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Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Brenda de Oliveira Ethiele Tainá Natalia 25MP

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• Racionalismo, Empirismo e Iluminismo

Brenda de Oliveira

Ethiele

Tainá

Natalia 25MP

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Racionalismo

O Racionalismo é uma corrente filosófica baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade das proposições apresentadas.

Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes de Cristo para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de uma causa.

A partir da Idade Moderna, o Racionalismo obteve grande crescimento como corrente filosófica e não se pode desvincular essas ideias das aplicações matemáticas. Tradicionalmente, o Racionalismo era definido pelo raciocínio como operação mental, discursiva e lógica para extrair conclusões.

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Para o Racionalismo, tudo tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrada empiricamente. O Racionalismo foi importante elemento do mundo Moderno para superar o mundo Medieval, pois privilegia a razão em detrimento das experiências do mundo sensível, ou seja, o método mítico como se tinha acesso ao conhecimento durante a Idade Média. Assim, o Racionalismo é baseado na busca da certeza e da demonstração.

O Racionalismo se tornou central ao pensamento liberal, que, por sua vez, pretende propor e estabelecer caminhos para alcançar determinados fins em nome do interesse coletivo. Assim, o Racionalismo está na base do planejamento da organização econômica e espacial da reprodução social, abrindo espaço para as soluções racionais de problemas econômicos e/ou urbanos com base em soluções técnicas e eficazes.

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Racionalismo método cientifico

Nesse caminho de conhecer há uma série de etapas (fases) para se tentar resolver um problema, tornado objeto de investigação. Quando se fala em método, buscam-se explicitar quais são os motivos pelos quais o pesquisador escolheu determinados caminhos e não outros. Diante disso, se compreende que o método, no sentido geral, é um conjunto de ações, procedimentos e atividades sistemáticas que permitem o ordenamento e alcance de um objetivo no processo de construção do conhecimento na ciência. E que a questão do método diz respeito a pressupostos que fundamentam o modo de pesquisar e são anteriores a coleta de dados na realidade.

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Na discussão sobre os polos que compõem o conhecimento científico aparece de um lado o homem que se propõe a conhecer (sujeito) e do outro a realidade a ser conhecida (objeto). Esse debate inaugura na Ciência Moderna caminhos para o conhecimento cujo foco está no sujeito, no objeto ou em ambos. Esses caminhos metódicos irão identificar as bases de construção do saber científico e da pesquisa científica na modernidade

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Método indutivo

É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações. Nesse método, partimos da observação de fatos ou fenômenos cujas causas desejamos conhecer. A seguir, procuramos compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procedemos à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos.

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Método matemáticoO desenvolvimento do método matemático, considerado

como instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos, e sua aplicação às ciências físicas conduziram, uma crescente fé na capacidade do intelecto humano para isolar a essência no real e ao surgimento de uma série de sistemas metafísicos fundados na convicção de que a razão constitui o instrumento fundamental para a compreensão do mundo, cuja ordem interna, aliás, teria um caráter racional. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.

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Duvida metódica

A sua função primordial é libertar a razão dos falsos pontos de partida do saber. Se queremos um edifício científico com um fundamento ou alicerce absolutamente verdadeiro, o certificado de verdade não pode ser passado sem que antes submetamos aquilo que é considerado fundamento à prova rigorosa da dúvida. Assim se compreende que absolutamente verdadeiro seja sinónimo de absolutamente indubitável (absolutamente claro e distinto) ou seja, um conhecimento que por mais que dele tentemos duvidar não pode ser posto em causa, resiste.

 A dúvida é estabelecida com a função de, submetendo os conhecimentos a um exame rigoroso, encontrar algo que resista a essa prova e assim mostre ser um conhecimento indubitável.

