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E a vida continua, empresário rural!E a vida continua, empresário rural!E a vida continua, empresário rural!E a vida continua, empresário rural!E a vida continua, empresário rural!Passada a euforia do re-

véillon 2005/2006, do descan-so das férias de janeiro, dosgingados e batuques do Car-naval, das esperanças do Mun-dial de Futebol na Alemanha,das eleições presidenciais... Avida finalmente pode recome-çar. Mesmo que em outubro.

Não é uma despedida definal de ano. Mas agora sim -independente dos resultadospolítico-partidários - os se-tores da economia nacional podemfinalmente parar para planejar oscaminhos para os próximos meses.

Somos, sem sombra de dúvida,uma das maiores nações do mundo.Problemas não nos faltam. Distân-cias geográficas, corrupções e desin-teresses políticos, os juros altos, afalta de apoio à pesquisa científica,

falta de capacitação empresarial,falta de informação, excesso de pro-dução e muitos outros. Tudo istodificulta e muito a produção agro-pecuária no país.

Por outro lado, a história e osnúmeros da economia comprovamque o setor agropecuário conseguesuperar todas estas dificuldades e

ainda se mostra superior aosdemais. Basta observar os nú-meros de nossa exportação. Abalança comercial está re-cheada de exemplos. E sabe-mos quem é o principal res-ponsável pela sustentação dosetor agropecuário: o produ-tor e o empresário agrícola.

Os anos passam, as difi-culdades aumentam, mas este‘herói’ mostra-se invencível.

Mas até que ponto?Ao ponto em que estes heróis

compreendam que sozinhos conti-nuarão a ser apenas um; mas que,unidos, conseguirão ter voz noparlamento, força na produção e nacomercialização.

Que todos estejam mais umavez preparados, pois a vidacontinua...

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LANÇAMENTOLANÇAMENTOLANÇAMENTOLANÇAMENTOLANÇAMENTO...Gostaria de receber esta conceituada revista, a qualme informará e me tratá novidades do agronegócio.

Carlos Eduardo DariniCarlos Eduardo DariniCarlos Eduardo DariniCarlos Eduardo DariniCarlos Eduardo DariniEngenheiro Agrônomo e

empresário do ramo agrícola - Alfenas (MG)

...Gostaria de receber o mais novo veículo de informaçãosobre agronegócio da região.

Jorge Andrade MegaleJorge Andrade MegaleJorge Andrade MegaleJorge Andrade MegaleJorge Andrade Megalepecuarista - São Sebastião do Paraíso (MG)

...Gostaria de receber a revista.João Batista da Silva,João Batista da Silva,João Batista da Silva,João Batista da Silva,João Batista da Silva,

Cafeicultor - Rio Paranaíba (MG)

...Fiquei conhecendo a revista através de um exemplarna Cocapec, em Franca, e vi que tinha um contextomuito interessante. Gostaria de receber a revista

João Iunes Elias NetoJoão Iunes Elias NetoJoão Iunes Elias NetoJoão Iunes Elias NetoJoão Iunes Elias Netorepresentante comercial, cafeicultor, pecuarista e

horticultor - Cajuru (SP)

Cartas ou e-mails para a revista, comcríticas, sugestões e agradecimentosdevem ser enviados com: endereço,município, número de RG e telefone,para Editora Attalea Agronegócios:- RuaEduardo Garcia, 1921, ResidencialBaldassari. CEP 14.401-260 - Franca(SP) ou através do [email protected]@netsite.com.brrevistadeagronegocios@netsite.com.brrevistadeagronegocios@[email protected]

SUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕES... Gostaria de orientações mais detalhadassobre o cultivo do maracujá. Tenho umapequena propriedade e tenho muito inter-esse em fruticultura.

João Manuel da SilvaJoão Manuel da SilvaJoão Manuel da SilvaJoão Manuel da SilvaJoão Manuel da Silvaagricultor - Ituverava (SP)

Caro João, informamos que a Revista AttaleaAgronegócios fechou uma parceria com aDra. Laura Maria Molina Melleti, pesquisa-dora do IAC, que a partir da próxima ediçãopassará a orientar os leitores sobre o cultivodo maracujá.

... Sugiro matérias a respeito do cultivo daseringueira.

Daniel Ferreira FigueiredoDaniel Ferreira FigueiredoDaniel Ferreira FigueiredoDaniel Ferreira FigueiredoDaniel Ferreira FigueiredoEngº Agrônomo - Barretos (SP)

Caro Daniel, agradecemos a sugestão e jános prontificamos, nesta edição, deiniciarmos a publicação de matérias sobreo cultivo de seringueira. Aproveitamos paraagradecer o apoio do Dr. Paulo Gonçalves,pesquisador do IAC.

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13 Leite: Alimentos para Bovinos Leiteiros

16 Leite: Sanidade de Úbere e Fertilidade

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal, com distribuição gratuita,reportagens atualizadase foco regionalizado

na Alta Mogiana paulista eno Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEAREVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

Rua Eduardo Garcia, 1921, Resid. BaldassariFranca (SP) - Tel. (16) 3723-1830

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DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

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DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

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JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves MtB 42.081 - SP

PUBLICIDADESérgio Berteli Garcia (16) 9965-1977Adriana Silva Dias (16) 9967-2486

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

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FOTOS e PROJETO GRÁFICOEd. Attalea Revista de Agronegócios

COLABORADORESMéd. Vet. Marcelo Figueiredo e SilvaMéd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan

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É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTALDE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS

ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitosemitidos em matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a opinião da

REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

LEITEFazenda Petrópolis:uma gigante naprodução leiteira naregião de Franca.

CAFÉAMSC premia aqualidade

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CAFÉCocapec divulgavencedores do 4ºConcurso deQualidade

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SERINGUEIRAConsorciaçãode seringueiracom culturasde interesseeconômico

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18 PECUÁRIA DE CORTEAs novas regras do Sisbov

23 ALFACEPira-Roxa, a nova cultivardesenvolvida pela Esalq/USP

FIGOIAC ensinacultivar afigueira

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26 OVINOSProdução de carne de cordeiro(parte IV)

Foto da Capa:Editora Attalea

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Uma das principais pragas queatacam a cultura da cana-de-açúcar é abroca-da-cana (Diatraea saccharalis),um inseto que penetra no interior daplanta e cava galerias internas, causan-do grandes prejuízos aos produtores.

Para controlar esse inimigo deforma efetiva, pesquisadores da Esalq/USP - Escola Superior de AgriculturaLuiz de Queiroz, da cidade de Piraci-caba (SP), conseguiram, por meio demodificação genética, chegar a uma ca-na que libera proteínas com atividadeinseticida apenas quando atacada pelabroca-da-cana.

O caminho para produzir umaplanta com essas características come-çou com um detalhado estudo e umacaracterização de genes da cana-de-açúcar para saber quais eram ativadosexclusivamente por insetos.

Cumprida essa etapa, era precisoentão descobrir a seqüência de DNAque ativava esses genes, os chamadospromotores, que permitem a expressãodo gene no momento em que há neces-sidade. “Um gene sem promotor é umgene inativo, um pseudogene”, diz oprofessor Márcio de Castro Silva Filho,do Laboratório de Biologia Molecularde Plantas, do Departamento de Gené-tica da Esalq, coordenador da pesquisa.

Para expressar novos genes nacultura da cana, com potencial sobre abroca, os pesquisadores recorreram aoDepartamento de Agricultura dosEstados Unidos, que possui váriospromotores patenteados. Em 1998,época do início da pesquisa, não exis-tiam promotores de cana disponíveis noBrasil.

Os pesquisadores brasileirosassinaram um termo em que se com-prometiam a usar a seqüência depromotores apenas para pesquisa emlaboratório. “Quando recebemos omaterial, começamos a fazer constru-ções gênicas, ou seja, colocamos ospromotores atrás dos genes responsá-veis por aumentar as defesas da plantacontra a broca”, diz Silva Filho.

Dessa forma, os pesquisadoresconseguiram gerar plantas consideradastransgênicas que expressavam asproteínas de defesa. E com isso conse-guiram provar que as plantas associadasaos promotores realmente possuíamuma resistência maior contra o ataqueda broca, principal responsável, juntocom outras pragas dos canaviais, por

prejuízos de cerca de US$ 500 milhõespor ano aos produtores brasileiros.

Essa cana é considerada transgê-nica, embora os promotores sejam daprópria espécie, porque foram isoladosdo genoma da planta e introduzidosnela posteriormente.

O ciclo da broca no canavialcomeça com as mariposas, que colocampequenos ovos na parte de baixo dasfolhas. Quando os ovos eclodem saemminúsculas larvas, de cerca de 1 a 2milímetros, que caminham em direçãoà região próxima ao colmo (caule) daplanta, onde penetram e se alimentamda polpa carnuda e doce.

Dentro da cana, as larvas vãomudando de fase, até atingir cerca de 3a 4 centímetros, quando saem da planta,transformam-se novamente em mari-posas e dão início a um novo ciclo devida do inseto. As galerias feitas por es-ses insetos mastigadores ocupam pra-ticamente todo o interior da planta,provocando diminuição da massavegetal e falhas na germinação, entreoutros danos.

Os furos abertos pelas brocastambém são porta de entrada para fun-gos que causam a podridão vermelha,doença responsável pela diminuição naprodução de sacarose. Quando amatéria-prima se destina à produção deálcool, o problema é ainda mais grave,pois os microorganismos invasorescontaminam o caldo e concorrem comas leveduras na fermentação.

Para combater a broca-da-cana asgrandes usinas sucroalcooleiras produ-zem em seus laboratórios pequenasvespas (Cotesia flavipes), liberadas nocampo para parasitar as lagartas.

Cana geneticamente modificada tem propriedadeCana geneticamente modificada tem propriedadeCana geneticamente modificada tem propriedadeCana geneticamente modificada tem propriedadeCana geneticamente modificada tem propriedadeinseticida apenas quando atacada por insetoinseticida apenas quando atacada por insetoinseticida apenas quando atacada por insetoinseticida apenas quando atacada por insetoinseticida apenas quando atacada por inseto

Cana transgênica testada na casa de vegetação

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Os pequenos produto-res não têm como fazer ocontrole biológico porquenão há produção suficientede vespas em escala comer-cial, sem contar que elas têmde ser liberadas na plantaçãonas condições ideais de tem-peratura e quantidade parasurtir efeito.

E a partir do momentoem que a broca penetra nacana as perdas são inevitá-veis, porque nessa fase nãodá mais para recorrer ao con-trole biológico nem aoquímico, devido ao alto custodos inseticidas e à baixa eficiência dosprodutos, incapazes de atingir as lagar-tas no interior da planta.

Promotores específicosPromotores específicosPromotores específicosPromotores específicosPromotores específicos

Após confirmar que as plantascom os promotores tinham a resistênciaaumentada contra a praga, os pesqui-sadores se viram diante de um novo de-safio. Eles precisavam descobrir novasseqüências de DNA ainda não paten-teadas que fizessem os genes expres-sarem a defesa contra ataques deinsetos.

E, além disso, queriam promotoresespecíficos, distintos daqueles desco-bertos pelos norte-americanos e cedidospara a pesquisa, chamados de promoto-res constitutivos, que se expressam otempo todo ao longo do ciclo de vidada cana. “É esse tipo de promotor quevem sendo utilizado pelas empresas debiotecnologia nas plantas transgênicascom resistência a insetos”, diz SilvaFilho.

A pesquisa realizada na Esalqtinha, desde o início, o objetivo de iden-tificar na cana promotores de genes queeram ativados apenas quando a plantafosse atacada pela lagarta. Depois de trêsanos de estudo, os pesquisadores conse-guiram descobrir o promotor que con-trola a expressão de defesa do gene,batizado de sugarina.

Na seqüência foi feito um trabalhode clonagem do promotor e depositadono Instituto Nacional da PropriedadeIndustrial (INPI) um pedido de patentecom o apoio da FAPESP, por meio doPrograma de Apoio à PropriedadeIntelectual (Papi). “O promotor dasugarina tem um grande potencialbiotecnológico, porque acreditamos queele funcione de maneira semelhante a

outras plantas parentes da cana, comomilho e arroz”, afirma Silva Filho.

Se a planta não for atacada peloinseto, ela é igual a uma planta conven-cional, que não passou por nenhumamodificação genética, de uma formadiferente das variedades de milho ealgodão transgênicos resistentes a inse-tos, liberados para comercialização naArgentina, na China e nos EstadosUnidos, que utilizam basicamente genesisolados de uma bactéria de solochamada Bacillus thuringiensis (BT).

Essas plantas produzem umatoxina, derivada de um gene bacteriano,durante todo o ciclo da planta, mesmose não estiver sendo atacada.

A diferença da cana da Esalq comoutras plantas transgênicas foi compro-vada em vários experimentos queavaliaram as situações em que o genede defesa se expressava.

Um deles consistia em fazer umferimento na planta, como um rasgo nafolha, por exemplo. “Normalmente, boaparte dos genes de defesa que sãoativados por insetos também entra emação quando ocorre um ferimento”,explica o pesquisador.

No caso da cana modificada como promotor da sugarina, a planta res-ponde apenas ao inseto. Os pesqui-sadores ainda não sabem com certezacomo a planta consegue saber que alesão é causada por um inseto e não porum ferimento. Eles ainda estão ten-tando caracterizar quais as moléculasenvolvidas nessa resposta específica.Uma das hipóteses é que as substânciaspresentes na saliva do inseto possamativar a expressão dos genes.

Para entender essa relação tãopróxima entre planta e inseto herbívoroos pesquisadores iniciaram em 1998uma extensa pesquisa, finalizada em

2002 e também financiadapela FAPESP, na moda-lidade Projeto Temático.“Começamos a fazer umaabordagem dos dois lados”,afirma Silva Filho.

De um lado, a pesquisabuscava entender os meca-nismos de defesa que a plan-ta usa contra o inseto paraevitar que ele a utilize comoalimento ou hospedeiro. Esão muitos mecanismos, jáque ela não pode sair dolugar para se defender. Poroutro lado, os insetos tam-bém têm suas estratégias

para enganar a defesa das plantas. A partir desse Projeto Temático,

uma nova linha de pesquisa foi iniciadano laboratório da Esalq envolvendo ainteração entre planta e inseto. Eresultou no isolamento e caracterizaçãodo promotor da sugarina, trabalho quefoi tese de doutorado de Patrícia Pom-permayer, orientada por Silva Filho euma das co-autoras da patente.

