quinta-feira, 21 de julho de 2016 “gostaria de sentir mais ... silva, jorge moreira e rui sampaio....

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Notícias do Tâmega quinta-feira, 21 de julho de 2016 14 /// entrevista O Amarante Futebol Clube já tem a próxima época preparada e a ganhar forma. Estão garantidas as continuidades do capitão César Nunes, Nené, Tiago Silva, Piquet, Dani, Zé Lopes, Tiago André, Carlos e Armando Silva, Jorge Moreira e Rui Sampaio. Rodrigo, que havia sido emprestado ao Baião regressa e vai integrar o plantel. As novas aquisições para o plantel do Amarante FC são: Paulo Jorge (G.R., ex-Maria da Fonte), Diogo Vila (Defesa, ex-Cinfães), Rui Magalhães (Médio, ex-Felgueiras), Rafa Costa (Avançado, ex- Cinfães) e Badará (Avançado, ex-Montalegre). A este lote de 17, está prevista a integração de atletas da formação (ex-Juniores), tal é o caso de Nélson Ferreira, Paulinho e João Queirós. A estrutura da equipa técnica será a mesma da época passada, composta assim pelo treinador principal, Prof. Pedro Pinto e pelos Adjuntos, Carlos Alberto e Prof. João Pedro Pereira. A apresentação do plantel à comunicação social irá decorrer no próximo dia 23 de julho (Sábado) e o início dos trabalhos serão na segunda-feira seguinte, a 25 de julho. NT: Qual é o balanço da épo- ca anterior do Amarante Fute- bol Clube (AFC)? António Duarte (AD): O Amarante FC em relação à épo- ca 15/16 atingiu os principais objetivos que era a manuten- ção nesta divisão que é o Cam- peonato Nacional de Seniores, embora a determinada altura com alguma dificuldade. Mas também são situações que estão previstas ao longo de uma época em que se fazem dezenas e deze- nas de jogos. No entanto, é im- portante dizer que o Amarante FC ao nível da Taça de Portugal conseguiu um efeito histórico da vida deste clube com 93 anos, que foi chegar à 5ª eliminatória da Taça de Portugal e ter con- seguido eliminar uma equipa como o Marítimo. E ainda con- seguir vender bem a derrota com a equipa do Arouca. NT: Foram os momentos mais felizes do clube… mas também houve momentos mais angustiantes ao longo da época passada. AD: Sim, na parte final do campeonato. Mas pela parte que me toca e pela equipa técnica es- tivemos sempre confiantes. Tan- to no grupo de trabalho como na equipa de futebol, equipa técnica e nós direção sempre acreditamos que o Amarante FC iria continuar no Campeonato Nacional de Seniores. Houve, na fase final do campeonato uma situação desportiva menos favo- rável, em que o Amarante caiu num lugar de alguma preocupa- ção. Mas nós, tendo consciência dos jogos que tínhamos pela frente, estivemos sempre con- fiantes. E a grande prova disso é que o Amarante nas últimas três jornadas arrecadou três vi- tórias, penso que, indiscutíveis de forma clara e inequívoca. O que nos deu a tranquilidade de- sejada. NT: Ainda em relação à épo- ca de 15/16, alguma vez ponde- rou em apetrechar o plantel? AD: Nós chegámos a pensar e fizemo-lo. O Amarante FC re- forçou com o Zé Lopes, que na altura veio do Felgueiras para o Amarante, e com o Sócrates que veio do Minense, da Associa- ção de Elite de Braga. Estamos certos que contribuíram para a qualidade do clube. Mas, em todo o caso, o plantel do Ama- rante tinha qualidade suficiente independentemente dos refor- ços que fomos buscar. Tinha qualidade para se conseguir im- por neste campeonato. Por vezes há situações que não são como pensamos. Isto é, há jogadores que sendo importantes na ma- nobra de uma equipa, que ao nível pessoal e desportivo atra- vessam momentos menos bons. O mesmo acontece e é transver- sal à equipa técnica. Um técnico nem sempre é feliz nas escolhas que faz e, por vezes, tudo isso faz com que as coisas não cor- ram tão bem. Mas no essencial o Amarante chegou ao final do ano com uma posição de algu- ma segurança e conforto. Fomos reforçar em janeiro talvez mais por um descargo de consciên- cia porque sabemos que baixar de divisão nesta altura é muito complicado. Há um objetivo principal que às vezes as pessoas podem entender como “meio rotineiro”, passando a expressão, de falar muito na manutenção. Os adeptos e os sócios do Ama- rante não têm a ideia, por vezes, do quanto é importante o Ama- rante FC, nesta altura, estar nes- ta divisão. Porque, em relação à realidade que nós vivemos no concelho, a realidade económi- ca a todos os níveis, o Amarante FC com as dificuldades existen- tes, acho que às vezes consegui- mos fazer autênticos milagres. Por outras palavras, gostaria de sentir mais apoio das forças vivas do concelho. Porque, por vezes cai-se no erro de se mis- turar pessoas com uma institui- ção que tem 93 anos. É a terceira instituição mais antiga do con- celho, a seguir à Banda Musical e aos Bombeiros Voluntários. O Amarante FC, atualmente, está a ser gerido por gente séria, que está a fazer uma gestão o mais rigorosa possível. Porque, quem quiser baixar muito nos orça- mentos arrisca-se a vir para o distrital e depois para recuperar irá gastar muito mais. O que eu gostaria então de transmitir é que as pessoas ajudem o Ama- rante, dentro das possibilidades. Ajudá-lo pode ser um pouco deselegante mas passa por aju- dá-lo também financeiramente. Porque sem isso a nossa tarefa tornar-se-á cada vez mais difícil. NT: Pensa que a pouca ade- são está relacionada com a pos- sibilidade de que os adeptos e sócios gostariam que o Ama- rante estivesse ou jogasse na Elite da Associação de Futebol do Porto, devido aos dérbis? AD: Na minha opinião, e de quem está comigo, isso não faz qualquer sentido, uma vez que o Amarante FC está numa divisão que ao nível da Federação é a 1ª divisão. É bom que saibamos que a 1ª e 2ª Liga é Profissional de Futebol e ao nível da Fede- ração Portuguesa de Futebol, o Amarante está na única divisão nacional que a Federação tem. NT: Concorda que se tenha “Gostaria de sentir mais apoio Entrevista: Nogueira de Magalhães Texto: Bruna Ribeiro

