ramatís - diário mediúnico volume ii - norberto peixoto

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  • 8/13/2019 Ramats - Dirio Medinico Volume II - Norberto Peixoto

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    RamatsDirio Medinico

    Guia de Estudos Inspirado pelo Esprito RamatsVolume 2

    Obra medinica psicora!ada por Norberto Peixoto

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    Ramats

    Dirio Medinico

    Guia de Estudos Inspirado pelo Esprito Ramats

    Volume 2

    Obra medinica psicora!ada por

    Norberto Peixoto

    2

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    Ramats

    Dirio Medinico

    Obra medinica psicografada

    por Norberto Peixoto.

    Sinopse: considervel a quantidade de pessoas que chegam aflitas aoscentros de umbanda, em busca de cura e alento para suas dores fsicas epsquicas, onde s!o acolhidas amorosamente por entidades benfeitoras que

    respeitam profundamente as diferen"as de cren"as e cultos. #ssa ndoleuniversalista, que n!o discrimina ningu$m, ao contrrio, pratica a caridade semolhar %pra quem&, condu' os cidad!os a uma conviv(ncia mais fraterna ebenevolente. O que acontece no %lado de l&, ap)s os atendimentos* +irioedinico, segundo volume da trilogia -m uia de #studos da -mbanda, tra'importantes elucida"/es sobre o dia a dia dos trabalhos de um grupo medinicoumbandista, apresentando um paralelo entre os acontecimentos nos dois planosde vida.

    0om a mesma linguagem simples e obetiva de -mbanda $ no 0h!o, este novolivro analisa os traumas psquicos causados pelos abusos espirituais, os

    processos sutis de obsess!o aos m$diuns e de ass$dio 3s casas espritas, asinicia"/es e os elementos utili'ados nos trabalhos, e4altando os verdadeirosfundamentos umbandistas alicer"ados no respeito 3 vida animal.

    +irio edinico aprofunda tamb$m quest/es relacionadas com os m$todos desocorro nos desligamentos de rec$m5desencarnados, sob a $gide dos ori4s, ee4plica como se d a recep"!o no %lado de l&.

    # mais: aborda com ineditismo a psicografia na umbanda.#ntre preceitosde magias, consagra"/es, ben'eduras e patus, riscando pontos e confortandopacientes entristecidos pela dura e4ist(ncia, os guias de umbanda v!o

    trabalhando com humildade e afinco. #stas e outras hist)rias s!o relatadas aquiamorosamente, pela inspira"!o de 6amats e de outros amigos da searaumbandista, para esclarecimento e aprendi'ado do leitor.

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    0omo o interno, assim $ o e4terno; como o grande, assim $ opequeno; como $ acima, assim $ embai4o: s) e4iste uma vida euma lei e o que atua $ nico.

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    O%R$& DE R$M$'I& (

    1. > vida no planeta marte ?erclio !es 1@== 6amatis Areitas Bastos2. ensagens do astral ?erclio !es 1@=C 6amatis 0onhecimento7. > vida alem da sepultura ?erclio !es 1@=D 6amatis 0onhecimento

    . > sobreviv(ncia do #sprito ?erclio !es 1@=E 6amatis 0onhecimento=. Aisiologia da alma ?erclio !es 1@=@ 6amatis 0onhecimentoC. ediunismo ?erclio !es 1@CF 6amatis 0onhecimentoD. ediunidade de cura ?erclio !es 1@C7 6amatis 0onhecimentoE. O sublime peregrino ?erclio !es 1@C 6amatis 0onhecimento@. #lucida"/es do al$m ?erclio !es 1@C 6amatis 0onhecimento1F. > miss!o do espiritismo ?erclio !es 1@CD 6amatis 0onhecimento11. agia da reden"!o ?erclio !es 1@CD 6amatis 0onhecimento12. > vida humana e o esprito imortal ?erclio !es 1@DF 6amatis 0onhecimento17. O evangelho a lu' do cosmo ?erclio !es 1@D 6amatis 0onhecimento1. Sob a lu' do espiritismo ?erclio !es 1@@@ 6amatis 0onhecimento

    1=. ensagens do grande cora"!o >merica aoliello arques * 6amatis 0onhecimento1C. #vangelho , psicologia , ioga >merica aoliello arques * 6amatis etc Areitas Bastos1D. Gesus e a Gerusal$m renovada >merica aoliello arques * 6amatis Areitas Bastos1E. Brasil , terra de promiss!o >merica aoliello arques * 6amatis Areitas Bastos1@. Hiagem em torno do #u >merica aoliello arques * 6amatis ?olus ublica"/es

    2F. omentos de refle4!o vol 1 aria argarida Iiguori 1@@F 6amatis Areitas Bastos21. omentos de refle4!o vol 2 aria argarida Iiguori 1@@7 6amatis Areitas Bastos22. omentos de refle4!o vol 7 aria argarida Iiguori 1@@= 6amatis Areitas Bastos27. O homem e a planeta terra aria argarida Iiguori 1@@@ 6amatis 0onhecimento2. O despertar da consci(ncia aria argarida Iiguori 2FFF 6amatis 0onhecimento2=. Gornada de Iu' aria argarida Iiguori 2FF1 6amatis Areitas Bastos

    2C. #m busca da Iu' Jnterior aria argarida Iiguori 2FF1 6amatis 0onhecimento

    2D. otas de Iu' Beatri' Bergamo 1@@C 6amatis S$rie #lucida"/es

    2E. >s flores do oriente arcio odinho 2FFF 6amatis 0onhecimento

    2@. O >stro Jntruso ?ur 8han +e Shidha 2FF@ 6amatis Jnternet

    7F. 0hama 0rstica

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    Dirio Medinico Ramats Norberto Peixoto

    Norberto Peixoto

    inda crian"a, viu5se diante do mediunismo porinterm$dio de seus pais, ativos trabalhadores umbandistas. Sendo filhode militar, residiu no 6io de Ganeiro at$ o final de sua adolesc(ncia,onde teve a oportunidade de ser iniciado na umbanda, aos sete anosde idade. >os on'e, deparou5se com a mediunidade aflorada,presenciando desdobramentos astrais noturnos com clarivid(ncia. >osvinte e oito, foi iniciado na a"onaria, oportunidade em que teve acessoaos conhecimentos espiritualistas, ocultos e esot$ricos desta ricafilosofia multimilenar e universalista, que somente s!o propiciados pela

    freqK(ncia regular em Ioa a"Lnica estabelecida. #m 2FFF concluiu sua educa"!o medinica soba $gide Mardequiana, e atualmente desempenha tarefas como m$dium trabalhador na 0houpana do0aboclo erN, em orto >legre, casa umbandista em que $ presidente5fundador.

    #ste oitavo livro, Dirio Medinico, redigido de seu pr)prio punho por inspira"!o de6amats e demais mentores espirituais que o acompanham, $ um guia de estudos esclarecedor,principalmente para m$diuns que deseam ampliar seus conhecimentos a fim de melhor praticar acaridade.

    impressionante como a quantidade de leitores sedentos de esclarecimentos sobre aumbanda cresce a cada dia, seam eles freqKentadores de centros espritas Mardecistas, de casasuniversalistas, ou mesmo dos terreiros. Jsso ocorre porque a umbanda se caracteri'a como ummovimento caritativo de inclus!o espiritual que dissemina as verdades universais com base no#vangelho de Gesus, sem se importar com a ra"a, o status social ou a cren"a dos que a procuramem busca da caridade e do consolo para seus males. ortanto, esclarecer, desmistificar conceitosinfundados, e fortalecer sua verdadeira identidade, livre de preconceitos religiosos alimentados poruma absurda desinforma"!o, $ tarefa emergencial providenciada pelo >lto neste ano em que secomemora o centenrio de institucionali'a"!o da umbanda como religi!o brasileira.

    D

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    )os* do Patrocnio

    Gos$ do atrocnio, advogado, negro, vivia revoltado com a escravid!o do Brasil. 0erto dia,resolveu ir a uma reuni!o esprita, com o intuito de observar a comunica"!o dos m$diuns e fa'eralgumas perguntas:

    5 or que os negros s!o escravos*5 or que s!o torturados*5 or que s!o alvo de tratamento triste e discriminat)rio*5 0omo fa'er para aud5los*

    > entidade espiritual respondeu5lhe:5 H 3 biblioteca geral e procure tal livro.Gos$ do atrocnio despediu5se e procurou o livro indicado. ara sua surpresa, a obra era de

    um alem!o que falava mal dos negros. Aavorvel 3 escravid!o, di'ia tratar5se de seres inferiores.Aicou chocado com o que leu e pensou:e"o uma orienta"!o, perguntando por que os negros s!o escravi'ados e maltratados,

    buscando uma forma de auda, e me mandam ler um livro que fala mal deles.ssim que a

    entidade espiritual que orientava a casa se manifestou, ele foi logo di'endo:5 Ai' uma pergunta para saber por que os negros sofrem tanto, e o senhor me mandou ler

    um livro escrito por um alem!o que fala mal deles, di'endo, inclusive, que constituem uma ra"ainferior.

    0om tranqKilidade, a entidade espiritual, respondeu:5 O alem!o que escreveu esse livro, falando mal da ra"a negra, foi voc( em uma outra

    encarna"!o. or isso, precisou encarnar como negro, para sentir o sofrimento deles. Heio nestaencarna"!o com o compromisso de prestar au4lio 3 ra"a negra.

    Gos$ do atrocnio entendeu a li"!o. or sua intelig(ncia e vontade de audar, aliou5se alideran"as polticas para conseguir a liberta"!o dos negros, por interm$dio da princesa Jsabel.

    8rabalhou, persistiu e lutou muito, unto com pessoas que ocupavam posi"/es de destaque.proveitemos com boa vontade, esfor"o e renncia as oportunidades que nos s!o

    concedidas.

    >utor desconhecido

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    &umrio

    0onsidera"/es do m$dium ....................................................................................... 1FrePmbulo de 6amats ............................................................................................. 12

    Os traumas psquicos causados pelos abusos espirituais ......................................... 1> panela de ferro cheia de moedas .......................................................................... 2F+iante dos fenLmenos medinicos .......................................................................... 22ediunidade e prosperidade .................................................................................... 2=Sobre os ciganos na umbanda .................................................................................. 2@> for"a que nos d vida ............................................................................................ 72+ona 6osinha n!o quer morrer ................................................................................. 7D0onversa com um 4am! ............................................................................................ F-ma preta velha metida a psic)loga das almas ..................................................... 2Simplesmente afaste5se ............................................................................................. Sobre pontos riscados ................................................................................................ C-m patu para me defender ....................................................................................... Dalho quebrado enfraquece a rvore ......................................................................... =FSurra de santo pode* .................................................................................................. =76elatos de casos de atendimento com apometria ...................................................... =D

    Psicora!ias na umbanda 01> escrita medinica $ coisa de Mardecista* ................................................................ C1Oferendas aos ori4s .................................................................................................. C2-m dia em um terreiro de umbanda ........................................................................... C7Jmportante e essencial ................................................................................................. CCara fa'er alumiador ................................................................................................... CDrande era a valentia ................................................................................................... CE#4u pisa no toco de um galho s) ................................................................................. DF

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    entender por meio de suas mensagens, n!o estando aprisionados a cartilhas codificadas queimputam uniformi'a"!o em suas comunica"/es.