Encerrada essa etapa, a pesquisaagora está na fase de detalhamento domecanismo de atuação do promotor dacana, estudo que está sendo conduzidopor Anne Hackbart de Medeiros, tam-bém sob orientação de Silva Filho eoutra co-autora da patente. “Vimos nes-sa fase que o pico de ativação do gene éde cerca de 24 horas após o ataque dabroca”, afirma o pesquisador.

Ao mesmo tempo em que os pes-quisadores finalizam os estudos da suga-rina, eles se preparam para solicitar àComissão Técnica Nacional de Biosse-gurança (CTNBio), órgão governa-mental que controla o plantio de trans-gênicos no país, autorização para levaros experimentos com as mudas que jáestão preparadas na casa de vegetaçãopara o campo, em uma área dentro daEsalq.

Nessas condições, será possívelsaber se o promotor ativa a expressãode defesa da planta também quandoocorre o ataque da cigarrinha-da-raiz(Mahanarva fimbriolata), um insetosugador que teve seus índices deinfestação aumentados em razão dacolheita mecânica. No final do processoa máquina deixa no campo uma camadade palha, ideal para a proliferação dessapraga.(Texto extraído da Revista Pesquisa(Texto extraído da Revista Pesquisa(Texto extraído da Revista Pesquisa(Texto extraído da Revista Pesquisa(Texto extraído da Revista PesquisaFapesp. Dinorah Eleno - julho de 2006)Fapesp. Dinorah Eleno - julho de 2006)Fapesp. Dinorah Eleno - julho de 2006)Fapesp. Dinorah Eleno - julho de 2006)Fapesp. Dinorah Eleno - julho de 2006)

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O bicudo da cana-de-açúcar(Sphenophorus levis) - uma praga desolo que se protege na terra quando daaplicação de inseticidas químicosconvencionais -, tem gerado problemasem plantações brasileiras.

Mas o inseto, capaz de destruir 30toneladas de cana por hectare, chegan-do a colocar em risco até 40% da pro-dução, acaba de ganhar um inimigopoderoso.

Pesquisadores do Instituto Bioló-gico de Campinas, no interior paulista,adaptaram para as necessidades brasi-leiras a técnica de combate biológico aoinseto adotada em mais de dez países.

A solução consiste no uso de ne-matóides entomopatogênicos - vermesque são atraídos pelo gás carbônicoemitido pelo bicudo.

Os nematóides são produzidos emesponjas de poliuretano, materialporoso que oferece suporte biológico eoxigenação ideal para sua reprodução.“Os nematóides apresentam um com-portamento de busca natural dos hospe-deiros. Eles têm receptores químicos na

Biotecnologia amplia área de cultivo de canaBiotecnologia amplia área de cultivo de canaBiotecnologia amplia área de cultivo de canaBiotecnologia amplia área de cultivo de canaBiotecnologia amplia área de cultivo de canaregião cefálica que permitem a locali-zação do bicudo”, afirma Luis GarrigósLeite, pesquisador do Centro Experi-mental do instituto.

“Cultivados em culturas de bac-térias, os nematóides se alimentam delase as carregam no intestino. Ao penetrarno bicudo, os vermes liberam as bacté-rias para matar o inseto”, complementaGarrigós Leite.

A literatura científica registracerca de 55 espécies de nematóidesentomopatogênicos dos gêneros Stei-nernema e Heterorhabditis. O nema-tóide de interesse para o controle dobicudo pertence ao gênero Steiner-nema.

Comercializados na forma de pópara diluir em água, os nematóidespodem ser pulverizados por meio desistemas de irrigação convencionais, demodo semelhante aos produtos quí-micos. “Estamos prontos para dar inícioà produção de nematóides in vitro e emescala industrial, para comercializaçãoem forma de bioinseticida”, afirmaLeite. De acordo com os testes preli-

minares realizados na fábrica pilotoinstalada no Instituto Biológico deCampinas, a produção inicial poderáirrigar até 3 mil hectares de cana pormês.

A produção piloto foi feita pormeio de associação com a Bio Controle,empresa que atua no monitoramento econtrole de pragas. A Bio Controlerecebeu apoio da FAPESP, por meio doPrograma Inovação Tecnológica emPequenas Empresas (Pipe), para apesquisa com os nematóides.

Leite reconhece que o númeroainda é baixo se considerada a dimensãototal da área atingida pelo bicudo dacana-de-açúcar, cuja estimativa é de 200mil hectares apenas no Estado de SãoPaulo. “Mas a produção será ampliadacom a construção de outra biofábricade nematóides no interior paulista”,disse.

A Bio Controle já adquiriu umaárea de 9 mil metros quadrados emAraras (SP) e a previsão é que asinstalações estejam prontas em doisanos. (Fonte: Agência FAPESP)(Fonte: Agência FAPESP)(Fonte: Agência FAPESP)(Fonte: Agência FAPESP)(Fonte: Agência FAPESP)

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Os melhores cafésda safra 2006 produzidosnas terras mais altas donordeste do estado deSão Paulo, região da AltaMogiana, são colhidosnas fazendas Furna,sediada em Pedregulho,e Santa Rita, em Res-tinga. A conclusão é dacomissão julgadora,formada por 12 prova-dores com maior know-how do País, respon-sável pelo resultado daquarta edição do Concurso de Quali-dade de Café da Região da AltaMogiana, promovido pela Associaçãode Cafés Especiais da Alta Mogiana(conhecida internacionalmente comoAMSC - Alta Mogiana SpecialtyCoffees).

Os ganhadores foram ItamarCavalini, proprietário da FazendaFurna, na categoria Café Natural; eMilton Pucci, proprietário da FazendaSanta Rita, produtor de Cereja Des-cascado. Ambos receberam das mãos deOrestes Quércia, presidente da AMSC,o prêmio de R$ 7 mil, cada, além dotroféu Dr. Octávio Quércia.

Na cerimônia de premiação, o ex-governador lembrou que um dosobjetivos da AMSC é promover os cafésde alta qualidade produzidos na regiãoda Alta Mogiana. “Embora o café daAlta Mogiana seja o grande café doBrasil, nós não temos o marketing parapromovê-lo, e isso justifica todo este

Milton Pucci e Itamar Cavalini são os vencedoresMilton Pucci e Itamar Cavalini são os vencedoresMilton Pucci e Itamar Cavalini são os vencedoresMilton Pucci e Itamar Cavalini são os vencedoresMilton Pucci e Itamar Cavalini são os vencedoresdo Concurso de Qualidade de Café da AMSCdo Concurso de Qualidade de Café da AMSCdo Concurso de Qualidade de Café da AMSCdo Concurso de Qualidade de Café da AMSCdo Concurso de Qualidade de Café da AMSC

esforço em criar e realizar anualmenteo concurso”, afirmou Quércia.

O evento contou com o apoio deinstituições ligadas ao setor do café,representadas no evento e que ocupa-ram lugar de destaque na mesa presi-dida por Quércia e sua esposa, AlaídeQuércia, diretora do Café Panamby.Entre os presentes, Maurício Miarelli,presidente da Cocapec - Cooperativa

Eli Vieira BrentiniEli Vieira BrentiniEli Vieira BrentiniEli Vieira BrentiniEli Vieira Brentini, presidente do Sindicato Rural de Pedregulho; AntônioAntônioAntônioAntônioAntônioClarant UeharaClarant UeharaClarant UeharaClarant UeharaClarant Uehara, representando Itamar Cavalini (1º colocado na categoria “Natu-ral”) ; Alaíde QuérciaAlaíde QuérciaAlaíde QuérciaAlaíde QuérciaAlaíde Quércia, diretora do Panamby; o ex-governador Orestes QuérciaOrestes QuérciaOrestes QuérciaOrestes QuérciaOrestes Quércia,presidente da AMSC e Luisa Léia Jacintho PucciLuisa Léia Jacintho PucciLuisa Léia Jacintho PucciLuisa Léia Jacintho PucciLuisa Léia Jacintho Pucci, representando Milton Pucci(1º colocado na categoria “Cereja Descascado”).

dos Cafeicultores e Agrope-cuaristas; Eduardo Carva-lhaes Jr., coordenador doConcurso Qualidade Caféde São Paulo e diretor doMuseu do Café; Milton Puc-ci, vice-presidente daAMSC; João GuilhermePires Martins, diretor deMarketing da AMSC; Ed-gard Bressani, presidente daComissão Julgadora; e EliBrentini, presidente do Sin-dicato Rural de Pedregulho.

Ao todo, foram pre-miados seis produtores de café naturale cinco de cereja descascado, que tam-bém terão o direito de participar do 5ºConcurso Estadual de Qualidade Caféde São Paulo.

O evento contou com apoio daCoffee Cuppers World Council -CCWC e da Specialty Coffee Asso-ciation of America - SCAA, com orga-nização da GSB2 Propaganda.

Categoria NATURALCategoria NATURALCategoria NATURALCategoria NATURALCategoria NATURAL1º - Itamar Cavalini (Pedregulho)2º - Diogo Ribeiro Luz (Cristais Pta)3º - Ronaldo N. Vilela (Pedregulho)4º - Danusa Radi Gomes Santiago (Pedregulho)5º - Guilhermino A. da Silva (Cristais Paulista)5º - Claudio Gilberto Silva (Pedregulho)

Preparador vencedor na categoria –Reginaldo Martins da Silva

Categoria CEREJACategoria CEREJACategoria CEREJACategoria CEREJACategoria CEREJA1º - Milton Cerqueira Pucci e Outro(Restinga)2º - Antônio Basso (Rib. Corrente)3º - Ailton José Rodrigues(Pedregulho)4º - Francisco A. R. Corral(Pedregulho)5º - Nivaldo Antônio Rodrigues(Pedregulho)

Preparador vencedor na categoria –Cássio Henriques Fernandes Moreira

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Capetinga e Pedregulho vencem o 4º ConcursoCapetinga e Pedregulho vencem o 4º ConcursoCapetinga e Pedregulho vencem o 4º ConcursoCapetinga e Pedregulho vencem o 4º ConcursoCapetinga e Pedregulho vencem o 4º Concursode Qualidade de Café Seleção Senhor Caféde Qualidade de Café Seleção Senhor Caféde Qualidade de Café Seleção Senhor Caféde Qualidade de Café Seleção Senhor Caféde Qualidade de Café Seleção Senhor Café

Maurício Miarelli Maurício Miarelli Maurício Miarelli Maurício Miarelli Maurício Miarelli (presidente da Cocapec) dá início à solenidade depremiação, compondo a mesa junto com o diretor secretário Ricardo LimaRicardo LimaRicardo LimaRicardo LimaRicardo Limade Andradede Andradede Andradede Andradede Andrade (à esquerda) e o diretor vice-presidente Carlos YoshiyukiCarlos YoshiyukiCarlos YoshiyukiCarlos YoshiyukiCarlos YoshiyukiSatoSatoSatoSatoSato (à direita).

De acordo com Miarelli, vários fatores influenciaram a qualidade docafé este ano. “Primeiramente, tivemos uma grande safra, o que dificultoua secagem. Por outro lado, a estiagem e as temperaturas elevadas de janeiroa abril aceleraram o processo de maturação, interferindo diretamente naqualidade da bebida”, afirmou Miarelli.

Os cinco primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidosem propriedades no Estado de São Paulo, foram encaminhados ao 5º Con-curso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo - Prêmio “Aldir AlvesTeixeira”.

Os vencedores da categoria Café Natural. Da esquerda para a direita: 5º5º5º5º5ºlugarlugarlugarlugarlugar = Eugênio Zani (Fazenda Potirendaba, Pedregulho/SP); 4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar4º lugar =Sara Cristina Cabral (Fazenda São Francisco, Franca/SP); 3º lugar3º lugar3º lugar3º lugar3º lugar = Dr.Nilton Messias de Almeida (Fazenda São Francisco, Patrocínio Paulista/SP); 2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar2º lugar = Antônio Basso (Sitio Santa Nilza, Ribeirão Corrente/SP); e1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar1º lugar = José Maurício Alves Garcia (Fazenda Santa Rita, Pedregulho/SP). Além dos prêmios, os vencedores desta categoria também forampremiados pela multinacional Syngenta com o Programa Café Forte.

OS GRANDES VENCEDORES. José Maurício Alves GarciaJosé Maurício Alves GarciaJosé Maurício Alves GarciaJosé Maurício Alves GarciaJosé Maurício Alves Garcia (Fazenda SantaRita, Pedregulho/SP) vencedor na categoria Café Natural, e Joaquim An- Joaquim An- Joaquim An- Joaquim An- Joaquim An-tonio Rodriguestonio Rodriguestonio Rodriguestonio Rodriguestonio Rodrigues (Fazenda Catiguá, Capetinga/MG), vencedor na categoriaCereja Descascado.

Antonio Basso Antonio Basso Antonio Basso Antonio Basso Antonio Basso (Sitio Santa Nilza,Ribeirão Corrente/SP) foi o grandedestaque da noite. Além de faturaro 2º e o 4º prêmio na categoriaCereja Descascado, faturou tam-bém o 2º prêmio na categoria CaféNatural.

A cafeicultora Fernanda SilveiraFernanda SilveiraFernanda SilveiraFernanda SilveiraFernanda SilveiraMaciel RaucciMaciel RaucciMaciel RaucciMaciel RaucciMaciel Raucci - vencedora do 2ºConcurso Nacional de Qualidade deCafé da ABIC do ano passado - eseu filho Felipe MacielFelipe MacielFelipe MacielFelipe MacielFelipe Maciel presti-giaram o evento.

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Engenheiros Agrônomos comemoram o seu diaEngenheiros Agrônomos comemoram o seu diaEngenheiros Agrônomos comemoram o seu diaEngenheiros Agrônomos comemoram o seu diaEngenheiros Agrônomos comemoram o seu dia

O vereador e engenheiro Rui Engrácia CaluzO vereador e engenheiro Rui Engrácia CaluzO vereador e engenheiro Rui Engrácia CaluzO vereador e engenheiro Rui Engrácia CaluzO vereador e engenheiro Rui Engrácia Caluzpremia o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelarpremia o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelarpremia o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelarpremia o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelarpremia o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelar- o grande homenageado da noite.- o grande homenageado da noite.- o grande homenageado da noite.- o grande homenageado da noite.- o grande homenageado da noite.

