QUINTA EDIÇÃO ­ PRIMEIRO SEMESTRE 2011

Depois de algum tempo aequipe do PET conseguiu realizarum dos seus principais projetos emcomunhão com a graduação; estejornal. Graças ao ideal dosPETianos veteranos, que auxiliaramna elaboração e desenvolvimentodeste, e ao ânimo dos novosmembros, que desde o primeiromomento abraçaram a idéia e sededicaram, podemos agorafornecer algo que, acreditamos,possa ser de muita utilidade paratodos vocês, alunos da mecatrônica,grande área mecânica e EscolaPolitécnica.

Pretendemos com essapublicação não só demonstrar ovalor do grupo em relação ao curso,como procuramos fornecer umconteúdo de grande ajuda paratodos que nos honrarem com sualeitura. Buscamos informaçõesimportantes para que o aluno tenhaalguns esclarecimentos a respeitoda sua faculdade, sobre sua futuraprofissão e sobre o meiouniversitário em que está inserido.Assim, como um dos objetivosfinais, pretendemos influenciardiretamente no modo em que oaluno enxerga seu mundo a fim deestabelecer uma relação direta entrea importância do PET e osestudantes.

Gostaríamos de finalizaressa apresentação da nova era doAutômato que se iniciaagradecendo a todos aqueles quetornaram isso possível. A todosPETianos que auxiliaram dealguma forma, seja repassandoconhecimento, procurando arepublicação deste ou auxiliandono seu conteúdo. Ao nosso tutorque sempre se dispôs para ajudarem todos os aspectos possíveis, semostrando presente nasdificuldades e nos dandoautonomia nos momentos dedecisões. E por fim, a todos alunosda graduação que são o alvoprincipal desse projeto, os quais sãoo motivo principal de todo o nossoesforço.

Obrigado a todos!

EDITORIAL

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3Revista Autômato 2011 Primeiro Semestre

AUTÔMATO SUMÁRIOAbril de 2010 05 Entrevista

Revista Autômato Primeiro Semestre4

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09ETComparação dagrade curricular

Bolsas deestudo

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Editor:Lucas Fargoni Di Ianni

Redatores:Igor Luis Bastos de AlmeidaBruno Henrique PeixotoLucas Fargoni Di IanniAmanda Vieira FernandesBruna Vieira Louzada SilvaEduardo Moscatelli de SouzaGiovanna Ono KoroishiMaurício Menossi NetoPedro Paulos Cabral MarquesRosaTúlio Penha SalesWagner Rosales ChavezFotografia:Pet MecatrônicaThunderatz

Mandem seus textos para arevista:petmecatronica@gmail.com

Impressão:Gráfica da Escola Politécnicada USP

Tiragem:500 exemplares

Os textos são de responsabilidadeexclusiva de seus autores. 26

0 E

hunderatz

ngenheirogramas

ENTREVISTA COM EGRESSOUma grande preocupação

na vida de um engenheiro nagraduação é quanto a emprego, oumesmo estágio, àqueles que estão aconcluir o curso. Vários são osfatores que levam a esta: se sua áreade atuação estará em alta, se ademanda de mercado estaráfavorável, se o emprego queconseguirá irá atender as suasexpectativas, entre outros. Visandosolver estas, e outras, entrevistamosCélia Akano, recentementegraduada em EngenhariaMecatrônica pela Escola Politécnicada Universidade de São Paulo(POLI­USP).Autômato: Ao ingressar na POLI,ainda se escolhia apenas"Engenharia" para o ingresso namesma. Como foi a experiência dedisputar com amigos o cursoalmejado?Célia Kano: Os ingressantes de2006 ainda faziam suas escolhaspela Grande Área e Ênfase no fimdo primeiro e segundo ano,respectivamente. Quando entrei naPoli não sabia qual ênfase fazer epor isso tentei manter uma médiana qual pudesse optar por qualquerárea e ênfase. No segundo ano, naGrande Área Mecânica, acho que apressão veio muito mais de ver o