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Notícias do Tâmegaquinta-feira, 21 de julho de 2016

14/// entrevista

O Amarante Futebol Clube já tem a próxima época preparada e a ganhar forma. Estão garantidas as continuidades do capitão César Nunes, Nené, Tiago Silva, Piquet, Dani, Zé Lopes, Tiago André, Carlos e Armando Silva, Jorge Moreira e Rui Sampaio. Rodrigo, que havia sido emprestado ao Baião regressa e vai integrar o plantel. As novas aquisições para o plantel do Amarante FC são: Paulo Jorge (G.R., ex-Maria da Fonte), Diogo Vila (Defesa, ex-Cinfães), Rui Magalhães (Médio, ex-Felgueiras), Rafa Costa (Avançado, ex-Cinfães) e Badará (Avançado, ex-Montalegre). A este lote de 17, está prevista a integração de atletas da formação (ex-Juniores), tal é o caso de Nélson Ferreira, Paulinho e João Queirós. A estrutura da equipa técnica será a mesma da época passada, composta assim pelo treinador principal, Prof. Pedro Pinto e pelos Adjuntos, Carlos Alberto e Prof. João Pedro Pereira.A apresentação do plantel à comunicação social irá decorrer no próximo dia 23 de julho (Sábado) e o início dos trabalhos serão na segunda-feira seguinte, a 25 de julho.

NT: Qual é o balanço da épo-ca anterior do Amarante Fute-bol Clube (AFC)?

António Duarte (AD): O Amarante FC em relação à épo-ca 15/16 atingiu os principais objetivos que era a manuten-ção nesta divisão que é o Cam-peonato Nacional de Seniores, embora a determinada altura com alguma dificuldade. Mas também são situações que estão previstas ao longo de uma época em que se fazem dezenas e deze-nas de jogos. No entanto, é im-portante dizer que o Amarante FC ao nível da Taça de Portugal conseguiu um efeito histórico da vida deste clube com 93 anos, que foi chegar à 5ª eliminatória da Taça de Portugal e ter con-seguido eliminar uma equipa como o Marítimo. E ainda con-seguir vender bem a derrota com a equipa do Arouca.

NT: Foram os momentos mais felizes do clube… mas também houve momentos mais angustiantes ao longo da época passada.

