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Dia do Médico Veterinário, 9 de setembro Ano XXVII - Nº 136 - Agosto de 2013 Resultado da fiscalização nos matadouros de Goiás Médico Veterinário no NASF Atenção ao firmar um contrato de RT NESTA EDIÇÃO: www.twitter.com/crmvgo www.facebook.com/crmvgo novo site: www.crmvgo.org.br Saiba mais sobre o Prêmio Médicos Veterinários Destaque promovido pelo CRMV-GO pela primeira vez.

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N 136 Agosto de 2013

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Dia do Médico Veterinário, 9 de setembro

Ano XXVII - Nº 136 - Agosto de 2013

Resultado da fi scalização nos matadouros de GoiásMédico Veterinário no NASFAtenção ao fi rmar um contrato de RT

NESTA EDIÇÃO:

www.twitter.com/crmvgo www.facebook.com/crmvgo novo site: www.crmvgo.org.br

Saiba mais sobre o Prêmio Médicos Veterinários Destaque promovido pelo

CRMV-GO pela primeira vez.

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QuirãoAno XXVIINº 136Agos/2013

Para homenagear o Médico Veterinário, pela passagem do Dia 9 de setembro, recorro a uma citação da saudosa poe-tisa Cora Coralina: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás

o que colher”. Particularmente, gosto mui-to desta frase, singela, porém profunda e que reflete bem a caminhada dos atuais diretores e conselheiros do CRMV-GO na busca por boas colheitas para a Medicina Veterinária goiana. Penso que estamos no caminho certo, entre-tanto, todas as sugestões são bem-vindas. O reconhecimento e valorização de uma catego-ria é consequência do trabalho realizado pelos profissionais que a compõem. O cumprimento de nossas funções como Médicos Veterinários, quer seja no cuidado e promoção da saúde dos animais, na produção com qualidade de ali-mentos para o consumo humano, na prevenção e controle de zoonoses, assim como na garantia do bem-estar animal, são ações que protegem a sociedade e, em especial, valorizam os profis-sionais que integram essa nobre profissão deno-minada Medicina Veterinária.

Os Seminários de Responsabilidade Técni-ca, agora segmentados por área, depois de rees-truturação realizada com o objetivo de oferecer informações e orientações adequadas de acordo com as respectivas áreas de atuação, estão sendo muito elogiados pelos participantes. Também foi realizado importante trabalho de divulgação das atribuições do Médico Veterinário na saúde pú-blica, mais precisamente no NASF, junto a algu-mas prefeituras goianas. Nesta edição do Quirão mostramos o resultado deste trabalho e também informações fundamentais para a atuação do Médico Veterinário neste núcleo.

Outra ação importante divulgada nesta edição é o relatório sobre as condições de fun-cionamento dos matadouros e frigoríficos no Estado de Goiás, resultado de um diagnóstico realizado em parceria com o MAPA, AGRO-DEFESA e Vigilâncias Estadual e Municipais. Nós, Médicos Veterinários, temos o dever de zelar pela saúde da população, através do traba-lho competente, ético e responsável para garan-tir a qualidade dos produtos de origem animal colocados à disposição do consumidor. Infeliz-

mente, algumas situações não revelam esta se-riedade e o CRMV-GO existe para exercer bem o seu papel fiscalizatório e, não tenham dúvi-das, o Conselho está cumprindo esta atribuição da melhor forma possível. O relatório completo desta ação está disponível em www.crmvgo.org.br. É de extrema relevância que os Médicos Veterinários que atuam como RTs nessa área, assim como os inspetores dos SIF, SIE e SIM estejam imbuídos das suas responsabilidades e consigam enxergar a abrangência e o impacto de suas funções, especialmente naquilo que se refere a outros segmentos interessados em camuflar as suas responsabilidades e, em espe-cial, denegrir a imagem do Médico Veterinário.

Retornando às homenagens, este ano, pela primeira vez, promoveremos o Prêmio Médi-cos Veterinários Destaque, com o objetivo de homenagear alguns profissionais que se desta-caram em várias áreas de atuação. Veja no site a lista dos indicados em cada categoria. O prêmio será entregue aos escolhidos durante jantar por adesão a ser realizado no Clube Antônio Ferrei-ra Pacheco, em Goiânia, no dia 13 de setembro. Esperamos contar com a participação dos cole-gas e esperamos que todos apreciem essa forma de comemoração do Dia do Médico Veteriná-rio. No próximo ano a intenção é novamente promover o Encontro dos Médicos Veterinários do Estado de Goiás, que em 2012 contou com ampla participação dos profissionais e foi um sucesso.

Por último, quero parabenizar os cerca de cinco mil Médicos Veterinários em atuação no Estado de Goiás e ressaltar que nosso trabalho é essencial para que a população tenha segu-rança consumindo alimentos de qualidade, para a promoção da sanidade e bem-estar animal e para o desenvolvimento de bons projetos nas diversas áreas de atuação do Médico Veteri-nário, que deve ser lembrado como um profis-sional presente no dia a dia de todos. Somos uma profissão importante e com força de tra-balho fundamental para a saúde pública, para o agronegócio, para o planejamento das cidades, para a economia goiana e para a vida. Devemos nos valorizar e investir cada vez mais em nossa profissão porque a colheita é de todos nós.

Parabéns Médico Veterinário!

Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira FilhoPresidente do CRMV-GO

Av. Universitária nº 2169 - St. Leste UniversitárioCEP 74610-100 - Goiânia-GO

Fone/Fax: (62) 3269-6500E-mail: [email protected]

