estudos farmacológicos
A partir da revisão na literatura científica, constatou-se que todas as fórmulas
indicadas para os transtornos neuropsiquiátricos de fato possuem ingredientes com
comprovada ação neuropsicoativa. Ainda, muitos dos ingredientes com indicação para
“desequilíbrio de rLung” não possuem estudos científicos referentes à neuropsicoatividade.
Conforme a Figura 7, as dez fórmulas medicinais compreendem 61 ingredientes –
entre eles dois sais, seis produtos animais e 53 plantas –, apresentados na Tabela 6.
Apenas 48 vegetais possuem identificação até espécie e puderam ter suas atividades
biológicas buscadas na literatura científica. Embora os produtos animais pérola e madrepérola
estejam contidos nas fórmulas, não foi possível obter sua classificação taxonômica. São
indicados para lesão no tecido nervoso (por exemplo, acidentes em que há exposição do
tecido), porém mesmo para o nome genérico “pérola” e “madrepérola” não foram encontrados
32
estudos para estas atividades farmacológicas. No caso dos sais, e da pedra de vesícula biliar –
preferencialmente de vaca, mas pode ser de ovelha, cabra, elefante ou porco –, também não
foi possível obter suas classificações taxonômicas para viabilizar a busca de atividades
farmacológicas. Não foram encontrados estudos de atividade biológica para os animais.
Figura 7. Distribuição dos 61 ingredientes nas 10 fórmulas indicadas
Na Tabela 6 consta, ainda, a frequência em que estes ingredientes ocorrem nas
respectivas fórmulas; seus usos terapêuticos conforme o conhecimento tibetano; e as ações
farmacológicas encontradas para os ingredientes na literatura científica.
Os usos terapêuticos para outros sintomas que diferentes dos neuropsiquiátricos e/ou
relacionados ao desequilíbrio do humor rLung (por exemplo, “infecção por
microorganismos”) que tenham sido corroborados pelos estudos farmacológicos estão
marcados com “†” nas colunas “Indicação terapêutica conforme os médicos tibetanos” e
“Atividades biológicas (literatura científica)”.
33
Tabela 6: 61 ingredientes presentes nas 10 fórmulas neuropsicoativas indicadas pelos quatro médicos tibetanos, a parte utilizada, a frequência
de aparição nas fórmulas, suas indicações terapêuticas individuais, suas qualidades conforme a medicina tibetana, e respectivas atividades
biológicas descritas na literatura científica em conformidade às indicações 1linfa 2inflamação com edema na região do pescoço 3aumento do calor corporal, não necessariamente de temperatura, associado às desordens quentes de mKrhis-pa 4tecido nervoso 5doenças infecciosas 6úlcera. Em negrito estão as indicações terapêuticas ou atividades biológicas relacionadas aos transtornos neuropsiquiátricos; “†” refere-se às indicações
tibetanas corroboradas pela literatura; “-" refere-se aos ingredientes que não foram identificados taxonomicamente, logo não tiveram as atividades biológicas buscadas na literatura.
Identificação
taxonômica e nome
popular
Parte
utilizada
Frequência de
aparição nas
fórmulas e
nome das
mesmas
Indicação terapêutica
conforme os médicos
tibetanos
Qualidades
conforme a
medicina
tibetana
Atividades biológicas (literatura científica)
1. Aconitum sp.
[Ranunculaceae] –
sman chen
planta
toda
(em cada
fórmula é
indicada a
parte)
20% - Sems-kyi
bde-skyid;
Shing kung 25
Dor, inflamação e edema
de gota, artrite,
reumatismo; chu ser1;
infecção por
microorganismos;
desordem rLung no
coração; lepra. Tóxica -
sempre que é utilizado,
passa anteriormente por
processo
de desintoxicação.
Sabor: doce,
levemente
amargo
Qualidade:
aquecedor
-
34
2. Aconitum sp.
[Ranunculaceae] –
blud-rtsi-lo-ma
folhas 10% - A-gar 35 Artrite, dor articular; gota;
inchaço nas articulações;
reduz aumento de chu
ser1; infecção intestinal;
desequilíbrio de rLung no
coração; lepra; acidente
vascular cerebral,
paralisia.
Sabor: doce,
picante
Qualidade:
aquecedor
-
3. Aconitum
violaceum Jacquem.
ex Stapf
[Ranunculaceae] –
bong nag
raiz 10% - Moe dik
25
Artrite; reumatismo;
infecções; inchaços; dor;
chu ser1 desequilibrado na
pele; excesso de
microorganismos no trato
gastrointestinal - tênia;
desequilíbrio de rLung no
coração; lepra. Deve
passar pelo processo de
desintoxicação
antes de ser utilizado.
Sabor: doce,
levemente
amargo
Qualidade:
aquecedor
Anti -convulsivante (Raza et al., 2009).
4. Acorus calamus
L. [Acoraceae] – shu
raiz 10% - Shing
kung 25
Aumenta o calor corporal;
gak lok2†; reduzir rLung.
Sabor: picante
Qualidade:
Antiinflamatório (Kim et al., 2009); anti -
epilético (Hazra et al., 2007); anti-
35
dag Uso religioso: usar o
rizoma que possui 9 anéis
amarrado no lado direito
do corpo, transpassado
pelo braço, numa
bolsinha.
aquecedor convulsivante (Sharma et al., 1961; Manis et
al., 1991); sedativo (Dandiya et al., 1959;
Bhattacharya, 1968); depressor do SNC
(Dandiya & Menon, 1965; Tripathi & Singh,
1995; Hazra & Guha, 2003; Zaugg et al.,
2011); anticolinesterásico e incremento da
memória (Zhang et al., 1994; Howes &
Houghton, 2003; Mukherjee et al., 2007);
neuroprotetor (Palani et al., 2010);
alterações comportamentais (Dandiya &
Collumbine, 1959; Vohora et al., 1990;
Shukla et al., 2002, 2006); hipotensor (Shah
& Gilani, 2009); modulador vascular (Shah
& Gilani, 2009); analgésico (Tippani et al.,
2008); inseticida (Yingjuan et al., 2008);
redução do colesterol (D’Souza et al., 2007);
ateroesclerose (D’Souza et al., 2007); anti-
diabético (Wu et al., 2007; Si et al., 2010);
antiespasmódico (Gilani et al., 2006);
antifúngico (Ghosh, 2006); imunomodulador
(Belska et al., 2010); radioprotetor (Sandeep
36
& Nair, 2010).
5. Adhatoda vasica
Nees [Acanthaceae] –
pa- sha-ka
folhas,
flores
20% - A-gar
31; A-gar 35
Febre3 no fígado†; febre3
no sangue; purifica o
sangue; desequilíbrio de
mKhris-pa.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Hepatoprotetor (Bhattacharyya et al., 2005);
quimiopreventivo (Singh et al., 2000;
Jahangir & Sultana, 2007); antiinflamatório
(Chakraborty & Brantner, 2001);
imunomodulador (Thaakur, 2007);
modulador para irradiação (Kumar et al.,
2005); antiulcerativo (Shrivastava et al.,
2006); antitussivo (Dhuley, 1999;
Chattopadhyay et al., 2011); broncodilatador
(Amin & Mehta, 1959); antidiabético (Gao et
al., 2008); antioxidante (Jayakumar et al.,
2009); anti-micobactericida (Ignacimuthu &
Shanmugam, 2010).
6. Allium sativum L.
[Amaryllidaceae] –
sgog-skya
bulbo 20% - Bi-ma-la;
Shing kung 25
Combater
microorganismos†;
envenenamento
alimentar†; lepra†. Protege
contra espíritos.
Sabor: picante,
doce
Qualidade:
aquecedor,
agudo, pesado,
oleoso
Neuroprotetor (Ray et al., 2011); anti-
microbiano (Ankri & Mirelman, 1999;
Goncagul & Ayaz, 2010); bactericida
(Cellini et al., 1996; Ross et al., 2001); anti-
fúngico (Ledezma & Apitz-Castro, 2006);
incremento da memória (Haider et al.,
2008); antioxidante (Butt et al., 2009;
37
Marzouki et al., 2010); anti-câncer (Thomson
& Ali, 2003; Devrim & Durak, 2007);
hipocolesterolêmico (Mathew et al., 1996;
Augusti et al., 2005; Heidarian et al., 2011);
cardioprotetor (Brace, 2002; Ariga & Seki,
2006; Ginter & Simko, 2010).
7. Amomum tsaoko
Crevost & Lemarié
[Zingiberaceae] – ka-
ko-la
semente 40% - A-gar
31; A-gar 35;
Bi-ma-la; Moe
dik 25
Desequilíbrio de Bad-kan
no estômago e baço;
doenças de natureza fria
(Bad-kan); doenças
digestivas;
aumentar o apetite;
diarréia e vômitos
causados por aumento de
frio; gases no estômago.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor
Anti-microbiano (Yang et al., 2008a); anti-
fúngico (Yang et al., 2008a); hipoglicêmico
(Yu & Suzuki, 2007); hipolipidêmico (Yu &
Suzuki, 2007); redução de peso (Yu &
Suzuki, 2007); redução triglicérides no
plasma e fígado (Yu & Suzuki, 2007);
antioxidante (Yu et al., 2007b).
38
8. Aquilaria
agallochum (Lour.)
Roxb. ex Finl.
[Thymelaeaceae] –
ar-nag
casca do
tronco
90% - A-gar 8;
A-gar 15; A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Sems-kyi
bde-skyid;
Shing-kun 25;
Srog-‘dzin 11
Desequilíbrio de rLung;
planta importante para
mente/cérebro. Doenças
dos canais vitais,
principalmente nervos,
em que a pessoa perde a
consciência, enlouquece.
Sabor: picante e
amargo
Qualidade:
oleoso,
aquecedor,
suave, seco
Depressor do SNC (Okugawa et al., 1993);
ansiolítico e anti-convulsivante (Alla et al.,
2007); inibidor da MAO (enzima
monoaminoxidase) (Huong et al., 2002);
anti-alérgico (Kim et al., 1997); anti-
bactericida (Dash et al., 2008); anti-câncer
(Gunasekera et al., 1981 apud Dash et al.,
2008); antioxidante (Owen & Johns, 2002);
analgésico (Chitre et al., 2007);
antiinflamatório (Chitre et al., 2007).
9. Aquilaria sinensis
(Lour.) Spreng.
[Thymelaeaceae] –
ar-gya
tronco 20% - A-gar
31; A-gar 35
Desordens rLung; febre3
no sok tza dkar-po4†;
doenças do coração com
febre3.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
Antinociceptivo (Zhou et al., 2008); anti-
tumoral (Xu et al., 2010); laxativo (Kakino et
al., 2010; Hara et al., 2008); anti-bacteriano
(Liu et al., 2008); antiinflamatório (Zhou et
al., 2008).
10. Areca catechu L.
[Arecaceae] – gu yu
dkar-po
fruto 10% - Sems-kyi
bde-skyid
Aumentar o calor dos
rins†; fortificante dos rins;
doenças sexuais (fortifica
o fluido regenerativo -
esperma); fortificante da
gengiva; tênia.
Sabor: amargo,
levemente
picante,
adstringente
Qualidade:
aquecedor
Anti -depressivo (Dar et al., 1997; Dar &
Khatoon, 2000); aumento de temperatura
corporal (Chu, 2001); promove tremores*
(Hafeman et al., 2006); diabetogênico*
(Boucher et al., 1994; Boucher & Mannan,
2002; Tung et al., 2004; Hsu et al., 2010);
39
aumenta o risco de tumor* (Boucher &
Mannan, 2002); induz formação de EROs*
(espécies reativas de oxigênio) (Chen et al.,
2002; Wu et al., 2010); aumenta o risco de
obesidade* (Boucher & Mannan, 2002; Hsu
et al., 2010); aumenta glicemia* (Mannan et
al., 2000); inflamatório* (Boucher &
Mannan, 2002); aumenta risco
cardiovascular* (Boucher & Mannan, 2002).;
anti-hipertensivo (Inokuchi et al., 1986);
promotor de asma* (Taylor et al., 1992);
aumenta batimentos cardíacos (Chu, 2001);
aumento de transpiração (Chu, 2001); dano
oxidativo no DNA (Liu et al., 1996);
analgésico (Bhandare et al., 2010; 2011;
Khan et al., 2011); antiinflamatório
(Bhandare et al., 2010; Khan et al., 2011);
anti-oxidante (Bhandare et al., 2010);
abortivo (Shrestha et al., 2010); anti-
ovulatório (Shrestha et al., 2010); fungicida
(Yenjit et al., 2010); vasodilatador (Goto et
40
al., 1997); hipoglicêmico (Amudhan &
Begum, 2008); aumento do risco de cirrose*
(Wu et al., 2009); anti-envelhecimento
epidérmico (Lee & Choi, 1999). * uso relacionado ao hábito crônico de mascar a noz
desta planta
11. Bambusa textilis
McClure [Poaceae] –
chu-gang
resina
queimada
80% - A-gar 8;
A-gar 15; A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Moe dik
25; Srog-‘dzin
11
Doenças pulmonares com
presença de febre3; feridas
infeccionadas.
Sabor: doce
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
12. Bergenia
purpurascens (Hook.
f. & Thomson) Engl.
[Saxifragaceae] – li-
ga-dur
raiz 10% - Bi-ma-la Rim5† com presença de
febre3; febre nos pulmões;
inchaço agudo.
Sabor:
adstringente,
levemente
picante
Qualidade:
“esfriante”
Antiinflamatório (Cai, 1991).
13. Bombax ceiba L.
[Malvaceae] – ge ser
flor 50% - A-gar 8;
A-gar 20; A-gar
31; A-gar 35;
Doenças nos pulmões;
coração; fígado.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
Antioxidante (Vieira et al., 2009);
Antioxidante (Dar, 2005); anti-angiogênico
(You et al., 2003); analgésico (Dar, 2005).
41
Srog-‘dzin 11 “esfriante”
14. Boswellia carteri
Birdw. [Burseraceae]
– spos-dkar
resina 70% - A-gar 8;
A-gar 20; A-gar
31; A-gar 35;
Bi-ma-la;
Shing-kun 25;
Srog-‘dzin 11
Reduz aumento de chu
ser1†; purifica o sangue.
Sabor: amargo,
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
Antiinflamatório (Banno et al., 2006);
tumoricida (Zhao et al., 2003; Akihisa et al.,
2006; Frank et al., 2009; Mazzio & Soliman,
2009).
15. Carthamus
tinctorius L.
[Asteraceae] – gur
gum
flor 60% - A-gar
15; A-gar 20;
A-gar 31; A-gar
35; Bi-ma-la;
Moe dik 25
Desequilíbrio de rLung;
doenças do fígado,
crônica ou aguda; doenças
do fígado com presença
de febre3; reduz bile se
estiver produzindo em
excesso; estanca
sangramento; doenças dos
rins; doenças do sangue.
Sabor: doce,
levemente
amargo
Qualidade:
“esfriante”
Neuroprotetor (Zhu et al., 2005; Chu et al.,
2006; Hiratsuka et al., 2008; Tian et al.,
2008); neuromodulador (Zhao et al.,
2009b); incremento da memória (Huang et
al., 2007); anti-depressivo (Zhao et al.,
2009a); antioxidante (Zhang et al., 1997; Jun
et al., 2002; Koyama et al., 2009);
antitumoral (Roh et al., 2004; Shi et al.,
2010); antagonista de canais Ca++ (Meselhy
et al., 1993); cardioprotetor (Ji et al., 2008;
Koyama et al., 2009; Han et al., 2009);
promotor de fibroblastos (Takii et al., 1999;
Yang et al., 2008b); analgésico (Popov et al.,
2009); promotor de massa óssea (Alam et al.,
42
2006; Banu et al., 2006); antiinflamatório
(Sun et al., 2010).
16. Carum carvi L.
[Apiaceae] – go-
snyod
semente 30% - A-gar
31; Bi-ma-la;
Shing-kun 25
Desequilíbrio de rLung;
envenenamento†; clarifica
a visão; rLung na
presença de febre3;
desordem rLung no
coração; aumenta o
apetite. Bastante
prejudicial para
articulações. Utilizada
externamente com za ti na
forma de trouxinhas, para
restaurar a consciência
quando há desequilíbrio
de rLung.
Sabor: picante,
adstringente,
levemente
amargo
Qualidade:
neutro
Adaptógeno e nootrópico (Koppula et al.,
2009); inseticida (Fang et al., 2010);
moluscicida (Kumar & Singh, 2006);
bactericida (Iacobellis et al., 2005; Hawrelak
et al., 2009; De Martino et al., 2009);
adulticida para Aedes aegypti (Chaiyasit et
al., 2006); nefro-protetor (Sadiq et al., 2010);
relaxante da musculatura intestinal (Al-Essa
et al., 2010); antioxidante (Satyanarayana et
al., 2004; Kamaleeswari & Nalini, 2006;
Damasius, et al., 2007; De Martino et al.,
2009; Samojlik, 2010); diurético (Lahlou, et
al., 2007); reduz colesterol e triglicérides
(Lemhadria et al., 2006); anti-hiperglicêmico
(Eddouks et al., 2004); anti-carcinogênico
(Kamaleeswari et al., 2006).
17. Chaenomeles
speciosa (Sweet)
Nakai [Rosaceae] – se
fruto 10% - A-gar 20 sMug-po6; febre3 no
estômago; indigestão.
Sabor: ácido,
doce
Qualidade:
Inibição do transporte de dopamina e
antiparkinson (Zhao et al., 2008); antiviral
(Zhang et al., 2010); antiinflamatório (Chen
43
yab “esfriante” & Wei, 2003; Dai et al., 2003; Zheng et al.,
2004; Wang et al., 2005b; Zhang & Wei,
2006; Li et al., 2009; Zhang et al., 2010);
imunoestimulante (Shi et al., 2009);
antidiarréia (Chen et al., 2007);
imunorregulador (Chen & Wei, 2003),
antimicrobiana (Xianfei et al., 2007);
antioxidante (Tang et al., 2010); anti-
ateroesclerose (Tang et al., 2010).
18. Choerospondias
axillaris (Roxb.) B.L.
Burtt & A.W. Hill
[Anacardiaceae] –
snying-zho-sha
fruto 80% - A-gar 8;
A-gar 15; A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Sems-kyi
bde-skyid;
Srog-‘dzin 11
Principal planta para
doenças do coração† com
presença de febre3.
Sabor: ácido,
doce
Qualidade:
neutro
Anti-arrítmico (Wang et al., 2005a);
cicatrizante de queimaduras (Doanh et al.,
1996); antioxidante (Wang et al., 2008).
19. Chrysanthemum
tatsienense Bureau &
Franch. [Asteraceae]
– gzer-'joms
flor 20% - A-gar
31; A-gar 35
Fratura dos ossos da
cabeça; aumento de chu
ser1; dor nas costelas
causada por rLung com
presença de febre3; feridas
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
44
na pele.
20. Cinnamomum
cassia (L.) D. Don
[Lauraceae] – shing-
tsha
casca do
tronco
20% - Shing-
kun 25; Moe dik
25
Desequilíbrio de rLung;
interrompe diarréia†;
inflamação crônica nos
pulmões†, com presença
de pus; aumenta o calor
digestivo.
Sabor: doce,
adstringente,
salgado, picante
Qualidade:
aquecedor
Antinflamatório (Reddy et al., 2004; Iwaoka
et al., 2010); ansiolítico (Yu et al., 2007a);
anti-neuroinflamatório (Hwang et al.,
2011); antimicrobiano (Ooi et al., 2006);
anti-hiperglicêmico (Kirkham et al., 2009);
hipoglicemiante (Verspohl et al., 2005; Soni
& Bhatnagar, 2009; Lu et al., 2010);
antidiabético (Kim et al., 2006); antioxidante
(Lin et al., 2003); pró-apoptose tumoral (Ka
et al., 2003; Hong et al., 2007; Koppikar et
al., 2010; Kwon et al., 2010; Ock et al.,
2011); angiogênese (Choi et al., 2009); anti-
agregante plaquetário (Kim et al., 2010);
anti-coagulante (Kim et al., 2010); anti-
fúngico (Giordani et al., 2006); inseticida
(Park et al., 2000); nematicida (Kong et al.,
2007); repelente (Chang et al., 2006);
hipouricemiante (Zhao et al., 2006);
clareador epidérmico (Kong et al., 2008).
45
21. Cinnamomum
parthenoxylon (Jack)
Meisn. [Lauraceae] –
a-gar go-snyod
madeira 20% - A-gar
20; A-gar 35
Desequilíbrio de rLung;
desequilíbrio de rLung
com presença de febre3.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
Hipoglicêmico (Jia et al., 2009).
22. Commiphora
mukul (Hook. ex
Stocks) Engl.
[Burseraceae] – gu-
nag
resina 20% - A-gar
35; Shing kung
25
Dor causada por
inflamação†; doenças do
fígado, agudas ou
crônicas; previne contra
espíritos. Como incenso, é
utilizada para proteção
espiritual, o cheiro da
planta previne o espírito
de chegar ao corpo.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”,
pesado
Antiinflamatório (Shishodia & Aggarwal,
2004; Burris et al., 2005; Manjula et al.,
2006; Mencarelli et al., 2009; Song et al.,
2010); hipocolesterolêmico (Szapary et al.,
2003; Urizar & Moore, 2003; Sharma et al.,
2009; Yu et al., 2009); hipolipidêmico
(Burris et al., 2005; Sharma et al., 2009);
pró-apoptose tumoral (Singh et al., 2005;
Ichikawa & Aggarwal, 2006; Singh et al.,
2007; Xiao & Singh, 2008; Xiao et al.,
2011); anti-tumoral (Sarfaraz et al., 2008);
cardioprotetor (Deng, 2007; Ojha et al.,
2008).
23. Crocus sativus L.
[Iridaceae] – kha-che-
gur-gum
gineceu 10% - Moe dik
25
Doenças do fígado,
crônica ou aguda, com ou
sem presença de febre3;
reduz bile se estiver
Sabor: doce,
levemente
amargo
Qualidade:
Inibidor glutamatérgico (Berger et al.,
2011); neuroprotetor (Ochiai et al., 2007;
Shati et al., 2011); anti-depressivo
(Akhondzadeh et al., 2005; Noorbala et al.,
46
produzindo
em excesso; estanca
sangramento; doenças dos
rins; purifica o sangue;
aumenta hemoglobina se
estiver baixa;
fecha os canais (tza).
“esfriante” 2005; Basti et al., 2007; Wang et al., 2010);
antioxidante (Saleem et al., 2006); anti-
parkinson (Ahmad et al., 2005); ansiolítico
(Pitsikas et al., 2008; Hosseinzadeh &
Noraei, 2009); hipnótico (Hosseinzadeh &
Noraei, 2009); incremento da memória
(Pitsikas et al., 2006, 2007).
24. Cuminum
cyminum L.
[Apiaceae] – ze-ra
dkar-po
semente 10% - Moe dik
25
Infecção† de natureza
rLung; febre3 por rLung;
para melhorar a digestão;
aumenta o apetite.