desespero dos meus colegas quequeriam Produção (curso maisconcorrido na época) do quepressão própria. Mas essacompetição, de certo modo, sempreme motivou a continuar dedicadaaos estudos. Felizmente (ouinfelizmente), sendo justo ou não, ofato é que esse tipo de competição éum grande impulsionador para aexcelência entre os alunos. Não merefiro a "excelência" do ensino, massim da criação de profissionais quelidam sobre pressão, autodidatas efocados.Autômato: Quais foram os anos daPOLI que mais lhe contribuírampara sua formação profissional?Célia Kano: O terceiro e quartoano, com certeza. Os dois primeirosanos são extremamente teóricos evocê tem aqueles momentos: "Putz,para quê serve toda essa teoria?".No Ciclo Básico, os professores nãose preocupam tanto em relacionarsuas disciplinas com as suasaplicações, o que prejudica amotivação dos alunos. No terceiroano, na mecatrônica, o curso chegaao auge da teoria, mas agora osalunos percebem a aplicação dela; eno quarto ano, o curso é pesado emaulas e trabalhos práticos. Comcerteza os diversos projetos

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Bruno H. L. N. P.

desenvolvidos ao longo do cursoforam fundamentais para o maiorentendimento da teoria. Por fim, ocurso é concluído no quinto ano,com muita teoria e pouca prática(com exceção de Robótica, noúltimo semestre).Autômato: Você participou dealgum(ns) grupo(s) extraclasse nafaculdade? Em caso afirmativo,diga­nos qual(is) e qual acontribuição deste para suaformação.Célia Kano: Participei por três anosda Poli Júnior, quatro anos do PETMecatrônica e dois anos naIniciação Científica. Na Poli Júnior,gerenciei um projeto para umcliente na área mecânica, no qualaprendi metodologias deplanejamento e execução de umaconsultoria. Adicionalmente fui agerente responsável pela Semanade Cultura Empresarial, um eventofocado aos alunos do Ciclo Básico,com palestras e workshops. Esteúltimo me permitiu entrar emcontato com palestrantes (MarceloTas, Márcio Utsch, Luís Nassif),negociar com fornecedores eempresas (para patrocínios). Nessemomento, liderança é umacaracterística que se adquirenaturalmente. No PET Mecatrônicapude desenvolver projetosdiversos: fui responsável pelareformulação do website, ajudei naelaboração de textos do Autômato,

fui monitora e professora na EscolaAvançada. Com certeza, o PETcontribuiu em diferentes aspectos,mas principalmente no trabalho emequipe. E por fim, a IniciaçãoCientífica me permitiu um trabalhofocado de aprendizado constantena tecnologia pesquisada. Foi na ICque pude conhecer um pouquinhoda vida acadêmica e como apesquisa gerada na faculdade éaplicável na vida real,diferentemente do que muitospensam.Autômato: Quais foram asdificuldades encontradas paraencontrar e conseguir um estágio?Célia Kano: Levantando as opçõesde estágio, decidi procurar um naindústria. Nessa área, percebi queas empresas possuem certo receiode escolher um estagiário do últimoano sem experiências anteriores nomercado. Algumas faculdadesparticulares com curso meioperíodo/noturno tem essavantagem em relação à Poli. Outrasfaculdades públicas ainda possuemgrade horária livre no último anopara o estágio. Em questão detempo livre, em alguns cursos daPoli, os alunos ainda possuem umagrade horária cheia para conciliarcom o estágio. Particularmente,outro ponto que levanto é opreconceito em selecionar umamulher para a indústria. Foramraros momentos, mas lembro­me

