quimica aplicada - geral e do petroleo

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  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 1

    Curso de Formaode Tcnicos de Operao Jr

    do Abastecimento

    2 edio

    QumicaOrgnica

    Geral e do Petrleo

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    ndicePARTE I QUMICA ORGNICA 04

    INTRODUO QUMICA ORGNICA 05(a) Classificao das cadeias carbnicas 07[a.1]Cadeias abertas(acclicasoualifticas) 08(a.2)Cadeias fechadas(cclicas) 09COMPOSTOS DE CARBONO E GRUPOS FUNCIONAIS 11(a) Hidrocarbonetos 11(a.1) Alcanos 12(a.2) Alcenos 17(a.3) Alcinos 19(a.4) Benzeno 20(a.5) Haletosorgnicos 20(a.6) Nomenclaturadoshidrocarbonetos 21FUNES OXIGENADAS 29(a) Alcois 29(a.1)Fenis 31(a.2) Propriedades 32(b) Aldedos 32(b.1)Propriedades 33(c) Cetonas 33(c.1)Propriedades 34(d) teres 34(d.1)Propriedades 35

    (e) cidos Carboxlicos 35(e.1)Propriedades 36(f) steres 36(f.1)Propriedades 37FUNES SULFURADAS E NITROGENADAS 38(a) Tiocompostos 38(b) Compostos nitrogenados 39(b.1)Aminas 39(b.2)Amidas 40COMPOSTOS ORGANOMETLICOS 42

    Par

    teII

    O

    PETRLEO

    43

    ORIGEMEEXPLORAODOPETRLEOEDOGSNATURAL 44(a) Explorao 46(b) Perfurao 48(c) Produo 50(d) Definio de petrleo 53CARACTERIZAO DO PETRLEO 55(a) Densidade do petrleo 55(b) Outros meios de caracterizao do petrleo 59TRANSFORMAO DO PETRLEO EM PRODUTOS 61(a) Processos de separao 62(a.1) Destilao do petrleo 62(a.2) Processos de separao com extrao por solvente 69

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    ndice(b) Processos de transformao 71(b.1) Craqueamento 71

    (b.2) Reforma cataltica ou aromatizao 76(b.3) Polimerizao e alquilao 78(c) Processos de acabamento 79

    ANEXO A TABELA PERIDICA DOS ELEMENTOS 81

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 82

    TABELAS

    COMPOSTOS DE CARBONO E GRUPOS FUNCIONAISTabela 1 - Alguns componentes do grupo alquila 13Tabela 2 - Fraes de alcanos obtidas no refino do petrleo 15Tabela 3 - Alguns alcenos 17Tabela 4 - Alguns alcinos 19Tabela 5 - Prefixos dos alcanos de cadeia simples 22

    ORIGEM E EXPLORAODO PETRLEO E DO GS NATURALTabela 1 - Composio elementar mdia dos petrleos 54

    CARACTERIZAO DO PETRLEOTabela 1 - Massa especfica e densidade de hidrocarbonetos 58

    FIGURAS

    ORIGEM E EXPLORAODO PETRLEO E DO GS NATURALFigura 1 - Depsito de petrleo no subsolo 46Figura 2 - Perfurao para extrao de petrleo e gs 48Figura 3 - Plataformas terrestre e martima 49Figura 4 - Cabea de cavalo sistema de bombeamento 51

    TRANSFORMAO DO PETRLEO EM PRODUTOSFigura 1 - Esquema de processo em uma refinaria 64Figura 2 - Refinaria 64

    Figura 3 - Unidade de desasfaltao por extrao a propano 69Figura 4 - Unidade de desaromatizao por extrao a propano 70Figura 5 - Unidade de desparafinao a MEC-Tolueno 70Figura 6 - Unidade de coqueamento retardado 72Figura 7 - Unidade de craqueamento cataltico 74Figura 8 - Unidade de hidrocraqueamento cataltico 75Figura 9 - Fluxograma do processo platforming (reforma a platina)da Universal Oil Products

    77

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    [ParteIQumicaOrgnica

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    [Introduoqumicaorgnica

    Uma definio utilizada com bastante aceitao que a qumica orgnica

    a qumica do carbono. Isso no inteiramente correto, pois vrios compos-

    tos

    de

    carbono so classificados como inorgnicos, como, por exemplo,

    carbetos,

    xidos

    de

    carbono,

    carbonatos,

    cianetos e outros. No

    entanto,como veremos mais adiante, o carbono a espinha dorsal de

    quase

    todos os

    compostos

    orgnicos.

    O dia-a-dia nos cerca de compostos orgnicos: os alimentos (protenas, leos,

    carboidratos), os combustveis (hidrocarbonetos), os materiais plsticos, a

    madeira, o papel, a borracha emais uma infinidade de outras coisas.

    Que

    outros

    compostos orgnicos voc citaria?

    Os estudos sobre a origem e evoluo da vida no planetaTerra e a probabi-

    lidade de haver vida fora dela buscam explicaes na qumica orgnica, por

    meio

    da

    bioqumica.

    A

    importncia

    dos

    compostos

    orgnicos tal, que

    atualmente

    so

    conhecidos

    cerca

    de

    9

    milhes

    de

    compostos

    orgnicos,

    nmeroesseque representa20 vezesaquantidadede compostos inorgnicos

    caracterizados e conhecidos.

    A

    principal

    caracterstica

    do

    carbono,

    e

    que

    o

    faz

    ser

    to

    especial,

    sua

    capacidade

    de formar essa infinidade de compostos distintos, ligando-se

    com

    outros

    tomos

    de

    carbono

    ou

    com

    tomos

    de

    outros

    elementos. Esse

    fenmeno explicado pela valncia do carbono. Os tomos possuem uma

    capacidade

    fixa

    de

    realizarem

    ligaesqumicas, que chamada de valncia

    (voc

    lembra?,

    vimos

    este

    assunto

    no

    captulo

    Ligaes

    Qumicas,

    da

    apos-

    tila

    de

    Qumica

    Geral e Inorgnica). O carbono um composto tetravalente,

    ou

    seja, capaz de fazer at 4 ligaes qumicas. Outros compostos, o

    oxignio,

    por

    exemplo,

    so

    bivalentes. O hidrognio e os halognios so

    monovalentes.

    Obser

    ve

    essas

    possibilidades

    de

    ligaes

    abaixo

    esquematizadas

    para

    alguns

    dos

    elementos citados:

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    C 0 H Cl

    Os

    tomos

    de

    carbono

    podem

    utilizar

    essas

    valncias

    para

    formar

    ligaescom

    um ou mais tomos de carbono. Alguns exemplos esto a seguir

    esquematizados:

    C C C C C C

    Ligao simples Ligao dupla Ligao tripla

    C C C C

    C C C

    Cadeia ramificada - esqueleto carbnico

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    C

    C C

    C C

    Cadeia cclica representao simplificada

    Em uma cadeia, os tomos de carbono podem ser classificados quanto s

    ligaes

    que

    fazem

    com

    outros

    tomos

    de

    carbono.

    Veja

    a

    classificao

    conforme o esquema a seguir:

    C C C C2 3 3 1

    C3 C4 C3

    C

    C

    C

    2

    3

    2

    Carbono primrio: liga-se a apenas um tomo de carbono (C1).

    Carbono

    secundrio:

    liga-se

    a

    dois

    tomos

    de

    carbono

    (C2).

    Carbono tercirio: liga-se a trs tomos de carbono (C3).

    Carbono quaternrio: liga-se a quatro tomos de carbono (C4).

    (a) Classificao das cadeias carbnicas

    Por

    sua

    vez,

    as

    cadeias, tambm chamadas de esqueletos carbnicos, se

    classificam

    em

    abertas

    ou

    fechadas.

    Veremos

    a

    seguir essas classificaes,

    tomando

    por

    base

    as

    ligaes

    carbono-hidrognio:

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    (a.1) Cadeias abertas (acclicas ou alifticas)

    So

    cadeias

    que

    noformamumciclofechado.Dividem-seemtrssubclasses:

    a)

    Quanto

    disposio:

    Cadeias normais: Apresentam apenas carbonos primrios e secundrios.

    CH CH CH3 2 3

    Cadeiasramificadas:Apresentamaomenos1carbonotercirioouquaternrio.

    CH3 CH3

    CH3 C CH2 CH2

    CH3

    b)Quanto a sua natureza:

    Cadeias homogneas: Apresentam apenas tonos de carbono em sua estru-

    tura

    interna.

    CH3 CH2 CH3

    Cadeias

    heterogneas:

    Apresentam

    ao

    menos

    um

    tomo

    diferente

    de

    carbo-no

    no

    seu

    interior.

    CH

    CH

    S CHCH3

    2

    2

    3

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    c)

    Quanto

    s

    ligaes qumicas:

    Cadeia

    saturada:

    Apresenta

    apenas

    ligaes

    simples

    entre

    os

    tomos

    de

    carbono.

    C

    C C C C C

    C C

    Cadeia insaturada: Apresenta ao menos uma ligao entre carbonos que

    no seja simples.

    C

    C C C

    (a.2) Cadeias fechadas (cclicas)

    So

    cadeias

    onde

    os

    carbonos formam um ciclo. Na indstria do petrleo

    so

    chamados

    de

    naftnicos.

    Classificam-se

    em:

    a)Quanto natureza:

    Cadeias homocclicas: Cadeias cclicas que apresentam apenas tomos de

    carbono

    na estrutura.Dividem-se em:

    Cadeias aromticas:Apresentamum ciclo de seis carbonos com

    ligaes

    duplas

    alternadas,

    chamado

    de

    ncleo

    benznico. O

    ciclo, ou anel, aromticomais importante o benzeno. Existem

    outros

    compostos aromticos, alguns anulenos. A denominao

    de

    compostos aromticos foi dada em razo do aroma dos

    primeiros compostos isolados.

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    Cadeias alicclicas: No apresentam ciclo

    aromtico.

    So

    as

    cadeias

    cclicas

    mais

    simples.