Sabor: picante,
doce
Qualidade:
“esfriante”, leve
Anti -epilético (Janahmadi et al., 2006); anti-
convulsivante (Sayyah et al., 2002);
bactericida (Iacobellis et al., 2005; Ani et al.,
2006; Allahghadri et al., 2010; Hajlaoui et
al., 2010; Wanner et al., 2010); fungicida
(Hajlaoui et al., 2010; Romagnoli et al.,
2010; Wanner et al., 2010); benefício no
condicionamento à morfina (Haghparast et
al., 2008; Khatibi et al., 2008); sedativo do
SNC (Shams et al., 2009).
25. Dalbergia sp.
[Fabaceae] – gya tsoe
resina 10% - Shing-
kun 25
Doenças do sangue;
febre3; junta num só local
a inflamação que está
espalhada no corpo.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
-
47
Acredita-se a resina
utilizada seja produzida
por insetos no interior do
tronco das árvores. As
sementes podem ser
usadas para doenças de
natureza quente nos
pulmões e rins.
26. Elettaria
cardamomum (L.)
Maton
[Zingiberaceae] –
sug-smel
semente 50% - A-gar
31; A-gar 35;
Bi-ma-la; Moe
dik 25; Shing-
kun 25
Doenças nos rins†;
aumenta calor no
estômago†.
Sabor: picante,
amargo
Qualidade:
aquecedor
Gastroprotetor (Jamal et al., 2006); anti-
hipertensivo (Gilani et al., 2007; Verma et
al., 2009); diurético (Gilani et al., 2007);
sedativo (Gilani et al., 2007); anti-
espasmódico (AlZuhair et al., 1996);
bactericida (Arora & Kaur, 2007; Singh et
al., 2008a; Aneja & Sharma, 2010);
antioxidante (Singh et al., 2008a; Verma et
al., 2009); antiinflamatório (Majdalawieh &
Carr, 2010).
48
27. Ferula assa-
foetida L. [Apiaceae]
– shing-kun
resina 40% - Bi-ma-la;
Sems-kyi bde-
skyid; Shing-
kun 25; Srog-
‘dzin 11
Viroses†; desequilíbrio de
rLung no coração;
doenças de natureza fria
(Bad-kan).
Em excesso pode
desequilibrar mKhris-pa.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor
Anti-viral (Lee et al., 2009); anti-diabético
(Abu-Zaiton, 2010); anti-fúngico (Angelini et
al., 2009); moluscicida (Kumar & Singh,
2006); espasmolítico (Sadraei et al., 2003).
28. Fragaria nubicola
(Hook. f.) Lindl. ex
Lacaita [Rosaceae] –
dre -rta-sa-'dzin
parte
aérea
20% - A-gar
20; Moe dik 25
Inflamação de sok tza
dkar-po4; reduz pus
acumulado no peito e
pulmões. O fruto é
levemente tóxico, se
comer em excesso pode
causar diarréia.
Sabor:
levemente doce
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
29. Inula sp.
[Asteraceae] – ru-ta
raiz 80% - A-gar 8;
A-gar 20; A-gar
31; A-gar 35;
Moe dik 25;
Sems-kyi bde-
skyid; Shing-
kun 25; Srog-
‘dzin 11
Úlceras no sistema
digestivo devido a rLung
desequilibrado; doenças
ginecológicas; gases no
estômago; pulmões.
Sabor: picante
Qualidade:
neutro
-
49
30. Inula racemosa
Hook. f. [Asteraceae]
– ma-nu
raiz 50% - A-gar
15; A-gar 20;
A-gar 31; A-gar
35; Shing-kun
25
Desequilíbrio de rLung no
sangue†; desequilíbrio de
rLung e mKhris-pa;
desequilíbrio de Bad-kan;
aumenta o calor digestivo;
melhora a digestão.
Sabor: picante,
doce, amargo
Qualidade:
aquecedor
Cardioprotetor (Tripathi et al., 1988;
Lokhande et al., 2006; Mangathayaru et al.,
2009; Ojha et al., 2010; Ojha et al., 2011);
anti-câncer (Pal et al., 2010); anti-obesidade
(Mangathayaru et al., 2009); hipoglicemiante
(Tripathi & Chaturvedi, 1995; Gholap & Kar,
2004); anti-alérgico (Srivastava et al., 1999).
31. Lygodium
flexuosum (L.) Sw.
[Lygodiaceae] – ser-
tshen
semente 10% - Moe dik
25
Limpa linfa; doenças dos
rins; fratura de ossos do
crânio.
Sabor:
levemente
salgado, picante
Qualidade:
aquecedor
Hepatoprotetor (Wills & Asha, 2006a,
2006b, 2007, 2009; Wills et al., 2006).
32. Malva verticillata
L. [Malvaceae] –
lcham-'bru
flor,
semente
10% - Moe dik
25
Diarréia†; feridas†; limpa
linfa; diurético; sensação
de sede; doenças dos rins.
Sabor: doce,
adstringente
Qualidade:
aquecedor
Anti-complementar (sistema imune /
respostas inflamatórias para combate de
infecção) (Tomoda et al., 1990; Tomoda et
al., 1992).
33. Meconopsis
horridula Hook. f. &
Thomson
[Papaveraceae] –
tsher-sngon
planta
toda
20% - A-gar
31; A-gar 35
Desequilíbrio de rLung
com presença de febre3;
febre3 nos ossos; fratura
óssea; fortifica medula
óssea; reduz dor na região
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
50
da coluna torácica.
34. Myristica
fragrans Houtt.
[Myristicaceae] –
dza'-ti
fruto 100% - A-gar
8; A-gar 15; A-
gar 20; A-gar
31; A-gar 35;
Bi-ma-la; Moe
dik 25; Sems-
kyi bde-skyid;
Shing-kun 25;
Srog-‘dzin 11
Bastante importante para
desordens rLung;
desequilíbrio de rLung
que afeta o coração†;
aumenta calor digestivo.
Uso externo na forma de
trouxinhas, em pontos
externos específicos de
rLung, quando há perda
de consciência, falta de
concentração, loucura.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor,
oleoso
Ansiogênico (Sonavane et al., 2002);
incremento da memória (Parle et al., 2004);
anti-depressivo (Dhingra & Sharma, 2006);
anti-trombótico, analgésico, antitrombótico
(Olajide et al., 1999); sedativo (Grover et al.,
2002); anti-convulsivante (Wahab et al.,
2009); psicotrópico (Beyer & Maurer,
2005); afrodisíaco (Tajuddin, 2005);
antiobesidade (Nguyen et al., 2010);
antinflamatório (Ozaki et al., 1989).
35. Myrobalanus
chebula (Retz.)
Gaertn.
[Combretaceae] – a-
ru
fruto 90% - A-gar 8;
A-gar 15; A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Moe dik
25; Shing-kun
25; Srog-‘dzin
11
Qualquer tipo de doença†;
mantém a vida, conhecida
como “rei dos
medicamentosӠ; aumenta
o calor digestivo;
desequilíbrio de mKhris-
pa.
Sabor: doce,
ácido, picante,
adstringente,
amargo,
ligeiramente
salgado
Qualidade:
neutro
Antioxiodante (Cheng et al., 2003; Lee et al.,
2005a); anti-envelhecimento (Manosroi et
al., 2010); imunomodulador (Shivaprasad et
al., 2006; Aher et al., 2010); anti-
convulsivante (Debnath et al., 2010);
cicatrizante (Suguna et al., 2002).
51
36. Neopicrorhiza
scrophulariiflora
(Pennell) D.Y. Hong
[Plantaginaceae] –
hom-len
raiz 20% - A-gar
31; A-gar 35
Purifica o sangue;
envenenamento; febre3
após envenenamento;
febre3 nos órgãos vitais;
doenças da vesícula biliar.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Neuroprotetor (Li et al., 2010); promove
crescimento neural (Li et al., 2000).
37. Phyllanthus
emblica L.
[Phyllanthaceae] –
skyu-ru-ra
fruto 60% - A-gar
15; A-gar 20;
A-gar 31; A-gar
35; Bi-ma-la;
Moe dik 25
Doenças do sangue† como
hipertensão, aumento de
colesterol; diabetes†;
melhora a digestão†;
doenças nos pulmões†;
estágio inicial de doenças
do fígado†; desequilíbrio
de mKhris-pa;
desequilíbrio de Bad-kan;
aumenta o apetite;
doenças nos olhos. Rica
em vitamina C†. Utilizada
em óleos para queda de
cabelo devido a mKhris-
pa ou falta de nutrientes.
Sabor ácido costuma ser
Sabor: ácido,
doce,
adstringente
Qualidade:
“esfriante”.
Após a digestão
torna-se mais
“esfriante” e
agudo, sem ser
maléfico para
rLung
Antioxidante (Bhattacharya et al., 1999;
Khopde et al., 2001; Chaudhuri, 2002; Rajak
et al., 2004; Nampoothiri et al., 2011);
hepatoprotetor (Gulati et al., 1995;
Pramyothin et al., 2006; Sultana et al., 2008);
gastroprotetor (Bandyopadhyay et al., 2000;
Al-Rehaily et al., 2002; Albiero et al., 2002);
cardioprotetor (Rajak et al., 2004); anti-
diabético (Mehta et al., 2009); incremento
da memória (Vasudevan & Parle, 2007;
Ashwlayan & Singh, 2008;
Wanasuntronwong, 2008); antitussivo
(Nosal'ova et al., 2003).
52
ruim para mKhris-pa e
Bad-kan, mas esta planta
não é.
38. Piper longum L.
[Piperaceae] – pi-pi-
ling
fruto 30% - Moe dik
25; Sems-kyi
bde-skyid;
Shing-kun 25
Desequilíbrio de Bad-kan;
desequilíbrio de Bad-kan
e rLung; doenças dos
pulmões†.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor,
penetrante,
áspero
Neuroprotetor (Subramanian et al., 2010;
Chonpathompikunlert et al., 2010; Fu et al.,
2010); anti-depressivo (Lee et al., 2005b);
anti-câncer pulmonar (Pradeep & Kuttan,
2002; Selvendiran et al., 2005a, 2005b;
2006); incremento da memória
(Chonpathompikunlert et al., 2010);
hipnótico (Mujumdar et al., 1990);
modulador do receptor GabaA (Zaugg et
al., 2010); anti-depressivo (Wattanathorn et
al., 2008; Mao et al., 2011); incremento da
cognição (Wattanathorn et al., 2008).
39. Piper nigrum L.
[Piperaceae] – pho-ril
semente 20% - Sems-kyi
bde-skyid;
Shing-kun 25
Desequilíbrio de Bad-kan;
aumenta o apetite†.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor
Colerético (Bhat & Chandrasekhara, 1987);
neuroprotetor (Chonpathompikunlert et al.,
2010; Fu et al., 2010); incremento da
memória (Chonpathompikunlert et al.,
2010); hipnótico (Mujumdar et al., 1990);
modulador do receptor GabaA (Zaugg et
53
al., 2010); anti-depressivo (Wattanathorn et
al., 2008; Mao et al., 2011); incremento da
cognição (Wattanathorn et al., 2008).
40. Pterocarpus
santalinus L. f.
[Fabaceae] – tsan-
dan-dmar-po
tronco 60% - A-gar
15; A-gar 20;
A-gar 31; A-gar
35; Bi-ma-la;
Moe dik 25
Doenças do sangue com a
presença de febre; sangue
grosso†; colesterol alto†;
pasta com água reduz
inchaço†; pressão arterial
alta. Pasta com água reduz
inchaço.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
Hipoglicêmico (Nagaraju et al., 1991; Rao et
al., 2001); anti-diabético (Kondeti et al.,
2010); antiinflamatório (Wu et al., 2011);
cicatrizante (Biswas et al., 2004).
41. Pulicaria insignis
Drumm. ex Dunn
[Asteraceae] – ming-
chan-ser-po
flor 20% - A-gar
31; A-gar 35
Dor na coluna torácica
causada por rLung e
febre3; rim5.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
42. Punica granatum
L. [Lythraceae] – se-
‘bru
fruto 30% - A-gar
31; A-gar 35;
Shing-kun 25
Doenças do estômago†;
doenças de natureza fria
(Bad-kan); aumentar calor
do fígado caso tenha sido
esfriado pela presença de
Bad-kan; desequilíbrio de
rLung e Bad-kan;
Sabor: ácido,
doce,
adstringente
Qualidade:
aquecedor
Gastroprotetor (Ajaikumar et al., 2005);
neuroprotetor (Hartman et al., 2006);
afrodisíaco (Azadzoi et al., 2005; Forest, et
al., 2007; Türk et al., 2008).
54
desequilíbrio de rLung
nos pulmões. Um dos
melhores medicamentos
para aumentar o calor
digestivo† e dos rins.
43. Rubus niveus
Thunb. [Rosaceae] –
kan-ta-ka-ri
planta
toda
30% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35
rLung com presença de
febre3; desequilíbrio de
Bad-kan; doenças dos
pulmões.
Sabor: haste –
doce, amargo;
fruta – doce,
ácido; folhas –
amargo,
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
Abortivo (Dhanabal et al., 2000); nematicida
(Sultana et al., 2010).
44. Saccharum
sinense Roxb.
[Poaceae] – bu-ram
melaço 10% - Sems-kyi
bde-skyid
Veículo para outros
ingredientes.
Sabor: doce
Qualidade:
aquecedor,
oleoso
Antiinflamatório (Ledón et al., 2003; 2007);
antioxidante (Duarte-Almeida et al., 2006;
2007); imunoestimulante (Amer et al., 2004;
Hikosaka et al., 2007; Awais et al., 2011).
55
45. Santalum album
L. [Santalaceae] –
tsan-dan-dkar-po
tronco 50% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Moe dik
25
Doenças do coração† com
presença de febre3;
doenças dos pulmões;
febre3 por rLung. Incenso:
para reduzir pressão
arterial; desequilíbrio de
mKhris-pa. Cuidado se
estiver com rLung
elevado, pois pode
provocar dor de cabeça,
tontura.
Sabor:
adstringente,
picante
Qualidade:
“esfriante”,
suave
Incremento da memória (Azmathulla et al.,
2010) hipolipidêmico (Qureshi et al., 2010).
46. Saxifraga
umbellulata Hook. f.
& Thomson
[Saxifragaceae] –
sum-tik
planta
toda
10% - A-gar 35 Febre3 no fígado e na
vesícula biliar.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
47. Solms-laubachia
pulcherrima Muschl.
ex Diels
[Brassicaceae] – soo-
loo dkar-po
planta
toda
30% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35
Desequilíbrio de rLung;
febre3 devido a rLung;
febre por rim5; estanca
sangramento externo.
Sabor: doce
Qualidade:
“esfriante”
Sem estudos
56
48. Strychnos nux-
vomica L.
[Loganiaceae] – go-
byi-la
semente 30% - A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35
Dor nas costas† causada
por hipertensão de
natureza rLung;
envenenamento que
apresenta febre3†. Planta
venenosa, necessário
desintoxicar.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”
Anti-nociceptivo (Cai et al., 1996);
analgésico (Yin et al., 2003; Parida et al.,
2010); anti-convulsivante (Parida et al.,
2010); anti-epilético (Katiyar et al., 2010);
antagonista nicotínico (Matsubayashi et al.,
1998; Daly, 2005); reduz o consumo de
álcool (Sukul et al., 2001); antídoto para
veneno de cobra (Chatterjee et al., 2004).
49. Swertia sp.
[Gentianaceae] – tig-
ta
planta
toda
10% - A-gar 31 Pedra na vesícula biliar;
infeccção na vesícula
biliar; dor de cabeça;
doenças do sangue.
Sabor: amargo
Qualidade:
“esfriante”,
áspero
-
50. Syzygium
aromaticum (L.)
Merr. & L.M. Perry
[Myrtaceae] – li-shi
pedúncul
o antes de
florescer
80% - A-gar
20; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Moe dik
25; Sems-kyi
bde-skyid;
Shing khun 25;
Srog-‘dzin 11
Sok tza dkar-po4 afetado
por rLung; excesso de
calor no estômago† e
fígado; desequilíbrio de
rLung e Bad-kan.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor, seco
Analgesia nervosa (Lionnet et al., 2010);
afrodisíaco (Tajuddin et al., 2003; 2004);
protetor gástrico (Santin et al., 2011);
incremento da memória (Halder et al.,
2010); anticonvulsivante (Pourgholami et
al., 1999); moluscicida (Kumar & Singh,
2006); anti-carcinogênico (Zheng et al.,
1992); bactericida (Deans et al., 1995;
Dorman & Deans, 2000; Nascimento et al.,
57
2000; Friedman et al., 2002; Chaieb et al.,
2007); anti-patógenos orais (Cai & Wu,
1996); antioxidante (Deans et al., 1995; Lee
& Shibamoto, 2001; Abdel-Wahhab & Aly,
2005; Chaieb et al., 2007); anti-viral
(Kurokawa et al., 1998; Chaieb et al., 2007);
fungicida (Deans et al., 1995; Ranasinghe et
al., 2002; Chaieb et al., 2007);
antimutagênico (Miyazawa & Hisama,
2003); insulinomimético (Prasad et al.,
2005); anestésico (Guenette et al., 2006;
Chaieb et al., 2007); repelente (Chaieb et al.,
2007); pró-apoptose tumoral (Yoo et al.,
2005); antiinflamatório (Kim et al., 1998;
Daniel et al., 2009).
51. Terminalia
bellirica (Gaertn.)
Roxb.
[Combretaceae] – ba-
ru
fruto 50% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35; Bi-
ma-la; Moe dik
25
Desequilíbrio de rLung;
diarréia com presença de
febre3†; doenças dos
olhos; desequilíbrio de
chu ser1.
Sabor:
adstringente,
amargo,
levemente
ácido
Qualidade:
Antibacteriano (Sumathi & Parvathi, 2010);
anti-depressivo (Dhingra & Valecha, 2007);
antiespasmódico (Gilani et al., 2008); anti-
diabético (Sabu & Kuttan, 2009; Kasabri et
al., 2010; Latha & Daisy, 2011); antioxidante
(Nampoothiri et al., 2011); antinociceptivo
58
neutro (Kaur & Jaggi, 2010); analgésico (Khan &
Gilani, 2010); anti-hipertensivo (Khan &
Gilani, 2008); contraceptivo masculino
(Satishgoud et al., 2009); cicatrizante
(Choudhary, 2008); protetor do fígado e rins
(Jadon et al., 2007); broncodilatador (Gilani
et al., 2008).
52. Tinospora
sinensis (Lour.) Merr.
[Menispermaceae] –
sle-tres
raiz 40% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35;
Shing-kun 25
Bom para equilibrar os 3
humores; fortalece
idosos†; desequilíbrio de
rLung com presença de
febre3; doenças
infecciosas com presença
de febre3; gota.
Sabor: doce,
amargo,
picante,
adstringente
Qualidade:
neutro
Imunomodulador (Manjrekar et al., 2000);
anti-leishmaniose (Singh et al., 2008b).
53. Zingiber officinale
Roscoe
[Zingiberaceae] –
sga-gya
rizoma 50% - A-gar
15; A-gar 31;
A-gar 35; Sems-
kyi bde-skyid;
Shing-kun 25
Aumenta calor digestivo†;
doenças dos rins;
desequilíbrio de rLung;
melhora a circulação do
sangue†; purifica o
sangue†.
Sabor: picante,
amargo,
adstringente
Qualidade:
aquecedor
Antitrombótico (Thomson et al., 2002);
cardiotônico (Shoji et al., 1982);
antiagregante plaquetário (Koo, et al., 2001);
digestivo (Ghayur & Gilani, 2005b); anti-
hiperlipidêmico (Bhandari et al., 1998); anti-
hipercolesterolêmico (ElRokh et al., 2010);
antiaterogênico (Fuhrman et al., 2000);
59
neuroprotetor (Waggas, 2009;
Wattanathorn et al., 2011); nootrópico (Joshi
& Parle, 2006); incremento da memória
(Wattanathorn et al., 2011); ansiolítico
(Vishwakarma et al., 2002); antiinflamatório
(Kiuchi et al., 1992; Thomson et al., 2002;
Grzanna et al., 2005; Lantz et al., 2007);
hipotensivo (Ghayur & Gilani, 2005a);
antioxidante (Kikuzaki & Nakatani, 1993;
Ahmed et al., 2000; Ippoushi et al., 2003;
Masuda et al., 2004); quimiopreventivo
(Manju & Nalini, 2005); anti-câncer (Shukla
& Singh, 2007); antitumoral (Katiyar et al.,
1996); antirreumático (Srivastava & Mustafa,
1989, 1992; Altman & Marcussen, 2001);
agonista serotoninérgico no estômago
(Abdel-Aziz et al., 2005; Riyazi et al., 2007;
Nievergelt et al., 2010); gastroprotetor (Ko &
Leung, 2010); anti-emético (Bone et al.,
1990; Phillips et al., 1993); anti-náusea
(Mowrey & Clayson, 1982; Grontved et al.,
60
1988); antidiabético (Heimes et al., 2009);
anti-asma (Kuo et al., 2011).
54. Bos grunniens L.
– dong-trak
sangue do
coração
20% - Shing-
kun 25; Srog-
‘dzin 11
Desequilíbrio de rLung no
sok tza dkar-po4;
suspender diarréia;
feridas. Uso popular:
coloca o sangue seco em
um pouco de água e
beber, caso a pessoa
estiver ansiosa,
estressada.
Sabor: doce
Qualidade:
aquecedor
Sem estudos
55. Cervus elaphus
L.– sha-ru
chifre 10% - A-gar 20 Desequilíbrio de Bad-kan;
dor; reduz inchaços.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
aquecedor
Sem estudos
61
56. madre-pérola –
nya chi
concha 10% - A-gar 20 Cura lesões do cérebro;
envenenamento; feridas;
olhos. Antes de usar a
madrepérola é necessário
passar por desintoxicação.
Quando não há a pérola
disponível, pode-se
utilizar a madrepérola.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
“esfriante”
-
57. pedra vesicular –
gi-wang
pedra da
vesícula
biliar de
diversos
animais
30% - A-gar
20; A-gar 35;
Bi-ma-la
Rim5; envenenamento;
fígado; febre3 nas
vísceras.
Sabor: doce,
levemente
amargo
Qualidade:
“esfriante”
-
58. pérola – moe-dik pérola 10% - Moe dik
25
Fratura de ossos do
crânio; cura lesões do
cérebro; paralisia;
envenenamento de
qualquer tipo; olhos;
feridas. Muito bom para
memória.
Sabor:
adstringente
Qualidade:
“esfriante”,
pesado, áspero
Sem estudos
62
59. Sus scrofa L.
(fezes) – gar-nag
fezes
(cinzas)
10% - Shing
khun 25
Pedra na vesícula biliar;
indigestão; rim5.
Sabor: picante
Qualidade:
aquecedor,
penetrante
Sem estudos
60. Halitum
violaceum – ka-ru-tsa
sal 10% - Sems-kyi
bde-skyid
Aumenta o calor
digestivo; reduz gases
devidos a baixo calor
digestivo; eructação
excessiva após
alimentação;
barulhos na barriga;
sensação de peso no
abdômen; desequilíbrio de
Bad-kan; desequilíbrio de
rLung; constipação.