    0oncluindo, penso que, com certe'a, tenho pouqussimo merecimento individual paraqualquer auda do lado de l, n!o fosse o enorme comprometimento espiritual que se requer ao seestar 3 frente de um cong. +edu'o qu!o endividado sou pelo uso da magia e do conhecimento

    oculto em vidas passadas.#pa9 Sopram5me no ouvido: alho torto tamb$m d sombra... #h... #h... 0hega de lamriae vamos trabalhar*.

    Hamos l, ent!o9 ena na m!o a escrever.

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    Pre4mbulo de Ramats

    #ste pequeno e desinteressado livro tem por obetivo mostrar a rotina diria de um centroespiritualista de umbanda e o respeito ao direito individual de cada cidad!o, como filho do ai e

    irm!o em igualdade, o qual deve encontrar, na umbanda, consolo, orienta"!o e for"a na vidahumana, animal e do cosmo espiritual que tangencia a 8erra.0om seus defeitos, dvidas, erros e a vontade de servir ao pr)4imo, sem impor condi"/es,

    v!o os simpl)rios trabalhadores, encarnados e desencarnados, sem esperar reconhecimento,superando os obstculos, diante da necessidade de e4pans!o da caridade, que urge para que todospossam evoluir um pouco mais e contribuir, mesmo que vagarosamente, para a mudan"a daconsci(ncia coletiva, que ainda premia a troca e4terior com o >l$m, em detrimento do esfor"o como 0risto interno.

    or mais que se fale em converg(ncia, em conviver com as diferen"as, que asdesigualdades devem unir, e n!o separar, n!o h mais como os umbandistas se comportarem comoencantadores de serpente, e4ibindoperformancesmedinicas fenom(nicas, como se fossem cobrashipnoti'adas por flautas, em que tudo $ aceito como sendo de umbanda. O adestramento que serequer no mediunismo n!o $ para manter seu meio de vida em uma falsa umbanda, travestida deverdadeira, que aceita os mais disparatados ritos e fundamentos como parte da +ivina Iu'.arado4almente, os ofdios que n!o s!o venenosos, n!o se dei4am hipnoti'ar pelo som da flautadoce e ficam quietos. ? enorme comunidade calada, que tem a for"a de cem ?$rcules,aguardando o momento de se fa'er ouvir. 6espondendo positivamente 3s serpentes, ignoram a Ieide 0ausa e #feito e alardeiam seus feitos para chamar seguidores aos seus rebanhos, os quais s)querem fa'er engordar. 6ecrudesce, pois, o >stral, na repress!o ao ofcio de comerciante mgico,que obetiva o ganho e envenena o livre5arbtrio e o merecimento dos que os procuram.

    O +irio edinico n!o se encerra aqui. #spritos imortais, todos n)s continuaremos sendoescritos no livro da lei eternamente, por cada consci(ncia, no imensurvel e infinito movimentoascensional rumo ao ai. ara os homens transit)rios, ter seqK(ncia em Aconteceu na SearaUmbandista, terceiro volume do singelo guia de estudos que sugerimos ao nosso m$dium, e queiniciou5se no livro oriundo do curso Umbanda P no Cho.

    6ogamos que a psicografia na umbanda sea cada ve' mais ponte de e4press!o do >l$m5tmulo, para que os amigos universalistas do lado de c se fa"am comunicar, livres das amarrasdoutrinrias que os impedem de manifestar5se em outras frentes medinicas.

    ara uns, os espritos espritas s) e4istem nas mesas dos centros; para outros, espritosumbandistas n!o psicografam. >li, s!o tratados como obsessores e doutrinados; acol, mentoresm$dicos famosos se fa'em passar por pretos velhos, para dar um passe em um terreiro e umaescrita em outro. ara ustificar a acomoda"!o e a pregui"a, algumas mentes nos tacham deespritas, quando se di'em umbandistas, e outros nos gritam umbandistas, para ustificar quesomos antidoutrinrios ao espiritismo. reocupa"/es e4cludentes, dispensveis, que nos fa'emperseguir em nosso compromisso com o 0risto -niversal.

    +i'5nos, ainda hoe, Gesus: H)s cuidais que eu vim tra'er pa' 3 8erra*

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    que muitas ve'es igual em ess(ncia, for"osamente causa oposi"!o. Tuanto maior a resist(ncia,tanto maior o nmero de interessados a favor. legre, 2F de abril de 2FF@

    uita pa' e lu'96amats

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    Os traumas ps/uicos causados pelos abusos espirituais

    &ede pastores do reban5o de Deus- con!iado a 67s8 cuidai dele- n+o por coa.+o- mas de

    cora.+o eneroso8 n+o por torpe an4ncia- mas li6remente8 n+o como dominadores da/ueles/ue 6os !oram con!iados- mas antes- como modelos do reban5o( $ssim- /uando aparecer o

    pastor supremo- recebereis a coroa permanente da l7ria( 9Pedro :;2(

    Arequentemente, recebemos nas sess/es de consultas pessoas com s$rios traumas psquicoscausados por abusos espirituais. 6esolvemos ent!o e4por esse tema para ouvir a opini!o dosamigos do lado de l. 8odavia, este assunto ter uma abordagem espiritualista mais ampla emnossa pr)4ima obra intitulada 6e'a Aorte, que tratar do e4orcismo, da prosperidade e dosalvacionismo evang$lico na chamada

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    6amats: 5 Obviamente que o culpado precisa alimentar5se de seu algo', assim como ocorruptor vive dos corruptos. > confian"a e4cessiva que caracteri'a a f$ cega em seres humanosfalveis, a imperiosa necessidade de constru"!o de be'erros de ouro, a ideali'a"!o de um pastor depoderes sobrenaturais que intermedia o sagrado, a falta de instru"!o evang$lica diante das ms

    teologias e interpreta"/es parciais equivocadas da Bblia, dei4am marcas profundas em todos osenvolvidos e especialmente nas ovelhas perdidas. s fissurasnas igreas salvacionistas s!o tantas, que tornam prof$ticas as palavras de Gesus que anteviam adesuni!o e falta de unidade entre seus seguidores: #u lhes transmitido a gl)ria que me tens dado,para que seam um, como n)s o somos, #u neles, e tu em im, afim que seam aperfei"oados naunidade, para que o mundo conhe"a que tu me enviaste e os amaste, como amaste a mim. RGo!o1D:22527.

    arado4almente, um movimento igreista salvador causa mais traumas que milagres. >sleis de +eus n!o s!o como um milharal aberto que sofre o ataque de pragas prof$ticas, a e4emplodos gafanhotos fero'es do Helho 8estamento. 0resce o nmero de convertidos na mesmapropor"!o em que um imenso rebanho se perde e adoece. Ideres cegos e mancos est!o levandocrian"as que engatinham despenhadeiro abai4o. tos 1D:1F517.

    ? de se comentar que Saulo Raulo de 8arso, desde a mocidade, foi 'eloso com asescrituras e buscou viver de acordo com a severidade da religi!o. 8odavia, quando do seu encontrocom Gesus, no caminho para +amasco, teve os olhos abertos e pLde contemplar a simplicidade do6abi da alil$ia. 8endo ent!o sua consci(ncia desperta para o 0risto, percebeu nas entranhas doseu psiquismo disciplinado que na verdade servia 3 Iei na condu"!o dos homens, e n!o a +eus.uitos em vossos dias vivem de olhos cerrados, carregados de sofismas, dogmas, rituaiseclesisticos, na liturgia do culto aos homens, atrelados a indivduos autoritrios. ? no meioevang$lico um e4$rcito infindvel de aulos antes do encontro com Gesus, que, equivocados,acreditam estar servindo a +eus, quando na verdade servem a outros homens, ou tentam se servirde +eus para obter bens materiais, num sistema de troca e e4ig(ncia de milagres interminveis.

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    >s lideran"as autocrticas que pregam que discordar do lder $ discordar de +eus,acreditando possuir a verdade; as elites hierrquicas baseadas no conhecimento da Bblia, quecriam uma casta de ungidos sectrios, est!o associadas ao controle da vida dos cidad!os, comintromiss/es em reas particulares, sentenciando quem pode namorar quem, qual emprego se deveaceitar, como deve ser a educa"!o dos filhos etc. confian"a $ trada pela conduta inadequada doslderes, que se apresentam como santos, mas se esquecem dos p$s de barro do dia a dia. #ssaspessoas sentem5se tradas, se revoltam contra o sagrado e internamente tornam5se inseguras eincapa'es de estabelecer rela"/es de confian"a, desequilibrando5se na vida cotidiana.>nalogamente, os sintomas emocionais e psicol)gicos associados ao abuso espiritual s!o muitosemelhantes aos dos que sofreram incestos, pois se cristali'a em seu psiquismo uma esp$cie degatilho mental que os paralisa diante de todas as situa"/es que se associam 3 fonte de sua doremocional, como s) acontece nos momentos que envolvem autoridade, que intimamente sesentem como se tivessem sido violentadas pela figura paterna.

    Obviamente que, al$m do medo, da culpa e da desilus!o com rela"!o aos lderes religiosos,as vtimas de abuso espiritual predisp/em5se a n!o confiarem mais em +eus. Aica uma esp$cie dequestionamento interno ruminante como fi4a"!o autoobsessiva culposa: 0omo $ que +eus podeter permitido que isso acontecesse comigo, se tudo que eu queria era am5Io e servi5Io9.

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    or ressonPncia vibrat)ria do campo emocional desestruturado, instalam5se as mais diversasdoen"as, que na verdade estavam demarcadas em seus corpos astrais, em e4ist(ncias passadas,como se a gua lodosa do fundo do po"o, fosse revolvida dei4ando turva a sua superfcie cristalina.

    ergunta: 5 Quais os motivos dos abusados terem sido receptivos aos abusadores, partindo

    do pressuposto que somos todos filos de um mesmo Pai e detentores das potencia!idades internasdo risto*

    6amats: 5 Os evang$licos que sofreram abusos espirituais amaram e serviram aos homense 3 Jgrea enquanto mediadores com o divino, ao inv$s de amarem diretamente a +eus. Osingredientes que formam o bolo dos abusos espirituais come"am, intencionalmente, com o autorpermitindo que o crente interiori'e sua identidade como autoridade divina. > palavra do pastor $ avo' de +eus e os fi$is devem ouvi5lo dessa maneira. >dicione5se a isso o desfrute das benessespessoais na rela"!o com o liderado 5 o beneficiado na lide com o pseudo5sagrado n!o $ oorientado, mas o pr)prio orientador. O que deveria servir $ servido, num modelo crist!o que imp/eque os fi$is lavem os p$s dos representantes do #sprito Santo, em lugar de terem seus p$s lavadospelos ap)stolos, assim como Gesus o fe'.