    Cadeias heterocclicas: Apresentam um tomo

    diferente de carbono (chamado heterotomo) S

    em

    sua estrutura. N

    b)Quanto s ligaes qumicas:

    Saturadas:

    Apresentam

    apenas

    ligaes

    simples

    entre

    os

    carbonos.

    Insaturadas:Apresentamdupla ou tripla ligao entre os tomos de carbono.

    c) Cadeiasmistas:

    So

    compostos

    orgnicos

    que

    apresentam

    na

    sua

    estrutura

    a

    unio

    de uma

    cadeia cclica com um cadeia aberta.

    CH2CH2CH2CH2CH3

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    [C

    ompostos

    de

    carbono

    e

    gruposfuncionais

    A

    capacidade

    dos

    tomos

    de

    carbono

    de

    realizarem

    fortes

    ligaes

    covalentes

    entre si, sua capacidade de combinar com elementos como o hidrognio,

    oxignio,

    enxofre,

    nitrognio e a sua tetravalncia so os motivos que gera-

    ram a necessidade de haver um campo especfico da qumica que estude os

    compostos

    dessa

    natureza.

    Neste

    captulo,

    veremos

    como

    as

    mais

    variadas

    formas desses compostos so classificadas.

    A qumica orgnica denomina grupos funcionais os arranjos de tomos com

    determinadas

    propriedades

    fsicas e qumicas semelhantes. Os grupos

    funcionais

    transformam

    a

    enorme

    variedade

    de

    compostos

    orgnicos

    em um

    nmero

    relativamente

    pequeno

    de famlias. no grupo funcional que ocorre

    amaior parte das reaes qumicas.

    Vamos comear o estudo dos grupos funcionais com o mais simples dos

    grupamentos carbnicos, os hidrocarbonetos.

    (a) Hidrocarbonetos

    Como

    o

    prprio

    nome

    sugere,

    hidrocarbonetos

    so

    compostos

    que

    apresentam

    em suaestrutura apenas tomos de carbono e dehidrognio.Amaior fonte de

    hidrocarbonetos na Terra o petrleo, sendo este umamistura de compostos

    orgnicos

    onde

    amaiorparte compostadealifticos (alcanos,alcenos,alcinos

    e suas variaes cclicas) e aromticos. Os hidrocarbonetos so utilizados

    principalmente como combustveis e como matria-prima para a indstria

    petroqumica, onde os produtos derivados do petrleo oriundos da refinaria so

    transformados em produtos com fins mais nobres, como, por exemplo, os

    polmeros.

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    Pausa

    para

    reflexo:

    Existem

    outras fontesdehidrocarbonetosalmdopetrleo.Quais

    delas

    voc conhece?

    O carvo? Certo! O xisto? Certo, tambm! Que outras fontes

    voc

    conhece?

    (a.1)

    Alcanos

    Compostos

    de

    carbono e hidrognio que possuem apenas ligaes sim-

    ples entre os carbonos. So chamados de compostos saturados, e anti-

    gamente

    eram

    denominados

    parafinas. Os alcanos podem ser de cadeia

    aberta

    ou fechada. Quando a cadeia fechada, so chamados de

    cicloalcanos.

    O grupo funcional dos alcanos chama-se grupo alquila, e seuscomponentes

    so

    obtidos

    pela

    remoo

    de um tomo de hidrognio

    de um alcano. Os alcanos mais simples e seus grupos funcionais esto

    apresentados na Tabela 1:

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    Os cicloalcanos, cuja frmula geral CnH2n, so compostos cicloalifticos,

    pois no possuem ncleo benznico. Exemplos de cicloalcanos:

    C3H6 C4H8

    H H

    2HC CH

    2C

    H C C H H2C CH2

    H H

    As

    fraes

    de

    alcanos

    obtidas

    a partir do refino do petrleo so listadas na

    Tabela 2:

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 15

    Tabela

    2

    Fraes

    de

    alcanos

    obtidas

    no refino dopetrleo

    Fonte: SOLOMONS, 2001, v.1.

    Intervalo deebulio da

    frao (0C)

    Nmero detomos decarbono pormolcula

    Utilizao

    C1C

    4

    C5

    C6

    C6

    C7

    C5

    C10

    C12C

    18

    C12 em diante

    C20 em diante

    C20

    em diante

    Abaixo

    de

    20

    20

    60

    60

    100

    40

    200

    175 325

    250 400

    Lquidos

    novolteis

    Slidos no

    volteis

    Gs

    natural,

    GLP,

    indstria

    petroqumica

    ter

    de

    petrleo,

    solventes

    Ligrona,solventes

    Gasolina

    Querosene e

    combustvel

    de

    aviao

    Gasleo,leocombustvele

    leo

    diesel

    leo mineral refinado,leo

    lubrificante,graxa

    Cera

    de parafina,

    asfalto,alcatro

    Propriedades fsicas dos alcanos e dos cicloalcanos:

    Pontosdeebulio:Sob temperaturade25Cepressode1atm,osalcanos

    no

    ramificados

    de

    C1 atC4 so gases.DeC5 atC17 so lquidos e deC18

    acima, so slidos. Istomostra a relao direta do ponto de ebulio com a

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 16

    massa molecular do hidrocarboneto. Quanto mais pesado for o alcano,

    maior seu ponto de ebulio.

    Cadeias

    carbnicas

    ramificadas

    possuem

    ponto

    de

    ebulio

    mais

    baixo.

    Considerando dois alcanos com o mesmo nmero de carbonos, porm um

    sem ramificaes e outro com, teremos pontos de ebulio diferentes para

    cadaum deles:oque apresenta forma linear tem seupontodeebuliomais

    elevado,

    devido

    maior interao intermolecular as foras de van der

    Waals entre suas molculas (lembra,j vimos isso no captulo Ligaes

    Qumicas,

    da

    apostila

    de

    Qumica

    Geral e Inorgnica desta disciplina). As

    ramificaes diminuem a superfcie de contato entre asmolculas, diminuin-

    do, conseqentemente, a interao intermolecular.

    Densidade: Os alcanos e cicloalcanos so os compostosmenos densos entre

    os compostos orgnicos. Todos os alcanos e cicloalcanos possuem densidade

    menor

    que

    a

    gua

    (1,00g/L

    a

    4C). por esta razo que o petrleo flutua

    sobre

    a

    gua,

    pois

    ele composto em suamaior parte por alcanos.

    Solubilidade: Devido incapacidade dos alcanos e dos cicloalcanos forma-

    rem

    pontes

    de

    hidrognio e apresentarem polaridade muito baixa, eles so

    praticamente insolveis em gua. Eles se misturam entre si e so bons

    solventes

    para

    substncias

    de

    polaridade

    baixa,

    como

    o

    tetracloreto

    de

    carbono, benzeno, clorofrmio e outros hidrocarbonetos.

    Propriedades qumicas dos alcanos e cicloalcanos:

    Os alcanos so caracterizados por uma grande inatividade qumica amuitos

    reagentes qumicos. Asmolculas dos alcanos no possuem eltrons livres

    para

    serem

    atacados

    por

    cidos e suas ligaes carbono-hidrognio so

    pouco

    polarizadas,

    no

    permitindo

    o

    ataque

    de

    bases.

    Por

    este motivo os

    alcanos eram chamados de parafinas (palavra derivada do latim e que signi-

    fica pouca afinidade).

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    17/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 17

    As

    reaes

    mais importantes dos alcanos so a decomposio trmica e a

    combusto. A decomposio trmica chamada de cracking em ingls, e

    ocorre

    quando

    os

    alcanos

    so

    aquecidos

    sem

    a

    presena

    de

    oxignio.

    A

    combustoa reaoentreoalcanoeooxignioquandoamistura reacional

    levada sua temperatura de ignio.

    (a.2) Alcenos

    So

    hidrocarbonetos

    que

    apresentam

    ao

    menos

    uma

    ligao

    dupla

    entretomos

    de carbono. Eram antigamente chamados de olefinas. Osmais sim-

    ples

    alcenos

    esto

    indicados

    na

    tabela

    abaixo:

    Tabela

    3

    Alguns

    alcenos

    Nome Frmulaqumica

    Eteno C2H4

    Propeno

    C3H6

    Buteno C4H8

    Penteno C5H10

    Frmulaestrutural

    CH2

    CH2

    CH2 CHCH3

    CH2

    CHCH2CH

    3

    CH2

    CHCH2CH

    2CH

    3

    Os alcenos apresentam uma frmula geral igual aos cicloalcanos, CH .n 2n

    Na

    rea petroqumica, o eteno e o propeno esto entre osmais importantes

    produtos. O eteno utilizado comomatria-prima para a sntese industrial

    de etanol, xido de etileno, etanal, e principalmente o polmero polietileno.

    O

    propeno utilizado na preparao do polmero polipropileno.

    Os alcenos cclicos so chamados de cicloalcenos. Veja a seguir a represen-

    tao

    de

    dois cicloalcenos:

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    18/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 18

    C

    H

    C

    H3 4 4 6

    HHC CH

    C

    H C C H H2C CH2

    H

    A frmula geral dos cicloalcenos CH .n 2n-2

    Propriedades Fsicas

    So

    semelhantes s dos alcanos. Os alcenos contendo at 4 carbonos (com

    exceo

    do 2-buteno) so gases temperatura ambiente. So relativamente

    apolares,

    dissolvendo-se

    em

    solventes

    apolares

    ou

    pouco

    polares e pouco

    solveis em gua. Possuem densidademenor que a gua.

    Propriedades Qumicas

    So bemmais reativos que os alcanos, devido presena da dupla ligao.

    A

    estabilidade

    dos

    alcenos diretamente proporcional ao nmero de grupos

    alquila ligado aos carbonos da dupla ligao do alceno. Quanto maior o

    nmero

    de

    alquilas, maior a estabilidade. Os alcenos e cicloalcenos po-

    dem sofrer reaes de adio e de substituio.

    Estabilidade

    dos

    alcenos:

    R R R R R

    H

    R H H HC C > C C > C C > C C > C C

    R R H R H R H H H H

    A

    estabilidade tambm depende do tipo de ismero do composto.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    19/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 19

    (a.3) Alcinos

    So

    os

    hidrocarbonetos

    que

    possuem

    ao

    menos uma ligao tripla entre

    tomos

    de

    carbono

    namolcula.