www.twitter.com/crmvgowww.facebook.com/crmvgo

www.crmvgo.org.br

PresidenteMéd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho

CRMV-GO 0438

Vice-presidenteZoot. Elis Aparecido Bento

CRMV-GO 0254/Z

Secretária-geralMéd. Vet. Ingrid Bueno Atayde

CRMV-GO 2738

TesoureiroMéd. Vet. Rafael Costa Vieira

CRMV-GO 5255

Conselheiros EfetivosMéd.Vet. Olízio Claudino da Silva

CRMV-GO 0547 Zoot. Fernando José dos Santos Dias

CRMV-GO 0276/ZMéd. Vet.Cidervane Rabelo da Pascoa

CRMV-GO 2004Méd. Vet. Luciano Schneider da Silva

CRMV-GO 2765 Méd. Vet. Edward Robinson Lacerda

CRMV-GO 1232 Méd. Vet. Arthur Francisco Júnior

CRMV-GO 1751

Conselheiros SuplentesMéd. Vet. Suelene Maria de Sousa

CRMV-GO 2194Méd. Vet. Sibele Martins Chaves Rauh

CRMV-GO 2157Méd. Vet. Marcius Ribeiro de Freitas

CRMV-GO 0973Méd. Vet. Renato Jácomo Pacheco

CRMV-GO 5192Méd. Vet. Valdir Cardoso Martins

CRMV-GO 0949Méd. Vet. Kallinka Susan Oliveira de Paula

CRMV-GO 3375

A mitologia grega relata que a medicinados animais teria sido descoberta pelo

Centauro Quirão (Chiron), figura metadehomem, metade animal, filho de Saturno eda ninfa Fílira. Em sua mão direita conduz aserpente e o bastão, atributos de Esculápio,

seu discípulo, símbolo da arte de curar.

Jornalista responsável:Denise Duarte - Reg. Prof. GO 917-JP

Edição on-line: César Augusto dos SantosFotos: Denise Duarte

Contato com a Redação:Assessoria de Comunicação do CRMV-GO

(62) 3269-6531/[email protected]

Programação visual:Cir Gráfica

Tiragem: 9.000 exemplaresPeriodicidade: bimestral

Impressão:Cir Gráfica e Editora Ltda.

Fone: (62) 3202-1150 - Goiânia - GO

EDITORIAL

Medicina Veterinária: uma profissão em prol da sociedade

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QuirãoAno XXVIINº 136Agos/2013

VET GIRO

Alunos aprendem sobre Zoonoses Urbanas

Nos dias 10 e 11 de junho acadêmicos de Medicina Ve-terinária da Universidade de Rio Verde (UniRV) estiveram em duas escolas municipais do município de Santo Antônio da Barra para ministrar palestras sobre as principais zoonoses urbanas. O DVD Posse Res-ponsável, criado pelo CRMV-

-GO, foi utilizado na didáti-ca com os alunos do ensino fundamental. A atividade foi uma extensão do 8° período do curso e esteve sob o comando do professor Dr. José Ribamar Privado Filho, coordenador do curso de Medicina Veterinária da universidade e também con-selheiro do CRMV-GO.

Posse Responsável

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiás (SMS/GO) em parceira com o Conselho Regio-nal de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO), Rede Vet e Anclivepa-GO lançaram a cam-panha “Amigo Legal cuida bem do seu animal”, no último dia 7

de julho, no Parque Flamboyant, em Goiânia. O evento contou com mais de 20 colaboradores, dentre médicos veterinários, agentes de saúde e educadores, que durante uma “cãominhada”, chamaram a atenção das pes-soas sobre a posse responsável de animais. Outras ações foram realizadas no local como ado-ção de cães e gatos, brincadei-ras com crianças e distribuição de brindes. Veja as fotos deste evento em Galeria de Fotos no site www.crmvgo.org.br e tam-bém pelo www.facebook.com/crmvgo (Fotos).

Resolução Nº 1015 entrará em vigor somente em fevereiro de 2014

O Conselho Federal de Me-dicina Veterinária prorrogou o prazo para a entrada em vigor da Resolução nº 1015, que versa sobre novos critérios para o fun-cionamento de estabelecimento veterinários. A norma, que vige-ria a partir de agosto de 2013, só terá efeito em fevereiro de 2014. A decisão foi tomada na 258ª Reunião Plenária, que aconte-ceu no final do mês de Junho, na sede do CFMV, em Brasília. O objetivo é dar um tempo maior para que as clínicas e hospitais se adaptem às novas diretrizes O texto altera a Resolução n° 670 de 2000, e estabelece atu-alizações para acompanhar as mudanças do mercado, garantir melhores condições de atendi-mento aos animais, acompanhar o desenvolvimento do conhe-

cimento e da tecnologia, como também alinhar-se à legislação sanitária vigente. Além de outras alterações, o dispositivo amplia a exigência de equipamentos ne-cessários para o setor cirúrgico, o qual deverá ser dividido em sala de preparo de paciente, sala de assepsia, sala de lavagem e esterilização de materiais, uni-dade de recuperação anestésica e sala cirúrgica. “Como se tra-ta de modificações na estrutura física dos locais, achamos por bem ampliar o prazo para que os proprietários possam obedecer às exigências feitas pelo CFMV em tempo hábil”, justifica o Pre-sidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda.

(Assessoria de Comunicação – CFMV)

SOGOVE Restaurada

No último dia 30 de agosto aconteceu eleição para nova di-retoria da Sociedade Goiana de Veterinária (SOGOVE). Cerca de 40 profissionais participaram do pleito, que teve chapa única

encabeçada pelo Méd. Vet. João Luiz Lopes. O processo eleitoral aconteceu na sede do CRMV--GO. Na próxima edição do Qui-rão vamos falar mais sobre os projetos e ações desta entidade.

Proteção do Trabalho dos Profissionais de Saúde

O 1° Congresso Internacio-nal de Proteção do Trabalho dos Profissionais de Saúde acontece em Goiânia-GO entre os dias 18 e 20 de setembro. O tema será a segurança dos potencial-mente expostos aos riscos ocu-pacionais causados por agentes biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e psicossociais. Informações pelo www.gosites.com.br/congressodeprotecaona-saude ou pelo (62)3215-2076. Inscrições abertas.

Foto: Divulgação UniRV

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FIQUE POR DENTRO

Animais de Estimação vão entrar no censo do IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a incluir os animais de estimação em seus levantamentos a partir de 2014. Os dados farão parte da Pesquisa Nacional de Saúde (a PNS, encomendada pelo Ministério da Saúde). Atual-mente, não há dados oficiais sobre quantos são os cães, ga-tos, pássaros, roedores, pei-xes e répteis domésticos no Brasil. A indústria tem apenas uma estimativa com base em informações sobre a venda de rações. Os levantamentos ser-virão, por exemplo, para que o governo defina políticas mais específicas para a saúde animal, como campanhas de combate à raiva.