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de entrevistas em que fui botadaem prova por ser do "sexo frágil".Autômato: O estágio atendeu suasexpectativas?Célia Kano: Com certeza. Estagieiem uma empresa do ramoautomotivo em projetos chão defábrica. No meu estágio tive aoportunidade de acompanhardiversos treinamentos e recebimuita atenção dos meus colegas echefe. No início tinha a impressãoque conseguiria fazer mais, mashoje percebo que os primeirosmeses de estágio devem ser focadospara aprendizado mesmo ealinhamento das expectativas doseu trabalho com as atividades daárea. Ao longo do ano, fuienvolvida em alguns projetosmaiores e recebi mais autonomiaem minhas atividades.Autômato: Depois de formada, foicontratada pela empresa na qualestagiou?Célia Kano: Não. Por volta desetembro percebi que não haveriagrandes chances de ser efetivada eoptei por sair do estágio e mededicar ao trabalho de formatura,provas finais e processos seletivospara programas trainees.Autômato: Quais são asdificuldades que encontra em suavida profissional que poderiam tersido amenizados em sua formação

acadêmica?Célia Kano: Acho que o cursopoderia ter uma maior interfacecom o mercado de trabalho. Seriainteressante, por exemplo, osprofessores levarem em uma aula,um profissional que trabalhaespecificamente com conceitos dadisciplina dada. Isso poderiamotivar mais os alunos a daremimportância às disciplinas. Lembro­me, por exemplo, de estarreclamando do Pente de Dirac (deSistemas dinâmicos, do terceiroano) no jantar, quando meu pai(também politécnico) me explicouque ele tinha enfrentado umproblema no trabalho e teve queanalisar a função para eliminar asdistorções em um aparelho detelefonia. Saber a importância dasteorias, com certeza motiva oaprendizado.Autômato: Como foi vista pelomercado de trabalho por ser umapolitécnica?Célia Kano: Possuir no currículo onome da nossa escola pesabastante. De fato, o perfil do alunopolitécnico é valorizado, mas comessa valorização vem também acobrança. Receber elogios e elevar oego é algo muito fácil de acontecerno início da jornada no mercado,mas ao longo do trabalho não serádifícil encontrar colegas de trabalhocom formação em faculdadesmenores e com grande

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conhecimento no ramo. É nessesmomentos que faz parte do perfilpolitécnico também saber trabalharcom diferentes profissionais,aproveitar as oportunidades eaprender novos conhecimentossempre.Autômato: Quais são suasexpectativas para seu futuroprofissional?Célia Kano: Como trainee, eu estoutendo a oportunidade de conheceras áreas no job rotation, bem comodiferentes perfis de profissionais.Conhecer profissionais de liderançaé certamente uma motivação nesseinício de carreira e me permitemprojetar um próspero futuro. Assimcomo no colégio, na faculdade eoutras atividades, quero mededicar, alcançar resultados e terreconhecimento desse trabalho. Emcurto prazo, planejo iniciar umcurso de idioma e me envolvercada vez mais com as atividades daempresa. Em longo prazo, pretendovoltar à faculdade para umaespecialização/mestrado e crescercontinuamente na empresa.

Todos os anos entramvários politécnicos no mercado detrabalho, mecatrônicos ou não, embusca de sucesso e realizaçãoprofissional. Mas para que estessejam bem sucedidos, é necessárioser um engenheiro com uma sériede valores. Apesar de a

universidade fornecer grande baseà formação profissional, existemfatores cruciais a se desenvolver,como dedicação, liderança, espíritode equipe, ética, compromisso,entre outros. E, para adquiri­los, épreciso outro valor fundamental, apró­atividade, para buscar, assimcomo Célia, atividades oferecidaspela USP que acrescentarão estes aformação humana do engenheiroformado na POLI­USP.

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THUNDERATZCom o intuito de

complementar a grade curricularda Escola Politécnica da USP (EP­USP), durante os anos foramcriadas diversas equipes compostaspor alunos pertencentes ao curso de

busca da vitória nos desafios.Instalada no Departamento

de Engenharia Mecatrônica eSistemas Mecânicos e orientadapelo Prof. Dr. Marcos RibeiroPereira Barreto, a Equipe está

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Amanda V. F.; Bruna V. L. S.;Giovanna O. K.

Dentre elas são possíveis destacar:a Equipe Poli Racing, a Equipe Polide Baja, a Poli Aerodesign, a PoliJunior e, mais intensamenteenvolvida ao campo damecatrônica, a Equipe ThundeRatz.