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Dualismo

Descarte chegou à conclusão que no mundo haveria apenas duas substâncias distintas e separadas:→substância pensante, pode enganar-nos em tudo o que pensamos, mas o fato de pensar e de dúvida, deve-se admitir que ser "penso, logo existo". O cogito cartesiano não é uma dedução, mas uma intuição, porque os sentidos mente uma vez que a relação necessária entre o pensamento e a existência. No pensamento encontra as ideias que ele pensa de si. A ideia não garante a existência da realidade que merece.→substância extensa, apende através dos sentidos, o corpo, a uma analogia com a apreensão da alma racional como substância pensante, penso a ideia de substância extensa como fundamento dos corpos, correspondente ao mundo corpóreo.

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Isaac newton: nascido em 1643, newton foi muito importante para a filosofia por fundamentar a ciência que influenciará os pensadores iluministas.  Para ele o universo só pode ter sido criado por um Ser com capacidade de entender todo o seu funcionamento nos mínimos detalhes e com poderes superiores a todo o universo.

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Rene descartes: nascido em 1596 em La Haye, frança, ficou conhecido como pai da filosofia moderna. Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.

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Francis bacon:  Bacon é considerado o pai do empirismo moderno por ter formulado os fundamentos dos métodos de análise e pesquisa da ciência moderna. Sua reflexão filosófica busca um método para o conhecimento da natureza que possa ser definido como científico e que possa ser repetido. Para ele esse método é o indutivo, mas não na forma entendida por Aristóteles como a enumeração simples da observação de diversos casos e da criação de uma regra geral com base nesses casos

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Galileu Galile: nascido em fevereiro de 1564 foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo, para ele com a razão o homem poderá interpretar e transcrever em forma de conceitos, a matemática é o grande auxílio da razão nesse trabalho de interpretação.  Galileu procura também separar ciência da religião. faz a comparação de que no mundo existem dois livros com o objetivo de revelarem a mesma verdade, mas de forma diferente. O primeiro livro é a Bíblia que busca a salvação e a redenção das almas e cujos escritos científicos são simplificados e próprios para o entendimento do povo. A natureza é o segundo livro que para ser interpretado tem que ser lido de forma científica e objetiva. Os dois livros são obras de um único Autor e por isso mesmo não podem ser contraditórios.

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Baruch Espinosa: nascido em novembro de 1632, na cidade de Amsterdã, na Holanda. Spinoza fez uma análise histórica da Bíblia, colocando-a como fruto de seu tempo. Ele Critica os dogmas rígidos e rituais sem sentido nem poder, bem como o luxo e a ostentação da Igreja. Spinoza diz que percebemos o tempo e o espaço a medida para essas duas extensões. A medida é usada para explicarmos as coisas. Ele explica que a realidade é uma coisa muito mais vasta do que as categorias humanas de entendimento podem conhecer. Isso porque existe a essência. O povo que percebemos confunde o real com a razão, e o filósofo, numa postura investigativa, não pode se deixar enganar. O ente da razão não existe fora da mente.

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Blaise Pascal: nascido em 1623  em Clermont-Ferrand, na França, para ele a razão não é suficiente a si mesma, ela tem limites, demonstrou grande preocupação com as questões teológicas de sua época, defendia que as ações humanas não são suficientes para a salvação dos indivíduos, para que as pessoas se salvem é necessária a interferência, o auxílio de Deus, a salvação dessa forma se torna mais difícil e não é o resultado direto das ações humanas. São nas nossas ações que vão aparecer o livre arbítrio e no livre arbítrio aparece a ação de Deus pois foi ele que nos concedeu a liberdade de escolher nossos atos.

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Características Gerais Empirismo

O nome empirismo vem do latim: empiria (experiência) e -ismo (sufixo que determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica). Temos, assim, a “corrente filosófica da experiência”.

O empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do conhecimento, que pensa estar na experiência a origem de todas as ideias.

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Conhecimento cientifico:

Para o Empirismo, a Experiência é a base do conhecimento científico, ou seja, adquire-se a Sabedoria através da percepção do Mundo externo, ou então do exame da atividade da nossa mente, que abstrai a Realidade que nos é exterior e as modifica internamente. Daí ser o empirismo de carácter individualista, pois tal conhecimento varia da percepção, que é diferente de um indivíduo para o outro.