Sabor: salgado
Qualidade:
aquecedor,
oleoso
-
61. Sallucidum –
gyam-tsa
sal 10% - Shing
khun 25
Indigestão; desequilíbrio
de Bad-kan; desequilíbrio
de rLung; aquece sem ser
prejudicial a mKhris-pa.
Sabor: salgado
Qualidade:
“esfriante”
(alguns textos
mencionam
aquecedor)
-
63
Ainda na Tabela 6, para sete das 48 plantas que possuem identificação até espécie não
foram encontrados estudos científicos, totalizando 41 com estudos científicos de atividade
biológica. Destas, 31 (75,6%) tiveram seus usos êmicos coincidentes com atividades
biológicas estudadas (Figura 8); e 24 (58,5%) possuem ação neuropsiquiátrica comprovada
(Figura 9).
Figura 8. Quantidade e porcentagem de plantas com uso êmico corroborado pela
literatura científica farmacológica
Figura 9. Quantidade e porcentagem das plantas com estudos científicos que
corroboram a ação neuropsiquiátrica
64
4. DISCUSSÃO
Os princípios da medicina tibetana conforme apontados pelos médicos entrevistados –
fisiologia, constituição, diagnóstico, tratamento – estão de acordo com o que foi observado
por outros pesquisadores (Finckh, 1982, 1984; Janes, 1995; Kala, 2005a; Loizzo et al., 2009;
Dakpa & Dodson-Lavelle, 2009), indicando que, de fato, é um sistema codificado (WHO,
2001), baseado em seus textos clássicos como o rGyud bzhi (“Os Quatro Tantras”). Salick et
al. (2006) apontam que embora a medicina tibetana, de forma geral, baseie sua prática nos
textos clássicos, a interpretação dos textos pode ser múltipla, inclusive pela epidemiologia que
se apresenta distintamente em diferentes regiões do Tibete. Os médicos entrevistados também
enfatizam esta influência do clima e da geografia na prescrição dos tratamentos, tendo
relatado que em Lhasa as terapias acessórias são mais utilizadas do que na Índia.
A relação entre mente e rLung, identificada no início das entrevistas e que
fundamentou a investigação sobre as fórmulas medicinais indicadas para os transtornos
neuropsiquiátricos, também foi observada por outros pesquisadores (Schwartz et al., 2005;
Dakpa & Dodson-Lavelle, 2009b). Epstein & Topgay (1988) afirmam que o funcionamento
natural da mente depende do movimento de rLung, uma vez que a própria consciência
depende deste humor para determinar o objeto a que se conecta. Estes autores sugerem, ainda,
que “consciência, mente e rLung podem ser descritos ao longo de um contínuo de
corporeidade, a partir do mais denso e físico para mais o mais sutil e etéreo”.
Na Figura 7 observa-se a distribuição dos ingredientes, entre sais, produtos animais e
plantas medicinais. A grande representatividade das plantas medicinais foi observada por
outros autores (Kala, 2005; Ballabh & Chaurasia, 2007; Witt et al., 2009), embora o uso de
minerais apontado nestes estudos não tenha sido encontrado nas dez fórmulas indicadas.
O Men-Tsee-Khang de Dharamsala produz 170 fórmulas a partir de 200 ingredientes.
Um mesmo ingrediente encontra-se presente em mais de uma fórmula, assim como a fórmula,
por ser multi-ingredientes, possui mais de uma indicação. Cada ingrediente tem sua indicação
específica e a fórmula pode contemplar outros sintomas relacionados ao desequilíbrio dos
humores (Nyes-pa) que não somente sua indicação primária. O desequilíbrio do humor rLung,
responsável pelos transtornos neuropsiquiátricos, também provoca outros sintomas e a
fórmula pretende incorporá-los. Um bom exemplo é a planta Choerospondias axillaris
(Roxb.) B.L. Burtt & A.W. Hill, presente em 80% das fórmulas indicadas, que segundo os
entrevistados é uma das principais plantas utilizadas nos transtornos do coração, sendo este
um sintoma extremamente comum no desequilíbrio de rLung.
65
As diferentes indicações das 10 fórmulas evocadas para atividade neuropsiquiátrica,
como observado na Tabela 5, sugerem o efeito do sinergismo, atuando em diferentes sistemas
neurotransmissores, ou mesmo uma ação adaptógena, compreendida como “aumento da
atenção e resistência em situações de fatiga; redução de prejuízos induzidos pelo estresse; e
transtornos relacionados aos sistemas neuroendócrino e autoimune” (Panossian & Wikman,
2010).
Williamson (2001) e Spinella (2002) discutem a questão do sinergismo observado nos
remédios herbais, que se define por um efeito proveniente de uma combinação de substâncias
que é maior do que se esperaria pela soma de seus efeitos individuais. Este sinergismo ocorre
tanto quando consideramos a diversidade de ativos presentes numa mesma planta (em
comparação a um ativo isolado) e quando consideramos uma formulação com diversos
ingredientes. O sinergismo ocorre de duas formas, conforme a natureza da interação:
farmacodinâmica e farmacocinética. O sinergismo farmacodinâmico ocorre quando duas
drogas diferentes são direcionadas a um mesmo sistema fisiológico ou receptor. Já o
sinergismo farmacocinético resulta da metabolização da droga, ou seja, a competição entre
diferentes drogas se dá nos processos de absorção, distribuição, biotransformação ou
eliminação.
O efeito sinergístico pode agir, ainda, em multi-targets, como enzimas, metabólitos,
proteínas, receptores, canais iônicos, etc., ou resultar da interação de mecanismos similares
aos de resistência bacteriana (Wagner & Ulrich-Merzenich, 2009). Muitos são os exemplos de
sinergismo em plantas ou formulações com indicação neuropsiquiátrica. Um deles ocorre com
a planta Cannabis sativa L., um agente terapêutico que pode ser utilizado como analgésico,
relaxante muscular, sedativo, melhora do humor, estimulação do apetite, anti-emético, dentre
outros (Grotenhermen, 2003). Os níveis de tetrahidrocannabinol, ativo responsável pelos
efeitos terapêuticos da planta, podem ser elevados pela presença de outro composto, o
cannabidinol, ao mesmo tempo em que efeitos indesejados do tetrahidrocannabinol isolado,
como a ansiedade, podem ser reduzidos pela presença do cannabidinol (Zuardi et al., 1982).
Este aspecto do sinergismo de facilitação na absorção e/ou metabolização de outras
drogas ocorre em diversas plantas condimentares, uma vez que podem afetar o tempo de
trânsito do alimento ingerido, secreção de bile, enzimas pancreáticas e do intestino delgado
(Platel & Srinivasan, 2004). Sabe-se, por exemplo, que a piperina presente nas pimentas
aumenta a biodisponibilidade de outros ativos justamente por estas ações descritas para as
plantas condimentares, além do efeito que provoca nas células intestinais (Johri et al., 1992;
Srinivasan, 2007).
66
Há que se considerar, ainda, que o tratamento na medicina tibetana busca aliviar uma
série de diferentes sintomas que são compreendidos como derivados dos desequilíbrios dos
humores (Nyes-pa). Desta forma, a ação do sinergismo de ingredientes medicinais é
especialmente benéfica.
O Zingiber officinale Roscoe está presente em 50% das fórmulas e suas diversas ações
farmacológicas já estudadas – nootrópico (Joshi & Parle, 2006), benéfico para a memória
(Wattanathorn et al., 2011), ansiolítico (Vishwakarma et al., 2002), antiagregante plaquetário
(Koo et al., 2001), digestivo (Ghayur & Gilani, 2005b), anti-hiperlipidêmico (Bhandari et al.,
1998) – sugerem uma ação inespecífica. Da mesma forma, a Phyllanthus emblica L. está
presente em 60% das fórmulas, sendo sua ação antioxidante (Bhattacharya et al., 1999;
Khopde et al., 2001; Chaudhuri, 2002; Rajak et al., 2004; Nampoothiri et al., 2011) e também
o efeito promotor de memória (Vasudevan & Parle, 2007; Ashwlayan & Singh, 2008;
Wanasuntronwong, 2008) algumas de suas atividades biológicas. Nestes dois casos, é possível
que a ação neuropsiquiátrica destas plantas se dê pela ação adaptógena.
Ambas a Myristica fragrans Houtt., presente em 100% das fórmulas, e a Aquilaria
agallochum (Lour.) Roxb. ex Finl., presente em 90% das fórmulas, foram indicadas pelos
médicos tanto para ansiedade quanto para depressão, dentre outros. Tanto os sintomas de
ansiedade quanto os sintomas de depressão podem estar relacionados à deficiência de
serotonina na amígdala, no primeiro caso, e no córtex pré-frontal no segundo caso (Stahl,
2008). Considerando esta correlação existente entre as duas doenças, é interessante observar
que a fórmula Bi-ma-la é a que mais se aproxima destas duas indicações, conforme análise de
correspondência estatística (Figura 6).
Piper longum L. está presente em 30% das fórmulas. É uma planta rica em piperina,
um composto com ação moduladora do receptor Gaba-A (Zaugg et al., 2010), facilitando a
entrada de cloretos e tendo, portanto, ação ansiolítica semelhante a dos benzodiazepínicos
(Stahl, 2008). Algumas outras plantas, como a Myristica fragrans Houtt. e a Aquilaria
agallochum (Lour.) Roxb. ex Finl. também possuem estudos mais aprofundados em termos de
mecanismos de ação, mas há muitas plantas utilizadas na medicina tibetana para o
desequilíbrio de rLung, ou seja, possíveis transtornos neuropsiquiátricos, que não foram
estudadas para estas ações. Outros autores encontraram a relação aqui observada entre a
mente e o humor rLung (Schwartz et al., 2005; Dakpa & Dodson-Lavelle, 2009b). Janes
(1995) ressalta a facilidade deste humor de se desequilibrar no tecido nervoso, causando
transtornos como pensamento desordenado; depressão; insanidade e, menos severamente,
tontura; insônia; disforia; desmaio; e percepção alterada dos órgãos dos sentidos.
67
Um estudo etnofarmacológico realizado com um médico tibetano da região de Sikkim
(Índia) e Nepal procurou identificar as plantas utilizadas por este médico e classificá-las
conforme a ocorrência em alta ou baixa altitude (Witt et al., 2009). Das 48 plantas indicadas
pelos médicos do Men-Tsee-Khang que foram identificadas até espécie, 34 (70,83%) também
foram observadas por Witt et al. (2009). Destas, a maior parte (25) são plantas que ocorrem
em baixa altitude. Já Salick et al. (2009) apresentaram centenas de espécies vegetais utilizadas
por médicos tibetanos da província de Yunnan, China, em altitude entre 4.000 e 5.000 metros
– apenas duas espécies (Bergenia purpurascens (Hook. f. & Thomson) Engl. e Meconopsis
horridula Hook. f. & Thomson) e três gêneros (Allium; Saxifraga; Solms-laubachia) foram
evocadas também pelos médicos do Men-Tsee-Khang.
Salick et al. (2006) observaram as plantas utilizadas no Tibete, em Lhasa e na região
da montanha Menri, em diversos setores médicos, como clínicas e hospitais tibetanos formais;
mercados tibetanos; e curadores locais. Trinta e quatro (82,9%) plantas utilizadas pelos
médicos do Men-Tsee-Khang, dentre as 41 identificadas até espécie, são congruentes com as
encontradas neste estudo. Este dado demonstra que mesmo no exílio, o uso das plantas
medicinais mantém-se bastante semelhante ao que é praticado no Tibete, país de origem de
três dos cinco médicos entrevistados.
Nas regiões indianas de Ladakh e Lahaul-Spiti, Kala (2005a) observou que 35% dos
médicos tibetanos entrevistados tiveram formação no Men-Tsee-Khang ou em instituição
associada, enquanto a outra parte também seguia os textos clássicos tibetanos, porém a
transmissão do conhecimento é vertical, passada no núcleo familiar. Neste estudo, as plantas
medicinais também possuem destaque no uso medicinal, enquanto minerais e produtos e/ou
partes animais são utilizados com menor ênfase. Porém, das 55 espécies apresentadas pelo
mesmo autor em outra publicação (Kala, 2005b), apenas duas – Aconitum violaceum
Jacquem. ex Stapf e Inula racemosa Hook. f. – são semelhantes às indicadas pelos médicos
no presente estudo.
A Figura 6 mostra a correspondência entre as fórmulas e as indicações
neuropsiquiátricas. Além da correlação para a fórmula Bi-ma-la citada anteriormente,
observa-se que a fórmula mais próxima dos distúrbios do sono é a A-gar 35, citada pelos
quatro entrevistados para esta finalidade. Ainda, o incenso A-gar 31 também se aproxima
deste distúrbio conforme a análise estatística, tendo sido citado por apenas um entrevistado. É
possível que o uso das fórmulas na forma de incenso não seja a primeira opção terapêutica
dos médicos do Men-Tsee-Khang. De forma geral, observa-se uma grande aproximação de
entre as fórmulas e as diversas indicações neuropsiquiátricas. As mesmas indicações para as
fórmulas foram apontadas por Tsarong (1996), em seu livro “Formulário de composição,
68
indicações e dosagem de medicamentos tibetanos”. Ressalta-se que dentre o universo de 200
fórmulas produzidas pelo Men-Tsee-Khang, os entrevistados evocaram espontaneamente as
dez fórmulas aqui apontadas, o que de fato justifica esta alta correlação.
69
5. CONCLUSÕES
Práticas médicas tão distintas, como a medicina tibetana e a medicina ocidental, são
congruentes em relação ao uso de plantas medicinais, dada a alta concordância entre as
indicações terapêuticas tibetanas e os estudos farmacológicos encontrados. A medicina
tradicional tibetana possui um conhecimento bastante estruturado a partir de seus textos
clássicos. No entanto, muitos dos ingredientes com indicação para “desordens rLung” ou no
“sok tza dkar-po” (tecido nervoso) não possuem estudos científicos referentes à
neuropsicoatividade e podem ser potenciais terapêuticos, principalmente ao considerarmos a
prevalência das doenças mentais e neurológicas, no âmbito da saúde pública, e o prejuízo que
causam ao indivíduo. Para o futuro, metodologias para se estudar de forma controlada
fórmulas multi-ingredientes poderão contribuir fortemente para o desenvolvimento de novos
fármacos.
70
6. ANEXOS
ANEXO I
FICHA DE DADOS DO ENTREVISTADO Código: Nome: Sexo: ( ) feminino ( ) masculino Idade: Local de nascimento: ____________________________________________________________ Onde se formou: ( ) Tibete ( ) Índia Ano em que se formou: __________________________________________________________ Depto. no TMAI: ( ) Materia Medica ( ) Clinica ( ) Farmacêutico Data: ___/___/_____ Obs: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
71
ANEXO II
FICHA DE DADOS ETNOFARMACOLÓGICOS Código da receita: Nome(s) popular(es) da(s) planta(s) utilizadas: _______________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome(s) popular(es) do(s) animal(is) utilizados: ________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome(s) popular(es) do(s) mineral(is) utilizados: __________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Uso: ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ Parte utilizada: ( ) folha ( ) casca ( ) flor ( ) fruto ( ) semente ( ) raiz ( ) entrecasca ( ) casca da raiz ( ) óleo ( ) resina ( ) látex ( ) pecíolo ( ) galho ( ) planta toda ( ) cerne ( ) outro ____________________ Quantidade: _____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Modo de preparo: ( ) infusão ( ) decocção ( ) macerado ( ) cigarro ( ) emplastro ( ) in natura ( ) sumo ( ) defumação ( ) outro ______________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Via de administração: ( ) ingestão ( ) tópico ( ) inalação ( ) retal ( ) outro ______________________ Dosagem: Idosos _______________________________________________________________________ Adultos ________________________________________________________________________________ Gestante / Lactante ______________________________________________________________________ Crianças _______________________________________________________________________________ Já experimentou outras doses? O que verificou? ________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Contra-indicações: ________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Se contra-indicada a gestante e for tomada acidentalmente, existe algum antídoto? ___________ _______________________________________________________________________________ Existe alguma parte dessa planta que seja venenosa? ____________________________________ ______________________________________________________________________________________ Pode ser utilizada(o) junto com outros remédios? _______________________________________ ______________________________________________________________________________________ Código da(s) planta(s): Código do(s) animal(is): Código do(s) mineral(is): Código do entrevistado:
72
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abdel-Aziz H, Nahrstedt A, Petereit F, Windeck T, Ploch M, Verspohl EJ. 5-HT3 receptor
blocking activity of arylalkanes isolated from the rhizome of Zingiber officinale. Planta
Medica, 71(7): 609-616, 2005.
Abdel-Wahhab MA, Aly SE. Antioxidant property of Nigella sativa (black cumin) and
Syzygium aromaticum (clove) in rats during aflatoxicosis. Journal of Applied Toxicology,
25(3): 218-223, 2005.
Abu-Zaiton AS. Anti-diabetic activity of Ferula assafoetida extract in normal and alloxan-
induced diabetic rats. Pakistan Journal of Biological Sciences, 13(2): 97-100, 2010.
Aher VD, Kumar A, Wahi. Immunomodulatory effect of alcoholic extract of Terminalia
chebula ripe fruits. Journal of Pharmaceutical Sciences and Research, 2(9): 539-544, 2010.
Ahmad AS, Ansari MA, Ahmad M, Saleem S, Yousuf S, Hoda MN, Islam F. Neuroprotection
by crocetin in a hemi-parkinsonian rat model. Pharmacology, Biochemistry and Behavior,
81(4): 805-813, 2005.
Ahmed RS, Seth V, Pasha ST, Banerjee BD. Influence of dietary ginger (Zingiber officinales
Rosc) on oxidative stress induced by malathion in rats. Food and Chemical Toxicology, 38(5):
443-450, 2000.
Ajaikumar KB, Asheef M, Babu BH, Padikkala J. The inhibition of gastric mucosal injury by
Punica granatum L. (pomegranate) methanolic extract. Journal of Ethnopharmacology, 96(1-
2): 171-176, 2005.
Akhondzadeh S, Tahmacebi-Pour N, Noorbala AA, Amini H, Fallah-Pour H, Jamshidi AH,
Khani M. Crocus sativus L. in the treatment of mild to moderate depression: a double-blind,
randomized and placebo-controlled trial. Phytotherapy Research, 19(2): 148-151, 2005.
Akihisa T, Tabata K, Banno N, Tokuda H, Nishimura R, Nakamura Y, Kimura Y, Yasukawa
K, Suzuki T. Cancer chemopreventive effects and cytotoxic activities of the triterpene acids
from the resin of Boswellia carteri. Biological & Pharmaceutical Bulletin, 29(9): 1976-1979,
2006.
Alam MR, Kim SM, Lee JI, Chon SK, Choi SJ, Choi IH, Kim NS. Effects of Safflower seed
oil in osteoporosis induced-ovariectomized rats. American Journal of Chinese Medicine,
34(4): 601-612, 2006.
Albiero ALM, Sertié JAA, Bacchi EM. Antiulcerogenic effect of methanolic extract of
Emblica officinalis: an experimental study. Journal of Ethnopharmacology, 82(1): 1-9, 2002.
73
Al-Essa MK, Shafagoj YA, Mohammed FI, Afifi FU. Relaxant effect of ethanol extract of
Carum carvi on dispersed intestinal smooth muscle cells of the guinea pig. Pharmaceutical
Biology, 48(1): 76-80, 2010.
Alexiades MN. (ed.). Selected guidelines for ethnobotanical research: a field manual. New
York: The New York Botanical Garden, 1996.
Alla T, Handral M, Nandakumar K, Venkatrao N, Shalam, Satyanaryana, Shantakumar SM.
Anxiolytic and anti convulsant activity of alcoholic extract of heartwood of Aquilaria
agallocha roxb (Thymelaeceae) in mice. Pharmacologyonline, 2: 218-225, 2007.
Allahghadri T, Rasooli I, Owlia P, Nadooshan MJ, Ghazanfari T, Taghizadeh M, Astaneh SD.
Antimicrobial property, antioxidant capacity, and cytotoxicity of essential oil from cumin
produced in Iran. Journal of Food Science, 75(2): H54-61, 2010.
Al-Rehaily AJ, Al-Howiriny TS, Al-Sohaibani MO, Rafatullah S. Gastroprotective effects of
'amla' Emblica officinalis on in vivo test models in rats. Phytomedicine, 9(6): 515-522, 2002.
Altman RD, Marcussen KC. Effects of a ginger extract on knee pain in patients with
osteoarthritis. Arthritis and Rheumatism, 44(11): 2531-2538, 2001.
AlZuhair H, ElSayeh B, Ameen HA, AlShoora H. Pharmacological studies of cardamom oil
in animals. Pharmacological Research, 34(1-2): 79-82, 1996.
Amer S, Na KJ, El-Abasy M, Motobu M, Koyama Y, Koge K, Hirota Y. Immunostimulating
effects of sugar cane extract on X-ray radiation induced immunosuppression in the chicken.
International Immunopharmacology, 4(1): 71-77, 2004.
Amin AH, Mehta DR. A bronchodilator alkaloid (vasicinone) from Adhatoda vasica Nees.
Nature, 184(Suppl 17): 1317, 1959.
Amudhan MS, Begum VH. Alpha-glucosidase inhibitory and hypoglycemic activities of
Areca catechu extract. Pharmacognosy Magazine, 4(15): 223-227, 2008.
Anderson Jr. EN. Why is humoral medicine so popular? Social Science & Medicine, 25(4):
331-337, 1987.
Aneja KR, Sharma C. Antimicrobial potential of fruit extracts of Elettaria cardamomum
maton (Chhoti Elaichi) against the pathogens causing ear infection. Pharmacologyonline, 3:
750-756, 2010.
Angelini P, Pagiotti R, Venanzoni R, Granetti B. Antifungal and allelopathic effects of
asafoetida against Trichoderma harzianum and Pleurotus spp. Allelopathy Journal, 23(2):
357-368, 2009.
Ani V, Varadaraj M, Naidu KA. Antioxidant and antibacterial activities of polyphenolic
compounds from bitter cumin (Cuminum nigrum L.). European Food Research and
Technology, 224(1): 109-115, 2006.
74
Ankri S, Mirelman D. Antimicrobial properties of allicin from garlic. Microbes and Infection,
1(2): 125-129, 1999.
Ariga T, Seki T. Antithrombotic and anticancer effects of garlic-derived sulfur compounds: a
review. Biofactors, 26(2): 93-103, 2006.
Arora DS, Kaur GJ. Antibacterial activity of some Indian medicinal plants. Journal of Natural
Medicines, 61(3): 313-317, 2007.
Ashwlayan VD, Singh M. Memory enhancing effect of Asparagus racemosus and
Phyllanthus emblica. Indian Journal of Pharmacology, 40(Suppl. 2): 118-118 Meeting
Abstract 285, 2008.