A Equipe de DesafioRobótico da EP­USP foi fundadaem 2001, sendo reformulada em2005, quando mudou seu nomepara Equipe ThundeRatz. Com ocrescimento das competições, aThundeRatz vem aperfeiçoandoseus métodos de trabalho e projetodurante os anos, aumentando seuempenho e competitividade em

graduaçãoque, emparalelo aeste,dedicam­se aatividadesextracurriculares comocompetições(nacionais einternacionais) e feiras.

da sociedade e do mercado emgeral.

São desenvolvidos váriosprojetos, desde a assistência social acompetições tecnológicas (para asquais são desenvolvidosmecanismos robóticos queenfrentam desafios contra outrosrobôs, sendo o Winter Challenge eo Eneca os dois eventos principais).2010 foi, para a equipe, um ano demuitas conquistas. No WinterChallenge (6ª edição) o ThundeRatzconquistou o 4º lugar na categoriamidlle, com Lenhador, 6º lugar nacategoria feather, com Hypnos, 3º

inserida nocontexto deExtensãoUniversitária, no qual osalunos aindaem formaçãoaplicam seusconhecimentos naresolução deproblemas

no Hockey e 2º no Seguidor deLinha, como Follower.

Com foco nesse objetivo, ogrupo possui o auxílio deferramentas CAE e CAM pararealizar investimentos na aplicaçãode técnicas mais modernas deconstrução e desenvolvimento desistemas eletrônicos inteligentes ede metodologias de gestão eprojeto.Comumente, em especial para oscalouros da EP­USP, surgemdúvidas sobre a participação emprojetos como o ThundeRatz. Paraisto, o aluno Alexandre K. Daros,estudante do 3º ano do curso deEngenharia Elétrica – SistemasEletrônicos, fala um pouco maissobre a experiência de participar daequipe:“Participo da ThundeRatz desdeque entrei na POLI em 2009. Comcerteza a equipe toma tempo quepoderia ser usado para estudar asmatérias da POLI mas acredito queo aprendizado que ela trazcompensa isso. Sinto que minhaformação como engenheiro ficariaincompleta caso eu não fizesse algomais prático durante a graduação.O currículo da POLI pode sermuito rico em conhecimentotécnico mas deixa a desejar na parteprática; a equipe serve parapreencher esse buraco, além depropiciar o contato e integraçãocom pessoas de outras áreas daengenharia.

Como não é um emprego, apesarde demandar tanta dedicaçãoquanto, os horários de trabalho sãode acordo com a disponibilidade decada integrante, o que ajuda aconciliar bem as atividades daequipe com a vida acadêmica (jáque ninguém pretende abandonar aPOLI pra poder ficar só na equipe).Obviamente algumas pessoas sesaem melhor na graduação do queoutras. Nesse ano, por exemplo,dois de nossos integrantes foramfazer diploma duplo na Alemanha,enquanto outros ficaram comalgumas DP’s. Ou seja, exatamenteigual ao resto da POLI. Se a pessoafor esforçada nos estudos a equipenão vai comprometer o rendimentoo rendimento dela e, em algunscasos, vai até ajudar já que, parafazer os robôs bem feitos, é precisomuita pesquisa, estudo eaprendizado.”

Atualmente, a EquipeThundeRatz é dividida entreequipe mecânica, equipe elétrica egestão. Ao todo, o grupo,capitaneado por Gabriel Gustavode Góes Silva (tel: +55 (11) 9291­9770), conta com vinte e trêsintegrantes e está em busca denovos alunos. Para maisinformações, acessewww.thunderatz.org/processoseletivo.html ou basta mandar um emailpara contato@thunderatz.org.

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COMPARAÇÃO DA GRADE CURRICULARENTRE USP E UNICAMPO ensino da engenharia,

por ser uma ciência muitoabrangente, adquire diversasformas dependendo dos propósitose finalidades de cada curso. Amecatrônica em especial, devido àsua recente criação e por englobarduas grandes áreas (mecânica eelétrica), sofre particularmente poruma heterogeneidade bem peculiarnas diversas escolas em que élecionada.