    Tabela 4Algunsalcinos

    Nome

    Frmula

    qumica

    Frmula estrutural

    Etino ou acetileno C2H2 CH CH

    Propino C3H4 CH C CH3

    Butino C4H

    6

    Pentino

    C5H8

    CH C CH2CH

    3

    CH C CH2CH2CH3

    A frmula geral dos alcinos amesma que a dos cicloalcenos, C

    nH

    2n-2.

    Os cicloalcinos (ou ciclinos) so as cadeias cclicas de compostos que possuem

    ao

    menosuma ligao triplanacadeia.A frmulageraldeumciclinoC

    nH

    2n-4.

    O alcinomais simples o etino, ou como mais conhecido, o gs acetileno,

    muito utilizado no setor industrial. O acetileno pode ser sintetizado a partir

    da

    reao

    entre

    o

    carbeto

    de

    clcio e a gua:

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    20/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 20

    2+2H0 HCaC2(s) C C H+Ca2+

    (aq.)

    +2OH-(aq.)

    (a.4) Benzeno

    O benzeno um hidrocarboneto que contm 6 tomos de carbono e 6

    tomos

    de

    hidrognio,

    com

    trs

    ligaes

    duplas

    alternadas,

    fechando

    umacadeia aromtica. Observe os desenhos esquematizados a seguir, todos

    representativos

    da

    molcula

    de

    benzeno:

    Benzeno

    ressonncia

    da

    ligao

    dupla

    Os compostos de benzeno possuem grande importncia na rea do petrleo.

    Veremosmais detalhes sobre esses compostos adiante.

    (a.5) Haletos orgnicos

    So

    derivados

    dos

    hidrocarbonetos

    comuns

    que

    apresentam um tomo

    halognio

    (Cl,

    F, Br ou I) substituindo um carbono ou um hidrognio. Exis-

    tem

    os

    haletos

    de

    alquila

    (substituio

    em

    um

    alcano

    de

    um

    hidrognio

    por

    um halognio), haletos de vinila (substituio em um alceno de um hidrog-

    nio por um halognio) e os haletos de arilas (substituio em um aromtico

    de um hidrognio por um halognio). Todos esses compostos formam o

    grupo denominado de haletos orgnicos.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    21/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 21

    Os haletos orgnicos possuem solubilidademuito baixa em gua,mas devi-

    do a sua baixa polaridademisturam-se entre si e com solventes apolares ou

    pouco

    polares.

    Alguns

    dos

    haletos

    orgnicos, inclusive, so usados como

    solventes,

    como o caso do tetracloreto de carbono ou o tricloro metano,

    tambm conhecido como clorofrmio.

    (a.6)

    Nomenclatura

    dos

    hidrocarbonetos

    S no fim do sculo XIX foi desenvolvidoum sistema formal denomenclatura

    para

    os

    compostos

    orgnicos. Muitos dos compostos orgnicosj haviam

    sido

    descobertos e recebiam nomes relativos s substncias de onde eram

    extrados. Vrios desses nomes continuam sendo usados informalmente,

    por isso necessrio que se conhea tanto o nome oficial quanto o nome

    comum da substncia.

    A

    nomenclatura

    formal

    utilizada

    hoje

    em

    dia

    a

    proposta

    pela

    IUPAC(International Union of Pure and Applied Chemistry). O princpio desta no-

    menclatura que cada composto deve ter um nome especfico, a partir do

    qual suamolcula possa sermontada e o composto possa ser identificado.

    A

    nomenclatura

    oficial

    deve

    atender

    aos

    seguintes

    requisitos:

    Identificar

    a

    funo

    ou

    grupo

    orgnico

    a

    que

    o

    composto

    pertence;

    Identificar o nmero de carbonos na estrutura da substncia;

    Identificar a existncia, quantidade e localizao das insaturaes

    na

    cadeia

    carbnica;

    Identificar

    a

    existncia e a quantidade das ramificaes na cadeia

    carbnica.

    Veremos

    a

    seguir

    a

    nomenclatura

    dos

    hidrocarbonetos, e conforme novos gru-

    pos

    orgnicos

    forem

    sendo

    apresentados

    suas

    nomenclaturas

    sero

    estudadas.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    22/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 22

    Alcanos

    Os alcanos possuem sua nomenclatura terminada em ano. As cadeias sim-

    ples

    de

    alcanos

    (sem

    ramificaes)

    so

    formadas

    por um prefixo que indica

    a

    quantidade

    de

    carbonos

    da

    cadeia e o sufixo -ano. A Tabela 5 mostra

    esses prefixos.

    Tabela

    5

    Prefixos

    dos

    alcanos

    de

    cadeia

    simples

    Nmero de carbonos Prefixo Composto

    1C

    2C

    3C

    4C

    5C

    6C

    7C

    Met

    Et

    Prop

    But

    Pent

    H

    e

    x

    Hep

    Metano CH4

    EtanoC

    2H6

    Propano C3H8

    Butano C4H10

    Pentano C

    5H12

    Hexano C

    6H14

    Heptano C7H16

    Os alcanos com quantidade de carbono acima do butano (C5, C6, ...) rece-bemum sufixo de origem grega ou do latim, que indica onmero de carbo-

    nos. Exemplos de alcanos:

    3Metano

    CH

    H

    ou

    CH 6

    13 6

    14Hexano CH H ou CH4

    H H H H H H H

    H C H H C C C C C C H

    H H H H H H H

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 23

    3 2CH CH

    2CH CH

    3CHCH

    2

    3CH substituinte: metil

    Os alcanos de cadeia ramificada obedecem s seguintes regras de nomen-

    clatura:

    A cadeia de tomos de carbonomais comprida a cadeiaquedeter-

    mina o nome principal para o alcano.

    Ostomosdecarbonoda cadeiaprincipaldevemserenumerados,de

    modo

    que

    o

    carbono

    que

    esteja

    substitudo

    receba

    a

    menor

    numerao.

    O nmero do tomo de carbono que contenha o substituinte (a

    ramificao)

    ser

    adicionado

    ao

    nome

    do

    grupamento

    alquila

    substituinte.

    Quando

    dois

    ou

    mais substituintes estiverem presentes, cada um

    deles

    dever apresentar um nmero correspondente a sua localizao na

    cadeia principal,mesmo que estejam substitudos nomesmo carbono.

    Quando

    existir

    dois substituintes iguais, usa-se os prefixos bi-, tri-,

    tetra-, para se indicar a quantidade.Separa-se o nmero que indica o carbo-

    no

    substitudo

    por

    vrgulas.

    Quando existir duas oumais cadeias com omesmo nmero de car-

    bonos,

    a

    que

    possuirmaior quantidade de ramificaes a principal.

    Exemplos de alcanos ramificados:

    2-metilhexano

    6 5 4 3 2 1

    4-etil

    -2-metilhexano

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    CH3

    CHCH2

    CHCHCH3

    substituinte: metil CH3 CH2

    CH3 substituinte: etil

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 24

    2,3-dimetilbutano

    1

    2

    3

    4

    CH3CH

    CH

    CH

    substituinte:

    metil 3 3CH CH substituinte: metil

    Enfim,

    seguindo-se

    as

    regras

    estipuladas,

    qualquer

    alcano

    ramificado

    podeser identificado com sua nomenclatura formal. Cuidado especial deve ser

    dado

    aos radicais alquila dos compostos que possuem ismeros de cadeia.

    Ismeros

    de

    cadeia

    so

    compostos

    que

    possuem

    a

    mesma quantidade de

    elementos, porm dispostos de forma distinta. Quanto maior a cadeia

    carbnica, maior a quantidade de ismeros. Os radicais de alcanos mais

    importantes

    so

    os

    indicados

    na

    Tabela

    1,

    onde

    os

    grupamentos

    alquila

    foram ilustrados.

    Nomeiam-se

    os

    cicloalcanos

    da

    mesma

    maneira

    que

    os

    alcanos,

    apenas

    sendo

    agregado

    ao

    nome

    o

    prefixo

    ciclo-.

    ciclopentano ciclohexano

    Retirando-seumhidrogniodeumalcano,obtm-seum radical alquila,confor-

    me

    j

    mostrado

    anteriormente.

    Alm

    dos

    principais

    radicais

    alquila

    apresenta-

    dos

    no item a.1Alcanos, os radicais a seguir tambm somuito comuns:

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 25

    3

    H H H H

    n-butila H C C C C

    H H H H

    H CH3 H

    iso-butila H C C C

    H H H

    H CH H

    terc-butila H C C C H

    H H

    H H H H

    sec-butila H C C C C H

    H H H

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    26/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 26

    Alcenos

    Denomina-se

    da

    mesmamaneira que os alcanos,modificando-se apenas o

    sufixo,

    que

    passa

    a

    ser

    -eno.

    Os alcenos ramificados possuem apenas alguns incrementos quanto s re-

    gras

    para

    a

    nomenclatura

    aplicadas

    nos

    alcanos,

    a

    saber:

    A

    cadeiaprincipal aquela que contm omaiornmero de carbonos

    e a ligao dupla. Se houver uma cadeia carbnica com ligaes simples

    maior do que a que contm a ligao dupla, a que contm a dupla ligao

    continua sendo a cadeia principal.

    Os tomos de carbono da cadeia principal devem ser enumerados

    de modo a obter a menor numerao possvel para o primeiro tomo que

    contiver a ligao dupla.

    As localizaes dos grupos substituintes devem ser indicadas pelos

    nmeros

    correspondentes

    aos

    dos

    tomos

    de

    carbonos

    da

    cadeia principal.

    Nos cicloalcenos, os tomos de carbono que contm a ligao

    dupla iniciam a numerao e esta deve proporcionar a menor numerao

    possvel

    para

    os substituintes no anel.

