r-2: teste não-verbal de inteligência para crianças...

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18 PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, Vol. 4, nº.2, 2003, pp. 18-25 R-2: Teste não-verbal de inteligência para crianças – Pesquisa Piloto com crianças da cidade de São Paulo RESUMO ABSTRACT O artigo apresenta a pesquisa piloto rea- lizada para proceder à pesquisa de padroni- zação do Teste R-2: Teste não verbal de inteligência para crianças, elaborado por Rynaldo de Oliveira, editado pela Vetor Edi- tora (Oliveira, Rosa & Alves, 2000). A pes- quisa teve como objetivo obter dados preliminares sobre o teste R-2 de modo a de- terminar para que faixa etária o teste era mais adequado e para verificar se a ordem de apre- sentação dos itens apresentava um grau de dificuldade crescente. A amostra foi consti- tuída de 52 crianças na faixa etária entre 5 e 11 anos. Os testes foram aplicados indivi- dualmente e o material foi composto de 30 cartões, com uma figura incompleta e a par- tir da qual a criança deveria escolher, entre as alternativas disponíveis, a figura que a com- pletasse. Os resultados indicaram que o teste pode ser empregado na faixa de 5 a 11 anos; os itens necessitam ser reordenados bem como um dos itens deve ter seu desenho alterado. Endereço para correspondência: Rua Fradique Coutinho, 1590 – apto. 63 – Vl. Madalena CEP 05416-002 – São Paulo, SP – Tel.: (11) 3816-3545 ou (11) 9687-6343 – [email protected] This article presents the pilot research done to proceed to the standardization research of the R-2 Test : Non-verbal intelligence test for children, elaborated by Rynaldo de Oliveira, published by Vetor Publishing Company (Oliveira, Rosa & Alves, 2000). The research aimed to get preliminary data about the R-2 test, in order to determine the most proper age limits and to check if the items order of presentation showed increasing degree of difficulty. The sample was formed by 52 children between 5 and 11 years old. The tests were applied individually and the material was composed of 30 cartoons, with an incomplete figure where the child should choice, among the available alternatives, the one that completes the figure in question. The results indicated the test can be used for children between 5 and 11 years old, the items shall be put in better order and one item shall have its design changed. Palavras-chave: testes psicológicos, Teste R-2, teste de inteligência não-verbal, avaliação psicológica. Key-words: psychological tests, R-2 Test, non-verbal intelligence test, psychological assessment. INTRODUÇÃO A pesquisa de padronização de um novo teste para a avaliação intelectual de crianças, R-2: Teste não verbal de in- teligência para crianças, elaborado por Rynaldo de Oliveira (Oliveira & Alves, 1997), partiu da necessidade de respon- der a uma ampla demanda social, qual seja, a necessidade de instrumentos ade- quados e construídos com rigor cientí- fico, para que os psicólogos possam realizar ética e tecnicamente essa tarefa de avaliação, contribuindo para melho- rar as possibilidades de inserção e de

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18 – PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, Vol. 4, nº.2, 2003, pp. 18-25

R-2: Teste não-verbal de inteligência paracrianças – Pesquisa Piloto com crianças dacidade de São Paulo

RESUMO ABSTRACT

O artigo apresenta a pesquisa piloto rea-lizada para proceder à pesquisa de padroni-zação do Teste R-2: Teste não verbal deinteligência para crianças, elaborado porRynaldo de Oliveira, editado pela Vetor Edi-tora (Oliveira, Rosa & Alves, 2000). A pes-quisa teve como objetivo obter dadospreliminares sobre o teste R-2 de modo a de-terminar para que faixa etária o teste era maisadequado e para verificar se a ordem de apre-sentação dos itens apresentava um grau dedificuldade crescente. A amostra foi consti-tuída de 52 crianças na faixa etária entre 5 e11 anos. Os testes foram aplicados indivi-dualmente e o material foi composto de 30cartões, com uma figura incompleta e a par-tir da qual a criança deveria escolher, entre asalternativas disponíveis, a figura que a com-pletasse. Os resultados indicaram que o testepode ser empregado na faixa de 5 a 11 anos;os itens necessitam ser reordenados bem comoum dos itens deve ter seu desenho alterado.