A verdade é quedificilmente algum vestibulandotem a preocupação de pesquisar arespeito da ênfase em que asfaculdades dão para seus cursos,afinal a pressão do vestibular ésuficientemente grande para que apalavra “escolha” não seja adotadapelos alunos. Se levar em contatambém a falta de conhecimentotécnico de engenharia da maioriadessas pessoas, veremos porqueelas descobrem apenas o quemecatrônica na faculdade.

Então como são abordadosos assuntos do curso em outrasfaculdades? Essa é uma perguntabem interessante que procuraremosresponder nessa reportagem,comparando com o de outrarenomada faculdade no ensino daengenharia. Com os conhecimentosde ensino superior, fica mais

fácil para nós alunosdiferenciarmos os focos de cadauma. Seguiremos analisando entãoo porquê do conjunto das matériase da sua disposição nos semestres,para saber que tipo de engenheiroPoli­USP e FEM­UNICAMP(Faculdade de EngenhariaMecânica) pretendem formar.

Nos primeiros anos já senota grande diferença nas ênfasesdas duas universidades. Os doisprimeiros anos são bem engessadosdevido às matérias básicas, porémem campinas eles podem sediferenciar um pouco por nãoterem um biênio obrigatório paratodos os cursos da grande área.Assim ao invés de ser um períodovinculado apenas com asmatemáticas e físicas ( e um poucode mecânica ), eles estudamtambém tópicos introdutórios demecatrônica.

Outro pontointeressante é a falta de tempodeles, visto que o curso éministrado no período noturno enão integralmente como o nosso.Por esses motivos, no final doprimeiro ano, eles não seaprofundarem em tópicos deálgebra linear e nem em desenhotécnico, como nós. As diferençasnão param por aí, pois,

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Lucas F. D. I.; Pedro P. C. M. R.

como já dissemos, na FEM elesacabam colocando tópicos deeletrônica e computação emdiversas matérias. Se formoscompará­las diretamente, veremosque o PMT deles não se limitaapenas em abranger o nosso, mastambém cobre uma parte demateriais específicos eletro­eletrônicos. Assim, se observarmosa grade do segundo ano, teremosnão só uma escassez dos assuntosbásicos, como por exemplo, umafalta de Física4 no segundo ano,mas também uma adição algunstemas de elétrica, como CircuitosElétricos.

É certo que há umaconvergência de assuntospropostos nos três últimos anos,

visto que alguns são essências paraa formação de um engenheiromecatrônico. Porém serão aspequenas mudanças, uma ou duasmatérias por semestre, queidentificarão as características decada curso. O interessante é queafastados das matérias básicas, elespreferem manter o viés eletrônicodeixando de aprender algumasmatérias da área mecânica, comotermodinâmica e sistemas térmicospara aprofundar­se, assim,

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em alguns assuntos interessantespara a mecatrônica, como robótica econtrole. Se formos verificar então aproporção dos assuntos nos doiscursos, chegaremos a resultadosinteressantes. Os númeroscorroboram para a tese especificadanesse artigo, as diversas formas dese ensinar mecatrônica. A tabelamostra a porcentagem de cada áreanas matérias abordadas nos cursos.Vemos que na POLI há grandeinfluência de seu departamento deSistemas Mecânicos, que pertenceao PMR, enquanto na FEM há umagrande abordagem de assuntoseletrônicos e computacionais, porinfluência de sua forte tradição emelétrica. Provando finalmente que,apesar de terem o mesmo nome, osdois cursos seguem linhas umpouco distintas. É clara a intençãomais eletro­eletrônica daUNICAMP, visto sua grandeproporção de assuntos relacionadosa esse tópico, comparativamentecom a USP que forma umengenheiro mais generalistamecânico.