AD: Sim, na parte final do campeonato. Mas pela parte que me toca e pela equipa técnica es-tivemos sempre confiantes. Tan-to no grupo de trabalho como na equipa de futebol, equipa técnica e nós direção sempre acreditamos que o Amarante FC iria continuar no Campeonato Nacional de Seniores. Houve, na fase final do campeonato uma situação desportiva menos favo-rável, em que o Amarante caiu num lugar de alguma preocupa-ção. Mas nós, tendo consciência dos jogos que tínhamos pela frente, estivemos sempre con-fiantes. E a grande prova disso é que o Amarante nas últimas três jornadas arrecadou três vi-tórias, penso que, indiscutíveis de forma clara e inequívoca. O que nos deu a tranquilidade de-sejada.

NT: Ainda em relação à épo-ca de 15/16, alguma vez ponde-rou em apetrechar o plantel?

AD: Nós chegámos a pensar e fizemo-lo. O Amarante FC re-forçou com o Zé Lopes, que na

altura veio do Felgueiras para o Amarante, e com o Sócrates que veio do Minense, da Associa-ção de Elite de Braga. Estamos certos que contribuíram para a qualidade do clube. Mas, em todo o caso, o plantel do Ama-rante tinha qualidade suficiente independentemente dos refor-ços que fomos buscar. Tinha qualidade para se conseguir im-por neste campeonato. Por vezes há situações que não são como pensamos. Isto é, há jogadores que sendo importantes na ma-nobra de uma equipa, que ao nível pessoal e desportivo atra-vessam momentos menos bons. O mesmo acontece e é transver-sal à equipa técnica. Um técnico nem sempre é feliz nas escolhas que faz e, por vezes, tudo isso faz com que as coisas não cor-ram tão bem. Mas no essencial o Amarante chegou ao final do ano com uma posição de algu-ma segurança e conforto. Fomos reforçar em janeiro talvez mais por um descargo de consciên-cia porque sabemos que baixar de divisão nesta altura é muito

complicado. Há um objetivo principal que às vezes as pessoas podem entender como “meio rotineiro”, passando a expressão, de falar muito na manutenção. Os adeptos e os sócios do Ama-rante não têm a ideia, por vezes, do quanto é importante o Ama-rante FC, nesta altura, estar nes-ta divisão. Porque, em relação à realidade que nós vivemos no concelho, a realidade económi-ca a todos os níveis, o Amarante FC com as dificuldades existen-tes, acho que às vezes consegui-mos fazer autênticos milagres. Por outras palavras, gostaria de sentir mais apoio das forças vivas do concelho. Porque, por vezes cai-se no erro de se mis-turar pessoas com uma institui-ção que tem 93 anos. É a terceira instituição mais antiga do con-celho, a seguir à Banda Musical e aos Bombeiros Voluntários. O Amarante FC, atualmente, está a ser gerido por gente séria, que está a fazer uma gestão o mais rigorosa possível. Porque, quem quiser baixar muito nos orça-mentos arrisca-se a vir para o

distrital e depois para recuperar irá gastar muito mais. O que eu gostaria então de transmitir é que as pessoas ajudem o Ama-rante, dentro das possibilidades. Ajudá-lo pode ser um pouco deselegante mas passa por aju-dá-lo também financeiramente. Porque sem isso a nossa tarefa tornar-se-á cada vez mais difícil.

NT: Pensa que a pouca ade-são está relacionada com a pos-sibilidade de que os adeptos e sócios gostariam que o Ama-rante estivesse ou jogasse na Elite da Associação de Futebol do Porto, devido aos dérbis?

AD: Na minha opinião, e de quem está comigo, isso não faz qualquer sentido, uma vez que o Amarante FC está numa divisão que ao nível da Federação é a 1ª divisão. É bom que saibamos que a 1ª e 2ª Liga é Profissional de Futebol e ao nível da Fede-ração Portuguesa de Futebol, o Amarante está na única divisão nacional que a Federação tem.

NT: Concorda que se tenha

“Gostaria de sentir mais apoio das forças vivas do concelho”Entrevista: Nogueira de Magalhães

Texto: Bruna Ribeiro

Notícias do Tâmegaquinta-feira, 21 de julho de 2016

15/// entrevista

“Gostaria de sentir mais apoio das forças vivas do concelho”acabado com a 3ª Liga de Fute-bol Profissional?