Aslam MN, Warner RL, Bhagavathula N, Ginsburg I, Varani J. A multi-component herbal
preparation (Padma 28) improves structure/function of corticosteroid-treated skin, leading to
improved wound healing of subsequently induced abrasion wounds in rats. Archives of
Dermatological Research, 302(9): 669-677, 2010.
Augusti KT, Chackery J, Jacob J, Kuriakose S, George S, Nair SS. Beneficial effects of a
polar fraction of garlic (Allium sativum Linn) oil in rats fed with two different high fat diets.
Indian Journal of Experimental Biology, 43(1): 76-83, 2005.
Awais MM, Akhtar M, Muhammad F, ul Haq A, Anwar MI. Immunotherapeutic effects of
some sugar cane (Saccharum officinarum L.) extracts against coccidiosis in industrial broiler
chickens. Experimental Parasitology, 128(2): 104-110, 2011.
Azadzoi KM, Schulman RN, Aviram M, Siroky MB. Oxidative stress in arteriogenic erectile
dysfunction: prophylactic role of antioxidants. Journal of Urology, 174(1): 386-393, 2005.
Azmathulla M, Bilal S, Baidya M, Kumar BNS. Effect of Santalum album Linn. on memory
enhancing activity on mice. Journal of Chemical and Pharmaceutical Sciences, 3(3): 172-
177, 2010.
Ballabh B, Chaurasia OP. Traditional medicinal plants of cold desert Ladakh - used in
treatment of cold, cough and fever. Journal of Ethnopharmacology, 112(2): 341-349, 2007.
Ballabh B, Chaurasia OP, Ahmed Z, Singh SB. Traditional medicinal plants of cold desert
Ladakh - used against kidney and urinary disorders. Journal of Ethnopharmacology, 118(2):
331-339, 2008.
Balick MJ, Cox PA. Plants, people and culture: the science of ethnobotany. New York:
Scientific American Lybrary, 1996.
Bandyopadhyay SK, Pakrashi SC, Pakrashi A. The role of antioxidant activity of Phyllanthus
emblica fruits on prevention from indomethacin induced gastric ulcer. Journal of
Ethnopharmacology, 70(2): 171-176, 2000.
75
Banno N, Akihisa T, Yasukawa K, Tokuda H, Tabata K, Nakamura Y, Nishimura R, Kimura
Y, Suzuki T. Anti-inflammatory activities of the triterpene acids from the resin of Boswellia
carteri. Journal of Ethnopharmacology, 107(2): 249-253, 2006.
Banu J, Bhattacharya A, Rahman M, O'Shea M, Fernandes G. Effects of conjugated linoleic
acid and exercise on bone mass in young male Balb/C mice. Lipids in Health and Disease, 5:
7, 2006.
Barak V, Kalickman I, Halperin T, Birkenfeld S, Ginsburg I. Padma-28, a Tibetan herbal
preparation is an inhibitor of inflammatory cytokine production. European Cytokine Network,
15(3): 203-209, 2004.
Basti AA, Moshiri E, Noorbala AA, Jamshidi AH, Abbasi SH, Akhondzadeh S. Comparison
of petal of Crocus sativus L. and fluoxetine in the treatment of depressed outpatients: a pilot
double-blind randomized trial. Progress in Neuropsychopharmacology and Biological
Psychiatry, 31(2): 439-442, 2007.
Begley SS. Tibetan Buddhist medicine: a transcultural nursing experience. Journal of Holistic
Nursing, 12(3): 323-342, 1994.
Belska NV, Guriev AM, Danilets MG, Trophimova ES, Uchasova EG, Ligatcheva AA,
Belousov MV, Agaphonov VI, Golovchenko VG, Yusubov MS, Belsky YP. Water-soluble
polysaccharide obtained from Acorus calamus L. classically activates macrophages and
stimulates Th1 response. International Immunopharmacology, 10(8): 933-942, 2010.
Berger F, Hensel A, Nieber K. Saffron extract and trans-crocetin inhibit glutamatergic
synaptic transmission in rat cortical brain slices. Neuroscience, 180: 238-247, 2011.
Bernard HR. Research Methods in Cultural Anthropology, Califórnia: Sage, New-Bury Park,
1988.
Beyer J, Maurer HH. Abuse of nutmeg (Myristica fragrans Houtt.): identification of the
metabolites of its ingredients elemicin, myristicin and safrole in rat and human urine by GC-
MS. Therapeutic Drug Monitoring, 28(4): 568-575., 2006.
Bhandare AM, Kshirsagar AD, Vyawahare NS, Hadambar AA, Thorve VS. Potential
analgesic, anti-inflammatory and antioxidant activities of hydroalcoholic extract of Areca
catechu L. nut. Food and Chemical Toxicology, 48(12): 3412-3417, 2010.
Bhandare A, Kshirsagar A, Vyawahare N, Sharma P, Mohite R. Evaluation of anti-migraine
potential of Areca catechu to prevent nitroglycerin-induced delayed inflammation in rat
meninges: Possible involvement of NOS inhibition. Journal of Ethnopharmacology, 136(1):
267-270, 2011.
76
Bhandari U, Sharma JN, Zafar R. The protective action of ethanolic ginger (Zingiber
officinale) extract in cholesterol fed rabbits. Journal of Ethnopharmacology, 61(2): 167-171,
1998.
Bhat BG, Chandrasekhara N. Effect of black pepper and piperine on bile secretion and
composition in rats. Die Nahrung, 31(9): 913-916, 1987.
Bhatia S, Dranyi T, Rowley D. A social and demographic study of Tibetan refugees in India.
Social Sciences and Medicine, 54: 411-422, 2002.
Bhattacharya A, Chatterjee A, Ghosal S, Bhattacharya SK. Antioxidant activity of active
tannoid principles of Emblica officinalis (amla). Indian Journal of Experimental Biology,
37(7): 676-680, 1999.
Bhattacharya IC. Effect of acorus (vacha) oil on the amphetamine induced agitation,
hexobarbital-sleeping time and on instrumental avoidance conditioning in rats. Indian Journal
of Medical Research, 2: 195-201, 1968.
Bhattacharyya D, Pandit S, Jana U, Sen S, Sur TK. Hepatoprotective activity of Adhatoda
vasica aqueous leaf extract on D-galactosamine-induced liver damage in rats. Fitoterapia,
76(2): 223-225, 2005.
Bhattarai S, Chaudhary RP, Quave CL, Taylor RS. The use of medicinal plants in the trans-
Himalayan arid zone of Mustang district, Nepal. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine,
6: 14, 2010.
Bhattarai S, Chaudhary RP, Taylor RS. Ethnomedicinal plants used by the people of Manang
district, central Nepal. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 2: 41, 2006.
Biswas TK, Maity LN, Mukherjee B. Wound healing potential of Pterocarpus santalinus
Linn.: a pharmacological evaluation. The International Journal of Lower Extremity Wounds,
3(3): 143-150, 2004.
Bone ME, Wilkinson DJ, Young JR, McNeil J, Carlton S. Ginger root - a new antiemetic. The
effect of ginger root on postoperative nausea and vomiting after major gynaecological
surgery. Anaesthesia, 45(8): 669-671, 1990.
Boucher BJ, Ewen SWB, Stowers JM. Betel nut (Areca catechu) consumption and the
induction of glucose intolerance in adult CD1 mice and in their F1 and F2 offspring.
Diabetologia, 37(1): 49-55, 1994.
Boucher BJ, Mannan N. Metabolic effects of the consumption of Areca catechu. Addiction
Biology, 7(1): 103-110, 2002.
Bos J. The rise and decline of character: humoral psychology in ancient and early modern
medical theory. History of the Human Sciences, 22(3): 29-50, 2009.
77
Brace LD. Cardiovascular benefits of garlic (Allium sativum L). The Journal of
Cardiovascular Nursing, 16(4): 33-49, 2002.
Browner CH. Criteria for selecting herbal remedies. Ethnology, 24: 13-32, 1985.
Bueno OFA. Studying memory: from the frontal to the temporal lobe and vice-versa. In:
Learning and memory development and intellectual disabilities. Nova York: Nova Science
Publishers. 2011, p. 227-240.
Burris TP, Montrose C, Houck KA, Osborne HE, Bocchinfuso WP, Yaden BC, Cheng CC,
Zink RW, Barr RJ, Hepler CD, Krishnan V, Bullock HA, Burris LL, Galvin RJ, Bramlett K,
Stayrook KR. The hypolipidemic natural product guggulsterone is a promiscuous steroid
receptor ligand. Molecular Pharmacology, 67(3): 948-954, 2005.
Butt MS, Sultan MT, Butt MS, Iqbal J. Garlic: nature's protection against physiological
threats. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 49(6): 538-551, 2009.
Cai B, Nagasawa T, Kadota S, Hattori M, Namba T, Kuraishi Y. Processing of nux vomica.
VII. Antinociceptive effects of crude alkaloids from the processed and unprocessed seeds of
Strychnos nux-vomica in mice. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 19(1): 127-131,
1996.
Cai L, Wu CD. Compounds from Syzygium aromaticum possessing growth inhibitory activity
against oral pathogens. Journal of Natural Products, 59(10): 987-990, 1996.
Cai Y. Experimental studies with Bergenia purpurascens, the frequency of micronucleus in
NIH mice, the frequency of SCE, and chromosome aberration in human lymphocytes.
Zhongguo Yi Xue Ke Xue Yuan Xue Bao, 13(1): 73-77, 1991.
Casagrande DG. Ecology, cognition, and cultural transmission of Tzeltal Maya medicinal
plant knowledge [Phd dissertation]. Athens: Faculty of The University of Georgia, 2002.
Cellini L, DiCampli E, Masulli M, DiBartolomeo S, Allocati N. Inhibition of Helicobacter
pylori by garlic extract (Allium sativum). FEMS Immunology and Medical Microbiology,
13(4): 273-277, 1996.
Chaieb K, Hajlaoui H, Zmantar T, Kahla-Nakbi AB, Rouabhia M, Mahdouani K, Bakhrouf A.
The chemical composition and biological activity of clove essential oil, Eugenia
caryophyllata (Syzigium aromaticum L. Myrtaceae): a short review. Phytotherapy Research,
21(6): 501-506, 2007.
Chaiyasit D, Choochote W, Rattanachanpichai E, Chaithong U, Chaiwong P, Jitpakdi A,
Tippawangkosol P, Riyong D, Pitasawat B. Essential oils as potential adulticides against two
populations of Aedes aegypti, the laboratory and natural field strains, in Chiang Mai province,
northern Thailand. Parasitology Research, 99(6): 715-721, 2006.
78
Chakraborty A, Brantner AH. Study of alkaloids from Adhatoda vasica Nees on their
antiinflammatory activity. Phytotherapy Research, 15(6): 532-534, 2001.
Chang KS, Tak JH, Kim SI, Lee WJ, Ahn YJ. Repellency of Cinnamomum cassia bark
compounds and cream containing cassia oil to Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) under
laboratory and indoor conditions. Pest Management Science, 62(11): 1032-1038, 2006.
Chatterjee I, Chakravarty AK, Gomes A. Antisnake venom activity of ethanolic seed extract
of Strychnos nux-vomica Linn. Indian Journal of Experimental Biology, 42(5): 468-475,
2004.
Chattopadhyay N, Nosál'Ová G, Saha S, Bandyopadhyay SS, Flešková D, Ray B. Structural
features and antitussive activity of water extracted polysaccharide from Adhatoda vasica.
Carbohydrate Polymers, 83(4): 1970-1974, 2011.
Chaudhuri RK. Emblica cascading antioxidant: a novel natural skin care ingredient. Skin
Pharmacology and Applied Skin Physiology, 15(5): 374-380, 2002.
Chen CL, Chi CW, Liu TY. Hydroxyl radical formation and oxidative dna damage induced
by areca quid in vivo. Journal of Toxicology and Environmental Health - Part A, 65(3-4):
327-336, 2002.
Chen Q, Wei W. Effects and mechanisms of glucosides of Chaenomeles speciosa on
collagen-induced arthritis in rats. International immunopharmacology, 3(4): 593-608, 2003.
Chen JC, Chang YS, Wu SL, Chao DC, Chang CS, Li CC, Ho TY, Hsiang CY. Inhibition of
Escherichia coli heat-labile enterotoxin-induced diarrhea by Chaenomeles speciosa. Journal
of Ethnopharmacology, 113(2): 233-239, 2007.
Cheng HY, Lin TC, Yu KH, Yang CM, Lin CC. Antioxidant and free radical scavenging
activities of Terminalia chebula. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 26(9): 1331-1335,
2003.
Chitre T, Bhutada P, Nandakumar K, Somani R, Miniyar P, Mundhada Y, Gore S, Jain K.
Analgesic and anti-inflammatory activity of heartwood of Aquilaria agallocha in laboratory
animals. Pharmacologyonline, 1: 288-298, 2007.
Choi DY, Baek YH, Huh JE, Ko JM, Woo H, Lee JD, Park DS. Stimulatory effect of
Cinnamomum cassia and cinnamic acid on angiogenesis through up-regulation of VEGF and
Flk-1/KDR expression. International Immunopharmacology, 9(7-8): 959-967, 2009.
Chonpathompikunlert P, Wattanathorn J, Muchimapura S. Piperine, the main alkaloid of Thai
black pepper, protects against neurodegeneration and cognitive impairment in animal model
of cognitive deficit like condition of Alzheimer's disease. Food and Chemical Toxicology,
48(3): 798-802, 2010.
79
Choudhary, G.P. Wound healing activity of the ethanol extract of Terminalia bellirica Roxb.
fruits. Natural Product Radiance, 7(1): 19-21, 2008.
Chu DF, Liu WH, Huang Z, Liu SS, Fu XQ, Liu K. Pharmacokinetics and excretion of
hydroxysafflor Yellow A, a potent neuroprotective agent from safflower, in rats and dogs.
Planta Medica, 72(5): 418-423, 2006.
Chu NS. Effects of betel chewing on the central and autonomic nervous systems. Journal of
Biomedical Science, 8(3): 229-236, 2001.
Conservation International [on line]. Consultado em março de 2011. Disponível em:
http://www.conservation.org.br/
Cordell GA, Colvard MD. Some thoughts on the future of ethnopharmacology. Journal of
Ethnopharmacology, 100: 5–14, 2005.
Czermainski ABC. Análise de Correspondência [seminário]. Universidade de São Paulo -
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004.
Dai M, Wei W, Shen YX, Zheng YQ. Glucosides of Chaenomeles speciosa remit rat adjuvant
arthritis by inhibiting synoviocyte activities. Acta pharmacologica Sinica, 24(11): 1161-1166,
2003.
Dakpa T, Dodson-Lavelle B. A traditional Tibetan medical response to advancements in basic
longevity research. Annals of the New York Academy of Sciences, 1172: 70-73, 2009a.
Dakpa T, Dodson-Lavelle B. "Subtle" psychosomatic aspects of Tibetan medicine. Annals of
the New York Academy of Sciences, 1172: 181-185, 2009b.
Daly JW. Nicotinic agonists, antagonists, and modulators from natural sources. Cellular and
Molecular Neurobiology, 25(3-4): 513-552, 2005.
Damasius J, Skemaite M, Kirkilaite G, Vinauskiene R, Venskutonis PR. Antioxidant and
antimicrobial properties of caraway (Carum carvi L.) and cumin (Cuminum cyminum L.)
extracts. Veterinarija ir Zootechnika, 40(62): 9-13, 2007.
Dandiya PC, Cullumbine H. Studies on Acorus calamus III. Some pharmacological actions of
the volatile oil. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 125: 353-359,
1959.
Dandiya PC, Cullumbine H, Sellers EA. Studies on Acorus calamus IV Investigations on
mechanism of action in mice. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 126:
334-337, 1959.
Dandiya PC, Menon MK. Interaction of asarone with mescaline, amphetamine and tremorine.
Life Sciences, 4: 1635-1641, 1965.
80
Daniel AN, Sartoretto SM, Schmidt G, Caparroz-Assef SM, Bersani-Amado CA, Cuman
RKN. Anti-inflammatory and antinociceptive activities of eugenol essential oil in
experimental animal models. Brazilian Journal of Pharmacognosy, 19(1 B): 212-217, 2009.
Dar A, Faizi S, Naqvi S, Roome T, Zikr-Ur-Rehman S, Ali M, Firdous S, Moin ST. Analgesic
and antioxidant activity of mangiferin and its derivatives: the structure activity relationship.
Biological and Pharmaceutical Bulletin, 28(4): 596-600, 2005.
Dar A, Khatoon S. Behavioral and biochemical studies of dichloromethane fraction from the
Areca catechu nut. Pharmacology Biochemistry and Behavior, 65(1): 1-6, 2000.
Dar A, Khatoon S, Rahman G, Atta-Ur-Rahmana. Anti-depressant activities of Areca catechu
fruit extract. Phytomedicine, 4(1): 41-45, 1997.
Dash M, Patra JK, Panda PP. Phytochemical and antimicrobial screening of extracts of
Aquilaria agallocha Roxb. African Journal of Biotechnology, 7(20): 3531-3534, 2008.
Deans SG, Noble RC, Hiltunen R, Wuryani W, Penzes LG. Antimicrobial and antioxidant
properties of Syzygium aromaticum (L.) Merr. and Perry: impact upon bacteria, fungi and
fatty acid levels in ageing mice. Flavour and Fragrance Journal, 10(5): 323-328, 1995.
Debnath J, Sharma UR, Kumar B, Chauhan NS. Anticonvulsant activity of ethanolic extract
of fruits of Terminalia chebula on experimental animals. International Journal of Drug
Development and Research, 2(4): 764-768, 2010.
Deng R. Therapeutic effects of guggul and its constituent guggulsterone: cardiovascular
benefits. Cardiovascular Drug Reviews, 25(4): 375-390, 2007.
Devrim E, Durak I. Is garlic a promising food for benign prostatic hyperplasia and prostate
cancer? Molecular Nutrition & Food Research, 51(11): 1319-1323, 2007.
Dhanabal SP, Prasanth S, Ramanathan M, Elango K, Suresh B. Validation of antifertility
activity of various Rubus species in female albino rats. Indian Journal of Pharmaceutical
Sciences, 62(1): 58-60, 2000.
Dhingra D, Sharma A. Antidepressant-like activity of n-hexane extract of nutmeg (Myristica
fragrans) seeds in mice. Journal of Medicinal Food, 9(1): 84-89, 2006.
Dhingra D, Valecha R. Evaluation of antidepressant-like activity of aqueous and ethanolic
extracts of Terminalia bellirica Roxb. fruits in mice. Indian Journal of Experimental Biology,
45(7): 610-616, 2007.
Dhondup L, Husted C. Tibetan Medicine and Regeneration. Annals of the New York Academy
of Sciences, 1172: 115–122, 2009.
Dhuley JN. Antitussive effect of Adhatoda vasica extract on mechanical or chemical
stimulation-induced coughing in animals. Journal of Ethnopharmacology, 67(3): 361-365,
1999.
81
Di Stasi LC. Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São
Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996.
Doanh ND, Ham NN, Tam NT, Son PT, Van Dau N, Grabe M, Johansson R, Lindgren G,
Stjernström NE, Söderberg TA. The use of a water extract from the bark of Choerospondias
axillaris in the treatment of second degree burns. Scandinavian Journal of Plastic and
Reconstructive Surgery and Hand Surgery, 30(2): 139-144, 1996.
Dorman HJD, Deans SG. Antimicrobial agents from plants: antibacterial activity of plant
volatile oils. Journal of Applied Microbiology, 88(2): 308-316, 2000.
Duarte-Almeida JM, Novoa AV, Linares AF, Lajolo FM, Genovese MI. Antioxidant activity
of phenolics compounds from sugar cane (Saccharum officinarum L.) juice. Plant Foods for
Human Nutrition, 61(4): 187-192, 2006.
Duarte-Almeida JM, Negri G, Salatino A, de Carvalho JE, Lajolo FM. Antiproliferative and
antioxidant activities of a tricin acylated glycoside from sugarcane (Saccharum officinarum)
juice. Phytochemistry, 68(8): 1165-1171, 2007.
Eddouks M, Lemhadri A, Michel JB. Caraway and caper: potential anti-hyperglycaemic
plants in diabetic rats. Journal of Ethnopharmacology, 94(1): 143-148, 2004.
ElRokh el-SM, Yassin NA, El-Shenawy SM, Ibrahim BM. Antihypercholesterolaemic effect
of ginger rhizome (Zingiber officinale) in rats. Inflammopharmacology, 18(6):309-315, 2010.
Embassy of India [on line]. Consultado em março de 2011. Disponível em:
http://www.indianembassy.org/indiainfo/india_2000/chapters/chp01.pdf
Epstein M, Topgay S. Mind and mental disorders in Tibetan medicine. In: Mind and mental
health in Tibetan medicine. New York: Potala Publications, 1988. p. 3-27.
Etkin NL, Elisabetsky E. Seeking a transdisciplinary and culturally germane science: the
future of ethnopharmacology. Journal of Ethnopharmacology, 100: 23-26, 2005.
Fabricant DS, Farnsworth NR. The value of plants used in traditional medicine for drug
discovery. Environmental Health Perspectives, 109(Suppl 1): 69-75, 2001.
Fang R, Jiang CH, Wang XY, Zhang HM, Liu ZL, Zhou L, Du SS, Deng ZW. Insecticidal
activity of essential oil of Carum carvi fruits from China and its main components against two
grain storage insects. Molecules, 15(12): 9391-9402, 2010.
Feldhaus S. Treatment of a tetraplegic patient with chronic constipation with the Tibetan
remedy Padma Lax - a case report. Forsch Komplementarmed, 13(Suppl 1): 31-32, 2006.
Finckh E. Tibetan medicine: theory and practice. American Journal of Chinese Medicine,
9(4): 259-267, 1982.
Finckh E. Tibetan medicine - constitutional types. American Journal of Chinese Medicine,
12(1-4): 44-49, 1984.
82
Foote-Whyte W. “Treinando a observação participante”. In: Guimarães, A.Z. (org.).
Desvendando Máscaras Sociais. 3ª edição. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1980. pp.
77-86.
Forest CP, Padma-Nathan H, Liker HR. Efficacy and safety of pomegranate juice on
improvement of erectile dysfunction in male patients with mild to moderate erectile
dysfunction: a randomized, placebo-controlled, double-blind, crossover study. International
Journal of Impotence Research, 19(6): 564-567, 2007.
Foster GM. On the Origin of Humoral Medicine in Latin America. Medical Anthropology
Quarterly, 1(4): 355-393, 1987.
Frank MB, Yang Q, Osban J, Azzarello JT, Saban MR, Saban R, Ashley RA, Welter JC, Fung
KM, Lin HK. Frankincense oil derived from Boswellia carteri induces tumor cell specific
cytotoxicity. BMC Complementary and Alternative Medicine, 9: 6, 2009.
Friedman M, Henika PR, Mandrell RE. Bactericidal activities of plant essential oils and some
of their isolated constituents against Campylobacter jejuni, Escherichia coli, Listeria
monocytogenes, and Salmonella enterica. Journal of Food Protection, 65(10): 1545-1560,
2002.