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ESCOLA AVANÇADA DE ENGENHARIAMECATRÔNICANo mês de julho deste ano,

20 estudantes de ensino médio dediversas partes do país poderãoparticipar de uma semana de aulas,estudos, competições, dentre outrasatividades, todas elas praticadasem um ambiente universitário.

das equipes da Poli, visitas dealguns laboratórios da Poli, como otanque de provas numérico (TPN),irão fazer algumas de suas refeiçõesnos bandejões da CidadeUniversitária e se alojarão noCEPEUSP, tendo também, neste

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Tulio Penha Soares

da Escola Politécnica vêem duranteo curso, com professores doutoresda USP. Complementando taisaulas os alunos realizarão algunspequenos projetos didáticos como,construção de pontes de macarrão,usinagem de placas em máquinasde controle numéricocomputadorizado (CNC),construção de carrinhos de controleremoto, programação de robôs,dentre outras atividades. Além detudo isso, os alunos participantespoderão provar um pouco da vidauniversitária, através das palestras

Durante umasemana, osestudantesassistirão àpalestras/aulas sobrealgunstópicos queos alunos degraduaçãodeMecatrônica de computadores e

microprocessadores, resistência dosmateriais, elementos de máquinas,eletrônica digital e analógica,controle moderno, cálculo, dentreoutras.

O objetivo da 6ª EscolaAvançada de EngenhariaMecatrônica (EAEM), realizadapelo PET Mecatrônica em conjuntocom o Centro Acadêmico daMecânica (CAM), é despertar ointeresse do jovem que está noensino médio para um dos camposda Engenharia que estão em maior

local,algumasatividadesde recreação.Algumas dasaulasoferecidasaos alunosde ensinomédio são:programação

em maior desenvolvimento noBrasil e no mundo a EngenhariaMecatrônica. Além disso, outroobjetivo da (EAEM) é ajudar aosalunos na sua difícil escolha decurso no vestibular. O que fazemosé tentar mostrar a estes alunoscomo é a vida universitária e comoé o nosso curso de mecatrônica,propiciando a eles embasamentospara escolha de seu curso degraduação.

Os estudantes serãoselecionados entre aqueles quefizerem sua inscrição no sitehttp://www.pmr.poli.usp.br/pet/.Alunos de toda a parte do paíspoderão fazer sua inscriçãomediante a um preenchimento eenvio de ficha de dados para oemail petmecatronica@gmail.com,juntamente com uma taxa decustos, que não terá fins lucrativospara o grupo, referente aalojamento, refeições e materialdidático. Se você então conhecealguém que se interesse porengenharia e está preste a entrar nafaculdade, não o deixe de informá­lo sobre essa oportunidade deconhecer a USP e de ter aula com osprofessores doutores da USP.

A EAEM é coordenadapelo grupo PET Mecatrônica emParceria com o CAM, sob a tutoriado Professor Doutor Diolino Josédos Santos Filho, docente epesquisador da Escola Politécnica,USP. Este ano, o grupo PET irá

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fazer uma pesquisa das 5 ediçõesanteriores que foram realizadascom sucesso, afim de avaliar qual éo impacto que uma escola avançadatem na sociedade e se estarealmente está atingindo o seuobjetivo proposto. Tal pesquisapode se realizada com muitapropriedade poderá ser publicadaem veículos adequados depublicações de artigos, mostrandoque o grupo PET Mecatrônica estácada vez mais preocupado com aindissociação entre pesquisa,ensino e extensão.

BOLSAS DE ESTUDOOs alunos da Escola

Politécnica (EP) têm o privilégio deestudar em um ambiente repleto deoportunidades. Nela, eles podemdesenvolver uma série deatividades extracurriculares queirão melhorar sua formaçãoacadêmica. Algumas dessasatividades são, inclusive,agraciadas com bolsas. Além disso,o estudante que estiver comdificuldade financeira depermanecer na universidade podepedir auxílio financeiro. Na EP, osalunos têm acesso a bolsasoferecidas por órgãos financiadoresde âmbito nacional e estadual, alémdas bolsas específicas para alunosda Universidade de São Paulo(USP) e da EP para odesenvolvimento de pesquisas nosdepartamentos das engenharias, ena comunidade USP em geral. Háainda oportunidades internacionaisbem diversificadas.