O Engº Agrº Alex Kobal, vice-presidente deO Engº Agrº Alex Kobal, vice-presidente deO Engº Agrº Alex Kobal, vice-presidente deO Engº Agrº Alex Kobal, vice-presidente deO Engº Agrº Alex Kobal, vice-presidente deAgronomia da AERF , presidente da ComissãoAgronomia da AERF , presidente da ComissãoAgronomia da AERF , presidente da ComissãoAgronomia da AERF , presidente da ComissãoAgronomia da AERF , presidente da ComissãoOrganizadora e um dos grandes responsáveisOrganizadora e um dos grandes responsáveisOrganizadora e um dos grandes responsáveisOrganizadora e um dos grandes responsáveisOrganizadora e um dos grandes responsáveispelo sucesso do evento.pelo sucesso do evento.pelo sucesso do evento.pelo sucesso do evento.pelo sucesso do evento.

Homenagem especial também ao EngºHomenagem especial também ao EngºHomenagem especial também ao EngºHomenagem especial também ao EngºHomenagem especial também ao EngºAgrônomo Albino João Rocchetti, profissionalAgrônomo Albino João Rocchetti, profissionalAgrônomo Albino João Rocchetti, profissionalAgrônomo Albino João Rocchetti, profissionalAgrônomo Albino João Rocchetti, profissionalreconhecido em toda a região e tambémreconhecido em toda a região e tambémreconhecido em toda a região e tambémreconhecido em toda a região e tambémreconhecido em toda a região e tambémmembro da Comissão Organizadora.membro da Comissão Organizadora.membro da Comissão Organizadora.membro da Comissão Organizadora.membro da Comissão Organizadora.

O Engº Agrº Alan Menezes Lima e a esposa,O Engº Agrº Alan Menezes Lima e a esposa,O Engº Agrº Alan Menezes Lima e a esposa,O Engº Agrº Alan Menezes Lima e a esposa,O Engº Agrº Alan Menezes Lima e a esposa,outro profissional responsável pela Comissãooutro profissional responsável pela Comissãooutro profissional responsável pela Comissãooutro profissional responsável pela Comissãooutro profissional responsável pela ComissãoOrganizadoraOrganizadoraOrganizadoraOrganizadoraOrganizadora

Os Engºs Agrºs Márcio Figueiredo Andrade,Os Engºs Agrºs Márcio Figueiredo Andrade,Os Engºs Agrºs Márcio Figueiredo Andrade,Os Engºs Agrºs Márcio Figueiredo Andrade,Os Engºs Agrºs Márcio Figueiredo Andrade,(Cati e membro da Comissão Organizadora) e(Cati e membro da Comissão Organizadora) e(Cati e membro da Comissão Organizadora) e(Cati e membro da Comissão Organizadora) e(Cati e membro da Comissão Organizadora) eÉlbio Rodrigues Alves Filho, ovinocultor,Élbio Rodrigues Alves Filho, ovinocultor,Élbio Rodrigues Alves Filho, ovinocultor,Élbio Rodrigues Alves Filho, ovinocultor,Élbio Rodrigues Alves Filho, ovinocultor,pecuarista e diretor da Sementes Monte Bello.pecuarista e diretor da Sementes Monte Bello.pecuarista e diretor da Sementes Monte Bello.pecuarista e diretor da Sementes Monte Bello.pecuarista e diretor da Sementes Monte Bello.

Reunião feminina: as Engªs Agrônomas Bel-Reunião feminina: as Engªs Agrônomas Bel-Reunião feminina: as Engªs Agrônomas Bel-Reunião feminina: as Engªs Agrônomas Bel-Reunião feminina: as Engªs Agrônomas Bel-quice Rodrigues, Maria do Carmo Alarcon equice Rodrigues, Maria do Carmo Alarcon equice Rodrigues, Maria do Carmo Alarcon equice Rodrigues, Maria do Carmo Alarcon equice Rodrigues, Maria do Carmo Alarcon eGisele Pereira Avelar (Colégio Agrícola).Gisele Pereira Avelar (Colégio Agrícola).Gisele Pereira Avelar (Colégio Agrícola).Gisele Pereira Avelar (Colégio Agrícola).Gisele Pereira Avelar (Colégio Agrícola).

O Engº Agrônomo Milton Pucci e a esposa LuisaO Engº Agrônomo Milton Pucci e a esposa LuisaO Engº Agrônomo Milton Pucci e a esposa LuisaO Engº Agrônomo Milton Pucci e a esposa LuisaO Engº Agrônomo Milton Pucci e a esposa LuisaLéia. Os cafeicultores e empresários (FranterraLéia. Os cafeicultores e empresários (FranterraLéia. Os cafeicultores e empresários (FranterraLéia. Os cafeicultores e empresários (FranterraLéia. Os cafeicultores e empresários (Franterrae Café Pucci) festejaram duplamente.e Café Pucci) festejaram duplamente.e Café Pucci) festejaram duplamente.e Café Pucci) festejaram duplamente.e Café Pucci) festejaram duplamente.

O Engº Agrº Cláudio Sandoval Ribeiro, um dosO Engº Agrº Cláudio Sandoval Ribeiro, um dosO Engº Agrº Cláudio Sandoval Ribeiro, um dosO Engº Agrº Cláudio Sandoval Ribeiro, um dosO Engº Agrº Cláudio Sandoval Ribeiro, um dosdiretores da Escola Técnica Estadual “Prof.diretores da Escola Técnica Estadual “Prof.diretores da Escola Técnica Estadual “Prof.diretores da Escola Técnica Estadual “Prof.diretores da Escola Técnica Estadual “Prof.Carmelino Corrêa Jr.”, lê carta de MarceloCarmelino Corrêa Jr.”, lê carta de MarceloCarmelino Corrêa Jr.”, lê carta de MarceloCarmelino Corrêa Jr.”, lê carta de MarceloCarmelino Corrêa Jr.”, lê carta de MarceloAvelar (Coonai) dirigida ao irmão Pedro Avelar.Avelar (Coonai) dirigida ao irmão Pedro Avelar.Avelar (Coonai) dirigida ao irmão Pedro Avelar.Avelar (Coonai) dirigida ao irmão Pedro Avelar.Avelar (Coonai) dirigida ao irmão Pedro Avelar.

O Engº Agrônomo Luis Fernando Puccinelli eO Engº Agrônomo Luis Fernando Puccinelli eO Engº Agrônomo Luis Fernando Puccinelli eO Engº Agrônomo Luis Fernando Puccinelli eO Engº Agrônomo Luis Fernando Puccinelli ea esposa.a esposa.a esposa.a esposa.a esposa.

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DOIS. O Engº Agrº Ricardo Nogueira e esposaDOIS. O Engº Agrº Ricardo Nogueira e esposaDOIS. O Engº Agrº Ricardo Nogueira e esposaDOIS. O Engº Agrº Ricardo Nogueira e esposaDOIS. O Engº Agrº Ricardo Nogueira e esposaAna, também agrônoma.Ana, também agrônoma.Ana, também agrônoma.Ana, também agrônoma.Ana, também agrônoma.

Os Engº Agrônomos Antônio Carlos CoraliOs Engº Agrônomos Antônio Carlos CoraliOs Engº Agrônomos Antônio Carlos CoraliOs Engº Agrônomos Antônio Carlos CoraliOs Engº Agrônomos Antônio Carlos Corali(Nova Produtos Agrícolas) e o Paulo de Tarso(Nova Produtos Agrícolas) e o Paulo de Tarso(Nova Produtos Agrícolas) e o Paulo de Tarso(Nova Produtos Agrícolas) e o Paulo de Tarso(Nova Produtos Agrícolas) e o Paulo de TarsoRosa de Andrade (diretor do EDR-Franca).Rosa de Andrade (diretor do EDR-Franca).Rosa de Andrade (diretor do EDR-Franca).Rosa de Andrade (diretor do EDR-Franca).Rosa de Andrade (diretor do EDR-Franca).

O Engº Agrº Ricardo Lima Andrade (diretor-O Engº Agrº Ricardo Lima Andrade (diretor-O Engº Agrº Ricardo Lima Andrade (diretor-O Engº Agrº Ricardo Lima Andrade (diretor-O Engº Agrº Ricardo Lima Andrade (diretor-secretário da Cocapec) e a esposa.secretário da Cocapec) e a esposa.secretário da Cocapec) e a esposa.secretário da Cocapec) e a esposa.secretário da Cocapec) e a esposa.

TRÊS. Os Engº Agrônomos Alceu Tavares deTRÊS. Os Engº Agrônomos Alceu Tavares deTRÊS. Os Engº Agrônomos Alceu Tavares deTRÊS. Os Engº Agrônomos Alceu Tavares deTRÊS. Os Engº Agrônomos Alceu Tavares deAndrade (SAI), Edson Castro do Couto Rosa eAndrade (SAI), Edson Castro do Couto Rosa eAndrade (SAI), Edson Castro do Couto Rosa eAndrade (SAI), Edson Castro do Couto Rosa eAndrade (SAI), Edson Castro do Couto Rosa eHenrique Lopes (ex-prefeito de PatrocínioHenrique Lopes (ex-prefeito de PatrocínioHenrique Lopes (ex-prefeito de PatrocínioHenrique Lopes (ex-prefeito de PatrocínioHenrique Lopes (ex-prefeito de PatrocínioPaulista)Paulista)Paulista)Paulista)Paulista)

QUATRO. Os Engº Agrônomos Newton Ro-QUATRO. Os Engº Agrônomos Newton Ro-QUATRO. Os Engº Agrônomos Newton Ro-QUATRO. Os Engº Agrônomos Newton Ro-QUATRO. Os Engº Agrônomos Newton Ro-berto Rodrigues (Cati), Priscilla Menezes deberto Rodrigues (Cati), Priscilla Menezes deberto Rodrigues (Cati), Priscilla Menezes deberto Rodrigues (Cati), Priscilla Menezes deberto Rodrigues (Cati), Priscilla Menezes deSouza (Prefeitura S.J.Bela Vista), WelsonSouza (Prefeitura S.J.Bela Vista), WelsonSouza (Prefeitura S.J.Bela Vista), WelsonSouza (Prefeitura S.J.Bela Vista), WelsonSouza (Prefeitura S.J.Bela Vista), WelsonRoberto (DEPRN) e Shigueru Kondo (Cati)Roberto (DEPRN) e Shigueru Kondo (Cati)Roberto (DEPRN) e Shigueru Kondo (Cati)Roberto (DEPRN) e Shigueru Kondo (Cati)Roberto (DEPRN) e Shigueru Kondo (Cati)

O Engº Agrº João Luiz de Souza FaleirosO Engº Agrº João Luiz de Souza FaleirosO Engº Agrº João Luiz de Souza FaleirosO Engº Agrº João Luiz de Souza FaleirosO Engº Agrº João Luiz de Souza Faleiros(Cachaça Formosa) e esposa.(Cachaça Formosa) e esposa.(Cachaça Formosa) e esposa.(Cachaça Formosa) e esposa.(Cachaça Formosa) e esposa.

O Engº Agrº Jacintho Chiarelli JuniorO Engº Agrº Jacintho Chiarelli JuniorO Engº Agrº Jacintho Chiarelli JuniorO Engº Agrº Jacintho Chiarelli JuniorO Engº Agrº Jacintho Chiarelli Junior(Prefeitura de Franca) e esposa Gleida.(Prefeitura de Franca) e esposa Gleida.(Prefeitura de Franca) e esposa Gleida.(Prefeitura de Franca) e esposa Gleida.(Prefeitura de Franca) e esposa Gleida. O Engº Agrº Joel Leal Ribeiro (Cati) e a esposa.O Engº Agrº Joel Leal Ribeiro (Cati) e a esposa.O Engº Agrº Joel Leal Ribeiro (Cati) e a esposa.O Engº Agrº Joel Leal Ribeiro (Cati) e a esposa.O Engº Agrº Joel Leal Ribeiro (Cati) e a esposa.

O Engº Agrº Luis Fernando Paulino (Casa dasO Engº Agrº Luis Fernando Paulino (Casa dasO Engº Agrº Luis Fernando Paulino (Casa dasO Engº Agrº Luis Fernando Paulino (Casa dasO Engº Agrº Luis Fernando Paulino (Casa dasSementes) e a esposa.Sementes) e a esposa.Sementes) e a esposa.Sementes) e a esposa.Sementes) e a esposa.

O Engº Agrº Rui Nobuo Maegawa(EDA - DefesaO Engº Agrº Rui Nobuo Maegawa(EDA - DefesaO Engº Agrº Rui Nobuo Maegawa(EDA - DefesaO Engº Agrº Rui Nobuo Maegawa(EDA - DefesaO Engº Agrº Rui Nobuo Maegawa(EDA - DefesaAgropecuária) e a esposa.Agropecuária) e a esposa.Agropecuária) e a esposa.Agropecuária) e a esposa.Agropecuária) e a esposa.

O Engº Agrº Marcelo Padovan Nogueira (NilzaO Engº Agrº Marcelo Padovan Nogueira (NilzaO Engº Agrº Marcelo Padovan Nogueira (NilzaO Engº Agrº Marcelo Padovan Nogueira (NilzaO Engº Agrº Marcelo Padovan Nogueira (NilzaAlimentos) e a esposa.Alimentos) e a esposa.Alimentos) e a esposa.Alimentos) e a esposa.Alimentos) e a esposa.

Os Engºs Agrºs Edson Castro do Couto Rosa,Os Engºs Agrºs Edson Castro do Couto Rosa,Os Engºs Agrºs Edson Castro do Couto Rosa,Os Engºs Agrºs Edson Castro do Couto Rosa,Os Engºs Agrºs Edson Castro do Couto Rosa,Djalma Celso Blésio (Cati) e Carlos Leone (Cati)Djalma Celso Blésio (Cati) e Carlos Leone (Cati)Djalma Celso Blésio (Cati) e Carlos Leone (Cati)Djalma Celso Blésio (Cati) e Carlos Leone (Cati)Djalma Celso Blésio (Cati) e Carlos Leone (Cati)

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Fazenda Petrópolis: umaFazenda Petrópolis: umaFazenda Petrópolis: umaFazenda Petrópolis: umaFazenda Petrópolis: umagigante na produção leiteiragigante na produção leiteiragigante na produção leiteiragigante na produção leiteiragigante na produção leiteira

A história econômi-ca da região da Alta Mo-giana e, em específico naregião de Franca (SP), mos-tra que várias atividadeseconômicas do agrone-gócio predominaram naregião durante os séculospassados: a pecuária exten-siva, a cafeicultura e a pe-cuária leiteira. Esta últimafoi tão preponderante quemarcou a cidade, que ficouconhecida como uma dasmaiores “bacias leiteiras” dopaís.