    Sem dvida, o tempero que apimenta o abuso espiritual $ o conceito de ungidos de +euscontido no Helho 8estamento. >s lideran"as evang$licas, notadamente as pentecostais eneopentecostais, s!o tratadas como profetas, tendo rever(ncias intocveis que os acompanham nosritos pastorais. #ssa hierarqui'a"!o vertical da e4peri(ncia com o sagrado, ao contrrio donivelamento hori'ontal defendido por Gesus, que democrati'ou +eus, di'endo a todos v)s soisdeuses, gera rebanhos infantili'ados que dependem da Jgrea e do pastor para atingir o +ivino, talcomo o pai de santo das prticas mgicas populares, que se arroga o direito nico de condu'ir osfilhos ao ori4, tornando5se indispensvel para o santo se manifestar no corpo do adepto. >autoridade sacerdotal nos ritos, liturgias e religi/es da 8erra hierarqui'a e disciplina a uni!o dosgrupos para o culto e n!o di' respeito 3 e4peri(ncia pessoal de cada um, direito c)smicoirrevogvel concedido por +eus.

    ergunta: 5 #s pentecostais e neopentecostais e$altam a interfer%ncia e manifesta&'o do(sprito )anto na vida e nos corpos dos proslitos conduzidos pelos pastores e n'o falam do

    (vangelo de *esus+ Quais os motivos*

    6amats: 5 >ntigamente, em suas origens, o entecostes era uma festa agrcola udaica deoferta a +eus. Os melhores fei4es das colheitas eram levados em oferenda, num clima defestividade inocente em que aqueles que mais colhiam partilhavam com os necessitados.osteriormente, em meados do s$culo H a.0. a festa de entecostes passou a celebrar o dom da Ieino Sinai, a festa da alian"a entre +eus e o povo. Baseando5se nas tradi"/es e costumes udaicos arespeito de entecostes, Iucas inova em sua narrativa e fala da presen"a do #sprito Santo guiandoa miss!o dos evangeli'adores no anncio da alavra de +eus.

    entecostes $ uma palavra de origem grega que significa dia da cinquentena. 0inqKentadias ap)s o evento da ressurrei"!o de Gesus, o #sprito Santo se manifesta nos ap)stolos e tamb$mem cerca de cento e vinte crist!os de Gerusal$m, fa'endo5os falar em lngua estranha. > promessade Gesus aos seus discpulos:6ecebereis o poder do #sprito Santo que vir sobre v)s, para serdesminhas testemunhas em Gerusal$m, por toda a Gud$ia e Samaria, e at$ os confins da 8erra R>tos1 :E. Ocorreu que no dia de entecostes, os discpulos, estando reunidos em Gerusal$m depois dascelebra"/es da scoa, ficaram inseguros e medrosos diante da perspectiva desafiadora de

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    pregarem eles os ensinamentos do estre. #is que a aura ang$lica de Gesus e o #sprito Santo, domde +eus, se fi'eram unos e aquele grupo de homens amedrontados e temerosos adquiriu em si,como um raio que desceu dos 0$us, a consci(ncia de serem uma coisa s) com Gesus. 8odossentiram que Gesus estava entre eles, mais ainda do que antes, porque na realidade, Gesus n!o maisestava com eles, estava neles e a miss!o da prega"!o evang$lica seria o pr)prio Gesus em a"!o

    atrav$s dos passos, gestos e verbo de seus ap)stolos.?oe em dia, e4iste uma diferen"a da manifesta"!o do #sprito Santo como agentecatalisador da ess(ncia de +eus que se interiori'a nas consci(ncias e concreti'a5se nas a"/escrsticas, como outrora aconteceu com os ap)stolos. O esprito santo dos neopentecostais $ umdespachante que a tudo resolve com pragmatismo e4acerbado. #le dispensa as a"/es pessoais, curaos desenganados, arruma emprego, desamarra neg)cios, arrana casamento, angaria autom)velnovo, manda os males para as labaredas infernais, e tanto maiores ser!o suas benesses deprosperidade material quando maior for o d'imo dado. 0laro est que, sob essa prtica de magia, o#vangelho de Gesus se torna amorfo, desinteressante, que e4ige esfor"o, conduta e atospropiciat)rios para que a bonan"a crstica se torne perene. arado4almente, o #sprito Santosalvacionista da atualidade reconhece o sacrifcio de Gesus, que liberta de todos os males edispensa os pros$litos de maiores esfor"os evang$licos, desde que eles n!o faltem 3s sess/es ecorrentes salvacionistas, uma ve' que a Jgrea $ indispensvel intermediadora dele, #sprito Santo,com os fi$is. #squecem que os ap)stolos tinham dentro de si a iman(ncia de Gesus e, andarilhos,levavam a mensagem viva do 0risto a todos os lugares, sendo os corpos deles depositrios dosagrado, que era livre e n!o estava aprisionado num templo, como s) acontece nos dias modernosem que recebeis o milagre sem esfor"o, mas ficais atados ao milagreiro.

    ergunta: 5az parte da natureza umana a transfer%ncia de responsabilidade espiritual+(sta considera&'o, de certa forma, iguala as religi-es que disputam o mercado m.gico religioso*

    6amats: 5 Jmporta considerar que a magia n!o $ necessariamente negativa. -m centro,terreiro ou igrea cheios, direcionados ao trabalho caritativo gratuito, demonstram sustenta"!o ecobertura espiritual benfeitora e atraem novos crentes para seus cultos.

    0onsideremos que a e4peri(ncia espiritual $ individual e intransfervel. ode5se recusar aviv(ncia, mas n!o $ possvel derrogar o contrato com +eus para que outro tenha em si o que $ devosso direito, como fa'eis com vossos despachantes rodovirios.

    Hossa ptria $ uma na"!o de cultura religiosa mstica que costuma endeusar os santos e oshomens. normal consultarem5se os espritos e divini'ar5se o m$dium, assim como os evang$licosegressos do catolicismo que n!o t(m mais os santos, e proetam nos pastores a figura santificadacomo refer(ncia material para alcan"ar o sagrado. 0laro est que a e4pans!o evang$lica fora dashastes cat)licas alcan"ou em cheio os cultos afro5brasileiros e igualou5se a eles num mecanismopsicol)gico de transfer(ncia, deslocando os poderes de transe e possess!o da figura do pai desantopara o pastor, dando5lhe a prerrogativa de media"!o com o >l$m e a disputa de fi$is com opovo de santo. >o inv$s de incorporar os mortos ou ori4s do >l$m5tmulo, agora incorpora o#sprito Santo vestido de branco, como se traam na umbanda e nos cultos afros. O ecumenismoque est impresso no inconsciente popular impregna a cultura religiosa acostumada aintermedirios com os mundos celestiais, favorecendo os abusos espirituais.

    Relato de um caso de abuso espiritual: motivo pelo qual procurou atendimento espiritual.

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    8enho de'enove anos. +esde os 12 anos passei por vrias igreas e todas trataram meuproblema preconceituosamente. eus pais s!o evang$licos metodistas, mas procuraram a cura emoutras igreas, buscando um milagre. inhas primeiras menstrua"/es foram muito dolorosas e eucostumava desmaiar. or diversas ve'es, participei de ritos de e4orcismo, descarrego e esconuro.+i'iam que eu estava endemoniada e que eu n!o era curada porque minha f$ era fraca. >cusavam5

    me di'endo que eu $ que n!o permitia o milagre e de me locupletar com o encosto. inhacaminhada foi muito difcil. #m maio de 2FF fui empurrada e ca de uma escada, fraturando oc)cci4. Jnfeli'mente eu tive outras quedas, fraturando novamente essa parte da coluna. G tentei mesuicidar e fui abusada se4ualmente pelo meu professor da academia.

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    $ panela de !erro c5eia de moedas

    >s sutile'as para fa'er um m$dium dei4ar de comparecer nos dias de sess!o pblica s!omuitas. 6ecentemente, uma das m$diuns, de repente, come"ou a sentir intensa dor na perna

    esquerda, casualmente em uma se4ta5feira, dia em que ocorrem nossos atendimentos de passes econsultas, havendo grande movimenta"!o de consulentes.#ssa m$dium faltou para ir ao m$dico, pois n!o suportava a dor, a ponto de n!o conseguir

    pisar no ch!o. Ae' vrios e4ames, seguindo a medicina terrena, e nada de anormal descobriram,ficando sem diagn)stico conclusivo. > dor continuou um pouco mais branda nos dias seguintes 3sua aus(ncia no terreiro.

    #, chegada a hora da sess!o, a m$dium apareceu mancando. to contnuo, a m$dium estava a postos, com aperna dolorida, na frente da tronqueira. I lavou sua perna, mandando5a imediatamente trabalhar edar consulta normalmente, di'endo que a dor iria passar e que n!o tinha tempo para maiorespalavreados. 6ecomendou que ela comparecesse na segunda, para atendimento individual eorienta"!o adequada.

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    Diante dos !en?menos medinicos

    >s pessoas se preocupam demasiadamente em saber ou ter a certe'a de que os m$diunsest!o incorporados 5 mediuni'ados 5 com seus guias. 0reio que isso lhes d maior seguran"a da

    presen"a dos espritos do lado de l na 8erra.-m aspecto a ser considerado dessa necessidade de comprova"!o, de certe'a, $ nossainseguran"a. Sutis e subterrPneos, os processos de fascina"!o se apresentam com variadaintelig(ncia dos psic)logos das sombras, para tirarem os m$diuns em potencial dos caminhosseguros do mediunismo, com base em seus medos.

    6ecentemente, em um dia de estudo sistemati'ado, perguntaram5me se um guia podeincorporar em um hospital, para dar atendimento a um paciente internado. oder pode.0laro est que, se o adoentado tem grau de parentesco com o m$dium em quest!o, havendovnculo emocional, n!o h como se desconsiderar o animismo, o que, de certa maneira, n!odesmerece a manifesta"!o, a ponto de demonstrar mistifica"!o. or outro lado, nossa emo"!o,quando em desequilbrio, como acontece em caso de familiares hospitali'ados, $ uma portaescancarada para as obsess/es.

    muito fcil um esprito mistificador se fa'er passar pelo guia, em um ambientepropiciat)rio, como s!o as unidades de tratamento intensivo e salas de interna"/es. ? de seconsiderar que os mentores n!o est!o nesses lugares para ficar dando demonstra"/es, em qualquerhorrio e em locais vibratoriamente densos, como s!o os hospitais.

    Tuando se imp/e a atividade socorrista, n!o devemos esquecer que a chamada mecPnica deincorpora"!o e4pressa diminutamente a amplitude do mediunismo e deve ocorrer em locaisconsagrados pela prece fervorosa, para nossa pr)pria seguran"a.

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    responsvel por nossa vitalidade e produ"!o de ectoplasma. #ssa glPndula $ vital aos humanos, esua principal fun"!o $ estimular a convers!o de protenas e gorduras em glicose.

    +urante o atendimento no grupo de apometria, verificou5se muita invea contra oconsulente, dentista bem5sucedido, em uma pequena cidade do interior. -m detalhe importante $que foi feita um ponte vibrat)ria 5 sua tia ficou presente em seu lugar, pois o atendido estava

    distante mais de .FFF Mm, tendo pedido e autori'ado o procedimento.to contnuo, houve o seguinte dilogo com o caboclo Hentania:

    5 Hai at$ a assist(ncia e di' que a consulente que est com sinusite e com uma terrvel dorna fronte da cabe"a pode passar na frente dos outros e entrar primeiro.

    O m$dium respondeu:5eu pai, h necessidade disso* #u vou e4altar o fenLmeno e desrespeitar a ordem de

    chegada e distribui"!o das fichas.5Sim, h necessidade 5 disse Hentania.