Atividades extracurricularesIniciação Científica ou Tecnológica:Uma modalidade de pesquisaacadêmica que visa preparar osestudantes de graduação adesenvolver projetos de pesquisacientífica. Acompanhados por umprofessor orientador, os alunoscomeçam a estudar e a pesquisarum tema de seu interesse,

tendo ou não contato com umlaboratório da faculdade. Aocontrário do que muitos pensam aparticipação em projetos de IC nãoé interessante somente aos alunosque pensam em seguir carreiraacadêmica. Por desenvolver acapacidade de buscar e produzir osconhecimentos necessários para odesenvolvimento da pesquisa, ela éinteressante a todo estudante quedeseja se tornar um profissionalcapaz de resolver os problemas dodia­a­dia.Programa de Educação Tutorial(PET): Desenvolve atividadesrelacionadas ao ensino, à pesquisa eà extensão. Os participantes dogrupo, sob a orientação de umtutor, realizam atividadesextracurriculares quecomplementam a formação tantoacadêmica quanto humana doestudante. Alem da IniciaçãoCientífica, os petianos trabalhamem projetos conjuntos com agraduação e a comunidadeuniversitária, estreitam orelacionamento com odepartamento onde estudam e temcontato com professores,pesquisadores e profissionais nomercado de trabalho.

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Eduardo M. de S.; Maurício M. N.

O estudante recebe apoio financeirode acordo com a Política Nacionalde Iniciação Científica, uma bolsade 360 reais. O aluno bolsista nãopode acumular reprovações após oingresso no PET, não pode serbolsista de outro programa, e deveapresentar Coeficiente deRendimento Escolar mínimo de 6,0.Cada grupo PET pode conter nomáximo 12 bolsistas e 6 não­bolsistas.Orientação Pedagógica: É um setorvinculado à Comissão do CicloBásico e tem como objetivopromover ações para melhoria doensino na graduação. As atividadesdesenvolvidas são divididas emtrês núcleos: o processo deavaliação das disciplinas, pesquisaacadêmica na área de educação(Ensino de Engenharia) eelaboração de projetoseducacionais. Fazem parte daOrientação Pedagógica o educadorGiuliano Salcas Olguin e alunos degraduação (alunos monitores),contando com a ajuda deprofessores. Existem ainda asatividades de monitoriarelacionadas com as disciplinas nasquais alunos que tiveram bomdesempenho em determinadadisciplina podem ser tornarmonitores para tirar dúvidas dosalunos que vierem a cursar adisciplina.

Órgãos financiadoresExistem vários agentes

financiadores de atividades depesquisa em âmbito nacional eestadual. Em geral eles fazem asmesmas exigências para aconcessão de bolsas: o aluno deveestar regularmente matriculado,deve ter concluído um númeromínimo de disciplinas relevantespara o projeto, ter bomdesempenho acadêmico e não tervínculo empregatício nem receberbolsa de outras entidades.Entretanto, é sempre importante leros editais para evitar problemasdurante o pedido das bolsas. Outraexigência comum é que os alunosenvolvidos em projetos de pesquisafinanciados apresentem osresultados de seus trabalhos,mesmo que parciais, em semináriosde iniciação científica promovidospela instituição, como o SIICUSP(Simpósio Internacional deIniciação Científica da USP).

Entre os agentesfinanciadores de caráter nacionalestá O Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), que é umaagência do Ministério da Ciência eTecnologia (MCT) destinada aofomento da pesquisa científica etecnológica e à formação derecursos humanos para a pesquisano país. Ele oferece bolsas àsinstituições de ensino superior epesquisa e aos cursos de pós­

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O interessado nessa modalidadedeve ser selecionado pelocoordenador do projeto depesquisa e deve ter seu projetoavaliado por consultores escolhidospara essa função. Essa bolsa podeter duração máxima de três anos eseu valor mensal é de R$ 300,00.

Já em âmbito estadualtemos A Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo(FAPESP), que é uma agência deincentivo a pesquisa vinculada àSecretaria de DesenvolvimentoEconômico, Ciência e Tecnologiado Governo do Estado de SãoPaulo. Seu orçamento anualcorresponde a 1% da receitatributária do Estado e ela éresponsável por apoiar projetos depesquisa de alunos de graduação,pós­graduação e pesquisadorescom título acima de doutor. O valorda bolsa de IC ou IT da FAPESP éde R$ 474,00 e sua duração é de umano, sendo renovável após análisedo desempenho do bolsista e deseu histórico escolar atualizado.