Fu M, Sun ZH, Zuo HC. Neuroprotective effect of piperine on primarily cultured
hippocampal neurons. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 33(4): 598-603, 2010.
Fuhrman B, Rosenblat M, Hayek T, Coleman R, Aviram M. Ginger extract consumption
reduces plasma cholesterol, inhibits LDL oxidation and attenuates development of
atherosclerosis in atherosclerotic, apolipoprotein E-deficient mice. Journal of Nutrition,
130(5): 1124-1131, 2000.
Gao H, Huang YN, Gao B, Li P, Inagaki C, Kawabata J. Inhibitory effect on α-glucosidase by
Adhatoda vasica Nees. Food Chemistry, 108(3): 965-972, 2008.
Garrett F. Critical Methods in Tibetan Medical Histories. The Journal of Asian Studies, 66(2):
363-387, 2007.
Ghayur MN, Gilani AH. Pharmacological basis for the medicinal use of ginger in
gastrointestinal disorders. Digestive Diseases and Sciences, 50(10): 1889-1897, 2005b.
Ghayur MN, Gilani AH. Ginger lowers blood pressure through blockade of voltage-
dependent calcium channels. Journal of Cardiovascular Pharmacology, 45(1): 74-80, 2005a.
Gholap S, Kar A. Hypoglycaemic effects of some plant extracts are possibly mediated
through inhibition in corticosteroid concentration. Die Pharmazie, 59(11): 876-878, 2004.
Ghosh M. Antifungal properties of haem peroxidase from Acorus calamus. Annals of Botany,
98(6): 1145-1153, 2006.
83
Gilani AH, Jabeen Q, Khan AU, Shah AJ. Gut modulatory, blood pressure lowering, diuretic
and sedative activities of cardamom. Journal of Ethnopharmacology, 115(3): 463-472, 2007.
Gilani AH, Khan A, Ali T, Ajmal S. Mechanisms underlying the antispasmodic and
bronchodilatory properties of Terminalia bellerica fruit. Journal of Ethnopharmacology,
116(3): 528-538, 2008.
Gilani AUH, Shah AJ, Ahmad M, Shaheen F. Antispasmodic effect of Acorus calamus Linn.
is mediated through calcium channel blockade. Phytotherapy Research, 20(12): 1080-1084,
2006.
Ginsburg I, Rozenstein-Tsalkovich L, Koren E, Rosenmann H. The herbal preparation
Padma® 28 protects against neurotoxicity in PC12 cells. Phytotherapy Research, 25(5): 740-
743, 2011.
Ginter E, Simko V. Garlic (Allium sativum L.) and cardiovascular diseases. Bratislavské
Lekárske Listy, 111(8): 452-456, 2010.
Giordani R, Regli P, Kaloustian J, Portugal H. Potentiation of antifungal activity of
amphotericin B by essential oil from Cinnamomum cassia. Phytotherapy Research, 20(1): 58-
61, 2006.
Goncagul G, Ayaz E. Antimicrobial effect of garlic (Allium sativum). Recent Patents on
Antiinfective Drug Discovery, 5(1): 91-93, 2010.
Goto H, Tanaka N, Tanigawa K, Shimada Y, Itoh T, Terasawa K. Endothelium-dependent
vasodilator effect of extract prepared from the seeds of Areca catechu on isolated rat aorta.
Phytotherapy Research, 11(6): 457-459, 1997.
Grontved A, Brask T, Kambskard J, Hentzer E. Ginger root against seasickness. Acta Oto-
Laryngologica, 105(1-2): 45-49, 1988.
Grotenhermen F. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of cannabinoids. Clinical
Pharmacokinetics, 42(4): 327-360, 2003.
Grover JK, Khandkar S, Vats V, Dhunnoo Y, Das D. Pharmacological studies on Myristica
fragrans - antidiarrheal, hypnotic, analgesic and hemodynamic (blood pressure) parameters.
Methods and Findings in Experimental and Clinical Pharmacology, 24(10): 675-680, 2002.
Grzanna R, Lindmark L, Frondoza CG. Ginger - an herbal medicinal product with broad anti-
inflammatory actions. Journal of Medicinal Food, 8(2): 125-132, 2005.
Gschossmann JM, Krayer M, Flogerzi B, Balsiger BM. Effects of the Tibetan herbal formula
Padma Lax on visceral nociception and contractility of longitudinal smooth muscle in a rat
model. Neurogastroenterology and Motility, 22(9): 1036-e270, 2010.
84
Guenette SA, Beaudry F, Marier JF, Vachon P. Pharmacokinetics and anesthetic activity of
eugenol in male Sprague-Dawley rats. Journal of Veterinary Pharmacology and
Therapeutics, 29(4): 265-270, 2006.
Gulati RK, Agarwal S, Agrawal SS. Hepatoprotective studies on Phyllanthus emblica Linn.
and quercetin. Indian Journal of Experimental Biology, 33(4): 261-268, 1995.
Haas LF. Papyrus of Ebers and Smith. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 67
(5): 578, 1999.
Hafeman D, Ahsan H, Islam T, Louis E. Betel quid: Its tremor-producing effects in residents
of Araihazar, Bangladesh. Movement Disorders, 21(4): 567-571, 2006.
Haghparast A, Shams J, Khatibi A, Alizadeh AM, Kamalinejad M. Effects of the fruit
essential oil of Cuminum cyminum Linn. (Apiaceae) on acquisition and expression of
morphine tolerance and dependence in mice. Neuroscience Letters, 440(2): 134-139, 2008.
Haider S, Naz N, Khaliq S, Perveen T, Haleem DJ. Repeated administration of fresh garlic
increases memory retention in rats. Journal of Medicinal Food, 11(4): 675-679, 2008.
Hajlaoui H, Mighri H, Noumi E, Snoussi M, Trabelsi N, Ksouri R, Bakhrouf A. Chemical
composition and biological activities of Tunisian Cuminum cyminum L. essential oil: a high
effectiveness against Vibrio spp. strains. Food and Chemical Toxicology, 48(8-9): 2186-2192,
2010.
Halder S, Mehta AK, Kar R, Mustafa M, Mediratta PK, Sharma KK. Clove oil reverses
learning and memory deficits in scopolamine-treated mice. Planta medica, 2010.
Han SY, Li HX, Ma X, Zhang K, Ma ZZ, Tu PF. Protective effects of purified safflower
extract on myocardial ischemia in vivo and in vitro. Phytomedicine, 16(8): 694-702, 2009.
Hara H, Ise Y, Morimoto N, Shimazawa M, Ichihashi K, Ohyama M, Iinuma M. Laxative
effect of agarwood leaves and its mechanism. Bioscience, Biotechnology and Biochemistry,
72(2): 335-345, 2008.
Hartman RE, Shah A, Fagan AM, Schwetye KE, Parsadanian M, Schulman RN, Finn MB,
Holtzman DM. Pomegranate juice decreases amyloid load and improves behavior in a mouse
model of Alzheimer's disease. Neurobiology of Disease, 24: 506-515, 2006.
Hawrelak JA, Cattley T, Myers SP. Essential oils in the treatment of intestinal dysbiosis: a
preliminary in vitro study. Alternative Medicine Review, 14(4): 380-384, 2009.
Hazra R, Guha D. Effect of chronic administration of Acorus calamus on electrical activity
and regional monoamine levels in rat brain. Biogenic Amines, 17: 161-169, 2003.
Hazra R, Ray K, Guha D. Inhibitory role of Acorus calamus in ferric chloride-induced
epileptogenesis in rat. Human and Experimental Toxicology, 26(12): 947-953, 2007.
85
Heimes K, Feistel B, Verspohl EJ. Impact of the 5-HT3 receptor channel system for insulin
secretion and interaction of ginger extracts. European Journal of Pharmacology, 624(1-3):
58-65, 2009.
Heidarian E, Jafari-Dehkordi E, Seidkhani-Nahal A. Effect of garlic on liver phosphatidate
phosphohydrolase and plasma lipid levels in hyperlipidemic rats. Food and Chemical
Toxicology, 49(5): 1110-1114, 2011.
Heinrich M, Barnes J, Gibbons S, Williamson EM. Fundamentals of pharmacognosy and
phytotherapy. London: Churchill Livingstone, 2004. 309 p.
Hikosaka K, El-Abasy M, Koyama Y, Motobu M, Koge K, Isobe T, Kang CB, Hayashidani
H, Onodera T, Wang PC, Matsumura M, Hirota Y. Immunostimulating effects of the
polyphenol-rich fraction of sugar cane (Saccharum officinarum L.) extract in chickens.
Phytotherapy Research, 21(2): 120-125, 2007.
Hiratsuka S, Ishihara K, Kitagawa T, Wada S, Yokogoshi H. Effect of dietary
docosahexaenoic acid connecting phospholipids on the lipid peroxidation of the brain in mice.
Journal of Nutritional Science and Vitaminology, 54(6): 501-506, 2008.
Hofbauer S, Kainz V, Golser L, Klappacher M, Kiesslich T, Heidegger W, Krammer B,
Hermann A, Weiger TM. Antiproliferative properties of Padma Lax and its components
ginger and elecampane. Forsch Komplementarmed, 13(Suppl 1): 18-22, 2006.
Hoffman H. The religions of Tibet. London: Ruskin House, 1961. 199 p.
Holmstedt B. Historical perspective and future of ethnopharmacology. In: Schultes, R.E.; von
Reis, S. (eds.) Ethnobotany: evolution of a discipline. Oregon: Timber Press Inc., 1995. pp.
320-337.
Holmstedt B, Bruhn JG Ethnopharmacology: a challenge. In: Schultes, R.E.; von Reis, S.
(eds.) Ethnobotany: evolution of a discipline. Oregon: Timber Press Inc., 1995. pp. 338-342.
Hong SH, Kim J, Kim JM, Lee SY, Shin DS, Son KH, Han DC, Sung YK, Kwon BM.
Apoptosis induction of 2'-hydroxycinnamaldehyde as a proteasome inhibitor is associated
with ER stress and mitochondrial perturbation in cancer cells. Biochemical Pharmacology,
74(4): 557-565, 2007.
Hosseinzadeh H, Noraei NB. Anxiolytic and hypnotic effect of Crocus sativus aqueous
extract and its constituents, crocin and safranal, in mice. Phytotherapy Research, 23(6): 768-
774, 2009.
Howes MR, Houghton PJ. Plants used in Chinese and Indian traditional medicine for
improvement of memory and cognitive function. Pharmacology, Biochemistry and Behavior,
75: 513-527, 2003.
86
HP (Himachal Pradesh) Forest Department - Himachal Pradesh Forestry Sector Medicinal
Plants Policy, 2006 [on line]. Consultado em março de 2011. Disponível em:
http://hpforest.nic.in/MedicalPlantPolicy.Pdf
Hsu HF, Tsou TC, Chao HR, Shy CG, Kuo YT, Tsai FY, Yeh SC, Ko YC. Effects of
arecoline on adipogenesis, lipolysis, and glucose uptake of adipocytes-A possible role of
betel-quid chewing in metabolic syndrome. Toxicology and Applied Pharmacology, 245(3):
370-377, 2010.
Huang JL, Fu ST, Jiang YY, Cao YB, Guo ML, Wang Y, Xu Z. Protective effects of
Nicotiflorin on reducing memory dysfunction, energy metabolism failure and oxidative stress
in multi-infarct dementia model rats. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 86(4): 741-
748, 2007.
Huong DTL, Dat NT, Minh CV, Kang JS, Kim YH. Monoamine oxidase inhibitors from
Aquilaria agallocha. Natural Product Sciences, 8(1): 30-33, 2002.
Husted C, Dhondup L. Tibetan medical interpretation of myelin lipids and multiple sclerosis.
Annals of the New York Academy of Sciences, 1172: 278-296, 2009.
Hwang H, Jeon H, Ock J, Hong SH, Han YM, Kwon BM, Lee WH, Lee MS, Suk K. 2'-
Hydroxycinnamaldehyde targets low-density lipoprotein receptor-related protein-1 to inhibit
lipopolysaccharide-induced microglial activation. Journal of Neuroimmunology, 230(1-2):
52-64, 2011.
Iacobellis NS, Cantore PL, Capasso F, Senatore F. Antibacterial activity of Cuminum
cyminum L. and Carum carvi L. essential oils. Journal of Agricultural and Food Chemistry,
53(1): 57-61, 2005.
Ichikawa H, Aggarwal B. Guggulsterone inhibits osteoclastogenesis induced by receptor
activator of nuclear factor-κB ligand and by tumor cells by suppressing nuclear factor-κB
activation. Clinical Cancer Research, 12(2): 662-668, 2006.
Ignacimuthu S, Shanmugam N. Antimycobacterial activity of two natural alkaloids, vasicine
acetate and 2-acetyl benzylamine, isolated from Indian shrub Adhatoda vasica Ness. leaves.
Journal of Biosciences, 35(4): 565-570, 2010.
Inokuchi J, Okabe H, Yamauchi T. Antihypertensive substance in seeds of Areca catechu L.
Life Sciences, 38(15): 1375-1382, 1986.
Ippoushi K, Azuma K, Ito H, Horie H, Higashio H. [6]-Gingerol inhibits nitric oxide
synthesis in activated J774.1 mouse macrophages and prevents peroxynitrite-induced
oxidation and nitration reactions. Life Sciences, 73(26): 3427-3437, 2003.
87
Iwaoka Y, Hashimoto R, Koizumi H, Yu J, Okabe T. Selective stimulation by
cinnamaldehyde of progesterone secretion in human adrenal cells. Life sciences, 86(23-24):
894-898, 2010.
Jadon A, Bhadauria M, Shukla S. Protective effect of Terminalia belerica Roxb. and gallic
acid against carbon tetrachloride induced damage in albino rats. Journal of
Ethnopharmacology, 109(2): 214-218, 2007.
Jahangir T, Sultana S. Tumor promotion and oxidative stress in ferric nitrilotriacetate-
mediated renal carcinogenesis: protection by Adhatoda vasica. Toxicology Mechanisms and
Methods, 17(7): 421-430, 2007.
Jamal A, Javed K, Aslam M, Jafri MA. Gastroprotective effect of cardamom, Elettaria
cardamomum Maton. fruits in rats. Journal of Ethnopharmacology, 103(2): 149-153, 2006.
Janahmadi M, Niazi F, Danyali S, Kamalinejad M. Effects of the fruit essential oil of
Cuminum cyminum Linn. (Apiaceae) on pentylenetetrazol-induced epileptiform activity in F1
neurones of Helix aspersa. Journal of Ethnopharmacology, 104(1-2): 278-282, 2006.
Janes CR. The transformations of Tibetan Medicine. Medical Anthropology Quaterly, 9(1): 6-
39, 1995.
Janes CR. The health transition, global modernity and the crisis of traditional medicine: the
Tibetan case. Social Science & Medicine, 48(12): 1803-1820, 1999.
Jayakumar T, Ilayaraja M, Sridhar MP, Sivalokanathan S, Prasad TRB, Balasubramanian MP.
Protective effect of Adhatoda vasica on D-galactosamine induced liver damage in rats with
reference to lipid peroxidation and antioxidant status. Journal of Natural Remedies, 9(1): 91-
98, 2009.
Jenny M, Schwaiger W, Bernhard D, Wrulich OA, Cosaceanu D, Fuchs D, Ueberall F.
Apoptosis induced by the Tibetan herbal remedy Padma 28 in the T cell-derived lymphocytic
leukaemia cell line CEM-C7H2. Journal of Carcinogenesis, 4: 15, 2004.
Ji DB, Zhu MC, Zhu B, Zhu YZ, Li CL, Ye J, Zhu HB. Hydroxysafflor yellow A enhances
survival of vascular endothelial cells under hypoxia via upregulation of the HIF-1α-VEGF
pathway and regulation of Bcl-2/Bax. Journal of Cardiovascular Pharmacology, 52(2): 191-
202, 2008.
Jia Q, Liu X, Wu X, Wang R, Hu X, Li Y, Huang C. Hypoglycemic activity of a polyphenolic
oligomer-rich extract of Cinnamomum parthenoxylon bark in normal and streptozotocin-
induced diabetic rats. Phytomedicine, 16(8): 744-750, 2009.
Johri RK, Thusu N, Khajuria A, Zutshi U. Piperine-mediated changes in the permeability of
rat intestinal epithelial cells. The status of γ-glutamyl transpeptidase activity, uptake of amino
acids and lipid peroxidation. Biochemical Pharmacology, 43(7): 1401-1407, 1992.
88
Joshi H, Parle M. Zingiber officinale: evaluation of its nootropic effect in mice. African
Journal of Traditional, Complementary and Alternative Medicines, 3(1): 64-74, 2006.
Jun YL, Eun JC, Hyo JK, Jun HP, Sang WC. Antioxidative flavonoids from leaves of
Carthamus tinctorius. Archives of Pharmacal Research, 25(3): 313-319, 2002.
Ka H, Park HJ, Jung HJ, Choi JW, Cho KS, Ha J, Lee KT. Cinnamaldehyde induces
apoptosis by ROS-mediated mitochondrial permeability transition in human promyelocytic
leukemia HL-60 cells. Cancer Letters, 196(2): 143-152, 2003.
Kakino M, Tazawa S, Maruyama H, Tsuruma K, Araki Y, Shimazawa M, Hara H. Laxative
effects of agarwood on low-fiber diet-induced constipation in rats. BMC Complementary and
Alternative Medicine, 10: 68, 2010.
Kala CP. Health traditions of Budddhist community and role of amchis in trans-Himalayan
region of India. Current Science, 89(8): 1331-1338 , 2005a.
Kala CP. Indigenous uses, population density, and conservation of threatened medicinal
plants in protected areas of the Indian Himalayas. Conservation Biology, 19(2): 368-378,
2005b.
Kamaleeswari M, Nalini N. Dose-response efficacy of caraway (Carum carvi L.) on tissue
lipid peroxidation and antioxidant profile in rat colon carcinogenesis. The Journal of
Pharmacy and Pharmacology, 58(8): 1121-1130, 2006.
Kamaleeswari M, Deeptha K, Sengottuvelan M, Nalini N. Effect of dietary caraway (Carum
carvi L.) on aberrant crypt foci development, fecal steroids, and intestinal alkaline
phosphatase activities in 1,2-dimethylhydrazine-induced colon carcinogenesis. Toxicology
and Applied Pharmacology, 214(3): 290-296, 2006.
Kasabri V, Flatt PR, Abdel-Wahab YHA. Terminalia bellirica stimulates the secretion and
action of insulin and inhibits starch digestion and protein glycation in vitro. British Journal of
Nutrition, 103(2): 212-217, 2010.
Katiyar C, Kumar A, Bhattacharya SK, Singh RS. Ayurvedic processed seeds of nux-vomica:
neuropharmacological and chemical evaluation. Fitoterapia, 81(3): 190-195, 2010.
Katiyar SK, Agarwal R, Mukhtar H. Inhibition of tumor promotion in SENCAR mouse skin
by ethanol extract of Zingiber officinale rhizome. Cancer Research, 56(5): 1023-1030, 1996.
Kaur S, Jaggi RK. Antinociceptive activity of chronic administration of different extracts of
Terminalia bellerica Roxb. and Terminalia chebula Retz. fruits. Indian Journal of
Experimental Biology, 48(9): 925-930, 2010.
Kessler RC, Angermeyer M, Anthony JC, Graaf R, Demyttenaere K, Gasquet I, Girolamo G,
Gluzman S, Gureje O, Haro JM, Kawakami N, Karam A, Levinson D, Mora MEM, Browne
MAO, Posada-Villa J, Stein DJ, Tsang CHA, Aguilar-Gaxiola S, Alonso J, Lee S, Heeringa S,
89
Pennell BE, Berglund P, Gruber MJ, Petukhova M, Chatterji S, Üstün TB. Lifetime
prevalence and age-of-onset distributions of mental disorders in the World Health
Organization’s World Mental Health Survey Initiative. World Psychiatry, 6: 168-176, 2007.
Kessler RC, Chiu WT, Demler O, Walters EE. Prevalence, severity, and comorbidity of 12-
Month DSM-IV disorders in the National Comorbidity Survey Replication. Archives of
General Psychiatry, 62: 617-627, 2005.
Khan AU, Gilani AH. Pharmacodynamic evaluation of Terminalia bellerica for its
antihypertensive effect. Journal of Food and Drug Analysis, 16(3): 6-14, 2008.
Khan A, Gilani AH. Antisecretory and analgesic activities of Terminalia bellerica. African
Journal of Biotechnology, 9(18): 2717-2719, 2010.
Khan S, Mehmood MH, Ali AN, Ahmed FS, Dar A, Gilani AH. Studies on anti-inflammatory
and analgesic activities of betel nut in rodents. Journal of Ethnopharmacology, 135(3): 654-
661, 2011
Khatibi A, Haghparast A, Shams J, Dianati E, Komaki A, Kamalinejad M. Effects of the fruit
essential oil of Cuminum cyminum L. on the acquisition and expression of morphine-induced
conditioned place preference in mice. Neuroscience Letters, 448(1): 94-98, 2008.
Khopde SM, Priyadarsini KI, Mohan H, Gawandi VB, Satav JG, Yakhmi JV, Banavaliker
MM, Biyani MK, Mittal JP. Characterizing the antioxidant activity of amla (Phyllanthus
emblica) extract. Current Science, 81(2): 185-190, 2001.
Kikuzaki H, Nakatani N. Antioxidant effects of some ginger constituents. Journal of Food
Science, 58(6): 1407-1410, 1993.
Kim H, Han TH, Lee SG. Anti-inflammatory activity of a water extract of Acorus calamus L.
leaves on keratinocyte HaCaT cells. Journal of Ethnopharmacology, 122(1): 149-156, 2009.
Kim HM, Lee EH, Hong SH, Song HJ, Shin MK, Kim SH, Shin TY. Effect of Syzygium
aromaticum extract on immediate hypersensitivity in rats. Journal of Ethnopharmacology,
60(2): 125-131, 1998.
Kim SH, Hyun SH, Choung SY. Anti-diabetic effect of cinnamon extract on blood glucose in
db/db mice. Journal of Ethnopharmacology, 104(1-2): 119-123, 2006.
Kim SY, Koo YK, Koo JY, Ngoc TM, Kang SS, Bae K, Kim YS, Yun-Choi HS. Platelet anti-
aggregation activities of compounds from Cinnamomum cassia. Journal of Medicinal Food,
13(5): 1069-1074, 2010.
Kim YC, Lee EH, Lee YM, Kim HK, Song BK, Lee EJ, Kim HM. Effect of the aqueous
extract of Aquilaria agallocha stems on the immediate hypersensitivity reactions. Journal of
Ethnopharmacology, 58(1): 31-38, 1997.
90
Kirkham S, Akilen R, Sharma S, Tsiami A. The potential of cinnamon to reduce blood
glucose levels in patients with type 2 diabetes and insulin resistance. Diabetes, obesity &
metabolism, 11(12): 1100-1113, 2009.
Kiuchi F, Iwakami S, Shibuya M, Hanaoka F, Sankawa U. Inhibition of prostaglandin and
leukotriene biosynthesis by gingerols and diarylheptanoids. Chemical and Pharmaceutical
Bulletin, 40(2): 387-391, 1992.