O presidente da Associa-ção Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson Galvão de França, e o coordenador de inteligência de mercado da associação, André Ferreira, aproveitaram a aproximação com o institu-to para convidar a gerente da PNAD, Maria Lúcia França Vieira, a integrar a Câmara

Setorial da Cadeia Produ-tiva de Animais de Estima-ção (CSPet), foro vinculado ao Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Maria Lúcia fará uma apresentação sobre a pesquisa PNS na reunião da Câmara no mês de setembro deste ano.

Para o presidente da As-sociação Nacional dos Clíni-cos Veterinários de Pequenos Animais – seção Goiás (An-clivepa-GO), Méd. Vet. Ro-naldo Medeiros de Azevedo, o censo será muito impor-tante para definir políticas públicas para o setor e saber, realmente, quantos animais de estimação o Brasil possui e como estão distribuídos. O presidente da Associação das Clínicas Veterinárias de Goiás (Rede Vet), Méd. Vet. Wanderson Alves Ferreira, também membro da Câmara Pet do Mapa, ressaltou que os animais são membros da família atualmente, e por isso, devem ser registrados para que as ações do segmen-to sejam bem estruturadas e planejadas. www.twitter.com/crmvgo

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Programação dos Seminários de Responsabilidade Técnica – 2º Semestre 2013

Qualquer dúvida ou informação, entre em contato com a Coordenadora Técnica, no fone: 62 3269-6527 ou email: [email protected]

PROGRAME-SE!

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE LOCAL

AGOSTO 09 Goiânia Básico Auditório CRMV-GO

NOVEMBRO 22 Jataí Básico Campus UFG

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE ÁREA LOCAL

AGOSTO 23 Caldas Novas

Avançado Clínicas, Consultórios

A definir

SETEMBRO 20 Rio Verde Avançado Comércio de Produtos

Agropecuários

FESURV

OUTUBRO 18 Goiânia Avançado Fábrica de Ração

Auditório CRMV-GO

29 Anápolis Avançado Clínicas, Consultórios

A definir

NOVEMBRO 08 Goiânia Avançado Leilão Auditório CRMV-GO

DEZEMBRO 03 Anápolis Avançado Comércio de produtos

Agropecuários

A definir

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE LOCAL

SETEMBRO 20 e 21 Rio Verde Curso Técnico para RT’s da

Indústria Láctea

FESURV

Programação dos Seminários de Responsabilidade Técnica – 2º Semestre 2013

Qualquer dúvida ou informação, entre em contato com a Coordenadora Técnica, no fone: 62 3269-6527 ou email: [email protected]

PROGRAME-SE!

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE LOCAL

AGOSTO 09 Goiânia Básico Auditório CRMV-GO

NOVEMBRO 22 Jataí Básico Campus UFG

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE ÁREA LOCAL

AGOSTO 23 Caldas Novas

Avançado Clínicas, Consultórios

A definir

SETEMBRO 20 Rio Verde Avançado Comércio de Produtos

Agropecuários

FESURV

OUTUBRO 18 Goiânia Avançado Fábrica de Ração

Auditório CRMV-GO

29 Anápolis Avançado Clínicas, Consultórios

A definir

NOVEMBRO 08 Goiânia Avançado Leilão Auditório CRMV-GO

DEZEMBRO 03 Anápolis Avançado Comércio de produtos

Agropecuários

A definir

MÊS DIA CIDADE MODALIDADE LOCAL

SETEMBRO 20 e 21 Rio Verde Curso Técnico para RT’s da

Indústria Láctea

FESURV

Foto: Divulgação

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PARABÓLICA

Manutenção da Anotação de Responsabilidade Técnica para Granjas Avícolas

Atenção ao firmar um Contrato de Responsabilidade Técnica

Segundo a Resolução CFMV nº 947 de 26 de março de 2010, os estabelecimentos avícolas compreendidos entre os de reprodução e produção co-mercial devem possuir junto ao Conselho Regional de seu esta-do de origem registro e Anota-ção de Responsabilidade Técni-ca homologada.

Os estabelecimentos avíco-las de reprodução, quando inte-grados a empresas avícolas, te-rão seus registros independentes e, para efeito de homologação, a Anotação de Responsabilidade Técnica poderá ser vinculada à empresa integradora, através de seus contratos de parceria. Os estabelecimentos avícolas de re-produção, de linha pura, bisavo-seiros, avoseiros, incubatórios, produtores de aves e ovos livres de patógenos – SPF e produto-

res de ovos controlados para produção de vacinas inativadas deverão manter, em tempo inte-gral, no mínimo 1 (um) Médico Veterinário como Responsável Técnico.

O Médico Veterinário Res-ponsável Técnico poderá aten-der até 20 (vinte) propriedades, como prestador de serviços, de granjas matrizeiras, de recria e produção e de postura comer-cial. Segundo o parágrafo ter-

ceiro da Resolução CRMV-GO nº 475, de 21 de novembro de 2011, as granjas de produção comercial sob regime de inte-gração com empresas avícolas, terão seus dados e quantitativo de aves inclusos em anexo à Anotação de Responsabilida-de Técnica celebradas entre o médico veterinário e a empresa integradora.

Vários questionamentos surgiram frente à nova Instru-

ção Normativa nº 36 de 06 de dezembro de 2012, publicada pelo Ministério da Agricultura (MAPA), que altera a Instrução Normativa nº 56 de 04 de de-zembro de 2007. Esta nova ins-trução prevê que para registro da empresa junto ao MAPA não há necessidade de apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica, como previa a IN nº 56/2007 e sim de uma declara-ção do médico veterinário como responsável técnico pelo contro-le sanitário do estabelecimento avícola. Mas para emissão desta declaração, o profissional preci-sa da homologação da Anotação de Responsabilidade Técnica para formalizar contrato entre o profissional e empresa. Mais in-formações na Coordenação Téc-nica do CRMV-GO pelo (62) 3269-6527.

Segundo a Resolução nº 461, de 21 de Dezembro de 2007, o ar-tigo 3º descreve que o desempe-nho da atividade de responsável técnico dar-se-á com carga horá-ria mínima de seis horas sema-nais por empresa, de acordo com a atividade e a produção diária da mesma, respeitando 1,2 salário mínimo.

No momento de firmar um contrato de Responsabilidade Técnica, o profissional deve aten-tar-se que esse não é um mero documento. Nele existem dados que devem ser observados atenta-mente, já que funciona como um contrato. Um deles é a carga ho-rária estipulada para a atividade, que deve ser cumprida, devendo o empresário requerer o cum-primento pelo profissional. Se a

carga horária for descumprida, o empresário poderá denunciar a conduta do profissional ao CR-MV-GO.