A Fundação de Apoio àUniversidade de São Paulo ­ FUSPé uma entidade sem fins lucrativosque foi criada com o principalobjetivo de flexibilizar, agilizar econtribuir para a eficiência dasatividades da Universidade de SãoPaulo. Gerencia financeiramenteprojetos, que podem concederbolsas de diversas modalidades aosestudantes e pesquisadores. Todas

essas bolsas têm seus valorescompatíveis com aquelesestabelecidos em bolsassemelhantes da própria FAPESP.

Outras atividades financiadasAlém dos financiadores de

atividades de pesquisasmencionados anteriormente, háuma série de organizações no Brasile no exterior que concedem bolsaspara programas de intercâmbio egraduação. Entre elas podemoscitar:DAAD: Uma das Bolsas oferecidaspelo Deutscher AkademischerAustausch Dienst é para o Curso deInverno de Língua e CulturaAlemãs (Winterkurs). É umprograma de quatro a seis semanasem janeiro e fevereiro. Oferecidopelas universidades de Berlim,Düsseldorf, Essen, Freiburg eLeipzig, o programa destina­seexclusivamente a estudantesuniversitários, com bonsconhecimentos de alemão, quequeiram aperfeiçoar o idioma eaprofundar seus conhecimentossobre a cultura e a sociedadecontemporâneas da Alemanha. Abolsa é de 2800 euros mais seguro­saúde.JICA: Agência de CooperaçãoInternacional do Japão ofereceanualmente ao Brasil uma lista de280 cursos, de Administração àPesca. Entre outros requisitos, énecessário cópia de certificado de

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18 Revista Autômato Primeiro Semestre

proficiência lingüística no idiomainglês, com indicação do conceitoobtido (regular, bom ou muitobom). A boa notícia é que aAgência oferece – sem ônus –passagens aéreas, alojamento ediárias.UNESCO: O programa de bolsas deestudos da UNESCO é conduzidopela UNESCO Sede, em Paris epelas Comissões Nacionais dospaíses­membros da Organização.No Brasil, a Comissão Nacional daUNESCO funciona no Ministériodas Relações Exteriores (Itamaraty),na DAMC. Continuamente surgemoportunidades de bolsas depesquisa em diversos países etemas, promovendo a misturacultural e de conhecimento.Bolsas de apoio a permanência na

universidadeO Programa de apoio à

permanência e formação estudantilconsiste em apoios e bolsasdisponibilizados para alunos degraduação que apresentamdificuldades socioeconômicas parase manter na universidade econcluir sua formação. A avaliaçãosocioeconômica é feita após ocandidato preencher o questionáriono site do COSEAS(www.usp.br/coseas) e entregar osdocumentos que comprovam asituação. São avaliados critérioscuidadosamente estabelecidos ecada item vale certo número

de pontos. O total de pontosclassifica o aluno para concorrer àbolsa. De acordo com o número depontos, podem ser acumuladosapoios e bolsa, porém, não podemser acumuladas somente bolsas. Osapoios disponíveis no Campus daCidade Universitária são Auxílio­Moradia, Alimentação e Vaga deMoradia. As bolsas são BolsaFUVEST, Bolsa Ensinar comPesquisa e Bolsa Aprender comCultura e Extensão.

Outra bolsa de apoio quepode ser requisitada pelopolitécnico é a da Associação dosEngenheiros Politécnicos (AEP). AAEP oferece bolsas de estudo paraalunos carentes da Poli. A escolhados bolsistas é realizada com ajudado COSEAS/USP, que realiza olevantamento do perfil sócio­econômico dos alunos interessadose a manutenção do auxílio estáassociada ao desempenhoacadêmico do aluno. O valor daajuda mensal é de um saláriomínimo.

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20 Revista Autômato Primeiro Semestre

Igor Luiz Bastos de Almeida

ENGENHEIROGRAMAS

Revista Autômato 2011 Primeiro Semestre

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