Endereço para correspondência: Rua Fradique Coutinho, 1590 – apto. 63 – Vl. MadalenaCEP 05416-002 – São Paulo, SP – Tel.: (11) 3816-3545 ou (11) 9687-6343 – [email protected]

This article presents the pilot researchdone to proceed to the standardizationresearch of the R-2 Test: Non-verbalintelligence test for children, elaborated byRynaldo de Oliveira, published by VetorPublishing Company (Oliveira, Rosa & Alves,2000). The research aimed to get preliminarydata about the R-2 test, in order to determinethe most proper age limits and to check ifthe items order of presentation showedincreasing degree of difficulty. The samplewas formed by 52 children between 5 and 11years old. The tests were applied individuallyand the material was composed of 30cartoons, with an incomplete figure wherethe child should choice, among the availablealternatives, the one that completes thefigure in question. The results indicated thetest can be used for children between 5 and11 years old, the items shall be put in betterorder and one item shall have its designchanged.

Palavras-chave: testes psicológicos, Teste R-2, teste de inteligência não-verbal, avaliaçãopsicológica.

Key-words: psychological tests, R-2 Test, non-verbal intelligence test, psychologicalassessment.

INTRODUÇÃO

A pesquisa de padronização de umnovo teste para a avaliação intelectualde crianças, R-2: Teste não verbal de in-teligência para crianças, elaborado porRynaldo de Oliveira (Oliveira & Alves,

1997), partiu da necessidade de respon-der a uma ampla demanda social, qualseja, a necessidade de instrumentos ade-quados e construídos com rigor cientí-fico, para que os psicólogos possamrealizar ética e tecnicamente essa tarefade avaliação, contribuindo para melho-rar as possibilidades de inserção e de

R-2: Teste não-verbal de inteligência para criança – Pesquisa piloto com crianças da cidade de São Paulo – 19

Helena Rinaldi RosaInstituto de Psicologia da USP, Faculdade Paulistana,

Centro Universitário UniFMU e Universidade Ibirapuera

encaminhamento das crianças com proble-mas psicológicos. Assim, este trabalho pre-tende apresentar uma nova alternativapara a avaliação intelectual das crianças.

O teste R-2 baseia-se nos mesmosprincípios teóricos do Teste de Raven,isto é, pretende aferir o Fator G da inte-ligência, proposto por Spearman.

A partir do método estatístico da aná-lise fatorial desenvolveram-se diferentesteorias acerca da inteligência, que par-tem da hipótese de que ela seria integra-da por um conjunto de capacidades eestas, por sua vez, por fatores. A postu-lação desses fatores resultaria de um pro-cesso de dedução lógica, baseado nacorrelação estatística entre as diferentescapacidades que estariam sendo avalia-das, mais do que da observação e damensuração diretas (Bernstein, 1961).

Uma das principais teorias fatoriaisda inteligência é a “Teoria dos Dois Fa-tores” ou “Bifatorial” ou, ainda, “Teoriado Fator Geral”, postulada por Spearman,que fundamenta teoricamente o Teste dasMatrizes Progressivas de Raven e os de-mais testes que avaliam principalmenteo fator G da inteligência.

O conceito de fator baseia-se no pres-suposto lógico de que, se duas capacida-des estão correlacionadas em algumamedida, ambas devem estar na dependên-cia de um fator comum (que determina acorrelação entre elas) e de um fator espe-cífico de cada uma (que determina a dife-renciação entre elas). Segundo explicaBernstein (1961), a correlação entre as ca-pacidades só prova uma relação recíprocae não necessariamente uma relação causal.

Raven, J., Raven, J. C. e Court (1993) con-sideram que o fator G é composto da ati-vidade mental edutiva e da reprodutiva:

A atividade mental edutiva envol-ve a capacidade de extrair um signi-ficado de uma situação confusa;desenvolver novas compreensões,ir além do que é dado para perce-ber o que não é imediatamenteóbvio; estabelecer constructos (emgrande parte não verbais), que faci-litam a manipulação de problemascomplexos, envolvendo muitas va-riáveis mutuamente dependentes.(...) A atividade mental reprodu-tiva envolve o domínio, a lem-brança e a reprodução de materiais(em grande parte verbal) que for-mam uma fonte cultural de conhe-cimentos explícitos, verbalizados.(p. G 3).