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    5or qu(*5 8oda ve' que sua mediunidade $ posta em dvida, enfraquecendo a egr$gora coletiva e a

    for"a de nosso cong, monitoramos a ocorr(ncia dos fenLmenos, ainda indispensveis 3comprova"!o do amparo dos guias. >ssim, reencetamos a f$ nos frgeis humanos, ainda t!oinseguros das coisas de >l$m5sepultura, e fa'emos os espritos anrquicos que os sintoni'am

    perderem sua influ(ncia. elo todo, e4altamos a mediunidade de um, que $ o mais comprometidono e4erccio da humildade e deve diminuir5se nessas ocasi/es.5 as, senhor Hentania, tenha d) de mim. # se n!o tiver nenhuma consulente l com

    sinusite* #u vou pagar um mico95 eu filho, dei4a teu medo e tua inseguran"a de lado e amaina tua vaidade.

    reconhecimento, que n!o ser teu, mas sim do lado de c, pelo amparo que a choupana tem.Iembra, tu $s s) o instrumento falho e n!o deves temer o erro, que, de regra, $ teu, e n!o nosso.Hai logo9 8emos muito a fa'er. #la est sentada no segundo banco, na fileira da frente, 3 esquerdada entrada da casa.

    #nt!o, vibrado com o caboclo Hentania, fui at$ a assist(ncia e chamei a consulente emquest!o, que confirmou a sinusite e a dor de cabe"a ferrenha. Os demais ficaram quietos, com osolhos arregalados e respeitosos. Os fenLmenos de clarivid(ncia, premoni"!o, adivinha"!o eantecipa"!o dos fatos ainda s!o necessrios, e os espritos mentores se valem deles para que adescren"a n!o domine nossos fragili'ados espritos.

    Gurema, sua flecha caiu,# ningu$m sabe,# ningu$m viu.#u vou chamarO caboclo Hentania,S) ele sabeOnde a flecha caiu.OM( O4)ssi9#pahei Jans!9Salve a flecha certeira do caboclo Hentania9

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    Mediunidade e prosperidade

    ediunidade combina com prosperidade financeira* certo que o e4erccio medinico deve se pautar pela seguinte m4ima: dar de gra"a o

    que de gra"a recebemos.O que me chama aten"!o $ que seguidamente temos m$diuns operosos, dedicados,assduos, e suas vidas n!o t(m prosperidade. 0onversando aqui e ali, verifico que ainda temosmarcado muito forte em nosso inconsciente que ganhar dinheiro $ uma coisa ruim, que n!ocombina com o sagrado, que vai nos atrapalhar. Herifico, ainda, um medo de n!o se entrar no0$u, decorrente da e4plica"!o de Gesus acerca da dificuldade de um rico alcan"ar esse feito,quando disse ser mais fcil um camelo passar no buraco da agulha do que isso acontecer.

    > resposta de Gesus para o ovem rico que o perquiriu n!o se baseou s) em sua rique'a, masno fato de que seu cora"!o estava cheio de avare'a e idolatria pelas moedas. quest!o n!o era o dinheiro que o ovem acumulava, e, sim, suaidolatria pelo material.

    > e4plica"!o de Gesus, di'endo que $ mais fcil um camelo passar por um buraco de agulhado que um rico entrar no 0$u, incorretamente interpretada at$ os dias atuais, fa' muitos pregaremcontra os bens materiais e acreditarem na trilogia: esprito, 0$u e pobre'a. 0om certe'a, nossocora"!o e nossa consci(ncia n!o devem estar apenas nas rique'as pueris. 8odavia, ganhar dinheirohonestamente, em abundPncia, n!o constitui maior empecilho que o mundo profano, os apeloscarnais e o pr)prio orgulho, uma ve' que ser pobre n!o $ ser humilde e vice5versa.

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    conluio com o clero sacerdotal da Jgrea, determinou que os ciganos de 0astela fosseme4terminados e que seus filhos e netos Rciganos portugueses tivessem domiclio certo ou fossemenviados para o Brasil, mais especificamente para o aranh!o.

    +om Go!o H R1CE@51D=F, rei de ortugal, decretou a e4puls!o das mulheres ciganas paraas terras do pau5brasil. or anos a fio, promulgaram5se de'enas de leis, decretos, alvars, e4ilando

    os ciganos para os estados de aranh!o, 6ecife, Bahia e 6io de Ganeiro, onde se encontravam osncleos populacionais mais importantes da colLnia portuguesa. #ste mesmo rei, +om Go!o H,proibiu os ciganos de falar o romani, uma de suas lnguas.

    >firma5se que as mais importantes contribui"/es dos ciganos para o progresso e aprosperidade de nosso pas foram negligenciadas at$ hoe pelos historiadores e livros escolares.#les foram coparticipantes da integra"!o e da e4pans!o territorial brasileira. Ouso afirmar, ainda,que, se n!o fossem os ciganos, as comunidades de antigamente, pequenos centros habitacionais,vilareos, teriam progredido muito mais lentamente.

    Os portugueses e africanos que vieram para c n!o eram nLmades. Os lusitanos procuravamfi4ar5se em terras al$m5mar, e os africanos fi4avam5se a estes ltimos como escravos. #nt!o, denorte a sul, de leste a oeste, em todos os lugares, l estavam os ciganos, livres, viaando em suascarro"as, negociando animais, arreios, consertando engenhos, alambiques, soldando tachos,levando notcias, medicamentos, emplastros e tamb$m dan"ando, festeando e participando deatividades circenses.

    >legres, prudentes, msticos, magos e e4celentes negociantes, quando chegavam aosvilareos conservadores, era comum senhoras se ben'erem com os rosrios em m!os, esconderemas crian"as nos armrios, pois chegavam os ciganos com suas cren"as pag!s.

    >ssim como os espritos de negros e ndios foram abrigados na umbanda, por falta deespa"o para suas manifesta"/es nas lides espritas, todas as ra"as encontraram no mediunismoumbandista liberdade de e4press!o. Os fatores mais importantes que permanecem em um povo,desde a mais remota antiguidade, s!o de consist(ncia espiritual, com manifesta"!o nos sentimentose no modo de ser mais ntimo, com comportamentos tpicos, frutos da mem)ria coletiva, ou sea,de uma heran"a atvica.

    inconcebvel, como o fa'em nas hostes Mardecistas, doutrinar um esprito milenar emminutos, fa'endo5o dei4ar de ser um brPmane, um fil)sofo grego, um mago persa, um aborgine,um negro africano, um ndio ou um cigano, passando a ser s) um esprito.

    0om respeito a todas as formas raciais, a umbanda foi plasmada no >stral para oportuni'ara manifesta"!o de todos esses espritos comprometidos com suas hist)rias e consci(ncias coletivas,que n!o se desfa'em e refa'em em minutos de orat)ria racionalista, em uma mesa esprita.

    Sou da opini!o de que quem n!o pede n!o leva e de que devemos saber pedir, para n!oganharmos o que n!o queremos. odemos pedir um cavalo ligeiro e ganhar um burrico manco,tendo ainda que dar de comer ao bichano.

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    cantava e dan"ava flamengo com castanholas, di'endo ser a cigana formosa da >ndalu'ia, regi!oda #spanha.

    #m desdobramento, pegou minha m!o fludica, a esquerda, e comprimiu dois pontos,di'endo5me que estava ativando algumas linhas de for"a em meu chacra palmar, que mefortaleceriam, no sentido de ter maior tenacidade e n!o desistir facilmente do novo proeto.

    >o acordar, senti comich!o forte em dois pontos da palma esquerda, que ficou quente evermelha. s oportunidades s!o eternas, diante da bondade infinita do ai.0onta com tua amiga, agora mais fiel do que nunca, para que consigas um pouco na 8erra, osuficiente para uma vida digna, com bonan"a, e te dediques cada ve' mais ao espiritual. 8odosaqueles que de alguma forma dependem de ti neste corpo, desde a filha de Jeman, que est muitopr)4ima, 'elando por ti e amando5te como mulher, e teus familiares, m$diuns, consulentes, pblicoleitor, entre tantos, encontrem sempre a serenidade em teu semblante, que a abundPncia e aprosperidade oferecem, quando associados com a espirituali'a"!o do ser que a nossa amadaumbanda fora. Tue +eus e os sagrados ori4s nos aben"oem. 8ua eterna amiga, hoe ciganaformosa.

    O vento vai tra'er uma ciganaTue as flores da campina v!o vergar.S!o uma, s!o duas, s!o tr(s flores,+e onde seu perfume vai tirar.Tuando cheguei 3 aldeiaSenti um aroma de rosas.

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    ?avia uma cigana formosa,Tual cigana eu encontrei.Ievanta a saia, oh, cigana9 saia custa dinheiro,

    +inheiro custa ganhar.

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    &obre os cianos na umbanda

    ombagira 0igana da #strada$dium: #li'abeth 0aetano +rumond

    uito se ouve falar que a linha de cigano fa' parte da linha de #4u, que os ciganos s!oentidades ainda em evolu"!o, tentando ingressar na linha de #4u, que ombagira 0igana ou0iganinha foram as nicas entidades ciganas que evoluram e ingressaram na linha de #4u.

    #ssa falta de entendimento, que $, na realidade, uma simples dedu"!o, fa' muitos terreirosn!o dei4arem os m$diuns trabalharem com essa linha. 0hegam a di'er que s!o entidades sem lu'.

    Him tentar e4plicar um pouco sobre como trabalha e como $ a linha de ciganos.#les s!o entidades livres.

    da casa de #4u ou em qualquer lugar do terreiro. Tuem di' que tem seu cigano preso noterreiro n!o passa de um mentiroso; ele tem $ obsessor preso.

    Onde se viu firmar cigano como guardi!o* 0igano trabalha em todos os lugares, $ livrepara trabalhar e precisa dessa liberdade para sua evolu"!o, pois $ dando corda que se enforca umapessoa, e assim tamb$m se fa' com desencarnado.

    O mundo est cheio de charlat!es; o pior $ que as pessoas, na hora do desespero, pagam oque for necessrio para saber como anda sua vida, seu marido, seu trabalho e coisas desse tipo.

    Os ciganos trabalham com os quatro elementos da nature'a: terra, gua, ar e fogo.

    2@

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    Se n!o, pergunto ainda: para onde v!o as cargas, os miasmas, as larvas e os casc/es astraisretirados de seus consulentes* ara o ralo de seu banheiro* Se as entidades n!o trabalhamso'inhas, por que voc(s insistem em trabalhar so'inhos* Tuerem ser chefes de terreiro* porvaidade, prepot(ncia ou ignorPncia*

    gerando fascina"!o de ambos os lados, pois voc(s ficam t!o viciados por oferendas que s) nosescutam se estiverem ofertando alguma coisa. #nt!o, para sermos escutados, come"amos a pediroferendas, assim, ambos nos perdemos.

    8udo em e4cesso pode ser destruidor.Se h amor em e4cesso, h cimes e possess!o,Se h )dio, h morte,Se h fascina"!o, h vaidade,Se h alegria em e4cesso, h invea,Se h triste'a em e4cesso, h depress!o,Se h culto em e4cesso, h fanatismo.

    preciso que tudo na vida estea bem equilibrado, e o equilbrio tem um nome, que sechama umbanda. -mbanda $ a pa' interior, $ fa'er caridade ao desconhecido, $ o amor pela vida epelo pr)4imo. -mbanda $ lu', vida e amor.