Importância da AtividadeO Conselho Regional de Me-

dicina Veterinária do Estado de Goiás se opõem a ideia de “que o RT assina para determinada em-presa”. De acordo com a Méd.

Vet. Raquel de Sousa Braga, co-ordenadora técnica do CRMV--GO, a responsabilidade técnica é uma atividade muito importan-te no âmbito de uma profissão, já que o RT é o profissional que tem a obrigação de garantir ao consumidor a qualidade do pro-duto final ou do serviço prestado, respondendo por eventuais danos

que possam ocorrer ao consumi-dor decorrente de sua conduta profissional.

PenalidadesEla complementa ainda que

uma vez caracterizada a culpa do profissional, seja por negligên-cia, imprudência, imperícia ou omissão, este poderá ser penali-zado e as punições variam desde uma advertência até a cassação do exercício profissional. No desempenho de suas atividades o RT está sujeito à ampla legis-lação, respondendo no âmbito civil, criminal e ético-profissio-nal. Mais informações sobre as anotações de responsabilidade técnica podem ser obtidas pelo (62) 3269-6527, com a coordena-dora técnica, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga.

Foto: Divulgação

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ESPECIAL

Jantar em homenagem ao Médico Veterinário

O CRMV-GO promove um jantar em homenagem ao Médico Veterinário no dia 13 de setembro no Clube Antônio Ferreira Pacheco, a partir das 19h30. Os ingressos estão à venda no conselho regional no valor de R$ 50,00 por pessoa. Na oportunidade será entregue o Prêmio Médico Veterinário Destaque nas seguintes cate-gorias:

1 – Clínica Médica e Ci-rúrgica Animal

2 – Saúde Pública e Sani-dade Animal

3 – Produção de Ruminan-tes

4 – Produção de Monogás-tricos

5 – Empreendedorismo no Agronegócio

6 – Ensino e PesquisaAs indicações acontece-

ram até o dia 18 de agosto pelo site www.crmvgo.org.br e os

nomes foram analisados por uma comissão julgadora, con-forme publicamos na última edição do Quirão. De acordo com o presidente do CRMV--GO, Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho, este jantar é uma forma de homenagear o Dia do Médico Veterinário, celebrado em 9 de setembro. “Quero parabenizar os mais de 5 mil Médicos Veterinários inscritos em Goiás”, ressaltou o presidente do CRMV-GO ao lembrar a importância deste profissional nas diversas áre-as, como por exemplo, saúde pública e no contexto do agro-negócio, que move a econo-mia goiana. No próximo ano, segundo ele, a ideia a realizar novamente o Encontro dos Médicos Veterinários, evento promovido em 2012 com am-pla participação dos profissio-nais, uma forma de investir em Educação Continuada, segun-do Benedito Dias de Oliveira Filho.

É importante ressaltar as diversas áreas de atuação do Médico Veterinário, profissio-nal que além de cuidar dos ani-mais, cuida também do bem--estar e da saúde das pessoas.

• Clínica de pequenos, mé-dios e grandes;

• Hospital veterinário;• Pesquisa animal;• Laboratórios de produtos

veterinários;• Nutrição terapêutica;• Bioterrorismo;• Saúde pública;• Defesa sanitária animal;• Vigilância sanitária;• Experimentação animal;• Biotérios;• Zoológicos;• Desastres humanos e natu-

rais;• Comércio de produtos vete-

rinários;• Matadouros e Frigoríficos• Medicina veterinária espor-

tiva;• Laticínios;• Vigilância ambiental;• Laboratórios de diagnósti-

cos;• Responsabilidade Técnica;• Tecnologia de produtos de

origem animal;• Nutrição animal;• Produção animal;• Laboratório de manipulação

de medicamento e produtos de embelezamento;

• Laboratório de controle de resíduos de medicamentos e metais pesados;

• Laboratório de análise de produtos químicos e biológi-cos;

• Magistério;• Fomento;• Direção técnica de estabele-

cimentos industriais;• Perícia administrativa;• Perícia judicial;• Reprodução animal;• Pesquisa biológica;• Laboratório de análise de

alimentos;• Tecnologia de produtos de

origem animal;• Consultoria (urbana, rural e

internacional);• Análise de impacto no meio

ambiente;• Casas que comercializam

produtos veterinários;• Fábricas de ração;• Biotério;• Protocolo multiprofissional;• Fábrica de conservas de car-

ne e de pescado;• Entrepostos de carne, leite,

peixe, ovos, mel e cera;• Cursos de medicina veteri-

nária;• Empresas de controle domi-

-sanitários;• Piscicultura, ranicultura, e

demais culturas;• Feiras, leilões e vaquejadas.

Veja as peças da campanha 2013 produzida pelo CFMV, com adaptações feitas pelo CRMV-GO.

Nome: Wilian Pires de Oliveira

Profissão: Médico Veterinário

Registro Profissional: CRMV-GO 1065

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QuirãoAno XXVIINº 136Agos/2013

ESPECIAL

Médicos Veterinários e Zootecnistas podem atuar na Defensoria Dativa do CRMV-GO

Profissionais devidamen-te registrados e em dia com a tesouraria nesta autarquia podem atuar na defensoria dativa dos processos éticos do CRMV-GO. De acordo com a Resolução nº 479 de 01 de ju-lho de 2013, o defensor dativo tem a incumbência de realizar a defesa quando o denuncia-do não for encontrado ou não

oferecer defesa. A designação do defensor

dativo é amplamente demo-cratizada, pois recairá sobre os profissionais que se ins-creverem na Lista de Defen-sores Dativos do CRMV-GO. O valor da remuneração será de R$ 400,00 por processo. O pagamento ocorrerá após o trânsito em julgado da decisão

em processo ético disciplinar, independente de o denuncia-do ter ou não sido condenado, mediante emissão de cheque nominal ao Defensor Dativo. Informações completas da Re-solução CRMV-GO n° 479 po-dem ser obtidas no menu Le-gislação no site www.crmvgo.org.br. Os interessados podem acessar o site para inscrições.