Spearman concluiu que os testes quemedem melhor o fator G são os testeshomogêneos “de raciocínio matemáticoou gramatical (de sinônimos, de oposição),ou de percepção de relações complexascom material visual e, em especial, osde material não verbal, com base em pro-blemas de edução de relações” (Bernstein,1961, p. 17). A partir dessas idéias, Ravenconstruiu o seu teste, que é uma provanão-verbal, perceptiva e de edução decorrelatos.

Baseado no teste de Raven e deri-vado do R-1, do mesmo autor, Oliveira(1997) apresenta o mesmo tipo de tare-fa, ou seja, é apresentada uma figura àcriança com uma parte faltando e estadeve indicar, entre as alternativas dis-poníveis, qual completa corretamente odesenho. Enquanto o teste de Ravenapresenta apenas figuras geométricas eabstratas, o R-2 mostra inicialmente fi-guras concretas, que fazem parte da ex-

O teste R-2 baseia-se nos mesmos

princípios teóricosdo Teste de Raven,

isto é, pretendeaferir o Fator Gda inteligência,

proposto porSpearman.

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periência das crianças, o que de umacerta forma torna a tarefa inicial maisfácil.

OBJETIVO

Essa pesquisa piloto teve como obje-tivos:a) testar e adequar as instruções do teste;b) determinar a faixa etária na qual o teste

é aplicável, isto é, a faixa em que eletem poder de discriminação;

c) proceder à análise de itens segundo aordem proposta inicialmente pelo autor.

MÉTODO

a) SujeitosOs sujeitos foram escolares com ida-

de entre 5 e 11 anos, da rede pública deensino, sendo uma amostra não aleató-ria de alunos de uma Escola Municipalde Educação Infantil e uma Escola Esta-dual de Ensino Fundamental.

O teste foi aplicado a dez crianças dasfaixas etárias descritas na Tabela 1, me-tade do sexo feminino e metade do sexomasculino, totalizando 52 crianças (fo-ram testadas duas crianças a mais com10 anos, do sexo feminino).

Tabela 1Distribuição de freqüência e amplitude das faixas etárias.

)sona(edadI sairátesaxiafsadedutilpmA N

5 said92m5sona5am6sona4 01

6 said92m5sona6am6sona5 01

8 said92m5sona8am6sona7 01

01 said92m5sona01am6sona9 21

11 said92m5sona11am6sona01 01

latoT 25

b) MaterialO teste R-2 é composto por 30 pran-

chas ou cartões coloridos, a serem apli-cados na seqüência de sua numeração,com figuras de objetos concretos ou fi-guras abstratas. Na Pesquisa Piloto o tes-te foi aplicado com as pranchas na ordemoriginalmente proposta pelo autor. Tam-bém são utilizados Folha de Respostas,crivo de correção e lápis preto ou canetapara anotação. As respostas devem serregistradas pelo aplicador.

A tarefa a ser realizada pela criançaé semelhante à do Teste das MatrizesProgressivas Coloridas de Raven, em quehá uma figura em cada item (prancha) aser completada com uma das alternati-vas apresentadas abaixo da figura, deacordo com o tipo de raciocínio envol-vido naquele item. Alguns itens apresen-tam seis alternativas, outros apresentamoito, sendo somente uma a correta.

A aplicação do teste com o conjuntode pranchas é individual, uma vez que

N = número de sujeitos.

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o examinador apresente à criança umaprancha por vez, sucessivamente. O tes-te não possui limite de tempo.

c) ProcedimentoInicialmente foram testadas dez crian-

ças para estabelecer a adequação dasinstruções, de modo a torná-las maiscompreensíveis, em especial para ascrianças menores. Essas crianças foramduas de quatro anos, duas de cinco anos,quatro de seis anos e duas de sete anos.Todas as crianças foram testadas indivi-dualmente, em salas disponíveis nas uni-dades escolares.

A partir dessa amostra preliminar fo-ram estabelecidas as instruções definiti-

RESULTADO

Os resultados dos dez sujeitos queparticiparam da fase de padronização dasinstruções foram incluídos na análise dosresultados da pesquisa piloto para obteras médias por idade. A partir do total deacertos dos 62 sujeitos foram calculadasas médias, os desvios-padrão e as media-nas obtidos para cada grupo de idade, eesses dados são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2Médias, desvios-padrão e medianas por idade.