Ko JK, Leung CC. Ginger extract and polaprezinc exert gastroprotective actions by anti-
oxidant and growth factor modulating effects in rats. Journal of Gastroenterology and
Hepatology, 25(12): 1861-1868.
Kondeti VK, Badri KR, Maddirala DR, Thur SK, Fatima SS, Kasetti RB, Rao CA. Effect of
Pterocarpus santalinus bark, on blood glucose, serum lipids, plasma insulin and hepatic
carbohydrate metabolic enzymes in streptozotocin-induced diabetic rats. Food and Chemical
Toxicology, 48(5): 1281-1287, 2010.
Kong JO, Lee SM, Moon YS, Lee SG, Ahn YJ. Nematicidal activity of cassia and cinnamon
oil compounds and related compounds toward Bursaphelenchus xylophilus (Nematoda:
Parasitaphelenchidae). Journal of Nematology, 39(1): 31-36, 2007.
Kong YH, Jo YO, Cho CW, Son D, Park S, Rho J, Choi SY. Inhibitory effects of cinnamic
acid on melanin biosynthesis in skin. Biological & Pharmaceutical Bulletin, 31(5): 946-954,
2008.
Koo KLK, Ammit AJ, Tran VH, Duke CC, Roufogalis BD. Gingerols and related analogues
inhibit arachidonic acid-induced human platelet serotonin release and aggregation.
Thrombosis Research, 103(5): 387-397, 2001.
Koppikar SJ, Choudhari AS, Suryavanshi SA, Kumari S, Chattopadhyay S, Kaul-Ghanekar R.
Aqueous cinnamon extract (ACE-c) from the bark of Cinnamomum cassia causes apoptosis in
human cervical cancer cell line (SiHa) through loss of mitochondrial membrane potential.
BMC Cancer, 10: 210, 2010.
Koppula S, Kopalli SR, Sreemantula S. Adaptogenic and nootropic activities of aqueous
extracts of Carum carvi Linn (caraway) fruit: an experimental study in Wistar rats. Australian
Journal of Medical Herbalism, 21(3): 72-78, 2009.
Koyama N, Suzuki K, Furukawa Y, Arisaka H, Seki T, Kuribayashi K, Ishii K, Sukegawa E,
Takahashi M. Effects of safflower seed extract supplementation on oxidation and
cardiovascular risk markers in healthy human volunteers. British Journal of Nutrition, 101(4):
568-575, 2009.
91
Kumar A, Ram J, Samarth RM, Kumar M. Modulatory influence of Adhatoda vasica Nees
leaf extract against gamma irradiation in Swiss albino mice. Phytomedicine, 12(4): 285-293,
2005.
Kumar P, Singh DK. Molluscicidal activity of Ferula asafoetida, Syzygium aromaticum and
Carum carvi and their active components against the snail Lymnaea acuminata.
Chemosphere, 63(9): 1568-1574, 2006.
Kuo PL, Hsu YL, Huang MS, Tsai MJ, Ko YC. Ginger suppresses phthalate ester-induced
airway remodeling. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 59(7): 3429-3438, 2011.
Krueger RF. The structure of common mental disorders. Archives of General Psychiatry, 56:
921-926, 1999.
Kunwar RM, Nepal BK, Kshhetri HB, Rai SK, Bussmann RW. Ethnomedicine in Himalaya: a
case study from Dolpa, Humla, Jumla and Mustang districts of Nepal. Journal of
Ethnobiology and Ethnomedicine, 2: 27, 2006.
Kurokawa M, Hozumi T, Basnet P, Nakano M, Kadota S, Namba T, Kawana T, Shiraki K.
Purification and characterization of Eugeniin as an anti-herpesvirus compound from Geum
japonicum and Syzygium aromaticum. Journal of Pharmacology and Experimental
Therapeutics, 284(2): 728-735, 1998.
Kwon HK, Hwang JS, So JS, Lee CG, Sahoo A, Ryu JH, Jeon WK, Ko BS, Im CR, Lee SH,
Park ZY, Im SH. Cinnamon extract induces tumor cell death through inhibition of NFkappaB
and AP1. BMC Cancer, 10: 392, 2010.
Lahlou S, Tahraoui A, Israili Z, Lyoussi B. Diuretic activity of the aqueous extracts of Carum
carvi and Tanacetum vulgare in normal rats. Journal of Ethnopharmacology, 110(3): 458-
463, 2007.
Lantz RC, Chen GJ, Sarihan M, Sólyom AM, Jolad SD, Timmermann BN. The effect of
extracts from ginger rhizome on inflammatory mediator production. Phytomedicine, 14(2-3):
123-128, 2007.
Latha RCR, Daisy P. Insulin-secretagogue, antihyperlipidemic and other protective effects of
gallic acid isolated from Terminalia bellerica Roxb. in streptozotocin-induced diabetic rats.
Chemico-Biological Interactions, 189(1-2): 112-118, 2011.
Ledezma E, Apitz-Castro R. Ajoene the main active compound of garlic (Allium sativum): a
new antifungal agent. Revista Iberoamericana de Micología, 23(2): 75-80, 2006.
Ledón N, Casacó A, Remirez D, González A, Cruz J, González R, Capote A, Tolón Z, Rojas
E, Rodríguez VJ, Merino N, Rodríguez S, Ancheta O, Cano MC. Effects of a mixture of fatty
acids from sugar cane (Saccharum officinarum L.) wax oil in two models of inflammation:
92
zymosan-induced arthritis and mice tail test of psoriasis. Phytomedicine, 14(10): 690-695,
2007.
Ledón N, Casacó A, Rodríguez V, Cruz J, González R, Tolón Z, Cano M, Rojas E. Anti-
inflammatory and analgesic effects of a mixture of fatty acids isolated and purified from sugar
cane wax oil. Planta Medica, 69(4): 367-369, 2003.
Lee CL, Chiang LC, Cheng LH, Liaw CC, Abd El-Razek MH, Chang FR, Wu YC. Influenza
A (H(1)N(1)) antiviral and cytotoxic agents from Ferula assa-foetida. Journal of Natural
Products, 72(9): 1568-1572, 2009.
Lee HS, Nam HW, Kyoung HK, Lee H, Jun W, Lee KW. Antioxidant effects of aqueous
extract of Terminalia chebula in vivo and in vitro. Biological and Pharmaceutical Bulletin,
28(9): 1639-1644, 2005a.
Lee KK, Choi JD. The effects of Areca catechu L extract on anti-aging. International Journal
of Cosmetic Science, 21(4): 285-295, 1999.
Lee KG, Shibamoto T. Antioxidant property of aroma extract isolated from clove buds
[Syzygium aromaticum (L.) Merr. et Perry]. Food Chemistry, (74)4: 443-448, 2001.
Lee SA, Hong SS, Han XH, Hwang JS, Oh GJ, Lee KS, Lee MK, Hwang BY, Ro JS. Piperine
from the fruits of Piper longum with inhibitory effect on monoamine oxidase and
antidepressant-like activity. Chemical & Pharmaceutical Bulletin, 53(7): 832-835, 2005b.
Lemhadri A, Hajji L, Michel JB, Eddouks M. Cholesterol and triglycerides lowering activities
of caraway fruits in normal and streptozotocin diabetic rats. Journal Ethnopharmacology,
106(3): 321-326, 2006.
Leonti M. The future is written: Impact of scripts on the cognition, selection, knowledge and
transmission of medicinal plant use and its implications for ethnobotany and
ethnopharmacology. Journal of Ethnopharmacology, 134: 542-555, 2011.
Leroi-Gourhan A. The flowers found with Shanidar IV, a Neanderthal burial in Iraq. Science,
190: 562-564, 1975.
Li LY, Ciren BZ, Zhan D, Wei YF. Comprehensive utilization and development of traditional
Tibetan medicine in China. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi, 26(12): 808-810, 2001.
Li P, Matsunaga K, Ohizumi Y. Nerve growth factor-potentiating compounds from
Picrorhizae rhizoma. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 23(7): 890-892, 2000.
Li Q, Li Z, Xu XY, Guo YL, Du F. Neuroprotective properties of picroside II in a rat model
of focal cerebral ischemia. International Journal of Molecular Sciences, 11(11): 4580-4590,
2010.
93
Li X, Yang YB, Yang Q, Sun LN, Chen WS. Anti-inflammatory and analgesic activities of
Chaenomeles speciosa fractions in laboratory animals. Journal of Medicinal Food, 12(5):
1016-1022, 2009.
Lin CC, Wu SJ, Chang CH, Ng LT. Antioxidant activity of Cinnamomum cassia.
Phytotherapy Research, 17(7): 726-730, 2003.
Lionnet L, Beaudry F, Vachon P. Intrathecal eugenol administration alleviates neuropathic
pain in male Sprague-Dawley rats. Phytotherapy Research, 24(11): 1645-1653, 2010.
Liu J, Mei WL, Cui HB, Wu J, Dai HF. Study on chemical constituents and anti-bacterial
activity of volatile oil from seed of Aquilaria sinensis. Zhong Yao Cai, 31(3): 340-342, 2008.
Liu TY, Chen CL, Chi CW. Oxidative damage to DNA induced by areca nut extract.
Mutation Research - Genetic Toxicology, 367(1): 25-31, 1996.
Liu Y, Dao Z, Yang C, Liu Y, Long C. Medicinal plants used by Tibetans in Shangri-la,
Yunnan, China. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 5: 15, 2009.
Loizzo JJ, Blackhall LJ. Traditional alternatives as complementary sciences: the case of Indo-
Tibetan medicine. The Journal of Alternative and Complementary Medicine, 4(3): 311-319,
1998.
Loizzo JJ, Blackhall LJ, Rapgay L. Tibetan medicine: a complementary science of optimal
health. Annals of the New York Academy of Sciences, 1172: 218-330, 2009.
Lokhande PD, Dhaware BS, Jagdale SC, Chabukswar AR, Mulkalwar SA. Cardiac activity of
isolated constituents of Inula racemosa. Journal of Herbal Pharmacotherapy, 6(3-4): 81-88,
2006.
Lu Z, Jia Q, Wang R, Wu X, Wu Y, Huang C, Li Y. Hypoglycemic activities of A- and B-
type procyanidin oligomer-rich extracts from different Cinnamon barks. Phytomedicine,
18(4): 298-302, 2010.
Machado ABM. Apresentação. Megadiversidade, 1(1): 3-4, 2005.
Majdalawieh AF, Carr RI. In vitro investigation of the potential immunomodulatory and anti-
cancer activities of black pepper (Piper nigrum) and cardamom (Elettaria cardamomum).
Journal of Medicinal Food, 13(2): 371-381, 2010.
Malinowski B. “O Objeto, Método e Alcance dessa pesquisa”. In: Guimarães, A.Z. (org.).
Desvendando Máscaras Sociais. 3ª edição. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1990. pp.
39-61.
Mangathayaru K, Kuruvilla S, Balakrishna K, Venkhatesh J. Modulatory effect of Inula
racemosa Hook. f. (Asteraceae) on experimental atherosclerosis in guinea-pigs. The Journal
of Pharmacy and Pharmacology, 61(8): 1111-1118, 2009.
94
Manis G, Rao A, Karanth KS. Neuropharmacological activity of Acorus calamus. Fitoterapia,
62: 131-137, 1991.
Manjrekar PN, Jolly CI, Narayanan S. Comparative studies of the immunomodulatory activity
of Tinospora cordifolia and Tinospora sinensis. Fitoterapia, 71(3): 254-257, 2000.
Manju V, Nalini N. Chemopreventive efficacy of ginger, a naturally occurring anticarcinogen
during the initiation, post-initiation stages of 1,2 dimethylhydrazine-induced colon cancer.
Clinica Chimica Acta, 358(1-2): 60-67, 2005.
Manjula N, Gayathri B, Vinaykumar KS, Shankernarayanan NP, Vishwakarma RA,
Balakrishnan A. Inhibition of MAP kinases by crude extract and pure compound isolated
from Commiphora mukul leads to down regulation of TNF-α, IL-1β and IL-2. International
Immunopharmacology, 6(2): 122-132, 2006.
Mannan N, Boucher BJ, Evans SJW. Increased waist size and weight in relation to
consumption of Areca catechu (betel-nut); a risk factor for increased glycaemia in Asians in
East London. British Journal of Nutrition, 83(3): 267-275, 2000.
Manosroi A, Jantrawu, P, Akihisa T, Manosroi W, Manosroi J. In vitro anti-aging activities of
Terminalia chebula gall extract. Pharmaceutical Biology, 48(4): 469-481, 2010.
Mao QQ, Xian YF, Ip SP, Che CT. Involvement of serotonergic system in the antidepressant-
like effect of piperine. Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry,
35(4): 1144-1147, 2011.
De Martino L, De Feo V, Fratianni F, Nazzaro F. Chemistry, antioxidant, antibacterial and
antifungal activities of volatile oils and their components. Natural Product Communications,
4(12): 1741-1750, 2009.
Marzouki SM, Almagro L, Sabater-Jara AB, Ros Barceló A, Pedreño MA. Kinetic
characterization of a basic peroxidase from garlic (Allium sativum L.) cloves. Journal of Food
Science, 75(9): C740-6, 2010.
Masuda Y, Kikuzaki H, Hisamoto M, Nakatani N. Antioxidant properties of gingerol related
compounds from ginger. BioFactors, 21(1-4): 293-296, 2004.
Mathew BC, Daniel RS, Augusti KT. Hypolipidemic effect of garlic protein substituted for
casein in diet of rats compared to those of garlic oil. Indian Journal of Experimental Biology,
34(4): 337-340, 1996.
Matsubayashi H, Alkondon M, Pereira EFR, Swanson KL, Albuquerque EX. Strychnine: a
potent competitive antagonist of a-bungarotoxin-sensitive nicotinic acetylcholine receptors in
rat hippocampal neurons. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 284(3):
904-913, 1998.
95
Mazzio EA, Soliman KFA. In vitro Screening for the tumoricidal properties of international
medicinal herbs. Phytotherapy Research, 23(3): 385-398, 2009.
Mehta S, Singh RK, Jaiswal D, Rai PK, Watal G. Anti-diabetic activity of Emblica officinalis
in animal models. Pharmaceutical Biology, 47(11): 1050-1055, 2009.
Melzer J, Brignoli R, Diehm C, Reichling J, Do DD, Saller R. Treating intermittent
claudication with Tibetan medicine Padma 28: does it work? Atherosclerosis. 189(1): 39-46,
2006.
Mencarelli A, Renga B, Palladino G, Distrutti E, Fiorucci S. The plant sterol guggulsterone
attenuates inflammation and immune dysfunction in murine models of inflammatory bowel
disease. Biochemical Pharmacology, 78(9): 1214-1223, 2009.
Men-Tsee-Khang - The Tibetan Medical and Astrological Institute of His Holiness The Dalai
Lama [on line]. Consultado em dezembro de 2011. Disponível em: http://www.tibetan-
medicine.org/headoffice.asp
Men-Tsee-Khang. Fundamentals of Tibetan Medicine. Delhi: Indraprashta Press. 4th Edition,
2001. 138p.
Men-Tsee-Khang , editores. The basic tantra and the explanatory tantra from the secret
quintessential instructions on the eight branches of the ambrosia essence tantra. Dharamsala:
Men-Tsee-Khang, 2008. 375 p.
Meselhy MR, Kadota S, Momose Y, Hatakeyama N, Kusai A, Hattori M, Namba T. Two new
quinochalcone yellow pigments from Carthamus tinctorius and Ca2+ antagonistic activity of
tinctormine. Chemical and Pharmaceutical Bulletin, 41(10): 1796-1802, 1993.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 2ª edição. São
Paulo: Hucitec-Abrasco, 1993. 269p.
Miyazawa M, Hisama M. Antimutagenic activity of phenylpropanoids from clove (Syzygium
aromaticum). Journal of Agricultural and Food Chemistry, 51(22): 6413-6422, 2003.
Mohagheghzadeh A, Faridi P, Shams-Ardakani M, Ghasemi Y. Medicinal smokes. Journal of
Ethnopharmacology, 108: 161–184, 2006.
Moussavi S, Chatterji S, Verdes E, Tandon A, Patel V, Üstün TB. Depression, chronic
diseases, and decrements in health: results from the World Health Surveys. Lancet, 370: 851–
858, 2007.
Mowrey DB, Clayson DE. Motion sickness, ginger, and psychophysics. Lancet, 1(8273): 655-
657, 1982.
Mujumdar AM, Dhuley JN, Deshmukh VK, Raman PH, Thorat SL, Naik SR. Effect of
piperine on pentobarbitone induced hypnosis in rats. Indian Journal of Experimental Biology,
28(5): 486-487, 1990.
96
Mukherjee PK, Kumar V, Mal M, Houghton PJ. In vitro acetylcholinesterase inhibitory
activity of the essential oil from Acorus calamus and its main constituents. Planta Medica,
73(3): 283-285, 2007.
Nagaraju N, Prasad M, Gopalakrishna G, Rao KN. Blood sugar lowering effect of Pterocarpus
santalinus (red sanders) wood extract in different rat models. International Journal of
Pharmacognosy, 29(2): 141-144, 1991.
Nampoothiri SV, Prathapan A, Cherian OL, Raghu KG, Venugopalan VV, Sundaresan A. In
vitro antioxidant and inhibitory potential of Terminalia bellerica and Emblica officinalis fruits
against LDL oxidation and key enzymes linked to type 2 diabetes. Food and Chemical
Toxicology, 49(1): 125-131, 2011.
Nascimento GGF, Locatelli J, Freitas PC, Silva GL. Antibacterial activity of plant extracts
and phytochemicals on antibiotic-resistant bacteria. Brazilian Journal of Microbiology, 31(4):
247-256, 2000.
Natarajan B, Paulsen BS, Korneliussen V. An ethnopharmacological study from Kulu district,
Himachal Pradesh, India: traditional knowledge compared with modern biological science.
Pharmaceutical Biology, 38(2): 129-138, 2000.
National Portal of India [on line]. Consultado em março de 2011. Disponível em:
http://www.india.gov.in
Nguyen PH, Le TV, Kang HW, Chae J, Kim SK, Kwon KI, Seo DB, Lee SJ, Oh WK. AMP-
activated protein kinase (AMPK) activators from Myristica fragrans (nutmeg) and their anti-
obesity effect. Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters, 20(14): 4128-4131, 2010.
Nievergelt A, Huonker P, Schoop R, Altmann KH, Gertsch J. Identification of serotonin 5-
HT1A receptor partial agonists in ginger. Bioorganic and Medicinal Chemistry, 18(9): 3345-
3351, 2010.
Noorbala AA, Akhondzadeh S, Tahmacebi-Pour N, Jamshidi AH. Hydro-alcoholic extract of
Crocus sativus L. versus fluoxetine in the treatment of mild to moderate depression: a double-
blind, randomized pilot trial. Journal of Ethnopharmacology, 97(2): 281-284, 2005.
Nosal'ova G, Mokry J, Hassan KMT. Antitussive activity of the fruit extract of Emblica
officinalis Gaertn. (Euphorbiaceae). Phytomedicine, 10(6-7): 583-589, 2003.
Ochiai T, Shimeno H, Mishima K, Iwasaki K, Fujiwara M, Tanaka H, Shoyama Y, Toda A,
Eyanagi R, Soeda S. Protective effects of carotenoids from saffron on neuronal injury in vitro
and in vivo. Biochimica et Biophysica Acta, 1770(4): 578-584, 2007.
Ock J, Lee HA, Ismail IA, Lee HJ, Kwon BM, Suk K, Lee WH, Hong SH. Differential
antiproliferation effect of 2'-benzoyloxycinnamaldehyde in K-ras-transformed cells via
downregulation of thiol antioxidants. Cancer science, 102(1): 212-218, 2011.
97
Ojha S, Bharti S, Sharma AK, Rani N, Bhatia J, Kumari S, Arya DS. Effect of Inula
racemosa root extract on cardiac function and oxidative stress against isoproterenol-induced
myocardial infarction. Indian Journal of Biochemistry & Biophysics, 48(1): 22-28, 2011.
Ojha SK, Nandave M, Arora S, Mehra RD, Joshi S, Narang R, Arya DS. Effect of
Commiphora mukul extract on cardiac dysfunction and ventricular function in isoproterenol-
induced myocardial infarction. Indian Journal of Experimental Biology, 46(9): 646-652,
2008.
Ojha S, Nandave M, Kumaria S, Arya DS. Cardioprotection by Inula racemosa Hook in
experimental model of myocardial ischemic reperfusion injury. Indian Journal of
Experimental Biology, 48(9): 918-924, 2010.
Okugawa H, Ueda R, Matsumoto K, Kawanishi K, Kato A. Effects of agarwood extracts on
the central nervous system in mice. Planta Medica, 59: 32-36, 1993.
Olajide OA, Ajayi FF, Ekhelar AI, Awe SO, Makinde JM, Alada ARA. Biological effects of
Myristica fragrans (nutmeg) extract. Phytotherapy Research, 13(4): 344-345, 1999.
D’olne Campos M. Etnociência ou etnografia de saberes, técnicas e práticas? In: Amorozo
MCM, Ming, LC, Silva SP. (Org.). Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia,
etnoecologia e disciplinas correlatas. Rio Claro: UNESP/CNPq, 2002. p. 129-154.
Ooi LS, Li Y, Kam SL, Wang H, Wong EY, Ooi VE. Antimicrobial activities of cinnamon oil
and cinnamaldehyde from the Chinese medicinal herb Cinnamomum cassia Blume. The
American Journal of Chinese Medicine, 34(3): 511-522, 2006.
Owen PL, Johns TN. Antioxidants in medicines and spices as cardioprotective agents in
Tibetan highlanders. Pharmaceutical Biology, 40(5) 346-357, 2002.
Ozaki Y, Soedigdo S, Wattimena YR, Suganda AG. Antiinflammatory effect of mace, aril of
Myristica fragrans Houtt., and its active principles. Japanese Journal of Pharmacology,
49(2): 155-163, 1989.
Pal HC, Sehar I, Bhushan S, Gupta BD, Saxena AK. Activation of caspases and poly (ADP-
ribose) polymerase cleavage to induce apoptosis in leukemia HL-60 cells by Inula racemosa.
Toxicology in vitro, 24(6): 1599-1609, 2010.
Palani S, Raja S, Kumar RP, Parameswaran P, Kumar BS. Therapeutic efficacy of Acorus
calamus on acetaminophen induced nephrotoxicity and oxidative stress in male albino rats.
Acta Pharmaceutica Sciencia, 52(1): 89-100, 2010.
Panossian A, Wikman G. Effects of adaptogens on the central nervous system and the
molecular mechanisms associated with their stress – protective activity. Pharmaceuticals, 3:
188-224, 2010.
98
Parida NK, Sahu MR, Debata PC, Panda PK. Analgesic and anticonvulsant effects of extracts
from the leaves of Strychnos nux-vomica Linn. Indian Drugs, 47(4): 25-33, 2010.