AD: De jeito nenhum. Aliás, penso que foi uma das piores coisas que poderiam ter feito ao futebol nacional. Mas isto tudo leva a crer que mais uma vez foram os lobbys ou interesses, especialmente, do sul do país. Porque dada a distância entre os clubes e as grandes despesas de transportes, decidiu-se entender o país como igual nesse nível. Resolveu-se assim encerrar a 3ª Liga. Estou convencido que o principal motivo começa por aí. O Norte ao nível do futebol ti-nha condições para ter a 3ª divi-são nacional porque nós temos equipas em todo o lado, o que não acontece lá em baixo.

NT: Na entrevista que reali-zamos no ano passado, ques-tionámo-lo acerca dos apoios, se achava que tinha apoios para levar a obra avante. Esses apoios não se mostraram sufi-cientes?

AD: Nesta época que termi-nou o Amarante FC acabou por ser prejudicado por uma onda que circulou na cidade de que o Amarante pelo comportamento que estava a ter na Taça de Por-tugal, estava a ficar bem financei-ramente. E só quem não está por dentro destas coisas é que pensa assim. Obviamente o Amarante conseguiu um encaixe financei-ro para a nossa realidade. Foi significativo mas as pessoas es-quecem-se que todas as receitas da Taça além de virem tardia-mente nós temos que pagar, de imediato o IVA. Só depois é que vem a receita dos jogos e que é miserável. O Amarante este ano beneficiou dos prémios de eli-minatória. Tivemos a felicidade ainda que o Sr. Carlos Pereira, presidente do Marítimo, prome-teu ao Amarante a parte que lhe cabia, do jogo da Taça de Portu-gal com o Amarante. Apesar de ter perdido, ofereceu-nos a parte dele. Mas, como referia, criou-se então essa ideia. O que resulta daí é que, em termos de patro-cínios o Amarante teve um de-créscimo significativo. Nós che-gamos agora a final desta época com algum saldo desfavorável que é uma coisa mínima. Mas foi justamente por causa disso. Quando nós tivemos a grande lacuna em termos de receita foi nos patrocinadores. Dir-me-ão

que poderá ser a crise e a situa-ção que se vive. Estou à vonta-de para compreender isso, mas não é só. Nós entendemos que as pessoas que realmente gos-tam do Amarante e que queiram ajudar o clube com um peque-no sacrifício conseguem ajudar esta nobre instituição e dar-lhe a dignidade que merece. Curio-samente, às vezes os mais críti-cos do clube são os que menos contribuem. E sendo os que me-nos contribuem perdem o nosso respeito. Os únicos a quem te-mos respeito e obrigação de dar explicações mesmo sendo uma pessoa que não encare as coisas da melhor forma, é aos associa-dos. Têm esse direito. Pagam as quotas e sentem-se no direito de serem esclareci-dos. Caso contrário, além de não terem esse direi-to, deixem-nos traba-lhar.

NT: O Am ar an -te FC está a antever uma su-bida à 2ª Liga?

AD: Nós temos que pensar de uma forma positiva. Já dizia o provérbio chinês que “ser pes-simista é fácil”. Agora, nós num quadro real, num quadro em que percebemos mais ou menos por dentro e por fora o clube, o que é o Amarante FC e o que representa, nesta altura, em ter-mos de estruturas e ao nível de recursos humanos, o clube tem condições superiores a muitos clubes do Futebol Profissional. O Amarante para se afirmar pre-cisa de uma subida de divisão. Mas não vou estar aqui a dizer que é o nosso objetivo já para a próxima época e que queremos isso já. Nós estamos com os pés bem assentes e estamos cientes da realidade. Se sentirmos que temos um apoio mais coeso e forte em termos financeiros por parte das forças vivas do con-celho, aparte da Câmara Muni-cipal que tem cumprido com a sua obrigação, o Amarante com o António Duarte ou com outra

pessoa qualquer na direção tem a legitimidade de pensar em su-bir de divisão. O trabalho prin-cipal está a ser feito.

NT: As equipas insulares fa-zem parte da série B do Cam-peonato Nacional de Seniores e o Amarante também vai fi-car nessa série ou continua na C?

AD: Tudo indica que o Ama-rante vá ficar na série B. E o Amarante, na pior das hipóte-ses vai ter que ir jogar seis vezes à ilha da Madeira. O que é uma coisa violenta. Se atendermos só ao alojamento, este ronda os 2 500 euros.