    IaroN(9

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    $ !or.a /ue nos d 6ida

    Sou procurado frequentemente por dirigentes e m$diuns de outros terreiros, buscandoorienta"!o. 0omo as portas da choupana est!o abertas a todos que a procuram, sinto5me

    confortvel em dar minha opini!o fundamentada na umbanda que praticamos. >final, se nossaritualstica e seus usos e costumes est!o servindo de bali'amento para outros terreiros, ficotranqKilo quando me chamam de intolerante, fundamentalista, coisa e tal.

    stral por6amats abordam esses assuntos segundo um escopo c)smico universal, que os outros espritosn!o querem, por n!o poderem ou por falta de simpatia mesmo, e4trapolando a doutrina"!oreligiosa 5 evang$lica 5 reencarnacionista, disseminada no meio, e espiritualista tradicional.

    #m religi!o, fala5se sobre tolerPncia como se fosse necessrio suportar algo menor, inferiore que nos incomoda. 0omo cada um $ livre e pode decidir o que fa'er de sua vida e de suamediunidade, na verdade, n!o $ necessria a tolerPncia de outro para fa'ermos o que temos quefa'er. #st claro que a intolerPncia pode nos levar a agredir os outros, como acontece com osevang$licos neopentecostais, em rela"!o aos cultos afro5brasileiros e 3 umbanda.

    ? de se considerar que o fato de eu n!o ser a favor dessa hipocrisia, que $ a tolerPnciareligiosa da maioria com as minorias, n!o me fa' intolerante. Se n!o preciso autori'ar o ato dequem quer que sea 5 e as pessoas n!o precisam disso 5, e nem tenho esse poder, ent!o, que cadaum sea responsvel por si e cuide dos boi'inhos em seu cercado, como di'em no Sul.

    > l)gica $ simples: se as pessoas n!o necessitam de minha autori'a"!o para fa'er o quequer que sea, n!o estar!o sueitas a nenhuma a"!o repressiva de minha parte; e nem tenho essepoder. > tolerPncia e a intolerPncia, no fundo, s!o a mesma coisa: a primeira fa' entender quepossumos o poder de permitir; e a segunda, de restringir.

    8emos que respeitar a opini!o do outro e seu direito universal de liberdade religiosa. coisa $ muito singela: se sou procurado, $ o livre5arbtrio e a vontade de quem procuraque est!o atuando. #nt!o, o 0osmo est ao meu lado e WangL 5 ori4 da usti"a 5 me ap)ia.

    Jnfeli'mente, na atualidade do movimento umbandista, prega5se uma tolerPncia hip)crita eirrestrita 3 diversidade. 0laro, desde que isso n!o contrarie os que assim pregam. Obetivamente,se voc( n!o fa' matan"a em sua casa e n!o cobra, e posiciona5se contrrio a essas prticas,fundamentando que isso nada tem a ver com a ess(ncia caritativa da umbanda, voc( $ rotulado deretr)grado, fundamentalista, intolerante e sectrio. arado4almente, os que preconi'am a tolerPnciairrestrita 3 diversidade tornam5se intolerantes, quando discordam do que di'em.

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    ?oe vivemos a umbanda do vale5tudo, em que se defende uma diversidade fundamentadaem uma falsa tolerPncia, uma frgil converg(ncia para angariar adeptos a determinada escola, umestreito respeito incondicional 3s diferen"as. +esde que sua opini!o n!o sea diferente da minha,tudo pode ser feito, tudo $ umbanda, como se todos os pssaros pudessem botar os ovos no mesmoninho, sem comprometer a ninhada.

    >h, algumas raposas est!o rindo com isso, pode crer, com seus ninhos cheios de ovosroubados, que elas n!o conseguem botar. Ou sea, todos os fundamentos e preceitos de outrasreligi/es s!o parte da umbanda, tudo $ convergente, e a umbanda abarcaria todos os nveis deconsci(ncia.

    #nfim, segue a transcri"!o da carta5consulta recebida, em que, por situa"!o )bvia, omito osnomes dos envolvidos:

    Sou 'eladora de um terreiro que herdei de minha m!e, que foi a fundadora. Aa' on'e anosque estou 3 frente do cong. 0omo estou me sentindo um pouco fraca, esquecendo as coisas, o queest me dei4ando insegura quanto 3 sintonia com meus guias, fui aconselhada por outro sacerdotede nossa religi!o a me fortalecer no candombl$, continuando na umbanda. 0omo $ pessoa degrande influ(ncia em nossa comunidade religiosa, resolvi procurar o il( 5 terreiro 5 de candombl$que ele me indicou. 0onfesso que por curiosidade e tamb$m por receio de o contrariar e acabarperdendo o amigo, pois ele mesmo $ iniciado nesta religi!o e e4pressivo lder umbandista. #nt!o,no ogo de b'ios desta casa, fui orientada a dar um bori para equilibrar, acalmar e centrar meu ori,para que eu possa continuar desenvolvendo meu lado medinico na umbanda. Sou umbandista epretendo continuar a ser, como disse, estou me sentindo muito fraca, com a cabe"a cansada,raciocnio difcil. 0onfesso que fiquei ainda mais insegura ap)s o ogo de b'ios. Os m$dicosdi'em que n!o tenho nada. >s entidades da umbanda idem. #nt!o, consultei os b'ios com estaialori4 5 sacerdotisa 5, por indica"!o e que a conhecia de nome. #la disse ter sado no ogo odude inicia"!o e que tamb$m os b'ios di'iam que preciso passar por um bori, antes de qualquercoisa. 0omo a consulta de b'ios se estendia por mais de duas horas e eu havia feito diversasperguntas e conversado muito com a ialori4 sobre umbanda e candombl$, ela continuou ogando.> uma entidade Rmuito semelhante a um preto velho se manifestou comigo, mas n!o disse nada.Senti que ele estava contrariado pelas orienta"/es que estava recebendo, mas n!o conseguisintoni'ar direito. 0ontinuando o ogo, ela disse: Olha a de novo odu de inicia"!o.

    >grade"o a +eus e aos ori4s, se tiver uma orienta"!o.

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    rimeiramente, $ preciso e4plicar o que quer di'er bori. +a uni!o de duas palavras emioruba, b), que significa oferenda, e ori, que quer di'er cabe"a, surgiu o termo aportuguesadobori, que, tradu'ido, significaria oferenda 3 cabe"a. grava5seessa situa"!o pelo fato de tudo ser muito bem pago, principalmente o sacerdote que comanda orito.

    0om todo o respeito que tenho em rela"!o a qualquer outro culto ou religi!o, especialmenteao candombl$, minha consci(ncia n!o me permite aceitar e muito menos ser favorvel a matar emum rito sagrado, mesmo que sea em outra cren"a.

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    universal de atra"!o e afinidade, felicidade, sade, prosperidade e bonan"a em nossas vidas. +eus$ amor e todo provedor. #ste $ o papel de um sacerdote na atualidade 5 diferente de antigamente:mostrar aos seus filhos 5 iniciados 5 o caminho, que $ s) deles, sendo totalmente livres para segui5lo ou n!o, sem quaisquer obrigatoriedades. o livre5arbtrio que vai ditar a rela"!o com o sagrado.

    #nt!o, como pode um bori combinar com a ess(ncia da umbanda, que $ caritativa* Ser que

    est faltando mediunidade na umbanda*G falei sobre esse assunto por diversas ve'es; perdoem5me se vamos nos tornar repetitivos.recisamos pensar como surgiu na umbanda a vincula"!o com sua ess(ncia: fa'er caridade.

    Sem dvida, a liga"!o da umbanda com Gesus e com a caridade desinteressada foi instituda pelo0aboclo das Sete #ncru'ilhadas, por interm$dio da mediunidade cristalina de U$lio de oraes.

    ? de se refletir sobre o fato de esse canal medinico, desobstrudo, natural, simples, n!oter tido nenhuma inicia"!o na 8erra, n!o ter feito raspagens e nunca ter precisado de sangue oucorte ritualstico para refor"ar seu tLnus medinico. > inicia"!o foi dispensada pelo 0aboclo dasSete #ncru'ilhadas, que preparou seu m$dium em muitas encarna"/es, antes da atualpersonalidade ocupada.

    #st claro que os guias que est!o conosco n!o precisam desse elemento para vibrar emnossas cabe"as, em nossos chacras coronrios, em nossas glPndulas pineais. Jmaginemos asrepercuss/es nefastas na mediunidade de um dirigente de umbanda que coloca sangue em suacabe"a. ode continuar fa'endo a caridade, mas com certe'a n!o $ mais livre em sua mediunidade,e outras entidades ocupam a frente de sua sensibilidade.

    8entem romper com o ciclo de oferendas reposit)rias, para ver o que acontecer com otLnus vital, depois de haverem raspado a cabe"a em um bori.

    or que ser que um ori4 precisa de um elemento vital como o sangue para se fi4ar emum m$dium e n!o abre m!o disso* Tual a inten"!o oculta dessa troca obrigat)ria* ensemos:redu'ir a movimenta"!o energ$tica 5 a4$ e seu ciclo retrovitali'ador 5, que fortalece os aparelhosmedinicos, ao derramamento de sangue pelo corte sacrificial, $ uma vis!o estreita, fetichista, dosagrado, $ uma posi"!o reducionista, que demonstra depend(ncia psicol)gica dos m$diuns edirigentes e dos espritos do lado de l, que vivem na crosta e precisam se alimentar fluidicamente,para n!o enfraquecerem.

    #nt!o, pegam uma parte et$rea dessas oferendas para si, e o restante movimentam em favordaqueles que as ofertam. cada batida de seucora"!o, o sangue circula em todo o seu corpo denso, repercutindo energeticamente nos corposmais sutis e volatili'ando5se no plano et$reo. +essa forma, os espritos mentores, que n!oprodu'em essas energias mais densas e telricas, valem5se de seus m$diuns, que fornecem avitalidade necessria aos trabalhos caritativos aos necessitados.

    ? os espritos que s!o servi"ais, diante dessas trocas, e escravos desses fluidos. S!o dignosde nosso amor, amparo e esclarecimento.

    7=

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    inconscientemente da energia das ondas mentais dos encarnados, que est!o sendo emitidas contraela, para se impulsionar no plano astral e grudar na senhora.

    5

    5 elo amor dos ori4s, me aude. +iga5me o roteiro a seguir com minha f$, com ossagrados ori4s, unicamente por minha vontade, por meu direito de n!o concordar com o que estacontecendo, oriente5me sobre como devo proceder.

    5 0hegue um dia mais cedo na choupana, para que possa orar calmamente, seguindo opreceito com os ori4s. +eitar em medita"!o unto ao ponto de for"a de Omulu, assentamentovibrat)rio que conhece, por outras ve'es que aqui esteve. o terminar o preceito indicado com os ori4s, conclua pedindoque o ori4 final, o que n)s somos nos terreiros, sen!o mortos

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    cuidando dos vivos que, na verdade, est!o mais mortos que vivos, e n)s muito mais vivos do que amaioria entende*

    2 5 Jbiri ou ibri $ o instrumento do ori4

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    on6ersa com um xam+

    > m$dium disse:5 #scutei um pssaro chilreando, a cantar na anela de minha casa, em um dia ensolarado.