    Os compostos que possuem duas ligaes duplas denominam-se

    alcadienos ,

    sendo

    a

    numerao

    aplicada

    de

    forma

    que

    seja atribuda a

    menor numerao possvel para uma das ligaes duplas.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 27

    eteno propeno 2,5-dimetil-2-hexeno

    3 3CH CH

    CH2

    CH2 CH2 CH2 CH3 H3C C CHCH2CH CH31

    2

    3

    4

    5

    6

    (etileno) (propileno) (etileno)

    Os alcenos possuem dois importantes radicais que so a vinila, originada

    da

    retirada

    de 1 hidrognio do eteno, e a alila, originada da retirada de 1

    hidrognio

    do

    propeno.

    PropenilaouALILA CH CHCHEtenilaouVINILA CH2 CH 2 2

    H H HH H

    H C C CH C C

    H

    Alcinos

    Denomina-se

    quase

    da

    mesma

    maneira

    que

    os

    alcenos, diferindo apenas no

    sufixo, que passa a ser -ino. Para alcinos ramificados, as regras so as

    mesmas

    dos

    alcenos.

    Nomenclatura dos derivados do benzeno

    Esses derivados recebem nomes relativos ao prprio benzeno. Nos deriva-

    dosmonossubstitudos do benzeno, os substituintes so o prefixo do nome.

    A seguir um exemplo demonossubstituio:

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    28/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 28

    Alguns derivados possuem nomes comuns,j enraizados, e que no seguem

    a

    regra acima. O tolueno um deles; o outro o naftaleno:

    Naftaleno

    Uma dupla substituio no anel benznico implica uma denominao espe-

    cial, dada pelos prefixos orto-,meta- e para-, que podem ser substitudos

    por suas letras iniciais o,m e p, respectivamente.

    1,2-dimetilbenzeno 1,3-dimetilbenzeno 1,4-dimetilbenzeno

    A retirada deumhidrogniodo benzeno formaum radical que comumente

    chamado

    de

    radical

    arila.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    29/82

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 29

    [Funesoxigenadas

    Existem

    compostos

    orgnicos

    que

    possuem

    oxignio

    em

    sua estrutura. Es-

    ses compostos esto agrupados em funes, dentre as quais asmais impor-

    tantes so: alcois, fenis, aldedos, cetonas, teres, steres e cidos

    carboxlicos.

    Outras

    funes

    orgnicas

    que

    possuem

    oxignio

    so

    de aplica-

    o

    mais

    restrita

    e

    no

    sero

    aqui

    abordadas.

    A maior parte dos compostos oxigenados que aparecem no petrleo est

    concentrada

    nas

    fraes

    mais

    pesadas

    deste.

    So

    cidos

    carboxlicos,

    fenis,

    cresis e steres e so responsveis pela formao de gomas (polmeros),

    corrosividade,

    odor e acidez nas fraes de petrleo.

    (a) Alcois

    So

    compostos orgnicos que apresentam o grupamentoOH (hidroxila) liga-do

    a

    algum

    carbono

    da

    cadeia.

    So

    representados

    pela frmula geralROH.

    Segundo

    a

    disposio

    do

    grupamento

    OH, os alcois podem ser classifica-

    dos

    como:

    a) lcool primrio:OH ligado a C primrio;

    b)

    lcool

    secundrio:

    OH

    ligado

    a

    C

    secundrio;

    c)

    lcool

    tercirio:

    OH

    ligado

    a

    C

    tercirio.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    30/82

    A nomenclatura dos alcois segue as seguintes regras:

    1. Deve ser selecionada a cadeia de carbono mais comprida e cont-

    nua, qual a hidroxila est ligada. D-se o nome para o alcano correspon-

    dente

    suprimindo-se

    no

    final

    do

    nome

    a

    letra

    o e substituindo-se por ol.

    Pode-se tambm substituir o sufixo -ano por -lico. Exemplo:metano passa

    a

    ser

    metanol

    ou

    lcool

    metlico.

    2. Numera-se a cadeia carbnica, atribuindo-se o menor nmero

    possvel

    para

    o

    C

    ligado

    ao

    grupamento

    OH.

    Indica-se

    a

    posio

    do

    grupo

    OH

    pelo nmero atribudo ao C ligado aomesmo e as ramificaes com os

    nmeros

    atribudos

    aos

    C

    nos

    quais

    elas

    esto

    ligadas.

    Exemplos:

    lcool

    butlico lcool sec-butlico

    CH3CH2CHCH3

    lcool

    terc-butlico

    lcoolisobutlicoou2-metil-propanol

    CH3

    CH3CH

    3 C OH

    OHCH

    3

    CH3CHCH2

    OH

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  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    31/82

    Alcois

    com

    dois

    grupamentos

    OH

    so

    chamados

    normalmente

    de

    glicis.

    Na IUPAC, so chamados de diis:

    Etilenoglicolou1,2-etanodiol Propilenoglicolou1,2-propanodiol

    CH2

    CH2 CH3

    CH CH2

    OH OH OH OH

    (a.1) Fenis

    So

    substncias

    que

    apresentam

    o

    grupamento funcional OH ligado direta-

    mente

    a um ncleo benznico. Suas aplicaes mais comuns so como

    desinfetantes e em snteses orgnicas. Na indstria do petrleo, os fenis,

    cresis e naftis so separados das correntes de hidrocarbonetos de forma a

    possibilitar sua utilizao posterior.

    Fenol

    Ortocresol

    Metacresol Paracresol -naftol -naftol

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    32/82

    (a.2)

    Propriedades

    Os alcois possuem ponto de ebulio mais alto do que os hidrocarbonetos

    correspondentes por causa das fortes ligaes de hidrognio que mantm as

    molculasjuntas no lquido. A ligao de hidrognio tambm responsvel

    pela solubilidade de alcois de pequena cadeia carbnica em gua.

    (b) Aldedos

    So

    compostos

    derivados

    de

    alcois primrios (OH ligado a carbono prim-

    rio)

    atravs

    de

    sua

    oxidao

    parcial.

    Apresentam

    o

    seguinte

    grupo

    funcional:

    O

    R COH

    R

    C

    H

    OndeRumradicalalquilaouarila.Onomedoaldedoodohidrocarbonetocorrespondente,

    retirando-se o sufixo e acrescentando-se al. H tambm a

    nomenclatura

    comum,

    utilizada

    em

    alguns

    casos.

    Exemplos:

    Metanal ou Formaldedo

    O

    H C

    H

    Etanal

    ou

    Acetaldedo

    O

    CH3 C

    H

    Benzaldedo

    O

    C

    H

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 32

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 33

    (b.1) Propriedades

    Os pontos de ebulio dos aldedos so mais altos do que os dos

    hidrocarbonetos e teres de massa molecular correspondente, porm mais

    baixos que os dos alcois correspondentes. Eles possuem solubilidade em

    gua

    semelhante

    aos

    alcois em funo da ponte de hidrognio entre o

    oxignio

    da

    carbonila e a gua.

    (c) Cetonas

    So

    compostos derivados dos alcois secundrios por oxidao parcial.

    Apresentam

    o grupamento carbonila (C=O) ligado a carbono secundrio.

    Apresentam

    a

    seguinte frmula geral:

    R C R

    O

    Amais simples cetona a propanona,mais conhecida como acetona.

    Para

    dar

    nomes

    s

    cetonas,

    seguem-se

    as

    seguintes

    regras:

    1. Adiciona-se o sufixo -ona raiz do alcano correspondente, ou o

    nomecomum,quecompostopelonomedosdoisgrupos ligadoscarbonila;

    2. O nmero do tomo de carbono da carbonila na cadeia carbnica

    deve

    ser

    especificado se houvermais de 4 tomos de carbono com omenor

    nmero

    possvel.

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 34

    Observe

    os exemplos a seguir:

    Propanona ou dimetilcetona Butanona ou etilmetilcetona (MEK)

    CHCCH CHCHCCH3 3 3 2 3

    O O

    3

    - pentanona ou dietilcetona

    CH

    CH

    CCH

    CH3 2 2 3

    O

    (c.1) Propriedades

    Por

    causa

    do

    grupamento

    carbonila

    em

    sua estrutura, a cetona tem pro-

    priedades

    semelhantes

    a

    dos aldedos de massa molecular comparvel.

    Algumas cetonas possuem odor agradvel, como a cnfora ou a

    3-met i lc ic lopentanona (muscona).

    (d) teres

    So

    compostos

    orgnicos

    que

    apresentam

    dois

    radicais,

    alquila

    ou arila,

    ligados

    a um tomo de CCHoxignio. Apresentam a frmula geral:

    R

    O

    R

    Sua

    denominao feita especificando-se os grupos hidrocarbnicos que

    esto

    ligados ao oxignio e adicionando-se a palavra ter.Observe os exem-

    plos a seguir:

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 35

    Metximetanoou

    ter

    dimetlico

    CH3

    O CH3

    Etxietano ou ter dietilico

    CH3

    CH2

    O CH2CH3

    1-metxipropano ou termetilproplico

    CH3CH2CH2 O CH3

    (d.1) Propriedades

    Devido ausncia das fortes ligaes de hidrognio, os pontos de fuso so

    muitomais baixos que os dos alcois comparveis, sendo semelhantes aos

    dos

    hidrocarbonetos

    comparveis.

    Os

    teres

    so

    muito

    bons

    solventes

    para

    uma grande variedade de compostos orgnicos. Os teres dietlico e

    metilproplico tm aplicao como anestsicos.