Nota de Apoio

O Conselho Regio-nal de Medicina Veteri-nária de Goiás, por seu presidente, em razão da recente nomeação do novo Secretário de De-fesa Agropecuária do Ministério da Agricul-tura, manifesta apoio ao Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agrope-cuários, pois entende que o cargo deve ser ocupado por técnico de carreira do MAPA, em virtude da previsão legal contida no artigo 5°, alínea “d” da Lei n° 5.517/68, que pre-vê ser privativo ao Mé-dico Veterinário o plane-jamento e a execução da defesa sanitária animal.

Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho

Presidente do CRMV-GO

Nome:

Márcia Cristina Barnabé

Profissão:

Médica Veterinária

Registro Profissional:

CRMV-GO 1843

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QuirãoAno XXVIINº 136Agos/2013

FISCALIZAÇÃO

Resultado da fiscalização nos matadouros de GoiásEm função de denúncias vei-

culadas na mídia nacional sobre as condições sanitárias dos matadou-ros e frigoríficos no Estado de Goiás e ainda por recomendação do Con-selho Federal de Medicina Veteriná-ria (CFMV), o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO) realizou uma fiscali-zação especial nos meses de maio, junho e julho para levantamento de um diagnóstico sobre as condições destes estabelecimentos e principal-mente sobre a atuação do Médico Veterinário responsável técnico nes-ses locais.

É importante lembrar que a pe-cuária constitui uma das principais fontes de renda para a economia goiana, contribuindo de forma deci-siva para o superávit das contas es-tadual e nacional. O Estado possui o quarto maior rebanho bovino bra-sileiro, representando aproximada-mente 10% do rebanho total do país. No ano de 2012 foram abatidas 31,1 milhões de cabeças em todo o país, sendo que Mato Grosso, Mato Gros-so do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pará e Rondônia, lideraram os abates, representando 70,6% do total de abates no País.

Dentro da indústria da carne há dois profissionais de suma impor-tância: o Médico Veterinário Inspe-tor Oficial e o Médico Veterinário Responsável Técnico.

A Lei nº 1.283, de 18 de dezem-bro de 1950, estabelece a obrigato-riedade da prévia inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal. Esta mesma lei determina que nenhum estabelecimento indus-trial ou entreposto de produtos de origem animal poderá funcionar no país sem que esteja previamente re-gistrado no órgão competente para a fiscalização da sua atividade. Nestes termos temos:

Art. 1° É estabelecida a obri-gatoriedade da prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos dos produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, sejam ou não adiciona-dos de produtos vegetais, prepara-dos, transformados, manipulados, recebidos, acondicionados, deposi-tados e em trânsito.

Art. 7° Nenhum estabeleci-

mento industrial ou entreposto de produtos de origem animal poderá funcionar no País, sem que esteja previamente registrado no órgão competente para a fiscalização da sua atividade, na forma do art. 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.889, de 1989).

O Art. 5° da Lei n.º 5.517/68, que dispõe sobre o exercício da profissão de Médico-Veterinário, no seu Capítulo II “Do Exercício Profissional”, define a competência privativa do Médico Veterinário, bem como o exercício de atividades e funções. Assim temos:

Art. 5º É da competência pri-vativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Esta-dos, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista e particulares:

e) a direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, sempre que possível, dos comer-ciais ou de finalidades recreativas, desportivas ou de proteção onde es-tejam, permanentemente, em expo-sição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem;

f) a inspeção e a fiscalização sob o ponto-de-vista sanitário, hi-giênico e tecnológico dos matadou-ros, frigoríficos, fábricas de conser-vas de carne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em que se em-pregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de lacticínios, en-trepostos de carne, leite peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indústria pecuária e, de um modo

geral, quando possível, de todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização;

O Médico Veterinário Inspetor é o profissional contratado por uma das três esferas governamentais, sendo ele o responsável pela fis-calização rigorosa da carcaça, das miudezas e das carnes, assim como também do processo industrial. A inspeção refere-se ao ato de obser-var ou examinar, à busca de situa-ções anormais que, de alguma ma-neira, condicionem ou impeçam o aproveitamento do produto ou ma-téria-prima para o consumo huma-no. A inspeção sanitária de carnes realizada em abatedouros desempe-nha atividades preventivas da mais alta relevância para a saúde pública, pois afasta do mercado consumidor carnes impróprias para o consumo ou que possam ser potencialmen-te prejudiciais a saúde humana. As inspeções atestam a qualidade sa-nitária dos produtos, que quando aprovados, recebem o carimbo e autorização para a comercialização.

Já o Médico Veterinário Res-ponsável Técnico (RT) contratado pela empresa deve atuar em con-junto com o inspetor, auxiliando a empresa com seu conhecimento técnico no processo produtivo, na capacitação de funcionários, com orientações de aquisição de maté-rias-primas, na atenção para con-trole da qualidade dos produtos e pontos críticos de contaminação e da notificação, quando necessário, às autoridades sanitárias.

A ação de inspeção, sanitária e industrial, é de responsabilidade do

Médico Veterinário Inspetor Oficial e também do Médico Veterinário Responsável Técnico, mas não exime a responsabilidade do pro-prietário industrial pela qualidade e segurança do produto ofertado à sociedade, conforme o Art. 12, Se-ção II, Capítulo IV da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), como transcrito abaixo:

SEÇÃO IIDa Responsabilidade pelo Fato

do Produto e do ServiçoArt. 12. O fabricante, o pro-

dutor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respon-dem, independentemente da exis-tência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresenta-ção ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informa-ções insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

Neste sentido tem-se também o Anexo do Decreto n° 5.741, de 30 de março de 2006, que no seu Art. 2° e Parágrafos 3° e 4° estabelecem a responsabilidade legal pela produ-ção e oferta de produtos e insumo. Assim:

Art.° As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade agropecuária, especialmente os relacionados com as responsabilidades dos produto-res, dos fabricantes e das autori-dades competentes, com requisitos estruturais e operacionais da sani-dade agropecuária.

§3° Os produtores rurais, in-dustriais e fornecedores de insu-mos, distribuidores, cooperativas e associações, industriais e agroin-dustriais, atacadistas e varejistas, importadores e exportadores, em-presários e quaisquer outros ope-radores do agronegócio, ao longo da cadeia de produção, são respon-sáveis pela garantia de que a sa-nidade e a qualidade dos produtos de origem animal e vegetal, e a dos insumos agropecuários não sejam comprometidas.

§4° A realização de controles

Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Raquel de Sousa Braga, apresentando o relatório da fiscalização nos matadouros.