    Tuando me virei para v(5lo, n!o estava mais l. 0omo posso interpretar isso*>o que caboclo erN respondeu:5 Ailha, o pssaro que canta na anela demonstra 3 alma que o escuta que ela est

    encontrando seu ei4o central na reali'a"!o espiritual. 6ompe as paredes da ilus)ria pessoa formadana reencarna"!o, movida pelos anseios de seu passarinho interno 5 seu esprito 5, que ressoa dedentro para fora, indicando os caminhos que deve seguir, em sua busca pela liberta"!o da pris!o desi mesmo. O pssaro n!o estava mais l porque voou, pois $ livre em suas escolhas e em seuplantio, assim como a centelha espiritual o $, sendo a colheita obrigat)ria. O pssaro voa livre,quando a compreens!o de sua finalidade e4istencial e4pande a consci(ncia e supera a gaiola de simesmo. 8al estado de esprito n!o significa liberta"!o, mas que os passos est!o indo na dire"!oque a alma precisa, conscienti'ada do que tem de plantar para a boa safra.

    5 Iogo ap)s, vi duas belas coruas em um mesmo galho de rvore, em frente 3 anela decasa, o que $ raro, pois a cidade n!o $ seu hbitat natural. O que est!o me di'endo*

    5 Ailha, o hbitat natural do esprito n!o $ o fsico. >s coruas mostram que mesmo o diaensolarado na vida, de sensa"!o de autorreali'a"!o e inefvel bem5estar, n!o ser perene, pois aperenidade espiritual n!o $ da 8erra: de cada 2 horas, a metade $ noite, e a outra metade $ dia.>ssim, os desafios se repetem diariamente, e deve estar sempre atenta, como o olhar das coruasest!o. > corua na rvore en4erga os seres rasteantes no solo, todavia, deve al"ar vLo para sealimentar deles. Simbolicamente, esse pssaro ca"ador indica sua compreens!o espiritual, a que aclarivid(ncia e a intui"!o alcan"adas n!o devem servir para distanci5la dos que ainda n!oconseguem levantar os olhos para cima e rasteam na vertical das coisas profanas. O sagrado quedesperta em seu cora"!o deve apro4im5la dos pequenos seres, como m!e dadivosa que a todosacolhe amorosamente.

    5 or que duas coruas untas, dado que s!o ca"adoras solitrias*5 Ailha, uma corua $ o intelecto, e a outra, a intui"!o. O intelecto descreve as e4peri(ncias

    da alma; a intui"!o interpreta o que foi descrito. +evem andar untas; uma n!o se sobressaindo 3outra. O intelecto, alimentado pelo esfor"o do estudo, amplia a ra'!o e d insumos para a intui"!oaproveitar o conhecimento, necessrio a uma filha do ori4 O4)ssi, destinada a ser instrumentopara o ca"ador das almas trabalhar. Se a intui"!o falha, o intelecto racionali'a, aliviando asconstri"/es internas. Se o intelecto se acelera, a distonia psquica causada se alivia com o bem5estar intuitivo ocasionado pelo trabalho p$ no ch!o do terreiro. Outro aspecto: tem muito amparoespiritual e bons companheiros que est!o untos. Iembre: duas coruas s!o quatro olhos a olhar porvoc(.

    5 0omo devo proceder para alimentar e manter o pssaro livre e as coruas no galho deminha rvore*

    5 Ailha, humildade, muita humildade e amor, muito amor. >me sua vida, seu can'u 5 casa5, cada pedacinho do solo em que seus p$s pisam, ao suportar seu esprito, em suas andan"asterrenas. >me a si mesma e cada centmetro de seu saudvel corpo, sem culpa de nada, e e4pandaesse amor para todos os filhos de seu cora"!o'inho.

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    estado e outro que o esprito que almea conquistar a si mesmo se condu', mantendo o pssarolivre e a clarivid(ncia das coruas a indicar os vLos do pssaro da alma em solo terreno.

    #le $ flecheiro uremeiro

    Hem de >ruanda.#le vai bai4arHai ampararAilhos de umbanda.OM(e, oM(e, oM(e90aboclo erN no cong9

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    @ma preta 6el5a AmetidaA a psic7loa das almas

    Ailho meu, aqueles que n!o se encontraram com a serenidade s!o como rvores ocas nafloresta, vistosos nos galhos e folhagens, mas com grande sofrimento interior. 0om a mais breveventania da vida, podem rachar no meio.

    8odo homem sbio inevitavelmente $ sereno. Observem quantos s!o de grandeconhecimento intelectual e s!o e4tremamente ansiosos. 0onhecimento em si n!o $ passaporte paraa sabedoria, mas sim, como ele $ usado. > boa semente no solo fofo, se destitudo do ardineirofiel, perecer na aride' dos descompassos climticos.

    > serenidade $ alcan"ada com rduo esfor"o pessoal e gradativamente, qual formiga quetrabalha no ver!o causticante.

    +esafios dirios superados; irrita"!o contida; distrbios emocionais desfeitos; vontade bemdirigi da, submetendo os deseos 3 ra'!o; maus hbitos bloqueados pelo poder do n!o quero;ambi"!o desmedida controlada, esses s!o alguns e4emplos de esfor"os no dia a dia do ser embusca da aquisi"!o da serenidade.

    >quele que se encontrou consigo e escalou as montanhas do egosmo de seu eu interiorsabe e4atamente o que quer da vida, tendo a vontade livre para impor seu ideal e se diferenciar emuma sociedade automati'ada, que sofre da sndrome de e4teriori'a"!o coletiva: todos iguais aprodutos pasteuri'ados de uma fbrica, em que se imp/e o imp$rio das apar(ncias e4ternas, talqual embalagens chamativas em vitrines vistosas.

    S!o hostes de escravos, n!o mais das sen'alas, pela subuga"!o da m!o de obra, masdeles mesmos, pela fraque'a mental diante da mdia, das telenovelas, das modas urbanas e dosmaneirismos condicionantes, para serem aceitos em grupos que se unem pelo interesse domomento, nos centros de compras, pra"as de alimenta"!o, festas, bares e encontros sociaisperfumados e fuga'es, movidos a quitutes saborosos e drinques etlicos inebriantes das ansiedadesdirias.

    > consci(ncia serena se d com aqueles que subugaram a vontade inferior que a'ia

    sepultada pelos deseos mundanos. 0onsciente e serenado $ o ser que sabe que ultrapassou asprovas dentro de si mesmo em favor do semelhante, anulando seu ego e deslocando do centro paraa periferia de seu eu sua rea de interesse pela vida em coletividade.

    > serenidade harmoni'a, e4teriori'ando5se do interior do ser, agradavelmente e commansid!o, para os circunstantes perif$ricos, em seu raio de magnetismo pessoal; assim, o indivduon!o se influencia por apelos de consumo; inspira a confian"a sem medo de trai"!o; acalma asmentes agitadas e oferece afei"!o e amor.

    O homem elevado e sereno venceu grande parte da luta contra as ilus)rias pai4/esmateriais que arrebatam os instintos e e4aurem as capacidades sens)rias do cidad!o comum, embusca dos pra'eres fuga'es, embotando5o para as percep"/es duradouras da verdadeira e perenerealidade do esprito imortal.

    Ailho meu, n!o fique sentado no toco esperando ele brotar, fa"a voc( mesmo; plante asemente no solo e cuide dela at$ virar rvore frondosa. > decad(ncia de uma sociedade come"aquando o homem pergunta a si pr)prio: O que ir acontecer*, em ve' de inquirir: O que possoeu fa'er*.

    > falta de progresso e prosperidade, sea em uma coletividade mais ampla, sea em outrasinstPncias, como a famlia, o trabalho, uma religi!o ou agrupamento medinico, principia quando oimperativo $tico da a"!o $ substitudo pelas solu"/es e4ternas que dispensem o esfor"o interno dacriatura, em uma acomoda"!o e letargia psicol)gica, fruto da pregui"a e do medo de modificar5se.

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    6en$ +escartes, em sua obra /s Pai$-es da /lma, afirma que a vontade $ t!o livre pornature'a que amais pode ser coagida. Se corrompida por outro $ porque o corruptor encontrouaprova"!o.

    preciso dei4ar nascer a vontade de uma vida melhor e gui5la nos primeiros passos daa"!o todos os dias.

    >comoda"!o, principalmente em remover as montanhas que a'em dentro de cadaindivduo, $ se acovardar diante dos imperativos da vida, como descansadas vtimas diante dasfraque'as da alma, que imobili'am o esprito em sua evolu"!o.

    afinco de sua vontade soberana, e n!o se aflia com culpas descabidas, uma ve' que o tempo $ seuincansvel aliado.

    0omo sempre nos di' o infatigvel amigo, caboclo erN: > vit)ria da vida se dar voc(vencendo a voc( mesmo. Se cair frente ao mundo interior que o afronta diariamente, $ porquevergou diante de si mesmo.

    or mais amor que tenha por meus aparelhos, a derrota ou a vit)ria $ somente deles.Jndependentemente disso, estarei abra"ando5os, incondicionalmente, pelo amor que sinto por eles,no momento em que retomarem do transit)rio vaso de carne; sea nas profunde'as do umbrallamacento, sea nos pncaros celestiais, l estarei para esse abra"o e aconchego desses filhosdesgarrados, em meu cora"!o espiritual.

    Sarav, 'i fios meus,Hov) aria 0onga, uma preta velha metida a psic)loga das almas.

    >bre esta terreira>bre este cong0hegou aria 0ongaTue veio trabalhar,>linhando na linha de 0ongo. 0ongo, $ 0ongo arure.>linhando na linha de 0ongo,>gora que eu quero ver...Tuem $ de 0ongo dei4a 0ongo girar9

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    piedoso. esmo Gesus, em certos momentos, teve de se afastar de seus seguidores e ap)stolos paraorar e se recompor, como aconteceu no monte das oliveiras. O que resta para n)s, comuns mortais*

    Se algu$m estiver lhe causando uma frustra"!o desnecessria, n!o tente lutar ou raciocinar.Simplesmente, afaste5se do campo de for"a negativo dessa pessoa. 0aso voc( sea obrigado apermanecer no mesmo aposento que ela, em casa ou no trabalho, mesmo assim, voc( pode erguer

    um escudo mental de prote"!o.Sorria e n!o diga absolutamente nada ou declare, com calma e firme'a: pessoapoder n!o gostar da mensagem, mas, sem dvida, receber.

    #specialmente os m$diuns, procurem ter mecanismos de defesa e n!o fiquem disponveispara as vtimas do mundo, nem tentem aeitar a vida de todos. +efendam5se n!o se e4pondo.antenham5se energeticamente blindados e disponveis para o trabalho medinico, que tem diae horrio certo para os sofredores do corpo e da alma.

    uito importante: n!o ofere"am auda espiritual a ningu$m, dei4em que pe"am. #sse $ ummecanismo simples de prote"!o. Tuando voc( oferece, est se e4pondo, pois o outro pode aceitarpara n!o desagrad5lo, s) por educa"!o.