    (e) cidos Carboxlicos

    cidos

    carboxlicos

    so

    derivados

    da

    oxidao

    de um aldedo. As estruturas

    moleculares

    destes

    cidos

    so

    caracterizadas

    pela

    presena

    do

    grupo funcio-

    nal denominado carboxila:

    O

    R C

    OH

    Anomenclaturadadaadicionando-seosufixo -ico raizdohidrocarboneto

    correspondente,

    antecedendo-se

    o

    nome

    por cido. No entanto, a maioria

    dos

    cidos

    carboxlicos

    so

    conhecidos por seus nomes comuns. Veja os

    exemplos:

    cido metanicooucido frmico

    O

    HC

    OH

    cido etanicoou cido actico

    O

    CH3

    C

    OH

    cido propanico oucido propinico

    O

    CH3CH2

    C

    OH

    cido etanodiicoou cido oxlico

    O

    C C

    OH

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    36/82

    (e.1) Propriedades

    Possuem altos pontos de ebulio e solubilidade completa em gua at

    cidos com 4 carbonos na cadeia.medida que a cadeia carbnica aumen-

    ta,

    diminui-se

    a

    solubilidade

    em

    gua. O cido metanico encontrado no

    veneno

    das formigas,por issochamadodecido frmico;eocidoetanico

    o cido carboxlico encontrado no vinagre, por isso chamado de cido

    actico. Possuem cheiro irritante e caracterstico. medida que a cadeia

    carbnica aumenta, os odores tornam-semais desagradveis.

    (f) steres

    Os steres podem ser sintetizados a partir da reao qumica entre um

    lcool e um cido carboxlico. Possuem o grupamento carbonila ligado a um

    oxignio e a um radical. Possuem a seguinte frmula geral:

    O

    R C O R

    Segundo

    a

    nomenclatura IUPAC, os steres so denominados especificando-

    se o nome do grupo carboxilato seguido do grupo alquila ligado ao oxignio,

    ou, tambm, pelos nomes comuns dos radicais alquila. Exemplo:

    Etanoato

    de

    propila

    ou

    acetato

    de

    propila

    O

    HC C O CHCHCH3

    2

    2

    3

    grupo

    etanoato(acetato)

    grupo propila

    (propila)

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    (f.1) Propriedades

    So

    relativamente

    solveis

    em

    gua, e medida que a cadeia carbnica

    aumenta, a solubilidade diminui. Os leos e gorduras animais e vegetais so

    steres de cidos graxos, que so cidos carboxlicos de cadeias longas,

    assim

    como

    o

    triol

    glicerol (glicerina). A partir de uma gordura e soda

    custica, obtm-se sabo e glicerina.

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 38

    [Funessulfuradasenitrogenadas

    (a) Tiocompostos

    Os compostos sulfurados so denominados de tiocompostos e so compostos

    orgnicos

    que

    possuem

    o

    elemento

    enxofre

    no

    lugar

    do

    elemento

    oxignio

    dos

    compostosoxigenados.As formasmais importantes,comooenxofrequeaparece

    nas

    fraes

    de

    petrleo,

    so

    osmercaptans e os sulfetos.

    Mercaptans so compostos sulfurosos que possuem cheiro muito peculiar e

    forte. Esto presentes em todas as fraes do petrleo, sendo que os alquil-

    mercaptans

    encontram-se

    nas

    fraes

    mais

    leves;

    enquanto

    que

    nas

    fraes

    mais pesadas encontram-se os mercaptans aromticos e os tiofenos. Os

    mercaptansderivamoudealcois(por issoso tambmdenominadostioalcois)

    ou

    do

    cido

    sulfdrico (H2S).Osmercaptans apresentam a frmula geral:

    R

    SH

    Para

    a

    nomenclatura

    desses

    compostos adicionado o sufixo -tiol raiz do

    hidrocarboneto correspondente, ou, alternativamente, depois do nome do

    radical alquil escreve-se a palavramercaptan. Exemplos:

    Metanotioloumetilmercaptan

    Etanotiolou etilmercaptan

    CH3 SH CH3CH2 SH

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 39

    2

    3

    Sulfetosso compostosnosquaisooxigniodoter substitudoporenxofre.

    So tambm chamados de tioteres.Possuem a seguinte frmula geral:

    R S R

    A

    nomenclatura semelhante aos teres. Veja os exemplos:

    Metanotiometanoou

    sulfeto

    de

    metila Etanotioetano

    ou

    sulfeto de etila

    Metanotiopropano

    ou

    sulfeto

    de

    metil

    n-propila

    CH3

    S CH3

    CH3CH

    2S CH

    2CH

    3CH

    3CH

    2CH

    2S CH

    3

    Os compostos sulfurados so responsveis pela corrosividade dos produtos

    de

    petrleo e pelo envenenamento de catalisadores de processos

    detransformao.

    (b)

    Compostos

    Nitrogenados

    Existem

    compostos

    orgnicos

    que

    possuem

    nitrognio

    ligado

    cadeia

    de

    hidrocarbonetos, compostos estes com algumas caractersticas especiais.

    As

    aminas,

    amidas, nitrilas, iminas e imidas so alguns exemplos.

    (b.1)

    Aminas

    Derivam

    de NH pela substituio de um ou mais hidrognios por uma

    alquila

    ou

    arila.

    De

    acordo

    com

    a

    ligao

    entre

    os

    carbonos,

    as

    aminas

    podem ser classificadas da seguintemaneira:

    Amina

    primria

    Amina

    secundria

    Amina

    terciria

    R NH R N R R N R

    H R

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 40

    Alguns

    exemplos

    de aminas:

    Fenilamina (anilina) Dimetilamina Pirrolidina

    CH3 N CH3

    H

    Algumas

    aminas

    possuem

    carter

    bsico

    acentuado.

    Isso

    lhes

    confere

    gran-de importncia industrial. Na indstria do petrleo, a dietanolamina (DEA)

    e amonoetanolamina (MEA) so usadas para a extrao de cido sulfdrico

    e dixido de carbono de combustveis de baixo peso molecular, como gs

    natural, GLP e gasolina.

    DEA -Dietanolamina

    H

    HO

    CH

    CH N CHCH OH

    MEA -Monoetanolamina

    H

    H N CHCH OH2

    2

    2

    2

    2

    2

    (b.2)

    Amidas

    So

    substncias

    derivadas

    dos

    cidos

    carboxlicos

    por substituio do

    grupamento hidroxila por um radical amino. As amidas podem ser

    monossubstitudas ou dissubstitudas. So basesmais fracas que as aminas.

    So utilizadas como fertilizantes e solventes orgnicos, entre outras funes.

    Amida Amida monossubstituda Amida dissubstituda

    R C

    O

    NH2

    R

    C

    O

    N R

    H

    R

    C

    O

    N R

    R

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    Exemplo:

    Carbamida

    (uria)

    NH2

    O

    C

    2NH

    Os compostos nitrogenados mais comuns no petrleo so os nitrogenados

    bsicos

    como

    as

    piridinas,

    quinolinas

    e

    outros;

    e

    os

    no

    bsicos

    como

    os pirris,

    indis,

    porfirinas e outros. Os compostos nitrogenados existentes no

    petrleo tambm so responsveis pelo envenenamento de catalisadores.

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 41

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    [Compostosorganometlicos

    So

    compostos

    qumicos

    que combinam elementos da qumica orgnica e

    da qumica inorgnica. Com raras excees, os compostos organometlicos

    so

    txicos.

    A

    toxicidade

    varia

    muito,

    conforme

    a

    natureza

    do

    composto

    organometlico e a identidade dometal.

    O tetraetilchumbo e outros compostos de alquilchumbo tm sido usados

    como agentes antidetonantes na gasolina desde 1923. Esses compostos

    aumentam o ndice de octanagem do combustvel,melhorando sua qualida-

    de

    como

    combustvel.

    Apesar

    desse

    tipo

    de

    uso

    estar

    sendo

    diminudo,pelas caractersticas poluidoras destes compostos, ainda existem grandes

    quantidades desses compostos sendo lanadas na atmosfera.

    Tetraetilchumbo

    CH2CH3

    CH

    CH

    Pb CHCH2 32 3

    CH2CH

    3

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 43

    QUMICA ORGNICA E DO PETRLEO

    APLICADA

    [ParteIIOPetrleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 44

    [Origem

    e

    explorao

    do

    petrleo

    e

    do

    gsnatural

    O petrleo e o gs natural se formam a partir da decomposio damatria

    orgnica: restos de plantas e de animais que morreram. Os processos de

    eroso

    ao

    longo

    do

    tempo

    levaram

    esses

    restos

    biolgicos

    rio

    abaixo

    e

    sobreas linhas de contorno da costa, onde foram depositadosjunto com lama e

    lodo. Com o passar do tempo foram cobertos, aumentando a quantidade de

    sedimentos.Gradativamente a matria orgnica decomposta foi sendo com-

    primida pelo peso das camadas sedimentares.

    Mais tarde, essematerial que originalmente continha os restos biolgicos se

    tornou rocha sedimentar.Hoje, essas rochas sedimentares, como o arenito,

    o xisto e a dolomita, esto freqentemente presentes nos depsitos de pe-

    trleo.

    As

    jazidas

    mais

    novas

    tm

    cerca

    de

    10

    milhes

    de

    anos,

    enquantoas

    mais

    antigas

    possuem

    cerca

    de

    400

    milhes

    de

    anos.

    Nessas rochas sedimentares, eventualmente, os materiais orgnicos trans-

    formaram-se

    em

    produtos

    de

    petrleo

    devido

    intensa

    presso e calor nas

    formaes

    da

    rocha e tambm devido presena de bactrias anaerbias

    (que se desenvolvem na ausncia de ar). Denominam-se rochas

    geradoras

    aquelas

    que

    so

    capazes,

    potencialmente,

    de

    ter

    permitido

    a

    gerao de

    petrleo, no s pela sua constituio, idade geolgica,

    espessura

    e

    exten-

    so

    das

    camadas,

    como

    tambm

    pelo

    ambiente

    onde

    seformou o contedo

    orgnico.

    O leo eo gs geradosnessas rochas sedimentaresmigrampelosporos para

    a superfcie da terra, devido presso qual esto submetidos. Se o gsalcana

    a

    superfcie, disperso na atmosfera. leos leves eventualmente

    tambm evaporam. Freqentemente, porm, os produtos de petrleo nunca

    vo at a superfcie de forma natural. Muitas vezes eles so aprisionados

    embaixo

    da

    superfcie por camadas de rochas impermeveis, chamadas for-

    maescapeadoras,queseformarameseencontramsobrearochasedimentar

    que

    produziu

    os

    produtos

    de

    petrleo.