Hoje, muito tempo se passou, aprodução de leite é atividade de peque-nos e micro-produtores e as grandesfazendas de produção de leite não exis-tem mais. Com uma exceção: a FazendaPetrópolis.

Com 700 animais (eram 368 emlactação em setembro); uma produçãodiária de cerca de 11 mil litros; 16 fun-cionários efetivos; ordenha mecani-zada; 4 freestal apropriados; 10 hect-ares de piquete para animais em pré-parto ou secas; produção de 8 miltoneladas de silagem de milho por anoem 180 hectares próprios.

Esta é a Fazenda Petrópolis. Se-diada no município de Franca (SP), afazenda e a maior fornecedora do leitepara a CCL - Cooperativa Central deLaticínios do Estado de São Paulo.“Toda nossa produção é coletada pelaColaba - Cooperativa de Laticínios eAgrícola de Batatais (SP), que mesmoapós a desativação da sua produção,mantém a distribuição de leite para aCCL”, afirma o Engº Agrº FernandoAlves Ri-beiro, administrador geral da

fazenda.Além do leite, trabalha também

com a cafeicultura e com a suinocul-tura. Na produção de leite, a FazendaPetrópolis se destaca como uma dasgrandes empresas do país. “Não existemais que 10 fazendas em todo o Brasilque possuam os números que a FazendaPetrópolis tem na produção de leite”,adverte Ribeiro.

Com três ordenhas diárias, a mé-dia em setembro era de 28 kg de leite/animal/dia. “Nossa meta é atingir médiade 30 kg por animal e estamos traba-lhando para isto”, avisa Luiz André deOliveira, gerente da fazenda.

Um médico veterinário acom-panha quinzenalmente as planilhascom os dados de cada animal, avaliandoíndices de produtividade, vacinação,vermifugação, doenças, etc.

O rebanho também conta com oacompanhamento mensal de um nutri-cionista, que trabalha em conjunto como médico veterinário para obter a me-lhor resposta de cada animal. “É impor-tantíssimo podermos contar com oacompanhamento de profissionais, queindicam uma alimentação balanceadapara cada animal e para cada períodoreprodutivo”, diz Ribeiro.

Os números expressivos da pro-dução, contudo, deparam com a faltade informações sobre lucros e despesas.“A linha adotada pelos proprietáriossempre foi a de buscar o máximo emtodas as atividades. Assim, a atividadeque melhor remunera a fazenda acabacobrindo as despesas das demais”,

afirma Ribeiro, que garante que osprocedimentos para conhecer a fundocada atividade já foram iniciados.

O planejamento da fazenda éampliar a área com freestal, dandomaior conforto aos animais, e ampliara produção diária. “Mas queremosatingir esta marca com animais nossos.Acho que daqui uns dois anos conse-guiremos chegar a 450 vacas orden-hadas e atingir 15 mil litros diários”,garante o administrador.

A propriedade aplica um progra-ma de descarte de animais que apresen-tam problemas reprodutivos, de produ-ção ou até mesmo de cascos. E a substi-tuição é realizada com animais prove-nientes da própria fazenda.

A grande novidade deste ano é aparceria com a ABS Pecplan, quegerenciará o programa de reproduçãoda propriedade. “Através do uso desêmen sexado conseguiremos garantirem até 95% a nascimento de bezerras.É uma tecnologia cara, mas quecompensa, pelo produto final ”, garanteAndré de Oliveira.

O gerente Luiz André de Oliveira e oO gerente Luiz André de Oliveira e oO gerente Luiz André de Oliveira e oO gerente Luiz André de Oliveira e oO gerente Luiz André de Oliveira e oadministrador, Engº Agrº Fernando Alvesadministrador, Engº Agrº Fernando Alvesadministrador, Engº Agrº Fernando Alvesadministrador, Engº Agrº Fernando Alvesadministrador, Engº Agrº Fernando AlvesRibeiro. Ao lado, um dos freestal da FazendaRibeiro. Ao lado, um dos freestal da FazendaRibeiro. Ao lado, um dos freestal da FazendaRibeiro. Ao lado, um dos freestal da FazendaRibeiro. Ao lado, um dos freestal da FazendaPetrópolis.Petrópolis.Petrópolis.Petrópolis.Petrópolis.

A produção de silagem de milho na PetrópolisA produção de silagem de milho na PetrópolisA produção de silagem de milho na PetrópolisA produção de silagem de milho na PetrópolisA produção de silagem de milho na Petrópolisatinge 8 mil toneladas anuais. E ainda tem aatinge 8 mil toneladas anuais. E ainda tem aatinge 8 mil toneladas anuais. E ainda tem aatinge 8 mil toneladas anuais. E ainda tem aatinge 8 mil toneladas anuais. E ainda tem asilagem de grão úmido.silagem de grão úmido.silagem de grão úmido.silagem de grão úmido.silagem de grão úmido.

A ordenha mecânica é realizada três vezes porA ordenha mecânica é realizada três vezes porA ordenha mecânica é realizada três vezes porA ordenha mecânica é realizada três vezes porA ordenha mecânica é realizada três vezes pordia e alcança 11 mil litros atualmente.dia e alcança 11 mil litros atualmente.dia e alcança 11 mil litros atualmente.dia e alcança 11 mil litros atualmente.dia e alcança 11 mil litros atualmente.

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Josiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes Ortolan11111

Em geral os alimentos são classi-ficados em forragens, concentrados(alimentos protéicos e energéticos),minerais (tema para um próximoartigo) e vitaminas. Embora essaclassificação seja uma pouco arbitrária,é uma maneira interessante paraagrupar os alimentos.

1. Forragens1. Forragens1. Forragens1. Forragens1. Forragens

Em geral, forragens são as partesvegetativas de uma planta que contémuma alta concentração de fibras (maisde 30% de fibra detergente neutro).Precisam possuir tamanho mínimo(pelo menos 2,5 cm) para a estimulaçãofísica do rúmen e correta funçãoruminal.

Normalmente, as forragens sãocultivadas na própria fazenda, podendoser servida em sistema de pastejo,silagem ou feno. Dependendo doestágio de lactação das vacas, as forra-gens devem contribuir com cerca de100% da matéria seca do alimento (va-cas secas); ou com cerca de 35% damatéria seca (vacas no início de lacta-ção). As características das forragenssão:

• VolumeVolumeVolumeVolumeVolume: O tipo de volumosopode limitar a capacidade de ingestãoda vaca. A ingestão de energia e aprodução de leite de uma vaca podemser afetadas pela alta quantidade defibra da dieta. Contudo, alimentos comfibra são essenciais para a estimulaçãoruminal e manutenção da saúde doanimal.

• Alta fibra e baixa energiaAlta fibra e baixa energiaAlta fibra e baixa energiaAlta fibra e baixa energiaAlta fibra e baixa energia: Asforragens podem conter de 30 a 90%de fibras (fibra detergente neutro). Emgeral, a quantidade de fibra na forragemé inversamente proporcional à suaquantidade de energia.

• Variação de proteína: Variação de proteína: Variação de proteína: Variação de proteína: Variação de proteína: Depen-dendo do seu estágio de maturação, asleguminosas podem conter de 15 a 23%de proteína bruta, já as gramíneastípicas contém de 8 a 18% de proteínabruta (dependendo da quantidade denitrogênio na adubação), e resíduos deculturas têm somente 3 a 4% de pro-teína bruta (palha).

Num ponto de vista nutricional,as forragens podem ser alimentos muitonutritivos ou mesmo alimentos pouconutritivos dependendo do seu grau dematuração.

Gramíneas e leguminosasGramíneas e leguminosasGramíneas e leguminosasGramíneas e leguminosasGramíneas e leguminosas

Uma forragem de alta qualidadepode fazer parte de dois terços damatéria seca de uma ração; e as vacaspodem estar comendo de 2.5 a 3% doseu peso vivo em matéria seca vinda daforragem (por exemplo, uma vaca de600 kg, pode comer de 15 a 18 kg dematéria seca vinda de uma boaforragem).

Alimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leite

1 - Médica Veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e Doutoranda emQualidade e Produtividade Animal FZEA-USP,Promotora de rações Premix. Patrocínio Paulista(SP). Email: [email protected]

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As vacas normalmente comemmais leguminosas que gramíneas seambas estiverem em um mesmo estágiode maturação. Contudo, forragens deboa qualidade oferecidas nas dietasbalanceadas vão suprir a maioria dasnecessidades de proteína e energianecessárias para a produção de leite.

As condições climáticas e aqualidade do solo determinam o tipo deforragem cultivada em uma determi-nada região. Gramíneas e leguminosas

são amplamente cultivadas em todo omundo. As gramíneas precisam defertilizantes nitrogenados e umidadepara um desenvolvimento ideal.

Contudo, as leguminosas são maisresistentes em climas mais áridos. Alémdisso, as leguminosas podem adicionarcerca de 200 kg de nitrogênio/ano/hectare no solo, pois estas plantas vivemem associação com bactérias que con-vertem nitrogênio do ar em nitrogêniopara fertilização do solo.

O valor alimentar das forragensdepende do estágio de crescimento daplanta na ocasião da colheita ou dopastejo. As fases do crescimento de umaplanta podem ser divididos da seguintemaneira:

1) - Estágio vegetativo;2) - Estágio de Floração;3) - Estágio de formação de sementes.

Normalmente, o valor alimentarde uma forragem é maior durante a fasevegetativa e menor durante o estágiode formação de sementes.

Com o aumento da maturidade daplanta a concentração de proteína,energia, cálcio, fósforo, e de matériaseca degradável diminui; porém, aquantidade de fibras aumenta. A quan-tidade de lignina aumenta juntamentecom o aumento da quantidade de fibrano alimento. A lignina não é digerívele torna indisponíveis os carboidratosque estão no interior das fibras.

Como conseqüência, o valor ener-gético das forragens diminui. Portanto,quando as forragens são plantadas paraa alimentação de bovinos, elas devemser colhidas em estágios iniciais dedesenvolvimento.

O milho e o sorgo quando plan-tados para fins de ensilagem são exce-ção, pois juntamente com a diminuiçãodo valor nutritivo das partes vegetativasda planta (caules e folhas) durante aformação das sementes, ocorre umacúmulo de amido nos grãos. A máximaprodução de matéria seca digestível deuma forragem é obtida:

• Em estágios intermediários dematuridade para gramíneasgramíneasgramíneasgramíneasgramíneas;

• Um pouco após o estadointermediário para leguminosasleguminosasleguminosasleguminosasleguminosas;

• Antes da espiga estar comple-tamente cheia de grãos para o milho milho milho milho milho eo sorgosorgosorgosorgosorgo.

Depois que a planta já está exces-sivamente madura não existem muitasopções de manejo para prevenir a perdado seu valor nutritivo. Cada dia de atra-so depois do ótimo estágio de maturi-

dade pode afetar a produção de leite dosanimais que estão ingerindo a forragem.Contudo, várias estratégias podem serutilizadas para manter a forragem comum bom valor nutritivo:

1) - Desenvolver um esquema depastejo que adeqüe o número de ani-mais com a taxa de crescimento dasgramíneas;

2) - Consórcio de gramíneas eleguminosas com diferentes taxas decrescimento e maturidade;

3) - Colheita das forragens em umestágio inicial de desenvolvimento epreservá-las em forma de silo ou feno;

4) - Fornecimento de forragem debaixo valor nutritivo para vacas secas evacas em final de lactação, e forragensde alto valor nutricional para vacas eminício de lactação.

Resíduos de cultivo e outrosResíduos de cultivo e outrosResíduos de cultivo e outrosResíduos de cultivo e outrosResíduos de cultivo e outrosalimentos de baixo valor nutricionalalimentos de baixo valor nutricionalalimentos de baixo valor nutricionalalimentos de baixo valor nutricionalalimentos de baixo valor nutricional

Os resíduos de cultivo são as par-tes das plantas que ficam no campodepois da colheita (ex: palhada de mi-lho, aveia, bagaço de cana). Os resíduosde plantio podem ser utilizados para opastejo, processados como alimentopré-secado, ou mesmo ensilados. Algu-mas características dos resíduos deplantio são:

• Volumoso de baixo custo;• Alta porcentagem de fibra não

digerível devido à alta concentração delignina nas fibras (tratamentos químicospodem ser utilizados para aumentar seuvalor alimentar);

• Pobre em proteína;• Proteínas e minerais precisam ser

suplementados;• Precisam ser bem picados na ocasião

da colheita ou alimentação;• Devem ser adicionados à dieta de

animais com baixos requerimentosnutricionais como, por exemplo, emvacas secas.

Na próxima edição falaremossobre os concentrados na alimentaçãopara bovinos de leite.

Coonai e SebraeCoonai e SebraeCoonai e SebraeCoonai e SebraeCoonai e Sebraeassinam parceriaassinam parceriaassinam parceriaassinam parceriaassinam parceria

Irineu Andrade Monteiro (presidente doIrineu Andrade Monteiro (presidente doIrineu Andrade Monteiro (presidente doIrineu Andrade Monteiro (presidente doIrineu Andrade Monteiro (presidente doSindicato Rural de Patrocínio Paulista), LuisSindicato Rural de Patrocínio Paulista), LuisSindicato Rural de Patrocínio Paulista), LuisSindicato Rural de Patrocínio Paulista), LuisSindicato Rural de Patrocínio Paulista), LuisCarlos Donda (gerente do Escritório Re-Carlos Donda (gerente do Escritório Re-Carlos Donda (gerente do Escritório Re-Carlos Donda (gerente do Escritório Re-Carlos Donda (gerente do Escritório Re-gional do Sebrae) e Eduardo Lopes de Freitasgional do Sebrae) e Eduardo Lopes de Freitasgional do Sebrae) e Eduardo Lopes de Freitasgional do Sebrae) e Eduardo Lopes de Freitasgional do Sebrae) e Eduardo Lopes de Freitas(presidente da Coonai).(presidente da Coonai).(presidente da Coonai).(presidente da Coonai).(presidente da Coonai).