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FISCALIZAÇÃO

oficiais nos termos deste Regula-mento não exime os participantes da cadeia produtiva da responsabi-lidade legal e principal de garantir a saúde dos animais, a sanidade dos vegetais, a segurança, a qualidade e a identidade dos produtos de ori-gem animal e vegetal, e dos insumos agropecuários, nem impede a reali-zação de novos controles ou isenta da responsabilidade civil ou penal decorrente do descumprimento de suas obrigações.

A ação do CRMV-GO foi defla-grada da seguinte forma: primeira-mente, ocorreram visitas aos estabe-lecimentos denunciados em matéria jornalística veiculada em mídia na-cional, localizados em Goiás, para verificar as condições de funcio-namento dos mesmos. Nessa visita preliminar, que ocorreu no período de 16 a 18 de abril, houve a partici-pação de pessoal técnico, Médicos Veterinários, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODE-FESA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do CRMV-GO.

Num segundo momento, o CRMV-GO levando em considera-ção os fatos analisados na primeira visita e em decorrência de recomen-dação do CFMV, empreendeu uma segunda etapa da ação fiscalizatória, dessa vez abrangendo todas as em-presas (matadouros) cadastradas no CRMV-GO e naquelas integrantes da lista de empresas visitadas pela “ONG Amigos da Terra”, responsá-vel pelas denúncias na mídia. A ação fiscal ocorreu entre maio e julho de 2013 e foi realizada pelos agentes fiscais do CRMV-GO. Nessa ação foi verificada a documentação legal da empresa, a presença dos Médi-cos Veterinários (Inspetores Ofi-ciais e Responsáveis Técnicos) no momento do abate, observação dos aspectos estruturais dos matadouros e de higiene dos funcionários, loca-lização e proximidade com cursos d’água, descarte de resíduos, sani-ficação da água de abastecimento industrial, ente outras. Foram rela-cionadas 83 empresas, divididas em áreas geográficas e utilizado como roteiro de trabalho um formulário tipo check list.

Durante os trabalhos de fisca-lização foram visitados 83 mata-douros, sendo que 07 estavam com suas atividades paralisadas. Dos 76 matadouros em atividade, 07 (sete)

estavam sob regime do Serviço de Inspeção Municipal - SIM, 48 (qua-renta e oito) do Serviço de Inspeção Estadual - SIE e 21 (vinte e um) do Serviço de Inspeção Federal –SIF (conforme informações colhidas no momento da fiscalização). Em 63 (83%) desses estabelecimentos a fiscalização do CRMV-GO ocor-reu durante os trabalhos de abate dos animais. Em 13 (17%) estabe-lecimentos a fiscalização não pode ser realizada no momento do abate. Dos 76 matadouros fiscalizados, em 05 (7%) não foi permitida a entrada do agente fiscal do CRMV-GO.

Dos sete estabelecimentos com informação de que funcionavam sob regime de inspeção municipal (SIM), apenas três apresentaram le-gislação regulamentadora do Servi-ço. Os estabelecimentos localizados nos municípios de Itapuranga, Ita-beraí, Pontalina e Corumbaíba não apresentaram ao agente fiscal do CRMV-GO a documentação legal do SIM. Nesses estabelecimentos não foram constatadas a presença no local do Médico Veterinário ins-petor oficial, durante a visita/fisca-lização.

Em sete (9%) dos 76 estabe-lecimentos visitados e em ativida-de industrial foi constatado que os mesmos não possuíam Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CRMV-GO, portanto em descon-formidade com a legislação vigente. Esses estabelecimentos foram autu-ados no momento da fiscalização.

Os resultados encontrados de-monstram que há necessidade de melhorias do processo produtivo em todas as esferas de inspeção ofi-cial: municipal, estadual e federal. Quer sejam nos aspectos higiênicos de produção, quer sejam nos aspec-tos estruturais dos estabelecimentos visitados.

Os estabelecimentos que não apresentaram ao agente fiscal do CRMV-GO a documentação legal do SIM, e que não foi constatada a presença do Médico Veterinário inspetor oficial no local, deverão ser objeto de atenção das autoridades responsáveis. Confirmada a inexis-tência de regulamentação sanitária legal, pode estar configurada uma situação de funcionamento sem a devida inspeção sanitária, portanto, de forma clandestina do ponto de vista higiênico-sanitário, acarretan-do potencial risco à saúde pública

pelo consumo dos alimentos produ-zidos no local.

Os Médicos Veterinários Res-ponsáveis Técnicos, em muitas das situações constatadas, não estão de-sempenhando suas funções técnicas em conformidade com a legislação vigente.

Quanto ao trabalho desenvol-vido pelos Médicos Veterinários Inspetores Oficiais, foram constata-das deficiências em relação ao cum-primento das normas que regem os trabalhos de inspeção e fiscalização que estão sob a responsabilidade das autoridades sanitárias munici-pal, estadual e federal. Essas entida-des deverão ser notificadas para que ações sejam desenvolvidas visando à manutenção das condições míni-mas necessárias para a obtenção de produtos seguros ao consumo (em conformidade, identidade e inocui-dade).

Além dos aspectos legais de saúde pública, soluções deverão ser encontradas pelos diversos agentes da cadeia produtiva, visando à re-gularização dos procedimentos ina-dequados constatados, em beneficio da sociedade e da sustentabilidade ambiental dessa atividade industrial.

Diante do cenário apresentado, o CRMV-GO recomenda:

a) Melhoraria a capacitação do profissional Médico Veterinário Inspetor Oficial e o Médico Veteri-nário Responsável Técnico, através de ações de educação continuada promovidas pelos órgãos fiscaliza-dores e reguladores (CRMV-GO, AGRODEFESA, MAPA, Prefeitu-ras Municipais).

b) Convocação todos esses profissionais RT, para tratar de as-suntos referentes às suas atividades e propor medidas visando à correção das não conformidades. Também será realizada análise da atuação desses profissionais para averiguar se houve omissão dos mesmos, sen-do confirmada, poderá ser instaura-do processo ético-disciplinar.

c) Solicitação aos órgãos fiscalizadores, dos três níveis de inspeção, a tomada de ações para correção das inconformidades cons-tatadas.