    Isto

    ocorrendo,

    o

    petrleo se armaze-

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    naemverdadeirosbolsesdentrodosubsolo,quesoconhecidospor trapas

    ou

    armadilhas.

    As

    camadas

    de

    rocha

    que

    retm

    os

    depsitos

    orgnicos

    so

    impermeveis e

    moldadas

    em

    cpulas,

    como

    bolsas.

    A

    camada

    que

    retm

    o

    gs

    e

    o

    leo

    chamada de reservatrio. O gs e o leo se movimentam para cima pelas

    camadas permeveis de rocha, deslocando assim a gua do mar que, even-

    tualmente, tambm foi retida ao longo do tempo pelas camadas de rocha

    sedimentar.Quando o leo e o gs alcanam uma camada de rocha imper-

    mevel, cessa seumovimento ascendente e eles se separam um do outro.

    Faa voc mesmo um teste: coloque quantias iguais de gs, leoe

    gua

    em um vidro, veja que eles se separam naturalmente de

    acordo

    com

    suas

    densidades.

    fcil

    ver

    que

    a

    mesma

    coisa

    acontece com uma mistura de leo vegetal e gua.

    Porm,nem todaagua seseparadopetrleo,sendonecessrioumproces-

    so

    de

    separao. difcil conceber a forma com que se apresenta uma

    jazida de petrleo na natureza. A crena popular de que o petrleo seria

    encontrado como um lenol, um lago ou mesmo um rio embaixo da terra

    no correta. Na verdade, o petrleo acumula-se nos poros das rochas

    entre

    os

    minerais

    que

    a

    compem.

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    Fonte: NEIVA, 1993.Figura 1Depsito de petrleo no subsolo

    Em

    determinadas

    zonas

    sedimentares

    da

    Terra

    algumas

    condies semos-

    traram verdadeiramente favorveis formao de petrleo. As mais ricas

    nesse produto orgnico localizam-se no OrienteMdio, nas proximidades do

    mar

    Mediterrneo,

    no

    golfo

    Prsico,

    e

    nos

    mares

    Vermelho,

    Cspio

    e

    Negro.A esto os ricos depsitos de petrleo e gs do Ir, Iraque, do sudoeste da

    CEI, daArbiaSaudita e doKuwait.Este ltimo, um dosmenores pases do

    mundo,

    com uma rea de 17.818 km2, est localizado praticamente sobre

    um campo de petrleo.

    (a) Explorao

    No incio da busca por gs e petrleo, procuravam-se evidncias de uma

    formao

    na

    superfcie,

    o

    que

    levou

    procura

    de

    leos

    superficiais.

    Havia

    naquela poca apenas uma pequena idia de como os reservatrios eram, seu

    tamanho e como se formavam. Hoje, o nvel de conhecimento atingido pelos

    gelogos faz com que a indstria possua muito mais informaes sobre os

    reservatrios de petrleo egs,bem como de sua histria de formao.Essas

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    informaes, apoiadas por novas tecnologias de rastreamento que permitem

    ver dentro do solo, fornecem s companhias de exploraomelhores con-

    dies

    de

    descoberta

    quando

    da

    perfurao

    dos

    poos.

    Um

    dos

    avanos

    tecnolgicos

    mais

    extraordinrios e efetivos que auxiliam o

    gelogo a encontrar depsitos de gs a sismologia. Sismologia o estudo

    do

    movimento

    do

    som,

    ou

    ondas

    ssmicas,

    pela

    crosta

    da

    Terra.

    Foi utiliza-

    do

    inicialmente

    para

    estudar

    os

    terremotos,

    porm tambm demonstrou ser

    uma ferramenta inestimvel para que se estude as mais baixas camadas da

    crosta

    da

    Terra

    sem

    perfur-las

    de

    fato.

    Na explorao martima utilizam-se navios equipados com um arranjo de

    sensores

    que medem vibraes produzidas por um dispositivo que atira ar

    pressurizado

    na

    gua.

    A

    leitura

    desses

    sensores permite reproduzir o perfis

    das

    camadas

    de rocha que esto abaixo da superfcie domar.

    Recentemente, com os avanos da tecnologia da computao, aumentou-se

    muito o valor dos dados ssmicos, permitindo aos gelogos a construo do

    que conhecido como 3-D Ssmico, que traa ummapa tridimensional das

    camadas

    de rocha abaixo da superfcie.

    Alm

    da

    sismologia,

    os

    gelogos contam com informaes relativas s pro-

    priedades

    magnticas

    das

    rochas,

    as

    quais

    so

    obtidas

    com

    o

    uso

    de um

    dispositivo conhecido como magnetmetro. Esse dispositivo mede mudan-

    as pequenas no campomagntico da Terra, no nvel da superfcie, indican-

    do o tipo de formao da rocha presente no subsolo.

    No entanto,mesmo com todos os avanos tecnolgicos, a nicamaneira de

    assegurar

    que

    o

    gs e o leo sero encontrados perfurando o solo. Porm,

    atualmente, as companhias de explorao realizam o mximo de pesquisa

    possvel antes de perfurar, uma vez que os custos associados com a perfura-

    o

    so altos, emuito dinheiro pode ser perdido quando os poos resultam

    secos.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    (b) Perfurao

    Umavezdeterminadoolocaleotamanhodoreservatrio(serasoouprofundo),

    determinado o equipamento adequado para perfurar o poo. A natureza da

    formao

    da

    rocha

    que

    deve

    ser

    perfurada tambmum fatordeterminantedo

    tipo

    de

    equipamento

    de

    perfurao

    a

    ser

    escolhido

    para

    o

    poo.

    A

    figura

    abaixo

    mostra

    o

    esquema

    bsico

    de

    perfurao.

    Na

    superfcie,

    um

    sistema

    complexo

    de tubos, cabos,mquinas,mecanismos de apoio, equipa-

    mento

    de lubrificaoe talhascontrolaarotaodapeadebaixodasuperfcie,

    e tambmmantm a pea lubrificada, retirando omaterial escavado.

    Figura

    2

    Perfurao para extrao de petrleo e gs

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    Debaixo da superfcie, a broca presa a um longo tubo. Seu trabalho quebrar

    o

    fundo

    da

    rocha

    ou

    da

    terra

    para

    permitir

    que

    o

    poo

    possa

    progre-

    dir mais profundamente na crosta. Na perfurao de poos profundos com

    diferentes

    camadas

    de rocha, vrios tipos de brocas podem ser usadas em

    um nico poo.

    A

    diferena maior entre plataforma de perfurao terrestre (onshore) e mar-

    tima (offshore) a base onde a sonda colocada. O primeiro passo para

    perfurar um poo martimo estabelecer um mecanismo para prender a

    plataforma flutuante ao fundo do oceano, e aomesmo tempo permitir supor-

    tar

    o

    balano e a oscilao causados pelas ondas domar.

    Figura 3Plataformas terrestre emartima

    O tipo de plataforma martima varia dependendo da profundidade da lmina

    dgua.Tambm comum o uso de navios de perfurao para guas profun-

    das. O Brasil, com a Petrobras, pioneiro na tecnologia de perfurao em

    guas profundas. Atualmente est sendo desenvolvido projeto de pesquisa

    para

    perfurao

    a

    3.000m

    de

    lmina

    dgua.

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    (c) Produo

    Uma vez a perfurao entrando em contato com uma formao de petrleo

    produtiva,

    importante

    testar

    a

    formao

    para

    determinar

    o

    possvel

    lucro

    com a extrao de gs e leo,bem como sua taxa de extrao.A informao

    que

    precisa ser obtida inclui a profundidade, o tipo de formao, a relao

    entre

    gs e leo, a viscosidade do leo e a perspectiva econmica global

    para

    o projeto. A quantidade de lquido que se condensa na superfcie du-

    rante

    o

    processo

    de

    produo

    classifica

    o

    gs natural como seco ou mido.

    O gs seco no apresenta frao lquida nas condies de produo na

    superfcie,

    enquanto

    que

    o

    gs

    mido

    apresenta uma frao de lquido

    condensado. Essa caracterizao importante na especificao dos equipa-

    mentos

    de

    superfcie

    que

    vo

    explorar

    o

    poo.

    No

    passado,

    os

    produtores

    trabalhavam

    para

    extrair

    o

    mximo

    de

    leo e gs de

    um determinado poo nomenor tempo possvel.Hoje,muitomais nfase

    dada ao mximo desempenho de um poo, ou sua recuperao mais

    eficiente. Recuperao eficiente leva em conta o planejamento de produo

    do

    poo e o tipo certo de equipamento. Taxas de produo excessivas po-

    demdanificarumpooeproduzirmenosleo egs doqueelepoderia suprir

    no

    fim

    das

    contas.

    Produo primria: fase da produo feita com o uso de foras exclusiva-

    mente

    naturais

    mecanismos

    naturais

    de

    produo.

    Alguns

    poos

    apresen-

    tampresso internasuficienteparaqueoleoeogs possam fluir livremen-

    te sem qualquer necessidade de bombeamento mecnico. Poos fluentes,

    que

    podem

    ser

    trabalhados

    apenas

    com

    foras naturais, s requerem uma

    rvore

    de

    natal (conjunto de vlvulas e tubos emanmetros) para produzir

    gs e leo. A maioria dos poos, porm, exige algum tipo de mtodo de

    aumento da presso para a extrao do leo e gs presente nas formaes.

    Produo secundria: fase da produo de petrleo que se apia na aplica-

    o

    de

    mtodos

    de

    elevao

    da presso para uma recuperao secundria

    de um reservatrio. Exige profundos estudos tcnicos e econmicos, com a

    finalidade de se verificar se o acrscimo na produo ser ou nojustificvel

    em proporo ao investimento. O mtodo de aumento da presso depende

    da profundidade do poo e de sua complexidade. O mais comum a barra

    de

    bombeamento,

    que,

    operada

    por uma bomba de superfcie, se move de

    cima

    para

    baixo,

    bombeando

    leo e gs para fora do poo. Amquinamais

    comum

    utilizada

    a

    cabea

    de

    cavalo,

    bomba

    ou

    viga

    convencional.