Méd. Veterinário Amilcar Alarcon PereiraMéd. Veterinário Amilcar Alarcon PereiraMéd. Veterinário Amilcar Alarcon PereiraMéd. Veterinário Amilcar Alarcon PereiraMéd. Veterinário Amilcar Alarcon Pereira(Coonai), Méd. Vet. Marcelo de Figueiredo(Coonai), Méd. Vet. Marcelo de Figueiredo(Coonai), Méd. Vet. Marcelo de Figueiredo(Coonai), Méd. Vet. Marcelo de Figueiredo(Coonai), Méd. Vet. Marcelo de Figueiredoe Silva (presidente da Uniata), Paula Ornelase Silva (presidente da Uniata), Paula Ornelase Silva (presidente da Uniata), Paula Ornelase Silva (presidente da Uniata), Paula Ornelase Silva (presidente da Uniata), Paula OrnelasBelo Fagnani (Sebrae/SP) e Cintia CarilloBelo Fagnani (Sebrae/SP) e Cintia CarilloBelo Fagnani (Sebrae/SP) e Cintia CarilloBelo Fagnani (Sebrae/SP) e Cintia CarilloBelo Fagnani (Sebrae/SP) e Cintia Carillo(Escritório Regional do Sebrae Franca).(Escritório Regional do Sebrae Franca).(Escritório Regional do Sebrae Franca).(Escritório Regional do Sebrae Franca).(Escritório Regional do Sebrae Franca).

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Após intensivas reuniões detrabalho nos últimos meses, Coonai- Cooperativa Nacional Agroindus-trial e Sebrae - Escritório Regionalde Franca festejaram, no último dia10 de outubro, a assinatura de umprojeto de promoção da viabilidadeeconômica da pecuária leiteira naregião.

A intenção é aumentar a rendabruta do produtor em 25% até 2009.“Para isto, buscamos fortalecer ocooperativismo, melhorar as técnicasde produção, de gestão e de comer-cialização”, afirma Marcelo de Fi-gueiredo e Silva, presidente daUniata.

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Wiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam Tabchoury11111

São dois os principais ca-minhos que podem aumentar oresultado econômico da ativi-dade leiteira: redução dos custosde produção e/ou incremento dasreceitas. Neste sentido, o inéditosistema de seleção da HG partiuda identificação das duas carac-terísticas que têm o maior impac-to no desempenho técnico e eco-nômico das matrizes leiteiras, ouseja, a melhoria da Sanidade deÚbere e da Fertilidade.

A HG vem trabalhando, há 60anos, com o intuito de desenvolverindivíduos geneticamente superiorespara estas duas importantes carac-terísticas. Sendo assim, busca-se sele-cionar animais que vão produzir leitecom um menor índice de Contagem deCélulas Somáticas (CCS), redução naincidência de mastites e com desem-penho reprodutivo superior.

Desta forma, haverá contribuiçãopara uma redução significativa noscustos de produção de leite e, conse-qüente, incremento das receitas, me-lhorando assim os resultados técnicos eeconômicos da exploração leiteira.

Do ponto de vista prático, sabe-seque desordens na Sanidade de Úbere ena Reprodução são as principais razõesque levam ao descarte involuntário dasmatrizes, gerando aumento expressivonos seus custos de produção de leite.

Ciente destas informações, a HGcriou uma série de parâmetros técnicosque avaliam o méritogenético de todos os seustouros e a performancepara Sanidade de Úbere eFertilidade das suas fi-lhas, incluindo estas in-formações nas provasdestes animais. Com isso,a HG introduziu doisconceitos novos no mer-cado mundial de inse-minação artificial debovinos leiteiros:

1) avaliação genética prévia domérito genético dos touros paraSanidade de Úbere e Fertilidade das suasfilhas;

2) divulgação destes parâmetrosnas provas de todos os seus touros,informando previamente aos produ-tores dos respectivos méritos genéticospara estas referidas características.

Portanto, ao analisar os resulta-dos das provas, sabe-se previamentequal será o comportamento genéticoesperado das filhas de um determinadotouro para Sanidade de Úbere (Conta-gem de Células Somáticas e MastiteClínica), por exemplo, e também paraFertilidade.

Sanidade do ÚbereSanidade do ÚbereSanidade do ÚbereSanidade do ÚbereSanidade do ÚbereO controle da sanidade de úbere

deve ser um dos principais objetivos dasempresas produtoras de leite, uma vezque a mastite é uma das mais pre-judi-

ciais enfermidades das vacasleiteiras, de enorme importânciaeconômica e com grande inter-ferência na qualidade do leiteproduzido.

Quando se analisam os cus-tos envolvidos com a mastite, porexemplo, observa-se que a mes-ma leva a uma perda no potencialde produção de leite daquelalactação, descarte do leite eaumento dos gastos com trata-mentos, especialmente medica-mentos, vacinas, mão-de-obra eserviços veterinários.

Os touros da HG exibem nas suasprovas os parâmetros da avaliação domérito genético para Contagem deCélulas Somáticas (CCS) e Sanidade deÚbere. Já na primeira prova, ou seja,quando se têm as informações do pri-meiro grupo de filhas (120 filhas em 100rebanhos), já se atinge uma confia-bilidade entre 75 e 80% para CCS.

Os parâmetros genéticos de CCSsão incluídos no índice de Sanidade deÚbere, mas a CCS não é o único fatordeterminante para o aparecimento demastites. Desta forma, a confiabilidademáxima alcançada para Sanidade deÚbere gira ao redor de 56%.

São utilizadas na HG cinco carac-terísticas para o cálculo do mérito gené-tico para Sanidade de Úbere:

- profundidade de úbere;- inserção de úbere posterior;- comprimento de tetos;- velocidade de ordenha e- CCS

Do ponto de vistaprático, a média para sani-dade de úbere é 100 e paracada ponto acima disso,espera-se uma redução de3% na incidência de casosclínicos de mastites dasfilhas destes touros, quandocomparadas às filhas de umtouro com índice 100 paraSanidade de Úbere.

A Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1 mostra osganhos econômicos quepodem ser alcançados pelaSanidade de Úbere, consi-derando-se um rebanho de100 vacas, produzindo em

Os cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteira2º passo: Sanidade de Úbere e Fertilidade2º passo: Sanidade de Úbere e Fertilidade2º passo: Sanidade de Úbere e Fertilidade2º passo: Sanidade de Úbere e Fertilidade2º passo: Sanidade de Úbere e Fertilidade

1 - Engenheiro Agrônomo eGerente do Produto Leite daLagoa da Serra, Sertãozinho(SP). Email:[email protected]

Tabela 1. Custos Anuais Totais com Mastites (rebanho de 100 vacas,produzindo em média 8.200 kg de Leite em 305 dias).

Item Índice de Sanidade de Úbere100 104 98

Número Casos Clínicos Mastite 50 44 53

Perda Produção Leite (1) 10763 9471 11408Descarte Leite (2) 4033 3549 4275Gastos com Tratamento (3) 3350 2948 3551TOTAL 18295 16116 19385

DIFERENÇAS 2179 -1090

Fonte: Lagoa da Serra (março 2006).

Preço Médio do Leite: R$ 0,50/litro;

0,5% Mastite Clínica no Rebanho com Índice 100 para Sanidade Úbere;

(1) 5,25% de perda Total da Lactação/caso clínico (430,5 kg/caso clínico);

(2) descarte de 6 dias/caso clínico = 161,3 kg de leite/caso clínico;

(3) Gastos médios de tratamento de R$ 67,00/caso de Mastite Clínica.

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média 8.200 kg de leite/lactação de 305dias. Para melhor entendimento daTabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1, é bom destacar algumas dasprincipais perdas advindas da mastiteclínica:

1) - perda média de 5,25% nopotencial total de leite da lactação/casoclínico, segundo o National MastitisCouncil (NMC);

2) - descarte do leite produzido por6 dias, para a maioria dos casos, emfunção da sua qualidade imprópria parao consumo e/ou pelo uso eventual deantibióticos que deixam resíduos noleite;

3) - custo de tratamento commedicamentos e mão-de-obra;

4) - perda de tetos, descarte deanimais, etc.

Pelos resultados da Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1,pode-se concluir que haverá um ganhoeconômico anual de R$ 2.179 no reba-nho que utilizou touros com índice demérito genético 104 para Sanidade deÚbere, quando comparado ao rebanhocom índice 100.

Desta forma, estamos falandonuma redução média anual de R$ 21,79/vaca com os custos totais de mastitepara cada filha dos touros comíndice 104 para Sanidade de Úbere,o que significa R$ 5,44/vaca paracada ponto de Sanidade de Úbereacima de 100.

FertilidadeFertilidadeFertilidadeFertilidadeFertilidadeA fertilidade é a base do pro-

cesso produtivo de produção deleite, uma vez que a lactação seinicia no parto e, para que hajacontinuidade da secreção de leite,as vacas leiteiras precisam se

reproduzir periodicamente, ou seja,apresentarem um intervalo entre partosde 12,0 a 13,5 meses, em média.

Quando ocorre interrupção doprocesso reprodutivo das vacas, auto-maticamente estes animais estarãosendo descartados no futuro, uma vezque se tornarão vacas secas (sem pro-dução de leite) e vazias.

Além disso, as desordens repro-dutivas levam a uma redução na quan-tidade total de leite produzido na vidaútil das vacas e no número total de nas-cimentos, gerando um aumento doíndice de descarte do rebanho, dos cus-tos da reprodução, da reposição das ma-trizes e dos gastos com a mão-de-obra.

Um bom caminho para se avaliara eficiência reprodutiva das vacas é oacompanhamento do intervalo entrepartos (IEP). O IEP é influenciado pelonúmero de dias decorrentes entre oparto e o primeiro serviço e a taxa deprenhez após este primeiro serviço.

O aumento do tempo para o pri-meiro serviço e a redução da taxa deprenhez leva a uma elevação do IEP dorebanho.

Todos os touros da HG exibem nassuas provas o índice de Fertilidade das

suas filhas (fertilidade das filhas), quepode ser usada como ferramenta paramelhorar a fertilidade do rebanho.

A média do índice de Fertilidadedas filhas é 100 e valores acima destesão considerados positivos e abaixo sãonegativos. Filhas de um touro comíndice de fertilidade das filhas 104 (umdesvio padrão significa quatro pontos)apresentam, na média, uma redução de2,1 dias no IEP, quando comparadascom as filhas de touros com índice 100para Fertilidade das filhas.

Na Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2, pode-se verificar oganho econômico advindo da reduçãodos gastos com reprodução do rebanhoatravés do uso de touros provados daHG com índice de mérito genéticopositivo para fertilidade das filhas.

Pelos resultados da Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2,pode-se constatar que o uso de touroscom índice de mérito genético 104 parafertilidade das filhas gera um ganhoanual da ordem de R$ 2.720 para umrebanho de 100 vacas, advindo damelhoria na fertilidade, quando compa-rado a um rebanho original de vacasfilhas de touros com índice 100 paraFertilidade das filhas.

Com a utilização de touros comíndice 104 para fertilidade das filhashaverá ainda aumento de 2,63 pontospercentuais na taxa de prenhez, o quesignifica um ganho econômico médiode R$ 10,34/vaca para cada pontopercentual de acréscimo na taxa.

Deve-se lembrar que a redução noIEP vai gerar, ainda, aumento no núme-ro de nascimentos e redução na taxa dedescarte do rebanho, entre outros bene-fícios técnicos e econômicos.

Desta forma, a escolha adequadade touros com mérito genético positivopara Sanidade de Úbere e Fertilidadepodem contribuir significativamentepara o aumento da eficiência econômicadas fazendas leiteiras.

O incremento da lucrati-vidade está condicionado princi-palmente à geração de filhas maissadias e mais férteis nos rebanhose estes devem ser um dos prin-cipais objetivos de seleção dosprodutores de leite. Portanto, omérito genético para Sanidade deÚbere e Fertilidade também de-vem ser considerados quando daescolha dos touros, uma vez queestes têm enorme peso no resul-tado técnico e econômico das ma-trizes leiteiras.

Tabela 2. Ganhos Econômicos Anuais com Fertilidade (rebanho de 100 vacas,com Intervalo entre partos de 401,9 dias e 50% de Taxa de Prenhez).

Mérito Genéticodo Touro IEP (dias) Taxa Número Serviços Ganhos na Ganhos no TOTAL

Fertilidade Filhas Prenhez (%) IA (*) por ano IA (R$25/IA) IEP (**)96 404,00 47,62 168 -200 -2520 -2720

100 401,90 50,00 160 0 0104 399,80 52,63 152 200 2520 2720

Fonte: Lagoa da Serra (março 2006).

Onde: IEP = Intervalo entre Partos (dias);Taxa de Prenhez (%) = TP = (% deteção de cio x % taxa concepção)/100;% Deteção Cio = 80%, por exemplo;PG = Período de Gestação = 283 dias, por exemplo;IPS = Idade Primeiro Serviço = 76,9 dias, por exemplo;IEP = Intervalo entre Partos (dias);IEP = IPS + 21/TP*100 + PGTP = (21/(IEP - IPS - PG))*100(*) IA = Inseminação Artificial;(**) Adicional de R$ 12,00/dia (US$ 5,50) de acréscimo do Período de Serviço acima de 118,9 dias.

Valores em R$

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As novas regras doSistema Brasileiro deIdentificação e Certifi-cação de Origem Bovinae Bubalina (SISBOV) edi-tadas na Instrução Nor-mativa de Número 17,publicada no mês de julhono Diário Oficial daUnião, entraram em vigorno final do mês de setem-bro, quando expirou oprazo de 60 dias estipula-do pelo Ministério daAgricultura Pecuária eAbastecimento (MAPA).

As alterações impli-cam na criação do conceito de “Pro-priedade Aprovada Sisbov”, com acertificação por propriedade, porém,com a obrigatoriedade da rastrea-bilidade e identificação individuais dosanimais. “Os produtores devem ficarbastante atentos, pois o prazo limitepara a inserção de animais obedecendoas regras antigas, isto é, o disposto naIN 21 de 02 de abril de 2004, é 30 denovembro do ano corrente. Portanto,a partir de 1º de dezembro de 2006 nãopoderão inserir no SISBOV animais ras-treados segundo o sistema antigo”,adverte Vantuil Carneiro Sobrinho,diretor da Brasil Certificação.

Segundo o diretor da empresa,embora as regras do sistema antigo(IN21) e do Novo SISBOV (IN17) con-tinuem coexistindo até dezembro de2007, a partir de dezembro de 2006 osanimais poderão ser rastreados somenteno sistema vigente, já enquadrado aoconceito de propriedade aprovada.“Desta forma fica claro que os produ-tores cadastrados no SISBOV segundoa legislação antiga têm até dezembro de2007 para se adaptarem ao novo siste-ma, sob pena de não poder comer-cializar seus animais”, explica.