d) Opção de adesão ao Sis-tema Único de Atenção à Sanida-de Agropecuária (SUASA). Lei n° 8.171/1991 – Que dispõe sobre a po-lítica agrícola e Dec. Nº 5.741/2006 que organiza o Sistema Unificado

de Atenção à Sanidade Agropecuá-ria e dá outras providências.

e) Incentivo a instituição de consórcios municipais para cons-trução de matadouros regionais e implantação de sistemas regionais de inspeção sanitária (consórcios intermunicipais).

f) Criação de uma Comissão Interinstitucional (Fórum) sob co-ordenação do CRMV-GO, para dis-cussão e avaliação dos serviços de inspeção, envolvendo civis e gover-namentais, como: AGRODEFESA; MAPA; Ministério Público Estadu-al e Federal; Sistemas de Vigilância Sanitária (Municipal e Estadual); Associação Goiana de Municípios – AGM; Federação das Indústrias de Goiás – FIEG; Órgãos de Defesa do Consumidor; Sindicatos Patronais e outros.

g) Mobilização do Ministé-rio Público para realização de con-cursos públicos para contratação de Médicos Veterinários inspetores do Serviço Oficial de Inspeção e fiscais da Vigilância Sanitária, nas três es-feras de administração (municipal, estadual e federal), bem como para eventuais ações junto aos empresá-rios e/ou entidades representativas.

h) Realização campanhas educativas para a população infor-mando sobre o consumo de alimen-tos seguros e “legalizados”.

i) Conscientização das enti-dades patronais sobre a sua respon-sabilidade no processo produtivo de alimentos seguros.

j) Inserção do Sistema CFMV/CRMV’s como agente mo-tivador do processo de estruturação de um sistema de inspeção de pro-dutos de origem animal e insumos pecuários, de âmbito nacional, com vistas a dar segurança ao consumo desses produtos e ao uso sustentável de produção, em benefício da vida e ao meio ambiente e em conformida-de com a legislação federal.

Este relatório foi apresentado no último dia 14 de agosto durante reunião entre CRMV-GO, Minis-tério Público Federal e Estadual, Mapa, Agrodefesa e Vigilância Sa-nitária Estadual. Várias ações foram discutidas e estão sendo planejadas para execução ainda este ano, in-clusive uma campanha de escla-recimento para a população sobre o consumo consciente de carne. Acompanhe mais informações pelo www.crmvgo.org.br.

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FIQUE POR DENTRO

CRMV-GO cobra mais médicos veterinários no NASF

Ações do Médico Veterinário nos territórios atendidos pelo NASF

O presidente do CRMV--GO, Benedito Dias de Oliveira Filho, e a Comissão de Saúde Pública do conselho regional receberam o prefeito de Silvâ-nia, José da Silva Faleiro, no último dia 2 de julho na sede da autarquia federal para tratar da questão do médico veterinário no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Em agosto, o presidente do CRMV-GO e a Comissão de Saúde Pública vi-sitaram o prefeito de Corumba-íba, Romário Vieira da Rocha, e de Trindade, Jânio Darrot, para divulgar aos gestores mu-nicipais como o médico vete-rinário pode colaborar com o programa, que foi reformulado

em 2011. Os prefeitos recebe-ram material informativo sobre o assunto e se comprometeram com a causa, já que são todos médicos veterinários. O NASF

é constituído por equipes com-postas por profissionais de dife-rentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profis-

sionais das unidades de aten-ção básica, contribuindo para a integralidade do cuidado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), compartilhando as práticas e saberes em saú-de, intervindo em problemas e necessidades, em termos sani-tários e ambientais, dentro dos territórios sob responsabilidade dessas equipes. Neste sentido, o reconhecimento da Medici-na Veterinária como profissão da área de saúde (Resolução CNS n° 287/98) e a inclusão do Médico Veterinário no NASF (Portaria GM/MS n° 2488/11) incorporam o importante papel desse profissional na constru-ção da atenção básica no SUS.

- Visitas domiciliares para o diagnóstico de riscos envol-vendo o homem, animais e o ambiente.

- Prevenção, controle e diagnóstico situacional de ris-cos de doenças transmissíveis por animais vertebrados e/ou invertebrados (raiva, leptospi-rose, brucelose, tuberculose, leishmaniose, dengue, febre amarela, teníase/cisticercose, etc), e outros fatores determi-nantes do processo saúde e do-ença.

- Educação em saúde com foco na promoção, prevenção e controle de doenças de cará-ter antropozoonótico e demais

riscos ambientais, incluindo desastres naturais e provocados pelo homem.

- Desenvolver ações educa-tivas e de mobilização contínua da comunidade, relativas ao controle das doenças/agravos na área de abrangência, no uso e manejo adequado do territó-rio com visitas à relação saúde/ambiente (desmatamentos, uso indiscriminado de medicamen-tos veterinários, entre outros).

- Estudos e pesquisa em saúde pública que favoreçam a territorialidade e a qualificação da atenção

- Cuidado com resíduos só-lidos

- Ações de educação em saúde, nas escolas, divulgação nos meios de comunicação e sensibilização às comunidades e sociedade organizada e não organizada.

- Prevenção e controle de

doenças transmissíveis por ali-mentos

- Dar respostas às emergên-cias de saúde pública e eventos de potencial risco sanitário na-cional de forma articulada com os setores responsáveis

- Identificação e orienta-ções sobre os riscos de conta-minação por substâncias tóxi-cas (agrotóxicos, pesticidas e inseticidas de uso veterinário)

Apoio às Equipes de Saúde• Discussão de casos espe-

cíficos: prevenção e controle de doenças transmissíveis por alimentos, animais e alterações ambientais provocadas pelo homem e desastres naturais.

• Visitas domiciliares sem-pre que relacionadas às casu-ísticas que envolvam inter-secções entre saúde animal e humano

• Orientações de caráter

preventivo e auxílio em casos de acidentes com animais pe-çonhentos

• Identificar emergências epidemiológicas de potencial zoonótico, de modo contínuo e sistemático.

• Participação em conjunto com todos os componentes da equipe no planejamento, moni-toramento e avaliação das ações desenvolvidas pelo programa.