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    Figura 4Cabeade cavalo sistema debombeamentoFonte: NEIVA, 1993.

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    Existem

    outros

    mtodos

    de

    produo tambm bastante aplicveis, que se

    baseiam

    na

    injeo

    de

    gua

    ou

    de

    gs natural para dentro do poo, utilizan-

    do-se uma outra perfurao e fazendo com que a presso dentro do poo se

    eleve.

    O processo de produo do leo e do gs natural deve ser controlado e

    medido

    atravs

    de

    dispositivos

    para

    o

    controle e medio da vazo. Esses

    dispositivos

    so

    necessrios

    para

    adequar

    a

    vazo

    de

    produo

    aos

    requisi-

    tos

    impostos

    por

    condies

    de

    mercado,

    volume

    disponvel

    no

    gasoduto e

    oleoduto

    para

    o

    escoamento

    da

    produo,

    segurana

    operacional e contrato

    de fornecimento. O controle da produo feito por equipamentos especfi-

    cos

    que se encontram nas rvores de natal.

    Aps

    a

    extrao

    do

    leo e do gs, esses dois produtos devem ser separados.

    Para

    tal instalado, prximo rvore de natal do poo exploratrio, um

    equipamento

    chamado

    separador

    de

    leo e gs, que nada mais do que

    um vaso de presso utilizado para separar a mistura produzida nos poos

    em seus componentes lquidos e gasosos. Esses separadores consistem em

    um vaso metlico por onde a mistura gs/leo entra pela parte superior,

    sofrendo um movimento ciclnico que provoca a separao do gs e do

    lquido. O lquido ento acumulado no fundo do vaso, onde, por diferena

    de

    densidade,

    se

    separa

    da

    gua.

    Aps

    essa

    separao,

    o

    gs

    segue

    para

    as

    chamadas

    UPGN

    (Unidades

    de

    Processamento

    de

    Gs

    Natural)

    atravs

    de

    gasodutos e o petrleo lquido para as refinarias atravs de oleodutos ou

    navios

    petroleiros,

    onde

    ser

    refinado e craqueado, originando uma grande

    quantidade

    de

    hidrocarbonetos

    para uma infinidade de propsitos.

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    (d) Definio de petrleo

    Todo petrleo em estado natural uma mistura complexa de vrios elemen-

    tos,

    sendo

    amaioriadeleshidrocarbonetos.Emproporesmenores,opetrleo

    contm, dissolvidos na sua mistura, compostos oxigenados, nitrogenados e

    sulfurados.

    Tambm

    dissolvido

    no

    petrleo bruto existem gases e slidos em

    suspenso coloidal.

    Dependendo

    do

    local

    de

    extrao

    e

    segundo

    a

    formao

    geolgica,

    o

    petrleo

    bruto apresenta-se com vrios aspectos e constituies distintas. Existem os

    petrleos

    leves,

    que

    so

    bastante fluidoseclaros;outrospetrleossopesados,

    muito viscosos e podem apresentar cor marrom, amarelo-esverdeado, verde-

    escuro e preto.Sua densidade pode variar entre 0,8 a 1,00, kg/L.

    Petrleos cidos ou acres so os que possuem elevada concentrao de

    compostos

    de

    enxofre e possuem um cheiro caracterstico e forte. O gs

    sulfdrico o composto de enxofre quemais aparece no petrleo, e txico.

    Os

    petrleos

    que

    no

    possuem

    quantidades

    de

    enxofre

    significativas

    so

    chamados

    de

    petrleos

    doces.

    A

    ASTM

    (American

    Society

    of

    TechnicalMaterials) define o petrleo como:

    Uma

    mistura

    de

    ocorrncia

    natural,

    constituindo-se

    predominantemente

    de hidrocarbonetos e derivados orgnicos sulfurados, nitrogenados e

    oxigenados, a qual pode ser removida da terra no estado lquido. O

    petrleo bruto est comumente acompanhado por quantidades variveis

    de

    substncias

    estranhas,

    tais

    como

    gua,

    matria

    inorgnica

    e

    gases.

    A

    remoo

    dessas

    substncias

    estranhas

    no modifica a condio de

    mistura do petrleo cru. No entanto, se houver qualquer processo que

    altere

    apreciavelmente a composio do leo, o produto resultante no

    poder

    mais

    ser

    considerado

    como petrleo.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    Os diferentes tipos petrleo, apesar de apresentarem propriedades fsicas

    distintas, variammuito pouco na composio elementar percentual. Obser-ve

    a

    tabela

    a

    seguir:

    Tabela 1Composio elementarmdia dos petrleos

    Elemento %empeso

    CarbonoHidrognio

    Enxofre

    Nitrognio

    Oxignio

    Metais (Fe,Ni, V,etc.)

    83,90

    a

    86,8011,40 a 14,00

    0,06 a 8,00

    0,11 a 1,70

    0,50

    0,30

    Fonte: FARAH, 1985.

    Essa

    anlise

    qumica

    da

    composio

    do

    petrleo

    mostra

    que

    ele

    constitudo

    essencialmente

    de

    substncias

    compostas

    por

    carbono e hidrognio, os

    hidrocarbonetos. As grandes diferenas nas propriedades fsicas, portanto,

    so

    causadas

    pela

    diferena

    na

    proporo

    de

    hidrocarbonetos

    distintos

    existentes

    na

    constituio

    de

    cada

    petrleo.

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    [Caracterizaodopetrleo

    Dependendo

    da

    caracterizao

    de

    cada

    petrleo,

    o

    refino utiliza diferentes

    equipamentos

    de

    transformao.

    Assim, necessrio conhecer quais os

    hidrocarbonetos que predominam no petrleo a ser refinado. Os petrleos

    podem ser classificados em trs bases:

    Base

    parafnica:

    leos

    constitudosprincipalmenteporhidrocarbonetos

    de

    cadeia

    aberta.

    Fornecem

    gasolinas

    de

    baixa

    octanagem e bons

    leos

    lubrificantes,

    porm

    so

    bastante

    cerosos.

    Base intermediria: leos que contm grandes quantidades de com

    postos

    parafnicos e naftnicos (compostos de cadeia fechada). Esse

    tipo de petrleo fornece gasolinas intermedirias, leos lubrificantes,

    ceras e asfalto.

    Base naftnica: leos com grande quantidade de compostos cclicos

    (naftnicos). Sua destilao fornece gasolina de alta octanagem.

    Apresentam tambm grande quantidade de asfalto.

    A

    anlise qumica completa do petrleo para determinao do seu teor de

    parafinas e naftenos trabalhosa e cara, envolvendo bastante tempo de

    anlise. O mtodo que descreve com exatido a composio qumica do

    petrleo a cromatografia oumedida demassamolecular.

    De

    forma

    a se ter uma idia bastanteprxima do tipo de leo cru e evitar a

    anlise qumica completa, foram desenvolvidos outrosmeios para se deter-

    minar a sua caracterstica.A densidade um dessesmeios e omais utiliza-do

    para

    caracterizao

    do petrleo.

    (a) Densidade do petrleo

    O conceito densidadej foi visto nos captulos Gases e Lquidos da apostila

    de

    Qumica

    Geral e Inorgnica. Na Indstria do Petrleo, costuma-se expres-

    sar

    a

    densidade

    em uma unidade especial, chamada de API, adotada em

    1931

    pelo

    American

    Petroleum

    Institute

    e

    definida

    como:

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    56/82

    API

    = 141,5 131,15

    d60/60F

    A

    escala

    API derivadadeumaoutraescalaparamediodedensidadede

    produtos

    de

    petrleo,

    a

    escala

    Baum

    (B).

    Essa

    escala

    utilizada

    ainda

    hoje para a determinao da densidade de solues aquosas, especialmente

    solues

    custicas

    (alcalinas) e salinas, em que a densidade funo da

    concentrao

    da

    soluo. Nesses casos, a densidade est tabelada em

    funo

    das

    concentraes

    das

    solues.

    No

    Brasil,

    so utilizadas, simultaneamente, as escalas API e a densidade

    com

    temperatura

    de

    referncia

    em

    20C, emuitas vezes necessrio fazer a

    converso

    de uma escala para outra.Para se diminuir a complexidade deste

    clculo, foram desenvolvidas correlaes que relacionam as escalas d60/60

    comaescalad20/4.Uma vez conhecidaadensidadenaescalad60/60,determi-

    na-se a densidade em API.

    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 56

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 57

    6se

    0,644 0/60

    60/60

    20/4

    d20/40/4

    ..

    22

    33 22

    Converso

    ded60 / 60parad20 / 4.Conversoded60 / 60parad20 / 4.

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 58

    -88,6 339,90 316,50 2,970 0,3562 265,75

    1-penteno 30,0 640,48 635,31 5,384 0,6458 87,61

    1-hexeno 63,5 673,15 668,46 5,643 0,6769 77,54

    Aromticos

    benzeno 80,1 878,89 873,68 7,361 0,8829 28,77

    tolueno 110,6 866,96 826,31 7,289 0,8743 30,34

    etil-benzeno 136,2 867,00 826,62 7,290 0,8744 30,33

    o-xileno 144,4 880,18 875,94 7,377 0,8849 28,40

    m-xileno 139,1 864,15 859,88 7,248 0,8694 31,26

    p-xileno 138,4 861,03 859,67 7,225 0,8666 31,78

    314,90 505,30

    Tabela

    1

    Massa

    especfica

    e

    densidade

    de hidrocarbonetos

    Composto P.E.Normal

    Massa especficado lquido

    Densidade

    oC a20oCkg/m3

    a

    25oCkg/m3

    A

    60oFLb/gal

    d60/60

    oAPI

    Parafinas

    metano (a)

    etano (b)

    propano

    (b)

    4,344 0,5210 140,09

    595,10 588,80 5,006 0,6005 104,14

    594,20 587,90 5,013 0,6013 103,83

    652,00 646,00 5,482 0,6576 83,68

    621,11 614,90 5,230 0,6273 94,08

    n-butano (b)

    i-butano (b)

    n-pentano (b)

    i-pentano (b)

    n-hexano (b)

    n-hepano (b)

    n-octano (b)

    i-octano (b)

    Olefinas

    eteno

    propeno (b)

    1-buteno (b)

    i-buteno (b)

    1,2-butadieno (b)

    1,3-butadieno (b)

    -1161,5

    -42,0

    -0,5

    -11,7

    36,1

    27,8

    68,7

    98,4

    125,7

    99,2

    -103,7

    -47,7

    -6,3

    -6,9

    10,9

    -4,4

    500,50

    578,80

    557,20

    626,22

    619,65

    659,35

    683,74

    702,50

    691,91

    -

    492,80

    573,00

    551,00

    621,37

    614,60

    654,79

    679,49

    698,47

    687,79

    -

    2,501

    4,227

    4,869

    4,693

    5,262

    5,208

    5,534

    5,738

    5,894

    5,829

    -

    0,3000

    0,5070

    0,5840

    0,5629

    0,6311

    0,6247

    0,6638

    0,6882

    0,7070

    0,6992

    -

    340,17

    147,59

    110,79

    119,88

    92,71

    95,01

    81,67

    74,11

    68,64

    70,87

    -

    (a) - valor aparente demassa especfica e densidade a 60%(b)

    -massa especfica e densidade presso de saturao

    Fonte:

    BRASIL,

    1999.