A propriedade aprovada no NovoSISBOV fica agora sob tutela de umaúnica certificadora, que a supervisio-nará a cada 180 dias, com exceção dosconfinamentos, vistoriados a cada 60dias. “Este procedimento, em princípio,vem em beneficio do produtor, pois nalegislação antiga a cada inserção o pro-

Novas regras do SISBOV entram em vigorNovas regras do SISBOV entram em vigorNovas regras do SISBOV entram em vigorNovas regras do SISBOV entram em vigorNovas regras do SISBOV entram em vigor

dutor deveria pagar uma ‘visita deinserção’. Já na nova legislação opecuarista deverá arcar com apenasduas visitas anuais”, ressalta Sobrinho.

O Novo SISBOV exige do criadorque ele apresente à certificadora umplano de gestão, atentando para a qua-lidade da produção, manejo sani-tárioe alimentar, bem como controle deinformações referentes ao bem-estaranimal. “Como conseqüência, o criador

poderá usar essa ferramentapara acompanhar sua produ-ção, identificar eventuaisfalhas, evitar prejuízos e au-mentar o retorno econômicodo seu negócio. Na verdade,não se trata apenas de umaexigência do MAPA e sim domercado. È uma tendêncianatural da pecuária moder-na, onde o projeto não so-brevive se não der lucro”.

O criador também de-ve atentar quanto à des-classificação dos animais, pe-nalizada em média por R$ 3/arroba. A desclassificação

acontece devido à perda do elementode identificação do SISBOV ou discre-pância entre as informações da GTA(Guia de Trânsito Animal) e da BND(Base Nacional de Dados). Essas infor-mações incluem nome da propriedadee do proprietário, localização, sexo,idade e raça do bovino ou bubali-no,tempo de permanência na BND e naúltima propriedade em que esteve.

Segunda dose contra a febreSegunda dose contra a febreSegunda dose contra a febreSegunda dose contra a febreSegunda dose contra a febreaftosa começa em novembroaftosa começa em novembroaftosa começa em novembroaftosa começa em novembroaftosa começa em novembro

A segunda etapa oficial dacampanha de vacinação contra afebre aftosa já mobiliza os pecuaristasde todo o País. Somente no segundosemestre, a indústria veterinária bra-sileira já disponibilizou 85,2 milhõesde doses da vacina. No total, em 2006já foram comercializadas mais de274,5 milhões de doses.

A informação é da Central deSelagem de Vacinas (Vinhedo/SP),órgão constituído em parceria entreo Sindan - Sindicato Nacional daIndústria de Produtos para SaúdeAnimal e o Ministério da AgriculturaPecuária e Abastecimento, com afunção de efetuar a rastreabilidade decada frasco de vacina produzido noBrasil.

Esta segunda etapa da campanhaacontece de 1º a 30 de novembro. No

Estado de São Paulo, na última etaparealizada em maio, a cobertura vacinalfoi de 99,50% de um rebanho bovinototal de 13,5 milhões de cabeças.

São Paulo não registra caso dadoença desde 1996 e realizou um tra-balho de defesa intenso com corredo-res sanitários, suspensão de eventosagropecuários e rastreamento de gadoproveniente dos estados do MatoGrosso do Sul e Paraná, quando doaparecimento de aftosa no ano pas-sado. “Conseguimos manter o estadolivre da doença e continuamos a serpenalizados com o embargo a nossacarne. O início desta campanha, alémde marcar os 10 anos sem aftosa, ser-virá para pedir o fim destes embar-gos”, afirma o secretário de Agricul-tura e Abastecimento, Alberto Mace-do.

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Criadores de todo o Brasil jápodem inscrever touros e doadoras deseus plantéis para a 1ª Mostra NacionalMostra NacionalMostra NacionalMostra NacionalMostra Nacionaldas Grandes Matrizes e Reprodutoresdas Grandes Matrizes e Reprodutoresdas Grandes Matrizes e Reprodutoresdas Grandes Matrizes e Reprodutoresdas Grandes Matrizes e Reprodutoresdas Raças Zebuínasdas Raças Zebuínasdas Raças Zebuínasdas Raças Zebuínasdas Raças Zebuínas. O evento,organizado pela ABCZ - AssociaçãoBrasileira dos Criadores de Zebu, serárealizado no Parque Fernando Costa,em Uberaba (MG), entre os dias 06 e 11de novembro.

Os animais ficarão expostos nospavilhões do parque e o criador terá aoportunidade de negociar pessoalmentea venda, a preço de mercado.

De acordo com o presidente daABCZ, Orestes Prata Tibery Jr., o even-to não tem apenas caráter comercial.Será uma forma de cada associado mos-trar o seu trabalho de seleção a pecua-ristas de todas as regiões brasileiras edividir sua experiência na criação dezebu. “Não promoveremos shows artís-

ABCZ realiza 1ª Mostra deABCZ realiza 1ª Mostra deABCZ realiza 1ª Mostra deABCZ realiza 1ª Mostra deABCZ realiza 1ª Mostra deMatrizes e ReprodutoresMatrizes e ReprodutoresMatrizes e ReprodutoresMatrizes e ReprodutoresMatrizes e Reprodutores

ticos e nem leilões. Teremos o dia livrepara visitar fazendas e negociar nossosanimais. À noite, os nossos encontrosserão em um espaço preparado paramostrarmos nossas melhores doadoras,reprodutores, enfim, o que temos de‘cabeceira’ em nossa seleção. Isso nospossibilitará negociar os nossos prdutostrocando martelo pelo aperto de mão”,enfatiza Tibery Jr.

A feira manterá pontos de en-contros entre os participantes no finalde cada tarde onde eles irão acom-panhar um desfile de touros e matrizesde cada produtor. Paralelamente, outrostrês even-tos técnicos serão realizados:Seminário de Revisão de Critérios deSeleção das Raças Zebuínas, Fórum deDiscussão do DJRZ e 4ª Atualização doCorpo Técnico da ABCZ. INF:- (34)INF:- (34)INF:- (34)INF:- (34)INF:- (34)3319-3930. Page: 3319-3930. Page: 3319-3930. Page: 3319-3930. Page: 3319-3930. Page: www.abcz.org.brwww.abcz.org.brwww.abcz.org.brwww.abcz.org.brwww.abcz.org.br.....Email: Email: Email: Email: Email: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Carne suína reageCarne suína reageCarne suína reageCarne suína reageCarne suína reageao embargo russoao embargo russoao embargo russoao embargo russoao embargo russo

Depois de sofrer com os embar-gos da Rússia — maior comprador decarnes brasileiras — à importaçãodesses produtos, empresas decidiramadotar estratégias nos segmentos debovinos e suínos para evitar que osprejuízos com as restrições russas seprolonguem. Essas estratégias come-çam a dar resultado. No segmento desuínos, a opção é reconquistar o mer-cado russo “pelas beiradas” (via paísespróximos) e com ofensiva no mer-cado interno. Na carne bovina aalternativa é buscar importadoresque compram produtos com maiorvalor agregado, como a França.

Os frigoríficos exportadores decarne suína estão compensandoparcialmente o embargo russo àscarnes dos principais estadosprodutores vendendo carne para aprópria Rússia, via Cingapura e LesteEuropeu.

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Paulo de Souza Gonçalves Paulo de Souza Gonçalves Paulo de Souza Gonçalves Paulo de Souza Gonçalves Paulo de Souza Gonçalves 11111

Adriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira Aguiar11111

Em seringais recém-implan-tados principalmente em pequenaspropriedades, o uso de cultura in-tercalar pode ser uma saída paracomplementar à renda do pro-dutor.

A consorciação com culturasanuais deve ser feita no início dodesenvolvimento do seringal, sen-do que qualquer cultura pode serutilizada nas entrelinhas da se-ringueira. Desde que estas culturasnão hospedem pragas e doençasque possam infestar o seringal e acompetição entre as duas espéciesnão prejudique o desenvolvimentoda cultura prin-cipal.

As vantagens da prática daconsorciação seja com culturasanuais ou perenes são: melhoresdis-tribuição da renda ao longo doano; melhor utilização da mão-de-obra; menor incidência de pragase doen-ças; uso mais intenso eracional da terra; e maior lucro porunidade de área.

Desvantagens que devem ser co-nhecidas, pois podem diminuir as pos-sibilidades de uso da técnica, sendo elas:existência de competição por água, luze nutrientes que pode restringir odesenvolvimento da seringueira, prin-cipalmente se o manejo do consórcionão for bem planejado.

Algumas propriedades da regiãooeste de São Paulo tem criado carneiroslanados dentro dos seringais, visando ocontrole do mato.

Essa exploração pode ser reco-mendada, pois os animais não danifi-caram o tronco da seringueira e possi-bilitam reduzir os custos de manu-tenção do seringal, diminuindo a neces-sidade de capinas e a aplicação de herbi-cidas.

Em estudos conduzidos sobre ocrescimento do perímetro do caule das

árvores de seringueira em sistema deconsorciação com banana, café e mara-cujá, durante o período de imaturidadedo seringal, não foram observadasdiferenças significativas no cresci-mento do seringal em relação ao cultivosolteiro.

O sistema é viável até o terceiroano de implantação do seringal. Paraessas culturas, recomenda-se o plantiode uma única linha no espaço entre aslinhas da seringueira.

AbacaxiAbacaxiAbacaxiAbacaxiAbacaxiRecomenda-se ape-

nas um ciclo de exploraçãoem cada lavoura (14 a 24meses), com a produção deapenas um fruto por plan-ta, devido à ocorrência deinfestação por Fusarium,causador de grandesprejuízos a lavou-ra.

Na Ásia utilizou-seuma população de plantasde 4.565 plantas/ha, con-seguindo um rendimento

de 31 toneladas de frutos noprimeiro ano de exploração.

Recomenda o plantio de 1 a 4ruas de abacaxi intercalando aslinhas do seringal, espaçadas de 45cm entre linhas por 7 cm entreplantas, em linhas duplas distan-ciadas de 1 m, para permitir ostratos culturais. Com quatro ruasde abacaxi, consegue-se uma popu-lação de 9.400 plantas/ha.

Observou-se maior perímetrodo caule das seringueiras com ummaior número de ruas de abacaxi,provavelmente devido ao efeito re-sidual da adubação das entrelinhas.

BananaBananaBananaBananaBananaDeve ser plantada até o se-

gundo ano de desenvolvimento daseringueira. Na Malásia, a bananaé o produto tido como mais popularna consorciação, pois o uso de mão-de-obra não é tão intenso.

O plantio de banana comocultura intercalar deve ser muitobem planejado, caso contrário,

pode haver um retardamento no desen-volvimento da seringueira, aumen-tando o período de imaturidade.

Recomenda-se plantar duas linhasde banana nas entrelinhas da serin-gueira, espaçadas de 1,30 m entre si,com 1,70 m entre plantas na linha,mantendo a distância de 2,65 m da linhade seringueira.

PalmitoPalmitoPalmitoPalmitoPalmitoAs espécies produtoras de palmito

com potencial para a consorciação com

1 Pesquisadores Apta/IAC - ProgramaSeringueira. Caixa Postal 28 - CEP 13.001-970 -Campinas (SP) E-mails: [email protected] [email protected]

Consorciação de Seringueira comConsorciação de Seringueira comConsorciação de Seringueira comConsorciação de Seringueira comConsorciação de Seringueira comculturas de importância econômicaculturas de importância econômicaculturas de importância econômicaculturas de importância econômicaculturas de importância econômica

Consorciação de abacaxi nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de abacaxi nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de abacaxi nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de abacaxi nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de abacaxi nas entrelinhas de seringueira.

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a seringueira são o palmiteiro (juçara),açaizeiro e pupunheira.

O palmiteiro é considerado umaespécie bem adaptada às condições debaixa luminosidade, porém seu ciclo dedesenvolvimento é longo e cada plantaproduz apenas um único palmito.

A produção de palmito consor-ciado com a seringueira de 133g a 414gde palmito/planta, para os espaça-mentos entre 1 m x 1 m e 2 m x 2 m,respectivamente.

A produção de palmito por áreavariou de 1.033 a 1.612 kg/ha, havendouma diminuição da mesma com oaumento da área por planta.

CacauCacauCacauCacauCacauTanto o cacaueiro como a serin-

gueira são plantas de ciclo longo (aoredor de 30 anos) e requerem um inves-timento elevado para a implantação.Logo, o plantio convencional de cacaunas entrelinhas de seringueira deve sermuito bem avaliado quanto a suaviabilidade.

A combinação de espaçamentoscom o melhor resultado foi de 3,5 x 3,0

m para o cacau entre as linhas duplasde seringueira distanciadas de 10,5 mentre cada uma delas (3 linhas de cacau)no espaçamento de 7 x 3 m na linhadupla de seringueira.

Observou-se que quanto maior oespaçamento nas entrelinhas das duplas,maior foi o rendimento alcançado pelasplantas de cacau, devido à maior lumi-nosidade, assim como o período produ-tivo das plantas foi mais longo.

Culturas anuaisCulturas anuaisCulturas anuaisCulturas anuaisCulturas anuaisMuitas outras combinações de

espaçamentos têm sido pesquisadasvisando a otimização no desenvolvi-mento das duas espécies. Milho, arroz,feijão, melancia, algumas hortaliças,batata doce, amendoim e soja são cultu-ras anuais que podem ser utilizadas emconsorciação com a seringueira no iní-cio de desenvolvimento do seringal.

O amendoim e a soja devem pre-encher toda a entrelinha até 1 m dasplantas de seringueira, para evitar umacompetição prejudicial entre as duasespécies.

Na implantação de uma cul-turaintercalar anual deve-sedar preferência para cul-turas de porte baixo,como feijão e amen-doim, para não competircom as plantas de serin-gueira.

O comportamentoda consorciação dearroz, soja, milho, eamendoim com serin-gueira, até o quarto anode implantação doseringal foi estudado porvários pesquisadores que

Consorciação de palmiteiro nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de palmiteiro nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de palmiteiro nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de palmiteiro nas entrelinhas de seringueira.Consorciação de palmiteiro nas entrelinhas de seringueira.

Cultura ocupaCultura ocupaCultura ocupaCultura ocupaCultura ocupa60 mil hectares60 mil hectares60 mil hectares60 mil hectares60 mil hectaresno Estado deno Estado deno Estado deno Estado deno Estado de

São PauloSão PauloSão PauloSão PauloSão PauloA expansão da demanda por

borracha natural e o aumento dospreços desse produto no mercadointerno devem estimular novosinvestimentos no plantio de serin-gais no Brasil.