Campo Comum de Atuação entre a Zoonose e o Médico

Veterinário no NASF• Identificação e controle

de vetores e pragas do território e domicílios

• Identificação e controle de animais sinantrópicos

• Identificação e controle de animais peçonhentos (ofí-dismo – identificação)

Fonte: Material de divulgação do CFMV

Presidente do CRMV-GO e Comissão de Saúde Pública recebem prefeito de Silvânia (2º à esq.) na sede do conselho regional

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FIQUE POR DENTRO

Veja as ofertas de empregos e

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Medicina Veterinária e Zootecnia nos

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Nossos convêniosO Sindicato dos Médicos

Veterinários do Estado de Goiás (SINDIVET-GO) vem investin-do em novas parcerias para ofe-recer aos médicos veterinários o maior leque de vantagens em diversos serviços. Pensando em facilitar a comunicação entre os profi ssionais da Medicina Vete-rinária, o SINDIVET-GO fi rmou parceria com a Operadora Claro. Com este convênio, os Médicos Veterinários terão um plano te-lefônico empresarial vinculado ao CNPJ do Sindicato, falando a custo zero entre o grupo. Ou-tro benefício que o SINDIVET--GO disponibiliza aos Médicos Veterinários é o Plano de Saúde Unimed. Para aproveitar estes serviços disponíveis, compareça à sede do SINDIVET-GO (Rua 261, n° 156, Setor Leste Univer-sitário, Goiânia-GO), ligue (62) 3261-0934 ou acesse www.sin-divetgo.org.br.

Comunicado importanteO SINDIVET-GO está aler-

tando sobre a importância da Contribuição Sindical. Tal con-tribuição está disciplinada nos artigos 578 a 610 da Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT) e tem respaldo legal no artigo 8º, IV, da Constituição Federal de 1988. Conforme legislação vigente, o imposto tem natureza tributária, compulsória e deve ser recolhido em benefício da entidade sindical que represen-ta a categoria. O pagamento da Contribuição Sindical é obri-gatório a todos que participam de uma determinada categoria econômica ou profi ssional, ou de uma profi ssão liberal, inde-pendentemente de serem ou não sindicalizados.

Para evitar maiores trans-tornos, mantenha o pagamento da Contribuição Sindical em dia. Entre em contato conosco para Negociação ou Renegociação. Mais informações pelo telefone (62) 3261-0934 ou pelo e-mail [email protected].

SINDIVET-GO nas Mídias Sociais

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rinariosgoias

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QuirãoAno XXVIINº 136Agos/2013

O CRMV-GO comunica aos Médicos Veterinários e Zootec-nistas que os contratos fi rmados entre esses profi ssionais e em-presas com obrigatoriedade de registro junto ao CRMV-GO, que não forem homologados mediante apresentação de Ano-

tação de Responsabilidade Téc-nica, poderão ensejar abertura de processo ético. A medida é válida mesmo que a Anotação de Responsabilidade Técnica não seja exigida por quaisquer outros órgãos de fi scalização da esfera federal, estadual ou

municipal. A não homologação da ART no conselho regional constitui infração ao Código de Ética Profi ssional. Fique atento! Mais informações na Coordena-ção Técnica do CRMV-GO pelo (62) 3269-6527, com a Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga.

EVENTOS

Setembro

05 a 07Congresso Brasiliense da AnclivepaLocal: Brasília-DFInformações: www.cobra.vet.br

07 e 08Curso de Comportamento AnimalLocal: auditório do CRMV-GOInformações: www.anclivepago.com.br ou (62) 3565-4608

9 a 12X Congresso Brasileiro de BuiatriaLocal: Belém-PAInformações pelo www.buiatria2013.com.br

13Jantar em homenagem ao Médico VeterinárioLocal: Clube Antônio Ferreira Pacheco, em Goiânia-GOInformações: www.crmvgo.org.br

18 a 201° Congresso Internacional de Proteção do Trabalho dos Profi ssionais de Saúde.Local: Goiânia-GO.Informações: www.gosites.com.br/congressodeprotecaonasaude.

23 a 27VIII Congresso Brasileiro de Biossegurança

Local: Salvador-BAInformações: www.anbio.org.br

24 a 27X Congresso Brasileiro de Bioética e II Congresso Brasileiro de Bioética ClínicaLocal: Florianópolis-SCInformações: www.bioeticafl oripa2013.com.br

Outubro

01 a 04IV Conferência Nacional sobre Defesa AgropecuáriaLocal: Belém-PAInformações: (31) 3466-2161 ouconferencia.defesaagropecuaria.com

05 e 06Curso de Cirurgia do Tratamento Genito-Urinário de Pequenos AnimaisLocal: auditório do CRMV-GOInformações: www.anclivepago.com.br ou (62) 3565-4608

6 a 11XVI Congresso Brasileiro da ABRAVAS (Associação Brasileira de Médicos Veterinários de Animais Selvagens)Local: Salvador-BAInformações: www.abravas.org.br

07 a 111° Curso de Planejamento para Atuação do Médico Veterinário na Saúde Pública – NASFLocal: Botucatu-SPInformações: www.fmvz.unesp.br/eventos

18 a 20Curso Prático de Cirurgia Abdominal e Torácica em Pequenos AnimaisLocal: Goiânia-GOInformações: (62) 3251-6335 www.cirurgiaplasticaanimal.blogspot.com

23 a 263º Feira Internacional de Invenções, Empreendedorismo Científi co e Negócios (Inventa Brasil)Local: Vitória-ESInformações pelo www.inventabrasil.org.br

Novembro

05 a 07XVI Congresso da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves)Local: Cuiabá-MTInformações: www.abravesmt.com.br

18 a 21Congresso Brasileiro de Medicina VeterináriaLocal: Salvador-BAInformações: www.conbravet2013.com.br

21 a 23II Curso de Capacitação para Atuação do Médico Veterinário no NASF Local: Paraíso-SPInformações: www.funep.org.br

30/11 e 01/12Curso ABC FelinoLocal: auditório do CRMV-GOInformações: www.anclivepago.com.br ou (62) 3565-4608

Dezembro

4 a 06Conferência Global sobre Educacão Veterinária e o Papel das Organizacões na Medicina Veterinária - Garantindo Excelência e Ética Profi ssionalLocal: Foz do Iguaçu-PRInformações: www.oie.int

06 a 08Curso Prático de Cirurgia Abdominal e Torácica em Pequenos AnimaisLocal: Goiânia-GOInformações: (62) 3251-6335 e www.cirurgiaplasticaanimal.blogspot.com

Acesse a Agenda de Eventos em www.crmvgo.org.br e confi ra mais oportunidades cadastradas no site.

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