Park IK, Lee HS, Lee SG, Park JD, Ahn YJ. Insecticidal and fumigant activities of
Cinnamomum cassia bark-derived materials against Mechoris ursulus (Coleoptera:
attelabidae). Journal of Agricultural and Food Chemistry, 48(6): 2528-2531, 2000.
Parle M, Dhingra D, Kulkarni SK. Improvement of mouse memory by Myristica fragrans
seeds. Journal of Medicinal Food, 7(2): 157-161, 2004.
Patwardhan B. Ethnopharmacology and drug discovery. Journal of Ethnopharmacology, 100:
50-52, 2005.
Phillips S, Ruggier R, Hutchinson SE. Zingiber officinale (ginger) - an antiemetic for day case
surgery. Anaesthesia, 48(8): 715-717, 1993.
Pitsikas N, Boultadakis A, Georgiadou G, Tarantilis PA, Sakellaridis N. Effects of the active
constituents of Crocus sativus L., crocins, in an animal model of anxiety. Phytomedicine,
15(12): 1135-1139, 2008.
Pitsikas N, Sakellaridis N. Crocus sativus L. extracts antagonize memory impairments in
different behavioural tasks in the rat. Behavioral and Brain Research, 173(1): 112-115, 2006.
Pitsikas N, Zisopoulou S, Tarantilis PA, Kanakis CD, Polissiou MG, Sakellaridis N. Effects
of the active constituents of Crocus sativus L., crocins on recognition and spatial rats'
memory. Behavioral Brain Research, 183(2): 141-146, 2007.
Platel K, Srinivasan K. Digestive stimulant action of spices: a myth or reality? Indian Journal
of Medical Research, 119: 167-179, 2004.
Popov AM, Li IA, Kang DI. Analgesic properties of "cF" extracted from safflower
(Carthamus tinctorius L.) seeds and potential for its use in medicine. Pharmaceutical
Chemistry Journal, 43(1): 41-44, 2009.
Pourgholami MH, Kamalinejad M, Javadi M, Majzoob S, Sayyah M. Evaluation of the
anticonvulsant activity of the essential oil of Eugenia caryophyllata in male mice. Journal of
Ethnopharmacology, 64(2): 167-171, 1999.
Pradeep CR, Kuttan G. Effect of piperine on the inhibition of lung metastasis induced B16F-
10 melanoma cells in mice. Clinical and Experimental Metastasis, 19(8): 703-708, 2002.
Pramyothin P, Samosorn P, Poungshompoo S, Chaichantipyuth C. The protective effects of
Phyllanthus emblica Linn. extract on ethanol induced rat hepatic injury. Journal of
Ethnopharmacology, 107(3): 361-364, 2006.
Prasad RC, Herzog B, Boone B, Sims L, Waltner-Law M. An extract of Syzygium
aromaticum represses genes encoding hepatic gluconeogenic enzymes. Journal of
Ethnopharmacology, 96(1-2): 295-301, 2005.
99
Qureshi SA, Kamran M, Asad M, Zia A, Lateef T, Azmi MB. A preliminary study of
Santalum album on serum lipids and enzymes. Global Journal of Pharmacology, 4(2): 71-74,
2010.
Rajak S, Banerjee SK, Sood S, Dinda AK, Gupta YK, Gupta SK, Maulik SK. Emblica
officinalis causes myocardial adaptation and protects against oxidative stress in ischemic-
reperfusion injury in rats. Phytotherapy Research, 18(1): 54-60, 2004.
Ram A, Lauria P, Gupta R, Sharma VN. Hypolipidaemic effect of Myristica fragrans fruit
extract in rabbits. Journal of Ethnopharmacology, 55(1): 49-53, 1996.
Ranasinghe L, Jayawardena B, Abeywickrama K. Fungicidal activity of essential oils of
Cinnamomum zeylanicum (L.) and Syzygium aromaticum (L.) Merr et L.M. Perry against
crown rot and anthracnose pathogens isolated from banana. Letters in Applied Microbiology,
35(3): 208-211, 2002.
Randall SC. Blood is hotter than water: popular use of hot and cold in Kel Tamasheq illness
management. Social Science & Medicine, 36(5): 673-681, 1993.
Rao BK, Giri R, Kesavulu MM, Apparao C. Effect of oral administration of bark extracts of
Pterocarpus santalinus L. on blood glucose level in experimental animals. Journal of
Ethnopharmacology, 74(1): 69-74, 2001.
Rao RR, Hajra PK. Methods of research in ethnobotany. In: Jain SK, ed. A manual of
ethnobotany. Jodhpur: Rajasthan Law Weekly Press; 1987. p. 33-41.
Ray B, Chauhan NB,, Lahiri DK. Oxidative insults to neurons and synapse are prevented by
aged garlic extract and S-allyl-l-cysteine treatment in the neuronal culture and APP-Tg mouse
model. Journal of Neurochemistry, 117(3): 388-402, 2011.
Raza ML, Zeeshan M, Ahmad M, Shaheen F, Simjee SU. Seizure protection by Aconitum
violaceum against maximal electroshock test. Journal of Neurochemistry, 110(Suppl. 1): 11,
2009.
Reddy AM, Seo JH, Ryu SY, Kim YS, Kim YS, Min KR, Kim Y. Cinnamaldehyde and 2-
methoxycinnamaldehyde as NF-kappaB inhibitors from Cinnamomum cassia. Planta Medica,
70(9): 823-827, 2004.
Riyazi A, Hensel A, Bauer K, Geißler N, Schaaf S, Verspohl EJ. The effect of the volatile oil
from ginger rhizomes (Zingiber officinale), its fractions and isolated compounds on the 5-
HT3 receptor complex and the serotoninergic system of the rat ileum. Planta Medica, 73(4):
355-362, 2007.
Rodrigues E, Carlini EA. Possíveis efeitos sobre o sistema nervoso central de plantas
utilizadas por duas culturas brasileiras (quilombolas e índios). Arquivos Brasileiros de
Fitomedicina Científica, 1(3): 147-154, 2003.
100
Rodrigues E, Carlini EA. Use of South American plants for the treatment of neuropsychiatric
disorders. Bulletin of the Board of International Affairs of the Royal College of Psychiatrists,
3(3): 19-21, 2006.
Rodrigues E, Otsuka RD. Estratégias utilizadas para a seleção de plantas com potencial
bioativo com ênfase nos métodos de etnobotânica e etnofarmacologia. In: Carlini EA, Mendes
FR, org. Protocolos em Psicofarmacologia comportamental: um guia para a pesquisa de
drogas com ação sobre o SNC, com ênfase nas plantas medicinais. São Paulo: FAP-
UNIFESP, 2011. pp. 39-64.
Roh JS, Han JY, Kim JH, Hwang JK. Inhibitory effects of active compounds isolated from
safflower (Carthamus tinctorius L.) seeds for melanogenesis. Biological and Pharmaceutical
Bulletin, 27(12): 1976-1978, 2004.
Romagnoli C, Andreotti E, Maietti S, Mahendra R, Mares D. Antifungal activity of essential
oil from fruits of Indian Cuminum cyminum. Pharmaceutical Biology, 48(7): 834-838, 2010.
Ross ZM, O'Gara EA, Hill DJ, Sleightholme HV, Maslin DJ. Antimicrobial properties of
garlic oil against human enteric bacteria: evaluation of methodologies and comparisons with
garlic oil sulfides and garlic powder. Applies and Environmental Microbiology, 67(1): 475-
480, 2001.
Ryan M. Efficacy of the Tibetan treatment for arthritis. Social Science & Medicine, 44(4):
535-539, 1997.
Sabu MC, Kuttan R. Antidiabetic and antioxidant activity of Terminalia belerica. Roxb.
Indian Journal of Experimental Biology, 47(4): 270-275, 2009.
Sadiq S, Nagi AH, Shahzad M, Zia A. The reno-protective effect of aqueous extract of Carum
carvi (black zeera) seeds in streptozotocin induced diabetic nephropathy in rodents. Saudi
Journal of Kidney Diseases and Transplantation, 21(6): 1058-1065, 2010.
Sadraei H, Ghannadi A, Malekshahi K. Composition of the essential oil of asa-foetida and its
spasmolytic action. Saudi Pharmaceutical Journal, 11(3): 136-140, 2003.
Saleem S, Ahmad M, Ahmad AS, Yousuf S, Ansari MA, Khan MB, Ishrat T, Islam F. Effect
of saffron (Crocus sativus) on neurobehavioral and neurochemical changes in cerebral
ischemia in rats. Journal of Medicinal Food, 9(2): 246-253, 2006.
Salick J, Byg A, Amend A, Gunn B, Law W, Schmidt H. Tibetan medicine plurality.
Economic Botany, 60(3): 227-253, 2006.
Salick J, Zhendong F, Byg A. Eastern Himalayan alpine plant ecology, tibetan ethnobotany,
and climate change. Global Environmental Change, 19: 147-155, 2009.
101
Sallon S, Ben-Arye E, Davidson R, Shapiro H, Ginsberg G, Ligumsky M. A novel treatment
for constipation-predominant irritable bowel syndrome using Padma Lax, a Tibetan herbal
formula. Digestion, 65(3): 161-171, 2002.
Samojlik I, Lakić N, Mimica-Dukić N, Daković-Svajcer K, Bozin B. Antioxidant and
hepatoprotective potential of essential oils of coriander (Coriandrum sativum L.) and caraway
(Carum carvi L.) (Apiaceae). Journal of Agricultural and Food Chemistry, 58(15): 8848-
8853, 2010.
Sandeep D, Nair CKK. Protection of DNA and membrane from γ-radiation induced damage
by the extract of Acorus calamus Linn: an in vitro study. Environmental Toxicology and
Pharmacology, 29(3): 302-307, 2010.
Santin JR, Lemos M, Klein LC, Machado ID, Costa P, de Oliveira AP, Tilia C, de Souza JP,
de Sousa JPB, Bastos JK, de Andrade SF. Gastroprotective activity of essential oil of the
Syzygium aromaticum and its major component eugenol in different animal models. Naunyn-
Schimiedebergs Archives of Pharmacology, 383(2): 149-158, 2011.
Sarfaraz S, Siddiqui IA, Syed DN, Afaq F, Mukhtar H. Guggulsterone modulates MAPK and
NF-kappaB pathways and inhibits skin tumorigenesis in SENCAR mice. Carcinogenesis,
29(10): 2011-2018, 2008.
Satishgoud S, Sharangouda Vishwanatha T, Patil SB. Contraceptive effect of Terminalia
bellirica (bark) extract on male albino rats. Pharmacologyonline, 2: 1278-1289, 2009.
Satyanarayana S, Sushruta K, Sarma GS, Srinivas N, Raju GVS. Antioxidant activity of the
aqueous extracts of spicy food additives - evaluation and comparison with ascorbic acid in in-
vitro systems. Journal of Herbal Pharmacotherapy, 4(2): 1-10, 2004.
Sayyah M, Mahboubi A, Kamalinejad M. Anticonvulsant effect of the fruit essential oil of
Cuminum cyminum in mice. Pharmaceutical Biology, 40(6): 478-480, 2002.
Schulz V, Hänsel R, Tyler VE. Rational Phytotherapy – a physicians’ guide to herbal
medicine. Barueri: Manole, 2002. 306 p.
Schräder R, Nachbur B, Mahler F. Effects of the Tibetan herbal preparation Padma 28 in
intermittent claudication. Schweizerische Medizinische Wochenschrift, 115(22): 752-756,
1985.
Schultes RE. The role of ethnobotanist in the search for new medicinal plants. Lloydia, 25:
257-266, 1962.
Schwabl H, Geistlich S, Mchugh E. Tibetan medicine in Europe: historical, practical and
regulatory aspects. Forsch Komplementarmed, 13(Suppl 1): 1-6, 2006.
102
Schwartz S, Tol WA, Sharma B, De Jong JTVM. Investigating the Tibetan healing system: a
psychosocial needs assessment of Tibetan refugees in Nepal. Intervention, 3(2): 122-128,
2005.
Selvendiran K, Banu SM, Sakthisekaran D. Oral supplementation of piperine leads to altered
phase II enzymes and reduced DNA damage and DNA-protein cross links in benzo(a)pyrene
induced experimental lung carcinogenesis. Molecular and Cellular Biochemistry, 268(1-2):
141-147, 2005a.
Selvendiran K, Singh JPV, Sakthisekaran D. In vivo effect of piperine on serum and tissue
glycoprotein levels in benzo(a)pyrene induced lung carcinogenesis in Swiss albino mice.
Pulmonary Pharmacology and Therapeutics, 19(2): 107-111, 2006.
Selvendiran K, Thirunavukkarasu C, Singh JPV, Padmavathi R, Sakthisekaran D.
Chemopreventive effect of piperine on mitochondrial TCA cycle and phase-I and glutathione-
metabolizing enzymes in benzo(a)pyrene induced lung carcinogenesis in Swiss albino mice.
Molecular and Cellular Biochemistry, 271(1-2): 101-106, 2005b.
Shah AJ, Gilani AH. Blood pressure-lowering and vascular modulator effects of Acorus
calamus extract are mediated through multiple pathways. Journal of Cardiovascular
Pharmacology, 54(1), 38-46, 2009.
Shams J, Khatibi A, Asefi F, Rahmani B, Hosseini FF. Effect of Cuminum cyminum L. on
acquisition and expression of ephedrine induced manic behavior. Bipolar Disorders,
11(Suppl. 1): 79 2009.
Sharma B, Salunke R, Srivastava S, Majumder C, Roy P. Effects of guggulsterone isolated
from Commiphora mukul in high fat diet induced diabetic rats. Food and Chemical
Toxicology, 47(10): 2631-2639, 2009.
Sharma JD, Dandiya PC, Baxter RM, Kandel SI. Pharmacodynamical effects of asarone and
b-asarone. Nature, 192: 1299-1300, 1961.
Sharma PK, Chauhan NS, Lal B. Observations on the traditional phytotherapy among the
inhabitants of Parvati valley in western Himalaya, India. Journal of Ethnopharmacology,
92(2-3): 167-176, 2004.
Shati AA, Elsaid FG, Hafez EE. Biochemical and molecular aspects of aluminium chloride-
induced neurotoxicity in mice and the protective role of Crocus sativus L. extraction and
honey syrup. Neuroscience, 175: 66-74, 2011.
Shi JJ, Liu CQ, Li B, Qin XL, Chen J, Wang JJ, Yang F. Protecting effect of Chaenomeles
speciosa broth on immunosuppressive mice induced by cyclophosphamide. Zhong Yao Cai,
32(9): 1418-1421, 2009.
103
Shi X, Ruan D, Wang Y, Ma L, Li M. Anti-tumor activity of safflower polysaccharide (SPS)
and effect on cytotoxicity of CTL cells, NK cells of T739 lung cancer in mice. Zhongguo
Zhongyao Zazhi, 35(2): 215-218, 2010.
Shishodia S, Aggarwal BB. Guggulsterone inhibits NF-κB and IκBα kinase activation,
suppresses expression of anti-apoptotic gene products, and enhances apoptosis. Journal of
Biological Chemistry, 279(45): 47148-47158, 2004.
Shivaprasad HN, Kharya MD, Rana AC, Mohan S. Preliminary immunomodulatory activities
of the aqueous extract of Terminalia chebula. Pharmaceutical Biology, 44(1): 32-34, 2006.
Shoji N, Iwasa A, Takemoto T. Cardiotonic principles of ginger (Zingiber officinale Roscoe).
Journal of Pharmaceutical Sciences, 71(10): 1174-1175, 1982.
Shrestha J, Shanbhag T, Shenoy S, Amuthan A, Prabhu K, Sharma S, Banerjee S, Kafle S.
Antiovulatory and abortifacient effects of Areca catechu (betel nut) in female rats. Indian
Journal of Pharmacology, 42(5): 306-311, 2010.
Shrivastava N, Srivastava A, Banerjee A, Nivsarkar M. Anti-ulcer activity of Adhatoda vasica
Nees. Journal of Herbal Pharmacotherapy, 6(2): 43-49, 2006.
Shukla PK, Khanna VK, Ali MM, Maurya RR, Handa SS, Srimal RC. Protective effect of
Acorus calamus against acrylamide induced neurotoxicity. Phytotherapy Research, 16: 256-
260, 2002.
Shukla PK, Khanna VK, Ali MM, Maurya RR, Khan MY, Srimal RC. Neuroprotective effect
of Acorus calamus against middle cerebral artery occlusion-induced ischaemia in rat. Human
& Experimental Toxicology, 25: 187-194, 2006.
Shukla Y, Singh M. Cancer preventive properties of ginger: a brief review. Food and
Chemical Toxicology, 45(5): 683-690, 2007.
Si MM, Lou JS, Zhou CX, Shen JN, Wu HH, Yang B, He QJ, Wu HS. Insulin releasing and
alpha-glucosidase inhibitory activity of ethyl acetate fraction of Acorus calamus in vitro and
in vivo. Journal of Ethnopharmacology, 128(1): 154-159, 2010.
Singh G, Kim S, Marimuthu P, Isidorov V, Vinogorova V. Antioxidant and antimicrobial
activities of essential oil and various oleoresins of Elettaria cardamomum (seeds and pods).
Journal of the Science of Food and Agriculture, 88(2): 280-289, 2008a.
Singh KN, Lal B. Ethnomedicines used against four common ailments by the tribal
communities of Lahaul-Spiti in western Himalaya. Journal of Ethnopharmacology, 115(1):
147-159, 2008.
Singh N, Kumar A, Gupta P, Chand K, Samant M, Maurya R, Dube A. Evaluation of
antileishmanial potential of Tinospora sinensis against experimental visceral leishmaniasis.
Parasitology Research, 102(3): 561-565, 2008b.
104
Singh RP, Padmavathi B, Rao AR. Modulatory influence of Adhatoda vesica (Justicia
adhatoda) leaf extract on the enzymes of xenobiotic metabolism, antioxidant status and lipid
peroxidation in mice. Molecular and Cellular Biochemistry, 213(1-2): 99-109, 2000.
Singh SV, Choi S, Zeng Y, Hahm ER, Xiao D. Guggulsterone-induced apoptosis in human
prostate cancer cells is caused by reactive oxygen intermediate-dependent activation of c-Jun
NH 2-terminal kinase. Cancer Research, 67(15): 7439-7449, 2007.
Singh SV, Zeng Y, Xiao D, Vogel VG, Nelson JB, Dhir R, Tripathi YB. Caspase-dependent
apoptosis induction by guggulsterone, a constituent of Ayurvedic medicinal plant
Commiphora mukul, in PC-3 human prostate cancer cells is mediated by Bax and Bak.
Molecular Cancer Therapeutics, 4(11): 1747-1754, 2005.
Simpson BB, Ogorzaly MC. Economic botany: plants in our world. 3th Edition. New York:
McGraw-Hill, 2001. 544 p.
Solecki RS. Shanidar IV, a Neanderthal flower burial in Northern Iraq. Science, 190: 880-881,
1975
Sonavane GS, Sarveiya VP, Kasture VB, Kasture SB. Anxiogenic activity of Myristica
fragrans seeds. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 71(1-2): 239-244, 2002.
Song JJ, Kwon SK, Cho CG, Park SW, Chae SW. Guggulsterone suppresses LPS induced
inflammation of human middle ear epithelial cells (HMEEC). International Journal of
Pediatric Otorhinolaryngology, 74(12): 1384-1387, 2010.
Soni R, Bhatnagar V. Effect of cinnamon (Cinnamomum cassia) intervention on blood
glucose of middle aged adult male with non insulin dependent diabetes mellitus (NIDDM).
Studies on Ethno-Medicine, 3(2): 141-144, 2009.
D'Souza T, Mengi S, Hassarajani S, Chattopadhayay S. Efficacy study of the bioactive
fraction (F-3) of Acorus calamus in hyperlipidemia. Indian Journal of Pharmacology, 39(4):
196-200, 2007.
Spinella M. The importance of pharmacological synergy in psychoactive herbal medicines.
Alternative Medicine Review, 7(2): 130-137, 2002.
Srinivasan K. Black pepper and its pungent principle-piperine: a review of diverse
physiological effects. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 47(8): 735-748, 2007.
Srivastava KC, Mustafa T. Ginger (Zingiber officinale) and rheumatic disorders. Medical
Hypotheses, 29(1): 25-28, 1989.
Srivastava KC, Mustafa T. Ginger (Zingiber officinale) in rheumatism and musculoskeletal
disorders. Medical Hypotheses, 39(4): 342-348, 1992.
105
Srivastava S, Gupta PP, Prasad R, Dixit KS, Palit G, Ali B, Misra G, Saxena RC. Evaluation
of antiallergic activity (type I hypersensitivity) of Inula racemosa in rats. Indian Journal of
Physiology and Pharmacology, 43(2): 235-241, 1999.
Stahl SM. Stahl’s essential psychopharmacology: neuroscientific basis and practical
applications. 3rd Edition. New York: Cambridge University Press, 2008. 1132 p.
Subramanian U, Poongavanam S, Vanisree AJ. Studies on the neuroprotective role of Piper
longum in C6 glioma induced rats. Investigational New Drugs, 28(5): 615-623, 2010.
Suguna L, Singh S, Sivakumar P, Sampath P, Chandrakasan G. Influence of Terminalia
chebula on dermal wound healing in rats. Phytotherapy Research, 16(3): 227-231, 2002.
Sukul NC, Ghosh S, Sinhababu SP, Sukul A. Strychnos nux-vomica extract and its ultra-high
dilution reduce voluntary ethanol intake in rats. The Journal of Alternative and
Complementary Medicine, 7(2): 187-193, 2011.
Sultana N, Akhter M, Khatoon Z. Nematicidal natural products from the aerial parts of Rubus
niveus. Natural Product Research, 24(5): 407-415, 2010.
Sultana S, Ahmed S, Jahangir T. Emblica officinalis and hepatocarcinogenesis: a
chemopreventive study in Wistar rats. Journal of Ethnopharmacology, 118(1): 1-6, 2008.
Sumathi P, Parvathi A. Antibacterial potential of the three medicinal fruits used in Triphala:
an ayurvedic formulation. Journal of Medicinal Plant Research, 4(16): 1682-1685, 2010.
Sun CY, Pei CQ, Zang BX, Wang L, Jin M. The ability of hydroxysafflor yellow a to
attenuate lipopolysaccharide- induced pulmonary inflammatory injury in mice. Phytotherapy
Research, 24(12): 1788-1795, 2010.
Suter M, Richter C. Anti- and pro-oxidative properties of Padma 28, a Tibetan herbal
formulation. Redox Reports, 5 (1): 17-22, 2000.
Szapary PO, Wolfe ML, Bloedon LT, Cucchiara AJ, DerMarderosian AH, Cirigliano MD,
Rader DJ. Guggulipid for the treatment of hypercholesterolemia: a randomized controlled
trial. Journal of the American Medical Association, 290(6): 765-772, 2003.