O Estado de São Paulo lidera oplantio de seringais no país com 60mil hectares - a metade da áreacultivada - e deverá ampliar a áreade cultivo em 40 mil hectares até oano de 2010. “São Paulo respondepor cerca de 70% da produçãonacional, que gira em torno de 100mil toneladas por ano, gerandoreceita em torno de R$ 750milhões”, afirma Humberto Penna-chio, analista da CONAB - Com-panhia Nacional de Abastecimento

Segundo João Sampaio, presi-dente da SRB - Sociedade RuralBrasileira, os investimentos devemtotalizar cerca de R$ 240 milhõesnos próximos três anos. “Quem estáinvestindo são produtos que jáplantam seringueiras, especial-mente nas regiões de Barretos, SãoJosé do Rio Preto e Araçatuba”,afirmou Sampaio.

O consumo interno cresceu de306 mil para 320 mil toneladas esteano, elevando as importações esuperando 200 mil toneladas.

Os preços pagos pelas usinas noEstado de São Paulo tambémsubiram cerca de 33,7% nos últimos12 meses.

obtiveram rendimentos de 1.208 e1.152 kg/ha para soja e amendoim, en-quanto que, para o arroz e milho, orendimento foi de 2.139 e 2.962 kg/ha,respecti-vamente.

Não se verificaram mudanças sig-nificativas na fertilidade original doseringal, quando as entrelinhas foramcultivadas com alguma cultura inter-calar durante três anos de exploraçãodo sistema, não havendo redução dovigor das plantas de seringueira.A criação de ovinos também se destaca como umaA criação de ovinos também se destaca como umaA criação de ovinos também se destaca como umaA criação de ovinos também se destaca como umaA criação de ovinos também se destaca como uma

grande opção de consorciação com a seringueira.grande opção de consorciação com a seringueira.grande opção de consorciação com a seringueira.grande opção de consorciação com a seringueira.grande opção de consorciação com a seringueira.

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“É inútil dizer a um rio para parar decorrer; é melhor aprender a navegar

na direção de seu fluxo”.

Priscilla AndradePriscilla AndradePriscilla AndradePriscilla AndradePriscilla Andrade11111

O empreendedorismo, grada-tivamente, vem se firmando como umapossibilidade profissional perante ocenário econômico mundial em todosos setores, inclusive no agronegócio. Apesquisa anual da Global Entrepre-neurship Monitor, aplicada em váriospaíses revelou que o Brasil ocupa atual-mente a sétima posição no ranking depaíses empreendedores.

Porém, o que realmente levou osbrasileiros a uma posição de destaquefoi a constatação do crescimento denegócios ligados a questões ambientais.Por exemplo, para estes empreen-dedores, o lixo não é necessariamenteum subproduto inútil, mas um recursomal utilizado que pode servir de maté-ria-prima para a confecção de váriosoutros produtos, auxiliar na preservaçãodo meio ambiente, agregar valor erender lucros. Além do mais, as opor-tunidades de negócio ligado à ecologiapassa também a atender de maneiramais ampla as expectativas da sociedadeque é de adquirir produtos que poluemmenos ou que gerem menos resíduosem seu processo industrial.

E conseqüentemente, o que po-deria ser um ponto fraco, como a pro-blemática do lixo, transforma-se numponto forte quando é analisado estra-tegicamente pelos “ecopreneurs”,adquirindo um valor financeiro e real.

Schumpeter certa vez afirmou queo empreendedor é aquele que destrói aordem econômica existente pelaintrodução de novos produtos e servi-ços, pela criação de novas formas deorganização ou pela exploração denovos recursos e materiais.

Poucas décadas atrás, os empre-endedores se preocupavam apenas emoferecer produtos e serviços a seusclientes para garantir lucratividade e aperpetuação dos seus negócios. Atual-mente, devido à degradação do meio

ambiente, surge a necessidade depreservar para as gerações futurascondições primárias de sobrevivência,fazendo com que qualquer empreen-dimento incorpore a visão da empresacomo instituição sociopolítica.

Ser um empreendedor ambien-talmente responsável é exercer, em suaplenitude, ações éticas para com suasrelações estabelecidas, sejam elas como cliente, com o fornecedor ou com aprópria comunidade.

É, sobretudo, priorizar a qualidadede vida e promovê-la, com açõesconcretas de auxílio e proteção ao outro.A adoção da responsabilidade socio-ambiental é uma decisão política quedeve envolver todo o negócio que secomprometa com a aplicação de prin-cípios e valores em todas as suas opera-ções.

No caso dos “ecopreneurs”, avantagem competitiva inicial já égarantida com a própria visão e missãodo negócio, que deve ser constituídoutilizando os alicerces da gestãoambiental para obtenção do modelo deadministração e de competitividade.Isto significa que ultrapassar volun-tariamente o respeito à legislação, mui-tas vezes, gera economias de custo. Naverdade, o benefício em adotar

estratégias empresariais ambiental-mente saudáveis é poder alterar o seupróprio ambiente competi-tivo eparticipar ativamente do contexto ondea estratégia competitiva é formulada.

Um exemplo do potencial doempreendedorismo ecológico é oNúcleo Produtivo de Sementes Pacová,criado em Tangará da Serra (MT),especializado na venda de bijouterias ejóias artesanais feitas com sementesnativas.

Tudo começou com um grupo de20 artesãos envolvidos num projeto quepara livrá-los do trabalho domés-tico(no caso das mulheres) e de cuidar degado (no caso os adolescentes). Com avenda dos artigos, cada artesão obtémuma renda mensal que varia de R$ 150a R$ 450, o que contribui para o orça-mento das famílias.

No ano de 2002, todos passarampelo curso de capa-citação oferecidopelo Sebrae, que con-tribuiu para apadronização das peças, cálculo decustos e organização da linha deprodução.

Atualmente, eles contam tambémcom a ajuda de uma designer paraagregar valor aos produtos. Com isso, oresultado foi o desenvolvimento de umalinha exclusiva para a joalheria Maiorca,com pérolas e sementes escuras. ONúcleo revende suas peças para clientescomo: H. Stern, Museu da Arte Moder-na de São Paulo, Chocolate, Osklen ePão de Açúcar. As peças possuemvalores que variam entre R$ 4,00 a R$250,00.

Quem um dia imaginou que umaárvore além de fornecer semente paraplantio ainda poderia se tornar numafonte de matéria-prima para a fabri-cação de bijouterias e jóias, a seremvendidas no Brasil e no exterior.

Na verdade, tudo depende do quepercebemos a nossa volta. Mais do queexplorar a terra,precisamos aprender aexplorar as possiblidades que vem dela.Ver aquilo que está além dos olhos.Semdúvida os desafios são enormes, porémas alternativas também são.

É nesse contexto que universidadee sociedade podem trabalhar juntas parapromover inovação e vantagem compe-titiva sustentável.

O desenvolvimento dos “Ecopreuneurs” no BrasilO desenvolvimento dos “Ecopreuneurs” no BrasilO desenvolvimento dos “Ecopreuneurs” no BrasilO desenvolvimento dos “Ecopreuneurs” no BrasilO desenvolvimento dos “Ecopreuneurs” no Brasil

1 - Professora Mestre, pesquisadora e docente docurso de Agronegócios da UNIFRAN -Universidade de Franca. Email:[email protected]

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Depois de dois anosde trabalho, a Escola Su-perior de Agricultura Luizde Queiroz (Esalq) da USP,em Piracicaba (SP), apre-senta aos produtores e con-sumidores de todo o País aPira Roxa, alface de folhastotalmente roxas desen-volvida para aumentar aprodutividade no cultivoem clima tropical e comum valor nutricional maiorque as alfa-ces comuns.

A coloração roxainten-sa se deve à presençaem larga quantidade daantocianina, substância que confere aoalimento uma cor vermelha que, ao semisturar com o tom verde da clorofila,resulta na cor roxa.

A Pira Roxa contém três vezesmais antocianina que as alfaces comunse um teor também maior de antio-xidantes, substâncias que ajudam nocombate ao envelhecimento. “Foi pro-vado, por um estudo publicado pelaSociedade Americana de Química, quea alface roxa tem maior quantidade deantioxidantes que a alface verde. Elaaproveita mais os bioflavonóides ecombate os radicais livres associados aoenvelhecimento precoce”, explica CyroPaulino da Costa, responsável pelacriação da nova alface, com seudoutorando Fernando Sala.

Para os alfacicultores, a Pira Roxaoferece vantagens por ser mais resis-tente ao fungo míldio, que aparece naforma de lesões amareladas nas folhas eum pó esbranquiçado mais próximo àraiz. Esse fungo é responsável por gran-des perdas no plantio de alface, que al-gumas vezes chegam a 100% da pro-dução.

Por ter maior resistência ao míl-dio, a Pira Roxa dispensa o uso deagrotóxicos, o que diminui os custos doprodutor e possibilita o cultivo orgânicoda alface. “Os produtores de alimentosorgânicos gostaram muito da Pira Roxa.O plantio dela não exige agrotóxicos, oque é crítico na criação orgânica eresulta em um alimento de melhor qua-lidade para o consumidor”, acrescentaCosta.

Para os adeptos do cultivo hidro-pônico – no qual a hortaliça é cultivadana água, em vez de na terra, a Pira Roxase mostrou resistente ao fungoPythium, que causa a podridão da raize é um dos maiores problemas desse tipode cultivo no País. “A Pira Roxa aumen-ta muito a produtividade na alfacicul-tura. Ela salvou muita gente porque nocultivo da alface tem muita perda, mui-to prejuízo”, afirma Costa.

Essa espécie também permite ocultivo contínuo da alface e garanteuma maior durabilidade da alface noverão. “Como você tem alface o anotodo, a produção é maior e os preços,menores, o que favorece o consumidor”,explica Costa.

A alface roxa não é propriamenteuma novidade no mercado de horta-liças. No Brasil, já se cultivam em pe-quena escala outros tipos de alface roxa,

de coloração menos intensa esem as propriedades atribuídasà Pira Roxa, como maior resis-tência a fungos e melhor apro-veitamento no cultivo de verão.

Muito comuns no mer-cado internacional, versões me-lhoradas dos alimentos já come-çam a surgir no Brasil. SegundoCosta, há ainda muito espaçonas mesas brasileiras para a PiraRoxa. “É um pro-duto dife-renciado, que custa em torno deR$ 0,20 para o produtor e chegaao consumidor final por cercade R$ 1,00. É quase o mesmopreço da alface comum, com

todas as suas vantagens”, analisa.Para desenvolver a alface, a Esalq

utilizou uma técnica já muito conhecidano meio agrônomo: o melhoramentoclássico. Esse processo é completamentediferente do que produz os alimentostransgênicos, já que não manipulageneticamente o DNA da alface. Dessaforma, não há nenhuma possibilidadede efeitos colaterais de seu consumo alongo prazo.

O processo de melhoramento clás-sico é bem simples e por isso tem baixocusto de produção. Nos dois anos de cul-tivo, até chegar à Pira Roxa, o custo to-tal foi de apenas R$ 2 mil. “São técnicasde baixo custo, que não exigem equipa-mentos caros. Esses gastos foram basica-mente com gasolina da minha cami-nhonete, para ir de Piracicaba à fazendaem Campinas onde a alface era planta-da”, brinca Costa. (Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Jornal USP)

Esalq desenvolve alface roxa que agrada aos olhos e aoEsalq desenvolve alface roxa que agrada aos olhos e aoEsalq desenvolve alface roxa que agrada aos olhos e aoEsalq desenvolve alface roxa que agrada aos olhos e aoEsalq desenvolve alface roxa que agrada aos olhos e aopaladar e ainda ajuda a prevenir o envelhecimentopaladar e ainda ajuda a prevenir o envelhecimentopaladar e ainda ajuda a prevenir o envelhecimentopaladar e ainda ajuda a prevenir o envelhecimentopaladar e ainda ajuda a prevenir o envelhecimento

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Rafael Pio Rafael Pio Rafael Pio Rafael Pio Rafael Pio 11111

Edvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves Chagas 1 1 1 1 1

Fernando Antônio Campo Dall’OrtoFernando Antônio Campo Dall’OrtoFernando Antônio Campo Dall’OrtoFernando Antônio Campo Dall’OrtoFernando Antônio Campo Dall’Orto11111

Wilson BarbosaWilson BarbosaWilson BarbosaWilson BarbosaWilson Barbosa22222

A figueira é uma frutífera perten-cente a família Moraceae, originária daregião arábica mediterrânea, Mesopo-tâmia, Armênia e Pérsia, havendorelatos de cultivos até mesmo a 639 a.C.A figueira é considerada uma árvoresagrada, como símbolo de honra, utili-zada na alimentação de atletas. O figofoi à primeira medalha olímpica.

A planta apresenta folhas caducasque caem no outono-inverno. A figuei-ra se desenvolve satisfatoriamente nasregiões subtropicais temperadas, mas éde comportamento cosmopolita, comgrande capacidade de adaptação cli-mática. Assim, há registros de seu culti-

vo no Brasil desde as regiões temperadasdo Rio Grande do Sul, até mesmo nasregiões semi-áridas nordestinas.

É caracterizada pela presença decélulas lactíferas, principalmente nosramos e pecíolo foliar, que exsudamuma substância denominada de ficcina,enzima proteolítica que é responsávelpor queimaduras de 2º grau quando emcontato com a pele.

A planta apresenta porte arbus-tivo, conduzido em sistema de suces-sivas podas drásticas. Os figos destinam-se ao consumo in natura ou à indus-trialização, em forma de doces em calda(verdes e inchados), cristalizados, figadae secos do tipo rami.

O Brasil é considerado o 13º maiorprodutor mundial e o maior produtordas Américas e do hemisfério Norte.

O Estado do Rio Grande do Sul éo maior produtor nacional, em área,seguido de São Paulo e Minas Gerais.

RS e MG possuem aprodução quase quetotalmente destinada afabricação de doces.

No Estado de SãoPaulo, a região do Cir-cuito das Frutas detém amaior produção, comdestaque para os muni-cípios de Valinhos,Vinhedo, Louveira eCampinas.

Em Minas Gerais,destaca-se os municípiosde São Sebastião doParaíso e Lavras.

CultivarCultivarCultivarCultivarCultivarRoxo de Valinhos, único cultivar

comercial no Brasil.

Mudas e época de plantioMudas e época de plantioMudas e época de plantioMudas e época de plantioMudas e época de plantioAs mudas são produzidas a partir

de estacas lisas (estacas coletadas juntoa época de poda e plantadas diretamentena cova de plantio) ou estacas enrai-zadas. A época de realização do plantiovai depender do tipo de mudas dispo-nível.