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Origem das ideias:

O empirismo diz que a origem das Ideias é o processo de abstração que se inicia com a percepção que temos das coisas através dos nossos sentidos. Daí diferencia-se o empirismo: não preocupado com a coisa em si, estritamente objetivista; nem tão pouco com a ideia que fazemos da coisa atribuída pela Razão, como ensina o Racionalismo; mas puramente como percebemos esta coisa, ou melhor dizendo, como esta coisa chega até nós através dos sentidos.

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Relação de causa-efeito:

Para o empirismo a relação de causa e efeito nada mais é do que o resultado da nossa forma habitual de perceber fenómenos e relacioná-los como causa e consequência através de uma repetição constante. Ou seja, as leis da Natureza só seriam leis porque se observaram repetidamente pelos Homens.

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Autonomia do sujeito:

O empirismo nega tal identidade permanente, pois o conteúdo da nossa consciência varia de um momento para outro de tal forma que ao longo do tempo essa consciência teria, em momentos diferentes, um conteúdo diferente. A explicação está no facto de que a consciência, como sendo um conjunto de representações, dependeria das impressões que temos das coisas, mas sendo impressões estariam sujeitas a variações.

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Concepção de razão:

O empirismo apesar de não possuir pensamento contraditório entende de forma bem diferente: diz que a Razão é dependente da experiência sensível, logo não vê dualidade entre espírito e extensão (como no Racionalismo), de tal forma que ambos são extremidades de um mesmo objeto.

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Matemática como linguagem:

No empirismo tal método matemático não é aceite. A experiência é o ponto de partida de nosso conhecimento, logo não há necessidade de fazer hipóteses. Assim caracteriza-se o método indutivo que parte do particular (experiências) para a elaboração de princípios gerais.

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Materialismo e Empirismo

O que é Materialismo:

Materialismo é a atitude das pessoas que entendem que tudo é matéria e que têm uma vida voltada unicamente para os bens materiais. Ao adeptos do materialismo são chamados de materialistas.

Em filosofia, materialismo é o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais; que a matéria é a única substância.

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História O termo foi inventado em 1702 por Gottfried Leibniz, e reivindicado pela primeira vez em 1748 por La Mettrie. Entretanto, em termos da origem das ideias, pode-se considerar que os primeiros filósofos materialistas, são alguns filósofos pré-socráticos: Demócrito, Leucipo, Epicuro, Lucrécio, os estóicos, que se opunham na questão da continuidade da matéria: os átomos evoluiriam no vácuo?

Para o materialismo científico, o pensamento se relaciona a fatos puramente materiais (essencialmente mecânicos) ou constituem epifenômeno.

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Na filosofia marxista, o materialismo dialético (ou materialismo histórico) é uma forma de materialismo, estabelecida por Karl Marx e Friedrich Engels, que, introduzindo o processo dialético na matéria, admite, ao fim dos processos quantitativos, mudanças qualitativas ou de natureza, e daí a existência de uma consciência, que é produto da matéria, mas realmente distinta dos fenômenos de ordem material.

O materialismo histórico é uma tese do marxismo, segundo a qual o modo de produção da vida material determina, em última instância, o conjunto da vida social, política e espiritual. É um método de compreensão e análise da história, das lutas e das evoluções econômicas e políticas. Essa tese foi definida e utilizada por Karl Marx

O termo materialismo é também utilizado para designar a atitude ou o comportamento daqueles que se apegam aos bens, valores e prazeres materiais .

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Teses

Os limites do materialismo provêm essencialmente dos conceitos que são forjados inicialmente e que provocam bloqueios quando se cristalizam por uma razão ou outra (crenças diversas).

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Ética e Politica

O que é Ética:Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor.

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Ética e Moral

Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.

Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética.

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O que é Ética na Filosofia:

Ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos seres humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A ética na filosofia procura descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem.

A ética na filosofia estuda os valores que regem os relacionamentos interpessoais, como as pessoas se posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se de moral, uma vez que, a moral é relacionada a regras e normas, costumes de cada cultura, e a ética é o modo de agir das pessoas.

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Para a filosofia clássica, a ética estudava a maneira de buscar a harmonia entre todos os indivíduos, uma forma de conviver e viver com outras pessoas, de modo que cada um buscasse seus interesses e todos ficassem satisfeitos. A ética na filosofia clássica abrangia diversas outras áreas de conhecimento, como a estética, a psicologia, a sociologia, a economia, pedagogia, política, e etc.

Com o crescimento mundial e o início da Revolução Industrial, surgiu a ética na filosofia contemporânea. Diversos filósofos como Sócrates, Aristóteles, Epicuro e outros, procuraram estudar a ética como uma área da filosofia que estudava as normas da sociedade, a conduta dos indivíduos e o que os faz escolher entre o bem e o mal.

 

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O que é Política:

Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público.

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Filosofia política  é o campo de investigação filosófica que tem por objeto o Direito. Ela pode ser definida como o conjunto de respostas à pergunta “o que é o direito?”, ou ainda como o entendimento da natureza e do contexto do empreendimento jurídico.

O filósofo francês do século XVI, la Boétie, dizia que a história das associaçôes políticas entre os homens é a história da própria servidão,e ela, em seu conceito, era voluntária. Tal afirmação envolve várias questões sobre a condição humana, muitas respostas a essas apontam para questões éticas, para aspiração de um bem comum entre os homens. Talvez entrevendo a necessidade de uma relação íntima entre a ética - a busca de felicidade e justiça - e a política, em seu sentido superior.

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Desde fins da Idade Média, a Filosofia Política e os pensadores tratam das mais variadas questões sobre a legitimação e a justificação do Estado e do governo:- Os limites e a organização do Estado frente ao indivíduo- As relações gerais entre sociedade, Estado e moral - As relações entre a economia e política- O poder como constituidor do "indivíduo" - As questões sobre a liberdade- As questões sobre justiça e Direito - As questões sobre participação e deliberação- Sobre a importância da tradição, da liberdade de comércio, da prudência e da cultura cristã para a manutenção de uma sociedade politicamente e economicamente sadia - As questões sobre a contingência, liberdade e solidariedade na acepção do declínio da verdade redentora e ascensão da cultura literária

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Critica ao Absolutismo

Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria ideologia, baseando-se no seguinte argumento: O Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico; para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas;para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e poder à burguesia.Foi esse argumento burguês que, investindo implicitamente contra os privilégios da nobreza ocorreu, aos poucos, o equilíbrio de forças sociais do Estado absolutista e do Antigo Regime. Ao mesmo tempo, propiciou o surgimento do movimento cultural que ficou conhecido com Iluminismo (também denominado Ilustração ou Filosofia das Luzes).

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O que o Iluminismo defendia

Segundo o sociólogo Lucien Goldman, os princípios do Iluminismo estão relacionados ao comércio, uma das principais atividades econômicas da burguesia.Assim, o Iluminismo defendia:

- Igualdade: no comércio, isto é, no ato de compra e venda, todas as eventuais desigualdades sociais entre compradores e vendedores não tinham importância. Na compra e venda, o que importava era a igualdade jurídica dos participantes do ato comercial. Por isso, os iluministas defendiam que todos deveriam ser iguais perante a lei. Ninguém teria, então, privilégios de nascença, como os da nobreza. Entretanto, a igualdade jurídica não significava igualdade econômica. No plano econômico, a maioria dos iluministas acreditava que a desigualdade correspondia à ordem natural das coisas.