Tajuddin A, Ahmad S, Latif A, Qasmi IA. Aphrodisiac activity of 50% ethanolic extracts of
Myristica fragrans Houtt. (nutmeg) and Syzygium aromaticum (L) Merr. & Perry. (clove) in
male mice: a comparative study. BMC Complementary and Alternative Medicine, 3: 6, 2003.
Tajuddin A, Ahmad S, Latif A, Qasmi IA. Effect of 50% ethanolic extract of Syzygium
aromaticum (L.) Merr. & Perry. (clove) on sexual behaviour of normal male rats. BMC
Complementary and Alternative Medicine, 4: 17, 2004.
Tajuddin A, Ahmad S, Latif A, Qasmi IA, Amin KM. An experimental study of sexual
function improving effect of Myristica fragrans Houtt. (nutmeg). BMC Complementary and
Alternative Medicine, 5:16, 2005.
106
Takii T, Hayashi M, Hiroma H, Chiba T, Kawashima S, Zhang HL, Nagatsu A, Sakakibara J,
Onozaki K. Serotonin derivative, N-(p-coumaroyl)serotonin, isolated from safflower
(Carthamus tinctorius L.) oil cake augments the proliferation of normal human and mouse
fibroblasts in synergy with basic fibroblast growth factor (bFGF) or epidermal growth factor
(EGF). Journal of Biochemistry, 125(5): 910-915, 1999.
Tang Y, Yu X, Mi M, Zhao J, Wang J, Zhang T. Antioxidative property and
antiatherosclerotic effects of the powder processed from Chaenomeles speciosa in apoe-/-
mice. Journal of Food Biochemistry, 34(3): 535-548, 2010.
Taylor RFH, Al-Jarad N, John LME, Conroy DM, Barnes NC. Betel-nut chewing and asthma.
Lancet, 339(8802): 1134-1136, 1992.
Thaakur SR. Immunomodulatory potential of Adhatoda vasica. Asian Journal of
Microbiology, Biotechnology and Environmental Sciences, 9(3): 553-557, 2007.
The Government of Tibet in Exile [on line]. Consultado em março de 2011. Disponível em:
http://www.tibet.com/dasaguide.html
Thomson M, Ali M. Garlic [Allium sativum]: a review of its potential use as an anti-cancer
agent. Current Cancer Drug Targets, 3(1): 67-81, 2003.
Thomson M, Al-Qattan KK, Al-Sawan SM, Alnaqeeb MA, Khan I, Ali M. The use of ginger
(Zingiber officinale Rosc.) as a potential anti-inflammatory and antithrombotic agent.
Prostaglandins Leukotrienes and Essential Fatty Acids, 67(6): 475-478, 2002.
Tian J, Li G, Liu Z, Fu F. Hydroxysafflor Yellow A inhibits rat brain mitochondrial
permeability transition pores by a free radical scavenging action. Pharmacology, 82(2): 121-
126, 2008.
Tippani R, Porika M, Rao AV, Abbagani S, Yellu NR, Tammidala C. Analgesic activity of
root extract of Acorus calamus linn. Pharmacologyonline, 3: 240-243, 2008.
Tokar E. Seeing to the distant mountain: diagnosis in Tibetan medicine. Alternative Therapies
In Health And Medicine, 5 (2): 50-8, 1999.
Tomoda M, Asahara H, Gonda R, Takada K. Constituents of the seed of Malva verticillata.
VIII. Smith degradation of MVS-VI, the major acidic polysaccharide, and anti-
complementary activity of products. Chemical & Pharmaceutical Bulletin, 40(8): 2219-2221,
1992.
Tomoda M, Shimizu N, Gonda R, Kanari M, Yamada H, Hikino H. Anti-complementary and
hypoglycemic activities of the glycans from the seeds of Malva verticillata. Planta Medica,
56(2): 168-170, 1990.
Tripathi AK, Singh RH. Clinical study on an indigenous drug vaca (Acorus calamus) in the
treatment of depressive illness. Journal of Research in Ayurveda & Siddha, 16: 24, 1995.
107
Tripathi YB, Chaturvedi P. Assessment of endocrine response of Inula racemosa in relation
to glucose homeostasis in rats. Indian Journal of Experimental Biology, 33(9): 686-689, 1995.
Tripathi YB, Tripathi P, Upadhyay BN. Assessment of the adrenergic beta-blocking activity
of Inula racemosa. Journal of Ethnopharmacology, 23(1): 3-9, 1988.
Tsarong TJ. Formulário de composição, indicações e dosagem de medicamentos tibetanos.
Kalimpong: Tibetan Medical Publications, 1986. 104 p. (edição brasileira)
Tung TH, Chiu YH, Chen LS, Wu HM, Boucher BJ, Chen THH. A population-based study of
the association between areca nut chewing and Type 2 diabetes mellitus in men (Keelung
Community-based Integrated Screening programme No. 2). Diabetologia, 47(10): 1776-1781,
2004.
Türk G, Sönmez M, Aydin M, Yüce A, Gür S, Yüksel M, Aksu EH, Aksoy H. Effects of
pomegranate juice consumption on sperm quality, spermatogenic cell density, antioxidant
activity and testosterone level in male rats. Clinical Nutrition, 27(2): 289-296, 2008.
Ueberall F, Fuchs D, Vennos C. Anti-inflammatory potential of Padma 28 - review of
experimental data on the antiatherogenic activity and discussion of the multi-component
principle. Forschende Komplementärmedizin, 13(Suppl 1): 7-12, 2006.
Urizar NL, Moore DD. Gugulipid: a natural cholesterol-lowering agent. Annual Review of
Nutrition, 23: 303-313, 2003.
Üstün TB. The global burden of mental disorders. American Journal of Public Health, 89(9):
1315-1318, 1999.
Üstün TB, Ayuso-Mateos JL, Chatterji S, Mathers C, Murray CJ. Global burden of depressive
disorders in the year 2000. The British Journal of Psychiatry, 184(5): 386-392, 2004.
Vasudevan M, Parle M. Memory enhancing activity of anwala churna (Emblica officinalis
Gaertn.): an Ayurvedic preparation. Physiology and Behavior, 91(1): 46-54, 2007.
Verma SK, Jain V, Katewa SS. Blood pressure lowering, fibrinolysis enhancing and
antioxidant activities of cardamom (Elettaria cardamomum). Indian Journal of Biochemistry
& Biophysics, 46(6): 503-506, 2009.
Verspohl EJ, Bauer K, Neddermann E. Antidiabetic effect of Cinnamomum cassia and
Cinnamomum zeylanicum in vivo and in vitro. Phytotherapy Research, 19(3): 203-206, 2005.
Vieira TO, Said A, Aboutabl E, Azzam M, Creczynski-Pasa TB. Antioxidant activity of
methanolic extract of Bombax ceiba. Redox Report, 14(1): 41-46, 2009.
Vishwakarma SL, Pal SC, Kasture VS, Kasture SB. Anxiolytic and antiemetic activity of
Zingiber officinale. Phytotherapy Research, 16(7): 621-626, 2002.
Vohora SB, Shah SA, Dandiya PC. Central nervous system studies on an ethanol extract of
Acorus calamus rhizomes. Journal of Ethnopharmacology, 28: 53-62, 1990.
108
Waggas AM. Neuroprotective evaluation of extract of ginger (Zingiber officinale) root in
monosodium glutamate-induced toxicity in different brain areas malealbino rats. Pakistan
Journal of Biological Sciences, 12(3): 201-212, 2009.
Wagner H, Ulrich-Merzenich G. Synergy research: approaching a new generation of
phytopharmaceuticals. Phytomedicine, 16: 97-110, 2009.
Wahab A, Haq RU, Ahmed A, Khan RA, Raza M. Anticonvulsant activities of nutmeg oil of
Myristica fragrans. Phytotherapy Research, 23(2): 153-158, 2009.
Wanasuntronwong A. Effects of Phyllanthus emblica on memory impairment and neuoronal
cell death. Neuroscience Research, 61(Suppl. 1): S259-S259, 2008.
Wang FH, Yang YM, Xu JH, Qin JM, Ying K, Zhang CZ, Song YT, Yu TF. Comparing the
actions of the three flavone ingredients in Choerospondias axillaris on arrhythmias induced
by aconitine. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi, 30(14): 1096-1098, 2005a.
Wang H, Gao XD, Zhou GC, Cai L, Yao WB. In vitro and in vivo antioxidant activity of
Choerospondias axillaris aqueous extract from fruit. Food Chemistry, 106(3): 888-895, 2008.
Wang NP, Dai M, Wang H, Zhang LL, Wei W. Antinociceptive effect of glucosides of
Chaenomeles speciosa. Chinese Journal of Pharmacology and Toxicology, 19(3): 169-174,
2005b.
Wang Y, Han T, Zhu Y, Zheng CJ, Ming QL, Rahman K, Qin LP. Antidepressant properties
of bioactive fractions from the extract of Crocus sativus L. Journal of Natural Medicines,
64(1): 24-30, 2010.
Wanner J, Bail S, Jirovetz L, Buchbauer G, Schmidt E, Gochev V, Girova T, Atanasova T,
Stoyanova A. Chemical composition and antimicrobial activity of cumin oil (Cuminum
cyminum, Apiaceae). Natural Product Communications, 5(9):1355-1358, 2010.
Wattanathorn J, Chonpathompikunlert P, Muchimapura S, Priprem A, Tankamnerdthai O.
Piperine, the potential functional food for mood and cognitive disorders. Food and Chemical
Toxicology, 46(9): 3106-3110, 2008.
Wattanathorn J, Jittiwat J, Tongun T, Muchimapura S, Ingkaninan K. Zingiber officinale
mitigates brain damage and improves memory impairment in focal cerebral ischemic rat.
Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, 1-8, 2011.
Weiss MG, Desai A, Jadhav S, Gupta L, Channabasavanna SM, Doongaji DR, Behere PB.
Humoral concepts of mental illness in India. Social Science & Medicine, 27(5): 471-477,
1988.
WHO – World Health Organization, 2001. Traditional medicine in Asia. SEARO Regional
Publications No. 39. New Delhi: World Health Organization, 2001.
109
WHO – World Health Organization. WHO traditional medicine strategy. Geneva: World
Health Organization, 2002.
WHO – World Health Organization. Neurological disorders: public health challenge. Geneva:
World Health Organization, 2006. 218 p.
Williamson EM. Synergy and other interactions in phytomedicines. Phytomedicine, 8: 401-
409, 2001.
Wills PJ, Asha VV. Protective effect of Lygodium flexuosum (L.) Sw. extract against carbon
tetrachloride-induced acute liver injury in rat. Journal of Ethnopharmacology, 108(3): 320-
326, 2006a.
Wills PJ, Asha VV. Protective effect of Lygodium flexuosum (L.) Sw. (Lygodiaceae) against
D-galactosamine induced liver injury in rats. Journal of Ethnopharmacology, 108(1): 116-
123, 2006b.
Wills PJ, Asha VV. Protective mechanism of Lygodium flexuosum extract in treating and
preventing carbon tetrachloride induced hepatic fibrosis in rats. Chemico-biological
Interactions, 165(1): 76-85, 2007.
Wills PJ, Asha VV. Chemopreventive action of Lygodium flexuosum extract in human
hepatoma PLC/PRF/5 and Hep 3B cells. Journal of Ethnopharmacology, 122(2): 294-303,
2009.
Wills PJ, Suresh V, Arun M, Asha VV. Antiangiogenic effect of Lygodium flexuosum against
N-nitrosodiethylamine-induced hepatotoxicity in rats. Chemico-biological Interactions,
164(1-2): 25-38, 2006.
Witt CM, Berling NE, Rinpoche NT, Cuomo M, Willich SN. Evaluation of medicinal plants
as part of Tibetan medicine prospective observational study in Sikkim and Nepal. The Journal
of Alternative and Complementary Medicine, 15(1): 59-65, 2009.
Wu GHM, Boucher BJ, Chiu YH, Liao CS, Chen THH. Impact of chewing betel-nut (Areca
catechu) on liver cirrhosis and hepatocellular carcinoma: A population-based study from an
area with a high prevalence of hepatitis B and C infections. Public Health Nutrition, 12(1):
128-135, 2009.
Wu HS, Li YY, Weng LJ, Zhou CX, He QJ, Lou YJ. A fraction of Acorus calamus L. extract
devoid of β-asarone enhances adipocyte differentiation in 3T3-L1 cells. Phytotherapy
Research, 21(6): 562-564, 2007.
Wu PF, Chiang TA, Chen MT, Lee CP, Chen PH, Ko AMS, Yang KJ, Chang PY, Ke DS, Ko
YC. A characterization of the antioxidant enzyme activity and reproductive toxicity in male
rats following sub-chronic exposure to areca nut extracts. Journal of Hazardous Materials,
178(1-3): 541-546, 2010.
110
Wu SF, Chang FR, Wang SY, Hwang TL, Lee CL, Chen SL, Wu CC, Wu YC. Anti-
inflammatory and cytotoxic neoflavonoids and benzofurans from Pterocarpus santalinus.
Journal of Natural Products, 74(5): 989-996, 2011.
Xianfei X, Xiaoqiang C, Shunying Z, Guolin Z. Chemical composition and antimicrobial
activity of essential oils of Chaenomeles speciosa from China. Food Chemistry, 100(4): 1312-
1315, 2007.
Xiao D, Singh SV. z-Guggulsterone, a constituent of Ayurvedic medicinal plant Commiphora
mukul, inhibits angiogenesis in vitro and in vivo. Molecular Cancer Therapeutics, 7(1): 171-
180, 2008.
Xiao D, Zeng Y, Prakash L, Badmaev V, Majeed M, Singh SV. Reactive oxygen species-
dependent apoptosis by gugulipid extract of Ayurvedic medicine plant Commiphora mukul in
human prostate cancer cells is regulated by c-Jun N-terminal kinase. Molecular
Pharmacology, 79(3): 499-507, 2011.
Xu WN, Gao XX, Guo XL, Chen YC, Zhang WM, Luo YS. Study on volatile components
from peel of Aquilaria sinensis and the anti-tumor activity. Zhong Yao Cai, 33(11): 1736-
1740, 2010.
Yang Y, Yan RW, Cai XQ, Zheng, ZL, Zou GL. Chemical composition and antimicrobial
activity of the essential oil of Amomum tsao-ko. Journal of the Science of Food and
Agriculture, 88(12): 2111-2116, 2008a.
Yang YL, Chang SY, Teng HC, Liu YS, Lee TC, Chuang LY, Guh JY, Chang FR, Liao TN,
Huang JS, Yeh JH, Chang WT, Hung MY, Wang CJ, Chiang TA, Hung CY, Hung TJ.
Safflower extract: a novel renal fibrosis antagonist that functions by suppressing autocrine
TGF-Beta. Journal of Cellular Biochemistry, 104(3): 908-919, 2008b.
Yangkyi T, Waller SG. Treatment of corneal disease with traditional Tibetan medicine: a
report of four cases. Nepalese Journal of Ophthalmology, 3(5): 83-85, 2011.
Yenjit P, Issarakraisila M, Intana W, Chantrapromma K. Fungicidal activity of compounds
extracted from the pericarp of Areca catechu against Colletotrichum gloeosporioides in vitro
and in mango fruit. Postharvest Biology and Technology, 55(2): 129-132, 2010.
Yin W, Wang TS, Yin FZ, Cai BC. Analgesic and anti-inflammatory properties of brucine
and brucine N-oxide extracted from seeds of Strychnos nux-vomica. Journal of
Ethnopharmacology, 88(2-3): 205-214, 2003.
Yingjuan Y, Wanlun C, Changju Y, Dong X, Yanzhang H. Isolation and characterization of
insecticidal activity of (Z)-Asarone from Acorus calamus L. Insect Science, 15(3): 229-236,
2008.
111
Yoo CB, Han KT, Cho KS, Ha J, Park HJ, Nam JH, Kil UH, Lee KT. Eugenol isolated from
the essential oil of Eugenia caryophyllata induces a reactive oxygen species-mediated
apoptosis in HL-60 human promyelocytic leukemia cells. Cancer Letters, 225(1): 41-52,
2005.
You YJ, Nam NH, Kim Y, Bae KH, Ahn BZ. Antiangiogenic activity of lupeol from Bombax
ceiba. Phytotherapy Research, 17(4): 341-344, 2003.
Yu BZ, Kaimal R, Bai S, El Sayed KA, Tatulian, SA, Apitz RJ, Jain MK, Deng R, Berg OG.
Effect of guggulsterone and cembranoids of Commiphora mukul on pancreatic phospholipase
A(2): role in hypocholesterolemia. Journal of Natural Products, 72(1): 24-28, 2009.
Yu HS, Lee SY, Jang CG. Involvement of 5-HT1A and GABAA receptors in the anxiolytic-
like effects of Cinnamomum cassia in mice. Pharmacology, biochemistry, and behavior,
87(1): 164-170, 2007a.
Yu L, Shirai N, Suzuki H. Effects of some Chinese spices on body weights, plasma lipids,
lipid peroxides, and glucose, and liver lipids in mice. Food Science and Technology Research,
13(2): 155-161, 2007b.
Yu L, Suzuki H. Effects of tsao-ko, turmeric and garlic on body fat content and plasma lipid
glucose and liver lipid levels in mice (a comparative study of spices). Food Science and
Technology Research, 13(3): 241-246, 2007.
Zaugg J, Baburin I, Strommer B, Kim HJ, Hering S, Hamburger M. HPLC-based activity
profiling: discovery of piperine as a positive GABAA receptor modulator targeting a
benzodiazepine-independent binding site. Journal of Natural Products, 73(2): 185-191, 2010.
Zaugg J, Eickmeier E, Ebrahimi SN, Baburin I, Hering S, Hamburger M. Positive GABA(A)
receptor modulators from Acorus calamus and structural analysis of (+)-dioxosarcoguaiacol
by 1D and 2D NMR and molecular modeling. Journal of Natural Products, 74(6): 1437-43,
2011.
Zhang HL, Nagatsu A, Watanabe T, Sakakibara J, Okuyama H. Antioxidative compounds
isolated from safflower (Carthamus tinctorius L.) oil cake. Chemical and Pharmaceutical
Bulletin, 45(12): 1910-1914, 1997.
Zhang L, Cheng YX, Liu AL, Wang HD, Wang YL, Du GH. Antioxidant, anti-inflammatory
and anti-influenza properties of components from Chaenomeles speciosa. Molecules, 15(11):
8507-8517, 2010.
Zhang LL, Wei W. Study of therapeutic drugs on molecular targets in rheumatoid arthritis.
Chinese Pharmacological Bulletin, 22(11): 1291-1296, 2006.
Zhang Y, Takashina K, Saito H, Nishiyama N. Antiaging effect of DX-9386 in senescence
accelerated mouse. Biological & Pharmaceutical Bulletin, 17: 866-868, 1994.
112
Zhao G, Gai Y, Chu WJ, Qin GW, Guo LH. A novel compound N-1, N-5-(Z)-N-10-(E)-tri-p-
coumaroylspermidine isolated from Carthamus tinctorius L. and acting by serotonin
transporter inhibition. European Neuropsychopharmacology, 19(10): 749-758, 2009a.
Zhao G, Zheng XW, Gai Y, Chu WJ, Qin GW, Guo LH. Safflower extracts functionally
regulate monoamine transporters. Journal of Ethnopharmacology, 124(1): 116-124, 2009b.
Zhao W, Entschladen F, Liu H, Niggemann B, Fang Q, Zaenker KS, Han R. Boswellic acid
acetate induces differentiation and apoptosis in highly metastatic melanoma and fibrosarcoma
cells. Cancer Detection and Prevention, 27(1): 67-75, 2003.
Zhao X, Zhu JX, Mo SF, Pan Y, Kong LD. Effects of cassia oil on serum and hepatic uric
acid levels in oxonate-induced mice and xanthine dehydrogenase and xanthine oxidase
activities in mouse liver. Journal of Ethnopharmacology, 103(3): 357-365, 2006.
Zhao G, Jiang ZH, Zheng XW, Zang SY, Guo LH. Dopamine transporter inhibitory and
antiparkinsonian effect of common flowering quince extract. Pharmacology, Biochemistry
and Behavior, 90(3): 363-371, 2008.
Zhen Y. On the differences and similarities of pulse - taking between TCM and Tibetan
medicine. Zhonghua Yi Shi Za Zhi, 30(4): 237-239, 2000.
Zheng GQ, Kenney PM, Lam LKT. Sesquiterpenes from clove (Eugenia caryophyllata) as
potential anticarcinogenic agents. Journal of Natural Products, 55(7): 999-1003, 1992.
Zheng YQ, Wei W, Wang NP. Effects of Chaenomeles speciosa glucosides on
cyclophosphamide potentiated contact hypersensitivity in mice. Chinese Journal of
Pharmacology and Toxicology, 18(6): 415-420, 2004.
Zhou M, Wang H, Suolangjiba, Kou J, Yu B. Antinociceptive and anti-inflammatory
activities of Aquilaria sinensis (Lour.) Gilg. Leaves extract. Journal of Ethnopharmacology,
117(2): 345-350, 2008.
Zhu HB, Wang ZH, Tian JW, Fu FH, Liu K, Li CL. Protective effect of hydroxysafflor
Yellow A on experimental cerebral ischemia in rats. Yaoxue Xuebao, 40(12): 1144-1146,
2005.
Zimmer H. Filosofias da Índia. 3a Edição. São Paulo: Palas Athena, 2005. 507 p.
Zuardi AW, Shirakawa I, Finkelfarb E, Karniol IG. Action of cannabidiol on the anxiety and
other effects produced by ∆9-THC in normal subjects. Psychopharmacology, 76(3): 245-250,
1982.
113
ABSTRACT
Introduction: Men-Tsee-Khang in Dharamsala, India, formally known as the Tibetan
Medical and Astrological Institute (TMAI), is dedicated to the teachings and practice of
Tibetan medicine, which uses therapeutic agents in multi-ingredient formulas. Objective: The
aim of the present study was to identify formulas used at Men-Tsee-Khang (Tibetan Medical
and Astrological Institute), India, for the treatment of neuropsychiatric disorders and to
compare the Tibetan usage of particular ingredients with pharmacological data from the
scientific database. Methods: Using ethnographic techniques and methods, five physicians
were selected, and the interviews were conducted between July 2010 and February 2011. The
scientific literature was consulted regarding the biological effects of the ingredients included
in the formulas. Results: A correlation was observed between central nervous system
disorders and rLung, one of the three humors in Tibetan medicine which imbalance is the
source of mental disorders, and 10 multi-ingredient formulas used to treat the imbalance of
this particular humor were identified. These formulas utilize 61 ingredients, among them 48
plant species. Each formula treats several symptoms related to rLung imbalance, so the plants
may have therapeutic uses distinct from those of the formulas in which they are included.
Myristica fragrans, nutmeg, is contained in 100% of the formulas and its seeds exhibit
stimulant and depressant actions affecting the CNS. Preclinical and clinical data from the
scientific literature indicate that all of the formulas include ingredients with neuropsychiatric
action and corroborate the therapeutic use of 75.6% of the plants. Conclusion: These findings
indicate a level of congruence between the therapeutic uses of particular plant species in
Tibetan and Western medicines.