    O4al, meu pai98em pena de n)s, tem d).Se a volta do mundo $ grandeSeu poder ainda $ maior9Salve as for"as de O4al9

    =

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    &obre pontos riscados

    Sabeis que os pontos riscados s!o campos de for"a magn$ticos de atra"!o, reten"!o edispers!o.

    l$m5tmulo.

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    @m patu para me de!ender

    >nualmente, no aniversrio da choupana, que ocorre todo dia 17 de maio, distribumospatus para todos os que comparecem 3 sess!o festiva especial. >l$m do aspecto festivo da data,

    cabe uma refle4!o sobre a comunidade que est envolvida na manuten"!o e e4pans!o do terreiro,enquanto p)lo irradiador de caridade, amparada no mediunismo.

    envolvidas em todas as atividades em desenvolvimento, especialmente quando me deparo com umgrupo de m$diuns mulheres, sentadas na frente do cong, em uma tarde de sbado calorenta,alegremente costurando os patus que ser!o distribudos. ? de se refletir sobre determinadastarefas e fun"/es, das quais n)s, homens, n!o admitimos participar, mesmo veladamente.

    Ser por isso que muitos m$diuns homens n!o admitem ver5se costurando ou ainda e4istemvar/es que bloqueiam a manifesta"!o de uma entidade feminina, como s) acontece em rela"!o 3scaboclas das guas ou pombagiras*

    -ma comunidade, conforme defini"!o da ecologia, $ a totalidade de organismos vivos quefa'em parte do mesmo ecossistema e interagem entre si. #m sociologia, uma comunidade $formada pelo conunto de pessoas que dividem um mesmo obetivo, convivendo untas, sob umamesma normati'a"!o, compartilhando o mesmo legado poltico, cultural e hist)rico. #nt!o, umacomunidade de terreiro $ o conunto de pessoas envolvidas nas atividades rituais requeridas.

    Obviamente, o impacto de sua rede de rela"/es e4trapola largamente as portas do terreiro,sendo a assist(ncia 5 grupo de pessoas que v(m em busca de au4lio 5 seu principal foco deatua"!o.

    #ssa comunidade est amparada na capta"!o, manuten"!o e distribui"!o de a4$ 5 for"amgica dos ori4s 5, envolvendo um aglomerado de consci(ncias maior do que a defini"!osociol)gica comporta, dado o mundo invisvel 5 os espritos 5 ser sua verdadeira mantenedora.

    #nt!o, podemos afirmar que uma comunidade de terreiro $ formada pelos encarnados,pelos m$diuns, pela assist(ncia, pelos desencarnados, entidades espirituais, como guias eprotetores, e espritos que v(m 3 casa no mundo et$reo, acompanhando os encarnados quecomparecem na 8erra.

    8udo o que se fa' em uma comunidade de terreiro tem impacto et$reo, energ$tico e nomundo dos espritos. >s m$diuns, sentadas costurando os patus para serem entregues na sess!ofestiva que se apro4ima, impregnam os elementos utili'ados com a ponta de seus dedos e seussentimentos. > alegria e a satisfa"!o de estarem unidas em uma tarefa comum, em prol do bem5estar de uma coletividade que, por sua ve', almea a redistribui"!o de a4$ 5 for"a dos ori4s 5,contido nos patus, s!o o alimento indispensvel no dia a dia do terreiro. >ssim, untas e feli'es,acabam magneti'ando os elementos necessrios para sua confec"!o, propiciando a altera"!o nasredes el$tricas quPnticas que comp/em sua estrutura molecular et$rea, fa'endo as estruturasorgPnicas que comp/em o tecido, as linhas, as fitas, o arro', as lentilhas, as ervas, que fa'em partedo patu, imantadas e propcias para receberem a consagra"!o dos guias, enquanto estiverem nocong com essa finalidade.

    Se assim n!o fosse, n!o se tornariam um condensador energ$tico do a4$ de abundPncia eprosperidade a que se destinam.

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    desinteresse pessoal, a humildade, a parcimLnia, enfim, o sentimento de igualdade fraterna que aroupa branca nos d, quando consolidado no psiquismo interno, oferece5nos a seguran"a e aconfian"a no grupo. #4pandindo esse estado de esprito, cria5se importante mola propulsora detodos os trabalhos espirituais, pois $ a partir desse clima psicol)gico que os guias encontramambiente vibrat)rio pelo qual conseguem se manifestar em seus aparelhos.

    > partir de ent!o, espraia5se pela assist(ncia a sensa"!o de conforto e aconchego, deconfian"a e de venera"!o ao cong, fa'endo o a4$ se movimentar entre todos que v(m ao terreiro,retroalimentando a egr$gora espiritual e fortalecendo5a, uma ve' que as pessoas que comparecem 3casa tamb$m s!o doadoras de ectoplasma 5 a4$, energia vital, prana.

    ? de se considerar a repercuss!o, na sociedade, que as atividades desenvolvidas noterreiro apresentam. > $tica, a idoneidade, a moral, a gratuidade, o altrusmo, o respeito 3preserva"!o do meio ambiente, entres outros aspectos intangveis, que e4trapolam o tangvel, ques!o os elementos rituais, como os cantos, os cheiros, os sons, as ervas, os atabaques, as imagens,sustentam a confian"a social que se requer para a consolida"!o de um terreiro.

    O 'elador do a4$, o dirigente espiritual, conhecido no meio umbandstico como sacerdote $,em primeira instPncia, o responsvel por 'elar por toda a gama de rela"/es, interreligiosas eintrarreligiosas que s!o de sua nica responsabilidade, buscando o bem5estar geral, desde quest/esinternas, como disciplina, assiduidade, estado emocional de cada m$dium, at$ tratativas e4ternas,como recep"!o dos consulentes e acomoda"!o, enquanto presentes nas sess/es. >inda $ oresponsvel por todos os procedimentos que impactam na opini!o pblica, desde que a agremia"!opela qual responde interaa com o meio que a cerca: ecologia, outros centros, familiares dem$diuns e assistentes, pessoas que procuram auda, prefeitura; ele responde por todos os requisitoslegais mantenedores do terreiro, enquanto institui"!o de interesse comunitrio.

    > importPncia das festividades, concreti'adas em sess/es especiais com essa finalidade,como o s!o o dia do ori4 regente ou de aniversrio do terreiro, $ crucial para que tenhamosencontros marcados para o congra"amento recproco, em um clima de alegria, em feli'fraternidade, diferente do dia de sess!o de caridade normal, ocasi!o em que prepondera a dor e osofrimento, os quei4umes e os choramingos.

    no encontro festivo que a famlia de santo recebe efusivamente os que v(m ao terreiro,em um sarau musical, com pontos cantados, com distribui"!o de patus ao final, todos seabra"ando e confraterni'ando em um gape 5 encontro de amor 5, que est refor"ando econsolidando os relacionamentos entre cada indivduo que comp/e a comunidade.

    >ssim tamb$m acontece com os espritos; eles tamb$m se sentem alegres e ficam feli'esunto com os m$diuns, vindo muitas entidades visitar o terreiro nessas ocasi/es, parentes dem$diuns, guias que descem de esferas vibrat)rias que comumente n!o atuam na crosta. umafesta muito al$m de nossa vis!o, tato, audi"!o e paladar.

    > distribui"!o de patus para a assist(ncia, tradi"!o no aniversrio da choupana, materiali'ao a4$ de abundPncia e prosperidade de O4)ssi 5 ori4 regente de nosso cong. O patu $ umaforma de amuleto, palavra que deriva do latim amuletum, sinLnimo de ciclPmen, uma plantautili'ada antigamente para prote"!o contra venenos.

    #nt!o, o patu $ um tipo de amuleto ou escudo contra influ(ncias mal$ficas. +i' a culturapopular que ele deve ser usado unto ao corpo, como prote"!o e atrativo de sorte e sade. Osamuletos s!o obetos comuns em diversas sociedades e $pocas, variando os smbolos utili'ados. >simbologia ganha conota"/es diversas entre $pocas ou culturas diferentes.

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    Gal5o /uebrado en!ra/uece a r6ore

    +eve ser uma constante preocupa"!o de um dirigente o recrutamento de m$diuns; tarefardua, ingl)ria, diante da dificuldade de se achar m$diuns que queiram se doar

    incondicionalmente, mas e4tremamente necessria para a sustenta"!o dos trabalhos.Surpreendentemente, a maioria esmagadora dos m$diuns tem e4pectativa de troca com osespritos, como se precisassem trabalhar para ficar bem, dei4ando a caridade desinteressada emsegundo plano.

    0laro est que n!o e4iste a inten"!o premeditada de se dispensar quem quer que sea, assimcomo acreditamos que nenhum medianeiro entra no grupo com a disposi"!o ntima de vir a sedesligar.

    #sses dias tivemos uma situa"!o ins)lita, que me dei4ou muito triste. #stvamos com umcasal de m$diuns em perodo inicial na casa. Oriundos de um centro esprita e di'endo5secomprometidos com a umbanda, procuraram5nos reservadamente, em dia de sess!o, pedindo aoportunidade de ingressarem na corrente.

    =F

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    0omo fa'ia mais de ano que freqKentavam a casa e diante dos bons antecedentes de ambos,ela psic)loga e ele m$dico psiquiatra, os dois sempre presentes em nossos seminrios e cursos,resolvi dar a oportunidade, sem eles passarem por uma consulta com caboclo erN.

    ara minha triste'a, a ovem esposa e m$dium mostrou5se irascvel, rgida e autoritria. #leera demais complacente, de personalidade fraca e dominado por ela. Hisivelmente em processo

    obsessivo, a mulher apresentou5se rapidamente com muito medo de continuar. Aoi5lhe dadaorienta"!o adequada, atendimento individual e marcado um preceito de seguran"a medinica comseu ori4 regente 5 Jans! 5, para harmoni'5la psiquicamente. Ocorreu que a m$dium, no meio deuma sess!o, desapareceu, saiu do terreiro e foi at$ o vestirio, trocou5se e foi embora, sem avisarningu$m. #la e o esposo, que tinha faltado no dia da m$dium fuona, n!o apareceram mais esequer deram uma satisfa"!o. Aiquei triste com isso.

    forma"!o intelectual n!o prescinde de outros requisitos, como ahumildade e a falta de vaidade, para que se tenha sucesso e se fique na casa de erN.

    o vento que balan"a a folha.

    =1

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    uin$. o vento que balan"a a folha., $, $ ai uin$. o vento que balan"a a folha.

    =2

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    &urra de santo podeB

    0om freqK(ncia maior do que se imagina, chegam5nos pessoas preocupadas eamedrontadas, porque acreditam que, se n!o fi'erem a vontade do guia e n!o atend(5lo nas

    oferendas solicitadas, suas vidas voltar!o para trs. Outras informam que ficam doloridas ap)s asincorpora"/es e se recusam a fa'er obriga"!o ao ori4, para que isso n!o mais ocorra.Hamos por partes. rimeiro, h de se esclarecer algumas caractersticas do

    desenvolvimento medinico. Os chacras do m$dium ne)fito giram em freqK(ncia muito abai4odaquela das entidades do plano astral que o assistir!o. 8emos de entender que toda incorpora"!o,aos moldes umbandistas, passa pelo processo de desdobramento, ocasi!o em que o perisprito dom$dium se desloca ou se e4pande ou torna5se mais desencai4ado da matri' carnal, para que oesprito5guia se apro4ime e impressione, pela sensibilidade de seu aparelho.