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- Tolerância religiosa ou filosófica: na realização do ato comercial, não importavam as convicções religiosas ou filosóficas dos participantes do negócio. Do ponto de vista econômico, a burguesia compreendeu que seria irracional excluir compradores ou vendedores em função de suas crenças ou convicções pessoais. Fosse mulçumano, judeu, cristão ou ateu, a capacidade econômica das pessoas definia-se pelo ter e não pelo ser.

- Liberdade pessoal e social: a atividade comercial burguesa só poderia desenvolver-se numa economia de mercado, ou seja, era preciso que existisse o livre jogo da oferta e da procura. Por isso, a burguesia se opôs à escravidão humana e passou a defender uma sociedade livre. Afinal sem trabalhadores livres, que recebessem salários, não podiam haver mercado comercial.

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- Propriedade privada: comércio só era possível entre os proprietários de bens ou de dinheiro. O proprietário podia comprar ou vender porque tinha o direito de usar e dispor livremente de seus bens. Assim, a burguesia defendia o direito à propriedade privada, que característica essencial da sociedade capitalista. 

O que o Iluminismo combatia

A nova mentalidade burguesa, expressa pelos princípios iluministas, chocava-se com o Antigo Regime. Assim, o Iluminismo combatia:

- O absolutismo monárquico: porque protegia a nobreza e mantinha seus privilégios. O absolutismo era considerado injusto por impedir a participação da burguesia nas decisões políticas,

inviabilizando a realização de seus ideias;

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- O mercantilismo: porque a intervenção do Estado na vida econômica era considerada prejudicial ao individualismo burguês, à livre iniciativa e ao desenvolvimento espontâneo do capitalismo;

- A autonomia intelectual: defendia pelo individualismo e pelo racionalismo burguês. Assim, à burguesia não interessava apenas a religião. Ela desejava o avanço da ciência e das técnicas, que favoreciam os transportes, as comunicações, a medicina, etc.

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Contrato Social

Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante.O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza".

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Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII como forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do contratualismo.

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John Locke (1632-1704) Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo.Pensamento e ideias defendidasLocke defendia a garantia dos direitos de um povo (proteção da vida, da liberdade e da propriedade). Para ele, esses direitos deviam ser prioridade de um governo, e se os governantes não pudessem, ou não quisessem respeitar esses direitos, o povo poderia derrubá-los e substituí-los por alguém melhor.

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Principais obras de John Locke- Cartas sobre a tolerância (1689)- Dois Tratados sobre o governo (1689)- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)- Pensamentos sobre a educação (1693) 

Frases de John Locke- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral." - "A leitura  fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos".- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos". 

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Thomas Hobbes: Nasceu em Westport, nos Estados Unidos da América, em 1588. Era um empirista inglês, que crê na possibilidade de uma lógica pura, de um raciocínio demonstrativo muito rigoroso.

Pensamento e ideias defendidas:Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. O Estado não pode estar sujeito às leis por ele criadas pois isso seria infringir sua soberania. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o monarca.

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David Hume foi filósofo, historiador, sociólogo e economista escocês do período do Iluminismo (século XVIII). É considerado um dos mais importantes filósofos iluministas ocidentais. É considerado um dos pais do empirismo.

David Hume nasceu na cidade de Edimburgo (Escócia) em 07 de maio de 1711 e morreu em 25 de agosto de 1776.

Principais ideias e teorias- A experiência e a observação são os fundamentos sólidos para a ciência.- Toda hipótese que não pode ser comprovada por meio da experiência deve ser descartada.- Não houve evolução linear do politeísmo para o monoteísmo durante a história da humanidade, mas sim uma oscilação irracional (teoria da oscilação).

 

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Principais obras- Tratado da Natureza Humana, 1740- Investigação sobre o Entendimento Humano, 1748- Investigação sobre o princípio da moral, 1751- Discursos Políticos, 1752- Diálogos sobre a religião natural, póstumo- História natural da religião, 1757- História da Inglaterra, 1762- Minha Vida, 1776 - autobiografia 

Frases- "Afirmações extraordinárias necessitam de provas extraordinárias."- "Cada solução leva a uma nova pergunta..."- "O auto-controle da mente é limitado, assim como é o domínio do corpo."