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 59

    Osmtodos de determinao de densidademais usuais so:

    Densmetro: utilizado em toda a faixa de densidade de produtos lquidos.

    O equipamento consiste em um flutuador de vidro com uma haste onde h

    uma escala graduada em API ou densidade relativa. Faz-se a leitura do

    valor

    da

    densidade

    no

    ponto

    de

    tangncia

    do

    densmetro

    no

    lquido. Os

    densmetros

    so

    calibrados

    em

    relao

    gua

    a

    temperatura

    de

    referncia.

    So

    de fcil manejo e baixo custo, apenas apresentando o inconveniente de

    exigir,

    em

    alguns

    casos,

    grandes

    quantidades

    de

    amostras.

    Balana: empregada na determinao da densidade de produtos pouco

    viscosos.

    Seu

    uso

    envolve

    a

    determinao

    do

    peso

    necessrio

    para

    anular

    o

    empuxo exercido por um lquido sobre um flutuador totalmente imerso neste

    lquido. Apresenta ummanejomais sofisticado que o densmetro e um custo

    maior, porm envolvemenor quantidade de amostra.

    Picnmetro: a determinao da densidade consiste em pesar determinado

    volume

    de

    amostra

    em

    condies

    controladas

    de

    temperatura,

    comparando

    com o peso domesmo volume de uma substncia padro (gua). A relao

    entre as massas d a densidade da amostra. Permite a determinao da

    densidade

    de slidos.

    Deslocamento: aplica-se determinao da densidade de slidos. Consiste

    em

    pesar

    a

    amostra

    ao

    ar e depois pes-la mergulhada no lquido padro,

    sendo

    suspensa por um fio ao prato da balana.

    (b) Outros meios de caracterizao do petrleo

    Apenas

    para produtos claros, utiliza-se tambm o ndice de refrao, que

    mede

    o

    desvio

    ou

    refrao

    da

    luz

    transmitida

    atravs

    da

    interface

    existente

    entre

    a

    amostra e o recipiente de vidro que a contm.

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    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 60

    Podem tambm ser usados os pontos de ebuliomdios (PEM), que socalculados com base em uma curva de destilao do petrleo.Comojmen-

    cionado

    na

    apostila

    de

    Qumica

    Geral e Inorgnica, paramisturas e solues

    a

    temperatura

    de

    ebulio

    no

    permanece

    constante

    durante

    a

    mudana

    de

    fase. Dependendo da mistura, a vaporizao ocorre em uma faixa ampla de

    temperatura

    devido

    diversidade

    de

    componentes.

    Com

    o

    uso

    dos

    PEM

    possvel, ento, caracterizar-se o petrleo de acordo com suas faixas de

    destilao.

    Existe tambm a caracterizao do ponto de fluidez, que amenor tempera-

    tura

    na qual uma substncia ainda flui. Nos petrleos serve para se determi-

    nar

    a

    quantidade

    de

    parafinicidade

    do

    leo, uma vez quemaiores valores de

    parafina

    levam

    a

    maiores

    valores

    de

    ponto

    de fluidez. A partir do ponto de

    fluidez que so definidas as condies de transferncia do leo cru.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 61

    [Transformaodopetrleoemprodutos

    O primeiro uso do petrleo foi atravs da combusto, servindo apenas como

    fonte

    de

    energia.

    Com

    o

    passar

    dos

    anos,

    novas

    tecnologias

    proporcionaram

    aplicaes

    mais

    nobres

    ao

    petrleo.

    A

    prpria

    combusto

    emmuito avanou

    devido ao advento dosmotores de combusto interna dos automveis.Hoje

    se retira do petrleo, alm das vrias substncias utilizadas comercialmente

    como combustveis, tais como GLP, gasolina, leo diesel, querosene e gs

    natural associado, vrios outros subprodutos, que so matria-prima para

    os mais diferentes setores industriais. Dentre esses ltimos, citam-se os

    solventes,

    leos

    lubrificantes

    e

    a

    nafta

    empregada

    na

    indstria

    petroqumica.

    Desta

    ltima

    aplicao

    surgem uma variedade de produtos como borrachas

    sintticas, plsticos, fibras, etc. O petrleo tambm fornece o asfalto, e est

    presente na fabricao de pesticidas, inseticidas, fungicidas e fertilizantes.

    Esses derivados so obtidos por refino. O refino do petrleo pode ser dividi-

    do em trs classes, em funo do seu objetivo:

    a) Processos de separao: no envolvem reaes qumicas; promovem a

    separao

    fsica

    dos

    produtos,

    sem

    alterao

    da

    constituio

    qumica

    dos

    componentes.

    So

    realizados principalmente atravs da operao unitria

    de

    destilao e tambm pela extrao a solvente. Exemplos de processos de

    separao por extrao so a desasfaltao e a desparafinao.

    b) Processos de transformao: a princpio, a refinao do petrleo envolvia

    apenas

    processos

    fsicos

    de

    separao. Porm, necessidades de se obter

    produtos

    especficos

    foram

    surgindo e as converses qumicas dos derivados

    do

    petrleo tambm entraram em cena, transformando produtos de pouco

    valor

    ou

    pouca

    utilidade

    em

    produtos

    rentveis

    e

    de

    grande

    demanda.

    Den-

    tre

    os principais processos de transformao podemos citar o craqueamento,

    a alquilao, a isomerizao, a polimerizao, a hidrogenao e a reforma

    cataltica.

    c) Processos de acabamento: promovem a remoo, por processos fsicos

    ou qumicos, de impurezas em um dado produto, de modo a conferir-lhe as

    caractersticas

    necessrias

    do

    produto

    acabado.

    Citam-se

    os

    processos

    de

    hidrodessulfurizao cataltica, lavagem custica, extrao com aminas,

    tratamento

    Bender

    e

    tratamento

    Merox.

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

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    PP EE TT RR OO BB RRAA SS AA BBAA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88

    QQuu aa ll ii ffii ccAA bb aass tt 62

    (a) Processos de separao

    A seguir, um pequeno resumo dos principais processos de uma refinaria.

    Mais detalhes sero vistos em uma etapa posterior do curso, em apostilas

    especficas

    que lidam com o tema Processos deRefino.

    (a.1) Destilao do petrleo

    A destilao, comoj mencionado anteriormente, o processo de separa-

    o

    utilizado

    para

    fracionar,

    separar

    os constituintes do petrleo. Baseia-se

    na volatilidade de cada componente da mistura, separando as correntes de

    processo em componentesmais leves e componentesmais pesados.

    A

    destilao

    pode

    ser

    conduzida

    sob

    pressoatmosfrica ou subatmosfrica.

    A

    necessidade

    de uma presso abaixo da atmosfrica, chamada de destila-

    o a vcuo, se deve ao fato de que acima de uma temperatura de aproxi-

    madamente 360C comeam a ocorrer reaes de craqueamento trmico em

    molculas onde no se deseja que este fenmeno ocorra. Comoj estudado

    anteriormente,

    no

    captulo

    referente

    aos

    gases,

    a

    reduo

    da

    presso

    sobre

    um lquido causa uma reduo na temperatura de ebulio, permitindo as-sim a separao dos componentes de alto ponto de ebulio a temperaturas

    mais

    baixas.

    Seo

    de

    dessalgao

    e pr-aquecimento:

    Antes

    do

    petrleo

    entrar

    na torre de destilao, passa por um equipamento

    chamado

    de

    dessalgador, o qual destinado remoo de sais inorgnicos,

    gua e sedimentos que se encontram dissolvidos no petrleo. Essas subs-

    tncias causam incrustaes que obstruem ou corroem trocadores de calor,

    fornos,

    condensadores

    e

    quaisquer

    outros

    tipos

    de

    equipamentos

    envolvidos

    no

    processamento

    do

    leo.

    Sua

    remoo

    logo

    no incio dos processos de

    separao e transformao , portanto, fundamental para preservao e

    conservao

    dos

    equipamentos

    das

    unidades

    operacionais.

    Existem

    dois tipos comuns de dessalgao, a qumica e a eltrica. Na

    dessalgao qumica aquece-se o petrleo, adiciona-se gua de processo

    para

    a

    diluio

    de

    sais e adiciona-se algum produto qumico coagulante da

    gua.

    Em uma vlvula misturadora a mistura de petrleo, gua, sais e

    produtos

    qumicos

    homogeneizada

    por

    meio

    de

    reduo

    de

    presso.

    Aps

    a homogeneizao a mistura enviada a um decantador, onde ocorre a

  • 7/25/2019 Quimica Aplicada - Geral e Do Petroleo

    63/82

    separao

    entre duas fases formadas: o petrleo dessalgado e a gua com

    sais e produto qumico.

    A

    dessalgao

    eltrica conduzida da mesma maneira, com a diferena de

    que

    a

    coagulao

    e

    sedimentao

    da

    fase