• Mudas de raízes nuas ou estacas:de junho a julho;

• Mudas produzidas em recipi-entes: em qualquer época, porém, depreferência, na estação das águas.

Utilizar mudas provenientesde viveiros livres de nematóide; evitaro aproveitamento de filhotes que seformam junto do tronco das plantasadultas.

A estaquia direta no campo é umprocesso de multiplicação que pode serconveniente pela maior rapidez naimplantação do figueiral, sob condiçõesfavoráveis de clima e solo.

EspaçamentoEspaçamentoEspaçamentoEspaçamentoEspaçamentoSe o plantio for destinado ao

consumo in natura, deve-se adotar oespaçamento de 2,5 x 2,5m ou 3 x 2m.Se o objetivo for figo para indústria,recomenda-se usar 3 x 1m ou 2,5 x 1,5m.

Mudas necessáriasMudas necessáriasMudas necessáriasMudas necessáriasMudas necessáriasDe 1.600 mudas por hectare (para

os figos de mesa) a 3.300 mudas porhectare (frutos para a indústria).

O Cultivo deO Cultivo deO Cultivo deO Cultivo deO Cultivo deFigueiraFigueiraFigueiraFigueiraFigueira

(((((Ficus carica Ficus carica Ficus carica Ficus carica Ficus carica L.)L.)L.)L.)L.)

1 Pesquisador Científico Centro APTA Frutas,Instituto Agronômico (IAC). Av. Luiz Pereira dosSantos, nº 1500, Corrupira, CEP. 13214-820,Jundiaí-SP. Autor para correspondência:[email protected]

2 Pesquisador Científico Centro ExperimentalCentral, Instituto Agronômico (IAC). CaixaPostal 28, CEP 13001-970, Campinas-SP.

Figueira podada, com destaque para as estacas, queFigueira podada, com destaque para as estacas, queFigueira podada, com destaque para as estacas, queFigueira podada, com destaque para as estacas, queFigueira podada, com destaque para as estacas, quesevirão de mudassevirão de mudassevirão de mudassevirão de mudassevirão de mudas

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Calagem e AdubaçãoCalagem e AdubaçãoCalagem e AdubaçãoCalagem e AdubaçãoCalagem e AdubaçãoDe acordo com a análise

de solo, aplicar o calcário paraelevar a saturação por bases a70%. Aplicar o corretivo emárea total, antes do plantio oumesmo durante a exploraçãodo pomar, incorporando-omediante aração e/ou grada-gem.

As covas para o plantiodevem ter dimensões de 40x40x40cm. A primeira camadade solo (até os 30 cm iniciais),é separada do subsolo (demais30 cm) e misturada com 5Kgde esterco de galinha ou 20Kgde esterco de curral curtido,1Kg de calcário, 100g de P2O5 e 50g deK2O.

Essa mistura é colocada no fundoda cova, completando-se o que faltarcom a terra provinda da raspagem su-

perficial do terreno. A do subsolo éutilizada para a construção da bacia aoredor da muda, após o plantio.

Nos demais anos, realizar a adu-bação de acordo com a análise do soloe/ou foliar.

IrrigaçãoIrrigaçãoIrrigaçãoIrrigaçãoIrrigaçãoAconselhável nas estiagens da

primavera de modo localizado e, depreferência, por gotejamento.

Outros tratos culturaisOutros tratos culturaisOutros tratos culturaisOutros tratos culturaisOutros tratos culturaisPoda anual drástica de inverno

e desbrotas, para manter a copaarejada, com 6 (figo para mesa) a 12ramos (figos verdes para indústria)por planta; manter espessa camadade cobertura morta, com capimgordura ou bagacilho de cana.

Controle de pragas e doençasControle de pragas e doençasControle de pragas e doençasControle de pragas e doençasControle de pragas e doençasAs principais pragas que

atacam a figueira são: broca dos

ponteiros, coleobrocas ebroca da seca da figueira.Quanto às doenças, pode-se citar: nematóides, ferru-gem, antracnose, podridãodos frutos maduros, secasdos ramos, bacteriose emancha de cercospora.

Para o controle reco-menda-se realizar, noinverno,,,,, a caiação do tron-co e no período de vege-tação, aplicação de inseti-cidas + óleo mineral efungicidas combinadoscom calda bordalesa ouprodutos a base de cobre.

ColheitaColheitaColheitaColheitaColheitaO período de colheita vai depen-

der da época de poda e do destino dofruto a ser produzido. De modo geral,colhe-se o fruto de novembro a maio.

Produtividade normalProdutividade normalProdutividade normalProdutividade normalProdutividade normalDe 20 a 22 t/ha de frutos maduros

ou inchados, ou 10 t/ha de verdes empomares adultos racionalmenteconduzidos.

Figueiral no município de Valinhos (SP).Figueiral no município de Valinhos (SP).Figueiral no município de Valinhos (SP).Figueiral no município de Valinhos (SP).Figueiral no município de Valinhos (SP). Figueiral pulverizado para o controle de pragas e doenças.Figueiral pulverizado para o controle de pragas e doenças.Figueiral pulverizado para o controle de pragas e doenças.Figueiral pulverizado para o controle de pragas e doenças.Figueiral pulverizado para o controle de pragas e doenças.

Cobertura morta com bagacinho de canaCobertura morta com bagacinho de canaCobertura morta com bagacinho de canaCobertura morta com bagacinho de canaCobertura morta com bagacinho de cana

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1 - Prof. Titular doDepartamento de Produção eExploração Animal. FMVZ-UNESP. Botucatu (SP). [email protected]

4ª PARTE4ª PARTE4ª PARTE4ª PARTE4ª PARTE(extraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal OOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIRO, Informativo daASPACO - Associação Paulista deCriadores de Ovinos)

Dr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de Siqueira11111

Sistemas de TerminaçãoSistemas de TerminaçãoSistemas de TerminaçãoSistemas de TerminaçãoSistemas de TerminaçãoNas regiões tradicionais

de criação de ovinos, a ter-minação é executada em pas-tagem (nativa ou cultivada). Aeficiência deste sistema está nadependência do nível nutri-cional conferido pelas forra-geiras etambém do grau de infestação de lar-vas de helmintos na pastagem. Quandoeste fator for limitante, o confinamentoforna-se uma opção para a terminaçãoeficaz dos cordeiros.

A terminação em confinamentopressupõe investimentos adicionais,sobretudo em instalações e alimen-tação. Em visca disso, é de vital impor-tância a busca de animais genetica-mente capazes de responder ao nívelnutricional das dietas oferecidas.

Um bom cordeiro para o confi-namento deve apresentar as seguintescaracterísticas:

a) - boa conversão alimentar;a) - boa conversão alimentar;a) - boa conversão alimentar;a) - boa conversão alimentar;a) - boa conversão alimentar;b) - altas taxas de crescimentob) - altas taxas de crescimentob) - altas taxas de crescimentob) - altas taxas de crescimentob) - altas taxas de crescimento muscular; muscular; muscular; muscular; muscular;c) - adequada deposição de gordura.c) - adequada deposição de gordura.c) - adequada deposição de gordura.c) - adequada deposição de gordura.c) - adequada deposição de gordura.

Para se atingir taisobjetivos, há que seplanejar corre-tamenteo sistema de produção,integrando-se harmo-nicamente a genética, aalimentação e o ma-nejo. Os animais confi-nados deverão perma-necer sempre presos,sem acesso às áreasonde haja forragens,foco de contaminaçãopor vermes. O período

Produção de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiro

de confinamento depende do potencialde ganho de peso dos animais e o pesode venda deverá estar na faixa de 28-32 kg.

A qualidade da alimentação noconfinamento é fundamental. Paracordeiros de bom potencial de ganho,dietas nobres. A utilização de ingre-dientes baratos poderá redundar emperda global de eficiência.

Com relação às instalações, não hánecessidade de algo especial ou caro.Qualquer galpão pode ser adaptado parareceber cordeiros em confinamento,devendo-se prestar atenção às condi-ções de conforto e salubridade dos ani-mais.

O piso pode ser de terra oucimentado, devendo-se, entretanto,utilizar cama (de feno, palha de arroz

ou maravalha) ou piso ripado.A área por animal confi-

nado depende das condiçõesda instalação. Quando foremótimas, pode-se considerar0,60 m2/cordeiro, até 30 kg depeso vivo, aumentando-se deacordo com a situação.

Os comedouros deverãoser protegidos para que osanimais não entrem, evitandoque defequem e urinem naração, fato que implicaria emperdas substanciais.

Fatores que afetam oFatores que afetam oFatores que afetam oFatores que afetam oFatores que afetam ocrescimento e desenvolvimentocrescimento e desenvolvimentocrescimento e desenvolvimentocrescimento e desenvolvimentocrescimento e desenvolvimento

O crescimento do cordeiro, emcondições ótimas, é descrito por umacurva sigmóide, havendo uma acele-ração de sua velocidade até a puber-dade, diminuindo, então, até a matu-ridade.

Uma das questões fundamentaisrelacionadas à obtenção de carcaças dealta qualidade é a determinação do pesoótimo de abate, considerando-se odinamismo das alterações propor-cionais na composição tecidual do orga-nismo, sobretudo, da gordura. Os teoresde gordura podem ser afetados tantopelo genótipo, como pela alimentação.

Os níveis de gordura são inferio-res nos ovinos inteiros, comparativa-mente aos castrados e fêmeas; nas raçastardias, em contraposição às precoces,

e nos indivíduos decrescimento rápido, rela-tivamente aos de cres-cimento moderado.

O crescimento docordeiro pode ser afetadopelos seguintes fatores:

a) - peso ao nascer;b) - perfil hormonal;c) - alimentação;d) - idade da ovelha;e) - raça;f) - cruzamento.Na próxima edição

apresentaremos as carac-terísticas de cada item queinterfere no crescimentodos cordeiros.

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1ª MOSTRA DE MATRIZES EREPRODUTORES ZEBUINOSdias 6 a 11. Pq. Fernando Costa.ABCZ. Uberaba (MG). INF. (34)3319-3930. [email protected]

CURSO: Pastejo Diferidodia 7. Embrapa Pecuária Sudeste.São Carlos (SP). INF. (16) 3361-5611.

3º SIMPÓSIO SOBREQUALIDADE DE CARNEdias 8 a 10. Unesp e EmbrapaPecuária Sudeste. Jaboticabal(SP). INF. (16) 3361-5611.

COFFEE FORUM BRAZILdias 8 a 11. Hotel Paulista Plaza.IBC. São Paulo (SP). INF. (11)3017-6808. Email:[email protected] ewww.ibcbrasil.com.br/coffee

VISITA TÉCNICA FAZENDASULA - LEITE E HORTALIÇASORGÂNICASdia 11. Fazenda Sula. AAO.Ribeirão Preto (SP). INF. (11)3875-2625. www.aao.org.br

25ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DOCAVALO ÁRABEdias 11 a 19. Pq. Permanente deExposições. ABCCA. RibeirãoPreto (SP). INF. (11) 3661-7013.www.abcca.com.br

Envie-nos fotos antigas para a Seção Nos Trilhos doTempo, sob o tema “Estradas de Ferro” da região da Alta

Mogiana e Sudoeste Mineiro ou então para a seçãoCartão Postal, com fotos de “paisagens”. Favor incluir

nome completo, data da foto e cidade para:- Email:[email protected] ou

[email protected]

CAFEICULTURACAFEICULTURACAFEICULTURACAFEICULTURACAFEICULTURA:- Contando com uma palestra do Prof.Edson Pozza, da UFLA - Universidade Federal de Lavras(MG), a equipe da Syngenta Proteção de CultivosSyngenta Proteção de CultivosSyngenta Proteção de CultivosSyngenta Proteção de CultivosSyngenta Proteção de Cultivos estevepresente em Franca (SP) no mês de outubro para aapresentação oficial do fungicida PriorieXtra,PriorieXtra,PriorieXtra,PriorieXtra,PriorieXtra, certificadotambém para a cultura do café. Na foto, da esquerda paraa direita: os engenheiros agrônomos Luis Gustavo, AndréAlves Savino, André Fink, Carlos Becker e o Profº EdsonPozza.

RemanescentesRemanescentesRemanescentesRemanescentesRemanescentes. Na região de Pedregulho (SP), os trilhos da Estrada de. Na região de Pedregulho (SP), os trilhos da Estrada de. Na região de Pedregulho (SP), os trilhos da Estrada de. Na região de Pedregulho (SP), os trilhos da Estrada de. Na região de Pedregulho (SP), os trilhos da Estrada deFerro Mogiana e algumas poucas estações ferroviárias preservadas aindaFerro Mogiana e algumas poucas estações ferroviárias preservadas aindaFerro Mogiana e algumas poucas estações ferroviárias preservadas aindaFerro Mogiana e algumas poucas estações ferroviárias preservadas aindaFerro Mogiana e algumas poucas estações ferroviárias preservadas aindasão as únicas provas de um passado glorioso.são as únicas provas de um passado glorioso.são as únicas provas de um passado glorioso.são as únicas provas de um passado glorioso.são as únicas provas de um passado glorioso.

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14º ENCAFÉ - Encontro Nacionalda Indústria do Cafédias 22 a 26. Hotel SESC. Sincafée Abic. Guarapari (ES). INF. (21)2516-8595. Email:[email protected] ewww.abic.com.br/encafe

5º CICLO DE PALESTRAS SOBREHEVEICULTURAdias 22 a 23. APABOR. São Josédo Rio Preto (SP). INF. (17) 3235-1088. [email protected]

3º CONCURSO NACIONAL DAABIC DE QUALIDADE DE CAFÉdias 25. Hotel SESC. Guarapari(ES). INF. (21) 2516-8595.www.abic.com.br

CURSO DE HORTIFRUTIORGÂNICOSdia 09. Sítio Cata-Vento. AAO.Indaiatuba (SP). INF. (11) 3875-2625. wwwv.aao.org.br

5º CURSO DE GPS NAVEGAÇÃONA AGROPECUÁRIAdias 09 e 10. FCAVJ-Unesp.Jaboticabal (SP). INF. (16) 3209-1300. [email protected]

14º CURSO TÉCNICASCONTROLE DE BRUCELOSE ETUBERCULOSEdias 11 a 15. FCAVJ-Unesp.Jaboticabal (SP). INF. (16) 3209-1303. [email protected]

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