)sona(sedadI 4 5 6 7 8 01 11 latoT

N 2 21 41 2 01 21 01 26

aidéM 5,7 9,7 9,9 0,31 1,51 6,91 0,91 7,31

PD 1,2 3,2 0,3 8,2 3,4 3,6 1,4 2,6

dM 5,7 5,7 5,9 0,31 0,41 0,91 0,71 0,31

N = número de sujeitos.

Pode-se constatar que as médias dototal de pontos aumentam progressiva-mente com a idade, exceto para 11 anos.Essa falta de crescimento nos pontos aos11 anos pode ser causada por uma indi-ferenciação real nos resultados de 10para 11 anos ou pode se dever a uma flu-tuação amostral, uma vez que a amostraempregada é muito pequena.

A análise da dificuldade dos itens foifeita sem incluir os dez sujeitos com osquais foram testadas as instruções. Essesresultados são apresentados na Tabela 3e na Figura 1, por meio da porcentagem

de acertos para cada item, em cada ida-de e para a amostra total, bem como aordem de dificuldade dos itens. No en-tanto, observa-se uma grande flutuaçãonas porcentagens de acerto dos itens,indicando que a ordem proposta peloautor do teste não é adequada e que énecessária uma modificação na mesma.Analisando-se a ordem de dificuldadedos itens, é possível verificar que o item8 é muito difícil para a posição que ocu-pa e o item 15 é muito fácil, devendo sero oitavo item, o que confirma a necessi-dade de mudança da ordem dos itens.

vas, que foram lidas e seguidas pelo apli-cador, após o devido estabelecimento derapport e em condições adequadas paraaplicação.

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Tabela 3 Porcentagem de acerto dos itens em cada idade (N = 52 sujeitos).

Figura 1Porcentagem de acerto dos itens em cada idade (N = 52 sujeitos).

*Ordem de dificuldade, segundo os resultados da amostra.

odºNmeti sona5 sona6 sona8 sona01 sona11 latoT edmedrO*

edadlucifid1 001 001 001 001 001 001 12 09 08 09 001 001 3,29 23 04 06 001 001 001 8,08 34 04 05 001 3,38 001 0,57 55 04 06 05 3,38 001 3,76 66 03 05 07 0,57 08 5,16 97 06 07 07 7,19 001 8,87 48 01 02 02 3,33 02 2,12 729 01 05 07 7,19 001 4,56 701 01 01 01 7,66 03 9,62 4211 03 03 04 3,85 09 0,05 2121 03 01 04 7,14 03 8,03 2231 01 05 07 7,19 08 5,16 0141 02 0 06 7,66 07 2,44 4151 02 05 07 7,19 09 4,56 861 0 02 06 0,57 05 3,24 5171 03 03 06 7,19 09 5,16 1181 01 02 07 0,57 06 1,84 3191 01 03 05 0,57 04 3,24 6102 02 02 0 0,05 02 1,32 6212 0 03 05 0,05 08 3,24 7122 0 0 05 3,85 07 5,63 9132 0 01 03 7,14 01 2,91 8242 02 03 03 7,14 04 7,23 1252 0 0 04 3,33 06 9,62 5262 02 01 04 0,05 05 6,43 0272 01 01 01 7,14 02 2,91 9282 02 03 01 3,8 03 2,91 0392 03 03 02 7,66 04 5,83 8103 01 01 04 3,33 05 8,82 32

N 01 01 01 21 01 25

Nº do item

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A Tabela 4 traz a ordem de dificulda-de segundo as porcentagens de acerto naamostra da pesquisa piloto (52 sujeitos)e a ordem definitiva dos itens, estabe-lecida segundo esses resultados e ade-quando as porcentagens de acerto do itemaos tipos de raciocínio empregados nasolução de cada item. É importante con-

siderar que os itens não podem ser orde-nados apenas pelo seu grau de dificulda-de, pois da mesma forma que é feito noteste de Raven, é necessário introduziritens mais fáceis, quando se introduz umnovo raciocínio e depois progressiva-mente a dificuldade vai aumentando denovo.

Tabela 4Nova ordem dos itens, tipo de raciocínio empregado e número original do item.

O item 8 passou a ser o item 9, mes-mo sendo um dos itens com maior di-ficuldade de acertos, porém, com aproposta de modificações no desenho daprópria prancha, de modo a torná-lo me-nos difícil; porque, pela observação dosdesenhos das alternativas, observou-seque uma das alternativas era muito se-

melhante à resposta correta e induzia aoerro, pois estava localizada bem abaixodo espaço em branco da matriz.