    Jnicialmente, esse processo, se n!o bem condu'ido em sua intensidade, dado que afreqK(ncia dos chacras da entidade $ significativamente mais alta que a do m$dium, poderprovocar viol(ncia vibrat)ria, que impactar em uma repercuss!o orgPnica dolorida. Jsso $verdadeiro. #ssa viol(ncia n!o $ do mentor, e sim do dirigente do terreiro, que n!o tem crit$rioadequado, impondo incorpora"/es anmicas mais fortes, como, por e4emplo, nos casos de longas ee4tenuantes sess/es de desenvolvimento, com o som dos atabaques ao m4imo, sendo tocadosininterruptamente, por horas, fa'endo os m$diuns dan"arem e rodopiarem. grava5se essa situa"!o quando esses testes de resist(ncia s!o feitos em altas horas damadrugada, sem hora para acabar.

    Ocorrem, tamb$m, casos de m$diuns que, rec$m5iniciados nas consultas, n!o sabem dosar aintensidade da entrega no au4lio aos consulentes. Tuerendo audar a todos ao m4imo, acabampor absorver para si em e4cesso as energias delet$rias do atendido, e a n!o h guia que consigadescarregar a contento, ao final dos trabalhos, sem que seus aparelhos fiquem doloridos no diaseguinte.

    0om o e4erccio medinico continuado praticado durante as consultas, rapidamente omedianeiro aprende a dimensionar suas energias e n!o se dei4a ser sugado demasiadamente.Obviamente que os elementos s!o acess)rios importantes, como a volatili'a"!o do lcool e afuma"a do charuto, que servem como potentes desintegradores dos miasmas e das negatividadesdos consulentes.

    Outra quest!o pol(mica recorrente $ a famosa surra de santo. 0laro est que a umbandatem um m$todo de persuas!o medinica bastante peculiar para os potenciais m$diuns, aindaresistentes em assumir suas tarefas.

    0erta ve', estvamos em um trabalho de cachoeira, e uma amiga esprita que tinha idoassistir, a convite, mostrou5se c$tica em rela"!o 3 intensidade das incorpora"/es, duvidando de queo gestual e a dan"a fossem necessrios, di'endo que aquilo era um condicionamento dos m$diuns.

    6epentinamente, ela come"ou a ficar branca, com a m!o geladssima e a respira"!oofegante. O couro retumbava nos tambores, e iniciou5se um ponto cantado de Jans!.

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    #m seguida, ogou o corpo para trs, voltando 3 sua consci(ncia ordinria. #stupefata pelofenLmeno, com resignada humildade, confessou ao guia5chefe que sempre tivera pPnico de gua eque fa'ia anos n!o entrava em rio ou mar. ediu desculpas e disse que sabia muito pouco dascoisas da umbanda.

    O que n!o sabamos $ que nossa dan"arina molhada estava sendo chamada por uma cabocla

    de Jans! para assumir seu compromisso com a umbanda, isso depois de trinta e cinco anos deespiritismo. 8udo a seu tempo, e hoe essa pessoa $ laboriosa e dedicada m$dium em outro terreiro.#4iste muita desinforma"!o em rela"!o 3 umbanda e, infeli'mente, muitas pessoas ganham

    dinheiro com a religi!o, aproveitando5se do medo de puni"!o que colocam nos que entram em suascorrentes, quando n!o fa'em trabalhos de amarra"!o, para que seus m$diuns n!o se livrem t!o fcilda famosa surra de santo, caso queiram abandon5los ou trocar de terreiro.

    +ia desses, uma consulente passou mal na consulta e nos foi encaminhada, como sempreacontece nessas ocorr(ncias. p)s vrias idas e vindas aos m$dicos e hospitais,uma bateria de e4ames, ressonPncias magn$ticas, testes de esfor"o e checape geral, nada houve deconclusivo pela medicina at$ o momento. Sinto dores no corpo, repentina tontura, caio no ch!o, narua, e me machuco. #stou cansada e n!o sei mais a quem pedir auda. Aa' dois anos que abandoneia umbanda por discordar dos sacrifcios animais e estou desconfiada de que estea tomandosurra de santo. ergunto se isso $ possvel.

    5 inha filha, possvel $, mas nada tem a ver com a umbanda. Sendo a umbanda uma for"aque nos d vida, $ ine4plicvel pratic5la como algo que a tira. O que est havendo com suamediunidade $ que determinados espritos est!o agarrados em seus chacras e, em determinadomomento do dia, quando a senhora est perambulando em ambientes de bai4a vibra"!o como, pore4emplo, nas cal"adas pr)4imas a aglomera"/es humanas, onde os pensamentos profanos eangustiados se cru'am, encontram eles for"a para tomar seu psiquismo e seus chacras, sem sualicen"a.

    5 0omo resolver isso, se eu n!o aceito voltar ao terreiro e fui amea"ada pelo bab, pois medisse que o santo n!o me largaria fcil e que eu iria apanhar e sofrer*

    5 Seu livre5arbtrio nesse caso $ soberano, como uma guia que voa acima dos patos. -maamea"a, quando n!o encontra sintonia no medo, torna5se pueril e sem maiores efeitos, qual raioque n!o atinge a terra. >o n!o conseguir se desligar da imanta"!o magstica a que est submetida,que se fortalece por encontrar receio em seu cora"!o, acaba sendo carrasco de si mesma efortalecendo aquele que a quer submissa. #mbora e4istam alguns obetos pessoais seus de usoritual que ficaram no antigo terreiro, por si s) s!o in)cuos, placebos mgicos, se n!oencontrarem em seu proprietrio liga"!o mental. >faste o medo e confie no >lto, que estar a meiopasso da liberta"!o.

    5 #u posso pedir agL 5 liberdade 5 ao meu santo em outro terreiro*5 > liberdade de consci(ncia $ um direito seu inalienvel e que s) pertence a voc(, a mais

    ningu$m; n!o requer permiss!o, sea de quem for, muito menos dos santos. Os terreiros, templos,centros, igreas, il(s s!o meras constru"/es terrenas que servem para despertar a confian"a faltantenas criaturas amedrontadas, diante do temor atvico alimentado pelo igreismo, ao longo dosanos, de n!o conseguirem se religar ao sagrado so'inhas. Iembra5se de Gesus, que severticali'ava com o ai a qualquer momento e que nunca disse que fora da igrea n!o haviasalva"!o. Se n!o e4iste essa confian"a dentro de si, avalie sete ve'es setenta para quem confiarsua caminhada espiritual, pois, se a subida solitria $ rdua, a descida a dois $ faclima; o que cainunca cai so'inho e se agarra nas escoras rumo ao abismo.

    =

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    >rreia capangueiros,0apangueiros Gurem.

    =C

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    Relatos de casos de atendimento com apometria

    Seguem alguns relatos de casos prticos de atendimentos com apometria. Obviamente, asiniciais dos consulentes s!o fictcias, obetivando preservar sua privacidade.

    >ntes dos casos em si, cabe alguns comentrios sobre a frase que escutamos regularmente,quase toda semana: #u quero fa'er uma apometria9 .

    ente, apometria est na moda9 > frase eu quero fa'er uma apometria e suas varia"/es:eu preciso fa'er uma apometria ou me mandaram fa'er uma apometria s!o comumenteescutadas daqueles que chegam 3 choupana para atendimento de cura e desobsess!o, que ocorre 3ssegundas5feiras.

    reponderantemente, o consulente n!o sabe o que $ apometria, mas como escutou falar ou,o que $ pior, foi orientado por um centro esprita a fa'er a tal apometria, procura um local quefa"a esse tipo de trabalho.

    pometria n!o $ garrafa de 4arope milagroso, que cura de uma hora para outra os

    transtornos psquicos espirituais das pessoas, muito menos suas ma'elas auto5obsessivas. >final,adianta fa'er uma apometria, se o atendido nem sabe o que $*

    >pometria $ t!o somente uma t$cnica de apoio, que facilita o desprendimento 5 oudesdobramento 5 dos sensitivos m$diuns que atuam no grupo, idem em rela"!o ao atendido. O queacontece, a partir de ent!o, $ que se estabelece a abrang(ncia terap(utica do atendimento, dirigidopelo plano espiritual, que sabe o merecimento e at$ que ponto o e4erccio do livre5arbtrio doconsulente n!o $ o pr)prio responsvel por suas ma'elas, desde que a semeadura sea livre, e acolheita, obrigat)ria.

    >pometria n!o $ mgica que libera de sofrimento, quando este $ necessrio para aliberta"!o crmica do ser. G vimos muito preto velho, caboclo e e4u n!o autori'ar quaisquersintonias com situa"!o de trauma do passado do atendido, por ele n!o ter merecimento, aforaoutros e4emplos do quanto eles s!o 'elosos com essas quest/es: VV> cada um $ dado o que $ de

    cada um, nem mais nem menos.Os que chegam at$ a choupana com grandes e4pectativas milagrosas, quanto ao

    atendimento 5 quando n!o esperam uma regress!o a vidas passadas, para acessar informa"/es deoutras encarna"/es ou, at$ como escutamos falar, trocar seu carma por outro melhor, como seestivessem em um balc!o de negocia"!o 5, saem frustrados, pois a orienta"!o que damos $bsica: reforma ntima, mudan"a de valores e cren"as pessoais e despertar interior para as quest/esespirituais, que demandam e n!o dispensam rduo esfor"o individual.

    0laro $ que, quando o atendido est com seu merecimento distorcido, o livre5arbtriodesrespeitado, por obsess/es e processos magsticos negativos, a apometria $ importanteferramenta, mas por si n!o garante nada. esmo assim, nunca informamos para o consulenteespecificidades sobre suas vidas passadas, que s) alimentam a curiosidade pueril.

    temerrio dispensarmos a mediunidade no e4erccio da apometria, pois qual de n)sencarnados sabe e tem condi"!o de decidir o que fa'er e a abrang(ncia energ$tica do que $ ustoinvocar e pedir, por interm$dio de for"a mental, diante do esprito atemporal*

    o plano espiritual e os espritos benfeitores que dirigem e determinam o alcanceterap(utico dos atendimentos, que, na choupana, s!o regidos pela sagrada umbanda e suas leisuniversais de equilbrio.

    =D

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    ara n!o ficarmos repetitivos, sugerimos 3queles que almeam maiores informa"/es dadinPmica dos atendimentos, das leis da apometria e da invoca"!o dos ori4s a leitura do captulo Ddo livro Umbanda P no Cho, volume 1, deste guia de estudos.

    aso 1

    onsulente: +S, cinqKenta anos, mulher, viva e esprita.&intomas: Aa' de' anos que tem aumento sbito do batimento cardaco, acompanhado dedor no peito e sensa"!o de fraque'a. #sses sintomas eram espordicos at$ ent!o; assim comoapareciam, sumiam, de uma hora para outra. Ocorre que, dentro de um m(s, intensificaram5se,aumentando a freqK(ncia do mal5estar sbito. Tuando chegou para o atendimento na choupana, emdia de sess!o de p