NT: As despesas não são di-vididas a metade com a Fede-

ração? AD: Sim, mas o problema é

que o dinheiro que chega da Federação para as viagens, nor-malmente chega tarde e a más horas…

NT: As direções têm que adiantar…

AD: Claro, têm que pagar e entretanto nós lutamos com imensas dificuldades, com gran-de espírito de sacrifício para conseguir dar resposta a todas essas adversidades.

NT: Passando à época da 16/17 vejo que 16 jogadores do plantel da época anterior não estão presentes nesta época...

AD: Queria agradecer-lhes, a todos, pelo contributo que deram ao Amarante. Uns mais que outros, pois uns tiveram mais oportunidades que outros. Mas o futebol é assim. O plan-tel nesta altura está numa fase “arrumada” mas não se encon-

tra fechado. Penso que as novas aquisições vão contribuir de me-lhor forma para o Amarante FC.

NT: Quanto ao jogador Mi-guelito?

AD: Está tudo preparado para que o Miguelito continue no Amarante. Não deixa, por isso, de ser um grande jogador. O Miguelito não foi muito feliz, na minha opinião, com a pessoa que o representou. Mas a vida é isto mesmo. Mas também é caso para dizer está na terra dele e está com pessoas que o acari-nham e que gostam dele. Espera-mos tudo. Porque ele próprio já teve consciência do plantel que o Amarante FC está a fazer e tem conhecimento que a ambição

desportiva para a próxima época será mais forte no Amarante. Temos um meio campo com um Piquet, Zé Lopes, Rui Ma-galhães, Miguelito e temos, ainda, o nosso jovem de grande valor que é o Moreira. Por isso penso que temos um meio campo muito for-te.

NT: Como está a formação do

Amarante?AD: A formação do Amaran-

te, ao que tudo indica, e a es-perança que temos é que, para a próxima época vai-nos dar muitas alegrias. Já tivemos este ano porque os objetivos que fo-ram cumpridos excederam em alguns casos largamente aquilo que nós tínhamos criado como expectativa. E nesse ponto de vista estamos satisfeitos. Para a próxima época desportiva o Amarante FC em termos de for-mação pela qualidade dos trei-nadores e dirigentes que tem, arrisco a dizer que para o ano, de um escalão para outro vamos chegar aos nacionais. E estamos a trabalhar para isso porque não cai do céu. E esse trabalho já vem há alguns anos…

NT: Está contente com a ge-neralidade da arbitragem da época anterior?

AD: O Amarante FC, em ter-mos de arbitragem, salvo raríssi-

mas exceções, não tivemos mui-to que dizer. Tivemos um jogo difícil, em Sobrado, que tivemos lá um penalti muito visível por assinalar. Mas, no geral, não te-mos grande razão de queixa. No entanto, as duas equipas que passaram à fase de acesso à subi-da, o Amarante não perdeu com nenhuma delas. Isso quer dizer que nós tínhamos um plantel de qualidade. O que também quer dizer que em determinadas altu-ras da época as coisas correram menos bem. E quando as coisas são assim, tem que se responsa-bilizar toda a gente, como tam-bém a própria equipa técnica.

NT: Deixo-lhe a palavra para dar término à entrevista…

AD: A minha mensagem é que o Amarante FC cada vez se afirma mais como um clube ao nível regional do Baixo Tâme-ga e Terras de Basto incluído. Quero dizer às pessoas que real-mente gostam do Amarante FC que venham ver o clube, que nos apoiem mais porque nós não podemos estar a pedir ou exi-gir uma equipa de futebol com qualidade, ou o que quer que seja, quando nós não participa-mos ou não auxiliamos também. Tem que haver uma situação razoável. E o razoável é que as pessoas dentro das suas possibi-lidades, porque o Amarante não pede aquilo que as pessoas não podem dar, ajudem. E refiro-me a empresas, comércio e pessoas que tenham alguma possibilida-de de ajudar o clube. É impor-tante que o façam. Porque senão o Amarante está em vias de che-gar a um cruzamento com três vias, a distrital, manter-se con-forme está – que também não está bem -, ou então vai em fren-te e sobe para outros patamares. O Amarante já tem as condições principais criadas. Mas peço que as pessoas percebam que para darmos o salto qualitativo e para fazermos qualquer coisa mais à frente é preciso mais. Para a realidade que vivemos, em que estamos bastante preocupados mesmo nesta divisão que nos honra também precisamos de mais colaboração e ajuda da po-pulação amarantina e mesmo de outros de fora.