Foi realizada a alteração da seqüên-cia inicial proposta pelo autor, confor-me os resultados obtidos na análise deitens feita a partir dos resultados da pes-quisa piloto.

medroavoN odagerpmeoinícoicaredopiT lanigiromedrO1 atercnocarugifotnematelpmoC 12 atercnocarugifotnematelpmoC 23 atercnocarugifotnematelpmoC 34 atercnocarugifotnematelpmoC 55 edadlaugI 66 edadlaugI 97 siatnozirohserapropedadlaugI 48 siacitrevserapropedadlaugI 729 siacitrevserapropedadlaugI 701 acirtémoeg.gif-oãçartbus-aigolanA 4211 .trevserapedadlaugiuoohlepse/aigolanA 2121 otartsbalacitrev-ohlepseaigolanA 2231 siatnozirohsoirtropedadlaugI 0141 .zirohsoirtropedadlaugI .munoinícoicare 4151 .zirohsoirtropedadlaugI lacitrevamose 861 sarugifedaicnânretlA 5171 .zirohsoirtropedadlaugI .munoinícoicare 1181 oirótacifissalcoinícoicaR 3191 oirótacifissalcoinícoicaR 6102 oãçisopedaicnânretA 6212 oirótacifissalcoinícoicaR 7122 odnufedotnematelpmoC 9132 otnemazurcmocodnufedotnematelpmoC 8242 otnemazurcmocodnufedotnematelpmoC 1252 amoS/aigolanA 5262 oãçisopedaicnânretlA 0272 ocirémunoinícoicaR 9282 seõçeridsaud-laicapseoinícoicaR 0392 atercnocamoS 8103 otiefeeasuac-amoS 32

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A Figura 2 ilustra a porcentagem deacerto para cada item na nova ordem, es-tabelecida pelos resultados na análise deitens dos resultados obtidos, para a amos-tra (N = 52).

Nessa nova curva pode-se perceber umatendência global de aumento da dificulda-de dos itens, e que a introdução de um novo

raciocínio com dificuldade menor produ-ziu o efeito esperado, como pode ser obser-vado, por exemplo, para os itens 7 e 12.

Esses resultados foram bastante se-melhantes aos encontrados na pesquisade padronização, indicando a correçãoda ordem final dos itens, proposta a par-tir dessa pesquisa piloto.

Encaminhado em 26/05/03Revisado em 12/11/03

Aceito em 02/12/03

CONCLUSÃO

A pesquisa piloto realizada com o R-2mostrou, conforme os resultados aquiapresentados, ter alcançado seus objeti-vos, pois permitiu a reordenação dositens originalmente propostos pelo autor,segundo a ordem de dificuldade encon-trada numa pequena amostra da popula-ção escolar infantil da cidade de SãoPaulo, dando origem à forma atual doteste. Foram padronizadas as instruçõesde modo que facilitassem a compreen-são da tarefa para todas as faixas etáriasa que o teste se destina (5 a 11 anos),

indicando também que o teste tem poderde discriminação nessa faixa etária. Apartir dos resultados obtidos foi realiza-da a pesquisa de padronização do testeR-2, que possibilitou a sua utilização nomercado, de acordo com a proposta deatentar para o rigor científico e para aadequação à nossa população infantil.O resultado dessa padronização encon-tra-se publicado no Manual do R-2: tes-te não verbal de inteligência (Rosa &Alves, 2000).

Figura 2Porcentagem de acerto dos itens na nova ordem.

Nº do item

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bernstein, J. (1961). Introdución: El test de Raven. In J. C. Raven, Test de Matrices Progresivas:escala general (4a. ed., pp. 13-46). Buenos Aires: Paidós.

Oliveira, R. (1997). Manual do Teste R-2 (para crianças). São Paulo: Vetor. (Ediçãoexperimental).

Oliveira, R., Alves, I. C. B. (1997). R-1 Teste Não Verbal de Inteligência. São Paulo: Vetor.Raven, J., Raven, J. C., & Court, J. H. (1993). Manual for Raven’s Progressive Matrices and

Vocabulary scales: Section 1. Oxford, England: Oxford Psychologists Press.Oliveira, R., Rosa, H. R., & Alves, I. C. B. (2000). R-2: Teste Não Verbal de Inteligência

para crianças. São Paulo: Vetor.