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Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)Nasceu em 28 de junho de 1712 na cidade de Genebra (Suíça) e morreu em 2 de julho de 1778 em Ermenoville (França). É considerado um dos principais filósofos do iluminismo, sendo que suas ideias influenciaram a Revolução Francesa.

Pensamento e ideias defendidas:Para Rousseau, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar.

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 Obras principais

 - Discurso Sobre as Ciências e as Artes- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens- Do Contrato Social- Emílio, ou da Educação

Frases - "O mais forte não é suficientemente forte se não conseguir transformar a sua força em direito e a obediência em dever" - "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade" - "A razão forma o ser humano, o sentimento o conduz." 

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Montesquieu (1689-1755)Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo, foi um importante filósofo, político e escritor.

Pensamento e ideias defendidas: Era contra o absolutismo por isso, defendia a divisão do poder em três: Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente);Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares); Poder Judiciário (órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das leis e exercido por juízes e magistrados). 

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Principais Obras - Cartas Persas (1721)- O Espírito das Leis (1748) - Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência- Contribuições para a Enciclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)

Frases - "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar." - "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."

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Voltaire (1694-1778)Nasceu na cidade de Paris, em 21 de novembro de 1694 e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1778.  Foi um importante ensaísta, escritor e filósofo iluminista francês. Durante sua vida escreveu diversos ensaios, romances, poemas e até peças de teatro.

Pensamento e ideias defendidas:Voltaire foi um crítico severo das instituições religiosas bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa, afirmando que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos. 

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Principais obras de Voltaire Édipo, 1718 Mariamne, 1724La Henriade, 1728 História de Charles XII, 1730 

Frases- "É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram". - "A leitura engrandece a alma". - "Todo aquele que desconfia, convida os outros a traí-lo." 

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Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna.

Principais ideias defendidas:

Idealismo transcendental (também chamado formal ou crítico) é uma doutrina kantiana, segundo a qual os fenômenos da realidade objetiva, por serem incapazes de se mostrar aos homens exatamente tais como são, não aparecem como coisas-em-si, mas como representações subjetivas construídas pelas faculdades humanas de cognição. Seu oposto seria o idealismo dogmático.

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Principais obrasObras:* Pensamentos sobre o verdadeiro valor das forças vivas (1747)* Monodologia Física (1756)* Meditações sobre o Optimismo (1759)* A Falsa Subtileza das Quatro Figuras Silogisticas (1762)* Dissertação de 1770. Sobre a Forma e os Princípios do Mundo Sensível e do Inteligível (1770)* Prolegómenos a toda a Metafísica Futura (1783)* A Religião nos Limites da Simples Razão.* Fundamentação Metafísica dos Costumes (1785)

Frases-“Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais.” -“A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.” 

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Denis Diderot (1713-1784)Nasceu na cidade francesa de Langres em 5 de outubro de 1713 e faleceu em Paris em 31 de julho de 1784. É considerado uma das principais figuras do Iluminismo. Sua grande obra foi a elaboração editorial da " Enciclopédia", em parceria com d'Alembert. Pensamento e ideias defendidas: - Importância da Ciência como principal motor do desenvolvimento e progresso humano; - A política deve se incumbir de eliminar as diferenças sociais; - A religião deve ficar restrita ao campo de formação do comportamento humano.- A tecnologia é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico das nações.  - Foi um crítico do Absolutismo e do poder e influência da Igreja na sociedade.

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Principais obras - Enciclopédia- Pensamentos Filosóficos- A joias indiscretas- Carta sobre os cegos para uso dos que enxergam

Frases - O homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre". - "Cuidado com qualquer pessoa que queira trazer a ordem".- " A vida selvagem é tão simples, e as nossas sociedades são máquinas tão complicadas!"